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Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Introdução Dor abdominal aguda, súbita e NÃO TRAUMÁTICO que pode necessitar de intervenção cirúrgica ou não. ● Até 15 dias! Difícil diagnóstico = apresentações variadas, grande número de diferenciais, variabilidade do quadro clínico de acordo com gênero, idade, etc… Pacientes idosos→ mais chances de diagnóstico fatal ● Apendicite aguda ● Diverticulite ● Ruptura de aneurisma de aorta abdominal ● Isquemia mesentérica. Pacientes imunodeprimidos → manifestações atípicas, sutis e variáveis. Em mulheres o diagnóstico diferencial é amplo e inclui condições pélvicas, reprodutivas e relacionadas à gestação 🚨 A abordagem inicial visa o diagnóstico ou descartar abdome agudo → causas potencialmente graves, nas quais o quadro necessita de definição diagnóstica e conduta imediatas. Estratigrafia da parede anterior do abdome do sentido externo → interno: ● Pele ● Tela subcutânea/fáscia superficial (fáscia de Camper e de Scarpa) ● Aponeurose ● Músculo ● Fáscia transversal (fáscia endoabdominal) ● Tecido extraperitneal ● Peritônio. Revisando Dor visceral→ fibras não mielinizadas (mal localizadas)→ relacionada à distensão do órgão ● elacionada com inervação de fibras aferentes de órgãos intra-abdominais. Fraca correlação localizatória e pode ocorrer por distensão de órgãos por gás ou distensão da cápsula de órgãos por edema, sangue, massa ou abscesso. = Dor difusa e insidiosa ● Referida ou verdadeira. ● Dor visceral referida: miótomos e dermátomos supridos por neurônios que se projetam nos mesmos segmentos medulares das vísceras afetadas ● Dor visceral verdadeira: inervação de fibras aferentes na parede do órgão, caracteriza-se por ser mal localizada em epigastro, mesogastro e hipogastro, geralmente associado a náusea, vômito, sudorese ou palidez ● Aorta e rins = retroperitoneais = dor na região dorsal. ● Os nociceptores viscerais podem ser estimulados por distensão, estiramento, contração vigorosa e isquemia. ● Intestino anterior = Estruturas peritoneais = estômago, pâncreas, fígado, vias biliares e duodeno proximal = região epigástrica. ● Intestino médio = O resto do intestino delgado e 1/3 proximal do cólon, incluindo o apêndice = estruturas do intestino médio= região periumbilical = mesogástrio ● Intestino posterior = Bexiga e 2/3 distais do cólon, órgãos pélvicos genitourinários = região suprapúbica = hipogástrio Dor parietal ou somática→ cápsula do órgão → fibras mielinizadas, bem localizada, relacionada a perfuração e irritação da parede ou peritônio ● Sentida na pele e no peritônio parietal. Costuma ser de forte intensidade e a dor à descompressão brusca 1 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA costuma estar presente (sinal de Blumberg). → Dermátomo correspondente a área do estímulo. ● Fibras mielinizadas que trafegam por locais específicos da medula, correlacionando melhor o local da dor. Ocorre irritação do peritônio parietal = dor de forte intensidade que piora à palpação. Ex: diverticulite aguda - fossa ilíaca esquerda. Dor referida→ longe do estímulo, pois compartilha mesmo segmento medular ● Resulta da sensação de dor diferente de seu local de origem, como a dor em ombros por irritação diafragmática ou patologias intratorácicas simulando dor abdominal. ● Captada no mesmo segmento medular para dermátomo e víscera. ● Inflamação hepática e da vesícula → pode ter uma dor referida no ombro direito ou escápula direita. ● Pancreatite = escápula esquerda Dor abdominal neuropática → localiza-se em região de distribuição de uma ou mais raízes nervosas torácicas caudais (D8-D12) em queimação, choque, pontada ou formigamento, associado a alterações sensitivas e motoras locais 2 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA QID QIE ● Apendicite ● Divertículo de Meckel ● Diverticulite cecal ● Aneurisma de aorta ● Gestação ectópica ● Cistos ovarianos ou torção de ovário ● Endometriose ● Cálculos ureterais ● Abscesso de psoas ● Adenite mesentérica ● Hérnia estrangulada ● Pielonefrite ● Diverticulite ● Patologias ovarianas ● Hérnia estrangulada Gestação ectópica ● Doença pélvica inflamatória ● Cálculos ureterais ● Abscesso de psoas ● Pielonefrite Dor difusa QSD QSE ● Peritonite ● Pancreatite ● Crise álgica por anemia falciforme ● Cetoacidose diabética ● Isquemia mesentérica ● Gastroenterite ● Aneurisma ou dissecção de aorta ● Doença inflamatória intestinal ● Intestino irritável ● Obstrução intestinal ● Intolerância a lactose ● Insuficiência adrenal ● Porfiria intermitente aguda ● Cólica biliar ● Colecistite ● Colangite ● Abscesso hepático ● Síndrome dispéptica ● Congestão hepática ● Peri-hepatites ● Trombose hepática ● Apendicite retrocecal ● Embolia pulmonar ● Pneumonia ● Pancreatite ● Refluxo gastroesofágico ● Síndromes dispépticas ● Pancreatite ● Refluxo gastroesofágico ● Esplenomegalia ou abscesso esplênico ● Isquemia miocárdica ● Miocardites e pericardites ● Pneumonia Sistêmicas ● Cetoacidose diabética ● Anemia falciforme ● Lúpus eritematoso sistêmico ● Porfiria ● Uremia Torácicas ● Infarto ● Pericardite/miocardite ● Pneumonia ● Embolia pulmonar ● DIssecção aguda de aorta Toxicológicas ● Intoxicação por ferro/chumbo ● Acidentes por animais peçonhentos Infecciosas ● Febre tifóide ● Arboviroses ● Mononucleose ● Faringoamigdalite Parede abdominal ● Espasmo muscular/ hematoma ● Hérpes-zóster Genitourinárias ● Torção testicular ETIOLOGIA: ● Doenças musculares, TGI, ginecológicas, urológicas, cardíacas, pulmonares e intoxicações exógenas podem simular abdome agudo Classificação Inflamatório ● Dor progressiva, mal localizada, podendo evoluir com peritonite localizada. ● Causas: apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite aguda, diverticulite intestinal, doença inflamatória pélvica. ● Dor arrastada, geralmente associada a febre ● Pode haver vômitos e diarreia ● Dor difusa inespecífica (visceral)/peritonite ● “Plastrão” - bloqueio inflamatório ● Comprometimento do estado geral (sepse) no diagnóstico tardio. Diagnóstico: ● Laboratorial→ leucocitose, aumento de PCR ● Desidratação: dist´rubio hidroeletrolítico, alteração de ureia e creatinina ● Sepse: acidose metabólica ● Exames de imagem→USG, tomo ● Apendicite aguda→ clínico ● Pancreatite aguda → quadro clínico + amilase e ou lipase + tc com contraste ev ● Colecistite aguda→ quadro clínico + USG ● Diverticulite→ TC com contraste EV ● DIPA → exame ginecológico, USG/TC Tto ● Sintomáticos, hidratação e correção de distúrbios hidroeletrolíticos ● Antibioticoterapia ● Cirurgia = apendicite, colecistite (até 72h), diverticulite/DIP com complicação, pancreatite aguda em vigência de infecção 3 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Perfurativo ● Dor abdominal súbita, difusa, associada a rigidez de todo o abdome, sudorese, taquicardia, palidez cutânea, peritonite difusa (abdome em tábua), RHA abolidos, dor referida, sinal de Jobert. ● Causas → úlcera gastroduodenal, neoplasia gástrica, perfurações intestinais por corpo estranho e tumores, doença inflamatória intestinal. ● Locais: ○ Duodeno, estômago = úlcera péptica, câncer gástrico. ○ Intestino delgado = DII, tuberculose, febre tifóide, corpo estranho ○ Cólon e reto = apendicite, diverticulite, câncer colorretal. ● Compensação clínica + Tto cirúrgico = não retardar Perfuração de esôfago → são raras e mais frequentemente associadas a iatrogenias decorrentes de dilatações endoscópicas de estenoses pépticas ou da acalasia. Perfuração gástrica e duodenal→ causadas por lesões pépticas agudas ou crônicas, neoplasias e traumatismos. Algumas vezes a perfuração é a primeira manifestação da doença ulcerosa péptica. ● Geralmente há histórico de ingestão de álcool ou medicamentos, como anti-inflamatórios, corticoides ou ácido acetilsalicílico. ● História gástrica prévia associada à anorexia e emagrecimento sugere diagnóstico de neoplasia. ● Nesses casos, há abdome em tábua nas primeirashoras. Ao passar do tempo, a instalação da peritonite bacteriana é acompanhada de febre, sepse e ocorrência de íleo adinâmico. Perfuração de intestino delgado → a gravidade da perfuração depende do local perfurado do intestino delgado, pois em alguns segmentos têm mais enzimas digestivas e em outros, flora bacteriana. Essas perfurações são raras e devem mostrar sinal de alerta para ingestão de corpo estranho ou doença inflamatória intestinal. ● Perfuração proximal: peritonite química inicialmente, com extravasamento de enzimas digestivas ainda ativas. ● Perfuração distal: peritonite séptica. ● Causas mais frequentes → decorrência das infecções específicas (tuberculose e febre tifóide, por exemplo) e as enterites inespecíficas. ● Pode ser resultado da obstrução por hérnias, torções, invaginação e infarto intestinal de causa vascular. Perfurações do intestino grosso → na maioria das vezes, as perfurações nestes segmentos do intestino são resultados de processos inflamatórios agudos, como apendicite ou diverticulite, neoplasias, megacólon tóxico, obstrução intestinal em alça fechada com perfuração de ceco, volvos, corpos estranhos e síndrome de Ogilvie. ● Bem como ocorre nas perfurações do intestino delgado, nessas perfurações, a gravidade também dependerá de qual segmento do cólon foi afetado. ● Cólon direito → considerada a mais grave devido a alta virulência dos germes presentes em sua flora bacteriana, além da consistência líquida do material fecal, o que resulta em uma disseminação mais rápida. As perfurações do intestino grosso geralmente estão associadas a divertículos e tumores. Sinais importantes da radiografia em decúbito lateral esquerdo: ● Sinal de Rigler → visualização, na radiografia de abdome, da parede gástrica ou intestinal pela presença de gás na cavidade abdominal. Nesse caso, é visto nas radiografias com os pacientes em decúbito dorsal. 