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GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL Unidade 2 Registro de funcionários e fixação de salários CEO DAVID LIRA STEPHEN BARROS DIRETORA EDITORIAL ALESSANDRA FERREIRA GERENTE EDITORIAL LAURA KRISTINA FRANCO DOS SANTOS PROJETO GRÁFICO TIAGO DA ROCHA AUTORIA TIAGO MENDONÇA SCAVONE 4 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 A U TO RI A Tiago Mendonça Scavone Olá. Sou mestre em Administração de Empresas com ênfase em Estratégia Empresarial e graduado em Administração de Empresas com Habilitação em Comércio Exterior, com uma experiência profissional nas áreas de Comércio Exterior, Finanças, Economia, Recursos Humanos e Educação, sendo mais de 20 anos. Experiência profissional adquirida em empresas como Banco do Brasil S.A., TIM Sul (Subsidiária da TIM Brasil S.A.), Catlog Logística (subsidiária da Renault do Brasil), Fiat Barigui (Grupo Barigui Veículos), Livrarias Curitiba, Faculdade Bagozzi e Faculdade Educacional de Colombo (FAEC). Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso, fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! 5GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 ÍC O N ES 6 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 SU M Á RI O Compreendendo sobre a admissão do empregado ................ 9 Departamento Pessoal e Lei de Proteção de dados (LGPD) ....................... 9 Documentos de admissão ...............................................................................13 Conhecendo a importância do registro de empregado ....... 20 Notas introdutórias ..........................................................................................20 Falta de anotação de admissão ou de informações essenciais ............... 21 Preenchimento da carteira de trabalho e registro do empregado .......... 27 Registro de outras formas de contratação e exigências legais ......................................................................................... 32 Legislação para contratação de estágio ........................................................32 Legislação para contratação de trabalho temporário ................................ 34 Exigências legais do livro de inspeção, quadro de horário e CAGED ...... 38 Registro do cartão ponto .................................................................................42 Salários fixos e variáveis ........................................................ 46 Piso salarial e categorias ..................................................................................46 Periculosidade ....................................................................................................49 Insalubridade ......................................................................................................52 Horas extras .......................................................................................................56 Horas noturnas ..................................................................................................60 7GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 A PR ES EN TA ÇÃ O Você sabe qual é a principal responsabilidade do registro do empregado? Não? Você conhecerá as dúvidas mais frequentes acerca da definição do salário do empregado e aprenderá sobre questões relacionadas às adições e características dos valores que compõem os salários, por meio de estudos de caso e exemplos práticos de empresas pequenas, médias e de grande porte; entre elas, indústrias, comércio e serviços. Você compreenderá temas que tratam de documentos de admissão, salários e adicionais de horas extras, horas noturnas, periculosidade e insalubridade. Desse modo, você estará preparado para refletir e tomar decisões ligadas às práticas voltadas à admissão do empregado. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva, você vai mergulhar neste universo! 8 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 O BJ ET IV O S Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Entender os tipos, natureza jurídica e características dos documentos de admissão. 2. Realizar os procedimentos de registro de empregado. 3. Identificar formas alternativas de registro de funcionários. 4. Identificar quais os salários fixos e variáveis mais utilizados e ainda se aprofundar no salário dos empregados. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! 9GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Compreendendo sobre a admissão do empregado OBJETIVO Ao término deste capítulo, você será capaz de compreender como é realizada a admissão de um empregado, quais são os documentos necessários para isso e quais são os procedimentos a adotar nesse momento. E, então? Motivado para desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante! Departamento Pessoal e Lei de Proteção de dados (LGPD) Você já sabe que cabe ao Departamento Pessoal a administração dos empregados, coleta dos dados, gestão do arquivo e atualização de dados e cadastros. No Departamento Pessoal, há um grande manuseio de dados de empregados, fornecedores, colaboradores, clientes, entre outros, dessa forma, é necessário coletá-los de modo eficiente. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) é um mecanismo legal, Lei n.º 13.853, de 8 de julho de 2019, que serve para regular e garantir a transparência no tratamento de dados pessoais de terceiros e objetiva garantir mais segurança e privacidade aos dados pessoais dos cidadãos. A LGPD tem aplicação abrangente, aplica-se a empresas de qualquer porte, a documentos físicos e eletrônicos, portanto, todas as empresas precisam buscar estar em conformidade com a lei, uma vez que ela estabelece regras quanto à coleta, à armazenagem, ao processamento, ao compartilhamento e até mesmo ao tratamento dos dados. Além disso, ela visa imprimir um maior nível de transparência aos processos de coleta e armazenamento de dados. 10 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Mas qual é a relevância da LGPD para os Departamentos Pessoais? O setor de Departamento Pessoal, normalmente, lida com um grande volume de dados, assim, é crucial que ele se adeque às regras da LGPD. Figura 1 - Proteção de dados Fonte: Freepik Segundo dados da Apura Cyber Intelligence, empresa especializada em segurança cibernética, ocorrem no Brasil diariamente 7 milhões de eventos relacionados a ciberataques, totalizando mais 2,2 bilhões nos últimos três anos (EMPRESA..., 2022, on-line). Não restam dúvidas de que as novas tecnologias proporcionaram a criação de uma série de ferramentas tecnológicas que facilitaram e agilizaram os processos, contudo, tornaram-nos mais vulneráveis a ataques cibernéticos, complexificando a gestão de Departamento Pessoal. A LGPD é imperativa a todos os setores, por isso, é preciso estar atento para agir em conformidade com a lei referente à captação e ao tratamento de dados dos empregados. 11GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Dessa forma, é fundamental que todos os setores que trabalham diretamente com dados, como o Departamento Pessoal, adotem práticas para atuar em conformidade com a LGPD, sempre atentando ao fato de que o descumprimento da lei pode gerar multas e prejuízos para empresa e empregados. Quanto aos registros de documento, é preciso captar e armazenar os dados referentes às entrevistas, aos processos de seleção, às admissões e à armazenagem de dados de cliente e empregados. Além disso, é preciso observar de que maneira esses dados são obtidos e qual o nível de acesso permitido aos usuários. Todas as operações precisam ser o mais transparentepossível e assegurar aos donos dos dados que saibam para qual finalidade estão sendo armazenados e utilizados. Já em relação às autorizações e aos consentimentos, deve-se considerar que é imprescindível para a captação ou coleta de dados que haja a autorização e o consentimento inequívoco e informado do possuidor dos dados. Quanto à política de segurança, o Departamento Pessoal precisa adotar boas práticas de gestão dos dados, com medidas de segurança reforçadas e práticas eficientes para gestão de dados em conformidade com a LGPD, como: • Criação de janela pop-up na página do site sobre uso de cookies e formulários usados para captação de dados. • Informação prévia sobre a finalidade para a qual os dados serão utilizados. • Adoção de contratos, autorizações e cláusulas que indiquem a captação e finalidade de uso de dado, já que, assinando o documento, a pessoa autoriza o seu uso. 12 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 • Constar, nos contratos de admissão, cláusula de política de privacidade garantindo a confidencialidade dos dados. • Os profissionais de Departamento Pessoal devem estar treinados e treinar os demais para conhecer e atender as exigências da LGDP e inclusive proteger os dados de possíveis ataques. • Lembre-se que a LGPD não se aplica somente a dados eletrônicos, mas também aos físicos, assim, é preciso controlar o acesso ao local onde os dados físicos estão armazenados. • Tanto a coleta quanto a armazenagem de dados devem ser justificadas, não se deve captar dados sem motivo. É preciso desenvolver processos de seleção e recrutamento mais objetivos, e todos os dados devem ser arquivados e compartilhados em