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LIVRO: TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA
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Para a escolha de anestésicos locais e medicamentos é
essencial calcular a dose com base no peso ou superfície
corporal para maximizar os efeitos terapêuticos e minimizar os
riscos. Como muitas crianças rejeitam medicamentos e têm
dificuldade em engolir comprimidos, deve-se preferir formas
líquidas. Além disso, o contato com o pediatra é recomendado,
especialmente em casos de condições sistêmicas, para garantir
segurança e confiança no tratamento odontológico.
SEDAÇÃO MÍNIMA01
A sedação mínima é usada em crianças ansiosas ou não
cooperativas como apoio ao controle comportamental. Os
benzodiazepínicos mais indicados são diazepam e midazolam,
sendo este último o preferido por seu início rápido, curta duração
e efeito amnésico. Outros sedativos não são recomendados como
primeira escolha. A técnica é segura, eficaz e reduz a necessidade
de anestesia geral.
ANESTESIA LOCAL02
Embora seguros, os anestésicos locais oferecem maior risco de
toxicidade em crianças, devido à sua maior sensibilidade e menor
volume sanguíneo. Doses excessivas podem levar a efeitos
graves, principalmente por erro na quantidade administrada ou
injeção intravascular acidental. Por isso, é essencial ajustar a dose
e preferir técnicas infiltrativas. Quando há sedação associada, a
cautela deve ser ainda maior.
TRATAMENTO DA DOR03
Para controlar dor leve a moderada em crianças, usam-se dipirona,
paracetamol ou ibuprofeno:
Dipirona: 15 mg/kg a cada 4h, máximo de 4 doses/dia. Dose prática: ½
gota/kg (máx. 20 gotas), diluída para mascarar o sabor.
Paracetamol: 10–15 mg/kg a cada 6h. Dose prática: 1 gota/kg (máx. 35
gotas), até 5 vezes ao dia. Doses excessivas podem causar dano hepático.
Ibuprofeno: 1 gota/kg (5 mg/gota) a cada 6–8h. Crianças com >30 kg não
devem ultrapassar 40 gotas (200 mg) por dose.
TRATAMENTO DA DOR03
O uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) em crianças é
limitado, sendo o ibuprofeno o único amplamente aprovado.
Diclofenaco é contraindicado em menores de 14 anos, e nimesulida, em
menores de 12, devido a riscos graves, como síndrome de Reye. AINEs
só devem ser usados quando dipirona ou paracetamol forem ineficazes
ou em casos de doenças reumatológicas. Para cirurgias com dor intensa
e edema, prefere-se corticosteroides (como betametasona) ou, como
alternativa, o ibuprofeno.
PROTOCOLO FARMACOLÓGICO04
Feitas essas considerações iniciais sobre sedação mínima,
anestesia local e tratamento da dor e das infecções
bacterianas, são apresentados os protoco-los farmacológicos
para a clínica odontopediátrica, atendendo às seguintes
situações: 
• Procedimentos eletivos (intervenções de menor ou maior
complexidade). 
• Profilaxia da endocardite infecciosa. 
• Urgências odontológicas. 
Profilaxia da endocardite 
infecciosa
05
A endocardite infecciosa (EI) é rara e a profilaxia antibiótica só é indicada para
crianças com alto risco, como aquelas com lesões valvares congênitas ou
adquiridas. A decisão deve ser feita pelo cardiologista. A profilaxia visa
principalmente os Streptococcus viridans, principais causadores da EI em
procedimentos odontológicos. Em crianças que usam penicilina contínua,
recomenda-se azitromicina, claritromicina ou clindamicina por possível
resistência. A administração deve ser feita preferencialmente em forma de
suspensão oral, devido à dificuldade de deglutição de comprimidos. Quadros
auxiliares são fornecidos para facilitar o cálculo da dose.
URGÊNCIAS ODONTOLÓGICAS
06
As urgências mais comuns em
odontopediatria envolvem
abscessos apicais e
pericoronarites. Outras
condições que exigem
atenção imediata incluem
estomatite herpética primária,
alveolites e hemorragias,
sendo estas tratadas de forma
semelhante à abordagem em
adultos.
TRATAMENTO DOS ABSCESSOS 
DE ORIGEM ENDODÔNTICA
07
Em casos de necrose pulpar em dentes decíduos ou permanentes, o tratamento baseia-se na
descontaminação dos canais radiculares. Em decíduos, técnicas modernas tornaram o procedimento
mais viável. Se não tratada, pode evoluir para abscesso, cujo tratamento inclui drenagem cirúrgica. A
presença de fístula pode facilitar a drenagem e não deve ser ignorada em favor apenas de
antibióticos.
O uso de antibióticos deve seguir critérios clínicos, com dosagem ajustada ao peso da criança. São
indicados apenas quando há sinais de disseminação da infecção (como celulite, febre ou linfadenite).
Sedação mínima (com midazolam oral ou óxido nitroso inalatório) pode ser considerada conforme a
complexidade do caso e colaboração da criança. A anestesia local recomendada inclui lidocaína 2% ou 
DURAÇÃO DO TRATAMENTO
COM ANTIBIÓTICO
08
A prescrição inicial de antibióticos deve durar três dias, com
acompanhamento clínico diário. Após 72 horas, realiza-se nova
avaliação para decidir se mantém ou interrompe o tratamento,
que deve continuar somente se houver sinais de melhora, como
melhora do estado geral, ausência de dor e edema, redução da
linfadenite e apetite normalizado.
09
CONTROLE DA DOR PÓS-
OPERATÓRIA
Para controlar a dor após a incisão cirúrgica de abscessos, recomenda-se
uma dose única de dipirona, ibuprofeno ou paracetamol na dose oral
adequada ao peso, aplicada no consultório. As doses de manutenção
devem ser dadas a cada 4 horas para dipirona e a cada 6 horas para
ibuprofeno ou paracetamol, por até 24 horas. O uso combinado de anti-
inflamatórios com antibióticos não é recomendado, pois os anti-
inflamatórios podem dificultar a ação dos antibióticos no local da
infecção.
Na odontopediatria, é fundamental ajustar doses de anestésicos e
medicamentos à sensibilidade das crianças para evitar efeitos tóxicos.
Para dor leve a moderada, dipirona, paracetamol e ibuprofeno são
indicados com dosagens específicas. O uso de anti-inflamatórios é
restrito, preferindo-se o ibuprofeno. A profilaxia para endocardite só
é necessária em crianças de alto risco. Em urgências, como abscessos,
o tratamento inclui descontaminação, drenagem e antibióticos com
dose ajustada ao peso, além de sedação quando preciso. O uso de
antibióticos deve ser monitorado e durar, inicialmente, três dias. Para
a dor pós-operatória, analgésicos isolados são recomendados,
evitando combinar anti-inflamatórios e antibióticos.
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