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NOÇÕES DE DIREITO 
 
 
 
1 - ORIGEM E FINALIDADE DO DIREITO 
 
 O Direito nasceu junto com a civilização. Sua história é a história da própria vida. 
Por mais que mergulhemos no passado sempre vamos encontrar o Direito, ainda que num 
estágio rudimentar, a regular as relações humanas. É que os homens, obrigados ao 
convívio, labutando uns ao lado dos outros, carecem de certas regras de conduta, de um 
mínimo de ordem e direção. Daí a atualidade do velho apótema: ubi homo ibi jus (onde 
esta o homem esta o Direito). Essas regras de procedimento, disciplinadoras da vida em 
sociedade, recebem o nome de Direito. 
 
 Portanto, a finalidade do Direito se resume em regular as ações humanas, a fim que 
haja paz e prosperidade no seio social, impedindo a desordem ou o crime. Sem o Direito 
estaria a sociedade em constante processo de contestação, onde a lei do mais forte 
imperaria sempre, num verdadeiro caos. 
 
 
2 - CONCEITO DE DIREITO 
 
 Vulgarmente, costumava-se dizer que o Direito não passa de um “sentimento”, algo 
assim como o amor, que nasce no coração dos homens. “Não é exagero mesmo afirmar-se 
que todos sentem o Direito e que, de certo modo, todos sabem o que o Direito é. Vocábulo 
corrente, empregado a todo o instante nas relações da vida diária para exprimir sentimento 
que todos já experimentamos, esta gravada na mente de cada um, representando idéia 
esboçada em traços mais ou menos vagos e obscuros.” Isto é direito”, “o meu direito foi 
violado” , “o juiz reconheceu o nosso direito”, são expressões cotidianas ouvidas, que 
envolvem a noção vulgar a respeito do fenômeno jurídico. 
 Os especialistas, entretanto, dada à precariedade dessa noção vulgar, buscam, 
incessantemente, um conceito mais aprofundado do que seja o Direito. 
 Na verdade para não adentrarmos ao estudo da filosofia jurídica, a qual pertence a 
questão, diremos que o Direito é um complexo de normas reguladoras da conduta 
humana, com força coativa. Sim, a vida em sociedade seria impossível sem a existência 
de um certo procedimento dos homens, por estes mesmos julgadas obrigatórias, e 
acompanhadas de punição para os seus transgressores. A punição é que torna a norma 
respeitada. De nada adiantaria a lei dizer, por exemplo, que matar é crime, se paralelamente 
não impusesse uma sanção àquele que matasse. A coação, ou possibilidade de constranger 
o individuo a observância da norma, torna-se inseparável do Direito. Por isso, como mostra 
conhecida imagem, a justiça sustenta numa das mãos a balança em que pesa o direito, e na 
outra a espada sem a balança é a força brutal; balança sem espada é a impotência do 
Direito. 
 
 
3 - DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO 
 
 A palavra Direito tem diferentes acepções, tornando-se praticamente impossível 
reuní-las numa única formula significativa. As mais importantes são as traduzidas pelas 
expressões direito objetivo e direito subjetivo. 
 
 3.1 - Direito Objetivo é o conjunto de regras vigentes num determinado 
momento, para reger as relações humanas, impostas, coativamente, à obediência de todos. 
Os Códigos Penal, de Processo, Civil, etc., bem como qualquer uma de suas regras, são 
exemplos de direito objetivo. 
 
 3.2 - Direito Subjetivo é a faculdade ou prerrogativa do indivíduo de invocar a 
lei na defesa de seu interesse. Assim, ao direito subjetivo de uma pessoa corresponde 
sempre o dever de outra, que, se não o cumprir, poderá ser compelida a observá-lo através 
de medidas judiciais. 
 
 A Constituição Federal garante o direito de propriedade ao dispor no art. 5°, XXII., 
“é garantido o direito de propriedade” . Essa regra é um preceito de direito objetivo. Agora 
se alguém violar a minha propriedade, poderei acionar o Poder Judiciário para que a 
irregularidade seja sanada. Essa faculdade que tenho de movimentar a máquina judiciária 
para o reconhecimento de um direito que a lei me garante é que constitui o direito 
subjetivo. Disso resulta que o direito objetivo é o conjunto de leis dirigidas a todos, ao 
passo que o direito subjetivo é a faculdade que tem cada um de invocar essas leis a seu 
favor, sempre que houver violação de um direito por elas resguardado. 
 
