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Conteudista: Prof. Esp. Acacio Silva Barros Revisão Textual: Prof. Esp. Pérola Damasceno Objetivos da Unidade: Explicar o conceito de Avaliação Nutricional de Idosos e a aplicação dos instrumentos de avaliação nutricional e identificação de risco nutricional em idosos; Apresentar as recomendações de ingestão dos macronutrientes e micronutrientes para a pessoa idosa. 📄 Material Teórico 📄 Material Complementar 📄 Referências Avaliação Nutricional da Pessoa Idosa Avaliação Nutricional A avaliação nutricional é um processo detalhado realizado por profissionais de saúde, como nutricionistas, médicos ou outros especialistas qualificados, com o objetivo de analisar o estado nutricional de uma pessoa. Essa avaliação é essencial para compreender a relação entre a alimentação, a saúde e as condições clínicas de um indivíduo. Para a avaliação nutricional de pessoas idosas, é fundamental identificar e tratar possíveis deficiências nutricionais, garantir a manutenção da saúde e prevenir doenças relacionadas à má nutrição. Essa avaliação mostrará para o nutricionista qual o estado nutricional do paciente. O estado nutricional avaliado pela Avaliação Nutricional é identificado por meio de: Página 1 de 3 📄 Material Teórico Anamnese inicial com dados e histórico do paciente; Recordatório alimentar; Avaliação antropométrica (como peso, altura, circunferência da cintura); Avaliação bioquímica (exames de sangue para nutrientes específicos); Avaliação clínica e exame físico. O estado nutricional do paciente idoso pode ser influenciado por diversos fatores sendo os principais listados a seguir: Saiba Mais Estado nutricional é definido como a condição de saúde de um indivíduo influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes, e é identificada pela correlação de informações obtidas através de estudos físicos, bioquímicos, clínicos e dietéticos. Ingestão alimentar: refere-se à quantidade e à qualidade dos alimentos consumidos. Uma dieta equilibrada, rica em nutrientes essenciais, é fundamental para um bom estado nutricional; Absorção e metabolismo: além de consumir nutrientes, o corpo deve absorvê-los e utilizá-los adequadamente. Problemas digestivos, condições médicas ou deficiências comuns no envelhecimento podem interferir na absorção e metabolismo dos nutrientes; Reservas corporais: o corpo humano mantém reservas de nutrientes essenciais, como vitaminas e minerais, que podem ser utilizadas em momentos de necessidade. Entretanto, é preciso atenção visto que com o envelhecimento pode haver esgotamento dessas reservas tais como depleção proteica; Saúde e condições médicas: certas condições médicas, como doenças crônicas, infecções, condições gastrointestinais e uso de medicamentos, podem impactar a ingestão, absorção e utilização de nutrientes, afetando o estado nutricional; Um estado nutricional adequado é fundamental para promover a saúde e tratar doenças associadas ao envelhecimento. A má nutrição pode levar a deficiências de nutrientes, desnutrição, excesso de peso, obesidade e aumentar o risco de desenvolver uma série de doenças crônicas, como diabetes, doenças cardiovasculares e problemas musculoesqueléticos trazendo prejuízos para a qualidade de vida do paciente idoso. Portanto, a avaliação e a manutenção de um estado nutricional adequado são essenciais para garantir o bem-estar e a qualidade de vida ao longo do tempo. A orientação e acompanhamento de nutricionistas desempenha um papel crucial na melhoria e na manutenção do estado nutricional de um indivíduo. Dados e Histórico do Paciente A avaliação nutricional deve iniciar com uma anamnese e coleta de informações detalhadas sobre o paciente, iniciando com dados pessoais, incluindo histórico de saúde, sintomas atuais, histórico familiar, hábitos de vida e outros dados relevantes. No contexto de um idoso, a anamnese é crucial para entender a saúde global, condições médicas anteriores e atuais, bem como as necessidades específicas associadas ao envelhecimento. Ao conduzir a anamnese com a pessoa idosa, alguns aspectos-chave devem ser considerados e entre eles deve estar também o tempo de entrevista, a necessidade de acompanhante, bem como uma linguagem clara e de fácil compreensão. Nessa anamnese, devem constar os seguintes pontos sobre o