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Apostila de sociolgia e filosofia 2022

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Duarte neide

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Questões resolvidas

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia política de Maquiavel, assinale a alternativa correta.
A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com a existência de um Príncipe que age segundo a moralidade convencional e cristã.
A estabilidade do Estado resulta de ações humanas concretas que pretendem evitar a barbárie, mesmo que a realidade seja móvel e a ordem possa ser desfeita.
A história é compreendida como retilínea, portanto a ordem é resultado necessário do desenvolvimento e aprimoramento humano, sendo impossível que o caos se repita.
A ordem na política é inevitável, uma vez que o âmbito dos assuntos humanos é resultante da materialização de uma vontade superior e divina.
Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer político, de modo que a estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão.
a) A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com a existência de um Príncipe que age segundo a moralidade convencional e cristã.
b) A estabilidade do Estado resulta de ações humanas concretas que pretendem evitar a barbárie, mesmo que a realidade seja móvel e a ordem possa ser desfeita.
c) A história é compreendida como retilínea, portanto a ordem é resultado necessário do desenvolvimento e aprimoramento humano, sendo impossível que o caos se repita.
d) A ordem na política é inevitável, uma vez que o âmbito dos assuntos humanos é resultante da materialização de uma vontade superior e divina.
e) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer político, de modo que a estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a sociedade renascentista, é correto afirmar que o pensamento de Maquiavel:
restabeleceu no Mundo Moderno as formas clássicas do pensamento político, especialmente as da República romana, que garantiram os mecanismos de representação popular nas novas Repúblicas em formação na Itália e no norte da Europa.
introduziu o conceito de desordem no pensamento renascentista para explicar os processos evolutivos dos Estados e das formas de governos possíveis, baseando-se na proposição do modelo republicano romano como ideal para os Estados modernos.
recuperou os princípios romanos e, afirmando que os fins justificam os meios, forneceu para os movimentos sociais da Era Moderna uma justificativa para se rebelarem contra a tirania e a opressão, em nome de uma boa causa que legitimaria um governo autoritário de caráter popular.
inspirou-se nas formas clássicas, especialmente romanas, idealizando-as para afirmar que os conflitos entre os poderosos e o povo contribuem para a ampliação das liberdades republicanas e que os modos desses conflitos dependem dos costumes políticos dos povos.
pretendeu estabelecer o princípio republicano democrático romano como conceito básico da política moderna, afirmando que, para satisfazer suas aspirações, é legítimo que o povo se rebele e promova desordens com a finalidade de mudar o regime político e a organização da produção econômica.
a) restabeleceu no Mundo Moderno as formas clássicas do pensamento político, especialmente as da República romana, que garantiram os mecanismos de representação popular nas novas Repúblicas em formação na Itália e no norte da Europa.
b) introduziu o conceito de desordem no pensamento renascentista para explicar os processos evolutivos dos Estados e das formas de governos possíveis, baseando-se na proposição do modelo republicano romano como ideal para os Estados modernos.
c) recuperou os princípios romanos e, afirmando que os fins justificam os meios, forneceu para os movimentos sociais da Era Moderna uma justificativa para se rebelarem contra a tirania e a opressão, em nome de uma boa causa que legitimaria um governo autoritário de caráter popular.
d) inspirou-se nas formas clássicas, especialmente romanas, idealizando-as para afirmar que os conflitos entre os poderosos e o povo contribuem para a ampliação das liberdades republicanas e que os modos desses conflitos dependem dos costumes políticos dos povos.
e) pretendeu estabelecer o princípio republicano democrático romano como conceito básico da política moderna, afirmando que, para satisfazer suas aspirações, é legítimo que o povo se rebele e promova desordens com a finalidade de mudar o regime político e a organização da produção econômica.

Podemos considerar as conclusões de Maquiavel verdadeiras se levarmos em conta que:
em Roma, passou-se por um grande período de estabilidade, sem lutas pelo poder entre os cidadãos, que foi do fim da Monarquia à ascensão de Mário e Sila, na República; já em Atenas, a desconfiança em relação aos cidadãos remontava à época da tirania, e, ao eliminarem-na, os atenienses criaram a instituição do ostracismo, para punir os cidadãos que ameaçassem a nascente democracia.
em Roma, o período de instabilidade remontava à época da Monarquia, quando os reis usurparam as liberdades individuais em prol da coletividade, em uma clara divisão entre patrícios e plebeus; já em Atenas, a luta pelo poder entre cidadãos remontava à época da República, uma vez que os tiranos exerciam o poder em nome dos aristocratas, mas atraíam o apoio das massas com medidas populares.
em Roma, não houve disputas pelo poder, uma vez que a República permitia livre acesso à política, por meio das magistraturas e das Assembleias, permitindo a participação política no conjunto da sociedade; já em Atenas, a democracia era restrita a quem fosse considerado cidadão e, por isso, gerava constantes conflitos entre a ampla camada de não-cidadãos e a elite aristocrática.
em Roma, apesar de ampliar a prática da cidadania, esta era controlada pela elite patrícia e alijava do poder a camada de plebeus, a maioria na cidade; já em Atenas, apesar de excluir mulheres, crianças, escravos e estrangeiros, a democracia era exercida por todos aqueles considerados cidadãos, sem distinção censitária e com amplos poderes de decisão perante as instituições políticas da cidade.
em Roma, não havia motivo algum para temer as lutas pelo poder, pois as instituições republicanas só foram consolidadas no final da República, época em que a cidade já era invadida pelos povos denominados bárbaros; em Atenas, as lutas entre os cidadãos remontavam à época da tirania, exercida por Clístenes que, ao cercear as liberdades individuais, sofreu forte oposição dos eupátridas
a) em Roma, passou-se por um grande período de estabilidade, sem lutas pelo poder entre os cidadãos, que foi do fim da Monarquia à ascensão de Mário e Sila, na República; já em Atenas, a desconfiança em relação aos cidadãos remontava à época da tirania, e, ao eliminarem-na, os atenienses criaram a instituição do ostracismo, para punir os cidadãos que ameaçassem a nascente democracia.
b) em Roma, o período de instabilidade remontava à época da Monarquia, quando os reis usurparam as liberdades individuais em prol da coletividade, em uma clara divisão entre patrícios e plebeus; já em Atenas, a luta pelo poder entre cidadãos remontava à época da República, uma vez que os tiranos exerciam o poder em nome dos aristocratas, mas atraíam o apoio das massas com medidas populares.
c) em Roma, não houve disputas pelo poder, uma vez que a República permitia livre acesso à política, por meio das magistraturas e das Assembleias, permitindo a participação política no conjunto da sociedade; já em Atenas, a democracia era restrita a quem fosse considerado cidadão e, por isso, gerava constantes conflitos entre a ampla camada de não-cidadãos e a elite aristocrática.
d) em Roma, apesar de ampliar a prática da cidadania, esta era controlada pela elite patrícia e alijava do poder a camada de plebeus, a maioria na cidade; já em Atenas, apesar de excluir mulheres, crianças, escravos e estrangeiros, a democracia era exercida por todos aqueles considerados cidadãos, sem distinção censitária e com amplos poderes de decisão perante as instituições políticas da cidade.
e) em Roma, não havia motivo algum para temer as lutas pelo poder, pois as instituições republicanas só foram consolidadas no final da República, época em que a cidade já era invadida pelos povos denominados bárbaros; em Atenas, as lutas entre os cidadãos remontavam à época da tirania, exercida por Clístenes que, ao cercear as liberdades individuais, sofreu forte oposição dos eupátridas

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Questões resolvidas

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia política de Maquiavel, assinale a alternativa correta.
A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com a existência de um Príncipe que age segundo a moralidade convencional e cristã.
A estabilidade do Estado resulta de ações humanas concretas que pretendem evitar a barbárie, mesmo que a realidade seja móvel e a ordem possa ser desfeita.
A história é compreendida como retilínea, portanto a ordem é resultado necessário do desenvolvimento e aprimoramento humano, sendo impossível que o caos se repita.
A ordem na política é inevitável, uma vez que o âmbito dos assuntos humanos é resultante da materialização de uma vontade superior e divina.
Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer político, de modo que a estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão.
a) A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com a existência de um Príncipe que age segundo a moralidade convencional e cristã.
b) A estabilidade do Estado resulta de ações humanas concretas que pretendem evitar a barbárie, mesmo que a realidade seja móvel e a ordem possa ser desfeita.
c) A história é compreendida como retilínea, portanto a ordem é resultado necessário do desenvolvimento e aprimoramento humano, sendo impossível que o caos se repita.
d) A ordem na política é inevitável, uma vez que o âmbito dos assuntos humanos é resultante da materialização de uma vontade superior e divina.
e) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer político, de modo que a estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a sociedade renascentista, é correto afirmar que o pensamento de Maquiavel:
restabeleceu no Mundo Moderno as formas clássicas do pensamento político, especialmente as da República romana, que garantiram os mecanismos de representação popular nas novas Repúblicas em formação na Itália e no norte da Europa.
introduziu o conceito de desordem no pensamento renascentista para explicar os processos evolutivos dos Estados e das formas de governos possíveis, baseando-se na proposição do modelo republicano romano como ideal para os Estados modernos.
recuperou os princípios romanos e, afirmando que os fins justificam os meios, forneceu para os movimentos sociais da Era Moderna uma justificativa para se rebelarem contra a tirania e a opressão, em nome de uma boa causa que legitimaria um governo autoritário de caráter popular.
inspirou-se nas formas clássicas, especialmente romanas, idealizando-as para afirmar que os conflitos entre os poderosos e o povo contribuem para a ampliação das liberdades republicanas e que os modos desses conflitos dependem dos costumes políticos dos povos.
pretendeu estabelecer o princípio republicano democrático romano como conceito básico da política moderna, afirmando que, para satisfazer suas aspirações, é legítimo que o povo se rebele e promova desordens com a finalidade de mudar o regime político e a organização da produção econômica.
a) restabeleceu no Mundo Moderno as formas clássicas do pensamento político, especialmente as da República romana, que garantiram os mecanismos de representação popular nas novas Repúblicas em formação na Itália e no norte da Europa.
b) introduziu o conceito de desordem no pensamento renascentista para explicar os processos evolutivos dos Estados e das formas de governos possíveis, baseando-se na proposição do modelo republicano romano como ideal para os Estados modernos.
c) recuperou os princípios romanos e, afirmando que os fins justificam os meios, forneceu para os movimentos sociais da Era Moderna uma justificativa para se rebelarem contra a tirania e a opressão, em nome de uma boa causa que legitimaria um governo autoritário de caráter popular.
d) inspirou-se nas formas clássicas, especialmente romanas, idealizando-as para afirmar que os conflitos entre os poderosos e o povo contribuem para a ampliação das liberdades republicanas e que os modos desses conflitos dependem dos costumes políticos dos povos.
e) pretendeu estabelecer o princípio republicano democrático romano como conceito básico da política moderna, afirmando que, para satisfazer suas aspirações, é legítimo que o povo se rebele e promova desordens com a finalidade de mudar o regime político e a organização da produção econômica.

Podemos considerar as conclusões de Maquiavel verdadeiras se levarmos em conta que:
em Roma, passou-se por um grande período de estabilidade, sem lutas pelo poder entre os cidadãos, que foi do fim da Monarquia à ascensão de Mário e Sila, na República; já em Atenas, a desconfiança em relação aos cidadãos remontava à época da tirania, e, ao eliminarem-na, os atenienses criaram a instituição do ostracismo, para punir os cidadãos que ameaçassem a nascente democracia.
em Roma, o período de instabilidade remontava à época da Monarquia, quando os reis usurparam as liberdades individuais em prol da coletividade, em uma clara divisão entre patrícios e plebeus; já em Atenas, a luta pelo poder entre cidadãos remontava à época da República, uma vez que os tiranos exerciam o poder em nome dos aristocratas, mas atraíam o apoio das massas com medidas populares.
em Roma, não houve disputas pelo poder, uma vez que a República permitia livre acesso à política, por meio das magistraturas e das Assembleias, permitindo a participação política no conjunto da sociedade; já em Atenas, a democracia era restrita a quem fosse considerado cidadão e, por isso, gerava constantes conflitos entre a ampla camada de não-cidadãos e a elite aristocrática.
em Roma, apesar de ampliar a prática da cidadania, esta era controlada pela elite patrícia e alijava do poder a camada de plebeus, a maioria na cidade; já em Atenas, apesar de excluir mulheres, crianças, escravos e estrangeiros, a democracia era exercida por todos aqueles considerados cidadãos, sem distinção censitária e com amplos poderes de decisão perante as instituições políticas da cidade.
em Roma, não havia motivo algum para temer as lutas pelo poder, pois as instituições republicanas só foram consolidadas no final da República, época em que a cidade já era invadida pelos povos denominados bárbaros; em Atenas, as lutas entre os cidadãos remontavam à época da tirania, exercida por Clístenes que, ao cercear as liberdades individuais, sofreu forte oposição dos eupátridas
a) em Roma, passou-se por um grande período de estabilidade, sem lutas pelo poder entre os cidadãos, que foi do fim da Monarquia à ascensão de Mário e Sila, na República; já em Atenas, a desconfiança em relação aos cidadãos remontava à época da tirania, e, ao eliminarem-na, os atenienses criaram a instituição do ostracismo, para punir os cidadãos que ameaçassem a nascente democracia.
b) em Roma, o período de instabilidade remontava à época da Monarquia, quando os reis usurparam as liberdades individuais em prol da coletividade, em uma clara divisão entre patrícios e plebeus; já em Atenas, a luta pelo poder entre cidadãos remontava à época da República, uma vez que os tiranos exerciam o poder em nome dos aristocratas, mas atraíam o apoio das massas com medidas populares.
