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1. TTI – TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS: tudo o que você precisa saber sobre o curso.
O curso Técnico em Transações Imobiliárias à Distância da UNI, tem como finalidade atender você que pretende obter habilidades e competências nas áreas de Operações Imobiliárias, Matemática Financeira, Noções de Direito e Legislação, Noções de Economia e de Mercado, Organização e Técnicas Comerciais, Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa,
Marketing Imobiliário, Noções de Relações Humanas e Ética e Desenho Arquitetônico.
2.1. Formas de Ingresso no Curso
Para ingressar no curso de TTI – Ensino Técnico a distancia, é necessário seguir algumas normas estabelecidas pela Resolução nº 1/2005, que estabelece normas para o Sistema de Ensino do Distrito Federal, em observância às disposições da Lei n 9394: é necessário ter concluído o ensino médio, ou estar cursando, sendo que para conclusão do curso o aluno já deve ter concluído o ensino médio.
2.2. Duração do curso
O curso terá duração máxima de 200 (duzentos) dias e carga horária de 1.170 horas incluindo 200 (duzentas) horas de estágio.
As atividades presencias são realizadas por meio de encontros mensais, além da tutoria presencial em dias específicos.
2.3. Material Didático
O material didático é elaborado de forma dinâmica e sua metodologia é baseada no respeito às diferenças individuais.
As atividades seguem um modelo educacional no qual você é o centro do processo de aprendizagem. Á sua volta está um conjunto de recursos educacionais que visa ajudá-lo no alcance de seus objetivos.
O processo de familiarização com o ambiente de estudo lhe transmitirá segurança, de forma que você possa estudar no seu próprio ritmo, de forma autônoma e responsável, organizando horários segundo suas necessidades e planejando como, quando e onde estudar.
 (
2
)
2.4. Sistema de Tutoria
As tutorias são realizadas por meio de encontros presenciais. Os professores/tutores ficam em dias especificados pela instituição, à disposição dos alunos, para esclarecimentos, tirar dúvidas e conversar sobre o conteúdo da disciplina.
Você, como aluno da UNI, além do material didático que recebe no ato da matrícula, tem acesso também aos exercícios que são fornecidos como uma orientação para o processo de aprendizagem.
Para complementar os conhecimentos teóricos adquiridos por meio do material e da tutoria, a UNI efetuou convênios com empresas do ramo imobiliário para que você realize as atividades práticas de estágio.
IMPORTANTE
Estabelecer uma interação constante com o professor-tutor, pois assim a sua aprendizagem seguirá num ritmo de permanente evolução.
2.5. Sistema de Avaliação
A avaliação da aprendizagem ocorrerá em duas etapas:
a) exames presenciais realizados na sede da UNI.
b) desempenho nas atividades do estágio (prática).
A presença é facultativa para efeito de orientação e estudo, porém, para realização dos exames e do estágio obrigatório a presença é obrigatória.
A avaliação do estágio será realizada por meio de ficha de avaliação e acompanhamento, que será preenchida, assinada e carimbada pelo supervisor da imobiliária ou corretor supervisor, e devolvida à UNI.
IMPORTANTE
· O tempo de tolerância para entrada em sala de
aula para realização das avaliações será de 15 minutos. Após a tolerância não será permitida a entrada em sala.
· É expressamente proibida a realização das avaliações sem a apresentação de um documento que comprove sua identificação e que tenha foto (RG, CTPS, Carteira funcional, CNH).
· O não comparecimento na data marcada para realização das avaliações, sem justificativa, terá como penalidade o pagamento de uma taxa estipulada pela instituição referente à marcação de provas.
· Após a segunda prova de recuperação, o aluno deverá efetuar o pagamento de uma taxa simbólica, determinada pela instituição, correspondente às avaliações posteriores (4ª avaliação).
2.5.1. Resultados
O resultado das avaliações será emitido num prazo de 10 dias úteis e será disponibilizado (via impresso) no mural e no sítio da escola, podendo esse último ser acessado pelo aluno por meio de sua senha pessoal.
O resultado do estágio será emitido mediante recebimento da ficha de avaliação e acompanhamento por parte da imobiliária, devidamente preenchida, assinada e carimbada.
 (
17
) (
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
)
2. VOCÊ E OS ESTUDOS A DISTÂNCIA: ORIENTAÇÃO E DICAS PARA O SEU PERCURSO ACADÊMICO
2.1. Alguns esclarecimentos sobre essa modalidade de ensino
O estudo por meio de um ambiente virtual de aprendizagem não é nem mais difícil nem mais fácil do que num ambiente presencial. É apenas diferente. O estudo a distância exige muita disciplina.
No curso a distância, é Você e não o professor o principal responsável pelo processo de aprendizagem. Você tem a liberdade de estudar de acordo com seu ritmo e horário, porém existem limites de tempo para sua conclusão.
Agora vamos enfatizar algumas características de um curso de educação a distância.
2.2. Características da Educação a Distância:
· Uma quase permanente separação entre o professor e o aluno durante o processo de aprendizagem;
· Influência de uma organização educacional no planejamento e preparação dos materiais pedagógicos bem como na disponibilização de serviços de apoio ao aluno;
A utilização de recursos tecnológicos, com vista a estabelecer a ligação pedagógica entre aluno e professor e a suportar os conteúdos do curso.
O estabelecimento de uma comunicação bidirecional de modo que o aluno possa tirar partido do diálogo, ou mesmo iniciá-lo;
2.3. Motivação para Aprendizagem
Entende-se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com força sobre nós, levando-nos
a ação. Para que haja ação ou reação é preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Essa teoria nos dá idéia de um ciclo, o Ciclo Motivacional.
Quando o ciclo motivacional não se realiza sobrevém a frustração, o que pode levá-lo a assumir várias atitudes:
a) Comportamento ilógico ou sem normalidade;
b) Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida;
c) Nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios e digestivos;
d) Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos;
e) Passividade, moral baixo, má vontade, pessimismo, resistência às modificações, insegurança, não colaboração, etc.
Quando a necessidade não é satisfeita, não significa que Você permanecerá eternamente frustrado. De alguma maneira a necessidade será transferida ou compensada, visto que a motivação é um estado cíclico e constante na vida pessoal.
Maslow apresentou uma teoria da motivação que é conhecida como uma das mais importantes. Para ele, as nossas necessidades obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que realizamos uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que busquemos meios para satisfazê-la.
Na teoria de Maslow as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência, como numa pirâmide, em cuja base estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto realização).
Necessidade de Auto Realização; Necessidade de status e estima; Necessidades Sociais; Necessidade de Segurança; Necessidades Fisiológicas.
Segundo Maslow, as necessidades fisiológicas constituem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da espécie: alimentação, sono, repouso, abrigo, etc. As necessidades de segurança constituem a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga e o perigo. As necessidades sociais incluem a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor. A necessidade de estima envolve a auto-apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência eautonomia. A necessidade de auto- realização é a mais elevada, pois a pessoa pode desenvolver o seu próprio potencial.
A motivação para a aprendizagem está ligada à necessidades levantadas por Maslow. Pois a educação é uma peça fundamental para o alcance da segurança, do afeto (social), da auto estima e da auto realização.
ESQUENTANDO SEU PENSAMENTO
Alguns conceitos sobre motivação
· Em psicologia, motivação é a força propulsora (desejo) por trás de
todas	as	ações	de	um	organismo. pt.wikipedia.org/wiki/Motivação
· Sentimento	de	uma	necessidade. www.pedagogiaemfoco.pro.br/per09a.htm
· 
Conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, às quais agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo, despertando sua vontade e interesse para uma tarefa ou ação conjunta. A motivação surge de dentro das pessoas, não há como ser imposta. Despertar o interesse das pessoas para a Qualidade é fundamental, uma vez que não se implanta qualidade por exortação, decretos ou quaisquer mecanismos coercivos. www.indg.com.br/info/glossario/glossario.asp
· Qualquer	influência	que	mantém	ou impulsiona o comportamento orientado aos objetivos das pessoas. eden.dei.uc.pt/gestao/forum/glossario/index_lr.htm
· Desejo,	força,	necessidade	ou	outra característica interna a cada pessoa que a leva a buscar a sua satisfação. www.merkatus.com.br/08_dicionario/m-o.htm
IMPORTANTE
Na busca por novos conhecimentos, aprimoramento profissional e acadêmico, Você poderá encontrar no seu caminho algumas barreiras, tais como:
· Barreiras Situacionais – podem ocorrer em determinado momento da vida, como por exemplo, falta de tempo devido compromissos de trabalho ou familiares.
· Barreiras Institucionais – são provenientes da própria instituição, no que se refere à exclusão ou desencorajamento dos trabalhadores adultos de participar de atividades educacionais, como horários ou locais inconvenientes, cursos inapropriados etc.
· Barreiras Disposicionais – atitudes e percepções de ordem pessoais que temos acerca de nós
mesmos. Por exemplo, pessoas idosas e adultos de origem mais humilde apresentam menos interesse ou confiança na capacidade que possuem de aprender.
Assim, muitos alunos usam desculpas associadas às barreiras situacionais (excesso de trabalho, falta de tempo, problemas de saúde) para acobertarem certas percepções pouco positivas que têm de si próprios e que acabam interferindo no seu desempenho acadêmico.
É importante atentar para essas barreiras a fim de superá-las e obter o sucesso que deseja.
3. ORGANIZANDO OS ESTUDOS
As orientações a seguir irão auxiliá-lo(a) a criar hábitos de estudo.
3.1. Estratégias de Aprendizagem
Você sabe o que são estratégias de aprendizagem? Você usa alguma?
Segundo Dembo, 1994, as estratégias de aprendizagem são técnicas ou métodos que usamos para adquirir a informação.
As estratégias de aprendizagem são definidas como seqüências de procedimentos ou atividades que escolhem com o propósito de facilitar a aquisição, o armazenamento e/ ou a utilização da informação, ou seja, as estratégias de aprendizagem podem ser consideradas como qualquer procedimento adotado para a realização de uma determinada tarefa.
De acordo com Holt (1982), para ser um aluno de bom rendimento escolar é preciso, entre outras coisas, que se tenha consciência dos seus próprios processos mentais e do seu próprio grau de compreensão. Um aluno com desempenho escolar satisfatório, além de ser mais eficaz no uso e na seleção de estratégias de aprendizagem, é sempre
capaz de dizer que não entendeu algo, pois ele está constantemente monitorando a sua compreensão.
São várias as estratégias de aprendizagem que podemos usar. Por exemplo:
· Fazer diagramas para entender melhor certos conceitos.
· Extrair as idéias centrais de um texto.
· Buscar ajuda com o professor ou um colega quando não compreendeu bem a matéria.
3.2. Aprendendo a Aprender
Para aprender de forma significativa e autônoma, as estratégias de aprendizagem devem fazer parte do nosso contexto. Vamos começar pela administração do tempo.
4.2.1. Administração do Tempo
A administração do tempo envolve dois aspectos importantes:
· encontrar tempo suficiente para estudar e
· usar bem esse tempo.
Encontrar tempo para estudar
A grande maioria das pessoas tem compromissos sociais (buscar filhos no colégio, estudar, passear, sair com os amigos, etc), compromissos de trabalho (a maioria trabalha o dia todo) e interesses de lazer (ir ao cinema, assistir televisão, passear com os filhos).
Em meio a este contexto questiona-se: existe espaço suficiente entre esses compromissos para acomodar um tempo para estudos?
Quando adultos, os alunos sempre têm que fazer escolhas difíceis quando se trata de tempo. Geralmente quando se tem que optar pelo estudo, significa abrir mão de algo ou alguma coisa. Este é um dos primeiros
problemas que você terá que enfrentar – saber planejar sua vida de forma que ela disponha de espaço para o trabalho, os estudos e o lazer.
 (
Dia
Seg.
Ter.
Qua
Qui.
Sex.
Sáb.
Dom
M
T
N
)Estudar, geralmente, requer muito tempo. Assim, você tem que se tornar um expert em “criar tempo” para acomodar todas as suas atividades. Uma maneira de tentar conseguir fazer isso é elaborar um calendário que exemplifique uma semana típica do seu dia-a-dia.
O calendário deverá ser preenchido com as suas
como ler um texto difícil ou escrever algum trabalho somente quando está descansado e dispõe de muito tempo pela frente. Por outro lado, tarefas mais fáceis como organizar suas anotações ou ler o resumo de um texto, você consegue fazê-las mesmo quando está cansando ou quando o tempo é curto, como, por exemplo, entre uma atividade e outra.
Encontrar e usar bem o tempo para estudar são as duas grandes dicas sobre Administração do Tempo.
4. CONHECENDO O AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
4.1. Acesso ao Ambiente de Aprendizagem
Os espaços de ensino presencial possuem uma estrutura física chamada sala de aula. No ambiente virtual também necessitamos de uma organização para
atividades, após o preenchimento, verifique quanto
sobrou de tempo para você estudar.
Talvez você encontre algumas dificuldades em fazer essa atividade, porém não se assuste. Ela realmente não é fácil, pois levamos uma vida extremamente corrida e agitada. Mais difícil do que fazer um planejamento é conseguir cumpri-lo.
Mas cumprir esse planejamento não é necessariamente o ponto em questão. Mesmo que você tenha que mudar seus planos constantemente, o planejamento que você fez é muito importante, porque as decisões que fazem você mudar de planos forçam você a pensar sobre “o que está fazendo” e “por que está fazendo”.
Para evitar perda de tempo, você deve desenvolver idéias sobre “o tempo de que você precisa” para realizar determinado tipo de tarefa e por quanto tempo pode dedicar-se a ela. Você vai descobrir, por exemplo, que pode fazer certas tarefas
que ocorra processos de ensino, aprendizagem e principalmente a interação entre professor-tutor – alunos e alunos – alunos.
No espaço virtual da UNI você encontrará espaços de comunicação e interação: simulados, bate- papo, formulário tira dúvidas, manual do aluno, entre outros.
Veja a seguir, o que você encontrará no espaço virtual e como acessar:
1º - Digite o endereço http://www.unidf.com.br Aparecerá o Sítio da UNI. Neste espaço você
encontrará recursos que o possibilitará conhecer a estrutura organizacional da escola que escolheu para concluir seu ensino médio.
2º - Clique no ícone “acesso restrito TTI”, e aparecerá a seguinte tela:
Nela você deverá digitar seu código de acesso e senha (disponibilizado pela UNI após a matrícula). Uma tela será exibida, onde você terá acesso a todos os recursos do painel administrativo.
Com esses recursos, você pode alterar seus dados, fazer simulados em dias marcados com a tutoria e outros alunos, trocar conhecimentos na sala de bate– papo, enviar seus questionamentos para as respectivas disciplinas na qual tem encontrado dificuldade através do formuláriotira dúvida, verificar o resultado das últimas avaliações realizadas e consultar o manual do aluno.
4.2. Como acessar a Sala Virtual
A Sala Virtual é uma ferramenta de interação síncrona, isto é, ocorre em tempo real e facilita o
encontro de pessoas que estão geograficamente distantes.
Por isso, é necessário combinar o horário. É sempre bom contar com a presença de um moderador para orientar a discussão. Geralmente, o moderador é aquele que convida para o encontro.
Ao participar de uma Sala Virtual, é importante	seguir	algumas recomendações:
4.3. Netiqueta	aplicada	aos	Espaços	de Aprendizagem Virtual
Assim como em ambientes presenciais, fazemos uso de algumas regras que auxiliam a efetividade do processo de comunicação e a convivência; os espaços virtuais possuem também as suas. Essas regras denominadas “Netiqueta” (normas de etiqueta utilizadas na Internet) e ajudam de forma geral a convivência dos usuários na rede, favorecendo a comunicação e a interatividade.
Conheça a seguir as principais regras de Netiqueta aplicada aos Espaços de Aprendizagem Virtual. Tenha sempre a mão, elas poderão ser úteis na hora de escrever suas mensagens.
 Regra nº 1 - Atrás da mensagem há uma pessoa	
As mensagens são escritas por pessoas como você que pensam, sentem e agem. Podemos concordar com elas, complementar o que escreveram ou até mesmo discordar. Por isso, antes de responder procure pensar em três perguntas que irão ajudá-lo a achar a melhor forma de estabelecer a comunicação: o que vou escrever? Por que vou escrever isto? Como escrever para que o outro entenda o que quero dizer?
 (
Regra nº 2 - Responda as mensagens e solicite a resposta
)linguagem.
Responda todas as mensagens enviadas por e- mail. Seja objetivo em suas respostas.
Não inclua todo o conteúdo da mensagem respondida; deixe o suficiente apenas para indicar os pontos que você está comentando ou a que frase está respondendo, apagando o que estiver a mais (inclusive cabeçalhos, se o programa de e-mail inseri-los na resposta).
 Regra nº 6 - Coloque espaço entre os parágrafos	
Coloque linhas em branco entre blocos e parágrafos do texto das mensagens. O texto ficará mais organizado e mais fácil de ler, mesmo que a mensagem seja longa.
 Regra nº 7 - Arquivos em anexo (attachments)	
Ao enviar arquivos anexados, procure compactá- los para facilitar o envio e visualização do arquivo pelo destinatário.
 (
Regra nº 3 - Ao escrever na internet, “fale, não GRITE!”
)Nas mensagens que for enviar via e-mail ou no bete-papo, escreva normalmente, combinando letras maiúsculas e minúsculas. Na Internet escrever somente com letras maiúsculas é o mesmo que GRITAR!
Para enfatizar frases e palavras, em sua mensagem, use os recursos de sublinhar, negrito, itálico ou *grifar* (palavras ou frases entre asteriscos). Frases em maiúsculas são aceitáveis em títulos e ênfases ou avisos urgentes.
 (
Regra nº 8 - Crie sua assinatura para suas mensagens por
 