paciente: Ciclo de vida e fatores sociais: as necessidades nutricionais variam ao longo da vida, desde a infância até a terceira idade. Fatores socioeconômicos, culturais e comportamentais também desempenham um papel significativo no estado nutricional. Histórico médico: coleta de informações sobre condições médicas prévias, hospitalizações, cirurgias, alergias, medicamentos em uso e tratamentos atuais; História familiar: investigação sobre condições de saúde presentes em familiares próximos, o que pode ajudar a identificar predisposições genéticas ou hereditárias a certas doenças; História de saúde atual: exploração dos sintomas atuais, incluindo duração, gravidade e fatores desencadeantes (se houver) relacionados a condições médicas específicas; Hábitos de vida: indagação sobre hábitos alimentares, atividade física, tabagismo, consumo de álcool, padrão de sono e outras rotinas diárias, pois esses fatores podem influenciar significativamente a saúde do idoso; Saúde mental: avaliação de questões cognitivas, memória, humor, possíveis sintomas de depressão, ansiedade ou outros distúrbios mentais comuns em idosos; História nutricional: obtenção de informações sobre a dieta habitual, apetite, preferências alimentares, dificuldades na alimentação, problemas digestivos e suplementação nutricional, se houver; Capacidade funcional: avaliação da capacidade do idoso para realizar atividades diárias, como: se vestir, tomar banho, cozinhar e outras habilidades funcionais; Suporte social: identificação de redes de apoio, cuidadores, ambiente familiar e condições de moradia para entender o suporte disponível ao idoso. Importante! A conduta para a anamnese do idoso requer alguns cuidados, elencados a seguir: Questionários de Triagem e Avaliação Nutricional Para se avaliar o estado nutricional e intervir de maneira adequada para o tratamento do paciente idoso, é preciso conhecer seu padrão alimentar. Essa avaliação dos hábitos alimentares deve ser realizada através de questionários e entrevista durante a anamnese. Existem diferentes métodos para avaliar o consumo alimentar e os hábitos dietéticos das pessoas. Entretanto, nem todos os métodos podem ser eficazes para a pessoa idosa e por isso, devem ser analisados individualmente. Os mais utilizados métodos de consumo alimentar para pacientes idosos são: Déficits sensoriais, principalmente auditivos, podem interferir no levantamento da história; Importante, para a primeira consulta, solicitar ao paciente ou ao familiar que leve todos os seus fármacos, inclusive os de venda livre; Os profissionais de saúde também devem ouvir e entrevistar os familiares com frequência para comparar os pontos e, também, verificar a mudança na dependência funcional desse paciente. Recordatório alimentar: durante a consulta, o indivíduo relata todos os alimentos e bebidas consumidos em um período específico, geralmente nas últimas 24 horas. Essa técnica é baseada na memória do indivíduo e fornece informações detalhadas sobre os tipos de alimentos, porções e horários das refeições. Em geral, o paciente pode esquecer de alguns itens e não é tão confiável; Diário alimentar: similar ao recordatório alimentar, porém, o indivíduo registra todos os alimentos e bebidas consumidos ao longo de um período determinado, como vários dias, uma semana ou mais. Isso pode oferecer uma visão mais abrangente dos padrões alimentares e ser mais fidedigno. Deve-se entregar Figura 1 – Exemplo de diário alimentar para o paciente idoso Fonte: Acervo do conteudista #ParaTodosVerem: imagem de um questionário em forma de tabela com fundo branco. Na parte superior, informações sobre os dados pessoas do paciente esobre como deve ser realizado o preenchimento. Abaixo, uma tabela de cinco colunas contendo os itens, da esquerda para direita: data e horário, local, alimento e tipo de preparação, quantidade ingerida e observações. Abaixo, colunas em branco para o preenchimento. Fim da descrição. previamente a folha do diário para o paciente e para alguém da sua família ou cuidador que irá auxiliar o preenchimento; Métodos de pesagem e medidas diretas: técnicas mais precisas que envolvem pesar os alimentos antes e depois do consumo ou realizar medições diretas das porções consumidas. Uma outra ferramenta para avaliar consumo alimentar e anamnese que pode ser