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Odontologia Pediátrica - Psicologia em odontopediatria · Técnicas de manejo do comportamento infantil - Características socioeconômicas - Contexto familiar - Experiências prévias - Personalidade da criança - Nível cognitivo e de maturidade * Os pais tem um papel importante nos medos e temores dos filhos, é importante orientar os pais antes da criança · Avaliação do paciente: barreiras para um resultado bem sucedido - Atraso no desenvolvimento - Incapacidade física ou mental - Doença aguda ou crônica - Medos/Ansiedade - Registar o comportamento do paciente em todas as consultas - Documentação do comportamento passado serve como auxílio no diagnóstico para futuras consultas e outros colegas · Diagnóstico do paciente - Observação do comportamento da criança - Escuta da criança - Expressões faciais - Choro - Reclamações e movimento corporais - Não subestimar o nível de dor do paciente · Medo: - Medo do desconhecido-> satisfazer a curiosidade da criança, repetir rapidamente toda consulta - Objetivo-> proveniente de experiência desagradável anterior vivida pela própria criança em consultório odontológico (DIRETO) ou ambientes semelhantes (INDIRETO- médicos pediatras) - Subjetivo-> esse tipo de medo ocorre principalmente por informações de adultos ou crianças maiores. Expressão facial · Choro-> determinar a origem, a conduta a seguir, entender o choro, ajudar, acalmar Adaptação comportamental: 1. Estabelecer comunicação 2. Aliviar medo e ansiedade 3. Qualidade de saúde bucal 4. Promover uma atitude positiva da criança em relação aos cuidados de saúde bucal. * Pais e cuidadores-> devem ter confiança no cirurgião dentista e ser uma equipe para ajudar no tratamento Orientações: • As aflições, medo, ansiedade dos pais são transmitidos aos filhos • Trazer troca de roupa • Antes de iniciar o tratamento lembrar de coisas que gosta • Reforço positivo Evitar termos como: • Dor, agulha, sangue, picada, • Machucar, cortar.... • Não mentir – “não doeu”, “já está acabando”; “não vai doer” • Assinar termo de consentimento esclarecido • Os pais devem assinar o termo de autorização de realização de contenção física se necessária; • Explicar que a contenção é para: - Garantir a segurança da criança e equipe/qualidade do trabalho a ser realizado · Primeira consulta: - 90% fora da cadeira - realizar somente procedimentos indolores •Anamnese e orientações aos pais sobre a etiologia da doença cárie; • Condicionamento do comportamento da criança; • Técnicas de higiene para pais e crianças; • Escovação supervisionada • Prêmio de “bom comportamento” · Manejo da consulta: - técnicas farmacológicas-> anestesia geral, sedação consciente por óxido nitroso, analgesia - técnicas não farmacológicas: não restritivas Falar-mostrar-fazer-> explicar os procedimentos ao paciente (FALAR), demonstrar como os objetos funcionam e que reações provocam nos aspectos visuais, auditivo e olfativo (MOSTRAR) e finalmente realizá-los (FAZER). Toque-> tocar, acariciar, aconchegar, confortar Comunicação não verbal-> Reforçar e guiar o comportamento por meio do contato, da postura e da expressão facial. Modelagem-> deixar a criança brincar de ser dentista em troca de bom comportamento, usar os pais ou irmão como modelo primeiro, usar bonecos para demonstrar procedimento Distração-> colocar desenhos, fazer brincadeiras ou brinquedos para que a criança fique mais distraída Reforço positivo-> afetivo ou não afetivo Controle de voz-> É uma alteração controlada do volume e tom da voz para direcionar no comportamento do paciente. Pode ser usado em crianças a partir dos 3 anos de idade Não deve subjugar o paciente ou ser agressivo Contraindicações->Pacientes com deficiência auditiva Restritivas: Mão sobre a boca (não utilizada hoje em dia) -> colocar a mão na boca da criança enquanto ela chora Imobilização-> Indicada para pacientes que não cooperam: - Imaturidade; - Problemas físicos e/ou mentais; - Fracasso de outras técnicas de abordagem do comportamento; - Quando houver risco de acidentes para o paciente e/ou profissional. * imobilização com pessoas ou objetos (pedi wrap) Contraindicações: - Pacientes cooperativos - Condição médica pré-existente (pacientes cardiopatas pois pode ter aumento de PA) - Situação não emergencial - Pacientes que sofreram trauma físico ou psicológico anterior de estabilização protetora * termo de consentimento esclarecido assinado pelos