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www.resumao.com.br Resumão Jurídico 2 LAURO R. ESCOBAR JR. Texto de acordo com a nova ortografia DIREITO CIVIL LEI 10.406/02 Direito Civil ramo do direito privado que disci- 4. Comoriência (art. Se duas ou mais pessoas Sociedades: visam ao lucro, podendo ser sim- plina as relações familiares, patrimoniais e obrigacio- falecerem na mesma ocasião, não se podendo afir- ples ou nais dos particulares entre si. mar qual morreu primeiro, presume-se (presunção relativa juris tantum admite prova em contrário) Observação: a empresa pública e a sociedade de eco- Sua lei fundamental é 0 Código Civil, mas há situa- a morte simultânea entre elas. Efeito principal: não nomia mista, apesar de fazerem parte da administra- ções que não estão inseridas nele (leis do inquilinato, há transferência de direitos sucessórios entre os como- ção pública indireta, são dotadas de personalidade do etc.). rientes (um não herda do outro). dica de direito privado (normas empresariais e traba- 1. Parte geral Normas sobre pessoas fisicas e mas com as cautelas do direito público. dicas (arts. a 78), bens (arts. 79 a 103) e fatos Capacidade jurídicos (arts. 104 a 232). Aptidão para exercer direitos e assumir obrigações. b) Início da existência legal 2. Parte especial Normas sobre direito das obriga- 1. De direito Própria de todo ser humano; inerente Ato constitutivo: ato jurídico unilateral inter ções (arts. 233 a 965), direito de empresa (arts. 966 à personalidade. vivos ou causa mortis (fundações), bilateral a direito das coisas (arts. 1.196 a 1.510), direi- 2. De fato (ou de exercício) Aptidão para exercer ou plurilateral (associações e sociedades). to de família (arts. 1.511 a 1.783) e direito das suces- pessoalmente atos da vida civil. Subdivide-se em: Registro público: inscrição dos contratos ou sões (arts. 1.784 a 2.027). a) Absolutamente incapazes (art. estatutos sociais em seu registro peculiar. 3. Disposições finais e transitórias (arts. 2.028 a 2.046). Menores de 16 anos. c) (art. 75) a sede Portadores de enfermidade ou deficiência men- União: Distrito Federal; Estados: sua capi- tal, sem discernimento para a prática dos atos tal; Municipios: lugar da administração muni- PARTE GERAL da vida civil. cipal. Pessoas que não podem exprimir sua vontade, Demais pessoas jurídicas: lugar onde funcio- PESSOAS mesmo que nam suas diretorias e administrações ou 0 elei- b) Relativamente incapazes (art. to no contrato. Admite-se a pluralidade domi- Arts. a 78 Maiores de 16 e de 18 anos. ciliar e foro de eleição. habituais, viciados em tóxico e que, por d) Término Dissolução deliberada de seus mem- PESSOA NATURAL (física) deficiência mental, têm bros, determinação da lei, decurso de prazo, falta Excepcionais, sem desenvolvimento mental de pluralidade de sócios, decisão judicial. Ser humano considerado como sujeito de obrigações completo. e) Grupos despersonalizados Conjunto de direi- e direitos, sem qualquer distinção. Toda pessoa é capaz Pródigos: dissipam seus bens, fazendo gastos tos e obrigações, pessoas e bens sem personalida- de direitos e deveres na ordem civil (art. excessivos. de jurídica, mas com capacidade processual (socie- dades de fato ou irregulares, massa falida, espó- Personalidade Observação: absolutamente incapazes devem ser lio, etc.). Conjunto das qualidades e atributos da pessoa; direi- representados e os assistidos por seus f) Responsabilidade tos previstos nos arts. 11 a 21. pais, tutores ou curadores. Já os índios são regidos Contratual: as pessoas juridicas de direito públi- 1. Início Nascimento com vida, ainda que por alguns por lei especial. CO e de direito privado são responsáveis pelo instantes. A lei põe a salvo, desde a concepção, os que figurar no contrato. Em caso de descum- direitos do nascituro (ente já concebido, mas que c) Capacidade plena: maiores de 18 anos e meno- primento, respondem com próprios bons. ainda não nasceu; possui expectativa de vida, sendo res emancipados. Extracontratual titular de direito eventual resguardo à herança). Pessoa jurídica de direito privado Regra: 2. Individualização Emancipação (art. 5.°, parágrafo único) responsabilidade indireta a pessoa jurídica a) Nome (arts. 16 a 19) Reconhecimento da pes- Aquisição da capacidade plena antes dos 18 anos, responde pelo dano causado por seu represen- soa perante a sociedade. inalienável e impres- habilitando a pessoa para todos atos da vida civil. tante; a responsabilidade também é solidária. critivel. Compõe-se de: prenome, patronímico Situações: concessão dos pais (na falta de um, apenas Pessoa jurídica de direito público- Regra: (sobrenome) e agnome (Júnior, Neto, etc.). Em a do outro), por instrumento público, independente- Estado responde independentemente de culpa é imutável, mas há exceções: situa- mente de homologação judicial: 16 anos; sentença do (responsabilidade objetiva art. 37, CF). ções vexatórias, erro gráfico, homônimo, casa- juiz (ouvido 0 tutor, nos casos em que não há poder Teoria do risco administrativo: permite que mento, etc. A lei também protege pseudônimo. familiar); casamento (idade núbil: 16 anos); exerci- a responsabilidade seja afastada em algumas b) Estado Soma das qualificações da pessoa na cio de emprego público efetivo; colação de grau em hipóteses (ex.: culpa exclusiva da Esta- sociedade (estado civil, político, etc.). curso superior; estabelecimento civil ou comercial ou do tem direito a ação regressiva contra fun- c) Domicílio (arts. 70a 78) Lugar onde a pessoa esta- existência de relação de emprego, com economia pró- cionário causador do dano, caso provada a belece residência com ânimo definitivo. Elementos: pria: 16 anos. culpa deste. 1) objetivo estabelecimento 2) subjetivo intenção de ali permanecer. Considera-se também PESSOA JURÍDICA Desconsideração da personalidade jurídica domicílio lugar onde a profissão é exercida. Se a (disregard of the legal entity) pessoa tiver várias residências, domicílio será qual- Ente criado por lei para facilitar a atuação humana Em caso de abuso da personalidade jurídica, carac- quer delas; se não tiver residência habitual (ex.: cir- em certas relações. A lei empresta-lhe personalidade, terizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão cense), 0 será lugar em que for encon- capacitando-o para ser sujeito de direitos e obrigações. patrimonial, pode juiz determinar que bens parti- trada. necessário (legal): incapaz, ser- Corrente majoritária: Teoria da Realidade Técnica. culares dos administradores e dos sócios respondam vidor público, militar, preso maritimo. pelas dividas da pessoa jurídica (art. 50). È uma exce- voluntário especial: 1) contratual especificado no 1. Direito público ção à regra de que a pessoa jurídica responde com seu contrato para cumprimento das obrigações dele a) Externo Pessoa jurídica regulamentada pelo patrimônio pelos atos praticados em seu nome. Pre- resultantes; 2) de eleição escolhido pelas partes Direito Internacional (outros países soberanos, vista também no art. 28, caput e § do Código de para a propositura de ações relativas às obrigações. organismos internacionais, etc.). Defesa do Consumidor. 