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As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed A genitália masculina é composta por: Pênis é constituído pelo: prepúcio, glande, freio e corpo Testículos Próstata Eles possuem dupla função: sexual e urinária, por isso distúrbios miccionais e sexuais podem ser isolados ou em associação Alguns distúrbios detectáveis: Priapismo: ereção persistente, dolorosa, prolongada do pênis sem desejo sexual, formando um ângulo agudo com a sínfise púbica Hemospermia: presença de sangue no esperma Corrimento uretral: secreção que sai pelo meato da uretra, indicando uretrite ou prostratiste Disfunções sexuais: impotência sexual ou disfunção erétil, ejaculação precoce ou ausência, anorgasmia e diminuição de libido Infertilidade A inspeção do pênis, complementada pela palpação, possibilita diagnosticar a maioria das enfermidades que acometem esse órgão. As anomalias congênitas (agenesia, duplicação, macro e micropênis, hipospadia, epispadia, fimose) são facilmente detectadas pela simples inspeção. No exame do pênis é indispensável retrair completamente o prepúcio, única maneira de obter uma boa visualização da glande e do sulco balanoprepucial, expondo-se, dessa maneira, lesões que poderiam passar despercebidas (lesões ulceradas, neoplasias, balanopostites, condilomas). É importante investigar o diâmetro, o aspecto e a posição do meato uretral externo. Seu diâmetro normal é de 8 mm. Para verificar se o meato tem calibre adequado, é necessário fazer uma compressão anteroposterior da glande, tomando-a entre os dedos indicador e polegar. Com essa manobra, os lábios meatais se afastam, possibilitando boa visualização do orifício. O tamanho do pênis é um motivo comum de consulta. Pênis de tamanho maior que o habitual para a idade pode fazer parte da síndrome de virilização precoce (hiperplasia congênita da glândula suprarrenal), decorrer de terapêutica hormonal, da presença de litíase primária da bexiga ou ser constitucional. A palpação do pênis pode revelar áreas de endurecimento ao longo do corpo esponjoso, reflexo de processo inflamatório periuretral secundário ou mesmo consequência de cálculo impactado ao longo da uretra. Exame Físico da Genitália Masculina Anatomia Órgãos Genitais Masculinos Exame do Pênis As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed Placas fibrosas endurecidas no trajeto dos corpos cavernosos podem ser palpadas com relativa facilidade na doença de Peyronie. As artérias dorsais são facilmente palpáveis. Para palpar a artéria dorsal esquerda, coloca-- se o dedo indicador esquerdo na base do pênis e, com o dedo polegar na base do corpo cavernoso esquerdo, pressiona-se para cima, o que põe a artéria dorsal esquerda em contato com o dedo indicador. Para palpar a artéria dorsal direita, segue-se a mesma técnica, utilizando a mão direita. No exame da bolsa escrotal, investigam-se o formato, o tamanho, as características da pele e os aspectos vasculares. A pele escrotal é enrugada, mas apresenta-se lisa na criança e no adulto com insuficiência hormonal. As massas escrotais podem ser duras ou moles, e são múltiplas as causas: epididimite, orquite, torção testicular, hematocele, neoplasias do cordão espermático e dos testículos, hidrocele, espermatocele, varicocele, hérnias inguinais indiretas, lipomas e gomas do cordão espermático. O comprometimento da drenagem linfática por microfilárias pode ser responsável pelo chamado linfoescroto; a pele do escroto apresenta-se espessada, edemaciada, com múltiplas formações bolhosas, que fazem minar líquido linfático quase continuamente. Os processos inflamatórios, neoplásicos ou traumáticos, alteram a configuração e o tamanho da bolsa escrotal. A hidrocele pode aumentar de maneira gigantesca o volume do escroto. Sinais flogísticos na pele escrotal são observados nos abscessos que, se não tratados, podem evoluir para um quadro de fasciite necrosante, levando à perda tecidual por ação de germes anaeróbios e bactérias gram-negativas (síndrome de Fournier). Coloração avermelhada da pele escrotal é vista nos processos inflamatórios agudos