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1
ESTUDO
ORIENTADOC
H
CIÊNCIAS
HUMANAS
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2019
Todos os direitos reservados
Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial, programação visual e revisão
Hexag Sistema de Ensino
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Editoração eletrônica
Arthur Tahan Miguel Torres
Claudio Guilherme da Silva Souza
Eder Carlos Bastos de Lima
Fernando Cruz Botelho de Souza
Matheus Franco da Silveira
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Projeto gráfico e capa
Raphael Campos Silva
Foto da capa
pixabay (http://pixabay.com)
Impressão e acabamento
Meta Solutions
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o 
ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição 
para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre 
as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não representando qual-
quer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.
2019
Todos os direitos reservados para Hexag Sistema de Ensino.
Rua Luís Góis, 853 – Mirandópolis – São Paulo – SP
CEP: 04043-300
Telefone: (11) 3259-5005
www.hexag.com.br
contato@hexag.com.br
CARO ALUNO
Desde 2010, o Hexag Medicina é referência na preparação pré-vestibular de candidatos às melhores uni-
versidades do Brasil.
Você está recebendo o livro Estudo Orientado 1 do Hexag Medicina. Com o objetivo de verificar se você 
aprendeu os conteúdos estudados, este material apresenta nove categorias de exercícios a serem trabalhados 
como Estudo Orientado (E.O.):
 § E.O. Aprendizagem: exercícios introdutórios de múltipla escolha para iniciar o processo de fixação da 
matéria dada em aula;
 § E.O. Fixação: exercícios de múltipla escolha que apresentam um grau de dificuldade médio, buscando a 
consolidação do aprendizado;
 § E.O. Complementar: exercícios de múltipla escolha com alto grau de dificuldade;
 § E.O. Dissertativo: exercícios dissertativos seguindo a forma da segunda fase dos principais vestibulares 
do Brasil;
 § E.O. Enem: exercícios que abordam a aplicação de conhecimentos em situações do cotidiano, preparando 
o aluno para esse tipo de exame;
 § E.O. Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp): exercícios de múltipla escolha das faculdades 
públicas de São Paulo;
 § E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp): exercícios dissertativos da segunda fase das 
faculdades públicas de São Paulo;
 § E.O. Uerj (Exame de Qualificação): exercícios de múltipla escolha, buscando a consolidação do apren-
dizado para o vestibular da Uerj;
 § E.O. Uerj (Exame Discursivo): exercícios dissertativos nos moldes da segunda fase da Uerj.
A edição 2019 foi elaborada com muito empenho e dedicação, oferecendo ao aluno um material moderno 
e completo, um grande aliado para o seu sucesso nos vestibulares mais concorridos de Medicina.
Bons estudos!
Herlan Fellini
HISTÓRIA 7
GEOGRAFIA 203
HISTÓRIA GERAL 9
HISTÓRIA DO BRASIL 95
CARTOGRAFIA, CLIMA E GEOMORFOLOGIA 205
GEOLOGIA, GEOMORFOLOGIA E PEDOLOGIA 317
SUMÁRIO GERAL
CIÊNCIAS HUMANAS
1
CIÊNCIAS HUMANAS
e suas tecnologiasC
HISTÓRIA
H
SUMÁRIO
HISTÓRIA
HISTÓRIA GERAL
HISTÓRIA DO BRASIL
Aulas 1 e 2: Antiguidade oriental 11
Aulas 3 e 4: Grécia 29
Aulas 5 e 6: Roma: monarquia e república 49
Aulas 7 e 8: Roma: crise da república e império 63
Aulas 9 e 10: Império Bizantino e civilização muçulmana 81
Aulas 1 e 2: Formação de Portugal e navegações ultramarinas 97
Aulas 3 e 4: América pré-colombiana, mercantilismo e administração espanhola na América 117
Aulas 5 e 6: Período pré-colonial, administração colonial e invasões francesas 139
Aulas 7 e 8: Economia colonial, sociedade e invasões holandesas 157
Aulas 9 e 10: Bandeirismo, mineração e tratados de limites 179
UNESP
Cobra a associação de fatos e conceitos políticos, econômicos e sociais com textos científicos e 
mapas. O candidato deve ser hábil ao interpretar o material dado na questão, além de dominar os 
temas estudados. Os temas da antiguidade clássica são recorrentes e o candidato deve dominar, 
principalmente, a vida econômica e política dos períodos em destaque.
UNICAMP
As questões tendem a ser discursivas, o que força o candidato a dominar o assunto cobrado. O caráter das 
questões é de âmbito reflexivo, trazendo temas históricos para o debate de temas contemporâneos. Cabe 
ao candidato ficar atento aos aspectos sociológicos, políticos e econômicos dos temas, preocupando-se 
menos com ações individuais dos agentes, e aos temas da atualidade para obter sucesso.
ENEM / UFRJ
A proposta do Enem é interpretativa. Na maioria das questões, o candidato deve ler os textos 
propostos atentamente, pois as soluções quase sempre estarão contidas neles. 
UERJ
Este vestibular não contempla com frequência temas das antiguidades clássica e oriental. No 
entanto, pelo caráter da prova, cabe ao candidato preparar-se para questões que envolvam 
conhecimento das condições políticas, sociais e econômicas dos períodos descritos. 
FA
CU
LD
ADE DE MEDICINA
BOTUCATU
1963
Abordagem de ANTIGUIDADES ORIENTAL E CLÁSSICA 
nos principais vestibulares.
FUVEST
Determina conhecimento profundo dos temas estudados. Os temas da antiguidade clássica são 
muito cobrados pelo vestibular. É necessário atribuir correlações entre as realidades econômica 
e política de cada período. A concepção de história é voltada para a compreensão de processos 
históricos e dificilmente sobre ações individuais isoladas. Como em outros vestibulares, atente-se 
aos principais temas da atualidade.
to0
11
/S
hu
tte
rst
oc
k
©
 Fo
01 02
C
HISTÓRIA
H
Antiguidade oriental
Competências
1, 2, 3, 4, 5 e 6
Habilidades
1, 4, 5, 7, 8, 9, 11, 
14, 15, 16, 18, 19, 
22, 23, 27 e 29
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01 02
C
HISTÓRIA
H
Antiguidade oriental
Competências
1, 2, 3, 4, 5 e 6
Habilidades
1, 4, 5, 7, 8, 9, 11, 
14, 15, 16, 18, 19, 
22, 23, 27 e 29
Competência 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.
H1 Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2 Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3 Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos
H4 Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5 Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de 
poder.
H6 Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7 Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
H8 Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.
H9 Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial
H10
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade 
histórico-geográfica.
Competência 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes 
grupos, conflitos e movimentos sociais.
H11 Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12 Analisar o papel da justiça como instituição na organizaçãodas sociedades.
H13 Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14
Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca 
das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15 Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
Competência 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do 
conhecimento e na vida social.
H16 Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
H17 Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18 Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19 Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20 Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favo-
recendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.
H21 Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
H22 Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23 Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades. 
H24 Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25 Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e 
geográficos.
H26 Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27 Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e (ou) geográficos.
H28 Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29 Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30 Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
13
E.O. AprEndizAgEm
 1. (UFTM) Em janeiro de 2011, os jornais no-
ticiaram que os protestos contra o governo 
do Egito poderiam ter um efeito colateral 
muito sério: a destruição ou dano de várias 
relíquias, obras e sítios arqueológicos da an-
tiga civilização egípcia. De acordo com as 
agências de notícias, houve várias tentativas 
de saquear o museu do Cairo. Numa delas, 
indivíduos quebraram pouco mais de uma 
dezena de estátuas e decapitaram duas mú-
mias, recentemente identificadas como avós 
do faraó Tutankhamon. Alguns saqueadores 
pareciam procurar apenas por ouro.
Sarcófago do Faraó Tutamkhamon
MUSEU DO CAIRO, EGITO
Sobre o material arqueológico proveniente 
do Antigo Egito, é correto afirmar que 
a) sua destruição afetaria a economia do Egito, 
mas não traria consequências sérias para a 
ciência e para a história, que já estudaram 
esse material.
b) grande parte dele foi destruído pelos pró-
prios egípcios ainda na Antiguidade, como 
estratégia para proteger os segredos de sua 
cultura dos invasores. 
c) foi uma das causas dos protestos contra o 
governo, que pagou grandes somas para rea-
ver objetos em poder de países europeus. 
d) permitiu compreender a importância dos ri-
tuais fúnebres, como atestam os sarcófagos 
do Vale dos Reis. 
e) tem grande valor artístico e confirmou o que 
já se sabia dos antigos egípcios por meio de 
documentos escritos. 
 2. (PUC-PR) O Império Babilônico dominou di-
ferentes povos como os sumérios, os acádios 
e os assírios. Para governar povos tão dife-
rentes, o rei Hamurábi organizou o primeiro 
código de leis escritas, o Código de Hamurábi. 
 § Se um homem acusou outro de assassi-
nato mas não puder comprovar, então o 
acusador será morto. 
 § Se um homem ajudou a apagar o incêndio 
da casa de outro e aproveitou para pegar 
um objeto do dono da casa, este homem 
será lançado ao fogo. 
 § Se um homem cegou o olho de outro ho- 
mem, o seu próprio será cegado. Mas, se 
foi olho de um escravo, pagará metade do 
valor desse escravo.
 § Se um escravo bateu na face de um ho- 
mem livre, cortarão a sua orelha. 
 § Se um médico tratou com faca de metal a 
ferida grave de um homem e causou-lhe a 
morte ou lhe inutilizou o olho, as suas mãos 
serão cortadas. Se a vítima for um escravo, 
o médico dará um escravo por escravo. 
 § Se uma mulher tomou aversão a seu ma- 
rido e não quiser mais dormir com ele, 
seu caso será examinado em seu distrito. 
Se ela se guarda e não tem falta e o seu 
marido sai com outras mulheres e des-
preza sua esposa, ela tomará seu dote de 
volta e irá para a casa do seu pai. 
Assinale a alternativa correta: 
a) As leis aplicavam-se somente aos homens li- 
vres e que possuíssem propriedades. 
b) Estabeleceu o princípio que todos eram 
iguais perante a lei e por isso um escravo te-
ria os mesmos direitos que um homem livre. 
c) O Código de Hamurábi representava os ideais 
democráticos do Império Babilônico. 
d) O código tinha como princípio a “pena de ta-
lião” resumida na expressão “olho por olho, 
dente por dente”. 
e) O Código considerava a mulher propriedade 
do homem e sem direitos. 
 3. (UEG) Artigo 200: Se um homem arrancou 
um dente de um outro homem livre igual a 
ele, arrancarão o seu dente. 
Artigo 201: Se ele arrancou o dente de um 
homem vulgar, pagará um terço de uma 
mina de prata. 
Artigo 202: Se um homem agrediu a face de 
um outro homem que lhe é superior, será 
golpeado sessenta vezes diante da assem-
-bleia com um chicote de couro de boi. 
CÓDIGO DE HAMURÁBI. In: VICENTINO; DORIGO. História 
para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2001. p. 47. 
Estes artigos pertencem ao célebre Código de 
Hamurábi, primeiro registro escrito de leis 
de que se tem notícia. Com base na leitura 
dos exemplos apresentados, conclui-se que 
a) a pena pelo delito cometido pode variar de acor-
do com a posição social da vítima e do agressor.
b) para a legislação de Hamurábi, a Lei de Talião 
era absoluta, sempre “olho por olho, dente 
por dente”. 
c) Hamurábi conseguiu unificar a Babilônia a 
partir da implantação de um só código de 
leis para todo o território. 
d) os antigos babilônios consideravam que 
agredir a face de um homem era mais grave 
do que arrancar seu dente.
14
 4. (UECE) Os sumérios foram os primeiros habi-
tantes da Mesopotâmia. Eles se autodenomi-
navam “as cabeças negras” e a região na qual 
habitavam denominavam de “terra de Sumer”. 
Sobre este povo, assinale o correto. 
a) Eram nômades, voltados para a guerra e a 
conquista de novos territórios. Ao contrário 
de outros povos, repudiavam o comércio, não 
possuíam uma cultura definida ou uma reli-
gião organizada, com um panteão e seu ritos. 
b) Oriundos de diversos grupos étnicos, vin-
dos do deserto da Síria, começaram a pe-
netrar aos poucos nos territórios da região 
mesopotâmica em busca de terras agricul-
táveis. Eram conhecidos pela sua habilida-
de no comércio.
c) Eram sedentários. Agricultores, realizaram 
obras de irrigação e canalização dos rios. 
Construíram as primeiras cidades fortificadas 
que funcionaram como cidades-estados. Uti-
lizavam técnicas de metalurgia e a escrita.
d) Eram, sobretudo, comerciantes e artesãos. 
Sem nenhuma aquisição cultural significati-
va. Fundaram um império unitário com um 
regime político único. Descendentes dos se-
mitas, foram os primeiros a buscar uma reli-
gião monoteíta.
 5. (UFPI) Entre asprincipais características da Ci-
vilização Hebraica, merecem destaque especial: 
a) A religião politeísta em que as figuras mi-
tológicas de Abraão, Isaac e Jacó formavam 
uma tríade divina. 
b) A criação de uma federação de cidades au-
tônomas e independentes (cidades-estado) 
controladas por uma elite mercantil. 
c) A criação de um alfabeto (aramaico) que seria 
incorporado e aperfeiçoado pelos egípcios, tor-
nando-se conhecido como escrita hieroglífica. 
d) As práticas religiosas caracterizadas pela 
crença na existência de um único Deus (mo-
noteísmo) e no messianismo, pois acredita-
vam na vinda de um messias libertador do 
povo hebreu.
e) As inovações tecnológicas desenvolvidas na 
agricultura, possibilitando grande crescimento 
da produtividade agrícola na região palestina. 
 6. Dentre os povos da Antiguidade Oriental, um 
se destacou como de exímios navegadores e 
excelentes comerciantes. Eram os fenícios, 
cuja principal contribuição legada às civiliza-
ções posteriores foi o(a)
a) alfabeto fonético.
b) organização estatal centralizada.
c) formação de um exército e de uma marinha 
de guerra profissionais.
d) religião monoteísta.
e) organização política democrática.
 7. (UECE) As relações entre o Estado e a reli-
gião, existentes entre os povos da Antigui-
dade, caracterizaram diferentes formas de 
organização político-social. Sobre essas rela-
ções, é correto afirmar que
a) o politeísmo implantado pelas monarquias 
hebraicas restringia a concepção do rei como 
ser humano, tornando-o ungido de Deus. 
b) a teocracia egípcia, concepção divina de 
poder, personificada no faraó como próprio 
Deus, limitou-se ao período do Novo Império. 
c) a monarquia teocrática, no Egito antigo, 
ocorria através da personificação de Deus e 
do Estado na figura do faraó. 
d) o Código de Hamurábi era um manual de 
orientação espiritual, que autorizava os fiéis 
a fazer justiça com as próprias mãos. 
 8. (UFPB) Sobre os povos da Antiguidade 
Oriental, é correto afirmar: 
a) A agricultura foi o principal fator de enri-
quecimento e desenvolvimento dos hebreus, 
devido ao aproveitamento das águas através 
de complexos e amplos sistemas de irrigação. 
b) A religião constituiu a principal herança dei-
xada pelos egípcios, de onde provém o mo-
noteísmo judaico. 
c) O comércio marítimo marcou a presença his-
tórica dos fenícios, que estabeleceram con-
tatos com diversos povos, ao longo da costa 
do Mar Mediterrâneo. 
d) A guerra de conquista foi a principal carac-
terística dos sumérios, povo que construiu 
um império que se estendia do Egito às fron-
teiras da Índia. 
e) A escrita cuneiforme, uma das mais impor-
tantes formas de registro escrito, produzido 
em blocos de argila, foi a principal contri-
buição dos persas, povo que habitou a Me-
sopotâmia. 
 9. (UFPB) Uma das regiões de maiores conflitos 
civilizacionais, ao longo da História, é a do 
Oriente Médio. Na Antiguidade, parte dessa 
região foi ocupada pelo Império Babilônico. 
Embora a riqueza de sua civilização seja mal 
conhecida, a Babilônia povoa o imaginário 
social até os tempos contemporâneos, em 
diversas manifestações culturais, a exemplo 
da ópera “Nabucodonosor” (do compositor 
italiano Giuseppe Verdi) e de algumas músi-
cas brasileiras atuais, como a apresentada a 
seguir. 
“Suspenderam os Jardins da Babilônia e eu 
para não ficar por baixo 
Resolvi botar as asas para fora, porque 
Quem não chora daqui, não mama dali [...]” 
(LEE, Marcucci; LEE, Rita. “Jardins da Babilônia”, 
1978. Disponível em: <www.cliquemusic.
com.br>. Acesso em: 15 ago. 2006). 
15
Sobre a civilização babilônica, é correto afirmar: 
a) A configuração geográfica de planície, na 
Mesopotâmia, foi elemento favorável a in-
vasões de numerosos povos, que consegui-
ram conviver em um Estado unificado, está-
vel e duradouro. 
b) A Babilônia foi fundada e tornou-se capital 
durante a primeira unificação política na re-
gião - o Primeiro Império Babilônico, quan-
do cessaram as ondas migratórias na Meso-
potâmia. 
c) A desagregação do Primeiro Império Babi-
lônico não mais permitiu outra unificação 
política na região, impedida pelos assírios, 
povo do norte da Mesopotâmia, ainda hoje 
remanescente no Iraque. 
d) O esplendor da Babilônia ocorreu no Se-
gundo Império, com a construção de gran-
des obras públicas: as muralhas da cidade, 
os palácios, a Torre de Babel e os Jardins 
Suspensos. 
e) A cultura babilônica, como a dos povos me-
sopotâmicos, em geral, apresentou um gran-
de desenvolvimento da astronomia, da me-
dicina e da matemática, que se separaram, 
respectivamente, da astrologia, da magia e 
da mística dos números.
 10. (G1 - Ifsul) Este povo destacou-se pela or-
ganização e desenvolvimento de uma cul-
tura militar. Encarava a guerra como uma 
das principais formas de conquistar poder e 
desenvolver a sociedade. Era extremamente 
cruel com os povos inimigos que conquista-
va, impondo aos vencidos, castigos e cruel-
dades como uma forma de manter respeito e 
espalhar o medo entre os outros povos. 
O texto acima se refere a qual povo da anti-
guidade? 
a) Caldeus. 
b) Hititas. 
c) Assírios. 
d) Sumérios. 
E.O. FixAçãO
 1. (UEA)
Os egípcios da Antiguidade acreditavam que 
a vida continuava no além-túmulo e que, 
para isso, era preciso que o ambiente social, 
em que os donos dos túmulos viveram, fosse 
representado nas suas paredes. Essas pintu-
ras da tumba de Nakht, escriba do Império, 
representam 
a) as intervenções e modificações realizadas 
pelos antigos egípcios no mundo natural, 
por meio de técnicas e conhecimentos ad-
quiridos. 
b) as secas periódicas, que afligiam os antigos 
egípcios e resultavam do baixo índice plu-
viométrico nas cabeceiras do rio Nilo. 
c) os conflitos sociais presentes na antiga so-
ciedade egípcia que opunham a nobreza aos 
altos funcionários públicos. 
d) o poder teocrático dos faraós que eram con-
siderados filhos do deus Sol e, devido a isso, 
justos e infalíveis. 
e) a falta de habilidade dos antigos pintores 
egípcios, incapazes de retratar a vida coti-
diana da população.
 2. (UCS) Relacione as civilizações da Antigui-
dade apresentadas na COLUNA A a cada lo-
calização que as identificam, elencadas na 
COLUNA B. 
COLUNA A COLUNA B 
1. Fenícia ( ) Nordeste da África 
2. Egípcia ( ) Atual Líbano
3. Mesopotâmica ( ) Atual Irã
4. Persa ( ) Atual Iraque
Assinale a alternativa que completa correta e 
respectivamente os parênteses, de cima para 
baixo.
a) 1 – 3 – 2 – 4
b) 1 – 2 – 4 – 3
c) 2 – 1 – 4 – 3
d) 2 – 4 – 1 – 3
e) 3 – 4 – 2 – 1
16
 3. (UFG) Tinha o desejo de saber por que o 
Nilo começa a encher no solstício de Verão. 
De acordo com a primeira explicação, são os 
ventos estivais que, desviando com seu so-
pro as águas do Nilo, impede-as de ir para 
o mar, ocasionando a cheia. A segunda ver-
são é ainda mais absurda, embora encerre 
qualquer coisa de maravilhoso. Dizem que o 
oceano envolve toda a terra, e que o Nilo está 
sujeito a inundações porque vem do oceano. 
A terceira explicação é mais falsa. Com efei-
to, pretender que o Nilo provém de fontes 
de neve equivale a não dizer nada. Como 
poderia ser formado por fontes de neve se 
vem de um clima muito quente para um país 
igualmente tórrido? 
HERÓDOTO. História. Rio de Janeiro: Jackson 
Inc., 1964. p. 119-120. (Adaptado). 
No fragmento apresentado, escrito por volta 
de 440 a.C., Heródoto expõe diferentes vi-
sões para explicar os motivos das cheias do 
rio Nilo, no Egito. A forma de exposição de 
Heródoto expressa uma característica da pó-
lis grega, associada
a) ao apego a modelos explicativos baseados 
no empirismo.
b) à crença na interferência de elementos míti- 
cos sobre os eventos naturais.
c) à especulação filosófica como forma de 
transformar a realidade.
d) à relativização da verdade como meio para 
alcançar o conhecimento.
e) ao exercício do diálogo constituído por dis-
tintas opiniões sobre os acontecimentos. 
 4. (UEG) Leia o texto a seguir. 
Amanheces formoso no horizonte celeste, 
Tu, viventeAton, princípio da vida! 
Quando surgiste no horizonte do oriente 
Inundaste toda a terra com tua beleza. 
[...] 
Ó Deus único, nenhum outro se te iguala! 
Tu próprio criaste o mundo de acordo com 
tua vontade, 
Enquanto ainda estavas só. 
HINO A ATON. In: PINSKI, Jaime. 100 textos de História 
Antiga. São Paulo: Contexto, 2009. p. 56-57. 
O faraó Amenófis IV (1377-1358 a.C.), como 
parte de uma estratégia política que visava 
diminuir o poder da classe sacerdotal egíp-
cia, realizou uma reforma religiosa que teve 
como principal tópico a 
a) adoção do Deus dos hebreus, que se encon-
travam escravizados no Egito, mas tendo 
José como um importante membro da corte. 
b) definição de que o próprio faraó Amenófis 
IV, que adotou o nome de Akhenaton, seria 
o deus único dos egípcios.
c) imposição de deuses estrangeiros trazidos do 
Oriente, levados para o Egito por meio das 
rotas comerciais favorecidas pelo faraó.
d) imposição do monoteísmo, adotando o culto 
oficial a um deus único e proibindo adoração 
às outras deidades do panteão egípcio.
 5. (UERN) O primeiro meio pelo qual o ser hu-
mano registrou sua própria existência foi a 
pedra. As pinturas rupestres mais antigas, 
encontradas em cavernas da Espanha, datam 
de cerca de quarenta mil anos atrás. Quando 
a escrita foi encontrada na Mesopotâmia, em 
4000 a.C., foi preciso um suporte que a tor-
nasse portátil. A solução foram as tabuletas 
de argila, pranchas do tamanho de uma fo-
lha de papel, gravadas com argila ainda úmi-
da, usando uma ponta afiada de madeira. Se 
as tabuletas se destinavam a uso definitivo, 
eram cozidas em fornos, como vasos de cerâ-
mica – se não, eram apagadas. Um estilo de 
escrita desenvolvido foi chamado cuneiforme. 
(Revista Aventuras na História. Edição 
114. Janeiro de 2013. p. 14.) 
A partir dessas formas de registro, outras 
foram surgindo e a escrita tornou-se um 
meio para a transmissão de tradições, trans-
formando-se num veículo de expressão e or-
ganização social. Com base na relação entre 
o surgimento da escrita e a aceleração do 
desenvolvimento das civilizações, é correto 
afirmar que
a) tanto nas primeiras civilizações, quanto nas 
civilizações vindouras, a escrita possui um 
papel fundamental na cultura. 
b) foi a escrita, à medida em que se transfor-
mava em um sistema informacional, a gran-
de responsável pelo surgimento do Estado. 
c) não são consideradas “civilizações” as socie-
dades que não desenvolveram a escrita, já 
que não deixaram registro de sua cultura. 
d) comprovadamente, as civilizações que domi-
naram a escrita, tais como a Mesopotâmia e 
o Egito, tornaram-se superiores às demais, 
dominando-as.
 6. (UFRGS) Durante o reinado de Hamurábi 
na Babilônia (1792-1750 a.C.), foi escrita 
uma relação de sentenças legais que, mo-
dernamente, é conhecida pelo nome de Có-
digo de Hamurábi. 
O objetivo da obra era 
a) estabelecer uma ordem constitucional para 
fundar o Estado imperial mesopotâmico. 
b) enaltecer a pessoa do rei, associando-a ao 
poder, à justiça e à sabedoria. 
c) proporcionar aos cidadãos do império um 
código legal universal e aplicável a todas as 
situações conflituosas. 
d) impor a lei do Talião como norma exclusiva 
para a ordem constitucional mesopotâmica. 
e) promover a igualdade jurídica entre todos os 
súditos do rei.
17
 7. (UFSM)
O mapa acima indica os diversos caminhos do povo hebreu na Antiguidade, destacando a migração 
de Ur para a Palestina (por volta de 1900 a.C.), a ida ao Egito (1700 a.C.), o Êxodo (1200 a.C.), a 
deportação para a Babilônia e o regresso à Palestina (século VI a.C.). A partir desses dados, pode-
-se inferir: 
a) O povo hebreu realizou trocas comerciais e culturais com o Egito e a Mesopotâmia, e essas trocas in-
fluíram na sua formação cultural e religiosa. 
b) Como se percebiam como “povo eleito por Deus”, os hebreus recusavam qualquer influência das cultu- 
ras e das religiões dos povos do Oriente Médio. 
c) A força política e militar dos hebreus se impôs sobre os reinos do Oriente Médio, originando uma cul- 
tura e religião dominantes na região. 
d) As migrações dos povos da Antiguidade eram raras, devido às péssimas condições das estradas e à 
precariedade dos meios de transporte. 
e) As migrações de povos tornaram-se possíveis com as facilidades criadas pelas sociedades estatais no 
Egito e Mesopotâmia. 
 8. (UERN) Por que o dia tem 24 horas?
Foram os sumérios, por volta de 2000 a.C., que tiveram essa ideia. Esse povo viveu no sul da Me- 
sopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, onde fica hoje o sul do Iraque, no Oriente Médio. O povo 
sumério dividiu o dia em: 12 horas para a parte clara (dia) e 12 horas para a parte escura (noite), 
criando assim as 24 horas. Dividiram também o ano em 12 meses, baseados no tempo para plantar 
e para colher. 
(Disponível em: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=419.) 
A civilização egípcia também foi muito criativa no campo artístico e cultural. Desenvolveram um 
tipo especial de escrita, alem de requintes de astronomia, matemática e medicina. O calendário de 
365 dias foi organizado por eles. 
(Moraes, Jose Geraldo Vinci de. 1960. Caminhos das civilizações – história 
integrada: Geral e do Brasil. São Paulo: Atual, 1998. p. 23.) 
Os textos fazem referência ao tempo cronológico, ou seja, as datas se sucedem, com uma duração 
precisa. Ele se difere do tempo histórico que, por sua vez, diz respeito ao tempo de duração de 
determinado processo histórico ou modo de vida de uma sociedade. Diante do exposto, e correto 
afirmar que 
a) o relógio, bem como os outros marcadores de tempo, seguem criteriosamente os ritmos da natureza, 
logo, tem suas marcações derivadas de um processo natural, ou seja, universal. 
b) o modo como o dia terrestre é dividido em horas, segundos e minutos pode ser considerado como uma 
conveniência social, ou seja, não é valido para todas as épocas e todos os povos.
c) o tempo histórico, apesar das divergências em relação ao tempo cronológico, está ligado às concepções 
que cada um tem de seu tempo e de sua cultura, sendo, portanto, pessoal e subjetivo.
d) tanto o tempo histórico, quanto o tempo cronológico, são determinantes da superioridade cultural e 
racial de uma sociedade, sendo considerados como marcos divisórios entre a barbárie e a civilização.
18
 9. (UFTM) Leia os excertos da obra 100 textos 
de História Antiga, organizada por Jaime 
Pinsky, de 1980.
Eu sou o rei que transcende entre os reis,
Minhas palavras são escolhidas,
Minha inteligência não tem rival.
(Hamurábi, 1792-1750 a.C. Autopanegírico.) 
O fundamento do regime democrático é a 
liberdade [...]. Uma característica da liber-
dade é ser governado e governar por turno 
[...]. Outra é viver como se quer; pois dizem 
que isto é resultado da liberdade, já que o 
próprio do escravo é viver como não quer. 
(Aristóteles, 384-322 a.C. Política.) 
A partir dos textos, pode-se afirmar que 
a) os fundamentos do poder político eram os 
mesmos para Hamurábi e Aristóteles. 
b) a democracia, segundo Aristóteles, impôs o 
abandono do regime escravista. 
c) Hamurábi considerava que o governante de- 
veria ser escolhido entre os mais sábios. 
d) expressam diferentes concepções sobre as 
relações entre governantes e governados. 
e) a dinastia esclarecida, com doses de despo-
tismo e liberdade, era defendida por ambos.
 10. (UECE 2017) Atente ao seguinte enunciado:
“Dividido em várias Satrápias, controladas 
pelo Sátrapa – um representante do impera-
dor –, esperava-se, assim, um maior contro-
le das vastas áreas do império, a adoção de 
uma moeda comum, assim como um sistema 
próprio de pesos e medidas deveria unifor-
mizar o comércio na região, apoiado por uma 
vasta malha de estradas que conectavam as 
principais cidades”.
Esse enunciado descreve características do 
Império 
a) Macedônio, que teve seu apogeu no governo 
de Alexandre, O Grande, e tinha sua capital 
na cidade de Babilônia. 
b) Romano, que no governo de Adriano estabe-
leceu suas fronteirasfinais que iam da Jor-
dânia até a ilha da Bretanha. 
c) Han, que controlou a China e expandiu suas 
terras da Indochina até a península da Co-
reia. 
d) Persa ou Aquemênida, que em seu apogeu, 
sob o reinado de Dario I, dominou territórios 
na Ásia, África e Europa. 
E.O. COmplEmEntAr
 1. (PUC-PR) Sobre a produção cultural e científi-
ca da Mesopotâmia, é CORRETO afirmar que 
a) os mesopotâmios foram exímios na elabora-
ção de sagas que relatavam as experiências 
de heróis míticos em viagens de exploração 
marítima e colonização das costas da Arábia 
e da África. Além disso, desenvolveram am-
plamente a medicina, pois adquiriram pro-
fundos conhecimentos sobre o corpo huma-
no com a prática da mumificação, que fazia 
parte de sua religião. 
b) os mesopotâmios desenvolveram a pintura 
de forma bastante rica e harmoniosa. Foram, 
também, os inventores do arco redondo ou 
de berço, muito utilizado na construção de 
pontes e de fortificações militares. Muito en-
genhosos, inventaram o concreto em substi-
tuição à pedra bruta, bastante rara na região 
da Mesopotâmia. 
c) os mesopotâmios eram grandes apreciadores 
de esportes, em especial da tauromaquia, 
na qual executavam jogos e apresentações 
acrobáticas com touros, com participação 
de mulheres. Apreciavam também esportes 
como o lançamento de dardos e pesos à lon-
ga distância. Na arquitetura desenvolveram 
complexos tumulares conhecidos como nu-
ragues, de forma cônica, que revelavam sua 
ampla capacidade de cálculo. 
d) os mesopotâmios foram os maiores especia-
listas da Antiguidade na construção de mo-
numentos de pedra esculpida. Os entalhado-
res mesopotâmicos eram reconhecidamente 
os melhores de seu tempo, tanto que foram 
requisitados para trabalhar em complexos 
palacianos na Pérsia e na Índia. Na Litera-
tura, se destacaram nos temas religiosos, 
reflexo de sua profunda devoção e da gran-
de importância da religião para a população 
mesopotâmica, comparável ao Egito. 
e) os mesopotâmios sobressaíram-se nas ciên-
cias, na arquitetura e na literatura. Obser-
vando o céu, especialmente a partir de suas 
torres ou zigurates, e buscando decifrar a 
vontade dos deuses, os sacerdotes desenvol-
veram a astrologia e a astronomia, conse-
guindo atingir um amplo conhecimento sobre 
fenômenos celestes, como o movimento de 
planetas e estrelas e a previsão de eclipses.
 2. Tradicionalmente, podemos definir a pré-
-história como o período anterior ao apare-
cimento da escrita. Portanto, esse período 
é anterior há 4000 a.C., pois foi por volta 
desta época que os sumérios desenvolveram 
a escrita cuneiforme. Com base nesse enten-
dimento, qual a alternativa que apresenta 
19
características das atividades do homem na 
fase paleolítica? 
a) Os homens aprenderam a polir a pedra. A 
partir de então, conseguiram produzir ins-
trumentos (lâminas de corte, machados, ser-
ras com dentes de pedra mais eficientes e 
mais bem acabados).
b) Os homens descobriram uma forma nova de 
obter alimentos: a agricultura, que os obri-
gou a conservar e cozinhar os cereais. 
c) Semeando a terra, criando gado, produzindo 
o próprio alimento, os homens não tinham 
mais por que mudar constantemente de lu-
gar e tornaram-se sedentários. 
d) Os homens conheciam uma economia comer- 
cial e já praticavam os juros. 
e) Os homens ainda não produziam seus ali-
mentos, não plantavam e nem criavam ani-
mais. Em verdade, eles coletavam frutos, 
grãos e raízes, pescavam e caçavam animais. 
 3. 
A imagem mostra uma das faces do Estan-
darte de Ur, a caixa de ressonância de uma 
lira da antiga cidade mesopotâmica de Ur (c. 
2600 a.C.), e representa cenas militares. As-
sinale a alternativa que descreve CORRETA-
MENTE a imagem. 
a) O domínio de armas de projéteis percebidos 
pela presença de arcos e flechas. 
b) A misericórdia com os derrotados em bata-
lha que não são sacrificados nem humilha-
dos.
c) O processo político pacífico que caracterizou 
o início da Era Imperial na Baixa Mesopotâ-
mia.
d) Um exército formal, com divisões de infan-
taria uniformizada e carros de combate bem 
equipados, puxados a cavalo. 
e) A inexistência de comando militar que seria 
percebido pela presença de figuras com ta-
manho maior que o normal e de símbolos de 
poder. 
 4. (FGV) Após um longo período de dominação 
egípcia, os kushitas reorganizaram seus do-
mínios a partir do século IX e estabeleceram 
Napata como a capital do seu império. Ana-
lise o mapa abaixo com atenção e assinale a 
alternativa correta:
a) O império de Kush estabeleceu-se ao sul do 
Egito e caracterizou-se pela economia de 
subsistência. 
b) O Império de Kush estendeu seus domínios 
em direção ao deserto do Saara e controlou 
diversas rotas saarianas. 
c) Apesar da expansão kushita, o império não 
desenvolveu núcleos urbanos ou uma base 
administrativa. 
d) Os persas conquistaram todos os domínios 
kushitas no século VII a.C. 
e) O império de Kush conseguiu estender seus 
domínios até o norte do Egito nos séculos 
VIII e VII a.C. 
 5. (Udesc 2017) “Quem construiu Tebas, a das 
sete portas? Nos livros vem o nome dos reis, 
mas foram os reis que transportaram as pe-
dras? Babilônia, tantas vezes destruída, quem 
outras tantas a reconstruiu? Em que casas da 
Lima Dourada moravam seus obreiros?” 
(Perguntas de um operário que lê. Bertold 
Brecht)
Heródoto de Halicarnasso, nascido no sécu-
lo V a.C., é comumente conhecido como “o 
Pai da História”. De acordo com o historiador 
François Hartog, Heródoto interessava-se, 
20
entre outras questões, pelas maravilhas e pelos monumentos considerados, muitas vezes, expressões 
da influência divina. 
Considerando os questionamentos de Bertold Brecht, assinale a alternativa que contém a melhor 
interpretação para a frase de Heródoto: “O Egito é uma dádiva do Nilo”. 
a) Permite constatar o desconhecimento de Heródoto no que diz respeito à Geografia, uma vez que os 
rios que atravessam o território egípcio são Tigre e Eufrates. 
b) Representa um anacronismo pois, no século V a.C., quando proferida, o Egito era ainda colônia do 
grande Império Bizantino. 
c) Atribui apenas à presença do Nilo o desenvolvimento do Egito, porém não considera a importância 
da presença humana, do trabalho empreendido na utilização do rio e dos benefícios naturais para o 
desenvolvimento da região. 
d) Representa a profunda religiosidade do povo egípcio, o qual atribuía ao deus Nilo o desenvolvimento 
do Império, à época, no período pré-dinástico. 
e) Atribui centralidade às ações do imperador Nilo que, entre os séculos VI a.C. e V a.C., administrou o 
processo de expansão territorial do Império Egípcio, sem, todavia, ressaltar a participação dos solda-
dos que lutavam sob o comando do imperador. 
E.O. dissErtAtivO
 1. (UEG) Grande parte da presença humana na Terra é explicada pelos historiadores tendo como 
referência o termo “pré-história”. Sobre esse período, discorra sobre os seguintes tópicos: 
a) o significado da revolução neolítica. 
b) as limitações conceituais do termo “pré-história”. 
 2. (UEG) O primeiro código de leis de que se tem conhecimento foi estabelecido pelos babilônios por 
volta de XVIII a.C. Quais os princípios fundamentais do chamado “Código de Hamurábi”? 
 3. (UFSCar) Observe as imagens de atividades e de objetos produzidos pelos antigos egípcios, entre 
2000 e 1000 a.C. 
a) Que atividades de trabalho desses povos podem ser identificadas nas imagens e objetos retratados? 
 
 
 
b) Identifique e analise duas mudanças e duas permanências entre as atividades e técnicas do antigo 
Egito e as praticadas no Brasil contemporâneo. 
 4. (UFC) A construção de obras hidráulicas no Mundo Mesopotâmico foi uma necessidade, que teve 
como objetivo tornar produtivo os solos áridos para a prática da agricultura. As mesmas condições 
nas diversas sociedades do Antigo Oriente Próximo deram origem ao conceito de “Impérios Teo-
cráticos de Regadio”. Explique o conceito acima citado. 
21
 5. Por que através da mumificaçãoos egípcios desenvolveram a medicina?
 6. (UEL) Leia a citação e analise a figura a seguir.
“Construir é uma atividade fundamental para o soberano egípcio.”
DESPLANCQUES, S. Egito Antigo. Porto Alegre: L&PM, 2009. p.28. Coleção L&PM Pocket. Série Encyclopaedia.
A citação da historiadora Sophie Desplancques faz alusão ao Egito Antigo, especificamente ao perí-
odo conhecido como Antigo Império, considerado uma fase de estabilidade política por parte signi-
ficativa da historiografia, bem como uma “idade de ouro” de sua civilização, por parte dos próprios 
egípcios.
Com base na citação, na figura e nos conhecimentos sobre o Antigo Império, explique um elemento 
que transmita a noção de poder ligada aos Faraós no Egito Antigo. 
 7. (UFAL) EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS ARMAS
1. Desde suas origens os homens perceberam que não teriam condições de sobreviver somente 
com suas defesas naturais e que era necessário reunirem-se em pequenos grupos para, juntan-
do as forças, se defenderem dos predadores, de outros homens e de outros grupos que preten-
dessem matá-los, tomar-lhes a habitação e os alimentos, ou que tentassem escravizá-los. Ou 
seja, desde a origem o homem já tinha a preocupação de defender-se e aos seus pertences.
2. Esse temor aumentava com a evolução do grupo, pois, para este, quanto mais se desenvolvia, acu-
mulava conhecimentos e posses, maior era a possibilidade de sofrer ataques de grupos rivais, que 
tinham por objetivo tomarem para si tudo aquilo que pertencia àquele: os alimentos, as fêmeas 
para procriarem, a melhor caverna, a melhor localização em relação à caça e água. Surgiram dessa 
forma as primeiras necessidades do aperfeiçoamento dos meios de defesa do ser humano e do 
grupo social.
3. A necessidade de proteção e a tendência a agressões, próprias do homem, orientaram os es-
forços para o desenvolvimento e a fabricação de armas. A origem e a sequência dos primeiros 
meios mecânicos usados nas armas podem apenas ser imaginados; com certeza surgiram na 
Pré-História. Provavelmente, o uso de um galho como prolongamento de mãos e braços para 
melhorar a eficácia e a potência de uma pedra arremessada com a mão foi o primeiro aperfei-
çoamento introduzido no armamento. Quem sabe, logo após o homem percebeu que, se fosse 
lapidada em formas pontudas, cortantes e perfurantes, a pedra se tornaria mortal. Assim, 
as armas foram evoluindo, para muito depois virem a tornar-se facas, espadas, punhais etc. 
Paralelamente, os homens perceberam que, se conseguissem lançar um projétil com precisão, 
poderiam atacar a presa ou o inimigo sem se aproximar.
4. Surgiram assim arcos e flechas, bestas, bumerangues, etc. As lanças e os dardos, armas leves 
de arremesso, apareceram nos primórdios da civilização. A funda foi usada durante muitos e 
muitos séculos.
5. A evolução humana fazia-se vagarosamente, as necessidades eram maiores, e o conhecimento, 
restrito. Surgiu na pré-história o período caracterizado pelo uso generalizado de instrumentos 
metálicos. Seu início remonta a mais de 3000 a.C. O primeiro período em que se usaram os me-
tais de forma sistemática foi o da idade do bronze, fase de desenvolvimento cultural humano 
imediatamente posterior ao neolítico, entre o quarto e o segundo milênios antes da era cristã.
22
6. A descoberta do metal - do ferro, após a idade do bronze - fez dele a principal matéria-prima 
para a fabricação de armas e utensílios: foi possível produzir espadas, lanças, pontas de flechas, 
etc., mais eficientes para a caça e a luta. Desenvolvendo-se os grupos primitivos, surge a função 
específica de defesa, concedida aos mais bravos e corajosos, e isso dá origem aos exércitos, que 
mantêm sua função até os dias de hoje.
7. A invenção da pólvora pelos chineses revolucionou as armas. Com a invenção da pólvora foi 
possível construir aparelhos que arremessassem objetos a distâncias maiores do que o faziam 
os aparelhos de energia mecânica, tais como as catapultas. Os canhões, que conseguiam lançar 
projéteis a distâncias antes inimagináveis, revolucionaram as batalhas e proporcionaram defe-
sa e ataque muito mais eficientes, tanto para castelos como para embarcações (como tão bem 
ilustram os atuais filmes de época).
8. Dos canhões chegou-se às armas de uso individual, que podiam ser transportadas e manipula-
das por um só homem, como os mosquetes. A partir daí, as armas de fogo passaram a equipar 
desde os soldados de grandes exércitos que defendiam nações até o pequeno agricultor que 
necessitasse defender a família e os bens.
9. As armas de hoje são complexas, de uma potência extraordinária (muitas das quais sequer 
conhecemos), decorrentes de uma evolução a passos largos, principalmente durante e após a 
segunda guerra mundial.
10. Atualmente, com o desenvolvimento da física nuclear, da engenharia química e biológica, dos 
mísseis, as armas adquiriram um poder de destruição nunca antes visto.
 (Adaptado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arma)
Desde suas origens os homens perceberam que além de armas era necessário desenvolver a agri-
cultura.
Sobre o tema, considere o mapa histórico.
O CRESCENTE FÉRTIL
(In: Olavo Leonel Ferreira. “Mesopotâmia”. São Paulo: Moderna, 1993. p. 9.)
a) O mapa mostra uma região onde emergiram algumas civilizações do mundo antigo. Na Mesopotâmia 
e no Egito surgiram Impérios com base econômica na agricultura. Explique a importância do Estado 
e dos rios no desenvolvimento da agricultura, identificando características em comum dessas duas 
civilizações.
b) Cada vez mais a agricultura se organiza e se especializa para atender às demandas urbanas. Apresente 
três grandes mudanças da agricultura moderna. 
 8. (UFRN) Entre as primeiras Civilizações Orientais, a Civilização Egípcia sobressaiu-se como uma das 
mais grandiosas e a mais duradoura. As necessidades de desenvolvimento da agricultura irrigada nas 
margens do rio Nilo exigiam uma direção centralizada. Nessas circunstâncias, a Civilização do Egito 
Antigo organizou-se em torno de uma Monarquia.
Entre as imagens mais populares ligadas ao Egito Antigo, estão as pirâmides. As mais conhecidas 
são as de Gizé, construídas no primeiro período da história política do Estado Egípcio, entre 3200 
23
e 2300 a.C., conhecido como “Antigo Impé-
rio”, retratadas na Figura abaixo.
a) Mencione e comente duas características do 
Governo no Egito Antigo.
b) Explique o significado das pirâmides, rela-
cionando-as ao poder no Egito Antigo.
 9. “Antepassados do povo judeu, os hebreus têm 
uma história marcada por migrações e pelo 
monoteísmo (crença em um Deus único). Fo-
ram o primeiro povo realmente monoteísta 
da história, e o culto a Iavé foi o elemento 
que unificou os hebreus contra os inimigos 
externos. Segundo a tradição, Abraão, o pa-
triarca fundador da nação hebraica, recebeu 
de Deus a missão de migrar para Canaã, terra 
dos cananeus, depois chamada de Palestina, 
onde hoje se localiza o Estado de Israel. Após 
passarem um período na terra dos cananeus, 
os hebreus foram para o Egito, onde viveram 
entre 300 e 400 anos, e acabaram transfor-
mados em escravos.”
 PETTA, N. & OJEDA, E. História: uma abordagem 
integrada. São Paulo: Moderna, 2003, p.11. 
a) Devido a toda uma série de dificuldades, 
muitos hebreus acabaram deixando a Pales-
tina e seguindo para o Egito. Quais as van-
tagens obtidas, junto ao governo faraônico, 
para que os refugiados escolhessem tal re-
gião? 
b) Durante o governo de Salomão, o Império 
hebraico transformou-se em uma grande po-
tência. Quais as características verificadas 
no período que nos permite fazer tal afirma-
tiva?
E.O. EnEm
 1. (Enem) Ao visitar o Egito do seu tempo, o 
historiador grego Heródoto (484-420/30 
a.C.) interessou-se por fenômenos que lhe 
pareceram incomuns, como as cheias regu-
lares do rio Nilo. A propósito do assunto, 
escreveu o seguinte: 
“Eu queria saber por que o Nilo sobe no co-
meço do verão e subindo continua durante 
cem dias; por que ele se retrai e a sua cor-
rente baixa, assim que termina esse número 
de dias,sendo que permanece baixo o inver-
no inteiro, até um novo verão. 
Alguns gregos apresentam explicações para 
os fenômenos do rio Nilo. Eles afirmam que 
os ventos do noroeste provocam a subida do 
rio, ao impedir que suas águas corram para 
o mar. Não obstante, com certa frequência, 
esses ventos deixam de soprar, sem que o rio 
pare de subir da forma habitual. Além disso, 
se os ventos do noroeste produzissem esse 
efeito, os outros rios que correm na direção 
contrária aos ventos deveriam apresentar os 
mesmos efeitos que o Nilo, mesmo porque 
eles todos são pequenos, de menor corrente.” 
Heródoto. História (trad.). livro II, 19-23. 
Chicago: Encyclopaedia Britannica Inc. 2a 
ed. 1990, p. 52-3 (com adaptações). 
Nessa passagem, Heródoto critica a explica-
ção de alguns gregos para os fenômenos do 
rio Nilo. De acordo com o texto, julgue as 
afirmativas a seguir. 
I. Para alguns gregos, as cheias do Nilo 
devem-se ao fato de que suas águas são 
impedidas de correr para o mar pela força 
dos ventos do noroeste. 
II. O argumento embasado na influência dos 
ventos do noroeste nas cheias do Nilo 
sustenta-se no fato de que, quando os 
ventos param, o rio Nilo não sobe. 
III. A explicação de alguns gregos para as 
cheias do Nilo baseava-se no fato de que 
fenômeno igual ocorria com rios de me-
nor porte que seguiam na mesma direção 
dos ventos. 
É correto apenas o que se afirma em: 
a) I. 
b) II. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II e III. 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO 
Se compararmos a idade do planeta Terra, 
avaliada em quatro e meio bilhões de anos 
(4,5 × 109 anos), com a de uma pessoa de 
45 anos, então, quando começaram a flores-
cer os primeiros vegetais, a Terra já teria 42 
anos. Ela só conviveu com o homem moderno 
nas últimas quarto horas e, há cerca de uma 
hora, viu-o começar a plantar e a colher. Há 
menos de um minuto percebeu o ruído de 
máquinas e de indústrias e, como denuncia 
uma ONG de defesa do meio ambiente, foi 
nesses últimos sessenta segundos que se 
produziu todo o lixo do planeta!
 2. (Enem) O texto permite concluir que a agri-
cultura começou a ser praticada há cerca de 
a) 365 anos.
b) 460 anos.
c) 900 anos.
d) 10 000 anos.
e) 460 000 anos.
24
E.O. ObjEtivAs 
(UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp)
 1. (Unesp) Os Estados Teocráticos da Mesopotâ-
mia e do Egito evoluíram acumulando carac-
terísticas comuns e peculiaridades culturais. 
Os Egípcios desenvolveram a prática de em-
balsamar o corpo humano porque 
a) se opunham ao politeísmo dominante na 
época. 
b) os seus deuses, sempre prontos para castigar 
os pecadores, desencadearam o dilúvio. 
c) depois da morte, a alma podia voltar ao cor- 
po mumificado. 
d) construíram túmulos, em forma de pirâmi- 
des truncadas, erigidos para a eternidade. 
e) os camponeses constituíam categoria social 
inferior. 