c) em Roma, não houve disputas pelo poder, uma vez que a República permitia livre acesso à política, por meio das magistraturas e das Assembleias, permitindo a participação política no conjunto da sociedade; já em Atenas, a democracia era restrita a quem fosse considerado cidadão e, por isso, gerava constantes conflitos entre a ampla camada de não-cidadãos e a elite aristocrática.
d) em Roma, apesar de ampliar a prática da cidadania, esta era controlada pela elite patrícia e alijava do poder a camada de plebeus, a maioria na cidade; já em Atenas, apesar de excluir mulheres, crianças, escravos e estrangeiros, a democracia era exercida por todos aqueles considerados cidadãos, sem distinção censitária e com amplos poderes de decisão perante as instituições políticas da cidade.
e) em Roma, não havia motivo algum para temer as lutas pelo poder, pois as instituições republicanas só foram consolidadas no final da República, época em que a cidade já era invadida pelos povos denominados bárbaros; em Atenas, as lutas entre os cidadãos remontavam à época da tirania, exercida por Clístenes que, ao cercear as liberdades individuais, sofreu forte oposição dos eupátridas

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Nicolau maquiavel *
1. A República de Veneza e o Ducado de Milão ao norte, o reino de Nápoles ao sul, os Estados
papais e a república de Florença no centro formavam ao final do século XV o que se pode chamar de
mosaico da Itália sujeita a constantes invasões estrangeiras e conflitos internos. Nesse cenário, o
florentino Maquiavel desenvolveu reflexões sobre como aplacar o caos e instaurar a ordem
necessária para a unificação e a regeneração da Itália. (Adaptado de: SADEK, M. T. “Nicolau
Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtú”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da
política. v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.11-24.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia política de Maquiavel, assinale a alternativa
correta.
a) A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com a existência de um Príncipe que age
segundo a moralidade convencional e cristã.
b) A estabilidade do Estado resulta de ações humanas concretas que pretendem evitar a barbárie,
mesmo que a realidade seja móvel e a ordem possa ser desfeita.
c) A história é compreendida como retilínea, portanto a ordem é resultado necessário do
desenvolvimento e aprimoramento humano, sendo impossível que o caos se repita.
d) A ordem na política é inevitável, uma vez que o âmbito dos assuntos humanos é resultante da
materialização de uma vontade superior e divina.
e) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer político, de
modo que a estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão.
2. “Mas não é uma conduta extraordinária, e por assim dizer selvagem, o correr todo o povo a
acusar o Senado em altos brados, e o Senado o povo, precipitando-se os cidadãos pelas ruas,
fechando as lojas e abandonando a cidade? A descrição apavora. Responderei, contudo, que cada
Estado deve ter costumes próprios, por meio dos quais os populares possam satisfazer sua ambição
[...]. O desejo que sentem os povos de ser livres raramente prejudica a liberdade porque nasce da
opressão ou do temor de ser oprimido. [...] Sejamos, portanto, avaros de críticas ao governo romano:
atentemos para o fato de que tudo o que de melhor produziu esta república provém de uma boa
causa. Se os tribunos devem sua origem à desordem, esta desordem merece encômios, pois o povo,
desta forma, assegurou participação no governo. E os tribunos foram os guardiões das liberdades
romanas.”
(MAQUIAVEL, Nicolau. Comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio. 3 ed., Brasília: Editora da
UNB, 1994, p. 31–32.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a sociedade renascentista, é correto afirmar que o
pensamento de Maquiavel:
a) restabeleceu no Mundo Moderno as formas clássicas do pensamento político, especialmente as
da República romana, que garantiram os mecanismos de representação popular nas novas
Repúblicas em formação na Itália e no norte da Europa.
b) introduziu o conceito de desordem no pensamento renascentista para explicar os processos
evolutivos dos Estados e das formas de governos possíveis, baseando-se na proposição do modelo
republicano romano como ideal para os Estados modernos.
c) recuperou os princípios romanos e, afirmando que os fins justificam os meios, forneceu para os
movimentos sociais da Era Moderna uma justificativa para se rebelarem contra a tirania e a
opressão, em nome de uma boa causa que legitimaria um governo autoritário de caráter popular.
d) inspirou-se nas formas clássicas, especialmente romanas, idealizando-as para afirmar que os
conflitos entre os poderosos e o povo contribuem para a ampliação das liberdades republicanas e
que os modos desses conflitos dependem dos costumes políticos dos povos.
FILOSOFIA UFPR *
e) pretendeu estabelecer o princípio republicano democrático romano como conceito básico da
política moderna, afirmando que, para satisfazer suas aspirações, é legitimo que o povo se rebele e
promova desordens com a finalidade de mudar o regime político e a organização da produção
econômica.
3.Quando se percorre a história das repúblicas, vê-se que todas elas foram ingratas com seus
concidadãos: mas há menos exemplos disto em Roma do que em Atenas, ou em qualquer outra
cidade de governo popular. Se se quiser conhecer a razão, creio que ela está em que os romanos
tinham menos motivos do que os atenienses para temer a ambição dos concidadãos.
Nicolau Maquiavel, Comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio
Podemos considerar as conclusões de Maquiavel verdadeiras se levarmos em conta que:
a) em Roma, passou-se por um grande período de estabilidade, sem lutas pelo poder entre os
cidadãos, que foi do fim da Monarquia à ascensão de Mário e Sila, na República; já em Atenas, a
desconfiança em relação aos cidadãos remontava à época da tirania, e, ao eliminarem-na, os
atenienses criaram a instituição do ostracismo, para punir os cidadãos que ameaçassem a nascente
democracia.
b) em Roma, o período de instabilidade remontava à época da Monarquia, quando os reis usurparam
as liberdades individuais em prol da coletividade, em uma clara divisão entre patrícios e plebeus; já
em Atenas, a luta pelo poder entre cidadãos remontava à época da República, uma vez que os
tiranos exerciam o poder em nome dos aristocratas, mas atraíam o apoio das massas com medidas
populares.
c) em Roma, não houve disputas pelo poder, uma vez que a República permitia livre acesso à
política, por meio das magistraturas e das Assembleias, permitindo a participação política no conjunto
da sociedade; já em Atenas, a democracia era restrita a quem fosse considerado cidadão e, por isso,
gerava constantes conflitos entre a ampla camada de não-cidadãos e a elite aristocrática.
d) em Roma, apesar de ampliar a prática da cidadania, esta era controlada pela elite patrícia e alijava
do poder a camada de plebeus, a maioria na cidade; já em Atenas, apesar de excluir mulheres,
crianças, escravos e estrangeiros, a democracia era exercida por todos aqueles considerados
cidadãos, sem distinção censitária e com amplos poderes de decisão perante as instituições políticas
da cidade.
e) em Roma, não havia motivo algum para temer as lutas pelo poder, pois as instituições
republicanas só foram consolidadas no final da República, época em que a cidade já era invadida
pelos povos denominados bárbaros; em Atenas, as lutas entre os cidadãos remontavam à época da
tirania, exercida por Clístenes que, ao cercear as liberdades individuais, sofreu forte oposição dos
eupátridas
4. Em termos filosóficos, Nicolau Maquiavel é apresentado como o descobridor da política como
categoria independente da moral teológica.
A ruptura de Maquiavel com a moralidade do cristianismo significa que:
a) a virtude (virtù) política está associada à maldade e ao uso indiscriminado da força bruta.
b) a ética ou a moral da política moderna deve ser a do mundo pagão, que se destina à realização do
bem público, antes de tudo.
c) a ação política deve estar pautada nos preceitos da razão humana, que determinam a priori o que
é bom ou mal, justo ou injusto.
d) as virtudes cristãs - a humildade, a misericórdia, a fé em Deus, o amor ao próximo - são, em si
mesmas, ruins e sem importância.
e) o elemento decisório da política não é Deus, mas sim a força incontrolável do acaso, a
eventualidade da "fortuna".
5. Analise o texto político, que apresenta uma visão muito próxima de importantes reflexões do
filósofo italiano Maquiavel, um dos primeiros a apontar que os domínios da ética e da política são
práticas distintas. “A política arruína o caráter”, disse Otto von Bismarck (1815-1898), o “chanceler de
ferro” da Alemanha, para quem mentir era dever do estadista. Os ditadores
que agora enojam o mundo ao reprimir ferozmente seus próprios povos nas praças árabes foram
colocados e mantidos no poder por nações que se enxergam como faróis da democracia e dos
direitos humanos: Estados Unidos, Inglaterra e França. Isso é condenável? Os ditadores eram a
única esperança do Ocidentede continuar tendo acesso ao petróleo árabe e de manter um mínimo
de informação sobre as organizações terroristas islâmicas. Antes de condenar, reflita sobre a frase
do mais extraordinário diplomata americano do século passado, George Kennan, morto aos 101 anos
em 2005: “As sociedades não vivem para conduzir sua política externa: seria mais exato dizer que
elas conduzem sua política externa para viver”. (Veja, 02.03.2011. Adaptado.)
A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel pode ser feita, pois o filósofo
a). considerava a ditadura o modelo mais apropriado de governo, sendo simpático à repressão militar
sobre populações civis.
b). foi um dos teóricos da democracia liberal, demonstrando-se avesso a qualquer tipo de
manifestação de autoritarismo por parte dos governantes.
c). foi um dos teóricos do socialismo científico, respaldando as ideias de Marx e Engels.
d). foi um pensador escolástico que preconizou a moralidade cristã como base da vida política.
e). refletiu sobre a política através de aspectos prioritariamente pragmáticos.
6. Certamente, a brusca mudança de direção que encontramos nas reflexões de Maquiavel, em
comparação com os humanistas anteriores, explica-se em larga medida pela nova realidade política
que se criara em Florença e na Itália, mas também pressupõe uma grande crise de valores morais
que começava a grassar. Ela não apenas constatava a divisão entre “ser” e “dever ser”, mas também
elevava essa divisão a princípio e a colocava como base da nova visão dos fatos políticos. (REALE,
G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. São Paulo: Paulinas, 1990. V. II, p. 127.)
Dentre as contribuições de Maquiavel à Filosofia Política, é correto afirmar:
a). Inaugurou a reflexão sobre a constituição do Estado ideal.
b). Estabeleceu critérios para a consolidação de um governo tirânico e despótico.
c). Consolidou a tábua de virtudes necessárias a um bom homem.
d). Fundou os procedimentos de verificação da correção das normas.
e). Rompeu o vínculo de dependência entre o poder civil e a autoridade religiosa.
7.Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por
Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações
ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para
não ignorar inteiramente o nosso livre arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade
dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N.
O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).
Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor
demonstra
a). o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao valorizar a
interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo.
b). rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.
c). afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.
d). romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.
e). redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.
8. Em seus estudos sobre o Estado, Maquiavel busca decifrar o que diz ser uma verità effettuale, a
“verdade efetiva” das coisas que permeiam
os movimentos da multifacetada história humana/política através dos tempos. Segundo ele, há certos
traços humanos comuns e imutáveis no decorrer daquela história. Afirma, por exemplo, que os
homens são “ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante os perigos, ávidos de lucro”. (Maquiavel)
Para Maquiavel:
a). A “verdade efetiva” das coisas encontra-se em plano especulativo e, portanto, no “dever-ser”.
b). Fazer política só é possível por meio de um moralismo piedoso, que redime o homem em âmbito
estatal.
c). Fortuna é poder cego, inabalável, fechado a qualquer influência, que distribui bens de forma
indiscriminada.
d). A Virtù possibilita o domínio sobre a Fortuna. Esta é atraída pela coragem do homem que possui
Virtù.
ESPINOSA
1. (UECE) Leia com atenção a seguinte passagem:
“Diz-se livre a coisa que existe exclusivamente pela necessidade de sua natureza e que por
si só é determinada a agir. E diz-se necessária, ou melhor, coagida, aquela coisa que é
determinada por outra a existir e a operar de maneira definida e determinada”.
SPINOZA, Benedictus de. Ética. Tradução e Notas de Tomaz Tadeu. Belo Horizonte:
Autêntica, 2007, parte I, definição 7, p. 13. – Texto adaptado.
Sobre a questão da liberdade divina e humana em Spinoza, considere as seguintes
afirmações:
I. Somente Deus é livre.
II. A liberdade de Deus consiste em determinar-se por si só a operar.
III. O homem é coagido, pois é determinado por outra coisa a operar de maneira definida e
determinada.
É correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) II e III apenas.
c) I e II apenas.
d) I e III apenas.
2. (UEL) Leia o texto a seguir.
Vimos, assim, que a Alma pode sofrer grandes transformações e passar ora a uma maior
perfeição, ora a uma menor, paixões estas que nos explicam as afecções de alegria e de
tristeza. Assim, por alegria, entenderei, no que vai seguir-se, a paixão pela qual a Alma
passa a uma perfeição maior; por tristeza, ao contrário, a paixão pela qual a Alma passa a
uma perfeição menor.
(ESPINOSA, B. Ética. Trad. Antonio Simões. Lisboa: Relógio D’Água, 1992. p. 279).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o problema da paixão e da afecção em
Espinosa, assinale a alternativa correta.
a) A tristeza é uma ação da alma, consistente na afecção causada por uma
paixão, por meio da qual a alma visa a própria destruição.
b) As transformações da alma, seja o aumento ou a diminuição de intensidade,
fazem coexistir paixões contrárias.
c) O aumento de perfeição, característico de afecção da alegria, vincula-se ao
esforço da alma em perceber-se com mais clareza e distinção.
d) Tristeza e alegria são denominadas paixões porque resultam da ação de
distintas dimensões da alma, responsáveis pela produção dessas afecções.
e) Se uma coisa aumenta a potência de agir do corpo, a ideia dessa mesma
coisa diminuirá a potência de pensar da nossa alma.
