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ANTIMICROBIANOS: A inflamação é uma resposta do organismo a lesões ou agentes agressivos e pode ocorrer sem infecção. A infecção envolve um patógeno (vírus, bactéria ou parasita) e pode desencadear uma inflamação. Infecções bacterianas frequentemente levam a pus e leucocitose com desvio à esquerda. Infecções virais podem ter febre, secreção mucosa e anorexia, mas sem pus. Infecções parasitárias podem causar desidratação, anorexia e inflamação crônica. QUANDO USAR? Ampicilina = bactericida com pouca duração O antibiótico deve cobrir tipo de bactéria presente no tecido acometido. Na profilaxia perioperatória obrigatoriamente um BACTERICIDA pois deve matar a bactéria. • LPS = endotoxina das bactérias Gram-negativas. • Liberado quando a bactéria morre (por antibióticos ou sistema imune) ou quando se multiplica. • Causa inflamação intensa, ativando macrófagos via TLR-4 e liberando citocinas pró- inflamatórias. • Atrai neutrófilos, aumentando a resposta inflamatória e a secreção (pus). • Induz febre ao estimular o hipotálamo. Isso explica por que infecções por bactérias Gram-negativas podem ser graves e até levar a choque séptico, devido à liberação massiva de LPS e sua forte ativação do sistema imunológico. Bactérias facultativas: Algumas bactérias podem viver tanto com quanto sem oxigênio. Exemplo: Escherichia coli. Anaeróbicas estritas: Algumas não toleram oxigênio de jeito nenhum, como Clostridium tetani. Anaeróbicas aerotolerantes: Não usam oxigênio, mas podem sobreviver em sua presença. ONDE ELAS HABITAM? S. aureus = Piodermite complicada entra BG- O S. aureus inicia a infecção, danificando a pele e facilitando a colonização por bactérias Gram- negativas, que tornam a piodermite mais grave e difícil de tratar. Exemplos de BG- que podem complicar a piodermite: • Pseudomonas aeruginosa → Comum em infecções úmidas e resistentes a antibióticos. • Proteus spp. → Associado a infecções em pele comprometida. • Escherichia coli → Pode estar presente em infecções secundárias, especialmente em locais contaminados. ● CITOLOGIA = Para identificar forma da bacteria ● CULTURA E ANTIBIOGRAMA ( Teste de Susceptibilidade aos Antimicrobianos –TSA) - DIAGNOSTICO DEFINITIVO Medem a sensibilidade ou resistência da bactéria QUANDO FAZER CULTURA? ● Suspeita-se de uma infecção complicada ou com risco de vida ● O paciente não responde ao tratamento inicial ● A infecção é recorrente ou refratária – principalmente otites/pele/TUI ● O paciente está imunossuprimido – oncologia,pediátrico, FELV, Cinomose.. ● É necessário monitorar uma infecção estabelecida ● Suspeita-se de infecção por bactérias multirresistentes – de origem hospitalar ● Qualquer infecção do trato urinário ou pioderma que requeira antibioticoterapia sistêmica Antibióticos e Quimioterápicos O QUE CONSIDERAR NA ESCOLHA? AGENTE ETIOLÓGICO: Agente infeccioso provável Sítio de infeccção É comunitária ou hospitalar? – onde adquiriu? 