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Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. • Leia atentamente o texto e responda às questões no caderno. Os ricos tomavam a maior parte das terras públi- cas e, confiantes de que ninguém as retomaria, come- çavam a avançar nos lotes vizinhos e nos poucos acres dos pobres camponeses das redondezas, às vezes pela persuasão, outras pela força, de forma que, ao final, estavam em suas mãos imensas propriedades rurais, no lugar dos antigos pequenos lotes camponeses. APIANO. Guerras civis, 1,1,7. In: PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla B. (org.). História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2008. p. 59. a) A qual processo histórico se refere o texto? I. Aos conflitos sociais no período da República. II. À concentração do poder nas mãos dos imperadores. III. À adoção do cristianismo como religião oficial do Império. b) A quais classes sociais pertenciam os “ricos” e os “pobres camponeses” no texto? c) Segundo o texto, qual era o objetivo dos grandes proprietários de terras? d) Por que o processo descrito no texto prejudicava os pequenos camponeses? e) Em grupo, façam uma pesquisa sobre os conflitos pela terra no Brasil atual con- forme o roteiro a seguir. 1. Reúnam-se em grupos e pesquisem o tema na internet. 2. Selecionem alguns artigos, fotografias, mapas e dados sobre o tema. 3. Apresentem os resultados para o professor por meio de um e-mail ou de um aplicativo de mensagens. O Império e a nova religião As conquistas da plebe descontentavam as camadas conservadoras do patriciado. Para aumentar suas posses, grandes proprietários de terra se apossavam ilegalmente de terrenos públicos e tomavam à força as propriedades dos pequenos camponeses. Nas cidades, os plebeus pobres sofriam com a fome e a miséria. Isso causou uma séria crise social. Para melhorar a situação dos pobres, foram eleitos tribunos da plebe Tibério Graco e anos mais tarde seu irmão, Caio Graco. Os irmãos Graco propuseram leis para fazer uma reforma agrária em Roma, limitando o tamanho das enormes propriedades dos ricos, distribuindo terras públicas aos pobres camponeses e fornecendo alimento gratuito ao povo pelo Estado. As propostas dos irmãos Graco significavam uma grande ampliação da cidadania para as camadas mais Resposta correta: alternativa I. Ao patriciado e à plebe, respectivamente. c) Espera-se que os estudantes compreen- dam que o principal objetivo dos grandes proprietários era acumular mais ter- ras para aumentar sua riqueza. d) Espera-se que os estudantes entendam que os camponeses dependiam de seus pequenos lotes de terra para seu sustento e o de suas famílias. Resposta pessoal. Recomende aos estudantes que pesquisem em sites confiáveis na internet. terras públicas: terras pertencentes ao Estado. acre: antiga unidade de medida usada para medir terras. persuasão: convencimento. reforma agrária: reorganização da estrutura agrária com o objetivo de promover a redistribuição de terras. Não escreva no livro. 34 Orientações didáticas Atividade Inicie a atividade propondo aos estudantes uma leitura conjunta do texto e esclarecendo os termos do glossário. Para responder aos itens a, b e c, o estudante deve reler o texto a fim de encontrar a informação re- querida. Aproveite para resolver dú- vidas que possam ter restado da primeira leitura do texto. Por meio do item d, o estudante deverá fazer uma reflexão acerca de uma informação dada no texto. No item e, auxilie os estudantes na procura de fontes confiáveis, na elaboração e na postagem do texto a ser produzido. Se considerar ne- cessário, leia os principais pontos do artigo no link sugerido a seguir, que aborda como fazer uma pesquisa confiável na internet. Disponível em: https://ijp.short.gy/WZWOdG. Acesso em: 9 ago. 2021. Antes de avançar para o item O império e a nova religião, retome alguns conceitos da seção anterior e resolva as dúvidas dos estudantes. Os conceitos de classe social e a divisão da sociedade romana entre plebeus e patrícios, ou plebe e patriciado, de- vem ficar claros para compreender as transformações da sociedade roma- na. As datas mencionadas no texto podem ser marcadas numa linha do tempo na lousa. Esclareça também o significado de “reforma agrária” antes de abordar as reformas dos irmãos Tibério e Caio Graco. 