3. (UECE) Sobre a questão da liberdade em Spinoza, a filósofa brasileira Marilena Chauí
afirma o seguinte: “[...] o poder teológico-político é duplamente violento. Em primeiro lugar,
porque pretende roubar dos homens a origem de suas ações sociais e políticas,
colocando-as como cumprimento a mandamentos transcendentes de uma vontade divina
incompreensível ou secreta, fundamento da ‘razão de Estado’. Em segundo, porque as leis
divinas reveladas, postas como leis políticas ou civis, impedem o exercício da liberdade,
pois não regulam apenas usos e costumes, mas também a linguagem e o pensamento,
procurando dominar não só os corpos, mas também os espíritos”.
CHAUÍ, Marilena. Espinosa, uma subversão filosófica. Revista CULT, 14 de março de 2010.
Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/baruch-espinosa/.
O poder teológico-político é violento, porque
a) Submete os homens a leis supostamente transcendentes ao negar-lhes a
imanência de suas próprias ações.
b) Retira dos homens a esperança de que suas ações tenham como causa e
fim a transcendência divina.
c) Transforma a linguagem e o pensamento dos homens em formas de
libertação de corpos e espíritos.
d) Recusa aos usos e costumes o papel de fundamento transcendente das
ações políticas e leis civis dos homens.
4. Sobre o Saber Filosófico e o Estado Democrático, analise o texto a seguir:
O fim último do Estado não é a dominação; não é para reter o homem pelo temor e fazê-lo
pertencer a outro que o Estado é instituído; ao contrário, é para libertar o indivíduo do temor,
para que ele viva tanto quanto possível em segurança, isto é, conserve ao máximo seu
direito natural de existir e de agir. (...) Na realidade, portanto, o fim do Estado é a liberdade.
(COMTE-SPONVILLE, André. A Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 105.)
O autor do texto retrata a singularidade do pensamentode Baruch de Spinoza, um dos
grandes racionalistas e filósofos do século XVII. O Estado, se trilhar a ideia democrática e
funcionar bem, só tende a propiciar o valor da pessoa humana.
Com relação a esse assunto, assinale a alternativa CORRETA.
a) O filósofo Spinoza dimensiona que o Estado é a liberdade no âmbito da dominação.
b)O pensamento de Spinoza preconiza que o Estado instituído tem condição de limitar a
liberdade dos indivíduos.
c)As ideias de Spinoza sobre o Estado Democrático enfatizam que este não é inimigo da
liberdade.
d)Para Spinoza, o Estado é amigo da dominação e deve conservar o mínimo de direito
natural de existir e de agir.
e)No racionalismo de Spinoza, o Estado Democrático deve retirar os direitos inalienáveis.
5. Com relação à Filosofia Moderna, dados os itens abaixo
I. Com exceção de Espinosa e apresentando algumas variações, os filósofos modernos
consideram o conhecimento uma representação.
II. Na filosofia moderna, o método científico segue o ideal da matemática e busca ser uma
mathesis universalis.
III. Diferentemente do pensamento renascentista, que operava com a noção de
Semelhança, o pensamento moderno critica a Semelhança por conta da incapacidade que
ela tem de atingir a essência das coisas. Para eles, conhecer pelas causas implica
diferenciar as coisas e atingir suas essências invisíveis.
IV. A interioridade caracteriza a filosofia moderna e supera a subjetividade característica do
pensamento medieval.
V. A razão distingue os pensadores modernos. Alguns defendem a razão inata, como Locke
e Hume; já outros preconizam a razão advinda das sensações e experiências, como é o
caso de Pascal, Leibniz e Descartes. verifica-se que estão corretas apenas
a)I e III.
b)I, II e III.
c)I, IV e V.
d)III, IV e
e)V. II e V
6. Observe a seguinte afirmação sobre a filosofia de Espinosa (1632-1677):
“A filosofia procura explicar tanto a ordem do real como a posição do homem nessa ordem
(o que para nós é o bem e o mal) sem o recurso a nenhum mistério e nenhuma
arbitrariedade. Isso significa encontrar o porquê do real, do bem e do mal sem ter que
apelar para a opinião dos outros, à própria opinião ou mesmo à própria experiência, se elas
forem insuficientes para mostrar as razões de aceitarmos nossos julgamentos. Apenas
serão aceitos como filosóficos os julgamentos fundados na experiência suficiente para
demonstrarmos o que julgamos, na razão ou, enfim, na compreensão intelectual daquilo
que julgamos.” (VIEIRA NETO, P. Espinosa. In: MARÇAL, J. Antologia de textos filosóficos.
Curitiba: SEED-PR, p. 193 e 194).
A partir da leitura do excerto, assinale o que for correto.
I. O juízo humano é uma opinião, pois a experiência é insuficiente para conhecer a
verdade.
II. O entendimento humano dos fenômenos do mundo é impossível, pois depende da
vontade de Deus.
III. O intelecto humano tem preponderância sobre a experiência empírica, pois Espinosa
é um filósofo racionalista.
IV. O conhecimento do bem e do mal corresponde às ordenações humanas que o
entendimento descobre no mundo.
V. 16) O conhecimento sensível é suficiente para a operação racional que produz os
juízos do entendimento humano.
a)Todas estão corretas
b) I e II estão corretas
c) I, II e III estão corretas
d) I e III estão corretas
e) III e IV estão corretas
7. “muitas vezes lamentamos as nossas ações e que, freqüentemente, quando somos
dominados por afecções contrárias, vemos o melhor e fazemos o pior, nada os impediria de
crer que todas as nossas ações são livres. [...] Um homem embriagado julga também que é
por uma livre decisão da alma que conta aquilo que, mais tarde, em estado de sobriedade,
preferiria ter calado.” (ESPINOSA, B. Ética III. Trad. Joaquim de Carvalho et al. São Paulo:
Abril Cultural, 1983, p. 179).
Acerca da compreensão da liberdade para Espinosa, assinale o que for correto.
I. Espinosa se contrapõe à ideia de um ato completamente gratuito.
II. Ser livre para Espinosa é ser causa adequada de seus atos.
III. O espinosismo, assim como o historicismo, oferece-nos um meio de converter a
liberdade em necessidade inelutável.
IV. 08) O livre-arbítrio para Espinosa é o poder que temos de escolher.
V. É livre o homem que atua pela única necessidade de sua natureza.
a)Todas estão corretas
b) I e II estão corretas
c) I, II, III e V estão corretas
d) I e III estão corretas
e) III e IV estão corretas
8. “Concebei agora, se quiserdes, que a pedra, enquanto continua a mover-se, saiba e
pense que se esforça tanto quanto pode para continuar a mover-se. Seguramente, essa
pedra, visto não ser consciente senão de seu esforço e não ser indiferente, acreditará ser
livre e perseverar no movimento apenas porque quer. É essa a tal liberdade humana que
todos se jactam de possuir e que consiste apenas em que os seres humanos são cônscios
[conscientes] de seus apetites [desejos], mas ignorantes das causas que os determinam. É
assim que uma criança crê apetecer livremente o leite; um rapazinho, se irritado, querer
vingar-se, mas fugir quando intimidado.” (ESPINOSA. Carta 58. Apud SAVIAN FILHO, J.
Filosofia e filosofias. Existência e sentido. Belo Horizonte: Autêntica, 2016, p. 213).
A partir do fragmento citado e do pensamento ético de Espinosa, assinale o que for correto.
I. A passagem acima aponta a crítica de Espinosa à concepção tradicional de
livre-arbítrio.
II. A imagem da pedra, segundo o texto, sugere que o seu “querer” provém de sua
“consciência”.
III. O homem, para Espinosa, imagina-se livre porque acredita que é a origem ou o
princípio de suas ações.
IV. Para Espinosa, as paixões ou os desejos não influenciam na tomada de nossas
decisões.
V. Espinosa defende uma definição de liberdade na qual existe a possibilidade de
cooperação entre razão e paixão.
a)Todas estão corretas
b) I e II estão corretas
c) I, II, III e V estão corretas
d) I e III estão corretas
e) III e IV estão corretas
9. Segundo Maurice Merleau-Ponty, filósofo do século XX, a experiência do corpo próprio
revela-nos um modo de existência ambíguo, pois se o corpo é pensado como um conjunto
de processos em terceira pessoa, tais como “visão”, “motricidade”, “sexualidade”,
percebe-se que essas “funções” estão implicadas confusamente uma na outra, e não
podem estar ligadas entre si por relações de causalidade. (Cf. ARANHA, M. L. A.;
MARTINS, M. H. P. Filosofando. São Paulo: Moderna, 2003, p. 333). Por sua vez, Espinosa,
filósofo do século XVII, afirma que nem o corpo pode determinar a alma a pensar, nem a
alma determinar o corpo ao movimento ou ao repouso, porque o que determina a alma a
pensar é um modo do pensamento e não da extensão, quer dizer, não é um corpo, e, por
outro lado, o movimento ou repouso do corpo deve vir de outro corpo, e não pode provir da
alma, que é um modo de pensar. (Cf. ESPINOSA, B. Ética, III, proposição II. Trad. J. F.
Gomes. São Paulo: Abril, 1973, p. 185).
Com base no exposto, assinale o que for correto.
I. Para Espinosa não há relação alguma de causalidade entre alma e corpo.
II. Merleau-Ponty não aceita a ideia segundo a qual o corpo seria a soma de partes
sem interior.
III. As filosofias de Espinosa (século XVII) e de Merleau-Ponty (século XX) visam
superar a dicotomia entre alma e corpo.
IV. O corpo é, para a fenomenologia de Merleau-Ponty, parte integrante da totalidade do
ser humano: eu sou meu corpo.
V. 16) Na filosofia de Espinosa o corpo é passivo, e a alma, por sua vez, é ativa.
a)Todas estão corretas
b) I e II estão corretas
c) I, II, III e IV estão corretas
d) I e III estão corretas
e) III e IV estão corretas
MERLEAU-PONTY *
1. (Enem 2018) O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do
sentido da ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama
equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia
absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que, simultaneamente,
se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o
movimento que leva incessantemente do saberà ignorância, da ignorância ao saber, e um
certo repouso neste movimento. MERLEAU-PONTY. M. Elogio da filosofia. Lisboa:
Guimarães, 1998 (adaptado).
O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do
filósofo, que se caracteriza por
a) reunir os antagonismos das opiniões ao método dialético.
b) ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo das ideias.
c) associar a certeza do intelecto à imutabilidade da verdade.
d) conciliar o rigor da investigação à inquietude do questionamento.
e) compatibilizar as estruturas do pensamento aos princípios fundamentais.
2. TEXTO I
Os meus pensamentos são todos sensações. Penso com os olhos e com os ouvidos.E com
as mãos e os pés.E com o nariz e a boca. PESSOA, F O guardador de rebanhos - IX. In:
GALHOZ, M A (Org.) Obras poéticas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 1999 (fragmento)
TEXTO II
Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu o sei a partir de uma visão minha ou
de uma experiência do mundo sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada.
MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martine Fontes, 1990
(adaptado).
Os textos mostram-se alinhados a um entendimento acerca da ideia de conhecimento,
numa perspectiva que ampara a
a) Anterioridade da razão no domínio cognitivo.
b) confirmação da existência de saberes inatos.
c) valorização do corpo na apreensão da realidade.
d) verificabilidade de proposições no campo da lógica.
e) possibilidade de contemplação de verdades atemporais.
3. O existencialismo foi um movimento filosófico do século XX. Martin Heidegger, Jean-Paul
Sartre, Maurice Merleau Ponty escreveram e publicaram livros sobre o existencialismo.
Embora houvesse diferenças entre pensamentos e pensadores existencialistas, um
princípio filosófico lhes era comum, segundo o qual
a) o homem está no topo da vida animada, depois de ter passado por um longo processo de
transformação e de evolução.
b) o homem alcança a sabedoria quando adquire o conhecimento das leis que regem a sua
existência.
c)o prazer é o bem mais soberano do homem; os prazeres naturais e necessários à
existência devem ser favorecidos.
d) a existência precede a essência; o homem é o que ele faz de si mesmo por meio de seus
atos.
e)o homem existe porque pensa; ele é, desde o início de sua existência, um ser
caracterizado pela racionalidade.
4. No texto do filósofo francês Maurice Merleau-Ponty é estabelecida uma conexão entre
as relações sociais e a racionalidade dos indivíduos:
A sociedade humana não é uma comunidade de espíritos racionais, só se pode
compreendê-la assim nos países favorecidos, em que o equilíbrio vital e econômico foi
obtido localmente e por certo tempo.
Maurice Merleau-Ponty, Fenomenologia da percepção, p.89.
Qual sentença, se tomada como verdadeira, reforça a posição exprimida pelo filósofo no
trecho?
a) A racionalidade é uma potência espiritual que se impõe sobre as circunstâncias
históricas.
b) O equilíbrio vital e econômico é uma força irracional que se contrapõe aos espíritos
racionais.
c) Nos países favorecidos, as pessoas são naturalmente mais racionais.
d) A racionalidade das relações sociais depende da estabilidade de circunstâncias
históricas.
e) Os espíritos racionais são responsáveis pelo equilíbrio vital e econômico dos países
favorecidos.
5. “Não vivemos a princípio na consciência de nós mesmos, mas na experiência do outro.
Só sentimos que existimos depois de já ter entrado em contato com os outros, e nossa
reflexão é sempre um retorno a nós mesmos que deve muito à nossa frequentação do
outro. [...] Nosso contato conosco sempre se faz por meio de uma cultura, pelo menos por
meio de uma linguagem que recebemos de fora e que nos orienta para o conhecimento de
nós mesmos. De modo que, afinal, o puro simesmo, o espírito, sem instrumentos e sem
história, só se realiza, em liberdade de fato, por meio da linguagem e participando da vida
do mundo”. (MERLEAU-PONTY, M. “Conversas – 1948”. In FIGUEIREDO, V. Filosofia:
temas e percursos. São Paulo: Berlendiz & Vertecchia, 2013, p. 207).