utilizada em pacientes idosos é a Mini Avaliação Nutricional (MNA®), que apesar de ser de uma marca registrada é de livre utilização. A MNA® é uma ferramenta de controle e avaliação que pode ser utilizada para monitorar o estado de saúde e estado nutricional de pacientes idosos, para que, dessa forma, seja possível ter ações de tratamento mais eficazes (NESTLÉ, 2020). É uma avaliação composta por um questionário com dezoito questões, subdividido em quatro domínios: dietética, antropometria, avaliação global e autoavaliação. Cada questão possui um valor numérico que dará uma pontuação final – score com o diagnóstico. Figura 2 – Imagem com a primeira folha da Mini Avaliação Nutricional (MNA®) Fonte: Reprodução #Paratodosverem: imagem de um questionário com fundo branco e letras azuis e pretas contendo campo em retângulo azul para descrição dos dados pessoais em cima. Abaixo e à esquerda, um quadro em azul mais escuro com perguntas de triagem relacionadas à perda de peso e à mobilidade. À direita, com fundo branco, perguntas relacionadas à avaliação global do paciente. Fim da descrição. MNA® Forms Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Mini Avaliação Nutricional Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Antropometria A antropometria é a ciência que estuda as medidas do corpo humano, incluindo suas proporções, dimensões e composição física. Na nutrição, é uma metodologia essencial para avaliar o crescimento, desenvolvimento, estado nutricional e composição corporal das pessoas. As variáveis antropométricas para a pessoa idosa não são muito distintas da população adulta, Site Explore a MAN nos sites a seguir. https://www.mna-elderly.com/mna-forms https://www.avantenestle.com.br/servicos/calculadoras/mna sendo as mais utilizadas: peso, estatura, o Índice de Massa Corporal (IMC), perímetro do braço, perímetro da panturrilha, circunferência abdominal, circunferência do quadril, dobra cutânea tricipital, dobra cutânea subescapular e a Velocidade de Perda de Peso (VPP). Para obter os dados antropométricos de idosos de forma segura e eficaz é preciso se atentar a algumas condutas como em toda avaliação. O examinado deve ser comunicado a respeito das orientações da coleta antecipadamente para ir com roupa adequada e manter o paciente informado do que está sendo realizado para melhor conforto no processo de análise. O Brasil ainda não dispõe de dados antropométricos populacionais que possam ser utilizados como referência para avaliação de idosos. Para esses casos, a Organização Mundial da Saúde recomenda a utilização dos valores encontrados no National Health and Nutrition Examination Survey, de 1988-1994 (NHANES III). Peso Corporal O Peso Corporal (PC) representa o somatório de todos os tecidos e compartimentos do corpo: água, massa óssea, tecido muscular, tecido epitelial e gorduroso. É uma variável importante, pois, juntamente com a estatura, calcula-se o IMC do paciente e, por meio de equações específicas, pode-se calcular a necessidade energética diária do indivíduo. Para aferir o peso, o paciente deve subir em uma balança, estar posicionado em pé, sem apoiar- se, descalço, com braços estendidos ao longo do corpo e com o mínimo de vestimenta. Figura 3 – Aferição de peso do paciente Fonte: Getty Images #Paratodosverem: homem branco, cabelos castanhos, de frente, vestindo jaleco branco. Ele está pesando em uma balança mecânica branca um homem negro de camisa azul de manga longa, de cabelos e bigode brancos. Ele sorri enquanto observa a balança. Fim da descrição. Na impossibilidade de medir o peso na forma convencional (com o uso de balança e o paciente em pé), o valor do peso poderá ser obtido por meio de equipamentos específicos como maca ou cama-balança. Entretanto, esses equipamentos são caros e de difícil aquisição. Uma outra opção para obter o valor do peso do indivíduo acamado é por meio de estimativa de valores através do uso de equações que utilizam variáveis antropométricas, sendo a mais conhecida a proposta por Chumlea et al. (1987), com diferença para cada sexo, conforme a Tabela a seguir: Tabela 1 – Equações para Estimativa de Peso em Pacientes Acamados Homem Mulher (0,98 x perímetro da panturrilha) + (1,16 x altura do joelho) + (1,73 x perímetro do braço) + (0,37 dobra cutânea subescapular) – 81,69 (1,27 