 
4 - DIREITO E MORAL 
 
 A vida social só é possível uma vez presentes regras determinadas para o 
procedimento dos homens. Essa regra, de cunho ético, emana da Moral e do Direito, que 
procuram ditar com deve ser o comportamento de cada um. Sendo ambos - Moral e Direito 
- normas de conduta, evidentemente apresentam um campo comum. Assim, aquele que 
estupra uma donzela viola uma norma jurídica (art. 213 do CP.) e moral (neminem laedere 
= não prejudicar a ninguém ). 
 Assim sendo, poder-se-ia representar o Direito Moral por um único círculo, já que 
comum o campo de ação de ambos. 
 
 Teoria do mínimo ético 
 Moral 
 Campos de ação 
 DT 
 
 
 
 
 
 
Todas as normas jurídicas estão contidas no plano moral .? Não. 
 
 
 
 Moral Direito 
 
 
 
 
 
 DIREITO MORAL 
 
 
Quanto ao campo de ação Atua no foro exterior Atua predominantemente, 
 no foro interior 
 
 
Quanto a intensidade da sanção Sanções mais enérgicas, Sanções mais brandas, de 
 de natureza material, natureza interna ou de 
 consubstanciadas em reprovação social. 
 punições legais. 
 
 
Quanto aos efeitos das normas Bilateral Unilateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RAMOS DO DIREITO 
 
 PÚBLICO 
 
 INTERNACIONAL 
 
 PRIVADO 
 CONSTITUCIONAL 
 POSITIVO ADMINISTRATIVO 
 PUBLICO FINANCEIRO 
 NACIONAL PENAL 
DIREITO PROCESSUAL 
 TRABALHISTA 
 
 PRIVADO CIVIL 
 NATURAL 
 COMERCIAL 
 
 
1) DIREITO POSITIVO E DIREITO NATURAL. 
 
1.1 - Direito Positivo: Compreende o conjunto de regras jurídicas em vigor num país 
determinado e numa determinada época. 
 
Exemplo: Leis, Códigos, Tratados Internacionais, etc... 
 
1.2 - Direito Natural: Para aqueles que aceitam sua existência, é aquele que não se 
consubstancia em regras impostas ao indivíduo pelo Estado, mas de uma lei anterior e 
superior ao Direito Positivo, que se impõe a todos os povos pela própria natureza e não pela 
criação dos homens. 
 
Exemplo: O direito de reproduzir, o direito de viver, etc... 
 
 
2) DIREITO INTERNACIONAL E DIREITO NACIONAL 
 
2.1 -Direito Internacional: Vem ser o complexo a normas aplicáveis nas relações 
entre determinados países (Direito Internacional Público), e aos particulares que tenham 
interesse em mais de um país (Direito Internacional Privado) 
 
Exemplo: Se o Brasil e o Paraguai, na exploração da Usina Hidrelétrica de Itaipu, 
construída por ambos, tiverem alguma divergência, a questão será resolvida por meio de 
aplicação de normas de Direito Internacional Público. Já o inventário de um falecido que 
tenha deixado bens em vários países, cria problemas de Direto Internacional Privado, por 
isso que em jogo, estão interesses de particular em mais de um país. 
 
2.2 - Direito Nacional: É o que existe dentro das fronteiras de um país. 
 
3) DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO 
 
3.1 - Direito Público: Disciplina os interesses gerais da coletividade, e se caracteriza 
pela imperatividade de suas normas, que não podem nunca ser afastadas por convenção dos 
particulares. 
 
 
3.2 - Direito Privado: Versa sobre as relações dos indivíduos entre si, tendo na sua 
supletividade de seus preceitos a nota característica, isto é, vigora apenas enquanto há 
vontade dos interessados.FONTES DO DIREITO 
 
 
1 - CONCEITO DE FONTES: São os meios pelos quais se formam as regras 
jurídicas. A palavra fonte deriva do latim fons, fontis, que significa nascente, designando 
tudo o que origina ou produz algo. 
 
2 - TIPOS DE FONTES (CLASSIFICAÇÃO): 
 
2.1 -Fontes Diretas ou Imediatas: São aquelas que por si sós, pela sua própria força, 
são suficientes para gerar a regra jurídica. 
 