4 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● Sinal do ligamento falciforme → o gás delinea estruturas que normalmente não são osbervadas na radiografia convencional, como as reflexões peritoneais e os ligamentos. ● Sinal de Chilaiditi→ interposição do cólon ou intestino delgado entre o fígado e o diafragma, podendo confundir-se com o pneumoperitônio. Se houver dúvida no diagnóstico por imagem de radiografia e houver uma clínica muito característica, pode-se utilizar a tomografia computadorizada, a qual é o melhor exame para confirmação de abdome agudo perfurativo, porém tem um custo mais elevado e muitos serviços não dispõem do equipamento. Apenas 70% dos pneumoperitônio identificados à TC são também vistos na radiografia. Obstrutivo ● Íleo paralítico, fecaloma, diverticulite ● Cólica, distensão abdominal, associada a vômitos precoces ou tardios, e parada de eliminação de gases e fezes. Abdome pétreo (sinal de jobert) + RHA aumentados e com timbre metálico. ● Causas: bridas (em jovens), hérnia encarcerada, tutores de cólon e reto (idosos), volvo do cólon, íleo biliar, invaginação intestinal, bolo de ascaris, obstrução antropilórica ● Alto x baixo ● Funcional ou mecânico ● Simples ou complicado ● Intrínseco ou extrínseco ● Completo ou incompleto ● Em alça fechada ● Cirúrgico/potencialmente cirúrgico ● Solicitar radiografia do pct em pé e deitado 5 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA (empilhamento de moedas) ● Tto: ○ jejum, hidratação, correção de distúrbios hidroeletrolíticos ○ SNG para descompressão ○ Atb em casos de febre, infecção… ● Complicações: sofrimento vascular - dor contínua (peritonite), abolição dos RHAs Isquêmico ou Vascular ● Dor do tipo cólica difusa, podendo evoluir com peritonite tardia, distensão abdominal, vômitos e diarreia.. Pctes com antecedente de cardiopatias com arritmias são mais propensos. Existe comprometimento sistêmico importante, com queda do estado geral/ sepse. ● Causas → trombose e embolia mesentérica, isquemia vascular mesentérica não oclusiva. = Embolia ou trombose arterial ● Fezes em geleia de morango/framboesa ● 6h = isquemia = necrose de alça ● Prognóstico depende da área e temo. A insuficiência vascular intestinal pode ser dividida em: ● Aguda - infarto intestinal → redução súbita do fluxo sanguíneo em uma parte ou difusamente por todo o intestino, momento este em que ocorre morte celular e necrose do tecido. ○ Causas oclusivas → embolia (a mais frequente) e a trombose aguda (secundária à aterosclerose prévia). ○ Causas não-oclusivas → secundária à diminuição importante do débito cardíaco, como o choque. ● Crônica - angina abdominal → a aterosclerose é a principal causa. Promove uma instalação lenta da oclusão arterial, permitindo que a circulação colateral se acomode a este cenário. Diagnóstico ● Antecedente de angina abdominal ou arritmia cardíaca ● Exames laboratoriais inespecíficos - acidose metabólica, distúrbios hidroeletrolíticos, leucocitose, aumento de CPK, DHL, amilase ● Angiotomografia → etiologia da isquemia - orientação terapêutica ● Arteriografia→ diagnóstico com potencial terapêutico Radiografia ● Distensão de alças intestinais - “alças carecas”, pneumoperitônio (sinal de rigler). ● Acúmulo de gás e distensão das alças envolvidas (íleo adinâmico) → distensão gasosa intestinal com nível de líquidos na radiografia. 