 2. (Unesp) A maior parte das regiões vizinhas 
[da antiga Mesopotâmia] caracteriza-se pela 
aridez e pela falta de água, o que desestimu-
lou o povoamento e fez com que fosse ocupa-
da por populações organizadas em pequenos 
grupos que circulavam pelo deserto. Já a Me-
sopotâmia apresenta uma grande diferença: 
embora marcada pela paisagem desértica, 
possui uma planície cortada por dois gran-
des rios e diversos afluentes e córregos.
(Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.)
A partir do texto, é correto afirmar que 
a) os povos mesopotâmicos dependiam apenas 
da caça e do extrativismo vegetal para a ob-
tenção de alimentos. 
b) a ocupação da planície mesopotâmica e das 
áreas vizinhas a ela, durante a Antiguidade, 
teve caráter sedentário e ininterrupto. 
c) a ocupação das áreas vizinhas da Mesopotâ-
mia tinha características nômades e os po-
vos mesopotâmicos praticavam a agricultura 
irrigada. 
d) a ocupação sedentária das regiões desérticas 
representava uma ameaça militar aos habi-
tantes da Mesopotâmia. 
e) os povos mesopotâmicos jamais puderam se 
sedentarizar, devido às dificuldades de ob-
tenção de alimentos na região. 
 3. (Unesp) Na região onde atualmente se en-
contra o Líbano, instalou-se, no III milênio 
a.C., um povo semita, que passou a ocupar 
a estreita faixa de terra, com cerca de 200 
quilômetros de comprimento, apertada en-
tre o mar e as montanhas. Várias razões os 
levaram ao comércio marítimo, merecendo 
destaque sua proximidade geográfica com o 
Egito; a costa, que oferecia lugares para bons 
portos; e os cedros, principal riqueza, usados 
na construção de navios.
O contido nesse parágrafo refere-se ao povo 
a) fenício. 
b) hebreu. 
c) sumério. 
d) hitita. 
e) assírio. 
 4. (Fuvest) Examine estas imagens produzidas 
no antigo Egito:
 
Reino Antigo (2575-2134 a.C.)
Reino Novo (1550-1070 a.C.)
Reino Novo (1550-1070 a.C.)
As imagens revelam
a) o caráter familiar do cultivo agrícola no 
Oriente Próximo, dada a escassez de mão de 
obra e a proibição, no antigo Egito, do tra-
balho compulsório.
b) a inexistência de qualquer conhecimento 
tecnológico que permitisse o aprimoramento 
da produção de alimentos, o que provocava 
longas temporadas de fome.
c) o prevalecimento da agricultura como única 
atividade econômica, dada a impossibilidade 
de caça ou pesca nas regiões ocupadas pelo 
antigo Egito.
d) a dificuldade de acesso à água em todo o 
Egito, o que limitava as atividades de plan-
tio e inviabilizava a criação de gado de maior 
porte.
e) a importância das atividades agrícolas no 
antigo Egito, que ocupavam os trabalhado-
res durante aproximadamente metade do 
ano.
25
 5. (Fuvest) A partir do III milênio a.C. desenvol-
veram-se, nos vales dos grandes rios do Orien-
te Próximo, como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, 
estados teocráticos, fortemente organizados e 
centralizados e com extensa burocracia. Uma 
explicação para seu surgimento é 
a) a revolta dos camponeses e a insurreição dos 
artesãos nas cidades, que só puderam ser 
contidas pela imposição dos governos auto-
ritários. 
b) a necessidade de coordenar o trabalho de 
grandes contingentes humanos, para reali-
zar obras de irrigação. 
c) a influência das grandes civilizações do Ex-
tremo Oriente, que chegou ao Oriente Próxi-
mo através das caravanas de seda. 
d) a expansão das religiões monoteístas, que 
fundamentavam o caráter divino da realeza 
e o poder absoluto do monarca. 
e) a introdução de instrumentos de ferro e a 
consequente revolução tecnológica, que 
transformou a agricultura dos vales e levou 
à centralização do poder. 
 6. (Unesp)
129.
Se a esposa de alguém for surpreendida 
em flagrante com outro homem, ambos 
devem ser amarrados e jogados dentro 
d’água, mas o marido pode perdoar a sua 
esposa, assim como o rei perdoa a seus 
escravos. [...]
133.
Se um homem for tomado como prisio-
neiro de guerra, e houver sustento em 
sua casa, mas mesmo assim sua esposa 
deixar a casa por outra, esta mulher de-
verá ser judicialmente condenada e ati-
rada na água. [...]
135.
Se um homem for feito prisioneiro de 
guerra e não houver quem sustente sua 
esposa, ela deverá ir para outra casa e 
criar seus filhos. Se mais tarde o marido 
retornar e voltar a casa, então a esposa 
deverá retornar ao marido, assim como 
as crianças devem seguir seu pai. [...]
138.
Se um homem quiser se separar de sua 
esposa que lhe deu filhos, ele deve dar 
a ela a quantia do preço que pagou por 
ela e o dote que ela trouxe da casa de 
seu pai, e deixá-la partir.
(www.direitoshumanos.usp.br)
Esses quatro preceitos, selecionados do Có-
digo de Hamurabi (cerca de 1780 a.C.), indi-
cam uma sociedade caracterizada 
a) pelo respeito ao poder real e pela solidarie-
dade entre os povos. 
b) pela defesa da honra e da família numa pers-
pectiva patriarcal. 
c) pela isonomia entre os sexos e pela defesa 
da paz. 
d) pela liberdade de natureza numa perspectiva 
iluminista. 
e) pelo antropocentrismo e pela valorização da 
fertilidade feminina. 
 7. (Unesp) Observe a figura.
Tumba de Senedjem
 
A respeito do contexto apresentado, é corre-
to afirmar: 
a) a imagem demonstra que os agricultoresdas 
margens férteis do rio Nilo desconheciam a 
escrita. 
b) ao contrário da economia da caça de ani-
mais, que exigia o trabalho coletivo, a agri-
cultura não originava sociedades humanas. 
c) a imagem revela uma apurada técnica de 
composição, além de se referir à economia e 
à cultura daquele período histórico. 
d) os antigos egípcios cultivavam cereais e des-
conheciam as atividades econômicas do ar-
tesanato e da criação de animais. 
e) a imagem comprova que as produções cultu-
rais dos homens estão desvinculadas de suas 
práticas econômicas e de subsistência. 
 8. (Unesp) [Na Mesopotâmia,] todos os bens 
produzidos pelos próprios palácios e templos 
não eram suficientes para seu sustento. As-
sim, outros rendimentos eram buscados na 
exploração da população das aldeias e das 
cidades. As formas de exploração eram prin-
cipalmente duas: os impostos e os trabalhos 
forçados. 
(Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.) 
Entre os trabalhos forçados a que o texto se 
refere, podemos mencionar a
a) internação de doentes e loucos em áreas ru-
rais, onde deviam cuidar das plantações de 
algodão, cevada e sésamo. 
b) utilização de prisioneiros de guerra como ar-
tesãos ou pastores de grandes rebanhos de 
gado bovino e caprino. 
c) escravidão definitiva dos filhos mais velhos 
das famílias de camponeses, o que caracte-
rizava o sistema econômico mesopotâmico 
como escravista. 
d) servidão por dívidas, que provocava a sub-
missão total, pelo resto da vida, dos devedo-
res aos credores. 
e) obrigação de prestar serviços, devida por 
toda a população livre, nas obras realizadas 
pelo rei, como templos ou muralhas. 
26
E.O. dissErtAtivAs 
(UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp)
 1. (Unifesp) A arte do Egito Antigo, além de 
estar inteiramente ligada às crenças religio-
sas, apresenta muitas informações sobre a 
sociedade da época. 
(Egito: tumba de Sennedjem e de sua 
esposa. Século XIII a.C.) 
a) Qual fator geográfico propiciava, numa re-
gião cercada por deserto, a atividade produ-
tiva representada pela imagem? 
b) Que significado religioso tinha para os egíp-
cios a representação de cenas da vida coti-
diana nos túmulos? 
 2. (Unesp) O palácio real constitui natural-
mente, na vida da cidade mesopotâmica, um 
mundo à parte. Todo um grupo social o habi-
ta e dele depende, ligado ao soberano por la-
ços que não são somente os de parente a che-
fe de família, ou de servidor a senhor. (...) 
Este grupo social é numeroso, de composição 
muito variada, abrangendo trabalhadores 
de todas as profissões, domésticos, escribas, 
artesãos, homens de negócios, agricultores, 
pastores, guardiões dos armazéns, etc., colo-
cados sob a direção de um intendente. É que 
a existência de um domínio real, dotado de 
bens múltiplos e dispersos, faz do palácio 
uma espécie de vasta empresa econômica, 
cujos benefícios contribuem para fundamen-
tar solidamente a força material do soberano. 
(Aymard/Auboyer, “O Oriente e a Grécia 
- As civilizações imperiais”.) 
a) Como se organizava a vida social e política 
na Mesopotâmia? 
b) Um dos grandes legados da Mesopotâmia foi 
a criação do Código de Hamurabi. Quais os 
principais aspectos desse Código? 
 3. (Unesp) Um dos mais antigos registros es-
critos conhecidos surgiu no Egito. A região 
foi também berço do Estado e da diferen-
ciação social. Escrever requeria anos de 
aprendizado e apenas alguns poucos, como 
os escribas, dedicavam-se a essa tarefa. Nos 
dias atuais, o conceito de analfabetismo mu-
dou. A Unesco adota a noção de analfabeto 
funcional: pessoa capaz de escrever e de ler 
frases simples, mas que não consegue usar 
informações escritas para satisfazer suas 
necessidades diárias e para desenvolver seu 
conhecimento. Explique para que servia a 
escrita no Egito antigo e relacione o concei-
to contemporâneo de analfabetismo com a 
ideia de exclusão social. 
 4. (Fuvest) No antigo Egito e na Mesopotâ-
mia, assim como nos demais lugares onde 
foi inventada, a escrita esteve vinculada ao 
poder estatal. Este, por sua vez, dependeu 
de um certo tipo de economia para surgir e 
se desenvolver. 
Considerando as afirmações acima, explique 
as relações entre:
a) escrita e Estado.
b) Estado e economia.
 5. (Unesp) O historiador grego Heródoto (484-
420 a.C.) viajou muito e deixou vivas descri-
ções com reflexões sobre os povos e as terras 
que conheceu. Deve-se a ele a seguinte afirma-
ção: “o Egito, para onde se dirigem os navios 
gregos, é uma dádiva do rio Nilo “. A partir da 
afirmação acima, ofereça subsídios adequados 
à compreensão da realidade meio físico/ação 
humana na formação da Civilização Egípcia.
27
gAbAritO
E.O. Apredizagem
1. D 2. D 3. A 4. C 5. D 
6. A 7. C 8. C 9. D 10. C
E.O. Fixação
1. A 2. C 3. E 4. D 5. A 
6. B 7. A 8. B 9. D 10. D
E.O. Complementar
1. E 2. E 3. D 4. E 5. C
E.O. Dissertativo
 1. 
a) Espera-se que o candidato aponte os se-
guintes significados da Revolução Neolí-
tica:
 § Sedentarização
 § Agricultura
 § Cidades
b) Espera que o candidato possa apontar os 
seguintes problemas conceituais:
 § Está permeado de eurocentrismo.
 § Utiliza um critério restrito de classifi-
cação cultural – a escrita.
 § Classifica as sociedades ágrafas como 
sendo a-históricas.
 2. O “Código de Hamurábi” foi um conjunto de 
leis tradicionais supostamente reunidas pelo 
rei babilônico de mesmo nome. Ao contrá-
rio da lei romana, base do Direito moderno, 
partia da suposição da culpa do acusado, que 
deveria provar sua inocência. Sua estrutura 
baseava-se na Lei de Talião: olho por olho, 
dente por dente. A punição deveria ser equi-
valente ao crime cometido.
 3.
a) Agricultura, artesanato e comércio.
b) Comparando as atividades e técnicas no
Antigo Egito e no Brasil atual, podemos
destacar como:
Mudanças:
 § O uso da terra na agricultura egípcia 
baseado na servidão coletiva e no Bra-
sil em moldes capitalistas.
 § O comércio baseado nas trocas no An-
tigo Egito e comércio de base monetá-
ria no Brasil.
Permanências:
 § O uso do arado com tração animal ain-
da persiste em muitas regiões do Bra-
sil, apesar da modernização nas técni-
cas agrícolas. 
 § O comércio por meio fluvial através do 
rio Nilo no Antigo Egito é muito co-
mum na Amazônia brasileira.
 4. Referem-se a civilizações que surgiram a 
partir do domínio das técnicas de produção 
agrícola, utilizando os recursos dos rios.
 5. Ao abrirem os corpos para retirar-lhes as en-
tranhas, praticavam a dissecação, o que lhes 
permitia conhecer os músculos, os órgãos, as 
suas funções, a interligação entre eles, per-
mitindo assim o avanço da medicina.
 6. O Egito Antigo é dividido da seguinte for-
ma: Período Pré-Dinástico, 4000-3200 a.C. 
Antigo Império, 3200-2300 a.C. Médio Im-
pério, 2100-1750 a.C. Novo Império 1580-
525 a.C. Segundo alguns historiadores, no 
período conhecido como Antigo Império, o 
Egito viveu uma relativa paz e estabilidade 
política. Destaca-se neste período a constru-
ção das pirâmides de Gizé, Quéops, Quéfren 
e Miquerinos. O candidato deve descrever 
uma característica da noção de poder liga-
da aos faraós no Egito Antigo presente na 
foto. Entre outros elementos, poderia citar 
que o faraó concentrava muito poder, resul-
tando variadas atribuições: era o chefe do 
exército e liderava as tropas em guerras; a 
preservação e a ampliação das fronteiras do 
império egípcio; o comando do governo; sen-
do considerado de origem divina, o faraó era 
o senhor das terras, dos bens e dos homens. 
Somente um soberano com um poder ilimi-
tado como o do faraó poderia coordenar os 
trabalhos de construção das edificações mos-
tradas na imagem. O candidato pode indicar 
ainda a concepção religiosa egípcia que era 
um fator importante para motivar os fara-
ós a construírem as pirâmides, uma vez que 
elas continham câmaras mortuárias, preser-
vando o seu legado por toda a eternidade. 
 7. 
a) Nos impérios da Mesopotâmia e do Egito, 
o Estado era detentor dos meios de pro-
dução, em particular das terras, que eramutilizados pelas comunidades a ele sub-
missas, em regime de Servidão Coletiva. 
 Os rios favoreciam a prática da agricultura 
em larga escala, pois o regime das cheias 
proprocionava a fertilização das terras às 
margens e as águas eram usadas para ir-
rigação.
b) Pode-se apontar como grandes mudanças 
na agricultura moderna a utilização de 
defensivos químicos sintetizados (agro-
tóxicos), a utilização de sementes gene-
ticamente modificadas e a mecanização 
da produção. 
 8. 
a) Duas características do governo no Egito 
Antigo: 
i) O faraó era considerado um deus vivo, 
responsável pela proteção e prosperida-
de de seu povo (Poder Teocrático).
ii) O Faraó tinha o direito de decidir sobre 
a vida ou morte dos seus súditos. De-
cidia sobre recrutamento de trabalha-
dores para obras públicas e para o con-
tingenciamento militar. Logo, possuía 
poder político secular.
28
b) O significado das pirâmides era direta-
mente relacionado ao poder. Havia a cren-
ça na ressuscitação, o que levou a cons-
trução de grandes túmulos, sendo os mais 
importantes aqueles destinados aos fara-
ós, cujo poder estava acima de todos.
Os mais imponentes túmulos eram as pirâ-
mides, que serviam de sepultura para os 
faraós e membros de sua família. Os fara-
ós eram mumificados. Os egípcios acredi-
tavam que todos se utilizariam do corpo e 
dos bens materiais numa outra vida. Aos 
faraós, era destinada a melhor mumifi-
cação, os mais decorados sarcófagos e os 
mais ricos rituais funerários. Tudo isso 
para reforçar e imortalizar seu poder. 
 9.
a) Concessão de terras férteis na região do 
delta do Nilo, garantindo o sustento das 
famílias hebraicas e o recolhimento dos 
impostos devidos ao governo, além de se 
colocarem como uma primeira linha de 
defesa contra ataques inimigos. 
b) Ampliação das atividades comerciais, a 
partir de alianças estabelecidas com os 
fenícios; construção de inúmeras obras, 
como o Templo de Jerusalém; debilidade 
momentânea da região mesopotâmica e 
do Egito, incapazes de brecar a ascensão 
hebraica.
E.O. Enem 
1. A 2. D
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. C 2. C 3. A 4. E 5. B
6. B 7. C 8. E
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. 
a) A presença do rio Nilo. É celebre a frase 
do historiador grego Heródoto, “O Egito é 
uma dádiva do Nilo”, que procura sinteti-
zar a importância do rio para a produção 
na região. O processo de cheias e vazan-
tes bastante regular garantia a fertiliza-
ção da terra e água em abundância para 
as comunidades camponesas. 
b) Um dos fundamentos da religiosidade 
egípcia era a crença na vida após a mor-
te. Por isso, havia uma grande preocupa-
ção com os rituais de passagem e com a 
próxima vida. Nos túmulos, eram repre-
sentadas cenas do cotidiano e colocados 
objetos pessoais que parte da preparação 
para a vida eterna. 
 2. 
a) As civilizações que ocuparam a antiga Me-
sopotâmia eram organizadas em termos 
sociais em sociedades estamentais e poli-
ticamente, em monarquias teocráticas.
b) Trata-se do primeiro código de leis escri-
tas da História, atribuído ao rei babilôni-
co Hamurábi. 
Baseava-se no princípio do “olho por olho, 
dente por dente”, a chamada “Lei do Talião”. 
 3. No Egito Antigo, o domínio da escrita era 
privilégio de poucos e esses colocavam-se a 
serviço do Estado encarregados da organiza-
ção da produção, da arrecadação, da estrutu-
ra religiosa e dos registros da historiografia 
oficial. Nas sociedades contemporâneas, os 
analfabetos funcionais, em razão das dificul-
dades na interpretação e entendimento das 
informações escritas, têm por conseguinte, 
dificuldades na articulação de conhecimen-
tos que lhes tornem possível participar de 
forma consciente e verdadeiramente crítica 
na vida econômica, social e política. Assim 
sendo, alheios, em muitos casos, à consiên-
cia da própria existência e da condição de 
cidadania, tornam-se marginalizados e alvos 
da exploração inescrupulosa.
 4. 
a) Na Antiguidade, a escrita foi um dos fa-
tores que permitiu organizar a estrutura 
burocrática do Estado. Por meio dela, foi 
possível ter controle sobre as proprieda-
des e os benefícios gerados pelos traba-
lhadores de uma sociedade rigorosamen-
te hierarquizada. 
b) O Estado se constituiu numa forma com-
plexa de organização social, que em-
preendeu junto a rios grandes obras de 
irrigação, aumentando as áreas agricul-
táveis. Favoreceu ainda o comércio, regu-
lamentando-o e, por ação militar, garan-
tindo a sua segurança. 
 5. O rio Nilo possibilitou a fixação de uma po-
pulação que desenvolve técnicas de produ-
ção, contribuindo para o desenvolvimento 
da civilização egípcia. 
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03 04
C
HISTÓRIA
H
Grécia
Competências
1, 2, 3, 4, 5 e 6
Habilidades
1, 4, 5, 9, 11, 14, 
18, 19, 22, 23, 
24, 27 e 29
Competência 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.
H1 Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2 Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3 Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos
H4 Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5 Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de 
poder.
H6 Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7 Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
H8 Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.
H9 Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial
H10
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade 
histórico-geográfica.
Competência 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes 
grupos, conflitos e movimentos sociais.
H11 Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12 Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13 Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14
Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca 
das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15 Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
Competência 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do 
conhecimento e na vida social.
H16 Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
H17 Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18 Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19 Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20 Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favo-
recendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.
H21 Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.H22 Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23 Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades. 
H24 Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25 Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e 
geográficos.
H26 Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27 Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e (ou) geográficos.
H28 Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29 Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30 Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
31
E.O. AprEndizAgEm
 1. (Udesc 2017) “Mas, já que estamos a exami-
nar qual é a constituição política perfeita, 
sendo essa constituição a que mais contri-
bui para a felicidade da cidade... os cidadãos 
não devem exercer as artes mecânicas nem 
as profissões mercantis; porque este gênero 
de vida tem qualquer coisa de vil, e é con-
trário à virtude. É preciso mesmo, para que 
sejam verdadeiros cidadãos, que eles não se 
façam lavradores; porque o descanso lhes é 
necessário para fazer nascer a virtude em 
sua alma, e para executar os deveres civis.
Aristóteles. A política. Livro IV, cap. VIII.
A partir da citação acima e de seus conheci-
mentos sobre a estrutura político-social da 
Grécia Antiga, assinale a alternativa correta. 
a) A ideia de democracia grega está ligada ao 
fato de que todos aqueles que habitavam 
uma cidade-Estado dispunham dos mesmos 
direitos e deveres, uma vez que todos os tra-
balhos e profissões eram igualmente valori-
zados. 
b) A cidadania era uma forma de distinção 
social porque nem todos os habitantes de 
uma cidade eram considerados cidadãos. 
Estrangeiros e mulheres, por exemplo, não 
dispunham dos direitos de cidadania e não 
tinham direito a voto nas assembleias. 
c) As profissões mercantis eram desencoraja-
das devido à supremacia da Igreja Católica 
na administração política grega, durante o 
Período Clássico. Neste período, a usura e o 
exercício do lucro eram vivamente condena-
dos por ferirem os princípios cristãos. 
d) Todos os homens que habitavam uma cidade 
eram considerados cidadãos. A cidadania, na 
Grécia Clássica, era qualificada em ordens, 
sendo que os proprietários de terras eram ci-
dadãos de primeira ordem e os trabalhadores 
braçais de segunda ordem. Todos, porém, ti-
nham direito de voz e voto nas assembleias. 
e) A ideia de cidadania, descrita por Aristóte-
les, é considerada ainda hoje um ideal, uma 
vez que é plenamente inclusiva e qualifica 
de forma igualitária todos os trabalhos e 
profissões. 
 2. (PUC - Camp) Considere o texto abaixo.
“Do ponto de vista territorial, uma pólis se 
divide em duas partes: a acrópole [...] e a 
ágora [...]. No entanto, se perguntássemos a 
um grego da época clássica o que era a pólis, 
provavelmente esta não seria sua definição: 
para ele a pólis não designava um lugar ge-
ográfico, mas uma prática política exercida 
pela comunidade de seus cidadãos. [...] Se 
no caso da pólis o conceito de cidade não se 
referia à dimensão espacial da cidade e sim à 
sua dimensão política, o conceito de cidadão 
não se refere ao morador da cidade, mas ao 
indivíduo que, pode participar da vida polí-
tica.”
(ROLNIK, Raquel. O que é cidade. In: PETTA, 
Nicolina L. e OJEDA, A. B. História, uma abordagem 
integrada. São Paulo: Moderna, s\d, p. 17)
O conhecimento histórico e o texto permi-
tem afirmar que na Grécia Antiga 
a) a cidadania, direito de participar da vida pú-
blica, atingia todos os habitantes da maioria 
das cidades-Estado. 
b) o equilíbrio de poderes presente nas cidades-
-Estado evitou a ocorrência de conflitos so-
ciais. 
c) a lei era o resultado de discussões entre os 
representantes da cidade-Estado e definia o 
direito dos cidadãos. 
d) a soberania dos cidadãos dotados de plenos 
direitos era fundamental para a existência 
da cidade-Estado. 
e) o direito à cidadania e a organização políti-
ca possibilitaram a criação da democracia em 
todo o país. 
 3. (UFC) “Na cidade grega antiga, ser cidadão 
não significava apenas fazer parte de uma 
entidade ‘nacional’, mas também participar 
numa vida comum.” 
MOSSÉ, Claude. O cidadão na Grécia antiga. 
Lisboa: Edições 70, 1999, p. 51. 
Tomando por base a afirmativa acima, pode-
se compreender corretamente que a vida na 
polis, para o cidadão, significava: 
a) romper com a religião e os mitos e adotar o 
modo de vida proposto pelos filósofos, o de 
disseminar a filosofia e a democracia para 
todas as cidades-Estado gregas. 
b) realizar o ideal grego de unificação política, 
militar, geográfica, econômica, religiosa e 
cultural de todas as cidades-Estados e assim 
suprimir as tiranias e as oligarquias. 
c) exercer obrigatoriamente uma magistratura 
ao longo da vida, pois o aprendizado político 
por todos representava a garantia do bem-es-
tar social e da manutenção da democracia. 
d) formar um corpo de súditos cujas decisões 
políticas se orientavam para a manutenção 
do poder econômico e religioso das famílias 
detentoras de frotas que comercializavam 
pelo Mediterrâneo. 
e) integrar uma comunidade que visava ao seu 
bem comum por meio de decisões políticas, 
da adoção de uma defesa militar e de prá-
ticas religiosas que buscavam benefícios e 
proteção dos deuses da cidade. 
32
 4. (FGV) “Quando diminuiu a ameaça persa, 
o ódio ao imperialismo ateniense cresceu 
particularmente entre os espartanos e seus 
aliados, que criaram (...) uma força militar 
terrestre, e se decidiram pela guerra por sen-
tirem sua independência ameaçada pelo im-
perialismo de Atenas. A guerra representou o 
suicídio da Grécia das pólis independentes”. 
Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda, 
Oficina de História - história integrada.
O texto apresenta: 
a) as Guerras Médicas. 
b) a Guerra de Troia. 
c) a Guerra do Peloponeso. 
d) a Primeira Guerra Púnica. 
e) a Segunda Diáspora Grega. 
 5. As polis gregas dependiam da mão de obra 
escrava. Havia uma certa variação entre ho-
mens livres e escravos, como nos mostra a 
tabela abaixo.
REGIÃO HOMENS LIVRES ESCRAVOS
Corinto 165 000 homens 175 000 homens 
Atica 135 000 homens 100 000 homens 
Sobre a mão de obra escrava nas pólis, é cor-
reto afirmar o seguinte: 
a) deu origem a uma sociedade escravista, isto 
é, o escravo era a base de toda a sociedade. 
b) era usada somente à época da guerra, quan-
do se formavam os batalhões de soldados. 
c) era tão numerosa que os escravos eram con-
fundidos com os cidadãos livres. 
d) por haver um equilíbrio entre a população 
livre e a escrava, a educação era dada igual-
mente a todos. 
e) o equilíbrio numérico existente era devido 
aos bons tratos que os escravos recebiam dos 
homens livres. 
 6. (ESPM) Algumas das obras da escultura 
clássica que desfrutaram de maior fama em 
épocas posteriores foram criadas durante 
o período helenístico, como o Laocoonte e 
seus filhos. A obra representa a terrível cena 
em que o sacerdote troiano Laocoonte e seus 
dois infelizes filhos são envolvidos por duas 
gigantescas serpentes, em seus anéis, que os 
estrangulam. 
E. H. Gombrich. A História da Arte.
Sobre a cultura helenística mencionada no 
texto, é correto assinalar:
a) foi uma cultura exclusivamente grega e, por-
tanto, nacionalista, exprimindo o orgulho 
do povo por sua cidade. 
b) foi uma cultura exclusivamente oriental, 
desprezando o humanismo. 
c) a cultura helenística fundiu aspectos da cul-
tura grega com a cultura oriental,tornando-se 
mais realista e exprimindo a violência e a dor. 
d) foi uma cultura influenciada pelo cristia-
nismo e serviu para expressar o poder e a 
influência da Igreja Católica. 
e) foi uma cultura influenciada pelo islamismo 
e limitada pelas especificações religiosas. 
 7. (UFPA) Aristóteles propunha dois critérios 
para diferenciar senhores e escravos: 
O primeiro critério é de ordem política: o ho-
mem é, por natureza, um animal político, um 
ser cívico; por conseguinte, só o homem livre 
é totalmente homem porque só ele está apto 
para a vida política. O senhor coincide com o 
cidadão. Pelo contrário, o escravo é, por natu-
reza, incapaz de deliberar, participa da razão 
sem a possuir. O segundo critério articula-se 
com o primeiro. Certos trabalhos que impli-
cam apenas o uso da força são, por essência, 
servis e são esses os que se adéquam aos in-
divíduos que foram definidos como escravos 
pela sua incapacidade de raciocinar. 
Aristóteles, Política.
Baseado nos critérios de Aristóteles é corre-
to afirmar:
a) Na Grécia Antiga, a escravidão e a políti-
ca estavam vinculadas contraditoriamente, 
pois a existência de uma justificava a outra, 
ou seja, para que os homens livres pudessem 
se dedicar exclusivamente à política, o tra-
balho, que garantia sua subsistência, deve-
ria ser feito pelos escravos. 
b) A condição de escravo, em qualquer época, 
implica o reconhecimento, pelo indivíduo 
escravizado, da perda de sua condição hu-
mana e de sua inferioridade em relação ao 
senhor, o que o leva a aceitar mais facil-
mente tal situação, que passa a ser vista 
como inevitável. 
c) A escravidão no mundo antigo greco-romano 
recaia sobre os povos de tradição guerreira, 
que, por serem portadores de grande força 
física e de culturas primitivas, eram conside-
rados mais capazes de realizar trabalhos que 
exigiam apenas o uso da força. 
d) A escravidão na Antiguidade Clássica adota-
va critérios étnicos e culturais, o que fazia 
com que somente povos considerados bárba-
ros, incultos, incapazes de usar a razão fos-
sem escravizados nas guerras. Portanto, os 
povos vistos como civilizados ficavam isen-
tos de tal condição.
33
e) Os escravos antigos assemelhavam-se aos 
modernos, principalmente no que dizia 
respeito à destinação dos produtos de seu 
trabalho, já que, em ambas as situações, o 
trabalho escravo vinculava-se à produção de 
alimentos que garantiam a subsistência dos 
homens livres.
 8. (Fatec) Em 2015, o noticiário internacional 
deu grande destaque à Grécia, país europeu 
que vivia uma grave crise econômica e convo-
cou a população para decidir, via referendo, 
as medidas que deveriam ser adotadas pelo 
governo para gerir a crise. Parte da imprensa 
destacou o caráter democrático de tal medida 
e, em muitos textos, lembrou que os gregos 
foram os criadores da democracia.
Assinale a alternativa que indica correta-
mente quais são as principais diferenças en-
tre as concepções de democracia na Antigui-
dade grega e no mundo contemporâneo. 
a) Na Antiguidade grega, a democracia surgiu da 
necessidade de administrar países cada vez 
maiores; nas democracias contemporâneas, a 
política ajuda a administrar unidades meno-
res, como as cidades. 
b) Na Antiguidade grega, o espaço reservado à 
atividade política eram os templos religiosos 
ou as residências das pessoas mais importan-
tes; nas democracias contemporâneas, a ati-
vidade política se realiza no espaço público. 
c) Na Antiguidade grega, política e religião eram 
esferas sociais separadas; nas democracias con-
temporâneas, a noção de cidadania vincula-se 
estreitamente às concepções religiosas. 
d) Nas democracias contemporâneas, a parti-
cipação política é vinculada à renda, com o 
voto censitário; na Grécia Antiga, apenas os 
proprietários de terras, homens e mulheres, 
tinham direito à participação política. 
e) Nas democracias contemporâneas, o direito 
à participação política se estende a todos os 
grupos sociais; na Grécia antiga, apenas os 
homens livres nascidos na pólis eram consi-
derados cidadãos
 9. A vida dos camponeses na Antiguidade era 
muito difícil. Os produtos manufaturados 
nas cidades eram muito mais caros que os 
produtos agrícolas produzidos por eles. Obri-
gados a contrair dívidas, pois todo o comér-
cio usava moedas, os credores cobravam juros 
altíssimos, e os camponeses passaram a dar 
em garantia do pagamento de suas dívidas a 
própria liberdade e a de seus descendentes. 
Nasceu assim, nas cidades antigas como Ate-
nas e Roma, a escravidão por dívidas. Essa 
forma de escravidão: 
a) existiu durante toda a Antiguidade e deu 
origem ao colonato que, séculos depois, foi 
sucedido pela servidão medieval apenas na 
Europa Ibérica. 
b) foi extinta em Atenas por Clístenes, que 
criou a democracia, dando direitos políticos 
a todos os cidadãos de Atenas. Em Roma, foi 
extinta pelos 10 Mandamentos. 
c) foi abolida em Atenas por Sólon que, não 
aceitando a escravidão do grego pelo pró-
prio grego, abriu caminho para o conceito 
de cidadania. Em Roma, foi extinta pela Lei 
Licínia, propiciando um aumento significati-
vo da massa de plebeus.
d) voltou a existir na Idade Moderna, com a 
vinda de enormes contingentes de africanos 
para as colônias inglesas do sul da América 
do Norte. Iludidos, achavam que logo con-
quistariam a riqueza na América. 
e) foi extinta em Atenas, quando essa foi des-
truída por Esparta, após a Guerra do Pe-
loponeso. Em Roma, foi abolida por Júlio 
César que, após conquistar a região da Gá-
lia, passou a levar os prisioneiros gauleses 
como escravos.
 10. (Uespi) A democracia continua criando polê-
micas e atraindo mudanças políticas. Na épo-
ca de Clístenes, na Grécia Antiga, a democra-
cia conseguiu espaços de poder importantes. 
Nos tempos de Clístenes, a democracia 
a) firmou-se com propostas descentralizadoras, 
ampliando a cidadania e evitando a existên-
cia do trabalho escravo, defendido pelo filó-
sofo Aristóteles. 
b) facilitou a participação no governo dos cida-
dãos mais pobres, chegando a remunerar os 
cargos políticos e reorganizando a adminis-
tração da cidade de Atenas. 
c) anulou a lei que defendia o exílio político, 
por ser opressiva e privilegiar a nobreza dona 
das grandes propriedades rurais. 
d) considerou as mulheres como participantes 
da cidadania, renovando as tradições e com-
batendo a corrupção muito comum na época 
da tirania. 
e) defendeu a aplicação das teorias políticas de 
Platão, organizando uma República onde pre-
valecia o poder das Assembleias Populares. 
E.O. FixAçãO
 1. (UFG) Alexandre não tentou reorganizar a 
cidade, como pretendiam Platão e Aristó-
teles, mas inaugurou um novo modo de go-
vernar. Nesse sentido, a sua ação contrariou 
profundamente as orientações que recebera 
de Aristóteles. 
MARTINS, O. S.; MELO, J. J. P. A paideia helenística. 
Apud ROSSI, A. L. D. O. C. (Org.). Migrações e 
imigrações entre saberes, culturas e religiões no mundo 
antigo e medieval. Assis: Unesp, 2009. p. 35. 
O fragmento se refere ao governo do impe-
rador Alexandre Magno no século IV a.C. A 
partir da análise do texto e considerando o 
34
contexto a que se refere, destaca-se, como 
uma das características do governo de Ale-
xandre Magno, a
a) ênfase na política de paz com os impérios 
orientais, por meio de alianças com os persas 
e os egípcios, colocando fim à expansão grega. 
b) afirmação da cultura grega como a forma de 
expressão aceita, estabelecendo o sofismo 
como base para o governo da pólis. 
c) adoção da religião politeísta e antropomór-
fica, composta de vários deuses que se asse-
melhava aos homens, substituindo a adora-
ção ao imperador.
d) valorização da filosofia como fundamento da 
vida cívica, utilizando o estoicismo e o epi-
curismo para justificar a existência da pólis. 
e) retomada do despotismo em que a autorida-
de do governo era inquestionável, sepultan-
do as conquistas de direitos que fundamen-
taram a democracia.
 2. (Fac. Albert Einstein - Medicina) Por muito 
tempo, entre os historiadorespensou-se que os 
gregos formavam um povo superior de guerrei-
ros que, por volta de 2000 a.C., teria conquis-
tado a Grécia, submetendo a população local.
Hoje em dia, os estudiosos descartam esta 
hipótese, considerando que houve um movi-
mento mais complexo. Segundo o pesquisa-
dor Moses Finley, a ‘chegada dos gregos sig-
nificou a introdução de um elemento novo 
que se misturou com seus predecessores 
para criar, lentamente, uma nova civilização 
e estendê-la como e por onde puderam’.
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São 
Paulo: Contexto, 2001. Adaptado. 
Segundo o texto, a formação da Grécia anti-
ga ocorreu 
a) de forma negociada, por meio de alianças e 
acordos políticos entre os líderes das princi-
pais tribos nativas da península balcânica. 
b) de forma gradual, a partir da integração de 
povos provenientes de outras regiões com ha-
bitantes da parte sul da península balcânica.
c) de forma planejada, pela expansão militar dos 
povos nativos da península balcânica sobre 
territórios controlados por grupos bárbaros.
d) de forma violenta, com a submissão dos ha-
bitantes originais da península balcânica a 
conquistadores recém-chegados do norte. 
 3. (UECE) Tucídides relata em sua obra “Histó-
ria da Guerra do Peloponeso”, que Péricles 
teria dito, em um discurso a respeito da De-
mocracia ateniense, o seguinte: 
“Vivemos sob a forma de governo que não se 
baseia nas instituições de nossos vizinhos; 
ao contrário, servimos de modelo a alguns 
ao invés de imitar os outros. Seu nome, como 
tudo o que depende não de poucos, mas da 
maioria, é democracia. Quando se trata de 
resolver disputas privadas, todos são iguais 
perante a lei. Ninguém, na medida em que 
é passível de servir o Estado, é mantido à 
margem da política por conta da pobreza.” 
TUCIDIDES (c.460-c. 400 a.C.) História da Guerra 
do Peloponeso, Livro II, 37. Brasília; Editora 
Universidade de Brasília, 2001. p.109. 
Sobre a Democracia ateniense, aclamada por 
seus contemporâneos e por estudiosos de ou-
tras épocas, pode-se afirmar corretamente que 
a) era representativa, uma vez que os cidadãos 
escolhiam representantes que falavam por 
eles nas decisões políticas. 
b) não apresentava caráter excludente, pois 
nenhum habitante de Atenas ficava fora da 
participação nas decisões políticas. 
c) a representação era direta; cada cidadão se 
representava independentemente de sua 
condição econômica. 
d) foi um modelo copiado de Esparta, cidade 
irmã de Atenas, onde floresciam a filosofia, 
o conceito de liberdade individual e a parti-
cipação popular. 
 4. Uma das mais célebres viagens mitológicas 
narradas na Antiguidade é a do herói Odis-
seu (Ulisses), relatada na Odisseia, obra 
atribuída a Homero. 
Entre as várias situações vividas pelo herói, 
uma delas foi chegar a uma ilha onde ha-
bitavam ciclopes, monstros gigantes de um 
olho só. 
Sobre esse encontro, leia o texto a seguir. 
– Quem são vocês, estrangeiros? De onde vie-
ram? São comerciantes ou piratas? – pergun-
tou o ciclope. 
– Somos gregos, respondeu Odisseu. Retor-
namos para casa vindos de Troia. Mas tem-
pestades e ventos nos desviaram de nossa 
rota, pois assim quis Zeus. 
– Você é um tolo ou vem de muito longe, já que 
não sabe que nós, os ciclopes, não nos preocu-
pamos com Zeus nem com outros deuses. 
VASCONCELLOS, Paulo Sérgio de. Mitos gregos. 
São Paulo: Objetivo, s/d, p. 61. Adaptado.
Refletindo sobre as informações apresenta-
das, é correto afirmar que, na Antiguidade: 
a) os povos gregos valorizavam a razão e não 
acreditavam na existência de seres divinos. 
b) o conceito religioso dos gregos baseava-se 
na interferência dos deuses na vida humana. 
c) as viagens eram ameaçadas pela existência 
de animais pré-históricos como os ciclopes. 
d) os seres humanos ainda não haviam chegado 
completamente à forma dos Homo sapiens. 
e) a religião e as leis gregas eram baseadas no 
livro Odisseia, que narrava a Guerra de Troia. 
35
 5. (UEPA) Hermes, na Grécia antiga, era o deus 
mensageiro, patrono de pesos e medidas, 
pastores, oradores, poetas, atletas, comer-
ciantes, viajantes e inventores. O culto a 
Hermes surgiu no Período Arcaico da histó-
ria grega, entre 700 a.C. e 500 a.C., e ocorreu 
numa época em que os antigos Genos foram 
extintos e ascendeu socialmente uma aristo-
cracia rural concentradora de terras. Em fun-
ção disso, a população sem acesso a terras 
tendeu a um grande movimento de disper-
são por novos territórios fora da península 
helênica, o que resultou na expansão das re-
lações comerciais gregas para áreas costeiras 
do Mar Negro e do Mar Mediterrâneo. Com 
base nesses dados, é correto afirmar que
a) o surgimento de uma hierarquização entre 
os deuses refletia a emergência da sociedade 
de classes na Grécia Antiga. 
b) a reverência ao deus Hermes derivou do sincre-
tismo religioso promovido pelo estabelecimen-
to de gregos em terras estrangeiras. 
c) o culto ao deus Hermes representou uma for-
ma de enfrentamento simbólico dos antigos 
camponeses à espoliação de suas terras. 
d) a crença nos poderes de Hermes como deus 
mensageiro e protetor do comércio tem rela-
ção com a expansão dos horizontes comer-
ciais e territoriais gregos. 
e) a reverência a Hermes na Grécia Arcaica 
resultou de um sincretismo original com o 
deus romano Mercúrio, patrono do lucro e 
do comércio. 
 6. (PUC-SP) “Por natureza, na maior parte dos 
casos, há o que comanda e o que é comanda-
do. O homem livre comanda o escravo (...). 
Estabelecemos que o escravo é útil para as 
necessidades da vida.” 
Aristóteles. Política (IV a.C.). Apud: Marcelo Rede. 
A Grécia Antiga. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 33. 
O texto, escrito no século IV a.C., indica que, 
no mundo grego antigo, a 
a) democracia envolvia todos os moradores das 
cidades e do campo, sem fazer distinções de 
raça ou condição social. 
b) escravidão era considerada natural e sua 
instituição permitiu a participação dos cida-
dãos na vida política. 
c) democracia e a escravidão eram considera-
das incompatíveis, pois apenas com liberda-
de geral e irrestrita é que se pode construir 
uma democracia. 
d) escravidão permitia que todos os cidadãos 
pudessem dedicar-se apenas ao ócio, sem 
atuar na vida coletiva da cidade. 
e) democracia predominou, uma vez que todos 
eram considerados iguais e livres por natureza. 
 7. (UPF) Nunca, em toda a história da humani-
dade, a democracia, como regime de gover-
no, recebeu atenção como nos dias de hoje. 
Entendida como um regime de governo no 
qual todas as importantes decisões políticas 
estão com o povo, que elege seus represen-
tantes por meio do voto, tem princípios que 
protegem a liberdade humana e baseia-se no 
governo da maioria, associado aos direitos 
individuais e das minorias.
Atenas, na Grécia antiga, é considerada o 
berço da democracia. Sobre o regime demo-
crático ateniense, é correto afirmar:
a) Era baseado na eleição direta dos represen-
tantes nas Assembleias Legislativas, que se 
reuniam uma vez por ano na Ágora e delibe-
ravam sobre os mais variados assuntos.
b) Apenas os homens livres e proprietários 
eram considerados cidadãos e participavam 
diretamente das decisões tomadas na Cida-
de-Estado.
c) As mulheres maiores de 21 anos tinham um 
papel fundamental, participando ativamen-
te nas decisões tomadas nas assembleias da 
Cidade-Estado.
d) Na verdade, era mais demagógico do que de-
mocrático, pois negava a representação dire-
ta dos cidadãos atenienses.
e) O fato de não existir escravos em Atenas 
proporcionava uma participação quase total 
da população ateniense na vida política da 
Cidade-Estado.
 8. (UFRGS) Esta a exposição de Heródoto de 
Túrio, para que bem os acontecimentos pro-
vocados pelos homens, com o tempo, sejam 
apagados, nem as obras grandes e admirá-
veis, trazidas à luz tanto pelos gregos quan-
to pelos bárbaros, se tornem sem fama – e, 
no mais, investigação também da causa pela 
qual fizeram guerra uns contra os outros. 
Heródoto, Histórias, 1, 1-5. 
A narração de Heródoto (480-420a.C.), con-
siderado o pai da História Ocidental, refere-se 
a) às guerras médicas – e aos persas. 
b) à guerra do Peloponeso – e aos espartanos. 
c) às conquistas de Alexandre, o Grande – e 
aos egípcios. 
d) às guerras púnicas – e aos cartagineses. 
e) à guerra de Troia – e aos troianos. 
 9. (UPF) Chico Buarque cantou em “Mulheres 
de Atenas”. 
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de 
Atenas 
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça da 
Atenas 
Quando amadas, se perfumam 
Se banham com leite, se arrumam 
Suas melenas 
36
Quando fustigadas não choram 
Se ajoelham, pedem, imploram 
Mais duras penas 
Cadenas. 
Tomando como ponto de partida a letra da mú-
sica, podemos assinalar, sobre o papel desem-
penhado pela mulher na antiguidade, que: 
a) A mulher no Egito Antigo teve apenas um 
papel reprodutivo, pois não possuía direitos 
sociais e jurídicos que lhe garantissem qual-
quer forma de liberdade.
b) As mulheres hebraicas possuíam direitos 
políticos e sociais equivalentes aos dos ho-
mens, derivados dos preceitos religiosos do 
Pentateuco, os quais defendiam que os ho-
mens e as mulheres são iguais, pois ambos 
são filhos de Deus.
c) A mulher ateniense casada vivia grande par-
te do seu tempo confinada no lar, estando 
submissa a um regime de quase reclusão, 
privada de uma participação efetiva nas de-
cisões políticas.
d) A sociedade guerreira espartana privava as 
mulheres de qualquer forma de liberdade, 
restringindo as funções destas à educação 
de seus filhos e filhas.
e) Nas várias sociedades mesopotâmicas, a mu-
lher desempenhava um papel preponderan-
te, pois, como era a responsável pela pro-
criação, cabia a ela o exercício de mando. 
 10. (UEPA) “No tempo de Péricles (461-429 a.C), 
o comparecimento à assembleia soberana era 
aberto a todo o cidadão. A assembleia era um 
comício ao ar livre que reunia centenas de 
atenienses do sexo masculino, com idade su-
perior a 18 anos. Todos os que compareciam 
tinham direito de fazer uso da palavra. As de-
cisões da assembleia representavam a palavra 
final na guerra e na paz, nos tratados, nas 
finanças, nas legislações, nas obras públicas, 
no julgamento dos casos mais importantes, 
na eleição de administradores, enfim na to-
talidade das atividades governamentais”. 
BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. 
História: Das cavernas ao terceiro milênio, 2ª Edição. 
São Paulo: Editora Moderna, 2010. p. 102. 
Com base nesta informação, conclui-se que, 
em Atenas, no período de Péricles: 
a) a democracia se consolidou e atingiu sua 
plenitude por meio de princípios como o da 
isonomia, isocracia e isegoria, que se definiu 
como a igualdade de direito ao acesso à pala-
vra na assembleia soberana. 
b) a cidadania ateniense fundamentava-se na 
igualdade de gênero, garantindo aos cida-
dãos o pleno direito à palavra independente 
de sexo, impondo como limite a idade de de-
zoito anos. 
c) a relação de poder entre funcionários do Es-
tado e a elite política ateniense assegurava 
a manutenção de um regime de governo aris-
tocrático no qual somente os homens exer-
ciam o direito de cidadania. 
d) os cidadãos atenienses eram guiados por 
uma burocracia estatal que impediu o rodí-
zio dos cargos administrativos, de modo que 
a liderança direta e pessoal era exercida por 
uma minoria de homens jovens. 
e) a concentração da autoridade na assembleia 
possibilitou a criação de um regime de go-
verno baseado no poder pessoal, institucio-
nalizando a oratória como competência mais 
importante para o exercício da política nos 
tempos de Péricles.
E.O. COmplEmEntAr
 1. (UFSM) Hades, o deus dos infernos, apai-
xonou-se por Perséfone, filha de Deméter, a 
deusa da fertilidade. Hades tomou a jovem e 
puxou-a para dentro do seu carro. Logo de-
pois, abriu uma fenda na terra, mergulhan-
do com sua presa para as profundezas. De-
méter passou a procurar a filha e descuidou 
da natureza, prejudicando as plantações e os 
pastores. Zeus preocupou-se com o desespe-
ro de Deméter e permitiu que ela descesse à 
mansão dos mortos. Deméter não conseguiu 
arrancar Perséfone de Hades, mas negociou 
com ele a permissão da filha ficar metade do 
ano com a mãe, a outra metade com o espo-
so. Desde então, quando Perséfone está na 
superfície, a natureza viceja e, quando ela 
retorna aos infernos, a Terra fica estéril.
Fonte: FRANCHINI, S.A. As grandes histórias da mitologia 
greco-romana. POA: L&PM, 2012. p. 38-39. (adaptado)
O mito de Perséfone permite concluir que
a) os gregos e os romanos ignoravam os mitos 
como forma de explicação dos fenômenos na-
turais. 
b) os mitos greco-romanos, assim como os he-
braicos, tinham apenas objetivos religiosos e 
não serviam para compreender a sociedade e 
o mundo natural. 
c) a existência dos infernos é um mito de origem 
hebraica e foi assimilada pelo mundo greco-ro-
mano apenas a partir da expansão romana no 
Oriente. 
d) as figuras da mitologia muitas vezes represen-
tam forças da natureza e configuram um enten-
dimento fantástico do mundo físico e natural. 
e) as estações do ano – primavera, verão, ou-
tono e inverno – foram criações divinas, 
estabelecidas por Zeus para castigar o orgu-
lho dos homens. 
37
 2. (UPE) Desde Homero, a poesia greco-romana 
traçou um padrão de qualidade, que se confi-
gura entre as grandes produções literárias do 
Ocidente. Sobre a produção poética do mundo 
clássico, analise as seguintes afirmações:
I. A poesia de Homero, exemplo de epopeia, 
serve como fonte para os primórdios da 
formação do povo grego.