Exemplo: A Lei e o Costume. 
 
2.2 - Fontes Indiretas ou Mediatas: São as que não tem tal virtude, porém 
encaminham os espíritos, mais cedo ou mais tarde, à elaboração da norma. 
 
Exemplo: A Doutrina e a Jurisprudência. 
 
3 - INTEGRAÇÃO DA NORMA JURÍDICA. 
 
 O legislador não consegue, por mais previdente que seja, prever todas as hipóteses 
que podem ocorrer na vida real. 
 
3.1 -Analogia: Consiste em aplicar a um caso não previsto a norma que rege caso 
análogo, pois fatos semelhantes exigem regras semelhantes. 
Ex: Tutela e Curatela 
 
3.2 - Equidade: É a aplicação da justiça do caso concreto. Neste caso em especial a 
Justiça está acima do Direito, mas só pode haver aplicação da equidade nos casos que a lei 
autoriza. 
 
3.3 -Princípios Gerais de Direito: É aquele com a qual o aplicador investiga o 
pensamento mais alto da cultura jurídica, juntamente com a fixação da orientação geral do 
ordenamento jurídico. 
 
EX: Direito de família ----- visa o reforço do núcleo familiar 
 Direito do trabalho ----- proteção ao empregado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DIRETAS LEI 
 COSTUME 
 
 
 FONTES 
DO DIREITO INDIRETAS DOUTRINA 
 JURISPRUDÊNCIA 
 
 
 
 INTEGRAÇÃO ANALOGIA 
 EQUIDADE 
 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A LEI E SUA EFICÁCIA 
 
1 - ESCLARECIMENTOS INICIAIS 
 
1.1 Definição de Lei 
 
 Como já sabemos a lei, juridicamente falando, consiste 
numa regra de conduta, geral e obrigatória, emanada de poder competente, e 
provida de coação. 
 Esta também, conforme ensinamentos anteriores, é a 
principal fonte do direito, por via da qual o Estado politicamente organizado 
dita regras de comportamento, a que os cidadãos devem obediência. 
 
1.2 Processo Legislativo 
 
O processo legislativo vem a ser o conjunto de regras que 
informa a elaboração da lei, e está inserto na Constituição Federal nos artigos 
59 a 69 e em cujas disposições abragem e se aplicam a todas as unidades da 
Federação (Estados). 
 
O primeiro destes artigos supramencionados, o artigo 59, 
estabelece que o processo legislativo compreende a elaboração de: 1- emendas 
à Constituição; 2 – leis complementares; 3 – leis ordinárias; 4 – leis delegadas; 
5 – medidas provisórias; 6 – decretos legislativos; 7 – resoluções. 
 
2 - HIERARQUIA DAS LEIS 
 
 
 As leis guardam, entre si, uma graduação hierárquica. A 
mais importante das leis é a Constituição, que não pode ser contrariada por 
nenhuma outra norma. Abaixo da Carta Magna vem a seguinte ordem 
hierárquica: 
 
 I – emendas à Constituição; 
 II – leis complementares; 
 III – leis ordinárias; 
 IV – leis delegadas; 
 V – medidas provisórias; 
 VI – decretos legislativos; 
 VII – resoluções; 
 
 (Art. 59 da Constituição Federal) 
 
 
2.1 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
 
 É a Lei Maior do país, a lei fundamental. Os seus dispositivos não 
podem ser contrariados pelas outras normas, que são notadamente de categoria 
hierárquica inferior. 
 
2.2 - EMENDAS À CONSTITUIÇÃO. 
 
 São as leis constitucionais que alteram parcialmente a Constituição 
Federal, passando a fazer parte do texto da Carta Magna após a sua entrada em 
vigor. 
 As propostas de emendas Constitucionais devem partir: 
 - 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; 
 - Do Presidente da República; 
 - De mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da 
Federação, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus 
membros. 
 
OBS: A Proposta será discutida no Congresso Nacional, em dois turnos, 
sendo aprovada se obtiver 3/5 dos votos dos respectivos membros. 
 
2.3 - LEIS COMPLEMENTARES. 
 