pais ou tutores no prontuário - Higiene bucodental em odontopediatria · Fase pré eruptiva: - Criança nasce sem microrganismos - As bactérias fixam-se nos tecidos moles dos lábios, da bochecha e língua e nas células superficiais. - Como essas células se renovam rapidamente, as bactérias são deslocadas com elas pela saliva e não sobrevivem. * higienizar somente fundo de sulco e língua, o excesso de leite · Fase pós eruptiva: - Aumenta a chance de sobrevida das bactérias; - Faces linguais e vestibulares onde há atrito constante durante a mastigação, fonação e deglutição * a diarreia e febre vem pela criança procurar alívio colocando tudo na boca - higienizar logo após a erupção do primeiro dente - pequenos movimentos vibratórios, não realizar nas áreas hiperêmicas - as instruções devem ser reforçadas durante o tratamento, não devendo ser parte apenas da consulta inicial ou final, e, por esse motivo, as crianças devem trazer a escova em todas as consultas - o papel e motivação dos pais é essencial - a escovação deve ser feita pela criança - escolher a técnica de escovação-> stillman modificada, bass ou fones - posição de Starkey-> ficar atrás da criança de frente para um espelho e demonstrar a técnica de escovação - Características da dentição decídua e rizólise: · Desenvolvimento: - Ainda na gestação - Irrompimento dos IC - Perdura até por volta dos 36 meses · Padrão, variabilidade e previsibilidade: - Sequência de irrompimento: · Variações -> genética e fisiológica · Padrão mastigatório e deglutição -> Movimento simples ------- mastigação eficiente ▪ Movimentos de lateralidade, protrusão ▪ Deglutição madura ▪ 2,5 anos - caninos ▪ 3 anos – 2º molares - Tamanho e coloração: · Proporção equilibrada largura X altura · Bordas arredondadas · Menor translucidez - Tipos dos arcos dentários - Relações oclusais - Espaço livre de Nance - Inclinações dentárias · Classificação de Baume: · Tipo I - Diastemas entre os dentes anteriores - Mais favorável a um bom posicionamento dos dentes permanentes · Tipo II - Ausência de diastemas entre os dentes anteriores - Maior tendência de apinhamento na região anterior · Mista - Arco tipo I Superior e tipo II Inferior (mais frequente) ou arco tipo II superior e tipo I inferior. · Espaço primata: - pode ser positivo ou negativo - Mandíbula: entre o canino e o primeiro molar decíduo; - Maxila: entre o incisivo lateral e o canino. · Relação distal: - Antes da erupção dos permanentes - Relação pela face distal · Em plano: · Relação distal formando um degrau mesial para mandíbula: · Relação distal formando um degrau distal para a mandíbula: Dentição mista: - dentes decíduos e permanentes na arcada dentária - Alterações dimensionais - Crescimento da base óssea, em altura e comprimento das arcadas - Acomodar os dentes permanentes - 6, 5 anos -> primeiro molar permanente saindo - se necessidade, encaminhar para a orto a partir da dentição mista - Os dentes permanentes iniciam os movimentos de erupção somente quando a coroa está completa, correspondendo ao estágio 6 de Nolla. · Fases: - Dentição mista inicial -> incisivos decíduos em fase de esfoliação e irrupção dos incisivos e primeiros molares permanentes - Dentição mista intermediária -> incisivos e primeiros molares permanentes completamente irrompidos e presença dos molares e caninos decíduos. - Dentição mista tardia -> esfoliação dos caninos e molares decíduos e irrupção dos caninos permanentes e pré-molares. · Erupção dos 1º molares permanentes: - 2º ganho de DV -> 1º ganho é no 2º molar decíduo - Chave de oclusão - Fechamento do espaço primata - Curva de Speee Wilson - Relação de Angle - Remodelação da ATM -> na decídua é perto do plano oclusal · Erupção dos incisivos permanentes: - Expansão dos arcos dentários - Posicionamento lingual - Posterior posicionamento vertical - Fase do “Patinho feio” -> não falar isso para a criança · Relação interarcadas: A erupção dos incisivos permanentes determina modificações nas relações verticais/horizontais · Sobremordida (overbite) -> Corresponde à distância que a borda dos incisivos superiores avança sobre a borda dos incisivos inferiores, no sentido vertical. Normal é coroa dos incisivos inferiores estar coberta por aproximadamente em um terço pelos superiores. - Relacionada com a DV - Altura do ramo da mandíbula - Características de crescimento de cada indivíduo - Fatores genéticos - Meio externo - Perda precoce de decíduos. · Sobressaliência (overjet) -> Corresponde à distância horizontal entre a superfície palatina dos incisivos superiores e a superfície vestibular dos incisivos inferiores. Normal varia de 0 a 3mm. - Fatores ambientais - Perda precoce de decíduos > 3mm Classe II 0 a 3 mm Normal grão de arroz > 4 anos -> grão de ervilha - Enxaguantes bucais: Indicar para crianças maiores de 6 anos, alta atividade de cárie, programas de saúde pública Desvantagens -> toxicidade (não pode ser usada em crianças pequenas), custo-benefício - Método tópico profissional: · Fluoreto de sódio neutro a 2%: gel Indicações -> Crianças menores que têm dificuldade para controlar a ingestão durante a aplicação e que não aceitam o FFA (sabor H+), pacientes com restaurações estéticas e também para aplicação após microabrasão. Técnica de aplicação: - Profilaxia ou escovação - Posição - Moldeiras, cotonetes + fio dental - Sugador e rolos de algodão - 1 minuto e cuspir exaustivamente - Não comer ou beber nos próximos 30 minutos · Vernizes: Vantagens -> Maior contato do flúor com o dente, facilidade de uso, mais seguro para bebês, menor toxicidade, grande aceitação pelas crianças, indicado na primeira infância Desvantagens -> Alteração de cor temporária, vernizes importados → Custo maior, vernizes nacionais → eficiência não comprovada Possibilidade de reação alérgica (corantes) Técnica de aplicação: 1. Profilaxia profissional com taça de borracha, escova de Robinson, pasta profilática ou pedra pomes e fio dental 2. Lavagem dos dentes com água 3. Secagem e isolamento relativo 4. Aplicação do produto com pincel de pelos macios – sugador e abridor de boca mantidos em cavidade bucal por todo período da aplicação 5. Gotejar água levemente sobre as superfícies dentárias, a fim de facilitar sua fixação antes de remover o isolamento. Evitar a ingestão de alimentos por no mínimo 2 horas 12 horas seguintes: alimentação líquida ou pastosa Não escovar os dentes nas próximas 12 horas - Exame clínico, diagnóstico e tratamento em odontopediatria -> chamar o paciente sem paramentação para a criança te conhecer e reconhecer -> balancear expectativas e necessidades -> neutropenia juvenil- recorrência de aftas (sinal patognomônico) -> criança colárica- não fala Primeira consulta: - Reconhecimento pelo paciente - Coleta de dados sistemática, detalhada e individualizada - Contexto socioeconômico e psicossocial Elaboração do plano de tratamento (necessidade + expectativas) Urgência – algumas partes do processo são abreviadas · Anamnese: prontuário/ficha clínica Presença de um adulto responsável pelo paciente que irá preencher as informações - Identificação - Motivo da consulta -> com as palavras do responsável - História médica - História odontológica - Administração do comportamento - Hábitos -> criança que usa ferro pode indicar anemia -> pensar no anestésico, hemorragia e risco de infecção pós operatória · Exame clínico geral: - Inspeção, palpação, percussão e auscultação - Observar padrões normais ou alterações nas formas de andar, comunicar, no gestual, feições e texturas da pele, cabelo e desenvolvimento geral. - Alterações físicas ou motoras - Extrabucal - Possíveis alterações de cabeça, pescoço e face, cabelos - Palpação linfonodos cervicais, submandibulares, mentonianos, occipitais, pré-auriculares e pós-auriculares. - Intra-bucal · Dentes: - Quais estão presentes - Manchas brancas ativas ou inativas - Faces com lesões de cárie cavitadas - Faces com restaurações - Dentes que necessitam de tratamento endodôntico ou exodontia - Dentes ausentes por anomalias ou agenesias - Alterações de forma – defeitos de esmalte, dentes conoides ou hipoplásicos - Existência de selantes - Preenchimento com materiais restauradores provisórios - Próteses, coroas, etc. – Fraturas · Exames complementares: Exames radiográficos,exames laboratoriais · Plano de tratamento: Urgências: - Resolver situações que devem ser priorizadas no tratamento odontológico - Dor, prognóstico desfavorável se não interceptadas, impacto na estética - Intervenção imediata, mesmo antes de se propor um plano de tratamento 1. Fase sistêmica Dar ao organismo condições para que o tratamento não coloque em risco o funcionamento de nenhum de seus sistemas. Cardiopatias, diabetes, hemofilia, doença renal crônica, transplantes, entre outras -> Abordagem multi e interdisciplinar 2. Fase preparatória Diminuir ou controlar a atividade das doenças e estabelecer medidas para