e-mail
)
É possível você criar o que se chama "assinatura" para suas mensagens de correio eletrônico. As assinaturas são arquivos pequenos, contendo alguma informação sobre você: nome completo, empresa, cargo, referências de trabalhos e frases. Não exagere! Essa assinatura deve se restringir a no máximo quatro linhas.
 Regra nº 4 - Coloque o “assunto” da mensagem	 No e-mail, a linha Assunto ou Subject deve estar sempre preenchida, de forma clara e objetiva, com o
assunto que será tratado na mensagem.
Isso facilitará o trabalho de quem recebe as mensagens, pois poderá priorizar a leitura das quais o assunto seja de maior importância/interesse.
 Regra nº 5 - Seja objetivo			 As mensagens enviadas por	e-mail	e as disponibilizadas no fórum ou no bate-papo devem ser claras e objetivas. Observe também a correção da
Com o objetivo de tornar possível a expressão das emoções da pessoa em determinado momento foram criados símbolos smiley. Alguns dos mais usados são:
	Símbolos
	Significado
	:-)
	Sorriso
	:-(
	Triste
	;-)
	Piscadinha
	:-O
	De boca aberta
	:-|
	Sem graça
Você poderá encontrar outros exemplos no endereço: http://www.geocities.com/siliconvalley/network/3969/p ages/smileys.htm
5. APOIO AO ALUNO
Além da comunicação com a equipe docente, você poderá contar com o apoio da Coordenação, da Secretaria e dos demais membros da Equipe da UNI.
5.1. Certificação
Declaração e histórico de conclusão - Ao concluir com a média estipulada pela instituição a última prova, você deverá fazer um pedido de declaração e histórico e aguardar um prazo máximo de 15 dias para sua entrega.
 (
Dia/mês/horário
disciplinas
)Certificados - Os certificados serão emitidos no prazo máximo de 120 dias após sua conclusão. Com o certificado em mãos, de uma escola reconhecida e credenciada pela SEDF, você poderá prestar concursos públicos, vestibulares e gozar de todos os direitos legais que a certificação lhe garante.
das avaliações.
SUCESSO NO SEU CURSO!
A Direção CALENDÁRIO DAS TUTORIAS
	Dia / Mês/ horários
	Disciplinas
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
CALENDÁRIO DE PROVAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, L. S. Inteligência e aprendizagem: Dos seus relacionamentos à sua promoção. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 1992.
MOLINA, O. Desenvolvimento de habilidades de estudo: Uma estratégia ao alcance do professor. Educação e Seleção, 1983.
 	. Diferenças no desempenho em leitura com resultado de treinamento em habilidades de estudo. Educação e Seleção, 1984.
Apostila Operações Imobiliárias
 (
19
) (
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
)
SUMÁRIO	PÁG.
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................	21
I - O CORRETOR DE IMÓVEIS ...........................................................................................................	21
1.1. Definição .......................................................................................................................................	21
1.2. As Várias Espécies de Corretores...............................................................................................	22
1.3. Registro .........................................................................................................................................	23
1.4. A Regulamentação e as Leis .......................................................................................................	23
1.5. Competências................................................................................................................................	23
II – TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS.....................................................................................................	24
2.1. O Cliente Proprietário .................................................................................................................	24
2.1.1. Contactar ............................................................................................................................	24
2.1.2. Recepcionar.........................................................................................................................	25
2.1.3. Caracterizar ........................................................................................................................	25
2.1.4. Cadastramento e Vistoria do Imóvel ................................................................................	26
2.2. O Cliente Comprador .................................................................................................................	27
2.2.1. Contactar ............................................................................................................................	27
2.2.2. Atendimento no Escritório ................................................................................................	27
2.2.3. Visita ao Imóvel ..................................................................................................................	28
2.2.4.A Proposta...........................................................................................................................	28
2.2.5. Contraproposta...................................................................................................................	29
2.2.6. Fechamento do Negócio......................................................................................................	29
III - BENS IMÓVEIS ...............................................................................................................................	29
3.1. Propriedade ..................................................................................................................................	30
3.2. Direito de propriedade.................................................................................................................	30
3.3. Classificação dos Imóveis ...........................................................................................................	31
IV - LEI DA OFERTA E PROCURA .....................................................................................................	31
4.1. A oferta .........................................................................................................................................	32
4.2. Demanda ......................................................................................................................................	32
V – CONCORRÊNCIA.............................................................................................................................	32
5.1. Concorrência Imperfeita .............................................................................................................	33
5.2. Concorrência Monopolista ..........................................................................................................	33
5.3. Concorrência pura ou perfeita....................................................................................................	33
5.4. Concorrência Pública...................................................................................................................	33
VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................	34
VII. MODELOS DE FORMULÁRIOS PARA LOCAÇÃO DE IMÓVEIS ........................................	35
7.1. Procuração – autorização para administração de imóveis ......................................................	35
7.2. Contrato de Locação....................................................................................................................	36
7.3. Comunicando Locação ao Proprietário .....................................................................................	39
7.4. Comunicação de Locação ao Condomínio........................................................................................	40
7.5. Comunicação ao Locatário de Venda de Imóvel.......................................................................	41
7.6. Autorização de Venda de Imóveis ..............................................................................................	42
7.7. Recibo de Sinal de Negócio..........................................................................................................	43
7.8. Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda .......................................................	44
7.9. Instrumento Particular de Cessão de Direitos...........................................................................	46
7.10. Termo de Visita...........................................................................................................................	48
7.11. Instrumento Particular de Procuração ....................................................................................	49
 (
29
) (
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
)
INTRODUÇÃO
Caros (as) alunos (as), Estamos iniciando os estudos
negociantes de diversas regiões e de línguas e dialetos diferentes. Este termo proxeneta, que os Romanos usavam também para designar a “paga do corretor”, com o tempo se desvirtuou para um sentido pejorativo
da matéria Operações Imobiliárias. Para tanto, expomos algumas dicas para que você tenha sucesso nos seus estudos.
Primeiro lembramos que a área de Corretor de Imóveis é muito dinâmica e tem um quadro diversificado de aprendizagem.
Portanto, recomendamos que discuta com seus tutores e colegas as dúvidas que tiverem com os conceitos apresentados no material bem como os problemas e vivências do dia-a-dia, objetivando assim o compartilhamento de experiências.
Assim, aproveite as oportunidades e boa
sorte!
I - O CORRETOR DE IMÓVEIS
Bom, não há um consenso sobre o termo corretor. Para alguns, ele vem do latim corrector. Para outros, o termo teve sua origem no provençal (língua que predominou no sul da França entre os séculos XI a
XIV) nem cruzamento dos vocábulos corratier com corredor, por alusão à característica da atividade, qual seja, correr para chegar primeiro em determinada diligência com o fim de aproximar interesses. Na Roma antiga, os corretores eram conhecidos como de grande importância, pelo papel não só de intermediar os negócios, mas também de serem intérpretes entre os
atribuído ao medianeiro de mulheres.
1.1. Definição
A definição atual de corretor é o resultado de diversas etapas vividas ao longo da história. Várias eram as exigências impostas àqueles que se dedicavam à atividade, conforme bem observa Rubens Requião (1997):
Muitas exigências e normas eram semelhantes em vários países, a começar pela organização dos corretores segundo determinadas classes de mercadorias com que operavam; prestação de juramento; incorporação em colégios; incompatibilidade com o exercício de outras atividades; monopólio da função; a obrigação de os estrangeiros se servirem de seus trabalhos.
Excluindo outros tipos de profissionais que intermedeiam interesses e considerando somente o corretor de imóveis, podemos defini-lo como:
O profissional que, havendo satisfeito todas as exigências legais, se encontra apto a agenciar negócios para terceiros, intervindo na aproximação de partes interessadas em transações imobiliárias, procurando eliminar os pontos divergentes e diminuindo as distâncias até a otimização do negócio, que é o seu fechamento. (RESENDE, 2001)
1.2. As Várias Espécies de Corretores
Prezado aluno, tal como ocorreu em outros países, também no Brasil a atividade de intermediar negócios teve diversos segmentos, fazendo com que o vocábulo corretor fosse sempre acompanhado de um qualificativo para designar a sua verdadeira função, como por exemplo Corretor de seguros; de bolsa de mercadorias, de bolsa de valores, de navios, de imóveis etc.
Quem primeiro se preocupou com a atividade foi o Código Comercial, que em 1850, ao entrar em vigor, em seus artigos 36 a 67 disciplinava a atividade de corretagem, ou de mediação, definindo aqueles que a exerciam como “agentes auxiliares do comércio” voltados para a conclusão de negócios mercantis. Eram obrigatórias a sua matrícula no Tribunal do Comércio de seu domicílio e a prestação de fiança idônea, cujo valor era sempre fixado em razão do giro das transações nas praças onde tinham suas atividades. Esses tribunais do Comércio foram extintos em 1875 com a criação das Juntas Comerciais, que os substituíram. O exercício da atividade de corretor necessitava, assim, do preenchimento de certos requisitos especiais e do cumprimento de obrigações previstas no Código, como bem exemplificam os artigos 47 e 51:
Art. 47. O corretor é obrigado a fazer assento exato e metódico de todas as operações que intervier, tomando nota de cada uma, sendo concluída, em um caderno manual paginado.
Art. 50. Os assentos do caderno manual deverão ser lançados diariamente e um protocolo, por cópia literal, por extenso e sem emendas nem interposições, guardada a mesma numeração do manual.
O protocolo terá as formalidades exigidas para os livros dos comerciantes no art.13, sob pena de não
terem fé os assentos que neles se lançarem, e de uma multa correspondente à metade da fiança prestada.
O referido protocolo será exibível em juízo, a requerimento de qualquer interessado, para os exames necessários, e mesmo oficialmente por ordem dos juízes e Tribunais do Comércio.
Art. 51. O corretor, cujos livros forem achados sem as regularidades e formalidades especificadas no art. 50, ou com falta de declaração de alguma das individuações mencionadas nos arts. 48 e 49, será obrigado a indenizar as partes dos prejuízos que daí lhe resultarem, multado na quantia correspondente à quarta parte da fiança, e suspenso por tempo de 3 (três) a 6 (seis) meses. No caso de reincidência será punido com a multa de metade da fiança, e perderá o ofício.
O conceito de corretor, pelo Código Comercial, era tão somente o de aproximador dos comerciantes, levando-os a contratar entre si, servindo como intermediário nas negociações de caráter mercantil e como tal, limitava-se a receber a proposta de um comerciante para levá-la a outro.
Se o Código Comercial se referia apenas a esse tipo de corretagem mercantil, o Código Civil de 1916, por sua vez, ignorou a profissão de corretor. Deu ênfase às diversas modalidades de contrato de corretagem, baseando-se no princípio da bilateralidade e na autonomia da vontade, constituindo-se uma obrigação de resultado e não de meio. Aliás, essa postura do nosso Código Civil prende-se a uma corrente majoritária defensora do princípio de que o corretor só fará jus à remuneração, não pelo serviço prestado, mas, pelo resultado desse serviço. Maria Helena Diniz (1993), citando Spencer Vampré, diz que: “a comissão só é devida ao corretor, depois de concluídos os seus serviços, pelo acordo das partes, embora mais tarde não
seja este efetivamente levado a efeito, ou haja arrependimento”.
1.3. Registro
Todos corretores de Imóveis têm por obrigação estar inscrito e em dia com suas obrigações junto ao CRECI/SC.
1.4. A Regulamentação e as Leis
A regulamentação da profissão de Corretor de Imóveis data de 27 de agosto de 1962, por ocasião da sanção, pelo então Presidente do Senado Federal, Senador Auro Soares de Moura Andrade, da Lei nº
4.116. Por este motivo, o Dia Nacional do Corretor de Imóveis se comemora em 27 de agosto. A modernização dos tempos e das próprias leis, levou o então Ministro do Trabalho, Arnaldo da Costa Prieto a apresentar ao Congresso Nacional, Projeto que se transformou na Lei nº 6.530/78, sancionada em 12 de maio de 1978 e regulamentada em 29 de junho do mesmo ano pelo Decreto nº 81.871/78. Esses Diplomas legais regulamentam até hoje a profissão e criaram o Conselho Federal e os Regionais como órgãos de disciplina e fiscalização do exercício da profissão, constituídos em autarquia, dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa, operacional e financeira.
Conforme determina o Artigo 2º da Lei nº
6.530/78 e o Artigo 1º do Decreto nº 81.871/78 "o exercício da Profissão de Corretor de Imóveis será permitido ao possuidor do título de Técnico em Transações Imobiliárias". O título a que se refere esses Artigos é o Diploma fornecido pelo Estabelecimento de Ensino ao concluinte do curso de Técnico em Transações Imobiliárias - TTI. Por se tratar de curso técnico, o interessado deve ter concluído o 2º Grau ou estar cursando, simultaneamente com o TTI, a 3ª série do 2º Grau. Após a habilitação profissional e de posse do Diploma, o interessado deverá se dirigir ao Conselho Regional de sua jurisdição, a fim de promover sua inscrição. Portanto, os interessados em exercer a profissão de Corretor de Imóveis que não atendam esses requisitos e, mesmo assim, insistam em exercê-la, estão infringindo ao Artigo 47 do Decreto-Lei nº 3.688, de 03 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais), passíveis assim, de punição na forma da Lei.
As atribuições do Corretor de Imóveis poderão ser exercidas, também, por Pessoa Jurídica, desde que, se inscreva no CRECI e tenha como sócio-gerente ou Diretor um Corretor de Imóveis individualmente inscrito e sujeita-se aos mesmos deveres e tem os mesmos direitos das Pessoas Físicas (Art. 6º da Lei nº
6.530 e Art. 3º do Decreto 81.871).
1.5. Competências
Compete ao Corretor de Imóveis exercer a
intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo, ainda, opinar quanto à comercialização imobiliária. (Art. 3º da Lei nº 6.530 e Art. 2º do Decreto nº 81.871).
Mas para exercer a sua função, o corretor deve firmar um contrato de mediação com o dono do imóvel. Esse documento deve ser feito em duas vias e assinado por ambos. Nele devem constar ainda o valor e condições de venda, a porcentagem ajustada e o estabelecimento do prazo que o corretor complete a mediação. Os corretores sindicalizados possuem uma série de benefícios, como por exemplo, um preço especial na colocação de anúncios de publicidade de imóveis, sendo que deve constar no anúncio o nome por extenso, do corretor e seu endereço, além do número do CRECI.
Depois de ter estudado sobre o conceito, o histórico e a regulamentação da profissão “Corretor de Imóveis”, você
está preparado para aprender sobre as Transações Imobiliárias, tema que será abordado a seguir.
II – TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
As transações imobiliárias acontecem e se sucedem a todo momento, em qualquer lugar do país, seja nas grandes metrópoles, seja nas pequenas cidades brasileiras, indo desde pequenos lotes urbanos até grandes propriedades rurais, passando por modestas moradias, mansões, prédios industriais e comerciais e mais uma grande variedade de imóveis. De um lado, estão aqueles que incorporam, aqueles que constroem, os que fazem o loteamento, os locadores, aqueles que simplesmente deseja vender o que lhe pertence. De
outro lado, estão os que compram para uso, os que compram para investir, os locatários e muitos outros que esporadicamente vão a um cartório receber a escritura.
O que há de comum em todos eles é que os seus interesses são antagônicos. Quem vende quer o melhor preço nivelado por cima. Já o que compra, quer este preço nivelado por baixo. Entre um e outro está o corretor, como o elo de ligação, diminuindo a distância entre esses níveis.
Um corretor não se improvisa, se constrói. Essa construção é feita em razão da capacidade do profissional em conhecer bem esses dois lados do cliente, seja na posição de vendedor, seja na de comprador.
O vendedor pode ser um construtor, um incorporador ou um loteador, que, sendo conhecedor das leis das incorporações, terá muito mais cuidado na elaboração dos documentos próprios de seu negócio. Também o corretor necessita estar no mesmo nível de conhecimento, sob pena de perder a credibilidade deste tipo de cliente que, sendo um vendedor constante, torna-se mais exigente pelos serviços que lhe são prestados.
Uma vez alçado à condição de representante do proprietário para a venda de determinado imóvel, o corretor, ao partir para a busca do cliente certo, terá de aplicar todo o seu conhecimento acerca do imóvel em si, dos preços de mercado, das particularidades quanto aos planos de pagamento, às taxas de juros, às multas por inadimplência a mais uma série de situações que se estipulam nos contratos de compra e venda, cuja redação, nem sempre clara, poderá trazer dissabores às partes o que, consequentemente, imputará culpa ao profissional ou à imobiliária que intermediou o negócio.
Tratando-se de locação, os cuidados deverão ter o mesmo tratamento. O locador quer ter a certeza e a tranqüilidade de que seu imóvel encontra-se administrado com competência, com zelo e com a fiel observância às leis que regem as relações locatícias e sobretudo, com o necessário cuidado na escolha do inquilino e as suas garantias para o cumprimento das obrigações pactuadas.
Por sua vez, o locatário quer a segurança de que o imóvel que lhe é locado está livre e desimpedido para os fins propostos e de que os seus direitos previstos na legislação serão observados e de que não será molestado injusta ou desnecessariamente. Esta confiançaé fundamental para uma harmoniosa locação, uma vez que o proprietário ao ceder em locação a sua propriedade, só conserva o domínio porque o uso e a posse é transferida para o inquilino.
2.1. O Cliente Proprietário
2.1.1. Contactar
Onde está o imóvel e quem é o seu proprietário? Este é um dos pilares básicos da atividade imobiliária. Sempre há alguém querendo vender algum imóvel.
Numa linha mais conservadora, há aqueles que querem vender. Porém não admitem a intermediação. Têm prevenção contra corretores de imóveis. Acreditam que procurando diretamente o comprador podem vender mais barato já que não tem de pagar corretagem e sendo mais barato vendem mais rápido. A sociedade caminha a passos largos rumo à especialização de todas as suas atividades. Cada um deve fazer o que sabe e acima de tudo fazer bem feito. Ora, quem sabe vender imóvel é corretor de imóvel e não proprietário de imóvel. Está aí o ponto de partida para o corretor fazer as
argumentações ao contactar um imóvel e seu proprietário. É o momento dele vender a sua imagem e de sua empresa, quando o seu trabalho for pelo sistema de parceria.
O primeiro contato é muito importante para que o corretor ganhe a simpatia do proprietário. Esta primeira abordagem poderá ser feita por telefone ou pessoalmente. O telefone só deverá ser usado com o fim de criar a condição de uma visita, jamais para definir todas as condições para se trabalhar o imóvel.
2.1.2. Recepcionar
Uma vez feito o contato inicial, por telefone, deverá o corretor provocar uma visita ao proprietário para pessoalmente oferecer os seus serviços, formalizar o documento de autorização e conhecer o imóvel. Nem toda visita resultará em uma opção de venda, porém toda visita tem alguma forma de retorno, dependendo naturalmente da maneira com que o corretor se posta diante do proprietário. A formalidade no tratamento é imprescindível, ainda que o proprietário seja um conhecido amigo ou cliente de operações. Ao se falar de negócios não se pode enveredar por assuntos que não trazem contribuição alguma aos objetivos da visita, excetuando-se, é claro, quando a iniciativa é do proprietário que em alguns casos gosta de uma boa prosa.
2.1.3. Caracterizar
Caracterizar o imóvel é o mesmo que fazer o “retrato falado” ou seja, descrevê-lo de tal modo que
qualquer pessoa ao ler o texto descritivo possa imaginar com o maior grau de fidelidade as informações ali contidas. Não se pode e não se deve colocar dados exagerados sobre as dimensões do imóvel, nem tampouco enobrecer os materiais empregados, se eles são de qualidade normal. Descrever uma sala de visita como sendo de dois ambientes, quando na verdade ela não tem mais do que 16 metros quadrados, pode levar o cliente a duas conclusões: ou o corretor é desonesto, ou não tem noção de espaço. Em qualquer das hipóteses, o resultado é desastroso, podendo inclusive ir de encontro às proibições contidas no Código de Defesa do Consumidor, quando se trata de informações enganosas. A caracterização do imóvel é que cria a primeira impressão ao cliente. Esta primeira impressão poderá resultar em decepção quando for feita a visita de
conhecimento e se constatar que a realidade é outra.
O Corretor deve ter portanto, o máximo cuidado ao fazer a ficha para um imóvel ser colocado a venda. Ele deve descrever primeiro a parte social, depois a parte íntima e por último a parte de serviço. Essa seqüência tem uma lógica: as pessoas sempre se preocupam em transmitir uma boa imagem de onde moram, e naturalmente é na parte social que são recebidas as visitas e amigos. É também onde há o impacto do primeiro encontro entre o cliente e o imóvel. O segundo elemento a ser descrito deverá ser sempre a parte íntima, pois há pessoas que querem ter o conforto em seu repouso. É o seu lugar de descanso e como tal, deve ser aconchegante. Por último, vem a parte de serviço, que é o lugar em que os membros da família permanecem por menos tempo, sendo de preocupação secundária os seus possíveis defeitos.
2.1.4. 
Cadastramento e Vistoria do Imóvel
Cadastrar um imóvel é colocá-lo em condições de ser oferecido. É dar todas as informações necessárias para que o comprador tenha conhecimento pleno da situação física, documental e financeira do bem pretendido. A situação física é aquela constante do item anterior. A documental deve igualmente ser transparente na sua veracidade e objetiva na sua espécie. Informar se determinada construção não tem o “habite-se” ou se não está averbada constitui mais do que um dever; é questão de obrigação. Constar o número de matrícula, ou o registro, ou a inscrição na prefeitura, é procedimento normal a que todo corretor deverá estar habituado. Por último, deve ser bem clara a situação financeira do bem a venda. Se é quitada, financiado, hipotecado ou se recai sobre ele algum ônus, são dados de capital importância, pois é a parte financeira que mais pesa na hora de uma transação imobiliária. Tratando-se de imóvel financiado, as informações complementares são indispensáveis, quais sejam:
· agente financeiro;
· prazo de financiamento;
· as prestações vincendas;
· o valor atual da prestação;
· sistema de amortização;
· o prazo para transferência etc.
Uma vez cadastrado o imóvel e tendo sido bem captado, a venda é uma questão de tempo. É aí que se aplica a mágica fórmula dos três “P” para o sucesso de uma transação: um bom ponto, uma boa planta e uma boa forma de pagamento.
2.2. O Cliente Comprador
2.2.1. Contactar
A busca do cliente comprador representa um grande percentual do tempo de trabalho do corretor. Formar uma carteira de clientes interessados na aquisição de um imóvel não é tarefa fácil. Por isso, o profissional deve usar toda sua capacidade de trabalho para criar uma empatia entre si e o cliente, objetivando encontrar imóvel que lhe sirva e nas condições que lhe sejam convenientes. Muitas são as formas de buscar esse cliente, sendo as mais usadas as seguintes:
a) anúncios com telefone para contato;
b) plantão no escritório;
c) plantão em stand de vendas, quando se trata de lançamento;
d) placas afixadas no imóvel que se pretende vender etc.
Cada uma dessas modalidades requer uma forma diferente de conversa inicial. Quando se trata de cliente vindo por determinado anúncio, a tarefa é detalhar as informações, já que os anúncios são feitos de forma muito sintética. O interessado tem uma primeira noção do que está a venda, procura o corretor e só depois é que conhece o imóvel. Já o plantão no escritório serve para receber o cliente que quer uma mercadoria e procura a empresa para tomar maiores informações. Ele não tem conhecimento algum do bem procurado. Chega, expõe o que procura e depois de feita uma triagem é que se parte para a visita. O stand de vendas, por sua vez, recebe a visita do possível interessado, que já fica conhecendo alguma coisa pelo próprio visual da obra em construção. Por último com grande eficácia encontram-se as placas com anúncio de venda ou aluguel. Nessa modalidade, primeiro o cliente
tem o contato externo com o imóvel e só depois é que se dá a sua aproximação com o vendedor.
Em qualquer dos casos aqui mencionados, o corretor deve ser objetivo nas informações ao mesmo tempo que procura descobrir o que realmente pode interessar ao cliente. Não se trata ainda de fechar um negócio, porém de criar uma aproximação com o futuro comprador. A arte de fechar um negócio começa pela arte de fazer um primeiro contato.
2.2.2. Atendimento no Escritório
Quando o cliente se encontra no escritório, o corretor deve procurar criar um ambiente de certa privacidade, ainda que seja um amplo salão de vendas. A conversa deve ser feita em tom mais reservado. O comprador não quer nem gosta de sentir-se constrangido no meio de pessoas estranhas, no momento em que está expondo sua necessidade e revelando sua capacidade financeira. O bom profissional não pode permitir que outros corretores interfiram nas negociações, ainda que com intenção de ajudar.
Quando o cliente chega a ir ao escritório, é porque está realmente decidido a fazer um negócio.Trata-se de um comprador em potencial. A ele todas as atenções devem ser dispensadas. Sobre o imóvel seja de terceiro, seja de lançamento, deve o corretor se empenhar em transmitir todas as informações e dados ao cliente, ao mesmo tempo que deve com sutileza e perspicácia, descobrir os possíveis pontos de entrave na decisão final. Quando o comprador for um casal, o cuidado deverá ser redobrado. Jamais deve interferir na conversa quando entre si estiverem dando opiniões contraditórias. Qualquer palavra do corretor poderá indispor uma das partes e aí facilmente poderá estar
sendo criada uma barreira, muitas vezes intransponível, fazendo com que todo um trabalho de desmorone.
2.2.3. Visita ao Imóvel
Existem certos clientes que gostam de visitar uma infinidade de imóveis. Trata-se do comprador que sonha em achar o melhor imóvel pelo menor preço. Alguns nem sabem ainda o que querem. Outros são detalhistas e qualquer ponto negativo de um imóvel é o bastante para que ele queira ver outro. Mais uma vez o espírito de observação e análise do profissional é fundamental. Aquele cliente que demonstra insegurança, dificilmente irá decidir por um imóvel se ele tiver visitado dez. A sua insegurança lhe traz a dúvida, e a dúvida lhe traz o medo, e o medo não o deixa decidir, adiando até meses uma definição, que pode mesmo até não acontecer.
É no roteiro das visitas aos imóveis que o corretor vai ganhando a simpatia e a confiança do cliente ou no sentido
inverso, vai perdendo-o à medida que vai mostrando e querendo arrancar uma proposta logo de início.
O comprador quer pensar, analisar e só depois manifestar seu interesse. O mais prudente é que o corretor, após mostrar os imóveis, faça a clássica pergunta: Dos imóveis visitados, qual o que realmente atende à sua expectativa? se a resposta for indicativa de determinado imóvel, aí sim, a segunda pergunta deverá ser feita já em tom afirmativo: vamos então formalizar uma proposta para início de negociações? Entretanto, se feita a primeira pergunta e a resposta for vaga ou cheia de evasivas, o mais conveniente é partir para a pergunta
alternativa: O (a) senhor (a) gostaria de conhecer outros imóveis? Neste caso o corretor deverá correr atrás de novas mercadorias, ou seja, deverá estar sempre pronto a se adaptar às situações advindas do comportamento do comprador em face das visitas aos imóveis.
2.2.4. A Proposta
Uma vez definido o imóvel que interessa ao cliente, o passo seguinte é formalizar uma proposta, que deverá sempre ser por escrito. As consultas verbais deverão ser abolidas definitivamente do vocabulário do corretor. Além de não darem garantia alguma do real interesse do comprador, podem ainda vir a prejudicar o profissional, quando do recebimento de sua comissão. Casos há em que o possível comprador faz a proposta verbal, o vendedor aceita, e na hora da finalização surgem dúvidas de ambas as partes, cada um procurando defender seu interesse e conveniência.
Se o cliente tem interesse por determinado imóvel, isto deverá ser manifestado de forma escrita em proposta clara quanto ao preço e a forma de pagamento. Muitos corretores já passaram pela experiência de atender a uma pessoa que diz estar procurando um imóvel para pagamento à vista, mas na hora da proposta, este seu “a vista” é com carta de crédito, com o FGTS, ou ainda com algum bem como parte de pagamento. Detalhar a forma de pagamento e demais condições propostas ao proprietário, além de dar maior credibilidade ao negócio, demonstra o grau de profissionalismo do corretor e evidencia o trabalho por ele desenvolvido. Encaminhada a proposta ao vendedor, ficam as duas alternativas de aceitar tal como foi proposto ou recusá-la e fazer a contraproposta.
2.2.5. Contraproposta
A contraproposta é uma rotina no mercado imobiliário. Dificilmente o comprador paga o preço inicialmente pedido, e igualmente difícil é que o proprietário aceite o preço proposto. É neste vai-e-vem de proposta e contraproposta que o corretor exerce o seu duplo papel de procurador. Quando ele leva uma proposta ao dono do imóvel, está representando o comprador. Não tendo sido ela aceita, mas havendo a contra-oferta, o seu papel deixa de ser o de representar o comprador, transmutando-se em representante do vendedor. Esta mobilidade exige do corretor uma dose de equilíbrio e sensatez, a fim de eliminar os pontos divergentes e aproximar as partes, até que entre elas não mais existam pontos de atrito e o negócio possa ser finalmente fechado. Tanto a proposta como também a contraproposta deverá ser por escrito, e esta deverá igualmente trazer todas as informações sobre em que condições o proprietário se dispõe a modificar o preço inicialmente pedido.
2.2.6. Fechamento do Negócio
Estando devidamente formalizado, apresentado ao comprador e havendo a aceitação o negócio estará fechado. Entretanto, se houver ainda alguns pontos a serem ajustados, chegou a hora de marcar um encontro entre as partes, no qual o corretor passa a ser o mediador da negociação até a conclusão final. Quando comprador e vendedor se encontram, por proposta do corretor, dificilmente a negociação deixa de ser realizada. A não ser por alguma informação omitida por um dos interessados, a tendência é de o fechamento se realizar. Uma vez fechada a transação, o passo seguinte é ir para o cartório ou assinar um compromisso de compra e venda, dependendo tudo das particularidades
de cada negociação. Este é o roteiro quando a transação é feita entre particulares ou com imóvel pronto da construtora.
Tratando-se de imóvel em construção, deverá o corretor ater-se às modalidades do construtor e proceder de conformidade com as normas internas da empresa, sem, contudo deixar de colocar o comprador bem a par da inúmeras cláusulas que normalmente constam dos contratos de compra e venda para entrega futura. Para cada condição de venda há um certo tipo de direito ou de obrigação atribuídos a uma das partes.
Muitas empresas preferem que o fechamento de um negócio seja feito pelo gerente ou pelo próprio dono da imobiliária. Ao corretor fica o encargo de mostrar a mercadoria e levar o cliente comprador até ao escritório. Trata-se de uma questão de normas de cada empresa. A origem disso está no fato de que muitos corretores não prestavam as informações devidamente corretas a uma das partes, acarretando com isso muitos dissabores: muitas transações praticamente realizadas se desfaziam quando a verdadeira situação do imóvel vinha à tona.
III - BENS IMÓVEIS
Numa visão jurídica, todas as coisas que existem na natureza, sejam corpóreas ou incorpóreas, desde que pertençam a alguém ou tenha algum valor econômico, são consideradas bens. Assim só é possível existir o bem se houver a coisa, o dono é um significado econômico.
Entre	os	diversos	bens	juridicamente
considerados, encontram-se os bens imóveis, definidos: como aqueles que, por natureza ou por destino, não podem ser removidos de um lugar para outro, sem perda de sua forma ou substância. (RESENDE, 2001)
Aos bens sobre os quais se exerce o direito de usar, gozar, dispor e reaver de quem injustamente os possua dá-se o nome de propriedade; e quando se trata de imóvel, tem-se a propriedade imóvel.
3.1. Propriedade
O conceito de propriedade variou com o tempo; entretanto, o significado tem-se mantido fiel às suas origens. Está sempre ligado ao que é particular, próprio, peculiar de uma coisa que é inseparável de outra ou que a ela pertence. É pois a condição em que se encontra a coisa, em caráter próprio e exclusivo a determinada pessoa. (RESENDE, 2001).
3.2. Direito de propriedade
Questão que sempre desperta polêmica é o fundamento do direito de propriedade. Existem diversas teorias, todas elas com seus defensores e opositores, com defesas e argumentações que vão da vontade divina, ao assentimento universal, da ocupação, da função social etc.
Nos estados modernos, a tendência é cada vez mais acentuada no sentido de tornar a propriedade como um fator de função social, principalmente a propriedade de terras, como bem observa Sílvio Rodrigues(1997), que assim se expressa:
Toda a legislação sobre a reforma agrária se inspira no princípio de que o direito de propriedade deve ser exercido de acordo
com a sua função social. De fato, a grande linha da reforma agrária é em síntese uma só: combater os latifúndios e minifúndios improdutivos, a fim de proporcionar o surgimento e a difusão de uma propriedade agrícola de produção adequada.
Discorrendo sobre a importância e amplitude da propriedade como a personalização do direito de um titular, Caio Mário da Silva Pereira (1984) afirma questão
a propriedade é o direito subjetivo padrão, dado que confere ao sujeito toda uma gama de poderes, e encontra na ordem jurídica toda sorte de proteções: A Constituição o assegura, o Direito Civil o desenvolve, o Direito Processual oferece as ações defensivas, o Direito Penal pune os atentados contra a propriedade e o Direito Administrativo, vários de seus aspectos.
Com efeito, toda e qualquer pessoa pode adquirir uma propriedade, conforme lhe é assegurado pela Constituição, que em seu artigo 5º, inciso XXII, diz: “é assegurado o direito de propriedade”. Importante observar que, ao mesmo tempo que assegura ao cidadão o direito de adquirir uma propriedade, faz uma ressalva logo em seguida, quando, nos incisos XXIII e XXIV, preceitua que “a propriedade atenderá a sua função social” e que “a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição”.
 (
39
) (
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
)
O Código Civil, por sua vez, no artigo 524, assegura ao proprietário o “direito de usar, gozar e dispor de seus bens, e de reavê-los do poder de quem quer que injustamente os possua”. Todavia, esse direito de dispor está condicionado a certos requisitos regulados por lei, para assegurar direitos de terceiros.
Atenção! Na análise do artigo, devemos observar o que vem a ser usar, gozar, dispor e reaver um bem.
a) DIREITO DE USAR: é o fato de a coisa estar a serviço de seu titular, sem que haja modificações em sua substância. É o direito de ser usada a coisa conforme os desejos da pessoa a quem pertence.
b) DIREITO DE GOZAR: é a prerrogativa do poder de exploração da coisa economicamente, tirando dela todas as suas utilidades, seus frutos e produtos.
c) DIRETO DE DISPOR: tem a amplitude de dar ao proprietário o poder de destinar a coisa como lhe convier, podendo alienar, gravar com ônus, transformá- la, doá-la, destrui-la etc., respeitando, todavia, o direito de outrem, que não poderá ser prejudicado em razão do mau uso da coisa por quem legitimamente é o seu proprietário. Para se dispor dela, é necessário provar que além da legitimidade da propriedade, há também a liberdade para transferi-la a outrem, o que se efetiva com as certidões para fins imobiliários.
d) DIREITO DE REAVER A COISA: se para usar, gozar e dispor o proprietário precisa, antes de tudo, ter a posse da coisa, a lei lhe dá o direito de reavê- la daquele que, injustamente, a detém. Se o dono foi privado de seu bem, tem ele o direito de recuperar o seu domínio. Diversas são as ações que o proprietário pode
intentar para reaver a coisa, sendo a principal delas a reivindicatória.
3.3. Classificação dos Imóveis
Muitas são as formas com que se pode classificar a propriedade imóvel. Isto depende da ótica com que se quer estudá-la, já que está presente em todos os segmentos do indivíduo, de sua família, de sua sociedade, de sua cultura, de seu país. No Direito Brasileiro, de acordo com o Código Civil, (Artigo 43), os bens imóveis podem ser classificados em:
I – imóveis por sua natureza;
II – imóveis por acessão física artificial; III – imóveis por acessão intelectual;
Numa visão mais ampla, observando a ótica jurídica e considerando também seus aspectos econômicos, tributários e políticos, podemos considerar que o imóvel em nosso país admite sua classificação em quatro grupos, cada um deles por sua vez admitindo desdobramentos. Nestes termos, o imóvel pode ser:
· público ou privado;
· individual ou coletivo;
· urbano ou rural;
· natural ou por acessão.
IV - LEI DA OFERTA E PROCURA
Em economia, a Lei da Oferta e Procura é a lei que estabelece a relação entre a demanda de um produto
· isto é, a procura - e a quantidade que é oferecida, a oferta. A partir dela, é possível descrever o comportamento preponderante dos consumidores na aquisição de bens e serviços em determinados períodos, em função de quantidades e preços. Nos períodos em que a oferta de um determinado produto excede muito a procura, seu preço tende a cair. Já em períodos nos
quais a demanda passa a superar a oferta, a tendência é o aumento do preço.
A estabilização da relação entre a oferta e a procura leva, em primeira análise, a uma estabilização do preço. Uma possível concorrência, por exemplo, pode desequilibrar essas relações, provocando alterações de preço.
Ao contrário do que pode parecer a princípio, o comportamento da sociedade não é influenciado apenas pelos preços. O valor de um produto pode ser um estímulo positivo ou negativo para que os consumidores adquiram os serviços que necessitam, mas não é o único.
Existem outros elementos a serem considerados nesta equação, entre eles:
· Os desejos e necessidades das pessoas;
· O poder de compra;
· A disponibilidade dos serviços;
Da mesma forma que a oferta exerce uma influência sobre a procura dos consumidores, a freqüência com que as pessoas buscam determinados produtos também pode aumentar e diminuir os preços dos bens e serviços.
4.1. A oferta
A oferta pode ser entendida como:
a) a quantidade de um produto ou serviço produzido e oferecido no mercado, por um determinado preço em um dado período. Volume de bens e serviços colocados assim à disposição da demanda.
b) uma denominação genérica para indicar o que é disponibilizado ao mercado, independente da sua natureza. Neste caso é utilizada para substituir a expressão “produto ou serviço” e também englobar os outros elementos que são objeto das ações de marketing
(Ex.: locais, idéias e emoções)
c) indica uma condição de venda especial (promoção de vendas) na qual o valor percebido pelo cliente é maximizado.
4.2. Demanda
A demanda é a quantidade de um bem ou serviço que pode ser adquirido por um preço definido em um dado mercado, durante uma unidade de tempo. A demanda sempre influencia a oferta, ou seja, é a demanda que determina o movimento da oferta.
A demanda é o desejo ou necessidade apoiadas pela capacidade e intenção de compra.
Assim, a demanda só vai acontecer se um consumidor tiver um desejo ou necessidade, se ele tiver condições financeiras para suprir sua necessidade ou desejo, e se ele tiver intenção de satisfazê-los.
Sempre que damos prioridade para o consumo de alguma coisa, em detrimento de outra, estamos demonstrando nossa intenção de consumir “aquela alguma coisa”, e não “outra”.
Para as empresas, além de identificar os desejos e as necessidades de seus consumidores, é muito importante identificar a demanda para um determinado produto ou serviço, pois é ela que vai dizer o quanto se comprará da oferta da empresa. Isto é, quem e quantos são os consumidores que irão adquirir o produto ou serviço.
V – CONCORRÊNCIA
Também chamada livre-concorrência. Situação do regime de iniciativa privada em que as empresas competem entre si. Nessas condições, os preços de mercado formam-se perfeitamente segundo a correção entre oferta e procura, sem interferência predominante
de compradores ou vendedores isolados. Os capitais podem então, circular livremente entre os vários ramos e setores, transferindo-se dos menos rentáveis para os mais rentáveis em cada conjuntura econômica.
A livre concorrência entre capitalista constitui a situação ideal para a distribuição mais eficaz dos bens entre as empresas e os consumidores.
5.1. Concorrência Imperfeita
Situação de mercado entre a concorrência perfeita e o monopólio absoluto - e que, na prática,corresponde a grande maioria das situações reais. Caracteriza-se sobretudo pela possibilidade de os vendedores influenciarem a demanda e os preços por vários meios (diferenciação de produtos, publicidade, dumping).
5.2. Concorrência Monopolista
Monopólio é quando só existe uma única empresa produtora de um bem no mercado, não existindo nenhum bem substituto próximo, este modelo faz com que seja quase impossível entrarem novas empresas concorrentes no mercado, pois a empresa detém a cota de mercado.
5.3. Concorrência pura ou perfeita
É um tipo de mercado em que há um grande número de vendedores (empresas), de tal sorte que uma empresa, isoladamente, por ser insignificante, não afeta os níveis de oferta do mercado e, conseqüentemente, o preço de equilíbrio. É um mercado "atomizado", pois é composto de um número expressivo de empresas, como se fossem átomos. Nesse tipo de mercado devem prevalecer ainda as seguintes premissas:
· Produtos homogêneos: Não existe diferenciação
entre produtos ofertados pelas empresas concorrentes.
· Não existem barreiras para o ingresso de empresas no mercado.
· Transparência do mercado: Todas as informações sobre lucros, preços etc. são conhecidas por todos os participantes do mercado.
Em concorrência perfeita, como o mercado é transparente, se existirem lucros extraordinários, isso atrairá novas firmas para o mercado, pois que também não há barreiras ao acesso. Com o aumento da oferta de mercado (devido ao aumento no número de empresas), os preços de mercado tenderão a cair, e conseqüentemente os lucros extras, até chegar-se a uma situação onde só existirão lucros normais, cessando o ingresso de novas empresas nesse mercado.
Deve-se salientar que, na realidade, não há o mercado tipicamente de concorrência perfeita no mundo real, sendo talvez o mercado de produtos hortifrutigranjeiros o exemplo mais próximo que se poderia apontar.
5.4. Concorrência Pública
A concorrência pública é a modalidade de licitação que se realiza, com ampla publicidade, para assegurar a participação de quaisquer interessados que preencham os requisitos previstos no edital convocatório.
Configura-se como a espécie apropriada para os contratos de grande vulto, grande valor, não se exigindo registro prévio ou cadastro dos interessados, cumprindo que satisfaçam as condições prescritas em edital, que deve ser publicado com, no mínimo, trinta dias de intervalo entre a publicação e o recebimento das propostas. Caso seja adotado um certame de acordo com os tipos, como os de menor preço, técnica e preço
e melhor técnica, esse intervalo mínimo é dilatado para quarenta e cinco dias.
Estimando-se o valor do contrato posterior, a concorrência é a modalidade obrigatória em razão de determinados limites, que por sua vez se sujeitam a revisões periódicas. Contudo, independentemente do valor, a lei prevê que a modalidade concorrência deve ser adotada nos seguintes casos:
a) compra de bens imóveis;
b) alienações de bens imóveis para as quais não tenha sido adotada a modalidade leilão;
c) concessões de direito real de uso, serviço ou obra pública;
d) licitações internacionais.
Além desses casos específicos previstos, versa o Estatuto das Licitações e Contratos Públicos que a concorrência é obrigatória quando, em havendo parcelamento, o valor das licitações das parcelas, em conjunto, correspondam ao montante igual ou superior ao previsto para a modalidade concorrência.
Procedimento governamental destinado a selecionar o fornecedor de um serviço ou um bem. Consiste na tomada de preços e exame das propostas de cada concorrente, segundo critérios e prazos previamente fixados.
Ex: Muito visto em leilões e editais governamentais, aonde um determinado produto é analisado pela proposta de vários clientes e o cliente com melhor custo x benefício ou melhor atributo pré- definido é escolhido.
VI – REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA
COBRA, Marcos. Marketing Competitivo: uma abordagem estratégica. São Paulo: atlas, 1993.
DINIZ, Maria Helena. Tratado Teórico e Prático dos Contratos. v. 1 e 3. São Paulo, 1993.
ENRIQUEZ Garcia, Manuel; SANDOVAL de Vasconcelos, MARCO Antônio. Fundamentos da Economia. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 1998.
GUILHERME, Bomfim Dei Vegni-Neri; ISSA, Celso Ayres. Prática das Transações Imobiliárias. 2 ed. São Paulo: Nacional, 1978.
MACEDO, Jamil P. de. Manual do Técnico em Transações Imobiliárias. v 1. 11 ed. Goiânia: AB, 1994.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. v. I e IV. Rio de Janeiro: Forense, 1984.
PINASSI, Ayrton. Locação, Arrendamento e Outras Cessões de Bens Imobiliários. Campinas: Agá Juris, 2003.
REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 1997.
RESENDE, José Machado. Operações Imobiliárias I. Goiânia: AB, 2001.
RODRIGUES, Sílvio. Curso de Direito Civil. v I e V. São Paulo: Saraiva, 1997.
VII - MODELOS DE FORMULÁRIOS PARA LOCAÇÃO DE IMÓVEIS
7.1. PROCURAÇÃO – AUTORIZAÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS
01. OUTORGANTE: 	
02. OUTORGADA: 	
03. IMÓVEIS: 	
04. PODERES: Admitir e despejar inquilinos; estabelecer com eles as condições contratuais, executá-los e a seus fiadores; receber os respectivos aluguéis dando recibo de quitação; representar o outorgante perante as repartições públicas federais, estaduais e municipais, requerendo e praticando o que necessário for a bem dos direitos e interesses do outorgante; usar dos poderes gerais para o foro em direitos permitidos até superior instância; propor ações de penhor legal, seqüestras, arrestos, despejos, desistir, recorrer, agravar, optar, apelar, protestar, embargar, acordar, usar de qualquer recurso legal e segui-lo até superior instância; pagar imposto; requerer e receber a devolução dos que tenham sido cobrados em excesso; praticar todos os atos necessários confiados à sua administração, comparecer à audiência de conciliação prevista no art. 447 do CPC, nela transigindo ou não, e substabelecer no todo ou em parte a um ou mais procuradores.
05. COMISSÃO: A título de comissão sobre o total da administração ora contratada, de aluguéis, seus encargos e eventuais recebimentos, a outorgada receberá do outorgante o equivalente a R$ 	 ( 				). Todavia, quando receber o imóvel desocupado, a comissão relativa ao primeiro mês será de R$ 			( 		) e nos meses seguintes R$ 	 ( 					). Em se tratando de renovação de locação, a outorgada receberá, no primeiro mês após a renovação, o equivalente a R$ 		( 		) de comissão. Recebendo o imóvel para administrar, mais já locado, a comissão inicial será de R$ 			( 			). Todos os anúncios em jornais, e correspondência, correrão por conta do outorgante, assim como as despesas forenses que não forem pagas pelos locatários.