 São leis, como o próprio nome diz, que complementam o texto 
constitucional. Elas se situam entre a norma constitucional e a lei ordinária. 
Não se pode atribuir a qualquer espécie normativa o caráter de lei 
complementar. Deve acolher matéria constitucionalmente reservada à sua 
especificidade. A própria Constituição, portanto, estabelece os casos em que 
deve haver a complementação. 
As leis complementares regulam preceitos constitucionais que não 
sejam auto-aplicáveis. Exigem quorum especial para sua aprovação (maioria 
absoluta), observados as demais fases de aprovação das leis ordinárias. 
 
2.4 - LEIS ORDINÁRIAS. 
 
 São as leis elaboradas pelo Poder Legislativo e que passam por todas as 
fases descritas acima. Estas são as mais freqüentes, sendo assim denominadas 
apenas para destingi-las das leis complementares e das leis delegadas, na 
prática recebem a denominação pura e simples de lei. O quorum para 
aprovação desta lei é de maioria simples. 
 
2.5 - LEIS DELEGADAS. 
 
 São as leis elaboradas pelo Poder Executivo, por autorização expressa 
do Poder Legislativo. 
 
2.6 - MEDIDAS PROVISÓRIAS. 
 
 São diplomas emanados do Poder Executivo para disciplinamento de 
situações emergenciais (casos urgentes e relevantes) 
 Emenda Constitucional 32/01, estatui: 
“Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá 
adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de 
imediato ao Congresso Nacional (...)”. 
 
2.7 - DECRETOS LEGISLATIVOS. 
 
 São atos normativos administrativos de competência exclusiva do Poder 
Legislativo, destinados a regular matérias que tenham efeitos externos. Os 
decretos legislativos, por não terem força de lei, dispensam a sanção do chefe 
do Poder Executivo. 
 
2.8 - RESOLUÇÕES. 
 
 São atos normativos administrativos através dos quais o Legislativo 
dispõe sobre matéria que não se insere nem no âmbito da Lei, nem do Decreto 
Legislativo. As resoluções, a exemplo dos decretos legislativos, destinam-se a 
regular matéria de competência do Congresso, tendo caráter administrativo ou 
político. As resoluções cuidam, geralmente, de assuntos de interesse interno 
do Legislativo, e distinguem-se dos decretos legislativos no aspecto formal, 
pois enquanto o decreto legislativo é elaborado segundo o procedimento 
prescrito pelas leis, a resolução é norteada por uma elaboração mais simples. 
 
3 - FASES DE ELABORAÇÃO DE UMA LEI (ORDINÁRIA) 
 
 Conforme dispõe a Constituição Federal, são 03 (três) os 
poderes da República: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, independentes 
e harmônicos entre si. (art. 2º da C.F.). 
 
 Em regra geral, de acordo com a competência 
constitucional, cabe ao Poder Legislativo a elaboração das leis, entretanto o 
Poder Executivo além de colaborar na sua feitura (sanção ou veto, 
promulgação e publicação) também às vezes tem esta prerrogativa (medidas 
provisórias). 
 
 No caso de Lei Ordinária, a mais comum e usual, esta 
possui o seguinte trâmite antes de entrar em vigor: 
 
 INICIATIVA ----- apresentação do Projeto. 
DISCUSSÃO ou APROVAÇÃO ----- Debate no 
Legislativo, podendo serem apresentadas emendas ao 
projeto original, e aprovação através de votação com 
quorum de maioria simples. 
 SANÇÃO ----- ato pelo qual o Poder Executivo manifesta 
sua concordância com o projeto de lei. 
 PROMULGAÇÃO ---- ato pelo qual o Poder Executivo 
atesta a existência da lei e ordena a sua publicação e 
cumprimento. (nascimento da Lei). 
PUBLICAÇÃO ---- ato pelo qual a lei passa a ser 
conhecida por todos, ou seja, pela população. 
 
 No caso da SANÇÃO, esta pode ser expressa ou tácita, a 
primeira ocorre quando o Chefe do Poder Executivo (Presidenteda República, 
Governador ou Prefeito) assina o autógrafo da lei (art. 66 caput C.F.). O 
segundo caso se dá quando o Chefe do Poder Executivo, passado o prazo 
legal, não assinou o autógrafo nem opôs nenhum veto (art. 66 § 3º C.F.). 
 
 O Chefe do Poder Executivo não é obrigado a sancionar o 
projeto de lei encaminhado pelo Legislativo, este pode VETÁ-LO, de forma 
Total (Ab-rogação) ou Parcial (Derrogação). (art. 66 §§ 1º e 2º C.F.). 
 