o risco futuro, por meio da adoção de medidas saudáveis. - procedimentos preventivos - adequação do meio Etapa preventiva: - Profilaxia - Mapa de higiene: IP e ISG -> passar a pontinha da sonda no sulco vestibular - Orientação de Higiene - Análise do diário e orientação de dieta - Aplicação tópica de flúor - Selantes Oclusais - Atividade de cárie -> principalmente em molares - Sem contato oclusal - Isolamento Absoluto possível - Terapêutico X Preventivo · 1º MP em erupção com manchas brancas - Escovação direcionada - Profilaxia profissional - Aplicação de verniz fluoretado - Selamento com CIV · 1º MP em erupção hígido - Escovação direcionada - Profilaxia Profissional - Aplicação de verniz Fluoretado Adequação do meio: Conjunto de manobras utilizadas para preparar a cavidade bucal para receber o tratamento reabilitador. - Exodontias, tratamentos pulpares, selamento com material obturador provisório, pólipos, lesões de cárie em dentina - Fase mais longa do Tratamento - Orientação sobre hábitos de sucção não nutritivos – dedos, lábios, chupeta, etc. -> fluorose acomete dentes simétricos 3. Fase restauradora Fazem parte dessa fase todos os procedimentos de dentística, prótese, tratamento ortodôntico e cirurgias programadas que possuem a finalidade de restaurar, reabilitar e reconstituírem as estruturas perdidas. - Iniciada quando os fatores etiológicos da cárie dentária e da doença periodontal estiverem controlados. -> se houve rompimento de cripta deve se realizar a exo do decíduo, estágio 7/8 de Nolla Se a cripta não estiver rompida e estiver antes do estágio 7/8, realizar endo ATR- tratamento restaurador atraumático - Opção restauradora – Adequação do meio - Visa auxiliar o controle da doença - Deve ser implementada mais precocemente - quando outros aspectos como higiene, dieta e uso de flúor estão sendo trabalhados - Fase preparatória + restauradora -> crianças que não colaboram 4. Fase de manutenção Nesta fase será planejado o retorno de acompanhamento do paciente. -Radiografias interproximais a cada 6 meses -Radiografias periapicais (controle de trauma e terapias pulpares) - Motivação de higiene bucal e dieta - Reavaliação do diário alimentar - Risco: alto- médio-baixo - História pregressa - Cárie, Problema periodontal - Erupção de novos dentes - Respostas às orientações recebidas -> realizar evidenciação de placa, orientação de higiene, profilaxia e aplicação de flúor - Radiologia em odontopediatria - prevalência, situação cultural e socioeconômica da família e possibilidade da estimativa de risco do paciente -> determinam o momento ideal para a realização do exame, o número de tomadas e a frequência - nem todos os casos precisam - ideal para confirmar profundidade de lesões * experiencia de cárie é sobre se a criança já teve cárie · Indicações para exames radiográficos em crianças e adolescentes: - Avaliação do desenvolvimento + cronologia de erupção - Retenção prolongada de dente decíduo (estágios de Nolla) -> fibras não se romperam totalmente - Pesquisa de anomalia - Exodontia - Trauma -> precisa sempre radiografar - Pesquisa de lesão de cárie - Endodontia - Patologias diversas – Ortodontia -> quando decíduo não tem espaço e barreira mecânica, pode reabsorver -> permanentes estão sempre para trás do decíduo · Técnicas radiográficas intrabucais: - Periapical: Possibilita uma visão em conjunto dos elementos dentais da região de incidência e tecido ósseo adjacente - Periapical modificada: · É mais fácil do que outras técnicas, requer menos colaboração da criança, permite visualizar a imagem dos seus dentes afetados, seus vizinhos e os germes dos permanentes · A tomada radiográfica é realizada com o filme periapical adulto em posição oclusal · Para a região anterior da maxila, o cone do aparelho deve ser posicionado na ponta do nariz e o feixe central de raios X deve incidir com uma angulação entre 35 e 45 graus. · Superior -> Ponta do nariz, Incidência +/- 40º · Inferior -> Sínfise mentoniana, Incidência perpendicular ao filme · Crianças de 5 a 6 anos · Dentes posteriores -> dobrar o filme com fita crepe - Técnica de Clark: · Indicações -> supranumerários, dentes inclusos, cistos, odontomas, tumores · Serve para a maxila · Se a imagem mexer para mesial, o elemento está na lingual · Se a imagem mexer para distal, o elemento está na palatina · Se a imagem não acompanhar, está por vestibular - Técnica de Miller Winter: · Localização de alterações/patologias