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2023
Formas e apresentação dos medicamentos
Diversas formas de apresentação de
medicamentos, tais como:
• Capsulas
• Comprimidos
✓ Soluções (mais usados na odontopediatria)
✓ Suspenções (mais usados na
odontopediatria)
Prescrição medicamentosa:
• o profissional deve estar atento à
concentração, dosagem e posologia do
medicamento de acordo com a forma de
apresentação, além de evitar possíveis
efeitos adversos.
• Toda prescrição deve ser feita em forma
de receituário, com as devidas informações
referentes ao profissional, ao paciente e ao
medicamento que será utilizado.
• É essencial as orientações aos pais ou
responsáveis, não apenas de forma escrita,
mas também de forma verbal.
• Medidas são importantes para evitar a
automedicação e a administração incorreta
de medicamentos, que podem levar à
resistência medicamentosa, intoxicação e
até mesmo ao óbito.
Formas de uso e vias pelas quais os
medicamentos podem ser administrados
1. Medicamentos de uso Parenteral* (Uso
Externo)
• Não ocorre através do sistema digestivo
Vias diretas: (Intravenosa,
intramuscular, subcutânea,
intradérmica, intra-articular).
Vias indiretas: (Vias respiratórias,
conjuntival, genitourinária, intracanal,
tópica)
2. Medicamentos de uso enteral* (Uso
Interno)
• Ocorre através do sistema digestivo
→ Via oral; via sublingual; Via Retal
Receituário
Deve conter:
→ Identificação do profissional (nome
completo, endereço, CRO);
→ Nome, peso e endereço do paciente
infantil;
→ Forma de uso do medicamento
→ Nome do medicamento, concentração e
quantidade;
→ Posologia;
→ Data, assinatura + carimbo do
profissional.
Analgésicos
Medicamentos utilizados para controle da dor
de intensidade leve a moderada
Classificação
1. Ação periférica (não opióides): mais
utilizados na odontopediatria
2. Ação central (opióides): utilizados em
tratamentos oncológicos ou pós
traumáticos.
Medicamento/administração/posologia/forma
de apresentação/concentração
• Paracetamol 6/6horas 1gota/kg. Suspensão
e solução em gotas. 32mg/ml**, 100mg/ml
• Dipirona sódica: 6/6horas 1gota/2kg.
Suspensão e solução em gotas. 50mg/ml**,
500mg/ml
"O alívio da dor é mais eficaz quando os
analgésicos são dados precocemente.
Recomenda-se seu uso antes que desapareça o
efeito anestésico local nas situações em que
dor pósoperatória é esperada.
Paracetamol - Cuidados adicionais
O Paracetamol é o analgésico de primeira
escolha em Odontopediatria devido aos seus
efeitos analgésico e antipirético;
Este medicamento não deve ser administrado
com alimentos ricos em carboidratos;
O paracetamol pode causar intoxicação hepática
caso a dosagem exceder a dose máxima diária ou
em casos de uso contínuo.
Outros analgésicos utilizados em
Odontopediatria (Precaução)
Ácido Acetil Salicílico: Indicado para o alívio da
dor leve e moderada. *Brasil
→ Ação menos seletiva para o COX-2 -
Grande irritabilidade gástrica.
Dipirona Sódica: Indicado para alívio da dor
leve e moderada.
→ *Agranulocitose (redução acentuada de
leucócitos granulócitos)
→ *Aplasia medular (alteração no
funcionamento da medula óssea).
→ Crianças menores de 3 meses ou
pesando menos de 5 Kg
Paracetamol associado a Codeína: Pouco
utilizado.
→ Indicado para alívio de dor severa após
casos severos de exodontia.
Anti-inflamatório
São medicamentos que atuam bloqueando a
resposta inflamatória, impedindo os sinais e
sintomas da inflamação da região afetada.
Sinais cardinais da inflamação: calor, dor,
edema, rubor e perda de função.
• O anti-inflamatório mais indicado em
Odontopediatria é o Ibuprofeno.
• Deve-se ter muita cautela ao u1lizá-los
devido ao risco de irritação gastrointes1nal,
desordens de coagulação sanguínea,
insuficiência renal e broncoconstrição.
Classificação
Não esteroidais: Utilizados em casos de
trauma9smos, cirurgias e sinais de inflamação com
limitação funcional.
Esteroidais (corticóides): Em Odontopediatria são
u9lizados no préoperatório de cirurgias complexas, e
de forma tópica no tratamento de lesões de mucosa
bucal como a língua geográfica.
Medicação
Adm.
Posologia
Forma de
apresentação
/concentração
Ibuprofeno
6h/6h
1 gota/1kg
Suspensão
20mg/ml
30mg/ml
50mg/ml*
100mg/ml**
*Para suspensão 50mg/ml - máximo de 40 gotas por
dose.
**Para suspensão 100mg/ml - máximo de 20 gotas por
dose.
Cuidados adicionais
Anti-inflamatórios, como a Nimesulida e o
Diclofenaco, comumente u1lizados em adultos, NÃO
são indicados para crianças.
Em odontopediatria também não é usual
administrar analgésico associado à anti-
inflamatório. Quando existe essa necessidade é
indicado utilizar um anti-inflamatório com
potencial analgésico (ex: Ibuprofeno).
Antibióticos
✓ São medicamentos utilizados quando ocorre
alguma infecção bacteriana.
✓ Em Odontopediatria podem ser utilizados
em casos de: infecções dentárias instaladas
ou de forma profilática quando o paciente
apresenta algum risco sistêmico para
endocardite bacteriana.
✓ Estes medicamentos eliminam as bactérias
ou paralisam a proliferação das mesmas,
impedindo o agravamento dos sintomas
sistêmicos.
✓ Sua principal forma de administração em
crianças é a suspensão, onde o frasco deve
ser agitado antes do uso e essa informação.
Devem ser usados como auxiliadores na
terapêutica das infecções, destruindo
microrganismos
✓ Ação bactericida
✓ Ação bacteriostática
ATENÇÃO
• Uso incorreto de antibióticos pode gerar
problemas à saúde da criança e resistência
bacteriana;
• Uso deve ser limitado a quadros graves com
envolvimento sistêmico;
• Quando possível, deve-se tratar as
infecções dentárias sem antibioticoterapia;
• Penicilinas são os antibióticos de primeira
escolha;
• Alergia(penicilina): Eritromicina ou a
Azitromicina podem ser prescritas.
• Em casos de alergia, as reações são:
Urticaria, angioedema, broncoconstric ̧ão,
distúrbios gastrointestinais e choque
anafilático.
Posologia
1) Amoxicilina 250mg/mL. (1a escolha em
Odontopediatria)
1°passo: Calcula-se quantos miligramas de
medicamento é preciso ao dia para tratar uma
criança com determinado peso. A dose máxima
da Amoxicilina é 50mg/kg/dia e sua
administração é de 8/8h.
Dose máxima diária
(50mg/kg/dia) ___________1kg
Dose necessária?________peso da criança
2°passo: Sabe-se que alguns antibióticos
possuem diferentes apresentações comerciais
de acordo com a concentração: 125mg/5ml,
250mg/5ml, 500mg/5ml. Devido a isso, deve-se
converter a dose de mg para ml.
3°passo: Considerando que a amoxicilina deve
ser administrada 3 vezes ao dia (uma vez que a
medicação será administrada a cada 08 horas)
deve-se dividir o valor de ml/dia encontrado no
segundo passo por 3.
2) Eritromicina 250mg/5ml (Utilizado em
casos de alergia à penicilina).
→ Sua dose máxima diária é 10mg/kg/dia e
sua administração é de 6/6h.
Amoxicilina: Amplo espectro de atividade,
Eficaz Relativamente segura
Quais antibióticos que não são recomendados
na odontopediatria?
Tetraciclina: causa manchamento nos
dentes
Regime padrão
Amoxicilina 50 mg/kg
por via oral, 1 h antes do procedimento Obs.: A
penicilina V e a ampicilina são também eficazes, na
mesma dosagem.
Crianças alérgicas às penicilinas
Cefalexina ou cefradoxil 50 mg/kg por via oral, 1 h
antes do procedimento Obs.: As cefalosporinas não
devem ser usadas em crianças com história de reação
alérgica imediata as penicilinas, pelo risco de alergia
cruzada. Nesses casos, empregar: claritromicina ou
azitromicina 15 mg/kg por via oral, 1 h antes do
procedimento
Crianças incapazes de fazer uso do fármaco por via
oral
Ampicilina 50 mg/kg por viaIM ou IV, 30 min antes do
procedimento
Crianças alérgicas às penicilinas e incapazes de fazer
uso do fármaco por via oral
Cefazolina 25 mg/kg por via IM ou IV, 30 min antes do
procedimento Obs.: Quando houver história de
reação alérgica imediata às penicilinas, empregar:
Clindamicina 20 mg/kg por via IV, 30 min antes do
procedimento
Aminoglicosídeos: nefrotoxicidade e a
Ototoxicidade, paralisia neuromuscular.
