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DIREITOS REAIS Prof Ms Daniel Scremin de Oliveira dapeol@gmail.com DIREITOS REAIS x DIREITO DAS COISAS Conjunto das normas que regulam as relações jurídicas entre os homens, em face às coisas corpóreas, capazes de satisfazer às suas necessidades e suscetíveis de apropriação; Coisa é gênero a abranger tudo aquilo que não é humano, enquanto bens são coisas com interesse jurídico e/ou econômico, constituindo assim espécie de coisa. Oposição entre TEORIAS: Teoria Personalista – nega a realidade metodológica aos direitos reais e ao direito das coisas, pois considera que, mesmo quando a questão principal é uma “coisa corpórea”, a relação jurídica formar-se-ia entre as pessoas interessadas; Teoria Realista – defende a possibilidade de relação direta entre a pessoa e a coisa, com efeito erga omines. Revisão: DIREITOS REAIS x DIREITOS PESSOAIS Teorias de diferenciação (reais/pessoais) – “vínculo jurídico”: PERSONALISTAS: Direito pessoal: SUJEITO A – SUJEITO B / Direito real: SUJEITO A – COISA – SUJEITO B TEORIA DA INSTITUIÇÃO (Hauriou): Direito pessoal: SUJEITO A – VINCULO DE FONTE PESSOAL – SUJEITO B Direito real: SUJEITO A – VÍNCULO DE FONTE SOCIAL – SUJEITO B (SOCIEDADE) CLÁSSICA OU REALISTA: Direito pessoal: SUJEITO A – SUJEITO B / Direito real: SUJEITO A – COISA OBRIGAÇÕES PROPTER REM (em razão da coisa): também chamadas de in rem scriptae (gravadas na coisa), que situam-se entre o direito real e o obrigacional. Surgem como obrigações pessoais de um devedor, por ser ele titular de um direito real. Porém, aderem mais à coisa do que propriamente ao seu titular. Ex.: dívidas de impostos prediais, despesas de condomínios, hipoteca Comparativo: DIREITOS REAIS x DIREITOS PESSOAIS Os Direitos Reais, juntamente com os Direitos Pessoais, estão inseridos na categoria dos Direitos Patrimoniais. A diferença entre direito real e direito pessoal, é que os direitos reais são normatizados pelo direito das coisas e os direitos pessoais pelo direito das obrigações. O direito real consiste no poder jurídico da pessoa titular do direito subjetivo sobre a coisa, oponível contra terceiros, conforme conceito da Escola Clássica. Direito real é poder imediato do titular sobre a coisa objeto do direito sem intermediação, não há sujeito passivo necessariamente determinado nesta relação, que pode se estabelecer sobre coisas corpóreas e incorpóreas, por isso, a propriedade é o mais amplo ápice dos direitos reais. No direito pessoal aparecem sempre dois sujeitos (credor e devedor) ligados por uma obrigação de fazer, ou de não fazer ou ainda uma obrigação de dar coisa certa, enquanto o direito real é relativo à coisa tomada em si mesma. Somente os direitos reais podem ser adquiridos por usucapião. Os direitos reais distinguem-se pela tipicidade, elasticidade, publicidade e especialidade e seu objeto é necessariamente coisa determinada. Comparativo: DIREITOS REAIS x DIREITOS PESSOAIS Quadro Comparativo Direitos Reais Direitos Pessoais Ponto de incidência do direito Os Direitos Reais atribuem ao titular poder de senhoria direto e imediato sobre a coisa. No Direito Pessoal, o poder do titular atua sobre uma pessoa, o devedor, que lhe deve fazer uma prestação de conteúdo econômico. Relação Jurídica no Direito Real, ela se estabelece entre seu titular e todas as demais pessoas que, indistintamente, estão obrigadas (obrigação passiva universal) a não praticar ato que o turbe na utilização de seu direito. no Direito Pessoal, a relação jurídica é a que existe entre o titular do Direito Subjetivo (o credor) e uma pessoa específica (o devedor). Forma de Ação Os Direitos Reais estão protegidos por ações reais (actiones in rem) que podem ser intentadas, não apenas contra uma pessoa determinada (devedor), como sucede no Direito Pessoal, mas contra quem quer que tenha turbado a sua utilização (erga omnes). Ação deve ser sobre a pessoa determinada que detenha a legitimidade passiva, isto é, que “ocupe o outro pólo da relação obrigacional”. Direito de Seqüela E de preferência Direitos Reais outorgam ao titular a faculdade de seqüela, isto é, de perseguir a coisa nas mãos de quem quer que a detenha e dão ao titular a faculdade de preferência, ou seja, o poder de afastar todos aqueles que reclamem a coisa com base ou em Direito Pessoal ou em Direito Real posterior ao dele. Se resolve em perdas e danos ou através de ação regressiva. image2.png image3.png image1.png