no sentido vestíbulo-lingual da mandíbula · 1 periapical e 1 oclusal · Técnicas extrabucais: - Panorâmica: · Análise do desenvolvimento das dentições · Estudo das alterações ósseas e dentárias · Protocolo clínico: Dentição decídua/ prevenção -> 1 Periapical região anterossuperior + 2 interproximais = 3 Dentição decídua/ tratamento -> periapical do dente envolvido Dentição mista -> Periapical região anterior superior + 2 interproximais Dentição mista/ tratamento -> Periapical ou interproximal do dente envolvido Dentes natais e neonatais: - dente natal -> nasce no bebê - dente neonatal -> aparece depois dos 30 dias de nascido - extrair somente se for dente supranumerário Mesiodente: - Denomina-se supranumerário o elemento dentário formado além do número considerado normal para a dentição humana. Quando é conóide e está localizado na linha média, entre os incisivos centrais superiores é denominado mesiodente. Fusão: - União embriológica de dois órgãos dentários, pode ocorrer entre dois dentes normais ou um dente normal e outro supranumerário. Pode ocorrer a união completa quando é observado um único dente de tamanho grande ou a união incompleta, quando apenas as coroas ou as raízes estão fusionadas. Geminação: - Radiograficamente, a geminação é caracterizada por uma coroa bífida com uma única raiz e um único canal radicular. * lesão de decíduo é grande, pequeno pode ser espaço pericementar * pior trauma é na cervical porque vai expor a polpa e contaminar, se não invadir o espaço biológico da para tratar - Terapêutica medicamentosa em odontopediatria: - Faixa etária da criança, Condição de saúde, Aceitação da criança, Sabor, Dimensão do comprimido, Segurança dos excipientes -> formas farmacêuticas · Avaliação do paciente pediátrico: - Características individuais - Processos fisiológicos - Maturação funcional da infância - História odontológica (paciente + família) - Exames complementares (se necessário) - Interpretação correta dos sinais vitais (registro em prontuário) - Comunicação multiprofissional (se necessário) · Estimando o peso infantil: - 3 meses a 1 ano: Peso (Kg)= idade(meses) + 9/2 - 1 a 10 anos: Peso (Kg) = (idade x 2) + 9 - 11 a 12 anos: Peso (Kg)= (idade x 7) – 5/2 · Uso infantil: · Ibuprofeno é o único AINE aprovado para uso em crianças, de acordo com as atuais recomendações do FDA Ibuprofeno Solução oral (gotas) com 50mg/ml 1 gota por kg Ibuprofeno Solução oral (gotas) com 100mg/ ml 1 gota por kg · Ação anti-inflamatória Quando se utiliza esse recurso medicamentoso, na maioria das vezes, não há necessidade de administração de analgésicos no pós-operatório Prednisolona 3mg/ml 1 a 2 gotas/ kg 1x ao dia · Analgésicos: Paracetamol 3 anos Solução oral (gotas) com 32mg 1 gota / kg – máximo 35 gotas- a cada 6 horas Paracetamol > 3 anosSolução oral (gotas) com 200mg 1 gota / kg – máximo 35 gotas- a cada 6 horas Dipirona Solução oral (gotas) com 500mg/ml Ex: peso = 30 kg, 15 gotas Máximo: 35 gotas Dipirona Solução oral (xarope) com 50mg/ml Quantidade = peso da criança x 0,3 =___mL · Antibióticos: - Quando não utilizar? Fístula, Abcessos localizados, sem sinais de disseminação, Dor associada à pulpite, Pericoronarite não complicada, Cirurgias convencionais, dentre outros - Quando utilizar? Abscessos periapicais agudos com sinais locais de disseminação do processo infeccioso (linfadenite, celulite, trismo), ou sinais e sintomas de ordem sistêmica (febre, taquicardia, falta de apetite, mal-estar geral). Profilaticamente, em casos selecionados (endocardite infecciosa, HIV com imunodeficiência, etc...), Traumatismo com grande possibilidade de contaminação infecciosa Amoxicilina Suspensão oral 250 mg/5 mL 1 mL/kg/dia ou peso em kg dividido por 3 = volume em mL a cada 8 h. Amoxicilina + ácido clavulânico Suspensão oral de amoxicilina 250 mg/5 mL + ácido clavulânico 62,5 mg/5 mL 1 mL/kg/dia ou peso em kg dividido por 3 = volume em mL a cada 8h. Azitromicina Suspensão oral 200 mg/5 mL Peso em kg dividido por 4 = volume em mL uma vez ao dia. Cefalexina Solução oral 250 mg/5 mL 1 mL/kg/dia ou peso em kg dividido por 4 = volume em mL a cada 6 h Metronidazol Suspensão oral 200 mg/ 5 mL 0,5 mL/kg/dia = peso dividido por 4 a cada 12 · Medicações para infecções em tecidos moles: Benzidamina (Flogoral Colutório®) 2 a 3 aplicações diárias, até remissão sintomas > 6 anos · Corticosteróides associados a bases emolientes: Oncilon A em Orabase® - Triancinolona