06. DURAÇÃO: A presente procuração tem o prazo certo de validade de 1 (um) ano, cujos termos inicial e final coincidirão com os do contrato de locação a ser formalizado eventualmente, considerando-se prorrogada automaticamente se, 60 (sessenta) dias, pelo menos, antes de verificar o seu término, nenhum dos contratantes manifestar por escrito o propósito de considerar encerrada a presente procuração. E assim sucessivamente, até que um dos contratantes resolva denunciar a presente procuração, conforme o prazo acima previsto. As partes podem, a qualquer tempo, rescindir este contrato. Contudo, esta resolução se condicionará no prévio pagamento da multa. Se por parte da outorgante, esta pagará a outorgada o valor correspondente a 	% ( 		) sobre os aluguéis a serem cobrados até o prazo final deste contrato, quer inicial, quer pela prorrogação da locação. Se houver resilição por parte da outorgada, esta pagará ao outorgante o valor correspondente a 	% ( 	) dos aluguéis restantes. Todavia, no que se refere a constituição, de advogado, quando necessário, para representação do locador em juízo, a procuração tem validade por prazo indeterminado.
 	, 	de 	de 200 	.
7.2. CONTRRATO DE LOCAÇÃO
LOCADOR:			 LOCATÁRIO:IMÓVEL:			 VIGÊNCIA:			 PREÇO: R$ 	( 	)
Entre partes na qualidade de locador(es) CPF nº 	, RG nº 	residência
 	, e na qualidade de locatário(s) CPF nº
 	, RG nº 	, residência 	. É contratada pelo presente instrumento particular, a locação do imóvel abaixo caracterizado, mediante as cláusulas e condições a seguir enumeradas:
I. DO IMÓVEL
O objeto do presente Contrato de Aluguel do(a) 	que o
LOCATÁRIO confessa receber no estado de conservação e limpeza discriminados no “LAUDO DE VISTORIA” anexo, que fica fazendo parte integrante deste instrumento, obrigando-se assim, conservá-lo e restituí-lo no tempo legal do presente contrato.
Na hipótese de renovação de locação, fica dispensado o “laudo de vistoria”, referidos na alínea “A”, prevalecendo então, as disposições antes mencionadas, exceto se forem substituídos os fiadores que firmaram o contrato anterior.
II. DO PRAZO
a) O presente contrato entrará em vigor no dia 	e findará no 	 independente de qualquer aviso ou interpelação judicial.
b) Com ressalva ao disposto na cláusula IX, antes do vencimento do presente contrato não poderá o LOCADOR reaver o imóvel, senão ressarcido ao LOCATÁRIO as perdas e danos resultantes, que equivalerão ao montante dos aluguéis vencidos, nem poderá o LOCATÁRIO, sob qualquer pretexto, devolver o imóvel, senão pagando ao LOCADOR os aluguéis relativos ao tempo que restar.
III. DO ALUGUEL
a) O valor MENSAL do aluguel, livremente convencionado nesta data é de 		que o LOCATÁRIO deverá pagar no 	.
b) O aluguel mensal acima pactuado será reajustado, automaticamente, na periodicidade mínima determinada pela legislação vigente à data de sua celebração, aplicando-se o índice fixado pelo Governo Federal, ou, em sua falta pelo IGP-M da FGV ou, também não sendo este calculado, por qualquer índice de preços, no período do reajuste.
c) Se em virtude de lei subseqüente, vier a ser admitida a correção do valor do aluguel em periodicidade inferior a prevista na legislação vigente à época de sua celebração, concordam as partes, desde já e em caráter irrevogável que a correção do aluguel e seu indexado passará, automaticamente, a ser feito no menor prazo, que for permitido pela lei posterior.
d) Se por ventura vierem os poderes governamentais a autorizar a livre negociação do aluguel ou o seu tabelamento, ou ainda determinar novos índices ou periodicidade menor para a majoração, o seu valor na oportunidade para a realidade do mercado e da inflação acaso existente, reduzida a periodicidade do reajuste até o limite daquela que for autorizada, independentemente de modificações deste contrato, eis que mútua e previamente consentida pelas partes, sempre visando o objetivo previsto no item “b” deste instrumento.
PARÁGRAFO ÚNICO – A mora ou atraso no pagamento do aluguel, no todo ou em parte, sujeita ao locatário a multa de 10% (dez por cento) sobre o seu valor, além de juros de 1% (um por cento) ao mês, e se o atraso for superior a 30 (trinta) dias, ficará ainda o aluguel ou parte dele também sujeito a correção na mesma base de variação da TR, ou de qualquer outro índice fixado ou autorizado pelos poderes públicos para expressar a medida da inflação acaso existente.
IV. DOS IMPOSTOS E TAXAS
Além do aluguel mensal, o LOCATÁRIO pagará todos os impostos, taxas, cotas de condomínio, IPTU e demais encargos que recaiam ou venham a recair sobre o imóvel.
V. DO USO DO IMÓVEL
a) O imóvel destina-se exclusivamente ao uso, sendo proibido ao LOCATÁRIO sublocá-lo, cedê-lo ou
emprestá-lo no todo ou em parte, seja a que título for, salvo a sua coligada.
b) Deverão ser obedecidas pelo inquilino as posturas urbanas e as da convenção do condomínio e regimento interno do prédio.
c) O imóvel não poderá ser utilizado para fins diversos do mencionado na alínea “a” desta cláusula, nem poderá o seu uso sob pena de despejo, comprometer a moralidade, os bons costumes ou o sossego dos vizinhos.
d) Sob pena de responsabilidade civil do LOCATÁRIO, deverão ser imediatamente levados aos conhecimentos do LOCADOR, quaisquer papéis ou documentos entregues aos cuidados do morador, desde que se refiram aos interesses diretos do LOCADOR ou do imóvel.
e) Cumpre ao LOCATÁRIO fazer imediata comunicação ao LOCADOR, por escrito, sempre que houver qualquer avaria grave na estrutura ou nas instalações do imóvel, onde não poderão ser depositados artigos inflamáveis, explosivos ou de fácil deterioração.
f) Responderá o LOCATÁRIO pelo incêndio lavrado no imóvel, se não provar caso fortuito ou de força maior, vício de construção, ou propagação de fogo originado em outro prédio.
g) A ocorrência de desastre desencadeados por força da natureza ou sobre-humanas, tais como faíscas elétricas, inundações, desabamentos, abalos sísmicos etc., ou acidentes naturais motivados por terceiros, não acarretarão a responsabilidade solidária do LOCADOR, pelos eventos materiais ou pessoais acaso surgidos, com relação a pertences, ou haveres e a segurança pessoal dos moradores.
VI. DAS REPARAÇÕES E BEM FEITORIAS
a) O LOCATÁRIO deverá fazer por sua exclusiva conta, com urgência, solidez e perfeição, todas as reparações e consertos de que o imóvel necessitar.
b) Sem prévia autorização do LOCADOR, por escrito, não poderá ser introduzida modificação no imóvel, ainda que necessária. Uma vez realizadas, ficarão definitivamente incorporadas ao imóvel, independentemente de indenização e sem ensejo a retenção das coisas locadas, todas as bem feitorias, sejam voluntárias, úteis ou necessárias, as quais não poderão ser retiradas, a não ser que a remoção não deixe quaisquer vestígios na estrutura ou no corpo do imóvel.
VII. DA INFRAÇÃO CONTRATUAL
A infringência de qualquer uma das cláusulas e condições do presente contrato, sujeita a parte infratora a combinação de multa equivalente a 10% (dez por cento) sobre o seu valor, cobrável por processo de execução, que as partes elegem como hábil e legal sem prejuízo de outras sanções cabíveis e de indenizações por perdas e danos e sem qualquer redução decorrente do cumprimento parcial do contrato.
VIII. DO ABANDONO DO IMÓVEL
A fim de resguardar-se o imóvel de qualquer eventualidade decorrente da ausência do morador e no intuito de defender a sua integridade contra possíveis esbulhos ou depredações, fica o LOCADOR expressamente autorizado a ocupar o imóvel, independente de qualquer procedimento judicial prévio, ainda que seja necessário o uso da força para arrombá-lo, desde que fique suficientemente comprovado o abandono, a ausência habitual e comprovada do inquilino após vencido o segundo mês de pagamento dos aluguéis respectivos.
IX. DA RESCISÃO
1) O presente contrato poderá ser rescindido desde que haja reciprocidade das partes.
2) Além dos casos previstos na lei, será motivo para propositura de ação de despejo o descumprimento de qualquer obrigação ou cláusula contratual.
3) A ocorrência de qualquer sinistro que afete a segurança ou integridade do imóvel, bem como a hipótese eventual de sua desapropriação, acarretando também a imediata rescisão deste contrato.
X. DA GARANTIA FIDEJUSSÓRIA
a) Como fiador(a) e principal pagador(es), assumindo solidariamente entre si e como LOCATÁRIO o compromisso de bem e fielmente cumprir(em) o presente contrato em todas as suas cláusulas e condições até a efetiva entrega das chaves ao LOCADOR, assinam este pacto, que devidamente autorizada(s) por sua(s) mulher(es) que também firmam o termo de fiança ora prestada.
b) A garantia fidejussória compreenderá quaisquer acréscimos, reajustes ou acessórios da dívida principal, inclusive despesas judiciais, incluindo honorários advocatícios, taxas e custos judiciários, e mais comissões até final liquidação de quaisquer ações movidas contra o LOCATÁRIO em decorrência do presente contrato.
c) O(s) fiador(es) desobrigam expressamente o LOCADOR de notificá-los judicial ou extra judicialmente de quaisquer procedimentos contra o LOCATÁRIO.
d) O(s) fiador(es) renunciam expressamente ao benefício de prévia execução dos bens do afiançado e não
poderá(ao)sob qualquer pretexto, exonerar-se desta fiança, que é prestada sem limitações, mesmo que a locação se prorrogue por força da legislação pertinente.
e) Em caso de morte, incapacidade civil, falência, insolvência ou idoneidade moral ou financeira do(s) fiador(es), poderá o LOCADOR exigir a sua substituição, a qual deverá ser cumprida no prazo de 15(quinze) dias, a contar da comunicação ao LOCATÁRIO, sendo que a falta de cumprimento desta exigência, cuja satisfação ficará subordinada ao crivo do LOCADOR, que julgará a idoneidade do novo fiador apresentado constituirá justa causa para a rescisão do contrato.
f) As obrigações fidejussórias ocorrerão sob a responsabilidade dos herdeiros ou sucessores do fiador falecido, no limite do tempo decorrido até a sua morte.
XI. DAS OBRIGAÇÕES SUCESSÓRIAS
As partes deste já se obrigam por si, seus herdeiros ou sucessores, ao plano geral e irrenunciável cumprimento do presente contrato, em todas as cláusulas, termos e condições.
XII. DA RESTITUIÇÃO DO IMÓVEL
a) O termo legal do presente contrato dar-se-á com a efetiva entrega das chaves do imóvel do locador, após a verificação de seu estado geral, com vistas ao cumprimento das premissas relativas ao uso, mediante a assinatura, pelo LOCATÁRIO seu procurador ou preposto, de um “laudo de vistoria”.
b) O LOCADOR poderá realizar a vistoria alvitrada na alínea “a” apenas com a presença de 2 (duas) testemunhas, quando a restituição do imóvel decorrer de emissão de posse ou despejo, judicialmente ordenado; quando o LOCATÁRIO, seu procurador ou preposto a isso se recusarem; ou quando o locador tiver a sua posse em decorrência de abandono do mesmo pelo LOCATÁRIO afim de evitar possíveis esbulhos ou depredações.
c) Caso o imóvel não seja entregue conforme a especificação da cláusula I, poderá o LOCADOR executar os serviços de reparações que se fizerem necessários, mediante a tomada de preços de três firmas especializadas, ficando, desde já acertado que o não ressarcimento por parte do LOCATÁRIO ou de seus fiadores das despesas efetuadas, autorizará sua respectiva cobrança executiva, servindo de título hábil o recibo pelo executante dos referidos serviços.
XIII. DO ESTADO CIVIL DOS FIADORES
Os fiadores que se obrigam como principais pagadores solidários com as cláusulas e condições do presente contrato de locação na forma de que consta da cláusula X e suas alíneas, se declaram sob as penas de lei, a vista das testemunhas abaixo assinadas, serem.
XIV. DO LOCATÁRIO
O LOCATÁRIO declara, sob as penas de lei, serem autênticas as assinaturas dos fiadores e de suas esposas, os quais firmam o presente contrato na sua presença.
XV. DO FORO
Como renúncia expressa de qualquer outro, por mais privilegiado que seja, fica eleito o foro do Distrito Federal para a solução de quaisquer questões oriundas do presente contrato.
XVI. CLÁUSULAS ADICIONAIS
Estando todos de pleno acordo, justo e contratados, lavrou-se o presente instrumento de contrato em duas vias de igual teor, o qual depois de lido e achado conforme, vai assinado pelas partes contratantes, pelos fiadores e por duas testemunhas, a todo o ato presente.
Brasília,	de	de
LOCADOR
LOCATÁRIO
FIADOR TESTEMUNHAS
7.3. COMUNICANDO LOCAÇÃO AO PROPRIETÁRIO
Cliente nº 	
Brasília, 	de 	de 	
Ilmo(a) Sr.(a)
Prezado Senhor
Informamos a V. Sa., que efetuamos a locação do imóvel de sua propriedade, situado à 		,	pelo	valor	de R$ 	( 	) mensais, a partir de
 	/ 	/ 	.
Colocamo-nos à disposição para informações julgadas necessárias.
Atenciosamente,
7.4. COMUNICAÇÃO DE LOCAÇÃO AO CONDOMÍNIO
Cliente nº 	
Brasília, 	de 	de 	
Ao Condomínio
Do Edifício 	
Senhor Síndico,
Informo	como	administrador	do	apartamento	nº 	de	propriedade	do	Senhor
 	 que efetuamos a locação do mencionado imóvel ao Senhor
 	.
Pelo exposto, informamos a V Sa. que a cobrança deverá ser feita diretamente ao locatário, nos comunicando em caso de atraso, para assim tomarmos as medidas cabíveis.
Sem outro assunto para o momento, subscrevemo-nos, Atenciosamente,
Brasília-DF,	de	de
 (
49
) (
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
)
7.5. COMUNICAÇÃO AO LOCATÁRIO DE VENDA DE IMÓVEL
Ilmo Sr. Nome:
Endereço:
N/Capital Prezado Senhor
Ref.: PROPOSTA DE VENDA DO IMÓVEL LOCADO
Endereço do imóvel 	
Como locador do imóvel epigrafado, locado a V. S., venho informar-lhe que pretendo vendê-lo pelo valor de R$ 	(	), cabendo-lhe a preferência, nos termos da legislação vigente.
Aguardarei seu pronunciamento pelo prazo de 30 (trinta) dias e, caso não se manifeste, entenderei como desinteresse pela proposta, ficando o imóvel liberado para venda a terceiros interessados.
Nesse caso, peço-lhe determinar dia e hora em que o imóvel poderá ser visitado por pretendentes à
compra.
Atenciosamente,
7.6. AUTORIZAÇÃO DE VENDA DE IMÓVEIS
A Contratante
	Nome
	Nacionalidade
	Estado Civil
	Profissão
	RG
	CPF
	Cônjuge
	Nacionalidade
	Estado Civil
	Profissão
	RG
	CPF
Contratada:
Endereço do Imóvel:
Descrição do Imóvel:
Valor do Imóvel:
Condições
1) A presente autorizada de venda com exclusividade, tem seu amparo na Lei 6 530, Art. 20, Item III de 12/05/78, e pela resolução- CONFECI Nº 458/95, de 17/1195.
2) É concedida pelo prazo de 	dias úteis, a contar desta, prorrogada automaticamente por tempo indeterminado, caso os contratantes após o termino do prazo não se manifeste expressamente.
3) Os contratantes se comprometem a pagar os honorários de 	% ao contratado, desde que a compra, venda ou permuta, seja feita dentro do prazo acima estipulado, ou na sua prorrogação, que serão descontados proporcionalmente, no ato do sinal do negócio ser inferior à comissão, o saldo será abatido na mesma proporção no pagamento das parcelas pactuadas.
4) Estando vencido o prazo acima estipulado, o direito aos honorários subsidirá pelo prazo de 06 (seis) meses, caso o imóvel seja vendido ou negociado por conseqüência da aproximação promovida pelo contratado.
5) O contratado autorizado compromete-se a não medir esforços no sentido de comercializar o imóvel, dentro das condições acima estipuladas, agindo de forma legal, obedecendo fielmente as leis e ao código de ética da profissão, estabelecido pelo conselho federal de corretores de imóveis – COFECI
1) Os contratados se responsabilizam por todas as informações aqui prestadas a cerca do imóvel objeto da presente autorizado.
2) O contratado está autorizado a obter do agente financeiro, caso o imóvel esteja hipotecado, ou outros órgãos competentes, todas as informações necessárias e indispensáveis à realização da venda.
3) Para dirimir quaisquer dúvidas oriundas da presente autorização, as partes elegem o fórum da cidade de Brasília-DF, renunciando-se a outro, por mais privilegiado que seja.
Brasília-DF,	de	de 200
Proprietário
Cônjuge
Testemunha
7.7. RECIBO DE SINAL DE NEGÓCIO
Pelo presente instrumento particular de Recibo de Sinal de Negócio, que entre si fazem, de um lado, como vendedores(nome, profissão, estado civil, RG, CPF, regime de casamento, qualificação e assinatura do cônjuge), e de outro lado, como compradores(qualificação completa, se casado, apenas menção do nome e regime de casamento, não é necessário presença do cônjuge), que tem entre si, justo e contratado presente instrumento, mediante as cláusulas e condições seguintes:
Cláusula Primeira: Os vendedores, na qualidade de proprietários do imóvel (área, fração ideal, discriminação e quantidade de cômodos, etc., para melhor descrição, observe a certidão de ônus reais, atente para as averbações contidas na certidão, referentes a alterações ocorridas no imóvel, não deixe de constar a procedência), declaram para os devidos fins de direito e para que produza seus efeitos legais em direito permitido, que nesta data recebeu dos compradores a importância de R$ 	(especificar se dinheiro ou cheque, constar nº, banco agência), de cuja quantia lhe dão a mais plena, rasa e geral quitação, PROVENIENTES DO SINAL E PRINCÍPIO DE PAGAMENTO DA QUANTIAMAIOR DE R$(valor total da venda), preço pelo qual se comprometeram lhes vender, livre e desembaraçado de quaisquer dúvidas, dívidas e ônus, inclusive de hipotecas, mesmo legais, o imóvel acima descrito e caracterizado.
Cláusula Segunda: Que o restante do valor, ou seja, a quantia de R$(constar os valores e as datas para complementar o preço total), Os compradores se obrigam e se comprometem a pagar diretamente aos vendedores por ocasião da (constar quando e como se dará o restante do pagamento, e se for o caso, os prazos suportáveis para inadimplência e para entrega do imóvel).
Cláusula Terceira: Que o presente contrato é regido pelos Artigos nº 1094 e seguintes do código civil brasileiro, ou seja, pela LEI DE ARRAS.
Cláusula Quarta: Respondem pelas obrigações aqui assumidas, eles, contratantes, seus herdeiros e sucessores, elegendo estas mesmas partes o foro da comarca de (cidade onde se localiza o imóvel ou o domicílio fiscal de uma das partes), para nele serem dirimidas todas e quaisquer questões ou pendências oriundas deste instrumento.
E, por assim haverem ajustado, firmam o presente em duas vias de igual teor e forma, juntamente com duas testemunhas.
Brasília-DF,	de	de 200
(todas as partes assinam este documento)
7.8. INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA
Pelo presente instrumento particular de PROMESSA DE COMPRA E VENDA, que entre si fazem de um lado, como PROMITENTES VENDEDORES: (nome, profissão, estado civil, RG, CPF, endereço, regime de casamento, qualificação e assinatura do cônjuge), a seguir simplesmente designado de VENDEDORES. E de outro lado, como PROMISSÁRIO COMPRADOR (qualificação completa, se casado, apenas menção do nome do cônjuge e regime de casamento), a seguir simplesmente denominado de COMPRADORES, que têm entre si, justo e contratado a presente instrumento, mediante as cláusulas e condições seguintes:
Cláusula Primeira: Os primeiros nomeados, designados vendedores, são senhores e legítimos possuidores, livre e desembaraçado de quaisquer dúvidas, dívidas e ônus, inclusive de hipotecas, mesmo legais (quando recair ônus sobre o imóvel, como por exemplo: hipoteca, consignar em substituição a expressão “ inclusive hipoteca, mesmo legais” a seguinte redação: a exceção do ônus constituído pela hipoteca em favor do ( constar o agente financeiro) do imóvel (descrever o imóvel, área, fração ideal, discriminação e quantidade de cômodos, etc.- Para melhor descrição, observe a certidão de ônus reais, atente para as averbações contidas na certidão referentes a alterações ocorridas no imóvel, não deixe de constar a procedência).
Cláusula Segunda: que assim sendo, vêm eles VENDEDORES, pelo presente instrumento e na melhor forma de direito, prometer como de fato e na verdade tem prometido, vender dito imóvel ao COMPRADOR e este por sua vez, se obriga e se compromete comprá-lo, pelo preço certo e ajustado de R$ ( além do valor total da venda, a forma de pagamento; se o pagamento for efetuado em parcelas, constar a quantidade, o valor e a data de vencimento de cada uma, se em moeda corrente ou cheque, no caos de cheque constar nº, banco e agência) de cuja quantia lhe dão a mais plena, rasa, geral e irrevogável quitação (quando o pagamento for parcelado a quitação somente será dada na primeira parcela e as demais serão contra recibos; ou na assinatura do instrumento definitivo
– NÃO SE ESQUEÇA, DE QUE ESTE INSTRUMENTO É SOMENTE UMA PROMESSA DE COMPRA E
VENDA, se fará necessário, futuramente o instrumento definitivo).
Nota: Caso a venda seja feita para mais de um comprador, não se levando em conta marido e mulher - constar a porcentagem de que cada adquirente terá no imóvel e a participação no valor total da venda.
Cláusula Terceira: Que o COMPRADOR será imitido na posse , domínio direito, uso, gozo, ação e servidão sobre o imóvel objeto da presente a partir desta data (se for o caso, constar a data em que será dada a posse do imóvel), correndo por conta única e exclusiva dos COMPRADORES, a partir do recebimento do imóvel, todas as taxas, impostos, emolumentos, custas, escritura e demais despesas que incidam ou venham a incidir sobre o imóvel, mesmo que cobradas e/ou lançadas em nome dos VENDEDORES. São obrigados ainda, os COMPRADORES a cumprir e respeitar o contrato de financiamento anteriormente mencionado (caso o imóvel seja financiado) e a convenção de condomínio e o regimento interno (caso o imóvel seja em condomínio, como por exemplo apartamento), em todas as suas cláusulas e condições, as quais declaram conhecer.
Cláusula Quarta: O imóvel objeto da presente será entregue aos compradores na conformidade da cláusula
terceira supra, no estado de conservação em que se encontra, absolutamente em dia com todas as taxas, impostos, emolumentos, água e luz (e condomínio se for o caso). Atenção: caso haja acessórios que estejam incluídos no imóvel, tais como cortinas, lustres, armários não embutidos, etc., que foram incluídos no preço da venda ou que as partes de comum acordo, resolveram embuti-los na transação, deverão ser consignados nesta cláusula.
Cláusula Quinta: Os VENDEDORES se obrigam e se comprometem a prestar toda e qualquer assistência, bem como suas presenças, se e quando solicitados forem, para a transferência definitiva do imóvel, objeto do presente, em favor dos COMPRADORES ou a quem estes indicarem, sem reclamação, futuramente por parte dos VENDEDORES, de quaisquer importâncias devidas, além das aqui ajustadas, independentemente de outorga de procurações.
Cláusula Sexta: Caso os VENDEDORES outorguem a procuração, fica fazendo parte integrante do presente instrumento, a procuração pública lavrada no cartório do 	ofício de notas local, às fls do livro nº , em favor de 	. (não se esqueça: os compradores não podem ser procuradores em causa própria).
Cláusula Sétima: Na hipótese de Sinistro, de falecimento ou mesmo de separação dos VENDEDORES fica desde já os COMPRADORES ou seus beneficiários ou sucessores, autorizados a se habilitarem no respectivo inventário e requererem junto ao cartório e/ou Juízo Competente, a carta de adjudicação expedida a seu favor, relativamente ao imóvel objeto do presente, podendo para tanto, constituir advogados com os poderes da cláusula de adjudicação, perante qualquer Foro, Instância ou Tribunal.
Cláusula Oitava: O presente contrato é feito entre as partes contratantes, por si, seus herdeiros e sucessores, em caráter irrevogável e irretratável, desde que as obrigações aqui assumidas estejam totalmente cumpridas e satisfeitas, obrigando-se essas mesmas partes a manterem este instrumento para sempre bom, firme e valioso e aos VENDEDORES a responderem pelos fiscos da Evicção de Direitos, se e quando chamados forem à Autoria, em qualquer tempo e época.
Cláusula Nona: Elegem as partes contratantes, com expressa renúncia de outro qualquer, por mais privilegiado que seja, o foro da comarca de Jurisdição do Imóvel, para nele serem dirimidas quaisquer dúvidas, questões ou pendências oriundas ou decorrentes deste instrumento.
Cláusula Adicional: PARA SER USADA CASO A PRIMEIRA PARCELA PAGA SEJA A TÍTULO DE
SINAL DE NEGÓCIO: O presente contrato é regido pelos artigos nº 1.094 e seguintes do Código Civil Brasileiro, ou seja, pela LEI DE ARRAS. %1
E por assim haverem ajustado, firmam o presente em duas vias de igual teor e forma juntamente com duas testemunhas para que produza seus legais efeitos em direito permitido.
Brasília-DF, 	de 	de 	.
Todas as partes assinam este instrumento. Reconhecer as firmas.
7.9. INSTRUMENTO PARTICULAR DE CESSÃO DE DIREITOS
Pelo presente instrumento particular de CESSÃO DE DIREITOS, VANTAGENS, OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES, que entre si fazem de um lado, como CEDENTES: (nome, profissão, estado civil, RG, CPF, endereço, regime de casamento, qualificação e assinatura do cônjuge), a seguir simplesmente designado de CEDENTES. E de outro lado, como CESSIONÁRIOS (qualificação completa, se casado, apenas menção do nome do cônjuge e regime de casamento), a seguir simplesmente denominado deCESSIONÁRIOS, que têm entre si, justo e contratado a presente instrumento, mediante as cláusulas e condições seguintes:
Cláusula Primeira: Os primeiros nomeados, designados CEDENTES, são senhores e legítimos possuidores, de todos os direitos, vantagens, obrigações e responsabilidades sobre a aquisição do imóvel (descrever o imóvel, área, fração ideal, discriminação e quantidade de cômodos, etc.- Para melhor descrição, observe a certidão de ônus reais, atente para as averbações contidas na certidão referentes a alterações ocorridas no imóvel, não deixe de constar a procedência).
Cláusula Segunda: Que assim sendo, vêm eles CEDENTES, pelo presente instrumento e na melhor forma de direito, ceder e transferir como de fato e na verdade cedido e transferido tem, todos os seus referidos direitos, vantagens, obrigações e responsabilidades sobre a aquisição do dito imóvel em favor dos CESSIONÁRIOS pelo preço certo e ajustado de R$ ( além do valor total da venda, a forma de pagamento; se o pagamento for efetuado em parcelas, constar a quantidade, o valor e a data de vencimento de cada uma, se em moeda corrente ou cheque, no caso de cheque constar nº, banco e agência) de cuja quantia lhe dão a mais plena, rasa, geral e irrevogável quitação (quando o pagamento for parcelado a quitação somente será dada na primeira parcela e as demais serão contra recibos).
Nota: Caso a CESSÃO seja feita para mais de um CESSIONÁRIO, não se levando em conta marido e mulher - constar a porcentagem que cada adquirente terá no imóvel e a participação no valor total da venda.
Cláusula Terceira: Que os CESSIONÁRIOS serão imitidos na posse , domínio direito, uso, gozo, ação e servidão sobre o imóvel objeto da presente a partir desta data (se for o caso, constar a data em que será dada a posse do imóvel), correndo por conta única e exclusiva dos CESSIONÁRIOS, a partir do recebimento do imóvel, todas as taxas, impostos, emolumentos, custas, escritura e demais despesas que incidam ou venham a incidir sobre o imóvel, mesmo que cobradas e/ou lançadas em nome dos CEDENTES. Obrigam-se ainda os CESSIONÁRIOS a cumprir e respeitar o contrato de financiamento anteriormente mencionado (caso o imóvel seja financiado) e a convenção de condomínio e o regimento interno (caso o imóvel seja em condomínio, como por exemplo apartamento), em todas as suas cláusulas e condições, as quais declaram conhecer.
Não Se Esqueça: Este documento somente será usado para quem não tem escritura definitiva do imóvel, assim sendo, futuramente será obrigado a fazê-la. Então consigne a cargo de quem ficará as despesas com a escritura definitiva, aquela que será outorgada em favor dos cedentes.
Cláusula Quarta: O imóvel objeto da presente será entregue aos CESSIONÁRIOS na conformidade da
cláusula terceira supra, no estado de conservação em que encontra-se, absolutamente em dia com todas as taxas, impostos, prestações, emolumentos, água e luz (e condomínio se for o caso). Atenção: caso haja acessórios que estejam incluídos no imóvel, tais como cortinas, lustres, armários não embutidos, etc., que foram incluídos no preço da cessão ou que as partes de comum acordo, resolveram embuti-los na transação, deverão ser consignados nesta cláusula.
Cláusula Quinta: Os CEDENTES se obrigam e se comprometem a prestar toda e qualquer assistência, bem como suas presenças, se e quando forem solicitados para a transferência definitiva do imóvel, objeto do presente em favor dos CESSIONÁRIOS ou a quem estes indicarem, sem reclamação, futuramente por parte dos CEDENTES, de quaisquer importâncias devidas, além das aqui ajustadas, independentemente de outorga de procurações.
Cláusula Sexta: Caso os CEDENTES outorguem a procuração, fica fazendo parte integrante do presente instrumento, a procuração pública lavrada no cartório do 	ofício de notas local, às fls do livro nº , em favor de 	. (não se esqueça: os compradores não podem ser procuradores em causa própria).
Cláusula Sétima: Na hipótese de Sinistro, de falecimento ou mesmo de separação dos CEDENTES, fica desde já os CESSIONÁRIOS ou seus beneficiários ou sucessores, autorizados a se habilitarem no respectivo inventário e requererem junto ao cartório e/ou Juízo Competente, a carta de adjudicação expedida a seu favor, relativamente ao imóvel objeto do presente, podendo para tanto: constituir advogados com os poderes da cláusula de adjudicação, perante qualquer Foro, Instância ou Tribunal.
Cláusula Oitava: O presente contrato é feito entre as partes contratantes, por si, seus herdeiros e sucessores, em caráter irrevogável e irretratável, desde que as obrigações aqui assumidas estejam totalmente cumpridas e satisfeitas, obrigando-se estas mesmas partes a manterem este instrumento para sempre bom, firme e valioso e aos CEDENTES a responderem pelos fiscos da Evicção de Direitos, se e quando chamados forem à Autoria, em qualquer tempo e época.
Cláusula Nona: Elegem as partes contratantes, com expressa renúncia de outro qualquer, por mais privilegiado que seja, o foro da comarca de Jurisdição do Imóvel, para nele serem dirimidas quaisquer dúvidas, questões ou pendências oriundas ou decorrentes deste instrumento.
Cláusula Adicional: PARA SER USADA CASO A PRIMEIRA PARCELA PAGA SEJA A TÍTULO DE
SINAL DE NEGÓCIO: O presente contrato é regido pelos artigos nº 1.094 e seguintes do Código Civil Brasileiro, ou seja, pela LEI DE ARRAS.
E por assim haverem ajustado, firmam o presente em duas vias de igual teor e forma juntamente com duas testemunhas para que produza seus legais efeitos em direito permitido.
Brasília-DF, 	de 	de 	.
Todas as partes assinam este instrumento. Reconhecer as firmas.
7.10. TERMO DE VISITA
Corretor/CRECI:
Requisição de Saída nº 	
Venda:	 Locação: 		
Cliente:		 RG: 	CPF: 		
Cônjuge:						 Endereço Residencial: 		CEP: 		Fone:	 Endereço Comercial: 		CEP: 		Fone:	 Conhecimento Através de: 					 Locais de Preferência: 						 Nome do Corretor: 						 Relatório do Corretor: 						 Hora Saída: 	Chegada: 		Data:	 Imobiliária ou corretor prestará seus serviços profissionais com zelo e solicitude, observando sempre o regulamento das transações imobiliárias estabelecida pelo conselho federal de corretores de imóveis e CRECI – 8ª Região/DF e aprovado pelo sindicato dos corretores de imóveis do Distrito Federal.
Imóveis Visitados Com Cliente
Imóvel (Ref. Nº 		) 	(Comercial ou residencial) 	 Local(Plano Piloto Sul ou Norte) 			Valor R$ 		 Imóvel (Ref. Nº 	)						 Local (Cidade Satélite) 						Valor R$ 		 Imóvel (Ref. Nº 	) 		(Comercial ) 			 Local (Região Geoeconômica) 			Valor R$ 		 Imóvel (Ref. Nº 	)						 Local 					Valor R$ 		 
Declaro que nesta data 	/ 	/ 	.
Com Autorização do Proprietário. 	Visitei os imóveis acima.
Assinatura do Cliente
CPF 	
Corretor
Assinatura do Proprietário
CPF 	
Visto do Corretor/ Imobiliária
7.11. INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROCURAÇÃO
Eu, 			, brasileiro, casado, portador do RG nº: 	CPF nº: 	e Fone: 	, por este instrumento particular de procuração, nomeio e constituo como meu bastante procurador
 	, portador do RG nº: 	, CPF nº: 	, a quem confiro amplos e especiais poderes para junto ao GDF, especialmente na Divisão de Tributos Imobiliários, Departamento da Receita, Secretaria de Finanças, requerer, cotar e recolher o Imposto de Transmissão “Inter- vivos”, referentes a compra do imóvel, sito: 	, nesta capital, podendo para tanto: Requerer e assinar o que for preciso, juntar, apresentar e retirar documentos, prestar declarações e informações e pagar taxas e impostos devidos, inclusive emitir e pagar guia complementar se for necessário, enfim, praticar todos os atos aos fins deste mandato.
Brasília- DF 	de 	de 	.Apostila
Noções de Relações Humanas e Ética
 (
59
)
SUMÁRIO
PÁG.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................	52
I – ÉTICA......................................................................................................................................................	52
1.1. CONCEITO GERAL DE ÉTICA	52
1.2. VALOR DA ÉTICA HOJE	53
1.3. PROBLEMAS ÉTICOS	54
II - A ÉTICA E AS OUTRAS FORMAS DE COMPORTAMENTO HUMANO..................................	55
2.1. Ética e Religião................................................................................................................................	55
2.2. ÉTICA E POLÍTICA	56
2.3. ÉTICA E DIREITO	56
2.4. ÉTICA E TRATO SOCIAL	57
2.5. ÉTICA E CIÊNCIA	57
III - ÉTICA E CIDADANIA........................................................................................................................	59
3.1. POLÍTICA E CIDADANIA	59
3.2. IDEOLOGIA	59
3.3. ALIENAÇÃO (DES)HUMANIZAÇÃO DO HOMEM NO TRABALHO	60
3.4. ÉTICA E CIVILIZAÇÃO	60
3.5. O CORPO	61
3.6. SEXUALIDADE	61
3.7. LIBERDADE	62
3.8. ESTÉTICA, ARTE E VIDA COTIDIANA	62
3.9. ESTÉTICA DE SI	61
3.10. ÉTICA E CIDADANIA NA SOCIEDADE TECNOLÓGICA	63
IV - O DESAFIO ÉTICO ATUAL..............................................................................................................	63
4.1. CRISE DA MODERNIDADE E ESPIRITUALIDADE	64
4.2. OS CÍRCULOS INTELECTUAIS	65
4.3. A PROPOSTA DE UMA ÉTICA DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DE KARL OTTO APEL	66
4.4. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOS CORRETORES DE IMÓVEIS	66
V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	69
INTRODUÇÃO
Parabéns! Você está iniciando os estudos sobre Noções de Relações Humanas e
Ética. O estudo dos aspectos éticos que envolvem o nosso cotidiano faz parte de uma das mais abrangentes categorias do conhecimento. Sendo assim, destacamos que os conhecimentos que você irá adquirir serão significativamente relevantes para a sua formação.
I – ÉTICA
Antes de dar início à leitura, pare e reflita! O que é ética?
1.1. Conceito Geral de Ética
Pode se conceituar Ética como “o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativo a determinada sociedade, ou seja, de modo absoluto”. Também são conjuntos de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano.
O pressuposto fundamental da ética é que, de algum modo, seja possível indicar aqueles comportamentos humanos que traduzem um caráter virtuoso e aqueles hábitos de comportamento, que, ao contrário, indicam um caráter desprovido de virtude. Essa indicação "teórica" é justamente aquilo que os gregos chamaram de ética, e os romanos, de moral.
A palavra "ética" tem sido historicamente usada para designar duas dimensões diferenciadas: (1) De um lado, a capacidade teórica que torna apto a identificar as ações humanas adequadas ou contrárias à virtude. Posteriormente, entendidas as virtudes como
parâmetros da ação e decisão, como valores, enfim, a ética se compreende também como o estudo dos valores que orientam as ações humanas. (2) De outro lado, entende-se por ética as ações humanas habituais pelas quais os homens se conduzem, na medida em que estas refletem o seu caráter e na medida em que podem ser referidas ao vício ou à virtude.
Antes de tudo, a ética examina os comportamentos habituais pelos quais os homens conduzem a sua vida íntima e a sua vida pública, ou política, indicando aqueles que expressam um caráter conforme as virtudes fundamentais na vida pública e na vida privada.
Mas também, num percurso inverso, descreve, de forma teoricamente orientada, as virtudes, a forma do caráter virtuoso e a sua tradução no nível dos comportamentos habituais. De um lado, ética é a qualificação da ação ou decisão humana, à medida que é conforme a virtude ou aos valores. Por outro lado, ética é o conjunto dos parâmetros ou valores pelos quais se avalia a ação.
Para os antigos era importante assegurar a possibilidade de que os bons costumes e os maus comportamentos pudessem ser identificados e apresentados.
A ética tem um propósito, digamos, pedagógico- político. As virtudes identificadas podem ser ensinadas aos indivíduos para torná-los melhores, mas podem também servir de parâmetros para o aperfeiçoamento e educação do governo e das leis do Estado, da esfera pública e da dimensão privada. E também nos dotam de um conjunto de critérios para conferir valores e avaliar comportamentos e decisões do indivíduo.
A Ética encara a virtude como prática do bem, e logo, como promotora da felicidade dos seres, individualmente ou coletivamente, onde são avaliados os desempenhos humanos em relação às normas comportamentais
pertinentes.
Nem sempre é fácil atingir-se o conceito de bem, principalmente vivenciá-lo de maneira coerente. Não se pode exigir tanto da ética, esperar prova absoluta dos princípios gerais, ou certeza objetiva de julgamentos morais específicos. O importante é a busca de boas razões para a opção moral correta.
Enquanto o homem existir, tem a possibilidade de modificar sua conduta e proporcionar direção diferente às suas ações. O caminho da virtude é sempre possível. E todos os homens orientam-se na vida por um critério valorativo, conferindo assim, um sentido pessoal em suas vidas.
1.2. Valor da Ética Hoje
Para entender o valor da ética hoje, nada melhor que relembrar um de seus estágios máximos, em tempos passados. Aristóteles, que foi um grande pensador, escreveu várias obras, que inclusive foram marcos relevantes da formação da cultura humana, destacando- se, entre outras, duas obras: “Ética" e "Física".
A de ética está em plena atualidade, citada na melhor literatura. Enquanto a de física não restam mais do que algumas frases genéricas e inespecíficas.
Qual será o motivo de a Ética ter estagnado e a Física ter evoluído?
As leis da física são mais simples, uniformes e verificáveis. Os físicos usam as leis descobertas,
quando querem mudar outras.
Os éticos pretendem avaliar, julgar, achar o que a sociedade deveria achar. A ética contém conceitos imprecisos e variáveis. Existe dificuldade na obtenção e validação de dados confiáveis.
Logo, percebe-se que a ética é muito mais problemática e complexa do que a física (que se pode chamar de “ciência exata”) e, provavelmente foi por isso que a ética estagnou.
Ao longo dos anos os valores morais foram se perdendo e uma das buscas de hoje é o resgate desses valores. Assim, percebe-se que o que se busca com a ética é o “resgate”. Não se pode afirmar, é claro, que apenas se busque o resgate de valores com a ética, mas tudo que se busca na ética hoje é basicamente o que Aristóteles buscava ao escrever “Ética”. Não foi a ética que mudou sua essência, e sim a sociedade que mudou sua forma de ver a ética.
A sociedade de hoje vive um paradoxo muito interessante relacionado à problemática da ética. A ética voltou a se tornar um tema fundamental – o que é perfeitamente visível, seja na cultura intelectual, seja no mundo das interações cotidianas. E no ambiente teórico-científico, a ética ganhou a “frente” desde o “Princípio responsabilidade” de Hans Jonas, até as questões contemporâneas de Bioética, passando pelas várias Éticas Políticas e pela Ética do Discurso de Apel e Habermas.
É visivelmente explícito como os temas da ética hoje fazem parte da agenda social, em todo o mundo.
Por outro lado, o tema da ética continua a ser problemático para toda uma "cultura" intelectual deste século, orientada substancialmente para a tolerância, e formada pela semiótica, pela psicanálise e pela nova concepção de história.
A cultura intelectual da tolerância gerou uma atitude ética respeitosa da diferença e compreensiva com a heterogeneidade do ser. Trouxe, também, uma mentalidade para a qual é fundamentalmente desagradável qualquer discurso que implique engajamento numa perspectiva, ou compromisso com um sistema de posições, ou que resulte em atrito de pensamento. Produziu-se o pudor daracionalidade forte e das suas decorrências.
A socialização se move agora pelo cuidado com a pluralidade, por uma moralidade aberta, por argumentações não coercivas, velozes, sem compromisso com a coerência absoluta, pelo prazer, a velocidade, a novidade, o humor, a atualidade efêmera.
Vivemos num mundo de muitas diversidades e, principalmente,	desigualdades	sociais,		culturais	e econômicas, criando-se uma indignação em relação ao comportamento		humano,	pois	o	"Capitalismo Selvagem" (se assim pode ser chamado) faz com que as pessoas se tornem individualistas, deixando de pensar no bem-estar alheio e pensando somente em si próprias. Com o desenvolvimento de geração após geração,
os hábitos, costumes e modo de viver das pessoas mudam, a civilização moderna é mais desenvolvida intelectualmente, portanto, se faz um novo paradigma da ética, no qual se busca o bem-estar social.
Logo, o pensamento ético está sendo abordado com muita freqüência,
para que o ser humano se socialize melhor e tenha uma conduta baseada no respeito com a sociedade.
A exigência Ética fundamental atualmente consiste em recuperar a possibilidade de construir relacionamentos de comunhão entre pessoas e
comunidades.
1.3. Problemas Éticos
Há pouco tempo a ética era ocupação exclusiva de filósofos e teólogos, que achavam que os problemas éticos não eram abordáveis com as ferramentas da lógica e da ciência. Essa situação começou a mudar nos últimos anos. Cientistas e filósofos de orientação científica começaram a interessar-se pela Ética.
Começou-se a considerar o discurso ético como sujeito digno de análise lingüística e também metodológica. Tal como afirmou Bunge: “Não há motivo para deixar que os parâmetros da conduta social constituam monopólio de mentes ilógicas e anticientíficas”.
Proliferaram estudos de campo sobre preceitos morais de distintos grupos humanos (comunidades primitivas, grupos sociais), mostrando disparidades em códigos morais e relativismo cultural.
Depois de uma dezena de anos, o efeito ético segue ganhando força, invade os meios de comunicação, alimenta a reflexão filosófica, jurídica, gerando instituições, aspirações e práticas coletivas inéditas.
A revitalização dos valores e o espírito de responsabilidade estão evoluindo para serem o imperativo “número um” da época. A ética recupera seus títulos de nobreza, se consolida novo status ao êxito e à proteção moral, não é mais utopia moral. E, ao mesmo tempo, se perpetua um discurso social alarmista que é marcado pela quebra dos valores, pelo individualismo cínico, e pelo “fim de qualquer moral”.
De maneira alguma as pessoas voltadas só para si mesmas e indiferentes ao próximo e ao bem público, podem indignar-se, dar prova de generosidade, reconhecer-se na reivindicação ética. Como pode uma
cultura individualista se importar com as virtudes da retidão, da solidariedade, e da responsabilidade?
Segundo Lipovetsky: “O tema da reativação moral, da ordem moral, está em alta, mas de que natureza é este ressurgimento e de que moral fala exatamente?” “Nossa época não restabelece o reino da 'antiga e boa moral', mas, “se livra dela'”.
Temos um claro exemplo dos problemas éticos atuais: O que é solidariedade hoje?
A palavra “solidariedade” pode ser enganosa. De fato, os membros de uma quadrilha de estelionatários, por exemplo, podem ser solidários entre si, ajudando-se e protegendo-se mutuamente. O mesmo pode ocorrer com os membros de uma corporação profissional – alguns podem encobrir o erro de um colega para evitar que a imagem da profissão seja comprometida.
Em casos como esses, a solidariedade nada tem de ético. Pelo contrário, é condenável, pois só ocorre em benefício próprio – se a quadrilha ou a corporação correr perigo, cada membro em particular será afetado. Portanto, ajuda-se os outros para salvar a si próprio.
Segundo a ética, o enfoque que deveria ser dado para o tema solidariedade é muito próximo da idéia de “generosidade”: doar-se a alguém, ajudar desinteressadamente. Se todos fossem solidários nesse sentido, talvez não precisasse pensar em justiça – cada um daria o melhor de si para os outros.
Nesta reflexão de início de conteúdo sobre ética, você pode ver o seu conceito,
o seu valor e os problemas éticos nos agrupamentos básico e preliminar do sistema. Agora iremos tratar da ética e as formas de comportamento humano.
II - A ÉTICA E AS OUTRAS FORMAS DE COMPORTAMENTO HUMANO
2.1. Ética e Religião
Toda regra moral legítima aparece sob a forma de uma obrigação, de uma ordem: deve-se fazer tal coisa, e não fazer outra. Como essa obrigatoriedade pode se instalar na consciência?
É preciso que os preceitos dessas ordens toquem, de alguma forma, a sensibilidade do indivíduo, que sejam desejáveis. Portanto, para que um indivíduo se incline a legitimar um determinado conjunto de regras, é necessário que o veja como a tradução de algo bom para si, que diga respeito a seu bem-estar psicológico, ao que se poderia chamar de seu “projeto de felicidade”. Se enxergar nas regras aspectos contraditórios ou estranhos ao seu bem-estar psicológico pessoal e ao seu projeto de felicidade, esse indivíduo simplesmente não aceitará	os	valores	subjacentes	a	elas	e,	por conseguinte, não legitimará as próprias regras. Poderá, às vezes, comportar-se como se as aceitasse, mas será apenas por medo do castigo. Na certeza de não ser castigado, no caso de ninguém tomar conhecimento de sua conduta, não tendo poder que possa puni-lo, se comportará segundo seus próprios desejos. Logo, as regras morais devem apontar para uma possibilidade de realização de uma “vida boa”, do contrário, serão
ignoradas.
Entretanto, pergunta-se: como os projetos de felicidade são variados, dependem dos diferentes traços de personalidade, e as regras morais devem valer para todos, se cada um tiver a sua regra, a própria moral desaparece. Então, como despertar o sentimento de desejabilidade para determinadas regras e valores, de forma que não se traduza em mero individualismo? A
Religião é uma forma de despertar esse sentimento de desejo em seguir determinadas regras.
Portanto, as idéias éticas se identificam com as religiosas. Pois o ser humano viveria para conhecer, amar e servir a Deus e seus semelhantes.
2.2. Ética e Política
A ética na política é um tema muito debatido. Pois a ética e a política são instrumentos pelos quais os homens podem transformar a sociedade.
Os indivíduos públicos precisam utilizar da ética. Um dos temas relacionados à ética na política seria o da responsabilidade de administrar o dinheiro público e aplicar os recursos nas áreas que exigem maior prioridade.
Também devido à ética social, ou seja, ao bom convívio social, a sociedade está cada vez mais exigindo transparência dos atos públicos, buscando sempre redução das diferenças sociais, tendo uma economia mais equilibrada.
No âmbito atual do país, uma forma de preocupação com a ética na política seria o julgamento de leis segundo critérios de justiça, julgar a distribuição de renda do país segundo o mesmo critério, avaliar se há igualdade de oportunidades oferecidas a todos, se o poder político age segundo o objetivo da eqüidade, se os direitos dos cidadãos são respeitados. A conseqüência disso tudo seria a transparência do setor público e conseqüentemente, a utilização da ética.
2.3. Ética e Direito
Segundo Hegel "Por meio do ético, o homem tem direitos, na medida em que tem deveres, e deveres, na medida em que tem direitos."
O tema dos direitos do ser humano sempre atraiu
todos aqueles que pensaram sobre a justiça, desde os filósofos gregos. Esse tema atrai todos aqueles que se preocupam com a pergunta “Como devo agir perante os outros?” que poderia ser assim expressa: “Como ser justo com os outros?”, ou seja: “Como respeitar seus direitos? Quais são esses direitos? E os meus direitos?”.
O conceito de justiça pode remeter a obediência às leis. A igualdade reza que todas as pessoas têm os mesmos direitos. Entretanto, cada um tem inclinação a acreditar nos valores e normas morais e éticos que permitam o êxito em sua vidae o decorrente auto- respeito.
O respeito próprio depende também do fato de ser respeitado pelos outros. Os direitos das pessoas são respeitados quando elas respeitam os direitos dos outros.
Assim, é sensato pensar que as regras que organiza a convivência social de forma justa, respeitosa e solidária têm grandes chances de serem seguidas pelas pessoas.
De fato, a justiça permite que as oportunidades sejam iguais para todos, sem privilégios que favoreçam alguns. Se as regras forem vistas como injustas, dificilmente serão seguidas pelas pessoas.
Muitos, por não conhecerem certas leis, não percebem que são alvos de injustiças. Não conhecem seus direitos. Provavelmente, se os conhecessem, teriam melhores condições de lutar para que fossem respeitados esses direitos.
Uma sociedade democrática tem como principal objetivo ser justa, inspirada nos ideais de igualdade. Se um regime democrático não conseguir aproximar a sociedade do ideal de justiça, se os direitos de cada um não forem respeitados, não existirá democracia.
2.4. Ética e Trato Social
A sociedade muda com o passar do tempo e também mudam os homens que a compõe. Na Grécia antiga, por exemplo, a existência de escravos era perfeitamente aceita. Pessoas não eram consideradas iguais entre si, e o fato de umas não terem liberdade era considerado normal. Hoje em dia, ainda que nem sempre respeitados, os Direitos Humanos impedem que alguém ouse defender, explicitamente, a escravidão como algo correto.
O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar em como deve agir perante os outros. Trata-se de um questionamento fácil de ser formulado, mas difícil de ser respondido. Essa é a questão central do trato social.
Para nortear as ações em sociedade é preciso possuir critérios, valores, e estabelecer relações e hierarquias entre esses valores.
O tema respeito é central no trato social. E também é complexo, pois remete a várias dimensões de relações entre os homens, todas “de respeito”, mas em sentidos muito diferentes.
Pode-se associar respeito à idéia de submissão. É o caso de uma pessoa obedecer incondicionalmente a outra. Tal submissão pode vir do medo (respeita-se o mais forte, não porque mereça algum reconhecimento de ordem moral, mas simplesmente porque detém o poder). Porém, também pode vir da admiração, da veneração (porque é mais velho ou sábio, por exemplo). Nesses casos, o respeito é compreendido de forma unilateral, ou seja, consideração, obediência, veneração de um pelo outro, sem que a recíproca seja verdadeira ou necessária.
Um intelectual observou a presença desse respeito unilateral na sociedade brasileira, por meio de uma expressão popularmente freqüente: “Sabe com quem está falando?”. Essa expressão traduz uma exigência de respeito unilateral: “Eu sou mais que você, portanto, respeite-me”.
Entretanto, uma outra expressão conhecida apresenta uma dimensão diferente do respeito: “Quem você pensa que é?”. Tal pergunta traduz a destituição de um lugar imaginariamente ocupado, de superioridade em relação ao outro. Essa expressão é a afirmação de um patamar de igualdade: “se devo respeitá-lo, você também deve me respeitar”. Não é a falta de respeito, mas sim a negação da associação do respeito com a submissão. Trata-se do respeito mútuo.