3. Extinção b) Interno o Estado: a) Morte real Óbito comprovado: com corpo (art. Administração direta: União, Estados, Distri- certidão de óbito) ou sem corpo (art. 88, to Federal e OBJETO DO DIREITO BENS 6.015/73 Registros Públicos justificação judicial). Administração indireta: autarquias, associa- Arts. 79 a 103 b) Morte presumida Pessoa desaparece de seu ções públicas e demais entidades de caráter domicílio sem deixar representante ou dar noti- público criadas por lei (ex.: fundações públicas, São as coisas corpóreas (com existência material) cias do paradeiro. processo judicial passa por agências reguladoras, etc.). ou incorpóreas (com existência abstrata, como os direi- três fases (arts. 22 a 39): 1) Curadoria de ausên- tos autorais), enquanto economicamente valoráveis, cia (um ou três anos): arrecadam-se OS bens que 2. Direito privado satisfazendo a necessidade humana. serão administrados por um curador; 2) Sucessão a) Espécies provisória: é feita a partilha de forma provisória; Fundações particulares: universalidades de bens Classificação legal aguarda-se 0 retorno do ausente por dez anos; 3) personificados em atenção ao fim que thes dá 1. Bens considerados em si mesmos (arts. 79 a 91) Sucessão definitiva: na abertura já se concede a unidade. Elementos: patrimônio (dotação de a) Imóveis Não podem ser transportados de um propriedade plena dos bens e se declara morte bens livres) e finalidade (religiosa, cultural, etc.). lugar para outro sem a destruição de sua subs- (presumida) do ausente. 0 cônjuge é reputado Partidos políticos. tância. Subdividem-se em: por natureza (solo, viúvo. Aguardam-se mais dez anos. Após esse Organizações religiosas. subsoto e espaço aéreo); 2) acessão (plan- prazo, encerra-se 0 processo e ausente, se retor- Associações: uniões de pessoas sem finalida- tações e construções); 3) disposição legal (direi- nar, não terá direito a nada. de to à sucessão aberta). Móveis Podem ser remo-Resumão Jurídico vidos de um lugar para outro, por força própria c) Modo ou encargo Cláusula acessória aderente (semoventes) ou estranha (joias), sem alteração Prescrição Decadência a atos de liberalidade (doação, testamento) que de sua substância. (arts. 189 a 206) 207 a 211) impõe obrigação à pessoa contemplada pelo bene- b) Infungíveis Não podem ser substituídos por 1. Perda da pretensão 1. Perda do direito em si ficio (dou-lhe dois terrenos, desde que em um outros da mesma espécie, qualidade e quantidade (direito de exigir de outrem (direito material). Atinge deles você construa uma escola). (imóveis, quadro de pintor famoso). Fungíveis 0 cumprimento de um indiretamente a ação. Podem ser substituídos por outros da mesma espé- pela inércia (falta de Defeitos do negócio jurídico cie, qualidade e quantidade (dinheiro, saca de exercício dentro do prazo). 1. Ausência de vontade Negócio nulo. c) Inconsumíveis Proporcionam reiterados usos, 2. Prazos somente 2. Prazos estabelecidos 2. Vícios de consentimento permitindo que se retire toda a sua utilidade, sem estabelecidos pela lei. pela lei ou vontade a) Erro Falsa noção que se tem do objeto ou da atingir sua integridade (imóvel, automóvel). Con- das partes. pessoa. Ignorância Completo desconhecimen- sumíveis Bens móveis cujo uso importa na des- 3. Pode ser declarada de 3. Na decadência to. Se recair sobre aspectos essenciais ou substan- truição imediata da própria coisa (alimentos, ofício pelo Juiz. decorrente de prazo legal, ciais, 0 ato será anulável; se sobre aspectos aci- dinheiro). 0 juiz deve declará-la dentais ou secundários, 0 ato será válido (arts. 138 d) Divisíveis Podem ser partidos em porções dis- de ofício. a 144). Admite-se, excepcionalmente, erro de tintas, formando cada qual um todo perfeito (dez 4. A parte pode não 4. A decadência direito (art. 139, III). sacas de arroz). Indivisíveis Não podem ser par- alegá-la renúncia. Esta decorrente de prazo legal b) Dolo Artifício empregado para enganar a outra tidos, pois deixariam de formar um todo perfeito pode ser expressa ou tácita, não pode ser renunciada parte. Se incidir sobre aspectos essenciais ou subs- (um animal). porém somente após sua pelas partes, nem antes tanciais, ato será anulável; se sobre aspectos aci- e) Singulares Os que, embora reunidos, se con- consumação e nunca em nem depois de dentais ou secundários, ato será válido, porém sideram de per si, independentemente dos prejuízo de terceiros. consumada. obriga a satisfação de perdas e danos (arts. 145 a demais. Coletivos (universais) Coisas que Prazo não corre contra 5. Prazo corre contra todos 150). Pode ser positivo (ação) ou negativo (omis- se encerram agregadas em um todo. Espécies: determinadas pessoas. Pode (erga omnes). Não se são). Se ambas as partes agirem com dolo (tor- 1) universalidade de fato: pluralidade de bens ser impedido, suspenso ou suspende nem se peza bilateral), ocorre a neutralização do delito, singulares, corpóreos e homogêneos, que, per- interrompido, em hipóteses só pode ser obstado pelo não se anulando ato. tencentes à mesma pessoa, tenham destinação expressamente previstas na efetivo exercício do direito. c) Coação Pressão fisica (ato nulo) ou moral (anu- unitária (biblioteca, rebanho); 2) universalida- lei. Impedimento ou suspensão: Exceção: não corre contra 05 lável) exercida sobre alguém para obrigá-lo a pra- de de direito: pluralidade de bens singulares, arts. 197, 198, 199 e 200. absolutamente incapazes ticar (ou deixar de praticar) determinado ato (arts. corpóreos, dotados de valor econômico (patri- Interrupção: art. 202. (art. 208, art. 198, 151 a 155). Excluem a coação: ameaça a mônio, espólio, massa falida). 6. Prazo geral: dez anos 6. Não há regra geral para cio regular de um direito e temor reverencial. 2. Bens reciprocamente considerados (arts. 92 a 97) (art. 205). Prazos especiais: um, os prazos. Podem ser de dias, d) Estado de perigo Obrigação excessivamente a) Principal Existe por si mesmo, exercendo fun- dois, três, quatro e cinco anos meses e anos. Previstos em onerosa assumida por alguém premido pela neces- ções e finalidades independentes. (conforme previsão do art. 206 dispositivos esparsos pelo sidade de salvar a si ou a pessoa de sua família de b) Acessórios Pressupõem a existência do prin- e seus parágrafos). Código Civil e em leis especiais. grave dano conhecido pela outra parte (art. 156). cipal. Espécies: 1) frutos; 2) produtos; 3) perten- anulável. ças: destinam-se de modo duradouro ao uso ou e) Lesão Alguém, sob premente necessidade ou ao serviço de outro (trator destinado a melhor 2. Fato jurídico humano (ato) inexperiência, se obriga a prestação manifesta- exploração da propriedade agrícola); 4) benfei- a) Ato jurídico em sentido amplo (lato sensu) mente desproporcional ao valor da prestação opos- torias: obras ou despesas que se fazem nos bens; Ato jurídico em sentido estrito Mera reali- ta (art. 157). E anulável. Não se decretará a anu- podem ser: necessárias (conservação: conserto zação de vontade, gerando efeitos previstos lação se for oferecido suplemento suficiente ou do telhado da casa); úteis (melhoramentos: faci- em lei (reconhecimento de filho, perdão, fixa- se a parte favorecida concordar com a redução do litam ou aumentam uso do bem garagem); ção de proveito. voluptuárias (embelezamento ou recreio: pintu- Negócio jurídico Celebrado para a produ- 3. Vícios sociais artística, piscina). ção de efeitos desejados pelo agente. Há auto- a) Fraude contra credores Atos maliciosos que 3. Bens considerados em relação 20 titular do nomia privada (contratos, testamento). desfalquem patrimônio do devedor, para colo- nio (arts. 98 a 103) b) Ato ilícito Praticado de forma contrária ao direi- cá-lo a salvo de uma execução por em a) Particulares. to; viola direito subjetivo individual. Poderá gerar detrimento dos direitos de credores (arts. 158 a b) Res nullius Coisas de ninguém (peixes no fundo consequências penais, administrativas e civis. 