acetonida 2 a 3 vezes ao dia até remissão dos sintomas Ad-muc 2 a 3 vezes ao dia até remissão dos sintomas > 3 anos Ad-muc Kids 2 a 3 vezes ao dia até remissão dos sintomas Bebês e crianças caso seja preciso, em crianças menores de 4 anos com no mínimo 15kg - Indicação: Procedimentos mais longos, mais invasivos - Uso ponderado, avaliar risco e benefício · Prilocaína 3%: - Associada a felipressina 0,03 UI/mL - Indicações -> Indivíduos com arritmia, cardiopatias descompensadas, diabetes não compensada, usuários de alguns medicamentos como estimulantes e anfetaminas (como o metilfenidato), betabloqueadores não-seletivos (como o propranolol), pacientes alérgicos aos sulfitos (um antioxidante presente em soluções com vasoconstritores adrenérgicos), asmáticos e dependentes de corticoides - Contraindicado -> pacientes muito jovens e bebês, metemoglobinemia · Mepivacaína 3% sem vasoconstritor - Opção para crianças e bebês 0 a 3 anos - contraindicação absoluta de VC - Alergia ao sulfito - Mais tóxica (maior conc, sem vc) - Biotransformação: fígado - Excreção: rins * usar sempre agulha curta * realizar condicionamento anestésico do paciente antes do procedimento * conhecer bem alergias do paciente * técnica pterigomandibular -> 5º mais para baixo devido a proporção da mandíbula infantil Cirurgia em odontopediatria: · Evitar imediata paramentação -> ir até a recepção somente de scrub · Evitar a visualização do campo operatória -> montar mesa na parte de trás da cadeira · Prestar atenção na reação do paciente frente à anestesia -> saber se tem algum trauma passado · Ficar atento às manifestações de dor -> dor é diferente de birra · Evitar a visão do sangue · Cuidado com a pronúncia de certas palavras que podem influenciar no comportamento da criança como “sangue”, “dor”, “medo”, “agulha”, “injeção”. -> cuidar com oque fala entre nós · Cirurgia em tecidos moles - A cirurgia bucal em Odontopediatria abrange o diagnóstico e o tratamento cirúrgico de doenças, lesões e defeitos, incluindo os aspectos funcionais e estéticos dos tecidos. · Anquiloglossia: - Ou língua presa, anomalia de Desenvolvimento lingual caracterizada pela inserção baixa do freio lingual ou inserção aumentada do músculo genioglosso. - Nem sempre tem necessidade de realizar cirurgia. · Tratamento: - Frenotomia / Frenulotomia – corte simples ou incisão do freio. - Frenectomia / Frenulectomia – excisão completa do freio, incluindo a sua união ao osso adjacente Freio teto-labial persistente -> Diastema interincisal mediano, inserção baixa na margem gengival ou papila palatina, isquemia da papila palatina ao tracionar o lábio Indicações: Dentição decídua: • Alterações funcionais que dificultem ou impeçam um bom vedamento labial durante a amamentação • Dificuldade acentuada na higiene bucal • Relato de desconforto na alimentação. Dentição mista: • Freio teto-labial persistente • Diastema não fisiológico • Favorecimento de tratamento ortodôntico • Acúmulo de biofilme e retração - Frenuloplastia – excisão extensa do freio que geralmente implica reposicionamento do músculo e fechamento com plastia, retalho e sutura. - Ulectomia: Consiste na remoção dos tecidos que revestem a face incisal ou oclusal da coroa dentária de um dente decíduo ou permanente não irrompido - A fibrose gengival é causada pelo atrito superficial dos alimentos durante a mastigação, sendo mais frequente sobre os incisivoscentrais superiores por esfoliações ou perda precoce dos dentes predecessores. Ulotomia: incisão do capuz coronário Indicações: • atraso na erupção sem causa aparente • fibrose gengival • dentes parcialmente irrompidos, com erupção lenta · Cirurgia de tecidos duros: · Indicações de exodontia de dentes decíduos: - Principal causa de extração: doença cárie; - Menor quantidade de dentina protegendo o teto e o soalho da câmara pulpar, principalmente em primeiros molares; - Grandes destruições coronárias que impossibilitem o tratamento restaurador; - Raízes residuais - Retenção prolongada no arco. * via alveolar -> consiste na extração do dente utilizando o próprio alvéolo Via não alveolar -> realizada quando há presença de um dente incluso, uma hipercementose ou uma alteração radicular. * ver o permanente/ cripta rompida -> não sutura Exo precoce -> precisa suturar · Anquilose: - Fusão anatômica do cemento, dentina radicular ao osso alveolar. Etiologia: - Hereditariedade - Traumas Prevalência: - Região posterior e inferior