A partir do texto transcrito, assinale o que for correto.
I. Para o filósofo, o conhecimento de si mesmo é mediado pelas experiências com o
outro.
II. A experiência cultural, que nos permite o autoconhecimento, é mediada pela
linguagem.
III. Para o filósofo aquelas pessoas que não sabem falar não possuem conhecimento
próprio.
IV. Para o filósofo, a cultura de um indivíduo não compreende a sua linguagem.
V. Para o filósofo, são os outros que fornecem o conhecimento que temos sobre nós
mesmos.
a)Todas estão corretas
b) I e II estão corretas
c) I, II, III e V estão corretas
d) I e III estão corretas
e) III e IV estão corretas
6. “O que é então a liberdade? Nascer é ao mesmo tempo nascer do mundo e nascer no
mundo. O mundo está já constituído, mas também não está nunca completamente
constituído. Sob o primeiro aspecto, somos solicitados, sob o segundo, somos abertos a
uma infinidade de possíveis. Mas esta análise ainda é abstrata, pois existimos sob os dois
aspectos ao mesmo tempo. Portanto, nunca há determinismo e nunca há escolha absoluta,
nunca sou coisa e nunca sou consciência nua”. (MERLEAUPONTY, M. “Fenomenologia da
Percepção” in ARANHA, M. L. Filosofar com textos: temas e história da filosofia. SP:
Moderna, 2012, p. 211). A partir do texto citado, assinale o que for correto.
I. A liberdade não significa, necessariamente, um agir totalmente livre, sem qualquer
limitação ou controle.
II. Para o filósofo, a liberdade se contrapõe ao determinismo do mundo, sendo
necessária uma ruptura com o mundo para a realização de uma existência livre.
III. O mundo, nosso campo de ação, se apresenta como uma impossibilidade para a
liberdade do indivíduo.
IV. O indivíduo, no âmbito de sua liberdade, tem que equilibrar-se entre as limitações do
mundo e as possibilidades do agir segundo sua consciência.
V. A liberdade pensada fora do mundo é tão somente uma ideia abstrata.
.
a)Todas estão corretas
b) I e II estão corretas
c) I, IV e V estão corretas
d) I e IV estão corretas
e) IV e V estão corretas
7. “Todo o universo da ciência é construído sobre o mundo vivido, e se queremos pensar a
própria ciência com rigor, apreciar exatamente seu sentido e seu alcance, precisamos
primeiramente despertar essa experiência do mundo da qual ela é a expressão segunda.
[...] As representações científicas segundo as quais eu sou um momento do mundo são
sempre ingênuas e hipócritas, porque elas subentendem, sem mencionála, essa outra
visão, aquela da consciência, pela qual antes de tudo um mundo se dispõe em torno de
mim e começa a existir para mim.” (MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da Percepção.
In: MELANI, R. Diálogo: primeiros estudos em Filosofia. São Paulo: Moderna, 2013, p. 280).
A partir do texto citado assinale o que for correto.
I. As representações científicas pressupõem dados da consciência, mas não os
explicitam por desconhecimento (ingenuidade) ou dissimulação (hipocrisia).
II. Não é a ciência que determina o ser no mundo, mas a experiência do ser no mundo
que deve determinar as explicações científicas.
III. As representações científicas, ao levarem em conta a consciência que temos do
mundo, falseiam os seus resultados.
IV. 08) As representações científicas captam apenas um momento do ser no mundo.
V. 16) As representações científicas devem se ater somente às coisas experimentadas
no mundo, e não levar em consideração os dados da consciência.
a)Todas estão corretas
b) I e II estão corretas
c) I, II, III e V estão corretas
d) I, II e III estão corretas
e) I e III estão corretas
8. “Merleau-Ponty desfaz a ideia tradicional de que, de um lado, existe o mundo dos
objetos, do corpo, da pura facticidade e, de outro, o mundo da consciência e da
subjetividade, da transcendência. O que ele pretende é compreender melhor as relações
entre a consciência e a natureza, entre o interior e o exterior. Essas relações são de
ambiguidade e sobreposição.” (ARANHA, M. L.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução
à filosofia. 4.ªed. São Paulo: Moderna, 2009, p. 241).
A partir dessa afirmação e dos conhecimentos sobre fenomenologia, assinale o que for
correto.
I. A facticidade é uma dimensão existencial que todo ser humano apresenta, isto é, é
um conjunto de determinações concretas e objetivas.
II. A fenomenologia visa superar a dicotomia segundo a qual a liberdade é pensada de
acordo com as teses do livre-arbítrio e do determinismo objetivo.
III. A subjetividade é o domínio cognitivo ou mental do ser humano.
IV. A ambiguidade de que fala a fenomenologia de Merleau-Ponty é tributária da religião
cristã.
V. A facticidade se opõe à transcendência, que é a disposição por meio da qual o ser
humano vai além de suas determinações físicas.
a)Todas estão corretas
b) I, II e V estão corretas
c) I, II, III e V estão corretas
d) I e III estão corretas
e) III e IV estão corretas
9. “Nascer é, simultaneamente, nascer do mundo e nascer para o mundo. Sob o primeiro
aspecto, o mundo já está constituído e somos solicitados por ele. Sob o segundo aspecto, o
mundo não está inteiramente constituído e estamos abertos a uma infinidade de possíveis.
Existimos, porém, sob os dois aspectos ao mesmo tempo. Não há, pois, necessidade
absoluta nem escolha absoluta, jamais sou como uma coisa e jamais uma pura consciência
[...]. Há um campo de liberdade e uma ‛liberdade condicionada’, porque tenho possibilidades
próximas e distantes [...]. A escolha de vida que fazemos tem sempre lugar sobre a base de
situações dadas e possibilidades abertas. Minha liberdade pode desviar minha vida do
sentido espontâneo que teria, mas o faz deslizando sobre este sentido, esposando-o
inicialmente para depois afastar-se dele, e não por uma criação absoluta”
(MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. In: CHAUÍ, M. Convite à filosofia.
São Paulo: Ática, 2011. 14.ª ed., p. 421).
Conforme a citação acima, é correto afirmar que a liberdade
I. identifica-se com o determinismo.
II. depende de um campo de possibilidades concretas.
III. é uma faculdade redentora, antinômica ao mundo físico.
IV. é uma utopia do espírito humano.
V. é absoluta e incorruptível.
a)Todas estão corretas
b) II apenas
c) I, II, III e IV estão corretas
d) III apenas
e) III e IV estão corretas
10. “É impossível sobrepor, no homem, uma primeira camada de comportamentos que
chamaríamos naturais e um mundo cultural ou espiritual fabricado. No homem, tudo é
natural e tudo é fabricado, como se quiser, no sentido em que não há uma só palavra, uma
só conduta que não deva algo ao ser simplesmente biológico e que ao mesmo tempo não
se furte à simplicidade da vida animal.” (MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da
percepção. In: ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 4.ª
ed. São Paulo: Moderna, 2009, p. 53).
Com base na citação e nos seus conhecimentos sobre fenomenologia, assinale o que for
correto.
I. Merleau-Ponty critica as teses do fisiologismo mecanicista, segundo o qual o homem
pode ser explicado a partir da causalidade da matéria.
II. A fenomenologia de Merleau-Ponty se contrapõe ao dualismo entre espírito e
natureza.
III. Aliado a Jean-Jacques Rousseau, Merleau-Ponty considera o estado de natureza,
segundo o qual o homem é espontaneamente bom e a sociedade o corrompe.
IV. Merleau-Ponty critica as teses do intelectualismo racionalista, segundo o qual o
homem é um conceito abstrato idealista.
V. 16) Merleau-Ponty confunde homem e máquina.
a) Todas estão corretas
b) I e II estão corretas
c) I, II, III e V estão corretas
d) I, II e IV estão corretas
e) III e IV estão corretas
11. Um dos principais problemas de nosso tempo diz respeito à linguagem: seus limites,
suas vinculações, em suma, sua capacidade de traduzir em signos as coisas. A esse
respeito, o filósofo francês Merleau-Ponty afirma: “A palavra, longe de ser um simples
signo dos objetos e das significações, habita as coisas e veicula significações. Naquele que
fala, a palavra não traduz um pensamento já feito, mas o realiza. E aquele que escuta
recebe, pela palavra, o próprio pensamento” (In: CHAUI, M. Convite à filosofia. São Paulo:
Ática, 2011, p. 196).
A partir do trecho citado, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
I. A palavra torna real um pensamento por meio da fala, conferindo-lhe existência.
II. A palavra não consegue expressar a totalidade do objeto enunciado.
III. A palavra, ouvida ou escrita, é o pensamento manifesto em sua realidade.
IV. A palavra faz uma mediação entre as coisas e o pensamento.
V. A palavra vincula-se intimamente aos objetos reais, pois é parte do ser desse objeto.
a)Todas estão corretas
b) I e V estão corretas
c) I, III e V estão corretas
d) I e III estão corretas
e) III e IV estão corretas
12. “O pensamento moderno, não por objeção frontal, mas pelo desenvolvimento do próprio
saber, leva a uma revisão das categorias clássicas, a uma reforma da ontologia clássica do
sujeito e do objeto. O núcleo desse desenvolvimento – que deve levar, por sua vez, a uma
nova filosofia – consiste na descoberta de que a situação, seja do ‛objeto’, seja do ‛sujeito’,
não é mais passível de exclusão da trama do conhecimento. Dito de outra forma: o objeto
‛verdadeiro’, aquele de que a ciência trata, não é mais aquele objeto absoluto de que
falavam os clássicos, mas se torna, intrinsecamente, relativo. Em suma, não há mais um
objeto puro, em si, um objeto tal como o próprio Deus (isto é, um observador absoluto) o
veria. Também não há mais esse sujeito absoluto, aquele que começava por afastar toda
manifestação sensível, isto é, que começava por afastar, correlativamente, seu próprio
corpo para colocar-se como puro espírito.” (MOUTINHO, L. D. Merleau-Ponty: entre o
corpo e a alma. In: Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEEDPR, 2009, p. 494.)
Sobre a nova filosofia de que fala o texto, assinale o que for correto
I. A fenomenologia critica as distinções clássicas, tais como alma e corpo, sujeito e
objeto, matéria e espírito, coisa e representação.
II. O ponto de vista de Deus não é mais possível, nem necessário, para a renovação da
filosofia.
III. O positivismo é esta filosofia nova, pois revoga a ontologia clássica.
IV. Merleau-Ponty privilegia o corpo, pois, através dele, o homem constitui-se de uma
consciência fática ou concreta.
V. A situação do objeto e do sujeito é relativa, pois a fenomenologia é o retorno à
isegoria dos gregos e ao “meio termo” de Aristóteles.
a)Todas estão corretas
b) I, II e IV estão corretas
c) I, II, III e V estão corretas
d) I e II estão corretas
e) III e IV estão corretas
13. Iniciando o estudo da percepção, encontramos na linguagem a noção de sensação, que
parece imediata e clara: eu sinto o vermelho, o azul, o quente, o frio. (...) A sensação pura
será a experiência de um "choque" indiferenciado, instantâneo e pontual. Não é necessário
mostrar, já que os autores concordam com isso, que essa noção não corresponde a nada
de que tenhamos experiência, que as mais simples percepções de fato que conhecemos,
em animais como o macaco e a galinha, versam sobre relações e não sobre termos
absolutos.
Maurice Merleau-Ponty
O trecho acima resume as linhas gerais da análise que o fenomenólogo Merlau-Ponty faz
da percepção e, mais especificamente, da noção de "sensação", cara à filosofia moderna. A
partir dele é correto inferir que:
a) Merleau-Ponty retoma integralmente a noção moderna de sensação adaptando-a
sutilmente ao quadro conceitual da fenomenologia.
b) Merleau-Ponty nega a noção moderna de sensação, pois, para ele, não há
percepção "pura" e toda a percepção inclui a apreensão de relações.
c) Para Merleau-Ponty a noção de sensação dos modernos é apenas um erro de
linguagem sem maiores conseqüências.
d) Para Merleau-Ponty a percepção tem início com impressões sensíveis puras,
desconectadas e sem relações umas com as outras
e) Para Merleau-Ponty nossas sensações são dadas isoladamente à percepção e as
relações entre elas são estabelecidas a posteriori pela imaginação e pela fantasia.
GEORGE BERKELEY *
1.
Considere estas afirmações:
I.Uma ideia não pode ser causa de outra ideia.
II. As idéias dos sentidos independem da vontade de quem as percebe.
III. Toda ideia deve ter uma causa.
IV. A mente pode ser ativa e passiva.
Considerando-se a doutrina de Berkeley, estão pressupostas nesse raciocínio, dentre as
afirmações acima, apenas
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) III e IV.
e) I e IV.
2. “Na introdução ao Princípios, Berkeley lamenta: como garantir a credibilidade da filosofia
se, ao invés de responder a esta demanda por fundamentos e satisfazer nossos anseios de
paz de espírito, ela nos inunda com uma multiplicidade de teorias que geram disputas e
dúvidas sem fim? Depois de fazer levantar uma espessa poeira de palavras, a própria
filosofia reclama por não conseguir mais ver com clareza aquilo que aparece claro e sem
problemas ao homem comum...” (SKROCK, E. George Berkeley e a terra incógnita da
filosofia. In: MARÇAL, J. (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009, p.
103).