165). vicio está na finalidade ilicita do ato. do mar, coisas abandonadas, etc.). Elementos: 1) objetivo (eventus damni): comResumão Jurídico Ato nulo ao ato realizado (deixar arma de fogo ao fácil alcan- Elementos constitutivos Praticado por absolutamente incapaz, sem a devida ce de crianças); 3) imperícia: falta de aptidão para 1. Subjetivo: sujeito ativo (credor) e sujeito passivo representação. de arte ou profissão (causador de dano (devedor). Objeto ilícito ou impossível. a interesses jurídicos de terceiros sem conhecimen- 2. Objetivo: objeto da obrigação prestação. Não revestido de forma prescrita em lei. to ou sem prática, no desempenho de função). Se 3. jurídico: elo que sujeita devedor a deter- Quando preterida solenidade essencial. ato era previsível para uma pessoa diligente, pru- minada prestação em favor do credor. Assim declarado pela lei ou se esta negar efeito. dente e conhecedora da norma, haverá culpa de Simulado. sua parte (teoria da previsibilidade). Fontes 1. Lei: fonte primária ou imediata de qualquer obri- Ato anulável 0 Código Civil adota, como regra, a teoria sub- gação. Praticado por relativamente incapaz, sem assistên- jetiva. "Art. 186 Aquele que, por ação ou omissão 2. Negócio jurídico unilateral (promessa de recompen- cia de seus representantes legais. voluntária, negligência ou imprudência, violar direito sa) ou bilateral (contratos). Por vício resultante de erro, dolo, coação, lesão, esta- e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 3. Ato ilícito: obrigação de reparar 0 dano. do de perigo ou fraude contra credores, desde que comete ato ilícito." No entanto, há diversos dispositi- essenciais. vos cm que a responsabilidade é objetiva. haverá CLASSIFICAÇÃO Por falta de legitimação (venda de imóvel sem outor- obrigação de reparar 0 dano, independentemente de ga do outro cônjuge). culpa, nos casos especificados em lei ou quando a ati- Quanto ao objeto Assim declarado pela lei. vidade normalmente desenvolvida pelo autor do dano 1. Positivas implicar, por sua natureza, risco para os direitos de a) Obrigação de dar ATo ILÍCITO E outrem (art. 927, parágrafo único); empresários indi- Coisa certa (arts. 233 a 242): devedor se obri- viduais e empresas respondem pelos danos causados ga a entregar coisa individualizada (móvel imó- RESPONSABILIDADE CIVIL pelos produtos postos em circulação (art. 931); dono vel, abrangendo os acessórios). Regras: credor ou detentor de animal, pelos danos causados por estes não é obrigado a receber outra coisa, mesmo Arts. 186 a 188 e 927 a 954 (art. 936); dono de edificio ou construção, pelos danos que mais valiosa (art. 313); indivisibilidade (art. resultantes de sua ruína (art. 937), etc. 314); acessório acompanha 0 principal (art. 233); Ato ilícito Praticado em desacordo com a ordem até a tradição a coisa pertence ao devedor, com jurídica, causando danos a terceiros e criando dever Obrigação de indenizar (art. 927) seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais se de repará-los. Aquele que, por (arts. 186 e 187), causar dano poderá exigir aumento do preço ou resolução do Abuso de direito Titular de um direito que, ao a outrem fica obrigado a repará-lo. Os bens dos respon- contrato (art. 237); obrigação pecuniária (arts. exercê-lo, excede manifestamente impos- sáveis pela ofensa ou violação do direito de outrem fica- 315 e 318). Se a coisa perecer antes da tradição, tos por seu fim econômico ou social, pela rão sujeitos à reparação do dano patrimonial ou moral cau- sem culpa do devedor, extingue-se a obrigação; ou pelos costumes. sado. Se a ofensa tiver mais de um autor, todos respon- havendo culpa, haverá indenização pelo valor da derão solidariamente pela reparação (art. 942). titular coisa, mais perdas e danos (arts. 234 e 236). Responsabilidade civil da ação poderá propô-la contra um ou todos ao mesmo Coisa incerta (arts. 243 a 246): o devedor se obri- 1. Contratual Descumprimento de cláusula do con- tempo. Aquele que pagar a indenização terá direito de ga a entregar objeto incerto, porém já indicado trato (inquilino que não paga aluguel). regresso contra demais para reaver o que desembolsou. pelo gênero e quantidade, faltando definir a qua- 2. Extracontratual ou aquiliana Inobservância de lidade (ex.: obrigação de entregar dez bois). A normas gerais de conduta, como respeito às pes- Exclusão da ilicitude (art. 188) determinação se faz pela escolha (concentração). soas e aos bens alheios (atropelamento causado por Não constituem atos ilícitos: praticado em legíti- Esta pertence, em regra, ao devedor, se contrá- excesso de velocidade). ma defesa ou no exercício regular de um direito (art. rio não resultar do contrato. devedor não pode- 188, I); deterioração ou destruição de coisa alheia ou rá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a Teorias lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente (art. melhor. Realizada a escolha, a obrigação trans- 1. Objetiva 188, II); ausência de nexo de causalidade; culpa exclu- forma-se em dar coisa certa. a) Conduta (fato lesivo) siva da vítima; caso fortuito ou força maior. b) Obrigação de fazer (arts. 247 a 249) Prestação Positiva (ação) a regra. de um serviço ou ato positivo (material ou imate- Negativa (omissão) Elementos: 1) dever juri- Responsabilidade por ato de terceiros rial) do devedor (trabalho manual, intelectual, dico de praticar determinado ato; 2) prova de São também responsáveis pela reparação civil, ainda tico). A impossibilidade do devedor de cumprir a que ato não foi praticado; 3) demonstração de que não haja culpa de sua parte (arts. 932 e 933): pais, obrigação de fazer, bem como a recusa execu- que, caso fosse, 0 dano seria evitado. tutores e curadores, pelos filhos menores, pupilos e tá-la, acarreta 0 inadimplemento contratual. No caso b) Dano curatelados que estiverem sob sua autoridade e em de obrigação de fazer será livre ao credor Moral (extrapatrimonial) Sentido próprio: sua companhia; 0 empregador ou comitente, por seus mandá-lo executar por terceiro à custa do devedor abalo dos sentimentos de alguém, provocan- empregados, serviçais e prepostos, no do tra- ou pedir indenização por perdas e danos. Se a obri- dor, tristeza, desgosto, depressão, etc. balho que lhes competir ou em razão dele; donos gação for infungível, resolve-se em perdas e danos, Sentido impróprio (amplo): lesão de todos e de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde não se podendo constranger fisicamente 0 devedor. quaisquer bens ou interesses pessoais (exceto se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educa- No entanto, admite-se a execução específica median- econômicos), como liberdade, integridade fisi- ção, por seus hóspedes, moradores e educandos; que te cominação de multa diária (astreinte), estabele- ca, honra, nome, etc. Na reparação do gratuitamente houverem participado nos produtos do cida pelo juiz (arts. 461, e 461-A, CPC). dano moral não se pede um preço para a dor, crime, até a concorrente quantia. 