Cloranfenicol: depressão da medula
óssea
Benzodiazepínicos
São medicamentos u1lizados para mediação do
comportamento. Os benzodiazepínicos
(ansiolíticos de ação central) possuem como
objetivo controlar as alterações somáticas e
psíquicas e, por isso, devem ser prescritos em
receita de controle especial.
✓ Ação ultra curta: Midazolam
✓ Ação curta: alprazolam e lorazepam
✓ Ação longa: Clordiazepóxido, Diazepam,
Flurazepam.
Medicação Forma
farmacêutica
Dose
Midazolam
SOLUÇÃO ORAL
DE 2mg/ml
COMPRIMIDOS
DE 7,5 mg E 15
mg
VO: 0,25 a
0,5mg/kg
(máximo de
20mg)
VM: 0,1 a
0,15mg/kg
(máximo de 10
mg)
Midazolam
→ Início de ação: 15 a 20 minutos, com
meia vida plasmática de 1 a 3 horas e
duração do efeito de 1 a 2 horas.
→ Oferece ao Odontopediatra uma boa
alternativa para a sedação em crianças
submetidas a procedimentos curtos.
Lorazepam
→ contra indicado: menores de 12 anos
Diazepam
→ 6 meses ou mais de idade: 1 a 2,5 mg, 3
ou 4 vezes por dia; menos de 6 meses de
idade: uso não recomendado.
Benzodiazepínicos – PRECAUÇÕES
• O profissional deve estar apto e possuir
conhecimento para utilizar esses
medicamentos.
• A indicação é muito específica e geralmente
é dada pelo Odontopediatra.
• Avaliar os sinais vitais, a oximetria, aferir a
pressão arterial e avaliar o padrão
respiratório.
• Consequências do uso incorreto: depressão
do sistema nervoso e do sistema
respiratório, que podem ocasionar
problemas cardiorrespiratórios e até
mesmo levar ao óbito.
• Midazolam principais efeitos: ações
ansiolíticas, sedativa e indução do sono.
Receituário de controle especial
Comparecer ao Escritório da Vigilância
Sanitária do município e apresentar as
seguintes documentações:
✓ Carteira do Conselho
✓ Comprovante de pagamento da anuidade
do Conselho RG e CPF
✓ Comprovante de endereço
Após a autorização da vigilância -> providenciar
a impressão do talonário de notificação de
receita tipo B em gráfica autorizada seguindo o
modelo previsto na portaria n° 344/98.
Indicação - uso odontológico, devendo a receita
comum ir acompanhada da Notificação de
Receita tipo B, de cor azul, com validade de 30
dias.
A receita de controle especial deve ser elaborada em três vias (uma para o prontuário, uma para o
paciente e uma que ficará retida pelo farmacêutico).
Outros medicamentos utilizados em odontopediatria
Nome Indicação Como utilizar Forma de concentração
Betametasona Língua
geográfica
Bochechar 15 ml por 2 minutos
de 2 a 3x ao dia, por 15 dias
Elixir 05mg/5ml
Acetinilo-
Triancinolona
Estomatite
Aftosa
recorrente
Aplicar de 2 a 3x ao dia, após
as refeições, por 7 dias
Pomada 1mg/g
Nome Indicação Como utilizar Forma de concentração
Cetoconazol
Candidiase oral
crianças > de 2 anos -3-
6mg/kg/dia ou até 20kg:
50mg/dose/dia 20-40lg -
100mg/dose/dia >40kg -
200mg/dose/dia
Comprimido
200mg
Nistantina
Candidiase oral
Realizar a higiene bucal de
forma efetiva, limpando as
placas com água
bicarbonatada. Logo após,
bochechar e engolir 1ml da
suspensão a cada 6h por 14
dias
Suspensão
oral
100.000ul/ ml
Nome Indicação Como utilizar Forma de concentração
Aciclovir
Infecção pelo
vírus da Herpes
Simples(HSV)
Aplicar 5x ao dia
por pelo menos 7
dias
Pomada
50mg/g
Nada
(manipulado)
Candidiase Oral;
Queilite angular
e Estomatite
Aftosa
recorrente
Aplicar 3x ao dia,
até os sintomas
desaparecerem
Solução (uso tópico)
Violeta genciana
2%(3ml)
Anestésico(1,5ml)+sa
carina(0,5ml)+agua
destilada(25ml)
200mg-5ml
SEDAÇÃO CONSCIENTE COM ÓXIDO NITROSO
Gás, aplicado por via nasal, frequentemente utilizado para sedação consciente na prática
clínica em Odontopediatria.
Atua no sistema nervoso central, produzindo
efeitos analgésico e ansiolítico, facilitando
procedimentos incômodos ao paciente.
Seu efeito sedativo cessa na medida em que sua
administração é interrompida.
Como utilizar?
• Volume é ajustado de acordo com a
necessidade, respeitando uma concentração
máxima de 50% de óxido nitroso para 50%
de oxigênio.
• Apresenta efeito de 2 a 3 minutos, pois é
rapidamente absorvido no pulmão e liberado
na corrente sanguínea.
• É raro, mas fatores adversos como náuseas
e vômito, podem ocorrer.
Conclusão:
A sedação consciente com oxido nitroso foi uma
técnica segura e eficaz para utilização em
crianças, desde que o profissional seja
habilitado e a criança apta para passar pelo
processo de sedação inalatória.
Doença periodontal é uma infecção da fase
adulta?
A Gengivite não tratada na infância e
adolescência evolui para Periodontite no adulto.
DOENÇA PERIODONTAL
• Gengivite: achado universal crianças e
adolescentes
• Chave para a prevenção em periodontia:
manutenção de um alto padrão de higiene
bucal deve ter início na infância
FATORES PRÉ DISPONENTES
(Propiciam maior acúmulo de biofilme)
✓ Restaurações Mal adaptadas
✓ Dentes mal posicionados
✓ Aparelho Ortodôntico
“Acúmulo de placa bacteriana resulta em uma
população anaeróbica estagnante e crescente”
Aspecto de normalidade – periodonto da
criança.
✓ Papilas gengivais (formato piramidal)
✓ Gengiva Inserida
✓ Gengiva Papilar
✓ Papilas gengivais (formato trapezoidal)
Profundidade do sulco gengival dos dentes
decíduos é menor que nos permanentes (< 1mm).
Gengiva inserida: textura e forma
características do faixa etária do indivíduo.
1° infância: aspecto mais flácido e
brilhante
Adulto: pontilhado característico (menos
evidente na dentadura decídua).
Gengivite induzida por placa bacteriana
• Resultante de bactérias localizadas na
gengiva marginal
• Forma mais comum da doença periodontal
• Prevalência em crianças aumenta com o
avanço da idade
Etiologia
• Fator etiológico determinante
Placa bacteriana e cálculo
• Fatores predisponentes
Exfoliação e erupção.
• Fatores modificadores
Puberdade Respiração bucal
Sinais e sintomas
• Alteração de cor e edema gengival
• Sangramento
• Aumento da profundidade de bolsa (Menos
comuns)
• Observar: Cor da gengiva, contorno e posição
da gengiva marginal, papila gengival, ausência
/ presença de sangramento.
Tratamento
Controle do biofilme dentário
✓ Motivação e orientação de bucal higiene
✓ Auxílio e supervisão dos pais
✓ Profilaxia profissional periódica
Tratamento dos fatores predisponentes e
modificadores: com o auxílio da Ortodontia,
Dentística e Tratamento Sistêmico
PRESENÇA DE CÁLCULO
→ Mineralização da placa
→ Menos comum em crianças
→ Cálculo supragengival
Tratamento
✓ Raspagem radicular
✓ Polimento
✓ Aplicação de flúor
✓ Orientação de higiene
PUBERDADE
• Aumento da prevalência da gengivite por
volta dos 9-14 anos
• Hormônios sexuais podem: aumentar a
permeabilidade vascular influenciar a
formação de tecido de granulação, alterar
composição da flora gengival
Placa bacteriana associada a outros fatores:
− Hiperplasia gengival dilantínica
− Hiperplasia gengival hereditária
− Hiperplasia gengival idiopática
Tratamento
• Cirurgia periodontal (quando muito
avançada)
• Controle de placa rigoroso (evitar
recidiva)
• Se possível eliminar o agente modificador
RETRAÇÃO GENGIVAL
Manifestaçãode colapso periodontal, perda
óssea onde ocorre migração apical da margem
livre da gengiva, desnudando parte da raiz.