66 5_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 665_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 66 8/17/21 10:04 AM8/17/21 10:04 AM pobres da sociedade ro mana. No entanto, essas propostas mal pude- ram ser adotadas. Em vez disso, uma série de agitações sociais, tu- multos e guerras civis levou ao fim da República em Roma. No lugar da República, foi instituído o Império, em que o poder es- tava concentrado nas mãos de um único governante com po- der absoluto. Após violen tas batalhas, o primeiro imperador, Otávio Augusto, assumiu o poder no ano 27 a.C. O senado e as assembleias continuavam existindo, mas sem ter poder de verdade. Agora todo o poder pertencia ao imperador. Durante o período da República, Roma havia conquis- tado imensos territórios. Os imperadores procuraram manter essas conquistas e, ao mesmo tempo, garantir a paz interna. Para isso, várias concessões foram feitas às camadas popu- lares, como a distribuição gratuita de trigo, que era a base da alimentação romana. Muitos imperadores também fizeram grandes obras públicas e valorizaram a cultura. VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico. São Paulo: Scipione, 2011. p. 50. A expansão máxima do Império Romano (século II d.C.) OCEANO ATLÂNTICO M E R ID IA N O D E G R E E N W IC H Mar Cáspio Mar Negro Mar do Norte Mar Mediterrâneo M ar V erm elh o ÁFRICA ÁSIA Petra Bizâncio Marselha Roma Cartago Siracusa Atenas Éfeso Colonia Agrippina Augusta Treverorum Lyon Puteoli Aquileia Salone Antioquia Jerusalém Alexandria Tomi Londres Lisboa Gades Tânger Tiro Cirene Burdigala Narbo Terraco Óstia Ancona Gaza Trapezus Judeia Síria Gália Macedônia Armênia Numídia Mauritânia Hispânia Sicília Dácia Britânia Egito Ásia MenorGrécia Mesopotâmia 0° 40° N Creta Chipre IMPÉRIO PARTA REINO DE BÓSFORO R io N ilo Rio Tigre Rio Eufrates Rio Pó ÁSIA ESCALA Quilômetros 0 450 900 Extensão máxima do Império Romano LEGENDA No século III, o Império Romano passou por uma grave crise. A economia es- tava desorganizada, as fronteiras do Império sofriam ataques constantes e o im- perador perdeu o controle sobre o exército. Um novo imperador, Constantino, no século IV, tentou restabelecer a ordem. Para dominar a crise, Constantino retomou o controle sobre o exército, reforçou as fronteiras e transferiu a capital de Roma para Constantinopla (atual Istambul, na Turquia). pobres da sociedade ro mana. No entanto, essas propostas mal pude- ram ser adotadas. Em vez disso, uma série de agitações sociais, tu- multos e guerras civis levou ao fim da República em Roma. No A le x a n d e r M o s k o v s k iy / A la m y /F o to a re n a Soldado romano representado em escultura russa do século XIX. São Petersburgo, foto de 2020. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 35 Orientações didáticas Na sequência do texto, para com- preender a passagem da República para o Império e a expansão do cris- tianismo, é importante retomar, bre- vemente, os três períodos que marcam a história da civilização ro- mana: Monarquia (da fundação da cidade em 753 a.C. até a crise que dá início à República em 509 a.C.), Re- pública (de 509 a.C. até a ascensão de Otávio Augusto como primeiro imperador em 27 a.C.) e Império (de 27 a.C. até 476 d.C., quando o Impé- rio Romano do Ocidente é conquis- tado pelos povos germânicos). Para mais informações sobre o tema, pode-se consultar o site a seguir, que conta também com uma série de vídeos sobre o assunto (disponível em: https://tedit.net/Gc8M0M.Aces- so em: 23 jul. 2021). Utilize o mapa reproduzido na pá- gina para identificar a localização dos espaços mencionados no texto. Per- mita aos estudantes que observem o mapa com atenção para que interpre- tem as informações presentes nele. O mapa mostra a máxima exten- são do Império Romano no ano 117 d.C. Nesse momento, Roma do- minava extensos territórios em toda a Europa, no norte da África e no Oriente Médio, tendo também con- trole do comércio no Mar Mediterrâ- neo. No período que ficou conhecido como “Paz romana”, que vai de 27 a.C. até 180 d.C., a prioridade deixou de ser a conquista de novos territórios e passou a ser o reforço das fronteiras e a manutenção dos territórios con- quistados, que se tornaram províncias romanas. O mapa apresenta essa bus- ca por unidade, que seria ameaçada por uma série de crises entre os sécu- los III e IV d.C., que levaria à queda do Império Romano do Ocidente no século V. 67 5_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 675_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 67 8/17/21 10:04 AM8/17/21 10:04 AM Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Para dar unidade a uma sociedade dividida, o imperador Constantino se converteu ao cristia- nismo no ano 313 e passou a governar com o auxílio de padres e bispos da Igreja. O imperador que sucedeu Constantino no poder, Teodósio, foi além e tornou o cristianismo a religião oficial do Império Romano, no ano 379. Os cristãos haviam sido perseguidos anteriormente, mas muitas pes- soas, tanto da elite quanto do povo, se sentiam atraídas pela nova religião, que pregava o amor ao próximo. Convertida em religião do Estado, o cristianismo se difundiu por todo o Império e começou a combater as outras religiões, que eram chamadas de “pagãs” pelos cristãos. 