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Desenvolvimento Infantil
Terceira Infância 
A terceira infância, de acordo com a teoria de Jean Piaget, ocorre aproximadamente entre os 6 e 12 anos de idade. Nesse estágio do desenvolvimento cognitivo, as crianças passam por mudanças significativas em sua forma de pensar e compreender o mundo ao seu redor. Piaget denominou essa fase como o período das operações concretas.
Desenvolvimento 
Neste período as crianças começam a desenvolver mais o seu intelecto pensando de forma mais lógica e racional assim como desenvolvem mais sua criatividade, se tornam menos dependentes de eventos sensoriais, capacidade de memorizar aumenta e o tempo de processamento de informações reduz
Em resumo, a terceira infância, de acordo com Piaget, é marcada pelo desenvolvimento das operações concretas, caracterizadas pela capacidade de pensamento lógico, reversibilidade, seriação e compreensão de conservação. Essas habilidades cognitivas proporcionam às crianças uma compreensão mais avançada do mundo ao seu redor e permitem a resolução de problemas mais complexos.
Estagio Operatório Completo 7 a 11-12 anos.
Clínica Infantil 
A psicoterapia infantil é uma modalidade de atendimento psicológico que visa ajudar crianças com questões emocionais que interferem em seu dia a dia. É importante considerar a participação da família e da escola, bem como a forma como a criança se relaciona nesses contextos.
A psicoterapia infantil difere entre abordagens teóricas, com diferentes objetivos e visões de homem. Na abordagem psicanalítica, o foco é na realidade psíquica e nos desejos inconscientes. A dinâmica familiar também é relevante.
A inclusão do discurso dos pais na psicoterapia infantil é importante para entender o desejo dos pais e revelar a verdade por trás dos sintomas da criança. O atendimento à família não deve se limitar à coleta de informações, mas ser um momento reflexivo e avaliativo do processo da criança.
A psicoterapia infantil usa o brincar como uma forma de expressão e comunicação. Através do brincar, a criança projeta sua vivência, expressa seus conflitos e dificuldades. O brincar permite que a criança seja ativa e criativa no processo terapêutico, promovendo seu desenvolvimento comunicativo e emocional.
O ato de brincar é uma via importante para a expressão da singularidade da criança e acesso às suas questões. Na psicanálise, o brincar é visto como uma representação do funcionamento psíquico e uma forma de elaboração dos desejos inconscientes. O brincar das crianças é uma linguagem por si só, onde elas expressam e lidam com suas angústias e ansiedades, articulando o real, o simbólico e o imaginário.
Em resumo, a psicoterapia infantil é uma forma de atendimento psicológico que visa auxiliar crianças com dificuldades emocionais. Considera-se importante a participação da família e da escola, bem como a valorização do brincar como forma de expressão. A escuta e compreensão da criança são fundamentais para o processo terapêutico, buscando promover seu desenvolvimento e bem-estar.
Vínculos Familiares
Os vínculos familiares desempenham um papel crucial no desenvolvimento infantil e na formação da base segura das crianças. Alguns pontos importantes destacados incluem:
Os adultos devem ser fontes de segurança e acolhimento para as crianças, estabelecendo uma base segura.
Boas experiências afetivas na infância têm influência positiva ao longo da vida, sendo necessários programas e políticas públicas voltados para a primeira infância.
A noção de vínculo humano está ligada às influências recíprocas entre as pessoas, sendo fundamental para os relacionamentos humanos.
A segurança emocional da criança resultante de vínculos bem estabelecidos é essencial para seu crescimento e desenvolvimento.
Profissionais de saúde e de educação infantil têm a oportunidade de interagir com as famílias e promover vínculos saudáveis.
A formação adequada desses profissionais e a sensibilização para a importância dos vínculos familiares são fundamentais.
As políticas públicas devem dar atenção às especificidades dos primeiros anos de vida, promovendo o desenvolvimento e a formação humana.
As interações saudáveis na primeira infância têm impacto positivo na formação dos cidadãos, auxiliando no desenvolvimento de valores, habilidades cognitivas e sociabilidade.
A família desempenha um papel central como cuidadora da criança, e diferentes configurações familiares são consideradas válidas.
As experiências afetivas na infância influenciam diretamente o desenvolvimento da criança, sendo importante que os cuidadores sejam sensíveis e responsivos.
O cuidado cotidiano adequado, além de suprir as necessidades básicas, deve oferecer conforto e segurança emocional à criança.
A disciplina positiva, com limites adequados e incentivo ao desenvolvimento de empatia, é desejável nos primeiros anos de vida.
Maus tratos e adversidades na infância podem gerar estresse nocivo e comprometer o desenvolvimento físico e psíquico da criança.
Condições desfavoráveis dos pais podem impactar negativamente o desenvolvimento da criança, tornando o apoio necessário.
Políticas que fortalecem as famílias na educação dos filhos, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade, são fundamentais.
A formação de vínculos familiares pode ser promovida por meio de políticas que envolvam a educação, acesso a serviços públicos, programas de apoio à primeira infância e suporte social às famílias.
A execução de políticas que apoiam as famílias na formação de vínculos deve envolver profissionais de diferentes especialidades.