É claro que, tanto a dignidade do ser humano quanto o ideal democrático de convívio social, pressupõem o respeito mútuo e não o respeito unilateral.
O respeito mútuo se expressa de várias formas complementares. Uma delas é o dever do respeito pela diferença e a exigência de ser respeitado na sua singularidade. Tal reciprocidade deve valer quando se fazem contratos que serão honrados, cada um respeitando a palavra empenhada e exigindo o mesmo. O respeito pelos lugares públicos, como ruas e praças, também deriva do respeito mútuo já que tais espaços pertencem a todos, preservá-los é dever de cada um, porque também é direito de cada um poder desfrutá-los.
2.5. Ética e Ciência
Há regras de conduta que atravessaram milênios e hoje seria difícil imaginar a vida social se fossem abandonadas, pois não se conhece sociedade tão primitiva que ignore a diferença entre o bem e o mal.
Em quase todo o mundo a nova geração questiona a moral ética da ciência, além do caráter científico dos códigos morais vigentes. Alguns chegam a culpar a ciência pelas guerras, desemprego, alienação e deterioração da natureza.
A decadência dos costumes – proclamada universalmente – veio junto com o progresso da ciência. Não se pode afirmar que a ciência seja a culpada dessa decadência, entretanto, o desenvolvimento científico proporcionou inúmeras facilidades, que não se sabe se foram boas contribuintes para o aprimoramento da moral, dos bons costumes e da ética.
Portanto, para analisar se nas últimas décadas, juntamente com o progresso científico, a sociedade realmente abdicou, total ou em parte, da moral e da ética de cidadania e convivência, pode-se fazer alguns comentários:
1. Inúmeros fenômenos ilustram e comprovam a assustadora perversão dos costumes, das regras de convívio e das perspectivas de vida social satisfatória.
2. Todas as camadas sociais vivem um clima de violência, que cresce em número e gravidade, que não é punida, que é divulgada ao máximo, e que, sobretudo, é encarada como trivial.
3. O abuso de drogas e todas as patologias e crimes correlatos se difundem e adotam métodos mais sofisticados e eficazes.
4. O analfabetismo, a miséria, o desemprego, os hábitos de higiene, física e mental, e a exclusão social atingem parcelas significativas e crescentes da população.
5. Roubos, crimes contra bens, não cessam de crescer. A corrupção e a fraude (fiscais, políticas e econômicas) progridem.
6. 
Em nome da liberdade individual, alteram-se condutas consagradas pelo tempo e até pela biologia, como os papéis sexuais.
7. A família se deteriora por falta de seus integrantes, redução da presença, do envolvimento afetivo, da autoridade.
8. O trabalho, os valores profissionais e o próprio futuro planetário perdem investimento afetivo e importância social.
9. Os mais responsáveis temem o surgimento de uma cultura sem dever, simultânea à inédita e cruel competitividade.
Verdadeiramente, não se dá por provado que a ciência seja boa ou que tenha contribuído para essa decadência dos costumes. Nem se admite que a moral ética dominante seja sábia.
Vemos, simultaneamente, os dois lados: (1) A glorificação da ciência, em nome de uma nova moral não conformista; e (2) Sua condenação moral, contra a cultura e a civilização centradas na ciência.
As máquinas em geral e computadores em particular, parecem criar uma cultura alheia e cruel. Segundo Bunge: “Os jovens perderam confiança em pais e mestres”.
Nem toda a reação contra valores estabelecidos é integralmente negativa, pode ser um toque de atenção que nos alerte para o que está havendo.
É certo que a geração atual não se questiona sobre destruir algo como a ciência – que, na maioria dos casos, não contribuíram para criar nem sabem utilizar. Mas também é verdade que têm razão em protestar contra o mau uso das conquistas da ciência e da tecnologia, e com a decadência da moral e da ética.
III - ÉTICA E CIDADANIA
3.1. Política e Cidadania
Para termos um bom e perfeito desenvolvimento social e moral devemos ter basicamente o sentido do conhecimento que nos é garantido pela lei maior, e segui-lo.
Acredita-se que os indivíduos possuem valores e legitimam as normas de cidadania e as leis quando, sem controle externo, regem sua conduta pelas normas éticas e morais da cidadania.
Como por exemplo, alguém que não rouba por medo de ser preso não segue realmente a norma “não roubar”, e sim apenas a segue temporariamente por medo do castigo e, na certeza da impunidade, não a seguirá.
E os indivíduos que seguem realmente a regra independentemente de serem punidos caso sejam descobertos, são os indivíduos que realmente legitimam as normas de cidadania e as leis. Ou seja, se estiverem convictos de que essa regra representa um bem moral, seguirão a regra.
Essa consciênciasocial ético moral, começa a partir do desenvolvimento cultural, devemos criar dentro de nós um grau elevado de cidadania, tendo como alicerce o art. 5o da Constituição Federal, que diz: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.
3.2. Ideologia
Ideologia é a “Ciência da formação das idéias, é um sistema de idéias.” E o que pode ser uma ideologia da ética? Ou, como chegar a uma ideologia ética? Quando se reflete sobre os ideais éticos pergunta-se sobre os critérios da moralidade.
Por exemplo, diante de uma afirmação sobre a validade de fins justificarem meios, é preciso reconhecer que fins e meios são conceitos relativos, como “direita e esquerda”, depende de onde se encontram, pois um define o outro. Para que exista um progresso numa ação é necessário estabelecer determinado fenômeno como “fim”; estudar os “meios” disponíveis; comparar valores; assegurar que uns não destruam nem corrompam aos outros. E, finalmente, verificar um progresso, quantitativo e qualitativo, para que a ação seja moralmente correta.
Kant, por exemplo, propôs: "agir apenas de acordo com a máxima de que se possa desejar transformar em lei universal". Em outras palavras: "não devo furtar, porque se todos o fizerem não poderemos viver em sociedade e nem em paz.".
As leis de conduta social são vivas, nascem, disputam prioridade, e sofrem a seleção natural. Sobrevivem e se fortalecem as que parecem levar aos resultados desejados. E as leis que não apresentam resultados satisfatórios somem.
Na história das culturas, a moral é gerada no ventre dos problemas. A Ética nasce e se desenvolve como resposta e tentativa de solução das dificuldades práticas que mais prevalecem.
Uma das ideologias éticas seria, então, incentivar os indivíduos a terem obrigação de elevar a soma de bem no mundo, em relação ao mal, e para o maior número de pessoas e grupos pelo máximo de tempo.
Toda a noção de moral pressupõe um sentimento comum a toda a cultura que recomenda certos atos a aprovação geral e condena outros.
Pode-se supor que o egoísmo é considerado, na maioria das culturas, como a essência da imoralidade, pois a ética é contrária aos interesses individuais
imediatos.
A adoção de um caminho ideológico ético pode levar a sacrifícios, e a pessoa, aos olhos dos que não acreditam na moral, podem parecer que tem uma vida pior.
Entretanto, uma ideologia ética pressupõe seguir esses padrões morais e éticos, sem se importar com as influências externas. Preocupando-se com o cultivo de certas qualidades, tais como: honestidade, escrúpulo, bondade, temperança, etc.
3.3. Alienação (Des)Humanização do Homem no Trabalho
Uma das coisas que está ocorrendo no mercado de trabalho atual é a realização dos projetos de vida de forma puramente egoísta.
A valorização do sucesso profissional, coroado com gordos benefícios financeiros, o status social elevado, e outros, são valores puramente individuais, que, para uma minoria, podem acontecer pela obtenção de privilégios, pela manipulação de outras pessoas, e pela completa indiferença pelos outros membros da sociedade.
Diz-se que se trata de uma minoria, pois é ilusão pensar que todos podem ter carro importado, sua imagem na televisão, acesso aos corredores do poder político, e afins.
A valorização desse tipo de sucesso é traço marcante da sociedade atual e tende a fazer com que as pessoas o procurem, mesmo que o preço a ser pago seja o de passar por cima dos outros, das formas mais desonestas e até mesmo violentas. E como resultado, a pessoa acreditará que perdeu o respeito próprio se não foi bem sucedida nos seus planos pessoais, entretanto, aceitará: mentir, roubar, desprezar o vizinho, etc.
É necessário que as regras morais sejam partes integrantes do respeito próprio, ou seja, que o auto- respeito dependa – além dos diversos êxitos na realização dos projetos de vida – do respeito pelos valores e regras morais.
Portanto, de nada adiantará a um Corretor de Imóveis, unicamente talento para venda, vocação para o ramo, boa memória, bom nível de instrução, cultura geral, organização, e boa apresentação. É preciso que o corretor absorva os valores e regras morais como valores pessoais que procura resguardar em seu ambiente de trabalho.
3.4. Ética e Civilização
Como conhecer a diversidade de valores presentes na sociedade brasileira? Por se tratar de um questionamento nacional que objetiva o exercício da cidadania, procuremos em uma referência nacional: a Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Nela, encontram-se elementos que identificam questões morais.
No art. 1º vemos como fundamentos da República Federativa do Brasil, a dignidade da pessoa humana e o pluralismo político.
No art. 3º lemos que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil (entre outros):
I) construir uma sociedade livre, justa e solidária;
III) erradicar a pobreza e a marginalização
e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Não é difícil identificar valores morais em tais objetivos, que falam em tratamento digno, justiça,
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igualdade, solidariedade.
Esses conceitos referem-se a algo que poderia chamar de núcleo moral de uma sociedade. São valores eleitos como necessários ao convívio entre os membros dessa sociedade.
Trata-se de um consenso mínimo, de um conjunto central de valores, indispensável à sociedade democrática. Sem ele, destrói-se a democracia.
Os conceitos tratam, também, do caráter democrático da sociedade brasileira. A democracia é um regime político e também um modo de sociabilidade que permite a expressão das diferenças, a expressão de conflitos, e a pluralidade.
Essa valorização da liberdade não está em contradição com a presença de um conjunto central de valores. Pelo contrário, esse conjunto de valores garante, justamente, a possibilidade da liberdade humana, coloca fronteiras precisas para que todos possam usufruir e preservar essa liberdade.
3.5. O Corpo
Questões éticas encontram–se a todo o momento em todas as coisas com relação aos valores humanos, elas permeiam todos os assuntos, inclusive “o corpo”.
O corpo é algo intimamente ligado à pessoa humana. Não podemos tratá-lo, portanto, como uma realidade separada do seu sentido mais amplo. O corpo é a manifestação do indivíduo, da alma do homem, o corpo é uma parte, e muito importante, da própria pessoa.
O corpo não é considerado como algo separado da mente. Portanto, o intelecto e o corpo são atributos igualmente essenciais, indissociáveis.
Corpos e pensamentos podem ser distintos, porém, são igualmente modificações da extensão e do
pensamento de uma mesma pessoa. E mais, no próprio homem, sua mente e seu corpo não se separam, não podendo o homem, por conseguinte, identificar-se com um em detrimento do outro.
Quando perguntamos a alguém como é algum indivíduo, é comum que comecemos por descrever o seu corpo: se é alto ou baixo, loiro ou moreno, gordo ou magro. O resto das suas qualidades espirituais, a sua inteligência, modo de ser, caráter, etc., inserem-se nesse físico e inclusive algumas realidades, como o temperamento, vêm determinadas precisamente pelas características corporais.
Além de ser parte do indivíduo, o corpo tem um significado profundo quanto à comunicação das pessoas. O corpo é também a fonte de uma rica comunicação interpessoal. Com os olhos, os gestos, as mãos, as palavras, nos comunicamos.
Para que desempenhe bem suas funções, é necessário ao Corretor de Imóveis que cuide de seu corpo como algo vinculado ao seu intelecto, o que significa levar em conta que a saúde e a doença envolvem necessariamente a nutrição, a qualidade de vida, a psique, as relações, o estresse, o meio.
3.6. Sexualidade
A sexualidade em nossa vida tornou-se um item suficientemente importante para ser problematizado.
A sexualidade, naturalmente, envolve relações pessoais que devem ser baseadas no respeito de parte a parte. Homem e mulher devem ser respeitados segundo as particularidadesde cada sexo.
A comunicação entre homens e mulheres deve existir e pode ser praticada em várias dimensões, que vão desde a cultura como um todo, até a conversa amena entre duas pessoas. Dialogar pede capacidade de
ouvir o outro e de se fazer entender. Esse diálogo pode ser fonte de riquezas e é muito importante profissionalmente.
O respeito às diferenças dos sexos, feminino e masculino, é algo que deve ser levado em consideração para a aquisição de uma conduta ética.
3.7. Liberdade
O ser humano é livre para escolher uma vida satisfatória, pode escolher o que quiser. Há, porém, uma escolha que ele não pode deixar de fazer: “não pode deixar de escolher” não pode fugir de sua liberdade.
Segundo Spinoza “Um ser é livre quando age por necessidade própria, quando não é levado a ação por um outro.”
A liberdade humana não é dada, mas ela pode ser conquistada, se o ser humano for capaz de expressar a sua natureza. O humano não é livre, mas a liberdade é uma possibilidade humana.
Toda a moralidade exige liberdade de quem age e é julgado. As ações humanas, suas decisões e execuções não obedecem a causas necessárias e suficientes, mas há fatores, radicados dentro e fora do homem, no passado, no presente e no futuro, que tornam as ações mais prováveis.
Disse Goethe: "Aquele que quer ser algo grande, deve saber limitar-se". Portanto, minha vontade livre tem que mediar-se com a vontade livre do outro, a fim de se universalizar.
3.8. Estética Arte e Vida Cotidiana.
Os estudos da estética não se prestam apenas ao universo das grandes artes acadêmicas ou aos interesses especializados dos críticos, mas também à percepção do belo na prática da vida cotidiana.
Esse pensamento surgiu graças aos estudos críticos de Immanuel Kant, na sua Crítica da Faculdade do Juízo (1790). Para Kant, a estética é um estado de vida de direito próprio, uma capacidade de fruição intimamente relacionada a outras capacidades cognitivas do ser humano, sem depender, necessariamente, da aquisição de conhecimento, ou seja: para contemplar o belo, o sujeito não se vale das determinações das capacidades cognitivas das faculdades do conhecimento. Na percepção do objeto, o sujeito abarca a plenitude de suas características e não as características isoladas.
A Estética como uma dimensão própria do homem, tem despertado desde a Grécia antiga, interesse e preocupação no “ser”, por aquilo que efetivamente o agrada. Essa disposição ao questionamento do belo, a busca incessante pela compreensão e delimitação do conceito de beleza move a estética no transpassar da vida humana como disciplina filosófica, como mera fruição, como criação, como um ideal ou como uma ruptura.
Para Platão, o belo é o bem, a verdade, a perfeição. Existe em si mesma apartada do mundo sensível, residindo, portanto, no mundo das idéias. A idéia suprema da beleza pode determinar o que seja mais ou menos belo.
Já Aristóteles, diferentemente de Platão, acredita que o belo seja inerente ao homem, afinal, a arte é uma criação particularmente humana e, como tal, não pode estar num mundo apartado daquilo que é sensível ao homem. A beleza de uma obra de arte é assim atribuída por critérios tais como proposição, simetria e ordenação, tudo em sua justa medida.
Segundo Hume (1989:266): “Quem nunca teve a oportunidade de comparar os diversos tipos de beleza,
indubitavelmente se encontra completamente incapacitado de dar opinião a respeito de qualquer objeto que lhe seja apresentado. Só através da comparação podemos determinar os epítetos da aprovação ou da censura, aprendendo a discernir sobre o devido grau de cada um.”.
Para Ortega, a arte é como um elo entre a vida social e o homem. Em uma obra sua com capítulo intitulado: “Unas Gotas de fenomenologia”, Ortega explica como pessoas diferentes que vivem uma mesma situação a perceberão de modo distinto. Trata-se de uma meditação muito profunda sobre a maneira como nos inserimos no mundo. A forma como a realidade nos atinge está ligada ao modo como estamos inseridos nela.
Cada época revela uma tendência, e a nova arte também é uma nova tendência, porém, rompe com as anteriores. A arte moderna tende a ir contra a mais antiga, espera substituí-la.
A tendência da arte contemporânea seria o afastamento da arte da vida vivida, do quotidiano compartilhado pelos homens. E seu produto seria o afastamento do homem comum da arte produzida nos tempos atuais.
3.9. Estética de Si
A estética dos indivíduos, e o significado de beleza tem sido objeto de reflexão.
Kant vê na experiência do belo, e mais ainda do sublime, a realização das capacidades mais elevadas do ser humano. A riqueza do real admitida na contemplação estética é experimentada como afirmação prazerosa de sua ampla determinabilidade por nós.
Já para Hegel, a dificuldade de se estudar a Estética é o fato de seu objeto – o belo – ser de ordem
espiritual, pois o belo não é um objeto de existência material, mas de existência subjetiva, inerente à atividade espiritual de cada indivíduo. Contudo, esse fato não chega a ser comprometedor para a compreensão do fenômeno estético, porque o "verdadeiro conteúdo do belo é o espírito".
3.10. Ética e Cidadania na Sociedade Tecnológica
Tudo que é cientificamente possível e tecnologicamente realizável não é necessariamente ético ou admissível.
O impacto e as conseqüências éticas do progresso científico e tecnológico para os cidadãos, enquanto membros da sociedade são atualmente visíveis.
Parte significativa dos cientistas nos laboratórios de pesquisa internacionais, atualmente se dedica ao desenvolvimento de tecnologia para as grandes corporações globais. Se a conseqüência desse desenvolvimento for um maciço aumento do desemprego por conta da radical automação, este ônus passa a ser transferido para a sociedade, tenha ela ou não estrutura para lidar com a questão. E onde estaria a ética da tecnologia para com a sociedade?
O capitalismo global apossou-se por completo dos destinos da tecnologia, orientando-a única e exclusivamente para a criação de valor econômico.
Surge da necessidade de obter instrumentos eficientes para propor soluções para os problemas éticos que a sociedade tecnológica cria.
Nem John Locke, com sua pretensão da "sociedade global" consegue explicar a novidade real dos processos históricos que estamos testemunhando. Surge um novo paradigma de "relações globais de poder", de uma forte união do poder econômico ao poder político para materializar o projeto do capital
global.
A globalização deveria ser realizada e regida pelo trabalho. A construção da "Sociedade Global" será possível com a emancipação humano-social, uma forma de sociabilidade, onde o desenvolvimento das forças tecnológicas e globalizadas do capital atenda às necessidades de todos.
Guy Debord afirmava que a dominação da economia sobre a vida social acarretou uma degradação do “ser” para o “ter”. Em seguida, operou-se um deslizamento generalizado do “ter” para o “parecer-ter”. Ou seja: “não preciso ser, mas preciso ter, e se não posso ter vou aparentar que tenho.”.
Em meio às turbulências éticas pelas quais passam as sociedades contemporâneas, uma esperança parece acalentar os sonhos dos homens: que a sobrevivência da humanidade como espécie esteja garantida. No entanto, a existência humana dependerá de sermos capazes de estabelecer contratos de longo prazo com nosso futuro. Se destruirmos frágeis equilíbrios em nome do que chamamos progresso, nem nós sobraremos.
Para a ética de Aristóteles, o que constitui o sentido da existência humana não é o domínio, mas o conhecimento. A moral ética seria o conjunto de ações pelas quais o homem prudente, impregnado de razão, dá forma a sua existência. Esse comportamento ofereceria a garantia de que o homem não destruísse a si mesmo.
Já para Karl Jasper: “é da responsabilidade das nossas decisões e dos atos humanos que o futuro depende”.
Para Jürgen Habermas: “O saber não pode, enquanto tal, ser isolado de suas conseqüências”.
O problema maior em recuperar o controle sobre a ciência – a partir de novos referenciais éticos – é que
o Estado(Governo) nas sociedades pós-modernas continua em fase de desmonte. Seus antigos papéis já não são mais possíveis, seus novos papéis ainda não estão claros. Como conseqüência, o Estado enfraquece sua condição de legítimo representante das sociedades civis.
A busca de uma nova supremacia da sociedade civil, sobre a qual seja possível reconstruir um Estado apto a lidar com os desafios da sociedade pós-moderna, pressupõe rever a idéia de progresso, sem abrir mão de que os povos devam ter direito aos benefícios da ciência e das técnicas, condicionando sua aplicação ao que é bom para os cidadãos.
É importante que um corretor de Imóveis, enquanto profissional, tenha em mente todas essas coisas citadas, e que o saber é o fator mais importante na competição mundial pelo poder. No entanto, o direito de decidir sobre o que é verdadeiro não é independente do direito de decidir sobre o que é justo.
IV - O DESAFIO ÉTICO ATUAL
4.1. Crise da Modernidade e Espiritualidade
Uma questão que pode ser considerada uma crise ética da modernidade e espiritualidade é identificar
quais as dificuldades para chegar a um conjunto de princípios capazes de reger a vida do homem moderno. Segundo Apel, “É preciso distinguir atitudes individuais de condições universalistas para a vida em grupo. Cada pessoa deve procurar o que é melhor para si. É o indivíduo quem faz sua própria escolha profissional, por exemplo. Vivemos num espaço livre para a individualidade. Por isso, não posso dar, nessa perspectiva, um universo de princípios ou prescrições a serem seguidas. Todos têm que tentar encontrar seu único e autêntico caminho. As regras universalistas dizem respeito a áreas como a justiça, em que há co- responsabilidade coletiva, o que quer dizer que estamos inscritos numa fundação de princípios universais.”.
Mas, o que impede que sejam postos em prática princípios éticos que fundamentem uma responsabilidade universal e solidária? Para Apel, o principal impedimento vem da incapacidade do ser humano em se preocupar com o coletivo. O indivíduo dá importância apenas ao que interessa a ele. Não sabemos utilizar a razão estratégica para alcançar propósitos coletivos. Em nossa comunicação, por exemplo, o homem não procura entrar em contato com o outro. Ele se esforça para fazer barganhas. Eu digo o que faço por você e espero saber o que você fará por mim. São diálogos estratégicos. Isso acontece no mundo da política, dos negócios, da economia, em que as pessoas barganham o tempo todo.
Outro fato a ser tratado é que as sociedades atuais possam ser incapazes de encontrar seus princípios morais de forma racional. Segundo Apel, é muito difícil resolver as dificuldades morais. Precisamos pensar em responsabilidade conjunta das sociedades, não específica. A busca dos princípios morais é uma
questão de todos os seres humanos.
4.2. Os Círculos Intelectuais
Para os Gregos, o ideal ético estava na busca teórica e prática do bem, os Estóicos insistiram mais nesta vida e bem material, e os Epicureus afirmaram que a vida devia ser voltada para o prazer. Vejamos mais alguns círculos intelectuais que se referem à ética.
Se é verdade que não há aceitação das regras morais e éticas sem um investimento afetivo, é também verdade que tal aceitação não existe sem a racionalidade, sem o juízo e a reflexão sobre valores e regras.
· A moral pressupõe a responsabilidade, e essa pressupõe a liberdade e o juízo.
· Somente há responsabilidade por atos se houver a liberdade de realizá-los ou não.
· Cabem, portanto, o pensamento, a reflexão, o julgamento para, então, a ação.
Muitas vezes, é por falta de apreensão racional dos valores que alguns agem de forma impensada. Pois se tivessem refletido um pouco, provavelmente teriam mudado de idéia e agido diferentemente.
Tomando-se o exemplo da mentira, verifica-se que poucas pessoas pensaram sobre o que é a mentira. A maioria limita-se a dizer que ela corresponde a não dizer, intencionalmente, a verdade. Na realidade, mentir, no sentido ético, significa não dar uma informação a alguém que tenha o direito de obtê-la.
Em resumo, agir segundo critérios e regras morais implica fazer uma escolha. E como escolher implica adotar critérios, a racionalidade é condição necessária à vida moral.
4.3. A Proposta de uma Ética da Responsabilidade Solidária de Karl Otto Apel
Essa proposta é uma linha filosófica e se orienta, atualmente, para os conflitos da nossa época e a exigência de uma orientação ético-política fundamental. É esse o título de uma das conferências mais atuais de Karl-Otto Apel e é ele o filósofo de uma das filosofias transcendentais contemporâneas.
Trata-se de uma discussão, que o filósofo levanta, sobre a possibilidade de “algo como uma ética da responsabilidade solidária.”
Diz Apel: “a paradoxalidade dessa situação se caracteriza através do seguinte dilema: de um lado, a necessidade de uma ética intersubjetivamente vinculatória, de responsabilidade solidária da humanidade, diante das conseqüências de atividades e conflitos humanos, nunca foi tão urgente como nos dias atuais, e isso em função do pavoroso aumento do risco decorrente de todas as atividades e conflitos humanos, devido ao espantoso potencial técnico da ciência. De outro lado, parece que a fundamentação racional de uma ética intersubjetivamente válida jamais foi tão difícil quanto hoje em dia, uma vez que a ciência moderna (science) pré-ocupou o conceito de fundamentação racional, intersubjetivamente válida, no sentido da neutralidade valorativa; por causa disso, todas as formações teóricas não isentas de valoração parecem, a partir deste parâmetro, ser meras ideologias. Assim, conclui: precisamente uma ética racional de superação dos conflitos parece ser impossível, já que a ética aparece, desde logo, apenas como possível ideologia de um dos partidos conflitantes.”.
E este é o dilema que Apel passa a analisar, nos seus dois aspectos: a exigência de uma ética de
responsabilidade solidária em face da crise da civilização técnico-científica e a aparente impossibilidade racional de uma ética de responsabilidade solidária, intersubjetivamente válida, ou seja, de efetividade entre todos os indivíduos.
Karl-Otto Apel visa uma ética da responsabilidade, isto é, uma ética que leva em conta as conseqüências e efeitos colaterais dos atos dos sujeitos agentes. O meio pelo qual se chega a normas consensuais na moral e no direito é o discurso argumentativo, exercido por todos os indivíduos. Isso os tornará co-responsáveis pelas conseqüências de suas ações.
4.4. Código de Ética Profissional dos Corretores de Imóveis
A finalidade do Código de Ética Profissional dos Corretores de Imóveis é reger a conduta dos membros da comunidade dos Corretores de Imóveis, de acordo com os princípios de convivência geral.
Segue abaixo texto integral do Código de Ética:
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
Aprovado conforme Resolução Cofeci n° 326/92
Art. 1º - Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual deve se conduzir o Corretor de Imóveis, quando no exercício profissional. Art. 2° - Os deveres do Corretor de Imóveis compreendem, além da defesa do interesse que lhe é confiado, o zelo do prestígio de sua classe e o aperfeiçoamento da técnica das transações imobiliárias. Art. 3° - Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação ao exercício da profissão, à classe e aos colegas:
I - considerar a profissão como alto título de honra e
não praticar nem permitir a prática de atos que comprometam a sua dignidade.
II - prestigiar as entidades de classe, contribuindo sempre que solicitado, para o sucesso de suas iniciativas em proveito da profissão, dos profissionais e da coletividade;
III - manter constante contato com o Conselho Regional respectivo, procurando aprimorar o trabalho desse órgão;
IV - zelar pela existência, fins e prestígio dos Conselhos Federal e Regionais, aceitando mandatos e encargos que lhes forem confiados e cooperar com os que forem investidos em tais mandatos e encargos;
V - observar os postulados impostos por este Código, exercendo seumister com dignidade;
VI - exercer a profissão com zelo, discrição, lealdade e probidade, observando as prescrições legais e regulamentares;
VII - defender os direitos e prerrogativas profissionais e a reputação da classe;
VIII - zelar pela própria reputação mesmo fora do exercício profissional;
IX - auxiliar a fiscalização do exercício profissional, cuidando do cumprimento deste Código, comunicando, com discrição e fundamentadamente, aos órgãos competentes, as infrações de que tiver ciência;
X - não se referir desairosamente sobre seus colegas;
XI - relacionar-se com os colegas, dentro dos princípios de	consideração,	respeito	e	solidariedade,	em consonância com os preceitos de harmonia da classe; XII - colocar-se a par da legislação vigente e procurar difundi-la a fim de que seja prestigiado e definido o legítimo exercício da profissão.
Art. 4º - Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação aos clientes:
I 
- inteirar-se de todas as circunstâncias do negócio, antes de oferecê-lo;
II - apresentar, ao oferecer um negócio, dados rigorosamente certos, nunca omitindo detalhes que o depreciem, informando o cliente dos riscos e demais circunstâncias que possam comprometer o negócio;
III - recusar a transação que saiba ilegal, injusta ou imoral;
IV - comunicar, imediatamente, ao cliente o recebimento de valores ou documentos a ele destinados; V - prestar ao cliente, quando este as solicite ou logo que concluído o negócio, contas pormenorizadas;
VI - zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica do negócio, reservando ao cliente a decisão do que lhe interessar pessoalmente;
VII - restituir ao cliente os papéis de que não mais necessite;
VIII - dar recibo das quantias que o cliente lhe pague ou entregue a qualquer título;
IX - contratar, por escrito e previamente, a prestação dos serviços profissionais;
X - receber, somente de uma única parte, comissões ou compensações pelo mesmo serviço prestado, salvo se, para proceder de modo diverso, tiver havido consentimento de todos os interessados, ou for praxe usual na jurisdição.
Art. 5° - O Corretor de Imóveis responde civil e penalmente por atos profissionais danosos ao cliente, a que tenha dado causa por imperícia, imprudência, negligência ou infrações éticas.
Art. 6º - É vedado ao Corretor de Imóveis:
I - aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou que não se ajustem às disposições vigentes, ou ainda, que possam prestar-se a fraude;
II - manter sociedade profissional fora das normas e
preceitos estabelecidos em lei e em Resoluções;
III - promover a intermediação com cobrança de “over- price”;
IV - locupletar-se, por qualquer forma, a custa do cliente;
V - receber comissões em desacordo com a Tabela aprovada ou vantagens que não correspondam a serviços efetiva e licitamente prestados;
VI - angariar, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou material, ou desprestígio para outro profissional ou para a classe; VII - desviar, por qualquer modo, cliente de outro Corretor de Imóveis;
VIII - deixar de atender a notificações para esclarecimento à fiscalização ou intimações para instrução de processos;
IX - acumpliciar-se, por qualquer forma, com os que exercem ilegalmente atividades de transações imobiliárias;
X - praticar quaisquer atos de concorrência desleal aos colegas;
XI - promover transações imobiliárias contra disposição literal da lei;
XII - abandonar os negócios confiados a seus cuidados, sem motivo justo e prévia ciência do cliente;
XIII - solicitar ou receber do cliente qualquer favor em troca de concessões ilícitas;
XIV - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou autoridade dos Conselhos, em matéria de competência destes;
XV - aceitar incumbência de transação que esteja entregue a outro Corretor de Imóveis, sem dar-lhe prévio conhecimento, por escrito;
XVI - aceitar incumbência de transação sem contratar com o Corretor de Imóveis, com que tenha de colaborar
ou substituir;
XVII - anunciar capciosamente;
XVIII - reter em suas mãos negócio, quando não tiver probabilidade de realizá-lo;
XIX - utilizar sua posição para obtenção de vantagens pessoais, quando no exercício de cargo ou função em órgão ou entidades de classe;
XX - receber sinal nos negócios que lhe forem confiados caso não esteja expressamente autorizado para tanto.
Art. 7º - Compete ao CRECI, em cuja jurisdição se encontrar inscrito o Corretor de Imóveis, a apuração das faltas que cometer contra este Código, e a aplicação das penalidades previstas na legislação em vigor.
Art. 8º - Comete grave transgressão ética o Corretor de Imóveis que desatender os preceitos dos artigos 3º, I, V, VI e IX; 4º, II, III, IV, V, VII, VIII, IX e X; 6º, I, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIX e XX, e
transgressão de natureza leve o que desatender os demais preceitos deste Código.
Art. 9º - As regras deste Código obrigam aos profissionais inscritos nos Conselhos Regionais.
Art. 10 - As Diretorias dos Conselhos Federal e Regionais promoverão a ampla divulgação deste Código de Ética.
Brasília-DF, 25 de junho de 1992
WALDYR FRANCISCO LUCIANO
Presidente
RUBEM RIBAS
Diretor 1º Secretário
Nesta unidade, demonstramos que a ética deve ser uma preocupação de qualquer profissional, sem ela, não existe organização e condições de perfeita
concorrência no mercado de trabalho.
Reflita! Quais são as características e postura que um profissional ético deve ter em relação à concorrência.
V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SINGER, Peter. Ética prática. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
HOBBES, Thomas. Leviatã. 2. ed. São Paulo: Abril, 1979. (Coleção Os Pensadores)
RAWLS, John. Uma teoria da justiça. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril, 1973a. (Coleção Os Pensadores)
KANT, Immanuel. Crítica da razão prática. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
Apostila
Noções de Economia e Mercado
 (
79
)
SUMÁRIO
PÁG. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... ..................................	73
I – ECONOMIA.......................................................................................................................................	73
1.1. Definição	73
1.2. Organização da Atividade Econômica	73
1.3. Sistema Econômico – Uma Visão Geral	73
1.4. Agentes Econômicos	74
1.5. Integração dos agentes econômicos	75
1.6. Influências da modernidade	75
1.7. Objeto de Estudo	76
II - O MECANISMO E O EQUILÍBRIO DO MERCADO	76
2.1. Demanda e Oferta: O Mecanismo do Mercado	76
2.1.1 Variáveis que influenciam a Demanda	77
III - PROCESSO PRODUTIVO	77
3.1. Teoria da Firma	78
3.2. Teoria da Produção	78
3.3. Programação da produção	78
3.4. Em que Consiste o Planejamento e Controle da Produção	79
3.5. Objetivo do Planejamento e Controle	79
3.6. Tarefas de Planejamento e Controle	79
3.6.1. Carregamento .............................................................................................................................	80
3.6.2. Seqüenciamento...................................................................................................................................	80
3.6.3. Programação........................................................................................................................................	80
3.7. Planejamento da Produção	80
3.7.1. Determinação dos Fatores de Produção ........................................................................................	80
3.7.2. Tempo de Ressuprimento.................................................................................................................	81
3.7.3. Ponto de Ressuprimento...................................................................................................................	81
3.8. Controle de Estoques..................................................................................................................................	81
3.9. Controle da Produção....................................................................................................................82
3.10. Os Custos de Produção ................................................................................................................	82
3.11. Controle de Qualidade..............................................................................................................................	83
3.12 . Just In Time (JIT) ....................................................................................................................................	83
3.12.1. Algumas expressões são geralmente usadas para traduzir aspectos da filosofia Just
in Time: ................................................................................................................	84
3.12.2. Objetivos do JIT	84
3.12.3. Vantagens do JIT	84
3.12.4. Qualidade no JIT	84
3.12.5. Flexibilidade no JIT	85
3.12.6. Velocidade no JIT	85
3.12.7. Confiabilidade no JIT	85
13.2.8. Fim aos desperdícios e a melhoria contínua no JIT	85
3.12.9. As metas colocadas pelo JIT em relação aos vários problemas de produção são	85
3.13. A Previsão das Vendas	86
IV - MERCADO: OFERTA E PROCURA	86
4.1. Estruturas Básicas do Mercado	86
4.1.1. Concorrência Perfeita	87
4.1.2. Monopólio	87
4.1.3. Oligopólios	87
4.1.4. Concorrência monopolística	88
V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	89
INTRODUÇÃO
I – ECONOMIA
1.1. Definição
A expressão economia tem origem na palavra grega oikos, que significa casa, fortuna, riqueza, e na palavra nomos (também grega), que quer dizer lei, regra ou administração.
Vejamos agora outras idéias para que você possa consolidar o conceito de economia:
A Economia é a ciência que estuda a atividade produtiva. De forma geral esse estudo tem por objeto a atividade econômica de toda sociedade, tais como, as empresas como unidades de produção e as família como unidade de consumo.
Modernamente, “define-se economia como a ciência que estuda o emprego de recursos escassos, entre usos alternativos, com o fim de obter os melhores resultados, sejam na produção de bens, ou na prestação de serviços”. (Souza, 2003)
1.2. 
Organização da Atividade Econômica
As questões da economia passou a existir desde que as pessoas começaram a usar um lugar fixo para viver, evitando a vida nômade e formando agrupamentos (cidades, sociedades), para o trabalho e cultivo da terra, gerando rendimento com atividades artesanais e prestação de serviços. É a partir de tais condições que vão surgir questões relativas a:
· utilização dos recursos;
· distribuição dos produtos decorrentes da produção;
· organização	da	vida	econômica	em sociedade.
1.3. Sistema Econômico – Uma Visão Geral
Visto de forma geral, o sistema econômico é composto por um conjunto de três elementos:
· Estoque de fatores de produção - constitui a própria base da atividade econômica e condiciona a existência e as dimensões do sistema de produção.
Sua qualificação e combinação determinam a eficiência. As definições sobre os produtos finais deles decorrem dos padrões de eficácia do sistema como um todo.
· Interação entre os agentes econômicos - A forma como é empregado os recursos, a sua destinação e a definição dos produtos são determinadas pelos agentes econômicos, que são: a família, a empresas e governo. Tal relação entre os três grupos pode se dar de forma direta ou indireta nas transações.
· Complexo de instituições - Os agentes econômicos definem e mobilizam os recursos necessários para a produção dos bens associados às diferentes categorias de renda da população. Os agentes agem de acordo com um complexo de
instituições que dá respaldo e forma às suas intenções. As instituições (onde são organizados os fatores de produção) são também denominadas unidades produtoras.
 (
Unidades Familiares Empresas Governo
) (
Recursos Naturais Recursos humanos
)Esse sistema poderia ser representado da seguinte maneira:
 (
Instituições
Sistema Acadêmico
Agentes Econômico
Estoque de Fatores
)
 (
Jurídicas Políticas Sociais
)O sistema econômico é a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços.
Mas para que esses fatores façam parte do processo produtivo, eles precisam estar organizados de tal forma que a sua combinação resulte em algum bem ou serviço.
Vejamos, pois, como se dá tal composição.
· Setor primário – constituído pelas unidades produtoras que utilizam intensamente os recursos naturais, sem transformações substanciais em seus produtos. Exemplo: Atividades rurais, extração e agropecuária.
· Setor secundário – constituído pelas unidades produtoras dedicadas às atividades industriais, através dos quais os bens são transformados. Exemplo: Indústrias.
· Setor terciário – este se diferencia dos outros pelo fato de seu produto não ser tangível, concreto, embora de grande importância no sistema
econômico. É também chamado setor de serviços exatamente por atuar neste segmento. Exemplo: ocupações de comércio, corretagem de valores, seguro, transportes, serviços de consultoria, turismo, intermediação financeira, atividade bancária etc.
1.4. Agentes Econômicos
O sistema econômico também pode ser descrito pela ótica dos agentes, o que significa dizer que o que se observa é a relação e interação entre três grupos: as unidades familiares, empresas, governo. Vejamos como cada um dos grupos é descrito.
Agente econômico unidades familiares - Entende-se como unidade familiar todos os tipos de unidades domésticas, unipessoais ou familiares, com ou sem parentesco.
Agente econômico empresas - Empresas são agentes econômicos que aplicam os fatores de produção disponíveis. Seu objetivo é combinar os fatores para a geração de bens e serviço a fim de atender as necessidades de consumo da sociedade.
O conjunto de empresas que compõem o aparelho produtivo (produção) é heterogêneo sob diversos aspectos: tamanho, forma jurídica, origem, controle, forma de administração, natureza dos produtos e outros. Em função do tipo de produção, distinguem-se quatro categorias de empresas com características próprias de funcionamento:
· Agrícola
· Industrial
· Comercial
· Financeira
Agente econômico governo - O governo participa como agente econômico devido às
particularidades que envolvem suas ações econômicas. Segundo Edy e Peacock (1963, apud ROSSETTI, 2003), governo é:
Um agente coletivo que contrata diretamente o trabalho de unidades familiares e que adquire uma parcela da produção das empresas para proporcionar bens e serviços úteis à sociedade como um todo.
A principal função do governo como agente econômico no sistema é controlar e direcionar os meios de produção, através de políticas, visando a satisfação das necessidades das pessoas na sociedade.
1.5. Integração dos agentes econômicos
Caro aluno, com relação à integração dos agentes econômicos, é muito importante você perceber que os meios e os mecanismos para tal integração derivam de dois fatores fundamentais:
· A diversidade das necessidades humanas;
· A diversidade de capacitação das pessoas e nações, o que conduz a especialização e a divisão social do trabalho.
Surgiram assim, três importantes fatores de contribuição ao progresso econômico:
· Divisão do trabalho
· Especialização
· Trocas
A medida que a divisão do trabalho e a especialização se generalizam e se consolidam, as operações produtivas se tornam mais eficientes explorando vantagens comparativas comprovadas.
▪
1.6. Influências da modernidade
Após a revolução científica e industrial dos séculos XVIII e XIX, a divisão do trabalho e especialização levaram ao aumento da capacidade
produtiva, permitindo uma rede de troca entre as nações. Esse fenômeno resultou no desaparecimento gradativo do sistema da auto-suficiência.
A intensificação industrial, contribui para a maior eficiência, e então, novos ganhos de escala têm sido possíveis (ROSSETTI, 2003). Nessa perspectiva, o ganho na produtividade decorrente do ganho de escala (custo) - que provoca redução de custos - é um dos fatores que contribui para a integração dos agentes econômicos.
Nas três últimas décadas do século XX e no prelúdiodo século XXI, quando se intensifica o uso de tecnologias da informação, como uma das conseqüências na economia, pode-se observar que a necessidade de consumo das pessoas sofreu alterações, tornando-se cada dia mais efêmera. Os produtos exigidos nesse novo período são artigos descartáveis e produtos personalizados.
As indústrias, para responder a essa nova exigência do consumidor e ao mesmo tempo fazer integração com os demais agentes econômicos, passaram a produzir produtos diversificados, seguindo um processo diferente de produção. Para a empresa responder a esse novo desafio precisa aderir a um novo conceito que surge, denominado de customização.
O aparelho de produção do sistema econômico pode ser apresentado de forma esquemática, como demonstrado a seguir:
 (
Atividades Secundárias de Produção
) (
Atendimento das necessidades de consumo a acumulação da
) (
BENS
(produtos tengíveis)
) (
Atividades Primárias de Produção
) (
Aparelho de Produção da Economia Nacional
)pessoas asseguram meios para sua sobrevivência (alimentação, moradia, transporte, etc), focando nos problemas enfrentados por estas pessoas e as maneiras como estes problemas são resolvidos.
 (
Atividades Terciárias de Produção
) (
Serviços (produtos intangíveis
)II - O MECANISMO E O EQUILÍBRIO DO MERCADO
Vale destacar, porém, que o agrupamento
Os problemas da economia surgem em função da escassez de bens e serviços, visto que a
limitação de recursos produtivos provoca a limitação
básico	demonstrado	no	esquema representado por outros elementos.
pode	ser
da oferta de bens. A escassez, destaca o prof. VASCONCELOS (2002), “surge em virtude da
Nos	agrupamentos	básicos	mais representativos da sociedade, mesmo que em uma
necessidade humana ilimitada e da restrição física de recursos”.
versão simplificada e preliminar do fundamental identificar os principais
sistema, é setores de
2.1. Demanda e Oferta: O Mecanismo do Mercado
produção,	bem	como	os	resultados	de	suas
Você sabe qual é a definição de demanda?
atividades operacionais, segundo os tipos e a
destinação dos bens e serviços que fornecem.
Após esses conceitos, você já é
Demanda de Mercado pode ser representada
pelo comportamento do consumidor em relação a um determinado produto. Observe que quando o preço
capaz de identificar qual é economia?
o objeto da
está em um nível elevado, a demanda pelo produto é menor, isto é, uma parte dos consumidores não está disposta a adquirir o produto a este preço.
1.7. Objeto de Estudo
O objeto de estudo da economia está relacionado à investigação do comportamento humano quanto às relações de custo, recursos, troca etc. Toda ação humana que envolve a trilogia produção, consumo e distribuição é uma atividade econômica.
A Demanda é uma relação que demonstra as quantidades de um bem ou serviço que os compradores estariam dispostos e seriam capazes de adquirir a diferentes preços de mercado.
2.1.1 Variáveis que influenciam a Demanda
Quais variáveis afetam a demanda?
A economia é também o estudo de como as
A demanda de um determinado bem (produto ou serviço) depende de um conjunto de variáveis que a influenciam, das quais destacamos:
· Riqueza – a riqueza de uma sociedade, bem como sua distribuição, tem influência direta no consumo (demanda); quanto maior for a riqueza da sociedade maior é a possibilidade de consumo.
· Renda – quando a distribuição da renda de uma sociedade atinge um nível maior na sua distribuição e alcança um número grande de pessoas, aumenta a possibilidade de consumo dos habitantes da região.
· Preço de outros bens – quando o preço de bens similares em utilidade similar atinge a satisfação dos consumidores, isso influencia o consumo do referido similar; ou seja, reduz-se a possibilidade de consumo do bem original devido à substituição pelo similar que satisfaz;
· Fatores climáticos e sazonais – o clima é fator importante no consumo de determinados bens. Por exemplo, o consumo de alimentos sólidos tem maior preferência do que os líquidos em períodos de clima frio.
ponto onde a quantidade demandada iguala a quantidade ofertada. Para que se mantenha um bom equilíbrio, é importante observar algumas questões:
a) Quais são os bens e serviços a produzir.
b) Como produzir estes bens e serviços.
c) Para quem produzir os bens e serviços.
d) Depois de prontos os bens, a quem distribuí- los.
Com base nas definições acima temos a trilogia básica da economia, como observa-se no seguinte esquema:
 (
Distribuição
Consumo
Produção
)
III - PROCESSO PRODUTIVO
· Propaganda – essa tem um papel importante no consumo, pois, quando bem elaborada, pode induzir o consumidor a adquirir um dado serviço ou produto.
· (
A Oferta descreve o comportamento das empresas no tocante à quantidade de um determinado produto que deseja ofertar a preços alternativos.
)Outros - Hábitos, gostos, preferência dos consumidores, oportunidades de compra etc.
O Equilíbrio de Oferta e Demanda ocorre no
O processo produtivo possui elementos indispensáveis, veremos a seguir como funciona esse processo produtivo.
3.1. Teoria da Firma
A firma é um importante componente do sistema econômico, que se situa no setor produtivo, responsável pela transformação de fatores produtivos para a geração de bens e serviços destinados ao consumo da sociedade. Também é um elemento fundamental na geração de empregos.
Em economia de mercado encontramos dois agentes: de um lado os consumidores e de outro a firma.
As teorias econômicas mais atuais concebem a firma moderna como:
“Um conjunto de contratos entre agentes especializados, que trocarão informações e serviços entre si, de modo a produzir um bem final. Os agentes poderão estar dentro de uma hierarquia, que é o que convencionalmente chamamos de firma. Poderão, entretanto, estar fora dessa hierarquia, relacionando-se extra-firma, mas agindo motivados por estímulos que os levam a atuar coordenadamente”. (Zylberzstajn, 2003).
3.2. Teoria da Produção
O estudo da teoria da produção é importante para a compreensão da teoria da firma porque os princípios gerais da teoria da produção enfocam os dados necessários para a análise de custos e da oferta de bens e serviços produzidos. Esses componentes formam a base para a definição dos preços.
Segundo Carvalho (2004), a teoria da produção desenvolve dois papéis extremamente importantes. Primeiramente, serve de base para a análise das relações entre produção e custo de produção. Em segundo lugar serve de apoio para a análise da demanda da firma, ou seja, fornece o parâmetro da produção que por sua vez está limitado a capacidade instalada.
3.3. Programação da produção
Podemos dizer que a programação da produção é o planejamento do sistema produtivo, elaborado para atender às necessidades de venda. A programação do fluxo de materiais é a principal decisão após o estabelecimento da capacidade produtiva e de sua localização.
A demanda da necessidade gera os sinais de quando comprar ou produzir e em que quantidade. Assim, a programação da produção e a aquisição estão estreitamente relacionadas e interligadas.