A partir do exposto, é correto afirmar que a filosofia
I. identifica-se com o senso comum.
II. propõe questões insolúveis.
III. debate teorias diferentes entre si.
IV. proporciona a paz de espírito.
V. estabelece verdades absolutas
a)Todas estão corretas
b) II e III estão corretas
c) I, II, III e V estão corretas
d) I e II estão corretas
e) II e IV estão corretas
3. Berkeley está persuadido de juntar-se à certeza dos homens ao declarar que a palavra
"ser" tem dois sentidos diferentes e dois sentidos apenas: o de "perceber" e o de "ser
percebido". Dizer que um espírito existe é dizer que ele percebe (e também, acrescenta
Berkeley, que ele quer e age). Dizer que uma coisa existe é dizer que ela é percebida. A
idéia metafísica de um ser material situado por trás do objeto e, por essa razão, inacessível
deve, portanto, ser rejeitada inteiramente.
Ferdinand Alquié
Segundo o texto de Alquié, é correto afirmar:
a) A ontologia de Berkeley o leva ao ceticismo, já que nega a existência da matéria e a
validade das idéias gerais e abstratas.
b) As duas definições propostas por Berkeley implicam a recusa da noção metafísica
de matéria e da filosofia da representação.
c) Para Berkeley, todo espírito percebe alguma coisa e, portanto, é forçoso admitir a
existência da matéria.
d) Berkeley concede um estatuto problemático à existência dos objetos da percepção,
pois, para ele, o referente de nossas percepções é sempre indeterminável.
e) A ontologia de Berkeley o inscreve na filosofia da representação, pois nossas
percepções devem sempre corresponder a algo existente fora da mente
4. Considerando o diálogo entre Hilas e Filonous apresentado na obra de Berkeley, é
CORRETO afirmar que
a) o senso comum admite que existe substância material no mundo.
b) o senso comum abandona a idéia da existência da substância material.
c) os princípios e os teoremas são dependentes da matéria.
d) a negação da matéria implica a negação dos princípios e dos teoremas.
5. Considere o diálogo abaixo, da obra de Berkeley.
Hilas: Não neguei que nos corpos haja calor real. Digo tão-somente que nada existe que
seja um calor real intenso.
Filonous: É certo; mas é que não considerei naquele instante o fundamento que há para
distinguir entre eles, e que agora enxergo com a clareza máxima. E digo o seguinte: o calor
intenso não é outra coisa senão modo particular de sensação dolorosa; e como seja que a
dor só poderá oferecer-se em um ser capaz de percepções, cumpre concluir que um calor
intenso não pode nunca realmente dar-se numa substância corpórea que não percepciona.
Com base nesse diálogo, analise as afirmações a seguir:
I. a dor só existe se for percepcionada.
II. todo grau de calor que for doloroso ou indolor só existe na mente.
III. os corpos externos são incapazes de qualquer calor.
IV. o calor reside nos corpos externos.
V. o calor reside nos corpos externos e internos.
De acordo com essa análise, estão CORRETAS as afirmações
a) II, III, IV
b) III, IV, V
c) I, IV, V
d) I, II, III
6. De acordo com o pensamento de Berkeley, é CORRETO afirmar que
a) os objetos materiais são percepcionáveis em si.
b) nada é percepcionável senão as idéias.
c) as coisas materiais são em si mesmas sensíveis.
d) as idéias são impercepcionáveis.
7. Considerando a obra de Berkeley, são verdadeiras as afirmações abaixo, EXCETO
a) a extensão absoluta é abstraída de figuras e grandeza particulares.
b) a lentidão e rapidez do movimento são relativas à sucessão das idéias na nossa mente.
c) as imagens dos sentidos são involuntárias e “as idéias” da imaginação são voluntárias e
criadas por nós.
d) a extensão absoluta e a extensão sensível são inerentes às próprias substâncias a que
se reportam.
DJAMILA RIBEIRO *
1. Leia o texto a seguir para responder à questão.
Racismo no Brasil: todo mundo sabe que existe, mas ninguém acha que é racista,
diz Djamila Ribeiro
Em entrevista à BBC News Brasil, a autora do Pequeno Manual Antirracista diz o que deve
ser feito por quem quer combater o racismo e sobre o papel dos pais na educação
antirracista de seus filhos. Segundo a escritora: "Não basta só reconhecer o privilégio,
precisa ter ação antirracista de fato. Ir a manifestações é uma delas, apoiar projetos
importantes que visem à melhoria de vida das populações negras é importante, ler
intelectuais negros, colocar na bibliografia. Quem a gente convida para entrevistar? Quem
são as pessoas que a gente visibiliza?"
Djamila Ribeiro é mestre em filosofia política pela Unifesp e uma das vozes mais influentes
do movimento pelos direitos das mulheres negras no Brasil. Ela está na lista da BBC de 100
mulheres mais influentes e inspiradoras do mundo.
Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/brasil (Adaptado)
A fala da escritora Djamila Marques, citada no texto, é encerrada com duas interrogativas
que corroboram seu argumento contra o racismo.
As interrogativas retóricas, em relação ao argumento, produzem no texto, um sentido de
a) retificação, ao denunciar a presença de personalidades negras em programas de
entrevista.
b) ratificação, ao retratar, equanimemente, o acesso de brancos e de negros nos meios
de comunicação.
c) negação, ao destacar a ausência de uma postura racista em eventos de maior
visibilidade social.
d) indefinição, ao sugerir, de modo vago, os indivíduos sociais ausentes na mídia
brasileira.
e) reiteração, ao chamar a atenção para a invisibilidade de pessoas negras na
sociedade
3. Sociologia em movimento
1. “Discursos sobre o sexo não se multiplicaram fora do poder ou contra ele, porém, lá onde ele se
exercia e como meio para seu exercício: criaram-se em todo canto incitações a falar; em toda parte,
dispositivos para ouvir e registrar procedimentos para observar, interrogar e formular.
Desenfurnam-no e obrigam-no a uma existência discursiva”. Trecho de História da Sexualidade, Vol. I
– A Vontade de Saber” in Sociologia em Movimento (p. 503).
Tendo como referência os estudos sobre sexualidade em “A Vontade de Saber”, no qual o autor se
propõe a analisar os discursos de verdade em torno da sexualidade, é CORRETO afirmar sobre essa
obra que:
a) o objetivo principal da obra foi fazer uma história das condutas, comportamentos e práticas
sexuais das sociedades ocidentais.
b) o tema principal do livro são os problemas de censura e de liberdade sexual nas sociedades
ocidentais.
c) em “A Vontade de Saber”, o discurso sobre repressão sexual moderna é criticado por ocultar a
proliferação de discursos a respeito da sexualidade.
d) Foucault demonstra que os discursos sobre a sexualidade apenas descrevem a natureza
reprodutiva humana e não se articulam com quaisquer relações de poder.
e) em “A Vontade de Saber”, o autor defende a existência de uma verdade sobre o sexo que está
escondida nos discursos sobre sexualidade
2.Selecione as afirmativas que indicam o contexto histórico, social e filosófico que possibilitou a
gênese da Sociologia.
I – A Sociologia é um produto das revoluções francesa e industrial e foi uma resposta às novas
situações colocadas por estas revoluções.II – Com o desenvolvimento do industrialismo, o sistema social passou da produção de guerra para a
produção das coisas úteis, através da organização da ciência e das artes.
III – O pensamento filosófico dos séculos XVII e XVIII contribuiu para popularizar os avanços
científicos, sendo a Teologia a forma norteadora desse pensamento.
IV – A formação de uma sociedade, que se industrializava e se urbanizava em ritmo crescente,
propiciou o fortalecimento da servidão e da família patriarcal.
Assinale a alternativa correta:
a) III e IV.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I e II.
e) Todas as alternativas estão corretas.
3. Leia o fragmento abaixo. “[...] Se a supressão do nexo colonial não se refletiu na condição de
escravo nem afetou a natureza da escravidão mercantil, ela alterou a situação econômica do senhor
que deixou de sofrer o peso da ‘espoliação colonial‘ e passou a contar, por conseguinte, com todas
as vantagens da ‘espoliação escravista‘ que não fossem absorvidas diretamente pelos mecanismos
secularizados do comércio internacional”. Fonte: FERNANDES, Florestan. Circuito Fechado: quatro
ensaios sobre o “poder institucional”. São Paulo: Globo, 2010.
Baseando-se no fragmento de Florestan Fernandes, pode-se afirmar que a independência do Brasil
a) dificultou o fortalecimento da economia nacional.
b) fortaleceu o setor econômico escravista nacional.
c) extinguiu o tráfico de pessoas escravizadas ao país.
d) rompeu com a estrutura econômica baseada na escravidão.
e) aumentou a dependência brasileira aos interesses portugueses
SOCIOLOGIA UFPR
4.Tempos modernos *
1. Punks, patricinhas, emos, metaleiros, surfistas, straight edges e tantas outras tribos, comunidades
ou movimentos que circulam pelas ruas das grandes cidades brasileiras nos ajudam a refletir sobre o
dilema que George Simmel já havia apontado como característico da modernidade: ser único ou
pertencer a um grupo, querer ser reconhecido como indivíduo e também como parte de um todo
maior. As tribos prometem, de certo modo, singularização e pertencimento: cada membro é diferente
dos que não fazem parte de seu grupo e ao mesmo tempo é igual aos outros membros da tribo. A
sociabilidade urbana, marcada pelo anonimato, possibilita que as pessoas se reinventem, se recriem,
se reorganizem e socializem da forma que escolherem. Bem-comportadas ou rebeldes, as tribos
ostentam padrões estéticos que se opõem às tendências mais amplas da sociedade. Isso transforma
os indivíduos identificados em cada uma delas em consumidores de produtos que os singularizam
como membros de uma comunidade particular. Existe, portanto, uma intenção que parte dos adeptos
das tribos. Por outro lado, aqueles que não se identificam com uma tribo urbana ou não aceitam os
padrões propostos por ela podem rotular, estigmatizar seus integrantes e até alimentar uma dinâmica
de discriminação e preconceito contra eles.
(BOMENY. Helena, et al. Tempos Modernos, tempos de sociologia: Ensino Médio. São Paulo: Editora
do Brasil, 2013. p. 271).
Partindo-se da análise do texto transcrito acima, assinale a alternativa CORRETA.
a) As tribos urbanas reproduzem os padrões tradicionais de comportamento da sociedade brasileira.
b) Não existe relação entre intenção e participação dos adeptos das tribos em se tornarem membros
dessas tribos.
c) Pertencer a uma tribo urbana é correr o risco de sofrer preconceitos e ser discriminado por
pessoas que não fazem parte da tribo.
d) A sociedade urbana não possibilita condições de mudança e faz com que as pessoas adotem
padrões de comportamento tidos como tradicionais.
e) A sociedade brasileira aceita de forma pacífica e considera normais os comportamentos dos
membros de todas as tribos urbanas.
2. “Três grandes dimensões fundamentam o vínculo social. Primeiro, a complementaridade e a troca:
a divisão do trabalho social cria diferenças com base na complementaridade, o que permite aumentar
as trocas. Em segundo lugar, o sentimento de pertença à humanidade que nos leva a reforçar nossos
vínculos com os outros seres humanos: força da linhagem, do vínculo sexual e familiar; afirmação de
um destino comum da humanidade por grandes sistemas religiosos e metafísicos. Por fim, o fato de
viver junto, de partilhar uma mesma cotidianeidade; a proximidade surge então como produtora do
vínculo social e o camponês sedentário como o ser social por excelência.” (BOURDIN, Alain. A
questão local. Rio de Janeiro: DP&A, 2001 p. 28.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:
a) A divisão do trabalho social na sociedade contemporânea desagrega os vínculos sociais.
b) Os sistemas religiosos e metafísicos são fatores de isolamento social, por resultarem de criações
subjetivas dos indivíduos.
c) O cotidiano das pequenas cidades e do mundo campesino favorece a criação de vínculos sociais.
d) Pela ausência da cotidianeidade, as grandes metrópoles deixaram de ser lugares de
complementaridade e de trocas.
e) O forte sentimento de pertencer à humanidade desmantela a noção de comunidade e minimiza o
papel da afetividade nas relações sociais.
3. Leia o texto a seguir: Enquanto resposta intelectual à “crise social” de seu tempo, os primeiros
sociólogos irão revalorizar determinadas instituições que, segundo eles, desempenham papéis
fundamentais na integração e na coesão da vida social. A jovem ciência assumia como tarefa
intelectual repensar o problema da ordem social, enfatizando a importância de instituições como a
autoridade, a família, a hierarquia social e destacando a sua importância teórica para o estudo da
sociedade. MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. São Paulo: Brasiliense, 2006, p. 30.
Com base nele, o surgimento da Sociologia foi motivado pelas transformações das relações sociais
ocorridas na sociedade europeia, nos séculos XVIII e XIX, contribuindo para
a) o aumento da desorganização social estabelecida pela Revolução Industrial.
b) a organização de vários movimentos sociais controlados por pensadores como Saint-Simon e
Comte.
c) a elaboração de um conceito de sociologia incluindo os fenômenos mentais como tema de reflexão
e investigação.
d) a criação da corrente positivista, que propôs uma transformação da sociedade com base na
reforma intelectual plena do ser humano. e) o surgimento de uma “física social” preocupada com a
construção de uma teoria social, separada das ideias de ordem e desenvolvimento como chave para
o conhecimento da realidade.
I. Suas concepções podem assim mesmo ser consideradas conservadoras por enfatizar a
harmonia das relações entre as etnias constitutivas da sociedade brasileiras, sobretudo
entre brancos e negros.
II.Freyre faz, no livro citado acima, um elogio à colonização portuguesa no Brasil. Decorrem
desse fato as críticas que recebe por parte daqueles que vêm justamente no tipo de
colonização que tivemos a origem do atraso nacional.
