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Florestan Fernandes destaca a importância do pensamento político na prática educacional e na busca por mudança social, ele critica a superficialidade do debate acadêmico sobre questões educacionais e enfatiza que a mudança real na educação só pode ocorrer por meio de mudanças políticas substanciais.
O autor ressalta que simplesmente acumular conhecimentos de várias áreas como sociologia, psicologia, biologia educacional e didática não é suficiente para que um professor se torne um agente efetivo de mudança, é necessário pensar politicamente compreender como as estruturas sociais e políticas influenciam a educação e vice-versa.
Florestan menciona o exemplo de John Dewey, dos Estados Unidos que utilizou a escola como instrumento de transformação social. Ele destaca a importância de estudar essas experiências adaptando-as ao contexto brasileiro e aproveitando os recursos materiais e culturais disponíveis para modificar a relação dos estudantes com a sociedade.
Essa abordagem ressalta a necessidade de uma educação que não apenas transmita conhecimento, mas também promova uma reflexão crítica sobre a sociedade e incentive a participação ativa dos estudantes na transformação do meio em que vivem. Ele argumenta que essa mudança requer uma compreensão profunda das questões políticas e sociais, e uma atuação consciente por parte dos educadores. Destacando o papel transformador da escola em contextos de desigualdade.
 Ao ressaltar que a escola não é neutra Fernandes enfatizou a importância de projetá-la dentro de uma esfera de ação política. Ele sugere que, em países como o Brasil, os educadores, mais do que os próprios políticos, muitas vezes estão em contato direto com os problemas fundamentais da sociedade no nível político. Isso pode ser atribuído ao fato de que os educadores estão mais próximos das comunidades e das realidades locais, enquanto os políticos estão distantes dessas realidades.
No texto Fernandes também fala que embora os educadores possam ter consciência do seu potencial de transformação e das mudanças que precisam ser feitas muitas vezes eles se encontram impotente devido à opressão da máquina estatal e das empresas privadas, que apesar do desejo de agir os educadores enfrentam obstáculos institucionais e estruturais que limitam sua capacidade de promover mudanças no ambiente escolar.
Salienta, a importância da conscientização política dos educadores de enfrentar as estruturas opressivas que impedem o progresso social e econômico. Destacando a necessidade de mobilização e organização institucional para que os educadores possam efetivamente desempenhar um papel ativo de transformação da sociedade.
No texto ela fala também que devido as origens e a formação social, muitos professores de classe média tendiam a ter atitudes de afastamento e avaliação negativa em relação a estudantes de origem mais modesta. Ele associa essa atitude ao legado da concepção herdada da sociedade colonial imperial que privilegiava as classes dominantes e marginalizava os menos favorecidos.
Porém vale ressaltar que muitos professores passaram a adotar novos papéis, ele observa que, ao se depararem diretamente com as dificuldades enfrentadas pelos alunos, os professores mudaram suas atitudes abandonando o distanciamento e adotando uma postura de confraternização e apoio. Essas mudanças na atitude dos professores reflete uma reconfiguração das relações sociais.
Por fim, o autor sugere que o processo de reeducação e adaptação das novas demandas sociais é essencial para que os educadores possam compreender e responder adequadamente aos desafios e dilemas da educação na sociedade Brasileira atual, contribuindo assim para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
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