Podemos ainda incluir como sendo também fator de produção a capacidade empresarial, o conhecimento existente e adquirido pelos componentes da empresa, firma (funcionários, diretores etc.).
A escolha do processo de produção depende sua eficiência. A eficiência pode ser avaliada pelo ponto de vista tecnológico ou pelo ponto de vista econômico.
3.4 Em que Consiste o Planejamento e Controle da
Produção
Administrar, nos dias atuais, é algo onde os riscos são muito menores que antigamente, mas a responsabilidade se duplica e redobra exatamente pela existência de todo o meio tecnológico que cerca uma decisão administrativa.
Numa empresa, o setor de Planejamento e Controle de Produção pode ser considerado um setor- meio, que serve como transformador de informações entre vários setores de uma empresa, também tem um papel de conciliador entre aqueles departamentos da Empresa que eventualmente tenham alguns atritos.
Atualmente, onde a tecnologiaestá bastante disseminada, qualquer inovação desencadeia um espantoso e infindável leque de outras inovações que são amplamente testadas até que possam ser aplicadas com confiabilidade e segurança pelos administradores das empresas modernas.
No planejamento e controle da produção, em conjunto com a indispensável capacidade empresarial do administrador moderno, foi desenvolvida uma série de técnicas de Administração e da sua correta aplicação nas últimas décadas, do que depende o sucesso do mundo contemporâneo no que concerne ao atendimento das necessidades materiais da humanidade.
3.5 Objetivo do Planejamento e Controle
O Planejamento é o ato de estabelecer as expectativas de o que deveria acontecer. O Controle é o processo de lidar com mudanças quando elas ocorrem. O planejamento e o controle são usualmente tratado juntos, embora sejam teoricamente separáveis.
Indiscutivelmente, O objetivo do planejamento
e controle é garantir que a produção ocorra com eficácia e produza produtos e serviços como deve. Para que isso aconteça, é preciso que os recursos produtivos estejam disponíveis:
a) No momento adequado.
b) Na quantidade adequada.
c) No nível de qualidade adequado.
Fazer uma conciliação do potencial de operação de fornecer produtos e serviços é uma forma de caracterizar todas as decisões de planejamento e controle.
Diante deste cenário, é necessário tomar a decisão certa quanto a:
· Qual será a composição de bens e serviços a ser produzida num dado período e numa dada região?
· Quais quantidades serão produzidas?
3.6 Tarefas de Planejamento e Controle
O planejamento e controle requer a conciliação do fornecimento e da demanda em alguns aspectos:
a) Em volume;
b) Em tempo;
c) Em qualidade.
 (
É importante para você, caro aluno, conhecer e entender alguns conceitos básicos da área de economia que irão contribuir no melhor desempenho de suas funções de corretor de imóveis.
)
3.6.1. Carregamento
O carregamento define qual a quantidade de trabalho que deve ser dada a cada parte da produção e pode ser feito de forma finita ou infinita
1. Carregamento Finito
É um conceito que somente atribui trabalho a um centro de trabalho, como por exemplo, uma pessoa, uma máquina, ou então um grupo de pessoas ou de máquinas até um limite estabelecido. O carregamento finito é usado em:
· Operações em que é possível limitar a carga.
· Operações em que é necessário limitar a carga.
· Operações em que o custo da limitação da carga não é proibitivo.
2. Carregamento Infinito
Ele	tenta	corresponder	à	aceitação	do trabalho. O carregamento infinito é usado em:
· Operações em que não é possível limitar o carregamento.
· Operações em que não é necessário limitar o carregamento.
· Operações em que o custo de limitação é proibitivo.
3.6.2. Seqüenciamento
O seqüenciamento é responsável por decidir a ordem em que o trabalho será executado na operação. As prioridades dadas ao trabalho em uma operação são, freqüentemente, estabelecidas por um conjunto predefinido de regras. Existem muitas regras de decisão diferentes quanto a prioridades, que podem ajudar as operações a tomar essas decisões.
3.6.3. Programação
A programação determina quando as atividades serão iniciadas e terminadas. pode ser feita tanto para trás como para frente. Também pode ser
classificada como programação empurrada e programação puxada, como segue:
· Programação empurrada: é um sistema centralizado em que as decisões de planejamento e controle são emitidas para centros de trabalho, que devem desempenhar suas tarefas e mandar suas peças para a estação de trabalho seguinte;
· Programação puxada: é um sistema no qual a demanda é acionada a partir de requisições de centros de trabalho.
3.7. Planejamento da Produção
Planejar a produção significa decidir antecipadamente o que deve ser feito para alcançar determinado fim e compreende decidir sobre a produção a ser efetivada pela empresa industrial. Por isso nessa fase nesta fase, deve-se levar em conta:
· Previsão da procura ou demanda dos produtos ou mercadorias.
· Previsão dos insumos, da mão-de-obra e dos equipamentos.
Previsão dos custos decorrentes da alocação dos recursos materiais e humanos descritos.
3.7.1. Determinação dos Fatores de Produção
O ponto de partida do planejamento da produção é a previsão de vendas. Uma vez realizada a previsão de vendas, é preciso determinar as quantidades dos diversos fatores de produção necessários para atender as vendas, caso se concretizem. São necessários os seguintes fatores a produção industrial:
· Equipamentos.
· Máquinas.
· Materiais.
 (
89
)
· Mão-de-obra (terra, capital e trabalho).
Imaginamos uma construtora, que tem a previsão de construir 2 prédios com salas comerciais. O primeiro passo é determinar as quantidades necessárias de cada fator de produção. Em seguida, determinar quais os profissionais que irão atuar no processo produtivo, o tempo de trabalho de cada um deles em cada atividade e a seqüência lógica e racional das operações.
3.7.2. Tempo de Ressuprimento
O tempo de ressuprimento é o fator que determina o momento mais conveniente de se iniciar a fabricação de um produto ou de fazer um pedido de compra junto ao fornecedor.
O tempo de ressuprimento é o tempo despendido entre o momento que se identifica a necessidade do material e o momento em que efetivamente se recebe esse material para uso. Entre esses dois momentos podem existir diversas etapas do ressuprimento, tais como a confecção do pedido, negociação do preço, fabricação do produto, inspeção e expedição do produto, transporte, recebimento e controle de qualidade.
3.7.3. Ponto de Ressuprimento
Surge a necessidade de se fazer um novo pedido ao fornecedor a medida que o estoque de um material vai sendo consumido, para ressupri-lo, para que não ocorra uma ruptura no estoque.
Assim, é imprescindível detectar o momento em que todo o esquema de ressuprimento vai ser acionado.
3.8. Controle de Estoques
O estoque existe em operações produtivas porque os ritmos de fornecimento e de demanda nem sempre combinam. Os estoques são usados para uniformizar as diferenças entre fornecimento e demanda. Para que não haja perigo de a quantidade do produto não atender a demanda.
As operações com os serviços profissionais manterão níveis baixos de estoque, enquanto as operações de varejo irão manter grandes quantidades de estoque. Todas as operações mantêm estoques de algum tipo. Os itens mantidos em estoque podem variar consideravelmente em valor.
Quanto ao planejamento e controle do estoque, as principais decisões a serem tomadas são:
· Quanto pedir cada vez que seja necessário reabastecimento.
· Quando pedir o reabastecimento de estoques.
· Como controlar o sistema de planejamento e controle de estoques.
3.9. Controle da Produção
O controle da produção tem por finalidade verificar se o que foi planejado está sendo realmente
executado, por isso é imprescindível um perfeito trabalho de acompanhamento de todas as operações industriais.
Compete ao controle de produção acusar as falhas e distorções e estabelecer as medidas a serem tomadas para correção dos problemas, visando uma normalidade do processo produtivo. Portanto, o retorno de informações (feedback) constitui prática salutar para a normalidade do processo.
O controle de produção deve atender aos seguintes aspectos:
· Que os insumos de produção estejam sendo entregues dentro dos prazos certos.
· A mão-de-obra deve estar sendo realmente empregada.
· Os equipamentos de produção devem ser adequados e estar sendo utilizados eficientemente.
· Os estoques de produtos acabados (ou semi- acabados) devem estar em níveis planejados.
· O ritmo de produção deve ser desenvolvido de acordo com o planejamento.
3.10. Os Custos de Produção
A quantidade de recursos utilizados multiplicada pelo seu preço constitui o custo para a produção de bens e serviços destinados à comercialização. Compreendida a posição sobre o equilíbrio da firma como situação de otimização, é fácil entender que o custo de produção ótimo deverá ser sempre pequeno para que o resultadoobtido seja lucro.
É importante que tenhamos um conhecimento sobre alguns termos e conceitos sobre custos, conforme colocamos a seguir:
· 
O custo é o consumo dos fatores de produção (terra, trabalho e capital) empregados na produção de bens e serviços.
· Segundo o professor Martins (1990, p. 24), “custo é o gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”.
· Custo é o sacrifício financeiro com que a entidade arca para obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos.
· Um outro conceito importante é: como custo entende-se a soma de valores, de bens e serviços consumidos e aplicados para obter um novo bem ou um novo serviço.
· Há, ainda, quem considere e mesmo denomine custos como despesas, aplicações ou consumo.
Outra classificação importante:
· Custos de curto prazo - A maioria das empresas, principalmente as de pequeno porte, quando produz utiliza fatores fixos e variáveis. Para facilitar o entendimento, consideremos a existência de apenas um fator fixo, identificado pelo tamanho da estrutura da firma e fatores variáveis capital, mão-de- obra, insumos etc.
Nesse caso a empresa só poderá aumentar ou reduzir sua produção por intermédio de uma atuação nos fatores variáveis – capital, mão-de-obra, insumos, uma vez que o seu tamanho, ou seja, sua capacidade produtiva é constante e não pode ser alterada (aumento ou redução) a curto prazo.
· Custos de longo prazo - Os custos de longo prazo apresentam como característica a variação de todos os fatores (recursos). Assim, nesse tipo de
produção de período não tem razão de se falar de custo fixo.
3.11. Controle de Qualidade
A principal finalidade do controle de qualidade é determinar as causas relevantes de variações de qualidade. Muitas vezes as causas são chamadas “acidentais”, não provocando maiores conseqüências.
A qualidade de um produto ou serviço é medida pela satisfação total do consumidor. Não se pode confundir qualidade com luxo, um automóvel luxuoso, por exemplo, pode ser de péssima qualidade, e um simples pode ter ótima qualidade.
Vários fatores, como a globalização da economia, o aumento da competitividade e as estratégias empresariais levam as empresas a alcançarem níveis de excelência, principalmente em relação aos seus clientes. As linhas de ações que as empresas aplicam hoje começam a convergir para um foco único: conquistar, satisfazendo e mantendo clientes, fazendo as coisas certas e com qualidade.
A qualidade total no atendimento ao cliente ocorre quando a empresa enfoca seus esforços em serviços com qualidade, fazendo conscientemente a escolha em investir na satisfação do cliente e em tornar isso a meta da empresa.
Algumas técnicas para satisfação total do cliente envolvem um tanto de dedicação de tempo dos administradores, enquanto que outros enfatizam a monitoração extensiva das necessidades e atitudes dos clientes.
Em termos de imagem da empresa e lealdade dos clientes, o atendimento à necessidade do cliente produz recompensas reais para a empresa, pois os
clientes retornam, muitas vezes, porque já conhecem a qualidade, confiam nas pessoas que trabalham e sabem que obtém serviços consistentes.
3.12 . Just In Time (JIT)
O Just in Time (JIT) surgiu no Japão, nos meados da década de 70, sendo sua idéia básica e seu desenvolvimento creditados à Toyota Motor Company, a qual buscava um sistema de administração que pudesse coordenar a produção com a demanda específica de diferentes modelos e cores de veículos com o mínimo atraso.
O sistema de "puxar" a produção a partir da demanda, produzindo em cada somente os itens necessários, nas quantidades necessárias e no momento necessário, ficou conhecido no Ocidente como “Sistema Kanban”. Este nome é dado aos cartões utilizados para autorizar a produção e a movimentação de itens, ao longo do processo produtivo.
Contudo, o JIT é muito mais do que uma técnica ou um conjunto de técnicas de administração da produção, sendo considerado como uma completa “filosofia, a qual inclui aspectos de administração de materiais, gestão da qualidade, arranjo físico, projeto do produto, organização do trabalho e gestão de recursos humanos”.
Embora haja quem diga que o sucesso do sistema de administração JIT esteja calcado nas características culturais do povo japonês, mais e mais gerentes e acadêmicos têm-se convencido de que esta filosofia é composta de práticas gerenciais que podem ser aplicadas em qualquer parte do mundo.
3.12.1. Algumas expressões são geralmente usadas
para traduzir aspectos da filosofia Just in Time
1. Produção em estoque. 2.Eliminação de desperdícios. 3.Manufatura de fluxo contínuo.
4.Esforço contínuo na resolução de problemas. 5.Melhoria contínua dos processos.
3.12.2. Objetivos do JIT
O sistema JIT tem como objetivo fundamental a melhoria contínua do processo produtivo. A perseguição destes objetivos dá-se, através de um mecanismo de redução dos estoques, os quais tendem a camuflar problemas.
Os estoques têm sido utilizado para evitar descontinuidades do processo produtivo, diante de problemas de produção que podem ser classificados principalmente em três grandes grupos:
Problemas de qualidade: quando alguns estágios do processo de produção apresentam problemas de qualidade, gerando refugo de forma incerta, o estoque, colocado entre estágios e os posteriores, permite que estes últimos possam trabalhar continuamente, sem sofrer com as interrupções que ocorrem em estágios anteriores. Dessa forma, o estoque gera independência entre os estágios do processo produtivo.
Problemas de quebra de máquinas: quando uma máquina pára por problemas de manutenção, os estágios posteriores do processo que são "alimentados" por esta máquina teriam que parar, caso não houvesse estoque suficiente para que o fluxo de produção continuasse, até que a máquina fosse reparada e entrasse em produção normal novamente. Nesta situação o estoque também gera independência entre os estágios do processo
produtivo.
Problemas de preparação de máquina: quando uma máquina processa operações em mais de um componente ou item, é necessário preparar a máquina a cada mudança de componente a ser processado. Esta preparação representa custos referentes ao período inoperante do equipamento, à mão-de-obra requerida na operação, entre outros. Quanto maiores estes custos, maior tenderá a ser o lote executado, para que estes custos sejam rateados por uma quantidade maior de peças, reduzindo por conseqüência , o custo por unidade produzida. Lotes grandes de produção geram estoques, pois a produção é executada antecipadamente à demanda, sendo consumida por esta em períodos subseqüentes.
3.12.3. Vantagens do JIT
As vantagens do sistema de administração da produção Just in Time podem ser mostradas através da análise de sua contribuição aos principais critérios competitivos:
Custos no JIT: dados os preços já pagos pelos equipamentos, materiais e mão-de-obra, o JIT, busca que os custos de cada um destes fatores seja reduzido ao essencialmente necessário. As características do sistema JIT, o planejamento e a responsabilidade dos encarregados da produção pelo refinamento do processo produtivo favorecem a redução de desperdícios. Existe também uma grande redução dos tempos de setup, interno e externo, além da redução dos tempos de movimentação, dentro e fora da empresa;
3.12.4. Qualidade no JIT
O projeto do sistema evita que os defeitos
fluam ao longo do fluxo de produção; o único nível aceitável de defeitos é zero. A pena pela produção de itens defeituosos é alta. Isto motiva a busca das causas dos problemas e das soluções que eliminem as causas fundamentais destes problemas. Os trabalhadores são treinados em todas as tarefas de suas respectivas áreas, incluindo a verificação da qualidade. Sabem, portanto, o que é uma peça com qualidade e como produzi-la. Se um lote inteiro for gerado de peças defeituosas, o tamanho reduzido dos lotes minimizará o número de peças afetadas. O aprimoramento de qualidade faz parte da responsabilidade dostrabalhadores da produção, estando incluída na descrição de seus cargos.
3.12.5. Flexibilidade no JIT
O sistema just in time aumenta a flexibilidade de resposta do sistema pela redução dos tempos envolvidos no processo. Embora o sistema não seja flexível com relação à faixa de produtos oferecidos ao mercado, a flexibilidade dos trabalhadores contribui para que o sistema produtivo seja mais flexível em relação às variações do mix de produtos. Através da manutenção de estoques baixos, um modelo de produto pode ser mudado sem que haja muitos componentes obsolescidos. Como o projeto de componentes comprados é geralmente feito pelos próprios fornecedores a partir de especificações funcionais, ao invés de especificações detalhadas e rígidas de projeto, estes podem ser desenvolvidos de maneira consistente com o processo produtivo do fornecedor.
3.12.6. Velocidade no JIT
A flexibilidade, o baixo nível de estoques e a
redução dos tempos permitem que o ciclo de produção seja curto e o fluxo veloz. A prática de diferenciar os produtos na montagem final, a partir de componentes padronizados, de acordo com as técnicas de projeto adequado de manufatura e projeto adequado à montagem, permite entregar os produtos em vários prazos mais curtos.
3.12.7. Confiabilidade no JIT
A confiabilidade das entregas também é aumentada através da ênfase na manutenção preventiva e da flexibilidade dos trabalhadores, o que torna o processo mais robusto. As regras do KANBAN e o princípio da visibilidade permitem identificar rapidamente os problemas que poderiam comprometer a confiabilidade, permitindo sua imediata resolução.
13.12.8. Fim aos desperdícios e a melhoria contínua no JIT
O sistema JIT pode ser definido como um sistema de manufatura cujo objetivo é otimizar os processos e procedimentos através da redução contínua de desperdícios. Os desperdícios atacados podem ser de várias formas:
· Desperdício de transporte.
· Desperdício de superprodução.
· Desperdício de material esperando no processo.
· Desperdício de processamento.
· Desperdício de movimento nas operações.
· Desperdício	de	produzir	produtos defeituosos.
· Desperdício de estoques.
3.12.9. As metas colocadas pelo JIT em relação aos vários problemas de produção são:
· Zero defeitos;
· Tempo zero de preparação (“setup”)
· Estoque zero.
· Movimentação zero.
· Quebra zero.
· LEAD TIME zero.
· Lote unitário (uma peça).
3.14. A Previsão das Vendas
O planejamento das vendas é um fator indispensável para um planejamento de produção eficaz. É em função das previsões de vendas que são elaborados os planos de fabricação e, conseqüentemente, se determina o volume de recursos necessários para os próximos períodos.
Entretanto, é muito difícil fazer previsões com uma grande margem de acerto, porque são inúmeros os fatores que influenciam no comportamento da demanda. A previsão de vendas é basicamente uma função mercadológica, onde se faz uma pesquisa de mercado para se determinar a demanda.
 (
MERCADO
Local onde se encontram as pessoas, famílias, unidades produtivas, com a finalidade de efetuar transações econômicas, ou seja, realizar operações de compra e venda de bens e/ou serviços.
)IV - MERCADO: OFERTA E PROCURA
Segundo Rossetti (2003, p.395), o conceito de mercado diz respeito a “um lugar determinado onde os agentes econômicos realizam suas transações”.
Outro conceito importante sobre mercado é proposto por Sandroni (1989, p.193): “De forma geral o termo designa um grupo de compradores vendedores que estão em contato suficientemente próximo para que as transações entre eles afetem as condições de compra e venda dos demais”.
O mercado está estruturado em diferentes formas, definidas a partir de um conjunto de elementos igualmente distintos:
· Número de agentes envolvidos;
· Formas de componentes dos agentes;
· Natureza do fator de produção ou do produto. A estrutura básica do mercado pode ser definida em quatro elementos que apresentam
características e condições específicas:
· Concorrência perfeita;
· Monopólio;
· Oligopólio;
· Concorrência monopolística.
4.1. Estruturas Básicas do Mercado
Como você viu, a estrutura do mercado pode ser definida em quatro elementos, que são: concorrência perfeita; monopólio; oligopólio e a concorrência monopolística.
Acompanhe a partir deste ponto cada uma dessas estruturas.
4.1.1. Concorrência Perfeita
A concorrência perfeita existe quando há muitos compradores e vendedores e nenhum desses vendedores ou compradores, por si só, tem controle sobre o preço. Algumas vezes, este tipo de mercado chama-se simplesmente competitivo.
Assim, temos como princípios da concorrência perfeita:
· O número de participantes em um mercado afeta significativamente a maneira pela qual se determina o preço.
· No mercado onde prevalece a concorrência perfeita, as forças impessoais determinam o preço. Para o comprador individual e o vendedor individual, o preço está fora de controle.
· Num mercado de concorrência perfeita a demanda e a oferta determinam o preço do bem ou serviço.
· A demanda corresponde a um mercado com muitos compradores e muitos vendedores. Nenhum dos participantes neste mercado tem qualquer controle sobre o preço.
4.1.2. Monopólio
O monopólio situa-se no outro extremo, é o oposto da concorrência perfeita. Para que exista o monopólio, é necessárias que sejam dadas as seguintes condições:
· Unicidade – há apenas um comprador ou fornecedor (vendedor) que domina totalmente a oferta ou a procura do bem ou serviço, este tem influência direta no preço.
· Insubstitutibilidade – o produto ou serviço da empresa monopolista não tem substituto. A necessidade dos consumidores não tem como substituir com a mesma satisfação com outro produto.
· Barreiras – existem barreiras de entrada de novas empresas ou fornecedores do produto no mercado monopolista, é impossível a entrada.
· 
Poder – a expressão “poder de monopólio” caracteriza a posição privilegiada em que se encontra o monopolista.
· Extra-preço – devido o domínio do mercado: o preço e as quantidades são definidas pela empresa do monopólio que pratica preços que desestimulam a entrada de novas empresas.
· Opacidade – por definição os monopólios são opacos, as transações não são transparentes, não se tem como saber dos processos produtivos, fontes fornecedoras, níveis de oferta etc.
Existem vários tipos de concorrência imperfeita; o monopólio é um deles.
 (
Concorrência imperfeita só existe se um comprador ou um vendedor pode influenciar no preço. Dizemos que este comprador ou vendedor detém poder de mercado.
)
4.1.3. Oligopólios
A palavra aparece no plural devido a existência de vários tipos de oligopólio. No oligopólio, nós encontramos um número pequeno de empresas compradoras ou vendedoras. Alguns mercados são dominados por algumas empresas grandes; outros contêm milhares de vendedores. Uma indústria onde poucos vendedores têm certo poder chama-se oligopólio, isto é, poucos vendedores. É o tipo de estrutura de mercado, nas economias capitalistas, em que poucas empresas detêm o controle da maior parcela do mercado. Numa indústria oligopolista, os produtores sabem que têm certo controle sobre o preço.
 (
Uma indústria significa o conjunto de produtores de um bem ou serviço. O termo indústria pode ser empregado em relação a qualquer bem ou serviço, não apenas aos produtos manufaturados.
)normalmente usam a mesma estratégia na definição de preços e de quantidades produzidas.
O oligopólio é um pequeno número de empresa e é difícil estabelecer limites. Podem existir oligopólios mesmo quando existe um número bastante grande de concorrentes.
É mais comum a existência de um pequeno número de empresas lideres e co-líderes, que dividem entre si uma grande fatia do mercado como um todo. Da mesma forma que os outros tipos de mercado, para a existência de oligopólio algumas características são importantes. Vamos a elas:
· Diferenciação – é uma das características que alteram a característica da homogeneidade, substitutibilidade e padronização.
· Rivalização – os concorrentes queatuam sob condições de oligopólio são fortes rivais entre si. Vale ressaltar que essa característica do oligopólio nem sempre ocorre.
· Barreiras – é também uma característica existente na estrutura de mercado do oligopólio, já que o número de participantes são reduzidos e de baste poder no mercado.
· Preço, extra-preço e poder – no oligopólio a definição de preço, o extrapreço e o poder são também características do mercado oligopolista.
· Visibilidade – existência da visibilidade entre os componentes do monopólio é um fator comum, já que as estratégias do grupo são definidas em comum, os componentes do oligopólio
4.1.4. 
Concorrência monopolística
Esta estrutura de mercado contém características que se encontram nas definições normais ou comuns do mercado perfeitamente competitivo e monopolizados. Na concorrência monopolizada, o número de concorrentes é grande. Cada empresa concorrente participante possui suas próprias características ou patentes, ou seja, usa de estratégias para diferenciar seus produtos. Ela usa suas características, seus pontos fortes para competir em condições melhores, ou seja, diferencia seus produtos de tal forma que cria seu próprio segmento de mercado.
Destacamos as principais características do mecanismo de concorrência monopolística:
· Competitibilidade – um grande número de concorrentes com condições de competir com condições muito próxima uma das outras.
· Diferenciação – as empresas concorrentes conseguem vantagens uma das outras devido a características que diferenciam uma das outras, exemplo: a qualidade em seus produtos é superior.
· Substitutibilidade – trata-se de um atributo que fica entre a insubstitutibilidade do monopólio e a plena homogeneidade concorrência perfeita, ou seja, a empresa lança produtos similares para conquistar parcelas do mercado.
· Preço-prêmio – a capacidade de cada concorrente controlar o preço depende do grau de diferenciação percebido pelo comprador.
· Baixas barreiras – as barreiras de entrada de novos concorrente é bastante baixa, há relativa facilidade na entrada.
Para concluirmos destacamos que atualmente a concorrência monopolística de mercado é a mais comum no meio empresarial, ou seja, a competição na economia globalizada ocorre dentro dessa estrutura mercadológica.
CONCLUINDO...
Para finalizamos os estudos de economia gostaríamos de retomar os nossos propósitos pedagógicos. Como você pôde perceber, é de fundamental importância para o Corretor de Imóveis compreender as noções, conceitos e as teorias que regulamentam a ciência econômica.
Os conceitos que estudamos são diretamente aplicáveis às tarefas que você deverá analisar, interpretar e avaliar os fatos econômicos para a tomada de decisão referente aos processos que afetam a vida nas organizações.
Esperamos que você possa ter desenvolvido sensibilidade para a leitura dos fatos econômicos e das interfaces complexas com outras áreas do conhecimento e que possa realizar predições (antecipações) com base nos construtos teóricos da economia. E por fim que esteja apto para formar opiniões bem fundamentadas sobre as áreas da nossa vida em que as forças econômicas e o interesse público se entrelaçam como um todo.
V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
LEITÃO, Antônio Jorge; LOUREIRO, Paulo Roberto Amorim. A curva de salário para trabalhadores da região centro oeste do brasil em 1999. Brasília, DF, 2001.
GUESNERIE, R.; MORAES, Reginaldo Carmello Correa de (Trad.). A economia de mercado. São Paulo: Ática, 21 cm. 119 p. ISBN 8508064578
VASCONCELLOS FILHO, Paulo. Planejamento empresarial: Teoria e prática. Rio de Janeiro: LTC, 1982.
CORREA, JOSE RUBEM. 'open-market' - mercado aberto conceitos e mecanica de funcionamento. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1979.
PEIXOTO, Madalena Guasco. A condição política na pós modernidade: A questão da democracia. São Paulo: EDUC - Editora da PUC-SP, 1998.
MAZZUCCHELLI, FREDERICO. A contradição em processo: o capitalismo e suas crises. São Paulo: Brasiliense, 1985.
CORREA, Jose Rubem. Mercado de capitais: Suas empresas e seus instrumentos. São Paulo.
MAGDOFF, Harry.; SWEEZY, Paul Marlor,; DUTRA, Waltensir (Trad.). A crise do capitalismo americano. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982.
MAGDOFF, Harry. Imperialismo: Da era colonial ao presente. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
MAGDOFF, Harry. O fim da prosperidade: A economia americana na década de 1970. Rio de Janeiro: Campus, 1978.
MACEDO, Jamil P. De. Manual do Técnico em Transações Imobiliárias. 11.ed. Goiânia: AB, 1994.
Apostila Desenho Arquitetônico
 (
99
)
SUMÁRIO
PÁG.
INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................................	93
OBJETIVOS....................................................................................................................................................	93
I – NOÇÕES DE DESENHO ARQUITETÔNICO .....................................................................................	93
1.2. Conceito de Desenho Arquitetônico ................................................................................................	93
II - INSTRUMENTOS E MATERIAS DE DESENHO ..............................................................................	94
2.1. Materiais de Desenho ........................................................................................................................	94
2.1.1. Desenho a mão................................................................................................................................	94
2.2. Descrições e Uso..............................................................................................................................	94
2.2.1. Prancheta para Desenho........................................................................................................	94
2.2.2. Régua T, Paralela e Comum ...............................................................................................	95
2.2.3. Esquadros ...............................................................................................................................	95
2.2.4. Tecnígrafo...............................................................................................................................	96
2.2.5. Compasso................................................................................................................................	97
2.2.6. Lápis e Grafite........................................................................................................................	97
2.2.7. Transferidores........................................................................................................................	97
2.2.8. Gabarito..................................................................................................................................	98
2.2.9. Canetas especiais para uso de tinta ......................................................................................	98
2.2.1.0. Tintas indelével, guaches e aquarelas................................................................................	98
2.2.1.1. Papéis ...................................................................................................................................	98
III – ESCALA................................................................................................................................................	100
3.1. Grandeza representativa da escala ................................................................................................	100
3.2. Utilização das escalas ......................................................................................................................	100
3.3. Escalas usadas no desenho arquitetônico......................................................................................	101
3.4. Tipos de escalas................................................................................................................................	101
3.5.A Escala do papel ............................................................................................................................	102
3.6. Posição do papel...............................................................................................................................	102
3.7. Cotas .................................................................................................................................................	103
3.8. Exemplos de estilos de cotagem......................................................................................................	103
3.9. Linha de Cota...................................................................................................................................	103
3.10. Tipos de Linhas de Cotas mais usados ........................................................................................	103
IV - O TERRENO: ELEMENTO DA CONSTRUÇÃO ...........................................................................	104
4.1. O terreno ..........................................................................................................................................	104
4.2. Dimensões do terreno......................................................................................................................	104
4.3. Formas do terreno...........................................................................................................................	104
4.4. Valor do terreno .............................................................................................................................	104
V - NOÇÕES DE TOPOGRAFIA...............................................................................................................	105
5.1. Origem da palavra Topografia.......................................................................................................	105
5.2. Cálculo de áreas...............................................................................................................................	106
VI - NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL ...............................................................................................	106
6.1. Planta................................................................................................................................................	106
6.1.2. Planta baixa............................................................................................................................	106
6.1.3. Planta de elevação..................................................................................................................	107
6.1.4. Planta de cobertura................................................................................................................	107
6.1.5. Plantas de situação.................................................................................................................	107
6.1.6. Fachada...................................................................................................................................	107
6.2. O Projeto ..........................................................................................................................................	107
VII – TIPOS DE ACABAMENTO..............................................................................................................	108
VIII – DEFEITOS MAIS COMUNS DE CONSTRUÇÃO CIVIL ..........................................................	109
IX – FIGURAS GEOMÉTRICAS...............................................................................................................	110
X – RELAÇÃO DOS TERMOS ..................................................................................................................	111
XI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................................	112
INTRODUÇÃO
Prezado aluno, a finalidade deste curso não é formar desenhista em arquitetura, mas sim, fazer com que o técnico em Transações
Imobiliárias tenha noções básicas desta área de conhecimento, por se tratar de um campo que faz parte da sua área de atuação. Para manusear desenhos, plantas etc, torna-se necessário que o profissional tenha um conhecimento básico para demonstração de desenho ou croqui, com o intituito de explicar melhor a seus clientes a situação de um imóvel, assim como suas limitações para efeito de projeto.
Para os iniciantes do estudo de desenho, não importando a especialidade, devem procurar adquirir, de acordo com suas possibilidades, instrumentos da melhor qualidade possível, pois para a executação de um bom trabalho depende da qualidade do material utilizado.
No decorrer deste material didático estaremos explicando a finalidade de cada instrumento e a forma correta de usá-lo. Cabe ressaltar que, é de grande relevância o uso com propriedade dos instrumentos, pois o mau uso acarreta vícios.
Passaremos agora a traçar alguns objetivos a serem alcançados por meio deste curso no módulo de desenho arquitetônico.
OBJETIVOS
Ao final deste módulo você deverá ser capaz de:
· Identificar os instrumentos mais importantes que são utilizados em Desenho Arquitetônico.
· Identificar o uso de esquadros, réguas comuns, régua T distinguindo seu manuseio.
· 
Distinguir formatos e dimensões do papel.
· Por meio de uma determinada escala, saber identificar as: dimensões do papel em função do que será desenhado.
· Identificar linhas, convenções e os símbolos mais usados em Desenho Arquitetônico.
· Adaptar-se aos termos mais usados em Arquitetura.
I – NOÇÕES DE DESENHO ARQUITETÔNICO
1.2. Conceito de Desenho Arquitetônico
O desenho arquitetônico é uma especialização do desenho técnico normatizado voltada à execução e a representação de projetos de arquitetura. O desenho de arquitetura poderia ser conceituado como “todo o conjunto de registros gráficos produzidos por arquitetos ou outros profissionais durante ou não o processo de projeto arquitetônico”.
O desenho de arquitetura, portanto, manifesta-se como um código para uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto). Dessa forma, seu entendimento envolve um certo nível de treinamento, seja por parte do desenhista ou do leitor do desenho.
II -	INSTRUMENTOS	E	MATERIAS	DE DESENHO
Quando nos referimos a elaboração de projetos na área da Engenharia, Arquitetura e áreas afins, devemos ter consciência no que se refere a obedecer determinadas normas de representação gráfica de acordo com as normas brasileiras (NB).
2.1. Materiais de Desenho
Com a ampla difusão do desenho auxiliado pelo computador, a lista de materiais que tradicionalmente se usava para executar desenhos de arquitetura tem se tornado cada dia mais obsoleta. Alguns desses materiais, no entanto, ainda são usados para checar algum problema com os desenhos impressos, ou no processo de treinamento de futuros desenhistas técnicos. Após a impressão de pranchas produzidas em CAD, ainda está em uso o escalímetro, que é uma multi-régua com 6 escalas, que serve para conferir medidas, se o desenho foi impresso na escala 1/50 utiliza-se a mesma escala em uma de suas bordas visíveis.
Computer Aided Design (CAD), ou desenho auxiliado por computador, é o nome genérico de sistemas computacionais (software) utilizados pela engenharia, geologia, arquitetura, e design para facilitar o projeto e desenho técnicos.
2.2.1.1. Desenho a mão
A seguinte lista apresenta os materiais que tradicionalmente foram utilizados no desenho dito instrumentado (ou seja, o desenho feito a mão com auxílio de instrumentos de desenho). Porém cabe ressaltar que muitos destes materiais estão se tornando raros nos escritórios de arquitetura, dada a sua
informatização.
· prancheta para desenho
· Régua “T” , régua	“Paralela” Escalímetro e Régua “Comum”.
· Esquadros
· Tecnígrafo
· Compasso
· Lápis e grafite
· Transferidores.
· Gabaritos
· Tintas indelével, guaches e aquarelas
· Tintas
· Papéis
2.2. Descrições e Uso
2.2.1. Pranchetapara Desenho.
Prancheta é uma mesa, normalmente inclinável, na qual é possível manter pranchas de desenho em formatos grandes (como o A0) e onde se possam instalar réguas T ou paralelas.
A prancheta pode ser de madeira com alavancas de acionamento da inclinação e da altura. Pode ser simples ou sofisticada, com porta plantas, porta objetos, etc.
Para conservar a prancheta, periodicamente deve- se proceder a uma limpeza com flanela umedecida em álcool ou benzina retificada. Para remover resíduos de nanquim. utiliza-se um líquido especial chamado líquido de limpeza de caneta nanquim.
( Exemplo de Prancheta)
2.2.2. RÉGUA T, PARALELA e COMUM
Essas réguas são instrumentos para traçado de retas paralelas e perpendiculares, a serem usadas juntamente com um par de esquadros.
Régua T
A régua T é composta de duas outras fixas uma na outra. Uma delas é pequena e de madeira grossa, denomina-se cabeçote, a outra, mais fina e mais longa, denomina-se haste e juntas formam um ângulo de 90°.
A régua T serve para traçar linhas horizontais paralelas no sentido do comprimento da prancheta, servindo ainda de suporte aos esquadros para traçar linhas paralelas verticais ou com determinadas inclinações.
A régua T pode ser fixa ou cabeçote móvel com transferidor, permitindo o traçado de linhas inclinadas. Não pode ser usadas para cortar papel, guiando a ponta do objeto cortante, pois esse uso pode estragar lhe as bordas.
As réguas T de boa qualidade são leves, flexíveis e, quando são necessários para trabalho com tinta, pode-se encontrar com bordas de plástico.
Régua Paralela
A régua paralela é uma régua que pode ser acoplada a prancheta. Essa régua funciona amarrada em duas linhas fixas, que mantém seu paralelismos e nas quais corre por um sistema de roldanas. Uma de suas características é o de adaptar-se a qualquer prancheta.
A régua paralela pode deslocar-se no sentido transversal para o traçado de linhas paralelas. As linhas perpendiculares são obtidas com o esquadro.
A régua paralela é fabricada em acrílico cristal com espessura de 3,2mm, podendo ter proteção de alumínio anodizado.
Um tipo especial de régua, normalmente com seção triangular, com a qual podem ser realizadas medidas em escalas diferentes.
Régua Comum
As réguas comuns são de grande utilidade. Servem para traçado de linhas entre os pontos coordenadas do desenho. Podem ser graduadas ou com rebaixo, são fabricadas de madeira com escala gravada fotoquimicamente em borda de PVC ou em acrílico cristal incolor com escala em milímetro.
2.2.3. Esquadros
São instrumentos nos quais se formam ou se verificam ângulos retos e se tiram linhas perpendiculares.
Segundo relatos históricos os primeiros a utilizar o esquadro foram os egípcios, tendo em vista que suas pirâmides são compostas de pedras e bases perfeitamente esquadrejadas.
Os esquadros podem ser usados em jogo ou individual. O jogo de esquadros compreende um esquadro de 30º e outro de 45º.
Os esquadros são fabricados em acrílico cristal ou madeira, com 2 mm ou 3mm de espessura. Podem ser com escala em milímetros, sem escala, ou com rebaixo para traçado a nanquim. O tamanho dos esquadros varia de 16 cm a 50cm.
Existem dois tipos de esquadros: o esquadro de 60° graus, cujos vértices têm ângulos de 30º e º e um vértice com ângulo de 90°, e o esquadro de 45° graus, com dois vértices com ângulos de 45° e um de 90°.
2.2.4. Tecnígrafo
Trata-se de uma prancheta sofisticada ideal para desenhistas profissionais. Ele funciona acoplado a um esquadro em L que pode se movimentar 360° facilitando o desenho para qualquer lado no que se
refere as linhas perpendiculares e horizontais.
O tecnígrafo é um equipamento que substitui o conjunto régua T e esquadros. Esta substituição apresenta grande vantagem, pois num só instrumento pode-se reunir uma série de utilidades, inclusive o transferidor.
O tecnígrafo é fixado na prancheta, em sua parte superior esquerda, podendo movimentar-se por toda a área da prancheta. As escalas podem ser 1:10, 1:20, 1:25, 1:50, seus múltiplos e submúltiplos.
2.2.5. Compasso
Compasso é um instrumento de desenho utilizado para desenhar arcos de circunferência. Também serve para marcar um segmento numa reta com comprimento igual a outro segmento dado. O compasso parabólico que conhecemos hoje foi inventado por Leonardo da Vinci.
Devido às suas características geométricas, o compasso pode ser modelado por um triângulo isósceles, do qual é omitida a base. Dessa forma, a implementação das operações do compasso se baseia na manipulação algébrica das vértices deste triângulo.
A alteração da abertura do compasso ocorre quando o braço da ponta de grafite é arrastado até que a abertura desejada seja obtida.
O compasso possui duas pontas, uma fixa semelhante a uma agulha denominada ponta seca, e a outra ponta onde podem ser fixadas três acessórios, conforme necessidades de uso: um acessório para traçar circunferências a lápis, outro a tinta e outro chamado alongador para grandes circunferências.
Para usá-lo é necessário colocar a ponta seca no papel e gira-se o compasso em movimento de rotação de acordo com o raio (r) pretendido.
2.2.6. Lápis e grafite
Os lápis são classificados por meio de letras ou números, segundo o seu grau de dureza. Quanto maior for o seu número ou classificação de sua letra, maior será a sua rigidez.
Classificação alfabética:
Lápis macios:
7B, 6B, 5B, 4B, 3B, 2B
Lápis rijos:
H, 2H, 3H, 4H, 5H, 6H.
Lápis de dureza intermediária: B, HB, F.
Classificação numérica:
· Número 1 equivalente a 3B;
· Número 2 equivalente a B;
· Número 3 equivalente a F;
· Número 4 equivalente a 2H;
· Número 5 equivalente a 4H;
· Número 6 equivalente a 6H;
A série B compreende, de forma geral, os lápis macios e a série F os lápis duros. Para o desenho preliminar pode-se usar o lápis HB, dureza média, ou grafite equivalente para uso em lapiseira.
Associados ao uso da grafite estão sempre os afiadores ou canivetes para afiar, as borrachas mais ou menos macias e os porta-minas.
A grafite pode ser usada praticamente em todas as superfícies, exceto nas plastificadas, onde adere mal. Quase todos os tipos de papel - lisos, texturados, rugosos são também um suporte adequado. O tipo de papel que se usa é importantíssimo, pois determina a forma como a grafite vai comportar.
Papéis coloridos são também freqüentemente usados para trabalhos de desenho a grafite.
2.2.7. Transferidores
Transferidor é um instrumento utilizado para medida e marcação de ângulos. É composto basicamente por uma escala circular, ou de seções de
círculo, dividida e marcada em ângulos espaçados regularmente, tal qual numa régua. Seu uso é diversificado tendo emprego em educação, matemática, engenharia, topografia, construção e diversas outras atividades que requeiram o uso e a medição de ângulos com precisão.
Os transferidores podem ser de diversos tipos sendo os mais comuns:
circunferências, etc.
Fixos
Móveis
· Transferidor de 360°
· Transferidor de 180°
· Transferidor de 90° (ou quadrante)
· Transferidor de ângulo (com ou sem relógio)
2.2.9. Canetas especiais para uso de tinta
Trata-se de Canetas especiais para desenhar com tinta. As mais conhecidas são do tipo Graphos, Castell ou Oxford. Essas canetas são usadas para linhas e letras, utilizando penas numeradas e removíveis, dependendo
Cabe destacar que, os transferidores podem marcar os ângulos não somente em graus mas também em milésimos, como aqueles utilizados pelos militares para aplicações de tiro.
Para desenho arquitetônico recomenda-se o transferidor de 180º com divisão de 30 em 30.
2.2.8. Gabarito
São Pequenas placas plásticas ou metálicas que possuem elementos pré-desenhados vazados e auxiliam seu traçado, como instalações sanitárias,
do tipo de trabalho a ser executado.
2.2.10. Tintas indelével, guaches e aquarelas
Na realização do desenho arquitetônico podem ser usado tintas. As tintas mais usadas são as indelével (nanquim preto). Porém pode-se encontrar a tinta indelével de várias cores e servem para assinalar determinadas convenções naapresentação de projetos. Elas podem ser substituídas pelas tintas guache ou aquarela.
2.2.11. Papéis
Dimensões e formato do papel no desenho arquitetônico
O desenho arquitetônico, sendo visto como uma linguagem gráfica que se constitui essencialmente de linhas e símbolos, carece cada vez mais da uniformidade de convenções. Segundo Oberg (s.d), a leitura do desenho em muito casos é feita por pessoas
com muito prática mas pouca instrução , que não devem assim estar sujeito a caprichos do desenhista que utiliza símbolos próprios, fruto de sua observação.
Com o intuito de se obter qualidade no trabalho desenvolvido é que as Associações de Normas Técnicas, os Institutos dos Arquitetos e os Conselhos de Engenharia e Arquitetura vêm trabalhando para se obter da classe uma uniformidade no que se refere as normas recomendadas.
Informações como: dimensões, nomenclatura, proporções, orientação entre outros devem ser contemplados no desenho arquitetônico. Além dessas informações, cabe ressaltar que, a qualidade no desenho arquitetônico não depende somente da obediência às normas instituídas, mas a uma série de quesitos como: apresentar limpo, bem executado, preencher a natureza objetiva da construção e ter bom gosto.
Folhas
Normalmente, as folhas mais usadas para o desenho técnico são do tipo sulfite. Anteriormente à popularização do CAD, normalmente desenvolvia os desenhos em papel manteiga (desenhados a grafite) e eles eram arte-finalizados em papel vegetal (desenhados a nanquim).
Tamanho das folhas
 (
Tamanhos de folhas (mm)
)
As folhas devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico. No Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m² (um metro quadrado) cujas dimensões seguem uma proporção equivalente a raiz quadrada de 2 (841 x 1189 mm). Esta é a chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0, assim como a 2A0 corresponde ao dobro daquela.
A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido à escala dos desenhos e à quantidade de informação. Os formatos menores em geral são destinados a desenhos ilustrativos, catálogos, etc. Apesar da normatização incentivar o uso das folhas padronizadas, é muito comum que os desenhistas considerem que o módulo básico seja a folha A4 ao invés da A0. Isso costuma se dever ao fato de que qualquer folha obtida a partir desde módulo pode ser dobrada e encaixada em uma pasta neste tamanho, normalmente exigida pelos órgãos públicos de aprovação de projetos.
O formato do papel não pode ser a gosto de cada profissional, porém deve-se sempre considerar:
a) um desenho, feito em determinado tamanho, com uma reprodução fotograficadas em dimensões do anterior havendo múltipos e submúltiplos.
b) Os formatos padrões devem levar em consideração as dimensões dos papéis (rolo e folhas).
As cópias são cobradas em função da superfície, em metro quadrados de desenho. Por isso é mais vantajoso que os formatos tenham 1 metro quadrado, ½ metros quadrados, ¼ metros quadrados etc.
 (
A4 
210 X
 