6 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● Espessamento e apagamento de válvulas coniventes. ● Necrose com ruptura mucosa e penetração do gás intraluminal entre as camadas da parede intestinal (pneumatose), podendo em seguida atingir a circulação venosa portal (aeroportograma). Outros achados são: ● Visualização do trombo arterial ou venoso ● Distensão gasosa de alças ● Congestão das veias mesentéricas Tto ● Estabilização, hidratação e correção de distúrbios hidroeletrolíticos ● Atb de amplo espectro ● Abordagem cirúrgica: revascularização/ressecção ● Prognóstico reservado Hemorrágico ● Dor abdominal associada a sinais e sintomas de choque hipovolêmico. Sangramento abdominal não traumático ● Causas → gravidez ectópica rota, cisto de ovário hemorrágico, tumores, aneurismas de aorta, endometriose, aneurisma de vasos viscerais, distúrbios de coagulação ● Dor abdominal é acompanhada de anemia com ou sem instabilidade hemodinâmica ● Dor abdominal a palpação, pode haver peritonite, equimoses em flancos e periumbilical, massas pulsáteis ou frêmitos (aneurismas). ● Diagnóstico e tto ○ Laboratorial = anemia, distúrbios de coagulação, beta-HCG ○ USG/tomografia computadorizada/arteriografia: a depender da estabilidade hemodinâmica do paciente ○ Tto→ cirúrgico/endovascular ou clínico. ⚠ Em idosos → + comum → OBSTRUÇÃO, QUADRO BILIAR, DIVERTICULITE, ISQUEMIA INTESTINAL. O sinal de Kehr no ombro esquerdo é considerado um sinal clássico de ruptura de baço. Na gravidez ectópica rota existe um sinal clássico ao toque vaginal, que é a dor ao tocar o fundo de saco posterior, conhecido como grito de Douglas, ou sinal de Proust. ● A obtenção pormenorizada da história e do exame físico permite suspeitar da presença do AAHE e de sua possível etiologia, orientando os procedimentos de reanimação e as etapas diagnósticas e terapêuticas ulteriores. Exames de imagem: ● USG abdominal pode diagnosticar as 2 principais causas de AAH. → Pacientes que cursam com instabilidade hemodinâmica devem ter a presença de sangue na cavidade peritoneal fácil e rapidamente confirmada. ● A arteriografia é um recurso interessante pelo seu caráter simultaneamente diagnóstico e terapêutico, particularmente nas afecções vasculares e em algumas vísceras parenquimatosas. ● Na suspeita de aneurisma da aorta abdominal, a tomografia computadorizada pode oferecer mais dados, como altura do aneurisma e comprometimento das camadas da parede arterial. 7 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● Tomografia computadorizada que evidencia aneurisma da aorta abdominal infrarrenal: Tratamento: ● Reposição volêmica de acordo com a perda sanguínea estimada. ● Nenhum exame complementar deveser realizado em pacientes instáveis hemodinamicamente. ● Na gravidez ectópica, o tratamento é cirúrgico e pode variar de anexectomia unilateral a histerectomia total, dependendo da origem do sangramento. ● O sangramento de miomas subserosos pode ser tratado da mesma maneira. ● O tratamento dos aneurismas rotos pode ser feito por via intravascular. ● Entre as opções cirúrgicas, é possível a colocação de próteses ou derivações vasculares, dependendo da altura do aneurisma. Colocação de próteses em aneurisma: Tratamento definitivo: ● Laparotomia exploradora persiste como a opção mais eficaz e, portanto, de escolha em qualquer paciente que não consiga ser estabilizado com as medidas iniciais na emergência. ● Vários sangramentos viscerais podem necessitar de ressecções parciais ou totais do órgão para controle da hemorragia. ● Sangramentos vasculares podem necessitar de enxertos para correção da lesão. Obs.: Em algumas situações, a depender da disponibilidade de recursos, podem ser realizadas abordagens combinadas, com laparotomia para controle inicial temporário da hemorragia e arteriografia na sala de operações para hemostasia definitiva, com em alguns sangramentos de origem arterial em sítios em que a ressecção é inviável e em algumas vísceras como o fígado. Peritonite ● Inflamação peritoneal, localizada ou difusa, de qualquer causa, geralmente quadros de inflamação, bactérias ou irritantes químicos ● Sensibilidade intensa à palpação, defesa abdominal com ou sem descompressão brusca ● Descompressão dolorosa ou teste da Pontas dos dedos→ fica nas pontas dos dedos e solta o corpo sobre os calcanhares (Sinal de Markle) ● Defesa: tônus muscular aumentado (involuntário) Avaliação História completa = alguns dados são MUITO relevantes: ● Antecedentes de cirurgias e comorbidades ● Fatores de melhora ou piora ● Tipo da dor ● Aguda ou crônica? ● Região e radiação ● Gravidade ● Fatores temporais e modo de início, progressão e episódios anteriores. ● Uso de fármacos, bebidas alcoólicas, aliementos ingeridos, defecação, jejum. ● Associação com o período menstrual, traumatismos ou cicatrizes. ● Peso, febre, anemia, adinamia, síncopes, obstipação, distensão abdominal, eructasses, pirose, saciedade precoce, empachamento oó-prandial, anorexia, icterícia, colúria, acolhia, prurido, hematemese, melena, enterorragia, artrite, artrite, artralgia, dor torácica, urgência miccional, nocturia, dispaurenia, disminorreia, lombalgia, dorsalgia, fadiga, cefaleias, palpitações, insônia,aumento do apetite, ISTs. ● Sintomas comprometimento visceral = nauseas, vômitos, diarreia, obstipação, febre e calafrios. Dor somática= transmitida através dos nervos da coluna vertebral a partir do peritônio ou estruturas parietais da parede abdominal. 