II. A Odisseia pode ser interpretada, em es-
pecial a passagem do canto das sereias, 
como a afirmação do poder das elites, 
personificadas na figura do herói Ulisses.
III. A obra de Safo de Lesbos é marcada pelo 
erotismo, exaltando as figuras femininas.
IV. A Ilíada, poema que descreve a Guerra de 
Tróia, foi escrita por Parmênides, apesar 
de ser atribuída a Homero.
V. Aristóteles também se destacou na pro-
dução poética, com uma obra que teve 
forte influência nos escritos do poeta ro-
mano Petrônio, em especial no Satiricon.
Estão corretas:
a) I, II e III. 
b) I, III e V. 
c) II, IV e V. 
d) I, II e IV. 
e) II, III e IV. 
 3. (UCS) Sobre o sistema escravista antigo, é 
correto afirmar que
a) as diferenças étnicas não eram relevantes, 
uma vez que qualquer pessoa pobre ou mi-
serável poderia se tornar escravo.
b) os escravos possuíam a mesma cultura e re-
ligião, porque, de forma geral, provinham da 
mesma região, ou seja, dos povos árabes.
c) a manumissão – concessão de liberdade ao 
escravo – foi uma prática generalizada tanto 
na Grécia quanto na Roma escravista.
d) alguns pais negavam seus próprios filhos, es-
pecialmente quando duvidavam da fidelida-
de da mulher, transformando-os em escravos.
e) as tarefas manuais, que ficavam a cargo dos 
escravos, levou os homens livres a uma ati-
tude de desprezo por esse tipo de atividade.
 4. (UFRN) Nos primeiros meses de 430 a.C., 
Péricles proferiu um discurso em homena-
gem aos mortos da Guerra do Peloponeso. 
Nesse discurso ele afirmou:
Temos um regime que nada tem a invejar das 
leis estrangeiras. [...] Se, em matéria de di-
vergências particulares, a igualdade de todos 
diante da lei é assegurada, cada um, em vir-
tude das honras devidas à posição ocupada, é 
julgado naquilo que pode ocasionar sua dis-
tinção: no que se refere à vida pública, as ori-
gens sociais contam menos que o mérito, sem 
que a pobreza dificulte a alguém servir à ci-
dade por causa da humildade de sua posição. 
PINSKI, Jaime (Comp.). 100 textos de história 
antiga. São Paulo: HUCITEC, 1972. p. 94-95. 
Desse fragmento do discurso de Péricles, 
pode-se inferir 
a) a existência de um critério censitário como 
elemento definidor dos cidadãos atenienses, 
aos quais cabia, com exclusividade, aprovar 
as leis e decidir questões relativas à paz e à 
guerra. 
b) a existência de um código de leis extrema-
mente severas, o que mantinha, em Atenas, 
os privilégios da aristocracia. 
c) a presença de uma estruturasocial flexível 
da democracia em Atenas, que permitia aos 
escravos deixarem essa condição e se torna-
rem cidadãos. 
d) a singularidade da estrutura da vida demo-
crática ateniense, que se caracterizava pela 
primazia do espaço público e pelo zelo à 
igualdade entre os cidadãos. 
 5. (UPE) Construir uma relação solidária entre 
as pessoas faz parte do fazer político huma-
no. As experiências feitas são múltiplas.
Na Grécia, nos tempos da democracia, 
a) houve êxito na quebra das hierarquias e na 
vitória de princípios de igualdade social para 
crescimento econômico. 
b) extinguiu-se a escravidão e criaram-se alter-
nativas de trabalho para todos, seguindo os 
ensinamentos de Platão Aristóteles. 
c) buscou-se diminuir as diferenças entre as 
pessoas, mas não se acabaram as hierarquias 
sociais nem as desigualdades econômicas. 
d) efetivou-se a aristocracia no poder, apesar 
da grande astúcia política dos monarcas e 
das assembleias populares. 
e) havia grandes semelhanças com a democra-
cia contemporânea, afirmando valores uni-
versais e definindo direitos sociais. 
E.O. dissErtAtivO
 1. (UFPR) Estabeleça duas diferenças entre o 
conceito de democracia vigente em Atenas 
no período antigo e o conceito de democra-
cia vigente no Brasil atual. 
 2. (UFPR) Considere a afirmação do historiador 
Pedro Paulo Funari: 
“A guerra do Peloponeso não deixou de ser, 
até os nossos dias, uma narrativa histórica 
maior. Pode parecer espantoso ver como re-
corrente um uso político contemporâneo de 
um conflito tão distante no tempo e concer-
nente a uma realidade histórica tão específi-
ca quanto a das cidades gregas. Com efeito, 
os primeiros a lerem, relerem e a se inspira-
rem em Tucídides foram as elites britânicas. 
Desde os primórdios da Inglaterra moderna, 
nascida dos conflitos com o continente, os 
ingleses abandonaram todas as pretensões 
38
de potência terrestre europeia, em proveito 
da conquista dos mares.” 
FUNARI, Pedro Paulo. Usos da Guerra do Peloponeso. Revista 
Brasileira de História Militar. Ano II, n. 4, abril de 2011.
Com qual cidade-Estado os ingleses se 
identificaram nos relatos de Tucídides 
sobre a Guerra do Peloponeso? Justifique 
sua resposta, explicando o que foi a 
Guerra do Peloponeso, no que se refere aos 
principais envolvidos, a suas motivações e às 
consequências para o mundo grego. 
 3. (UFRN) A palavra “democracia” surgiu na 
Grécia Antiga, mas, em diferentes tempos, 
ela denominou realidades distintas. Ana-
lisando a formação da democracia grega 
no século VI a.C., o historiador Ciro F. Car-
doso afirma: 
Ao apoiar-se politicamente nas massas po-
pulares, em favor das quais tomava diversas 
medidas, [...] a tirania promoveu a confi-
guração do demos como força política mais 
estruturada do que o fora até então: ela sig-
nificou, assim, a destruição, não dos aristo-
cratas, mas da sociedade e do regime aristo-
crático mais ou menos exclusivo. 
CARDOSO, Ciro F. A cidade antiga. São 
Paulo: Ática, 1993. p. 31. 
a) Mencione duas diferenças entre o modelo po-
lítico aristocrático e o modelo democrático 
na Grécia Antiga do século VI a.C. 
b) Compare os direitos de cidadania e o exer-
cício do voto na democracia ateniense da 
Antiguidade e nas sociedades democráticas 
ocidentais contemporâneas. 
 4. (UFG) Leia o texto.
A guerra não é nem pode ser anomia, ausên-
cia de regras. Ao contrário, ela se desenrola 
no quadro de normas aceitas por todos os 
gregos, precisamente porque essas regras se 
originam do conjunto de práticas, de valores, 
de crenças comuns. Ainda aqui, o quadro só é 
verdadeiro até certo ponto. De início, porque 
a guerra jamais ficou confinada unicamente 
nas fronteiras do mundo grego. Desde então, 
dividida em dois campos antagônicos, a Gré-
cia engajou-se numa luta cujo risco, escala 
e forma não eram mais os mesmos. Foi todo 
um sistema de regras antigas que se rompeu. 
VERNANT, Jean-Pierre. Mito e sociedade na Grécia Antiga. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 1992. p.38-39. (Adaptado). 
Neste fragmento, o historiador Jean-Pierre 
Vernant avalia a transformação no ordena-
mento das cidades-Estados, advinda com as 
guerras contra os persas. Diante do expos-
to, explique: 
a) a ordem política das cidades-Estados, ante-
rior à guerra contra os persas; 
b) a mudança ocorrida na ordenação das ci-
dades-Estados em virtude da guerra contra 
os persas. 
 5. (Ufpr) “Embora a questão do início histórico 
da filosofia e da ciência teórica ainda conte-
nha pontos controversos e continue um ‘pro-
blema em aberto’ - na dependência inclusive 
de novas descobertas arqueológicas -, a grande 
maioria dos historiadores tende hoje a admitir 
que somente com os gregos começa a audácia 
e a aventura expressas numa teoria. Às con-
quistas esparsas e as sistemáticas da ciência 
empírica e pragmática dos orientais, os gregos 
do século VI a.C. contrapõem a busca de uma 
unidade de compreensão racional, que organi-
za, integra e dinamiza os conhecimentos.”
(PESSANHA, José Américo Motta. “Os pré-
-socráticos: vida e obra”. São Paulo: Nova 
Cultural [Os pensadores], 1989, p. VIII.)
Caracterize a concepção de mundo existente 
na Grécia que foi superada pelo esforço inte-
lectual dos filósofos gregos da antiguidade. 
 6. (UFAL) Na tradição científica e racionalis-
ta que é a nossa, consideramos que a razão 
surgiu na Grécia há 2.500 anos. Alguns che-
garam a pensar que o surgimento dessa ra-
zão marcou uma ruptura em todos os planos, 
uma ruptura total com o que existia antes, 
ou seja, para eles, o irracional. (...) Essa in-
terpretação implica o advento de uma ati-
tude mental que teria, de forma absoluta-
mente decisiva, instaurado um caminho de 
pensamento totalmente novo. Um caminho 
característico do Ocidente e ao qual a ciência 
e a filosofia estão ligadas.
(JP. Vernant)
Neste texto Vernant descreve a interpretação 
geralmente aceita de que a razão teria nascido 
na Grécia através de uma ruptura com o mito, 
realizada pelos primeiros filósofos. Exponha 
as principais diferenças entre as explicações 
da ordenação mundo proposta por esses filóso-
fos e aquelas proporcionadas pelo mito. 
 7. (UFJF) Leia, atentamente, o trecho a seguir 
e responda ao que se pede:
“Para o filósofo grego Platão, nenhuma das 
formas de governo existentes em sua época 
era a ideal. Ao analisar um determinado re-
gime político, ele observou que neste caso, o 
poder estava concentrado nas mãos dos cida-
dãos que deliberavam diretamente sobre os 
assuntos da cidade, embora em seu enten-
der, muitos fossem moralmente indignos e 
sem qualificação para tal.”
Adaptado de FINLEY, M. “Os gregos antigos”. 
Lisboa: Edições 70, 1986. p. 87.
a) Identifique o regime político que está sendo 
criticado.
b) Cite e analise duas das principais caracterís-
ticas desse regime na Grécia Antiga. 
39
 8. (UFV) Atenas e Esparta representaram dois 
modelos distintos de organização política e 
social no mundo grego. Aponte DUAS carac-
terísticas que diferenciam aquelas cidades-
-Estado em termos políticos e sociais.
a) Atenas
 Política:
 Social:
b) Esparta:
 Política:
 Social: 
 9. (UFRN) Na Grécia Antiga, às vésperas da 
guerra entre Atenas e Esparta, dois persona-
gens políticos rivais, um espartano e outro 
ateniense, referindo-se às motivações e in-
tenções de suas respectivas cidades, assim se 
expressaram:
Outros, com efeito, podem ter dinheiro em 
abundância e naus e cavalos, mas temos alia-
dos valentes, que não devem ser entregues aos 
atenienses; votai, portanto, pela guerra, lace-
demônios, como convém à dignidade de Espar-
ta, e não permitais que Atenas se torne maior.
Discurso de Stenelaídas - éforo espartano. 
Apud TUCÍDIDES. “A Guerra do Peloponeso”. 
3. ed. Brasília: Editora UnB, 1999. p. 54-55.
Agora estes homens recém-chegados procla-
mam que devemos dar independência a to-
dos os helenos. Nenhum de vós, porém, deve 
pensar que iremos entrar em guerra por mo-
tivos banais se nos recusarmos a revogar o 
decreto da cidade de Mégara [...]. Ide com 
adeterminação de não ceder sob pretexto 
algum, grande ou pequeno e de não viver-
mos amedrontados por causa dos bens que 
possuímos.
Discurso de Péricles - líder ateniense. Apud 
TUCÍDIDES. “A Guerra do Peloponeso”. 3. ed. 
Brasília: Editora UnB, 1999. p. 78.
Tomando como ponto de partida esses dois 
fragmentos de discursos proferidos no fi-
nal do século V a.C., explique como Atenas 
chegou à situação de domínio quase total da 
comunidade helênica e estabeleça a relação 
existente entre democracia e imperialismo 
no mundo grego nesse período. 
 10. (UFG) ... os fatos na antiguidade foram 
muito próximos de como os descrevi, não 
dando muito crédito, de um lado, às versões 
que os poetas cantaram, adornando e ampli-
ficando seus temas, e de outro considerando 
que os logógrafos [primeiros escritores gre-
gos] compuseram as suas obras mais com a 
intenção de agradar os ouvidos que de dizer 
a verdade (...) deve-se olhar os fatos como 
estabelecidos com precisão suficiente, à base 
de informações mais nítidas.
Tucídides I, 21. “História da Guerra do Peloponeso.” 
Brasília: Ed. da UnB, 1999, p.25.
O desenvolvimento do pensamento filosófico e 
o nascimento da História (a investigação que 
localiza as “informações mais nítidas”), como 
atividade que distingue mito e verdade, fo-
ram concomitantes ao nascimento da “polis” 
e conheceram um período de florescência no 
denominado “Século de Péricles”.
Discorra sobre os aspectos culturais e políticos 
desse período da história da Grécia Antiga. 
E.O. EnEm
 1. (Enem) A felicidade é portanto, a melhor, a 
mais nobre e a mais aprazível coisa do mun-
do, e esses atributos não devem estar sepa-
rados como na inscrição existente em Delfos 
“das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a 
melhor é a saúde; porém a mais doce é ter 
o que amamos”. Todos estes atributos estão 
presentes nas mais excelentes atividades, 
e entre essas a melhor, nós a identificamos 
como felicidade. 
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. 
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos 
mais excelentes atributos, Aristóteles a 
identifica como 
a) busca por bens materiais e títulos de nobreza. 
b) plenitude espiritual a ascese pessoal. 
c) finalidade das ações e condutas humanas. 
d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. 
e) expressão do sucesso individual e reconhe-
cimento público. 
 2. (Enem) Segundo Aristóteles, “na cidade com 
o melhor conjunto de normas e naquela do-
tada de homens absolutamente justos, os 
cidadãos não devem viver uma vida de tra-
balho trivial ou de negócios — esses tipos 
de vida são desprezíveis e incompatíveis 
com as qualidades morais —, tampouco de-
vem ser agricultores os aspirantes à cidada-
nia, pois o lazer é indispensável ao desen-
volvimento das qualidades morais e à prática 
das atividades políticas”. 
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na 
cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994. 
O trecho, retirado da obra Política, de Aristó-
teles, permite compreender que a cidadania 
a) possui uma dimensão histórica que deve ser 
criticada, pois é condenável que os políticos 
de qualquer época fiquem entregues à ocio-
sidade, enquanto o resto dos cidadãos tem 
de trabalhar. 
b) era entendida como uma dignidade própria 
dos grupos sociais superiores, fruto de uma 
concepção política profundamente hierar-
quizada da sociedade. 
40
c) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma 
percepção política democrática, que levava 
todos os habitantes da pólis a participarem 
da vida cívica. 
d) tinha profundas conexões com a justiça, ra-
zão pela qual o tempo livre dos cidadãos de-
veria ser dedicado às atividades vinculadas 
aos tribunais. 
e) vivida pelos atenienses era, de fato, res-
trita àqueles que se dedicavam à política 
e que tinham tempo para resolver os pro-
blemas da cidade.
 3. (Enem 2017) TEXTO I 
Sólon é o primeiro nome grego que nos vem 
à mente quando terra e dívida são mencio-
nadas juntas. Logo depois de 600 a.C., ele 
foi designado “legislador” em Atenas, com 
poderes sem precedentes, porque a exigên-
cia de redistribuição de terras e o cancela-
mento das dívidas não podiam continuar 
bloqueados pela oligarquia dos proprietários 
de terra por meio da força ou de pequenas 
concessões.
FINLEY, M. Economia e sociedade na Grécia antiga. 
São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013 (adaptado).
TEXTO II
A “Lei das Doze Tábuas” se tornou um dos 
textos fundamentais do direito romano, 
uma das principais heranças romanas que 
chegaram até nos. A publicação dessas leis, 
por volta de 450 a.C., foi importante pois o 
conhecimento das “regras do jogo” da vida 
em sociedade é um instrumento favorável ao 
homem comum e potencialmente limitador 
da hegemonia e arbítrio dos poderosos.
FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo: 
Contexto, 2011 (adaptado).
O ponto de convergência entre as realidades 
sociopolíticas indicadas nos textos consiste 
na ideia de que a 
a) discussão de preceitos formais estabeleceu a 
democracia. 
b) invenção de códigos jurídicos desarticulou 
as aristocracias 
c) formulação de regulamentos oficiais insti-
tuiu as sociedades. 
d) definição de princípios morais encerrou os 
conflitos de interesses. 
e) criação de normas coletivas diminuiu as de-
sigualdades de tratamento.
 4. (Enem) TEXTO I
Olhamos o homem alheio às atividades pú-
blicas não como alguém que cuida apenas de 
seus próprios interesses, mas como um inú-
til; nós, cidadãos atenienses, decidimos as 
questões públicas por nós mesmos na cren-
ça de que não é o debate que é empecilho à 
ação, e sim o fato de não se estar esclarecido 
pelo debate antes de chegar a hora da ação.
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. 
Brasília: UnB, 1987 (adaptado).
TEXTO II
Um cidadão integral pode ser definido por 
nada mais nada menos que pelo direito de 
administrar justiça e exercer funções públi-
cas; algumas destas, todavia, são limitadas 
quanto ao tempo de exercício, de tal modo 
que não podem de forma alguma ser exer-
cidas duas vezes pela mesma pessoa, ou so-
mente podem sê-lo depois de certos interva-
los de tempo prefixados.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.
Comparando os textos I e II, tanto para Tu-
cídides (no século V a.C.) quanto para Aris-
tóteles (no século IV a.C.), a cidadania era 
definida pelo(a)
a) prestígio social.
b) acúmulo de riqueza.
c) participação política.
d) local de nascimento.
e) grupo de parentesco.
 5. (Enem) O que implica o sistema da pólis é 
uma extraordinária preeminência da palavra 
sobre todos os outros instrumentos do poder. 
A palavra constitui o debate contraditório, 
a discussão, a argumentação e a polêmica. 
Torna-se a regra do jogo intelectual, assim 
como do jogo político.
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. 
Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).
Na configuração política da democracia gre-
ga, em especial a ateniense, a ágora tinha 
por função 
a) agregar os cidadãos em torno de reis que go-
vernavam em prol da cidade.
b) permitir aos homens livres o acesso às deci-
sões do Estado expostas por seus magistrados.
c) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos 
se reunia para deliberar sobre as questões da 
comunidade.
d) reunir os exercícios para decidir em assem-
bleias fechadas os rumos a serem tomados 
em caso de guerra.
e) congregar a comunidade para eleger repre-
sentantes com direito a pronunciar-se em 
assembleias.
41
E.O. ObjEtivAs 
(UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp)
 1. (Unesp) Leia. 
Quando sua influência [de Péricles] esta-
va no auge, ele poderia esperar a constan-
te aprovação de suas políticas, expressa no 
voto popular na Assembleia, mas suas pro-
postas eram submetidas à Assembleia sema-
nalmente, visões alternativas eram apresen-
tadas às dele, e a Assembleia sempre podia 
abandoná-lo, bem como suas políticas, e oca-
sionalmente assim procedeu. A decisão era 
dos membros da Assembleia, não dele, ou de 
qualquer outro líder; o reconhecimento da 
necessidade de liderança não era acompa-
nhado por uma renúncia ao poder decisório.E ele sabia disso. 
Moses I. Finley. Democracia antiga e moderna, 1988.
Ao caracterizar o funcionamento da demo-
cracia ateniense, no século V a.C., o texto 
afirma que
a) os líderes políticos detinham o poder decisó-
rio, embora ouvissem, às vezes, as opiniões 
da Assembleia.
b) a eleição de líderes e representantes políti-
cos dos cidadãos na Assembleia demonstrava 
o caráter indireto da democracia.
c) a Assembleia era o espaço dos debates e das 
decisões, o que revelava a participação direta 
dos cidadãos na condução política da cidade.
d) os membros da Assembleia escolhiam os lí-
deres políticos, submetendo-se, a partir de 
então, ao seu poder e às suas decisões.
e) os cidadãos evitavam apresentar suas discor-
dâncias na Assembleia, pois poderiam assim 
provocar impasses políticos.
 2. (Fuvest) “Alexandre desembarca lá onde foi 
fundada a atual cidade de Alexandria. Pare-
ceu-lhe que o lugar era muito bonito para 
fundar uma cidade e que ela iria prosperar. A 
vontade de colocar mãos à obra fez com que 
ele próprio traçasse o plano da cidade, o lo-
cal da Ágora, dos santuários da deusa egípcia 
Ísis, dos deuses gregos e do muro externo.”
Flávio Arriano. Anabasis Alexandri (séc. I d.C.). 
Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de 
Alexandria, é possível depreender 
a) o significado do helenismo, caracterizado 
pela fusão da cultura grega com a egípcia e 
as do Oriente Médio. 
b) a incorporação do processo de urbanização 
egípcio, para efetivar o domínio de Alexan-
dre na região. 
c) a implantação dos princípios fundamentais da 
democracia ateniense e do helenismo no Egito.
d) a permanência da racionalidade urbana 
egípcia na organização de cidades no Im-
pério helênico. 
e) o impacto da arquitetura e da religião dos 
egípcios, na Grécia, após as conquistas de 
Alexandre. 
 3. (Unesp 2017) Apesar de sua dispersão ge-
ográfica e de sua fragmentação política, os 
gregos tinham uma profunda consciência de 
pertencer a uma só e mesma cultura. Esse fe-
nômeno é tão mais extraordinário, conside-
rando-se a ausência de qualquer autoridade 
central política ou religiosa e o livre espírito 
de invenção de uma determinada comunida-
de para resolver os diversos problemas polí-
ticos ou culturais que se colocavam para ela.
Moses I. Finley. Os primeiros tempos 
da Grécia, 1998. Adaptado.
O excerto refere-se ao seguinte aspecto es-
sencial da história grega da Antiguidade:
a) a predominância da reflexão política sobre o 
desenvolvimento das belas-artes.
b) a fragilidade militar de populações isoladas 
em pequenas unidades políticas.
c) a vinculação do nascimento da filosofia com 
a constituição de governos tirânicos.
d) a existência de cidades-Estados conjugada a 
padrões civilizatórios de unificação.
e) a igualdade social sustentada pela explora-
ção econômica de colônias estrangeiras.
 4. (Fuvest) “Democracia e imperialismo foram 
duas faces da mesma moeda na Atenas do 
século V a.C.”. Tal afirmativa é 
a) correta, já que a prosperidade proporcionada pe-
los recursos provenientes das regiões submetidas 
liberava, aos cidadãos atenienses, o tempo neces-
sário a uma maior participação na vida política. 
b) falsa, pois aquelas práticas políticas eram 
consideradas contraditórias, tanto que fora 
em nome da democracia que Atenas enfren-
tara o poderoso Império Persa nas Guerras 
Peloponésicas. 
c) correta, pois foi o desejo de manter a Grécia 
unificada e de estender a democracia a todas 
suas cidades que levou os atenienses a se 
oporem ao imperialismo espartano. 
d) falsa, já que o orgulho por seu sistema 
político sempre fez com que Atenas ficasse 
fechada sobre si mesma, desprezando os 
contatos com outras cidades-Estado. 
e) correta, se aplicada exclusivamente ao 
período das Guerras Médicas contra Esparta 
e sua liga aristocrática.
42
 5. (Fuvest) Com o advento da democracia na pó-
lis grega durante o período clássico, foram 
a) abandonados completamente os ideais de 
autarquia da pólis, de glorificação da guerra 
e a visão aristocrática da sociedade e da po-
lítica, que haviam caracterizado os períodos 
anteriores. 
b) introduzidos novos ideais baseados na eco-
nomia de mercado, na condenação da guerra 
e na valorização da democracia, mais condi-
zentes com a igualdade vigente. 
c) preservados os antigos ideais de autarquia, 
da guerra, da propriedade da terra, do ócio, 
como valores positivos. 
d) recuperadas antigas práticas do período ho-
mérico - abandonadas no período arcaico 
- como a escravidão em grande escala e o 
imperialismo econômico. 
e) adaptados aos antigos ideais aristocráticos e 
de autarquia (do período homérico e arcai-
co) os novos ideais de economia de mercado 
do período clássico.
 6. (Unifesp) “Ao povo dei tantos privilégios 
quanto lhe bastam, à sua honra nada tirei 
nem acrescentei; mas os que tinham poder e 
eram admirados pelas riquezas, também ne-
les pensei, que nada tivessem de infaman-
te... entre uma e outra facção, a nenhuma 
permiti vencer injustamente.”
(Sólon, século VI a.C.)
No governo de Atenas, o autor procurou 
a) restringir a participação política de ricos e 
pobres, para impedir que suas demandas pu-
sessem em perigo a realeza. 
b) impedir que o equilíbrio político existente, que 
beneficiava a aristocracia, fosse alterado no sen-
tido da democracia. 
c) permitir a participação dos cidadãos pobres na 
política, para derrubar o monopólio dos grandes 
proprietários de terras. 
d) abolir a escravidão dos cidadãos que se endivi-
davam, ao mesmo tempo em que mantinha sua 
exclusão da vida política. 
e) disfarçar seu poder tirânico com concessões e 
encenações que davam aos cidadãos a ilusão de 
que participavam da política. 
 7. (Unifesp) “Nunca temi homens que têm no 
centro de sua cidade um local para reuni-
rem-se e enganarem-se uns aos outros com 
juramentos. Com estas palavras, Ciro insul-
tou todos os gregos, pois eles têm suas ago-
rás [praças] onde se reúnem para comprar 
e vender; os persas ignoram completamente 
o uso de agorás e não têm lugar algum com 
essa finalidade”.
(Heródoto, Histórias, séc. V a.C.)
O texto expressa 
a) a inferioridade dos persas que, ao contrário 
dos gregos, não conheciam ainda a vida em 
cidades. 
b) a desigualdade entre gregos e persas, apesar 
dos mesmos usos que ambos faziam do espa-
ço urbano. 
c) o caráter grego, fundamentado no uso espe-
cífico do espaço cívico, construído em opo-
sição aos outros. 
d) a incapacidade do autor olhar com objeti-
vidade os persas e descrever seus costumes 
diferentes. 
e) a complacência dos persas para com os gre-
gos, decorrente da superioridade de seu po-
derio econômico e militar. 
E.O. dissErtAtivAs 
(UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 
 1. (Unesp) “Jamais usam eles qualquer título, 
ou modificam as leis: ocupam o poder e suas 
vias pelos seus amigos, clientes, seu grupo, 
enfim; vigiam e lançam pontos de apoio nas 
assembleias, tribunais e conselhos, desenvol-
vendo uma incômoda inquisição policial; fe-
rozes adversários dos nobres, confiscam suas 
terras, condenam-nos ao exílio e por vezes 
executam-nos, em casos de conspiração; fa-
vorecem os marinheiros, artesãos, pequenos 
proprietários, realizam um amálgama iguali-
tário das classes e deslocam deliberadamente 
o poderio dos genetas e dos ‘eupátridas’.”
(Paul Petit, “História Antiga”.)
O autor refere-se ao fenômeno da tirania 
grega. Tomando como base o texto, caracte-
rize o papel da tirania no processo de cons-
trução da democracia na Grécia. 
 2. (Unicamp) O filósofo Aristóteles (384-322 
a.C.) definiu a cidadania em Atenas da se-
guinte forma: 
A cidadania não resulta do fato de alguém 
ter o domicílio em certo lugar, pois os es-
trangeiros residentes e os escravos também 
são domiciliados nesse lugar e não são ci-
dadãos. Nem são cidadãos todos aqueles que 
participam de um mesmo sistema judiciário. 
Um cidadão integral pode ser definido pelo 
direito de administrar justiça e exercer fun-
ções públicas. 
Adaptado de Aristóteles, Política. Brasília:Editora UnB, 1985, p. 77-78.
a) Indique duas condições para que um ate-
niense fosse considerado cidadão na Grécia 
clássica no apogeu da democracia.
43
b) Os estrangeiros, também chamados de me-
tecos, não tinham direitos integrais, mas ti-
nham alguns deveres e direitos. Identifique 
um dever e um direito dos metecos. 
 3. (Unicamp) Nada é mais presente na vida 
cotidiana da coletividade do que a oratória, 
que partilha com o teatro a característica de 
ser a manifestação cultural mais popular e 
mais praticada na Atenas clássica. A civili-
zação da Atenas clássica é uma civilização 
do debate. As reações dos atenienses na As-
sembleia eram influenciadas por sua expe-
riência como público do teatro e vice-versa. 
Trata-se de uma civilização substancialmen-
te oral. O grego era educado para escutar. 
O caminho de Sócrates a Aristóteles ilustra 
perfeitamente o percurso da cultura grega da 
oralidade à civilização da escrita, que corres-
ponde, no plano político e social, à passagem 
da cidade-Estado ao ecumenismo helenístico.
(Adaptado de Agostino Masaracchia, “La prosa 
greca del V e del IV secolo a.C.”. In: Giovanni 
D’Anna (org.). Storia della letteratura greca. Roma: 
Tascabile Economici Newton, 1995, p. 52-54.)
a) Estabeleça relações entre o modelo político 
vigente na Atenas clássica e a importância 
assumida pelo teatro e pela oratória nesse 
período.
b) Aponte características do período helenísti-
co que o diferenciam da Atenas clássica. 
 4. (Unifesp) (...) é no último quartel do sécu-
lo VII [a.C.] que a economia das cidades (...) 
volta-se decididamente para o exterior; o 
tráfico por mar vai então amplamente ultra-
passar a bacia oriental do Mediterrâneo, en-
tregue a seu papel de via de comunicação. A 
zona dos intercâmbios estende-se a oeste até 
a África e à Espanha, a leste até ao Mar Negro.
(Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento 
grego. São Paulo: Difel, 1991.)
O texto fala da expansão das cidades gregas 
no século VII a.C. Explique
a) por que o autor chama o Mar Mediterrâneo 
de “via de comunicação”.
b) os principais motivos dessa expansão. 
 5. (Fuvest) Vivemos numa forma de governo 
que não se baseia nas instituições de nossos 
vizinhos; ao contrário, servimos de mode-
lo a alguns, ao invés de imitar outros. [...] 
Nela, enquanto no tocante às leis todos são 
iguais para a solução de suas divergências 
privadas, quando se trata de escolher (se é 
preciso distinguir em algum setor), não é o 
fato de pertencer a uma classe, mas o méri-
to, que dá acesso aos postos mais honrosos; 
inversamente, a pobreza não é razão para 
que alguém, sendo capaz de prestar servi-
ços à cidade, seja impedido de fazê-lo pela 
obscuridade de sua condição. Conduzimo-
-nos liberalmente em nossa vida pública, e 
não observamos com uma curiosidade suspi-
caz [desconfiada] a vida privada de nossos 
concidadãos, pois não nos ressentimos com 
nosso vizinho se ele age como lhe apraz, 
nem o olhamos com ares de reprovação que, 
embora inócuos, lhe causariam desgosto. Ao 
mesmo tempo que evitamos ofender os ou-
tros em nosso convívio privado, em nossa 
vida pública nos afastamos da ilegalidade 
principalmente por causa de um temor reve-
rente, pois somos submissos às autoridades 
e às leis, especialmente àquelas promulga-
das para socorrer os oprimidos e às que, em-
bora não escritas, trazem aos agressores uma 
desonra visível a todos. 
Oração fúnebre de Péricles, 430 a.C., In: Tucídides. 
História da Guerra do Peloponeso. Brasília: 
Editora UnB, 2001, p. 109. Adaptado. 
a) Com base nas informações contidas no texto, 
identifique o sistema político nele descrito e 
indique suas principais características. 
b) Identifique a cidade que foi a principal ad-
versária de Atenas na Guerra do Peloponeso 
e diferencie os sistemas políticos vigentes 
em cada uma delas. 
 6. (Fuvest) Não esqueçamos que o processo de 
formação de um povo e de uma civilização 
gregos não se desenrolou segundo um pla-
no premeditado, nem de maneira realmente 
consciente. Tentativa, erro e imitação foram 
os principais meios, de tal modo que uma 
certa margem de diversidade social e cultu-
ral, amiúde muito marcada, caracterizou os 
inícios da Grécia. De fato, nem o ritmo nem 
a própria direção da mudança deixaram de 
se alterar ao longo da história grega. 
Moses I. Finley. O mundo de Ulisses. 3ª 
ed. Lisboa: Presença, 1998, p.16. 
a) Indique um elemento “imitado” de outros 
povos e sociedades que teria estado presente 
nos “inícios da Grécia”. 
b) Ofereça pelo menos dois exemplos do que o 
autor chama de “diversidade social e cultu-
ral”, que “caracterizou os inícios da Grécia”. 
 7. (Fuvest) No ano passado, aconteceu em Pe-
quim mais uma Olimpíada. No mundo, peças 
teatrais estão sendo continuamente encena-
das. Como se sabe, Olimpíadas e teatro (oci-
dental) foram uma criação da Grécia antiga. 
Discorra sobre: 
a) o significado dos jogos olímpicos para os an-
tigos gregos; 
b) as características do teatro na Grécia antiga. 
44
 8. (Unesp) Entre os povos da Antiguidade oci-
dental, a participação efetiva nas guerras 
era, em geral, entendida como condição ne-
cessária para a participação dos indivíduos 
nas decisões políticas das cidades. A demo-
cracia nas cidades gregas, em Atenas em par-
ticular, tornou-se possível graças às mudan-
ças na arte da guerra, ocorridas nos séculos 
VI e V a.C. Que mudanças foram essas?
 9. (Fuvest) A cidade antiga (grega, entre os 
séculos VIII e IV a.C.) e a cidade medieval 
(europeia, entre os séculos XII e XIV), quan-
do comparadas, apresentam tanto aspectos 
comuns quanto contrastantes. Indique as-
pectos que são:
a) comuns às cidades antiga e medieval. 
b) específicos de cada uma delas. 
 10. (Unicamp) Nada é mais presente na vida 
cotidiana da coletividade do que a oratória, 
que partilha com o teatro a característica de 
ser a manifestação cultural mais popular e 
mais praticada na Atenas clássica. A civiliza-
ção da Atenas clássica é uma civilização do 
debate. As reações dos atenienses na Assem-
bleia eram influenciadas por sua experiência 
como público do teatro e vice-versa. Trata-se 
de uma civilização substancialmente oral. O 
grego era educado para escutar. O caminho 
de Sócrates a Aristóteles ilustra perfeita-
mente o percurso da cultura grega da orali-
dade à civilização da escrita, que correspon-
de, no plano político e social, à passagem da 
cidade-Estado ao ecumenismo helenístico. 
Adaptado de Agostino Masaracchia, La prosa greca 
del V e del IV secolo a.C.. In: Giovanni D’Anna 
(org.). Storia della letteratura greca. Roma: 
Tascabile Economici Newton, 1995, p. 52-54.
a) Estabeleça relações entre o modelo político 
vigente na Atenas clássica e a importância 
assumida pelo teatro e pela oratória nesse 
período. 
b) Aponte características do período helenísti-
co que o diferenciam da Atenas clássica.
gAbAritO
E.O. Aprendizagem
1. B 2. D 3. E 4. C 5. A 
6. C 7. A 8. E 9. C 10. B 
E.O. Fixação
1. E 2. B 3. C 4. B 5. D 
6. B 7. B 8. A 9. C 10. A 
E.O. Complementar
1. D 2. A 3. E 4. D 5. C 
E.O. Dissertativo
 1. O conceito de democracia ateniense era di-
reto e excludente: os poucos cidadãos (ho-
mens, maiores de 21 anos e atenienses na-
tos) participavam diretamente das tomadas 
de decisão da cidade-Estado. 
O conceito de cidadania do Brasil atual é in-
direto ou representativo e abrangente: todos 
somos cidadãos e elegemos um representan-
te para tomar as decisões políticas. 
 2. A Guerra do Peloponeso é tradicionalmente 
relatada como um conflito entre Atenas e Es-
parta; na verdade, um conflito envolvendo a 
Confederação de Delos (liderada por Atenas) 
e a Liga do Peloponeso (liderada por Espar-
ta), numa luta pela hegemonia sobre o mun-
do grego. A Inglaterra é identificada com 
Atenas, vista como potência expansionista, 
que exercia forte influência sobre diversas 
cidades, dentro e fora do território grego. 
Cidade litorânea, Atenas se fortaleceu eco-
nomicamente a partir do comércio marítimo. 
 3. 
a) Omodelo aristocrático, que antecedeu 
a democracia na Grécia Antiga, estava 
baseado em privilégios de origem fa-
miliar, no qual somente os nascidos 
“eupátridas” possuíam efetivamente 
direitos políticos, tanto na ocupação de 
cargos públicos, como no processo de 
escolha; além de manter a terra como 
seu privilégio exclusivo. A Democracia 
ampliou a participação, garantida a 
todos independentemente da origem, 
porém excluía as mulheres e preserva-
va a escravidão. 
45
b) O direito de voto na Grécia antiga foi ga-
rantido apenas aos homens, maiores de 
idade, que fossem livres (a escravidão foi 
preservada), nascidos em Atenas com o 
pai ateniense. Nas democracias ociden-
tais contemporâneas, o direito foi esten-
dido às mulheres, porém na maioria dos 
casos, ainda existe limite de idade e res-
trição aos estrangeiros. 
 4. 
a) As cidades-Estados conservavam sua au-
tonomia política, embora culturalmente 
formassem uma unidade. 
b) A mudança ocorrida se relaciona com a 
guerra contra os persas, que exigiu certa 
unidade entre as cidades-Estados efeti-
vada com a formação da Liga de Delos, 
liderada por Atenas. Doravante, Atenas se 
aproveitaria da liga para impor seu do-
mínio sobre as demais cidades-Estados. 
O expansionismo ateniense seria contra-
posto ao poderio de Esparta na guerra do 
Peloponeso, cujo resultado seria o enfra-
quecimento do conjunto de cidades-Esta-
dos, o que facilitou a conquista da Grécia 
pelos macedônios. 
 5. Ao apresentarem explicações fundamenta-
das em princípios para o comportamento da 
natureza, os filósofos gregos e em particular 
os pré-socráticos, chegaram ao que pode ser 
considerado uma importante diferença em 
relação ao pensamento mítico. Nas explica-
ções míticas, o explicador é tão desconhe-
cido quanto a coisa explicada. As explica-
ções por princípios definidos e observáveis 
por todos os que têm razão (e não apenas 
por sacerdotes, como ocorre no pensamen-
to mítico), tais como as apresentadas pelos 
pré-socráticos, permitem que apresentemos 
explicadores que de fato aumentam a com-
preensão sobre aquilo que é explicado.
Talvez seja na diferença em relação ao pen-
samento mítico que vejamos como a filosofia 
de origem europeia, na sua meta de buscar 
explicadores menos misteriosos do que as 
coisas explicadas, tenha levado ao desenvol-
vimento da ciência contemporânea. 
 6. Para os filósofos gregos, a natureza é regi-
da por leis e princípios que podem perfei-
tamente ser de domínio dos homens, desde 
que se exercite o espírito crítico e a razão.
O pensamento mítico, por sua vez, tem por 
fundamento que a ordenação do mundo ou 
os fenômenos naturais estão no campo do 
mistério e sobre o qual o homem não exerce 
qualquer ação, sendo este, portanto, domí-
nio dos deuses. 
 7. 
a) Democracia.
b) O aluno poderia destacar diversas carac-
terísticas entre elas:
 § A exclusão de homens até 18 anos, 
mulheres, metecos e escravos do con-
ceito de cidadão.
 § O caráter participativo dos cidadãos 
nas reuniões na Ágora, o mecanismo 
do ostracismo ou da mistoforia. A par-
ticipação de Clístenes ou Péricles na 
organização e no desenvolvimento do 
regime.
 § O funcionamento da Eclésia ou Boule, 
a importância da oratória ou o papel 
dos demagogos. 
 8. 
a) Atenas
Política: Durante o século VI a.C., após 
inúmeros conflitos envolvendo o partido 
aristocrático, representado pelos gran-
des proprietários rurais (eupátridas) e 
o partido popular (artesãos e comercian-
tes), pois o segundo reivindicava direitos 
políticos que até o início do século eram 
restritos aos aristocratas, foi instituída 
por Clístenes a democracia, forma de go-
verno que assegurava direitos políticos 
aos cidadãos independentemente do nas-
cimento ou da renda (voto censitário). 
Porém, o direito à cidadania era restrito 
aos homens, maiores de idade, nascidos 
na cidade e filhos de pai ateniense, ex-
cluindo-se da vida pública as mulheres, 
os metecos (estrangeiros) e os escravos.
Social: Para que os cidadãos pudessem se 
dedicar à política, à filosofia, às artes e 
às demais atividades culturais, os ecra-
vos realizavam as atividades que exigiam 
esforço físico e as atividades de caráter 
burocrático.
b) Esparta. 
Política: O governo espartano era exer-
cido por uma oligarquia militar, organi-
zado a partir da diarquia (dois reis), a 
gerúsia, um conselho de anciãos forma-
do por 28 homens maiores de 60 anos 
responsável pela elaboração das leis, o 
eforato (conselhos dos éforos) formado 
por cinco membros eleitos anualmente e 
responsável pelas funções executivas e a 
Ápela, a assembleia dos cidadãos forma-
da pelos cidadãos/soldados maiores de 30 
e responsável pela votação das leis e elei-
ção dos gerontes (membros da gerúsia).
Social: A educação militarista, sobretudo 
após a conquista dos povos vizinhos de 
Esparta, constituiu a principal caracte-
rística da organização social espartana. 
Entre as práticas da educação espartana, 
destacam-se o laconismo e a xenofobia. O 
46
propósito dessa educação era a perpetu-
ação da estrutura social vigente e o con-
trole sobre os povos dominandos e tran-
formados em escravos (os hilotas). 
 9. A situação de domínio de Atenas:
a) Sistema de colonização grega - A partir 
do conflito entre a colonização grega e a 
colonização persa, dando origem às guer-
ras médicas; Atenas conquistou a lideran-
ça do mundo grego.
b) Criação da Confederação de Delos - Sob 
a liderança de Atenas, da qual partici-
pavam inúmeras cidades gregas que es-
tabeleciam entre si relações comerciais e 
militares.
Relações entre Democracia e Imperialismo:
a) Atenas, como cidade preponderante na 
Liga de Delos, se beneficiava dos recursos 
da Liga para reformas urbanas e políti-
cas, fortalecendo sua democracia interna.
b) Péricles, no seu governo, ampliou a par-
ticipação popular nos tribunais e nas ma-
gistraturas, fortalecendo a democracia 
fundada por Clístenes. 
 10. O “Século de Péricles” (século V a. C.) corres-
ponde ao período de maior produção artís-
tica e cultural da Grécia graças ao estímulo 
de Péricles para a reconstrução de Atenas 
após as Guerras Médicas. Sob a coordenação 
de Fídias foram erguidos os mais expressi-
vos edifícios com destaque para o Partenon. 
Também nesse período consolidou-se a de-
mocracia, instituída por Clístenes. 
E.O. Enem 
1. C 2. B 3. E 4. C 5. C
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. C 2. A 3. D 4. A 5. C
6. B 7. C
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
 1. A tirania na Grécia Antiga foi instalada dian-
te da incompatibilidade dos partidos aristo-
crático e popular, sobretudo quanto às refor-
mas reclamadas pelos setores populares que 
encontravam resistência dos aristocratas.
Os tiranos, em particular Pisístrato, usurpa-
ram o poder com apoio popular fragilizando 
a aristocracia. Dessa forma, abriram cami-
nho para a democracia, ao favorecerem a ex-
pressão política dos setores populares. 
 2.
a) Para ser considerado cidadão em Atenas 
era preciso ser homem, ter mais de 21 
anos e ser ateniense nato.
b) Os metecos tinham o dever ou a obriga-
ção de obedecer à legislação ateniense e 
tinham o direito de exercer atividades 
comerciais. 
 3.
a) Na democracia anteniense, os cidadãos 
participavam diretamente da vida públi-
ca, atuando nos debates sobre as questões 
políticas, e envolviam-se praticamente da 
mesma forma nas apresentações das tra-
gédias e comédias. A oratória, comum às 
duas situações, possuía valor relevante, 
tanto para a reflexão sobre questões polí-
ticas, quanto sobre valores morais.
b) O período helenístico caracterizou-se 
pela formação de um vasto império de ca-
ráter universal, diferentemente do regio-
nalismo da Atenas clássica. A democracia 
foi superada pelo centralismo autocrático 
de Alexandre, o Grande. A cultura helê-
nica, fundamentada no racionalismo, foi 
superada ao se fundir à cultura oriental, 
na qual se sobressaía a suntuosidade e o 
realismo excessivo, dando lugar à cultura 
helenística. 
 4.a) Porque o mar Mediterrâneo era a princi-
pal via de circulação de navios do mundo 
antigo, integrando diferentes regiões e 
povos da Europa, Ásia e África.
b) Muitos historiadores contemporâneos 
apontam como causa para a expansão das 
cidades gregas no século VII a.C., necessi-
dades comerciais e o grande crescimento 
demográfico que se iniciara no final do 
Período Homérico. Porém, há discordân-
cia quanto aos motivos comerciais, pois 
muitas das regiões colonizadas não ti-
nham nenhum atrativo comercial para os 
gregos. Observa-se que bons portos, exce-
lentes pontos para o desenvolvimento da 
atividade comercial, não foram ocupados 
por nenhuma colônia grega, indicando 
que nem sempre o objetivo mercantil 
era o principal para a expansão das cida-
des. Assim sendo, pode-se apontar que o 
principal motivo da expansão territorial 
grega tenha sido a busca de uma solução 
para a crise decorrente da explosão po-
pulacional iniciada no século VIII a.C. As 
condições geográficas da área continental 
da Grécia, um solo pouco fértil e pedrego-
so e o relevo montanhoso, não atendiam 
as demandas de uma população crescen-
te. Esse movimento é conhecido como Se-
gunda Diáspora Grega. 
47
 5.
a) O texto de Péricles, citado pelo histo-
riador grego Tucídides, faz referência à 
democracia ateniense que foi criada por 
Clístenes em 509 a.C. Péricles destaca 
o pioneirismo da democracia atenien-
se exaltando que todos os cidadãos são 
iguais (isonomia) e podem participar 
das decisões políticas. Vale ressaltar que 
todos os cidadãos são iguais, porém mu-
lheres, escravos e estrangeiros não eram 
considerados cidadãos.
b) Esparta, localizada na Península do Pelo-
poneso, possuía um governo aristocrático 
e militarizado enquanto Atenas, localiza-
da na Ática, imperava um regime demo-
crático que se ancorava na escravidão.
6.
a) Entre os elementos “imitados” de outros 
povos e sociedade presentes nos “iní-
cios da Grécia”, podemos citar as técni-
cas agrícolas, navais e valores religiosos 
aprendidas com a civilização cretense.
b) Um exemplo de “diversidade social e cul-
tural”, que “caracterizou os inícios da Gré-
cia”, é a diferença entre a cultura que se 
desenvolveu nesse período, descrita pelos 
poemas de Homero e Hesíodo.
7.
a) Os Jogos Olímpicos eram realizados na ci-
dade de Olímpia em homenagem a Zeus, 
senhor do Olimpo na mitologia helênica. 
Para os antigos gregos, significavam, ain-
da, a confraternização entre as cidades-
-Estado e a celebração da superioridade 
do povo grego.
 O teatro grego caracterizou-se pela restri-
ção aos homens na atuação como atores, 
pelo uso de máscaras e as apresentações 
em anfiteatros ao ar livre. Quanto aos 
temas, caracterizou-se pelas tragédias e 
comédias.
 8. A formação de um exército a partir da no-
ção de cidadania. Atenas passou a formar 
um exército de cidadãos. Além disso, houve 
um aumento no aparato militar, tornando os 
exércitos mais fortemente armados.
9.
a) Aspectos comuns:
 § Os vínculos entre a área urbana e seu 
em torno rural;
 § O fato de as cidades constituírem cen-
tros de trocas comerciais, salvo algu-
mas exceções, como no caso de Esparta;
 § O fato de algumas comunas medievais 
apresentarem autonomia política como 
a verificada nas poleis grega.
b) Aspectos específicos de cada uma delas:
 § A cidade grega antiga apresentava-
-se de forma mais dispersa e possuía 
um caráter mais urbanístico. Já a ci-
dade medieval caracterizava-se pela 
aglomeração de edifícios que, em 
muitos casos, eram local de moradia 
e trabalho. Além disso, seu espaço era 
delimitado por muralhas.
 § Quanto às estruturas sociais, na ci-
dade antiga, predominava o poder de 
uma aristocracia vinculada à terra. Na 
cidade medieval, devido ao desenvol-
vimento do comércio (simultâneo ao 
das cidades), setores vinculados às 
atividades mercantis detinham o po-
der político e a disseminavam novos 
valores, com ênfase na liberdade, em 
contraposição aos valores calcados na 
submissão e dependência, típicos da 
sociedade feudal.
10.
a) Na democracia anteniense, os cidadãos 
participavam diretamente da vida pú-
blica, atuando nos debates sobres as 
questões políticas, e envolviam-se prati-
camente da mesma forma nas apresenta-
ções das tragédias e comédias. A oratória, 
comum às duas situações, possuía valor 
relevante, tanto para a reflexão sobre 
questões políticas, quanto sobre valores 
morais.
b) O período helenístico caracterizou-se 
pela formação de um vasto império de ca-
ráter universal, diferentemente do regio-
nalismo da Atenas clássica. A democracia 
foi superada pelo centralismo autocrático 
de Alexandre, o Grande. A cultura helê-
nica, fundamentada no racionalismo, foi 
superada ao se fundir à cultura oriental, 
na qual se sobressaía a suntuosidade e o 
realismo excessivo, dando lugar à cultura 
helenística.