2. Negativas mas um meio para atenuar, em parte, as con- Obrigação de não fazer (arts. 250 e 251) deve- sequências desta no âmbito emocional e punir Efeitos da decisão proferida no juízo criminal dor se compromete a não praticar certo ato que pode- causador (finalidade preventiva e punitiva). A responsabilidade civil independe da criminal, porém ria ser praticado, não fosse a obrigação assumida (ex.: A lei não traz critérios para a quantificação da não se pode mais questionar sobre a existência do fato obrigação de não construir acima de certa altura para indenização; o juiz a fixará analisando a exten- ou sobre quem seja seu autor quando essas questões não obstruir a visão do vizinho). são do dano, as condições econômicas dos envol- já se acharem decididas no juízo criminal (art. 935). Quanto aos elementos vidos e grau de culpa do agente. Sentença penal condenatória (autoria e fato compro- 1. Simples: um sujeito ativo, um sujeito passivo e um Patrimonial vados) vincula: juiz cível deve julgar a ação pro- objeto. Dano emergente Efetiva diminuição do patri- cedente. 1. Compostas mônio da vítima. Sentença penal absolutória (negativa peremptória do a) Pluralidade de objetos Lucro cessante 0 que a vitima razoavelmen- fato e/ou autoria) vincula: juiz civel deve julgar Cumulativa ou conjuntiva: devedor deve entre- te deixou de ganhar em razão da conduta do a ação improcedente. gar dois ou mais objetos, decorrentes da mesma agente. Sentença absolutória (falta de provas non liquet) causa ou título (dar um carro e um apartamen- não vincula: 0 juiz civel pode condenar ou absol- to). 0 devedor se desonera cumprindo todas Súmula 37, STJ São cumuláveis as indenizações por ver, dependendo da prova colhida. as prestações. 0 inadimplemento de uma envol- dano material e dano moral oriundos do mesmo fato. ve descumprimento total da obrigação. Alternativa ou disjuntiva: devedor se desone- c) Nexo causal Relação de causalidade entre 0 dano Tanto 0 direito da de exigir a reparação do ra com 0 cumprimento de qualquer uma das pres- e a conduta ilícita do agente. Se houver dano, mas dano como 0 dever de prestá-la são transmissíveis aos tações (entregar um cavalo ou dois bois). A esco- sua causa não estiver relacionada com o comporta- herdeiros, até 0 limite das forças da herança (art. 943). lha pertence ao devedor, se contrário não ficou mento do agente, não haverá obrigação de indenizar. estipulado no contrato. 2. Subjetiva As regras sobre cálculo de indenização estão previs- b) Pluralidade de sujeitos Solidariedade (arts. Conduta, dano e causal Como acima expos- tas nos arts. 944 a 954. 264 a 285): cada um tem direito ou é obrigado to. 0 diferencial é 0 elemento subjetivo: culpa em pelo total da divida. sentido amplo do agente. Abrange: Ativa: pluralidade de credores. a) Dolo Voluntariedade; violação intencional do PARTE ESPECIAL Passiva: pluralidade de devedores. dever jurídico. 0 agente quer 0 resultado (dire- Mista: credores e devedores. to) ou assume 0 risco de produzi-lo (indireto). b) Culpa em sentido estrito Violação de um dever OBRIGAÇÕES A solidariedade não se presume; resulta da lei ou que o agente deveria conhecer e acatar. Não há Arts. 233 a 420 e 840 a 886 vontade das partes (art. 265). intenção de violar 0 dever jurídico, mas este é vio- lado em razão de: 1) imprudência: prática de Relação-jurídica natureza transitória entre cre- Outras modalidades um fato perigoso (dirigir veículo em rua movimen- dor e devedor, cujo objeto consiste em uma prestação Líquidas certas quanto à existência determina- tada com velocidade excessiva); 2) negligência: pessoal e das quanto ao objeto ou ilíquidas dependem de ausência de precaução ou indiferença em relação apuração prévia.Resumão Jurídico Divisíveis ou indivisíveis comportam ou não 9. Pessoais (intuitu personae) A pessoa do con- fracionamento, sem prejuizo de sua substância. CONTRATOS tratante é fundamental para a realização do negó- Propter rem parte direito real, parte cio. Impessoais A pessoa do contratante é direito pessoal (condomínio). Arts. 421 a 839 indiferente. Cláusula penal Acordo de vontades que visa à criação, modifi- Efeitos Multa contratual (arts. 408 a 416) Penalidade cação ou extinção de relações jurídicas de natureza 1. Exceptio non adimpleti contractus (arts. 476 e acessória imposta pela inexecução total ou parcial patrimonial. 477) Na exceção de contrato não cumprido, a da obrigação (compensatória) ou pelo retardo em regra é de que nos contratos bilaterais (sinalag- seu cumprimento (moratória). 0 limite é 0 valor da Elementos constitutivos máticos) nenhum dos contratantes poderá, antes obrigação principal. Se houver cumprimento par- 1. Duas ou mais pessoas. de cumprir sua obrigação, exigir a do outro, posto cial, a pena pode ser reduzida proporcionalmente. 2. Capacidade plena das partes (representação ou que há dependência reciproca entre as prestações. assistência dos incapazes). 2. Direito de retenção Permite ao credor conser- Mora (arts. 394 a 401) 3. Consentimento vontade sem vícios. var coisa alheia em seu poder além do momen- Retardamento ou imperfeito cumprimento da obri- 4. Objeto lícito, determinado ou determi- to em que deveria restituir, até pagamento do gação por culpa: nável e economicamente apreciável. que é devido (possuidor de boa-fé em rela- a) do devedor (solvendi, debitoris): não cumpre na 5. Forma prescrita ou não defesa em lei. ção às benfeitorias necessárias e úteis, penhor). forma, tempo e lugar estipulados: 3. Revisão dos contratos (arts. 478 a 480) Em ex re: fato previsto em lei ou no contrato; contratos devem ser cumpridos como ex persona: depende de uma providência do 1. Autonomia privada Liberdade dos contratan- foram estipulados (pacta sunt servanda). Excep- credor (notificação); tes para estipular o que lhes convier (não é prin- cionalmente, admite-se a revisão judicial quan- b) do credor (accipiendi, creditoris): recusa em cípio absoluto). do uma das partes vem a ser prejudicada sensi- aceitar o cumprimento da obrigação. 