297
A3 
297 X
 
420
A2 
420 X
 
594
A1 
594 X
 
841
A0 
841 X 1189
)Dimensões e formato do papel:
A escala é, portanto, a relação que existe entre os comprimentos de um desenho e seus correspondentes no objeto. Logo, escala nada mais é do que uma razão de semelhança.
Nos desenhos técnicos, as escalas usadas são: de redução (quando há necessidade de reduzir objetos) e de ampliação (no caso de ampliação de objetos). No desenho arquitetônico, usa-se com mais freqüência a escala reduzida.
Para a escolha de uma escala deve se ter em
vista:
1) o tamanho do objeto a representar:
2) as dimensões do papel;
3) A Clareza do desenho.
Para a boa apresentação do desenho essas
condições devem ser respeitadas.
3. 1. Grandeza representativa da escala
Um desenho feito em escala é uma representação convencional dos elementos do mundo real, reduzidos segundo uma proporção estabelecida previamente, e esta proporção entre o desenho e a superfície real que está sendo mostrado é o que se denomina de escala.
 (
109
)
III – ESCALA
O amplo conhecimento sobre escalas é um dos quesitos básicos para aquele que se dedica ao estudo de desenho técnico, em qualquer especialidade.
Foi através da impossibilidade de representar, em muitos casos, em grandeza verdadeira certos objetos cujas dimensões não permitiam o uso dos tamanhos dos papèis recomendados pelas Normas Técnicas, que surgiu a necessidade do uso da escala na representação gráfica dos desenhos arquitetônicos.
3.2. 
Utilização das escolas
A escala é usada para aumentar ou reduzir a representação de objetos por meio do desenho.
Há três tipos de escalas como segue:
a) escala reduzida
b) escala real
c) escala ampliada
A escala real é representada (1:1), onde se lê 1
por 1.
3.3. Escalas usadas no desenho arquitetônico
O desenho arquitetônico por sua natureza, só utiliza escalas de redução. São as seguintes as escalas mínimas:
a) 1:100 para plantas
b) 1:200 para coberturas
c) 1:500 para plantas de situação
d) 1:50 para fachadas e cortes ou seções.
A indicação da escala não dispensará a indicação de cotas. As cotas deverão ser escritas em caracteres claros e facilmente legíveis.
É importante perceber que, dependendo da escala, a denominação da representação muda para planta, carta ou mapa.
Utiliza-se para:
Detalhes de terrenos urbanos:
Escala: 1:50
Planta de pequenos lotes e edifícios: Escalas: 1:100 e 1:200
Planta de arruamentos e loteamentos Urbanos:
Escalas: 1:500; 1:1.000
Planta de propriedades rurais Escalas: 1:1.000; 1:2.000; 1:5.000
Planta cadastral de cidades e grandes Propriedades rurais ou industriais Escalas: 1:5.000; 1:10.000; 1:25.000
Cartas de municípios Escalas: 1:50.000; 1:100.000
3.4. Tipos de escalas
A) Escala numérica
O objeto ou grandeza representa-se sempre pelo denominador	da	fração,	ao	passo	que	a	sua
representação gráfica corresponderá ao numerador.
Assim, quando dizemos que um determinado desenho está na escala de 1:50, equivale dizer que o objeto ou grandeza é 50 vezes maior que o representado por esse desenho.
Numa régua comum temos a escala 1:1 (lê-se: um por um), ou seja, um centímetro na régua equivale a um centímetro na realidade. A essa relação chamamos de verdadeira grandeza (VG).
Podemos conseguir outras relações de escala em que diminuímos o tamanho do objeto, mantendo suas dimensões. Para representarmos um centímetro na escala 1:5 (um por cinco), devemos dividir um metro por cinco, e o resultado será a medida equivalente a ser traçada no papel.
Numa escala 1:50, por exemplo, temos um objeto reduzido 50 vezes. Diante dessa afirmação podemos dizer que um desenho na escala 1:50 é maior em tamanho do que o mesmo desenho na escala 1:100, pois na primeira ele foi reduzido 50 vezes e na Segunda 100 vezes.
Exemplo: para obtermos uma medida equivalente a 4 metros na escala 1:50, temos:
1cm=50cm x=400cm x=400 = 8 cm
50
Portanto, a medida equivalente a 4m numa escala 1:50 é de 8 cm.
B) Escala gráfica
É dado por um segmento de reta convenientemente graduada. A graduação obedece a relação entre a distância representada e sua real grandeza. É, em resumo, a representação gráfica de uma
escala numérica. A escala gráfica pode ser:
· Simples ou ordinária
· Decimal ou Transversais
Exemplo:
Construção de uma escala gráfica simples para a escala numérica de 1:M.
A razão 1: M chama-se também título da escala gráfica. (M = Módulo ao qual corresponde um dos valores da relação).
Numa reta marcamos:
AB = BC = CD = = Valor a representar = Módulo
(Supondo o valor a representar = 1m) AB = BC = CD =
... = 1m M
Tomamos a origem em B, que passa a ser 0 (zero) e numeramos as divisões seguintes.
A divisão AB à esquerda será dividida em dez partes iguais.
 (
 
)
Teremos, pois:
BC = CD = DE = representando 1m
BN = 0,1AB = representando 0,1m ou 1dm
3.5. A Escala do papel
A escolha do tamanho do papel se dá em função da escolha da escala ou vice-versa.
Para o tamanho da folha utilizada na representação de uma porção bidimensional (área)do terreno, deverá ser levada em consideração as dimensões reais (em largura e comprimento), bem
como, as dimensões x e y do papel onde ela (a porção) será projetada. Assim, ao aplicar a relação fundamental de escala, ter-se-á como resultado duas escalas, uma para cada eixo.
É importante ressaltar que tamanho de folha mais utilizado para a representação da superfície terrestre seguem as normas da ABNT, que variam do tamanho A0 (máximo) ao A5 (mínimo).
	Formato
	mm
	A0
	841 X 1189
	A1
	594 X 841
	A2
	420 X 594
	A3
	297 X 420
	A4
	210 X 297
	A5
	148 X 210
	A6
	105 X 148
	A7
	74 X 105
	A8
	52 X 74
	A9
	37 X 52
	A10
	26 X 37
	A11
	18 X 26
	A12
	13 X 18
Nas margens traçadas de 10 mm para os formatos de papel A0 a A3 e de 5 mm para o formato A4 e os subseqüentes não se deve desenhar nestas margens.
3.6. Posição do papel
A posição do papel é determinada em função das
diferenças de coordenadas máximas e mínimas, ou seja: Posição vertical quando:
(XM – Xm) < (YM – Ym)
Posição horizontal quando:
(XM – Xm) > (YM – Ym)
Onde:
Y X
3.7. Cotas
Cota é o valor numérico que representa a dimensão real do que é desenhado, escrito acima e no centro da linha de cota. A unidade da medida, quando idêntica a todas as demais medidas da peça não deve ser escrita ao lado da cota.
No Brasil, por força da ABNT, subentende-se que as cotas são expressas em milímetros, caso contrário, a unidade da cota deve ser escrita ao seu lado.
3.8. Exemplos de estilos de cotagem
A representação está numa proporção definida com o objeto representado. Essa proporção é chamada de escala.
Os comprimentos considerados no desenho são chamados distâncias gráficas e os considerados no objetos são chamados distâncias naturais.
3.9. Linha de Cota
A linha de cota deve ser uma linha fina, escura, traçada paralelamente à direção do comprimento a ser cotado, limitada por flechas (no caso de desenho mecânico) ou por traços (no caso de desenho de arquitetura), indicando os limites da cota. A linha de cota deve ser traçada a uma distância de aproximadamente 7 mm de outras linhas de cota ou do contorno do desenho.
3.10. Tipos de Linhas de Cotas mais usados
Flechas - são setas colocadas nas extremidades da linha de cota que indicam seus limites.
Obs: As cotas colocadas na planta deverão ser as medidas do terreno que está sendo representado.
 (
De nada nos adianta o conhecimento sobre escalas se não temos uma relação de conhecimento sobre o terreno, seu valor econômico e como se dá o processo de construção no mesmo, buscando aproveitar ao máximo a área a ser construída. Vamos adiante nesta
 
empreitada?
)
IV -	O	TERRENO:	ELEMENTO	DA CONSTRUÇÃO
4.1. O terreno
Existe uma relação significativamente próxima entre a casa e o terreno em que será construída, relação essa que também deve existir entre a casa e os demais terrenos existentes nas proximidades. Por isso, há necessidade de se estudar a massa provável em relação ao terreno e as construções vizinhas.
Além das condições de ordem estética, os
seguintes pontos devem ser considerados:
1) localização
2) dimensões e forma
3) topografia
4) orientação e insolação
5) valor do terreno
4.2. Dimensões do terreno
As dimensões de um terreno são de grande relevância, pois tem grande influência no planejamento de uma residência.
Pode-se usar como exemplo, um terreno situado numa zona delimitada pelo municipio que está sujeito a uma determinada taxa de ocupação e a construção do lotes que também deve obedecer aos princípios básicos de urbanismo. ( Vide figura abaixo)
	
ÀREA DO LOTE	ÁREA CONSTRUÍDA 50%
Os terrenos largos por exemplo, apresentam vantagens sobre os estreitos, pois facilitam a distribuição dos diferentes compartimentos.
4.3. Formas do terreno
A forma retangular é a mais comum dos terrenos, porém, não é a única que conduz a boas soluções.
Outras formas de terreno em muitos casos obrigam as residências a terem feitios irregulares e, na maioria das vezes, interessantes.
4.4. Valor do terreno
Terreno de alto preço não comporta uma casa de baixo custo e vice – versa, por isso, casa e terreno devem manter equilíbrio de valor.
A área de um loteamento pode ser calculada, atribuindo-se percentagens para cálculos de índices a principais fatores estáveis que influem para a valorização de um lote como: distância em relação aos centros de irradiação, orientação topografia, panorama, etc. E por meio do conjunto desses fatores que será possível obter os valores dos lotes com índices compreendidos entre o máximo e o mínimo.
Atualmente, com a grande variedade de recursos e sistemas de fundações existente, quase não existem terrenos onde não se possa construir.
V - NOÇÕES DE TOPOGRAFIA
5.1. Origem da palavra Topografia
A palavra TOPOGRAFIA tem sua origem na escrita grega, donde TOPOS significa lugar e GRAPHEN significa descrição. Dessa maneira pode-se dizer que a TOPOGRAFIA é a ciência que trata do estudo da representação detalhada de uma porção da superfície terrestre.
Desde os primórdios da civilização, ainda em seu
estágio primitivo, o homem tratou de demarcar sua posição e seu domínio. Sem saber, ele já aplicava a Topografia.
Os babilônicos, os egípcios, os gregos, os chineses, os árabes e os romanos foram os povos que nos legaram instrumentos e processos que, embora rudimentares, serviram para descrever, delimitar e avaliar propriedades tanto urbanas como rurais, com finalidades cadastrais.
Por motivo de ordem econômica, muitos preferem os terrenos planos. Esses terrenos permitem solução horizontal de todos os compartimentos. Nos terrenos acidentados a construção pode acarretar diferenças de nível de pisos, coberturas irregulares, porém apresentando soluções modernas e interessantes.
Quando é aclive em relação ao logradouro o aproveitamento do terreno é mais fácil. Pode-se utilizar a parte da frente como dependência de comunicação
direta com a via pública, porém quando é aclive em
relação a frente principal, pode ser utilizado para acomodações situadas em níveis abaixo da via pública, tendo dessa forma a obrigatoriedade de se empregar bombas para o esgotamento.
5.2. Cálculo de áreas
A área é a medida de uma superfície.
Para calcularmos a área de uma sala, quarto, cozinha, ou qualquer peça de uma casa, baseamo-nos em formas planas.
Um quarto, por exemplo, pode ser considerado um quadrado ou retângulo, conforme suas medidas, ou ainda a combinação de duas ou mais formas. Obtendo as formas geométricas, efetuamos o cálculo necessário a cada uma para medir cada peça de uma casa. Para esse cálculo, utilizamos as formas específicas para cada figura, substituímos os valores conhecidos e efetuamos a operação necessária.
Agora que você já tem as informações sobre o terreno, vamos a construção civil por meio da utilização da planta? Você no seu trabalho já se questionou qual a função da planta baixa de uma construção?
VI - NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL
6.1. Planta
É a seção que se obtém fazendo passar um plano horizontal paralelo ao plano do piso a uma altura tal que o mesmo venha a cortar as portas, janelas, paredes etc., ficando bem assinaladas todas as particularidades da construção.( OBERG, [s.d]).
Nos trabalhos de Engenharia e Arquitetura, no que diz respeito à edificação em geral, existe a necessidade de representação dos imóveis em desenhos padronizados para atender, inclusive, as municipalidades locais (Código de Obras).
Exemplo de Projeção Ortogonal
6.1.2. Planta baixa
Esse tipo de planta destina a representar os diversos compartimentos do imóvel, incluindo suas dimensões e suas esquadrias. Existem casos que se usa mais de um plano horizontal secante tendo em vista a economia dos desenhos.
As escalas usuais são: 1:100 e 1:50.
 (
lápis, em determinadas escalas, reproduz-se o
 