8 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Estímulos nocivos peritônio parietal = químicos ou inflamatórios = dor aguda. 💡 Dor aguda = pensar em catástrofe intra-abdominal, como isquemia mesentérica, aneurisma roto de aorta abdominal ou dissecção aórtica. ● Sem início agudo = úlcera profunda, volvo e torção intestinal A dor referida pode ter padrões previsíveis conforme as vias neurais. O sinal de Kehr é um exemplo clássico, onde a irritação diafragmática, geralmente a partir de sangue intraperitoneal livre, faz com que o paciente apresente dor no ombro e é particularmente associado com colecistite e abscessos diafragmáticos. Processos inflamatórios contíguos ao diafragma também podem causar dor referidap no ombro. Alguns padrões de dor podem sugerir o diagnóstico: ● Doença biliar: dor não paroxística, com duração maior que 1h e média de duração de 5- 16 h. ● Obstrução do intestino delgado: intermitente, em cólica, com progressão para dor mais constante quando ocorre distensão intestinal. Fatores de piora: ● Pacientes com peritonite tendem a ficar quietos e referem aumento da dor com movimentação brusca. ● Pacientes com dor em andar superior de abdome, principalmente se com características pleuríticas, podem sinalizar uma patologia torácica, em particular isquemia coronariana. ● Relação alimentar: úlcera péptica tem dor exacerbada (gástrica) ou aliviada (duodenal) pela alimentação; já a piora da dor com ingestão alimentar pode ocorrer na isquemia mesentérica e cálculos biliares. 💡 Episódios recorrentes, em geral, indicam uma causa não cirúrgica de dor, com as exceções de isquemia mesentérica (angina intestinal), cálculos biliares ou obstrução intestinal parcial. Vômitos são frequentes na maioria das doenças abdominais. Na obstrução do intestino delgado, os vômitos costumam ser biliosos e com a progressão da doença eles se tornam fecaloides. Diarreia = doenças benignas, mas a sua presença por si só não é suficiente para descartar doença grave, sendo a diarreia frequente na isquemia mesentérica, usualmente associada a sangue. Muitas condições médicas não diretamente relacionadas à cavidade abdominal podem causar dor abdominal aguda, incluindo cetoacidose diabética, hipercalcemia, porfiria, doença de Addison, crise falciforme, uremia, intoxicação por chumbo, intoxicação por metanol e angioedema hereditário. ● Cetoacidose = hidratação + insulina Outras causas metabólicas menos comuns de dor abdominal aguda incluem uremia, intoxicação por chumbo, intoxicação por metanol, angioedema hereditário e porfiria. 🩺 Ao exame físico deve ser sempre observado o aspecto geral do paciente, e pacientes aparentemente doentes apresentam maior probabilidade de etiologias de dor abdominal potencialmente graves. ● Anormalidades de sinais vitais = sinal de gravidade. A presença de taquicardia e hipotensão pode indicar desidratação, perda de sangue, aneurisma, sepse e perdas de volume para o terceiro espaço (p. ex., pancreatite). ● Inspeção do abdome → cicatrizes cirúrgicas, e alterações de pele, incluindo sinais de herpes-zóster, doença hepática e hemorragia. ○ Sinal de Grey-Turner → equimoses em flanco sugerindo uma fonte retroperitoneal de sangramento. ○ Sinal de Cullen =equimoses azuladas em região umbilical = sugere sangramento intraperitoneal. ● Ausculta → benefício limitado → pode revelar sons agudos em obstrução do intestino delgado ou o silêncio 9 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA no íleo paralítico. Sopros são descritos em dissecção de aorta ou estenose renal. ● Palpação → hipersensibilidade localizada é geralmente um guia confiável para a causa subjacente da dor. Deve-se considerar apendicite em qualquer paciente com dor no quadrante inferior direito do abdome. A dor associada a massa pulsátil e expansiva é a principal característica de um aneurisma da aorta abdominal. Os pulsos femorais podem ser assimétricos na dissecção aórtica. ● A inspeção e a palpação do paciente em posição ortostática podem revelar a presença de hérnias não detectadas na posição supina. ○ Avaliar distensão, cicatrizes, massas e hérnias ● Defesa abdominal → aumento do tônus muscular da parede abdominal → só tem valor se representa um reflexo involuntário, pois a