2. Observância das normas de ordem pública - velmente por uma alteração imprevista da con- Purgação da mora A parte que incorreu em Supremacia da tei (normas impositivas que visam juntura econômica. evento (extraordinário e mora corrige sua falha e cumpre voluntariamente ao interesse coletivo) sobre interesse individual. imprevisto) dificulta 0 adimplemento da obriga- a obrigação assumida anteriormente. 3. Obrigatoriedade (pacta sunt servanda) Em ção, sendo motivo de resolução contratual por regra, simples acordo de duas ou mais vonta- onerosidade excessiva (rebus sic stantibus). A Extinção das obrigações des é suficiente para gerar a obrigação. parte lesada pode ingressar em juízo pedindo a 1. Pagamento direto 4. Relatividade dos efeitos contrato, em regra, revisão contratual ou sua rescisão. a) Pessoas envolvidas: solvens (pessoa que deve só vincula as partes que nele intervierem. 4. Arras ou sinal (arts. 417 a 420) Prova de con- pagar) e accipiens (pessoa que recebe). 5. Boa-fé objetiva As partes devem agir com leal- clusão do contrato, assegura cumprimento da b) Objeto e prova do pagamento: quitação (arts. dade, probidade e confiança (art. 422). obrigação e é de pagamento. Arrepen- 313 a 326). Está ligada à justiça social, solidariedade e dig- dimento previsto implica arras penitenciais; arre- c) Lugar do pagamento (arts. 327 a 330) nidade da pessoa. pendimento não previsto, arras Regra: quérable (domicilio do devedor). Exce- 6. Função social do contrato A liberdade de con- Súmula 412, STF: "No compromisso de compra ção: portable (domicilio do credor). tratar será exercida em razão e nos limites da fun- e venda com cláusula de arrependimento, a devo- d) Tempo Vencimento: fixado pelas partes (arts. ção social do contrato. Atém-se mais à intenção do lução do sinal, por quem 0 deu, ou a sua resti- 331 a 333). que ao sentido literal das disposições. Visa ao equi- tuição em dobro, por quem recebeu, exclui inde- e) Formas especiais de pagamento líbrio das partes, coibe cláusulas abusivas, prevê a nização maior a título de perdas e danos, salvo Pagamento por consignação (arts. 334 a revisão por onerosidade excessiva: justiça contratual. juros moratórios e encargos do processo". 345) devedor deposita a coisa devida, 5. Evicção (arts. 447 a 457) Perda da propriedade liberando-se de obrigação líquida e certa. Se Formação para terceiro por sentença judicial e ato jurídico for em dinheiro, pode optar pelo depósito Duas vontades: proposta (ou oferta) e aceitação. anterior. A evicção não precisa estar expressa no extrajudicial em conta bancária. Regra: feita a proposta, vincula proponente contrato, pois decorre da lei. No entanto, con- Pagamento com sub-rogação (arts. 346 a (art. 427). trato pode ter previsão expressa, reforçando, ate- 351) Substituição na obrigação de uma coisa nuando ou agravando a responsabilidade. alic- por outra (real) ou de uma pessoa por outra Momento da celebração nante somente ficará isento de responsabilidade se (pessoal) com mesmos ônus e atributos. Entre presentes: momento da aceitação da proposta. foi pactuada a cláusula de exclusão da garantia e Imputação pagamento (arts. 352 a 355) Entre ausentes (teoria da expedição): momento adquirente, informado do risco, o aceitou. Pessoa obrigada por dois ou mais débitos em que a aceitação é expedida. 6. Vício redibitório Nos contratos bilaterais, uma da mesma natureza, líquidos e vencidos, a parte deve garantir à outra que esta possa usu- um só credor tem o direito de escolher Local da celebração fruir o bem, conforme sua natureza e destinação. deles está pagando. Regra: lugar em que foi proposto, admitindo-se Ocorrendo falhas ou defeitos na coisa alienada, 2. Pagamento indireto disposição em contrário (art. 435). surgem direitos para o adquirente. a) Dação em pagamento (arts. 356 a 359) Acordo de vontades entre credor e devedor, Classificação Código Civil Código de Defesa com objetivo de extinguir a obrigação, no 1. Unilaterais Apenas um dos contratantes assu- (arts. 441 a 446) do Consumidor qual credor consente em receber coisa (móvel me obrigações para com outro. Bilaterais Os Defeito oculto na coisa Defeito oculto, ou imóvel) diversa da originalmente devida. contratantes são simultaneamente credores e deve- que a imprópria ao aparente ou de fácil b) Novação (arts. 360 a 367) Criação de obri- dores uns dos outros (sinalagmáticos). USO a que se destina constatação; qualidade gação nova, extinguindo a anterior. Altera-se 2. Onerosos Trazem vantagens e ônus correspon- ou diminui do produto ou serviço objeto (objetiva ou real) ou substitui-se uma dentes para ambos os contratantes. Gratuitos sensivelmente 0 valor. não correspondente à das partes (subjetiva: ativa ou passiva). Não (benéficos) Vantagem para uma das partes, sem propaganda, rótulo, etc. produz satisfação do crédito. contraprestação. Em regra, os contratos bilaterais Objeto: bens, objetos de Objeto: produtos c) Compensação (arts. 368 a 380) Duas ou são onerosos, e unilaterais, gratuitos. Exceção: contratos comutativos (móveis ou imóveis, mais pessoas são ao mesmo tempo credoras mútuo sujeito a juros, que obriga a devolução (móveis ou imóveis). corpóreos ou incorpóreos) e devedoras umas das outras. As obrigações, da quantia emprestada (contrato unilateral), deven- e serviços. quando liquidas e fungíveis entre si, extin- do-se pagar juros (onerosidade). Efeitos: redibir 0 contrate Efeitos: substituição do guem-se até onde se compensarem. 3. Comutativos As prestações de ambas as par- ou reclamar abatimento produto, devolução do d) Confusão (arts. 381 a 388) Incidência tes são conhecidas e guardam relação de equi- no preço. dinheiro e restituição da uma mesma pessoa das qualidades de credor valência. Aleatórios Pelo menos uma das pres- coisa (redibir) e devedor (ninguém pode ser credor e deve- tações não é conhecida no momento da celebra- abatimento proporcional dor de si mesmo). ção do contrato (risco futuro e incerto). do preço (art 18, 4. Nominados Contratos previstos na lei. Ino- Prazos decadenciais. Regra: Prazos decadenciais. Regra: Observação: atual Código Civil trata da tran- minados Não tipificados na lei, mas admissi- a) Móveis: 30 dias a) Produtos não-duráveis: sação (arts. 840 a 850: extinção da obrigação veis pelo direito. da tradição. 30 dias da constatação por mútuas concessões) e da arbitragem (arts. 5. Paritários Os interessados discutem as cláusu- b) Imóveis: um ano ou entrega. 851 a 853: as partes confiam a árbitros a solu- las contratuais em pé de igualdade. De adesão da tradição. b) Produtos duráveis: ção de seus conflitos de interesses) como formas Uma das partes adere às cláusulas já estabelecidas 90 dias da constatação de contrato e não como formas de pagamento. pela outra; não podem ser impressos com letras miú- ou entrega. das ou redação confusa ou Na dúvida, 3. Extinção sem pagamento: remissão (perdão bila- interpreta-se da forma mais favorável ao aderente. Extinção da relação contratual teral), renúncia (unilateral), prescrição, impossibi- 6. Consensuais Perfazem-se pelo simples acordo 1. Normal: execução, cumprimento ou adimple- lidade de execução por caso fortuito ou força maior de vontades. Reais Aperfeiçoam-se com a entre- mento. e implemento de condição ou termo extintivo. ga da coisa (traditio). 