 Geralmente a lei menciona no final do seu texto a data em 
que entra em vigor, por meio da fórmula clássica: “Esta lei entrará em vigor na 
data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário”. Ocorre que, 
muitas vezes, o legislador estabelece um prazo entre a publicação da lei e sua 
entrada em vigor. E em alguns casos o legislador deixa de mencionar a data 
em que a lei deva entrar em vigor; nessa situação ela entrará em vigência em 
território nacional 45 (quarenta e cinco) dias após a sua publicação e fora das 
nossas fronteiras 3 meses. 
 
 VACATIO LEGIS (Vacância da Lei) ---- é o período 
compreendido entre a publicação de uma lei e sua entrada 
em vigor. 
 
 
 Se durante a “vacatio legis” ocorrer nova publicação de 
seu texto, para correção de erros materiais ou falha ortográfica, o prazo 
começará a correr da nova publicação. 
 
 A publicação da lei é feita no Diário Oficial (União, 
Estados ou Municípios). Essa providência é indispensável, pois a publicação 
gera a presunção de conhecimento geral do texto da lei. 
 
 4 - CLASSIFICAÇÃO DAS LEIS 
 
Existem 02 (duas) formas de classificação das leis que merecem destaque; 
 
1 – Quanto à origem: federal, estadual e municipal. 
 
2 – Quanto a sua obrigatoriedade: norma cogente e norma dispositiva. 
 
Normas Federais – são aquelas que têm domínio geográfico nacional. Todas 
elas imperam em todo o território do país. 
 
Normas Estaduais – são aquelas que têm domínio geográfico circunscrito ao 
Estado em que foi elaborada. 
 
Normas Municipais – são aquelas que têm domínio geográfico circunscrito 
ao município que a elaborou. 
 
Norma Congente - é aquela que por atender mais diretamente ao interesse 
geral não pode ser alterada, prevalecendo de modo absoluto sobre a liberdade 
de contratar das partes.Exemplo: o art.1.521, VI, do Código Civil, proíbe o 
casamento de pessoas já casadas.Como se percebe, trata-se de regra que 
interessa à própria estrutura da sociedade, de modo que mesmo de acordo com 
os nubentes, nulo será seu casamento, se um deles estiver ligado ao 
matrimônio anterior. 
Norma Dispositiva – é a que se limita a prescrever uma conduta ou 
estabelecer um direito, sem tirar do seu destinatário a faculdade de alterá-la. 
Exemplo: o art.327 do Código Civil determina que o pagamento se efetuará no 
domicilio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente. 
 