III. Adotando pontos de vista e procedimentos muito distintos em relação aos de Freyre,
Florestan Fernandes foi um dos autores que, na busca de explicações para
aspectos da sociedade brasileira, enfatizou muito mais as mudanças sociais do que
equilíbrio.
IV. O principal ponto de convergência entre Freyre e Florestan é que com a progressiva
industrialização da sociedade brasileira os negros não ocupam, necessariamente, um lugar
marginal.
a) Todas as afirmativas estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
d) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
e) Apenas a afirmativa I está correta.
2)(Unioeste 2009) Desde o surgimento das Ciências Sociais (antropologia, política e
sociologia) no Brasil, autores como: Gilberto Freyre (Casa Grande & Senzala), Sérgio
Buarque de Holanda (Raízes do Brasil), Florestan Fernandes (A organização social
dos Tupinambá), Darcy Ribeiro (O povo brasileiro), e vários outros, pensaram e
estudaram o Brasil e o ser brasileiro. Os principais temas abordados até os anos 1960
nestes estudos foram:
I. Mundo rural brasileiro e transformação do rural para urbanoII. Povos indígenas; população negra
III. Movimentos sociais e partidos políticos
IV. Migração; identidade nacional e religião
V. Participação popular e organizações não governamentais.
Assinale a alternativa que contém todas as alternativas corretas.
a) I, II e III.
b) IV e V.
c) I, II e IV.
d) I, II, III e IV.
e) III e V.
Sociologia: Autores brasileiros 
1)(Unioeste 2010) Observando o parágrafo abaixo e as afirmações que se seguem, 
seria correto dizer que Em Casa Grande & Senzala Gilberto Freyre refuta as teses que 
atribuem o “atraso” da sociedade brasileira à miscigenação, o que é por muitos 
considerado um ponto de vista inovador.
3)(Uel) Analise a tabela a seguir:
(IPEA, 2001. OLIVEIRA, L. F.; COSTA, R. R. Sociologia para jovens do século XXI. Rio
de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2007. p. 144.)
Os dados sobre a pobreza e a indigência segundo a cor ilustram os argumentos dos
estudos
a) de Gilberto Freyre sobre a natural integração dos negros na sociedade brasileira,
que desenvolveu a democracia racial.
b) de Caio Prado Junior sobre a formação igualitária da sociedade brasileira, que
desenvolveu o liberalismo racial.
c) de Sérgio Buarque de Holanda sobre a cordialidade entre as raças que formam a
nação brasileira: os negros, os índios e os brancos.
d) de Euclides da Cunha sobre a passividade do povo brasileiro, ordeiro e disciplinado,
que desenvolveu a igualdade de oportunidades para todas as raças.
e) de Florestan Fernandes sobre a não integração dos negros no mercado de trabalho
cem anos após a abolição da escravidão.
4)(Uel) “A falta de coesão em nossa vida social não representa, assim, um fenômeno
moderno. E é por isso que erram profundamente aqueles que imaginam na volta à
tradição, a certa tradição, a única defesa possível contra nossa desordem. Os
mandamentos e as ordenações que elaboraram esses eruditos são, em verdade,
criações engenhosas de espírito, destacadas do mundo e contrárias a ele. Nossa
anarquia, nossa incapacidade de organização sólida não representam, a seu ver, mais
do que uma ausência da única ordem que lhes parece necessária e eficaz. Se a
considerarmos bem, a hierarquia que exaltam é que precisa de tal anarquia para se
justificar e ganhar prestígio”.
(HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
p. 33.)
Caio Prado Junior, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda são intelectuais da
chamada “Geração de 30”, primeiro momento da sociologia no Brasil como atividade
autônoma, voltada para o conhecimento sistemático e metódico da sociedade. Sobre
as preocupações características dessa geração, considere as afirmativas a seguir.
I.Critica o processo de modernização e defende a preservação das raízes rurais como o
caminho mais desejável para a ordem e o progresso da sociedade brasileira.
II. Promove a desmistificação da retórica liberal vigente e a denúncia da visão hierárquica e
autoritária das elites brasileiras.
III. Exalta a produção intelectual erudita e escolástica dos bacharéis como instrumento de
transformação social.
IV. Faz a defesa do cientificismo como instrumento de compreensão e explicação da
sociedade brasileira.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
5) (Unioeste 2009) Em Casa Grande & Senzala, primeira obra da trilogia em que
Gilberto Freyre analisa a formação da família patriarcal brasileira, não é possível
observar
a) o elogio da colonização portuguesa no Brasil.
b) a defesa da ideia de que a interação entre os grupos étnicos teria ocorrido em
relativa harmonia, a despeito das relações de poder.
c) a presença da influência culturalista de uma perspectiva que valoriza traços e
práticas culturais dos diferentes grupos que constituem o povo brasileiro.
d) a noção de que a origem do “atraso” da sociedade brasileira seria a mestiçagem.
e) a ideia de que os altos “índices” de miscigenação observados na sociedade
brasileira estariam associados à capacidade de adaptação do empreendedor
português, quando comparado a outros povos colonizadores.
6)(Unioeste 2013) O antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro, em sua obra O Povo
Brasileiro, afirma: “Nós, brasileiros, somos um povo sem ser, impedido de sê-lo. Um
povo mestiço na carne e no espírito, já que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou
pecado. Nela, fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo. Essa massa de nativos
oriundos da mestiçagem viveu por séculos sem consciência de si, afundada na
ninguendade Assim foi até se definir como uma nova identidade étnico-nacional, a de
brasileiros.”
RIBEIRO, D. O Povo Brasileiro. 1995, p.453.
Partindo da análise do texto transcrito acima, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A identidade nacional brasileira nasceu do encontro e mestiçagem entre diversos
grupos étnicos.
b) A miscigenação do povo brasileiro se deu fisicamente e principalmente no seu modo
de ser e agir.
c) A mestiçagem no Brasil foi um erro histórico e um obstáculo para a construção de
uma identidade nacional.
d) As identidades não são coisas com as quais nascemos, são formadas e
transformadas no interior das representações coletivas.
e) O homem é o resultado do meio cultural em que foi socializado, é herdeiro de um
longo processo acumulativo, que reflete o conhecimento e as experiências
adquiridas pelas numerosas gerações que o antecederam.
7)(Unioeste 2010) Tendo por base o texto abaixo, do antropologo brasileiro Darcy
Ribeiro, assinale o(s) item(s) que melhor corresponde(m) as suas ideias.
“Nessa confluência, que se dá sob a regência dos portugueses, matrizes raciais díspares,
tradições culturais distintas, formações sociais defasadas se enfrentam e se fundem para
dar lugar a um povo novo (...), num novo modelo de estruturação societária. Novo porque
surge como uma etnia nacional, diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras,
fortemente mestiçada, dinamizada por uma cultura sincrética e singularizada pela
redefinição de traços culturais dela oriundos. Também novo porque se vê a si mesmo e é
visto como uma gente nova, um novo gênero humano diferente de quantos existem (...)”
“A confluência de tantas e tão variadas matrizes formadoras poderia ter resultado numa
sociedade multiétnica, dilacerada pela oposição de componentes diferenciados e imiscíveis.
Ocorreu justamente o contrário, uma vez que, apesar de sobreviverem na fisionomia
somática e no espírito dos brasileiros os signos de sua múltipla ancestralidade, não se
diferenciaram em antagônicas minorias raciais, culturais ou regionais, vinculadas a
lealdades étnicas próprias e disputantes de autonomia frente à nação”
(RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, 19-20 [1995]).
I. O Brasil é um país fundamentalmente multicultural, evidenciando-se no cotidiano o
antagonismo entre os diferentes povos que migraram para cá e os povos nativos.
II. O povo brasileiro na realidade é uma ficção, pois sob a aparência de um apaziguamento
de etnias e culturas diferentes, o que se tem são etnias minoritárias em luta para
sobreviverem.
III. A teoria da miscigenação, que o autor compõe, expressa que, apesar dos vários e
acentuados embates que as diferentes etnias experimentaram, surgiu uma nova realidade
cultural, na qual as culturas e povos foram misturados de forma única e inseparável,
originando os atuais brasileiros.
IV. Quaisquer das práticas de distinção entre os brasileiros, seja por “raça”, “regionalismo”,
“origem”, bem como práticas como ações afirmativas para grupos étnicos minoritários,
corresponderiam às características próprias do modo de ser do povo brasileiro.
V. O povo brasileiro, em seus tipos regionais, expressaria modos de ser que têm suas
raízes no encontro de índios, negros e brancos, e, posteriormente, nas novas etnias
migrantes, sem contudo perder a sua unidade e especificidade ou deixar de ser uma única
gente.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas III e V estãocorretas.
d) Apenas a afirmativa IV está correta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
8)(Unioeste 2017) As sociedades humanas podem ser compreendidas com base no
exame de suas representações coletivas, suas categorias de classificação que podem
ser percebidas nas maneiras de se comportar dos seus membros, nos hábitos mais
comuns do seu cotidiano, nas suas expressões e valorações presentes na linguagem.
No Brasil, vários pensadores sociais tentaram interpretar a sociedade brasileira.
Sobre os intérpretes do Brasil, entre eles Euclides da Cunha, Sérgio Buarque de
Holanda, Roberto Da Matta, Gilberto Freyre e Raymundo Faoro, é INCORRETO
afirmar.
a) Para Euclides da Cunha, é possível entender o Brasil a partir das categorias de
litoral e de sertão. As organizações sociais do tipo que se encontrava no litoral
limitavam-se a copiar as formas europeias, destinando o País à submissão
permanente. Por outro lado, Euclides afirma que uma nação efetivamente brasileira
e capaz de realizar um projeto nacional autônomo teria que originar-se na população
sertaneja. Em seu trabalho, o autor destaca o sertanejo como o personagem
histórico capaz de impulsionar a formação da nação autônoma.
b) Para Sérgio Buarque de Holanda, o Brasil pode ser compreendido a partir do estudo
das suas raízes socioculturais. Ele constrói um panorama histórico de nossa
estrutura política, econômica e social influenciada pelo modelo português. O Brasil
de Sérgio Buarque de Holanda é um território de desterro do europeu que aqui se
constitui enquanto homem cordial e organiza-se pelo personalismo, patriarcalismo e
autoritarismo, porém que precisa se tornar uma democracia.
c) Para Roberto Da Matta, os vários paradoxos e tensões que constituem nossa
maneira de ser são um caminho possível para entender o Brasil. Tais paradoxos e
tensões podem ser vistos no fato do brasileiro acreditar ser importante respeitar a
lei, por outro lado, esse mesmo brasileiro acha lícito recorrer ao famoso “jeitinho”.
d) Para Gilberto Freire, o Brasil pode ser compreendido a partir de uma interpretação
histórica da realidade econômica e, em especial, do seu subdesenvolvimento,
entendidos como fruto de relações internacionais.
e) Para Raymundo Faoro, o Brasil pode ser compreendido a partir da formação do
patronato político e do patrimonialismo do Estado brasileiro, levando-se em
consideração as características da colonização portuguesa.
9)(Uema 2016) A incivilidade gourmet
(...) Em entrevista à Folha de S. Paulo, o sociólogo espanhol Manuel Castells chegou
a tempo de enfiar o dedo nas escancaradas escaras da sociedade brasileira. (...) “A
imagem mítica do brasileiro simpático só existe no samba.
Na relação entre pessoas, sempre foi violento. A sociedade brasileira não é simpática,
é uma sociedade que se mata”. Continua a matéria, “para os leitores de Sergio
Buarque de Holanda, o sociólogo espanhol apenas redescobre as raízes da
sociedade brasileira plantadas nos terraços da escravidão, entre a casa-grande e
suas senzalas.
(...) Sob a capa do afeto, o cordialismo esconde as crueldades da discriminação e da
desigualdade.”
BELLUZZO, Luiz Gonzaga. A incivilidade gourmet. Carta Capital, Ano XXI, Nº 854.
A matéria retratada aponta como ilusória a ideia de que o brasileiro teria como
característica a cordialidade, sendo, ao contrário, preconceituoso e agressivo. As
frases expressivas da arrogância discriminativa presente no cotidiano da sociedade
brasileira estão indicadas em
a) “Você não pode discutir comigo porque não fez faculdade.” “Quem poderia resolver
essa situação?”
b) “E você, quem é mesmo?” “Um momento enquanto verifico o seu processo.”
c) “A culpa é da Princesa Isabel.” “Este é o número do seu protocolo, agora é só
esperar”.
d) “Eu sou o doutor Fulano de Tal.” “O senhor será o próximo a ser atendido.”
e) “O senhor sabe com quem está falando?” “Coloque-se no seu lugar.”
10)(Unicentro 2011) No Brasil, o pensamento sociológico se desenvolve a partir da
década 30, do século passado, com a fundação da Universidade de São Paulo e o
crescimento da produção científica. Sobre o desenvolvimento dessa ciência no
Brasil, no século XX, é correto afirmar:
a) Os sociólogos desse período buscavam descrever o país por meio de estudos
naturalistas.
b) Os grandes nomes desse período foram Euclides da Cunha, Gilberto Freyre e
Sérgio Buarque de Holanda.
c) As duas preocupações dos sociólogos eram a aculturação indígena e a
modernização do sistema político brasileiro.
d) A orientação das análises sociológicas estava voltada para as discussões mundiais
ditadas por países, como França e Inglaterra.
e) O interesse dos intelectuais desse período estava voltado para o conhecimento do
Brasil real, do povo, em oposição às análises etnocêntricas anteriores.