2. Rescisão ou dissolução 7. Solenes (formais) Obedecem a uma forma espe- a) Causas anteriores ou contemporâneas: nuli- Declaração unilateral de vontade cial, prescrita em lei. A falta desta formalidade dade, condição resolutiva, direito de arrepen- (arts. 854 a 926) leva à nulidade do negócio. Não-solenes Inde- dimento. Promessa de recompensa. pendem de forma especial. A forma é livre, bas- b) Causas supervenientes: resolução (inexecu- Gestão de negócios. tando 0 simples concentimento dos envolvidos. ção voluntária ou involuntária), resilição bila- Pagamento 8. Principais Existem independentemente de outro. teral (distrato) ou unilateral, onerosidade exces- Enriquecimento sem causa. Acessórios Sua existência supõe a do principal siva ou morte de um dos contratantes nas obri- Títulos de crédito. (fiança). gações personalissimas (intuitu personae).Resumão Jurídico PRINCIPAIS CONTRATOS Observação: pelo atual Código, a prestação de serviços e a empreitada não são espécies de loca- POSSE (arts. a 1.227) ção, mas sim de contratos autônomos. Exercício pleno ou não de alguns dos poderes Compra e venda (arts. 481 a 532) inerentes à propriedade. Uma pessoa se obriga a transferir de uma Empréstimo (arts. 579 a 592) coisa, corpórea ou incorpórea, e a outra, a pagar Alguém entrega uma coisa para outrem, gratui- Teorias preço em dinheiro. bilateral, one- tamente, obrigando-se este a devolver a mesma coisa 1. Subjetiva (Savigny): corpus (poder sobre roso, comutativo ou aleatório, consensual ou solene. ou devolver outra da mesma espécie e quantidade. a coisa) e animus (intenção de ter a coisa para si). Elementos: coisa, preço e consenso. Não transfere 2. Objetiva (Thering): apenas corpus. domínio. Este é transferido pela tradição (móveis) ou Modalidades: Nosso Código adota a teoria objetiva. pelo registro do título aquisitivo no Registro de Imó- 1. Comodato: empréstimo de uso em que bem veis. Os ascendentes não podem vender bens aos des- emprestado deverá ser restituído, não podendo de posse (art. 1.198) cendentes, sob pena de anulação, sem que haja con- fungível ou consumível (uma casa). Não res- Pessoa detém a coisa em virtude de dependência sentimento dos outros descendentes e do cônjuge do tituindo bem, comodante pode ingressar com econômica ou vínculo de subordinação (caseiro). alienante, salvo se casado sob 0 regime de separação ação de reintegração de posse e cobrar aluguel. obrigatória (poderia simular uma doação em 2. Mútuo: empréstimo de consumo em que bem Classificação dos demais herdeiros). Cláusulas especiais: usado, sendo ou consumivel, não pode- 1. Direta: exercida por quem detém materialmen- 1. Retrovenda (arts. 505 a 508) 0 vendedor se ser devolvido e a restituição será em seu equi- te a coisa. Indireta: exercida por meio de outra reserva o direito de reaver, cm prazo certo, 0 imó- valente, por outra coisa da mesma espécie, qua- pessoa. 0 locatário (inquilino) tem posse direta vel alienado, restituindo ao comprador preço lidade e quantidade (um quilo de feijão). Pode ser e locador, indireta. mais as despesas realizadas. gratuito ou oneroso 2. Justa: adquirida sem vícios. Injusta: adquirida 2. Venda a contento (arts. 509 a 512) 0 negó- com violência (esbulho), às escondidas (clandes- cio somente se perfaz se comprador se Depósito (arts. 627 a 652) tina) ou com abuso de confiança (precária). rar satisfeito (condição suspensiva). Uma pessoa (depositário) recebe de outra (depo- 3. Boa-fé: possuidor ignora vícios que impedem 3. Preempção (arts. 513 a 520) comprador se sitante) um objeto móvel para guardá-lo, temporá- sua aquisição legal. Má-fé: tem ciência dos vícios. obriga a oferecer ao vendedor a coisa móvel ou ria e gratuitamente, até que depositante 0 recla- 4. Nova ou velha (mais de um ano e um dia). imóvel, caso for vendê-la a terceiro, para que se me. Se a pessoa não restituir a coisa ao final do con- exerça direito de prelação (preferência) em trato, pode ter a prisão decretada (depositário infiel). Aquisição igualdade de condições. Apreensão da coisa, exercício de direito, disposi- 4. Reserva de domínio (arts. 521 ven- Mandato (arts. 653 a 709) ção da coisa, tradição e constituto possessório (aque- dedor reserva para a propriedade do bem até Alguém (mandatário) recebe de outro (mandan- le que possuía em nome próprio passa a possuir em que se realize pagamento integral do preço. te) poderes para, em seu nome (do mandante), pra- nome de outrem proprietário que vende imóvel e ticar atos ou administrar interesses. 0 instrumento continua na posse como locatário art. 1.205). Troca ou permuta (art. 533) do mandato escrito é a procuração. mandato Quem pode adquirir: o interessado, seu represen- As partes se obrigam a dar uma coisa por outra pode ser legal, judicial ou convencional (ad judicia tante (mandatário) ou terceiro (gestor de negócios). que não seja dinheiro. Operam-se, ao mesmo tempo, ou ad negotia). Substabelecimento: transferência duas vendas, servindo as coisas trocadas de com- dos poderes recebidos a terceira pessoa, com ou Efeitos pensação anulável a troca de valores sem reserva. 1. Direito de invocar interditos (ações) desiguais entre ascendentes e descendentes sem 0 a) Manutenção de posse: turbação (ato que expresso consentimento dos outros descendentes e Transporte (arts. 730 a 756) embaraça 0 exercício da posse). do cônjuge do alienante. Pessoa ou empresa se obriga, mediante retribui- b) Reintegração de posse: esbulho (ato pelo qual ção, a transportar, de um local para outro, pessoas possuidor se vê despojado da posse injus- Estimatório (arts. 534 a 537) ou coisas (animadas ou inanimadas). tamente). Uma das partes (consignatário) recebe de outra c) Interdito proibitório: ameaça de turbação ou (consignante) bens móveis, ficando autorizada a Seguro (arts. 757 a 802) esbulho. vendê-los e obrigando-se a pagar um preço esti- Uma das partes (segurador) se obriga perante outra d) Nunciação de obra nova: impede a realiza- mado previamente se não restituir as coisas consig- (segurado), mediante pagamento de um prêmio, ção de obras que estejam em desacordo com nadas dentro do prazo ajustado. a garantir-lhe interesse legítimo relativo a pessoa ou regras de construção. coisa e a indenizá-la de prejuízo decorrente de ris- e) Dano infecto: medida preventiva com fun- Doação (arts. 538 a 564) futuros, previstos no contrato. dado receio de que demolição ou vício de cons- Alguém, por liberalidade, transfere de seu patri- trução do prédio vizinho venha a causar mônio bens ou vantagens para de outrem, que os Fiança ou caução fidejussória aceita. Espécies: pura e simples, com encargo, con- (arts. 818 a 839) 2. Percepção de frutos dicional, a remuneratória (há propósito de Promessa feita por uma ou mais pessoas de garan- a) Possuidor de boa-fé: tem direito ao uso e recompensar donatário por serviços prestados). Doa- tir ou satisfazer a obrigação de um devedor, se este gozo da coisa e aos frutos percebidos; perde ção de ascendentes para descendentes importa em não a cumprir, assegurando ao credor seu efetivo 0 direito aos frutos pendentes assim que ces- adiantamento da legítima; é nula a parte excedente do cumprimento. sar a boa-fé. que poderia dispor em testamento, bem como diante b) Possuidor de má-fé: responde pelos da inexistência de reserva de parte ou renda sufi- DIREITO DAS COISAS ZOS que causou, pelos frutos colhidos e per- ciente para a subsistência do doador. Pode ser revo- cebidos e pelos frutos que por sua culpa se gada se houver descumprimento de encargo ou ingra- Arts. 1.196 a 1.510 perderam; tem, no entanto, direito às despe- tidão (atentar contra a vida ou caluniar doador). sas de produção (evita-se enriquecimento Direito pessoal Direito das coisas sem causa). Locação (arts. 565 a 578 e 593 a 626) 1. Relação entre pessoas. 