x perímetro da panturrilha) + (0,87 x altura do joelho) + (0,98 x perímetro do braço) + (0,4 dobra cutânea subescapular) – 62,35 Os valores podem apresentar diferenças para os valores de peso reais, entretanto, muitas vezes são a única alternativa para o nutricionista obter os valores de IMC e necessidade energética diária. Uma outra situação que pode dificultar a aferição do peso é a presença de edemas no paciente, condição bastante comum em idosos devido a complicações circulatórios e/ou uso de medicamentos. Se uma pessoa estiver sofrendo de edema, especialmente edema significativo, o peso corporal registrado na balança refletirá esse acúmulo de líquido nos tecidos. Isso pode resultar em um peso mais alto do que o usual. Assim, em pacientes com presença de edema, deve-se descontar valores em quilo ao valor final obtido, conforme a Tabela 2. Glossário Edema: é a acumulação anormal de líquido nos tecidos corporais, Tabela 2 – Classificação do Peso a ser Descontado na Presença de Edema, Segundo Região do Corpo Período Perda significativa Perda severa 1 semana 1 - 2% >2% 1 mês 5% >5 3 meses 7,5% >7.5 6 meses 10% >10 Fonte: Adaptada de DUARTE; BORGES 2007 Velocidade de Perda de Peso (VPP) O peso do ser humano tende a diminuir com o envelhecimento devido à redução da quantidade de água e massa muscular, sendo melhor observado esse peso no sexo masculino (CHUMLEA et al., 1989). Entretanto, nos dias atuais apesar dessa tendência, temos considerável sobrepeso e obesidade na população idosa, especialmente devido aos hábitos de vida e ambiente obesogênico. Segundo estudos, o ganho de peso dos homens atinge um platô com cerca de 65 anos e dez anos mais tarde, aos 75 anos nas mulheres, entrando em declínio após essa idade (OMS, 1995). levando ao inchaço, geralmente nas extremidades, como tornozelos, pernas e pés. Em pessoas idosas, a perda de peso é geralmente ligada à falta de apetite, alteração do paladar ou devido a efeitos colaterais de remédios e, em alguns casos, condições como demência ou falta de cuidadores podem contribuir, levando a esquecimentos das refeições e inadequações na alimentação. Um fator importante para a perda de peso é a diminuição da massa muscular e óssea, o que pode resultar em fragilidade e aumento do risco de fraturas nos idosos. Apesar de considerada normal no envelhecimento, a perda de peso pode ser um indicativo de alguma patologia ocorrendo no paciente e deve ser identificada. O nutricionista precisa se atentar a mudanças repentinas de perda de peso, especialmente em pacientes hospitalizados. A alta velocidade de perda de peso pode estar associada à perda preponderante de massa muscular, que é um importante marcador de subnutrição. Para calcular a perda de peso de um paciente, devemos utilizar a seguinte equação: Vejamos, na Tabela 3, os níveis de perda de peso de acordo com os períodos estipulados: Tabela 3 – Classificação de Perda de Peso em Indivíduos Período Perda significativa Perda severa 1 semana1 – 2% >2% 1 mês 5% >5 3 meses 7,5% >7.5 Período Perda significativa Perda severa 6 meses 10% >10 Fonte: Adaptada de BLACKBURN et al., 1977 Veja um exemplo de como calcular o percentual de perda de peso: Idosa, com peso atual de 50 Kg; altura 1,65 m; IMC 18,4 kg/m2. Em consulta de três meses atrás teve seu peso aferido em 55 Kg. O percentual de perda de peso da idosa em três meses foi de 9%, o que caracteriza perda de peso severa. A perda de peso já é considerada preocupante quando é maior que 2% em uma semana. Apesar disso, a perda de peso muitas vezes é gradual e subdiagnosticada. Estudos apontam que a fragilidade no idoso caracteriza-se pela presença de sinais e sintomas como perda de peso não intencional de até 5 Kg nos últimos cinco anos aliado a autorrelato de fadiga, diminuição da força de preensão, redução das atividades físicas, diminuição na velocidade da marcha. Essas condições podem ter várias causas, sendo importante diagnosticar sua relação com a má alimentação, falta de nutrientes específicos e desnutrição. Estatura A estatura (A) é a dimensão do corpo correspondente à medida que se estende do topo da cabeça até a base dos calcanhares (sola do pé). Quando ela é medida com o indivíduo em pé, é denominada altura. Para crianças até dois anos, é denominada comprimento. Para pacientes idosos é um valor