5 – CESSAÇÃO DA OBRIGATORIEDADE DA LEI 
 
 Não sendo uma lei temporária (exceção) a sua vigência será até o 
momento que outra a modifique ou revogue (Lei de Introdução ao C.C. art. 
2º). Não existe revogação pelo seu desuso. 
 Revogar uma lei é torná-la sem efeito. A revogação pode ser: expressa 
ou tácita. 
Expressa: quando a lei nova taxativamente declara revogada a anterior. 
Tácita – quando a nova lei é incompatível com a anterior ou regula 
inteiramente a matéria que a outra tratava. 
OBS: É interessante chamarmos atenção que a revogação de uma lei só é 
possível através de outra lei de igual ou superior hierarquia. Exemplo: uma 
lei complementar só pode ser revogada por outra lei complementar ou por 
outra de hierarquia superior, não podendo ser por lei de hierarquia inferior 
(Lei Ordinária). 
6 – RETROATIVIDADE E IRRETROATIVIDADE DA LEI 
 A lei, em princípio, é editada para regular situações futuras, que irão 
ocorrer durante o seu período de vigência. Assim sendo a regra é de que a lei 
nova não pode atingir situações já consolidadas sob a vigência da lei antiga – 
princípio da irretroatividade da lei (C.F. art. 5º, XXXVI). 
 O princípio imperante é o da irretroatividade das leis. A retroatividade é 
exceção e não se presume, decorrendo de determinação legal expressa. Dessa 
forma não havendo declaração em contrário, a lei respeita o direito adquirido 
(situação definitivamente constituída), o ato jurídico perfeito (já consumado 
segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou) e a coisa julgada (decisão 
judicial de que não caiba mais recurso). 
 OBS: O Direito Penal é uma exceção à regra da irretroatividade, pois 
este se norteia pelo princípio da lei mais benigna, podendo existir a 
retroatividade da lei. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
1 – CONCEITO: 
 É o ramo do direito público interno que disciplina a organização 
do Estado, define e limita a competência de seus poderes, suas atividades e 
suas relações com os indivíduos, aos quais atribui e assegura direitos 
fundamentais de ordem pessoal e social – Prof. Vicente Ráo. 
2 – CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO: 
 É um conjunto de normas, escritas ou costumeiras, que regem a 
organização política de um país. 
3 – ESPÉCIES DE CONSTITUIÇÃO: 
 Podem as constituições ser classificadas quanto: à forma (escritas 
ou costumeiras), à consistência (rígidas ou flexíveis) ou à origem 
(promulgadas ou outorgadas). 
3.1 – QUANTO À FORMA 
 Escritas são aquelas cujos dispositivos estão reunidos num 
instrumento. Exemplo: a Constituição Brasileira. 
 Costumeiras aquelas que vão se formando aos poucos, pela 
reiterada prática de certos atos. Exemplo: a Constituição da Inglaterra. 
3.2 – QUANTO À CONSISTÊNCIA 
 Rígidas aquelas que só se alteram mediante processos especiais, 
caracterizando-se pela prevalência de seus preceitos aos das leis ordinárias. 
Exemplo: a atual Constituição brasileira. 
 Flexíveis são aquelas que se alteram mais facilmente, através do 
processo legislativo ordinário, e que se caracterizam pela inexistência de 
qualquer hierarquia entre a Constituição e a lei ordinária. Exemplo: o estatuto 
Albertino, Constituição do reino da Itália. 
 
 
3.3 – QUANTO À ORIGEM 
 Promulgadas são as elaboradas por uma Assembléia Constituinte, 
eleita pelo povo especialmente para esse fim. Exemplo: a Constituição 
brasileira de 1946 e 1988. 
 Outorgadas são as impostas à coletividade por determinada pessoa 
ou determinado grupo de pessoas. Exemplo: a Constituição do Império, de 
1824. 
4 – PODER CONSTITUINTE 
Em significação comum, podemos dizer que o Poder Constituinte é 
aquele que tem por missão traçar as regras jurídicas fundamentais da 
Nação, que se consubstanciam num documento chamado Constituição. 
Compete a esse poder, deixando de lado os preceitos até então vigentes, 
dar um novo ordenamento jurídico-institucional ao País. 
É formado por representantes do povo, especialmente eleitos para editar 
uma nova Constituição, ou através da investidura de Poder Constituinte pleno 
nos deputados federais e senadores escolhidos pelo sufrágio do povo. Daí se 
dizer, em última análise, que o titular do Poder Constituinte é o povo, pois os 
seus representantes, em reunião especial, com a finalidade de votar e 
promulgar uma nova constituição nada mais fazem do que auscultar sua 
vontade e transmiti-la com fidelidade. 
Votada a Constituição, extingui-se o Poder Constituinte, ficando como 
seu remanescente o Poder Legislativo ordinário, que poder propor emendas à 
Constituição, segundo condições nela previstas. 
Destarte, o Poder Constituinte será originário (quando edita 
Constituição nova em substituição à Constituição anterior) ou derivado 
(quando se destina à revisão da Constituição, modificando parcialmente o seu 
texto). O primeiro é original, na medida em que pertence ao povo e à 
Assembléia Constituinte; o segundo é derivado, porque constituído por 
determinação do primeiro e pertencente ao CongressoNacional. 
5 – O CONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS 
O princípio da constitucionalidade das leis é, em síntese, o de que, 
sendo a Constituição a lei básica e fundamental, todas as outras leis devem ser 
conformes aos seus preceitos e ao seu espírito. Toda lei que, no todo ou em 
parte, contrarie ou transgrida um preceito da constituição, diz-se 
inconstitucional, tem um vício que anula e deve ser declarada tal pelo poder 
competente, que é o Judiciário. 
O efeito da inconstitucionalidade é, portanto, a não aplicação da lei ao 
caso concreto. O controle da constitucionalidade é realizado de forma rotineira 
pelo Poder Judiciário. O juiz, ao examinar um caso, deve atender à hierarquia 
das leis, afastando naturalmente a norma que estiver em desacordo com a 
Constituição. 
Como ensina o Prof. Manoel Gonçalves Ferreira Filho, “cabendo ao 
judiciário dizer o que é o Direito, é a ele que compete indagar da 
constitucionalidade de uma lei. De fato, se duas leis entrarem em conflito, 
deve o juiz decidir qual aplicará. Ora, se uma lei entrar em conflito com a 
Constituição é ao juiz que cabe decidir se aplicará a lei, violando a 
Constituição, ou, como lógico, se aplicará a Constituição, recusando a lei”. 
Contudo, observe-se que a sentença do juiz não revoga a lei 
inconstitucional. Ele apenas deixa de aplicá-la ao caso concreto. Por isso, a lei 
inconstitucional continua plenamente em vigor, apesar de seu vício, até ser 
revogada por outra lei. 
A suspensão da execução de leis, declaradas inconstitucionais pelo 
Judiciário é de competência privativa do Senado Federal (CF, art. 52, X). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTADO 
 