1. Relação direta entre 0 3. defesa da posse e desforço imediato Uma das partes, mediante remuneração, se com- Dualidade de homem e as coisas. (art. 1.210, possuidor turbado ou esbulha- promete a fornecer à outra, por certo tempo, 0 uso a) ativo Apenas um sujeito: ativo. do poderá manter-se ou restituir-se por sua pró- e gozo de uma coisa infungível, a prestação de um b) passivo (devedor). pria força, contanto que o faça logo. Os atos não serviço ou a execução de determinado trabalho. 2. Objeto: sempre uma 2. Objeto: sempre uma coisa podem ir além do indispensável. Espécies: prestação do devedor (corpórea ou incorpórea). 4. Indenização de benfeitorias necessárias e úteis: 1. Locação de serviço: prestação de serviços eco- (ex.: dar, fazer, não fazer). posse de boa-fé; só necessárias: má-fé. nomicamente apreciável. 2. Locação de obra ou empreitada: execução de 3. Principio básico: 3. Principio básico: regras 5. Possibilidade de ser mantido sumariamente, obra ou trabalho. autonomia privada. de direito público. por meio de liminares: posse velha. 3. Locação de coisas: uma das partes (locador ou 4. Não-taxatividade: as 4. Taxatividade: devem estar Perda senhorio) se obriga a ceder à outra (locatário ou obrigações, de forma geral, previstos expressamente na lei; Abandono, tradição, perda ou destruição, posse inquilino), por tempo determinado ou não, 0 podem ou não estar erga omnes. previstas na lei. de outrem e constituto possessório (arts. 1.223 e uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa 1.224). remuneração. Salvo estipulação em contrário, se 5. Violado: parte pode Violado: parte pode houver mais de um locador ou locatário, enten- ingressar com ação, mas ingressar com ação contra Composse de-se que são A locação de imóveis somente contra a quem detiver a coisa. Pluralidade de sujeitos e coisa indivisa: urbanos é regulada pela Lei 8.245/91. 0 loca- outra parte. Pro indiviso: cada compossuidor tem a parte dor só pode exigir uma das seguintes garantias, Exemplo: contratos Exemplo: posse e ideal do bem. sob pena de nulidade: a) caução (máximo três em geral. propriedade. Pro diviso: há uma divisão de fato do entre meses); b) fiança; c) seguro-fiança locatícia. compossuidores. Durante prazo convencionado, 0 locador não poderá reaver 0 imóvel alugado; já 0 locatário Conjunto de regras que regulamentam as relações PROPRIEDADE (arts. 1.228 a 1.368) poderá devolvê-lo, pagando multa, se pactuada. jurídicas entre 0 homem e as coisas. o locatário poderá denunciar a locação por prazo Direito que a pessoa física ou jurídica tem de indeterminado mediante aviso por escrito ao loca- Conteúdo usar, gozar ou fruir, dispor de um bem ou reivin- dor, com antecedência de 30 dias. No 1. Posse dicá-lo de quem injustamente 0 possua. Reafir- caso de alienação, 0 locatário tem direito de pre- 2. Direitos reais ma-se a função social da propriedade (art. 5.°, ferência para adquirir 0 imóvel em igualdade de a) Propriedade XXIII, CF). condições com terceiros. b) Direitos reais sobre coisa alheiaResumão Jurídico Classificação c) Não presume, deve ser expressa (registro de imó- 3. Bens hipotecáveis: imóveis, acessórios móveis em con- 1. Plena: presentes todos elementos da propriedade veis), interpretando-se junto com imóveis, nua propriedade e domínio útil, estra- (uso, gozo, disposição e reivindicação). d) E e inalienável, não podendo ser usada das de ferro, recursos minerais, navios e aeronaves. Lei 2. Limitada: recai algum ônus sobre a propriedade (ex.: para outra finalidade. 11.481/07 acrescentou: direito de uso especial para fins de hipoteca) ou cla é resolúvel. 4. Classificação moradia, direito real de uso e propriedade a) Quanto à natureza: rural ou urbana. 4. Espécies: convencional, legal e judicial. Propriedade imóvel b) Quanto ao modo de exercicio: contínua ou não-con- 5. Características 1. Aquisição tinua, positiva ou negativa. a) Acessório, e sempre de natureza civil. a) Acessão: formação de ilhas, aluvião (acréscimo pau- c) Quanto à exteriorização: aparente ou não-aparente. b) Exige registro: publicidade e especialização. latino de terras às margens do rio mediante lentos 5. Constituição: contrato (inter vivos), testamento (causa c) Não há tradição: devedor continua na posse do bem. depósitos naturais ou desvio de águas), avulsão (repen- mortis), usucapião ou sentença judicial. d) Permite-se que um bem seja hipotecado mais de uma tino deslocamento de uma porção de terra por força 6. Extinção: remincia do titular, resgate, confusão, não- vez (sub-hipoteca), desde que não haja proibição natural violenta, desprendendo-se de um prédio e jun- -uso durante dez anos consecutivos ou construção expressa e 0 bem tenha valor superior ao da soma tando-se a outro), álveo abandonado (rio que seca ou de estrada. Pode ser removida desde que não dimi- de todas as hipotecas. desvia totalmente seu curso) e artificiais (acréscimos nua as vantagens do prédio dominante. 6. Perempção: extinção da hipoteca pelo decurso de 30 pelo homem: plantações e construções). Observação: não confundir com passagem forçada, anos. 0 prazo não comporta suspensão nem interrupção. b) Usucapião (prescrição aquisitiva) que é instituto de direito de vizinhança, em que uma 7. Extinção: pagamento, destruição da coisa, do Extraordinária (sem justo título): 15 anos. Prazo das propriedades está credor, adjudicação ou consolidação. cai para dez anos se possuidor estabelece mora- dia ou realiza obras de caráter produtivo. Usufruto (arts. 1.390 a 1.411) Anticrese (arts. 1.506 a 1.510) Ordinária (justo dez anos e prova de boa- 1. Conceito: direito real em que alguém pode usar (ex.: 1. Conceito: direito real de garantia pelo qual credor -fé. Prazo cai para cinco anos se imóvel foi adqui- morar) ou fruir (ex.: alugar) coisa alheia, tempora- retém imóvel do devedor e recebe seus frutos até 0 rido onerosamente, estabelecendo moradia ou riamente, sem a substância. valor emprestado. investimento de caráter econômico. 