1. Copie as duas colunas no caderno, mas atenção: ao copiar, ordene as datas na sequência correta. Os acontecimentos devem ser associados a suas res- pectivas datas. Datas Acontecimentos 313 Surgimento da cidade de Roma. 27 a.C. O cristianismo se torna a religião oficial do Império Romano. 2 700 anos atrás O primeiro imperador, Otávio Augusto, assume o poder em Roma. 509 a.C. Expulsão do último rei etrusco e instituição do regime republicano em Roma. 379 O imperador Constantino se converte ao cristianismo e passa a governar com o auxílio de padres e bispos. 2. No caderno, crie perguntas para as respostas a seguir. a) Nos primeiros tempos da República, somente os ricos e poderosos podiam par- ticipar do governo e exercer as funções públicas. b) Os plebeus conquistaram o fim da escravidão por dívidas, acesso a todos os cargos públicos da República e reconhecimento dos plebiscitos, decisões to- madas pela assembleia da plebe. c) Para controlar a crise, Constantino retomou o controle sobre o exército, refor- çou as fronteiras e transferiu a capital de Roma para Constantinopla. Sugestão de pergunta: Em Roma, no início da República, que grupos sociais tinham participação política? Sugestão de pergunta: Quais foram as conquistas dos plebeus no período da República romana? Sugestão de pergunta: Como o imperador Constantino conseguiu controlar a crise do Império Romano? Moeda com a efígie do imperador Constantino, cerca de 280-337 d.C. B ild a rc h iv S te ff e n s /a k g /A lb u m / F o to a re n a /C o le ç a o p a rt ic u la r Não escreva no livro. 36 Orientações didáticas Um episódio fundamental na his- tória da civilização romana é o reina- do do imperador Constantino, que se converteu ao cristianismo e abriu caminho para que a nova religião se difundisse por todos os cantos do Império, tornando-se a religião oficial. Essa discussão permite abordar a ha- bilidade EF05HI03, pois destaca o papel da cultura e da religião na for- mação da identidade dos povos. Atividade 1 Antes de realizar a atividade, escla- reça eventuais dúvidas que os estu- dantes possam ter com relação aos termos apresentados no quadro. O objetivo da atividade é exercitar a ordenação de acontecimentos na li- nha do tempo e fixar alguns proces- sos históricos mencionados no texto. Relembre aos estudantes o que sig- nifica a.C. (antes de Cristo) e o sistema de referência para a contagem do tempo histórico (a partir do ano um, antes de Cristo ou depois de Cristo). Como atividade preparatória, trace uma linha do tempo na lousa, dividida em duas metades – à esquerda, a.C.; à direita, d.C. Em seguida, marque na li- nha algumas datas aleatórias e peça aos estudantes que identifiquem o século correspondente. Essa atividade também favorece o desenvolvimento da CEH2 e da numeracia. A atividade contempla o processo de analisar e avaliar conteúdo e ele- mentos textuais construindo e preen- chendo um quadro, o que, por sua vez, contribui para a consolidação dos conhecimentos de literacia e alfabe- tização, incentivando o desenvolvi- mento da produção de escrita. Atividade 2 Nessa atividade, para elaborar as perguntas, oriente os estudantes a reler o texto do capítulo e a prestar atenção ao verbo das respostas. Por exemplo, no item a, como o verbo é “participar”, a pergunta tem que ser “quem podia participar [...]” ou “quem tinha participação política nos pri- meiros tempos da República?”. A atividade contempla o processo de interpretar e relacionar ideias e informações, contribuindo para a consolidação dos conhecimentos de literacia e de alfabetização, e incenti- vando o desenvolvimento da produ- ção de escrita e o desenvolvimento de vocabulário. 68 5_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 685_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 68 8/17/21 10:04 AM8/17/21 10:04 AM Não escreva no livro. Respeito às diferentes religiões Os gregos e os romanos antigos eram politeístas, ou seja, acreditavam na existência de muitos deuses. Os deuses gregos eram representados na forma humana e tinham os mesmos sentimentos, angústias e desejos que os humanos. Veja a seguir alguns deuses gregos e seus simbolismos. • Afrodite: deusa do amor e da beleza. • Apolo: deus do Sol, das artes, da música e da profecia. • Atena: deusa da sabedoria, da inteligência e da justiça. • Zeus: deus dos céus e dos relâmpagos; rei dos deuses. As religiões afro-brasileiras e indígenas também são politeístas: seus deuses e espíritos expressam os elementos do mundo, os sentimentos e valores do grupo. Veja alguns dos deuses dos indígenas tupis e guaranis brasileiros: • Tupã: deus do trovão, considerado o criador dos céus, da terra e dos mares, dos animais e das plantas. Ensinou aos homens a agricultura, o artesanato e a caça. • Sumé: responsável por manter as leis e as regras que re- gem a comunidade. Ensinou aos indígenas conhecimentos