Profº Paulo César Vidigal 
 
 
1 – ORIGEM 
 Entende-se que desde o momento em que a coletividade estatal se organiza e possui 
órgãos que querem e agem por ela, o Estado passa a existir. 
 
2 – CONCEITO. 
 É uma pessoa jurídica formada por uma sociedade que vive num determinado 
território e subordinada a uma autoridade soberana. 
 
3 – ELEMENTOS ESSENCIAIS 
 São 3 (três) os elementos essenciais do Estado, são eles: 
 
Povo – é o conjunto dos nacionais. Diferente de população que compreende tanto os 
nacionais quanto os estrangeiros. 
Território – é a parte delimitada da superfície terrestre, sobre a qual vigora a ordem 
jurídica do estado. Compreende também o subsolo, o espaço aéreo, as milhas marítimas, 
assim como as sedes de embaixadas e repartições diplomáticas, os navios e aviões de 
guerra, e os navios e aviões de passageiros ou cargas quando em mar territorial ou em alto-
mar. 
Poder Soberano – é o poder que tem o governo de efetivar a sua ordem jurídica, 
sem qualquer subordinação a outra ordem. 
 
4 – FINALIDADES 
 No plano externo cabe ao Estado defender a sua independência e o seu território 
nacional 
 No plano interno cabe ao Estado manter a ordem pública, dizer os direitos e 
promover e distribuir a justiça, promovendo o bem comum para os seus integrantes. 
 
5 – FORMAS DE ESTADO 
 
5.1 – Estado Simples ou Unitário. 
 É formado por um todo indivisível e soberano perante o povo e também em relação 
aos outros estados (sentido de País ou Nação). 
 
5.2 – Estado Composto. 
 São aqueles formados por dois ou mais Estados que se unem por motivos diversos. 
 
5.2.1 – Federação. 
 É formada pela união de várias unidades territoriais (Estados-membros), que 
perdem a soberania em favor da União Federal. 
 
5.2.2 – Confederação. 
 É formada por Estados soberanos, com base em tratados internacionais, tendo como 
objetivo defender o território e assegurar a paz interior, além de outras finalidades que 
podem ser pactuadas. 
 
6 – FORMAS DE GOVERNO 
 
6.1 -CLASSIFCAÇÃO ANTIGA (ARISTÓTELES) 
 
6.1.1 – Formas Legítimas. 
 
6.1.1.1 – Monarquia – governo de um só. 
 
6.1.1.2 – Aristocracia – governo de uma classe. 
 
6.1.1.3 – Democracia – governo de todos, do povo. 
 
6.1.2 – Formas Ilegítimas. 
 
6.1.2.1 – Tirania – corrupção da monarquia. (governo sem lei). 
 
6.1.2.2 – Oligarquia – corrupção da aristocracia. (governo de uma minoria poderosa). 
 
6.1.2.3 – Demagogia – corrupção da democracia. (governo com predomínio de facções 
populares). 
 
6.2 -CLASSIFICAÇÃO MODERNA 
 
6.2.1 – Monarquia. 
 
6.2.1.1 – Absoluta – poder ilimitado do soberano (rei, imperador, monarca), 
 
6.2.1.2 – Limitada – poder limitado do soberano pela Constituição. 
 
6.2.2 – República. 
 