Fatores Etiológicos
Distúrbios patológicos:
− Escovação inadequada
− Hábitos nocivos
− Trauma oclusal Hábitos nocivos
Distúrbios psicológicos
− Automutilação
Tratamento
Controle dos fatores etiológicos:
determinantes, predisponentes e modificadores
Passagem da gengivite para Periodontite
Inflamação que envolve periodonto de proteção
e de sustentação
Possíveis explicações
• Destruição direta causada pelos
microrganismos e toxinas
• Hiper-reação imune
• Deficiências imunológicas envolvendo
função de neutrófilos e linfócitos
PERIODONTITE EM CRIANÇAS
→ Relativamente rara
→ Perda precoce de dentes decíduos
→ Manifestação de doenças sistêmicas
Periodontite agressiva
Fator etiológico determinante
• Placa bacteriana
Fatores modificadores
• Manifestação sistêmicas associadas
Tratamento
✓ Controle de placa rigoroso
✓ Raspagem e profilaxia profissional
periódica
✓ Tratamento do problema sistêmico
Exodontias múltiplas: Acabar com
microrganismos patogênicos e dar condições à
dentição permanente
Importância do dente decíduo
• Manter a integridade da saúde bucal;
• Falha da prevenção;
• Frequente reabilitação devido a cárie ou
trauma.
RESTABELECER
• Função mastigatória;
• Estética;
• Fonética
• Manter espaço
• Posição da língua;
Não pode ser estático!
✓ Considerar o crescimento;
✓ Desenvolvimento craniofacial;
✓ Acompanhamento periódico
Indicação
✓ Indicação e planejamento dos
recursos protéticos em
Odontopediatria.
Exame clínico e radiografico
• História médica e dental;
• Avaliação do remanescente dental;
• Estrutura de suporte;
• Radiografia;
• Grau de destruição;
• Comprometimento pulpar;
• Rizolise;
Crescimento, desenvolvimento e oclusão
• Favorecer condições fisiológicas do
crescimento facial;
• Não interferir na dinâmica da oclusão no
período de transição de dentição.
Habilidade profissional
• Conhecimento técnico- cientifico
• Odontopediatra e técnico em prótese;
Coroas de aço inoxidável.
• Pré-fabricadas;
• Reestabelece forma e função de dentes
posteriores;
• Dente anterior - estética;
Vantagens
• Custo baixo (relativo)
• Tempo de tratamento
• Vários tamanhos
• Ductibilidade, tenacidade e durabilidade
• Não macha
Desvantagem
• Ponto de contato deficiente;
• Intercuspidação (amassamento ou
orificios); Adaptação cervical;
• Deterioração da coroa (material
fabricado e higiene);
Indicações
1. Dentes com ampla lesão de cárie:
2. Após tratamento endodôntico;
3. Hipoplasias graves;
4. Grandes fraturas de coroa;
5. Base de mantenedor de espaço (recurso
protético-ortodontico);
Contra-indicações
• Restaurações definitivas em dentes
permanentes (adaptação marginal);
• Comprometimento estético;
• Dificuldade de adaptação marginal -
problemas periodontais e trauma oclusal.
Protocolo Clínico
Passo a passa de PREPARO
1. Anestesia de dente a ser preparado
2. Seleção da coroo
3. Remoção do tecido cariado ("pulpotomia”)
4. Reduzir a superfície oclusal de 1 mm a 1,5
5. Verifica-se agora, se existe espaço
suficiente para a coroa na porção oclusal
6. Desgastes proximais com broca
troncocônica (Os desgastes devem ser
feitos em direção à margem livre da
gengiva, até a região cervical do dente)
Passo a passo da CIMENTAÇÃO
1. Como primeiro passo antes da cimentação o
dente preparado e a coroa devem ser lavados e
desengordurados, podendo-se usar os
detergentes para essa finalidade. Caso o dente
apresente vitalidade, essa etapa deve ser feita
com cuidado para não provocar mais uma
agressão
2. Isolamento relativo
3.cimento de ionômero de vidro é atualmente o
que mais qualidade apresenta como agente
cimentantes, por ser resistente, liberar flúor e
apresentar baixos índices de micro infiltração.
MOLDAGEM
• Posição correta do paciente na cadeira;
• Náusea;
• Seleção da moldeira;
Restaurações indiretas Onlay, Inlay e overlay
• Alternativa a restaurações metálicas em
dentes amplamente destruídos.
• Estudo clinico e radiográfico
Inlay: restauração é estritamente
intracoronaria, sem envolvimento de cúspide;
Onlay: quando a restauração o envolvimento
parcial das cúspides;
Overlay: quando envolve e recobre todas as
cúspides;
Vantagem
Melhor adaptação marginal;
Melhor contato proximal;
Estética;
Proteção do remanescente;
Biocompatibilidade;
Baixo custo
Menor acumulo de placa e saúde
periodontal
Obs: Pacientes com alto índice de carie, higiene
bucal ineficiente, dieta cariogênica
contraindicam a técnica.
Coroa em dentes anteriores
• Pinos intrarradiculares
• Destruição dos dentes anteriores
• Analise das raízes remanescentes
• “Grau de rizólise, condição do ápice,
presença de lesão, primeiro o
tratamento endodôntico e depois o pino.
DO QUE SÃO FEITOS OS PINOS?
• Latão de fio ortodôntico 0.7, pinos
rosqueáveis, pinos fundidos em níquel
cromo, pinos de fibra de vidro.
• Respeitar proporção pino-coroa
Obs. Sobre o pino metálico aplica-se um
opacificador para não aparecer por
transparência
Coroas de aço com facetas de acrílico
Coroas de acetato
Prótese fixa funcional
• Tubo-barra
• Ausência de remanescente dental
• Moldagem dos arcos, registro de oclusão
Obs: A força mastigatória aumentada pode
provocar reabsorção mais rápida da raiz do
dente suporte.
Prótese removível
• Atua como mantenedor de espaço
• Restaura a oclusão funcional e a estética
Indicações
• Perda de dentes decíduos
• Perda de dentes permanentes ou
oligodontia
• Quando não houver pré-molares e
incisivos laterais
Obs: Avaliar na radiografia – permanentes
erupcionando após 06 meses antes do estagio 7
-8 de Nolla)
Requisitos
• Manter espaço para erupção dos
permanentes;
• Impedir extrusão do antagonista;
• Pouco volume de acrílico - fonação;
• Não interferir no desenvolvimento;
• Mastigação e fonação;
• Fácil limpeza;
Prótese total
• É raro ter indicação
• Crianças apresentam bom tônus
muscular Melhor adaptação;
• Pode ser feita uma overdenture ou
prótese de recobrimento;
• Retenção estabilidade e menos
reabsorção ósseo, melhor distribuição
de força mastigatória, guia de erupção
para os permanentes.
Tecido pulpar
• Tecido conjuntivo frouxo indiferenciado
• Ricamente vascularizado e inervado
• Sensoriais, protetoras, indutoras,
formativas e nutritivas.
Etiologia das doenças pulpares
• AGENTES QUÍMICOS: medicamentos
incompatíveis com o tecido conjuntivo (fenol,
timol, ácido fosfórico, monômero de acrílico)
• AGENTES FÍSICOS: mudanças térmicas, de
frio ou calor excessivo (preparos cavitários
sem refrigeração adequada)
• AGENTES MECÂNICOS: movimento
ortodôntico brusco e restauração com
contato prematuro
• AGENTES MICROBIANOS: São
responsáveis pela maioria das afecções
pulpares, de início limitada à dentina,
estende-se à polpa e a região periapical
− Avanço não controlado dos micro-
organismos:
✓ Estabelecimento da infecção no
sistema de canais radiculares –
Necrose Pulpar
Cárie Dentária
Conceitos atuais
Doença mediada por biofilme dental ocasionada
pela ingestão de carboidratos fermentáveis
com potencial cariogênico, de caráter
multifatorial, não transmissível e de natureza
dinâmica, que promove a perda de minerais dos
tecidos dentais
− Pode ser determinada por fatores
biológicos, comportamentais, psicossociais e
ambiental
(Pitts et al., 2019; Machiulskiene et al., 2020;
Da Silva, 202)
• A cárie dental é uma doença que pode ser
facilmente controlada pela disciplina do
consumo de açúcar e do uso diário de
fluoreto• Cárie dental é uma doença biofilme-açúcar
dependente, sendo o biofilme o fator
necessário e o açúcar o fator determinante(
Fejerskov, 2004)
Avaliação de risco e atividade de Cárie:
Individualização das condutas
• História familiar de cárie dental
• Frequência do consumo de carboidratos
• Frequência e horário de amamentação
• Higiene Bucal
• Alterações anatômica dentais
• Uso do flúor
• Alterações sistêmicas
• Condições socioeconômicas
Tratamento endodôntico em crianças
Contribuir para a saúde bucal de crianças por
meio da manutenção e integridade da dentição
e dos tecidos de suporte. Está direcionada ao
tratamento de dentes acometidos por cárie ou
trauma, com o intuito de conservar a vitalidade
pulpar.
Diagnóstico das alterações pulpares e
periapicais
Análise da condição de saúde da polpa dentária e da região periapical para indicação do tratamento
adequado.