como o cozimento da mandioca e suas aplicações. • Ceuci: deusa protetora das lavouras dos indígenas. As religiões dos povos tradicionais e dos afro-brasileiros representam uma enorme riqueza cultural. No passado, chegaram a ser proibidas. Hoje, por desconhecimento, essas religiões muitas vezes sofrem preconceito e ataques violentos a seus cultos e crenças. É importante respeitar a religião de todas as pessoas e as crenças dos que não são religiosos. O Estado brasileiro é laico e garante a todas as pessoas o direito de professar e defender suas crenças ou mesmo de não seguir nenhuma religião. A Constituição federal garante a liberdade religiosa. • O Brasil é um país multicultural e os brasileiros têm crenças e religiões diversas. Reflita e discuta com os colegas: O que podemos fazer para au- mentar o respeito à diversidade de crenças no Brasil? Resposta pessoal. FALANDO SOBRE... G . D A G L I O R T I/ D E A /A lb u m /F o to a re n a / M u s e u A rq u e o ló g ic o d e O lím p ia , G ré c ia . Zeus (ou Júpiter, para os romanos). Escultura em mármore datada do século V a.C. Afrodite, escultura em mármoredatada do século II d.C. a k g -i m a g e s /A lb u m /F o to a re n a /M u s e u d e B e rl im , A le m a n h a . 37 Orientações didáticas Falando sobre... A comparação entre o politeísmo dos povos antigos e o politeísmo das religiões afro-brasileiras permite de- senvolver uma discussão sobre a di- versidade cultural e o respeito ao direito de crença. As religiões dos povos tradicionais e dos afro-brasilei- ros, por exemplo, representam uma enorme riqueza cultural. No passado, essas religiões chegaram a ser proibi- das. Hoje, por desconhecimento, elas muitas vezes sofrem preconceito e até mesmo ataques violentos a seus locais de culto. É importante respeitar a religião de todas as pessoas e também as cren- ças daqueles que não são religiosos. O estado brasileiro é laico, mas garan- te a todas as pessoas o direito de pro- fessar sua religião de preferência ou de defender suas crenças. A Consti- tuição Federal garante a liberdade religiosa: VI – é inviolável a liber- dade de consciência e de cren- ça, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Artigo 5o. Disponível em: https://ijp.short.gy/ XSOlnl. Acesso em: 9 ago. 2021. Atividade complementar Organize a turma em grupos e pro- ponha aos estudantes uma pesquisa sobre o tema religiões e crenças no Brasil. Cada grupo ficará responsável por pesquisar uma das seguintes reli- giões ou sistema de crenças: cristia- nismo; budismo; islamismo; religiões afro-brasileiras; ateísmo; judaísmo. Essa pesquisa pode ser feita em li- vros ou no laboratório de informática da escola, garantindo que os estudan- tes naveguem de forma segura e uti- lizem fontes confiáveis. Os resultados da pesquisa deverão ser organizados e compartilhados com os outros gru- pos em sala de aula, na forma de ex- posição oral ou por meio de cartazes. 69 5_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 695_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 69 8/17/21 10:04 AM8/17/21 10:04 AM Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. LER O MUNDO: HISTÓRIA VIVA Roma e a Rota da Seda Roma e China foram os mais importantes impérios da Antiguidade. As duas civi lizações não tiveram contato por muitos séculos. No século II a.C., estabelece- ram relações comerciais através da Rota da Seda, uma das maiores rotas comerciais de toda a história. A Rota da Seda percorria toda a Ásia, ligando a China a Roma. Pela rota eram intercambiados produtos como madeira, tecidos, perfumes, medicamentos e me- tais preciosos entre o Ocidente e o Oriente. O texto a seguir relata alguns detalhes dessa importante rota comercial. Entre as duas civilizações mais importantes do mundo antigo, os romanos e os chineses, havia um grande espaço geográfico. A rota por terra entre o oeste da China e os portos mais próximos do Mar Negro, mesmo antes da era cristã, era a mais longa do mundo. Atravessava montanhas e planaltos, planícies rochosas e desertos salgados, correntezas fortes, desfiladeiros e imensas pastagens. A rota era mais como uma corrida de revezamento do que uma procissão, pois os bens comer- cializados eram passados de mercador para mercador, de bazar para bazar e, assim, eles lentamente cruzavam o continente em carroças, a cavalo e em camelos que se moviam em longos comboios. A principal carga transportada do Oriente era a seda. Os ricos de Roma e Alexan- dria veneravam artigos de vestuário feitos de seda e, por muito tempo, a China foi o único fornecedor desses artigos [...]