Diagnóstico: - Dente em infraoclusão - Ausência de mobilidade - Som agudo à percussão? de acordo com a extensão da área anquilosada. Classificação: - Leve -> 1 a 2 mm abaixo do plano oclusal - Moderada -> coroa na altura do ponto de contato - Severa -> dente submerso Tratamento: • Conservador – confecção de coroa em resina composta -> coloca o dente em função e esmaga fibras colágenas • Cirúrgico – exodontia Sequelas: • Extrusão do elemento antagonista • Hábitos de interposição da língua • Retenção de placa • Impactação do dente permanente • Atraso da esfoliação do decíduo e na erupção, trajetória do permanente sucessor • Inclinação de dentes adjacentes • Desenvolvimento de má oclusão · Supranumerário: -> fica fora da arcada - Extranumerário -> fica na arcada Etiologia: • Múltiplos: associados a síndromes (displasia cleidocraniana e de Gardner) • Herança genética • Hiperatividade da lâmina dentária • Traumas Localização: • 90% dos casos região anterior da maxila • Região de pré molares • Região de molar, quarto molar. Características: • Assintomático • Atraso na erupção com/sem retenção do dente decíduo • Desvio de erupção - posição ectópica de dentes de série • Presença de diastema patológico inter-incisal. Consequências para dentição/oclusão: • Atraso ou falta de erupção do permanente • Apinhamentos, diastemas • Reabsorção de dentes adjacentes •induzir a formação de cistos dentígeros · Odontoma: - Tumor odontogênico misto, cujos componentes epiteliais e mesenquimal sofreram diferenciação formando esmalte e dentina em padrão anormal. - Também há presença de cemento, tecido ósseo e fibroso. Classificação • Composto -> tudo junto • Complexo -> da pra diferenciar, vários dentinhos Localização • Composto – região de incisivos e caninos da maxila. • Complexo – região de pré e molares da mandíbula. Etiologia: • Desconhecida • Trauma na dentição decídua • Infecções locais • Hiperatividade dos odontoblastos • Alterações genéticas: síndrome de Gardner e Síndrome de Hermann Características: • Assintomático, de crescimento lento • Alteração: sequência e/ou cronologia de erupção • Retenção prolongada • Comumente diagnosticado na segunda década de vida • Achado radiográfico sem predileção de sexo Exame Radiográfico: • Composto – imagem radiopaca semelhante a dentículos circundada por linha radiolúcida. • Complexo – massa irregular com diferentes radiopacidades, circundada por linha radiolúcida. Tratamento: • Remoção cirúrgica conservadora • Bom prognóstico (recidiva rara) • Exame anátomo-patológico • Prevenção ou correção de distúrbios funcionais ou estéticos · Cuidados pós-operatórios Instruções por escrito: • anestesia • alimentação • bochechos • evitar sol e esforço físico • medicação Medicação: • Analgésico • Anti-inflamatório • Antibiótico - Atendimento odontológico a gestantes e lactantes: · Barreiras para o pré natal odontológico: - Procura por serviço odontológico no período gestacional é baixa - Procura: Dor - Insegurança do profissional - Perda de cálcio por causa do bebê -> informação falsa - Enigma negativo em relação à odontologia: vergonha da condição bucal, não gostar de ir ao dentista, medo, ansiedade - Custo - Mobilidade e segurança · Mudanças Fisiológicas Sistêmicas com Repercussão na Cavidade Bucal: - Gestação: alterações metabólicas, bioquímicas e hormonais; · Principais alterações na cavidade bucal: - Granuloma piogênico - Gengivite - Periodontite - ↓ pH salivar, redução da capacidade tampão → maior risco de cárie - Associação entre saúde bucal com baixo peso ao nascer, pré-eclâmpsia, prematuridade · Mudanças Hormonais: - Aumento de hormônios já existentes e produção de hormônios específicos da gestação - Progesterona, estrógeno, gonadotrofina coriônica, estradiol, aldosterona, cortisol, insulina - Hormônios femininos na circulação sanguínea materna → ↑ reação inflamatória gengival · Reação inflamatória gengival: Resultante: Hormonal + acúmulo de biofilme · Granuloma piogênico / granuloma gravídico / tumor benigno gravídico: - Início ou exacerbação na gravidez - Tratamento: Monitoração pois regride após parto, caso não sumir fazer biópsia - Interferência na mastigação ou estética: intervenção cirúrgica - Características: nódulo com base pediculada, consistência macia e superfície avermelhada - Remoção cirúrgica: exérese com laser ou técnica cirúrgica convencional - Modulação e exacerbação da resposta imunoinflamatória dos tecidos periodontais na