11)(Unicentro 2011) No Brasil, as primeiras análises sociológicas, nas primeiras
décadas do século XX, buscavam equacionar duas problemáticas centrais: a
formação do Estado nacional brasileiro e a questão da identidade nacional. Sobre
essas análises sociológicas no Brasil e seus representantes, é correto afirmar:
a) Plínio Salgado, na sua obra Nosso Brasil, retoma a tese de uma unidade nacional
baseada em diferenças regionais, culturais e éticas.
b) Euclides da Cunha, em Os Sertões, afirmou que o brasileiro tem como fundamento
social a cordialidade.
c) Caio Prado Júnior, em Formação do Brasil Contemporâneo, construiu um perfil
psicológico do brasileiro baseado na força dos sertanejos.
d) Sergio Buarque de Holanda, em sua obra Raízes do Brasil, de 1936, analisou a
formação do Estado brasileiro.
e) Gilberto Freyre, em Casa Grande e Senzala, enfatizou a miscigenação, novidade
cultural da colonização portuguesa.
12)(Ufu) O fato do homem ver o mundo através de sua cultura tem como
consequência a propensão para considerar o seu modo de vida como o mais correto
e o mais natural. Essa tendência se denomina
a) egocentrismo.
b) heterocentrismo.
c) heliocentrismo.
d) etnocentrismo.
13)(Upe-ssa 1 2017) Leia o texto a seguir:
A Sociologia de Florestan Fernandes inaugura uma nova época na história da
Sociologia brasileira. Não só descortina novos horizontes para a reflexão teórica e a
interpretação da realidade social como permite reler criticamente muito do que tem
sido a Sociologia brasileira passada e recente. (...) Florestan Fernandes é o fundador
da sociologia crítica no Brasil. Toda a sua produção intelectual está impregnada de
um estilo de reflexão, que questiona a realidade social e o pensamento. As suas
contribuições sobre as relações raciais entre negros e brancos, por exemplo, estão
atravessadas pelo empenho de interrogar a dinâmica da realidade social, (...).
IANNI, Otávio. A Sociologia de Florestan Fernandes. Estudos Avançados, v. 10, n. 26, pp.
25-26, 1996.
Florestan Fernandes pertenceu a uma geração de sociólogos brasileiros, que
consolidou a Sociologia como disciplina acadêmica.
Tendo como base as informações contidas no texto e esse período da história da
Sociologia no país, é INCORRETO afirmar que
a) a disciplina se tornou uma tradição científica obrigatória nos cursos de Ciências
Sociais, independente de outros cursos.
b) os estudos sociológicos desse período estavam voltados às questões nacionais, às
relações raciais, à mobilidade social dos diferentes grupos étnicos e ao mundo rural
brasileiro.
c) a Sociologia se institucionalizou desde a criação do Colégio Pedro II, no Rio de
Janeiro, em 1933.
d) a criação da Escola Livre de Sociologia e Política em São Paulo representa um
marco importante para a consolidação do ensino da Sociologia nas universidades
brasileiras.
e) a Sociologia tinha como principal objetivo formar profissionais capacitados a produzir
estudos baseados na ciência que explicassem os problemas sociais do país.
14)(Upe 2013) Apesar de existirem estudos sociológicos no Brasil, antes de 1930,
pode-se afirmar que a Sociologia brasileira se desenvolveu com a fundação da
Escola Livre de Sociologia e Política, em 1933, da Universidade de São Paulo, em
1934, e a do Rio de Janeiro,em 1935. Sobre a consolidação da Sociologia brasileira
como ciência acadêmica, NÃO se pode afirmar que
a) o objetivo da Sociologia brasileira, nesse contexto, era formar técnicos e
especialistas para compreender os problemas sociais e produzir “soluções racionais”
para questões nacionais.
b) a Sociologia no Brasil passou a ser reconhecida com base em estudos sobre
relações raciais, mobilidade social de grupos étnicos e das relações sociais
existentes no meio rural brasileiro.
c) os estudos das teorias pelos intelectuais brasileiros em pesquisas sobre os
problemas nacionais foi o caminho encontrado pelos primeiros sociólogos para
suprir a ausência de uma “escola sociológica no Brasil” e para consolidar a
Sociologia brasileira como disciplina.
d) a Sociologia se tornou uma “tradição” teórica importante nas universidades
brasileiras com os estudos de Florestan Fernandes.
e) a ordem social brasileira nesse período era compreendida pela Sociologia, em
consolidação no Brasil, como uma prática intelectual e política, que permitia
transformar a sociedade, com o objetivo de romper ou manter a ordem capitalista
vigente.
15)(Ufu 2012) Dentre as várias interpretações sobre a brasilidade, destaca-se aquela
que atribui a nós, brasileiros, os recursos do jeitinho, da cordialidade e da
malandragem. De acordo com as leituras weberianas aplicadas à realidade brasileira
(por autores tais como: Sérgio Buarque de Hollanda, Gilberto Freyre, Roberto
Damatta), a malandragem significaria
a) a manifestação prática do processo de miscigenação que combinou elementos
genéticos pouco inclinados ao trabalho.
b) a consagração do fracasso nacional representado pela incapacidade de desenvolver
formas capitalistas de relações sociais.
c) a inovação de um estilo especial de se resolver os próprios problemas, que tem sua
origem nas tradições ibéricas.
d) a materialização da oposição popular ao trabalho e ao imperialismo europeu, como
característica de resistência de classe.
16)(Unicentro 2012) O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo
exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao
primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o
desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. [...]
Entretanto, toda essa aparência de cansaço ilude. Nada é mais surpreendedor do que
vê-la desaparecer de improviso. Naquela organização combalida, operam-se, em
segundos, transmutações completas. Basta o aparecimento de qualquer incidente
exigindo-lhe o desencadear das energias adormecidas. O homem transfigura-se.
Empertigase, estadeando novos relevos, novas linhas na estatura e no gesto; e a
cabeça firma-se lhe, alta, sobre os ombros possantes aclarada pelo olhar
desassombrado e forte; e corrigem-se-lhe, prestes, numa descarga nervosa
instantânea, todos os efeitos do relaxamento habitual dos órgãos; e da figura vulgar
do tabaréu canhestro reponta, inesperadamente, o aspecto dominador de um titã
acobreado e potente, num desdobramento surpreendente de força e agilidade
extraordinárias.
CUNHA, Euclides. Os Sertões: campanha de Canudos. 2. ed. São Paulo: Ateliê Editorial,
2001. Adaptado.
Sobre a obra da qual foi extraído o fragmento em evidência, muito conhecida pela
análise histórica que faz sobre a Guerra de Canudos (1897), mas que realiza um
grande exame sobre a terra e o homem do Nordeste, através de uma ótica permeada
pelo positivismo, é correto afirmar:
a) Tratou da relação entre o privado e o público como uma peculiaridade do modo de
ser brasileiro.
b) Fez, nesse trecho, uma alusão à obra de Sérgio Buarque de Holanda — “Raízes do
Brasil”.
c) Analisou a unidade nacional, baseando-se em diferenças regionais, culturais e
éticas.
d) Enfatizou a miscigenação como uma novidade cultural da colonização portuguesa.
e) Construiu um perfil psicológico do brasileiro baseado na força dos sertanejos.
17)(Interbits 2012) Com efeito, já nos anos 1930, a noção elaborada pelo antropologo
Gilberto Freyre (1930), de que esse era um país racial e culturalmente miscigenado,
passava a vigorar como uma espécie de ideologia não oficial do Estado, mantida
acima das clivagens de raça e classe e dos conflitos sociais que se precipitam na
época.
Nesse contexto, conceitos são reavaliados, imagens assentadas perdem sua mais
antiga conotação. Esse é o caso exemplar de Jeca Tatu, conhecida personagem de
Monteiro Lobato, que enquanto mestiço, pobre e ignorante, de certa forma
representava a condição vivenciada pela maioria da população brasileira. Em 1919,
porém, em O problema vital, Lobato parece ter mudado de posição, quando,
desviando a atenção para o problema racial, apresentava Jeca Tatu não como o
resultado de uma formação híbrida, mas como o fruto de doenças epidêmicas.
SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p.
248-249.
Assinale a alternativa incorreta a respeito da formação do pensamento brasileiro.
a) A obra de Gilberto Freyre, na década de 1930, contribuiu para que a miscigenação
fosse percebida de forma positiva.
b) O texto apresenta um período de mudança de visão sobre o país, expressa pela
transformação do significado da personagem Jeca Tatu, de Monteiro Lobato.
c) O Brasil herdou muito dessa visão da miscigenação. Com isso, a ideia de uma
democracia racial continua presente até hoje.
d) Atualmente, o Brasil não é mais visto como uma nação miscigenada, e sim
maculada pela guerra racial.
e) O início do século XX representou um período histórico em que houve uma maior
preocupação com a saúde pública da população.
18)(Uel) “No passado, quando se falava em redistribuição de renda, sempre se
argumentava que os pobres, com o crescimento de sua renda, tenderiam a consumir
mais e, portanto, a taxa de poupança cairia. Hoje, o paradoxo é que os ricos
brasileiros é que têm uma altíssima propensão a consumir. A renda não se concentra
para aumentar a taxa de poupança, e sim para aumentar o consumo dos mais ricos. É
escandalosa a distância, no Brasil, entre o consumidor popular e o consumidor
médio e rico. Sem lugar a dúvida, essa defasagem é das maiores do mundo. Na Índia,
os 20% mais ricos têm em média uma renda quatro vezes maior que a dos 20% mais
pobres; no Brasil essa relação é de um para trinta e três vezes. Por outro lado, o
abuso do consumo contamina as classes mais pobres, que gastam em produtos nem
sempre necessários.”
Fonte: FURTADO, C.. Em Busca de Novo Modelo – reflexões sobre a crise contemporânea.
São Paulo: Paz e Terra, 2002. 2ª edição, p. 20.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre desigualdade social no Brasil, é
correto afirmar que:
a) Na última década, o índice de desigualdade vem crescendo constantemente no
Brasil.
b) Na última década observa-se, no Brasil, um aumento constante da taxa de
crescimento econômico impulsionado pelo aumento do índice de desigualdade.
c) Apesar de permanecer entre os mais altos do mundo, nos últimos 15 anos
observa-se, no Brasil, uma queda do índice de desigualdade.
d) Nas duas últimas décadas o índice de desigualdade no Brasil permanece
rigorosamente igual.
e) Existe uma correlação estreita entre taxa de crescimento econômico e distribuição
de riqueza.
19)(Uel) Em relação ao processo de formação social no Brasil, o sociólogo Florestan
Fernandes escreveu: “Lembremo-nos de que da vinda da Família Real, em 1808, da
abertura dos portos e da Independência, à Abolição em 1888, à Proclamação da
República e à “revolução liberal”, em 1930, decorrem 122 anos, um processo de longa
duração, que atesta claramente como as coisas se passaram. Esse quadro sugere,
desde logo, a resposta à pergunta: a quem beneficia a mudança social?”
Fonte: FERNANDES, F. As Mudanças Sociais no Brasil. In IANNI, Octavio (org) Florestan
Fernandes: coleção grandes cientistas sociais. São Paulo: Ática, 1986, p. 155-156.
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre o tema, em relação à indagação
feita pelo autor, é correto afirmar que a mudança social beneficiou:
a) Fundamentalmente os trabalhadores,uma vez que as liberdades políticas e as
novas formas de trabalho aumentaram a renda.
b) Os grupos sociais que dispunham de capacidade econômica e poder político para
absorver os efeitos construtivos das alterações ocorridas na estrutura social.
c) A elite monárquica, pois ao monopolizar o poder político impediu que outros grupos
sociais pudessem surgir e ter acesso aos efeitos construtivos das alterações na
estrutura social.
d) Os grupos sociais marginalizados ou excluídos, pois, em decorrência deste
processo, passaram a fazer parte do processo produtivo.
e) A população negra, uma vez que a alteração na estrutura da sociedade criou novas
oportunidades de inserção social.
20)(Ufu) "A ideia de que os brasileiros são preguiçosos, não é, de modo algum,
estranha à cultura do país. O herói nacional sem caráter, Macunaíma, retratado pelo
modernista Mário de Andrade, vivia a falar de sua própria preguiça. São também parte
desse patrimônio simbólico a ideia de indolência indígena e a crença na inferioridade
da mestiçagem e nos efeitos negativos do clima tropical sobre o trabalho.
Nada disso, no entanto, supera a imagem positiva que os portugueses guardam dos
brasileiros, associada à alegria, à cordialidade, à espontaneidade, à amizade, à
sociabilidade..."
FOLHA DE SÃO PAULO, Caderno Especial Brasil 500, Quinta-feira 22 de abril de 1999, p. 4
Tomando como referência o texto acima, é correto afirmar que
I. as maneiras de ser, pensar e sentir não são as mesmas para todas as pessoas.
II. existe uma única maneira de construir a imagem do povo brasileiro.
III. podemos pensar hoje em uma cultura brasileira composta de elementos de todas as
origens (indígena, africana e europeia).
IV. a imagem do brasileiro indolente reflete sua incapacidade para explorar as
potencialidades do país.
Selecione a alternativa correta.
a) II e III estão corretas.
b) I, II e III estão corretas.
c) II, III e IV estão corretas.
d) I, III e IV estão corretas.
1. (Uel 2019) Leia o texto a seguir.
A menos que seja um físico, quem anda num
bonde não tem ideia de como o carro se movimenta.
E não precisa saber. Basta-lhe poder contar com o
comportamento do bonde a orientar sua conduta de
acordo com sua expectativa; mas nada sabe sobre o
que é necessário para produzir o bonde ou
movimentá-lo. O selvagem tem um conhecimento
incomparavelmente maior sobre suas ferramentas.