e nos acidentes vasculares deste órgão. A presença de equimose difusa, que se estende ao corpo peniano e ao períneo, é comum nas lesões traumáticas do escroto. Flacidez, atrofia, perda dos movimentos de contração e apagamento das pregas horizontais do escroto são constantes na criptorquia e no hipogonadismo, e formações cirsoides delineiam-se nas varicoceles avançadas. Nos indivíduos com câncer da próstata, tratados com estrogênios, notase uma pigmentação acentuada da rafe mediana com discromias penianas. Fístulas de aparecimento súbito são sugestivas de processos epididimários inespecíficos, enquanto as que surgem lentamente indicam processo tuberculoso. Ulcerações sifilíticas, neoplásicas ou tuberculosas, cisto sebáceo, angioqueratomas, hemangiomas ou neoplasias malignas são facilmente perceptíveis ao exame físico. Em condições normais, o testículo esquerdo situa-se mais baixo que o direito. Ao contrário, no situs inversus ou transposição visceral, o testículo direito se posiciona abaixo do esquerdo. Quando o escroto estiver aderido anteriormente ao testículo, deve-se pensar em lesões cutaneomucosas, causadas pela sífilis terciária. Se a aderência for posterior, suspeita-se de tuberculose epididimária. As neoplasias podem invadir qualquer área da pele subjacente e, de modo preferencial, a face anteroexterna. Se a inspeção mostrar alterações na pele escrotal, a doença encontra-se em fase avançada. A palpação é o método de maior valor na análise dos testículos. Deve ser feita com extrema delicadeza, não apenas por despertar dor intensa nos processos inflamatórios agudos, como também pelo risco de disseminação venosa nos casos de neoplasia maligna. Palpa-se um dos testículos, comparando-o com o do lado oposto, avaliando-lhe a consistência, o formato, os contornos e o tamanho, tendo sempre em mente a relação dos testículos com a túnica vaginal que os reveste anteriormente. Em seguida, palpam-se os epidídimos, situados acima e posteriormente aos testículos, procurando-se reconhecer as partes que os constituem: cabeça, corpo e cauda. Depois, palpam-se os cordões espermáticos até o anel inguinal externo; por fim, procura-se determinar a existência de hérnia inguinal. Nesta fase do exame, pede-se ao paciente que contraia a musculatura abdominal soprando contra o dorso da mão (manobra de Valsalva) ou que tussa repetidas vezes. O exame é concluído com a pesquisa do reflexo cremastérico. Os testículos normais apresentam superfície lisa, consistência elástica e formato ovoide. Áreas endurecidas ou nodulares devem ser consideradas suspeitas de lesão maligna. Aumento da consistência, irregularidades na superfície ou aumento do tamanho dos testículos podem ser encontrados nas paquivaginalites, nas periorquites e nas hematoceles que acarretam espessamento da túnica albugínea, a qual adquire aspecto e consistência de porcelana. Exame da Bolsa Escrotal Exame do Testículos As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed No adulto, cada testículo mede em torno de 25 mℓ de volume. O testículo pode apresentar-se uniformemente aumentado, nos processos inflamatórios agudos, ou irregularmente nas neoplasias e nas lesões sifilíticas gomosas. Atrofia testicular é observada após os processos inflamatórios, bacterianos ou virais, em condições isquêmicas que se seguem às torções, nos hipogonadismose após manipulação cirúrgica do canal inguinal (hernioplastia). Os epidídimos situam-se sobre a borda posterossuperior dos testículos e são facilmente perceptíveis entre os dedos indicador e polegar, fazendo-os deslizar de baixo para cima e de diante para trás, ao longo de ambas as faces dos testículos Aumento regular e difuso é observado nas epididimites agudas, enquanto o aumento irregular e multinodular sugere processo tuberculoso. Aumento de volume localizado na cabeça ou no corpo do epidídimo é comum nas lesões císticas. Na cauda, quase sempre é consequência de epididimite inespecífica. A sensibilidade epididimária é maior nos processos inflamatórios agudos e nas lesões microcísticas Os canais deferentes intraescrotais são palpados com facilidade em condições