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C
HISTÓRIA
H
Roma: monarquia 
e república
Competências
1, 2, 3, 4, 5 e 6
Habilidades
1, 4, 5, 7, 8, 9, 
14, 16, 18, 19, 
22, 23 e 27
Competência 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.
H1 Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2 Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3 Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos
H4 Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5 Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de 
poder.
H6 Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7 Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
H8 Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.
H9 Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial
H10
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade 
histórico-geográfica.
Competência 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes 
grupos, conflitos e movimentos sociais.
H11 Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12 Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13 Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14
Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca 
das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15 Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
Competência 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do 
conhecimento e na vida social.
H16 Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
H17 Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18 Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19 Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20 Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadaniae da democracia, favo-
recendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.
H21 Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
H22 Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23 Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades. 
H24 Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25 Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e 
geográficos.
H26 Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27 Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e (ou) geográficos.
H28 Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29 Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30 Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
51
E.O. AprEndizAgEm
 1. (Fatec) Durante toda a História, os homens 
criaram tecnologias, inclusive para proteger 
o corpo, buscando atingir seus objetivos. Po-
demos ver um exemplo disso nas formações 
militares desenvolvidas pelos romanos, cha-
madas de “tartaruga” ou “testudo”. Nessas 
formações, a aproximação com o inimigo era 
facilitada por grandes escudos empunhados à 
frente e acima do corpo pelos soldados, como 
podemos ver na imagem apresentada.
Sobre o período da República Romana, em 
que foram desenvolvidas as formações mi-
litares citadas, é correto afirmar que ele foi 
caracterizado 
a) pela expansão territorial, que levou ao do-
mínio de territórios na Europa e no Mediter-
râneo. 
b) pelo governo dos grandes imperadores, que 
centralizavam o poder em todo o território 
romano. 
c) pela predominância de Assembleias popula-
res e democráticas, conduzidas por senado-
res e magistrados. 
d) pelos conflitos entre plebeus e patrícios, vi-
sando à libertação dos escravos de origem 
africana. 
e) pelos tratados de cooperação entre reis e se-
nadores, para evitar guerras contra os bárba-
ros germânicos. 
 2. (UFRGS) Durante a República Romana, a es-
cravidão aumentou consideravelmente sua 
importância na sociedade e na economia, 
contribuindo para a crescente dependência 
da República Romana em relação à mão de 
obra escrava. 
A dependência da mão de obra escrava na 
República Romana devia-se: 
a) à expansão das grandes propriedades e ao 
aniquilamento da pequena propriedade rural. 
b) às guerras de conquista empreendidas por 
Roma, as quais contribuíram decisivamente 
para o predomínio dessa relação de trabalho. 
c) à inexistência de mão de obra livre e ao 
desinteresse da população pelos trabalhos 
manuais. 
d) aos conflitos entre patrícios e plebeus na luta 
pela terra. 
e) à necessidade de ampliação da oferta de mão 
de obra para o desenvolvimento do artesanato. 
 3. (PUC-SP) As Guerras Púnicas, entre romanos 
e cartagineses, duraram de 264 a 146 a.C. 
Entre seus resultados finais, podemos consi-
derar que elas 
a) contiveram a expansão romana em direção ao 
mar Mediterrâneo, pois as ilhas ao sul da pe-
nínsula itálica passaram ao controle cartaginês. 
b) fortaleceram a presença romana na região do 
mar Mediterrâneo, com o estabelecimento 
de províncias nas terras conquistadas. 
c) eliminaram os gastos militares do Império 
Romano, pois impediram o surgimento de 
revoltas e tensões sociais. 
d) permitiram a expansão comercial de Roma por 
toda a península itálica e em direção ao oci-
dente, com a decorrente conquista da Gália. 
e) reduziram consideravelmente o número de 
escravos no Império Romano, pois a maio-
ria deles foi alistada nas tropas e morreu 
em combate. 
 4. (UECE) O episódio da violência exercida por 
Sexto Tarquínio contra Lucrécia, mulher de 
Colatino, um dos nobres romanos, narra e 
celebra em tom comemorativo “a expulsão 
dos Tarquínios” como a libertação da tirania. 
Este evento marca 
a) o fim da monarquia em Roma. 
b) o início da estrutura gentílica romana. 
c) o estabelecimento das leis das XII Tábuas. 
d) a guerra contra os samnitas e o domínio da 
Itália central.
 5. (UFJF) Esse é um fragmento de uma obra 
produzida no século I a.C.
“Os romanos apossavam-se de escravos atra-
vés de procedimentos extremamente legíti-
mos: ou compravam do Estado aqueles que 
fossem vendidos “debaixo de lança” como 
parte do botim; ou um general poderia per-
mitir àqueles que fizessem prisioneiros de 
guerra conservá-los, juntamente com o resto 
do produto do saque”.
Dionísio de Halicarnasso. História Antiga dos Romanos, 
IV, 24. - Citado em CARDOSO, C. Trabalho compulsório 
na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 2003. p. 141.
Em relação à escravidão na Roma antiga, as-
sinale a alternativa CORRETA: 
a) Os escravos possuíam entre si uma forte 
identidade étnica e cultural, pois apresenta-
vam uma origem territorial africana única.
b) O número de escravos diminuiu fortemente 
com o processo expansionista, pois havia a 
prática de libertá-los em massa para que se 
tornassem soldados.
52
c) A utilização da mão de obra escrava dos der-
rotados de guerra foi ampliada com o térmi-
no da prática de escravizar indivíduos livres 
por dívidas.
d) Revoltas de escravos durante a crise republi-
cana, como a liderada por Espártaco, se ca-
racterizaram por serem movimentos urbanos 
limitados à cidade de Roma.
e) A escravidão foi abolida em definitivo pelo 
Édito Máximo do imperador Otávio Augusto 
no contexto em que o Cristianismo tornou-
-se a religião oficial.
 6. (UFPR) Considere as seguintes afirmativas 
que comparam o sistema republicano da 
Roma Antiga com o sistema republicano bra-
sileiro atual: 
1. Uma das principais diferenças entre o 
sistema republicano moderno e o siste-
ma republicano romano antigo refere-se 
à incorporação feita pelo sistema atual 
da divisão de poderes (Executivo, Legis-
lativo e Judiciário), defendida por pen-
sadores iluministas para conter regimes 
absolutistas. 
2. O sistema republicano romano antigo 
constituiu uma representatividade am-
pla e igualitária para patrícios e plebeus, 
cujo modelo foi adotado pelos sistemas 
republicanos modernos, que inspiraram o 
modelo brasileiro.
3. O Senado vigente na república romana 
antiga era composto por membros vita-
lícios, que exerceram grande poder le-
gislativo e executivo, e representou os 
interesses de uma parcela da população 
(os patrícios), enquanto o Senado brasi-
leiro atual pertence ao poder legislativo, 
sendo eleito por sufrágio universal direto 
para mandatos de tempo limitado. 
4. Em ambos os casos, a república foi ins-
tituída para substituir uma monarquia e 
inicialmente conferiu poder a uma res-
trita parcela da população, em sua maio-
ria proprietária de terras, deixando boa 
parte da população sem acesso direto à 
representatividade no poder. Assinale a 
alternativa correta. 
a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. 
b) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. 
 7. (PUC) A Lei das Doze Tábuas, código de nor-
mas escritas fundamental na história de 
Roma, teve sua criação condicionada pelo 
contexto sociopolítico: 
a) das revoltas dos escravos, no período monár-
quico. 
b) da vitória jurídica da Aristocracia contra a 
Realeza. 
c) das lutas entre Patrícios e Plebeus, durante 
a República. 
d) das invasões dos povos bárbaros, no princí-
pio do Alto Império. 
e) da institucionalização do colonato, devido à 
crise do sistema escravista.
 8. (PUC-RS) Durante o período monárquico 
(cerca de 750 a.C. a 509 a.C.), a organiza-ção social básica do mundo romano era a 
_________, comunidade formada por um gru-
po extenso de membros que se reconheciam 
como descendentes de um antepassado co-
mum e onde se concentravam propriedades 
e fortunas. Os líderes de tais comunidades 
eram homens conhecidos como _________, 
chefes de família com direito de vida e mor-
te sobre os demais membros. Não faziam 
parte dessas comunidades os _________, 
indivíduos originários de povos submetidos 
pela população nativa de Roma. Esses indi-
víduos eram súditos livres, proprietários e 
contribuintes, mas não podiam exercer fun-
ções públicas, exceto serviços militares. 
a) tribo – patrícios – servos 
b) tribo – monarcas – clientes 
c) gens – patrícios – plebeus 
d) cúria – eupátridas – clientes 
e) gens – monarcas – plebeus 
 9. (ESPM) A República Romana, a princípio, per-
mitia direitos políticos apenas aos patrícios 
– a aristocracia de nascimento formada pelos 
grandes proprietários de terras e escravos. 
Os séculos iniciais da República foram um 
período de acirradas lutas de classes em que 
as revoltas da plebe permitiram aos plebeus 
a obtenção de alguns direitos 
J. P. Balsdon. O Mundo Romano.
Nesse contexto, assinale a alternativa que 
apresente o que determinava a Lei Canuleia: 
a) a criação do Tribunato da Plebe;
b) o direito dos plebeus ocuparem o Consulado; 
c) o fim da escravidão por dívidas;
d) o casamento misto, isto é, entre patrícios e 
plebeus;
e) a igualdade religiosa, ou seja, o acesso dos 
plebeus aos colégios sacerdotais.
 10. (ESPM) Na República Romana, o poder exe-
cutivo, que antes pertencia ao rei, passou a 
ser exercido por supremos magistrados elei-
tos anualmente pela Assembleia por centú-
rias, com atribuições administrativas e, so-
bretudo, militares. 
Aquino, Denise, Oscar. História das Sociedades: das 
comunidades primitivas às sociedades medievais.
O enunciado se refere aos: 
a) pretores.
b) questores.
c) cônsules.
d) pontífices.
e) censores.
53
E.O. FixAçãO
 1. (PUC) As relações sociopolíticas conflitivas 
entre patrícios e plebeus marcaram o perío-
do histórico da República, na Roma Antiga. 
Nesse contexto, a permissão de casamentos 
entre membros desses dois grupos sociais, a 
partir de 445 a.C., produziu: 
a) o enfraquecimento do poder político dos patrí-
cios, que contribuiu para a extinção do Senado. 
b) o aumento da população na península, que 
resultou na diminuição das guerras de con-
quista para recrutamento de escravos.
c) o desaparecimento da instituição dos Tribu-
nos da Plebe, em função da progressiva per-
da da identidade política plebeia. 
d) o surgimento de uma nova aristocracia, que 
passou a controlar o acesso aos cargos públi-
cos mais elevados. 
e) a relativa decadência do latifúndio escravis-
ta, devido à ampliação do acesso às terras do 
ager publicus aos novos grupos familiares. 
 2. (Mackenzie) O Mar Mediterrâneo foi a maior 
de todas as vias de circulação romanas e dele 
resultou a formação do Império Romano (27 
a.C. a 476 d.C.). A respeito dessa importante 
conquista para a civilização romana, assina-
le a alternativa correta.
a) A eliminação da hegemonia cartaginesa so-
bre a região além de permitir que Roma pas-
sasse a dominar o comércio mediterrâneo, 
possibilitou aumentar o dinamismo próprio 
da estrutura escravista, que necessitava de 
mão de obra decorrentes das conquistas. 
b) Após a derrota romana nas Guerras Púnicas, 
quando fenícios e cartagineses ocuparam o 
estreito de Gibraltar, a única saída para dar 
continuidade ao processo de expansão foi a 
conquista do mar Mediterrâneo. 
c) A explosão demográfica e os conflitos inter-
nos com a plebe urbana exigiram medidas 
expansionistas por parte do governo, para 
que se estabelecessem colônias romanas fora 
da península Itálica a fim de minimizar as 
tensões sociais. 
d) A necessidade de expansão do cristianismo, 
que, a partir do século IV, tornou-se a reli-
gião oficial do império romano, implicou na 
divulgação dos princípios dessa nova doutri-
na para os povos bárbaros. 
e) A crescente produção de cereais, durante o 
império romano, especialmente, o trigo, le-
vou à expansão de suas fronteiras, uma vez 
que era necessário ser escoado e vendido 
para as demais províncias romanas. 
 3. (IFCE) “Consideremos o significado da pala-
vra república. Ela vem do latim res publica, 
que quer dizer ‘coisa de todos’. Denomina, 
portanto, uma forma de governo em que o 
Estado e o poder pertencem ao povo. 
No entanto, o que se observou na fase inicial 
da república romana foi a instalação de uma 
organização política dominada apenas pelos 
patrícios. Não houve a distribuição do poder 
entre todos, pois a maioria da população, os 
plebeus, não tinha, inicialmente, o direito 
de participar das decisões políticas. Isso ge-
rou grandes conflitos.” 
(COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. 
Vol.1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 124). 
Por conta da situação acima mencionada, os 
plebeus iniciaram uma longa luta em busca 
dos seus direitos, sobre a qual é incorreto 
afirmar-se que 
a) a “Lei das XII Tábuas”, ainda que favoreces-
se os patrícios, serviu para dar clareza às 
normas e aos costumes. 
b) a “Lei Canuleia” autorizava o casamento en-
tre patrícios e plebeus. 
c) o “Comício da Plebe” deu aos patrícios o di-
reito de decidirem pelos plebeus assuntos 
relativos aos interesses de ambos. 
d) a “Eleição de Magistrados” deu aos plebeus 
a condição de ascenderem, aos poucos, aos 
principais cargos públicos. 
e) a proibição da escravização por dívidas fez 
com que nenhum romano fosse mais escra-
vizado por conta de dívidas existentes. 
 4. 
Na Antiguidade Clássica, o atual território 
da Síria foi conquistado e dominado 
a) pelas tropas egípcias do faraó Ramsés II, 
compostas especialmente por judeus. 
b) pelos gregos macedônios e, posteriormente, 
pela república romana, no período da sua 
expansão imperialista, ocasião em que essa 
região foi transformada em província. 
54
c) pela migração dos bárbaros hunos, que, vin-
dos do norte da África, exterminaram a cida-
de de Palmira, joia da arquitetura oriental. 
d) pelos judeus, que, ocupando o Líbano, de-
ram origem ao povo palestino, grande aliado 
dos mesopotâmios. 
e) pelos árabes, que, dominando Alepo, funda-
ram o maior califado do mundo ocidental na 
época. 
 5. (UEPB) A expansão territorial na Antiga 
Roma trouxe profundas modificações na so-
ciedade estabelecida na península Itálica. 
Entre elas, podemos destacar: 
a) O número de escravos aumentou significati-
vamente e estes foram largamente utilizados 
na agricultura, na produção de alimentos e 
nas atividades urbanas.
b) Fortalecimento da política agrícola com a 
expansão dos minifúndios. 
c) Democratização da sociedade com igual-
dade de direitos políticos entre patrícios e 
plebeus. 
d) Crise da mão de obra escrava, que ficou con-
centrada nos campos agrícolas, deixando ca-
rente o setor urbano de trabalhadores livres. 
e) Grande êxodo urbano, devido a contatos com 
outros povos e as conquistas romanas. 
 6. (Fatec) As civilizações da antiguidade clássica 
– Grécia e Roma – desenvolveram uma estru-
tura socioeconômica alicerçada no escravis-
mo. Sobre essa temática, pode-se afirmar que:
I. a escravidão foi indispensável para a ma-
nutenção do ideal democrático em Ate-
nas, uma vez que os cidadãos ficavam de-
sincumbidos dos trabalhos manuais e das 
tarefas ligadas à sobrevivência. 
II. a escravidão foi abolida em Atenas quan-
do Péricles estabeleceu o direito político 
a todos os cidadãos, reconhecendo, dessa 
forma, a igualdade jurídica e social da 
população da Grécia. 
III.os escravos romanos, por terem pequenas 
propriedades e direitos políticos, convi-
veram pacificamente com os cidadãos ro-
manos, como forma de evitar conflitos e 
a perda de direitos. 
IV. os escravos romanos, que se multiplica-
vam com o expansionismo de Roma, es-
tavam submetidos à autoridade de seu 
senhor, e sua condição obedecia mais ao 
direitoprivado do que ao direito público. 
É correto apenas o que se apresenta em: 
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
 7. (FGV) Leia as afirmativas sobre a República 
Romana (509-27 a.C.).
I. Nos primeiros tempos da República, a 
sociedade era composta por apenas dois 
setores: os patrícios e os escravos.
II. Os escravos, pouco numerosos no início 
da república, cresceram numericamente 
com as guerras de conquista. 
III. Entre as funções públicas em Roma, havia os 
cônsules, os pretores e os tribunos da plebe. 
IV. Em 494 a.C., plebeus rebelados se reti-
ram para o Monte Sagrado, ameaçando 
fundar outra cidade se não tivessem, 
entre outras reivindicações, o direito de 
eleger seus próprios magistrados.
V. Com o expansionismo romano e as suas 
conquistas territoriais, houve um grupo 
especialmente beneficiado: os plebeus, 
que passaram a vender trigo para os po-
vos dominados.
São corretas as afirmativas:
a) I, II e III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) II, III, IV e V, apenas.
d) III, IV e V, apenas.
e) I, II, III, IV, V.
 8. (UFPB) O Escravismo constituiu-se em 
uma das mais importantes instituições das 
chamadas sociedades clássicas - Grécia e 
Roma. Sobre o Escravismo Romano, é cor-
reto afirmar: 
a) Durante a fase final da República romana, o 
número de escravos diminuiu sensivelmente, 
aumentando a importância dos camponeses 
e artesãos livres. 
b) Devido à proliferação de movimentos aboli-
cionistas cada vez mais organizados, a escra-
vidão em Roma foi abalada e, posteriormen-
te, acabou sendo extinta. 
c) Embora a maioria dos escravos fossem des-
tinados aos serviços pesados, alguns deles 
exerciam atividades especializadas, como 
médicos, dançarinos, músicos e professores. 
d) Entre o crescimento do cristianismo e o fim do 
escravismo em Roma, não há uma relação dire-
ta, pois a Igreja nascente ignorou os escravos. 
e) Na fase de desagregação do Império, a mais 
belicosa da história romana, o número de 
escravos elevou-se consideravelmente, bara-
teando o preço e popularizando o uso dessa 
mão de obra. 
 9. (ESPM 2017) Como decorrência das conquis-
tas romanas no Mediterrâneo, estendeu-se 
amplamente o território sob o domínio de 
Roma. Graças às especulações com o dinhei-
ro (usura) e ao desenvolvimento das relações 
comerciais com as províncias, de onde Roma 
importava artigos de luxo (tecidos, objetos 
55
ornamentais), metais preciosos (ouro e pra-
ta) e cereais, os grandes comerciantes e usu-
rários romanos concentraram grandes fortu-
nas nas suas mãos.
Rubim Santos Leão de Aquino. História das Sociedades: 
das comunidades primitivas às sociedades medievais.
Os grandes comerciantes e usurários roma-
nos, citados no texto, compravam cargos 
públicos, votos, influenciavam nas decisões 
políticas e constituíram uma camada social 
conhecida como: 
a) patrícios; 
b) vilões; 
c) clientes; 
d) cavaleiros ou classe equestre; 
e) metecos. 
 10. (UPE-SSA) Observe a imagem a seguir:
Ela retrata um pedestal romano encontrado 
em Mainz, na Alemanha, no qual se obser-
vam dois cativos acorrentados. Essa imagem 
representa a(s) seguinte(s) característica(s) 
sociopolítica(s) da Roma Antiga: 
a) o apurado trabalho escultórico das popula-
ções eslavas. 
b) a crítica à instituição da escravidão pela re-
ligião oficial romana. 
c) a difusão e a importância do trabalho escra-
vo na sociedade romana. 
d) o racismo da cultura romana especializada 
na escravidão negra africana. 
e) o respeito com que as populações conquista-
das pelo Império eram tratadas. 
E.O. COmplEmEntAr
 1. (UFPR) Sobre a religião da Roma Antiga, 
considere as afirmativas abaixo: 
1. Os Jogos Olímpicos eram a principal ce-
rimônia pública de adoração aos deuses, 
com a consagração de atletas de diversas 
partes do domínio romano, representan-
do as mais diferentes divindades dos ter-
ritórios conquistados. 
2. Roma Antiga era politeísta, com deuses 
antropomórficos incorporados de povos 
conquistados, especialmente dos gregos. 
A expansão do domínio romano promo-
veu a coexistência dessa religião com re-
ligiões locais que não conflitassem com 
os rituais romanos. 
3. Havia dois tipos de cultos: os promovidos 
pelo Estado romano, que dedicava rituais, 
festivais e templos aos grandes deuses, e 
o culto doméstico, voltado para antepas-
sados e espíritos domésticos (denomina-
dos Lares). 
4. O fim da pax romana ocorreu com a ex-
pansão do cristianismo, que substituiu 
o culto doméstico romano pelo monote-
ísmo, promovendo contestação do poder 
do Imperador entre os cidadãos romanos. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. 
 2. (UFPE) “Em Roma, a civilização, a cultura, a 
literatura, a arte e a própria religião provie-
ram quase inteiramente dos gregos ao longo 
de quase meio milênio de aculturação”.
Paul Veyne, In: História da Vida Privada. 
Com relação à cultura greco-romana, assina-
le a alternativa incorreta. 
a) Pode-se afirmar que de Gibraltar ao Indo, 
região dominada pelo Império Romano, rei-
nava a civilização helenística. 
b) O aparelho de estado romano não se espe-
lhou na política grega devido às diferentes 
perspectivas que tinham os romanos sobre 
duas questões: a riqueza e o poder. 
c) Apesar de copiarem a arte grega, os roma-
nos foram originais no que diz respeito ao 
ato de retratar, tanto através de pintura 
quanto da escultura. 
d) Assim como em Atenas, a posição da mulher 
romana era de grande poder político e pres-
tígio social. 
e) No início do período republicano, a vida fa-
miliar entrou em crise: adultério e divórcio, 
cultos orientais e gregos tomaram o lugar 
da religião formalista, patriótica e do culto 
aos antepassados. 
56
 3. (UPF) A expansão de Roma durante a Repú-
blica, nos séculos III e II a.C., com o conse-
quente domínio da bacia do Mediterrâneo, 
provocou importantes transformações políti-
cas, sociais e econômicas, dentre as quais: 
a) Acentuado processo de industrialização, 
êxodo urbano, endividamento do Estado. 
b) Fortalecimento da classe dos plebeus, ex-
pansão da pequena propriedade agrícola, 
propagação do cristianismo. 
c) Influência intensa da cultura grega, domínio 
político dos plebeus, grande moralização dos 
costumes. 
d) Fortalecimento do Estado romano, surgimen-
to de uma poderosa classe de comerciantes, 
aumento do número de escravos. 
e) Aumento do trabalho livre, maior concen-
tração populacional nos campos, enriqueci-
mento da elite patrícia.
 4. (Fatec) O Império Romano expandiu-se pelo 
Mar Mediterrâneo durante o período repu-
blicano; isso gerou, no decorrer do século II 
d.C., várias repercussões, entre as quais po-
demos destacar: 
a) surgimento da classe média de pequenos 
proprietários rurais e desaparecimento dos 
latifundiários. 
b) aumento da população rural na Itália e con-
sequente declínio da população urbana. 
c) crescimento do número de escravos e grande 
fluxo de riquezas.
d) criação de grande número de pequenas 
propriedades e fortalecimento do sistema 
assalariado. 
e) difusão do Cristianismo e proscrição das ma-
nifestações culturais de outras regiões.
 5. (PUC-Camp) Sobre os primitivos habitantes 
da Itália, pode-se afirmar que os 
a) italiotas acomodaram-se no Sul da Itália, 
onde desenvolveram povoados. 
b) gregos ocuparam a parte Central da Penínsu-
la, subdividindo-se em vários clãs. 
c) etruscos, provavelmente originários da Ásia, 
ocuparam o Norte da Península. 
d) lígures fixaram-se ao Sul combatendo ferre-
nhamente os etruscos. 
e) sículos penetraram na Península através da 
cadeia dos Alpes e ocuparam o Norte.
E.O. dissErtAtivO
 1. (UFG) Leia o fragmento da Lei das Doze Tá-
buas, datada de 450 a.C. 
1. Se alguém for chamado a Juízo, compareça. 
2. Se não comparecer, aqueleque o citou 
tome testemunhas e o prenda. Tábua Pri-
meira, do chamamento a Juízo. 
3. Se alguém cometer furto à noite e for 
morto em flagrante, aquele que o matou 
não será punido. […] 
7. Se, pela procura, a coisa furtada for en-
contrada na casa de alguém, que esse al-
guém seja punido como se fora um furto 
manifesto. 
Tábua segunda, dos julgamentos e dos furtos. 
LEI DAS DOZE TÁBUAS. Disponível em: <http://www. 
jurisciencia.com/legislacoes/legislacao-diversa/ lei-das-
doze-tabuas-lei-das-12-tabuas-lei-dasxiitabuas/210/>. 
Acesso em: 13 out. 2010. [Adaptado] 
Esse código de leis estabeleceu os princípios 
do Direito Romano, que forneceu as bases 
para o direito no Ocidente. De acordo com 
o historiador Paul Veyne, “os costumes ro-
manos são traduzidos com bastante exatidão 
pelo direito civil”. Diante do exposto e con-
siderando a leitura do fragmento:
a) analise os conflitos sociais na República Ro-
mana, que explicitam a relação entre lei e 
costume. 
b) explique o papel da testemunha e a impor-
tância da prova, explícitos na Lei das Doze 
Tábuas. 
 2. (UFBA) Despojados de suas terras, inúme-
ros camponeses emigravam para a cidade, 
onde seriam clientes das famílias ricas ou 
iriam engrossar a massa de desocupados, 
pobres e famintos. (COTRIM, 1994, p. 99). 
O texto se refere a um fenômeno social que 
se construiu na antiga República Romana e 
cujo conceito — clientelismo — estendeu-se 
a várias situações que relacionam poder e 
dependência, ao longo da história, inclusive 
na história do Brasil. 
Com base nessas considerações e nos conhe-
cimentos sobre o assunto, indique um fator 
que favoreceu o florescimento do clientelis-
mo na antiga República Romana e outro que 
favoreceu sua prática no Brasil. 
 § Fator referente à Antiga República Ro-
mana: 
 § Fator referente ao Brasil: 
 3. (UFC) O conflito entre dois setores impor-
tantes da sociedade romana, plebeus e pa-
trícios, caracterizou a história da República 
romana desde os primórdios até o estabele-
cimento do Império. A partir dessa informa-
ção e de seus conhecimentos, responda às 
questões propostas. 
a) Apresente três motivos de disputa entre es- 
ses dois grupos.
b) Diga se, e de que modo, as desigualdades po-
líticas e sociais entre eles foram resolvidas 
total ou parcialmente. 
57
 4. (UFC) Leia, com atenção, os comentários a 
seguir apresentados:
1. "Para ganhar o favor popular, o candidato 
deve conhecer os eleitores por seu nome, 
elogiá-los e bajulá-los, ser generoso, fa-
zer propaganda e levantar-lhes a espe-
rança de um emprego no governo [...]".
(Fonte: Cícero [103-43 a.C.] apud FUNARI, 
Pedro Paulo Abreu. "Roma: vida pública e vida 
privada". São Paulo: Atual, 1993, p. 26.)
2. "A partir dos anos 70, mudou muito o 
ambiente em que se fazem as eleições ... 
as adesões a um candidato, não raramen-
te, são feitas à base de trocas de natureza 
meramente mercantis entre candidatos a 
diferentes cargos eleitorais, entre eles e 
os eleitores e, finalmente, entre os candi-
datos e os cabos eleitorais."
(Fonte: PINHEIRO, Daniel R. de Carvalho. Negócios 
e eleições nos anos 80: notas introdutórias sobre o 
voto mercadoria. IN: MARTINS, Ismênia de Lima et al. 
"História e Cidadania". vol. II., São Paulo: Humanitas 
Publicações/FFLCH, ANPUH, 1998, p. 525).
Tendo por base os dois textos, explique as 
condições sociais favoráveis às práticas polí-
ticas, presentes em Roma antiga e no Brasil 
atual. 
E.O. EnEm
 1. (Enem) Durante a realeza, e nos primeiros 
anos republicanos, as leis eram transmiti-
das oralmente de uma geração para outra. A 
ausência de uma legislação escrita permitia 
aos patrícios manipular a justiça conforme 
seus interesses. Em 451 a.C., porém, os ple-
beus conseguiram eleger uma comissão de 
dez pessoas – os decênviros – para escrever 
as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Gré-
cia, para estudar a legislação de Sólon. 
COULANGES, F. A cidade antiga. São 
Paulo: Martins Fontes, 2000. 
A superação da tradição jurídica oral no 
mundo antigo, descrita no texto, esteve re-
lacionada à:
a) adoção do sufrágio universal masculino.
b) extensão da cidadania aos homens livres.
c) afirmação de instituições democráticas.
d) implantação de direitos sociais.
e) tripartição dos poderes políticos.
 2. (Enem) Pois quem seria tão inútil ou indo-
lente a ponto de não desejar saber como e 
sob que espécie de constituição os romanos 
conseguiram em menos de cinquenta e três 
anos submeter quase todo o mundo habitado 
ao seu governo exclusivo – fato nunca antes 
ocorrido? Ou, em outras palavras, quem se-
ria tão apaixonadamente devotado a outros 
espetáculos ou estudos a ponto de conside-
rar qualquer outro objetivo mais importante 
que a aquisição desse conhecimento?
POLÍBIO. História. Brasília: Editora UnB, 1985.
A experiência a que se refere o historiador Po-
líbio, nesse texto escrito no século II a.C., é a
a) ampliação do contingente de camponeses livres.
b) consolidação do poder das falanges hoplitas.
c) concretização do desígnio imperialista.
d) adoção do monoteísmo cristão.
e) libertação do domínio etrusco.
E.O. ObjEtivAs 
(UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp)
 1. (Unesp) "A inovação decisiva desse processo 
foi em última análise econômica: foi a intro-
dução, nos domínios romanos, do 'latifun-
dium' [latifúndio] cultivado por escravos, 
em larga escala, pela primeira vez na Anti-
guidade". 
(Perry Anderson, PASSAGENS DA ANTIGUIDADE 
AO FEUDALISMO. Texto adaptado.)
O processo responsável pela introdução do lati-
fúndio escravista a que se refere o texto foi a 
a) legislação reformista de Sólon. 
b) fundação do Império por Otávio. 
c) deposição da dinastia etrusca pelos patrícios.
d) expansão romana no Mediterrâneo. 
e) invasão da Itália pelos germânicos. 
 2. (Unesp) Dos Séculos III a I a.C., através de 
guerras de conquista, os patrícios romanos 
estenderam a sua dominação sobre quase to-
dos os povos do Mediterrâneo. Mas essa vitó-
ria externa de Roma contribuiu para trans-
formar a sua própria ordem social interna. 
Como uma das mais importantes transfor-
mações, podemos citar: 
a) a queda da monarquia e o estabelecimento 
da república. 
b) a Lei das XII Tábuas, que equiparou patrícios 
e plebeus. 
c) a escravização generalizada dos plebeus e 
estrangeiros residentes em Roma. 
d) a introdução do latifúndio cultivado por es-
cravos, em larga escala. 
e) a generalização do trabalho assalariado, es-
timulada pela expansão mercantil. 
 3. (Fuvest) "Em verdade é maravilhoso refle-
tir sobre a grandeza que Atenas alcançou no 
espaço de cem anos depois de se livrar da 
tirania... Mas acima de tudo é ainda mais 
maravilhoso observar a grandeza a que Roma 
chegou depois de se livrar de seus reis."
(Maquiavel, "Discursos sobre a primeira 
década de Tito Lívio").
58
Nessa afirmação, o autor 
a) critica a liberdade política e a participação 
dos cidadãos no governo. 
b) celebra a democracia ateniense e a República 
romana. 
c) condena as aristocracias ateniense e romana. 
d) expressa uma concepção populista sobre a 
antiguidade clássica. 
e) defende a pólis grega e o Império romano. 
 4. (Fuvest) Ao longo de toda a Idade Média e da 
Moderna, a Sicília foi invadida e ocupada por 
bizantinos, muçulmanos, normandos e espa-
nhóis. Na Antiguidade, por sua 
a) fertilidade e posição estratégica no Mediter-
râneo Ocidental, a ilha foi disputada e domi-
nada por gregos, cartagineses e romanos. 
b) fertilidade e posição estratégica, a ilha tor-
nou-se o centro da dominação etrusca no 
Mediterrâneo Ocidental. 
c) aridez e pobreza, a ilha, apesar de visitada 
por gregos, cartagineses e romanos, não foi 
por estes dominada. 
d) extensão e fertilidade, a ilha foi disputada 
pelas cidades gregas até cair sob domínio 
ateniense depois da Guerra do Peloponeso. 
e) proximidade do continente, aridez e ausên-
cia de riquezas minerais, a ilha foi dominada 
somente pelos romanos. 
 5. (Unesp) A escravatura [na Roma antiga] foi 
praticada desde os temposmais remotos dos 
reis, mas seu desenvolvimento em grande 
escala foi consequência das guerras de con-
quista […]. 
Patrick Le Roux. Império Romano, 2010. 
Sobre a escravidão na Roma Antiga, é correto 
afirmar que 
a) assemelhava-se à escravidão ocorrida no 
Brasil colonial, pois era determinada pela 
procedência e pela raça. 
b) aumentou significativamente durante a ex-
pansão romana pelo Mar Mediterrâneo. 
c) atingiu o auge com a ocupação romana da 
Germânia e de territórios na Europa Central. 
d) diminuiu bastante após a implantação do Im-
pério e foi abolida pelos imperadores cristãos. 
e) diferenciava-se da escravidão ocorrida no Bra-
sil colonial, pois os escravos romanos nunca 
podiam se tornar livres. 
 6. (Unifesp) (...) não era a falta de mecaniza-
ção [na Grécia e em Roma] que tornava in-
dispensável o recurso à escravidão; ocorrera 
exatamente o contrário: a presença maciça 
da escravidão determinou a “estagnação tec-
nológica” greco-romana. 
Aldo Schiavone. Uma história rompida: Roma antiga 
e ocidente moderno. São Paulo: Edusp, 2005.
A escravidão na Grécia e na Roma antigas: 
a) Baseava-se em características raciais dos tra-
balhadores.
b) Expandia-se nos períodos de conquistas e 
domínio de outros povos. 
c) Dependia da tolerância e da passividade dos 
escravos. 
d) Foi abolida nas cidades democráticas. 
e) Restringia-se às atividades domésticas e ur-
banas.
 7. (Fuvest) Na atualidade, praticamente todos 
os dirigentes políticos, no Brasil e no mundo, 
dizem-se defensores de padrões democráticos 
e de valores republicanos. Na Antiguidade, 
tais padrões e valores conheceram o auge, 
tanto na democracia ateniense, quanto na re-
pública romana, quando predominaram: 
a) a liberdade e o individualismo. 
b) o debate e o bem público. 
c) a demagogia e o populismo. 
d) o consenso e o respeito à privacidade. 
e) a tolerância religiosa e o direito civil.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
Roma provou ser capaz de ampliar o seu pró-
prio sistema político para incluir as cidades 
italianas durante sua expansão peninsular. 
Desde o começo ela havia – diferentemente 
de Atenas – exigido de seus aliados tropas 
para seus exércitos, e não dinheiro para seu 
tesouro; desta maneira, diminuindo a carga 
de sua dominação na paz e unindo-os soli-
damente em tempo de guerra. Neste ponto, 
seguia o exemplo de Esparta, embora seu 
controle militar central das tropas aliadas 
fosse sempre muito maior. 
Perry Anderson. Passagens da Antiguidade 
ao Feudalismo, 1987. Adaptado.
 8. (Unesp) O texto caracteriza uma das princi-
pais estratégias romanas de domínio sobre 
outros povos e outras cidades: 
a) o estabelecimento de protetorados e de 
aquartelamentos militares. 
b) a escravização e a exploração dos recursos 
naturais. 
c) a libertação de todos os escravos e a demo-
cratização política. 
d) o recrutamento e a composição de alianças 
bélicas. 
e) a tributação abusiva e o confisco de proprie-
dades rurais. 
59
E.O. dissErtAtivAs 
(UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp)
 1. (Unicamp) Na Roma Antiga, o escravo era 
considerado um animal de trabalho sobre o 
qual o senhor detinha o direito de vida e de 
morte.
a) Em quais condições alguém se tornava escra-
vo na Roma antiga?
b) Relacione três das principais atividades em 
que a mão de obra escrava era utilizada. 
 2. (Unicamp) Por que as pessoas se casavam na 
Roma Antiga? Para esposar um dote, um dos 
meios honrosos de enriquecer, e para ter, em 
justas bodas, rebentos que, sendo legítimos, 
perpetuassem o corpo cívico, o núcleo dos ci-
dadãos. Os políticos não falavam exatamente 
em natalismo, futura mão de obra, mas em 
sustento do núcleo de cidadãos que fazia a 
cidade perdurar exercendo a “função de ci-
dadão” ou devendo exercê-la. 
Adaptado de P. Ariès e G. Duby, História da Vida Privada. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1990. v. 1, p. 47.
a) Por que o casamento tinha uma conotação 
política entre os cidadãos, na Roma Antiga? 
b) Indique dois grupos excluídos da cidadania 
durante a República romana (509-27 a.C.). 
 3. (Unifesp) Em Roma antiga, e no Brasil colo-
nial e monárquico, os escravos eram nume-
rosos e empregados nas mais diversas ati-
vidades. Compare a escravidão nessas duas 
sociedades, mostrando suas: 
a) semelhanças.
b) diferenças.
 4. (Unicamp) Se Roma existe, é por seus ho-
mens e seus hábitos. Sem nossas institui-
ções antigas, sem nossas tradições vene-
randas, sem nossos singulares heróis, teria 
sido impossível aos mais ilustres cidadãos 
fundar e manter, durante tão longo tempo, 
a nossa República. 
Adaptado de Cícero, Da República, em Os Pensadores, 
v. 5. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 184.
a) Nomeie e caracterize uma das instituições 
políticas da República romana (509-31 a.C.). 
b) A expansão, ocorrida durante a República, 
fez com que os romanos tivessem contato 
com o mundo helenista e incorporassem 
alguns costumes e tradições. O que foi o 
helenismo e qual sua importância na Roma 
republicana? 
 5. (Fuvest) “Parece-me que (...) o temor re-
ligioso salvaguarda os interesses de Roma. 
Desenvolvendo este sentimento, pensava-
-se, sobretudo, no povo. Em uma sociedade 
composta apenas por sábios, esta precaução 
talvez não fosse necessária; mas como toda 
multidão é cheia de inconstância, de paixões 
desregradas, de cóleras violentas e irrefle-
tidas, não é possível, a quem quer que seja, 
mantê-la, exceto pelo temor de seres invisí-
veis e por toda espécie de ficções.” 
Políbio, autor romano do século II a.C. 
Baseando-se no texto, indique:
a) A relação estabelecida pelo autor entre reli-
gião e política. 
b) Duas características da religião romana no 
período em que o texto foi escrito. 
 6. (Unesp) Tito Lívio, em História de Roma, 
referindo-se às lutas entre patrícios e ple-
beus que se estenderam do século V ao 
IV a.C., escreveu:
“(...) apesar da oposição da nobreza, houve 
eleições consulares em que Lúcio Séxtio foi 
nomeado o primeiro cônsul plebeu. A luta, 
entretanto, não terminara. Os patrícios de-
clararam que não ratificariam essa eleição 
e esperava-se uma nova secessão da plebe 
e outras terríveis ameaças de guerra civil 
quando, finalmente, um acordo apaziguou 
a discórdia. A nobreza concedia à plebe seu 
cônsul plebeu, e a plebe concedeu à nobreza 
o direito de eleger um pretor único, patrício, 
que seria encarregado de exercer a justiça 
em Roma.” 
a) Em 450 a.C., sob a pressão de uma revolta 
plebeia, os patrícios foram obrigados a es-
crever as leis que até aquela data eram orais. 
Que nome receberam estas leis escritas? 
b) Como se explica o poder de pressão dos ple-
beus sobre os patrícios, a ponto de estes úl-
timos serem obrigados a aceitar algumas de 
suas reivindicações? 
 7. (Fuvest) Indique e comente quatro elemen-
tos da antiguidade greco-romana presentes 
ainda hoje no mundo ocidental.
 8. (Unicamp) No ano de 73 a.C., um grande 
número de escravos e camponeses pobres 
se rebelaram contra as autoridades romanas 
no sul da Itália. Os escravos buscavam re-
tornar às suas pátrias. Depois de resistirem 
aos exércitos romanos durante dois anos, a 
maioria foi massacrada. 
Traduzido e adaptado de P. Brunt, Social 
conflicts in the roman republic.
a) Compare, a escravidão na Roma Antiga e 
na América Colonial, identificando suas di-
ferenças.
b) Quais foram as formas de resistência escrava 
nesses dois períodos?
60
gAbAritO
E.O. Aprendizagem
1. A 2. B 3. B 4. A 5. C 
6. B 7. C 8. C 9. D 10. C
E.O. Fixação
1. D 2. A 3. C 4. B 5. A 
6. B 7. B 8. C 9. D 10. C 
E.O. Complementar
1. D 2. D 3. D 4. C 5. C 
E.O. Dissertativo
 1. 
a) Aproximadamente entre 753 a.C. e 
450 a.C., as leis romanas eram transmiti-
das oralmente e dependiam da interpre-
tação de juízes patrícios, o que causava 
algumas distorções quando o conflito en-
volvia patrícios e plebeus. Em 454 a.C., 
os plebeus precipitaram uma revolta em 
defesa de seus direitos, exigindo que as 
leis fossem escritas, sendo posteriormen-
te concretizadas na Lei das DozeTábuas. 
A relação entre esse código e a vida pú-
blica romana assenta-se no fato de que o 
Direito Romano nasceu do costume, não 
se afastando do que se conhece como lei 
consuetudinária e do princípio de justi-
ça popular (tal como apontado no frag-
mento, aquele que matou alguém por ter 
cometido um furto não seria punido). É 
importante lembrar que as Leis das Doze 
Tábuas fazem parte de uma série de con-
quistas dos plebeus, adquiridas por meio 
das “lutas entre classes”, que ocorreram 
durante a República Romana. Podemos 
destacar a Lei Licínia, a qual acabou com 
a escravidão por dívida e garantiu igual-
dade política. Pode-se destacar, também, 
a lei que garantia aos plebeus sua repre-
sentação no senado O Tribuno da Plebe.
b) A leitura do fragmento da Lei das Doze 
Tábuas indica que a testemunha tem pa-
pel central no procedimento jurídico ro-
mano, ela deve ser invocada por aquele 
que acusa, que tem o dever de comprovar 
a sua acusação. Além da testemunha, a 
prova fundamenta a punição, como de-
monstram os artigos sobre o flagrante 
e sobre o encontro do objeto furtado na 
casa de alguém. 
 2. Fatores referentes à Antiga República Romana: 
 § guerras de conquistas na República Ro-
mana, propiciando a entrada de grande 
número de escravos nas áreas rurais e 
urbanas, fazendo concorrência ao tra-
balho livre dos plebeus. Empobrecidos 
e arruinados, esses plebeus migram 
para as cidades, engrossando a popu-
lação da plebe urbana, tornando-se 
clientes dos patrícios; 
 § grande concentração de plebeus empo-
brecidos nas cidades romanas, no período 
republicano, levando-os a se colocarem 
sob a proteção dos patrícios, em troca da 
execução de determinadas obrigações. 
Tornavam-se, assim, seus clientes; 
 § dificuldades econômicas enfrentadas pe-
los plebeus após as guerras de conquistas 
ocorridas no período republicano, levan-
do-os a se colocarem como clientes dos 
patrícios, de quem recebiam proteção e 
auxílio para sua sobrevivência, em troca 
da execução de determinadas obrigações. 
Fatores referentes ao Brasil: 
 § Períodos colonial e monárquico: 
 § Estruturação da sociedade patriarcal 
fundamentada na posse da terra e de 
escravos, na qual os parentes pobres, 
pequenos proprietários e prestadores 
de serviços dependiam da proteção 
dos grandes senhores, de quem se tor-
navam clientes, em troca de fidelida-
de e obrigações. 
 § Período republicano: 
 § Concentração do poder econômico nas 
mãos dos coronéis, que também assu-
miam grande poder político. Os que 
ficavam fora dessa esfera de poder, a 
exemplo dos componentes das classes 
desprivilegiadas, especialmente nas 
áreas rurais, dependiam de favores 
e proteção dos coronéis. Estes, por 
sua vez, exigiam fidelidade de voto e 
participação a seu lado nas disputas 
políticas ou de terras que aconteciam 
nessas áreas brasileiras. 
 § Laços de dependência fortalecidos 
também mediante as relações de com-
padrio.
Questão de “História Comparada”, que tra-
balha sobre um determinado conceito, o 
clientelismo, percebido em dois momentos 
históricos muito distintos, em Roma Antiga 
e na História do Brasil, retratando a situa-
ção de dependência de determinados gru-
pos sociais. 
Apesar de existir em diversos momentos da 
História do Brasil, optamos na classificação 
pela República Oligárquica pela importância 
que tal relação adquire nesse momento.
61
 3. 
a) Os principais motivos de disputa entre 
patrícios e plebeus, eram: 
 § Econômico-sociais, pois a plebe geral-
mente não possuía terras, trabalhando 
na cidade - no comércio ou em traba-
lhos manuais, como mão de obra (mas 
somente uma minoria dos plebeus 
conseguiu enriquecer com o grande 
comércio). Na área rural, a plebe era 
composta por camponeses livres, jor-
naleiros ou pequenos proprietários de 
terra na agricultura de subsistência. 
Nas guerras, recebiam quantias ínfi-
mas dos espólios; as terras conquista-
das iam quase todas para os patrícios. 
 § Políticos, devido à estrutura da re-
pública romana, baseada no censo 
(ligado à riqueza agrícola), os patrí-
cios tinham um poder de voto maior 
e também direitos maiores; podiam 
também ser eleitos para todos os car-
gos, diferentemente dos plebeus. 
b) A situação melhorou gradualmente após 
séculos de lutas em que os plebeus utili-
zaram como forma de protesto a secessão 
(afastamento temporário da cidade de 
Roma), conseguindo, no final do século 
III, um maior equilíbrio no poder polí-
tico, chegando a poder ocupar todos os 
maiores cargos jurídicos e políticos (em-
bora o senado permanecesse, sobretudo, 
nas mãos dos patrícios). As várias tenta-
tivas de solucionar o problema da redis-
tribuição da terra pública para os plebeus 
com uma ampla reforma agrária (como as 
dos Gracos) fracassaram. Essa questão só 
foi solucionada, parcialmente, pela che-
gada ao poder do plebeu Mário, que, no 
final do século II, permitiu o alistamento 
militar à maioria da plebe, os proletários, 
que receberiam um salário e participação 
consistente no espólio das novas terras 
conquistadas, criando os pressupostos 
para que aumentasse o poder político 
dos líderes militares em Roma - graças ao 
apoio popular de seus soldados - e asso-
ciando cada vez mais a reforma agrária 
ao processo de expansão territorial às 
custas dos povos conquistados. 
 4. Apesar de diferença básica entre a historici-
dade da República Romana e da atualidade 
brasileira, os dois textos demonstram o des-
respeito dos candidatos ao sistema eleitoral, 
uma vez que a compra de votos se faz pre-
sente nos dois regimes políticos. Enquanto 
em Roma, os patrícios procuravam controlar 
o voto da plebe, no atual sistema republica-
no, no Brasil, apesar do direito de cidadania, 
a comercialização dos votos ainda constitui 
uma realidade. Em síntese, a exclusão social 
dos menos favorecidos os leva a uma depen-
dência aos líderes políticos, fortalecendo o 
clientelismo, a valorização da propaganda e 
a compra de votos. 
E.O. Enem
1. B 2. C
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. D 2. D 3. B 4. A 5. B 
6. B 7. B 8. D 
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
 1. 
a) Por dívidas antes da Lei Licínia ou por 
conquistas militares.
b) Agricultura, minas, artesanato e comércio. 
 2. 
a) Para assegurar a manutenção dos privilé-
gios das elites patrícias, através de filhos 
legítimos de cidadãos romanos, garantin-
do-lhes o poder político e marginalizando 
outros grupos. 
b) Escravos, libertos, estrangeiros, mu-
lheres, crianças, plebeus em alguns pe-
ríodos.
 3. 
a) Semelhanças: Nessas duas sociedades, a 
escravidão constituiu a base das relações 
de produção e das relações sociais. Os es-
cravos eram concebidos por seus proprie-
tários como instrumentos e mercadoria, 
sendo-lhes provido o mínimo necessário 
à sobrevivência. Eram submetidos a este-
nuantes jornadas de trabalho, a castigos 
físicos e a humilhações de todo o tipo 
que, associados às diferentes formas de 
resistência, reduziam a expectativa de 
vida. Com raríssimas execessões, alguns 
escravos, geralmente por astúcia e fide-
lidade, recebiam tratamento que os apro-
ximava de seus senhores e diminuíam a 
precaridade de suas vidas. 
b) Diferenças: Na Roma antiga, os povos sub-
metidos nas guerras de conquistas eram 
escravizados independentemente de sua 
origem étinica e o escravismo constituia-
-se como modo de produção. No Brasil, a 
maioria dos escravos eram negros africa-
nos, em razão da pretensa inferioridade a 
eles atribuída pelos europeus e, sobretu-
do, da adequação da escravidão ao modo 
de produção capitalista, uma vez que o 
tráfico negreiro era uma negócio alta-
mente lucrativo para governos e merca-
dores na metróplole e na colônia. 