Esses pontos destacam a importância dos vínculos familiares na infância, enfatizando a necessidade de cuidado, proteção emocional e suporte adequados para o desenvolvimento saudável das crianças.
Idade Escolar
No período operatório concreto (7 a 11 anos), as crianças experimentam um salto qualitativo em seu pensamento. Elas desenvolvem a capacidade de raciocinar de forma mais lógica e adulta, mas ainda limitada ao concreto. Nessa fase, é crucial oferecer oportunidades de aprendizagem que envolvam contar, comparar, analisar e experimentar.
Piaget identifica uma série de comportamentos que as crianças devem adquirir até os 11 anos, como o pensamento espacial, noção de causa e efeito, classificação, seriação, raciocínio indutivo e habilidades matemáticas. Essas habilidades cognitivas permitem que a criança compreenda os conteúdos escolares e demonstre interesse em jogos com regras complexas.
Durante a idade escolar, as crianças também desenvolvem habilidades de processamento e retenção de informações, compreendem a leitura e a escrita e adquirem regras de ortografia, pontuação e gramática. A escola desempenha um papel fundamental no desenvolvimento dessas habilidades, especialmente em famílias de baixa renda e com baixa escolaridade.
Além do desenvolvimento cognitivo, a criança em idade escolar também passa por um desenvolvimento emocional e social. Ela se torna consciente de seus próprios sentimentos e dos outros, aprendendo a controlar melhor suas emoções em situações sociais. O ambiente familiar e escolar são essenciais para o desenvolvimento do controle emocional, autoestima e comportamentos pró-sociais.
Durante essa fase, as crianças também começam a interagir mais com seus pares, adquirindo senso de identidade, habilidades de liderança, comunicação, cooperação e aprendendo regras sociais. No entanto, também enfrentam desafios, como a necessidade de se adequar a valores diferentes e a possibilidade de problemas de comportamento, como comportamento desafiante, fobia escolar e depressão infantil.
O papel do professor é crucial nesse período, pois as crianças precisam se sentir competentes não apenas em casa, mas também em um ambiente social e acadêmico. O incentivo e atenção dos educadores são fundamentais para o desenvolvimento psicossocial das crianças nessa fase, enquanto se preparam para a próxima etapa, a adolescência, na qual ocorrerão mudanças físicas, cognitivas e psicossociais mais expressivas.
Adolescência
A adolescência é um período de transição entre a infânciae a vida adulta, comumente compreendido como abrangendo os 12/13 anos até aproximadamente os 20 anos. No entanto, a Organização Mundial da Saúde define esse estágio entre os 10 e os 19 anos, 11 meses e 29 dias, marcando-o como um tempo de transição em que os indivíduos deixam de ser crianças, mas ainda não alcançaram o status de adultos.
A concepção moderna da adolescência começou a se formar com o advento do capitalismo e a revolução industrial no Ocidente. Enquanto os filhos de operários continuavam ingressando precocemente no mundo do trabalho, os filhos das classes médias e altas permaneciam nas escolas, que se expandiam cada vez mais. Com o tempo, crianças e adolescentes das camadas populares também foram integrados ao sistema escolar, introduzindo em diversos países o conceito de escolaridade obrigatória, que geralmente se estendia até os 16 anos.
A adolescência é um fenômeno sociocultural e uma expressão da interação psicossocial. Sua definição varia de acordo com a subjetividade, valores e normas sociais da cultura em que estamos inseridos. Enquanto a puberdade é um fenômeno biológico universal em todos os seres humanos, a adolescência como fenômeno psicossocial não é universal e não possui os mesmos padrões e significados em todas as culturas.
Cada sociedade estabelece ritos de passagem singulares que marcam o início desse período, definindo expectativas, responsabilidades e esperanças depositadas nos adolescentes. Isso resulta em uma significativa variação histórica e pluralidade de abordagens no campo da psicologia do desenvolvimento, com ênfase em diferentes aspectos.
A compreensão dessa transição requer uma análise das complexas interações entre os níveis biológico, psicológico e cultural. O jovem enfrenta conflitos ao lidar com as transformações físicas em seu próprio corpo, enquanto perde seu papel de criança na família e enfrenta desafios de comunicação e compreensão com os outros.
De acordo com Piaget, a adolescência é situada no estágio das operações formais, marcando a transição do pensamento concreto para o pensamento abstrato, em que o adolescente é capaz de pensar sobre conceitos abstratos sem o apoio da experiência ou percepção direta.
Artigos do ECA (Retirado do Slide 12)
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
• Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências;
• Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente;
• Art. 2º. Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
• Art. 3º. A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
• Art. 4º. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
•Art. 5º. Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
•Art. 6º. Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
• Título II - Dos Direitos Fundamentais
• Capítulo I Do Direito à Vida e à Saúde;
• Capítulo II Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade;
• Capítulo III Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária: - Seção I Disposições Gerais: Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
- Seção II Da Família Natural;
- Seção III Da Família Substituta (Subseção I Disposições Gerais; Subseção II Da Guarda; Subseção III Da Tutela; Subseção IV Da Adoção);
- Capítulo IV Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer;
OBS: MATERIAL CORRESPONDENTE AOS CONTEÚDOS PASSADOS EM SALA DE AULA COM A PROFESSORA TATIANE.
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