. Ao longo da rota da seda, em direção ao pôr do sol, vinham não só o tecido, mas outros itens altamente valorizados no Ociden- te: remédios de grande valor, como ruibarbo em conserva e canela em casca, bem como plantas e sementes de importância ainda maior. BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do mundo. São Paulo: Fundamento Educacional, 2008. p. 93-94. Atlas catalão, de 1375, atribuído ao cartógrafo Cresques Abraham, da escola cartográfica de Maiorca, representando caravana de comerciantes italianos percorrendo a Rota da Seda. Reprodução/Biblioteca Britânica, Londres, Inglaterra. 38 Orientações didáticas Ler o mundo: História viva Para iniciar a atividade, leia o texto com os estudantes e localize no mapa o Império Romano, o Império Chinês e a Rota da Seda. Resolva as dúvidas sobre o texto e sobre o mapa. Em seguida, leia as perguntas com os es- tudantes e oriente-os a reler o texto para extrair a informação pedida em cada pergunta. A abordagem do conteúdo da se- ção favorece o desenvolvimento da compreensão de textos, mobilizan- do conhecimentos de alfabetização e literacia. 70 5_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 705_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 70 8/17/21 10:04 AM8/17/21 10:04 AM L u is M a tu to /A rq u iv o d a e d it o ra Ásia: A Rota da Seda (século VI) Fonte: elaborado com base em VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico. São Paulo: Scipione, 2011. p. 49. • Depois de ler o texto e observar o mapa, responda às questões a seguir no caderno. a) Segundo o texto, como as mercadorias eram transportadas pela Rota da Seda? b) Por que a seda era a principal carga transportada na Rota da Seda do Oriente para o Ocidente? c) Pela Rota da Seda não circulavam somente bens materiais, mas também costu- mes, filosofias e tradições religiosas. Na sua opinião, qual é a importância das trocas entre diferentes povos? a) As mercadorias eram passadas de mercador para mercador, de bazar para bazar e, assim, lentamente cruzavam o continente em carroças, a cavalo e em camelos, que se moviam em longos comboios. Porque os ricos de Roma e de Alexandria veneravam artigos de vestuário feitos de seda e, por muito tempo, a China foi o único fornecedor desses artigos. c) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes entendam que, assim como o comércio, a troca de ideias e experiências é enriquecedora para os povos, que podem desenvolver relações pacíficas, apren- der com as diferenças e aumentar a compreensão mútua. Não escreva no livro. ESCALA Quilômetros 0 635 39 Orientações didáticas A atividade contempla os proces- sos de localizar e retirar informações explícitas de textos e de fazer inferên- cias diretas, bem como o processo de interpretar e relacionar ideias e infor- mações, além de mobilizar a CEH5, pois estimula a compreensão do mo- vimento de populações e mercado- rias no tempo e no espaço e seus significados históricos. Ao incentivar que cada estudante expresse sua resposta em voz alta, a atividade permite o desenvolvimento da capacidade de escuta e de fluên- cia em leitura oral. 71 5_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 715_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 71 8/17/21 10:04 AM8/17/21 10:04 AM Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 1. Observe as imagens e responda às questões no caderno. Imagem A Imagem B a) O que os discípulos ou estudantes estão fazendo nas duas imagens? b) Na sua opinião, qual era a importância da discussão coletiva na democracia grega? Você acha que isso ainda é importante hoje? c) Por meio do debate e da discussão podemos entender melhor os problemas da sociedade e encontrar soluções para eles. Escolham um tema social atual e or- ganizem um debate na sala de aula. O professor fará a intermediação e ajudará a turma a definir as regras do debate. 2. Observe as imagens e responda à questão no caderno. Imagem A Imagem B Eles estão debatendo com o mestre ou professor. 1. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes entendam que a livre expressão do pensamento e a discussão co- letiva eram a base da democracia grega e que ainda são importantes na democracia atual.Na imagem A, em mosaico de Pompeia (Itália), datado do século I d.C., Platão com um grupo de discípulos na Escola de Atenas. Na imagem B, em foto de 2020, professor debate com estudantes de uma universidade em praça no centro de Middelburg, Países Baixos (Holanda). Retrato de jovem com estilete e tabuletas de cera em Pompeia. Afresco do século I d.C. A . D A G L I O R T I/ D E A /A lb u m /F o to a re n a / M u s e u A rq u e o ló g ic o N a c io n a l, N á p o le s , It á lia . J o h n T h y s /A F P E ri ch L e s s in g /A lb u m /F o to a re n a /M u s e u A rq u e o ló g ic o N a c io n a l, N á p o le s , It á lia . Jovem usando tablet com tela de toque e caneta compatível com o dispositivo. Nas civilizações grega e romana da Antiguidade, o papel ainda não existia. Para escrever, utilizavam-se pequenas tábuas de cera que eram riscadas com um estilete. Hoje existem