que isoladamente não permite a avaliação do estado nutricional, mas é uma medida importante para o cálculo do IMC. Para medir a altura da pessoa idosa é necessário posicionar o paciente em pé, de costas para o equipamento, com o corpo e cabeça encostado na haste ou parede, descalço e com os braços estendidos ao longo do corpo e palmas das mãos para dentro. A medição deve ser preferencialmente com o uso do antropômetro ou, se não for possível, com fita métrica inelástica em uma parede plana. Figura 4 – Aferição de estatura Fonte: Getty Images #Paratodosverem: em um quarto de hospital, a mulher branca de cabelo preto e liso, vestindo calça e jaleco branco, está de frente a uma menina medindo sua estatura em um estadiômetro. A criança tem cabelos grandes e loiros, veste camisa branca. Fim da descrição. Você Sabia? Você sabia que encolhemos quando ficamos velhos? Figura 5 – Desenho Anatômico da Perda de Estatura com o Avanço da Idade Fonte: Adaptada de HANSEN, 2020 Estima-se que o valor da altura do ser humano diminua com o avanço da idade com um declínio de 0,5 a 2 cm por década, devido especialmente à perda de densidade mineral das vértebras e de água contida nos discos intervertebrais. Os discos são estruturas flexíveis de cartilagem fibrosa, que compõem 25% da coluna vertebral e perdem essa água ao longo da vida, se achatam, diminuindo a nossa estatura. Outro causador da diminuição da coluna vertebral é o desgaste das próprias vértebras. #Paratodosverem: imagem com três esqueletos. O primeiro, à esquerda, com idade de 55 anos, apresenta pouca envergadura da coluna. O do meio tem 65 anos e já aparenta maior envergadura e diminuição de altura. O mais à direita está com 75 anos e com bastante envergadura das vértebras da coluna e, consequentemente, menor estatura. Fim da descrição. Altura do Joelho Para pacientes acamados que não podem levantar, a estatura será obtida por estimativa utilizando as fórmulas de Chumlea e colaboradores (1985), aplicando a altura do joelho, ou estatura recumbente ou ainda pela extensão dos braços (envergadura). A altura do joelho é a melhor medida para pacientes acamados. Deve ser aferida na perna direita (ou na perna esquerda), com o indivíduo em posição supina ou sentada, com o joelho flexionado em ângulo de 90°, utilizando-se um paquímetro ou, na sua ausência, uma fita métrica inelástica. Para obtenção da estatura recumbente, o paciente deve estar em posição supina, com leito horizontal completo e deve-se marcar o lençol na altura da extremidade da cabeça e da base do pé no lado direito do indivíduo e medir a distância entre as duas marcas utilizando uma fita métrica flexível inelástica (GRAY et al., 1985). A envergadura do braço também pode ser utilizada como estimativa de altura, sendo obtida medindo-se a distância entre as pontas dos dedos médios (terceiro quirodáctilo) quando os braços estiverem abertos no nível dos ombros, fazendo um ângulo de 90º com o tronco (LOHMAN et al., 1988). A hemienvergadura do braço também é válida, medindo-se um dos braços até o meio do peito e multiplicando esse valor por dois. Figura 6 – Paciente idoso acamado com joelho dobrado para medição da estatura do joelho. Ele deverá estar deitado para a melhor aferição Fonte: Getty Images #Paratodosverem: mulher de blusa e calças verdes segurando o joelho de um homem idoso barba e cabelos brancos, vestindo blusa cinza e bermuda azul sentado em uma cama. Fim da descrição. Índice de Massa Corporal (IMC) O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma medida usada para avaliar a relação entre o peso e a altura de uma pessoa. É uma ferramenta comum e simples que pode ajudar a estimar se um indivíduo tem um peso corporal saudável em relação à sua altura. Ele é calculado segundo a relação entre o valor de peso corporal, dividido pelo quadrado do valor da estatura. Valores estimados de peso e estatura podem ser utilizados para cálculo do IMC. Vamos pensar em um paciente idoso de 1,70 de altura e 70 Kg. Logo, essa pessoa tem IMC de 24. Mas, como o nutricionista pode utilizar isso na prática clínica? Como vimos, um dos efeitos do envelhecimento sobre o organismo é a redução da estatura, e este é um dado importante pois pode superestimar o índice de massa corporal (IMC). Assim, para idosos os valores de IMC são diferenciados. Para