segurança, além de haver total transparência em como os dados serão utilizados. A adequação à LGDP e como serão manuseados esses dados devem ser definidos desde o planejamento do processo seletivo. É importante também que durante o processo de recrutamento e seleção, a empresa se concentre em requerer informações e dados que sejam de fato relevantes para o exercício da função contratada. Informações de cunho puramente pessoal que não estejam alinhados a uma análise objetiva para o a contratação devem ser evitadas, protegendo a privacidade e a segurança dos dados do candidato. O consentimento informado dos donos dos dados é sempre necessário. O objetivo da LGPD é facilitar a criação de processos de proteção dos dados e não criar obstáculos para recrutamento, seleção e contratação. A preocupação e o zelo com a segurança 13GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 dos dados pessoais não devem ser somente no processo seletivo, é uma obrigação imperiosa da empresa proteger todos os dados de seus funcionários e colaboradores. Figura 2 - Pilares da LGPD Fonte: Elaborada pela autoria (2023). Documentos de admissão A gestão de dados eficiente e segura deve ser observada tanto na seleção como na admissão do empregado. Para se contratar um empregado, a empresa deve solicitar a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) para o registro do trabalhador. Na Carteira de Trabalho, são inseridas todas as condições negociadas entre empregado e empregador, como: cargo, remuneração, data de início, entre outras informações. A Carteira de Trabalho é um documento obrigatório para todos os empregados, em qualquer área de atuação. Hoje, esse documento pode ser de papel ou na versão digital. O fato de se ter adotada a versão digital não diminui a importância da carteira 14 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 de papel, porque o histórico do empregado está (e deve) estar neste documento. Figura 3 - Versões da CTPS Fonte: Brasil (2020). No espaço destinado às anotações gerais, na CTPS, devem ser inseridas condições específicas desta contratação, como o caso de o empregado exercer atividade externa e, desta maneira, não possuir sua jornada de trabalho controlada. Na hipótese de o empregado e empregador concordarem com um período de experiência, estas informações deverão ser inseridas na Carteira. Atualmente, as empresas formalizam um contrato de trabalho mais complexo, além do registro na CTPS, em que são previstas obrigações adicionais ao empregado, com o objetivo de estabelecer as regras da prestação de serviços. Dessa forma, esse contrato serve para estabelecer cláusulas específicas como o direito de cada empresa fiscalizar a utilização do e-mail corporativo, por exemplo, pelo fato de ele se constituir uma ferramenta de trabalho. 15GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 IMPORTANTE Outra cláusula que pode ser estabelecida neste contrato é a obrigação de o empregado não prestar serviços para empresas concorrentes do empregador durante a prestação de serviços, tendo como consequência a rescisão do contrato de trabalho por justa causa. Vamos ver agora quais são os documentos obrigatórios para a admissão do empregado, esses documentos servem para que a empresa conheça melhor seus empregados. Ao admitir o empregado, é obrigatória a apresentação, conforme normas do Ministério do Trabalho, das seguintes documentações: • Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). • Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). • Título de eleitor, para os maiores 18 de anos. • Certificado de reservista ou de alistamento militar. • Certidão de nascimento, casamento ou Carteira de Identidade (RG), conforme o caso. • Cartão de Identificação do Contribuinte (CIC/CPF). • Documento de Inscrição no PIS/PASEP – DIPIS – Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público ou anotação correspondente na CTPS. • Cópia da certidão de nascimento de filhos menores de 14 anos, para fins de recebimento de salário-família. • Cartão da Criança, que substitui a carteira de vacinação. • Comprovante de endereço. • Fotos 3x4. • Cópia do comprovante de escolaridade. 16 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 • Registro profissional emitido pelo órgão de classe. • Declaração de concubinato na CTPS, no caso de a pessoa ser casada, para colocar o cônjuge como dependente. • Se houver filhos de até 21 anos, cópia de certidão de nascimento. • Caso se aplique, atestado de invalidez do(s) filho(s) de qualquer idade. • CNH, no caso em que a profissão demande o trabalho com veículos. Figura 4 - Nova Carteira de Trabalho Digital Fonte: Brasil (2015). 17GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Após a posse dos documentos, a empresa deve: • Fazer as devidas anotações e devolver a carteira ao empregado em um período máximo de 5 dias úteis, conforme art. 29 da CLT. • Preencher o livro ou ficha de registro de empregados. • Formalizar o contrato de trabalho e, caso haja cláusulas específicas que rejam o vínculo empregatício, registrá- las na CTPS. • Preencher a ficha de salário-família. • Celebrar acordo coletivo com o sindicato da categoria. • Preencher a declaração de dependentes para fins de Imposto de Renda. • Preencher a ficha referente ao Programa Controle Médico de Saúde. • Cadastramento no PIS. • Incluir o nome do empregado no cadastro de Empregados e Desempregado – CAGED. IMPORTANTE Não será permitida a retenção de qualquer documento de identificação pessoal, mesmo que apresentado por xerocópia autenticada, inclusive de comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor, CTPS, registro de nascimento, certidão de casamento, comprovante de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro. Entretanto, é recomendado que seja feita com contrarrecibo na entrega, pelo empregado, dos documentos citados, bem como a respectiva devolução, conforme mostram os modelos a seguir. 18 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Figura 5 - Modelos de Recibo de entrega e devolução da CTPS RECIBO DE ENTREGA DE CARTEIRA PROFISSIONAL PARA ANOTAÇÕES Empresa: MODELO LTDA Decreto-Lei n.º 229 de 28/02/1967 (Alterando o art.29 da Lei n.º 5.452da CLT) Curitiba, xx de xxxxx de 20xx. Carteira Profissional n.º xxxxxx Série xxxxxx/xx . Nome: (00001) JOSÉ DE TAL Recebemos a Carteira Profissional supra discriminada para efetuar as anotações ____________________________________________ Assinatura do Empregador COMPROVANTE DE DEVOLUÇÃO DA CARTEIRA PROFISSIONAL Empresa: MODELO DE INFORMAÇÃO LTDA Decreto-Lei n.º 229 de 28/02/1967 (Alterando o art. 29 da Lei n.º 5.452 da CLT) Curitiba, xx de xxxxxxxx de 20xx. Carteira Profissional nº xxxxx Série xxxxx/xx . Nome: (00001) JOSÉ DE TAL Recebi a devolução da Carteira Profissional supra discriminada com as respectivas anotações. ____________________________________________________ Assinatura do Empregado Fonte: Elaborada pela autoria (2023). 19GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Durante o contrato de trabalho, é necessária a realização de exames médicos: • Admissional (antes do início das atividades, podendo ser geral, auricular, teste de visão, entre outros). • Periódico (conforme laudo do médico do trabalho). • Retorno de afastamento (doença ou acidente de trabalho). • Mudança de função (dependendo da função, exames específicos). • Qualquer tipo de dispensa (pedido de demissão ou dispensa com justa causa e sem justa causa). RESUMINDO Neste capítulo, vimos como os avanços tecnológicos têm impactado a gestão de Departamento Pessoal. Cabe ao Departamento Pessoal a administração dos empregados e de suas informações e seus dados, dessa forma, deve haver a gestão eficiente desses dados. Os dados dos empregados são captados desde o processo de seleção. Todas as empresas, independentemente do porte, estão submetidas à LGPD, assim, é fundamental que o Departamento Pessoal esteja preparado para manusear os dados conforme a lei e captar e armazenar somente os dados que tenham relevância para a finalidade específica. O processo de admissão do empregado envolve uma série de documentos, que permite que a empresa conheça melhor o empregado, seus dependentes para os diferentes fins e registros que precisam ser realizadas quando da admissão. Vimos os procedimentos a serem feitos ao realizar a admissão de um empregado, bem como quais são os documentos necessários para tal. Conhecemos ainda um modelo de documento para a comprovação da entrega da carteira de trabalho para o colaborador. 20 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Conhecendo a importância do registro de empregado OBJETIVO Ao término deste capítulo, você será capaz de compreender a importância do registro de empregado, bem como quais são os registros que devem ser realizados na carteira de trabalho do colaborador. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante! Notas introdutórias O registro do empregado deve ser realizado no primeiro dia de trabalho, seja estagiário, experiência, por tempo determinado ou indeterminado. O art. 41, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), define que será obrigatório para a empresa o registro dos respectivos funcionários, que poderá ser realizado em livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. Deve constar as seguintes informações: • Dados de identificação do funcionário. • Dados da Carteira de Trabalho (CTPS). • Cargo. • Data de Admissão e Demissão. • Salário e forma de pagamento. • Local e horário de trabalho. • Sobre férias. • Banco para depósito do FGTS e número de cadastramento no PIS/PASEP. 21GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Figura 6 - eSocial Fonte: Brasil (2021). Mesmo que a plataforma eSocial tenha sido adotada de forma obrigatória, isto não exime as empresas da obrigação legal do registro em livros, a finalidade é registrar os dados dos trabalhadores da empresa, assim como um histórico deles. O formato dessa ficha de registro e o modelo físico ou virtual cabem à empresa decidir. Falta de anotação de admissão ou de informações essenciais O art. 29 da CLT define as anotações que devem ser feitas na CTPS e seus prazos, contudo, diante da ainda flagrante quantidade de pessoas que trabalham sem ser ter a admissão anotada na Carteira de Trabalho e formalizado o vínculo empregatício, o legislador, buscando dar mais efetividade à disposição legal, imputou multa para o descumprimento. A Lei n.º 14.438 de 24 de agosto de 2022 estabeleceu significativa alteração na CLT no que se refere à anotação na CTPS, estabelecendo multa 22 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 de R$3000 por empregado prejudicado e R$800 em caso de micro ou pequena empresas, para descumprimento do registro da admissão, definida no caput do art. 29. Art. 29. O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) § 1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. Art. 29-A. O empregador que infringir o disposto no caput e no § 1º do art. 29 desta Consolidação ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) por empregado prejudicado, acrescido de igual valor em cada reincidência. § 1º No caso de microempresa ou de empresa de pequeno porte, o valor final da multa aplicada será de R$ 800,00 (oitocentos reais) por empregado prejudicado. (BRASIL, 2022, on-line) No caso de descumprimento da obrigação do § 2.º, o empregador estará sujeito à multa de R$600 por empregado prejudicado. 23GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 § 2º - As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas: (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) a) na data-base; (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador; (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) c) no caso de rescisão contratual; ou (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989). (BRASIL, 2022, on-line) Registro no PIS O Programa de Integração Social (PIS) foi criado em 1970 visando garantir o direito à seguridade social para os trabalhadores; melhorar a distribuição de renda e financiar o pagamento dos seguintes benefícios: • Abono salarial. • Seguro-desemprego. • Participação nos lucros. Todas as empresas, prestadores de serviço, sociedades de economia mista, empresas públicas e subsidiárias são contribuintes do PIS. O pagamento do PIS é de responsabilidade do empregador. É um benefício pago para os trabalhadores com carteira assinada em empresas privadas. Para receber o PIS, é preciso atender aos seguintes requisitos: 24 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 • Integrar o trabalhador ao desenvolvimento das empre- sas. • Assegurar ao trabalhador o proveito individual progres- sivo do benefício. • Promover uma melhor distribuição de renda. • Estimular o investimento em poupança. • Uso dos recursos acumulados para o desenvolvimento econômico e social. Diferença entre PIS e PASEP Comumente se ouve PIS/ PASEP juntos, são semelhantes, mas não iguais. O Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) é aplicável a funcionários de empresas públicas, e o PIS dos empregados das empresas privadas. Para registro no PIS, é necessário que o empregado esteja devidamente cadastrado. Em caso negativo, a empresa, por ocasião da admissão, deve proceder ao respectivo cadastramento,que deverá ser efetuado mediante o preenchimento do Documento de Cadastramento do Trabalhador (DCT). Para receber o PIS, o empregado além de precisar estar devidamente registrado deve atender a quatro requisitos: • Ter cinco ou mais anos de cadastro no PIS, a lei exige cinco anos de cadastro, mas não exige que o empregado tenha trabalhado mais de cinco anos. • O salário do empregado não pode ser superior a dois salários-mínimos. Tendo ocorrido uma promoção, que implique em aumento de salário, o valor para cálculo é a média salarial ao longo do ano. 25GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 • Ter trabalhado pelo menos 30 dias de carteira assinada para empresa privada. • O nome do empregado precisa constar da (Relação Anual de Informações Sociais (Rais) entregue pela empresa que trabalhou. Relação Anual de Informações Sociais (Rais) Rais é um relatório de informações socioeconômicas exigido pelo Ministério do Trabalho e emprego anualmente dos empregadores. Objetiva a coleta de dados trabalhistas, para identificar a situação do mercado de trabalho brasileiro, fornecendo os dados que vão fundamentar as medidas públicas para o setor. Foi instituído pelo Decreto n.º 76.900, de 23 de dezembro de 1975 (BRASIL, 1975). Possibilita o mapeamento do número de empregos formais, demissões, novas funções criadas, conhecer o setor que mais realizou contratações. Com essas informações, o governo consegue: • Organizar o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). • Realizar um controle efetivo da nacionalização do trabalho, dos benefícios previdenciários e dos registros de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). • Analisar valores pagos para seguro-desemprego. • Calcular valores a serem pagos pelo PIS e PASEP. 26 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Figura 7 - Informações da empresa Fonte: Rezende (2023). A Rais é uma das obrigações relativas ao PIS/PASEP. Deverá ser apresentada, anualmente, por meio de formulários impressos, fitas magnéticas ou processamento de dados, a critério do empregador. Toda entrega da Rais acontece anualmente, nos meses de fevereiro e março, até os dias-limites fixados pela Caixa Econômica Federal (CEF). Por meio da Rais, acontece a participação do empregado no “Fundo PIS/PASEP”. Caso haja omissão de dados na Rais, por parte do empregador, isto prejudicará o empregado nesse pagamento. 27GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Preenchimento da carteira de trabalho e registro do empregado A CTPS é o documento que identifica o trabalhador, nela são anotados todos os dados referentes à sua vida profissional: data da admissão e da demissão, conta do FGTS, férias, promoções, salários etc. Ela um documento fundamental, pois é obrigatório para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, temporário ou para trabalhar por conta própria em qualquer atividade profissional remunerada. Para emiti-la, basta que a pessoa tenha mais de dezesseis anos e procure um órgão do Ministério do Trabalho ou a Secretaria de Trabalho, e, desde que seja menor aprendiz, pode ser emitida com quatorze anos. Acerca da CTPS, é facultativa a adoção de sistema de preenchimento manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. Sobre como preenchê-la: a. Preenchimento do Contrato de Trabalho – nesta página devem constar os dados do empregado (empresa) e as informações referentes à admissão do empregado como: cargo, data de admissão, remuneração entre outras informações. b. Alterações de salários – devem ser anotadas sempre que o empregado tiver aumento de salário ou alteração de função. c. Anotações Gerais – como o próprio nome diz, esta página pode ser utilizada em algumas situações, como segue: • Contrato de experiência (se existir). 28 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 • Contrato de inscrição no PIS. • Contrato por prazo determinado. • Afastamentos (exemplo: doenças, licença maternidade) entre outras. • Contribuição sindical – é uma taxa anual, obrigatória, paga pelo trabalhador ao sindicato de sua categoria profissional. O desconto da contribuição deve ser realizado todo mês de março e corresponde a 1 dia de trabalho, independente da forma de remuneração. a. Anotações de férias – anotar o período em que o empregado gozou suas férias. b. FGTS – todo trabalhador tem direito ao FGTS até o dia 7 de cada mês, no valor de 8% da remuneração paga ao funcionário. A empresa deverá depositar em uma conta vinculada (não pode ser movimentada pelo empregado), em um banco escolhido por ela, no qual terá obrigação de enviar à Caixa Econômica Federal, que controla o FGTS. Assim todos os dados correspondentes a esta ação devem ser anotados na Carteira de Trabalho na página do FGTS. IMPORTANTE Há proibição de situações desabonadoras na CTPS. Conforme art. 29, § 4º da CLT (BRASIL, 2001), não podem ser escritas situações desabonadoras na CTPS do empregado, sob pena de fiscalização do trabalho, como: • Anotações de atestados médicos. • Inserir justa causa. 29GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 • Informar o motivo do afastamento por auxílio-doença. Se houver, pode gerar indenizações por danos morais, de acordo com a jurisprudência. ACESSE Veja o caso da Lavanderia condenada a pagar R$1500 de danos morais por anotar na Carteira de Trabalho o número do processo anterior que empregada moveu contra a empresa para reconhecimento do vínculo empregatício em período anterior ao formal. Acesse. Figura 8 - Ficha de registro de empregado Fonte: Editorial Telesapiens (2023). 30 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 IMPORTANTE Em qualquer sistema adotado pelo empregador, o registro de empregados deverá ser sempre atualizado e numerado sequencialmente por estabelecimento, cabendo ao empregador ou seu representante legal a responsabilidade pela autenticidade das informações nele contidas. Portaria n.º 3.626 de 13 novembro de 1991, artigo 2.º, do Ministro do Trabalho e da Previdência Social (BRASIL, 1991). Ficha de registro de empregado e LGPD Estar em conformidade com as normas de LGPD é uma obrigação de toda a empresa. O papel do Departamento Pessoal nessa conformidade é de extrema relevância. Mas como ajustar as informações requeridas pela LGPD? A ficha de registro do empregado, como vimos, é um documento obrigatório, no qual estão anotados os dados pessoais e a trajetória de todos os empregados. Além do registro do empregado no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é preciso que o Departamento Pessoal esteja atento para lidar com os dados pessoais nas relações trabalhistas, além dos dados cadastrais, como: nome, endereço, número de telefone, foto etc. A LGDP classifica como dados sensíveis as informações relacionadas como raça, etnia, religião, saúde, orientação sexual, entre outros. A não ser que seja irremediavelmente necessário, os dados sensíveis não devem ser perguntados em ficha de registro. É importante que o Departamento Pessoal reavalie periodicamente as informações pedidas na ficha de registro do empregado para avaliar se todas as informações requeridas são de fato necessárias e se os dados estão sendo devidamente manuseados e armazenados pelo Departamento Pessoal. 31GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Sempre deve haver uma justificativa para cada dado pessoal coletado. É obrigação do empregado colaborar e prestar informações verdadeiras para o Departamento Pessoal; a realização do exame médico admissional e entregar os documentos exigidos para efetiva admissão. NOTA Os custos do exame admissional são de responsabilidade do empregador. RESUMINDO Neste capítulo, conhecemos quais são os dados do empregado que são necessários para o devido registro no emprego, as anotações a serem feitas na CTPS do colaborador, bem como a importância dela. Vimos ainda como é importante a atuação diretae ativa do Departamento Pessoal para a coleta de dados que sejam justificados de acordo com as melhores práticas e também como esses dados estão sendo utilizados, manuseados e armazenados pela empresa. É importante que o Departamento Pessoal esteja atento e reavalie periodicamente seus processos e documentos para que não requeira dados e informações que não tenham relevância para a função e possam expor indevidamente o empregado, atuando sempre de acordo com LGPD e lei trabalhista. 32 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Registro de outras formas de contratação e exigências legais OBJETIVO Ao término deste capítulo, você será capaz de compreender a legislação específica de dois tipos de contrato, o de estágio e o temporário, tão importantes e necessários nas empresas para situações específicas. E, então? Motivado para desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante! Legislação para contratação de estágio Ministrados na escola, mas para que isso seja possível as empresas precisam cumprir a lei que regula os estágios remunerados para os estudantes do ensino médio e do ensino superior. SAIBA MAIS Quer conhecer mais sobre a legislação reguladora dos estágios remunerados? Acesse. O contrato de estágio é a formalização da contratação profissional para aprendizagem e aperfeiçoamento. O contrato de estágio não é regido pela CLT, pois não há uma definição de remuneração mínima pré-definida, assim como vínculo empregatício futuro. O comprovante da 33GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 inexistência de vínculo empregatício é a celebração do Termo de Responsabilidade entre a concedente (empresa), interveniente (instituto de ensino) e o estagiário (estudante). Sobre a remuneração paga ao estagiário não incidem encargos previdenciários, sendo, no entanto, obrigatório à concedente contratar apólice de seguro contra acidentes durante o período de estágio. Figura 9 - O estágio é a porta de entrada ao primeiro emprego dos estudantes do ensino médio e do superior Fonte: Freepik A Lei n.º 11.788, de 25 de setembro de 2008, regula tudo sobre estágio e estabelece pontos relevantes, tais como: • Podem ser estagiários os estudantes em ensino profissional de educação de jovens e adultos, ensino médio, superior, escolas de educação profissional ou especial. 34 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 • O acordo é oficializado com a assinatura do Termo de compromisso de estágio. • Período máximo de 2 anos em uma única empresa. Só podem ser renovados os contratos de estágio dos portadores de deficiência. • A anotação em carteira não é obrigatória, mas se for feita pela empresa, deve ser registrada na área reservada para anotações gerais, informando o curso, a instituição de ensino e o período de estágio. • É obrigatório o fornecimento de seguro de acidente pela empresa. • Os estagiários que permanecerem por mais de 1 ano no estágio têm direito a férias remuneradas de 30 dias. • Estagiários só podem ser pessoas físicas e deverão ser obrigatoriamente supervisionados; e cada supervisor só pode ter 10 estudantes em sua supervisão por vez. Legislação para contratação de trabalho temporário O contrato de trabalho temporário é aquele que, por intermédio de empresa de trabalho temporário, o trabalhador presta serviço para uma determinada empresa (tomadora de serviço), visando atender a necessidade transitória de substituição de empregados de seu quadro regular e permanente, ou acréscimo extraordinário de serviço. O trabalho temporário é disposto pelas leis: • Lei n.º 6.019, de 3 de janeiro de 1974. • Lei n.º 13.429, de 31 de março de 2017. 35GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 • Decreto n.º 10.060, de 14 de outubro de 2019. Importante ressaltar que essa leis regulam o contrato temporário estritamente urbano, os contrato que envolvam o trabalho rural não seguem esse modelo. A empresa tomadora de serviços deve firmar contrato com a empresa de trabalho temporário (artigo 9.º da Lei n.º 6.019/1974) e não diretamente com o trabalhador temporário. A empresa tomadora poderá exigir da empresa de trabalho temporário comprovantes da regularidade de sua situação com o INSS. O trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho temporário e com esta será celebrado seu contrato de trabalho (art. 11 da Lei n.º 6.019/1974), embora preste serviço no estabelecimento da empresa tomadora de serviços. Prazo inicial do contrato O prazo inicial do contrato é de seis meses, podendo ser prorrogado por mais 90 dias, em relação ao mesmo trabalhador, desde que atendido os seguintes pressupostos do Decreto n.º 10.060/2019: a) Prestação de serviços destinados a atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente que exceda três meses. b) Manutenção das circunstâncias que geraram o acréscimo extraordinário dos serviços e ensejaram a realização do contrato de trabalho temporário. À prorrogação é preciso justificar sua a necessidade e comprovar a manutenção das mesmas condições anteriores do contrato. https://www.in.gov.br/web/dou/-/decreto-n-10.060-de-14-de-outubro-de-2019-221814552 https://www.in.gov.br/web/dou/-/decreto-n-10.060-de-14-de-outubro-de-2019-221814552 https://www.in.gov.br/web/dou/-/decreto-n-10.060-de-14-de-outubro-de-2019-221814552 36 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Contrato temporário e agências O contrato de trabalho temporário não pode ser realizado pelo setor de Recursos Humanos, mas pelas agências registradas pelo Ministério de Economia. As agências são contratadas pela empresa que precisa ou quer empregados temporários em um contrato civil de prestação de serviço entre a empresa e a agência, em total cumprimento do artigo 9.º da Lei n.º 6.019/1974 e art. 32 do Decreto n.º 10.060/2019. No contrato de contração temporário deve constar: • Motivo da contratação temporária. • Início e término do trabalho. • Informações sobre o serviço. • Remuneração. • Direitos. O empregado temporário deve gozar de boa parte dos direitos dos demais empregados. O contrato de trabalho temporário poderá ser prorrogado uma única vez, desde que a empresa tomadora ou cliente informe e justifique que: I - A necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente excedeu ao prazo inicialmente previsto. II - As circunstâncias que geraram o acréscimo extraordinário dos serviços e ensejaram o contrato de trabalho temporário foram mantidas. 37GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Vínculo de emprego O trabalhador, nesta modalidade de contrato, mantém vínculo de emprego diretamente com a empresa prestadora do serviço, mas quem é a responsável por assegurar o trabalhador temporário e a empresa que contrata deve garantir os seguintes direitos: a) Remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora, calculada a base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário-mínimo regional. b) Jornada de oito horas. c) Adicional de horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 50%. d) Férias proporcionais, de 1/12 por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 dias, exceto em caso de justa causa e pedido de demissão. e) Repouso semanal remunerado. f) Adicional por trabalho noturno. g) Seguro contra acidentes do trabalho. h) Proteção previdenciária. i) Depósitos do FGTS. j) Anotação na CTPS da condição de trabalhador temporário. l) PIS. A empresa tomadora dos serviços responde subsidiariamente pelas obrigações legais devidas ao trabalhador. 38 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 SAIBA MAIS O artigo 2.º da Lei n.º 13.427/2017 proíbe a contratação de trabalho temporário para substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei. Exigências legais do livro de inspeção, quadro de horário e CAGED A legislação vigente traz obrigatoriedades a determinadasempresas quanto às exigências, como: livro de inspeção, quadro de horário e CAGED. Livro de inspeção Todas as empresas sujeitas à inspeção do trabalho são obrigadas a possuir livro denominado “Inspeção do Trabalho”, para que nele seja registrada, pelo agente de inspeção, a visita ao estabelecimento, declarando no mesmo a data e a hora do início e de término, assim como o resultado da inspeção (art. 628 § 1.º e 2.º, CLT). É uma obrigação do empregador manter um livro de inspeção do trabalho atualizado à disposição da fiscalização. Esse livro foi criado pelo Decreto n.º 10.854/2021. É uma obrigação para todas as pessoas jurídicas (Portaria METPS n.º 3.158/1971). O livro de inspeção é um instrumento oficial de comunicação entre as empresas e a inspeção do trabalho, sendo também disponibilizada a versão eletrônica pelo Ministério do Trabalho e Previdência sem ônus para a empresa, substituindo o livro impresso. 39GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Figura 10 - Livro de inspeção Fonte: Freepik O auditor fiscal do trabalho, ao visitar o estabelecimento, registrará no livro sua visita e todas as exigências feitas para solucionar irregularidades encontradas, assim como os prazos para que as providências sejam tomadas. Caso haja irregularidades verificadas e as exigências feitas, todas serão registradas neste livro ainda, com os respectivos prazos para atendimento. Também devem ser anotados, pelo agente da inspeção, de modo legível, os elementos de sua identificação funcional. Havendo mais de um estabelecimento, filial ou sucursal, as empresas deverão possuir tantos livros quantos forem esses estabelecimentos, devendo permanecer cada livro no estabelecimento respectivo, vedada a sua centralização. 40 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 As empresas atualmente estão dispensadas do registro do livro nas Delegacias Regionais do Trabalho. As microempresas encontram-se desobrigadas da manutenção do livro “Inspeção do Trabalho”. Quadro de horário de trabalho É um documento obrigatório que deve ser exposto em lugar visível e de fácil acesso para empregados e para fiscalização do Ministério do Trabalho e Previdência Social. Deve conter as informações de controle do horário de trabalho dos empregadores com todos os detalhes relevantes como: nome, função, horário de entrada e saída, intervalo, descanso semanal e outros. Visa comprovar que a empresa está cumprindo com todas as exigências legais. O quadro de horário de trabalho é obrigatório, podendo a empresa optar pelo modelo simplificado, devendo afixá-lo em local bem visível. Com relação aos empregados menores (de 14 a 18 anos), a empresa deve relacioná-los em quadro de horários especiais, adquiridos em papelarias especializadas (Quadro de Horário de Trabalho de Menores). O quadro de horário de trabalho simplificado foi criado pela Portaria MTB n.º 3.088, de 28 de abril de 1980, podendo ser utilizado pelas empresas cujos empregados da mesma seção ou turma obedeçam a horário único. Figura 11 - Modelo de quadro de horário Fonte: Editorial Telesapiens (2023). 41GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 As microempresas estão dispensadas de afixar o Quadro de Horário de Trabalho. Cadastro Geral de Empregos e Desemprego (CAGED) Após o registro do vínculo empregatício do empregado, a empresa deverá comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego através do CAGED as admissões, demissões e transferências ocorridas no mês, através do formulário CAGED, já que se trata de um procedimento obrigatório. Dessa forma, para se cumprir a exigência, deve-se enviar o arquivo com os movimentos, por meio da Internet, utilizando-se o ACI (Aplicativo do GAGED Informatizado). ACESSE Confira na página do Ministério do Trabalho e Emprego o formulário do CAGED. Acesse. Deve-se cumprir as determinações da Lei n.º 4.923/1965, segundo a qual solicita que os estabelecimentos que registram movimentos de empregados (admissão e desligamento) devem informá-los ao Ministério do Trabalho, até o dia 7 (sete) do mês seguinte, os movimentos havidos no mês. Ainda no que se refere à utilização do sistema CAGED, destacam-se as seguintes questões: • De acordo com o art. 1º da Portaria SEPRT 1.127/2019, publicado em setembro de 2019, e a Portaria SEPRT http://www.normaslegais.com.br/legislacao/portaria-seprt-1127-2019.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/portaria-seprt-1195-2019.htm 42 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 1.195/2019, o CAGED, Sistema para Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, deixa de ser obrigatório a partir da competência Janeiro/2020. • A substituição do CAGED ocorrerá para as admissões e os desligamentos ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2020. A partir de então, as empresas que usam o e-Social não precisarão mais transmitir essa obrigação ao Ministério da Economia, que passará a usar uma única base de dados para as estatísticas do trabalho. Portanto, de acordo com o cronograma do e-Social, a partir de 1.º de janeiro de 2020 os Grupos 1, 2 e 3 estão dispensados do envio do CAGED e, portanto, ficarão de fora da mudança do CAGED; por enquanto, somente órgãos públicos e entidades internacionais (Grupo 4, 5 e 6) ainda não estão obrigados a usar o e-Social. Entretanto, para esses grupos, as alterações serão graduais à medida que os empregadores forem obrigados a adotar o e-Social, conforme cronograma. Portanto, apesar de não ser mais obrigatório, algumas empresas ainda estão na fase de transição. Registro do cartão ponto O cartão de ponto tem passado por transformações em seu formato. Os mais antigos eram cartão físico, ou folhas de ponto manuais, mas com o avanço da tecnologia hoje a maioria é na versão cartão de ponto digital. A portaria 671 regula o uso de mecanismo para controle de horas trabalhadas e define como uma obrigação. http://www.normaslegais.com.br/legislacao/portaria-seprt-1195-2019.htm https://www.contabeis.com.br/trabalhista/esocial/ https://www.contabeis.com.br/trabalhista/esocial/ https://www.contabeis.com.br/trabalhista/esocial/ https://www.contabeis.com.br/trabalhista/esocial/ 43GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Conforme legislação, é obrigatória a marcação do “ponto” para estabelecimento com mais de 20 (vinte) empregados, com a anotação da hora de entrada e saída, devendo ser assinalados os intervalos, conforme se observa na Lei 13.874/2019 da seguinte maneira: § 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do período de repouso. (BRASIL, 2019) Para o Departamento Pessoal, o cartão de ponto, além de uma obrigação imposta pela lei, é uma importante ferramenta no auxílio da gestão de pessoas, pois permite avaliar a quantidade de horas de trabalho dos empregados, identificar sobrecarga ou os empregados que mais se ausentam, permite a avaliação do absentismo, também para a definição de atividades rotineiras como o fechamento da folha de pagamento e cálculo de horas extras. 44 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 A marcação do ponto pode ser feita em registros manuais, mecânicos ou eletrônicos, isto é, mediante relógio de ponto ou manuscrita em livro ou cartão-ponto, conforme exemplo de registro abaixo: Fonte: Editorial Telesapiens (2023). Em conformidade com as Portarias MTB n.º 3.626/91, este cartão de ponto substitui, para todos os efeitos legais, os anteriores. Esse modelo já havia sido aprovado pela Subsecretaria de Proteção ao Trabalho do Ministério do Trabalho, conforme Ofício SPT GAB OF. n.º 29/1984. Tratando-se de empregados que executam seu trabalho externamente, o horário constará de ficha ou papeleta em seu poder. O cartão ponto é individual, perfeitamenteidentificado em seu anverso, podendo substituir a obrigatoriedade do Quadro de Horário de Trabalho. Para o registro eletrônico, utiliza-se o próprio crachá (com sistema magnetizado), identificador do empregado. 45GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 RESUMINDO Neste capítulo, estudamos as legislações para contratação de estagiários e trabalhadores temporários, o papel das agências e legislação competente. Estudamos que o estágio é um período de aprendizagem e aprimoramento prático, que somente pessoas físicas podem exercê-lo. O estagiário deve atuar com supervisão e cada supervisor tem um limite de 10 estagiários para supervisionar por vez, visando evitar que o estagiário atue sozinho, uma vez que não é um profissional habilitado o suficiente para tomar decisões profissionais sozinhos. O estágio é uma ferramenta potente de aprendizagem profissional. Os contratos temporários são acordos com tempo limitados e podem ser adotados por empresas que precisem de recursos pessoais extra ou substituir seus empregados. É um acordo que tem três partes: o empregado, o contratante (tomador do serviço) e a agência. Vimos quais são as exigências legais do livro de inspeção, quadro de horário e o CAGED. Além disso, compreendemos como acontece o registro do cartão-ponto. 46 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Salários fixos e variáveis OBJETIVO Ao término deste capítulo, você será capaz de entender os salários fixos e variáveis e quais são os pisos salariais e suas categorias. Conheceremos o conceito de periculosidade e insalubridade, bem como a diferença entre elas. Além disso, compreenderemos os cálculos das horas extras e noturnas. E, então? Motivado para desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante! Piso salarial e categorias Há pagamentos fixos como salário e pagamentos variáveis, tais como: horas extras, horas noturnas, periculosidade, insalubridade, comissões etc. E deverá o usuário informar, no momento da contratação, no Contrato Social, o registro do empregado e a Carteira de Trabalho. O conceito de salário é o recebimento do trabalhador em troca do serviço prestado. Como mostramos, após o contrato de trabalho assinado, poderá ser estipulada uma forma de pagamento (por mês, por hora ou por dia), conforme arts. 64 e 65 da CLT. Salário fixo Considerando que a empresa faça opção pelo salário mensal, deverá estipular o valor de um salário fixo, que não poderá ser inferior ao salário estabelecido pela categoria em Convenção Coletiva de Trabalho, exceto se: 47GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 a. Caso haja pagamento de outras verbas habituais, como comissões que são agregadas ao salário-mínimo, o valor-piso. b. Caso o serviço prestado seja realizado em período inferior à jornada legal. Nesse caso, aconselha-se que seja registrado por hora, pois os sindicatos em homologações criam atritos se o registro for mensal, em valor inferior ao piso, mesmo que em jornada reduzida. O salário fixo, também conhecido como salário-base, sofre tributação normal de Previdência Social, FGTS e Imposto de Renda. Piso convencional ou decorrente de acordo coletivo O artigo 7.°, inciso V, da Constituição Federal, determina que nenhum empregado pode receber menos que o valor do piso salarial, que é realizado pelas normas convencionais (acordos coletivos e convenções). O instrumento coletivo a ser aplicado aos empregados, normalmente, é aquele cuja atividade prepondera, não se aplicando aos trabalhadores com a atividade preponderante. Também não se aplica esse artigo às profissões regulamentadas por leis próprias, que são as categorias diferenciadas. Dessa forma, o piso salarial se reajusta anualmente, no mês da data- base, que será determinado pelo instrumento coletivo. 48 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Piso estadual Piso estadual é aquele fixado pelo governo estadual para categorias que não abrangem as entidades sindicais ou cujos sindicatos não sejam reconhecidos legalmente. Ele não é aplicado aos empregados com piso salarial definido por lei federal, acordo coletivo ou convenção coletiva, bem como aos servidores públicos municipais. ACESSE Para saber mais sobre os pisos salariais estaduais, verifique a Lei Complementar n.º 103, de 14 de julho de 2000, que autoriza os Estados e o Distrito Federal a instituir o piso salarial a que se refere o inciso V do artigo 7.º da Constituição Federal, por aplicação do disposto no parágrafo único do seu art. 22. Acesse. Figura 12 - Recebimento de salário Fonte: Pixabay 49GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Há estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e o Paraná que, através de leis estaduais, estabeleceram o piso salarial para profissões não abrangidas por sindicatos - como é o caso da doméstica. Periculosidade Todo colaborador que executa suas funções em atividades insalubres ou perigosas, de forma a amenizar o impacto dessas atividades na saúde do trabalhador, é protegido pela legislação trabalhista, por meio de normas. São periculosas as operações ou atividades em que a natureza ou os seus métodos de trabalhos configure um contato com substâncias inflamáveis ou explosivos, em condição de risco acentuada, como é o caso, por exemplo, de frentista de posto de combustível, operador em distribuidora de gás, entre outros. As atividades ou operações perigosas são aquelas que, pelos métodos de trabalho ou natureza, têm o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho. A realização de perícia, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas em setor ou estabelecimento, é facultada às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas. Caso contrário, basta requererem ao Ministério do Trabalho. http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr9.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/insalubridade.htm 50 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 O trabalho realizado em ambientes periculosos é assegurado ao colaborador um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa, segundo trata o § 1.º do art. 193 da CLT. Exemplos de cálculo de adicional de periculosidade Vamos ver um primeiro exemplo do cálculo feito no salário de um motoboy: • Compensação Financeira (30%). • Base de cálculo em cima do salário base do empregado (R$ 1.000,00). • Trabalhador foi admitido em 01/02/2017 e trabalhou até 30/03/2017. • Período: 2 meses. Cada mês deverá ter um acréscimo salarial de R$ 300, correspondente a 30% de R$ 1.000,00 (salário base do nosso exemplo), totalizando R$ 600,00 no período. Agora, vamos passar para um exemplo em que o trabalhador (um eletricista) recebeu benefícios da empresa onde atua: • Compensação Financeira (30%). • Base de cálculo em cima do salário base do empregado (R$ 3.000,00). • Trabalhador foi admitido em 01/03/2017 e trabalhou até 30/06/2017. • Período: 3 meses. • Bônus por desempenho mensal: R$ 500. http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/particip_lucros.htm 51GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Nesse caso, esse trabalhador deverá ter um acréscimo do salário de R$ 900,00 para cada mês em que estiver trabalhando. Esse valor correspondente a 30% de R$3000 (salário base do segundo exemplo), totalizando R$ 1800,00 no período correspondente. Figura 13 - Eletricista Fonte: Pixabay 52 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Insalubridade Os arts. 189 e 193 da CLT definem as operações ou atividades consideradas insalubres as que são desenvolvidas acima dos limites de tolerância previstos nos anexos da NR-15. Conforme a CLT, são consideradas operações ou atividades s insalubres aquelas que em condições ou métodos de trabalho,por sua natureza, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Considerando que seja constatado por meio de perito que a atividade exercida seja concomitante às duas, ou seja, a insalubre e a perigosa, será facultado aos trabalhadores que estão sujeitos a essas condições optar pelo adicional que for mais favorável, não podendo perceber, cumulativamente, ambos os adicionais. Entretanto, caso em determinada atividade a perícia indicar que há insalubridade em grau médio (20%) e periculosidade (30%), o empregado não terá direito a receber, cumulativamente, (50%) de adicional, pois a legislação trabalhista faculta ao empregado o direito de optar pelo mais favorável - e, nessa situação específica, o de periculosidade. Uma vez comprovada a insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o adicional devido, podendo ser, conforme art. 192 da CLT, de 10%, 20% ou de 40%, nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho. Mesmo que pareça, não é tão clara a questão da base de cálculo. De acordo com o exemplo, quando o empregado exerce a atividade em que existem, simultaneamente, a insalubridade http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/clt.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr15.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/novasnormasppp.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/periculosidade.htm 53GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 em grau máximo (40%) e a periculosidade, o empregado pode optar pelo adicional de insalubridade, por ter um percentual maior. Embora haja dupla interpretação, a base de cálculo do adicional de insalubridade, com relação a toda controvérsia gerada pela súmula vinculante n.