tecnologias digitais, como os tablets, que permitem Não escreva no livro. M r. W h is k e y /S h u tt e rs to ck MAIS ATIVIDADES 40 Orientações didáticas Mais atividades Esta seção sugere atividades para resgatar o que foi aprendido e apro- fundar partes do conteúdo. Ela pode servir de diagnóstico para avaliar a compreensão dos estudantes e as possíveis dificuldades de cada um. Antes de realizar as atividades, se necessário, peça aos estudantes que revejam as páginas do capítulo e ex- pressem oralmente o que foi estudado. Registre uma síntese na lousa. Ao final, complemente com algum aspecto que não tenha sido mencionado. Após a realização das atividades propostas na seção, verifique a neces- sidade de retomar coletiva ou indivi- dualmente alguma delas. Atividade 1 Oriente a turma a observar com atenção todos os elementos das ima- gens para perceber as semelhanças e diferenças entre elas. O objetivo da atividade é mostrar a importância do debate para a democracia. Na Grécia antiga, como mostra o mosaico de Pompeia, muitas vezes a atividade filosófica era conduzida sob a forma de um debate de ideias entre um mestre e seus discípulos. Essa prática também é adotada na educação mo- derna, muitas vezes chamada de “diá- logo socrático”, como mostra a fotografia à direita. Para realizar a proposta do item c, há duas opções: pode-se dividir a sala em grupos de debate ou deixar que cada estudante se manifeste livremen- te. É importante definir, antes da ativi- dade, as regras do debate, tais como: o tempo que cada um poderá usar para falar, se haverá direito a réplica ou tréplica, o respeito à opinião e à vez do outro. Para mais orientações sobre co- mo conduzir um debate em sala, po- de-se consultar o link disponível em: https://ijp.short.gy/OBiQBq. Acesso em: 9 ago. 2021. Essa atividade permite o trabalho com a CECH1, a CECH3 e a CECH6, pois sugere que os estudantes cons- truam argumentos para defender suas opiniões, enfatizando o respeito à diferença, à diversidade de opiniões e à intervenção ativa nas questões do mundo à sua volta. Posicionar-se cri- ticamente diante dos desafios do cotidiano, assim como exercitar o diálogo construtivo, também propicia o trabalho com a CEH3, a CEH4 e a habilidade EF05HI04. Ao relacionar ideias e informações e estabe- lecer comparações por meio de análise, os es- tudantes vão desenvolver a expressão oral, a capacidade de análise e a troca de informações. 72 5_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 725_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 72 8/17/21 10:04 AM8/17/21 10:04 AM VENHA DESCOBRIR! ◆ Diário de Pilar na Grécia, de Flávia Lins e Silva, Pequena Zahar. Pilar, uma menina que adora viajar pelo mundo, desvenda a mitologia dos deuses gregos e se aventura pelo monte Olimpo. ◆ Hércules, dos Estúdios Disney, 1997. Animação em DVD (ou blu-ray) sobre o célebre herói grego, dotado de força descomunal. ◆ Odisseia, de Homero, narrada por Ruth Rocha, Salamandra. Nesse épico da Grécia antiga, Ruth Rocha conta as peripécias do herói da Guerra de Troia, Ulisses, na tentativa de voltar para Ítaca, sua ilha natal. escrever, desenhar e muitas outras coisas numa tela sensível ao toque. As tábu- as de cera permitiam registrar poucas informações de cada vez; para escrever mais, era necessário aquecer a cera e apagar o que tinha sido escrito. Já os tablets possibilitam armazenar uma quantidade enorme de informações (textos, imagens, fotos, vídeos, etc.), que podem ficar guardadas no próprio aparelho ou na internet. O que você acha que mudou de uma época para a outra? 3. Copie no caderno a única alternativa correta sobre a Grécia antiga. a) Na democracia grega, os cidadãos manifestavam sua vontade política somente por meio de seus representantes eleitos. b) Oligarquia era uma forma de governo em que somente uma elite, formada pelos cidadãos mais ricos, tinha participação política. c) Em 27 a.C., Clístenes introduziu uma série de leis que tornaram possível a parti- cipação de todos os cidadãos na vida política de Atenas. d) Antes do surgimento da democracia em Atenas, a Grécia formava uma na- ção unificada. Resposta pessoal. Resposta correta: alternativa b. R e p ro d u ç ã o /E d it o ra P e q u e n a Z a h a r R e p ro d u ç ã o /E d it o ra S a la m a n d ra R e p ro d u ç ã o /W a lt D is n e y P ic tu re s Não escreva no livro. 