62
 4. 
a) O Senado, originário do período da Rea-
leza, era o principal órgão da República 
Romana, exercendo funções legislativas e 
de política externa. Era formado por um 
certo número de senadores com manda-
tos vitalícios e dominado pelos patrícios 
(Aristocracia Fundiária de Roma). 
b)Entende-se por helenismo a tradição cul-
tural da civilização grega ou helênica. Du-
rante a fase republicana de Roma, foram 
adotados a religião grega, alterando-se os 
nomes dos deuses, e verifica-se grande 
influência da cultura grega nas artes, na 
arquitetura e na literatura romanas. 
 5. 
a) O autor estabelece a religião como instru-
mento fundamental de dominação políti-
ca, na medida em que, no seu entender, 
a maioria do membros da sociedade é 
desprovido do racionalismo, apegados às 
crenças e mitos religiosos. 
b) A religião romana era politeísta e forte-
mente influenciada pela religião grega. 
 7. 
 § A racionalidade grega presente no pensa-
mento filosófico e científico.
 § O conceito de cidadania e democracia 
que fortaleceu a política em detrimento 
da religião.
 § A organização do Direito, herdada dos 
romanos.
 § O Latim, língua dos romanos que originou 
a formação de línguas modernas como o 
português e o espanhol.
 8. 
a) Na Roma Antiga, o escravismo constituiu-
-se na base da organização econômica, 
sendo os escravos obtidos inicialmente 
por dívidas, mas, principalmente, pelas 
guerras de conquista.
Na América Colonial, o trabalho escravo 
aparece adequado à acumulação primitiva 
de capital, sobretudo o tráfico negreiro. 
b) Na Roma Antiga, as rebeliões de caráter 
militar como a liderada por Spartacus. 
Na América Colonial, enfrentamento pela 
luta armada, organização de quilombos e 
preservação das tradições culturais e reli-
giosas. 
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C
HISTÓRIA
H
Roma: crise da república e 
império 
Competências
1, 2, 3, 4, 5 e 6
Habilidades
1, 4, 5, 7, 8, 9, 
14, 16, 18, 19, 
22, 23, 24 e 27
Competência 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.
H1 Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2 Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3 Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos
H4 Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5 Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de 
poder.
H6 Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7 Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
H8 Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.
H9 Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial
H10
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade 
histórico-geográfica.
Competência 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes 
grupos, conflitos e movimentos sociais.
H11 Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12 Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13 Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14
Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca 
das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15 Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
Competência 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do 
conhecimento e na vida social.
H16 Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
H17 Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18 Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19 Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20 Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favo-
recendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.
H21 Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
H22 Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23 Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades. 
H24 Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25 Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e 
geográficos.
H26 Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27 Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e (ou) geográficos.
H28 Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29 Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30 Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
65
E.O. AprEndizAgEm
 1. (Mackenzie) A crise do Império Romano 
ganhou visibilidade a partir do século III. 
Assinale a alternativa correta a respeito dos 
aspectos característicos dessa crise. 
a) O excedente de mão de obra escrava, que 
pesava sobre os custos de produção, não 
era acompanhado pelo aumento da produ-
tividade. 
b) O elevado custo de manutenção da máquina 
burocrática e do exército, que asfixiava as 
finanças do Império. 
c) O enfraquecimento do Cristianismo, diante 
da incompatibilidade entre as suas ideias e 
as necessidades do povo romano. 
d) O choque entre patrícios e plebeus, estes 
últimos exigindo cidadania e representação 
política. 
e) A ocorrência das Guerras Púnicas, que fragi-
lizaram as fronteiras e permitiram invasões 
bárbaras e exauriram os cofres públicos. 
 2. (UFPR) O cristianismo católico tornou-se 
religião oficial do Império Romano no ano 
de 380 d.C., data da edição do famoso édi-
to de Tessalônica, outorgado pelo Imperador 
Teodósio. Desde a sua criação até este mo-
mento, a caminhada foi dura e difícil para 
os seguidores de Cristo. Exemplo disso foram 
as perseguições movidas por alguns impe-
radores romanos, eternizadas pelos relatos 
fantásticos e emotivos de vários escritores e 
historiadores cristãos. 
Podemos apontar como principais causas 
dessas perseguições: 
a) O ódio e a intolerância tanto das autori-
dades como da população pagã do mundo 
romano, que viam na figura de Cristo e na 
comunidade cristã uma ameaça ao poder do 
Imperador. 
b) A constante penetração de elementos cris-
tãos tanto nas filas do exército imperial 
romano como em cargos administrativos de 
elevada importância, que poderiam servir de 
“mau exemplo” tanto em termos políticos 
como ideológicos. 
c) Aspectos de índole moral, na medida em que 
os cristãos eram acusados pelos pagãos de 
realizarem orgias e assassinatos de crianças 
em seus rituais. 
d) A associação entre os cristãos e os inimigos 
bárbaros que punha em risco a estabilidade 
política e religiosa interna do mundo impe-rial romano. 
e) A necessidade de oferecer à população de 
Roma “pão e circo”, com os cristãos sendo 
sacrificados na arena do Coliseu para mini-
mizar a ameaça de revoltas populares contra 
as autoridades imperiais. 
 3. (UEPA)
http://parahistorico.blogsopt.com/2009/2adesao-
indepenciarebeliões/htm
A imagem acima nos remete à luta entre gla-
diadores. Um jogo importante na composição 
da política do “pão-e-circo” instituída no Im-
pério Romano. Na arena, escravos se enfrenta-
vam até a morte para o deleite dos espectado-
res. Neste contexto, a violência se transforma 
em espetáculo público, e nele se observa 
a) a capacidade de articulação dos gladiadores 
para as revoltas contra a ordem estabeleci-
da, da qual a luta dos gladiadores era a prin-
cipal representação pública. 
b) o vínculo entre a morte de um gladiador 
na arena e a ascensão dos mártires cris-
tãos ao Panteão Romano, como ato de re-
generação social. 
c) o sentimento de remissão dos gladiadores 
pelas culpas das mortes causadas em suas 
lutas nos espaços públicos e privados. 
d) a inserção dos escravos nas esferas públicas 
após a conquista de vitórias consecutivas 
nas arenas. 
e) a diversão das camadas sociais mais afe-
tadas pela política expansionista de Roma 
e pelo crescimento do número de escravos 
nas cidades. 
 4. (UCS) Os povos da Antiguidade Clássica fo-
ram responsáveis por um legado que perma-
nece vivo nas sociedades contemporâneas, 
em especial nas ocidentais. Sobre esse lega-
do é correto afirmar que 
a) a religião monoteísta, praticada por gregos 
e romanos, foi a base para o surgimento do 
Cristianismo, que, ainda hoje, congrega a 
maior comunidade de fiéis do Planeta. 
b) a filosofia e a ciência praticada pelos gregos 
constituem-se a base do pensamento cientí-
fico e filosófico das sociedades ocidentais. 
c) a medicina praticada, tanto pelos gregos 
quanto pelos romanos, realizou progressos 
extraordinários; graças a eles foi possível co-
nhecer a circulação do sangue e as infecções 
dos olhos e dentes. 
d) os idiomas dos países ocidentais, na sua to-
talidade, derivam do latim ou da fusão dele 
com os dialetos bárbaros. 
e) o sistema de numeração empregado atual-
mente é uma contribuição direta dos gregos 
e romanos, especialmente o conhecimento 
do zero. 
66
 5. (UFPI) Sobre a queda do Império Romano do 
Ocidente, no ano de 476 d.C., podemos afir-
mar que: 
a) Ocorreu, após os conflitos entre Roma e os 
cartagineses, o que enfraqueceu as bases 
econômicas do Império. 
b) Teve, no fortalecimento do cristianismo, a 
única motivação explícita. 
c) Foi provocada pela conjugação de uma série 
de fatores, destacando-se a ascensão do cris-
tianismo, as invasões bárbaras, a anarquia 
nas organizações militares e a crise do siste-
ma escravista. 
d) Teve, na superioridade dos povos bárbaros, a 
única explicação possível. 
e) Teve, em Carlos Magno, Imperador dos francos, 
a principal liderança político-militar a coman-
dar os povos bárbaros na queda de Roma. 
 6. (IMED) As conquistas territoriais romanas 
do período republicano trouxeram, como 
consequência, uma forte tensão social. Como 
tentativa de superação dessa crise, os irmãos 
Tibério e Caio Graco propuseram: 
a) O Édito Máximo, que estabelecia um contro-
le sobre o preço dos alimentos. 
b) A criação do cargo de tribuno da plebe com 
poder de veto sobre as decisões do senado. 
c) A reforma agrária como forma de satisfazer 
as necessidades da plebe empobrecida. 
d) A anexação dos territórios localizados ao 
norte de Roma, que estavam sob o poder dos 
povos bárbaros. 
e) A descolonização das regiões incorporadas 
ao Estado romano. 
 7. (UFG) Leia o cartum a seguir. 
O cartum trata das relações entre o Egito, na 
figura da rainha Cleópatra, e Roma, na repre-
sentação do general Marco Antônio, durante 
a crise da República romana. Ao elaborar 
uma visão contemporânea dessas relações, o 
cartum remete a um contexto histórico, no 
qual se destacava 
a) o domínio de Cleópatra sobre os generais ro-
manos, os quais lhe concediam primazia nas 
conquistas territoriais. 
b) a postura autoritária de Cleópatra, conside-
rando a ausência de legitimidade dos líderes 
do exército romano. 
c) a atuação de Cleópatra no Senado Romano, 
administrando suas disputas internas. 
d) o conhecimento militar de Cleópatra, rivali-
zando com a política expansionista romana. 
e) a estratégia política de Cleópatra, objetivan-
do a ampliação dos seus territórios em pre-
juízo dos romanos. 
 8. (UFG) Leia o verbete a seguir. 
Vândalo (do latim vandalus). S. m. 1. Mem-
bro de um povo germânico de bárbaros que, 
na Antiguidade, devastaram o Sul da Euro-
pa e o Norte da África. 2. Fig. Aquele que 
destrói monumentos ou objetos respeitáveis. 
3. Fam. Indivíduo que tudo destrói, quebra, 
rebenta. 
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio 
Século XXI: dicionário da língua portuguesa. 3. ed. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. (Adaptado). 
O verbete “vândalo” indica que o mesmo ter-
mo adquire diferentes significados. O sentido 
predominante no dicionário citado, e ampla-
mente empregado na cobertura midiática das 
recentes manifestações no Brasil, decorre da 
prevalência, na cultura ocidental, de uma 
a) visão de mundo dos romanos, que, negando 
a cultura dos povos germânicos, consolidou 
a dicotomia entre civilização e barbárie. 
b) mentalidade medieval, que, após a queda do 
Império Romano, apropriou-se da herança 
cultural dos povos germânicos conquistado-
res, valorizando-a. 
c) concepção renascentista, que resgatou os 
valores cristãos da sociedade romana, repri-
midos desde as invasões dos povos bárbaros. 
d) imagem construída por povos dominados 
pelo Império, que identificaram os vânda-
los como símbolo de resistência à expan-
são romana. 
e) percepção resultante dos conflitos inter-
nos entre os povos germânicos que disse-
minou uma imagem negativa em relação 
aos vândalos.
 9. (PUC-RS) Após o período das guerras civis 
que marcaram o final da República na Roma 
Antiga, o principado de Otávio Augusto inau-
gurou o período imperial com uma série de re-
formas administrativas, políticas e militares. 
Dentre tais reformas, NÃO é correto apontar 
a) a profissionalização do exército, com a libe-
ração dos camponeses do serviço militar. 
b) a nomeação de funcionários remunerados para 
os cargos do sistema fiscal nas províncias. 
c) a extinção das principais instituições repu-
blicanas, como o Senado e o Tribunato da 
Plebe. 
d) a abertura do acesso às magistraturas para 
membros de famílias provincianas. 
e) a criação das províncias sob administração 
imperial nas fronteiras não pacificadas do 
império. 
67
 10. (UEL) Otávio tornou-se o primeiro impera-
dor no período do alto império romano e a 
Pax romana impôs militarmente seu domí-
nio hegemônico no cotidiano de diferentes 
povos da região norte da África e de grande 
parte da Europa.
Com base nos conhecimentos sobre o Impé-
rio Romano sob o governo de Otávio, consi-
dere as afirmativas a seguir.
I. Quando Otávio se tornou o primeiro ro-
mano a congregar o título de Augusto, 
implantou-se o culto ao governante, dife-
rentemente dos dirigentes anteriores.
II. Otávio buscou interferir no cotidiano dos 
romanos ao incentivar a constituição de 
famílias numerosas e impor punição às 
mulheres adúlteras.
III. Sob seu governo, estabeleceu-se uma di-
ferença dos governos anteriores pelo sis-
tema de coleta de impostos, pois o Estado 
assumiu o papel que era dos publicanos.
IV. A organização social dos romanos dis-
tribuído em ordens sociais foi revisada 
e implantou-se a hereditariedade como 
critério privilegiado da diferenciação.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
E.O. FixAçãO
 1. (UECE) “[...] com seus 10a 15 mil habitan-
tes, a Pompeia dos anos 70 d.C. apresenta-
va-se como uma cidadezinha provinciana 
enriquecida. Possuía uma agricultura de-
senvolvida, que alguns autores consideram 
capitalista devido à sua orientação para o 
mercado. No campo, predominavam fazen-
das escravistas voltadas para a produção de 
mercadorias, trigo, azeite e, principalmente, 
vinhos de diversas qualidades: populares, 
aromatizados, para aperitivo, medicinais, 
para citar apenas alguns. A criação de gado 
e a floricultura também eram praticadas no 
campo. As principais manufaturas encontra-
vam-se concentradas no interior do recinto 
urbano: fábricas de cerâmica, construção 
civil, tinturarias, lavanderias, manufaturas 
têxteis e de confecções, de conservas de pei-
xe e panificadoras. Embora não possamos fa-
lar em revolução industrial, não cabe dúvida 
que a urbanização ligava-se ao papel articu-
lador do mercado numa economia baseada 
no consumo de massa.” 
FUNARI, Pedro Paulo A. A vida quotidiana na Roma 
antiga. São Paulo: Annablume, 2003. p.54-55. 
No fragmento acima, Pedro Paulo de Abreu 
Funari se refere a 
a) uma cidade medieval que vivenciou o lento 
processo de transição da economia rural e 
agrícola do feudalismo para uma economia 
urbana e mercantil da modernidade. 
b) uma cidade romana que viveu o seu apogeu 
no período do Império, com grande pujança 
econômica e desenvolvimento urbano gran-
dioso, até sua destruição pela erupção vul-
cânica do monte Vesúvio. 
c) uma colônia inglesa na América que se de-
senvolveu autonomamente em relação à 
sua metrópole, praticando comércio com 
áreas vizinhas e diversificando suas ativi-
dades econômicas. 
d) uma cidade europeia que teve seu desenvol-
vimento econômico ligado ao processo de 
industrialização de manufaturas têxteis e de 
confecções desenvolvidas a partir da evolu-
ção técnica oportunizada pela revolução in-
dustrial moderna. 
 2. (ESPM) Os hunos em geral – e Átila em par-
ticular – têm uma merecida fama de homens 
endurecidos pela atividade militar. As fontes 
históricas revelam a imagem que fazemos do 
huno: um soldado montado. Todos os nôma-
des andavam a cavalo, o meio de locomoção 
habitual do tempo. Mas a destreza dos ca-
valeiros hunos impressiona os observadores 
contemporâneos. Sua arma mais importante 
era o arco. Mais forte do que um arco sim-
ples, ele tinha um alcance de 150 metros. 
No galope, ele controlava seu cavalo com os 
joelhos, enquanto disparava uma flecha. 
(Revista História Viva, nº. 116, pag. 34, 2013.) 
A partir do texto, e levando em considera-
ção o que se sabe sobre os hunos, é correto 
assinalar: 
a) os hunos foram bárbaros que, graças a sua 
destreza de cavaleiros, derrubaram o Impé-
rio Bizantino. 
b) os hunos foram bárbaros cujo poderio naval 
atormentou o Império Romano. 
c) hábeis cavaleiros, os hunos foram nômades 
que assolaram o mundo grego e devastaram 
Atenas e Esparta. 
d) capazes de ataques rápidos, e notáveis pela 
destreza de seus cavaleiros, os hunos pro-
moveram uma ofensiva contra a região da 
Itália, no Império Romano. 
e) famosos pela força de sua infantaria, os hu-
nos foram os responsáveis diretos pela der-
rubada do império romano. 
 3. (UCS) No século I, surgiu na região da Pales-
tina uma nova religião. Ela pregava o mono-
teísmo e a salvação de toda a humanidade. 
Essa religião se expandiu pelo mundo e ficou 
conhecida como: 
68
a) Luteranismo. 
b) Islamismo. 
c) Zoroastrismo. 
d) Anglicanismo. 
e) Cristianismo.
 4. (UECE) Era costume submeter o acusado de 
cometer um crime a um perigo, para ver se 
era ou não culpado. Por exemplo, colocar sua 
mão em água fervendo, ou fazê-lo segurar 
um ferro em brasa dentre outras atrocida-
des. Acreditava-se que, se inocente, Deus 
produziria um milagre, não deixando que 
algum mal acontecesse ao presumível culpa-
do. A Igreja Católica lutou contra e procurou 
extinguir esse costume que era 
a) herança do Direito Romano, no qual os acu-
sados não tinham direito a uma defesa base-
ada em fatos fundamentados. 
b) uma prática originária dos primeiros cristãos 
que, apoiados pela Igreja Católica, acredita-
vam na intervenção divina como única for-
ma de justiça. 
c) proveniente da tradição bárbara dos povos 
germânicos, que tinham uma cultura mono-
teísta desde antes da chegada do cristianis-
mo na Europa. 
d) uma tradição que, mesmo rejeitada pela 
Igreja Católica, perdurou na Europa e em 
outras regiões do mundo até mesmo depois 
da Idade Média. 
 5. (FGV) O anfiteatro era, para os romanos, par-
te de sua normalidade cotidiana, um lugar 
no qual reafirmavam seus valores e sua con-
cepção do “normal”. Nos anfiteatros, eram 
expostos, para serem supliciados, bárbaros 
vencidos, inimigos que se haviam insurgido 
contra a ordem romana. Nos anfiteatros se 
supliciavam, também, bandidos e marginais, 
como, por vezes, os cristãos, que eram joga-
dos às feras e dados como espetáculo, para o 
prazer de seus algozes ou daqueles que de-
fendiam os valores normais da sociedade. 
(Norberto Luiz Guarinello. A normalidade da violência 
em Roma. In: http:// www2.uol.com.br/historiaviva/ 
artigos/ a_normalidade_da_violencia_em_roma.html) 
Sobre as relações entre os cristãos e o Estado 
Romano, é correto afirmar que 
a) a violência durante a República Romana 
vitimou os cristãos porque estes aceitaram 
a presença dos povos bárbaros dentro das 
fronteiras romanas. 
b) a prática do cristianismo foi tolerada em 
Roma desde os primórdios dessa religião, e 
as ocorrências violentas podem ser conside-
radas exceções. 
c) o cristianismo sofreu violenta perseguição 
no Império Romano pela sua recusa em acei-
tar a divinização dos imperadores. 
d) a ação cristã foi consentida pelo poder ro-
mano, e a violência contra a nova religião 
restringiu-se aos seus principais líderes. 
e) a intensa violência praticada contra os se-
guidores do cristianismo ocorreu por um 
curto período, apenas durante os primeiros 
anos da Monarquia Romana. 
 6. (UEPB) Quanto aos povos germânicos que 
vieram dar origem aos reinos bárbaros no 
ocidente europeu medieval, pode-se afirmar 
corretamente que 
a) no território do antigo Império Romano, um 
dos reinos que mais se destacaram no século 
VII da era cristã foi o dos hicsos. 
b) a presença dos bárbaros no Império Romano 
foi um processo que ocorreu gradualmente, 
iniciado muito antes das “invasões”, à medida 
que eles penetravam nos territórios do Impé-
rio e passavam a ser utilizados em trabalhos 
agrícolas, bem como a integrar o exército. 
c) o renascimento carolíngio inibiu o desenvol-
vimento científico e proibiu a recuperação 
de obras clássicas. 
d) com as invasões germânicas foi abolido to-
talmente o direito consuetudinário devido à 
adoção do Direito Romano. 
e) não há registros históricos que apontem a 
contratação de bárbaros como mercenários 
para lutar no exército romano.
 7. (UFRGS) No bloco superior abaixo, são lista-
dos alguns líderes que atuaram no período 
republicano da Antiga Roma; no inferior, são 
atadas ações desses líderes. 
Associe corretamente o bloco inferior ao 
superior. 
1. Otávio 
2. Caio Mário 
3. Tibério Graco 
4. Pompeu 
( ) Operou uma reforma militar que permi-
tiu o recrutamento de soldados entre a 
população mais pobre de Roma. 
( ) Acumulou uma série de títulos e cargos e 
acabou por estabelecer em Roma o siste-
ma político imperial. 
( ) Tentou implementar uma reforma que per-
mitisse a distribuição de terras públicas 
entre os cidadãos mais pobres de Roma.
A sequência correta de preenchimento dos 
parênteses, de cima para baixo, é: 
a) 2 – 1 – 4.
b) 1 – 2 – 4.
c) 2 – 1 – 3.
d) 1 – 2 – 3.
e) 3 – 4 – 2.
69
 8. (Unioeste) “Os homens que combatem e 
morrem pela Itália têm o ar, a luz e mais 
nada (…) lutam e perecem para sustentar a 
riqueza e o luxo de outro, mas, embora sejam 
chamados senhores do mundo, não têm um 
único torrão de terra que seja seu.” 
ANDERSON, Perry. Tibério Graco. In: Passagens 
da Antiguidade ao Feudalismo. 1988, p.60. 
Considerando os acontecimentosque mar-
caram a história de Roma Antiga e o discur-
so de Tibério Graco, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
a) Durante o período de expansão, muitos ple-
beus que serviram o exército romano perde-
ram suas terras porque, sem dinheiro, eram 
obrigados a vendê-las aos ricos proprietários 
de terras e escravos. 
b) Tibério Graco, ocupando o mandato de tribuno 
da Plebe, apresentou uma lei de Reforma Agrária 
para impedir o avanço do latifúndio e recompor 
a camada de pequenos e médios proprietários. 
c) Sensível ao sofrimento da plebe, a elite pa-
trícia apoiou o projeto de Tibério Graco e 
aprovou a Reforma Agrária em Roma. 
d) As guerras de expansão promovidas pela Re-
pública contribuíram para tornar Roma um 
grande império, porém promoveram uma 
grande marginalização da plebe romana. 
e) Sem condições de manter suas terras, mui-
tos agricultores migravam para a cidade e 
viviam na pobreza. Eram chamados de prole-
tários, pois tudo que possuíam era sua prole, 
ou seja, seus filhos.
 9. (FGV) “Não descreverei catástrofes pessoais 
de alguns dias infelizes, mas a destruição de 
toda a humanidade, pois é com horror que 
meu espírito segue o quadro das ruínas da 
nossa época. Há vinte e poucos anos que, 
entre Constantinopla e os Alpes Julianos, 
o sangue romano vem sendo diariamente 
vertido. A Cítia, Trácia, Macedônia, Tessália, 
Dardânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia 
são devastadas pelos godos, sármatas, que-
dos, alanos (...); deportam e pilham tudo.
Quantas senhoras, quantas virgens consa-
gradas a Deus, quantos homens livres e no-
bres ficaram na mão dessas bestas! Os bispos 
são capturados, os padres assassinados, todo 
tipo de religioso perseguido; as igrejas são 
demolidas, os cavalos pastam junto aos anti-
gos altares de Cristo (…).”
(São Jerônimo, Cartas apud Pedro Paulo Abreu 
Funari, Roma: vida pública e vida privada. 2000)
O excerto, de 396, remete a um contexto da 
história romana marcado pela
a) combinação da cultura romana com o cris-
tianismo, além da desorganização do Estado 
Romano, em meio às invasões germânicas e 
de outros povos.
b) reorientação radical da economia, porque 
houve o abandono da relação com os merca-
dos mediterrâneos e o início de contato com 
o norte da Europa.
c) expulsão dos povos invasores de origem não 
germânica, seguida da reintrodução dos orga-
nismos representativos da República Romana.
d) crescente restrição à atuação da Igreja nas 
regiões fronteiriças do Império, porque o go-
verno romano acusava os cristãos de aliança 
com os invasores.
e) retomada do paganismo e o consequente retorno 
da perseguição aos cristãos, responsabilizados 
pela grave crise política do Império Romano.
 10. (UEFS 2017) O processo de declínio do Impé-
rio Romano do Ocidente começou em meados do 
século IV d.C., sobretudo em razão da série de 
problemas que, desde o século III, o assolava, 
como as invasões bárbaras, a crise econômica e 
a disputa dos militares pelo poder. (QUEDA DO 
IMPÉRIO... 2016).
A ligação entre a aludida crise econômica e 
a formação das bases do modo de produção 
feudal se encontram na 
a) gradual substituição do sistema escravista 
pelo de colonato, baseado na prestação de 
serviços agrícolas em terras dos senhores, 
em troca de subsistência e proteção. 
b) divulgação de uma nova arquitetura, basea-
da na construção de muralhas em torno dos 
castelos dos senhores, decorrente da neces-
sidade de defesa contra as frequentes rebeli-
ões de escravos. 
c) expansão do comércio mediterrâneo, contro-
lado pelos mercadores árabes, que proibiam 
o comércio dos romanos com o Oriente Mé-
dio. 
d) organização das corporações de ofício que 
controlavam a produção e os preços das mer-
cadorias nos países do norte da África. 
e) adoção do cristianismo como religião oficial 
do Império, desde o governo de Otávio Au-
gusto e de Júlio César. 
E.O. COmplEmEntAr
 1. (UFPR 2018) Leia o texto a seguir:
Foi a República Romana que primeiro uniu a 
grande propriedade agrícola com a escravi-
dão em grupos no interior em maior escala. 
O advento da escravidão como um modo de 
produção organizado inaugurou – como na 
Grécia – a fase clássica que distinguia a ci-
vilização romana, o apogeu de seu poder e 
de sua cultura. Mas enquanto na Grécia isso 
havia coincidido com a estabilização da pe-
quena agricultura e de um compacto corpo 
de cidadãos, em Roma foi sistematizado por 
70
uma aristocracia urbana a qual já gozava de 
um domínio social e econômico sobre a cida-
de. O resultado foi a nova instituição rural 
do latifundium escravo extensivo. A mão de 
obra para as enormes explorações que emer-
giam do século III a.C. em diante era abas-
tecida pela espetacular série de campanhas 
que deu a Roma o poder sobre o mundo me-
diterrâneo. 
(ANDERSON, Perry. Passagens da antiguidade ao 
feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1995, p. 58.) 
Tendo como alvo a República Romana, assi-
nale a alternativa correta. 
a) A desestruturação agrária em Roma, que 
estabeleceu sistemas de latifúndios, benefi-
ciou os grupos empobrecidos, uma vez que 
estes podiam abandonar o campo e se esta-
belecer em cidades. 
b) As guerras constantes ajudaram as classes 
dominantes da Roma republicana a desviar a 
atenção dos problemas fundiários derivados 
do latifundium nos séculos seguintes. 
c) Foi por meio da intervenção dos irmãos 
Graco que o problema da reforma agrária 
foi resolvido no século II, pois os poderes 
políticos foram transplantados ao senado e, 
assim, Roma viu mais um século de paz. 
d) Os tribunos da plebe tiveram um papel im-
portante no processo da reforma agrária 
romana, possibilitando a transformação do 
modo de vida de maneira a permitir que 
todo pequeno agricultor transformasse sua 
propriedade em um Domus. 
e) O domínio social e econômico das cidades 
provinha de delicada relação entre a manu-
tenção de sistemas agrários em que a mão 
de obra escrava era aproveitada de forma es-
porádica e a utilização ocasional de grandes 
extensões de terra. 
 2. (Uftm) Imperador de Roma entre 253 e 260, 
Valeriano escreveu:
Não consideramos que os coloni [colonos] 
tenham a liberdade de abandonar a terra à 
qual estão presos por sua situação e nasci-
mento. Se o fizerem, que sejam trazidos de 
volta, acorrentados e castigados.
(Apud Gordon V. Childe. O que aconteceu na história, 1973.)
A determinação imperial ocorreu 
a) por ocasião da abolição da escravatura e 
consequente desorganização gerada pela 
mudança do regime de trabalho. 
b) em um momento de crise do Império, quan-
do a situação de arrendatários e camponeses 
deteriorou-se. 
c) em função das invasões dos povos que vi-
viam fora do Império, o que propiciou a fuga 
dos colonos. 
d) em represália às atitudes dos cristãos, que 
condenavam os trabalhos forçados e promo-
viam revoltas. 
e) por conta do início da expansão do Império, 
que exigiu um grande exército e causou o 
despovoamento dos campos.
 3. (PUC-Camp) Teodósio estabeleceu que, após 
a sua morte, ocorrida em 395, o Império, 
para ser melhor administrado, deveria ser 
a) fracionado em quatro partes, com dois Impe-
radores e dois Césares. 
b) dividido em duas partes: o Império do Oci-
dente e o Império do Oriente. 
c) atrelado ao paganismo e direcionar uma 
operação para destruir as catacumbas. 
d) aliado dos árabes para defendê-los contra 
os hunos que se avizinhavam de Roma e 
de Meca. 
e) dividido em áreas denominadas Condados e, 
doadas em caráter hereditário, a seus su-
cessores. 
 4. (UEL) Pode-se destacar como características 
da concepção cristã, que facilitaram a alian-
ça da Igreja com o estado imperial romano, 
no século IV: 
a) o dogma da transcendência e a moral celi-
batária. 
b) a estrutura hierárquica e o missionarismo 
universalista. 
c) a noção de culpa dos homens e o perdão divino.
d) a visão de inferno e o reino dos céus.
e) o dogma da criação e o juízo final.
 5. (Puccamp) Finalmente, a bandeira. Tiraden-
tes propôs que fosse adotado o triângulo 
representando a Santíssima Trindade,com 
alusão às cinco chagas de Cristo crucificado, 
presente nas armas portuguesas. Já Alvaren-
ga propôs a imagem de um índio quebrando 
os grilhões do colonialismo, com a inscrição 
“Libertas quae sera tamen” (Liberdade, ain-
da que tardia), do poeta latino Virgílio, e 
que foi adotada e consagrada.
(MOTA, Carlos Guilherme e LOPEZ, Adriana. 
História do Brasil: uma interpretação. São 
Paulo, Ed. 34, 2015, 4. ed. p. 261)
O texto, ao se referir ao poeta Virgílio, nos re-
mete a um período da história da Roma Anti-
ga: o Império Romano. Durante esse período, 
foram características do Estado romano:
a) recuperação de antigas práticas do período 
anterior, como a escravidão em grande esca-
la, e o imperialismo econômico romano.
b) introdução de novos ideais baseados na eco-
nomia de mercado, na condenação da guerra 
e na valorização da democracia romana.
c) transformação da estrutura administrativa 
nas cidades, fragmentação dos latifúndios e 
penetração dos bárbaros no Império.
d) centralização político-administrativa nas 
mãos do imperador, utilização da política do 
“pão e circo” e adoção da Pax Romana.
e) participação de todos os cidadãos romanos 
nas instituições políticas, uma educação hu-
manista e conquista do Mediterrâneo.
71
E.O. dissErtAtivO 
 1. (Uema) O Império Romano (27 a.C. – 476 d.C.), instaurado após a República, correspondeu ao 
momento de maior esplendor da Civilização Romana, refletido, por exemplo, nas grandiosas obras 
urbanísticas, no apogeu da produção cultural e na prosperidade econômica.
GOSCINNY, René; UDERZO, Albert. Asterix, Gladiador. São Paulo: Record, 2002. 
Com base nas informações presentes na charge, identifique uma característica do Império Romano 
do Ocidente. A seguir, explique-a historicamente. 
 2. (UFES) No ano 15 a.C, nasceu Júlio César Germânico, também conhecido como Nero Cláudio Druso 
e, posteriormente, celebrizado apenas sob a alcunha de Germânico. Sobrinho de Tibério, pai de Ca-
lígula e irmão do imperador Cláudio, Germânico morreu misteriosamente em Alexandria, no Egito. 
Ele ficou assim conhecido por ter vencido várias tribos germânicas e ajudado a estabelecer as fron-
teiras ao norte e a leste do Império Romano, tendo recebido várias honrarias de Roma e ocupado os 
cargos de questor e de cônsul. 
a) Analise a relação dos chamados povos bárbaros com a expansão e a decadência do Império Romano. 
b) Identifique duas características importantes do período imperial romano. 
 3. (UFPR) Durante as manifestações de junho de 2013 no Brasil, circulou pelas redes sociais uma 
imagem semelhante à abaixo:
Explique os motivos que levaram esses povos a realizarem as movimentações descritas no mapa 
acima, e por que o termo “vândalo” adquiriu uma conotação negativa até os dias atuais. 
72
 4. (UFG) O regime dos Césares era muito dife-
rente das monarquias que nos são familia-
res, a saber: a realeza medieval e moderna. 
Sob o Império Romano (40 a.C.-476 d.C.), 
a palavra “República” nunca cessará de ser 
pronunciada. Sob o Absolutismo, todos esta-
rão a serviço do Rei; um Imperador, ao con-
trário, estava a serviço da República: ele não 
reinava para a sua própria glória, à maneira 
de um Rei, mas para a glória dos Romanos. 
VEYNE, Paul. “L’Empire Gréco-Romain”. Paris: 
Seuil, 2006. p. 15-41. [Adaptado]. 
O texto acima compara e distingue dois re-
gimes políticos. Explique o que diferencia-
va a legitimidade do poder político de um 
imperador romano da legitimidade do poder 
político de um rei absolutista. 
 5. (UFPR) O trecho abaixo foi escrito por Sue-
tônio, biógrafo dos primeiros imperadores 
romanos, nascido no final do século I d.C. 
Trata-se do registro de algumas reformas 
feitas por Júlio César, logo após este ter as-
sumido o poder. A partir da leitura do texto, 
analise as principais mudanças na vida dos 
romanos no contexto do final da República e 
início do Império romano.
“Distribuiu oitenta mil cidadãos em colônias 
transmarinas. Para garantir que a cidade de 
Roma não ficasse despovoada, proibiu a todo 
cidadão de mais de vinte e menos de sessenta 
anos, à exceção dos que servissem no exérci-
to, ficar mais de três anos fora da Itália. Proi-
biu os filhos de senadores de se ausentarem a 
não ser que estivessem acompanhados de um 
comandante militar ou magistrado. Obrigou 
que os pastores tivessem, ao menos, um terço 
dos criadores púberes livres de nascimento. 
Aos médicos e profissionais liberais atuantes 
em Roma conferiu a cidadania, a fim de fixá-
-los aí e atrair outros profissionais”.
(Suetônio, A vida dos doze césares, Vida de Júlio César, 42.) 
 6. (UFES) O oficial romano Orestes, tendo to-
mado o comando do exército, partiu de Roma 
ao encontro dos inimigos e chegou a Ravena, 
onde parou para fazer imperador seu filho, 
Rômulo Augusto. [...] Porém, pouco depois 
de Rômulo Augusto ter sido estabelecido im-
perador em Ravena por seu pai, Odoacro, rei 
dos turcilingos, tendo consigo ciros, hérulos 
e auxiliares de diversas tribos, ocupou a Itá-
lia. Orestes foi morto e seu filho, Rômulo Au-
gusto, expulso do reino e condenado à pena 
de exílio no Castelo Luculano, na Campânia. 
Assim, o Império do Ocidente do povo romano, 
que o primeiro dos augustos - Otaviano Augus-
to - tinha começado a dirigir no ano 709 da 
fundação da cidade de Roma, pereceu com Rô-
mulo Augusto no ano 522 do reinado dos seus 
antecessores imperadores. Desde aí, Roma e a 
Itália foram governadas pelos reis dos godos. 
(Jordanes, in: PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. “História da Idade 
Média”. São Paulo: Editora Unesp, 2000, p. 39-40. Adaptado.) 
O texto anterior, escrito por Jordanes, um 
autor do século VI d.C., informa-nos sobre 
os acontecimentos políticos que marcaram o 
início e o fim do Império Romano do Ociden-
te: a ascensão de Otávio Augusto ao poder e 
a deposição de Rômulo Augusto por Odoacro, 
no contexto das invasões bárbaras. Tendo em 
vista essas considerações, explique: 
a) a importância da atuação política de Otávio 
Augusto para a criação do Império Romano. 
b) dois fatores que contribuíram para a desa-
gregação do Império Romano do Ocidente. 
 7. (UFG) A Grécia conquistada conquistou 
seu selvagem vencedor e levou as artes aos 
rústicos latinos.
VEYNE, Paul. “L’Empire Gréco-Romain”. 
Paris: Seuil, 2005. p. 11.
Considerando o verso do poeta latino Horá-
cio (65 a.C.-8 a.C.),
a) explique a relação paradoxal entre conquis-
tador e conquistado; 
b) caracterize dois campos em que a cultura 
grega se expressa no Império Romano. 
 8. (UFG)
Fonte: Aqueduto de Segóvia, Espanha. In: MORAES, 
José Geraldo V. de. Caminhos das civilizações - História 
integrada: Geral e do Brasil. São Paulo: Atual, 1998. p. 76. 
A imagem acima de um aqueduto (canaliza-
ção de água) romano da cidade de Segóvia, 
na Espanha, constitui-se num exemplo do 
processo de romanização das áreas conquis-
tadas pelo Império Romano, a partir de Otá-
vio Augusto (27 d.C.-14 d.C.). Esse processo 
envolveu a transposição dos padrões cultu-
rais romanos às outras cidades do Império. 
Com base no exposto: 
a) identifique dois padrões culturais romanos 
que influenciaram a arquitetura das outras 
cidades do Império. 
b) responda por que Roma se tornou a cidade-
modelo do Império. 
73
 9. (UFRN) As sociedades se organizam poli-
ticamente de diferentes formas. O texto a 
seguir se refere a diferenciações entre ro-
manos e germanos. 
Por mais que tentem imitar o Império Ro-
mano, no plano tanto das instituições po-
líticas como das estruturas sociais, os no-
vos governos que se instalam na Gália no 
século V – sejam visigodos, burgúndios ou 
francos – não o conseguem. (...)
[Nessas tribos se] constitui o que se deve 
chamar de “Estado” de um tipo novo, es-
pécie de comunidade de pessoas militares 
sem domicílio fixo nem duração garantida. 
O cimento dessa organização não é, como em 
Roma, a ideia de salvação pública e de bem 
comum, porém, antes, a reunião de interes-
ses privados numa associação provisória au-
tomaticamente reconstruída pela vitória. 
VEYNE, Paul(Org.). “História da vida privada: 
do império romano ao ano mil”. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1994, v.1. p. 405-6. 
Considerando as ideias contidas no texto, 
explicite duas diferenças entre romanos e 
germanos no que se refere à organização só-
ciopolítica.
 10. (G1 – CFT-CE) O crescente aumento do número 
de plebeus pobres e miseráveis tornou cada vez 
mais tensa a situação social e política de Roma, 
levando-a a um violento processo de desinte-
gração da República e ao advento do Império.
Explique três medidas tomadas por Otávio 
Augusto, para contornar a crise que assolava 
a sociedade romana na transição da Repúbli-
ca para o Império. 
E.O. EnEm
 1. (Enem) “Somos servos da lei para podermos 
ser livres.” 
Cícero 
“O que apraz ao príncipe tem força de lei.” 
Ulpiano 
As frases acima são de dois cidadãos da 
Roma Clássica que viveram praticamente no 
mesmo século, quando ocorreu a transição 
da República (Cícero) para o Império (Ulpia-
no). Tendo como base as sentenças acima, 
considere as afirmações: 
I. A diferença nos significados da lei é ape-
nas aparente, uma vez que os romanos 
não levavam em consideração as normas 
jurídicas. 
II. Tanto na República como no Império, a 
lei era o resultado de discussões entre os 
representantes escolhidos pelo povo ro-
mano. 
III. A lei republicana definia que os direitos 
de um cidadão acabavam quando começa-
vam os direitos de outro cidadão. 
IV. Existia, na época imperial, um poder aci-
ma da legislação romana. 
Estão corretas, apenas:
a) I e III.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
E.O. ObjEtivAs 
(UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp)
 1. (Unifesp) Podemos dizer que antes as coisas 
do Mediterrâneo eram dispersas... mas como 
resultado das conquistas romanas é como se 
a história passasse a ter uma unidade or-
gânica, pois, as coisas da Itália e da África 
passaram a ser entretecidas com as coisas 
da Ásia e da Grécia e o resultado disso tudo 
aponta para um único fim.
(Políbio, História, I.3.)
No texto, a conquista romana de todo o Me-
diterrâneo é 
a) criticada, por impor aos povos uma única 
história, a ditada pelos vencedores. 
b) desqualificada, por suprimir as independên-
cias políticas regionais. 
c) defendida, por estabelecer uma única cultu-
ra, a do poder imperial. 
d) exaltada, por integrar as histórias particula-
res em uma única história geral. 
e) lamentada, por sufocar a autonomia e iden-
tidade das culturas. 
 2. (Unifesp) Fomos em busca dos homens fu-
gidos de nosso povoado e descobrimos que 
cinco deles e suas famílias estavam nas ter-
ras de Eulogio, mas os homens deste senhor 
impediram nos com violência de nos aproxi-
mar da entrada do domínio.
(Egito romano, em 332 d.C.)
... os colonos não têm liberdade para aban-
donar o campo ao qual estão atados por sua 
condição e seu nascimento. Se dele se afas-
tam em busca de outra casa, devem ser de-
volvidos, acorrentados e castigados.
(Valentiniano, em 371 d.C.)
Os textos mostram a 
a) capacidade do Império romano de controlar 
a situação no campo, ao levar a cabo a polí-
tica de transformar os escravos em colonos 
presos à terra. 
b) luta de classes, entre camponeses e grandes 
proprietários, pela posse das terras que o Es-
tado romano, depois da crise do século III, é 
incapaz de controlar. 
74
c) transformação, dirigida pelo governo do Baixo Im-
pério, das grandes unidades de produção escravis-
tas em unidades menores e com trabalho servil. 
d) permanência de uma política agrária, mesmo de-
pois da crise do século III, no sentido de assegu-
rar um número mínimo de camponeses soldados. 
e) impotência do governo romano do Baixo Impé-
rio em controlar a política agrária, por ele mes-
mo adotada, de fixar os pobres livres no campo. 
 3. (Unesp 2017) A Igreja foi responsável dire-
ta por mais uma transformação, formidável e 
silenciosa, nos últimos séculos do Império: a 
vulgarização da cultura clássica. Essa façanha 
fundamental da Igreja nascente indica seu 
verdadeiro lugar e função na passagem para o 
Feudalismo. A condição de existência da civili-
zação da Antiguidade em meio aos séculos caó-
ticos da Idade Média foi o caráter de resistên-
cia da Igreja. Ela foi a ponte entre duas épocas.
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade 
ao Feudalismo, 2016. Adaptado.)
O excerto permite afirmar corretamente que 
a Igreja cristã 
a) tornou-se uma instituição do Império Roma-
no e sobreviveu à sua derrocada quando da 
invasão dos bárbaros germânicos. 
b) limitou suas atividades à esfera cultural e 
evitou participar das lutas políticas durante 
o Feudalismo. 
c) manteve-se fiel aos ensinamentos bíblicos e 
proibiu representações de imagens religiosas 
na Idade Média. 
d) reconheceu a importância da liberdade re-
ligiosa na Europa Ocidental e combateu a 
teocracia imperial. 
e) combateu o universo religioso do Feudalis-
mo e propagou, em meio aos povos sem es-
crita, o paganismo greco-romano. 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
Apesar de não ter sido tão complexo quanto 
os governos modernos, o Império [Romano] 
também precisava pagar custos muito altos. 
Além de seus funcionários, da manutenção 
das estradas e da realização de obras, preci-
sava manter um grande exército distribuído 
por toda a sua extensão. A cobrança de im-
postos é que permitia ao governo continuar 
funcionando e pagando seus gastos.
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. 
Roma e seu império, 2004.) 
 4. (Unesp) Os gastos militares intensificaram-
-se a partir dos séculos III e IV d.C., devido 
a) ao esforço romano de expandir suas frontei-
ras para o centro da África. 
b) às perseguições contra os cristãos, que, bem 
sucedidas, permitiram o pleno retorno ao 
politeísmo. 
c) à necessidade de defesa diante de ataques 
simultâneos de bárbaros em várias partes da 
fronteira. 
d) aos anseios expansionistas, que levaram os 
romanos a buscar o controle armado e co-
mercial do mar Mediterrâneo. 
e) à guerra contra Cartago pelo controle de ter-
ras no norte da África e na Península Ibéri-
ca. 
 5. (Fuvest) César não saíra de sua província 
para fazer mal algum, mas para se defender 
dos agravos dos inimigos, para restabelecer 
em seus poderes os tribunos da plebe que ti-
nham sido, naquela ocasião, expulsos da Ci-
dade, para devolver a liberdade a si e ao povo 
romano oprimido pela facção minoritária. 
Caio Júlio César. A Guerra Civil. São Paulo: 
Estação Liberdade, 1999, p. 67. 
O texto, do século I a.C., retrata o cenário 
romano de 
a) implantação da Monarquia, quando a aristo-
cracia perseguia seus opositores e os forçava 
ao ostracismo, para sufocar revoltas oligár-
quicas e populares.
b) transição da República ao Império, período 
de reformulações provocadas pela expansão 
mediterrânica e pelo aumento da insatisfa-
ção da plebe. 
c) consolidação da República, marcado pela 
participação política de pequenos proprietá-
rios rurais e pela implementação de amplo 
programa de reforma agrária. 
d) passagem da Monarquia à República, período 
de consolidação oligárquica, que provocou a 
ampliação do poder e da influência política 
dos militares. 
e) decadência do Império, então sujeito a inva-
sões estrangeiras e à fragmentação política 
gerada pelas rebeliões populares e pela ação 
dos bárbaros. 
 6. (Fuvest) Cesarismo/cesarista são termos uti-
lizados para caracterizar governantes atuais 
que, à maneira de Júlio César (de onde o 
nome), na antiga Roma, exercem um poder 
a) teocrático. 
b) democrático. 
c) aristocrático. 
d) burocrático. 
e) autocrático. 
 7. (Unicamp) O termo “bárbaro” teve diferen-
tes significados ao longo da história. Sobre os 
usos desse conceito, podemos afirmar que 
a) bárbaro foi uma denominação comum a mui-
tas civilizações para qualificar os povos que 
não compartilhavam dos valores destas mes-
mas civilizações.
b) entre os gregos do período clássico, o termo 
foi utilizado para qualificar povos que não 
falavam grego e, depois disso, deixou de ser 
empregado no mundo mediterrâneo antigo.75
c) bárbaros eram os povos que os germanos 
classificavam como inadequados para a con-
quista, como os vândalos, por exemplo. 
d) gregos e romanos classificavam de bárbaros 
povos que viviam da caça e da coleta, como 
os persas, em oposição aos povos urbanos 
civilizados.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
Apesar de não ter sido tão complexo quanto 
os governos modernos, o Império [Romano] 
também precisava pagar custos muito altos. 
Além de seus funcionários, da manutenção 
das estradas e da realização de obras, preci-
sava manter um grande exército distribuído 
por toda a sua extensão. A cobrança de im-
postos é que permitia ao governo continuar 
funcionando e pagando seus gastos. 
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. 
Roma e seu império, 2004.) 
 8. (Unesp) Sobre o recolhimento de impostos 
e os gastos públicos no Império Romano, é 
correto afirmar que 
a) os patrícios e os proprietários de terras não 
pagavam tributos, uma vez que estes eram 
de responsabilidade exclusiva de arrendatá-
rios e escravos. 
b) o desenvolvimento da engenharia civil foi 
essencial para integrar o Império e facilitar 
o deslocamento dos exércitos. 
c) as obras financiadas com recursos públicos 
foram apenas as de função religiosa, como 
altares ou templos. 
d) a desvalorização da moeda foi uma das for-
mas utilizadas pelos governantes para ali-
viar o peso dos impostos sobre a população 
despossuída. 
e) os tributos eram cobrados por coletores en-
viados diretamente de Roma, não havendo 
qualquer intermediação ou intervenção de 
autoridades locais.
 9. (Unesp) Roma, de simples Cidade-Estado, 
transformou-se na capital do maior e o mais 
duradouro dos impérios conhecidos. Assina-
le a alternativa diretamente relacionada com 
o declínio e a queda do Império Romano: 
a) Triunfo do cristianismo e urbanização do campo. 
b) Redução considerável dos tributos e a aboli-
ção do poder despótico de tipo oriental. 
c) Barbarização do exército e crise no modo de 
produção escravista. 
d) Ensino democrático dos estoicos e o aumen-
to dos privilégios das classes superiores. 
e) Estabilização das fronteiras e a crescente 
oferta de mão de obra. 
E.O. dissErtAtivAs 
(UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp)
 1. (Unicamp) Com relação ao ornamento, Roma 
não correspondia, absolutamente, à majesta-
de do Império e, além disso, estava exposta 
às inundações, como também aos incêndios. 
Porém, Augusto fez dela uma cidade tão bela 
que pode se envaidecer, principalmente por 
ter deixado uma cidade de mármore no lugar 
onde encontrara uma de tijolos.
(Adaptado de Suetônio, A Vida dos Doze Césares. 
São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 91.) 
Considerando o texto e o período de Otávio 
Augusto no governo de Roma, responda: 
a) Qual a relação da nova urbanização da ca-
pital do Império com o período de paz que 
Augusto pretendia simbolizar? 
b) Identifique uma medida social e uma medi-
da política estabelecidas por Augusto para 
adaptar a tradição romana ao novo momento. 
 2. (Unicamp) Os impérios desenvolveram dife-
rentes estratégias de inclusão. O império ro-
mano permitia a multiplicidade de crenças, 
desde que a lealdade política estivesse asse-
gurada. Espanha e Portugal, entretanto, ape-
sar de terem incorporado povos de línguas e 
culturas diversas sob seus governos, impu-
seram uma uniformidade legal e religiosa, 
praticando políticas de intolerância religiosa 
como caminho preferencial para assegurar a 
submissão e a lealdade de seus súditos.