✓ Motivo da procura pelo tratamento Odontológico
✓ Anamnese
✓ Exame clínico
✓ Imaginológicos
Anamnese
Primeiros passos de qualquer tratamento odontológico:
✓ Dados pessoais do paciente
✓ História Médica
✓ História Odontológica
✓ História familiar
✓ História da dor e uso de medicamento
✓ Diferenciar dor provocada ou espontânea
✓ Assinatura do TCLE
• NÃO – Já sentiu dor antes e hoje não sente mais?
SENTE DOR?
• SIM – Des quando dente dor?
• Consegue identificar o dente que dói?
• A dor é fraca ou forte?
• A dor é localizada oi irradia?
• O que inicia e agrava a dor? Alimentos ou líquidos quentes, frios, doces,
mastigação ou escovação?
• A dor passa rápido ou demora (continua ou intermitente)?
• Dói mais a noite ou durante o dia?
• Algo alivia a dor?
• Faz uso de algum medicamento? A dor cessou com medicamento usado?
Dor compativel com o
estimulo e cessa após
a remoção do
estimulo
(Polpa Normal)
Dor aguda, localizada
e que cessa após a
remoção do estímulo
(Pulpite reversível)
Irradiantes e
persistente, não cessa
após a remoção do
estimulo
(Pulpite Irreversível)
Exacerba quando se
deita e não cessa com
medicamentos
(Pulpite Irreversivel)
Particularidades dos dentes decíduos
• As lesões de cárie nesses dentes progridem com rapidez em direção ao tecido pulpar,
principalmente pela menor espessura de esmalte e dentina e maior proeminência dos cornos
pulpares
• Depois de atingir a polpa coronária, a infecção pode progredir mais rapidamente para a região
óssea, em virtude da presença das porosidades estruturais na área de furca (peneira biológica)
• A necrose pulpar de dentes decíduos desencadeia rapidamente a infecção extrarradicular
• A microbiota predominante na infecção endodôntica de dentes decíduos é semelhante àquela
observada em dentes permanentes.
• Tecido ósseo que circunda o dente decíduo é poroso, facilitando a disseminação da infecção, que
pode atingir o germe do dente permanente sucessor, levando à ocorrência de fístulas e
abscessos que, algumas vezes, não apresentam sintomatologia dolorosa.
Exame Clínico
Fundamentais para o diagnóstico pulpar
Obtenção de sinais clínicos extrabucal e intrabucal:
• Inspeção
• Palpação
• Auscultação
• Olfação
• Percussão
• Teste de sensibilidade
• Teste elétrico
• Fluxometria por Laser
OBS: Método de percussão e os testes de sensibilidade pulpar devem ser realizados com cautela, pela
possibilidade de resultados inconsistentes e de provocar dor, fato que pode interferir negativamente
no comportamento da criança.
Exame clínico INTRABUCAL
Ao exame clínico, deve-se observar os sinais existentes, como a coloração e estrutura do tecido
gengival, presença de edema, pólipo pulpar, alveólise, abscesso ou fístula e aspectos gerais do dente
(morfologia, anomalias de cor, extensão da lesão de cárie, fraturas e mobilidade)
(A) Representação esquemática
da invasão microbiana na região
de furca (peneira biológica) que,
comumente, ocorre nos dentes
decíduos. (B) Aspecto
radiográfico de dente decíduo
com lesão na região de furca,
associada à presença de lesão
periapical.
Destruição coronária e presença
de fístula
Alveólise:
Exposição da raiz dentária na cavidade
oral, em função da reabsorção da
tábua óssea alveolar, comumente
relacionada ao traumatismo dentário
e/ou cárie dentária
Exame clínico EXTRABUCAL
EXAME RADIOGRAFICO
• Radiografia Convencional
• Radiografia Convencional Digitalizada
• Radiografia Digital
• Tomografia Computadorizada
• Ultrassonografia
• Ressonância Magnética
Interproximal (Aleta de Mordida ou BITE-WING)
✓ Técnica indicada para a visualização da região coronária e interproximais dos dentes;
− Polpa coronária;
− região de furca;
− Contorno de restaurações.
✓ Indicação: Avaliação de lesões cariosas interproximais e oclusais
Periapical
Indicação:
− Grau de rizólise dos dentes decíduos,
− estágio de formação dos dentes permanentes,
− anomalias dentarias,
− alterações na integridade da lâmina dura,
− rarefação ósseas periapicais,
− reabsorção radiculares e fraturas radiculares
Anatomia complexa do sistema de canais radiculares
✓ Extensão e profundidade da
lesão de cárie
✓ Integridade da lâmina dura
Envolvimento da furca e cripta
óssea do dente sucessor
✓ Condições anatômicas para
tratamento restaurador
ANATOMIA INTERNA DOS DENTES
PERMANENTES/DECÍDUOS
Alta incidência de istmo, canais
acessórios e delta apical em primeiros
molares.
Tratamento endodôntico
Dentes decíduos e permanentes jovens
Conservador:
• Proteção pulpar indireta
• Proteção pulpar direta
• Pulpotomia
Medidas terapêuticas empregadas para
manutenção e preservação da vitalidade do
tecido pulpar.
Neoformação de tecido mineralizado por
intermédio de um material biológico
Proteção Pulpar
O que eu tenho que saber antes de realizar a
proteção pulpar?
✓ Diagnóstico das condições pulpares
✓ Tipo de reação do complexo dentinho-
pulpar aos agentes agressores
✓ Diferenças morfológicas entre dente
decíduo e permanentes
PROTEÇÃO PULPAR INDIRETA
• Procedimento clínico que envolve a
aplicação de materiais odontológicos na
dentina, com finalidade de preservar a
vitalidade pulpar
• Permite reorganização do tecido pulpar
inflamado
• Induz a deposição de dentina terciária
• Dificulta a infiltração microbiana
marginal
Indicação: Dentes com lesão de cárie, fraturas
coronárias não complicadas, com ausência de
sinais e sintomas de degeneração pulpar.
Materiais de escolha:
Hidróxido de Cálcio
• Material mais utilizado para
procedimentos de proteção dentino-
pulpar
• Formação de tecido mineralizado
• Liberação de íons de cálcio ( Ca 2+ )
• Ação antimicrobiana (pH altamente
alcalino)
• Não devem ser aplicados nas margens
das cavidades
Agregado de trióxido mineral (MTA)
Silicato de Cálcio (Biodentine)
✓ Bioatividade: formação de
hidroxiapatita em sua superfície
✓ Indução de mineralização ou reparo
✓ Alta capacidade seladora
MTA
• Bioatividade
• Propriedades antimicrobianas
• Induz a formação de tecido
mineralizado
• Selamento (reduz infiltrados
bacterianos)
• Adaptação marginal
• Biocompatibilidade
SILICATO DE CÁLCIO (BIODENTINE)
• Compatibilidade tecidual
• Substituto permanente da dentina
• Aplicação em uma única sessão
• Selamento marginal eficaz
• Melhor preenchimento volumétrico de
cavidades
• Menor radiopacidade em relação ao
MTA
MTA e Biodentine ofereceram mais vantagens
sobre o Hidróxido de Cálcio
Traumatismo Dentário
Fratura coronária sem envolvimento pulpar
• Perda de estrutura do esmalte e dentina
Ausência de dor ou desconforto
• Sem mobilidade/ Lesão periodontal
associada
• Achados radiográficos: perda de esmalte e
dentina visível
• Tratamento: restauração em resina
composta,colagem de fragmento proteção
pulpar indireta
• Proservação: controle clínico e radiográfico
6 a 8 semana após o trauma
• Prognóstico: favorável
PROTEÇÃO PULPAR DIRETA (PPD)
• Indicado para casos nos quais a polpa se
apresenta vital ou com características
de normalidade.
• 0 sangramento deve ser controlado por
meio de irrigação com solução fisiológica
Indicação: Exposição pulpar acidental, sem
contaminação decorrente de lesão de cárie, ou
fratura coronária com exposição pulpar,
decorrente de traumatismo dentário. O tempo
decorrido entre a exposição e o atendimento
odontológico não tenha ultrapassado o período
de 24 horas.
• Estimular as células da polpa dentária para
formação de tecido mineralizado, fornecer
selamento biológico, impedir a contaminação
bacteriana do tecido pulpar
• Sucesso que varia de 53 a 100% dos casos
Materiais de escolha:
• Hidróxido de cálcio ou MTA
Técnica da proteção pulpar direta – passo a
passo
1. Anestesia com lidocaína ou mepivacaína
(ambas com vasoconstritor).
2. Isolamento absoluto do campo operatório.
3. Antissepsia do campo operatório com
solução de gluconato de clorexidina a 1 a
2%.
4. Irrigação abundante do local exposto com
soro fisiológico.
5. Hemostasia com mechas de papel
absorventes ou mechas de algodão
esterilizadas.
6. Aplicação do material protetor
6.1 Técnica com hidróxido de cálcio:
a. Manipular uma pasta com hidróxido de
cálcio p.a. (de boa procedência) e água
destilada ou soro fisiológico (Figura 4A).