41 Orientações didáticas Atividade 2 O objetivo da atividade é aproxi- mar os temas estudados dos elemen- tos tecnológicos que fazem parte do cotidiano dos estudantes e também desenvolver a consciência crítica com relação ao uso das novas tecnologias. Analise as duas imagens, leia a le- genda e o enunciado da questão com os estudantes. Após a comparação das imagens e o esclarecimento das dúvidas, oriente os estudantes a res- ponder no caderno a questão. Relacionar ideias e informações contribui para a consolidação dos conhecimentos de literacia e alfabe- tização, incentivando o desenvolvi- mento da produção de escrita. Atividade 3 Oriente os estudantes a reler o texto do capítulo para localizar as informa- ções abordadas em cada alternativa. É importante que os estudantes com- parem o enunciado das alternativas com os enunciados do texto para con- cluir qual é a alternativa correta e quais estão incorretas. Resolva as dúvidas conceituais que possam ter ficado da leitura do texto. Fazer inferências diretas contribui para a consolidação dos conheci- mentos de literacia e alfabetização, incentivando o desenvolvimento da produção de escrita. Venha descobrir! Se os estudantes não tiverem aces- so aos livros sugeridos, peça a eles que visitem a biblioteca da escola ou uma biblioteca municipal e conver- sem com o bibliotecário para obter indicações de títulos equivalentes. 73 5_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 735_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 73 8/17/21 10:04 AM8/17/21 10:04 AM Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. REVER IDEIAS 1. No Egito antigo, a preocupação dos governantes com a preservação dos mo- numentos, estátuas e sarcófagos era bem intensa, uma vez que a destruição era uma prática corriqueira. Leia um texto que atesta essa preocupação, um decreto real de cerca de 2130-1980 a.C.: Quem em toda esta terra fizer algo nocivo ou perverso às suas estátuas, lajes, capelas, carpintarias ou monumentos que se encontrem no recinto de algum templo, Minha Majestade não permitirá que sua propriedade ou a de seus pais permaneçam com eles, ou se junte aos espíritos da necrópole, ou permaneça entre os vivos. VENTURA, Dalia. A verdadeira razão por que as estátuas do Egito têm os narizes quebrados. BBC News Mundo, 27 abr. 2021. Disponível em: https://ijp.short.gy/KeGebz. Acesso em: 28 abr. 2021. Agora, responda no caderno. a) Relendo o enunciado, no trecho “[...] a destruição era uma práticacorriqueira”, a palavra em negrito pode ser substituída por: cotidiana – condenável – eventual – incomum b) Quem publicou e qual era a função do decreto real? c) Em sua opinião, a preservação do patrimônio histórico por parte dos governan- tes é uma preocupação exclusiva do passado? Justifique. 2. O texto a seguir trata do papel da religião no Egito e na Mesopotâmia. Copie no caderno o texto, completando-o adequadamente com as palavras do quadro. religião – deuses – cultuados – politeístas – proteger – tragédias – animais No antigo Egito, assim como na Mesopotâmia, a desempenhava um papel muito importante na vida das pessoas. Os deuses eram no cotidiano e, muitas vezes, eram representados na forma de , como o gato, a serpente ou o croco- dilo. Os eram muitos e variados, por isso podemos dizer que essas sociedades eram . Eles acreditavam que os deuses podiam interceder em diferentes situa- ções, para contra perigos e contra como a fome, as secas e as doenças. cotidiana O decreto foi publicado pelo rei do Egito e tinha a função de alertar e punir aqueles que agissem contra a preservação dos templos, estátuas e monumentos. 1. c) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que pre- servar o patrimônio histórico é uma preocupação ainda muito presente e necessária nos tempos atuais. religião; cultuados; animais; deuses; politeístas; proteger; tragédias. Não escreva no livro. 42 Orientações didáticas Rever Ideias Atividade 1 Leia com os estudantes o enuncia- do da atividade e o trecho do decre- to real egípcio. Depois leia as questões e resolva as dúvidas de compreensão de texto. Oriente os estudantes a reler o texto correspondente no capítulo para responder às questões. É impor- tante que eles tenham compreendi- do que se trata de um documento de época e consigam identificar sua função. Espera-se que os estudantes en- tendam a importância da preserva- ção do patrimônio histórico não só no caso do Egito, mas como forma de testemunho da história da cultura material e imaterial da humanidade ao longo do tempo. O conceito de patrimônio material e imaterial foi trabalhado em diferentes situações ao longo da unidade. Essa atividade contribui para a consolidação dos conhecimentos de literacia e alfabetização, incentivan- do o desenvolvimento da produção de escrita. Atividade 2 Leia com os estudantes o enuncia- do da atividade e o texto com as la- cunas. Se necessário, oriente-os a reler partes do capítulo para preen- cher as lacunas no caderno. Resolva as dúvidas de vocabulário que pos- sam ter ficado da leitura do texto. 