imóvel
)Por meio desses desenhos, feitos a tinta nanquim ou a	em pape imóveis são cortados imaginariamente por planos de
projeção.
A Projeção Ortogonal é a mais utilizada. Nessa projeção as projetantes são perpendiculares ao plano onde se deseja representaro desenho.
mathema.psico.ufrgs.br/.../imagens/image182.jpg
6.1.3. Planta de elevação
Trata-se da projeção da fachada que se deseja representar, no plano vertical de projeção ortogonal. O posicionamento do observador é suposta em frente das paredes do prédio e os raios visuais paralelos. Dessa forma, todos os detalhes que existam nas fachadas podem ser representados em suas verdadeiras
grandezas.
De acordo com o Código de obras, todas as elevações que dão acesso para os logradouros públicos deverão ser desenhadas. Essa fachada é conhecida como fachada principal ou lateral. A escala mínima adotada é 1:100, porém a mais usual é a 1:50.
6.1.4. Planta de cobertura
Trata-se da projeção ortogonal do telhado no plano horizontal da projeção. Tem como finalidade informar se o telhado tem uma ou mais águas, como a cumeeira ficará disposta, quais as dimensões dos frechais etc.
Os ângulos de inclinação são que determinam os diferentes tipos de materiais que serão adotados. São desenhadas na escala mínima 1:100.
6.1.5. 
Plantas de situação
A planta de situação é utilizada para indicar sobre a posição do imóvel que estamos estudando, como ele se situa com respeito ao logradouro, ou seja, nos orientarmos sobre as várias maneiras em que os imóveis são distribuídos.
A planta de situação mostra onde o terreno da construção está situado no quarteirão, bairro, rua, ou cidade até, sempre mostrando quando possível um ou mais pontos de referência, como por exemplo um supermercado, shopping, farmácia, etc.
A planta de situação indica a situação do terreno na quadra e é feita na escola 1:1000, como mínima. Ela nos fornecerá as orientações do terreno com respeito a linha Norte Magnética, além do número de lote, da casa, se possível, e a área do terreno e seu formato.
6.1.6. Fachada
Fachada é a representação da frente principal do imóvel, no plano vertical de proteção. Deve ser representativo da fachada do imóvel e mostrar em verdadeira grandeza os detalhes que apresentam.
6.2. O Projeto
Para se obter um projeto relativo a qualquer obra de construção, acréscimo, reconstrução, modificações de um imóvel, será necessário conforme a natureza da obra que vai executar, de alguns desenhos:
I) Plantas cotadas de cada pavimento. Nessas plantas devem ser indicados o destino de cada compartimento e suas metragens: as áreas dos pavimentos, terraços, alpendres e varandas, e a posição de todas as divisas do lote:
II) Tanto no corte como nas fachadas, deve constar informações sobre as medidas verticais, ou seja, as alturas, as fachadas e também os planos de profundidade.
III) Na planta de situação deve ser indicado:
a) posição do imóvel em relação às linhas limítrofes do lote;
b) orientação em relação sol N ( magnético);
b) numeração do imóvel mais próximo;
c) localização dos imóveis acaso existentes de um lado e do outro;
d) localização do imóvel ou da esquina mais próxima;
e) indicação da largura do logradouro e do passeio ou da posição do meio fio, tendo assinalado também a entrada ou entradas de veículo a serem feitas, as árvores existentes no lote e no trecho do logradouro, os postes e outros dispositivos de serviços ou instalações de utilidade públicas que possam existir no trecho.
f) As plantas de cobertura deve conter informações sobre o sentido do caimento das águas e, quando houver necessidade, calhas, rufos, dimensão dois beirais e a especificação do material usado, principalmente a telha.
VII - TIPOS DE ACABAMENTO
Pintura
Na construção civil a pintura representa uma operação de grande importância. Há uma tendência natural em considerar a pintura uma operação de decoração, porém, além de decorar e proteger o substrato, a tinta pode oferecer melhor higienização dos ambientes, servindo também para sinalizar, identificar, isolar termicamente, controlar luminosidade e podendo ainda, ter suas cores utilizadas para influir psicologicamente sobre as pessoas.
À primeira vista, uma parede interna ou uma fachada bem acabada aparenta formar a base ideal para receber uma pintura, entretanto, a pintura sobre superfícies de reboco ou de concreto não é assim tão simples como parece, constituindo-se num problema em que os riscos e as dificuldades surgem em grande número. Os materiais de construção empregados na preparação e no acabamento das paredes são quimicamente agressivos, podendo, conseqüentemente, atacar e destruir as tintas aplicadas sobre elas.
Os materiais de alvenaria podem conter considerável quantidade de água, apresentar porosidade
excessiva ou irregularmente distribuída, bem como sais minerais ou cal incorretamente carbonatada, estando sujeitos à degradação progressiva que terminará por reduzir ou destruir a firmeza destas paredes, e com elas o sistema de pintura empregado.
O resultado final de um sistema de pintura é o produto direto do adequado preparo da superfície que será pintada.
VIII - DEFEITOS MAIS COMUNS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Revestimentos do pilotis e fachadas - São usualmente detectados descolamento de pastilhas, infiltrações, rachaduras, falta de juntas de dilatação, acabamento despadronizado (tons diferentes), material de acabamento de qualidade inferior ou aplicado com má técnica, dentre outros;
Infiltrações - causa mais comum é a má técnica construtiva, sobretudo, pela falta de aplicação de material impermeabilizante adequado e, normalmente mais caro, como o caso de mantas e rejuntes flexíveis. Rachaduras são causas preocupantes, pois, além de conduzir a água ao interior da edificação, podem atacar a estrutura (ferragens em geral);
Forros de Gesso - Muitas vezes são mal fixados, cedendo em determinados pontos ou apresentando ondulações, sem contar o mau acabamento nas extremidades. Infiltrações são fatais para este tipo de acabamento;
Rachaduras - Podem ser resultado de um simples mau acabamento, aplicação de materiais inadequados ou mesmo falta de material. "Maquiagens" são constantemente utilizadas para enganar o consumidor, como a aplicação de telas por debaixo da
massa que receberá a pintura, permitindo a continuidade do movimento da alvenaria que gerou a rachadura;
Acabamentos de Pisos e Paredes - Caimentos de água para o lado contrário do ralo, cerâmicas se soltando, "fofas" (quase soltando), quebradas, assentadas tortas e/ou desniveladas, rejuntamentos soltando ou encardidos, permitindo infiltrações, bem como aplicação de material de baixa qualidade e acabamentos pobres são constatações comuns. Há ainda casos de paredes tortas ou fora de esquadro, muitas vezes apresentando trincas ou rachaduras ao juntarem- se umas com as outras, com janelas ou com o teto;
Distribuição de Energia Elétrica - Muitas vezes deficiente em função da utilização de fiação inadequada para o consumo médio, ocasionam a queima constante de lâmpadas e equipamentos eletroeletrônicos.
Escadas e Portas Corta Fogo - Muitas das construções contam com Portas Corta Fogo insuficientes quanto à qualidade e tempo em que suportam fogo sem se desintegrarem e guardam, por traz de si, escadaria inadequada, sem corrimão, piso ou fitas anti-derrapantes e luz automática, de emergência. Itens adequados podem, na maioria dos casos, ser exigidos da construtora em forma de indenização;
Gasômetros - Certifique-se que os gasômetros não estejam instalados diante das portas de saída do apartamento e que não tenham o fácil acesso de crianças. Há risco de fogo e explosão, não permitindo a saída de pessoas do apartamento e isso não é boa técnica construtiva. Há ainda a falta de ventilação para o caso de vazamento;
Vazamento acústico - Problema freqüente das construções mais novas é o barulho que vem do vizinho, seja pela coluna de ventilação dos banheiros,
 (
D
B
C
E
A
)seja através das próprias paredes, piso ou teto.
IX - FIGURAS GEOMÉTRICAS
 (
119
)
Veremos	a	seguir	algumas	considerações relacionadas a áreas de figuras planas.
bh
Como BE e DE são medianas dos triângulos ABC e ADC, respectivamente, elas dividem as áreas
Baseados na fórmula
2
temos os seguintes fatos:
para área de triângulo,
desses triângulos em duas partes de mesmaárea. Assim, o quadrilátero ABED, sendo formado pelas metades
Triângulos que possuem bases e alturas relativas
a essas bases, respectivamente com medidas iguais, têm mesma área.
Triângulos que possuem apenas base com medidas iguais têm áreas proporcionais à altura relativa a essas bases.
Triângulos que possuem altura com medidas iguais têm áreas proporcionais à base relativa a essa altura.
Passemos agora a um exemplo:
EXEMPLO 1: Dado o quadrilátero convexo
ABE e ADE dos triângulos ABC e ADC, que juntos formam o quadrilátero ABCD, tem metade da área de ABCD.
Seja ABCD um trapézio de bases AB e CD. As diagonais se intersectam no ponto O. As áreas dos triângulos ADO e BCO são iguais.
Perceba que os triângulos ADC e BCD têm mesma área, já que possuem mesma base DC e alturas congruentes (as distâncias de A e B ao lado DC). Agora, retire de ambos o triângulo DOC comum a ambos. Dessa forma, restam os triângulos ADO e BCO com áreas iguais.
Dado o polígono convexo ABCDE, achar um quadrilátero ABCD que tenha a mesma área.
Trace por E uma paralela à diagonal AD. Em seguida, ligue A a D (interseção de CD com a paralela traçada). Assim, os triângulos ADE e ADD têm áreas iguais. Como o quadrilátero ABCD não sofreu alteração, ABCDE e ABCD’ têm áreas equivalentes, como queríamos.
 (
BA'
ABO
)Sejam AA’, BB’, CC’ cevianas concorrentes num
ABCD	e	o	ponto	médio	E	da	diagonal	AC,
ponto O. Assim,
A'C
ACO
(Método K). Conclua
calcularemos a área de ABED em função da área de ABCD.
que
BA'
A'C
CB'
B'A
AC'
C'B =1 (Teorema de Ceva).
 (
C
D
O
B
A
)
 (
A
E
C
B
)Obs: a volta desse resultado também ocorre, ou seja, se
	D
	
	D’
Pavimento térreo: Trata-se do pavimento que se situa ao nível do terreno e que , em geral, serve de acesso às edificações.
Pavimento de uso comum: trata-se do pavimento de uso de todos os moradores ou usuários de uma edificação. Nestes pavimentos geralmente localiza- se: bares, saunas, salão de festas, play-graunds, salões de festa.
Pavimento-tipo: é o pavimento que mantém as mesmas divisões, e se repete pelos demais pavimentos de uma edificação;
Pavimento Semi – enterrado: é o pavimento
BA'
A'C
CB'
B'A
AC'
C'B
=1, então as cevianas AA’, BB’, CC’
situado abaixo do nível do terreno, cujo teto, estará, no máximo, a 1,30 m acima do terreno;
são concorrentes.
X - RELAÇÃO DOS TERMOS MAIS USADOS EM ARQUITETURA
A seguir será dado algumas definições de termos usuais em desenho arquitetônico:
Alinhamento:Trata-se da linha projetada e locada para marcar o limite entre o lote e o logradouro público.
Acréscimo: Trata-se do aumento de uma construção, que pode ser tanto no sentido horizontal ou no vertical.
Altura de uma fachada: Trata-se do segmento vertical medido no meio de uma fachada e compreendido entre o nível do meio-fio e um linha horizontal passando pela parte mais alta da mesma fachada.
Pavimento: Sucessão vertical de pisos de uma edificação.
Subsolo: Está abaixo do nível do terreno, cujo teto estará, no máximo, a 1,30 m acima do terreno.
Sobreloja: trata-se do pavimento situado imediatamente acima da loja.
Mezanino: trata-se do andar pouco elevado
Pespectiva: trata-se da representação do objeto ou projeto arquitetônico na sua forma original, ou seja, da forma como vemos.
Afastamento: faixa contínua de terreno que não servem para construção que podem estar entre prédios ou em divisas do lote, testada ou fundo.
Gabarito: trata-se da medida padrão fixada pelo Código de Obras do Município para a grandeza de logradouros ou de edificações. Tendo como exemplo a altura de um edifício.
Área total de construção: refere-se a soma da área de todos os pavimentos.
Área útil: toda área utilizada de uma edificação com excessão das paredes.
Área ou prisma de iluminação e ventilação:
area destinada a iluminação e à ventilação do prédio ou
casa.
Compartimentos: refere-se ás divisões internas
Investidura: trata-se da incorporação de uma área que pertence a um logradouro público ou a uma
do imóvel.
Compartimento	principal:	refere-se	à dependência de uso contínuo, prolongado como: dormitórios, escritórios, salas de estar, consultórios, etc. Compartimento de serviço: de permanência transitória, como: cozinhas, banheiros, corredores,
depósitos, garagens, áreas de serviços, etc.
Beiral: parte do telhado que sobressai ao prumo da parede.
Caramanhão: trata-se da cobertura de ripas, estacas, arames ou canos, revestidas de trepadeiras, em jardins.
Marquise: trata-se da cobertura, geralmente em balanço, utiliza-se para proteção do pedestre.
Pergolado: refere-se a uma cobertura vazada na qual é utilizada para proteção dos raios solares ou para sustentar plantas trepadeiras.
Curva de nível: linha que une os pontos do terreno situados na mesma altura.
Passeio de um prédio: trata-se do calçamento ao redor do prédio.
Passeio de um logradouro: parte do logradouro destinado ao trânsito de pedestres.
Testada do lote: refere à linha que separa o logradouro público do lote.
Desdobro: refere-se à divisão de um único lote em uma ou mais partes, em que cada parte tem a possibilidade legal de existência autônoma.
Desmembramento: trata-se da redivisão de um lote existente, com novos dimencionamentos.
Área “non aedificandi”: área que pode ou não pertencer a um lote, porém, não é permitido nenhum tipo de construção.
propriedade privada.
Recuo: refere-se ao espaço obrigatório exigido pela Prefeitura na frente, no fundo e nas laterais das construções para efeito de iluminação, isolação e prevenção.
Taxas de ocupação: refere-se ao limite que é fixado pela prefeitura que delimita o espaço que pode ser ocupado dentro do terreno.
Edificação: referes-se à construção destinada a abrigar qualquer atividade humana.
Edícula: construção complementar a construção principal, porém sem comunicação interna com a mesma.
XI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MONTENEGRO, Gildo A. Desenho arquitetônico; São Paulo: Edgar Blucher, 2001.
CHING; Francis D. K. Representação gráfica em arquitetura; Porto Alegre: Bookman Editora.
CHING; Francis D. K.	Técnicas de Construção Ilustradas; Porto Alegre: Bookman Editora.
Manual do técnico em transações Imobiliárias.11.ed. Goiânia: AB, 1994.
OBERG, Lamartine. Desenho Arquitetônico.32. ed. [ s. l]: O Livro Técnico, [s.d]. www.ufrgs.br/museudetopografia/museu/his_topo.html
Apostila Marketing Imobiliário
SUMÁRIO
PÁG.
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................	115
I – MARKETING ......................................................................................................................................	115
1.1. Conceitos e Definições....................................................................................................................	115
1.2. O Marketing Imobiliário ...........................................................................................................	115
II - HISTÓRIA E EVOLUÇÃO ................................................................................................................	116
2.1. Nascimento......................................................................................................................................	116
2.2. As funções do Marketing ...............................................................................................................	116
2.3. Filosofias de Administração de Marketing ..................................................................................	116
2.4. Segmentação do mercado-alvo......................................................................................................	117
2.5. Ferramentas de Marketing mais utilizadas ..............................................................................	117
2.6. Deficiências Supridas pela Ação do Marketing...........................................................................	118
2.7. Composto de Marketing ................................................................................................................118
2.8. As Mudanças .................................................................................................................................	119
III - O AMBIENTE DE MARKETING ....................................................................................................	121
3.1. Abordagens de Marketing:............................................................................................................	121
3.2. Agentes ............................................................................................................................................	121
3.3. Variáveis .........................................................................................................................................	121
IV - O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ................................................................................	121
4.1. Segmentação do Mercado..............................................................................................................	121
4.2. Segmentação do Cliente.................................................................................................................	122
4.3. Comportamento do Consumidor (Comprador).................................................................................	122
4.4. Necessidades do Consumidor (Comprador) ................................................................................	123
4.5. Fluxo de Informação ............................................................................................................................	124
4.6. Tomadas de Decisão.......................................................................................................................	124
V – PESQUISA ............................................................................................................................................	124
5.1. Sistema de Informação de Marketing ..........................................................................................	125
5.2. Perguntas básicas da pesquisa ......................................................................................................	125
5.3. Etapas, Tipos e Métodos................................................................................................................	125
5.4. Trabalho de Campo .......................................................................................................................	125
VI – DECISÕES DO COMPOSTO ...........................................................................................................	126
6.1. Os Setores – Áreas..........................................................................................................................	126
VII - A IMPORTÂNCIA DA ESTRATÉGIA.......................................................................................	126
VIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................	126
INTRODUÇÃO
Que bom que você conseguiu vencer mais uma etapa do curso. Agora você conhecerá um pouco mais sobre Marketing
Imobiliário.
É de fundamental importância que você domine as estratégias e ações do Marketing para que possa alcançar o seu público-alvo em um relacionamento satisfatório para ambos.
I - MARKETING
As organizações são estruturas compostas com o propósito de obter lucro, e para atingir esse objetivo, é necessário que elas estejam em sintonia com o mercado, oferecendo aquilo que o seu público alvo deseja adquirir, e é essa a principal função do Marketing: identificar as necessidades e tentar supri- las da melhor forma possível.
A administração do composto de marketing se torna primordial para as empresas que desejam se estabelecer e manter um relacionamento duradouro com o mercado. No caso específico do ramo imobiliário esse composto apresenta algumas particularidades que serão abordadas ao longo desta apostila.
1.1. Conceitos e Definições
Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de
que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros (KOTLER e KELLER, 2006).
Marketing é o conjunto de operações que envolvem a vida do produto, desde a planificação de sua produção até o momento em que é adquirido pelo consumidor (Dicionário Michaelis).
Marketing é o conjunto de estratégias e ações que provêem o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor (Dicionário Novo Aurélio).
O conceito contemporâneo de Marketing engloba a construção de um satisfatório relacionamento a longo prazo do tipo ganha-ganha no qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam. O marketing se originou para atender as necessidades de mercado, mas não está limitado aos bens de consumo. É também amplamente usado para "vender" idéias e programas sociais. Técnicas de marketing são aplicadas em todos os sistemas políticos e em muitos aspectos da vida.
1.2. O Marketing Imobiliário
O marketing aplicado ao mercado imobiliário segue as mesmas regras e técnicas para outros mercados. A diferença entre os diversos mercados está no público alvo e nas ferramentas de marketing que serão utilizadas em cada caso.
Até bem pouco tempo as empresas do mercado imobiliário utilizavam como marketing: anúncio no jornal, cavalete na esquina e folhetos. Com o advento da globalização e o desenvolvimento das comunicações, o consumidor passou a ter mais acesso à informação e está mais consciente dos seus direitos e mais exigente.
Essa exigência do consumidor acirrou a concorrência e levou as empresas a adotarem outras estratégias de marketing.
II - HISTÓRIA E EVOLUÇÃO
2.1. Nascimento
Apesar de encontrarmos suas raízes ao longo da história da humanidade, na própria gênese do comércio o marketing é um campo de estudo novo se comparado com os demais campos do saber.
O estudo do mercado surgiu da necessidade dos industriais de administrar a nova realidade, oriunda da revolução industrial que causou uma transformação de um mercado de vendedores para um mercado de compradores.
Neste estágio os consumidores não tinham qualquer poder de barganha e a concorrência era praticamente inexistente.
Tal realidade manteve-se inalterada até fins da Segunda Guerra Mundial quando então, reagindo ao crescimento da concorrência, mercadólogos começaram a teorizar sobre como atrair e lidar com seus consumidores. Surgiu então a cultura de vender a qualquer preço.
As técnicas existentes baseavam-se mais na intuição do que na prática. Eram técnicas ingênuas e/ou maliciosas que estavam misturadas a
ferramentas eficientes. Lenda e fato se misturavam, mas o mercado não dava muito ouvido à academia.
2.2. As funções do Marketing
Ao se falar em funções do Marketing, convém uma passagem pela compreensão de sua finalidade, que, nas palavras de Richard L. Sandhusen, supre deficiências e cria utilidades. Ele especifica quatro tipos, a saber:
1. local
2. tempo
3. posse
4. forma
2.3. Filosofias de Administração de Marketing
Na maior parte das empresas, o marketing ocupava, um lugar modesto no organograma, o de um serviço comercial, composto por alguns vendedores e empregados e muitas vezes estava subordinado ao diretor de produção ou diretor administrativo. Aos poucos foi se alastrando e atualmente, pode-se ver a mesma empresa praticando diferentes filosofias de marketing ao redor do mundo: orientação para produção, produto, venda, cliente e sociedade, podendo identificar na evolução do marketing as seguintes filosofias para sua administração.
Orientação para Produção: A grande questão, para as empresas, era produzir e não vender. O papel do marketing é, essencialmente, entregar produtos em locais onde possam ser comprados.
Orientação para o Produto: Considera que os consumidores preferem os produtos de melhor qualidade, desempenho e aspectos inovadores. Portanto, as organizações deveriam esforçar-se para aprimorar seus produtos permanentemente.
Orientação para Vendas: A orientaçãopara venda significa que o propósito da empresa é satisfazer o desejo do cliente para que ele possa voltar e comprar mais vezes.
Orientação para o Cliente: A função principal da empresa não é mais produzir e vender, mas satisfazer à clientela, consultando-a antes de produzir qualquer coisa, via estudos de mercado e com base nessa consulta, caso seja favorável, oferecer-lhe produtos, serviços, idéias de qualidade e valor, para que os consumidores voltem a comprar e a falar bem da empresa e de seus produtos.
Orientação para o Marketing Socialmente Responsável: Sustenta que a organização deve determinar as necessidades, desejos e interesses do mercado-alvo e então proporcionar aos clientes um valor superior de forma a manter ou melhorar o bem- estar do cliente e da sociedade.
Orientação para o Marketing Holístico: Nesta abordagem a empresa deve tentar compreender e administrar toda a complexidade envolvida na gestão de marketing de uma empresa.
2.4. Segmentação do mercado alvo
As primeiras coisas a serem definidas em qualquer planejamento de marketing, é quem são seus consumidores, e qual exatamente é seu mercado alvo.
Por maior e mais poderosa que seja nenhuma empresa pode fazer um bom trabalho em todos os mercados e satisfazer todas as suas necessidades.
Segmentar o mercado é dividi-lo em grupos com características e interesses semelhantes.
Esse processo é derivado do reconhecimento de que o mercado total é freqüentemente feito de
grupos com necessidades específicas.
Em função das semelhanças dos consumidores que compõem cada segmento, eles tendem a responder de forma similar a uma determinada estratégia de marketing.
2.5. Ferramentas de Marketing mais utilizadas
As ferramentas de marketing mais utilizadas atualmente são:
a) pesquisa de mercado
b) estandes de venda cinematográficos
c) unidades modelo decoradas
d) tratamento	paisagístico	do	local	do empreendimento
e) transporte gratuito para levar o cliente ao
local
f) site na internet
g) projetos mais elaborados
h) projejtos conceituais
i) áreas comuns decoradas e equipadas
j) promoções diversas
l) blitz com brindes
m) descontos para compra através da internet
n) sorteios e prêmios
o) material de divulgação com altíssima qualidade
p) marketing de relacionamento
q) serviço de atendimento ao cliente etc.
O marketing hoje é fundamental para o sucesso dos seus projetos e um investimento e não uma despesa.
2.6. Deficiências Supridas pela Ação do Marketing
a) Valor entre o preço da oferta e do negócio realizado,
b) Do conhecimento das particularidades e dos benefícios dos produtos ou serviços.
c) Localização do fornecedor e do consumidor.
d) De tempo entre quando o produto é produzido ou o serviço é gerado.
e) De prioridade entre a posse do fornecedor e a posse do consumidor.
2.7. Composto de Marketing
O composto de marketing deverá focar o mercado alvo trabalhando fundamentalmente os seguinte itens:
· produto
· preço
· ponto
· promoção
O composto mercadológico foi formulado primeiramente por Jerone McCarthy em seu livro Basic Marketing (1960) e trata do conjunto de pontos de interesse para os quais as organizações devem estar atentas se desejam perseguir seus objetivos de marketing.
O composto é dividido em 4 seções freqüentemente chamadas dos "quatro pês". Elas são:
Produto
Do inglês product. A gestão de produto lida com especificações do bem (ou serviço) em questão e as formas como ele se relaciona com as necessidades que o usuário tem. Para o cliente seu Produto deve ser a melhor solução.
Conjunto de atributos tangíveis e intangíveis que proporcionam benefícios reais ou percebidos com o objetivo de satisfazer necessidades e desejos de consumidores ou grupos de consumidores.
Preço
Do inglês price. Processo de definição de um preço para o produto, incluindo descontos e financiamentos, tendo em vista o impacto não apenas econômico, mas também psicológico de uma precificação. Para o cliente seu Preço deve oferecer o melhor custo e benefício.
Ponto (praça)
Do inglês placement. Preocupa-se com a distribuição e refere-se aos canais através dos quais o produto chega aos clientes, inclui pontos de vendas, pronta-entrega, horários e dias de atendimento e diferentes vias de compra. Para o seu cliente sua Praça deve ser a mais conveniente.
Promoção
Do inglês promotion. Inclui a propaganda, publicidade, relações públicas, assessoria de imprensa, boca-a-boca, venda pessoal e refere-se aos diferente métodos de promoção do produto, marca ou empresa. Para seu Cliente a sua Promoção deve ser a mais agradável e presente.
Os profissionais de marketing usam essas
variáveis para estabelecer um plano de marketing. Para o plano de marketing ser bem sucedido, a estratégia traçada para os quatro pês, deve refletir a melhor proposta de valor para os consumidores de um mercado alvo bem definido. A administração de marketing é a aplicação prática deste processo.
O Marketing de serviços conta ainda com outros componentes no seu marketing mix: Pessoas, Processos e Evidências Físicas.
2.8. As Mudanças
Mesmo que todas as elaborações sobre marketing tratem de ambiente, variáveis e influências, o fato é que rapidamente os conceitos têm de ser revistos, as propostas relançadas, os métodos refeitos.
As maiores mudanças que enfrentamos são:
· a globalização (você terá de ser encaixar, uma mudança noutro país atingirá sua atividade)
· a qualidade (a qualidade nos serviços que você presta não será mais um diferencial. Os serviços serão de qualidade)
· a margem de lucro será reduzida (ou alcançamos grande produtividade ou conseguiremos diferenciar nossos produtos ou serviços de maneira que nossos clientes paguem agradavelmente o nosso preço-prêmio)
· os clientes serão menos fiéis do que já são (se não investimos no relacionamento com eles, nós não os teremos)
· Todos teremos que conhecer e usar a
tecnologia da informação (afinal, queremos estar na vanguarda, ou esperaremos a ultrapassagem?)
· as novas formas de realização estão aí a desafiar nossa capacidade de compreensão.
Já que o assunto é mudanças, observe algumas que aconteceram ou estão acontecendo no segmento da intermediação imobiliária agora.
· De corretor de imóveis para consultor imobiliário.
· De técnico em transações imobiliárias para gestor imobiliário, isto é do nível médio para o superior.
· De notas fiscais de firma individual ou RPA, Recibo de Pagamento a autônomos, para notas fiscais de cooperativas de trabalho.
· Da antiga opção de venda para contrato particular de prestação de serviços de intermediação imobiliária.
· Da prestação de serviços de intermediação na empresa imobiliária para escritórios independentes, em casa e no carro, no conceito dos Home Office, com crescente utilização de sites pessoais.
III - O AMBIENTE DE MARKETING
Neste século XXI avistamos dramáticas mudanças ocorrendo no mundo dos negócios. Os líderes de mercado devem capitalizar o potencial da Tecnologia da Informação antecipando as mudanças no comportamento de compra e criando novos modelos de venda para sobreviver e obter crescimento de vendas.
Todavia, esses rápidos avanços tecnológicos produzem riscos e oportunidades que abrangem questões estratégicas de planejamento, fundamentais para o resultado positivo de suas metas e objetivo,
tais como:
· Planejamento e alocação de recursos
· Administração	de	vendas	e	canais	de distribuição
· Expansão e desenvolvimento de produtos x mercados
· Compreensão	do	comportamento	do consumidor
· Administração dos parceiros de negócio e a integração da cadeia de suprimentos
· Consolidação das Vendas e o Marketing Mix
· Ampliação dos incentivos e controles de performance
Vamos, pois, examinar criteriosamente cada um dos pontos levantados acima:
É de conhecimento geral, que a comoditização de produtos, o E-commerce e a presença de novos competidores estão pressionando as margens de contribuição, forçando as organizações a reduzirem vendas e orçamentos de marketing. Como resultado, as empresas terão de ser inovadoras o suficiente para poder crescer com menos, exigindo maior precisão nos investimentos;A estratégia de uso de múltiplos canais vem sendo adotada pela maioria das organizações líderes no mercado. São sistemas híbridos combinando múltiplos pontos de interação como vendas em campo, call center, web e outros. Vale notar que a integração e o fluxo das informações é fundamental para que se possa avaliar em tempo real que produtos vai entregar e preços praticar através das diversas rotas de mercado;
A introdução de novos produtos e serviços obedecerá a lógica da abordagem econômica de customização de massa, tanto para consumidores
individuais, quanto canais e parceiros. Adicionalmente, a tendência será ampliar a participação no cliente, buscando novos mercados (alguns ficam obsoletos);
O ambiente de negócios irá consolidar a visão de que o consumidor tem uma expectativa baseada nas necessidades de conveniência, comodidade e personalização do atendimento, com foco no desenvolvimento do relacionamento;
Administrar todos os componentes que integram a cadeia de valor de qualquer empresa e segmento de atuação exigirá muita organização, pois certamente vão ocorrer conflitos entre empresas, parceiros e canais a respeito do controle da marca, relacionamento com os clientes, prospects e acesso ao mercado;
Redefinir a Marca, preços e estratégias de Marketing Direto serão políticas mandatárias dentro das empresas, que necessitarão capitalizar o poder da nova interatividade, database e comunicação;
Processar os controles de performance deverá ser realizado por meio da implementação de soluções "end to end", E-care e suporte on line.
É fácil, diante dos elementos supra citados, pensar nas claras conseqüências no ambiente de negócios que se processarão dentro deste cenário de constantes mudanças em velocidades nunca imaginadas:
· Com a introdução de novas tecnologias e disseminação do uso da internet, as empresas tenderão a sofrer perda de clientes por meio de uma menor intermediação;
· Em razão da comoditização dos produtos e serviços e das alterações na relação de oferta x demanda, a formação dinâmica dos preços irá
 (
129
)
produzir a erosão das margens de contribuição e forçar a busca de redução de custo;
· A diminuição do Brand Equity nos novos canais de venda e modelos de negócios.
· Por fim, como resultado deste panorama, pode assumir quais os riscos que as organizações correrão: Fracasso se nada fizer; Fracasso se fizer a coisa errada; Fracasso se fizer a coisa certa, porém muito tarde.
3.1. Abordagens de Marketing
A abordagem de marketing considera a atividade imobiliária como bens industriais, ou como bens de serviços.
a) Fabricação/ Produção.
b) Imóvel.
c) Bem Industrial.
d) Venda do Imóvel.
e) Intermediação.
f) Bem de Serviço.
3.2. Agentes
Quantos aos agentes nesse mercado, entendamos o modo de sentir e tratar o mercado imobiliário, em que incluem:
a) Clientes.
b) Agentes financeiros.
c) Profissionais de Imóveis.
d) Incorporadores.
e) Construtores.
f) Intermediadores	(Corretores	de Imóveis/ imobiliárias).
g) Administradores.
h) Proprietários de imóveis.
3.3. 
Variáveis
As variáveis nada mais são do que as influências que a atividade da pessoa jurídica ou física exerce e sofre, as quais provocam significativas alterações no mercado em que operam.
Podem ser: Controláveis ou Incontroláveis
Variáveis Controláveis: controladas por você ou pela empresa, é o composto de marketing, pesquisa, produto, preço, canais, comunicações e clientes.
Variáveis Incontroláveis: não controladas por você nem pela empresa, legislação, aspectos culturais, sócio econômicas, climáticos, sociais e religiosos.
Está claro que essas variáveis interferem no processo imobiliário, porque impactam desde o planejamento até o pós-entrega do imóvel produzido e vendido, uma vez que toda variação atinge o consumidor.
IV -	O	COMPORTAMENTO	DO CONSUMIDOR
4.1. Segmentação do Mercado
O mercado é muito instável, pode mudar a qualquer momento tanto em nível local, nacional, ou mundial. É por isso que o marketing tem que estudar, planejar, agir e achar solução para resolver esse problema.
Assim uma pesquisa de mercado é fundamental para obter dados para a solução de problemas ou oportunidades de negócios. Por exemplo:
· análise e determinação do público alvo;
· análise da concorrência;
· análise de preferências e costumes do público alvo, medindo-se as expectativas para a satisfação dos consumidores;
· levantamento dos motivos de compra e/ou locação dos consumidores, analisando-se a priorização da imagem do produto.
Temos diversos segmentos de Mercados:
Quanto à segmentação do mercado, em relação à produção e às vendas, podemos desde já estabelecer, estudar, planejar e agir nos seguintes segmentos:
· Negócios de terceiros (imóveis novos e usados isolados ou em grupos).
· Administração de Imóveis (locação).
· Negócios rurais (sítios, fazendas, condomínios).
· Lançamentos	(incorporações	de empreendimentos residenciais, comerciais, industriais, não residenciais).
· Loteamentos (incorporações, colonizações, assentamentos).
· Avaliações e opiniões de valor.
· Consórcios de Imóveis.
· Fundos de investimentos e de outros tipos de aplicação em imóveis.
4.2. Segmentação do Cliente
Como derivação direta da segmentação do
mercado, devemos continuar a busca de decifrar o enigma da segmentação do cliente-alvo.
A) Organizar um banco de dados para iniciar.
B) Segmentação Gráfica (Região, Estado, Município, densidades, clima, zona.)
C) Segmentação Psicográfica (personalidade, status, expressão social,)
D) Segmentação	Demográfica	(Classe socioeconômicas, sexo, idade, renda, profissão, instrução, religião, preferências).
E) Entenda-se por segmentação de clientes um grupo de pessoas com características comuns como consumidores.
4.3. Comportamento do Consumidor (Comprador)
É preciso conhecer e reconhecer com quem você está falando. O ser humano tem apenas três sistemas: o recorrente, o representacional e o referencial.
Eles se apresentam através de três modalidades:
· Modalidade visal
· Modalidade auditiva
· Modalidade sinestésica Capacidade média de captação
· modalidade visual – 75%
· modalidade auditiva – 20%
· (
Necessidade de
auto-realização
Necessidade de
estima
Necessidades
 