95% das comunitárias são BGP E 90% das hospitalares = BGN ANTIMICROBIANO: Características farmacocinéticas/ farmacodinâmica/ custo/ toxicidade PACIENTE: Informações do paciente – idade, raça. Alguma comorbidade? – hipersensibilidade a alguma medicação? Tem fármacos que não podem ser usados em filhotes, renal – fármacos potencialmente nefrotoxicos Nos casos em que a infecção está causando dor ou desconforto graves, ou para infecções complicadas que apresentam risco de vida, o tratamento com antibióticos é geralmente iniciado antes que os resultados da cultura e do teste de sensibilidade estejam disponíveis. Amplo: amoxi (pega mto mais GP e – GN) Restrito = metronidazol Amicacina/gentamicina = restrito 1 dose de antimicrobiano pode induzir a disbiose (pode ficar até 1 ano com diarreia) Não pode usar protetor gástrico com atb ou aine Probiotico e atb não pode ser usado pela mesma via (oral) pode oral e iv ou com intervalo de tempo. Ampicilina = 8h em t ambiente e 48h refrigerada Doxiciclina = Precipita no RL Ceftriaxona = 6h em T ambiente 24 h refrigerada Cefalotina = Inativada RL 12h em temperatura ambiente 7 dias refrigerada Qual via utilizar? Local: tópico, otológico, oftálmico Sistemico: Intravenoso, intramuscular (não fazer em paciente grave), subcutâneo (não fazer em paciente desidratado), oral/retal. Descalanamento (retirada da medicação) Após SC cessarem continuar de 12h- 24h e cortar ATB. *poucos atb ultrapassam barreira hematoencefálica (por isso duração de tratamento maior) Sem antibiograma pq em tese não tem mais bacteria QUAIS OS ANTIMICROBIANOS DISPONÍVEIS? PENICILINAS ● Mec. ação: inibem síntese da parede celular bacteriana; ● Amplo espectro; ● Classificação: ○ Benzilpenicilinas (ex: penicilina procaína, bezatina); ○ Penicilinase resistentes (ex: oxacilina); ○ Aminopenicilinas (ex: amoxicilina e ampicilina); - oral ○ De espectro ampliado (ex: ticarcilina); ○ Inibidores de β-lactamase – enzima produzida pela bacteria para destruir anel betalactamico os atb, por isso não usar amoxi isolada (+ sulbactam, + clavulanato); Os inibidores de β-lactamase são substâncias adicionadas a alguns antibióticos β-lactâmicos para impedir a ação das β-lactamases, enzimas produzidas por certas bactérias para destruir o anel β- lactâmico dos antibióticos e torná- los ineficazes. Como funciona a resistência bacteriana às β-lactamas? ✔ Os antibióticos β-lactâmicos (como penicilinas e cefalosporinas) possuem um anel β-lactâmico que é essencial para sua ação. ✔ Esse anel se liga às proteínas ligadoras de penicilina (PBPs) da bactéria, impedindo a formação da parede celular e levando à sua morte. ✔ Algumas bactérias desenvolveram um mecanismo de resistência: produzem β-lactamases, enzimas que quebram o anel β-lactâmico, tornando o antibiótico ineficaz. Por que não usar amoxicilina isolada? A amoxicilina isolada pode ser destruída por β-lactamases produzidas por bactérias resistentes, como Staphylococcus spp., Escherichia coli, Klebsiella spp., Proteus spp., entre outras. Isso reduz sua eficácia no tratamento de infecções. Para evitar isso, associamos a amoxicilina a um inibidor de β- lactamase, como: • Amoxicilina + Clavulanato (Clavulin®) • Amoxicilina + Sulbactam Esses inibidores inativam a β- lactamase, protegendo o antibiótico e permitindo que ele atue na bactéria. Resumo prático: ✔ Bactérias resistentes produzem β-lactamases para inativar antibióticos β-lactâmicos. ✔ Inibidores de β-lactamase protegem o antibiótico, permitindo que ele atue contra a bactéria. ✔ Evitar o uso de amoxicilina isolada em infecções suspeitas de resistência; sempre preferir combinações como amoxicilina + clavulanato ou amoxicilina + sulbactam. PENICILINAS: ● INDICAÇÕES CLÍNICAS: ○ pneumonias (penicilinas são as drogas de escolha), ○ otites e sinusites (aminopenicilinas potencializadas), - outras não funcionam ○ infecções cutâneas (piodermites superficiais e profundas), ○ infecções do aparelho reprodutor e urinário (cistite bacteriana, piometrite, etc) ○ Infecções orais, ○ endocardites bacterianas (penicilinas resistentes à penicilinase). ● Seguras para gestantes, lactantes e neonatos; ● Dificuldade em ultrapassar BHE; ● Hipersensibilidade e diarreias; CEFALOSPORINAS ● Mec. ação: inibem síntese da parede celular bacteriana; ● Amplo espectro; ● Gerações: ○ 1ª geração (ex: cefalotina, cefalexina) ○ 2ª geração (ex:cefoxitina) ○ 3ª geração (ex: cefovecina, ceftriaxona, ceftiofur) ○ 4ª geração (pouco uso) INDICAÇÕES CLÍNICAS: ○ 1ª geração: pele, tecidos moles, infecções do trato urinário não complicadas, profilaxia cirúrgica; ○ 2ª geração: trato respiratório, SNC,pele, infecções urinárias, infeções mistas (aeróbia/anaeróbia) de tecido mole. ○ 3ª geração: bacilos gram negativos adquiridos no ambiente hospitalar, dentre elas: infecção de ferida cirúrgica, pneumonias, ITUs complicadas. Meningites por gram negativos, inclusive por Pseudomonas. ● Vômitos e diarreia, hipersensibilidade e mielossupressão; QUINOLONAS: BACTERICIDA INDICAÇÕES CLÍNICAS: ○ Trato genitourinário (inclusive pielonefrites, prostatites); ○ Gastroenterites (inclusive salmonelose); ○ Trato respiratório: infecções de vias aéreas superiores, exacerbação de bronquite crônica, pneumonias agudas ○ Meningites ○ Osteomielites (agudas ou crônicas) ○ Infecções de pele e de tecido cutâneo complicadas (cultura e atb), ○ Micobactérias ● ATENÇÃO: bem absorvidas por VO, alimentos não reduzem a absorção, mas retardam o pico da concentração sérica AMINOGLICOSÍDEOS – BACTERICIDA ● INDICAÇÕES CLÍNICAS: ○ sepse, ○ infecção trato urinário, ○ endocardite, ○ infecção respiratória, ○ infecção intra-abdominal, ○ infecções oculares, ○ osteomielite e artrite; ● Sinergismo com B-lactâmicos TETRACICLINAS – BACTERIOSTÁTICO ● Mec. ação: inibição da síntese proteica (30S); ● Amplo espectro: gram +, gram -, aeróbias e anaeróbias, espiroquetas, riquétsias, micoplasmas, clamídias e alguns protozoários. ● Alteração na cor dos dentes hipoplasia de esmalte dentário e crescimento ósseo anormal em filhotes; ● Esofagite – felinos (fornecer com alimento) **DOXICICLINA** +indicado pra atipicas ● INDICAÇÕES CLÍNICAS: ○ Traqueobronquites complicadas (B. Bronchiseptica) ○ Pneumonias (2ª escolha- Mycoplasma or B. bronchiseptica) ○ Rinite bacteriana (rara) SULFONAMIDAS – BACTERIOSTÁTICO ● Mec. ação: inibem o metabolismo do ácido fólico; ● Quimioterápico; ● Associada ao trimetropim (sinergismo) → BACTERICIDA ● Espectro: gram +, gram e - aeróbicas e alguns protozoários; ● Atingem níveis terapêuticos no líquor, líquido sinovial, pleural e peritoneal-80% da [ ] plasmática, ultrapassam barreira placentária ; METRONIDAZOL – BACTERICIDA E PROTOZOARICIDA Grupo dos Nitroimidazóis ● Mec. ação: Inibe replicação, inativa o DNA; ● Espectro limitado: exclusivo ANAERÓBICOS; ● INDICAÇÕES CLÍNICAS: ○ Infecções geniturinárias; ○ Algumas diarreias agudas e crônicas; (comprovação de colite bacteriana) ○ Giardíase (não é 1ª escolha); (metro é terceira escolha) ○ Tricomoníase; ○ Encefalopatia hepática. - só tem anaerobica no cólon.