(Adaptado de Stuart B. Schwartz, Impérios 
intolerantes: unidade religiosa e perigo da tolerância 
nos impérios ibéricos da época moderna, em R. 
Vainfas & Rodrigo B. Monteiro (orgs.), Império de 
várias faces. São Paulo: Alameda, 2009, p. 26.) 
a) A partir do texto, diferencie o Império Ro-
mano dos impérios ibéricos modernos. 
b) Quais as políticas praticadas pelas monar-
quias ibéricas na Era Moderna que caracte-
rizam a intolerância religiosa? 
 3. (Unicamp) Após a tomada e o saque de Roma 
pelos visigodos, em 410, pagãos e cristãos 
interrogaram-se sobre as causas do aconteci-
mento. Para os pagãos, a resposta era clara: 
foram os maus princípios cristãos, o aban-
dono da religião de Roma, que provocaram o 
desastre e o declínio que se lhe seguiram. Do 
lado cristão, a queda de Roma era explicada 
pela comparação entre os bárbaros virtuosos 
e os romanos decadentes: dissolutos, pregui-
çosos, sendo a luxúria a origem de todos os 
seus pecados. 
(Adaptado de Jacques Le Goff, “Decadência”, em História e 
Memória. Campinas, Ed. da Unicamp, 1990, p. 382-385.) 
76
a) Identifique no texto duas visões opostas so-
bre a queda de Roma.
b) Entre o surgimento do cristianismo e a queda 
de Roma, que mudanças ocorreram na relação 
do Império Romano com a religião cristã?
 4. (Unicamp) Em Roma, no século XV, destru-
íram-se muitos e belos monumentos, sem 
que as autoridades ou os mecenas se lem-
brassem de os restaurar. No melhor período 
desse “regresso ao antigo”, ocorrido duran-
te o Renascimento italiano, não se restaura 
nenhuma ruína, e toda a gente continua a 
explorar templos, teatros e anfiteatros, como 
se fossem pedreiras. 
(Adaptado de Jacques Heers. “Idade Média: uma 
impostura”. Porto: Edições Asa. 1994, p. 111.) 
a) Segundo o texto, quais foram as duas ati-
tudes em relação à cidade de Roma no Re-
nascimento?
b) Explique a importância da cidade de Roma 
na Antiguidade. 
c) Por que o Renascimento italiano valorizou 
as cidades?
 5. (Fuvest) Karl Marx afirmou mais de uma 
vez que, na antiguidade romana, era o Esta-
do que sustentava o proletariado e não este 
àquele, como ocorre na modernidade. Com 
base nessa afirmação, explique: 
a) Como o Estado romano sustentava o prole-
tariado? 
b) Por que é possível sustentar que a derrota 
do programa de reforma agrária dos irmãos 
Graco abriu caminho para tal política? 
 6. (Unicamp) Neste depoimento, o Imperador 
Augusto (30 a.C.-14 d.C.) descreve a “Paz 
Romana”, realização que assinala o apogeu 
da expansão do Império no Mediterrâneo: 
Estendi os limites de todas as províncias do 
povo romano fronteiriças de nações que es-
capavam à obediência ao Império. Restabe-
leci a ordem nas províncias das Gálias, das 
Espanhas, na Germânia. Juntei o Egito ao 
Império, recuperei a Sicília, a Sardenha e as 
províncias além do Adriático. 
(Adaptado de Gustavo Freitas, “900 textos e documentos 
de História”, Lisboa, Plátano, s.d., v. 1, p.96-7.) 
a) Qual foi o meio utilizado por Augusto para 
estabelecer a “Paz Romana”? 
b) Explique a importância do Mar Mediterrâneo 
para o Império Romano. 
c) Quais as formas de governo que antecederam 
a ascensão dos imperadores em Roma? 
 7. (Unifesp) Em Roma antiga, e no Brasil colo-
nial e monárquico, os escravos eram nume-
rosos e empregados nas mais diversas ati-
vidades. Compare a escravidão nessas duas 
sociedades, mostrando suas
a) semelhanças.
b) diferenças. 
 8. (Unesp) “Meu caro Plínio, você agiu como 
devia tê-lo feito, examinando as causas da-
queles que lhe foram delatados como cris-
tãos. Não se pode ter uma regra geral e fixa 
a este respeito. Não devem ser perseguidos, 
mas se forem denunciados e perseverarem, 
devem ser punidos.”
(Carta do Imperador Trajano a Plínio, 112 d.C.)
Baseando-se no texto, responda.
a) Cite um tipo de punição dada aos cristãos 
nessa época.
b) Por que os cristãos eram perseguidos? 
 9. (Unicamp) Acerca do fascínio exercido pe-
los espetáculos de sangue na arena, muitos 
romanos afirmavam que eles inspiravam um 
nobre desprezo pela morte. Mas é possível 
interpretar esses espetáculos como um ritu-
al que reafirmava o poder e a autoridade do 
Estado romano. Os gladiadores, por exemplo, 
eram indivíduos sem direitos, marginaliza-
dos ou condenados por subversão da ordem 
pública. Ao executá-los em público, o povo 
romano reunido celebrava a sua superiorida-
de e o seu direito de dominar.
(Adaptado de J A. Shelton, “As the Romans 
Did”, Oxford, 1998, p.350.)
a) De que maneira esse texto interpreta a po-
pularidade dos espetáculos de sanguena 
Roma antiga?
b) Por que, segundo o texto, o sacrifício de um 
gladiador perante o público reforçava as re-
lações de dominação na sociedade romana?
c) Explique por que os cristãos foram persegui-
dos em nome da ordem pública romana. 
77
gAbAritO
E.O. Aprendizagem
1. B 2. D 3. E 4. B 5. C 
6. C 7. E 8. A 9. C 10. D
E.O. Fixação
1. B 2. D 3. E 4. D 5. C 
6. B 7. C 8. C 9. A 10. A
E.O. Complementar
1. B 2. B 3. B 4. B 5. D 
E.O. Dissertativo
 1. Com a expansão romana ocorrida ainda den-
tro do período republicano, 509-27 a.C., 
ocorreram inúmeras transformações dentro 
de Roma. As regiões conquistadas passaram 
a pagar diversos tributos para a capital admi-
nistrativa, novos produtos passaram a fazer 
parte do cotidiano da elite romana. Porém, 
aumentou a escravidão, a desigualdade so-
cial, surgiram novos problemas que levaram 
a crise a ao fim da república romana em 27 
a.C. O Império Romano começou em 27 a.C. e 
terminou em 476 d.C. com a queda de Roma. 
No plano político, havia no Império Roma-
no uma centralização do poder nas mãos do 
imperador, o César era um Augusto, ou seja, 
cultuado como um deus. No plano social, os 
indivíduos dividiam-se em cidadãos e pro-
víncias. Os cidadãos eram hierarquizados 
conforme a fortuna. No plano militar, havia 
um grande exército que foi dividido em 25 
legiões. 
 2. 
a) A expressão “bárbaro” usada pelos roma-
nos se referia a qualquer povo que não ti-
vesse a origem e a cultura romana. Os po-
vos germânicos eram os povos do norte da 
Europa e uma parte deles foi conquistada 
pelos romanos definindo as fronteiras do 
império. A partir do século III d.C. no-
vos grupos migraram e se interiorizaram 
no Império, num processo normalmente 
denominado de “invasões bárbaras” que 
contribuíram para a decadência do Impé-
rio, mesmo considerando que nem sem-
pre houve confronto armado e uma parte 
desses povos se aliou á Roma.
b) A principal característica do Império é 
a centralização política, com a forma-
ção de um governo autoritário, apoiado 
no poder das estruturas militares, mes-
mo considerando que o exército não era 
uma instituição coesa e havia diversas 
lutas internas. Pode-se destacar também 
o controle sobre vastas regiões – o tex-
to explicita o Egito – transformadas em 
províncias de Roma, que produziam de 
acordo com os interesses dos conquista-
dores e ainda tiveram parte de seu povo 
escravizado. 
 3. Os chamados povos bárbaros promoveram as 
migrações acima citadas por dois motivos: 
(1) pressão de outros povos, como os hunos 
e (2) busca por novas terras férteis no inte-
rior do Império Romano. 
O termo vândalo adquiriu uma conotação ne-
gativa devido ao modo de agir do povo vân-
dalo (um dos povos bárbaros), que era extre-
mamente violento. Por isso, agir de maneira 
violenta e contrária ao regime então vigente 
é visto como atitude vândala. 
 4. A legitimidade política de um Imperador Ro-
mano era oriunda da soberania popular: do 
poder que lhe era delegado pelo povo e pelo 
Senado. Ele não ocupava o trono na quali-
dade de seu proprietário, mas como man-
datário da coletividade encarregado por ela 
de dirigir a República. Mesmo que um des-
cendente substituísse ao pai imperador, essa 
substituição não era assegurada pelo princí-
pio da sucessão dinástica, tal como veremos 
no Absolutismo. A legitimidade política de 
um rei absolutista, ao contrário, era oriunda 
do poder divino. Um rei era proprietário de 
um reino, que era seu patrimônio familiar 
legítimo. Esse poder era transmitido a um 
descendente que lhe sucedia pelo princípio 
da hereditariedade. 
 5. O texto refere-se ao temor de despovoamen-
to de Roma, na medida em que a exploração 
das áreas colonizadas tornava-se atraente 
para diversos romanos das mais diversas 
profissões. O controle sobre vastas áreas na 
África e Europa e a disponibilidade de mão 
de obra escrava determinou o deslocamento 
de milhares de indivíduos, dada a ideia de 
maior possibilidade de enriquecimento. 
 6. 
a) Otávio assume o poder num contexto de 
acirramento da crise republicana. Júlio 
César, nomeado ditador vitalício, repre-
sentava uma séria ameaça ao controle do 
Senado sobre a República, desencadean-
do, assim, uma violenta reação por parte 
da facção da elite senatorial liderada por 
Bruto e Cássio que resultou no assassinato 
do ditador e na retomada da guerra civil. 
Inicialmente, Otávio assume o poder ao 
lado de Marco Antônio e Lépido median-
te um consórcio conhecido como Segundo 
Triunvirato, conseguindo sobrepujar a fac-
ção senatorial que sustentou o golpe contra 
César. Em seguida, ocorre a polarização en-
tre Otávio e Marco Antônio. A nova guerra 
civil que se instaura teve como desfecho a 
78
vitória do Otávio em 31 a.C., na batalha de 
Ácio, sobre as forças lideradas por Marco 
Antônio. Em 30 a.C., o Egito, cuja sobera-
na, Cleópatra, havia sustentado a causa de 
Marco Antônio, é ocupado pelos romanos. 
A partir desse momento, Otávio se torna o 
líder supremo da República com a missão 
de restabelecer a concórdia entre os cida-
dãos e garantir o controle romano sobre 
os territórios conquistados. Em reconhe-
cimento pelos serviços prestados em prol 
da pátria, o Senado confere a Otávio, em 
27 a.C., o título de Augusto, fato que a 
historiografia considera como o marco de 
fundação da monarquia romana. Doravan-
te, todos os antigos poderes republicanos 
exercidos pelos magistrados, pelas assem-
bleias e pelo próprio Senado, incluindo o 
supremo comando sobre todos os efetivos 
militares, passarão a ser prerrogativa de 
Augusto. Essa concentração, nas mãos de 
um indivíduo, de um amplo feixe de po-
deres outrora repartidos entre as diversas 
instâncias que compunham o “populus” 
romano será o principal fundamento polí-
tico-institucional da atuação do imperador, 
recebendo mais tarde a chancela jurídica 
por meio da Lei de Império de Vespasiano. 
b) A desagregação do Império Romano do 
Ocidente, que culminou na instauração dos 
reinos bárbaros sobre o território das anti-
gas províncias romanas, foi produzida por 
um conjunto de fatores, sem que tenha-
mos condições de indicar uma hierarquia 
precisa entre eles. Dentre esses fatores, 
teríamos, por exemplo, a crise do modo de 
produção escravista, resultado das dificul-
dades de abastecimento de mão de obra 
escrava e da resistência à inovação tecno-
lógica própria da mentalidade do homem 
antigo. Em virtude da crise do escravismo, 
observa-se um decréscimo significativo do 
nível de relações comerciais, o que dá en-
sejo ao êxodo urbano e à ruralização. Outro 
elemento significativo dentro do processo 
de desagregação foi, sem dúvida, a expan-
são dos efetivos empregados na adminis-
tração civil e no exército, o que exigiu dos 
imperadores a adoção de um conjunto de 
medidas com a finalidade de garantir a 
extração de tributos necessários à manu-
tenção de uma máquina estatal complexa 
como era a do Baixo Império. Esse fenô-
meno, conhecido como fiscalismo, atingiu 
de modo muito intenso a ordem dos de-
curiões, ou seja, a elite local responsável 
pela administração das cidades, que tenta, 
por todos os meios, eximir-se dos encargos 
municipais, cada vez mais onerosos. Uma 
das soluções encontradas pelos decuriões 
foi se colocar sob a proteção dos patronos, 
grandes proprietários rurais que faziam 
parte da elite senatorial. Mediante o 
patronato exercido por membros dessa 
elite, amplos segmentos da população 
rural são postos ao abrigo das exigên-
cias do poder imperial, configurando-se 
entre os patronos e os seus subordina-
dos uma relação direta, sem a interme-
diação do Estado, que enfraquece ainda 
mais as possibilidades de atuação deste 
último. Por fim, não podemos ignorar a 
intensificação dos conflitos do Império 
com os povos limítrofes. De fato, no Bai-
xo Império, Roma é confrontada no “li-
mes” reno-danubiano por uma pressão 
cada vez maior de tribos bárbaras e, no 
Oriente, pela restauração da Pérsia como 
uma grande potência, o que exige do po-
der imperialuma ação simultânea em 
duas frentes com a finalidade de manter 
a integridade do Império, tarefa que, no 
Ocidente, não logrou êxito. 
 7. 
a) Horácio escreveu esse verso no momento 
em que o Império Romano se constituía. 
O poeta expressa com clareza o paradoxo 
de um império que conquistou militar-
mente os gregos, mas que culturalmente 
foi por eles dominado. A conquista não 
foi uma via de mão única.
b) Serão considerados dois dentre esses 
campos:
 § O Império Romano era bilíngue: no 
Mediterrâneo oriental e no Oriente 
Próximo, falava-se grego.
 § A arte romana era influenciada pela 
cultura helenística, enquanto os mo-
numentos eram construídos em estilo 
coríntio.
 § Em parte das escolas, ensinava-se a fi-
losofia grega.
 § Havia o culto a deuses de origem gre-
ga, aculturados pelos romanos. 
 8. 
a) Herança da arquitetura etrusca, os ro-
manos utilizavam arcos e abóbadas em 
seus edifícios visando amplos espaços. 
Em menor escala, utilizavam também 
colunas revelando-se, assim, a influên-
cia da arquitetura grega. 
b) Durante o processo de conquistas ter-
ritoriais, os romanos promoveram a 
romanização dos povos submetidos 
através da imposição dos seus padrões 
culturais. No governo de Otávio Au-
gusto, em consequência do progresso 
material favorecido pela Pax Romana, 
a cidade viveu um período de grande 
estímulo às artes e à cultura, de refor-
mas urbanísticas e de reafirmação dos 
costumes romanos configurando-se o 
Século de Ouro de Roma e a sua con-
sequente projeção como referência ao 
mundo romano. 
79
 9. Os romanos caracterizavam, sobretudo no 
período imperial, como uma sociedade ur-
bana, com amplo desenvolvimento das ativi-
dades mercantis e do escravismo a partir das 
conquistas territoriais, iniciadas no período 
republicano. As instituições políticas (o Se-
nado, a Assembleia Centuriata e as Magis-
traturas) exerciam funções representativas e 
administrativas durante a fase republicana, 
tendo sido enfraquecidas com a ascensão dos 
governos imperiais. 
Os germânicos, no período de contato com o 
Império Romano, a partir do século III, orga-
nizavam-se em tribos e suas leis eram con-
suetudinárias. Em tempos de guerras e festas 
religiosas, as tribos formavam confederações 
e, através do comitatus, os guerreiros juravam 
lealdade aos chefes. 
 10. Dentre as medidas tomadas por Otávio Augus-
to, para contornar a crise que assolava a socie-
dade romana na transição da República para o 
Império, pode-se mencionar:
 § a instituição de um sistema censitário de di-
reitos políticos ao criar a Ordem Senatorial e 
a Ordem Equestre, estabelecendo os direitos 
políticos dos seus membros, conforme a pos-
se de uma determinada renda anual;
 § a divisão do Império em províncias impe-
riais (militares) e senatorias (civís);
 § a presença do exército romano nas pro-
víncias do Império para conter tensões 
sociais, que proporcionou um período de 
paz e prosperidade no Império, designado 
como Pax Romana;
 § a oferta gratuita de trigo à plebe urbana 
em Roma. 
E.O. Enem
1. E
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. D 2. E 3. A 4. C 5. B 
6. E 7. A 8. B 9. C 
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
 1. 
a) Otávio Augusto promoveu o que chama-
mos de Pax Romana durante seu governo 
em Roma. Na tentativa de reurbanizar 
Roma, que era um grande domínio, mas 
ainda carecia de uma melhor organização 
urbana (suas ruas eram estreitas e sujas, 
havia vários cortiços e prédios constru-
ídos com tijolo), Otávio promoveu uma 
grande reforma urbana para embelezar e 
engrandecer a cidade. A substituição do 
material utilizado nas construções (tijolo 
por mármore) simboliza a superação dos 
problemas enfrentados por Roma no final 
da República. A transformação da cidade 
indica o poder centralizador de Otávio. 
b) Otávio manteve a estrutura de poder da 
República (Senado), mas com poder me-
ramente simbólico, centralizando a polí-
tica em torno de si; 
 Otávio criou a divisão censitária na cida-
de, relacionando posição social e partici-
pação política com a renda dos romanos. 
 2. 
a) Desde a origem de Roma, os romanos já 
cultuavam vários deuses e, ao longo dos 
séculos, assimilaram diversas influências 
religiosas. A expansão territorial e o ad-
vento do Império levaram à incorporação 
de cultos orientais, além daqueles de ori-
gem helenística. O cristianismo sofreu 
perseguições, pois os cristãos negavam o 
caráter divino do imperador. 
 Quanto aos impérios ibéricos, durante 
sua formação, Portugal e Espanha eram 
leais à Igreja Católica e empenhavam-se 
no propósito cruzadista de expansão da 
fé católica impondo a religião aos povos 
de seus domínios.
b) Nas áreas conquistadas e colonizadas pe-
los países ibéricos, o catolicismo foi im-
posto aos nativos por meio da catequese 
realizada por missionários, sobretudo os 
jesuítas. Também foram significativas a 
atuação da Inquisição como instrumento 
de combate às eventuais práticas consi-
deradas heréticas e prática dos espanhóis 
de construírem igrejas sobre as ruínas de 
templos das civilizações pré-colombianas. 
 3. 
a) Para os pagãos, a queda de Roma seria 
um castigo pelo abandono da crença nas 
divindades romanas tradicionais; para os 
cristãos, seria um castigo divino pelos 
pecados dos romanos, destacando-se o 
pecado da luxúria. 
b) A princípio, o cristianismo foi alvo de 
perseguições ordenadas pelos imperado-
res, sobretudo, por não reconhecerem a 
autoridade divina dos imperadores. Po-
rém, apesar da violência das persegui-
ções, o número de cristãos aumentou le-
vando os imperadores buscar seu apoio. 
O imperador Constantino, concedeu-lhes 
liberdade de culto pelo Edito de Milão em 
313 e Teodósio proclamou o cristianismo 
religião oficial do Império Romano atra-
vés do Edito de Tessalônica em 391. 
4. 
a) A destruição de monumentos romanos 
ainda existentes e a não preocupação de 
restaurar outros que já se encontravam 
deteriorados. 
80
b) Foi a capital do mais importante império 
na Antiguidade, sendo um poderoso centro 
político e administrativo e centro de difu-
são, irradiação e consolidação dos valores 
da civilização clássica (greco-romana). 
c) Porque as cidades italianas à época do 
Renascimento eram, além de importantes 
centros econômicos, verdadeiros Estados 
dotados de soberania, onde os governan-
tes ou a burguesia em busca de projeção, 
estimulavam as artes. Também, os valores 
da Renascença representavam uma con-
traposição aos valores do mundo feudal, 
essencialmente rural. 
 5. 
a) Através da “política do pão e circo”, sur-
gida na fase republicana de Roma e que 
se estendeu à fase do Império. 
b) Em face do empobrecimento da plebe 
romana, em consequência do crescimen-
to do escravismo, sem a reforma agrária 
não seria possível aos plebeus meios para 
assegurar a subsistência. Desse modo, 
tornaram-se dependentes do amparo do 
Estado e dos Homens Novos. 
 6. 
a) Com a organização e mobilização de um 
poderoso exército, Augusto promoveu um 
período de grande prosperidade aos roma-
nos. A esse período (A Paz Romana) asso-
ciam-se a reforma político-administrativa, 
a organização sistemática da “política do 
pão e circo” e o estímulo às artes.
b) O Mediterrâneo (Mare Nostrum para os 
antigos romanos) proporcionava a cone-
xão de Roma com as distantes regiões do 
Império e com os principais centros eco-
nômicos, além de permitir a mobilização 
militar.
c) Monarquia e República.
 7.
a) Semelhanças: Nessas duas sociedades, a 
escravidão constituiu a base das relações 
de produção e das relações sociais.
Os escravos eram concebidos por seus pro-
prietários como instrumentos e mercado-
ria, sendo-lhes provido o mínimo neces-
sário à sobrevivência. Eram submetidos a 
estenuantes jornadas de trabalho, a casti-
gos físicos e a humilhações de todo o tipo 
que associados às diferentes formas de re-
sistência, reduziam a expectativa de vida.
Com raríssimas excessões, alguns escra-
vos, geralmente por astúcia e fidelidade,recebiam tratamento que os aproximava 
de seus senhores e diminuíam a precari-
dade de suas vidas.
b) Diferenças: Na Roma antiga, os povos 
submetidos nas guerras de conquistas, 
eram escravizados independentemen-
te de sua origem étinica e o escravismo 
constituia-se como modo de produção. 
No Brasil, a maioria dos escravos eram 
negros africanos, em razão da pretensa 
inferioridade a eles atribuída pelos eur-
peus e sobretudo, da adequação da escra-
vidão ao modo de produção capitalista, 
uma vez que o tráfico negreiro.
 8.
a) Entrega às feras no circo (ou decapitação).
b) Sendo monoteísta, o cristianismo rejeita-
va o culto imperial. Além disso, por ser 
uma religião favorável aos pobres e es-
cravos, era considerado subversivo pelas 
autoridades romanas.
 9.
 a) De acordo com o texto os espetáculos de 
sangue serviam para os romanos celebra-
rem sua superioridade e domínio sobre 
outros povos.
b) O sacrifício de um gladiador fortalecia o 
poder e a autoridade do Estado ao impor 
provações físicas aos indivíduos conside-
rados marginalizados ou transgressor da 
ordem pública.
c) Os cristãos se negavam ao culto divino do 
imperador e questionavam a escravidão 
como elemento essencial à sociedade ro-
mana. 
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C
HISTÓRIA
H
Império Bizantino e
civilização muçulmana 
Competências
1, 2, 3, 4, 5 e 6
Habilidades
1, 4, 5, 7, 8, 9, 
14, 16, 18, 22, 
23, 24 e 27
Competência 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.
H1 Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2 Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3 Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos
H4 Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5 Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de 
poder.
H6 Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7 Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
H8 Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.
H9 Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial
H10
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade 
histórico-geográfica.
Competência 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes 
grupos, conflitos e movimentos sociais.
H11 Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12 Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13 Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14
Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca 
das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15 Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
Competência 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do 
conhecimento e na vida social.
H16 Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
H17 Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18 Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19 Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20 Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favo-
recendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.
H21 Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
H22 Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23 Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades. 
H24 Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25 Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e 
geográficos.
H26 Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27 Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e (ou) geográficos.
H28 Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29 Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30 Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
83
E.O. AprEndizAgEm
 1. (UPF) O islamismo é a religião que mais 
cresce no mundo contemporâneo. Suas ori-
gens remontam ao século VII d.C. e sua ex-
pansão foi baseada na Jihad, guerra santa 
contra outros povos, especialmente os cris-
tãos. Entre os séculos VII e VIII, foi constitu-
ído o Império Árabe-Muçulmano – que domi-
nou a Península Arábica –, os territórios dos 
atuais Irã e Iraque, todo o norte da África e 
a Península Ibérica (atuais Portugal e Espa-
nha). Nesse processo de expansão, os árabes 
assimilaram muitos legados culturais de ou-
tros povos com os quais conviveram, como as 
tradições da cultura clássica e oriental. Além 
disso, fizeram com que valores culturais da 
Antiguidade Clássica chegassem ao mundo 
moderno. Isso foi possível porque os árabes 
a) conseguiram profetizar os destinos da hu-
manidade por meio dos signos do zodíaco.
b) difundiram, por intermédio da literatura, a 
obra mais conhecida dos chineses, que é Mil 
e uma Noites, reunião de histórias registra-
das entre os Séculos VIII e IX, e lidas ainda 
hoje no mundo ocidental.
c) levaram para a Europa, por meio da ocupa-
ção da Península Ibérica, antigas técnicas 
romanas de cultivo, habilidades de arte na 
representação humana e a perspectiva linear 
na pintura.
d) traduziram e difundiram muitos textos, con-
cretizando importantes realizações, a partir 
do pensamento grego.
e) inventaram o papel, a pólvora, a bússola, o 
astrolábio, os algarismos árabes e a álgebra. 
 2. (UPE) Maomé pertenceu a um ramo menor do 
clã dos Quraysh (coraixitas), um dos mais po-
derosos de Meca. Foi criado como mercador e 
casou-se aos 25 anos com uma rica viúva bem 
mais velha que ele, chamada Khadija. Supõe-
-se que, nas suas viagens de negócios, Maomé 
teria entrado em contato com árabes judaicos 
e cristãos e sido influenciado por eles.
(DEMANT, Peter. O mundo muçulmano. 3. ed. São 
Paulo: Contexto, 2011. p. 25. Adaptado.) 
Sobre a realidade apresentada no texto, assi-
nale a alternativa CORRETA. 
a) A principal influência que Maomé sofreu do judaís-
mo e do cristianismo foi a crença no monoteísmo. 
b) Maomé não obteve sucesso na tentativa de 
unificar a península arábica em nome do Islã.
c) O profeta Maomé não obteve resistência para 
empreender a conquista de Meca.
d) O comércio,atividade desenvolvida por Mao-
mé, não era comum entre os povos árabes do 
século VII.
e) Os árabes, no século VII, não tinham contato 
com cristãos, só com judeus.
 3. (UPE) A civilização bizantina foi muito mais 
original e criativa que, em geral, lhe credi-
tam. Suas igrejas abobadadas desafiam em 
originalidade e ousadia os templos clássicos 
e as catedrais góticas, enquanto os mosai-
cos competem, como supremas obras de arte, 
com a escultura clássica e a pintura renas-
centista. 
(ANGOLD, Michael. Bizâncio: A ponte da antiguidade para a 
Idade Média. Rio de Janeiro: Imago, 2002. p. 9. Adaptado.) 
Sobre o legado cultural bizantino, assinale a 
alternativa CORRETA. 
a) Herdando elementos da cultura grega, os 
bizantinos desenvolveram estudos sobre a 
aritmética e a álgebra. 
b) Negando a tradição jurídica romana, o impé-
rio bizantino pautou sua jurisdição no direi-
to consuetudinário. 
c) A filosofia estoica influenciou o movimento 
iconoclasta, provocando o cisma cristão do 
Oriente no século XI. 
d) O catolicismo ortodoxo tornou-se a religião 
oficial do império após a denominada quere-
la das investiduras. 
e) A catedral de Santa Sofia sintetiza a tradição 
artística bizantina com seus ícones e mosaicos. 
 4. (ESPM) Observe a imagem, leia o texto e res-
ponda:
históriaon.files.wordpress.com
Depois da queda do Império Romano do 
Ocidente (476) Roma caiu num período de 
obscuridade enquanto Constantinopla per-
manecia o farol da civilização e da cultura, 
sendo constantemente embelezada por mo-
numentos magníficos. Um deles, Santa So-
fia, obra-prima da arquitetura, erguida no 
século VI e considerada pelos historiadores 
de arte como a oitava maravilha do mundo. 
Em 1453, Constantinopla foi submetida ao 
domínio de outro povo e o monumento pas-
sou por modificações exteriores e interiores. 
Assinale a alternativa que apresente, respec-
tivamente, os responsáveis pela construção e 
pelas posteriores alterações em Santa Sofia: 
a) gregos – persas;
b) gregos – turcos seljúcidas;
c) bizantinos – árabes muçulmanos;
d) bizantinos – turcos otomanos;
e) francos – hindus.
84
 5. (UFTM) Observe a fotografia de 31 de outu-
bro de 2010 que registrou peregrinos no cír-
culo da Caaba na Grande Mesquita, em Meca, 
Arábia Saudita.
historiaon.files.wordpress.com
No islamismo, que conta com milhões de 
adeptos no mundo contemporâneo, a pere-
grinação: 
a) é sinônimo de guerra santa e deve ser reali-
zada por convocação de um aiatolá. 
b) foi instituída depois da morte de Maomé, 
para homenagear o fundador do Islã.
c) deve ser realizada pelo menos uma vez na 
vida, pelos fiéis com condições físicas e fi-
nanceiras. 
d) exige grande sacrifício, pois o fiel deve con-
servar-se em jejum durante todo o período.
e) dificultou a expansão do Islã para além do 
Oriente Médio, pelas obrigações que impunha.
 6. (Uespi) As pregações de Maomé não agrada-
ram a grupos importantes, politicamente, da 
sociedade árabe. Suas concepções e crenças 
a) adotavam o monoteísmo e tinham relações 
com o cristianismo e judaísmo conseguindo 
adesão de muitos que visitavam Meca. 
b) eram elitistas, sem preocupação com a situ-
ação de miséria da época e a violência das 
guerras entre as tribos. 
c) desconsideravam as questões sociais e visa-
vam firmar um império poderoso para com-
bater os cristãos no Ocidente. 
d) defendiam a liberdade para todos os povos e 
prescindiam da adoção de um livro sagrado 
para orientar as orações. 
e) tinham relações com a filosofia grega, des-
prezando o espiritualismo exagerado e orga-
nizando o poder dos sacerdotes. 
 7. (Utfpr) O Império Romano, em crise profun-
da desde o século III, foi desmembrado, em 
395, pelo Imperador Teodósio. A parte oci-
dental manteve Roma como capital, enquan-
to do lado oriental, a cidade de Constantino-
pla se tornou sede de governo. A partir de 
então, houve dois imperadores, um em cada 
centro de poder. No entanto, enquanto Roma 
se enfraquecia cada vez mais, Constantino-
pla prosperava tanto nas atividades econô-
micas quanto nas culturais. Uma das obras 
mais significativas de Justiniano (527-565), 
imperador bizantino, deu-se no campo jurí-
dico com a revisão e compilação das leis ro-
manas, que recebeu o nome de 
a) Lei Imperial. 
b) Decretos Imperiais. 
c) Direito Consuetudinário. 
d) Direito Canônico. 
e) Corpus Juris Civilis (Corpo de Direito Civil). 
 8. (UPE) O Islamismo – religião pregada por 
Maomé e seus seguidores – tem hoje mais 
de 1 bilhão de fiéis espalhados pelo mundo, 
sendo ainda predominante no Oriente Mé-
dio, região onde surgiu. Um dos principais 
fundamentos da expansão muçulmana é a 
Guerra Santa. A respeito dos muçulmanos, é 
correto afirmar que 
a) a expansão árabe-muçulmana acabou por islami-
zar uma série de povos, exclusivamente árabes. 
b) o povo árabe palestino, atuando na revolução 
armada palestina, rejeita qualquer solução 
que não a libertação total do Estado de Israel. 
c) em Medina, a religião criada por Maomé, 
embora tenha crescido rapidamente e tenha 
criado a Guerra Santa – Jihad – não teve ca-
ráter expansionista.
d) a história do Líbano contemporâneo esteve 
sempre ligada à busca de um certo equilíbrio 
entre várias comunidades que compõem o 
país, especialmente as duas mais importan-
tes: muçulmanos e cristãos. 
e) dentre as muitas facções fundamentalistas 
islâmicas, em suas divergências internas, o 
que há em comum entre elas é o repúdio aos 
valores do mundo ocidental moderno. 
 9. (Ifsul) “Maomé retirou-se às montanhas para re-
zar e meditar, vivendo como eremita. Em seguida, 
começou a pregar a existência de um deus único, 
Alá, e a prática do Islã, submissão total a deus.”
(ORDOÑEZ, Marlene e QUEVEDO, Júlio. História. 
Coleção Horizontes. São Paulo: IBEP. Sd. p.58)
Em 622, ocorreu a Hégira, que significou 
para o mundo islâmico, 
a) o nascimento de Maomé e a chegada dos mu-
çulmanos na África. 
b) a fuga de Maomé e seus seguidores de Meca 
para Yatreb. 
c) o casamento de Maomé com Khadija e a re-
tomada de Meca. 
d) a ocupação da península Ibérica pelos mu-
çulmanos. 
85
 10. (PUC-PR) O islamismo, religião monoteísta fundada por Maomé (c. 570-632), mudou o cenário 
religioso e político do Oriente Médio e de toda a bacia do Mediterrâneo. Os padrões islâmicos de 
moralidade e as normas que regulam a vida cotidiana são fixados pelo Alcorão, que os muçulmanos 
acreditam conter a palavra de Alá, tal qual revelada a Maomé. Para os muçulmanos, sua religião 
é a conclusão e o aperfeiçoamento do judaísmo e do cristianismo. Maomé conseguiu unificar as 
tribos árabes, envolvidas em constantes disputas, numa força poderosa dedicada a Alá e à difusão 
da fé islâmica. Após a morte de Maomé, no entanto, seus sucessores não conseguiram manter a 
unidade, por disputas sucessórias. Essas disputas dividiram o Islã em dois grupos principais, que 
permanecem até os dias de hoje.
É CORRETO afirmar que esses dois grupos rivais são: 
a) Monofisistas e nestorianos. 
b) Monofisistas e maronitas. 
c) Sunitas e xiitas. 
d) Otomanos e assírios. 
e) Xiitas e politeístas. 
E.O. FixAçãO
 1. (UEMG) 
 
Durante a Idade Média, no ano de 570, nascia Maomé, conhecido por ser o profeta de Alá. Desde 
a sua morte até o século XXI a crença em Alá tem sido difundida pela fé Islâmica que é, até hoje, 
predominante no norte da África e na Península Arábica. Em 711, a expansão islâmica conquistara 
espaço na Europa Ocidental. Quase toda a Península Ibérica fica sob o poder do Califado. 
O que detém o avanço Islâmico é 
a) a resistência do império Franco e o processo de reconquista ligado às monarquias locais fortemente 
influenciadas pelo cristianismo. 
b) a proposta, dos grupos dirigentes das Monarquias Ibéricas, de associar os preceitos islâmicos aos va-
lores cristãos, enfraquecendo assim as frentes de batalha. 
c) a ação da Rússia em repressão aos islâmicos, formando uma frente combativa para manter as antigas 
monarquias ibéricas. 
d) a formação de um Reino Cristãoque unia todas as monarquias europeias para combater os invasores. 
 2. (UECE) Sobre os fundamentos do Islã ou Islame, assinale o correto. 
a) É uma religião politeísta que surgiu no final do século IV d.C. e tem em Maomé seu principal mártir. 
Seu livro sagrado é o Talmude. 
b) É uma religião monoteísta que surgiu no século X d.C. Sua sede religiosa é a cidade de Medina e seu 
livro sagrado é a Kaaba.
c) É uma religião politeísta que surgiu no século I d.C. Sua sede é Jerusalém, Maomé seu fundador e não 
tem um livro sagrado.
d) É uma religião monoteísta que surgiu no século VII d.C. Seu profeta é Maomé e seu livro sagrado é o 
Alcorão. 
86
 3. (UFRGS) Assinale a alternativa que apresen-
ta um dos resultados do entrecruzamento de 
culturas no Império Bizantino. 
a) As artes visuais diversificaram-se a ponto de 
serem eliminadas as características estéticas 
de inspiração greco-cristã. 
b) A adoração popular a ícones religiosos gerou 
crises na Igreja de Bizâncio. 
c) Elementos clássicos, como a retórica e a lín-
gua grega, foram superados em função da 
interação cultural cosmopolita. 
d) A arquitetura passou a primar pela simplici-
dade, a fim de se adequar à doutrina religio-
sa ortodoxa. 
e) A estrutura jurídica do Império Bizantino 
não sofreu a influência do direito romano.
 4. (UECE) No ano de 2006, os líderes religio-
sos, o Papa Católico Bento XVI e o Patriarca 
Ecumênico Ortodoxo Bartolomeu I, encontra-
ram-se em Istambul, na Turquia. O encon-
tro marcou a reaproximação entre Católicos 
e Ortodoxos, e renovou os compromissos em 
continuar o caminho da unidade dos cristãos 
e o diálogo entre ambas as religiões. A rup-
tura entre Católicos e Ortodoxos 
a) ocorreu em 330 com a transferência da capi-
tal do Império Romano para Constantinopla. 
b) foi conduzida pelo Imperador bizantino Jus-
tiniano, que governou entre 527 e 565. 
c) deu-se devido às desavenças entre católicos 
e o poder imperial, pela cobrança de indul-
gências. 
d) aconteceu em 1054 e ficou conhecida como 
Cisma do Oriente. 
 5. (UFPB) O Império Islâmico, um dos maiores 
da História, formado a partir da unificação 
dos árabes (630), orientados pelos princí-
pios da religião monoteísta do Profeta Mao-
mé (falecido em 632), constituiu-se em três 
fases políticas, durante as quais se funda-
ram as bases da Civilização Muçulmana. 
Sobre a caracterização dessas três fases, ob-
serve o mapa a seguir.
Considerando as informações apresentadas, 
analise as afirmativas a seguir. 
I. O período dos Califas Piedosos (632-661) 
foi liderado pela aristocracia árabe, ten-
do Meca como capital do Império. Nesse 
período, iniciou-se a expansão para além 
das fronteiras da Arábia, com a adoção 
de um modelo de Estado em que, apesar 
de certa distribuição de terras entre os 
conquistadores, o principal objetivo era o 
controle militar e a cobrança de impostos 
dos povos conquistados. 
II. O período dos Omíadas (661- 750), li-
derado pela aristocracia da Síria, tinha 
por capital Damasco. Nesse período, as 
conquistas ampliaram-se até a Penín-
sula Ibérica e a Índia, com a conversão 
das populações locais ao Islã. A época 
também foi marcada pelo surgimento do 
xiismo, que, com o sunismo, constituem, 
até hoje, as duas principais correntes de 
pensamento da civilização muçulmana. 
III. O período dos Abássidas (750-1258) foi 
o último do Império Islâmico unificado, 
quando, então, se processou, a partir do 
século X, a descentralização do poder. 
Essa fase caracterizou-se pelo domínio 
da aristocracia Persa e por um grande 
refinamento nos mais diversos aspectos 
civilizacionais, a exemplo da construção, 
no Iraque, de uma nova capital, Bagdá. 
Está(ão) correta(s): 
a) apenas I. 
b) apenas III. 
c) apenas I e II. 
d) apenas II e III. 
e) I, II e III. 
 6. (PUC-PR) “É bizantino esperar de uma polí-
tica bancária que aumenta os depósitos com-
pulsórios e que eleva a alíquota do PIS/Cofins 
uma redução expressiva das taxas de crédi-
to. Também o é culpar a Selic e o lucro dos 
bancos pelos empréstimos caros no Brasil, 
ignorando as demais causas. A superação da 
barreira do crédito demanda um diagnóstico 
realista e a eliminação das bizantinices.”
(Roberto Luis Troster, “Folha de 
S.Paulo”, 03. Ago. 2006, p. A3). 
O autor nos compara, com muita proprieda-
de, com o Império Bizantino, onde 
a) o povo não era atingido por tributações exa-
geradas, causa da paz e equilíbrio sempre 
presentes naquela sociedade. 
b) seus habitantes deleitavam-se com discus-
sões filosóficas, sutis e que não levavam a 
nenhuma conclusão. 
c) as decisões econômicas eram tomadas demo-
craticamente. 
d) havia programas de previdência e aposenta-
dorias bastante complexos. 
e) as decisões políticas eram tomadas com 
grande objetividade e rapidez. 
87
 7. (ESPM) A obra pode ser considerada autên-
tica tradição muçulmana formada pelo con-
junto das tradições ou narrativas orais frag-
mentadas chamadas “hadiths”. Apresenta 
os comportamentos do profeta, as maneiras 
que tinha de comer, de beber, de se vestir, de 
cumprir os seus deveres religiosos, de lidar 
com os crentes e os infiéis. 
(Anne-Marie Delcambre. “Maomé: a palavra de Alá”.) 
O enunciado deve ser relacionado com:
a) Alcorão. 
b) Rubbayat. 
c) Suna. 
d) Zend Avesta. 
e) Torá. 
 8. (UFPB) O Império Bizantino dominou vastas 
regiões de diferentes etnias, em três conti-
nentes (Europa, Ásia e África), sob a égide de 
um modelo teocrático centralizado, conheci-
do como cesaropapismo, no qual o Basileus 
concentrava, em suas mãos, a chefia suprema 
do exército, da administração do Estado (Po-
der de César) e da religião cristã (Poder de 
Papa). Por conseguinte, os conflitos de natu-
reza política, econômica, social e cultural se 
manifestavam como questões de religião: as 
famosas “querelas religiosas” bizantinas. 
Sobre essas querelas, é correto afirmar: 
a) O Monofisismo, uma corrente religiosa euro-
peia, concebia o caráter unicamente huma-
no de Cristo, contrapondo-se ao poder cen-
tral e à influência das províncias asiáticas, 
que defendiam a dupla natureza de Cristo 
(divina e humana). 
b) A Questão iconoclasta dividiu o catolicismo 
entre Católicos, Ocidentais - defensores do 
culto às imagens tridimensionais e os católi-
cos Orientais - contrário à esse culto. 
c) O Cisma do Oriente (1054) dividiu o Cristia-
nismo em duas Igrejas, a Católica Romana 
e a Cristã Ortodoxa, significando um dos 
passos decisivos para a afirmação do poder 
papal na Europa Ocidental e da influência 
bizantina no leste europeu. 
d) O Tribunal do Santo Ofício (a Inquisição) servia 
para garantir a ortodoxia da Igreja e foi criado 
pelo Basileus como instrumento de controle do 
poder central sobre as heresias, que explodi-
ram primeiramente no Império Bizantino. 
e) O Arianismo, uma heresia religiosa, foi res-
ponsável pela conversão dos povos germâ-
nicos (os “Bárbaros”) ao cristianismo, de-
fendendo a superioridade dos povos arianos 
sobre asiáticos e semitas. 
 9. (UFRGS) O assim denominado Grande Cisma 
do Oriente foi uma consequência 
a) da Reforma Calvinista, que, ao pregar a pre-
destinação e o livre-arbítrio, acabou com a 
unidade da Igreja Católica. 
b) da Querela das Investiduras, travada entre 
o Papa e o Imperador, a qual versava sobre 
a proibição de leigos concederem a posse de 
cargos na Igreja. 
c) da emergência do islamismo, que propiciou 
aos árabes um ponto de união e identidade, 
mas os separou dos ocidentais. 
d) do confronto iconoclasta entre a Igreja de 
Roma e a de Constantinopla, que resultou 
na cisão entre os ramos grego e romano do 
catolicismo.
e) do conflito religioso que instalou um papa 
em Avignon e outro em Roma, perturbando 
por décadas a concórdia interna da Igreja. 
 10. (Fac. Albert Einstein - Medicina 2017) “[Na 
Europa, criaram-se] condições favoráveis para 
o estudo da Medicina (...). Um fator decisivo 
(...) foi a retomada da herança antiga. (...) 
Em boa parte, o Ocidente tomou contato com 
a herança científica clássica graças àsculturas 
bizantina e muçulmana. A partir do século XII 
foram feitas inúmeras traduções do grego e do 
árabe para o latim, um pouco em Veneza (por 
seus contatos com Bizâncio), um pouco na Si-
cília (anteriormente ocupada por bizantinos e 
islamitas) e sobretudo na Espanha.”
FRANCO JR. Hilário. A Idade Média, Nascimento do 
Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2001, pp. 158.
“(...) Ocupei-me então em dominar os vários 
textos e comentários sobre as ciências na-
turais e as metafísicas até se abrirem para 
mim todas as portas do saber. Em seguida 
desejei estudar medicina e empreendi a lei-
tura de todos os livros que tinham sido es-
critos sobre esse assunto. A medicina não é 
uma ciência difícil e naturalmente em muito 
pouco tempo me distingui nela, de maneira 
em que físicos qualificados começaram a ler 
medicina comigo. (...)”
AVICENA, apud. ESPINOSA, Fernanda. Antologia 
de textos históricos medievais. Lisboa: Livraria 
Costa Sá da Costa Editora, 1972, pp. 119-120.
A partir dos textos, é possível afirmar que o 
estudo da medicina durante a Idade Média 
Central (séc. XI-XIII) 
a) desenvolvia-se na Europa com base em pes-
quisas empíricas que visavam a confirmar as 
verdades teológicas reveladas pelos textos 
cristãos sagrados, e seguia para Bizâncio pe-
las rotas comerciais. 
b) baseava-se na tradução para o latim de obras 
antigas chegadas ao Ocidente por intermé-
dio de bizantinos e muçulmanos, e estudos 
recentes das mesmas feitos por muçulma-
nos, como Avicena. 
c) realizava-se sob a orientação de mestres bi-
zantinos, que vinham do Oriente ensinar as 
teorias clássicas apreendidas das obras de fi-
lósofos e cientistas gregos como Aristóteles 
e Hipócrates. 
d) destinava-se a proporcionar aos europeus os 
conhecimentos necessários para enfrentar 
as frequentes epidemias nas cidades e nos 
campos, que já tinham sido eliminadas no 
Oriente. 
88
E.O. COmplEmEntAr
 1. (UFRGS) Maomé, nascido em Meca, na Ará-
bia, insatisfeito com o paganismo geralmente 
praticado na região, declarou ter visto o anjo 
Gabriel que lhe apresentara um texto com a 
ordem de recitá-lo. Considerando-se então o 
último e maior de todos os profetas, Maomé 
promoveu a conversão das tribos da Arábia. A 
era muçulmana caracterizou-se pela: 
a) divisão das esferas de poder político e de 
poder religioso, constituindo um Estado lai-
co, onde, porém, a Igreja assumia um lugar 
privilegiado. 
b) expansão territorial do Islã, que se fez inclusive 
às custas do Império Persa e do Império Bizan-
tino, enfraquecidos por graves crises internas. 
c) conversão forçada dos povos conquistados à 
nova religião do Islã, com a proibição dos cul-
tos judeus e cristãos e o confisco de terras.
d) rejeição total à assimilação da cultura dos 
povos conquistados e das culturas antigas, 
em nome da verdadeira compreensão da pa-
lavra de Deus. 
e) proibição das concentrações urbanas, do co-
mércio e do desenvolvimento de novas téc-
nicas de trabalho, considerados contrários 
aos preceitos do Corão.
 2. (UFV) O Império Bizantino se originou do 
Império Romano do Oriente, reunindo dife-
rentes povos: gregos, egípcios, eslavos, semi-
tas e asiáticos. Em razão disso, foi preciso 
criar um eficiente sistema político e admi-
nistrativo para dar força e coesão àquele mo-
saico de povos e culturas. 
Sobre o Império Bizantino é INCORRETO afir-
mar que: 
a) a religião fornecia a fundamentação do poder 
imperial, mas absorvia grande parte dos re-
cursos econômicos, originando várias crises.
b) a intolerância religiosa não deixava espaço de 
autonomia para que os indivíduos escolhes-
sem seus próprios caminhos para a salvação. 
c) a estrutura eclesiástica era extensa e muito 
influente, provocando intensa espiritualidade 
popular e várias controvérsias teológicas. 
d) a fusão entre poder temporal e poder espiri-
tual permitia que o Imperador indicasse lai-
cos para postos na hierarquia eclesiástica.
e) a importância política do Imperador impediu 
que o Patriarcado se desenvolvesse indepen-
dentemente, tal como o Papado do Ocidente. 
 3. (PUC-PR) O Império Bizantino ou Romano 
do Oriente existiu durante a Idade Média, 
sendo-lhe cronologicamente coincidente. 
Sobre o tema, assinale a alternativa correta: 
a) Seu período de maior esplendor e expansão 
ocorreu sob o governo de Justiniano, que 
mandou fazer a codificação das leis romanas.
b) Sua posição geográfica correspondia às ter-
ras da parte ocidental do Império Romano. 
c) Apresentava excessiva descentralização política, 
o que enfraquecia os imperadores (basileus). 
d) Reprimiu violentamente a heresia dos cáta-
ros, que ameaçava a sua unidade religiosa. 
e) A força da cultura romana fez com que o la-
tim fosse língua de emprego geral.
 4. (PUC-PR) A História do Império Bizantino 
abrangeu um período equivalente ao da Ida-
de Média, apesar da instabilidade social, de-
corrente, entre outros fatores: 
a) dos frequentes conflitos internos originados 
por controvérsias políticas e religiosas. 
b) da excessiva descentralização política que 
enfraquecia os imperadores. 
c) da posição geográfica de sua capital, Cons-
tantinopla, vulnerável aos bárbaros que com 
facilidade a invadiam frequentemente.
d) da constante intromissão dos imperadores 
de Roma em sua política. 
e) da falta de um ordenamento jurídico para 
controle da vida social.