6.2.2.1 – Parlamentar – governo exercido por um Conselho de Ministros chefiado por um 
Primeiro-Ministro. 
 
6.2.2.2 – Presidencial – governo exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos 
Ministros escolhidos livremente por ele. 
 
6.2.2.3 – Colegiada – governo é exercido por um grupo de pessoas. 
 
7 – DEMOCRACIA 
 
 Democracia (do grego demos = povo e cratos = governo). É o governo de todos. 
 “É o governo do povo, pelo povo, e para o povo” – Abram Lincoln. 
 
 É a forma de governo em que se reconhece que o poder emana do povo e em seu 
nome é exercido. 
 
7.1 – Formas de Democracia 
 
7.1.1 – Direta 
 É aquela em que as decisões são tomadas diretamente pelos cidadãos em 
assembléias. Utilizada antigamente, atualmente nenhum Estado pode adotá-la pela 
impossibilidade de se reunir milhões de cidadãos em praça pública. 
 
7.1.2 – Indireta 
 É aquela onde o povo governa por intermédio de representantes, daí ser ela 
conhecida como democracia representativa. É o sistema comum de governo nos estados 
modernos. 
 
7.1.3 – Semidireta 
 É aquela que se aproxima da democracia direta, pois o povo, embora não se 
governando diretamente, tem o poder de intervir, às vezes, em certas decisões. Ex: 
iniciativa popular, referendum, veto popular, etc. 
 
8 – REGIMES GOVERNAMENTAIS 
 
8.1 – Presidencialismo 
 Este regime se caracteriza, em primeiro lugar, por ser um regime de separação de 
poderes (executivo, judiciário e legislativo) harmônicos e independentes. Em segundo 
lugar, por conferir a chefia do estado e do governo a um órgão unipessoal, a Presidência da 
República, certo que os chefes dos grandes departamentos da administração são meros 
auxiliares do Presente, que os escolhe e demite quando bem entende. 
 
8.2 – Parlamentarismo 
 Também é um regime de divisão de poderes (legislativo, executivo e judiciário), 
mas o executivo e legislativo são interdependentes, PIS o governo depende para manter-se 
no poder do apoio da maioria parlamentar. Em segundo lugar, o executivo tem estrutura 
dualista. O rei, ou o Presidente da República, é o chefe de Estado, com funções de 
representação, de cerimonial, enquanto o governo é exercido por um órgão coletivo, o 
Conselho de Ministros ou Gabinete, à testa do qual está um chefe, o Primeiro-Ministro, o 
verdadeiro Chefe de Governo. 
 
8.3 – Governo de Assembléia 
 Caracteriza-se pela inseparabilidade dos poderes, com exceção do Judiciário. Este é 
independente e especializado. Todavia as decisões sobre a elaboração das leis e sua 
aplicação estão concentradas nas mãos do mesmo órgão, no caso, a Assembléia. O único 
exemplo conhecido é a Suíça. 
 
 
 
 
ALGUMAS DIFERENÇAS 
 
PRESIDENCIALISMO E PARLAMENTARISMO 
 
 
PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO 
O chefe de Estado e o chefe de 
Governo confundem-se na mesma 
pessoa. 
O chefe de Estado é o presidente (ou 
rei ou imperador na monarquia) e o 
chefe de Governo é o Primeiro-
Ministro. 
O Executivo é poder completamente 
autônomo com relação ao 
Legislativo. 
O Poder Executivo depende da 
confiança do Poder Legislativo. 
A duração dos mandatos é fixa. A duração dos mandatos é flexível. 
O presidente é legitimado pela 
votação direta do povo. 
O Primeiro-Ministro é escolhido 
pelos membros do Legislativo. 
O presidente pode vetar as leis 
aprovadas pelo Legislativo. 
Após aprovadas pelo Legislativo, não 
podem as leis serem vetadas pelos 
Chefes de Estado ou de Governo. 
Os ministros são meros auxiliares doPresidente, podendo este demití-los 
sempre que achar conveniente. 
A escolha dos assessores depende da 
aprovação do Legislativo. 
O Presidente não pode em hipótese 
alguma dissolver o Legislativo. 
O Presidente ou Primeiro-Ministro 
pode dissolver o Parlamento, em 
casos de impasse. Também pode o 
Legislativo depor o Gabinete (moção 
de censura).

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