o diagnóstico nutricional do paciente idoso, temos uma tabela do ministério da saúde com pontos de cortes e seu diagnóstico nutricional. Veja tais pontos na Tabela 4: Tabela 4 – Valores de IMC e o Diagnóstico Nutricional Relacionado Para calcular seu IMC, devemos, primeiro, multiplicar a altura por ela mesma (sua altura ao quadrado): 1,70m x 1,70m = 2,89m2; Depois devemos dividir seu peso pelo resultado da altura ao quadrado: IMC (kg/m2) Diagnóstico nutricional 27 Sobrepeso Fonte: Adaptada de OMS Assim, considerando seu IMC de valor 24 kg/m2 pela análise da tabela, esse paciente está com peso adequado. Importante! Muitas vezes, a medida de IMC pode não representar corretamente a composição corporal. Por exemplo, o músculo é muito mais pesado que a gordura. Logo, um halterofilista terá um IMC muito alto, mas isso não se reflete em obesidade, já que a maior parte de sua massa corporal é formada por musculatura. Assim, é preciso outras medidas para avaliar o estado nutricional corretamente. Circunferência Abdominal A circunferência abdominal é uma medida importante usada na avaliação do risco de saúde para adultos e pacientes idosos por estar associada à distribuição de gordura corporal, especialmente a gordura visceral. Essa gordura está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares, resistência à insulina, diabetes tipo 2 e outras condições de patologias prevalentes na população idosa. Sua medida é realizada com uma fita métrica ao redor da área da cintura, tipicamente na altura do umbigo. A medida deve ser realizada a partir da parte mais estreita da cintura ou do ponto situado na metade da distância, que separa as últimas costelas da parte superior do osso ilíaco. Em homens, uma circunferência abdominal superior a 102 cm é considerada um risco aumentado para problemas de saúde. Em mulheres, uma circunferência abdominal superior a 88 cm é considerada um risco aumentado. Entretanto, novas pesquisas têm questionado esses valores devido a não ter parâmetros para diferentes populações e diferentes etnias, sendo debatido se níveis mais baixos, de 94cm para homens e 80cm para mulheres, não seriam mais apropriados. Enquanto novos estudos não são disponibilizados, a recomendação para a manutençãoda saúde é de que a circunferência de cintura abdominal para mulheres deve ser menor que 80cm e para homens menor ou igual a 90cm. Qualquer valor acima desses representa um risco elevado para o indivíduo, com o risco cardiovascular aumentado progressivamente junto ao tamanho da cintura como demonstrado na Tabela 5. Tabela 5 – Análise de Risco Cardiovascular Segundo Valores da Circunferência Abdominal Índice de risco Homens Mulheres Normal Menor ou igual a 90 cm Menor ou igual a 80 cm Índice de risco Homens Mulheres Médio Entre 90 e 94 cm Entre 80 e 84 cm Alto Entre 94 e 102 cm Entre 84 e 88 cm Altíssimo Acima de 102 cm Acima de 88 cm Fonte: Adaptada de OMS Importante! A avaliação da circunferência abdominal é uma medida fácil e de grande importância na avaliação nutricional da pessoa idosa. Especialmente para homens, pois os riscos de morte por doenças cardiovasculares é maior em homens do que em mulheres segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Figura 7 – Medição de circunferência abdominal Fonte: Getty Images #Paratodosverem: mulher de jaleco, sendo mostrada do pescoço para baixo, está segurando uma fita métrica branca com números vermelhos, na barriga, pouco acima do umbigo, de um homem sem camisa e com calça preta e cinto preto. Fim da descrição. Além dos valores antropométricos demonstrados, outros indicadores podem ser importantes como indicadores do estado nutricional da pessoa idosa. O perímetro do braço, perímetro da panturrilha, perímetro do quadril e as dobras cutâneas tricipital, subescapular além da circunferência muscular do braço e a razão cintura quadril são medidas a serem consideradas na avaliação nutricional. Avaliação Bioquímica Os exames bioquímicos são análises laboratoriais que avaliam diversas substâncias químicas presentes no sangue, na urina ou em outros fluidos corporais. Esses exames fornecem informações essenciais sobre o funcionamento do organismo, ajudando a identificar desequilíbrios, diagnósticos de doenças, monitoramento de condições médicas e avaliação do estado de saúde geral de uma