Essa pasta deve ter consistência
espessa para facilitar o uso clínico
(Figura 4B).
b. Aplicar a pasta sobre a área da
exposição pulpar.
c. Aplicar uma camada de cimento de
hidróxido de cálcio sobre a pasta.
d. Aplicar uma camada de cimento à base
de ionômero de vidro.
e. Realizar a restauração definitiva.
Traumatismo Dentário
Fratura Coronária com envolvimento Pulpar
• Perda de esmalte e dentina com
envolvimento pulpar
• Sensibilidade a estímulos
• Lesão periodontal associada
• Achados radiográficos: perda dos tecidos
mineralizados e exposição pulpar visível
• Tratamento: proteção pulpar
direta/pulpotomia/ tratamento endodôntico
radical/Tratamento restaurador ou colagem
de fragmento
• Proservação: controle clínico e radiográfico
6 a 8 semana após o trauma e 1 ano
• Prognóstico: favorável.
Protocolo clínico
• Organização da mesa clínica
• Anestesia tópica e local
• Isolamento Absoluto
• Antissepsia do campo operatório
• Lavagem da cavidade com soro
fisiológico
• Hemostasia
• Secagem da cavidade (algodão
esterilizado)
• Recobrimento do tecido pulpar
• Hidróxido de cálcio/MTA ou Biodentine
• Restauração com Ionômero de Vidro
• Restauração com resina composta ou
colagem do fragmento
• Proservação (3 anos)
PULPOTOMIA
Remoção do tecido pulpar coronário, seguida de
proteção e preservação do tecido radicular
remanescentes, por meio da colocação de um
material protetor que preserve sua vitalidade e
integridade, além de estimular a deposição de
tecido mineralizado.
Preservar a vitalidade pulpar de dentes
decíduos e permanentes jovens
✓ Levar em consideração a condição
patológica pulpar
✓ Ausência de sinais e sintomas clínicos
(dor espontânea e fístula), ausência de
imagens radiolúcida e reabsorção óssea
e dentária
Materiais de escolha:
✓ Hidróxido de Cálcio PA e pasta
✓ MTA
Passo a Passo Clínico – Pulpotomia
1. Organização da mesa clínica
2. Radiografia para diagnóstico
3. Assepsia da cavidade bucal (Clorexidina
0,12%)
4. Anestesia tópica e local
5. Isolamento Absoluto e antissepsia do
campo (Clorexidina a 2%)
6. Remoção do tecido cariado + acesso
coronário
7. Desgaste compensatório
8. Remoção da polpa coronária
9. Irrigação com solução fisiológica
10. Secagem com mechas de algodão
esterilizada ou papel absorvente
11. Aplicação de material Protetor
12. Restauração definitiva
13. Controle pós-operatório (clínico e
radiográfico)
Técnica com hidróxido de cálcio:
Técnica da pulpotomia com MTA:
Considerações finais
O diagnóstico das alterações pulpares e
periapicais tem como principal objetivo a análise
da condição de saúde da polpa e da região
periapical para indicação do tratamento
adequado. O tratamento endodôntico de dentes
decíduos é necessário para que não haja prejuízo
à erupção normal dos dentes permanentes
sucessores, além da preservação do dente na
cavidade bucal
Tratamento endodôntico em crianças
Contribuir para a saúde bucal de crianças por
meio da manutenção e integridade da dentição
e dos tecidos de suporte.
Esta direcionada ao tratamento de dentes
acometidos por cárie ou trauma, com o intuito
de conservar a vitalidade pulpar.
Diagnostico das alterações pulpares e
periapicais
Analise da condição de saúde da polpa dentaria
e da região periapical para indicação do
tratamento adequado.
• Motivo da procura pelo tratamento
• Anamnese
• Exame clinico
• Imaginológico
Irrigantes
• São produtos químicos utilizados para
irrigação intracanal durante o preparo
químico mecânico
• Funções:
✓ Reduzir microrganismos
intrarradiculares
✓ Redução do atrito entre o instrumental
e a dentina
✓ Retirar dissolução do tecido celular vital
ou necrótico
✓ Difusão em áreas onde a instrumentação
radicular não tem acesso
✓ Lubrificar as paredes do canal e
remover partículas de dentina.
Características do irrigantes
• Amplo espectro antimicrobiano
• Alta eficácia contra microrganismos
patogênicos organizados em biofilmes
• Capacidade de dissolver restos
necróticos e dendritos orgânicos de
tecido pulpar
• Capacidade de inativar a endotoxina
bacteriana
• Capacidade de dissolver a smear layer
• Desinfecção e limpeza de áreas
inacessíveis a instrumentação
• Não ser toxico aos tecidos periodontais
e não causar alergias.
Hipoclorito de Sódio
• Antisséptico hospitalar
• 1º Guerra Mundial: tratamento de feridas
• 1919: na endodontia
• Excelente agente antimicrobiano
• Capacidade de dissolução de tecidos
pulpares necrosados
• Remoção dos componentes orgânicos de
dentina e biofime bacteriano
• Concentrações 0,5%, 1%, 1,25%, 2,5%, 5%,
5,25%, e 10%
Clorexidina
• Caracteristicas favoráveis
• Antimicrobiano de amplo espectro
• Ativo contra micro-organismos Gram-
positivas e Gram- negativas
• Leveduras
• Concentração 0,12%, 0,2% e 2% Solução em
gel
Hipoclorito de sódio x clorexidina
Vantagens Vantagens
Baixo custo
Rápida atuação
Lubrificante
Ação antimicrobiana
(bactérias, fungos e
vírus)
Não toxico*
Solvente de matéria
orgânica
Amplo espectro de
ação antimicrobiano
Substantividade
Baixa toxicidade
Alternativa para
alérgicos á
hipoclorito de sódio
Desvantagens Desvantagens
Instável no
armazenamento
Inativado por
matéria orgânica
Corrosivo
Irritante para pele e
mucosa
Forte odor
Mancha tecidos
Tóxico em dentes
vital
Incapacidade de
dissolver matéria
orgânica
Bacteriostáticos em
baixa concentração.
Após o término da instrumentação
Remoção da smear layer
Smear Layer: é uma fina película (1 -2mm),
produzida durante o preparo químico mecânico,
composta por partículas de dentina,
remanescentes de tecido pulpar vital ou
necrótico, componentes bacterianos, e restos
de irrigantes retidos.
Realizar agitação por 3 min com EDTA
Tratamento endodôntico radical
BIOPULPECTOMIA (Remoção da polpa
coronária e radicular)
Dentes decíduos e permanentes com vitalidade
pulpar
Presença de tecido vivo no sistema de
canais radiculares.
Coto pulpar com vitalidade.
Ausência de micro-organismos no sistema
de canais radiculares.
Bactérias gram-positivo na entrada da luz do
canal
Concentração do irrigante: hipoclorito
de sódioa 1%.
Obturação: 1,5 a 2mm aquém do ápice
Aspectos clínicos e radiográficos
• Polpa radicular irreversivelmente alterada,
como a presença de hemorragia intensa,
sangramento com coloração alterada e
tecido pulpar liquefeito (sem consistência).
• Ausência de rarefação óssea
• Integridade da lâmina dura
Indicações para Biopulpectomia
• Pulpite irreversível (a polpa radicular
apresenta-se inflamada e com hemorragia
não controlada)
• Pulpite crônica hiperplásica (pólipo pulpar)
• Reabsorções internas
• Exposições pulpares depois de
traumatismos dentais ocorridos após 24
horas.
Contraindicações
• Especificamente em dentes decíduos:
→ Dente permanente sucessor com mais
de dois terços da raiz formada ou
dente decíduo com rizólise avançada
→ Extensa destruição coronária, que
impossibilite a posterior restauração
adequada.
→ Reabsorção interna em grau avançado,
com presença de perfuração, sem
possibilidade de tratamento da
perfuração.
→ Reabsorção extensa na região de
furca, com presença de perfuração.
→ Presença de alveólise.
Tecnica de tratamento endodôntico radical com
dentes com vitalidade pulpar
1. Organização da mesa clinica
2. Radiografia para diagnóstico
3. Determinação do comprimento aparente do
dente (CAD) e comprimento de trabalho
provisório (CPT) (CPT-CAD-3mm) do ápice
radiográfico ou do bisel de rizólise
4. Antissepsia da cavidade bucal (Digluconato
de clorexidina 0,12%)
5. Anestesia tópica e local
6. Isolamento Absoluto e antissepsia do campo
operatório (Digluconato de Clorexidina 2%)
7. Remoção do tecido cariado (Figura 6) com
auxílio de curetas (Figura 6B) e brocas
esféricas (Figura 6C) em baixa rotação.1,5
8. Abertura coronária, obtida por meio da
remoção do teto da câmara pulpar e
posterior desgaste compensatório em alta
rotação
9. Remoção da polpa coronária com auxílio de
cureta afiadas.
10. Irrigação da câmara pulpar com hipoclorito
de sódio a 1%.