WEBER, M. A ciência como vocação. In: GERTH,
H.; MILLS, W. Max Weber. Ensaios de Sociologia. Rio
de Janeiro: Zahar, 1979. p. 165.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre
a sociedade moderna, conforme Max Weber, assinale
a alternativa correta. 
a) A secularização da vida moderna e o consequente
desencantamento do mundo são expressões da
racionalização ocidental.
b) O homem moderno detém menor controle sobre as
forças da natureza, em comparação com o domínio
que possuía o “selvagem”.
c) O avanço da racionalidade produz, também, uma
maior revitalização da cultura clássica, dado que
amplia o alcance das escolhas efetivas disponíveis.
d) O desencantamento do mundo é um fato social
que atua como força coercitiva sobre as vontades
individuais, visando à construção da consciência
coletiva.
e) O desencantamento do mundo destitui o Ocidente
de um elemento diferenciador em relação ao
Oriente: as ações sociais dotadas de sentido.
2. (Uece 2019) As contribuições de Karl Marx e
Max Weber formam a base da maioria das análises
sociológicas sobre a estruturação e organização da
sociedade em classes sociais.
Assinale a opção que corresponde ao conceito
de classe social na perspectiva de Karl Marx. 
a) Existe entre as classes uma relação de dominação
estabelecida a partir do lugar que os indivíduos
ocupam nas religiões.
b) As classes sociais estruturam a sociedade e por
meio delas são construídas as relações de
interesses harmônicos entre os grupos sociais.
c) Classe social é uma invenção teórica e não tem
correspondência com a dinâmica de estruturação
das sociedades contemporâneas.
d) Uma classe social é um grupo de pessoas que se
encontra em uma relação comum com os meios de
produção por meio dos quais elas extraem seu
sustento.
3. (Ufu 2018) Leia o excerto abaixo.
“[...] O centro dos primeiros sistemas da
natureza não é o indivíduo, é a sociedade. É ela que se
objetiva e não mais o homem.”
RODRIGUES, J. A. (Org.) Durkheim. São Paulo:
Ática, 1978. p.201-202.
Nesse trecho, Durkheim propõe romper com o
humanismo antropocêntrico dos modernos em favor
de um novo modelo de conhecimento baseado no
sociocentrismo. Não mais o homem, mas a sociedade
aparece como centro do conhecimento porque, para
Durkheim, 
a) a sociedade é o modelo dos primeiros sistemas
lógicos.
b) os primeiros sistemas lógicos se fundem com a
natureza.
c) a consciência coletiva corresponde à totalidade dos
conhecimentos individuais.
d) a proeminência da estrutura social se realiza em
detrimento do acontecimento.
4. (Ufu 2018) Para Weber, um tipo de
dominação é estabelecido, pois “obedece-se não à
pessoa em virtude de seu direito próprio, mas à regra
estatuída, que estabelece ao mesmo tempo a quem e
em que medida se deve obedecer.”
COHN, Gabriel (Org.). Weber: Sociologia. 5.ed.
São Paulo: Ática, 1991. p. 129. Coleção Grandes
Cientistas Sociais.
Com base na análise weberiana, assinale a
alternativa que indica o tipo de dominação a que essa
descrição está relacionada. 
a) Dominação Legal.
b) Dominação Carismática.
c) Dominação Tradicional.
d) Dominação Altruísta.
5. (Ueg 2018) O sociólogo Max Weber
desenvolveu estudos sobre a ética protestante e o
espírito do capitalismo. A esse respeito tem-se o
seguinte: 
Sociologia clássica 
a) a tentativa de constituir uma ciência da sociedade
promoveria um processo de pesquisa
multidisciplinar e não especializado e por isso
Weber concebia a economia como determinante da
cultura e o capitalismo determinante do
protestantismo.
b) o processo de racionalização era o fio condutor da
análise do capitalismo ocidental por parte de
Weber e por isso ele analisou o papel da ética
protestante, que apontaria um primeiro momento
de racionalização na esfera religiosa.
c) Weber considerava que as ideias dominantes eram
as ideias da classe dominante, que, na
modernidade, era a classe capitalista, e por isso a
ética protestante desenvolvida pelos comerciantes
gerou o espírito do capitalismo.
d) a inspiração na dialética idealista hegeliana fez com
que Weber focalizasse a questão cultural e
desenvolvesse um determinismo cultural segundo o
qual o modo de produção capitalista seria produto
do protestantismo.
e) a concepção weberiana surgiu a partir de uma
síntese da filosofia kantiana e marxista e por isso
ele focaliza o processo de formação do capitalismo
ao lado do desenvolvimento do protestantismo e
do apriorismo.
6. (Uel 2018) Leia o texto a seguir.
Assim como Darwin descobriu a lei do
desenvolvimento da natureza orgânica, Marx
descobriu a lei do desenvolvimento da história
humana. A produção dos meios imediatos de vida,
materiais e, por conseguinte, a correspondente fase
de desenvolvimento econômico de um povo ou de
uma época é a base a partir da qual tem se
desenvolvido as instituições políticas, as concepções
jurídicas, as ideias artísticas. A descoberta da mais-
valia clareou estes problemas.
(Adaptado de: ENGELS, F. Discurso diante do
túmulo de Marx. 1883. Disponível em:
<http://www.marxists.org/espanol/m-e/1880s/83-
tumba.htm>. Acesso em: 11 set. 2017.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre
a concepção materialista da história, assinale a
alternativa correta. 
a) Existem leis gerais e invariáveis na história, que
fazem a vida social retornar continuamente ao
ponto de partida, isto é, a uma forma idêntica de
exploração do homem sobreo homem. 
b) A mais-valia, ou seja, uma maneira mais eficaz de
os proprietários lucrarem por meio da venda dos
produtos acima de seus preços, é uma
manifestação típica da sociedade capitalista e do
mundo moderno.
c) O darwinismo social é a base da concepção
materialista da história na medida em que esta
teoria demonstra cientificamente que somente os
mais aptos podem sobreviver e dominar, sendo os
capitalistas um exemplo.
d) A partir de intercâmbios na infraestrutura da vida
social, desenvolve-se um conjunto de relações que
passam a integrar o campo da superestrutura, com
uma interdependência necessária entre elas.
e) A sociedade burguesa, por intensificar a exploração
dos homens através do trabalho assalariado,
constitui-se em forma de organização social menos
desenvolvida que as anteriores.
7. (Ufu 2017) A Secretaria Municipal da Saúde
de Curitiba alerta pais e responsáveis por crianças e
adolescentes e os profissionais da educação e saúde
em relação ao ‘jogo’ Baleia Azul, que propõe 50
desafios aos participantes e sugere o suicídio como
última etapa. 
Disponível em:
<http://www.tribunapr.com.br/noticias/curitiba-
regiao/jogo-baleia-azul-deixa-curitiba-em-alerta-oito-
ja-brincaram-com-morte/>. Acesso em: 22 abr. 2017. 
Esse foi um dos alertas, nos últimos meses,
relacionados ao “jogo Baleia Azul” e à possibilidade de
suicídios de adolescentes (13 a 17 anos) ligadas a ele. 
Pode-se realizar uma relação desses possíveis
suicídios com os tipos de suicídios de Durkheim, pois,
para esse pensador, os indivíduos são determinados
pela realidade coletiva.
Assim, os suicídios gerados pelo “jogo” seriam
classificados como: 
a) Suicídio egoísta.
b) Suicídio anômico.
c) Suicídio etnocêntrico.
d) Suicídio cultural.
8. (Ufu 2017) Conforme Marx e Engels:
“O modo pelo qual os homens produzem seus
meios de vida depende, antes de tudo, da própria
constituição dos meios de vida já encontrados e que
eles têm de reproduzir. Esse modo de produção não
deve ser considerado meramente sob o aspecto de ser
a reprodução da existência física dos indivíduos. Ele é,
muito mais, uma forma determinada de sua atividade,
uma forma determinada de exteriorizar sua vida, um
determinado modo de vida desses indivíduos”. 
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia
alemã. São Paulo: Huitec, 1999, p. 27. 
Da leitura do trecho, conclui-se que: 
a) As ideologias políticas possuem autonomia em
relação ao desenvolvimento das forças produtivas.
b) A base da estrutura social reside no seu modo de
produção material.
c) O modo de produção é determinado pela ideologia
dominante.
d) Toda atividade produtiva é uma forma
desumanização.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Observe as figuras a seguir e responda à(s)
questão(ões).
9. (Uel 2016) A imagem de um edifício alude à
existência de uma estrutura ordenada. De modo
análogo, a compreensão e a explicação sobre a
organização de uma sociedade também podem
invocar o tema da ordem e sua antítese, o caos, como,
por exemplo, as questões relativas à harmonização
social e às revoluções. No caso da teoria de Karl Marx,
a metáfora espacial de um edifício é utilizada para
exemplificar seu entendimento sobre a dinâmica
dialética da sociedade.
Com base nos conhecimentos sobre Karl Marx a
respeito das relações entre infraestrutura e
superestrutura, assinale a alternativa correta. 
a) Os conflitos entre grupos sindicais mais politizados
e de status mais elevado, na produção, geram a
eliminação das desigualdades sociais.
b) O controle das ideias e das instituições de uma
época é insuficiente para estabelecer o valor do
trabalho e a igualdade de oportunidades no
mercado.
c) O aparato político e estatal é a base sobre a qual se
articulam as disputas pelo controle e pela
apropriação dos meios de produção.
d) A ordem partidária e jurídica que compõe o estado
burguês determina a emergência das forças
revolucionárias dos trabalhadores.
e) A consciência social e o sistema jurídico
contradizem a existência material na medida em
que pretendem anular o antagonismo das relações
de produção.
10. (Unioeste 2015) “Solidariedade orgânica” e
“solidariedade mecânica” são conceitos propostos pelo
sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) para
explicar a 'coesão social' em diferentes tipos de
sociedade. De acordo com as teses desse estudioso,
nas sociedades ocidentais modernas, prevalece a
'solidariedade orgânica', onde os indivíduos se
percebem diferentes embora dependentes uns dos
outros. A lógica do mercado capitalista, entretanto,
baseada na competição individualista em busca do
lucro, pode corromper os vínculos de solidariedade
que asseguram a coesão social e conduzir a uma
situação de 'anomia'.
De acordo com os postulados de Durkheim, é
CORRETO dizer que o conceito de “anomia” indica 
a) a necessidade de todos demonstrarem
solidariedade com os mais necessitados.
b) uma situação na qual aqueles indivíduos
portadores de um senso moral superior devem se
colocar como líderes dos grupos dos quais fazem
parte.
c) a condição na qual os indivíduos não se identificam
como membros de um grupo que compartilha as
mesmas regras e normas e têm dificuldades para
distinguir, por exemplo, o certo do errado e o justo
do injusto.
d) o consumismo exacerbado das novas gerações,
representado pelo aumento do número de
shopping centers nas cidades.
e) a solidariedade que as pessoas demonstram
quando entoam cantos nacionalistas e patrióticos
em manifestações públicas como os jogos das
seleções nacionais de futebol.
11. (Unimontes 2015) Coube a Émile Durkheim
(1858-1917) a institucionalização da Sociologia como
disciplina acadêmica. Para o sociólogo clássico
francês, a sociedade moderna implica uma
diferenciação substancial de funções e ocupações
profissionais. Sobre as análises desse autor, é
CORRETO afirmar: 
a) O problema social é estritamente econômico e
depende de vontades individuais.
b) O desenvolvimento da sociedade moderna deve
passar por um processo de ruptura social e
permanente anomia.
c) A questão social é também um problema de
moralização e organização consciente da vida
econômica.
d) Para Durkheim, na sociedade moderna não há
possibilidades de desenvolvimento das
coletividades, por necessitar de novos pactos
políticos dos governantes.
12. (Uel 2015) Leia o texto a seguir.
Lembra-te de que tempo é dinheiro; aquele que
pode ganhar dez xelins por dia por seu trabalho e vai
passear, ou fica vadiando metade do dia, embora não
despenda mais do que seis pence durante seu
divertimento ou vadiação, não deve computar apenas
essa despesa; gastou, na realidade, ou melhor, jogou
fora, cinco xelins a mais.
WEBER, M. A Ética Protestante e o Espírito do
Capitalismo. São Paulo: Pioneira; Brasília: UNB, 1981,
p.29.
O conselho de Benjamin Franklin é analisado
por Max Weber (1864-1920) na obra A Ética
Protestante e o Espírito do Capitalismo.
Com base nessa obra, assinale a alternativa que
apresenta, corretamente, a compreensão weberiana
sobre o sentido da conduta do indivíduo na formação
do capitalismo moderno ocidental. 
a) Tradicionalidade.
b) Racionalidade.
c) Funcionalidade.
d) Utilitariedade.
e) Organicidade.
Gabarito
Nicolau Maquiavel
1. B
2. D
3. A
4. B
5. E
6. E
7. C
8. D
Sociologia em movimento
1. C
2. D
3. B
Tempos modernos
1. C
2. C
3. D
Espinosa 
1 d 
2 c
3 a
4 c
5 b 
6 e 
7 c 
8 c 
9 c
Ponty 
1 d 
2 c 
3 d 
4 d 
5 b 
6 c 
7 d 
8 b 
9 b 
10 d 
11 c 
12 b 
13 b
George Berkeley 
1 b 
2 b 
3 b 
4 a 
5 d 
6 b 
7 d
Djamila Ribeiro 
1 e
1 a 
2 d 
3 a 
4 a 
5 b 
6 d
7 a 
8 b 
9 b 
10 c 
11 c 
12 b
Autores brasileiros
1) A
2) C
3) E
4) C
5) D
6) C
7) C
8) D
9) E
10) E
11) E
12) D
13) C
14) C
15) C
16) E
17) D
18) C
19) B
20) DSociologia clássica 
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	classicos da sociologia

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