normais, desde seu ponto de junção na cauda epididimária até o orifício externo do anel inguinal. Esse segmento do canal deferente pode ser identificado pela sensação toda especial que se tem de “corda de chicote” Agenesia deferencial, lesões císticas ou granulomatosas podem ser detectadas por simples manobras palpatórias, que devem ser simultâneas e comparativas. Quando acometido de processo tuberculoso, o deferente pode tomar a forma característica de “contas de rosário”. Lesões dos cordões espermáticos são percebidas por palpação. Na funiculite, o cordão se encontra espessado e doloroso. A hidrocele do cordão e as lesões císticas são diagnosticadas por palpação e transiluminação. Uma causa comum da funiculite recidivante nas regiões endêmicas é a filariose, quando se palpam tumefação difusa e certo grau de espessamento do cordão espermático Deve-se usar luva descartável e gel lubrificante. Antes do exame, solicita-se ao paciente urinar, esvaziando a bexiga o máximo que puder. Se possível, o médico observa o jato urinário. Logo em seguida, palpa-se e percute-se a bexiga para verificar se existe urina residual aumentada. Antes de realizar o toque retal, é necessário inspecionar cuidadosamente a região anoperineal, examinando-se a pele em volta do ânus em busca de sinais inflamatórios, alterações provocadas pelo ato de coçar, fissuras, pertuitos fistulosos, condilomas e abscessos. A inspeção do orifício anal pode revelar a presença de mamilos hemorroidários. O paciente deve ser devidamente esclarecido sobre o que será feito, devendo-se dizer a ele que, durante o exame, poderá ter a sensação de estar evacuando. O médico coloca-se ao seu lado e pede-lhe que relaxe o máximo possível. Expõe-se o ânus com o dedo indicador e polegar da mão esquerda, coloca-se a polpa do indicador direito sobre a margem anal e faz-se uma compressão continuada e firme para baixo, com o intuito de relaxar o esfíncter externo. Em seguida, introduz-se o dedo, lenta e suavemente, por meio de movimentos rotatórios. A introdução digital tem que ser feita com delicadeza e suavidade para que não haja dor. Quando não se consegue introduzir o dedo devido a dor intensa ou espasticidade esfincteriana, é necessário considerar a possibilidade de criptite ou fissura anal. Observa-se o tônus esfincteriano anal. Um esfíncter anal relaxado, principalmente quando associado a redundância e relaxamento retal, é encontrado nas enfermidades do sistema nervoso central com disfunção neurológica da bexiga. As estruturas a serem examinadas durante o toque retal são: Parede anterior, pela qual se avaliam a próstata, as vesículas seminais e o fundo de saco vesicorretal Parede lateral esquerda Parede lateral direita Parede posterior (sacro e cóccix) Para cima (até onde alcançar o dedo). As seguintes afecções podem ser diagnosticadas pelo toque retal: fissura anal, fístula anorretal, cisto e fístula pilonidal, hemorroidas internas, relaxamento esfincteriano (senilidade, tabes dorsalis, lesões medulares), estenoses retais (congênita, linfogranulomatosa, inguinal, senil), abscesso anorretal, pólipos, neoplasias benignas, neoplasias malignas, ânus imperfurado, extensão de neoplasias malignas da uretra bulbomembranosa, enfermidades prostáticas, enfermidades das vesículas seminais e enfermidades das glândulas de Cowper. As características semiológicas a analisar são o tamanho, a consistência, a superfície, os Toque Retal As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed contornos, o sulco mediano e a mobilidade da próstata. A próstata normal é palpável na parede anterior do reto como uma estrutura em formato de coração (pirâmide invertida, maçã, pera), com a base voltada para cima e o vértice para baixo. Seus lobos laterais são separados por um sulco mediano (encaixe, septo vertical ou sulco interlobular). Em condições normais, a próstata tem o tamanho de uma noz grande, é regular, simétrica, depressível, apresenta superfície lisa, consistência elástica, lembrando borracha, contornos precisos e é discretamente móvel. As vesículas seminais não costumam ser acessíveis ao exame palpatório.