pessoa. Para pacientes idosos, esses exames são essenciais por indicarem como está o funcionamento do organismo, ajudando a identificar desequilíbrios, diagnósticos de doenças, monitoramento de condições médicas e avaliação do estado de saúde geral. Os exames laboratoriais de uso mais frequente e mais acessíveis na prática clínica para avaliação do estado nutricional de pessoas idosas são: Hemograma completo: fornece informações cruciais para diagnosticar condições como anemia, infecções, distúrbios de coagulação, doenças autoimunes, entre outros problemas de saúde; Perfil lipídico: avalia os níveis de colesterol total, colesterol HDL (bom), colesterol LDL (ruim) e triglicerídeos, sendo fundamental para avaliar o risco de doenças cardiovasculares; Glicemia: mede os níveis de glicose no sangue, importante para diagnosticar diabetes ou pré-diabetes; Hemoglobina glicada A1c (HbA1c): fornece uma medida média dos níveis de glicose no sangue ao longo de um período de aproximadamente 2 a 3 meses. Esta medida é usada principalmente para avaliar o controle glicêmico em pessoas com diabetes; Função hepática: exames como ALT (alanina aminotransferase), AST (aspartato aminotransferase), GGT (gama-glutamiltransferase), bilirrubina e fosfatase alcalina ajudam a avaliar a função hepática e diagnosticar problemas no fígado; Avaliação Subjetiva: Avaliação Clínica e Exames Físicos Na área da nutrição, os métodos subjetivos são usados para avaliar o estado nutricional de uma pessoa com base em sinais físicos, questionários e Avaliação Subjetiva Global (ASG). Esses métodos são úteis para complementar outras formas de avaliação nutricional mais objetivas, como análises laboratoriais e medidas antropométricas. Os chamados métodos subjetivos de análise do estado nutricional visam avaliar o paciente em consulta, observando seus dados em conversa e exames. No exame físico, relacionam-se sinais e sintomas ao diagnóstico do indivíduo. Já nos questionários e na avaliação subjetiva global, tem-se a avaliação clínica do paciente idoso, que pode ser realizado tanto à beira do leito do paciente, quanto na prática clínica do consultório. Nesses questionários e na Avaliação Subjetiva Global, temos questões simples e relevantes sobre a história clínica e aspectos físicos do paciente. Função renal: inclui exames como creatinina sérica, ureia e dosagem de eletrólitos (sódio, potássio, cálcio) para avaliar a função renal e a saúde dos rins; Proteínas totais e frações: mede a quantidade total de proteínas e suas frações (albumina, globulinas), auxiliando na avaliação nutricional e no funcionamento do fígado; Eletrólitos: avalia os níveis de sódio, potássio e outros eletrólitos, essenciais para o equilíbrio hidroeletrolítico do corpo; Ácido úrico e creatinina sérica: mede os níveis de ácido úrico no sangue, útil para diagnosticar gota e avaliar a função renal; Hormônios: exames para avaliar hormônios como TSH (hormônio estimulante da tireoide) e hormônios sexuais (testosterona, estrogênio) podem identificar desequilíbrios hormonais comuns em idosos; Vitamina D e B12: a deficiência dessas vitaminas é comum em idosos e pode impactar a saúde óssea, a imunidade e o sistema nervoso. A ASG é um método de avaliação que combina informações subjetivas e objetivas, utilizando dados obtidos por meio de histórico médico, exame físico e avaliação nutricional. O profissional de saúde avalia aspectos como perda de peso não intencional, alterações dietéticas, sintomas gastrointestinais e mudanças na funcionalidade, atribuindo uma classificação que varia de bem nutrido a gravemente desnutrido. Já o exame físico, inclui a inspeção e palpação à procura de sinais e sintomas de desvios nutricionais no paciente. Embora simples e de baixo custo, o exame físico é limitado. Tal limitação deve-se ao fato de os sinais e sintomas: O exame físico do idoso deve incluir todos os principais sistemas, mas com atenção particular às áreas de preocupação identificadas ao longo da anamnese. A observação do paciente e dos movimentos (p. ex., andar dentro do consultório, sentar ou levantar da cadeira, subir e descer da maca, tirar e colocar meias ou calçados) podem dar informações importantes sobre suas funções. A higiene pessoal (por exemplo, estado do vestuário, limpeza e odor) pode dar informações sobre o estado