74 5_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 745_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 74 8/17/21 10:04 AM8/17/21 10:04 AM 3. Uma turma de estudantes visitava uma exposição virtual cujo título era “Trans- formação da linguagem escrita: páginas do tempo”. Observe a seguir algumas imagens que eles encontraram nessa exposição. a) Qual é a forma de comunicação escrita mais antiga e a mais recente? b) Da comunicação escrita em singelas tábuas de argila até a comunicação digital do presente, o que mudou e o que permaneceu? 4. Uma das críticas mais presentes nos dias de hoje é a desigualdade entre os gêneros. As mulheres lutam há muito tempo para garantir seus direitos nos espaços públicos e privados. Consulte o link https://ijp.short.gy/4ZirDK (acesso em: 27 abr. 2021) e escolha uma das personalidades do livro Brasileiras inspiradoras. Depois, escreva no cader- no o que mais o surpreendeu na história da personalidade escolhida. 5. Observe a fotografia a seguir e leia atentamente a legenda. Aprender a se expressar bem e defender as ideias em que você acredita é essencial para o crescimento pessoal e também para a democracia. A jovem sueca Greta Thunberg se tornou defensora do meio ambiente e ativista contra a crise climática. Ela debate com as pessoas, mas também defende suas ideias e dialoga com políticos e autoridades para encontrar soluções para os problemas ambientais atuais. Na fotografia, Greta discursa em Washington, D.C., Estados Unidos, em setembro de 2019. N ic h o la s K a m m /A F P /G e tt y I m a g e s • Reúnam-se em grupos, escolham um problema ambiental de sua região e, com a coordenação do professor, pesquisem esse tema. Vocês devem propor uma solução para esse problema. Depois, escolham um porta-voz do grupo para defender as ideias para a turma. A mais antiga é a escrita cuneiforme da Mesopotâmia; a mais recente é a comunicação digital através do tablet. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. R e p ro d u ç ã o /M u s e u M e tr o p o lit a n o d e A rt e , N o v a Y o rk , E U A . A rd o P ic s /S h u tt e rs to ck Manuscrito alemão do século XV. Capa do Jornal Folha de S.Paulo, 5 nov. 2008. Livro digital. 3. b) Os estudantes devem perceber que a necessidade da comunicação humana e a linguagem escrita permanecem indispensáveis. No passado, poucas pessoas tinham acesso à escrita. Na era digital, mudaram os meios de comunicação. Hoje temos acesso a uma enorme quantidade de informações e de conhecimentos de forma imediata.Hoje temos acesso a uma enorme quantidade de informações e de conhecimentos de forma imediata. A rq u iv o /F o lh a p re s s 43 Orientações didáticas Atividade 3 Os estudantes devem inferir a se- quência temporal das formas de es- crita e seus suportes. Eles devem compreender o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação ao longo do tempo. É desejável que os estudantes en- tendam a importância da escrita na história humana e percebam como esse conhecimento se ampliou e se difundiu ao longo do tempo, enten- dendo as relações de mudanças e de permanências. Atividade 4 Leia o enunciado e oriente os es- tudantes a refletir sobre a questão antes de responder. É importante que os estudantes compreendam que o termo “crítica” não é algo necessaria- mente negativo. Quando construtiva e não voltada para o ataque pessoal, mas para a melhoria de alguma reali- dade ou instituição, a crítica é bem- -vinda e faz parte da cidadania. Os estudantes devem relacionar a noção de cidadania com os princípios de respeito à diversidade de gênero e com o respeito aos direitos huma- nos. Espera-se que eles percebam a ausência de personalidades mulheres e de relatos femininos na narrativa oficial da história. Essa atividade contribui para a con- solidação dos conhecimentos de lite- racia e alfabetização, incentivando o desenvolvimento da leitura, da expres- são oral e da produção de escrita. Atividade 5 Espera-se que os estudantes entendam que a livre expressão do pensamento e a discussão coletiva eram a base da democracia grega, mas que são importantes na democracia atual. Os estudantes devem entender o direito de livre expressão como uma conquista histórica da cidadania. Esse conteúdo mobiliza as CG5, CG9 e CG10 e a habilidade EF05HI05. Oriente os estudantes a se reunir em grupos e faça com eles uma lista dos principais problemas ambientais de sua região. Cada grupo ficará res- ponsável por pesquisar um dos problemas levan- tados, na internet ou em livros da biblioteca. Oriente os grupos a levantar fotografias, grá- ficos, reportagens, etc. que poderão ser exibidos na apresentação e em cartazes. Sugira também uma discussão com a turma para propor solu- ções para os problemas encontrados. Essa atividade incentiva a escuta e a troca de ideias, além de contribuir para a consolidação dos conhecimentos de literacia e de alfabetiza- ção e incentivar o desenvolvimento da expres- são oral. 75 5_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 755_Vem_Voar_Historia_g23At_036a077_U01_MP.indd 75 8/17/21 10:04 AM8/17/21 10:04 AM