º 4 do STF, que considera a base de cálculo o salário mínimo, salvo disposição em contrário prevista em acordo ou convenção coletiva, e que a base de cálculo do adicional de periculosidade é o salário do empregado, a condição mais favorável poderá ser o de periculosidade, caso o salário do trabalhador seja considerado superior ao salário- mínimo. Como calcular Exemplo de Cálculo de Adicional de Insalubridade 1 Vamos ver um primeiro exemplo de cálculo de insalubridade para um operário de uma empresa que trabalha em uma obra muito barulhenta: • Grau médio (20%). • Base de cálculo em cima do salário-mínimo (R$ 1.000,00). • Trabalhador foi admitido em 01/03/2017 e trabalhou até 30/06/2017. • Período: 4 meses. Cada mês deverá ter um acréscimo salarial de R$200,00, correspondente a 20% de R$1.000,00 (salário-mínimo), totalizando R$800,00 no período. http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/sumula_tst_stf.htm 54 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Súmula Vinculante 4 Agora, vamos analisar um exemplo de cálculo de adicional de insalubridade 2, baseado na súmula Vinculante 4, em caso de convenção coletiva: Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário-mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. (STF, 2010, on-line) Vamos passar para um exemplo um pouco mais detalhado, em que o funcionário trabalha com Raio-X, mas sem as devidas proteções: • Grau máximo (40%). • Base de cálculo em cima do salário do empregado (R$ 2.000,00). • Trabalhador foi admitido em 01/01/2017 e trabalhou até 31/07/2017. Período: 7 meses. Cada mês deverá ter um acréscimo salarial de 800,00, correspondente a 40% de R$2.000,00 (salário base), totalizando R$ 5.600,00 no período. 55GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Diferença entre insalubridade e periculosidade Na verdade, não existe muita dificuldade em fazer essa diferenciação entre insalubridade e periculosidade, somente se a atividade afeta ou prejudica a saúde do trabalhador. Enquanto a primeira oferece risco de vida ao trabalhador, a segunda oferece perigo. Se por acaso um operário exercer sua profissão em uma obra muito barulhenta, pode receber por insalubridade. Se essa obra não oferecer nenhum risco à saúde desse empregado, mas for extremamente perigosa à vida dele por não conter capacetes de proteção ou instrumentos de segurança contra quedas, será considerada uma atividade perigosa. Lembrando que devemos entender que os adicionais de insalubridade e periculosidade não são cumulativos. Normalmente, o trabalhador vai receber o que oferecer uma melhor remuneração para o caso específico. Por fim, a periculosidade diz respeito a algum evento que pode acontecer sem previsão alguma. Por isso, existe uma única porcentagem de 30%. Diferente da insalubridade, a periculosidade não tem grau ou um valor específico. Para descobrir o valor do adicional, basta fazer o cálculo da porcentagem de 30% com base no salário do colaborador. https://www.siteware.com.br/gestao-estrategica/seguranca-do-trabalho-planejamento-estrategico/ https://www.siteware.com.br/gestao-estrategica/seguranca-do-trabalho-planejamento-estrategico/ 56 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Horas extras A Constituição Federal de 1988, inciso XIII, trata da duração do trabalho normal, a qual não poderá ser superior a oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais, sendo facultada a compensação de horários e a redução da jornada, conforme convenção e acordo coletivo de trabalho. A remuneração do serviço extra superior deve ser de, no mínimo, em cinquenta por cento ao horário normal (o artigo 7.°, inciso XVI), salvo convenção ou acordo coletivo de trabalho determinando valor maior que 50% (cinquenta por cento). Adicional extraordinário O trabalho realizado além da jornada normal deve ser remunerado com, no mínimo um acréscimo de 50% ou um percentual, caso previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho. No entanto, segundo o artigo 4.° da CLT, considera- se trabalho efetivo o período em que o empregado estiver à disposição do empregador, executando ou aguardando ordens. Lembrando que a jornada somente poderá ser estendida por no máximo 2 horas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado (acordo de prorrogação) ou mediante contrato, acordo ou convenção de coletiva de trabalho (compensação, banco de horas). Para realizar o cálculo do valor das horas extras, deve-se dividir o salário mensal por 220 ou o total de horas mensais e multiplicar o resultado por 50% ou outro percentual negociado. 57GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 SAIBA MAIS O divisor será a jornada mensal do empregado, ou seja, 220 para quem labora 44 horas semanais, 180 para quem trabalha 36 horas semanais, e assim sucessivamente. Não podem ser descontados nem considerados extras até o limite de 10 minutos diários, computado em (no máximo de) dois intervalos de 5 minutos (entrada, saída ou intervalo intrajornada). Em caso de necessidade imperiosa, força maior ou para atender a conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa trazer prejuízo manifesto, poderá o labor normal ser acrescido de horas extraordinárias até 12 horas de serviço, mas nesse caso deverá haver autorização no prazo legal junto à Delegacia Regional do Trabalho (DRT), sob pena de autuação. Base de cálculo horas extras Como dispõe Súmula 264 do TST: A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa. (BRASIL, 2003a, on-line) Alguns exemplos de parcela salarial: adicional de periculosidade, insalubridade, adicional noturno, comissões, porcentagens, gratificações, abonos e diferenças de salário. 58 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Hora extra insalubre Será apurada com base no salário base acrescido do respectivo adicional de insalubridade devido. Fórmula: salário base + insalubridade= hora normal 220 (ou jornada do empregado) Hora normal + 50% = hora extra com adicional de insalubridade Hora extra em atividade periculosa Será apurada com base no salário-base acrescido do respectivo adicional de insalubridade devido. Fórmula: salário-base + insalubridade = hora normal 220 (ou jornada do empregado) Hora normal + 50% = hora extra com adicional de insalubridade Hora extra comissionista O empregado que percebe salário somente à base de comissões, sujeito a controle de horário, quando prestar serviço extraordinário, tem direito apenas ao adicional de horas extras de no mínimo 50% (cinquenta por cento), calculado sobre o valor- hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. Fórmula: valor das comissões = valor-hora Horas trabalhadas 59GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Valor Hora x 50% = valor de uma hora extra devida Em relação às horas quando são integrais, não haverá problemas na realização de cálculos. Entretanto, quando houver minutos residuais, esses devem ser transformados em sistema centesimal para pagamento, e o empregado irá conferir em minutos, não em sistema centesimal. Assim: 01 HORA = 60 MINUTOS – SISTEMA CENTESIMAL 100 7,33 = 7 horas e 20 minutos 100 ---- 60 033 ---- x 100 x = 1980 x = 1980 100 x = 19,80 (arredonda-se para 20) Figura 14 – Horas extras Fonte: Pixabay 60 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Todo trabalhador, maior de 18 (dezoito) anos, poderá ter seu horário de trabalho prorrogado de no máximo 2 (duas) horas diárias, mediante acordo entre empregado e empregador por escrito ou conforme contrato coletivo de trabalho. Horas noturnas O direito do adicional noturno é constitucional por meio do artigo 7.°, inciso IX, sendo encontrado também no art. 73 da CLT. A legislação trabalhista estabelece dois fatores importantes para compensar os prejuízos que o trabalho noturno causa ao empregado. 1. Fator econômico: o pagamento do adicional de, no mínimo, 20% (25% para trabalhador rural). 2. Fator ergonômico: a redução da hora noturna de 60 minutos para 52 minutos e 30 segundos (somente para o trabalhador urbano). Jornada noturna Existem duas jornadas noturnas definidas na lei: • Zona Urbana Em conformidade com o parágrafo 2.º do art. 73 da CLT, considera-se jornada noturna na zona urbana aquela realizada entre 22:00 e 5:00 da manhã seguinte. No entanto, ressalta-se que, havendo prorrogação do horário noturno, em conformidade com o parágrafo 5º do artigo de lei, os períodos posteriores também serão considerados noturnos, diante do desgaste físico do empregado que passa, ainda, a ser maior. Dessa forma, se o empregado começar o trabalho às 22:00 horas e vai até às 61GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 6:00 horas, será considerada jornada noturna até às 06 horas, inclusive com o pagamento do respectivo adicional até esse horário. Esse posicionamento é adotado pelo TST, por meio da Orientação Jurisprudencial n.º 6 da SDI-1 (antiga Súmula 60 do TST). • Zona Rural De acordo com o estabelecido no artigo 7.º da Lei n.º 5.889/1.972, que estabelece normas sobre o trabalho rural, dispõe que será considerada jornada noturna a execução de serviços nas atividades de lavoura entre 21 horas e 5 horas do dia seguinte, e entre as 20 horas até as 4 horas do dia seguinte na pecuária. Hora noturna Para compensar o desgaste com relação ao trabalho noturno, a legislação criou uma redução fictícia da hora noturna, de 60 minutos para 52 minutos e 30 segundos. Isto quer dizer que o trabalhador que labora à noite (dentro da jornada estabelecida no item anterior), realizará a jornada legal (de 44 semanas) num período menor que aquele que trabalha de dia. Assim, ao invés de trabalhar oito horas, o empregado que trabalha no período noturno (integral), trabalhará sete horas, que equivalem à jornada integral. Cabe lembrar que, no trabalho rural, inexiste a redução acima, sendo considerada hora noturna em sua integralidade, ou seja, 60 minutos. 