mental e a capacidade de cuidar de si mesmo. Juntamente com a anamnese, com o exame físico e questionamento sobre hábitos alimentares, variações de peso recente de peso, sintomas gastrointestinais e capacidade funcional, pode-se ter como base o uso de intervenções nutricionais específicas para prevenir ou tratar uma doença, lesão ou condição do paciente. O exame físico pode fornecer evidências das deficiências nutricionais ou de piora funcional que podem afetar o estado nutricional do idoso, sendo um bom reforço a dados perdidos em outras avaliações. Muitos sinais e sintomas estão relacionados à má alimentação ou a carências nutricionais. Na Tabela 6, os mais comuns no idoso estão relacionados: Tabela 6 – Sinais e Sintomas Mais Comuns Relacionados ao Estado Nutricional Não serem específicos de estado nutricional; Só se desenvolverem em estágios avançados da deficiência. Sistema corporal Aspectos normais Achados de má nutrição Possível diagnóstico Cabelos Brilhantes e firmes Opaco, quebradiço, seco, muita queda. Má nutrição proteico- energética. Olhos Globo ocular claro, membranas rosadas e fácil ajuste à luz. Membranas pálidas, mancha, vermelhidão, dificuldade para ajustar a luz. Deficiência de vitamina A, vitaminas do complexo B, zinco ou ferro. Dentes e gengiva Sem dores, sem sangramento. Descoloração, gengivas inchadas e com sangramento fácil. Alterações nos níveis de cálcio, fósforo, flúor e magnésio e de vitamina C. Língua Vermelha, áspera e sem saburra. Descolorida, lisa, inchada e com glossite. Alteraçõesnos níveis de vitamina C. Pele Lisa, firme e com boa coloração. Seca, áspera, manchada. Má nutrição proteico- energética e de vitaminas do Sistema corporal Aspectos normais Achados de má nutrição Possível diagnóstico complexo B e de vitamina C. Unhas Firmes, sem descamação e rosadas. Formato de colher, quebradiças, sulcadas, pálidas. Alterações no estado nutricional do ferro. Ossos e músculos Tônus muscular Aparência de perda muscular grave, calombos ou inchaços nas extremidades ósseas. Má nutrição proteico- energética, alterações no estado nutricional em vitamina D e cálcio. Fonte: AdaptadA de MAHAN, 2013 A avaliação nutricional adequada em idosos desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde e na prevenção de doenças. Ela também é determinantes para detecção precoce de alterações que, quando previamente tratadas, podem melhorar a qualidade e vida do paciente, sendo assim um importante promotor de saúde. Em resumo, os passos nutricionais para a avaliação nutricional do idoso são: Anamnese, mais completa possível, que interprete a fala do paciente idoso e de sua família e cuidadores; Questionários para entender o padrão alimentar e o caso clínico do paciente; Antropometria com diversos parâmetros adequados à idade do paciente; Exames bioquímicos correlacionados à exame físico para melhor diagnosticar possíveis deficiências nutricionais; Avaliação clínica e exames físicos úteis para obter informações sobre presença de sintomas gastrointestinais e outros sinais que podem indicar problemas nutricionais. Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Mini Avaliação Nutricional para Idosos Diabéticos On-line Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Avaliação Subjetiva Global do Estado Nutricional Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Página 2 de 3 📄 Material Complementar https://www.avantenestle.com.br/servicos/calculadoras/mna https://www.avantenestle.com.br/sites/default/files/2021-03/Anexo_6_AGS.pdf Vídeo Avaliação Nutricional de Idosos Leitura Avaliação Multidimensional do Idoso Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Avaliação Nutricional Subjetiva Global Avaliação Nutricional de IdososAvaliação Nutricional de Idosos https://repocursos.unasus.ufma.br/atencaobasica_20152/modulo_10/unidades.html https://www.youtube.com/watch?v=eg3PMWuAbLs Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=983415 BLACKBURN, G. L.; BISTRIAN, B. R. Nutritional and metabolic assessment of the hospitalized patient. JPEN, v. 1, p. 11-22, 1977. Disponível em: . Acesso em: 29/11/2023. BRASIL. Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Cadernos de Atenção Básica, Brasília, n. 19, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. 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