defesa abdominal voluntária pode ocorrer em qualquer paciente ansioso com o exame abdominal. ● Sinal de Murphy → interrupção da inspiração na colecistite quando o examinador palpa com seus dedos abaixo da margem costal direita anterior do paciente. ● Sinal do psoas→ paciente em decúbito dorsal levantando a coxa contra a resistência lateral; aumento da dor sugere irritação do músculo psoas por um processo inflamatório contíguo ao músculo. Quando positivo na direita, este é um sinal clássico sugestivo de apendicite. Outras condições inflamatórias envolvendo o retroperitônio, incluindo pielonefrite, pancreatite e abscesso do psoas, também podem provocar esse sinal. ● Sinal de Rovsing → teste utilizado no diagnóstico de apendicite. O examinador aplica pressão no quadrante inferior esquerdo, afastada da área habitual de dor apendicular. O teste é positivo se o paciente relata dor no quadrante inferior direito. ● Sinalde Carnett → dor à palpação da parede abdominal, quando positivo, diminui a probabilidade de peritonite e localiza a origem da dor na parede abdominal . Para realizar o teste, palpa-se a região do abdome em que a dor é mais intensa, com pressão suficiente para gerar dor moderada. Pede-se, então, que o paciente desencoste a cabeça e parte do tronco da cama. Caso a dor aumente ou mantenha-se igual, o teste é considerado positivo. Se a origem da dor for intraperitoneal, a musculatura tensionada protegerá a região e a dor diminuirá, sendo o teste, então, negativo. Início temporal da dor ● Súbita sem sintomas prévios: isquemia, perfuração de vísceras e rotura de aneurismas. ● Tipo cólica: colicistite, pancreatite aguda e obstrução intestinal. ● Desconforto vago que depois se localiza com maior intensidade: apendicite aguda e diverticulite aguda. Qualidade e periodicidade ● Gradual e progressiva – hepatite, colicistite, pancreatite ● Cólica e intermitente – cólica biliar, obstrução intestinal Fatores de melhora e piora ● Melhora com alimentação> úlcera duodenal ● Piora com alimentação: úlcera gástrica, colelitíase, isquemia mesentérica. ● Piora com movimentação: irritação peritoneal Sintomas associados ● Vômitos ○ Vômitos volumosos com pouca distensão: obstrução proximal de delgado ○ Vômitos raros e fecalóides: obstrução de cólon 10 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ○ Vômitos claros: obstrução antes da Ampola de Vater ○ Vômitos biliosos: obstrução após a Ampola de Vater ● Apetite ● Funcionamento intestinal ● Icterícia ● Hematêmese ● Melena ● Febre ● Perda de peso Atitude do paciente ● Imóvel no leito – peritonite grave. ● Agitado – obstrução ureteral, cólica biliar, isquemia mesentérica. ● Imóvel + joelho e quadril fletidos (posição da prece maometana) – pancreatite aguda. Procurar por hiperemia, edema e lesões cutâneas = processo inflamatório Visualizar se há equimoses = pancreatite Ausculta = auscultar durante 2 min cada quadrante. ● Abdome silencioso = íleo paralítico ● Ruídos aumentados = gastroenterocolite ● Períodos de silêncio + hiperatividade peristáltica + timbre metálico = obstrução de delgado Percussão: realizada nos 4 quadrantes. ● Timpanismo: ar dentro do intestino = normal ● Hipertimpanismo: obstrução de ílio paralítico ● Macicez: massa (exceto hipocôndrio por causa do fígado) ● Ausência de macicez hepática: pneumoperitônio (sinal de Jobert) Sinais de alarme: ● Sinais de má perfusão periférica ou instabilidade hemodinâmica → Aumenta a probabilidade de diagnósticos graves com isquemia mesentérica e dissecção de aorta. ● Febre→ aumenta a chance de inflamação ● Início súbito de intensidade máxima desde o início = aumenta a chance de patologia grave ● + 65 anos → sintomas frustros, vagos, apresentações atípicas e tardias e manutenção de sinais vitais inalterados inicialmente. ● Imunossupressão → sintomas frustros, vagos, apresentações atípicas e tardias ● Etilismo→ pancreatite, hepatite, cirrose. ● Doença CV → pode indicar comprometimento arterial nas mesentéricas ou aneurisma de aorta. ● Cirurgia abdominal recente → risco de perfuração ou obstrução ● Início de gravidez→ gravidez ectópica ● Vômitos associados → riscos de colecistite, obstrução intestinal, gestação ectópica, etc… ● Sinais de irritação peritoneal → abdome agudo inflamatório. Exames Complementares 🚨Não substituem a história e o exame físico e possuem limitações. EXAMES LABORATORIAIS: ● Hemograma completo → Hb alterada na hemorragia digestiva e sangramento intracavitário (normal na fase inicial). Pode indicar perda oculta de sangue. ● EAS ● Beta HCG ● Amilase ● Lipase ● PCR ● Bilirrubina total e frações ● Fosfatase alcalina ● Gama GT ● Ionograma ● Gasometria – idosos com dispneia, hipotensão e casos graves ou suspeita de isquemia (LACTATO ALTO) ● VHS ● Glicemia ● Creatinina e ureia ● Ala-amilase ● Porfiria urinárias, T4 livre, TSH, cálcio e fósforo séricos, eletroforese de hemoglobina, parasitológico de fezes, reação de Widal (diarreia recente), teste de tolerância a lactose. Eletrólitos e função renal = avaliação global do paciente. Aumentos de amilase e lipase podem indicar o diagnóstico de pancreatite se associados com história clínica compatível com o diagnóstico. 