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Fibrilação e flutter atrial 1 🫀 Fibrilação e flutter atrial Introdução Fibrilação atrial FA: arritmia mais frequente atualmente. Sociedade Europeia de Cardiologia: indica realização de screening com medição de pulso e ECG para população a partir de 65 anos para diagnóstico precoce de FA. Se associada a doenças HAS, valvopatias ou coronariopatia → instabilidade atrial → causa ectopias atriais e remodelamento atrial funcional e estrutural que gera FA. Importância da FA Maior risco de morte comparado aos indivíduos de mesma faixa etária, podendo duplicar o risco de óbito de pacientes acometidos, aumento de morbidade, risco de IC ou descompensação de IC pré-existente, fenômenos tromboembólicos, AVE. Sintomas Fibrilação e flutter atrial 2 Variados, de assintomáticos a sintomas associados a complicações → a maioria dos sintomas surge pela FC elevada, irregularidade da resposta ventricular e ausência de contração atrial (palpitações), diminuição da tolerância a esforço e da qualidade de vida. Classificação Classificação Descrição Primeira detecção FA pela 1ª vez, independe do tempo de duração da arritmia e presença ou gravidade dos sintomas. FA paroxística Autolimitada (48h). Pode durar até 7 dias (menor reversão espontânea, necessita de anticoagulação). FA persistente FA dura mais que 7 dias ou requer término por cardioversão (drogas ou elétrica). FA persistente de longa duração FA dura mais que 1 ano com estratégia de controle de ritmo. FA permanente Presença de arritmia aceita pelo pciente e médico, sem busca de controle de ritmo. Fibrilação e flutter atrial 3 Causas Se a condição for bem estabelecida, o tratamento das causas de base pode ser a única medida necessária para restaurar o ritmo sinusal e resolver o quadro. As condições associadas predispõem e perpetuam a FA e seu controle tem contribuição no tratamento. Flutter atrial Taquiarritmia atrial macrorreentrante pp no AD, com frequência atrial organizada 240 bpm. Flutter atrial típico Flutter atrial atípico Ou istmo-dependente Abrange todas as taquiarritmias atriais do conceito de flutter Ondas F negativas em DII, DII e aVF ondas F positivas em V1 ECG não característico da descrição anterior Ondas F positivas em DII, DIII e aVF ondas F negativas em V1 Sem linha isoelétrica Fibrilação e flutter atrial 4 Avaliação inicial e manejo agudo FA conhecida ou suspeita: colher história clínica completa � Exercício, emoções, ingestão de álcool � Frequência e duração dos episódios � Comorbidades associadas � História familiar e intensidade dos sintomas Score EHRA de sintomas Manejo de casos agudos Avaliar sinais de instabilidade hemodinâmica relacionada à FA reversão imediata para ritmo sinusal ou alívio dos sintomas. Fibrilação e flutter atrial 5 FA 48h (paroxística) → cardioversão (química ou elétrica), com uso de anticoagulação. FA 48h ou dúvida quanto a ela → presença de trombo deve ser previamente afastada ECO transesofágico ou manutenção de anticoagulação plena 3 semanas antes da cardioversão) programando-se para um tratamento posterior. Avaliação e acompanhamento clínico � Determinação da gravidade dos sintomas ERHA score, CCSSAF score) � Determinação do risco de eventos embólicos � Busca por condições que predisponham FA � Complicações determinadas pelas arritmias a� Eventos embólicos prévios, sintomas de IC, piora de qualidade de vida e desempenho físico. � Avaliação do ECG de 12 derivações a� Quanto a sinais de doenças estruturais IAM, isquemia, sobrecarga, distúrbios de condução, pré-excitação ventricular) � ECO transtorácico a� Útil na detecção de doenças valvares, miocárdicas ou congênitas � Testes de função tireoidiana, hemograma e glicemia são úteis � Avaliação de isquemia não invasiva a� Pacientes com sinais e fatores de risco para coronariopatia Tratamento Buscar a redução dos sintomas e prevenção de complicações graves associadas à FA. Prevenção de complicações: terapia antitrombótica, controle de frequência ventricular e terapia adequada de comorbidades. Terapia antitrombótica Fibrilação e flutter atrial 6 FA valvar: casos de valvopatia reumática (pp estenosa mitral) e próteses valvares → todos os estudos foram de CASOS NÃO VALVARES.