11. Exploração do canal radicular, com auxílio
de uma lima K de calibre compatível com o
canal radicular, no comprimento de trabalho
provisório
12. Remoção da polpa radicular (curetas)
13. Irrigação da câmara pulpar
14. Exploração dos canais radiculares
15. Odontometria (definir o tamanho real do
dente)
16. Instrumentação (manual ou mecanizada)
17. Obturação (ultracal)
18. Restauração final
Tratamento endodôntico em dentes decíduos e
permanentes com necrose pulpar e sem lesão
periapical
NECROPULPECTOMIA I
Indicação
• Dentes com necrose pulpar, sem alteração
da lâmina dura e sem rarefação óssea
A técnica de tratamento endodôntico é
semelhante à Biopulpectomia diferindo apenas a
necessidade de neutralização do conteúdo
séptico tóxico dos canais radiculares.
Bactérias gram-positivas + gram negativas
• Concentração do irrigante: NaOCL a 1%
(solução de Milton)
• Obturação: 1,5 a 2mm aquém do ápice.
Contraindicação:
• Dente permanente sucessor com estágio de
Nolla a partir de 8 (com mais de dois terços
da raiz formada)
• Extensa destruição coronária dos dentes
deciduos, impossibilitando a realização de
restauração adequada posteriormente
• Reabsorção interna em grau avançado, com
presença de perfuração
• Reabsorção externa na região de furca
• Presença de alveolise
Neutralização do conteúdo séptico tóxico dos
canais radiculares.
• Consiste na limpeza gradual do canal
radicular no sentido coroa-ápice, a fim de
evitar a extrusão do conteúdo necrótico
para a região periapical. 1º lima tipo K
(calibre compatível) com o terço cervical e,
progressivamente com limas de calibre
menores (3mm aquém do ápice radiográfico
ou do 1 lima tipo K bisel de rizólise)
Tratamento endodôntico em dentes decíduos e
permanentes com necrose pulpar e lesão
periapical crônica visível radiograficamente
NECROPULPECTOMIA II
• Solução irrigante: NaOCL a 2,5% (solução
de Labarraque)
• Medicação: ultracal. Intervalo de 14 a 30
dias.
• Obturação: 1mm aquém do ápice
• Remoção dos micro-organismos
responsáveis pela infecção do sistema de
canais radiculares.
• Lesão periapical: resposta imuno-
inflamatória localizada, resultante da
progressão dos micro-organismos no
sistema de canais radiculares em direção a
região periapical.
PARTICULARIDADES DOS DENTES
DECÍDUOS
• Em lesões de carie não controlada, o
processo infeccioso pode progredir mais
rapidamente para região óssea, em virtude
da presença de porosidade estruturais na
área de furca
• A necrose pulpar de dentes decíduos
desencadeia rapidamente a infecção
extrarradicular
A escolha de um medicamento entre sessões
não deve ter somente como objetivo a morte
bacteriana, mas sim a morte bacteriana
associada a redução ou Inativação do LPS.
Obturação dos canais radiculares
Que material usar?
Dado a complexidade do sistema de canais
radiculares de dentes decíduos a redução ou
eliminação dos microrganismos depende:
✓ Preparo químico mecânico
✓ Material obturador
✓ Propriedades antimicrobianas
Não se pode utilizar cones de guta-percha e
cimento obturador!
Características ideais de uma pasta obturadora
✓ Ser reabsorvido em sincronia com a
reabsorção fisiológica das raízes
✓ Ser facilmente inserido
✓ Ser biocompatvel
✓ Ser bactericida
✓ Promover selamento hermético do
sistema de canais radiculares
✓ Ser radiopaco
Pasta de Óxido de Zinco e Eugenol
Vantagens:
• Facilmente introduzido nos canais
radiculares sem perder plasticidade
• Potencial de promover neoformação
óssea
Desvantagens:
• Taxa de reabsorção mais lenta que a
porção radicular dos dentes decíduos
• Possibilidade de alterar o caminho de
erupção do dente sucessor permanente
• Caso extravasada na região periapical,
pode causar irritação, necrose de osso e
de cemento.
Iodofórmio
✓ Antisséptico e antimicrobiano
✓ Reabsorvível quando extravasado na
região periapical
✓ Estimula a reparação e neoformação
óssea
✓ Potencial antimicrobiano e anti-
inflamatório
✓ Manchamento do dente
Ex. pasta Guedes-pinto
Iodofórmio, paranoclorofenicol canforado,
pomada dermatológica á base de acetato de
prednisona e rifamicina.
Hidróxido de Cálcio
✓ Potencial antimicrobiano (ph alcalino)
✓ Boa tolerância tecidual
✓ Formação de tecido mineralizado
✓ Potencial de reparação ósseo
✓ Ausência de efeitos toxico ao dente
permanentes sucessor
✓ Efeito sobre a endotoxina bacteriana
(LPS-lipopolissacarídeos- bactérias
gram-negativas no sistema de canais
radiculares)
As propriedades do hidróxido de cálcio podem
ser melhoradas pela adição de óxido de zinco á
sua composição
Lesões traumáticas
• 11 a 30% (dentes decíduos)
• 2,5 a 50% (dentes permanentes)
• Traumas orofaciais estão intimamente
ligados a prática esportiva
Fatores de risco:
→ Lesões de cárie
→ Overjet > 3mm
→ Proteção labial
→ Obesidade
Fatores etiológicos
→ Quedas
→ Acidentes automobilísticos
→ Acidentes nos esportes
→ Violência
Protocolo para atendimento de crianças com
dentes decíduos traumatizados
✓ Comunicação com os pais
✓ Idade da criança/separação dos pais
✓ Dizer, mostrar, fazer
✓ Consultas curtas
✓ Distração
✓ Reforço positivo
✓ Contenção/termo de consentimento
Após disso fazer a anamnese detalhada
✓ Identificação
✓ História medica
✓ História do traumatismo
✓ Limpeza das áreas lesadas
✓ Exame extra e intrabucal
✓ Exame dos dentes e estruturas ósseas
✓ Exames complementares
✓ Controle da dor
✓ Suturas das mucosas
Lesões traumáticas dentoalveolares nunca são
agradáveis (tanto para o paciente quanto para o
profissional);
Independentemente do estresse envolvido, o
cirurgião-dentistadeve acalmar o paciente e o
responsável.
História e exame clínico
História do acidente
• Quando, como e onde ocorreu o acidente
e quais condutas já foram instituídas?
• Necessidade de profilaxia antibiótica??
Exame clínico geral:
Queixa principal
Dor e sangramento – o paciente pode relatar
uma queixa principal capaz de auxiliar no
diagnóstico.
Queixa principal Possibilidade de
diagnóstico:
Dificuldade para o
encaixa dos dentes
Deslocamento ou
fratura óssea
Dor durante a
oclusão
Presença de fraturas
coronárias,
radiculares ou
ósseas, além de
deslocamentos
Dor durante a
movimentação
mandibular
Fratura mandibular
ou condilar
Desvio durante a
movimentação
mandibular
Fratura mandibular
ou condilar unilateral
Análise neurológica
Capacidade de comunicação e movimentação da
cabeça
→ Parestesia de lábios e língua
→ Zumbido no ouvido
→ Presença de cefaleia, vômito e tontura.
Mucosa labial – protege a dentição
Traumatismos ao lábio, a gengiva e a mucosa
oral se não forem reparadas de maneira
adequada, podem evoluir para importantes
sequelas estéticas e funcionais para o paciente.
Consequências
✓ Abrasão
✓ Laceração
✓ Contusão ou perda de tecido.
Abrasões
Escoriação ou remoção circunscrita de uma
camada superficial da pele ou mucosa (neste
caso denominado ulceração), provocada por
grande atrição tecidual.
Qual a conduta clínica?
✓ Eliminar fragmentos/corpos estranhos
✓ Lavar o local com clorexidina a 0,12% ou
soro fisiológico.
✓ Sabonete antisséptico
✓ Caso seja necessário receitar
paracetamol 750mg de 6/6horas por
24horas
Lacerações
• Ferimentos com margens irregulares e
com mais de um ângulo. O mecanismo da
lesão é por tração.
• Danos cortantes ou perfurantes da
estrutura epitelial, possuindo assim
grandes extensões e profundidades.
Conduta clínica:
• Limpeza da região
• Suturas
• Laserterapia
PROTOCOLO EMPREGADO PARA LACERAÇÃO
DE ACORDO COM A IADT
1. Higienização da região afetada com
solução de Digluconato de clorexidina a
0,12%
2. Desbridamento, hemostasia e sutura –
3. Acompanhamento clínico até remissão da
lesão
4. Orientação aos pais/cuidadores quanto à
higienização da região afetada com
sabonete antisséptico (extraoral) mais
solução de digluconato de clorexidina a
0,12% (intraoral), duas vezes ao dia por
uma semana.