62 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Conversão da hora noturna Para apurar a quantidade de horas noturnas realizadas, o empregador deverá aplicar a seguinte fórmula: Quantidade de horas relógio: 52,5* x 60 = quantidade de horas noturnas (*Na calculadora 52,30m equivale a 52,5). Exemplo: 1. O empregado x trabalha 7 horas/relógio no período noturno; aplicando a fórmula: 7 : 52,5 x 60 = 8,00 horas noturnas. 2. O empregado y labora 2 horas/relógio no período noturno; aplicando a fórmula: 2 : 52,5 x 60 = 2.28 horas noturnas. Figura 15 - Hora noturna Fonte: Pixabay 63GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Valor do adicional noturno O adicional noturno é calculado sobre a remuneração da hora diurna, aplicando-se o percentual de 20% para trabalho urbano e 25% em trabalho rural. Frisando ainda que os percentuais estipulados são o mínimo estabelecido, mas a convenção coletiva da categoria poderá indicar percentuais maiores que deverão ser aplicados, pois no Direito do Trabalho aplica-se a regra da norma mais benéfica ao empregado. Exemplo: o empregado recebe salário fixo de R$ 560,00 com carga horária de 220/mês, e fez em abril 25 horas noturnas (dentro de sua jornada jornal). Assim: R$ 560,00 : 220 = 2,55 (valor hora diária). Como as horas normais decorrentes da jornada de trabalho já estão sendo pagar no salário, somente se pagará o valor do adicional (calculando-se após o respectivo DRS sobre horas noturnas), ou seja: R$ 2,55 x 20% = 0,51 x 25 (horas) = R$ 12,75 (valor do adicional noturno sobre 25 horas). SAIBA MAIS O cálculo do exemplo é para empregados que tenham parte da jornada ou jornada integral em horário noturno, mas não se aplica à hora extra noturna. 64 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 Horas extras noturnas O empregado que realizar serviço extraordinário em período noturno terá direito ao recebimento dos adicionais de hora extra (de no mínimo 50%) e noturno (de no mínimo 20%), de forma acumulada. A forma de cálculo a ser utilizada, deverá ser a seguinte: • Fórmula: Valor salário-hora + 20% + 50% = valor da hora extra noturna. • Valor da Hora Extra Noturna x quantidade de horas extras noturnas = valor total das horas extras noturnas. Exemplo: o pedreiro realizou no mês 10 horas extras noturnas, e sua remuneração mensal é de R$ 1.000,00. O valor total devido de horas extras noturnas será de: R$ 1.000,00 : 220 = 4,45 (valor hora) R$ 4,45 + 20% + 50% = 8,01 R$ 8,01 x 10 = 80,10 Cessação do trabalho noturno Apesar do adicional noturno pago com habitualidade integrar a remuneração do empregado, para efeito de quitação de verbas trabalhistas, a doutrina e a jurisprudência não têm considerado a prestação de serviços em horário noturno (logo, com o pagamento do respectivo adicional noturno), como direito adquirido do empregado. Contudo, se o período do empregado for alterado de noturno para trabalho diurno, o empregado perderá o adicional noturno, visto que foi afastada a condição penosa do trabalho durante a noite. Este é o posicionamento adotado pelo TST, por meio de sua Súmula 265, conforme se averigua a seguir: 65GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 SÚMULA 265 ADICIONAL NOTURNO. ALTERA- ÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO. A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. BRASIL, 2003b, on-line) Vedações ao trabalho noturno É totalmente vedado o trabalho de menor (de 14 a 18 anos) no horário noturno, em conformidade com o estabelecido pelo artigo 7.º, inciso XXXIII, da Constituição Federal, e art. 404 da CLT. Por isso, o administrador precisa conhecer como planejar a estratégia e analisar os Recursos Humanos para poder estar alinhado ao mercado e ser um diferencial frente aos concorrentes, analisando afolha de pagamento para a tomada de decisão. RESUMINDO Neste capítulo, aprendemos sobre periculosidade e insalubridade e a diferença entre si, os seus respectivos percentuais e como o calcular o adicional para o salário; quando houver incidência de ambos, deve prevalecer o que for mais benéfico para o empregado, o qual não poderá acumular os dois e que o adicional de insalubridade não incorpora no salário do empregado, uma vez que cessada a exposição ao ambiente insalubre, ao risco ou a material inflamável, por exemplo, o adicional deixa de ser aplicado. Vimos a incidência e o cálculo de horas extras, horas extra comissionada, jornada de trabalho noturna, trabalho noturno urbano e rural - conceitos são de grande importância para o desempenho da rotina diária do profissional que atua no Departamento Pessoal. Além disso, vimos quais são os pisos salariais e suas categorias e como isso influência na remuneração percebida pelo empregado. 66 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 BRASIL. Lei n.º 14.438, de 24 de agosto de 2022. Diário Oficial da União, Brasília, DF, p. 3, 25 ago. 2022. BRASIL. Novo eSocial Simplificado: veja como será a implantação dos módulos web. Gov.br, [s. l.], 7 maio 2021. Disponível em: https:// www.gov.br/esocial/pt-br/noticias/novo-esocial-simplificado-veja- como-sera-a-implantacao-dos-modulos-web. Acesso em: 17 jul. 2023. BRASIL. Carteira de Trabalho Digital tem mais de 100 milhões de acessos. Gov.br, [s. l.], 3 jul. 2020. Disponível em: https://www.gov. br/pt-br/noticias/financas-impostos-e-gestao-publica/2020/07/ carteira-de-trabalho-digital-tem-mais-de-100-milhoes-de-acessos. Acesso em: 17 jul. 2023. BRASIL. Novo sistema da carteira de trabalho digital garante agilidade na emissão do documento. Planalto, Brasília, DF, abr. 2015. Disponível em: www2.planalto.gov.br/noticias/2015/04/ novo-sistema-da-carteira-de-trabalho-digital-garante-agilidade- na-emissao-do-documento. Acesso em: 17 jul. 2023. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n.º 4. Afronta o art. 7.º, inciso IV, da Constituição Federal a adoção do salário-mínimo como base de cálculo para a fixação de piso salarial. Relatora: Ministra Ellen Gracie, 11 de março de 2010. Portal STF, [s. l.], 2010. BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula n.º 264. Hora suplementar. Cálculo. Relator: Ministro Marco Aurélio Mello, 21 de novembro de 2003. Jurisprudência TST, [s. l.], 2003. Disponível em: https://jurisprudencia.tst.jus. br/?tipoJuris=SUM&orgao=TST&pesquisar=1#void Acesso em: 17 jul. 2023. RE FE RÊ N CI A S 67GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula n.º 265. Adicional noturno. Alteração de turno de trabalho. Possibilidade de supressão. Relator: Ministro Pajehú Macedo da Silva, 21 de novembro de 2003. Jurisprudência TST, [s. l.], 2003. Disponível em: https://jurisprudencia.tst.jus. br/?tipoJuris=SUM&orgao=TST&pesquisar=1#void Acesso em: 17 jul. 2023. BRASIL. Lei n.º 10.270, de 29 de agosto de 2001. Diário Oficial da União, Brasília, DF, p. 2, 30 ago. 2001. BRASIL. Portaria n.º 3.626 de 13 de novembro de 1991. Ministro de Estado do Trabalho. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 nov. 1991. BRASIL. Decreto n.º 76.900, de 23 de dezembro de 1975. Diário Oficial da União, Brasília, DF, p. 17046, 24 dez. 1975. EMPRESA registra 2.2 bilhões de eventos ligados a ciberataques no Brasil em apenas três anos. Securityreport, [s. l.], 8 ago. 2022. Disponível em: https://www.securityreport.com.br/empresa- registra-2-2-bilhoes-de-eventos-ligados-a-ciberataques-no-brasil- em-apenas-tres-anos/. Acesso em: 17 jul. 2023. MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo: Futura, 2002. MARTINS, S. P. Legislação previdenciária. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MORAES, A. Constituição da República Federativa do Brasil. 41. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 68 GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL U ni da de 2 OLIVEIRA, A. CLT e Legislação Comparadas - Lei 13.467/2017. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2018. OLIVEIRA, A. Prática trabalhista e previdenciária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2018. OLIVEIRA, A. de. Manual de prática trabalhista. São Paulo: Atlas, 2008. REZENDE, C. Rais em 2023: entenda tudo sobre. Group software, [s. l.], 23 maio 2023. Disponível em: https://www.groupsoftware. com.br/blog/rais-em-2023/. Acesso em: 17 jul. 2023. _Hlk140500870 _Hlk140496861 Compreendendo sobre a admissão do empregado Departamento Pessoal e Lei de Proteção de dados (LGPD) Documentos de admissão Conhecendo a importância do registro de empregado Notas introdutórias Falta de anotação de admissão ou de informações essenciais Preenchimento da carteira de trabalho e registro do empregado Registro de outras formas de contratação e exigências legais Legislação para contratação de estágio Legislação para contratação de trabalho temporário Exigências legais do livro de inspeção, quadro de horário e CAGED Registro do cartão ponto Salários fixos e variáveis Piso salarial e categorias Periculosidade Insalubridade Horas extras Horas noturnas