gestação -> Alterações percebidas a partir do 2° mês de gestação 2° mês de gestação: momento de maior severidade das manifestações bucais - Níveis de hormônios sexuais femininos mais aumentados, atingindo o pico máximo no 8° mês de gestação - Maior sangramento gengival no início da gravidez → tende a diminuir no 3° mês pós-parto · Alterações Salivares durante a gestação: - Sialorreia -> produção excessiva de saliva - Náuseas + vômitos (êmese/hiperêmese) - Ocorrência: 4° e 8° semana até 1° trimestre - Raramente se estende até o nascimento do bebê. · Gravidez e Doença periodontal (DP): ↑ progesterona + estrogênio + acúmulo de biofilme → alterações no periodonto · Periodontite: - Nascimento pré-termo - Baixo peso ao nascer - Muito baixo peso ao nascer - Pré-eclâmpsia - Morte fetal espontânea/ aborto, natimorfo · Ocorrências: - Mecanismo direto via hematogênica de patógenos periodontais e/ou seus produtos - Resultam em resposta imunoinflamatória no complexo feto-placentário · Tratamento: - Seguro -Reduz significativamente riscos de mortalidade perinatal, parto pré-maturo e promove melhor peso ao nascer. · Gestante e cárie dentária: - Maior incidência de doença cárie - Maior frequência de consumo de alimentos ricos em açúcares; - Para pacientes com alto risco de desenvolvimento de cárie -> enxaguatório bucal diário com fluoreto de sódio, sem álcool, pode ser indicado. · Gestante e risco para desgaste dentário erosivo: - Náuseas + vômitos → ↓ redução de hábitos de higiene bucal Hiperêmese gravídica: - desgaste dentário erosivo nas superfícies linguais de dentes anteriores → ácidos gástricos - ↓ pH saliva pelo HCl proveniente do estômago - Perda mineral pelo processo de erosão ácida Tratamento -> Flúor para minimizar perda de tecido duro e selamento com CIV · Consulta Odontológica da Gestante: - Inicialmente contato visual – Avaliar grau de ansiedade - Exame clínico geral – observar modo de caminhar, peso aparente, presença de edemas em membros inferiores ou superiores · Anamnese - Ficha específica: principais questionamentos • Gestação única ou gemelar • Uso de medicamentos ou suplementos nutricionais • Morbidades da gestante • Faz acompanhamento do ganho de peso gestacional • Consumo alimentar habitual • Estilo de vida • Avaliação da autopercepção de sua saúde bucal • Frequência de visitas ao dentista e motivos da visita • Aferição da pressão arterial • Avaliação odontológica · Cuidados complementares: - Gestante – grupo de pacientes que requerem cuidados adicionais - Aferição de PA – TODAS AS CONSULTAS- Gestante hipertensa: PAS > 140 mmHg e PAD > 90 mmHg - Dúvidas: contato com o médico responsável - Posição da gestante na cadeira odontológica: região abdominal levemente inclinada para a esquerda · Exame clínico bucal: - Extrabucal - Intrabucal - Tecidos moles - Tecidos duros - Profilaxia odontológica - Sondagem periodontal • Exames complementares: Rx – SE essencial para o tratamento e/ou diagnóstico • Evitar TC e exames protocolos ortodônticos – bom senso - Incentivar a procura por cuidados odontológicos - Consultoria sobre aleitamento materno – essencial · Tratamento Odontológico Curativo na Gestante: - Tratamentos que envolvem infecção: doença cárie, gengivite ou periodontite- tratamento imediato ou de urgência –> QUALQUER MOMENTODA GESTAÇÃO - Qualquer doença infecciosa deve ser tratada em qualquer período gestacional - Qualquer tratamento eletivo deve ser postergado ao máximo. Se for realizado algum tratamento desse perfil → 2° trimestre · Terapêutica Medicamentosa na Gestante: · Uso de anestésico local: Padrão ouro: Lidocaína 2% + epinefrina 1:100 000 – máximo 2 tubetes Complementação necessária: Mepivacaína 3% sem vasoconstritor – 1 tubete - Gestantes com alterações sistêmicas –> consultar o médico primeiramente · Prescrição Medicamentosa Analgésicos: - Paracetamol 750mg (qualquer trimestre) a cada 6 horas - Dipirona: evitar nas 3 primeiras e 3 últimas semanas gestacionais (a cada 6 horas, se prescrita) Anti-inflamatórios: - Evitar AINES -> estimula o fechamento do ducto arterial, não chegando oxigênio para o bebê - Se preciso: Prednisona 2 mg ou Dexametasona 4 mg – dose única Antibióticos - Amoxicilina 500 mg – eleição – a cada 8 horas por 5 a 7 dias - Cefalexina 500 mg – a cada 6 horas por 5 a 7 dias - Azitromicina 500 mg – 1 comprimido ao dia por 3 dias * Nunca prescrever benzodiazepínicos image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png