Tipo de cicatrização
✓ Primeira intenção
Tipo de cicatrização que ocorre quando as
bordas são apostas ou aproximadas, havendo
perda mínima de tecido, ausência de infecção e
mínimo edema. Não forma tecido de granulação.
Fatores que interferem na cicatrização:
Fatores locais
• Vascularização das bordas da ferida –
oxigênio e nutrientes
• Tratamento das feridas – sepsia e
antissepsia; cuidados pós operatórios
• Grau de contaminação da ferida – limpeza
mecânica; remoção de corpos estranhos e
detritos
Fatores gerais
→ Infecção
→ Sistema imunológico
→ Idade
→ Oxigenação e perfusão aos tecidos
→ Diabetes
→ Medicamentos (quimioterápicos,
corticoides e anticoagulantes)
Contusões
• Traumas que levam ao edema e hemorragia
subcutânea da região afetada
• Higienização do local e compressas quentes
na região edemaciada
• Administração de anti-inflamatórios e
analgésicos
✓ Ibuprofeno de 200mg, de 6 em 6 horas.
Dipirona 500mg a 19(20-40gotas) a cada
4h por 24h.
Antibióticos
Preventivos para traumas de tecidos moles:
Quando utilizar, qual prescrever, como utilizar?
• Quando a ferida está muito contaminada e
o desbridamento completo não é possível
• Quando o desbridamento foi tardio (24h
após)
• Lesões penetrantes nos lábios
• Pacientes com comprometimento sistêmico
• Ferimentos por mordedura humana ou
animal
Qual prescrever?
o Amoxicilina (criança) 20mg/kg – 8 em
8horas
Paciente alérgico
o Claritromicina (criança) – 7,5mg/kg –
12 em 12horas
Como utilizar?
• Iniciar a posologia nas 3 primeiras horas
• 1º dose (dose de ataque), antes do
procedimento cirúrgico e ao longo de
24h (doses de manutenção).
Trinca de esmalte
Achados clínicos:
• Ausência de sensibilidade, mobilidade
normal, teste pulpar normalmente
positivo.
Achados radiográficos:
• Sem anormalidades radiográficas.
Tratamento
• Acompanhamento clinico e radiográfico
• Acompanhamento 1 semana, 3/3 meses
6/6 meses, 1 ano, exfoliação)
Fratura de esmalte
Achados clínicos:
• Perda de esmalte
• Sem sinais visíveis de dentina exposta
• Se apresentar sensibilidade, avaliar
quanto à possível ocorrência de lesão de
luxação ou fratura radicular
• Mobilidade normal
• Teste de sensibilidade pulpar
normalmente positivo
Achados radiográficos:
• Perda visível de esmalte
• Localização de fragmentos dentários:
Se o fragmento não foi encontrado e há
lesões em tecido mole, radiografias do
lábio e/ou da bochecha são indicadas
para procurar fragmentos ou materiais
estranhos.
Tratamento:
• Se o fragmento tiver presente: colagem
do fragmento
• Polimento das bordas cortantes.
Acompanhamento:
• Avaliações clínicas e radiográficas são
necessárias: Após 6-8 semanas, Após 1
ano
Fratura de esmalte e dentina
• Uma fratura envolvendo esmalte e
dentina, sem exposição pulpar
Achados clínicos
• Mobilidade normal
• Teste de sensibilidade pulpar
normalmente positivo
• Ausência de sensibilidade à percussão e
à palpação
• Se apresentar sensibilidade, avaliar
quanto a possível ocorrência de lesão de
luxação ou fratura radicular
Achados radiográficos:
• Perda visível de esmalte e dentina
• Localização de fragmentos dentários:
Se o fragmento não foi encontrado e há
lesões em tecido mole, radiografias do
lábio e/ou da bochecha são indicadas
para procurar fragmentos ou materiais
estranhos.
Tratamento:
• Colagem do fragmento: fragmento
precisa ser reidratado em água ou soro
por 20 minutos antes de ser recolocado
• Restauração com ionômero de vidro e
resina composta.
Acompanhamento:
• Avaliações clínicas e radiográficas são
necessárias: Após 6-8 semanas; após 1
ano.
Fratura de esmalte e dentina com exposição
pulpar
Achados clínicos:
• Mobilidade normal
• Ausência de sensibilidade à percussão e
palpação
• Se apresentar sensibilidade, avaliar
quanto à possível ocorrência de lesão de
luxação ou fratura radicular
• Polpa exposta sensível à estímulos (ex:
ar, gelado, doce)
Achados radiográficos:
• Perda visível de esmalte e dentina
• Localização de fragmentos dentários:
Se o fragmento não foi encontrado e há
lesões em tecido mole, radiografias do
lábio e/ou da bochecha são indicadas
para procurar fragmentos ou materiais
estranhos.
Tratamento risogênese incompleta:
1. Capeamento pulpar direto
• Tempo de exposição: menos de 24horas,
exposição pequena, hemostasia,
contaminação, sinais de vitalidade, idade
do paciente.
2. Pulpotomia:
• Tempo de exposição: mais de 24horas,
pólipo pulpar, hemostasia, grandes
exposições, sinais de vitalidade, idade
do paciente.
Tratamento risogênese completa:
• Sinais clínicos e radiográficos de
alteração pulpar (lesão periapical,
edema, fistula)
• Tratamento pulpar radical + tratamento
restaurador
• Exodontia: esfoliação
• Controle e manutenção.
Fratura coronorradicular sem exposição pulpar
• Uma fratura envolvendo esmalte,
dentina e cemento (Nota: fraturas
corono-radiculares normalmente se
estendem abaixo da margem gengival)
Achados clínicos:
• Teste de sensibilidade pulpar
normalmente positivo
• Sensibilidade à percussão
• O fragmento (coronal, mesial ou distal)
normalmente está presente e móvel
• A extensão da fratura (sub ou supra
alveolar) deve ser avaliada
Achados radiograficos:
• A extensão apical da fratura
normalmentenão é visível
• Localização de fragmentos dentários: -
Se o fragmento não foi encontrado e há
lesões em tecido mole, radiografias do
lábio e/ou da bochecha são indicadas
para procurar fragmentos (radiografia
periapical)
• Pode ser utilizada uma tomográfica para
melhor visualização do trajeto da
fratura
Tratamento:
• Colagem do fragmento
• Restauração com sina composta
• Exodontia se a fratura envolver mais do
que 2mm de cemento, e mantenedor de
espaço (se necessário)
Acompanhamento:
Avaliações clínicas e radiográficas são
necessárias:
✓ Após 1 semana, após 6-8 semanas, após
3 meses, após 6 meses
✓ Após 1 ano, após isso, anualmente por
pelo menos 5
Fratura coronorradicular com exposição pulpar
(Nota: fraturas corono-radiculares
normalmente se estendem abaixo da margem
gengival)
Achados clínicos:
• Teste de sensibilidade pulpar
normalmente positivo
• Sensibilidade à percussão
• O fragmento (coronal, mesial ou distal)
normalmente está presente e móvel
• A extensão da fratura (sub ou supra
alveolar) deve ser avaliada
Achados radiográficos:
• A extensão apical da fratura
normalmente não é visível
• Localização de fragmentos dentários: -
Se o fragmento não foi encontrado e há
lesões em tecido mole, radiografias do
lábio e/ou da bochecha são indicadas
para procurar fragmentos (radiografia
periapical)
• Pode ser utilizada uma tomográfica para
melhor visualização do trajeto da
fratura
Tratamento:
• Observar: vitalidade pulpar, extensão da
exposição, tempo decorrido, gravidade
das lesões associadas ao periodonto (até
2mm aquém da margem gengival) e idade
do paciente
• Pulpotomia (risogênese incompleta) ou
tratamento endodôntico radical
(risogênese completa)
• Colagem de fragmento
• Restauração com resina composta
• Exodontia: se a fratura envolver mais
que 2mm de cemento, e mantenedor de
espaço (se necessário)
Acompanhamento:
Avaliações clínicas e radiográficas são
necessárias:
• Após 1 semana
• Após 6-8 semanas
• Após 3 meses
• Após 6 meses
• Após 1 ano
• Após isso, anualmente por pelo menos 5
anos
Fratura radicular
Uma fratura da raiz envolvendo dentina, polpa
e cemento. A fratura pode ser horizontal,
oblíqua, ou uma combinação de ambas.
Achados clínicos:
• O fragmento coronário pode apresentar
mobilidade e estar deslocado.
• O dente pode apresentar sensibilidade à
percussão
• Pode ser observado sangramento no
sulco gengival
• Inicialmente pode haver resposta
negativa ao teste de sensibilidade
pulpar, indicando dano pulpar transitório
ou permanente.