11 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Lactato arterial e DHL, além da amilase, podem aumentar na isquemia mesentérica. 🤔 Leucocitose com desvio à esquerda → sugere abdome agudo inflamatório. ● Plaquetas podem estar diminuídas no sangramento agudo ● Excesso de base (gasometria) → Pode estar diminuído em fase precoce de sangramento agudo relacionado a má perfusão ● Coagulograma → Coagulopatia, hepatopatia, hemorragia digestiva ● Marcadores de função e lesão hepática → Hepatites, colecistite, colangite ● Glicemia → Cetoacidose diabética, estado hiperosmolar hiperglicêmico, pancreatite ● Lactato→ Isquemia mesentérica ● Urina 1→ ITU, nefrolitíase ● ECG→ SCA ❤ O ECG e enzimas cardíacas, por sua vez, devem ser solicitados em pacientes com dor em andar superior de abdome em que se considere a isquemia coronariana um diagnóstico diferencial. EXAMES de imagem: ● Rotina em ABD agudo → Rx tórax PA, RX ABD em pé e outro em decúbito dorsal Radiografia: ● Pneumoperitônio → gás entre as cúpulas diafragmáticas e os órgãos ● Sinal de Rigler → padrão empilhamento de moedas (obstrução de delgado) ● Imagem em grão de café→ cólon dilatado + ausência de ar no reto→ volvo sigmóide ● Outros achados → calcificações em aorta e níveis hidroaéreos no intestino em pacientes com suspeita de obstrução intestinal. ● Útil para detectar corpos estranhos radiopacos. USB abdominal ● Útil em pacientes com doenças do andar superior do abdome e renais. ● 1º exame de escolha na avaliação de pacientes com dor abdominal, particularmente em suspeita de patologias de via biliar ou ginecológicas. ○ Via biliar, hidronefrose, líquido livre na cavidade de pacientes magros 12 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● Pode avaliar pâncreas, rins e vias urinárias, bexiga urinária, apêndice, dimensões aórticas e presença de líquido livre intracavitário. ● Pode ver apêndice ● Suspeita de pneumoperitônio = ultrassom à beira do leito. ● Com o paciente em posição supina ou em decúbito lateral esquerdo, se houver ar livre no peritônio, espera-se que ele se interponha entre o fígado e a parede abdominal. Ao utilizarmos o ultrassom para examinar o hipocôndrio direito, poderemos ver um realce da linha peritoneal, além de artefatos de reverberação. TC (mais elucidativo) ● Avalia pelve, apendicite (melhor), diverticulite, líquido livre em cavidade de pacientes obesos ● Ata sensibilidade e especificidade para a maioria dos diagnósticos, mas apresenta limitações no diagnóstico diferencial. ● Tem excelente acurácia para vários diagnósticos, como litíase renal, apendicite, dissecção de aorta e diverticulite, entre outras condições. ● Pode ser realizado sem ou com contraste endovenoso (EV), via oral (VO) e/ou via retal (VR) a depender da indicação e do protocolo da instituição. ● A angiotomografia (com necessidade de contraste EV) pode ainda avaliar pacientes com trombose mesentérica. Consenso de 2019: ● Exames iniciais → SE HISTÓRIA E EF NÃO DEFINIR → hemograma, EAS, amilase, betahcg e RX ABD ● Se suspeita de ABD perfurativo ou obstrutivo ou isquêmico→ TC ● Se suspeita de ABD inflamatório ou hemorrágico → USG Apresentação Clínica - Padrões Álgicos ● Dor em barra abdomen superior que irradia para o dorso→ pancreatite ● Dor contínua em hcd, irradia para o dorso, após alimentação→colecistite ● Dor abdominal súbita e difusa de grande intensidade com defesa→ ruptura visceral ● Dor súbita + massa pulsátil + hipotensão → rotura de aneurisma ● Dor periumbilical que localiza em FID→ apendicite ● Dor em hcd, com febre e icterícia→ colangite ● Dor periumbilical que localiza na fossa ilíaca esquerda → diverticulite ● Dor abdominal desproporcional+ acidose + pulso irregular→ isquemia mesentérica ● Dor abdominal difusa + distensão + vômitos → obstrução PECULIARIDADES NO IDOSO ● Sujeito a condições mais graves e tem várias comorbidades ● Condições frequentes: biliar e obst intestinal ● Apendicite menor frequência e se manifesta mais tarde → Sintomatologia mais branda e menos leucocitose ● Sonolência é manifestação principal Manejo ● Garantir via aérea, 2 acessos periféricos calibrosos, avaliar necessidade de oxigênio, reposição volêmica, monitorização adequada! ● O tratamento da dor é dirigido à sua causa. Quando não é possível, ou quando o tto for demorar e, assim, aumentar o sofrimento, a terapêutica sintomática é útil e plausível. → Medidas farmacológicas e não farmacológicas. ● Finalidades → analgesia, melhora na qualidade de vida e da capacidade funcional. 