 5. (UPE) Na Idade Média, Bizâncio era um im-
portante centro comercial e político. Merecem 
destaques seus feitos culturais, mostrando 
senso estético apurado e uso das riquezas 
existentes no Império. Na sua arquitetura, a 
igreja de Santa Sofia destacou-se pela 
a) sua afinação com o estilo gótico, com explo-
ração dos vitrais e o uso de metais na cons-
trução dos altares. 
b) simplicidade das suas linhas geométricas, 
negando a grandiosidade como nas outras 
obras existentes em Bizâncio. 
c) grande riqueza da sua construção, com uso 
de mosaicos coloridos e colunas de mármo-
res suntuosas. 
d) imitação que fazia dos templos gregos, com 
altares dedicados aos mitos mais conheci-
dos, revelando paganismo. 
e) consagração dos valores católicos medievais, 
em que a riqueza interior era importante em 
toda cultura existente. 
E.O. dissErtAtivO
 1. (UFPR) Considere a seguinte afirmação so-
bre o termo bizantino:
“É essencial lembrar que bizantino não tem 
conotação étnica, mas civilizacional (...). O 
termo bizantino foi vulgarizado apenas a 
partir do século XVI, depois do desmembra-
mento do império, que, em vida, se via como 
herdeiro e continuador do império Romano.” 
(FRANCO JR., Hilário; ANDRADE FILHO, Ruy de Oliveira. 
O Império Bizantino. SP: Brasiliense, 1987, p. 7-8.) 
Em que medida o Império Bizantino pode ser 
considerado herdeiro e continuador do Impé-
rio Romano? Estabeleça as diferenças entre 
esses dois impérios entre os séculos V e VII. 
89
 2. (UFJF) Leia o trecho abaixo e responda ao 
que se pede. 
Quando Maomé fixou residência em Yatrib, 
teve início uma fase decisiva na vida do profe-
ta, em seu empenho de fazer triunfar a nova 
religião. A cidade de Yatrib, que doravante 
seria chamada Medina (cidade do profeta), 
tornou-se sede ativa de uma comunidade da 
qual Maomé era o chefe espiritual e temporal. 
a) Que tipo de Estado (forma de governo) foi 
criado por Maomé na Arábia por volta de 615 
e, posteriormente, adotado em várias regi-
ões conquistadas pelo Islã?
b) Cite e analise UMA SEMELHANÇA e UMA DI-
FERENÇA entre a religião muçulmana e a re-
ligião cristã durante a Idade Média.
 3. (UFG) Analise a imagem a seguir.
A imagem retrata um ritual religioso reali-
zado periodicamente na cidade de Meca, na 
Arábia, pelos muçulmanos desde o século 
VII. Diante do exposto, 
a) identifique o evento retratado e explique o 
seu significado para a religião muçulmana. 
b) explique a importância de Meca no processo de 
unificação da Península Arábica no século VII. 
 4. (FGV) E, com efeito, concedemos a Moisés o 
Livro, e fizemos seguir depois dele, os Mensa-
geiros. E concedemos a Jesus, Filhode Maria, 
as evidências e amparamo-lo com o Espírito Sa-
grado. E, será que cada vez que um Mensageiro 
vos chegava, com aquilo pelo que vossas almas 
não se apaixonavam, vós vos ensoberbecíeis? 
Então, a um grupo desmentíeis, e a um gru-
po matáveis. 
[...] E, quando lhes chegou um Livro da par-
te de Allah, confirmando o que estava com 
eles – e eles, antes buscavam a vitória sobre 
os que renegavam a Fé – quando, pois, lhes 
chegou o que já conheciam, renegaram-no. 
Então, que a maldição de Allah seja sobre os 
renegados da Fé! Alcorão, 2:87 e 89. 
Tradução do sentido do Nobre Alcorão para a língua 
portuguesa. NASR, H. (trad.), Complexo do Rei Fahd 
para imprimir o Alcorão Nobre: Medina, s./d. 
a) Compare, do ponto de vista doutrinal, a reli-
gião muçulmana e as religiões judaica e cristã. 
b) A Península Arábica no século VI caracteri-
zava-se pela dispersão política e religiosa. 
Como a religião muçulmana favoreceu o 
processo de constituição de uma unidade 
político-religiosa na região?
c) Durante o século VII, além da expansão islâ-
mica, surgiu a divisão entre sunitas e xiitas, 
que se mantém até os dias de hoje. Quais fo-
ram os motivos de tal divisão no século VII? 
 5. (UFG) A história do Mediterrâneo é a histó-
ria das migrações populacionais e da circula-
ção de valores de culturas distintas. Discorra 
sobre a Expansão Árabe, a partir da unifica-
ção islâmica na Idade Média.
 6. (UFC) Às margens de dois grandes impérios, 
surgiu um movimento religioso. Em pouco 
tempo, em nome dessa nova religião, exérci-
tos foram recrutados, países foram conquis-
tados e foi fundado um novo império, que 
incluiu grande parte do território do Impé-
rio Bizantino e todo o Sassânida, na Pérsia, 
e estendeu-se da Ásia Central até a Espanha. 
A partir do texto e dos seus conhecimentos, 
responda: 
a) A qual religião o texto se refere? Onde e 
quando ela surgiu? Quais são os dois grandes 
grupos em que ela está dividida? 
b) Indique quatro conflitos do século XX ou 
XXI nos quais estejam envolvidos países ou 
populações ligados a essa religião. Escolha 
um desses conflitos e apresente uma das ra-
zões que o desencadeou. 
E.O. ObjEtivAs 
(UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp)
 1. (Unicamp) A longa presença de povos árabes 
no norte da África, mesmo antes de Maomé, 
possibilitou uma interação cultural, um co-
nhecimento das línguas e costumes, o que 
facilitou posteriormente a expansão do is-
lamismo. Por outro lado, deve-se considerar 
a superioridade bélica de alguns povos afri-
canos, como os sudaneses, que efetivaram a 
conversão e a conquista de vários grupos na 
região da Núbia, promovendo uma expansão 
do Islã que não se apoia na presença árabe. 
(Adaptado de Luiz Arnaut e Ana Mônica Lopes, 
História da África: uma introdução. Belo 
Horizonte: Crisálida, 2005, p. 29-30.) 
90
Sobre a presença islâmica na África é correto 
afirmar que: 
a) O princípio religioso do esforço de conver-
são, a Jihad, foi marcado pela violência no 
norte da África e pela aceitação do islamis-
mo em todo o continente africano.
b) Os processos de interação cultural entre ára-
bes e africanos, como os propiciados pelas 
relações comerciais, são anteriores ao surgi-
mento do islamismo. 
c) A expansão do islamismo na África ocorreu 
pela ação dos árabes, suprimindo as crenças 
religiosas tradicionais do continente.
d) O islamismo é a principal religião dos povos 
africanos e sua expansão ocorreu durante a 
corrida imperialista do século XIX. 
 2. (Unesp) As caravanas do Sudão ou do Niger 
trazem regularmente a Marrocos, a Tunes, 
sobretudo aos Montes da Barca ou ao Cairo, 
milhares de escravos negros arrancados aos 
países da África tropical (...) os mercadores 
mouros organizam terríveis razias, que des-
povoaram regiões inteiras do interior. Este 
tráfico muçulmano dos negros de África, 
prosseguindo durante séculos e em certos 
casos até os mais recentes, desempenhou 
sem dúvida um papel primordial no despo-
voamento antigo da África. 
(Jacques Heers, O trabalho na Idade Média.) 
O texto descreve um episódio da história dos 
muçulmanos na Idade Média, quando 
a) Maomé começou a pregar a Guerra Santa no 
Cairo como condição para a expansão da reli-
gião de Alá, que garantia aos guerreiros uma 
vida celestial de pura espiritualidade. 
b) atuaram no tráfico de escravos negros, do-
minaram a África do Norte, atravessaram o 
estreito de Gibraltar e invadiram a Península 
Ibérica. 
c) a expansão árabe foi propiciada pelos lucros 
do comércio de escravos, que visava abas-
tecer com mão de obra negra as regiões da 
Europa Ocidental.
d) os reinos árabes floresceram no sul do conti-
nente africano, nas regiões de florestas tro-
picais, berço do monoteísmo islâmico.
e) os árabes ultrapassaram os Pirineus e manti-
veram o domínio sobre o reino Franco, até o 
final da Idade Média ocidental.
 3. (Unesp) Num momento em que o Império 
Romano do Ocidente havia desmoronado e os 
Impérios Bizantino e Persa se esfacelavam, 
os árabes expandiram consideravelmente 
seus domínios. Em menos de 100 anos o Islã 
era a religião de toda a costa sul e leste do 
Mediterrâneo, além de ter se espalhado para 
a Pérsia, até o vale do Indo, e para a Penín-
sula Ibérica. 
(Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo, 
História para o Ensino Médio) 
No contexto de tantas conquistas, a civiliza-
ção árabe:
a) sintetizou criativamente as tradições cultu-
rais árabe, bizantina, persa, indiana e grega. 
b) rejeitou as contribuições culturais originadas 
de povos que professassem outras crenças.
c) submeteu pelas armas os povos conquistados 
e impôs o deslocamento forçado das popula-
ções escravizadas. 
d) perseguiu implacavelmente os judeus, levan-
do à sua dispersão pelos territórios da Europa 
do leste. 
e) desprezou os ofícios ligados às artes, às ciên-
cias e à filosofia relegados aos povos conquis-
tados.
 4. (Fuvest) “A Idade Média europeia é insepa-
rável da civilização islâmica já que consis-
te precisamente na convivência, ao mesmo 
tempo positiva e negativa, do cristianismo 
e do islamismo, sobre uma área comum im-
pregnada pela cultura greco-romana.” 
José Ortega y Gasset (1883-1955). 
O texto acima permite afirmar que, na Euro-
pa ocidental medieval 
a) formou-se uma civilização complementar 
à islâmica, pois ambas tiveram um mesmo 
ponto de partida. 
b) originou-se uma civilização menos complexa 
que a islâmica devido à predominância da 
cultura germânica. 
c) desenvolveu-se uma civilização que se bene-
ficiou tanto da herança ideia-romana quanto 
da islâmica. 
d) cristalizou-se uma civilização marcada pela 
flexibilidade religiosa e tolerância cultural. 
e) criou-se uma civilização sem dinamismo, em 
virtude de sua dependência de Bizâncio e do 
Islão.
 5. (Unesp) O culto de imagens de pessoas como 
Santas foi motivo de seguidas controvérsias 
na história do cristianismo. Nos séculos VIII 
e IX, o Império bizantino foi sacudido por 
violento movimento de destruição de ima-
gens, denominado “querela dos iconoclas-
tas”. A questão iconoclasta 
a) derivou da oposição do cristianismo primi-
tivo ao culto que as religiões pagãs greco-
-romanas devotavam às representações plás-
ticas de seus deuses. 
b) foi pouco importante para a história do cris-
tianismo na Europa ocidental, considerando 
a crença dos fiéis nos poderes das estátuas.
c) produziu um movimento de renovação do 
cristianismo empreendido pelas ordens men-
dicantes dominicanas e franciscanas.
d) deixou as igrejas católicas renascentistas e 
barrocas desprovidas de decoração e de os-
tentação de riquezas. 
e) inviabilizou a conversão para o cristianismo 
das multidões supersticiosas e incultas da 
Idade Média europeia. 
91
E.O. dissErtAtivAs 
(UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp)
 1. (Unicamp) Tradicionalmente, a vitória dos 
cristãos sobre os muçulmanos na Batalha de 
Covadonga, na região da Península Ibérica, 
em 722, foi considerada o início da chamada 
Reconquista. Mais do que um decisivo con-
fronto bélico, Covadonga foi uma luta dos 
habitanteslocais por sua autonomia. A apro-
ximação ideológica desta vitória, feita mais 
tarde por clérigos das Astúrias, conferiu à 
batalha a importância de um fato trans-
cendente, associado ao que se considerava 
a missão da monarquia numa Hispânia que 
tombara diante dos seus inimigos. 
(Adaptado de R. Ramos, B. V. Sousa e N. 
Monteiro (orgs.), História de Portugal. Lisboa: 
A Esfera dos Livros, 2009, p. 17-18.) 
a) Explique o que foi a Reconquista. 
b) De que maneiras a Batalha de Covadonga foi 
reutilizada no discurso histórico e político 
pelos clérigos das Astúrias? 
 2. (Fuvest) Ao longo da Idade Média, a Europa 
Ocidental conviveu com duas civilizações, às 
quais muito deve nos mais variados campos. 
Essas duas civilizações, bastante diferentes 
da Ocidental, contribuíram significativa-
mente para o desenvolvimento experimenta-
do pelo Ocidente, partir do século XI, e para 
o advento da Modernidade no século XV.
a) Quais foram essas civilizações? 
b) Indique suas principais características. 
 3. (Unicamp) A partir do século IX, aumentou 
a circulação da ciência e da filosofia vindas 
de Bagdá, o centro da cultura islâmica, em 
direção ao reino muçulmano instalado no 
Sul da Espanha. No século XII, apesar das di-
visões políticas e das guerras entre cristãos 
e mouros que marcavam a península ibéri-
ca, essa corrente de conhecimento virou um 
rio caudaloso, criando uma base que, mais 
tarde, constituiria as fundações do Renasci-
mento no mundo cristão. Foi dessa manei-
ra que o Ocidente adquiriu o conhecimento 
dos antigos. No quadro pintado pelo italiano 
Rafael, A escola de Atenas (1509), o pintor 
daria a Averróis, sábio muçulmano da Anda-
luzia, um lugar de honra, logo atrás do grego 
Aristóteles, cuja obra Averróis havia comen-
tado e divulgado.
(Adaptado de David Levering Lewis, God’s Crucible: 
Islam and the Making of Europe, 570-1215. New 
York: W. W. Norton, 2008, p. 368-69, 376-77.) 
a) Identifique no texto dois aspectos da relação en-
tre cristãos e muçulmanos na Europa medieval. 
b) Relacione as características do Renascimen-
to cultural europeu à redescoberta dos valo-
res da Antiguidade clássica. 
 4. (Unesp) A Arábia, durante anos, viveu à 
margem do mundo antigo. A rapidez vertigi-
nosa das conquistas não impediu a fraqueza 
relativa dos espaços ocupados. Demasiada-
mente extenso, o império árabe cedo se esfa-
celou, mas deixou as marcas da fé. Esclareça 
o principal objetivo de Maomé ao pregar o 
islamismo. 
92
gAbAritO
E.O. Aprendizagem
1. D 2. A 3. E 4. D 5. C 
6. A 7. E 8. D 9. B 10. C 
E.O. Fixação
1. A 2. D 3. B 4. D 5. E 
6. B 7. C 8. C 9. D 10. B 
E.O. Complementar
1. B 2. B 3. A 4. A 5. C 
E.O. Dissertativo
 1. O Império Romano foi construído ao longo 
de séculos, a partir de conquistas militares, 
com a subordinação de diversos povos. O Im-
pério Bizantino nasceu da crise e subdivisão 
do Império Romano e representou, geografi-
camente, sua porção oriental. O Império Bi-
zantino sobreviveu à crise graças aos víncu-
los econômicos que estabeleceu com diversos 
povos e regiões orientais. 
O Império Bizantino manteve a estrutura po-
lítica centralizada, com extensa burocracia, 
e organizou sua estrutura jurídica com base 
no Direito Romano. 
 2. 
a) Estado teocrático/Estado muçulmano. 
b) Semelhança: 
O candidato poderá destacar entre outros 
aspectos: ambas as religiões são monote-
ístas e fazem referência ao mesmo Deus; 
ambas têm um caráter expansionista e 
ideal de conversão; ambas pregam a des-
truição de imagens de religiões pagãs em 
áreas convertidas; ambas apresentam dis-
sensões político-religiosas no seu interior.
Diferença: 
O candidato poderá destacar entre outros 
aspectos: os calendários (o cristianismo 
inaugurou um novo calendário e o islamis-
mo reformulou o cristão); as localizações 
geográficas (o centro do império cristão 
era Roma e o do Islã na Arábia); os luga-
res sagrados (Meca); Maomé era o último 
profeta de Jesus, mas não era um ser divi-
no); os diferentes livros sagrados (Bíblia 
e Alcorão). 
 3. 
a) Trata-se da peregrinação dos muçulmanos 
à Meca visitando locais sagrados como a 
Mesquita Sagrada. A peregrinação é uma 
das cinco regras dos seguidores do Isla-
mismo. Deve-se jejuar no mês do ramadã, 
ir pelo uma vez na vida a cidade sagrada 
Meca, entre outros. 
b) Antes de Maomé, na Arábia Pré-islâmica, 
não havia unidade política e religiosa. A 
Arábia estava fragmentada em várias tri-
bos que cultuavam diversos deuses. Era o 
politeísmo religioso. A Caaba era um tem-
plo sagrado porque abrigava diversos ído-
los como a pedra negra. O templo ficava em 
Meca, uma cidade que se destacava como 
centro religioso e econômico. Maomé criou 
o Islamismo dando unidade política e reli-
giosa aos árabes e Meca torna-se o centro 
político e religioso para esta nova religião. 
 4. 
a) Considera-se que a formulação da doutri-
na muçulmana pelo profeta Mohamed foi 
marcada por forte influência do judaísmo 
e do cristianismo. Enquanto participou 
das caravanas mercantis, Mohamed co-
nheceu outros povos e religiões e perce-
bemos elementos que permitem estabele-
cer uma ligação, tais como o monoteísmo, 
a existência de um livro sagrado, a pre-
sença do anjo Gabriel como anunciador da 
vontade divina e a crença em um paraíso.
b) Antes do islamismo, os povos árabes es-
tavam divididos politicamente em tribos 
e possuíam vários deuses. 
Para os muçulmanos, Mohamed é o último 
profeta/mensageiro de Deus. Do ponto de 
vista histórico, sua grande realização foi 
promover a unificação dos povos árabes, do 
ponto de vista político e religioso. A crença 
num único Deus e a consequente luta pela 
imposição dessa ideia a todas as tribos de-
ram origem a um processo de centraliza-
ção, com a criação do Islã, sob comando do 
califa, autoridade política e religiosa.
c) A divisão está associada às lutas internas 
pelo poder sobre o Islã, logo após a mor-
te do profeta. Para os xiitas, seguidores 
de Ali, apenas os descendentes diretos de 
Muhammed poderiam liderar o Islã, en-
quanto que, para os sunitas, a liderança 
caberia a qualquer muçulmano virtuoso. 
 5. A consistência e a simplicidade da doutrina 
islâmica, associada à decadência dos impé-
rios persa e bizantino e aos interesses mate-
riais dos árabes, foram fatores decisivos ao 
processo da expansão islâmica ao redor do 
Mediterrâneo. 
O contato com os europeus foi de grande va-
lia no âmbito da cultura, apesar da presença 
árabe no Mediterrâneo ter contribuído para 
a cristalização do feudalismo. 
93
 6. 
a) Na Península Arábica, às margens de dois 
grandes impérios, o Bizantino e o Sassâ-
nida, surgiu, no século VII da era cristã, 
o Islamismo. Em nome da nova religião, 
criou-se um Império, e muitos territórios 
foram conquistados na Ásia, na África 
e na Europa. O Islamismo dividiu-se em 
dois grandes grupos: sunitas e xiitas.
b) No mundo contemporâneo, vários confli-
tos estão associados à religião islâmica: as 
duas guerras balcânicas (1912-1913); a 
participação do Império Otomano na Pri-
meira Guerra Mundial; a revolta das po-
pulações árabes, com guerrilhas durante 
esse mesmo conflito; a guerra da Argélia; 
o conflito entre palestinos e israelenses, 
que envolveu frequentemente vários paí-
ses árabes aliados contra Israel; o conflito 
entre Paquistão e Índia; a resistência à in-
vasão soviética do Afeganistão; a invasão 
indonésia do Timor-Leste; a Guerra Irã-
-Iraque; a guerra civil na Somália; a Guer-
ra do Golfo, em 1991; a guerra na Bósnia e 
a guerra no Kosovo. No século XXI, presen-
ciamos: a continuidade do conflito entre 
palestinos e israelenses e a nova guerra do 
Iraque. Além desses, vivenciam-se os ata-
ques terroristas da rede Al-Qaeda; a guer-
rilha islâmica Abu Sayyaf, nas Filipinas; 
as ações do Grupo Islâmico Armado, na 
Argélia, e da Irmandade Muçulmana, no 
Egito; as disputas entre Paquistão e Índia 
pelo território da Caxemira; os conflitos 
internos do Afeganistão; os conflitos en-
tre a Chechênia e a Rússia; BokoHaram 
contra os cristãos, na Nigéria; e o Estado 
Islâmico, na Síria e Iraque.
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. B 2. B 3. A 4. C 5. A 
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
 1. 
a) Foi uma guerra empreendida pelos cristãos 
ibéricos contra os muçulmanos na Penínsu-
la Ibérica entre os séculos VIII e XV.
b) Foi associada à ideologia católica, a partir 
de uma missão divina e, portanto trans-
cendente do rei de defender o cristianis-
mo ameaçado pelos infiéis. 
 2. 
a) Bizantina e Islâmica. 
b) Bizantina: Politicamente, o cesaropapis-
mo submetia a igreja ao Estado; a econo-
mia era baseada nas atividades mercantis 
e, em termos culturais, a preservação da 
cultura greco-romana, a organização do 
direito (O Corpus Juris Civilis do impera-
dor Justiniano). 
Islâmica: O Estado organizado em bases 
religiosas após Maomé; a economia era 
agrária e mercantil; sociedade hierarqui-
zada de acordo com a organização políti-
co-religiosa; no campo cultural, a arte foi 
orientada pela religião e destacam-se as 
contribuições para o Ocidente com Aver-
róis na Filosofia, e Avicena na medicina. 
 3. 
a) De acordo com o texto, pode-se consi-
derar como aspectos da relação entre 
cristãos e muçulmanos na Idade Média, 
a transmissão de conhecimentos da An-
tiguidade Clássica pelos muçulmanos ao 
ocidente cristão e presença islâmica na 
Península Ibérica deu origem à guerra da 
Reconquista.
b) O Renascimento é assim chamado em vir-
tude da redescoberta e revalorização das 
referências culturais da antiguidade clás-
sica durante a passagem da Idade Média 
para a Idade Moderna, destacando-se o 
racionalismo, o antropocentrismo, o in-
dividualismo e o naturalismo. 
 4. Combater o politeísmo, formar um estado 
(Islão) com bases teocráticas e conquistar o 
ocidente (guerras santas), com a conversão 
dos infiéis. 
UNESP
Aborda aspectos sociais como o choque cultural entre europeus e nativos e os aspectos da 
escravidão negra. Também faz uma abordagem aos ciclos econômicos brasileiros e os métodos 
utilizados na produção/extração de riquezas. Normalmente, elabora questões com uso de textos 
médios/grandes como auxílio para a pergunta, propondo como respostas alternativas concisas.
UNICAMP
Aborda temas referentes à exploração econômica da Colônia dentro do sistema mercantilista e a 
formação da sociedade brasileira. Utiliza textos breves ou pequenas introduções, além de algumas 
imagens na elaboração de suas questões, e coloca alternativas relativamente longas.
ENEM/UEMG/UFRJ
Utiliza uma abordagem que foca nas questões raciais presentes na composição do povo 
brasileiro, destacando a exploração de negros e índios. Também aborda a exploração econômica 
do Brasil na época da colônia. Utiliza textos, mapas, gráficos e imagens de forma mesclada na 
elaboração de suas questões.
UERJ
Realiza abordagens históricas em suas questões, que propõem aos candidatos uma reflexão 
sobre temas com pertinência contemporânea, como o preconceito e a desigualdade social. 
Utiliza textos, mapas, gráficos e imagens de forma mesclada na elaboração de suas questões e 
coloca alternativas relativamente longas.
FA
CU
LD
ADE DE MEDICINA
BOTUCATU
1963
Abordagem de FORMAÇÃO DE PORTUGAL, DO BRASIL PRÉ-COLONIAL 
E COLONIAL e de COLONIZAÇÃO nos principais vestibulares.
FUVEST
Aborda aspectos da exploração do Brasil Colônia (extração/produção de riquezas) e assuntos 
correlacionados a isso, como a construção de uma sociedade ruralista e patriarcal. Utiliza 
inúmeras fontes para elaborar suas questões, entre as quais textos introdutórios, mapas, charges, 
fotografias, tabelas e gráficos.
01 02
C
HISTÓRIA
H
Formação de Portugal e 
navegações ultramarinas
Competências
1, 2, 3 e 4
Habilidades
1, 7, 9, 15, 16 e 
18
01 02
C
HISTÓRIA
H
Formação de Portugal e 
navegações ultramarinas
Competências
1, 2, 3 e 4
Habilidades
1, 7, 9, 15, 16 e 
18
Competência 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.
H1 Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2 Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3 Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos
H4 Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5 Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de 
poder.
H6 Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7 Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
H8 Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.
H9 Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial
H10
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade 
histórico-geográfica.
Competência 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes 
grupos, conflitos e movimentos sociais.
H11 Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12 Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13 Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14
Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca 
das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15 Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
Competência 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do 
conhecimento e na vida social.
H16 Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
H17 Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18 Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19 Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20 Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favo-
recendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.
H21 Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
H22 Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23 Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades. 
H24 Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25 Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e 
geográficos.
H26 Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27 Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e (ou) geográficos.
H28 Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29 Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico,relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30 Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
99
E.O. AprEndizAgEm
 1. (CFTRJ) Após a morte do rei D. Fernando I 
em 1383, Portugal caiu em uma crise de su-
cessão que só foi resolvida com a subida ao 
trono de D. João I (mestre de Avis), através 
da chamada “Revolução de Avis”, finalizada 
na batalha de Aljubarrota em 1385. A vitó-
ria de D. João I representou a consolidação 
da aliança da burguesia portuguesa junto ao 
poder real. Tal fato favoreceu
a) o fim da nobreza portuguesa, que se viu ex-
pulsa de Portugal.
b) o apoio da realeza portuguesa a empreendi-
mentos que interessavam à burguesia, como 
a expansão marítima.
c) a oposição da realeza portuguesa a empre-
endimentos que não interessavam à burgue-
sia, como a expansão marítima.
d) a aliança dos reis de Portugal com os reis da 
Espanha e da Itália. 
 2. (UFF) Considerando o processo de expansão 
da Europa moderna a partir dos séculos XV e 
XVI, pode-se afirmar que Portugal e Espanha 
tiveram um papel predominante. Esse papel, 
entretanto, dependeu, em larga medida, de 
uma rede composta por interesses
a) políticos, inerentes à continuidade dos in-
teresses feudais em Portugal; intelectuais, 
associados ao desenvolvimento da impren-
sa, do hermetismo e da astrologia no mundo 
ibérico; econômicos, vinculados aos interes-
ses italianos na Espanha, nos quais a pre-
sença de Colombo é um exemplo; e sociais, 
vinculados ao poder do clero na Espanha.
b) políticos, vinculados ao processo de frag-
mentação política das monarquias absolutas 
ibéricas; sociais, associados ao desenvolvi-
mento de novos setores sociais, como a no-
breza; coloniais, decorrentes da política da 
Igreja Católica que via os habitantes do Novo 
Mundo como o homem primitivo criado por 
Deus; e econômicos, presos aos interesses 
mouros na Espanha.
c) políticos, vinculados às práticas racistas que 
envolviam a atuação dos comerciantes ibéri-
cos no Oriente; científicos, que viam na ex-
pansão a negação das teorias heliocêntricas; 
econômicos, ligados ao processo de aumento 
do tráfico de negros para a Europa através de 
alianças com os Países Baixos; e religiosos, 
marcados pela ação ampliada da Inquisição.
d) políticos, associados ao modelo republicano 
desenvolvido no Renascimento italiano; re-
ligiosos, decorrentes da vitória católica nos 
processos da Reconquista ibérica; econômi-
cos, ligados ao movimento geral de desen-
volvimento do mercantilismo; e sociais, ine-
rentes à vitória do campo sobre a cidade no 
mundo ibérico.
e) políticos, vinculados ao fortalecimento da 
centralização dos estados ibéricos; econômi-
cos, provenientes do avanço das atividades 
comerciais; religiosos, relacionados com a 
importância do Papado na península Ibéri-
ca; e intelectuais, decorrentes dos avanços 
científicos da Renascença e que viram na 
expansão a realidade de suas teorias sobre 
Geografia e Astronomia.
 3. (Fac. Albert Einstein - Medicina 2016) “Mas 
Colombo não estava tão longe de certas con-
cepções correntes durante a Idade Média 
acerca da realidade física do Éden, que des-
cresse de sua existência em algum lugar do 
globo. E nada o desprendia da ideia, verda-
deiramente obsessiva em seus escritos, de 
que precisamente as novas Índias, para onde 
o guiara a mão da Providência, se situavam 
na orla do Paraíso Terreal.”
Sérgio Buarque de Holanda. Visão do Paraíso. 
São Paulo: Editora Nacional, 1985, p. 15.
A partir do texto, é possível afirmar que Co-
lombo 
a) simbolizava o conquistador moderno, mar-
cado pela valorização da razão, da aventura 
e do sucesso individual.
b) demonstrava a persistência, durante o perí-
odo da expansão marítima, de traços de uma 
mentalidade mística e fabulosa.
c) simbolizava o conquistador moderno, mo-
vido pela ganância financeira e pela busca 
incessante de novos mercados.
d) demonstrava a persistência, em meio à con-
quista europeia do Atlântico, da lógica ma-
niqueísta do pensamento medieval.
 4. “As grandes mudanças que se verificam na 
arte náutica durante a segunda metade do 
século XV levam a crer na possibilidade de 
chegar-se, contornando o continente africa-
no, às terras do Oriente. Não se pode afir-
mar, contudo, que a ambição de atingir por 
via marítima esses países de fábula presidis-
sem as navegações do período henriquino, 
animada por objetivos estritamente mer-
cantis. (...) Com a expedição de Antão Gon-
çalves, inicia-se em 1441 o tráfico negreiro 
para o Reino (...) Da mesma viagem procede 
o primeiro ouro em pó, ainda que escasso, 
resgatado naquelas partes. O marfim, cujo 
comércio se achava até então em mãos de 
mercadores árabes, começam a transportá-lo 
os barcos lusitanos, por volta de 1447.” 
Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos 
descobrimentos portugueses.
Assinale a alternativa que melhor resume o 
conteúdo do trecho acima:
a) A descoberta do continente americano por 
espanhóis, e depois, por portugueses, reve-
la o grande anseio dos navegadores ibéricos 
por chegar às riquezas do Oriente através de 
uma rota pelo Ocidente.
100
b) Os portugueses logo abandonaram as via-
gens de descoberta para o Oriente através 
do Atlântico, visto que lhes bastavam as ri-
quezas alcançadas na África, ou seja, ouro, 
marfim e escravos.
c) Embora a descoberta de uma rota africana 
para o Oriente fosse para os portugueses, 
algo cada vez mais realizável em razão dos 
avanços técnicos, foi a exploração comercial 
da costa africana o que, de fato, impulsio-
nou as viagens do período.
d) As navegações portuguesas, à época de 
D. Henrique, eram motivadas, acima de 
tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; 
secundariamente, contudo, dedicavam-se os 
portugueses ao comércio de escravos, ouro e 
marfim, sobretudo na costa africana.
e) Durante o período henriquino, os grandes 
aperfeiçoamentos técnicos na arte náuti-
ca permitiram aos portugueses chegar ao 
Oriente contornando o continente africano.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(...) os mitos e o imaginário fantástico me-
dieval não foram subitamente subtraídos da 
mentalidade coletiva europeia durante o sé-
culo XVI. (...) Conforme Laura de Mello e Sou-
sa, “parece lícito considerar que, conhecido o 
Índico e desmitificado o seu universo fantás-
tico, o Atlântico passará a ocupar papel análo-
go no imaginário do europeu quatrocentista”.
(VILARDAGA, José Carlos. Lastros de viagem: expectativas, 
projeções e descobertas portuguesas no Índico (1498-
1554). São Paulo: Annablume, 2010, p. 197.) 
 5. (Puc-Camp) O imaginário que povoou as 
crenças dos viajantes no contexto da expan-
são marítima europeia pressupunha a 
a) presença de perigos mortais advindos de 
forças sobrenaturais no então denominado 
Mar Sangrento ou Vermelho em função do 
número de tragédias que ocorriam durante 
sua travessia.
b) certeza de que o chamado Mar Oceano se 
conectava ao Pacífico, por meio de uma pas-
sagem que posteriormente seria nomeada 
como Estreito de Gibraltar.
c) existência de monstros marinhos, ondas gi-
gantescas e outros tipos de ameaça no cha-
mado Mar Tenebroso, como era conhecido o 
Atlântico.
d) dúvida em relação à possibilidade de circu-
navegação da terra, pois a primeira volta 
completa ao mundo só ocorreu no final do 
século XVI, quando Colombo prosseguiu em 
sua busca de uma rota para as Índias.
e) necessidade de que em toda expedição hou-
vesse um padre e um grande crucifixo, arti-
fícios que impediriam qualquer ameaça du-
rante a travessia, inclusive epidemias como 
o escorbuto, causadas pela falta de higiene.
 6. (PUC-RJ) Sobre a conquista espanhola da 
América nos séculos XV e XVI, assinale a 
afirmativa CORRETA. 
a) Da conquista participaram soldados, cléri-
gos, cronistas, marinheiros, artesãos e aven-
tureiros, motivados pelo desejo de encontrar 
riquezas como o ouro e a prata e também de 
expandir a fé católica expulsando os muçul-
manos da América.
b) O ano de 1492 foi crucial não só pela che-
gada de Colombo à América, comotambém 
pela conclusão da unidade da monarquia es-
panhola levada adiante pelos reis católicos 
com a conquista de Granada, último reduto 
muçulmano na península.
c) Hernán Cortés conquistou facilmente o im-
pério Asteca, na região do alto Peru, à épo-
ca governado por Montezuma, com quem se 
aliou para derrotar outros povos indígenas 
que resistiram à dominação espanhola.
d) Desde o início da conquista, os indígenas 
contaram com a proteção da Igreja católica 
que os reconhecia como seres humanos que 
possuíam alma e, portanto, não deveriam ser 
subjugados.
e) O Império Inca, no México, foi conquistado 
por Francisco Pizarro, que enfrentou uma 
longa resistência dos exércitos indígenas, 
militarmente superiores e profundos conhe-
cedores do território em que viviam. 
 7. (Espcex (Aman)) As viagens mercantis e os 
descobrimentos de rotas marítimas e de ter-
ras além-mar ocorridas no que conhecemos 
por expansão europeia, mudou o mundo co-
nhecido até então. Foram etapas na conquis-
ta dos novos caminhos, rotas e descobrimen-
tos os seguintes eventos:
1. Bartolomeu Dias atingiu a extremidade 
sul do continente africano, nomeando-a 
de Cabo das Tormentas.
2. Fernão de Magalhães, português, deu iní-
cio à primeira viagem ao redor da Terra.
3. Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.
4. Conquista de Ceuta pelos portugueses.
5. Cristóvão Colombo descobriu o que julgou 
ser o caminho para as Índias, mas na ver-
dade havia aportado em terras desconhe-
cidas.
A sequência cronológica correta dos fatos 
listados é 
a) 1, 2, 3, 4 e 5. 
b) 3, 5, 4, 1 e 2.
c) 5, 2, 1, 4 e 3.
d) 2, 4, 1, 5 e 3.
e) 4, 1, 5, 3 e 2.
101
 8. (UFRGS) Durante a Baixa Idade Média, ocorreu 
em Portugal a denominada Revolução de Avis 
(1383-1385), que resultou em uma mudança 
dinástica, cuja principal consequência foi
a) o enfraquecimento do poder monárquico 
diante das pressões localistas que ainda so-
breviviam nas pequenas circunscrições terri-
toriais do Reino.
b) o surgimento de uma burguesia industrial 
cosmopolita e afinada com a mentalidade 
capitalista que se instaura na Europa.
c) o início das grandes navegações marítimas, 
que resultaram no descobrimento da América e 
no reconhecimento da Oceania pelos lusitanos.
d) o início do processo de expansão ultrama-
rina, que levaria às conquistas no Oriente, 
além da ocupação e do desenvolvimento 
econômico da América portuguesa.
e) o surgimento de uma aristocracia completa-
mente independente do Estado, que tinha 
como projeto político mais relevante a ex-
pansão do ideal cruzadista.
 9. (FGV) “Durante a Antiguidade e a Idade 
Média, a África permaneceu relativamente 
isolada do resto do mundo. Em 1415, os por-
tugueses conquistaram Ceuta, no norte do 
continente, dando início à exploração de sua 
costa ocidental”.
ARRUDA, José Jobson de A.; PILETTI, Nelson. 
Toda a História.
Acerca da África, na época da chegada dos 
portugueses em Ceuta, é correto afirmar que
a) nesse continente havia a presença de alguns 
Estados organizados, como o reino do Congo, 
e a exploração de escravos, mas não existia 
uma sociedade escravista.
b) assim como em parte da Europa, praticava-
-se a exploração do trabalho servil que, com 
a presença europeia, transformou-se em tra-
balho escravo.
c) a população se concentrava no litoral e o 
continente não conhecia formas mais elabo-
radas de organização política, daí a denomi-
nação de povos primitivos.
d) os poucos Estados, organizados pelos bantos, 
encontravam-se no Norte e economicamente 
viviam da exploração dos escravos muçulmanos.
e) a escravidão e outras modalidades de tra-
balho compulsório eram desconhecidas na 
África e foram introduzidas apenas no sécu-
lo XVI, pelos portugueses e espanhóis.
 10. (FGV-RJ) A partir do século XV, com o péri-
plo africano, a exploração do litoral da África 
permitiu que os portugueses estabelecessem 
feitorias e intensificassem suas atividades 
mercantis. A respeito das atividades co-
merciais que se desenvolviam no continen-
te africano a partir do século XV, assinale a 
afirmação correta. 
a) As rotas internas da África só se articularam 
ao circuito mercantil do Mediterrâneo com a 
expansão marítima e com a transposição do 
Cabo das Tormentas.
b) As rotas saarianas haviam sido intensificadas 
com a expansão islâmica e articularam-se ao 
processo de expansão comercial que envolveu 
também as rotas asiáticas de especiarias.
c) As rotas africanas do Saara foram interrompi-
das com o périplo português, que ampliou e 
acelerou o escoamento dos produtos do inte-
rior do continente.
d) O comércio interno do continente africano 
baseava-se no tráfico de escravos e no escra-
vismo, sistema de exploração e venda de seres 
humanos, criado na África.
e) As atividades mercantis africanas dependiam 
do trânsito de mercadorias de luxo vindas da 
Ásia, dado que o continente africano não pro-
duzia esse tipo de mercadoria. 
E.O. FixAçãO
 1. (FGV) Sobre as relações entre os reinos ibé-
ricos e a expansão ultramarina, é correto 
afirmar que a
a) centralização do poder no reino português só 
ocorreu após a vitória contra os muçulmanos 
na Guerra de Reconquista, o que garantiu 
o estabelecimento de alianças diplomáticas 
com os demais reinos ibéricos, condição para 
sanar a crise do feudalismo por meio da ex-
pansão ultramarina.
b) Guerra de Reconquista teve papel importante 
na organização do Estado português, uma vez 
que reforçou o poder do rei como chefe po-
lítico e militar, garantindo a centralização do 
poder, requisito para mobilizar recursos a fim 
de bancar a expansão marítima e comercial.
c) canalização de recursos, organizada pelo Es-
tado português para a expansão ultramarina, 
só foi possível com a preciosa ajuda do ca-
pital dos demais reinos da península Ibérica 
na Guerra de Reconquista, interessados em 
expulsar o invasor muçulmano que havia fe-
chado o rentável comércio no Mediterrâneo.
d) expansão marítima e comercial precisou de re-
cursos promovidos pelo reino português, ainda 
não unificado, que usou a Guerra de Recon-
quista para garantir a sua unificação política 
contra os demais reinos ibéricos, que lutavam 
ao lado dos muçulmanos como forma de impe-
dir o fortalecimento do futuro Estado luso.
e) vitória do reino de Portugal contra os mu-
çulmanos foi garantida pela ajuda militar e 
financeira do Estado espanhol, já unificado, 
o que permitiu também a expansão marítima 
e comercial, condição essencial para o fim da 
crise do feudalismo na Europa Ocidental.
102
TEXTOS PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES
Mais vale estar na charneca com uma velha 
carroça do que no mar num navio novo.
(Provérbio holandês. In: SEBILLOT, P. Legendes, croyances 
et supertitions de la mer. Paris: 1886, p. 73.)
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal?
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar para que 
fosses nosso, ó mar!
(PESSOA, F. Obra poética. Rio de 
Janeiro: Aguillar, 1969, p. 82.)
 2. (UEL) Com base nos textos e nos conheci-
mentos sobre o tema da Expansão Marítima 
dos séculos XV e XVI, é correto afirmar que 
as navegações: 
a) Constituíram uma realização sem preceden-
tes na história da humanidade, uma vez que 
foram muitos os obstáculos a serem supera-
dos nesse processo, tais como a ameaça que 
representava o desconhecido e o fracasso de 
grande parte das expedições, que desapare-
ceram no mar.
b) Propiciaram o fim do monopólio que espa-
nhóis e italianos mantinham sobre o co-
mércio das especiarias do oriente através 
do domínio do mar Mediterrâneo, uma vez 
que foram os franceses e os portugueses, a 
despeito das tentativas holandesas, que re-
alizaram o périplo africano e encontraram o 
caminho para as Índias.
c) Resultaram na hegemonia franco-britânica 
sobre os mares, o que, a longo prazo, permi-
tiu a realização da acumulação originária de 
capital e, através desta, o financiamento do 
processo de implantação da indústria naval, 
o que prolongou esta hegemonia até o final 
da PrimeiraGuerra Mundial.
d) Propiciaram o domínio da Holanda sobre os 
mares, fazendo com que a colonização das 
novas terras descobertas dependesse da 
marinha mercante daquele país para a ma-
nutenção das ligações comerciais entre os 
demais países europeus e suas colônias no 
restante do mundo.
e) Representaram o triunfo da ciência e da 
tecnologia resultantes das concepções car-
tesianas e, consequentemente, a destruição 
de lendas e mitos sobre o Novo Mundo, uma 
vez que as expedições revelaram os limites 
do mundo e propiciaram rapidamente formas 
seguras de transposição oceânica.
 3. (UEL) Com base nos conhecimentos sobre a 
formação dos estados e a expansão comercial 
e colonial europeia, é correto afirmar. 
a) Dos países que se destacaram no mundo da 
expansão ultramarina − Portugal, Holanda, 
Inglaterra e França − a nação inglesa desta-
cava-se por possuir potencial militar, econô-
mico e científico para empreender expedi-
ções mais seguras.
b) Os conquistadores europeus, ao se depara-
rem com as populações nativas, encontra-
ram culturas semelhantes à europeia em 
termos de sistema político, administrativo 
e econômico. Quanto ao trabalho, o cultivo 
do campo ficava ao encargo das mulheres, 
ao passo que os homens cuidavam da parte 
comercial.
c) As chamadas “Navegações” ocorreram num 
contexto de expansão comercial do Oriente. 
Progressos técnicos na área da navegação, 
da imprensa e da medicina contribuíram 
para a viabilidade de tal empreendimento, 
assim como o desejo de romper o monopólio 
comercial inglês no Mediterrâneo.
d) Como consequência do processo expansio-
nista, novos territórios foram encontrados, 
ocupados e colonizados. As Américas portu-
guesa e espanhola procuraram transformar 
esses espaços em centros produtores para 
complementar e dar continuidade ao seu 
fluxo comercial.
e) A conquista empreendida pela Espanha de-
veu-se à Rainha Isabel de Castela, a católica, 
que financiou a expedição de Cristóvão Co-
lombo com o dinheiro de suas joias − contra 
a vontade da Inquisição espanhola.
 4. (UFRGS) De acordo com Sérgio Buarque de 
Holanda “o gosto da maravilha e do mistério, 
quase inseparável da literatura de viagens 
na era dos grandes descobrimentos maríti-
mos, ocupa espaço singularmente reduzido 
nos escritos quinhentistas dos portugueses 
sobre o Novo Mundo”.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Visão do paraíso. 
São Paulo: Brasiliense, 1996. p. 1.
Qual foi a motivação para essa redução?
a) A língua portuguesa não estava suficiente-
mente desenvolvida para expressar o gosto 
pelo maravilhoso e pelo mistério.
b) Os portugueses tinham práticas anteriores com 
grandes navegações e o contato mais frequen-
te com outros povos, sobretudo do Oriente.
c) Os portugueses interessavam-se mais pelo 
México e pela América do Norte.
d) A ocupação do Novo Mundo, sobretudo do 
Brasil, pelos portugueses foi imediata, o que 
amenizou o impacto inicial do contato.
e) Os portugueses consideravam os povos in-
dígenas e a natureza do Novo Mundo seme-
lhante àquela encontrada na Europa.
103
 5. (UEA) Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
PESSOA, Fernando. “Mar português”. In: Mensagem. 1970.
Mensagem foi o único livro que o poeta por-
tuguês Fernando Pessoa publicou em vida. 
Ele pensou, a princípio, dar-lhe o título de 
Portugal, considerando que os poemas tra-
tavam da história do esplendor e da deca-
dência do antigo reino. A estrofe transcrita 
exprime com lirismo e tristeza:
a) o orgulho do poeta em ser descendente de 
ilustres navegadores e a consciência portu-
guesa de ter criado o mundo moderno.
b) os motivos da decadência abrupta de Portu-
gal, devido aos gastos com a fabricação de ca-
ravelas e à perda de homens nos naufrágios.
c) a resignação cristã que caracterizou a ex-
pansão marítima portuguesa, carente de 
qualquer interesse comercial ou político.
d) as dificuldades inerentes às navegações marí-
timas da Idade Moderna e as suas consequên- 
cias para a população portuguesa.
e) a perda do domínio dos mares pelo governo 
português e a redução do número de habitan-
tes do reino com as conquistas no além-mar.
 6. (UFRGS) Leia o enunciado abaixo. A expan-
são portuguesa não pode nem deve ser vista 
como um processo acumulativo: foi marcado 
por continuidades e descontinuidades, e por 
quebras e transformações nos padrões das 
suas atividades, do Atlântico ao Índico, da 
Índia ao Atlântico Sul, do Brasil à África.
BETHENCOURT, Francisco; CURTO, Diogo Ramada 
(Dir.). A expansão marítima portuguesa, 1400-
1800. Lisboa: Edições 70, 2010. p. 8.
A partir da leitura do enunciado, considere 
as seguintes afirmações:
I. A reduzida capacidade demográfica da 
metrópole portuguesa não impediu a 
constante emigração com destino, princi-
palmente, ao Brasil.
II. O tráfico de escravos, iniciado pelos por-
tugueses, não tardou a envolver, na Amé-
rica, os domínios coloniais de Espanha, 
Inglaterra, França e Holanda.
III. A América Portuguesa foi um exemplo 
de colônia de povoamento, que serviu 
para o envio dos excedentes populacio-
nais da metrópole.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
 7. (UFG) Leia o documento a seguir.
Agora vejo que vós outros sois grandes lou-
cos, pois atravessais o mar e sofreis grandes 
incômodos para chegar aqui. Trabalhais tan-
to para amontoar riquezas para vossos filhos 
ou para aqueles que vos sobrevivem! Não 
será a terra que vos nutriu suficiente para 
alimentá-los também? Temos pais, mães e fi-
lhos a quem amamos; mas estamos certos de 
que, depois de nossa morte, a terra que nos 
nutriu também os nutrirá, por isso descan-
samos sem maiores cuidados.
Adaptado de: LÉRY, Jean de. Viagem à terra do 
Brasil. Disponível em: <www.iande.art.- be/textos/
velhotupinamba. htm>. Acesso em: 28 jan. 2013.
O contato entre os viajantes europeus e as 
populações indígenas foi marcado pela opo-
sição entre modos de vida. O documento 
apresentado evidencia a percepção de tempo 
do tupinambá, quando ele critica a
a) necessidade de acumulação de riqueza por 
parte do europeu para provimento futuro.
b) concepção messiânica europeia evocada pe-
los sacrifícios vivenciados na travessia marí-
tima.
c) continuidade da vida após a morte em ana-
logia aos ciclos da natureza.
d) existência de gerações distintas que traba-
lham pelo bem comum.
e) forma de exploração econômica da terra que 
exaure os recursos naturais.
 8. (UEPB) “Hoje, os aviões nos levam, por exem-
plo, de São Paulo ou Rio de Janeiro a Lisboa 
em apenas 9 horas, de maneira confortável, 
de modo que, ao chegarmos ao nosso desti-
no, pouco sentimos o efeito da viagem de 
tantos milhares de quilômetros. Coisa bem 
diferente passava a tripulação das caravelas 
que cruzava o Atlântico, por mais de 45 dias 
sem ver terra.”
Neto, José Alves de Freitas; Tasinafo, Célio Ricardo. 
História Geral e do Brasil. HARBRA. p. 231.
Sobre as Grandes Navegações é correto afir-
mar: 
a) A estratégia portuguesa utilizada para che-
gar ao Oriente foi a circum-navegação da 
África. Em 1415, marinheiros lusos tomaram 
a cidade de Ceuta, importante entreposto 
comercial dos árabes, localizada no norte do 
continente africano.
b) A viagem era penosa, cheia de imprevistos 
devido aos poucos avanços tecnológicos do 
período, levando à falta de orientação, pois 
instrumentos como o astrolábio e a bússola 
só foram descobertos por ocasião da Revolu-
ção Industrial.