Fratura obliqua e longitudinal
Fratura horizontal (transversal)
Tratamento:
Fratura Transversal
• Terço apical: Observação e controle clinico
e radiográfico
• Terço médio: Condições a serem
observadas: mobilidade, afastamento dos
fragmentos (até 2mm) e tempo decorrido
− Anestesia, reposicionamento e
imobilização semirrigida (fio ortodôntico
0,5 mm) por 15-21 dias e alívio oclusal
(se necessário)
− Exodontia e mantenedor de espaço (se
necessário)
• Terço cervical: Exodontia e mantenedor de
espaço (se necessário)
Fratura Oblíqua e Longitudinal
• Exodontia e mantenedor de espaço (se
necessário)
Acompanhamento:
Avaliações clínicas e radiográficas são
necessárias:
• Após 4 semanas, após 6-8 semanas, após 4
meses S ++, após 6 meses, após 1 ano e após
isso, anualmente por pelo menos 5 anos
As fraturas da coroa e as luxações desses
dentes são as que ocorrem mais comumente de
todas as lesões dentárias.
O diagnóstico adequado, o planejamento do
tratamento e o acompanhamento são
importantes para alcançar um resultado
favorável
Diagnóstico
→ Higienização da região
→ Desbridamento das lesões a fim de
evitar contaminação
→ Exame radiográfico
→ Reposicionamento e sutura dos tecidos
deslocados e dar sequência ao
tratamento dos traumas dentoalveolares
Exame radiográfico
• Auxiliar no diagnóstico, auxiliar no controle,
valor Legal
RADIOGRAFIAS OCLUSAIS
• Intrusão, deslocamentos dentários,
fraturas apicais e coronárias, fraturas
alveolares
CRIANÇAS MAIORES: Feixe de
radiação/ponta do nariz/
• Filme n°.2/angulação 55 a 65 graus, tempo
de exposição -0,4seg.
CRIANÇAS (ATÉ 3 ANOS)
• Filme N° 2;
• Incidência: base do nariz;
• Angulação 40 a 45 graus;
• Tempo de exposição: 0,4 seg
Concussão
Uma lesão aos tecidos de suporte, sem
mobilidade anormal ou deslocamento do dente,
mas com grande sensibilidade a percussão.
Achados clínicos:
• Mobilidade normal
• O dente apresenta sensibilidade à
percussão e ao toque
• O dente provavelmente vai responder
positivamente ao teste de sensibilidade
Achados radiográficos:
• Ausência de alterações radiográficas
• Tratamento
• Nenhum tratamento é necessário
• Monitorar a vitalidade pulpar por pelo
menos 1 ano, mas preferivelmente por
mais tempo
Acompanhamento:
• Avaliações clínicas e radiográficas são
necessárias:
• Após 4 semanas
• Após 1 ano
Subluxação
• Uma lesão aos tecidos de suporte, com
mobilidade anormal, mas sem
deslocamento do dente.
Achados clínicos:
• O dente apresenta sensibilidade ao
toque ou batida leve
• O dente apresenta mobilidade
aumentada, mas não está deslocado
• Pode ser observado sangramento no
sulco gengival
• Inicialmente pode haver resposta
negativa ao teste de sensibilidade
pulpar, indicando dano pulpar transitório
ou permanente.
Achados radiográficos:
• A aparência radiográfica geralmente é
normal
Tratamento:
• Mobilidade leve: Normalmente, nenhum
tratamento é necessário.
• Mobilidade moderada: Uma contenção
flexível (fio ortodôntico 0,5mm) para
estabilizar o elemento dentário pode ser
indicada por até 2 semanas, mas
somente se houver mobilidade excessiva
ou sensibilidade ao morder
• Monitorar a vitalidade pulpar por pelo
menos 1 ano.
Luxação lateral
• Deslocamento do dente em qualquer
direção lateral, normalmente associado a
uma fratura ou compressão da parede
do alvéolo ou osso cortical.
• Observar: grau de rizólise (mais de 1/3
de raíz remanescente), tempo decorrido
até o atendimento, magnitude de
deslocamento, ocorrência de fratura de
parede alveolar e interferência oclusal.
Achados clínicos:
• O dente está deslocado, normalmente
em uma direção palatina/lingual ou
vestibular
• Normalmente há uma fratura do osso
alveolar associada
• O dente normalmente não apresenta
mobilidade, já que o ápice da raiz está
“travado” na fratura óssea
• Apresenta som metálico à percussão
(anquilosado)
• Provavelmente não responde aos testes
de sensibilidade pulpar
Achados radiográficos:
• Aumento no espaço do ligamento
periodontal, mais bem visualizado em
radiografias com alteração na angulação
horizontal ou exposições oclusais
• Radiografia periapical paralela e oclusal.
Tratamento:
• Deslocamento leves ou moderados da
coroa em direção palatina: aguardar o
reposicionamento espontâneo ou
anestesia, reposicionamento bidigital e
imobilização semirrigido (fic ortodontico
0.5 mm) por 15-21 dias (se houver
interferência aclusal e em atendimento
imediato); alivio oclusal (se necessário)
• Trespasse da tabua óssea vestibular ou
de grande deslocamento/mobilidade:
exodontia e mantenedor de espaço (se
necessário)
• Identificação de lesões periapicais,
reabsorções internas e externas
durante as consultas de
acompanhamento- necessidade de
tratamento endodôntico radical ou
exodontia
Acompanhamento:
Avaliações clínicas e radiográficas são
necessárias:
• Após 2 - 4 semanas, após 8 semanas, após 6
meses, após 1 ano e após isso, anualmente
por pelo menos 5 anos
Luxação extrusiva
Deslocamento do dente para fora do alvéolo em
uma direção incisal/ axial.
Achados clínicos:
• Odente parece alongado
• O dente apresenta mobilidade aumentada
• Provavelmente não responde aos testes de
sensibilidade pulpar
Achados radiográficos:
• Aumento no espaço do ligamento
periodontal tanto apicalmente quanto
lateralmente.
• O dente não está encaixado no alvéolo e
parece alongado incialmente
• Radiografia: periapical paralela,
radiografia com angulações diferentes;
radiografia oclusal
Tratamento:
• Reposicionamento do dente, inserindo o
mesmo delicadamente no alvéolo, sob
anestesia local
• Deslocamentos (até 2mm – atendimento
imediato) Estabilizar o dente por 2
semanas usando contenção flexível. Se
houver colapso/ fratura do osso
marginal, a contenção deve ser
prolongada por mais 4 semanas.
• Monitorar a condição pulpar (se houver
necrose: tratamento endodôntico)
• Exodontia e mantenedor de espaço
Acompanhamento
Avaliações clínicas e radiográficas são
necessárias:
• Após 2 - 4 semanas, após 8 semanas, após
12 semanas, após 6 meses, após 1 ano e após
isso, anualmente por pelo menos 5 anos.
Luxação intrusiva (intrusão)
• Deslocamento do dente em uma direção
apical dentro do osso alveolar
• Filme nº 2, exposição – 8 a 10s. cone de
rx – ponta
Achados clínicos:
• O dente está deslocado axialmente em
direção ao osso alveolar
• não apresenta mobilidade
• som metálico à percussão (anquilosado)
• Provavelmente não responde aos testes
de sensibilidade pulpar
Achados radiográficos:
• O espaço do ligamento periodontal pode
estar ausente em parte ou em toda a
porção radicular (principalmente apical)
• A junção cemento-esmalte está
localizada mais apicalmente no dente
intruído, em comparação aos dentes
adjacentes
Tratamento:
Dentes com rizogênese incompleta:
• Permitir a erupção sem intervenção
(reposicionamento o espontâneo) para
todos os dentes, independente do grau
de intrusão
• Se nenhuma reerupção for observada
dentro de 4 semanas, iniciar o
reposicionamento ortodôntico.
• Se houver sinais de necrose pulpar ou
reabsorção externa – fazer o
tratamento endodôntico.
Acompanhamento
• Mesmo que a luxação extrusiva
Avulsão
• Deslocamento total do dente para fora
do alvéolo
• Não deve ser reimplantado
• Observar
• Mantenedor de espaço de se necessário
ORIENTAÇÕES AOS PAIS/CUIDADORES
HIGIENE BUCAL
✓ A higiene bucal deve ser realizada
especialmente em casos de luxações e de
lesões de tecidos moles;
✓ Demonstrar aos pais/cuidadores como
realizar a higiene bucal das áreas lesadas;
✓ A higiene das áreas afetadas pode ser
realizada com gaze embebida com solução
de digluconato de clorexidina a 0,12%, duas
vezes ao dia, durante uma semana.
HÁBITOS DE SUCCÃO E ALIMENTAÇÃO
✓ Redução de hábitos de sucção (chupeta,
dedo e mamadeira);
✓ Redução da ingestão de alimentos
muitos fibrosos ou de consistencias
duras e firmes durante 7 ou 10 dias.
Prescrição medicamentosa
• Analgésicos Paracetamol gotas 200mg-
6/6h em caso de dor;
• Anti-inflamatórios Ibuprofeno 100mg-
6/6h
• Antibióticos, se necessário, em crianças
sistemicamente comprometidas;
• A vacina antitetánica deve ser checada
pelo médico dentro de 48 horas para
eventual reforço.