13 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA SINAIS DE GRAVIDADE: ● Hipotensão ● Taquicardia ● Rebaixamento de consciência ● Hipóxia ● Taquidispneia ALÍVIO SINTOMÁTICO: ● Analgesia → dipirona, opióide em doses baixas (ter cuidado, pois pode aumentar distensão abdominal) ○ O uso de analgésicos narcóticos, incluindo morfina, não prejudica o diagnóstico nem interfere com o tratamento do paciente. ○ Em pacientes com dor refratária, o uso de morfina em doses de 0,05 mg/kg a cada 20 minutos até controle da dor é uma boa opção. ○ ● AINES não são inteiramente seguros para o uso na emergência. Quanto maior a dose, maior o risco de efeitos colaterais, principalmente quando associados a analgésicos antnflamatórios. ○ Portadores de DPOC te mais chances de reação alérgica e crise de broncoespasmo. ○ Seletivos p COX-2 = aumento da chance de tromboembolismo (AVE, trombose, isquemia…) ○ Incluir em esquema cuja ação conjunta sera sinérgico na analgesia com outros fármacos. ● Antiespasmódicos (Buscopan) ● Antieméticos (ondasetrona) ○ Pode fazer metoclopramida, porém tem mais efeitos extrapiramidais ● Definir se tratamento clínico ou cirúrgico ● É necessário saber a causa para indicar a cirurgia? Não. ● Corticoesteróides → dor aguda intensa das metástases ósseas e da infiltração ou compressão de estruturas nervosas. Crises dolorosas de doenças desmielinizantes tbm podem ser tratadas. Deve-se estar atento aos efeitos colaterais, como indução ou lesão peptica, alterações psíquicas, descompensação de diabetes mellitus e predisposição a infecções. ● Antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes, neurolépticos Todos os pacientes com suspeita de sepse abdominal ou peritonite devem receber antibioticoterapia precocemente, com cobertura, necessariamente, para Gram-negativos e anaeróbios. Cobertura adicional deve ser avaliada de acordo com o caso e a suspeita diagnóstica. Contraindicação absoluta de laparotomia ● INSTABILIDADE HEMODINÂMICA! PRINCIPAIS INDICAÇÕES DE CIRURGIA: ● Defesa abdominal ● Descompressão dolorosa ● Dor progressiva ● Sepse de foco indeterminado + dor ABD ● Presença de líquido livre (sangue, bile, fezes) em grande quantidade na cavidade abdominal ● Pneumoperitônio→ principal indicação! ● Sangue na cavidade ABD com queda de Hb ● Obstrução total com grande distensão abd Abordagem por Região do Ab QSD ● Ver se tem icterícia e Murphy ● Pensar em colelitíase e coledocolitíase ● Hepatite raramente vai dar abdome agudo ○ USG→ litíase biliar? 14 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ○ Avaliar leucocitose, gama GT, FA, BT e frações, amilase, lipase, TGO e TGP ● Se alterações muito elevadas → colangio ressonância para investigar coledocolitíase OBS: importante solicitar função renal em idosos, pois a infecção pode lesar um rim já deficitário Epigástrio ● Colecistite e colelitíase ● Úlcera péptica perfurada (UPP)→ associado a etilismo crônico, mulher idosa tabagista e uso de AINEs ○ Hipertimpanismo em epigástrio e pneumoperitônio ○ Maior dor da vida!!! ● Pancreatite →solicitar amilase e lipase ● Solicitar raio-X de abdome ou TC para ver pneumoperitônio 🚨Não fazer EDA→ chance de pneumoperitônio aumentada (pct pode ter UPP com perfuração suprimida pelo fechamento de abscessos e a EDA levar a perfuração) Flancos ● Hemograma, PCR, sumário de urina, função renal (uréia e creatinina) ● UGS (homem e mulher jovens, bem como cólica nefrética) ou TC (idoso) ● Questionar se elimina fezes e flatos ● O que suspeitar ? ○ Pielonefrite → sintomas urinários e dor também em fossa ilíaca ○ Diverticulite ○ Apendicite FID ● Apêndice ● Cólica nefrética ● Causas pélvicas ● O que solicitar? ○ TC (idoso) ○ Leuco, PCR FIE ● Diverticulite, cólica nefrética, causas pélvicas ● Solicitar TC ou USG endovaginal Hipogastro ● Bexigoma→ idoso, alterações neurológicas ● Cólica nefrética ● ITU ● DIPA ● Abdome agudo ginecológico (prenhez ectópica) ● Apendicite complicada ● Solicitar marcadores inflamatórios Hipocôndrio esquerdo ● Causas colônicas que levam a dor aqui (obstrução, diverticulite) ● TC, leuco, PCR 15