104
c) Os reis Fernando e Isabel decidiram financiar 
o projeto de Colombo para chegar ao Orien-
te, que dominou a rota da circum-navegação 
da África até o extremo sul deste continen-
te, fundando feitorias no litoral africano e 
atingindo o Cabo da Boa Esperança.
d) O empreendimento desde o princípio tinha 
por meta principal encontrar novas terras 
e alcançou seu objetivo com Cristóvão Co-
lombo e Pedro Álvares Cabral aochegarem à 
América e ao Brasil respectivamente.
e) A descentralização política, o fortalecimento 
do sistema feudal, a localização geográfica e 
os avanços tecnológicos foram fatores deter-
minantes para o sucesso destas expedições.
 9. (Mackenzie)
Os homens que saíram para o Atlântico em 
1492 não tinham a certeza de que chegariam 
às Índias, apesar do incentivo de Colombo 
nesse sentido. Em 12 de outubro daquele 
ano, um Novo Mundo se descortinou àqueles 
homens, extasiados com as diversas possi-
bilidades daquela “descoberta”. A partir da-
quele momento, civilizações diferentes – em 
diversos sentidos – entrariam em contato, 
alterando definitivamente os rumos históri-
cos de ambas as partes (nativos e europeus). 
Nesse sentido, a gravura
a) contém elementos que indicam a visão, en-
tre os séculos XVI e XVII, de uma América 
exótica e exuberante que ainda povoava o 
imaginário europeu.
b) demonstra que as guerras entre os povos 
ameríndios era uma prática combatida pelos 
europeus e, por isso, extinta do continente.
c) que é encomendada pelas coroas ibéricas, 
revela a preocupação em demonstrar uma 
América exótica e perigosa e, assim, evitar 
ataques piratas ao continente.
d) enfatiza a existência de fauna e flora muito 
diferentes do continente europeu, represen-
tando animais efetivamente encontrados pe-
los colonizadores.
e) procura desqualificar práticas habituais das 
ameríndias, como a nudez, ao representar 
uma mulher sentada sobre um animal exó-
tico.
 10. (UPE) Segundo Alexandre de Freitas, “A 
globalização caracteriza-se, portanto, pela 
expansão dos fluxos de informações − que 
atingem todos os países, afetando empre-
sas, indivíduos e movimentos sociais −, pela 
aceleração das transações econômicas − en-
volvendo mercadorias, capitais e aplicações 
financeiras que ultrapassam as fronteiras 
nacionais − e pela crescente difusão de valo-
res políticos e morais em escala universal”. 
BARBOSA, Alexandre de Freitas. O mundo 
globalizado: política, sociedade e economia. 
São Paulo: Contexto, 2010, p. 12-13.
Com base na definição acima e nos estudos 
sobre globalização, é CORRETO afirmar que:
a) o autor não leva em consideração a internet 
e a tecnologia para a construção de compu-
tadores no processo de globalização.
b) segundo a definição de Freitas, a globaliza-
ção se restringe aos eventos em escala inter-
nacional.
c) a globalização, por sua natureza planetária, 
é um duro golpe contra a expansão religiosa.
d) há autores que consideram a Expansão Ma-
rítima do século XVI como primeiro ato na 
história do processo de globalização.
e) por suas carências políticas, sociais e finan-
ceiras, os países pobres não participam do 
processo de globalização.
E.O. COmplEmEntAr
 1. (Cesgranrio) Com a expansão marítima dos 
séculos XV/XVI, os países ibéricos desenvol-
veram a ideia de “império ultramarino” sig-
nificando
a) a ocupação de pontos estratégicos e o domí-
nio das rotas marítimas, a fim de assegurar 
a acumulação do capital mercantil;
b) o estabelecimento das regras que definem o 
sistema colonial nas relações entre as me-
trópoles e as demais áreas do “império” para 
estabelecer as ideias de liberdade comercial;
c) a integração econômica entre várias partes 
de cada “império” através do comércio inter-
colonial e da livre circulação dos indivíduos;
d) a projeção da autoridade soberana e centra-
lizadora das respectivas coroas e sobre tudo 
e todos situados no interior desse “império”;
e) a junção da autoridade temporal com a espi-
ritual através da criação do Império da Cris-
tandade.
 2. (Cesgranrio) Foram inúmeras as consequên-
cias da expansão ultramarina dos europeus, 
gerando uma radical transformação no pano-
rama da história da humanidade.
105
Sobressai como UMA importante consequên-
cia:
a) a constituição de impérios coloniais embasa-
dos pelo espírito mercantil.
b) a manutenção do eixo econômico do mar 
Mediterrâneo com acesso fácil ao Oceano 
Atlântico.
c) a dependência do comércio com o Oriente, 
fornecedor de produtos de luxo como sânda-
lo, porcelanas e pedras preciosas.
d) o pioneirismo de Portugal, explicado pela 
posição geográfica favorável.
e) a manutenção dos níveis de afluxo de metais 
preciosos para a Europa.
 3. (UFRN) O fragmento textual seguinte se re-
fere a uma característica de sociedades afri-
canas em épocas anteriores à expansão ma-
rítima e comercial europeia. 
A forma como uma sociedade organiza a dis-
tribuição dos bens que produz ou adquire 
revela muito do caráter desta sociedade, de 
seus valores, usos e costumes. No caso das so-
ciedades de linhagens da África negra, todo o 
sistema social estava baseado nas esferas da 
reciprocidade e da distribuição, como forma 
de garantir a coesão social do grupo. Os ve-
lhos guardam a experiência e o conhecimento 
dos costumes. Assim, não era uma sociedade 
dirigida pelos mais produtivos e dinâmicos 
(como na lógica capitalista) e, sim, pelos que 
guardavam a tradição e o saber mágico. 
SILVA, Francisco C. T. da. Conquista e colonização da América 
portuguesa. In: LINHARES, Maria Yedda (Org.). História geral 
do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 48. [Adaptado] 
Ao estabelecer uma comparação entre a organi-
zação social expressa no fragmento e as socieda-
des africanas exploradas pelos europeus à época 
das Grandes Navegações, é correto afirmar: 
a) A organização da sociedade de linhagens so-
freu mudanças a partir da generalização do 
comércio escravista promovida por interes-
ses mercantilistas na África.
b) A existência prévia da escravidão na África 
possibilitou a manutenção da sociedade de 
linhagens, sem transformações sociais signi-
ficativas.
c) O papel social desempenhado pelas lideran-
ças nativas permaneceu inalterado apesar da 
ampla divulgação do cristianismo entre os 
povos africanos.
d) O conquistador europeu encarava a orga-
nização societária de linhagens como uma 
ameaça à sua dominação e, por isso, subju-
gou inicialmente os anciãos.
 4. (Cesgranrio) Acerca da expansão marítima 
comercial implementada pelo Reino Portu-
guês, podemos afirmar que
a) a conquista de Ceuta marcou o início da 
expansão, ao possibilitar a acumulação de 
riquezas para a manutenção do empreendi-
mento.
b) a conquista da Baía de Arguim permitiu a 
Portugal montar uma feitoria e manter o 
controle sobre importantíssima rota comer-
cial intra-africana.
c) a instalação da feitoria de São Paulo de 
Luanda possibilitou a montagem de grande 
rede de abastecimento de escravos para o 
mercado europeu.
d) o domínio português de Piro e Sidon e o 
consequente monopólio de especiarias do 
Oriente próximo tornaram desinteressante a 
conquista da Índia.
e) a expansão da lavoura açucareira escravista 
na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o 
preço dos escravos, tanto nos portos africa-
nos, quanto nas praças brasileiras.
 5. (UFPE) A chegada dos portugueses à Índia 
alarmava os venezianos que então domina-
vam o comércio das especiarias, pelo Me-
diterrâneo. Com relação ao período expan-
sionista dos estados nacionais europeus, 
assinale a alternativa incorreta:
a) Os esforços da Escola de Sagres foram, em 
parte, responsáveis pela utilização do astro-
lábio, entre outros instrumentos de navega-
ção, e pelas viagens de expansão ultramari-
na portuguesa.
b) A centralização do poder e a formação dos 
estados nacionais europeus têm uma estrei-
ta relação com o desenvolvimento econômi-
co comercial.
c) Os reis limitavam o poder da Igreja em seus 
territórios, pois atribuíam-se o direito de in-
vestidura dos bispos, sem consultar o papa.
d) Os reis borgonheses conseguiram muito tar-
de a centralização política do reino devido às 
lutas constantes contra os árabes.
e) A burguesia portuguesa desenvolveu suas 
atividades em cidades litorâneas em função 
da pesca e depois do comércio entre o Medi-
terrâneo e o mar do Norte.
E.O. dissErtAtivO
 1. (UEL) Tocadas em 1500 pelos homens de 
Pedro Álvares Cabral, as terras que hoje são 
brasileiras foram desde então oficialmenteincorporadas à coroa portuguesa. Se haviam 
sido frequentadas antes, como sugere o Es-
meraldo de Situ Orbis, e defendem alguns 
historiadores portugueses, disso não ficou 
maior registro, e não há, pois, como fugir da 
data consagrada e recentemente celebrada – 
para o bem e para o mal – por brasileiros e 
portugueses. Descoberto oficialmente, pois, 
em 1500, sob o pontificado de Alexandre VI 
Borgia, não se pode dizer, a rigor, que existis-
se, então, nem Brasil nem brasileiros. Vários 
106
são os sentidos dessa não existência.
Adaptado de: SOUZA, L.M. O nome do Brasil. 
Revista de História. São Paulo, 2001. n. 145. p. 61-
86. Disponível em: <http://revhistoria.usp.br/
images/stories/revistas/145/RH-145_-_Laura_de_
Mello_e_Souza.pdf>. Acesso em: 7 jun. 2013.
Com base no texto e nos conhecimentos so-
bre o tema, responda aos itens a seguir.
a) Cite e explique 2 fatores que possibilitaram 
o pioneirismo do Estado português nas Gran-
des Navegações.
b) Explique o que a historiadora e autora desse 
texto, Laura de Mello e Souza, quer dizer 
com a seguinte passagem: “não se pode di-
zer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil 
nem brasileiros”.
 2. 
Adaptado de: olhonahistoria.blogspot.com.br
Adaptado de: ced31c.blogspot.com.br
Nos mapas, estão indicadas as principais ro-
tas comerciais europeias, respectivamente, 
na Baixa Idade Média e na Idade Moderna. 
Comparando-os, percebem-se alterações sig-
nificativas nesses caminhos a partir do sécu-
lo XVI, provocadas pela chamada Revolução 
Comercial iniciada no século XV. Indique a 
mudança provocada pela Revolução Comer-
cial e duas de suas consequências econômi-
cas, uma para a Europa e outra para os de-
mais continentes conhecidos à época.
 3. (PUC) O período que vai do século XVI a fins 
do XVIII, corresponde à formação e consoli-
dação dos dois maiores impérios atlânticos 
da época Moderna: o império português e o 
império espanhol. As Coroas ibéricas – Por-
tugal e Espanha – empreenderam uma es-
petacular expansão comercial e marítima e 
igualmente militar e religiosa. Desse modo, 
foram capazes de vincular ou conectar terri-
tórios e populações dos continentes Ameri-
cano, Africano, Europeu e Asiático.
Descreva as relações de conexão existentes 
entre os continentes acima citados a partir:
a) da circulação e produção de mercadorias pelos 
portugueses e espanhóis no espaço atlântico;
b) da mobilidade de populações europeias e 
africanas para as Américas. 
 4. (UFSC)
“A expansão marítima teve ligações com os 
questionamentos e as inovações que acom-
panharam o Renascimento e, politicamente, 
com a formação do Estado moderno na Euro-
pa. Assim, é impossível analisá-la sem men-
cionar as mudanças econômicas, a intensifi-
cação das atividades comerciais, o fascínio 
pelas especiarias, a luta da burguesia para 
consolidar sua riqueza”.
REZENDE, Antonio Paulo; DIDIER, Maria 
Thereza. Rumos da História: História Geral e do 
Brasil. São Paulo: Atual, 2001. p. 158.
Sobre a expansão marítima e comercial europeia:
a) Explique (em no máximo 4 linhas) duas ra-
zões para o pioneirismo do reino português.
b) Considerando que o mercantilismo é um 
conjunto de práticas econômicas relacio-
nadas ao processo de expansão marítima, 
explique (em no máximo 6 linhas) duas de 
suas características citadas abaixo:
 § Metalismo
 § Protecionismo
 § Balança Comercial Favorável
 § Colonialismo
107
 5. (UFC) Leia, a seguir, trechos da canção 
“Quinto Império” e responda às questões 
que seguem.
Parte 1
(...)
Meu sangue é trilha,
dos Mouros, dos Lusitanos.
Dunas, pedras, oceanos
rastreiam meu caminhar.
E sendo eu
que a Netuno dei meu leme,
com a voz que nunca treme
fiquei a me perguntar:
‘o que será
que além daquelas águas
agitadas, turvas, calmas,
eu irei lá encontrar?’
Parte 2
(...)
Eu decifrei astros e constelações,
conduzi embarcações,
destinei-me a navegar.
Atravessei
a Tormenta, a Esperança,
até onde o sonho alcança
minha Fé pude cravar.
Rasguei as lendas
do Oceano Tenebroso,
para El Rey, o Glorioso,
não há mais trevas no mar.
 (NÓBREGA, Antonio; FREIRE, Wilson. Quinto 
Império In: NÓBREGA, Antonio. “Madeira que cupim 
não rói”. São Paulo: Brincante, 1997, faixa 04.)
a) Qual a relação dos mouros com a formação 
do Estado português?
b) Os versos a seguir, transcritos da segunda 
parte da canção Quinto Império, sugerem 
algumas consequências das navegações por-
tuguesas. Cite, após cada transcrição, a con-
sequência por ela sugerida.
 B.I. Atravessei / a Tormenta, a Esperança,
 B.II. até onde o sonho alcança / minha Fé 
pude cravar.
 B.III. Rasguei as lendas / do Oceano Tene-
broso,
 B.IV. para El Rey, o Glorioso, / não há mais 
trevas no mar. 
 6. (UFPR) “Grandes são as alegrias - que acontecem 
no lugar
Quando Cid conquista Valença - e entra na cidade.
Os que foram a pé - cavaleiros se fazem;
E as outras riquezas - quem as poderia contar?
Todos eram ricos - quantos os que ali estavam.
Meu Cid don Rodrigo - a quinta mandou tomar,
Do lucro do saque - ele tinha trinta mil marcos;
E de outras riquezas - quem poderia contar?”
(VILAR, Pierre. “Ouro e Moeda na História: 1450-
1920”. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980, p. 46.)
“O Cantar del mio Cid”, escrito no ano de 
1110, constitui-se em um exemplo signifi-
cativo da épica medieval. O texto narra as 
aventuras e adversidades do nobre castelha-
no Rodrigo Diaz de Vivar na grande mobili-
zação dos reinos cristãos da Península Ibé-
rica para a retomada das regiões mantidas 
pelos mouros.
Tendo em vista que a reconquista de Gra-
nada pelos castelhanos se realiza em 1492, 
apresente dois exemplos que caracterizam 
a influência que a reconquista de Granada 
exerceu sobre a conquista da América. 
 7. (UFU) Leia o trecho a seguir.
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abysmo deu,
Mas nelle é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa, Mar português. 
“Mensagem”, 1922.
O fragmento do poema apresentado, escrito por 
Fernando Pessoa, faz uma série de referências ao 
período das “grandes navegações” portuguesas 
nos séculos XV e XVI. A esse respeito, explique:
a) o que foi esse período, contextualizando-o 
no processo de formação dos Estados Moder-
nos da Europa.
b) a visão de Fernando Pessoa sobre as “gran-
des navegações” portuguesas.
 8. (Ufrrj) Leia o texto adiante sobre a expansão 
comercial e marítima portuguesa e, com base 
nele, responda às questões a seguir.
Em 1498, o português Vasco da Gama con-
segue chegar a Calicute, nas Índias, contor-
nando o Cabo da Boa Esperança. Em seguida, 
as frotas portuguesas procuraram estabele-
cer um maior controle do oceano Índico. À 
medida que as rotas de navegação se con-
solidam, Portugal centraliza o comércio das 
especiarias alterando o papel a ser desem-
penhado pelas cidades de Gênova e Veneza.
THEODORO, J. “Descobrimentos e Renascimento”. 
São Paulo: Contexto, 1991. p. 20.
a) Mencione duas razões que explicam o pio-
neirismo português nas navegações e desco-
brimentos dos séculos XV e XVI.
b) Estabeleça uma relação entre práticas mer-
cantilistas e a assim chamada expansão co-
mercial e marítima. 
108
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES
“À frente do projeto de expansão do luso-
-cristianismo estavam os monarcas portu-
gueses, aos quais, desde meados do século 
XV, os papas haviam concedido o direito do 
padroado (...) Quando se iniciou o ciclo das 
grandes navegações, Roma decidiu confiar 
aos monarcas da Península Ibérica o padroa-
do sobre as novas terras descobertas”.
(AZZI, Riolando. A Cristandade Colonial: Mito e 
Ideologia. Petrópolis: Vozes, 1987, p. 64.)
As relações entre os Estados nascentes e a 
Igreja Católica constituíram-se em um dos 
mais importantes eixos de conflito ao longo 
da etapa final da Idade Média. Ao contráriode outras regiões, na Península Ibérica a reso-
lução do problema implicou o estreitamento 
das interações entre uma e outra instituição. 
 9. (UFRJ) Indique a principal fonte de arregi-
mentação de recursos para a realização das 
tarefas que, por meio do Padroado, estavam 
a cargo das Coroas Ibéricas na América nos 
séculos XVI e XVII. 
 10. (UFRJ) Cite duas das atribuições das Coroas 
Ibéricas contidas na delegação papal do Pa-
droado, cujo fim último era a expansão do 
catolicismo nas terras recém-descobertas da 
América. 
E.O. EnEm
 1. (Enem) De ponta a ponta, é tudo praia-pal-
ma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão 
nos pareceu, vista do mar, muito grande, 
porque, a estender olhos, não podíamos ver 
senão terra com arvoredos, que nos parecia 
muito longa. Nela, até agora, não pudemos 
saber que haja ouro, nem prata, nem coisa 
alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. 
Porém a terra em si é de muito bons ares 
[...]. Porém o melhor fruto que dela se pode 
tirar me parece que será salvar esta gente. 
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; 
BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através 
de textos. São Paulo: Contexto, 2001. 
A carta de Pero Vaz de Caminha permite 
entender o projeto colonizador para a nova 
terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o se-
guinte objetivo: 
a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os 
povos nativos. 
b) Descrever a cultura local para enaltecer a 
prosperidade portuguesa. 
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas 
sobre o potencial econômico existente. 
d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos 
para demarcar a superioridade europeia. 
e) Criticar o modo de vida dos povos autócto-
nes para evidenciar a ausência de trabalho.
E.O. UErJ 
ExAmE dE QUAliFiCAçãO
 1. (UERJ) O texto a seguir se refere ao período 
do início da transição do feudalismo para o 
capitalismo.
A expansão navegadora que decorreu do de-
senvolvimento mercantil ao fim do medieva-
lismo é contemporânea da cisão religiosa de-
finida com a Reforma. Como aquela expansão 
foi capitaneada pelas nações católicas, “coloni-
zação” e catequese religiosa confundiram-se.
SODRÉ, N. W. Síntese de História da Cultura Brasileira. 
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999. 19. ed., p.15.
A articulação entre catequese e colonização na 
América acima descrita pode ser entendida
a) pelo interesse do colonizador europeu em 
conquistar a confiança do ameríndio, conhe-
cedor dos caminhos que levaram às minas de 
metais preciosos existentes em toda a região 
continental americana.
b) como uma preocupação quanto ao risco de 
influência das religiões dos africanos, trazi-
dos à América para o trabalho escravo, sobre 
os ameríndios, afastando-os da “verdadeira” 
religião (cristã).
c) pela busca da melhoria do trabalho do ame-
ríndio através da influência de uma cultura 
superior (a europeia), o que garantiria uma 
possibilidade de ascensão social do indígena 
a médio ou longo prazo.
d) como resultado de um conflito entre Igreja 
Católica e os governantes dos Estados Mo-
dernos europeus, todos em busca de afir-
mação política e econômica, apresentando 
assim antagonismos inconciliáveis.
e) pela fusão de interesses nem sempre pací-
ficos dos Estados colonizadores e da Igreja 
Católica visando, entre outros objetivos, à 
maior exploração do “gentio” e seu afasta-
mento da pregação reformista.
E.O. UErJ 
ExAmE disCUrsivO
 1. (UERJ) Devemos sempre ter o cuidado de 
não comprar mais aos estrangeiros do que 
lhe vendemos.
SMITH, Thomas, 1549 apud BRAUDEL, F. Os 
jogos das trocas. Lisboa: Cosmos, 1985.
A afirmativa acima evidencia uma das prin-
cipais características das práticas econômi-
cas mercantilistas dos Estados absolutistas 
entre os séculos XV e XVIII.
a) Explique o significado de riqueza nacional 
na época do mercantilismo.
b) Justifique por que a ideia de balança de co-
mércio favorável foi um fator que contribuiu 
para a colonização da América.
109
 2. (UERJ)
 
Os quadrinhos fazem referência, de modo crítico, a diversos aspectos da sociedade do Antigo Re-
gime, entre os séculos XVI e XVIII, cujas instâncias de poder eram a Coroa, a Igreja e a Nobreza.
Identifique dois aspectos da sociedade do Antigo Regime que possam ser relacionados às críticas 
sugeridas nos quadrinhos.
 3. (UERJ) Uma questão acadêmica, mas interessante, acerca da “descoberta” do Brasil é a seguinte: ela 
resultou de um acidente, de um acaso da sorte? Não, ao que tudo indica. Os defensores da casualidade 
são hoje uma corrente minoritária. A célebre carta de Caminha não refere a ocorrência de calmarias. 
Além disso, é difícil aceitar que uma frota com 13 caravelas, bússola e marinheiros experimentados se 
perdesse em pleno oceano Atlântico e viesse bater nas costas da Bahia por acidente.
Rejeitado o acaso como fonte de explicação no que tange aos objetivos da “descoberta”, fica de pé a se-
guinte pergunta: qual foi, portanto, a finalidade, a intenção da expedição de Cabral?
Adaptado de: LOPEZ, Luiz Roberto. História do Brasil colonial. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983.
Os descobrimentos marítimos dos séculos XV e XVI foram processos importantes para a construção 
do mundo moderno. A chegada dos portugueses ao Brasil decorre dos projetos que levaram dife-
rentes nações europeias às grandes navegações.
a) Formule uma resposta à pergunta do autor, ao final do texto: qual foi a finalidade da expedição de 
Cabral?
b) Em seguida, cite dois motivos que justificam as grandes navegações marítimas nos séculos XV e XVI.
 4. (UERJ)
Como indicado no mapa acima, a expansão marítima promovida pela Coroa de Portugal, nos séculos 
XV e XVI, permitiu a incorporação de novas regiões e sociedades ao comércio europeu.
Apresente dois interesses da sociedade portuguesa na exploração da costa ocidental africana e expli-
que a importância da região para o estabelecimento dos portugueses na Ásia.
110
E.O. ObJEtivAs 
(UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp)
 1. (Fuvest) Deve-se notar que a ênfase dada à 
faceta cruzadística da expansão portuguesa 
não implica, de modo algum, que os inte-
resses comerciais estivessem dela ausentes 
– como tampouco o haviam estado das cru-
zadas do Levante, em boa parte manejadas 
e financiadas pela burguesia das repúblicas 
marítimas da Itália. Tão mesclados andavam 
os desejos de dilatar o território cristão com 
as aspirações por lucro mercantil que, na sua 
oração de obediência ao pontífice romano, D. 
João II não hesitava em mencionar entre os 
serviços prestados por Portugal à cristandade 
o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, 
tão seguro e tão ativo” que o nome do Salva-
dor, “nunca antes nem de ouvir dizer conhe-
cido”, ressoava agora nas plagas africanas… 
THOMAZ, Luiz Felipe. D. Manuel, a Índia e 
o Brasil. Revista de História (USP), 161, 2º 
semestre de 2009, p.16-17. Adaptado.
Com base na afirmação do autor, pode-se di-
zer que a expansão portuguesa dos séculos 
XV e XVI foi um empreendimento
a) puramente religioso, bem diferente das cru-
zadas dos séculos anteriores, já que essas 
eram, na realidade, grandes empresas co-
merciais financiadas pela burguesia italiana.
b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já 
que era comum, à época, a concepção de que 
a expansão da cristandade servia à expansão 
econômica e vice-versa.
c) por meio do qual os desejos por expansão 
territorial portuguesa, dilatação da fé cristã 
e conquista de novos mercados para a econo-
mia europeia mostrar-se-iam incompatíveis.
d) militar, assim como as cruzadas dos séculos 
anteriores, e no qual objetivos econômicos e 
religiosos surgiriam como complemento ape-
nas ocasional.
e) que visava, exclusivamente, lucrar com o 
comércio intercontinental, a despeito de, 
oficialmente, autoridades políticas e religio-
sas afirmarem que seu único objetivo era a 
expansão da fé cristã.
 2. (Unesp) A propósito da expansão marítimo-
-comercial europeia dos séculos XV e XVI 
pode-se afirmar que
a) a Igreja Católica foi contrária à expansão e não 
participou da colonização das novas terras.
b) os altoscustos das navegações empobreceram 
a burguesia mercantil dos países ibéricos.
c) a centralização política fortaleceu-se com o 
descobrimento das novas terras.
d) os europeus pretendiam absorver os princípios 
religiosos dos povos americanos.
e) os descobrimentos intensificaram o comércio 
de especiarias no mar Mediterrâneo.
 3. (Unesp) O comércio foi de fato o nervo da 
colonização do Antigo Regime, isto é, para 
incrementar as atividades mercantis proces-
sava-se a ocupação, povoamento e valorização 
das novas áreas. E aqui ressalta de novo o sen-
tido da colonização da época Moderna; indo 
em curso na Europa a expansão da economia 
de mercado, com a mercantilização crescente 
dos vários setores produtivos antes à margem 
da circulação de mercadorias – a produção co-
lonial era uma produção mercantil, ligada às 
grandes linhas do tráfico internacional.
Adaptado de: NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na 
crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808). 1981.
O mecanismo principal da colonização foi o 
comércio entre colônia e metrópole, fato que 
se manifesta
a) na ampliação do movimento de integração 
econômica europeia por meio do amplo acesso 
de outras potências aos mercados coloniais.
b) na ausência de preocupações capitalistas por 
parte dos colonos, que preferiam manter o 
modelo feudal e a hegemonia dos senhores de 
terras.
c) nas críticas das autoridades metropolitanas à 
persistência do escravismo, que impedia a am-
pliação do mercado consumidor na colônia.
d) no desinteresse metropolitano de ocupar as 
novas terras conquistadas, limitando-se à ex-
ploração imediatista das riquezas encontradas.
e) no condicionamento político, demográfico e 
econômico dos espaços coloniais, que deve-
riam gerar lucros para as economias metropo-
litanas.
 4. (Unicamp) Referindo-se à expansão maríti-
ma dos séculos XV e XVI, o poeta português 
Fernando Pessoa escreveu, em 1922, no poe-
ma “Padrão”:
“E ao imenso e possível oceano Ensinam es-
tas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.”
PESSOA, Fernando. Mensagem – poemas 
esotéricos. Madri: ALLCA XX, 1997, p. 49.
Nestes versos identificamos uma comparação 
entre dois processos históricos. É válido afir-
mar que o poema compara
a) o sistema de colonização da Idade Moderna 
aos sistemas de colonização da Antiguidade 
Clássica: a navegação oceânica tornou possí-
vel aos portugueses o tráfico de escravos para 
suas colônias, enquanto gregos e romanos 
utilizavam servos presos à terra.
b) o alcance da expansão marítima portuguesa 
da Idade Moderna aos processos de coloniza-
ção da Antiguidade Clássica: enquanto o do-
mínio grego e romano se limitava ao mar Me-
diterrâneo, o domínio português expandiu-se 
pelos oceanos Atlântico e Índico.
111
c) a localização geográfica das possessões co-
loniais dos impérios antigos e modernos: as 
cidades-Estado gregas e depois o Império 
Romano se limitaram a expandir seus do-
mínios pela Europa, ao passo que Portugal 
fundou colônias na costa do norte da África.
d) a duração dos impérios antigos e modernos: 
enquanto o domínio de gregos e romanos 
sobre os mares teve um fim com as guerras 
do Peloponeso e Púnicas, respectivamente, 
Portugal figurou como a maior potência ma-
rítima até a independência de suas colônias.
 5. (Unicamp) Alexandre von Humboldt (1769 
1859) foi um cientista que analisou o pro-
cesso das descobertas marítimas do século 
XVI, classificando-o como um avanço cien-
tífico ímpar. A descoberta do Novo Mundo 
foi marcante porque os trabalhos realizados 
para conhecer sua geografia tiveram incon-
testável influência no aperfeiçoamento dos 
mapas e nos métodos astronômicos para de-
terminar a posição dos lugares. Humboldt 
constatou a importância das viagens impu-
tando-lhes valor científico e histórico.
Adaptado de: Domingues, H.B. Viagens científicas: 
descobrimento e colonização no Brasil no século XIX. In: 
Heizer, Alda; Videira, Antonio A. Passos. Ciência, Civilização 
e Império nos trópicos. Rio de Janeiro: Acess, 2001, p. 59.
Assinale a alternativa correta.
a) O tema dos descobrimentos relaciona-se ao 
estudo da inferioridade da natureza ameri-
cana, que justificava a exploração colonial e 
o trabalho compulsório.
b) Humboldt retoma o marco histórico dos des-
cobrimentos e das viagens marítimas e reco-
nhece suas contribuições para a expansão do 
conhecimento científico.
c) Os conhecimentos anteriores às proposições 
de Galileu foram preservados nos mapas, 
métodos astronômicos e conhecimentos ge-
ográficos do mundo resultantes dos desco-
brimentos.
d) Os descobrimentos tiveram grande repercus-
são no mundo contemporâneo por estabele-
cer os parâmetros religiosos e sociais com os 
quais se explica o processo da independên-
cia nas Américas.
E.O. dissErtAtivAs 
(UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp)
 1. (Fuvest)
Não mais, musa, não mais, que a lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não nos dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Duma austera, apagada e vil tristeza.
Luis de Camões. Os Lusíadas.
a) Cite uma característica típica e uma caracte-
rística atípica da poesia épica, presentes na 
estrofe. Justifique.
b) Relacione o conteúdo dessa estrofe com o 
momento vivido pelo Império Português por 
volta de 1572, ano da publicação de Os Lusí-
adas.
 2. (Fuvest)
Adaptado de: Atlas Histórico Escolar, 
8. ed. Rio de Janeiro: FAE. 1991
Observe as rotas no mapa e responda:
a) O que representou, para os interesses de Por-
tugal, a rota marítima Lisboa-Cabo da Boa 
Esperança-Calicute?
b) O que significou a expedição de Pedro Álva-
res Cabral para o Império Português?
 3. (Unicamp) Segundo o historiador indiano K. 
M. Panikkar, a viagem pioneira dos portu-
gueses à Índia inaugurou aquilo que ele de-
nominou como a época de Vasco da Gama da 
história asiática. Esse período pode ser de-
finido como uma era de poder marítimo, de 
autoridade baseada no controle dos mares, 
poder detido apenas pelas nações europeias. 
Adaptado de: BOXER, C.R. O Império Marítimo Português, 
1415-1835. Lisboa: Edições 70, 1972, p. 55.
a) Quais fatores levaram à expansão marítima 
europeia dos séculos XV e XVI?
b) Qual a diferença entre o domínio dos portu-
gueses no Oriente e na América?
 4. (Unesp) (...) A abertura de novas rotas, a fim 
de superar os entraves derivados do mono-
pólio das importações orientais pelos vene-
zianos e muçulmanos, e a escassez do metal 
nobre implicavam dificuldades técnicas (na-
vegações do Mar Oceano) e econômicas (alto 
custo dos investimentos) (...), o que exigia 
larga mobilização de recursos (...) em escala 
112
nacional (...) A expansão marítima, comer-
cial e colonial, postulando um certo grau de 
centralização do poder para tornar-se reali-
zável, constituiu-se (...) em fator essencial 
do poder do Estado metropolitano.
NOVAIS, Fernando. O Brasil nos quadros do 
antigo sistema colonial. In: MOTTA, Carlos 
Guilherme (Org.). Brasil em perspectiva.
A partir do texto, responda:
Por que a centralização política foi condição 
para a expansão marítima e comercial nos 
séculos XV e XVI?
 5. (Unicamp) Os motivos que levaram Colom-
bo a empreender a sua viagem evidenciam 
a complexidade da personagem. A principal 
força que o moveu nada tinha de moderna: 
tratava-se de um projeto religioso, dissimu-
lado pelo tema do ouro. O grande motivo de 
Colombo era defender a religião cristã em 
todas as partes do mundo. Graças às suas 
viagens, ele esperava obter fundos para fi-
nanciar uma nova cruzada.
Adaptado de: TODOROV, Tzvetan. Viajantes e Indígenas. 
In: GARIN, Eugenio. O Homem Renascentista. 
Lisboa: Editorial Presença, 1991, p. 233.
a) Segundo o texto, quais foram os objetivos da 
viagem de Colombo?
b) O que foram as cruzadas na Idade Média?
gAbAritO
E.O. Aprendizagem
1. B 2. E 3. B 4. C 5. C
6. B 7. E 8. D 9. A 10. B
E.O. Fixação
1. B 2. A 3. D4. B 5. D
6. C 7. A 8. A 9. A 10. D
E.O. Complementar
1. D 2. A 3. A 4. A 5. D
E.O. Dissertativo
1. 
a) Entre os fatores que explicam o pionei-
rismo português nas Grandes Navega-
ções se destacam, entre outros elemen-
tos, a centralização política precoce, que 
permitiu a Portugal a coordenação das 
ações estratégicas necessárias para re-
alização de um empreendimento de tal 
envergadura; a experiência anterior no 
comércio de longa distância, realizado 
inicialmente sob a hegemonia de Gêno-
va e Veneza, bem como o envolvimento 
com o mundo islâmico do mediterrâneo; 
o desenvolvimento da arquitetura naval, 
permitindo o desenvolvimento da cara-
vela, embarcação mais leve e veloz que 
as existentes na época e que permitia 
aos portugueses se aproximarem da ter-
ra firme sem encalhar; o aprimoramento 
das técnicas (determinação de latitudes 
e longitudes) e dos instrumentos de na-
vegação (quadrante e astrolábio); o de-
senvolvimento de uma nova mentalidade 
voltada à experimentação e à verificação 
e não apenas à tradição, possibilitando a 
realização de diversas experiências e ino-
vações, localização geográfica privilegia-
da, a Escola de Sagres.
b) A historiadora Laura de Mello e Souza 
sugere na passagem “não se pode dizer, 
a rigor, que existisse, então, nem Brasil 
nem brasileiros” aspectos como: os povos 
autóctones, cerca de 2.500.000 habitan-
tes indígenas na época da chegada de Ca-
bral, não constituíam uma unidade cultu-
ral, tampouco política, pois se tratavam 
de um conjunto variado de sociedades; 
os portugueses ocuparam um território, 
desconhecido por eles, sendo o Brasil 
uma construção histórica posterior, por-
tanto é equivocado (anacronismo) pensar 
113
o território brasileiro atual para o século 
XVI; o Estado brasileiro será formado ape-
nas no século XIX, quando conquistará a 
independência política da Europa, for-
mando um Império; a identidade nacio-
nal brasileira, tema complexo e polêmico 
da historiografia, terá suas primeiras ma-
nifestações, ainda que fragmentárias, na 
crise do antigo sistema colonial no final 
do século XVIII.
 2. A Revolução Comercial deslocou o eixo co-
mercial europeu das rotas que privilegiavam 
o Mar Mediterrâneo para as que utilizavam a 
navegação do Oceano Atlântico.
Uma das consequências para a economia eu-
ropeia:
 § acumulação de capitais;
 § crescimento do tráfico de escravos;
 § fortalecimento econômico da burguesia;
 § acesso a novas fontes de metais precio-
sos;
 § consolidação de práticas econômicas mer-
cantilistas;
 § aumento do consumo de produtos ex-
traeuropeus, como as especiarias;
 § processo inflacionário derivado do afluxo 
de metais preciosos americanos.
Uma das consequências para a economia dos 
outros continentes:
 § submissão aos interesses mercantilistas 
dos Estados europeus;
 § incorporação de práticas econômicas di-
tadas pelos interesses europeus;
 § perda da posse da terra e de outros bens 
materiais por populações nativas;
 § desorganização, eliminação ou retração 
de práticas econômicas autossuficientes;
 § utilização do tráfico interno ou externo 
de trabalhadores como estratégia de ação 
econômica.
 3.
a) Através da aplicação do Pacto Colonial, 
tanto Portugal quanto Espanha empreen-
deram a exploração do continente ame-
ricano, sendo que Portugal priorizou a 
agroexportação e a Espanha priorizou o 
metalismo. 
b) Podemos citar as tentativas de enrique-
cimento, os serviços administrativos e as 
ordens religiosas. 
 4. 
a) Razões para o pioneirismo português na 
expansão marítima.
 § Posição geográfica favorável.
 § Paz interna, relativa estabilidade polí-
tica.
 § Formação/reunião de navegadores, ma-
temáticos, geógrafos e astrônomos.
 § Tradição marítima: experiência com ati-
vidade pesqueira.
 § Pioneirismo na formação do Estado Na-
cional Moderno.
b) Características do Mercantilismo
 § Metalismo: acumulação de metais 
preciosos dentro do território nacio-
nal. Identificação entre a riqueza de 
um país e a quantidade de moedas 
em circulação no seu território.
 § Protecionismo: direito exclusivo dos 
governos sobre a comercialização de 
certos produtos em todos os seus domí-
nios, principalmente nas colônias (pac-
to colonial). Imposição de barreiras ta-
rifárias aos produtos estrangeiros.
 § Balança comercial favorável: A balan-
ça comercial é favorável quando se 
exporta mais que importa. Estímulo 
à produção manufatureira e diminui-
ção das importações. Posse de colô-
nias de exploração como forma de ga-
rantir a balança comercial favorável.
 § Colonialismo: conquista e domínio 
de territórios ultramarinos. A colônia 
como uma economia complementar à 
metrópole, com produção totalmente 
voltada à exportação.
 5. Os mouros, como na época eram conhecidos 
os muçumanos, invadiram e dominaram a 
Península Ibérica no século VIII. No século 
X, os cristãos refugiados na região das As-
túrias iniciaram uma longa guerra visando 
à expulsão dos Mouros, que ficou conheci-
da como a Reconquista. O avanço da Recon-
quista, nos séculos XI e XII, fez surgir, na 
Península Ibérica, vários pequenos reinos 
cristãos, entre eles o Condado Portucalense, 
entregue a D. Henrique de Borgonha (consi-
derado o fundador da dinastia portuguesa), 
como prêmio por sua participação na guerra, 
que se estendeu ainda por um longo perío-
do. Este Condado originou, no século XII, o 
reino independente de Portugal. A segunda 
parte da canção Quinto Império conta como, 
no século XV, os portugueses realizaram uma 
série de grandes navegações, por meio das 
quais exploraram a costa da África, da Ásia, 
e chegaram à América, apontando quatro 
consequências destas navegações. Os versos 
Atravessei / a Tormenta, a Esperança suge-
rem a descoberta de um caminho marítimo 
para as Índias. Os versos até onde o sonho 
alcança / minha Fé pude cravar sugerem a 
divulgação da fé católica nas colônias por-
tuguesas. Por sua vez, os versos Rasguei as 
lendas / do Oceano Tenebroso sugerem a 
derrubada de vários mitos e lendas sobre os 
perigos da navegação oceânica, como a exis-
tência de monstros marinhos e abismos sem 
fim. Por fim, os versos para El Rey, o Glorio-
so, / não há mais trevas no mar sugerem o 
estabelecimento da primazia da coroa portu-
guesa sobre importantes rotas marítimas no 
início da Idade Moderna. 
114
 6. O caráter predatório das conquistas, eviden-
ciado na retratação da pilhagem das riquezas 
dos inimigos presente na narrativa sobre a 
conquista de Granada, pode ser observado na 
conquista da América pelos espanhóis, sobre-
tudo quando da conquista dos impérios Asteca 
e Inca. O espírito cruzadista para a expansão 
da fé cristã, esteve presente não só nas ini-
ciativas de Colombo, quando da capitação de 
recursos e pessoas para o seu empreendimen-
to, como também no processo de conquista da 
América, diferenciando-se porém no contex-
to das Reformas Religiosas, orientado para a 
catequese dos nativos, por não se tratar de 
uma guerra contra infiéis, mas de cooptar fi-
éis para o catolicismo, diante do avanço do 
protestantismo na Europa. 
7.
a) A Baixa Idade Média foi um período ca-
racterizado pela crise do sistema feudal 
e pelo desenvolvimento das estruturas do 
capitalismo. O renascimento comercial e 
urbano, a ascensão da classe burguesa, 
o enfraquecimento do poder senhorial e 
do poder da Igreja Católica são elementos 
marcantes do período. O desenvolvimen-
to do comércio e da economia monetária, 
aliados ao esgotamento das velhas minas 
europeias, estimulou a busca de novas 
fontes de metais preciosos e de rotas de 
comércio alternativas para o Oriente (vi-
sando romper o monopólio árabe-italiano 
nas rotas tradicionais do Mar Mediterrâ-
neo). As grandes inovações técnicas, o 
desenvolvimento da astronomia e da car-
tografia, o avanço na arte da navegação e 
o processo de formação dos Estados Na-
cionais, quando a descentralização típica 
do período medieval foi sendo superada 
pela concentração do poder nas mãos dos 
reis absolutistas, criaram as condiçõespara a aventura das navegações. O poder 
estatal foi imprescindível na realização 
da expansão marítima e comercial, tanto 
que Portugal, o primeiro Estado centra-
lizado da Europa, foi o país pioneiro nas 
grandes navegações dos séculos XV e XVI.
b) De acordo com o fragmento do poema de 
Fernando Pessoa é possível perceber que 
o autor interpreta o processo das nave-
gações portuguesas a partir do impacto 
que essa extraordinária aventura teve na 
vida dos portugueses. O poeta destaca o 
“preço” pago pelos portugueses “para 
que fosses nosso, ó mar!”, um alto preço 
no que se refere às perdas humanas e às 
alterações nas trajetórias de vida dos in-
divíduos que de alguma forma estiveram 
nelas envolvidos. 
 8. 
a) O pioneirismo português nas Grandes Na-
vegações pode ser explicado pela consoli-
dação do Estado Nacional com a Revolu-
ção de Avis (1383-1385) que promoveu a 
aliança entre o rei e a burguesia mercan-
til, condição que assegurava o gerencia-
mento da empreitada por parte do Estado 
e os recursos financeiros junto aos bur-
gueses, e a experiência dos portugueses 
nas atividades mercantis e na navegação 
oceânica, favorecida pela localização geo-
gráfica junto ao Atlântico.
b) As conquistas decorrentes da Expansão 
Marítima e Comercial proporcionaram a 
possibilidade de aumento dos lucros para 
a burguesia mercantil e o aumento da 
arredação pelo Estado, adequando-se as-
sim, à política econômica mercantilista. 
 9. O dízimo era a principal fonte de arregimen-
tação de recursos. A Coroa, mediante o pa-
droado, passava a recolher e administrar o 
equivalente à décima parte da riqueza social. 
 10. Os reis da Espanha e de Portugal deviam en-
viar missionários para as suas conquistas, 
construir igrejas e conventos, fundar paró-
quias e dioceses, subvencionar o culto, bem 
como remunerar o clero diocesano, escolher 
bispos, párocos e missionários, financiar ex-
pedições evangelizadoras, preencher cargos 
e, em circunstâncias especiais, fornecer aju-
da aos religiosos, como no caso dos aldea-
mentos indígenas. 
E.O. Enem
1. A
E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. E
E.O. UERJ 
Exame Discursivo
 1. 
a) Durante a Idade Moderna, a riqueza 
nacional estava fundamentada na 
acumulação de metais preciosos, o 
metalismo. Sendo o comércio a atividade 
econômica preponderante, as nações 
europeias adotavam o protecionismo, 
a balança comercial favorável e o 
monopólio sobre o comércio de suas 
colônias, visando a obtenção e o controle 
da evasão dos metais. 
115
b) Em razão dos entraves decorrentes das 
práticas protecionistas entre as nações 
europeias, as colônias além de fornecerem 
metais preciosos, gêneros tropicais e 
matérias-primas, absorviam manufaturas 
e outros produtos provenientes das 
metrópoles. Assim, através do “Pacto 
Colonial”, as colônias americanas 
constituíam um elemento vital para a 
balança comercial favorável e para o 
próprio enriquecimento da metrópole no 
contexto do mercantilismo.
 2. 
a) Dois dentre os aspectos da sociedade:
 § marcada pela liturgia da religião
 § dividida em ordens ou estamentos
 § baseada no privilégio do nascimento
 § marcada pelas guerras e pela violência
 § caracterizada pelo recorrente recurso 
à repressão.
 3. A viagem de Cabral ao litoral do Brasil fez 
parte de um projeto para reconhecer o lito-
ral do Brasil, que pertencia a Portugal desde 
1494, quando do Tratado de Tordesilhas. A 
posse do litoral do Brasil, somada à posse do 
litoral africano, garantiria ao reino lusitano 
o controle sobre a rota atlântica em direção 
ao oriente e suas especiarias.
As “grandes navegações” foram impulsio-
nadas pela necessidade de superar a crise 
econômica do século XIV, determinada pela 
retração da produção agrícola devido às guer-
ras e a peste negra; ao mesmo tempo, contri-
buiu para consolidar o Estado Nacional, nova 
forma de organização política constituída no 
final do período medieval.
 4. Dois interesses:
 § continuidade das Guerras de Reconquista 
no norte da África;
 § expansão do tráfico de escravos no golfo 
da Guiné;
 § exploração da agromanufatura açucareira 
nas ilhas de Madeira, Açores, São Tomé e 
Príncipe;
 § obtenção de produtos como pimenta ma-
lagueta, ouro e marfim.
O lucro com as atividades econômicas de-
senvolvidas na região permitia o financia-
mento de expedições destinadas à abertu-
ra de um novo caminho para as “Índias”, 
regiões asiáticas cobiçadas em função do 
comércio de especiarias. 
O enunciado e a resposta da questão abor-
dam aspectos significativos da expan-
são marítima portuguesa nos séculos XV 
e XVI, como as vantagens da exploração 
África para o financiamento de expedi-
ções ao Oriente, tema que raramente é re-
quisitado aos vestibulandos.
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. B 2. C 3. E 4. B
5. B
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
 1. 
a) Como características típicas da poesia 
épica presentes na estrofe o(a) aluno(a) 
pode citar, justificando:
 § Versos decassílabos heroicos; com dez 
sílabas e a tônica na sexta e décima 
sílabas;
 § Estrofe de oito versos com esquema 
rítmico ABABABCC;
 § Presença da mitologia greco-romana, 
como fonte de inspiração: “Não mais, 
musa, não mais, que a lira tenho”
Como características atípicas da poesia 
épica presentes na estrofe o(a) aluno(a) 
pode citar, justificando: 
 § Ausência de ufanismo e nacionalismo, 
já que a estrofe questiona as glórias 
de Portugal e suas atividades expan-
sionistas − “… a pátria (…) que está 
metida / No gosto da cobiça e na ru-
deza / Duma austera, apagada e vil 
tristeza”;
 § Ausência de figura do herói, pois a 
poesia épica se caracteriza pela pre-
sença de um herói.”
b) Embora em 1572 o império português 
estivesse vivenciando seu auge, tornan-
do-se verdadeiramente global, com uma 
rede de entrepostos que ligava Lisboa a 
Nagasaki, trazendo enormes riquezas 
para Portugal, o poeta, nesta estrofe, evi-
dencia o paradoxo entre essa riqueza e 
a maneira como ela era obtida, através, 
especialmente, de “cobiça” e “rudeza“.
2. 
a) Em relação à rota marítima Lisboa 
Cabo da Boa Esperança-Calicute, esta-
beleceu-se a ligação comercial maríti-
ma de Portugal com as Índias e, por 
conseguinte, o acesso direto aos pro-
dutos do Oriente e quebra do monopó-
lio italiano desses produtos, levados à 
Europa via Mediterrâneo.
b) A expedição de Pedro Álvares Cabral con-
firmou a existência e a posse das terras no 
Ocidente pertencentes a Portugal confor-
me as determinações do Tratado de Torde-
silhas. Estabeleceu, ainda, a consolidação 
do domínio português no Atlântico Sul.
116
 3. 
a) A Expansão Marítima e Comercial euro-
peia nos séculos XV e XVI decorreu das 
demandas geradas pelo desenvolvimen-
to do comércio no final da Idade Média. 
Dentre os fatores que a estimularam, 
pode-se apontar: a escassez de metais 
preciosos na Europa, pois as minas eu-
ropeias não conseguiam atender a de-
manda estimulada pelo crescimento das 
trocas monetárias e era preciso, portanto, 
encontrar novas minas fora do continen-
te; a aliança entre o rei e a burguesia, 
pois ambos almejavam, respectivamente, 
a valorização do comércio e a conquista 
de novos domínios visando centralização 
do poder; a procura de um caminho para 
as índias (Oriente), pois, desde o século 
XI, as cidades de Gênova e Veneza domi-
navam as rotas de comércio no Mediter-
râneo Oriental e os avanços tecnológicos 
do século XV.
b) As feitorias foram entrepostos comer-
ciais, geralmente fortificados e insta-
lados em zonas costeiras, sobretudo na 
África e no Oriente, que os portugueses 
construíram para centralizar e, assim, 
dominar o comércio dos produtos locais 
para o reino. No Brasil, durante o perí-
odo pré-colonial, também foi adotado o 
sistema de feitorias para a exploração do 
pau-brasil. Com a colonização efetivada a 
partir de 1530, Portugal estimulou a pro-
dução açucareira orientada para exporta-
ção.
 4. Ao se formar um Estado Nacional Moderno 
através de uma aliança entre rei e burgue-

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