2. Partes 2. Partes Constitucional: cinco anos, estabelecendo mora- a) Usufrutuário (beneficiário): tem direito de usar a) Credor anticrético: empresta dinheiro e recebe a dia, não sendo proprietário de outro imóvel. Rural: ou fruir a coisa alheia. posse do imóvel. máximo 50 hectares, tornando-o produtivo (arts. b) Nu-proprietário: dono da coisa. b) Devedor anticrético: recebe o dinheiro e entrega bem. 191, CF; 1.239, CC); urbana: máximo 250 3. Objeto: (registro) e móveis (infungíveis e 3. Características (arts. 183, CF; 1.240, CC). inconsumíveis). a) Exigem-se registro e entrega da coisa. Observação: os imóveis públicos não podem ser 4. Classificação b) Não há direito de preferência na objeto de usucapião. a) Quanto à extensão: universal ou particular, 4. Efeitos: o credor pode: arrendar a terceiros; reter e fruir c) Modos derivados: sucessão hereditária (causa mor- ou restrito. pessoalmente. tis) e registro de transferência (inter vivos). b) Quanto à duração: temporário ou vitalício. 5. Extinção: pagamento, término do prazo (máximo 15 2. Perda: alienação, renúncia, abandono, perecimento, 5. Constituição: contrato (inter vivos), testamento (causa anos), do credor, perecimento do bem ou desa- desapropriação e usucapião. mortis), força de lei. propriação. 6. Extinção: morte do usufrutuário, término do prazo Propriedade móvel (30 anos se em de pessoa des- DIREITO REAL DE AQUISIÇÃO Aquisição e perda Originária: ocupação e usuca- truição da coisa, consolidação, prescrição, renúncia pião (extraordinária: cinco anos; ordinária: três anos). ou desistência. A nua propriedade pode ser alienada; Compromisso ou promessa irretratável Derivada: especificação (transformação de coisa móvel usufruto, em regra, é inalienável (só pode ser alie- de venda (arts. 1.417 e 1.418) em espécie nova lapidação de diamante), confusão (mis- nado ao próprio nu-proprietário). 1. Conceito: contrato pelo qual uma pessoa se obriga a tura entre coisas comistão (mistura entre coi- vender a outra bem imóvel, outorgando-lhe a escritu- sas sólidas), adjunção (justaposição de uma coisa sobre Uso e habitação (arts. 1.412 a 1.416) Γa definitiva após cumprimento das obrigações. a outra), tradição (entrega) e herança. Aplicam-se as regras do usufruto, no que não for con- 2. Partes trário a sua natureza. a) Condomínio b) Compromitente-vendedor Um mesmo bem pode pertencer a várias pessoas, caben- Enfiteuse 3. Requisitos do a cada uma igual direito sobre 0 todo (comproprie- Alguém atribui a outrem domínio útil de um imó- a) Ausência de cláusula de arrependimento dade). Espécies: vel, mediante 0 pagamento de foro anual fixo e perpé- b) Outorga (uxória ou marital). 1. Convencional ou voluntário (arts. 1.314 a 1.330): tuo. Código atual proibe a constituição de novas enfi- c) Inscrição no Registro de Imóveis. resulta de acordo de vontade das pessoas. teuses, bem como a cobrança de laudêmios nas trans- 4. Execução: escritura definitiva ou sentença de adjudi- 2. Edilício: prédio de apartamentos (arts. 1.331 a 1.358 missões do bem aforado. Atuais enfiteuses ficam man- cação compulsória. e Lei 4.591/64). tidas, sob regime do Código anterior (arts. 678 e seguin- 5. Extinção: execução voluntária do contrato, execução tes) e leis especiais, até sua extinção (art. 2.038). compulsória (adjudicação no registro imobiliário), dis- Direitos de vizinhança 1.277 a 1.313) trato (mútuo consentimento) ou resolução judicial. Uso anormal da propriedade. (arts. 1.369 a 1.377) Árvores limitrofes. Proprietário concede a outrem (superficiário), por Passagem forçada. tempo determinado, gratuita ou onerosamente, direi- Resumão Jurídico Águas. to de construir ou plantar em seu terreno. Substituiu a Limites entre prédios e construção (devassamento, enfiteuse. Deve ser registrada. Não autoriza obras no A coleção Resumão Jurídico é um projeto editorial da águas e beirais, paredes divisórias e tapagem). subsolo, exceto se for inerente ao objeto da concessão. Barros, Fischer & Associados Ltda. em parceria com Instituto de Orientação para Reciclagem em Propriedade resolúvel DIREITOS REAIS DE GARANTIA Extingue-se com a ocorrência de uma condição reso- lutiva ou de um termo final (dou minha fazenda a X até Penhor (arts. 1.431 a 1.472) abril de 2020, quando então a propriedade será de even- 1. Conceito: transferência da posse de coisa móvel rea- E ORD tual neto de Y fideicomisso). lizada pelo devedor ao credor, para garantir 0 paga- mento de um débito. DIREITO CIVIL DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA 2. Partes 10* edição Janeiro/2009 Arts. 1.369 a 1.510 a) Credor pignoraticio: empresta dinheiro e recebe a posse da coisa. Autor: Lauro Escobar juiz de Direito, auditor do Tribunal de Justiça Militar/SP: professor em diversos cursos especialmente do Espécies b) Devedor pignoraticio: entrega o bem. autor de diversas obras sobre Direito Direito Penal Militar e Direito Direitos reais de gozo ou fruição. 3. Características Processual Penal graduado e pós-graduado pela Pontificia Uni- versidade de São Paulo. Direitos reais de garantia. a) Regra: bens móveis. Exceção: safra futura. Edição: Barros Direito real de aquisição. b) Regra: tradição (entrega). Exceções: penhor rural, indus- Arte: Claudio Scalzite Direitos reais de interesse social (Lei 11.481/07: regu- trial ou de veículo (posse continua com 0 devedor). Preparação e revisão: Márcia Menin Resumão Direito Civil uma publicação da Fischer & larização fundiária em imóveis da União): a) conces- c) Acessório, uno e indivisivel. ciados sob licença editorial do Copyright © 2005 Lauro R. Esco- são de uso especial para fins de moradia; b) conces- 4. Classificação bar Direitos desta edição reservados para Barros, Fischer & Associados Ltda. são de direito real de uso. a) Convencional: civil, mercantil, rural (agricola ou Importante: acompanhe eventuais atualizações legislativas de Direito Civil no site pecuário), industrial. EnderNeço: Rua 86 DIREITOS REAIS DE Gozo OU FRUIÇÃO b) De direitos (arts. 1.451 a 1.460). São CEP 05050-020 0 (xx) 3675-0508 c) De (arts. 1.461 a 1.466). Site: www.bafisa.com.br Servidão predial (arts. 1.378 a 1.389) d) Legal (arts. 1.467 a 1.472). E-mail: bafisa@uol.com.br 1. Conceito: dever que proprietário de um prédio tem 5. Extinção: pagamento (extinção da dívida), perecimen- Exord: Av. Paulista. 171. andar. Tel.: (xx) 1 3372-2500 Site: www.exord.com.br E-mail: de suportar de alguns direitos em favor de to da coisa, confusão ou adjudicação judicial. Impressão: Eskenazi Indústria Ltda. outro prédio. Distribuição e vendas: 0 (xx) 3675-0508 2. Partes Hipoteca (arts. 1.473 a 1.505) 1. Conceito: direito real de garantia que grava coisa imó- Atenção ISBN 978-858874952-8 a) Prédio dominante: tem direito à servidão b) Prédio serviente: deve servir ao outro prédio (prestador). vel pertencente ao devedor sem transmissão de posse É expressamente 3. Características proibida a reprodução ao credor. total parcial do con- a) Prédios devem pertencer a proprietários diferentes. 2. Partes teúdo desta publica- b) Serve à coisa e não ao dono; acompanha 0 imóvel a) Credor hipotecário: empresta ção sem a prévia auto- quando este é transferido. b) Devedor hipotecante: oferece bem em garantia. rização do editor. 9 788588 749528