Sociais
Necessidades de Segurança
Necessidades Fisiológicas
)modalidade sinestésica - 05%
Tipos de âncoras: para identificar as pessoas :
Visuais: gestos, posição dos olhos, cores, submodalidades
Auditivas: tonalidade, entonação, volume, submodalidades
Sinestésicas: tato, ato de corar, respiração, submodalidades
Portanto, somente existem 3 tipos de clientes (pessoas):
· os que são mais visuais
· os que são mais auditivos
· os que sáo mais sinestésicos
4.4. Necessidades do Consumidor (Comprador)
As necessidades do consumidor podem ser descritas por meio da Pirâmide das necessidades.
Pirâmides da Hierarquia das Necessidades e o Produto Imobiliário
 (
auto-
realização 
(casa de praia e campo)
status (marca reconhecida, 
alto 
padrão)
relacionamentos (busca de imóveis familiares)
segurança física - aquisição de imóvel
(desejo de uma casa)
abrigo e moradia
( pode se realizar pelo aluguel)
)As necessidades e desejos dos clientes estão diretamente ligados ao processo decisório. Fazendo uma correlação da Teoria da Hierarquia das Necessidades no mercado imobiliário pode notar-se que a busca do topo da pirâmide das necessidades não cessa. A necessidade básica de abrigo vai evoluindo e a moradia vai agregando e suprindo outras necessidades numa busca constante de auto- realização.
Depois de satisfeitas as necessidades fisiológicas de abrigo, a tendência natural seria o desejo de segurança, que poderia ser suprido através da aquisição de um imóvel, que no Brasil é o sonho de grande parte da população. Além da segurança física não pode esquecer que a compra de um imóvel também representa uma certa segurança financeira.
O passo seguinte é a busca para suprir as necessidades sociais, criando vínculos. Muitas vezes as pessoas se casam, compram um imóvel e depois
quando chegam os filhos são levados a adquirirem imóveis mais amplos, a fim de atendermais confortavelmente a família e os amigos.
A quarta etapa da busca da auto-realização se dá através da estima, caracterizada pela busca de status, em que os consumidores tendem a procurar marcas reconhecidas como sinônimo de poder e sucesso, buscando casas e apartamentos de alto padrão em locais nobres, com segurança e diferenciais que demonstrem o seu sucesso pessoal.
E, finalmente, o topo. Com a auto-realização, quando as necessidades de morar bem já foram supridas, seu status social está confirmado, o que leva as pessoas a buscarem os imóveis como investimento, ou para a realização de outro sonho muito comum, a casa de férias, seja na praia ou no campo.
Ao longo da pirâmide os pequenos detalhes como nome, cor da pintura, tipo de piso vão ganhando destaque no processo decisório, podendo levar um empreendimento ao sucesso ou ao fracasso total.
Com a grande quantidade de imóveis a venda, o cliente tem o poder de escolher exatamente o que ele deseja, e a empresa que não estiver disposta a ceder a pequenas personalizações, pode perder um número significativo de clientes.
As empresas precisam ouvir o que os consumidores tem a dizer, precisam ser flexíveis e adequar seus produtos às suas necessidades, mas precisam principalmente surpreendê-los! Precisam oferecer aquilo que eles não esperam. Só com a ampliação do produto a empresa poderá alcançar uma vantagem competitiva, mesmo que por curto espaço de tempo.
É preciso ter consciência de que a busca pela vantagem competitiva sustentável só poderá ser atingida na medida em que proativamente as empresas se posicionarem mais rapidamente no mercado.
4.5. Fluxo de Informação
Para que qualquer estratégia de marketing obtenha sucesso, o fluxo de informações deve ocorrer de forma tranqüila e, principalmente contínua.
Todos na empresa são “olheiros” do que acontece no mercado. Mas ninguém melhor do que o vendedor para trazer informações atualizadas e precisas, afinal de contas, ele está diariamente cara a cara com o cliente.
Quem melhor do que os profissionais da área de vendas para saber o que está acontecendo com os clientes e o que eles estão precisando e querendo comprar?
4.6. Tomadas de Decisão
O processo de compra pelo consumidor inclui cinco etapas básicas:
· reconhecimento da necessidade
· busca de informação
· avaliação das alternativas
· decisão de compra
· avaliação pós-compra
V - PESQUISA
O Marketing atinge seu objetivo se for bem feito desde a idéia até a conclusão.
A pesquisa no marketing imobiliário é feito com perfeito conhecimento dos fatos, informações
dos elementos que facilitam as tomadas de decisão e referências dos produtos e serviços.
O simples fato do cliente saber que você está fazendo uma pesquisa de satisfação já melhora a imagem do seu negócio perante ele.
5.1. Sistema de Informação de Marketing
O Sistema de informação de marketing deve ser contínuo e promover a interação das pessoas, equipamentos e procedimentos.
Quase sempre no mercado imobiliário a estrutura do sistema de informação é representada pelas entidades de classe disponibilizada a maior gama de informações para seus associados.
5.2 Perguntas básicas da pesquisa
QUEM – perfil do consumidor (idade, sexo, estado civil, costumes, rendas etc)
O QUE - produto/serviços (abordar variáveis como tamanho, cor, tipo, diferenciais, etc)
QUANDO – intenção e/ou freqüência da compra
DE QUEM – de quem costuma comprar ou lembrar quando tem intenção de compra
ONDE – distribuição e localização .
QUANTO – qual o preço que está disposto e/ou pode pagar .
5.3. Etapas, Tipos e Métodos
Etapas: identifica o problema e define os objetivos, pela metodologia e pelos trabalhos de campo.
Tipos: existem vários tipos de pesquisa.
a) De consumo
b) 
De propaganda
c) De comportamento e tendências de mercado
d) De vendas e mercado
e) De mercado e viabilidade
f) De produtos
g) De	comportamentos	do	pessoal interno
Métodos: existem vários métodos de pesquisa:
a) Estudos	exploratórios	(contato inicial)
b) Estudos descritivos (confirmam as hipóteses já levantadas na definição do problema)
c) Estudos	descritivos	estáticos (pesquisa quantitativo)
d) Estudos	descritivos	de	casos (pesquisa qualitativa)
e) Estudos experimentais (descobrem as relações de causa e efeito)
5.4. Trabalho de Campo
Para que a pesquisa do trabalho de campo se realize é necessário que todas os formulários, material, demostragens, técnicas, cálculos e testes tenham sidos aprovados.
Como qualquer projeto, o de pesquisa também funciona como se fosse um jogo de engrenagens, carecendo de que todas as etapas se interajam e se complementem na seqüência programada.
O trabalho de campo envolve: tabulação e análise dos dados (organização padronizada e codificada das respostas obtidas), análise dos dados (texto fundamentado nas respostas voltado aos
objetivos definidos no projeto), recomendações ao cliente (relatório entregue a empresa que solicitou a pesquisa, com sugestões que indiquem caminhos e alternativas para melhor proveito do conhecimento adquirido com a pesquisa).
VI – DECISÕES DO COMPOSTO
Os imóveis, em muitos casos, desapareceram do campo comercial, não se vende mais. Foi fabricado e entregue.
O marketing continua ativo em seu benefício, com serviços de manutenção, conservação, assistência técnica e sustentação das garantias, auxiliando a vitalidade e mantendo prestígio do fabricante/prestador de serviços. Daí se conclui que, no mínimo, seis áreas dão consistência efetiva ao composto de marketing; nelas localizam-se algumas subdivisões.
6.1. Os Setores - Áreas
a) Gerência de Produtos
b) Pesquisa
c) Comunicação Social
d) Canais
e) Clientes
f) Vendas
Estas áreas tem de trabalhar em sintonia, do contrário tendem a desfigurar a imagem.
VII - A IMPORTÂNCIA DA ESTRATÉGIA
É muito importante o uso da estratégia correta, pois a cada dia se torna mais difícil agradar os clientes.
Nenhum planejamento estratégico de
marketing obtém sucesso se não conseguirmos comunicá-lo para o público alvo.
O	Planejamento	estratégico	deve	ser direcionado para o mercado .
Estratégia Central, devemos definir a missão da empresa.
Posicionamento Competitivo, deve ver as vantagens diferenciais com relação à concorrência .
Implementação de gerência Estratégica é a fase do encontro entre a teoria e a prática.
VIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Nelson Eduardo Pereira da. Marketing imobiliário. Goiânia: AB, 2002.
COSTA, Nelson Eduardo Pereira da. Marketing pessoal Imobiliário, faça você mesmo. Campo Grande: Ruy Barbosa, 2007.
GRACIOSO, Francisco. Marketing, uma Experiência Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1971.
KOTLER, Philip e ARMSTRONG, Gary.
Introdução de Marketing. São Paulo: LTC, 1999.
KOTLER, Philip e KELLER, Kevin. Administração de Marketing - 12a Edição. São Paulo: Prentice Hall, 2006.
RICHERS, Raimar. O que é marketing. São Paulo: Brasiliense, 1986.
Apostila Matemática Financeira
SUMÁRIO
PÁG.
I – INTRODUÇÃO....................................................................................................................................	131
1.1. Matemática Financeira................................................................................................................	131
II - Razões e PROPORÇÕES ...................................................................................................................	131
2.1. Razões............................................................................................................................................	131
2.1.1. TERMOS DE UMA RAZÃO ............................................................................................	132
2.1.2. RAZÕES INVERSAS.........................................................................................................	132
2.1.3. RAZÕES EQUIVALENTES .............................................................................................	133
2.1.4. RAZÕES ENTRE GRANDEZAS DE ESPÉCIES DIFERENTES................................	133
2.2. PROPORÇÕES............................................................................................................................133
2.2.1. ELEMENTOS DE UMA PROPORÇÃO .........................................................................	134
2.2.2. PROPRIEDADE FUNDAMENTAL DAS PROPORÇÕES...........................................	135
2.2.3. APLICAÇÕES DA PROPRIEDADE FUNDAMENTAL...............................................	135
2.2.4. QUARTA PROPORCIONAL ...........................................................................................	136
2.2.5. PROPORÇÃO CONTÍNUA..............................................................................................	136
2.2.6. TERCEIRA PROPORCIONAL .......................................................................................	136
2.2.7. Média geométrica ou média proporcional........................................................................	136
2.2.8. PROPRIEDADES DAS PROPORÇÕES.........................................................................	137
2.2.9. PROPORÇÃO MÚLTIPLA..............................................................................................	139
III – Grandezas Proporcionais .................................................................................................................	139
3.1. GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS.............................................................	139
3.2. GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS ..........................................................	140
IV - Regra de três simples.........................................................................................................................	141
V - Regra de três composta.......................................................................................................................	142
VI – PORCENTAGEM.............................................................................................................................	145
VII – CAPITAL .........................................................................................................................................	146
VIiI – JUROS.............................................................................................................................................	146
8.1. TAXA DE JUROS........................................................................................................................	147
8.2. JUROS SIMPLES........................................................................................................................	147
8.3. JUROS COMPOSTOS ...............................................................................................................	148
VIII - DESCONTOS SIMPLES E COMPOSTOS.................................................................................	150
8.1 - DESCONTOS SIMPLES ...........................................................................................................	150
8.2 – DESCONTOS COMPOSTOS...................................................................................................	150
IX - FLUXO DE CAIXA...........................................................................................................................	150
X - TAXAS NOMINAIS............................................................................................................................	150
XI - TAXAS EFETIVAS...........................................................................................................................	151
XII - VALOR PRESENTE e VALOR FUTURO ...................................................................................	151
XIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................	151
GABARITO ...............................................................................................................................................	152
 (
139
)
Estamos iniciando os estudos da Matemática Financeira. Para tanto, expomos algumas dicas para que tenha
sucesso nos seus estudos.
Primeiro lembramos que o ensino da Matemática está presente desde o início da escolaridade e por todo o ensino básico.
Percebemos que, quando lançamos o olhar para dentro da escola, a Matemática acaba sendo caracterizada como uma disciplina difícil. Portanto, recomendamos que discuta com o seu tutor as dúvidas e lembre-se que os livros de matemática do ensino médio podem lhe auxiliar na revisão de alguns conceitos básicos.
Queremos lembrar que o estudo da matemática ganha relevância especial para o desenvolvimento da sua capacidade de leitura e interpretação da linguagem gráfica e dos dados matemáticos que estão no nosso cotidiano.
Assim, aproveite as oportunidades de se envolver com as aplicações da matemática e
boa sorte!
I – INTRODUÇÃO
Prezado aluno, este módulo é mais um suporte para a sua atuação profissional. Através da aprendizagem da matemática financeira, você irá ampliar seus conhecimentos que será de grande relevância para a prática diária. Boa sorte e bons estudos!!!
1.1. Matemática Financeira
A matemática financeira tem a finalidade de
estudar as diversas formas de evolução do valor do dinheiro no tempo, e as formas de análise e comparação de alternativas para aplicação e obtenção de recursos financeiros.
II - RAZÕES E PROPORÇÕES
2.1. Razões
Vamos considerar um carro de corrida com 4m de comprimento e um kart com 2m de comprimento. Para compararmos as medidas dos carros, basta dividir o comprimento de um deles pelo outro. Assim:
 (o tamanho do carro de corrida é duas vezes o tamanho do kart).
Podemos afirmar também que o kart tem a
metade do comprimento do carro de corrida.
A comparação entre dois números racionais, através de uma divisão, chama-se razão.
A razão pode também ser representada por 1:2 e significa que cada metro do kart corresponde a 2m do carro de corrida.
A palavra razão, vem do latim ratio, e significa "divisão". Como no exemplo anterior, são diversas as situações em que utilizamos o conceito de razão. Exemplos:
Dos 1200 inscritos num concurso, passaram 240
candidatos.
Razão dos candidatos aprovados nesse concurso:
PIB
PIB-Percapita = População
Resolução:
1.800. 000. 000. 000
180. 000. 000
(de cada 5 candidatos inscritos, 1 foi aprovado).
Para cada 100 convidados, 75 eram mulheres. Razão entre o número de mulheres e o número de convidados:
(de cada 4 convidados, 3 eram mulheres).
Observações:
1) A razão entre dois números racionais pode ser apresentada de três formas. Exemplo:
Razão entre 1 e 4:	1:4 ou ou 0,25.
2) A razão entre dois números racionais pode ser expressa com sinal negativo, desde que seus termos tenham sinais contrários. Exemplos:
A razão entre 1 e -8 é .
A razão entre	é Exemplo:
= R$ 10.000,00
2.1.1. Termos de uma razão
Observe a razão:
(lê-se "a está para b" ou "a para b").
Na razão a:b ou , o número a é denominado antecedente e o número b é denominado conseqüente. Veja o exemplo:
3:5 =
Leitura da razão: 3 está para 5 ou 3 para 5.
2.1.2. Razões Inversas
Considere as razões .
Observe que o produto dessas duas razões é igual a 1,
ou seja, .
Nesse caso, podemos afirmar que são razões inversas.
São razões equivalentes
Exemplo:
são razões inversas, pois .
Verifique que nas razões inversas o antecedente de uma é o conseqüente da outra, e vice-versa.
Observações:
1) Uma razão de antecedente zero não possui inversa.
2) Para determinar a razão inversa de uma razão dada, devemos permutar (trocar) os seus termos. Exemplo: O inverso de .
2.1.3. Razões equivalentes
Dada uma razão entre dois números, obtemos uma razão equivalente da seguinte maneira:
São razões equivalentes
2.1.4. Razões entre grandezas de espécies diferentes
Para determinar a razão entre duas grandezas de espécies diferentes, determina-se o quociente entre as medidas dessas grandezas. Essa razão deve ser acompanhada da notação que relaciona as grandezas envolvidas
O conceito é o seguinte:
Exemplo:
Arthur fez o percurso do Rio a São Paulo (450Km) em 5 horas. Qual a razão entre a medida dessas grandezas?E o que significa essa razão?
Resolução:
450Km
Razão =	= 90km / h
5h
Exemplos:
Essa razão significa que a cada hora foram percorridos em média 90 km.
2.2. Proporções
Rogerião	e	Claudinho	passeiam com	seus
cachorros. Rogerião pesa 120kg, e seu cão, 40kg. Claudinho, por sua vez, pesa 48kg, e seu cão, 16kg.
Observe a razão entre o peso dos dois rapazes:
Observe, agora, a razão entre o peso dos cachorros:
Verificamos que as duas razões são iguais. Nesse caso, podemos afirmar que a igualdade é uma
proporção. Assim:
· 
a e d os extremos da proporção.
Exemplo:
Dada a proporção , temos:
Leitura: 3 está para 4 assim como 27 está para 36.
Meios: 4 e 27	Extremos: 3 e 36
2.2.2. Propriedade fundamental das Proporções
Observe as seguintes proporções:
Produto dos meios = 4.30 = 120 Produto dos extremos = 3.40 = 120
Produto dos meios = 9.20 = 180 Produto dos extremos = 4.45 = 180
2.2.1. Elementos de uma proporção
Dados quatro números racionais a, b, c, d, não- nulos, nessa ordem, dizemos que eles formam uma proporção quando a razão do 1º para o 2º for igual à razão do 3º para o 4º. Assim:
Produto dos meios = 8.45 = 360 Produto dos extremos = 5.72 = 360
De modo geral, temos que:
 (
ou
 
a:b=c:d
)Daí podemos enunciar a propriedade fundamental das proporções:
(lê-se "a está para b assim como c está para d")
Os números a, b, c e d são os termos da proporção, sendo:
· b e c os meios da proporção.
2.2.3. Aplicações da propriedade fundamental
Determinação	do	termo	desconhecido	de	uma proporção
Exemplos:
Determine o valor de x na proporção:
Solução:
5 . x = 8 . 15	(aplicando a propriedade fundamental)
5 . x = 120
x = 24
Logo, o valor de x é 24.
Determine o valor de x na proporção:
Solução:
5 . (x-3) = 4 . (2x+1)	(aplicando a propriedade fundamental)
5x - 15 = 8x + 4
5x - 8x = 4 + 15
-3x = 19
3x = -19
x = 
Logo, o valor de x é .
Os números 5, 8, 35 e x formam, nessa ordem, uma
proporção. Determine o valor de x.
Solução:
 (aplicando a propriedade fundamental)
5 . x = 8 . 35
5x = 280
x = 56
Logo, o valor de x é 56.
Resolução de problemas envolvendo proporções
Exemplo:
Numa salina, de cada metro cúbico (m3) de água salgada, são retirados 40 dm3 de sal. Para obtermos 2 m3 de sal, quantos metros cúbicos de água salgada são necessários?
Solução:
A quantidade de sal retirada é proporcional ao volume de água salgada.
Indicamos por x a quantidade de água salgada a ser determinada e armamos a proporção:
Lembre-se de que 40dm3 = 0,04m3.
 (aplicando a propriedade fundamental)
1 . 2 = 0,04 . x
0,04x = 2
x = 50 m3
Logo, são necessários 50 m3 de água salgada.
2.2.4. Quarta proporcional
Dados três números racionais a, b e c, não nulos, denomina-se quarta proporcional desses números um número x tal que:
Exemplo:
Determine a quarta proporcional dos números 8, 12 e 6.
Solução: Indicamos por x a quarta proporcional e armamos a proporção:
 (aplicando a propriedade fundamental)
8 . x = 12 . 6
8 . x = 72
x = 9
Logo, a quarta proporcional é 9.
2.2.5. Proporção contínua
Considere a seguinte proporção: Observe que os seus meios são iguais, sendo, por isso, denominada proporção contínua. Assim:
De um modo geral, uma proporção contínua pode ser representada por:
2.2.6. Terceira proporcional
Dados dois números naturais a e b, não nulos, denomina-se terceira proporcional desses números o número x tal que:
Exemplo:
Determine a terceira proporcional dos números 20 e 10.
Solução
Indicamos por x a terceira proporcional e armamos a proporção:
 (aplicando a propriedade fundamental)
20 . x = 10 . 10
20x = 100
x = 5
Logo, a terceira proporcional é 5.
2.2.7. Média geométrica ou média proporcional
Dada uma proporção contínua , o número b é denominado média geométrica ou média proporcional entre a e c. Exemplo:
Determine a média geométrica positiva entre 5 e 20.
Solução:
5 . 20 = b . b
100 = b2
b2 = 100
b = b = 10
Logo, a média geométrica positiva é 10.
2.2.8. Propriedades das proporções 1ª propriedade:
Determine x e y na proporção , sabendo que x+y=84.
Solução:
Assim:
x+y = 84 => x = 84-y =>	x = 84-48 => x=36.
Logo, x=36 e y=48.
2ª propriedade:
Demonstração
Considere as proporções:
Demonstração
Considere as proporções:
			
Adicionando 1 a cada membro obtemos:
Subtraindo 1 a cada membro obtemos:
		
Exemplo:
[Quadro1]	[Quadro2]
[Quadro3]	(Mult. os 2 membros
-1)
[Quadro4]
Exemplo:
Sabendo-se que x-y=18, determine x e y na proporção
.
Solução:
Pela 2ª propriedade temos que:
4ª propriedade:
x-y = 18 => x=18+y => x = 18+12	=> x=30.
Logo, x=30 e y=12.
3ª propriedade:
Demonstração
Considere a proporção:
Permutando os meios, temos:
Aplicando a 1ª propriedade, obtemos:
Permutando os meios, finalmente obtemos:
Demonstração
Considere a proporção:
Permutando os meios, temos:
Aplicando a 2ª propriedade, obtemos:
Permutando os meios, finalmente obtemos:
Exemplo:
Sabendo que a-b = -24, determine a e b na proporção
.
Solução:
Pela 4ª propriedade, temos que:
5ª propriedade:
Demonstração
Considere a proporção:
Multiplicando os dois membros por , temos:
Assim:
Observação: a 5ª propriedade pode ser estendida para qualquer número de razões. Exemplo:
2.2.9. Proporção múltipla
Denominamos proporção múltipla uma série de razões iguais. Assim:
 é uma proporção múltipla.
Dada a série de razões iguais	, de acordo com a 3ª e 4ª propriedade, podemos escrever:
III – GRANDEZAS PROPORCIONAIS
Entendemos por grandeza tudo aquilo que pode ser medido, contado. As grandezas podem ter suas medidas aumentadas ou diminuídas.
Alguns exemplos de grandeza: o volume, a massa, a superfície, o comprimento, a capacidade, a velocidade, o tempo, o custo e a produção.
É comum ao nosso dia-a-dia situações em que relacionamos duas ou mais grandezas. Por exemplo:
Em uma corrida de "quilômetros contra o relógio", quanto maior for a velocidade, menor será o tempo gasto nessa prova. Aqui as grandezas são a velocidade e o tempo.
Num forno utilizado para a produção de ferro fundido comum, quanto maior for o tempo de uso, maior será a produção de ferro. Nesse caso, as grandezas são o tempo e a produção.
3.1. Grandezas diretamente proporcionais
Um forno tem sua produção de ferro fundido de acordo com a tabela abaixo:
	Tempo
(minutos)
	Produção (Kg)
	5
	100
	10
	200
	15
	300
	20
	400
Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis dependentes. Observe que:
Quando duplicamos o tempo, a produção também duplica.
3.2. 
Grandezas inversamente proporcionais
 (
Velocidade
(m/s)
Tempo (s)
5
200
8
125
10
100
16
62,5
20
50
)Um ciclista faz um treino para a prova de "1000 metros contra o relógio", mantendo em cada volta uma velocidade constante e obtendo, assim, um tempo correspondente, conforme a tabela abaixo
 (
149
)
5 min ----> 100Kg
10 min ----> 200Kg
Quando	triplicamos	o tempo,	a	produção também triplica.
5 min ----> 100Kg
15 min ----> 300Kg
Assim:
Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis dependentes. Observe que:
Quando duplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à metade.
5 m/s ----> 200s
10 m/s ----> 100s
Quando quadriplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à quarta parte.
5 m/s ----> 200s
20 m/s ----> 50s
Assim:
Verifique na tabela que a razão entre dois valores de uma grandeza é igual a razão entre os dois valores correspondentes da outra grandeza.
Verifique na tabela que a razão entre dois valores de uma grandeza é igual ao inverso da razão entre os
dois valores correspondentes da outra grandeza.
IV - REGRA DE TRÊS SIMPLES
Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos.
Passos utilizados numa regra de três simples: 1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas
da mesma espécieem colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Exemplos:
1) Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor movido a energia solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5m2, qual será a energia produzida?
Solução: montando a tabela:
	Área (m2)
	Energia (Wh)
	1,2
	400
	1,5
	x
Identificação do tipo de relação:
Inicialmente, colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a área de absorção, a Energia solar aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.
2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?
Solução: montando a tabela:
	Velocidade (Km/h)
	Tempo (h)
	400
	3
	480
	x
Identificação do tipo de relação:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a velocidade, o
tempo do percurso diminui.
Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.
3) Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$120,00. Quanto ela pagaria se comprasse 5 camisetas do mesmo tipo e preço?
Solução: montando a tabela:
	Camisetas
	Preço (R$)
	3
	120
	5
	x
Observe que: Aumentando o número de camisetas, o preço aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Logo, a Bianca pagaria R$200,00 pelas 5 camisetas.
4) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada obra em 20 dias. Se o número de horas de serviço for reduzido para 5 horas, em que prazo essa equipe fará o mesmo trabalho?
Solução: montando a tabela:
	Horas por dia
	Prazo para
término (dias)
	8
	20
	5
	x
Observe que: Diminuindo o número de horas trabalhadas por dia, o prazo para término aumenta. Como as palavras são contrárias (diminuindo - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais. Montando a proporção e
resolvendo a equação temos:
V - REGRA DE TRÊS COMPOSTA
A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou
inversamente proporcionais.
Exemplos:
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários para descarregar 125m3?
Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as grandezas de espécies diferentes que se correspondem:
 (
Horas
Caminhões
Volume
8
20
160
5
x
125
)Logo, serão necessários 25 caminhões.
Identificação	dos	tipos
de	relação:
2) 
Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam
20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos serão montados por 4 homens em 16 dias?
Solução: montando a tabela:
 (
Homens
Carrinhos
Dias
8
20
5
4
x
16
)Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x.
Observe que:
Aumentando o número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de caminhões. Portanto, a relação é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões. Portanto, a relação é diretamente proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido das setas.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Observe que:
Aumentando o número de homens, a produção de carrinhos aumenta. Portanto, a relação é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão).
Aumentando o número de dias, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação também é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão). Devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto das outras razões.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Logo, serão montados 32 carrinhos.
3) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2m de altura. Trabalhando 3 pedreiros e aumentando a altura para 4m, qual será o tempo necessário para completar esse muro?
Inicialmente, colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Depois colocam flechas concordantes para as grandezas diretamente proporcionais com a incógnita e discordantes para as inversamente proporcionais, como mostra a figura abaixo:
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Logo, para completar o muro serão necessários 12 dias.
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Agora chegou a sua vez de tentar. Pratique
tentando fazer esses exercícios:
1) 
Três torneiras enchem uma piscina em 10 horas. Quantas horas levarão 10 torneiras para encher 2 piscinas?
2) Uma equipe composta de 15 homens extrai, em 30 dias, 3,6 toneladas de carvão. Se for aumentada para 20 homens, em quantos dias conseguirão extrair 5,6 toneladas de carvão?
3) Vinte operários, trabalhando 8 horas por dia, gastam 18 dias para construir um muro de 300m. Quanto tempo levará uma turma de 16 operários, trabalhando 9 horas por dia, para construir um muro de 225m?
4) Um caminhoneiro entrega uma carga em um mês, viajando 8 horas por dia, a uma velocidade média de 50 km/h. Quantas horas por dia ele deveria viajar para entregar essa carga em 20 dias, a uma velocidade média de 60 km/h
5) Com certa quantidade de fio, uma fábrica produz 5400m de tecido com 90cm de largura em 50 minutos. Quantos metros de tecido, com 1 metro e 20 centímetros de largura, seriam produzidos em 25 minutos?
VI – PORCENTAGEM
É freqüente o uso de expressões que refletem acréscimos ou reduções em preços, números ou quantidades, sempre tomando por base 100 unidades. Alguns exemplos:
1) A gasolina teve um aumento de 15% Significa que em cada R$100 houve um acréscimo de R$15,00
2) O cliente recebeu um desconto de 10% em todas as mercadorias.
3) Significa que em cada R$100 foi dado um desconto de R$10,00
4) Dos jogadores que jogam no Grêmio, 90% são craques.
Significa que em cada 100 jogadores que jogam no Grêmio, 90 são craques.
Razão centesimal
Toda a razão que tem para conseqüente o número 100 denomina-se razão centesimal. Alguns exemplos:
Podemos representar uma razão centesimal de outras formas:
As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas
taxas centesimais ou taxas percentuais.
Considere o seguinte problema:
João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos cavalos ele vendeu?
Para solucionar esse problema devemos aplicar a
taxa percentual (50%) sobre o total de cavalos.
Logo, ele vendeu 25 cavalos, que representa a
porcentagem procurada.
Portanto, chegamos a seguinte definição:
Exemplos:
Calcular 10% de 300.
Calcular	25%	de	200kg.
Logo, 50kg é o valor correspondente à porcentagem procurada.
EXERCÍCIO COMENTADO:
1) Se eu comprei uma ação de um clube por R$250,00 e a revendi por R$300,00, qual a taxa percentual de lucro obtida?
Montamos uma equação, em que somando os R$250,00 iniciais com a porcentagem que aumentou em relação a esses R$250,00, resulte nos R$300,00.
Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 * 0,90 = R$ 9,00
VII – CAPITAL
O Capital é o valor aplicado através de alguma operação financeira. Também conhecido como: Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em inglêsusa-se Present Value (indicado pela tecla PV nas calculadoras financeiras).
VIII (
Acréscimo ou
Lucro
Fator de
Multiplicação
10%
1,10
15%
1,15
20%
1,20
47%
1,47
67%
1,67
)– JUROS
Juros representam a remuneração do Capital empregado em alguma atividade produtiva. Os juros podem ser capitalizados segundo dois regimes: simples ou compostos.
 (
JUROS SIMPLES: O juro de cada intervalo de tempo sempre é calculado sobre o capital
inicial emprestado ou aplicado.
JUROS COMPOSTOS: o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir do saldo no início de correspondente intervalo. Ou seja: o juro de cada intervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e passa a
render juros também.
)
 (
Desconto
Fator de Multiplicação
10%
0,90
25%
0,75
34%
0,66
60%
0,40
90%
0,10
)O juro é a remuneração pelo empréstimo do dinheiro. Ele existe porque a maioria das pessoas prefere o consumo imediato, e está disposta a pagar um preço por isso. Por outro lado, quem for capaz de esperar até possuir a quantia suficiente para adquirir seu desejo, e neste interim estiver disposta a emprestar esta
quantia a alguém, menos paciente, deve ser recompensado por esta abstinência na proporção do tempo e risco, que a operação envolver. O tempo, o risco e a quantidade de dinheiro disponível no mercado para empréstimos definem qual deverá ser a remuneração, mais conhecida como taxa de juros.
Quando usamos juros simples e juros compostos?
A maioria das operações envolvendo dinheiro utiliza juros compostos. Estão incluídas: compras a médio e longo prazo, compras com cartão de crédito, empréstimos bancários, as aplicações financeiras usuais como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, etc. Raramente encontramos uso para o regime de juros simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do processo de desconto simples de duplicatas.
8.1. Taxa de juros
A taxa de juros indica qual remuneração será paga ao dinheiro emprestado, para um determinado período. Ela vem, normalmente, expressa da forma percentual, em seguida da especificação do período de tempo a que se refere:
8 % a.a. - (a.a. significa ao ano).
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).
Outra forma de apresentação da taxa de juros é a unitária, que é igual a taxa percentual dividida por 100, sem o símbolo %:
0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês).
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre)
8.2. Juros Simples
O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre o valor principal. Sobre os juros gerados a cada período não incidirão novos juros. Valor Principal ou simplesmente principal é o valor inicial emprestado ou aplicado, antes de somarmos os juros. Transformando em fórmula temos:
 (
J = P . i . n
)
Onde:
 (
J= juros
P = principal (capital) i = taxa de juros
n = número de períodos
)
Exemplo: Temos uma dívida de R$ 1000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime de juros simples e devemos pagá-la em 2 meses. Os juros que pagarei serão:
J = 1000 x 0.08 x 2 = 160
Ao somarmos os juros ao valor principal temos o
montante.
Montante = Principal + Juros
Montante = Principal + ( Principal x Taxa de juros x Número de períodos )
 (
M = P . ( 1 + ( i . n ) )
)
Exemplo: Calcule o montante resultante da aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias.
SOLUÇÃO:
M = P . ( 1 + (i.n) )
M = 70000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = R$72.960,42
 (
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
)Observe que expressamos a taxa i e o período n, na mesma unidade de tempo, ou seja, anos. Daí ter dividido 145 dias por 360, para obter o valor equivalente em anos, já que um ano comercial possui 360 dias.
1) Calcular os juros simples de R$ 1200,00 a 13 %
a.t. por 4 meses e 15 dias.
0.13 / 6 = 0.02167
logo, 4m15d = 0.02167 x 9 = 0.195
j = 1200 x 0.195 = 234
2 - Calcular os juros simples produzidos por R$40.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a., durante 125 dias.
Temos: J = P.i.n
A taxa de 36% a.a. equivale a 0,36/360 dias = 0,001 a.d.
Agora, como a taxa e o período estão referidos à mesma unidade de tempo, ou seja, dias, poderemos calcular diretamente:
J = 40000.0,001.125 = R$5000,00
3 - Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de juros em 75 dias?
Temos imediatamente: J = P.i.n ou seja: 3500 = P.(1,2/100).(75/30)
Observe que expressamos a taxa i e o período n em relação à mesma unidade de tempo, ou seja, meses. Logo,
3500 = P. 0,012 . 2,5 = P . 0,030; Daí, vem: P = 3500 / 0,030 = R$116.666,67
4 - Se a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano, quantos meses serão necessários para dobrar um capital aplicado através de capitalização simples?
Objetivo: M = 2.P Dados: i = 150/100 = 1,5 Fórmula: M = P (1 + i.n) Desenvolvimento:
2P = P (1 + 1,5 n)
2 = 1 + 1,5 n
n = 2/3 ano = 8 meses
8.3. Juros Compostos
O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro e, portanto, o mais útil para cálculos de problemas do dia-a-dia. Os juros gerados a cada período são incorporados ao principal para o cálculo dos juros do período seguinte.
Chamamos de capitalização o momento em que os juros são incorporados ao principal. Após três meses de capitalização, temos:
1º mês: M =P.(1 + i)
2º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i)
3º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i) x (1 + i)
Simplificando, obtemos a fórmula:
 (
M = P . (1 +
 
i)
n
)
Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de juros ao mês para n meses.
Para calcularmos apenas os juros basta diminuir o
principal do montante ao final do período:
 (
J = M - P
)
Exemplo:
Calcule o montante de um capital de R$6.000,00, aplicado a juros compostos, durante 1 ano, à taxa de 3,5% ao mês.
(use log 1,035=0,0149 e log 1,509=0,1788)
Resolução:
P = R$6.000,00
ao mesmo Capital P durante o mesmo período de tempo, através de diferentes sistemas de capitalização, produzem o mesmo montante final.
Seja o capital P aplicado por um ano a uma taxa anual ia .
O montante M ao final do período de 1 ano será igual a M = P(1 + i a )
Consideremos agora, o mesmo capital P aplicado por 12 meses a uma taxa mensal im .
O montante M’ ao final do período de 12 meses
t = 1 ano = 12 meses
será igual a M’ = P(1 + i
m)12 .
i = 3,5 % a.m. = 0,035 M = ?
Usando a fórmula M=P.(1+i)n, obtemos:
Pela definição de taxas equivalentes vista acima, devemos ter M = M’.
Portanto, P(1 + ia) = P(1 + im)12
M = 6000.(1+0,035)12 = 6000. (1,035)12
Fazendo	x = 1,03512 e aplicando logaritmos,
Daí concluímos que 1 + ia
= (1 + i
m) 
12
encontramos:
log x = log 1,03512	=> log x = 12 log 1,035	=> log x = 0,1788	=> x = 1,509
Então M = 6000.1,509 = 9054.
Portanto, o montante é R$9.054,00
Relação entre juros e progressões
No regime de juros simples:
M( n ) = P + n r P
Com esta fórmula podemos calcular a taxa anual equivalente a uma taxa mensal conhecida.
Exemplos:
1 - Qual a taxa anual equivalente a 8% ao semestre?
Em um ano temos dois semestres, então teremos: 1 + ia = (1 + is)2
1 + ia = 1,082
ia = 0,1664 = 16,64% a.a.
2 - Qual a taxa anual equivalente a 0,5% ao mês?
No regime de juros compostos:
M( n ) = P . ( 1 + r ) n
1 + ia
= (1 + i
m) 
12
1 + ia = (1,005)12
Portanto:
num regime de capitalização a juros simples o saldo cresce em progressão aritmética
num regime de capitalização a juros compostos o saldo cresce em progressão geométrica
Taxas Equivalentes
Duas taxas i1 e i2 são equivalentes, se aplicadas
ia = 0,0617 = 6,17% a.a.
IX - DESCONTOS SIMPLES E COMPOSTOS
9.1. Descontos Simples
Desconto é aplicado quando um empréstimo é saldado antes do vencimento previsto.
A fórmula é: d = N.i.n
Exemplo:
 (
Qual o desconto de um título no valor de R$ 50.000,00, se ele for pago 2 meses antes do vencimento a uma taxa de 5,5% a.m.?
)
Aplicando a fórmula:
d: o que você quer saber N:50.000,00
i:5,5% - 0,055
n:2
d = 50000. 0,055. 2
d= R$ 5.500,00 de desconto
A taxa de desconto talvez seja a mais familiar de todas. Quem nunca pediu desconto em uma compra? A diferença entreo desconto e os juros é que o desconto é calculado a partir do valor futuro, enquanto que os juros sobre o valor presente.
9.2. Descontos Compostos
Conceito de desconto em juros compostos é similar ao de desconto em juros simples.
A fórmula é: A= N. 1/ (1+i)n
Exemplo:
Suponhamos que você quer descontar um título de R$ 25.000,00, 2 meses antes do vencimento, de um banco que utiliza uma taxa de juros compostos de 3% a.m. Calcule o valor atual do título.
Aplicando a fórmula:
A - o que você quer saber
N - 25.000,00
i - 3 % - 0,03
n – 2
Logo: 25000.1/ (1+0,03)2 = 23.564,90
IX - FLUXO DE CAIXA
Fluxo de caixa de uma empresa, de uma aplicação financeira ou de um empréstimo consiste no conjunto de entradas (recebimentos) e saídas (pagamentos) de dinheiro ao longo de um determinado período.
X -TAXAS NOMINAIS
A taxa nominal é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital não coincide com aquele a que a taxa está referida. Alguns exemplos:
· 34% ao semestre com capitalização mensal.
· 150% ao ano com capitalização mensal.
· 19,5% ao ano com capitalização trimestral.
Exemplo:
Uma taxa de 15 % a.a., capitalização mensal, terá
16.08 % a.a. como taxa efetiva:
15/12 = 1,25	1,2512 = 1,1608
XI - TAXAS EFETIVAS
A taxa Efetiva é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital coincide com aquele a que a taxa está referida. Alguns exemplos:
· 11,5% ao mês com capitalização mensal.
· 25% ao semestre com capitalização semestral.
 (
159
)
- 125% ao ano com capitalização anual.
Taxa Real: é a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período da operação.
Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa serve para demonstrar graficamente as transações financeiras em um período de tempo. O tempo é representado na horizontal dividido pelo número de períodos relevantes para análise. As entradas ou recebimentos são representados por setas verticais apontadas para cima e as saídas ou pagamentos são representados por setas verticais apontadas para baixo. Observe o gráfico abaixo:
Chamamos de VP o valor presente, que significa o valor que eu tenho na data 0; VF é o valor futuro, que será igual ao valor que terei no final do fluxo, após juros, entradas e saídas.
XII -	VALOR	PRESENTE	E	VALOR FUTURO
Na fórmula M = P . (1 + i)n , o principal P é também conhecido como Valor Presente (PV = present value) e o montante M é também conhecido como Valor Futuro (FV = future value).
Então essa fórmula pode ser escrita como FV = PV (1 + i) n
Isolando PV na fórmula temos:
PV = FV / (1+i)n
Na HP-12C, o valor presente é representado pela tecla PV.
Com essa mesma fórmula podemos calcular o valor futuro a partir do valor presente.
Exemplo:
Quanto teremos daqui a 12 meses se aplicarmos R$1.500,00	a	2%	ao	mês?
Solução: FV = 1500 . (1 + 0,02)12 = R$ 1.902,36
Chegamos ao fim de mais uma unidade. Antes de darmos continuidade aos estudos, refaça os exercícios propostos e confira as respostas.
Lembre-se que o conteúdo desta unidade servirá de subsídio para a resolução de situações práticas vivenciadas no cotidiano do Corretor.
XIV - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
DUARTE, Heron Márcio Ferreira. Conhecendo a matemática financeira. Brasília: Ativa Editora Gráfica, 2000.
DUARTE, Heron M. F. Raciocínio Lógico e Quantitativo, DF: Ativa, 1999.
PARENTE, Eduardo, CARIBÉ, Roberto. Matemática Comercial e Financeira. São Paulo: FTD, 1996
GABARITO
Página 144.
1) 6 horas.
2) 35 dias
3) 15 dias
4) 10 horas por dia
5) 2025 metros.
Apostila
Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa
SUMÁRIO
I - LINGUAGEM	155
1.1. Função	155
1.2. Instrumento de Ação	157
1.3. Processo	157
1.4. Diversidade	157
II – TEXTO	158
2.1. Diversidade Textual	158
2.2. Adequação Vocabular	158
2.3. Estruturação	158
2.4. Coerência	158
2.5. Coesão	158
2.6. Hierarquia de Idéias	159
2.7. Organização	159
2.8. Elementos da Narrativa	159
2.9. Argumentação e Intencionalidade	160
2.10. Semântica	160
2.11. Sinonímia, Antonímia e Polissemia	160
III - TEXTO TÉCNICO	161
3.1. Organização	161
3.2. Paragrafação	161
3.3. Peculiaridades	161
IV - ELEMENTOS GRAMATICAIS	161
4.1. Frase, Oração e Período	161
4.2. Ortografia	161
V - DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS	163
5.1 Usos do Porquê	163
5.2 Onde/Aonde	165
5.3 Mau/Mal	165
5.4 Cessão / Sessão / Secção / Seção	165
5.5 Há/A	165
5.6 Mas / Mais	166
5.7 Que e Se	166
VI – ACENTUAÇÃO	170
VII – CRASE	172
VIII – PONTUAÇÃO	175
IX - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	178
GABARITOS	178
INTRODUÇÃO
Neste módulo estudaremos Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa. Para
nos comunicarmos com as pessoas a necessidade de um bom vocabulário e de uma escrita sem erros é essencial. Por isso acreditamos que este módulo irá ajudá-lo a enriquecer seus conhecimentos e torná-los um profissional eficiente.
I - LINGUAGEM
1.1. Função
Nas comunicações orais ou escritas, um dos elementos será mais enfatizado do que os outros. Portanto, em cada texto há uma função predominante da linguagem. As funções de linguagem que um texto pode ter são:
Função referencial: Informa sobre uma situação ou uma realidade de um referente.
Ex.: O ônibus parte às três horas.
Função emotiva: É a expressão da personalidade ou dos sentimentos do emissor.
Ex.: Tenho medo de dormir no escuro.
Função conativa ou apelativa: Visa uma ação sobre o destinatário, manifestando-se em formas de persuasão, apelo, ordem etc.
Ex.: Não cometa a loucura de dormir no ponto!
Função fática: Assegura a eficácia da comunicação. Manifesta-se por interjeições ou expressões sem conteúdo informativo preciso:
Ex.: Ah! hein?! Sim, entendi! Não vou dormir. Função poética: Ocorre quando a linguagem é
considerada em seu significante, no seu valor rítmico, sonoro ou visual. Utiliza-se de conotações. É centrada na mensagem. Tem como característica a criatividade da linguagem.
Ex.: Viaje bem, viaje VASP. (slogan publicitário)
Função Metalingüística: É o valor explicativo ou didático de uma mensagem: o que se fala sobre a linguagem.
Ex.: Ônibus: veículo para transporte urbano e interurbano de passageiros, com itinerário preestabelecido. (Dicionário).
 (
LEMBRE-SE: 
Sentido denotativo é o sentido próprio, real, do dicionário, primário, independente ao contexto. Sentido conotativo é um sentido imaginário, secundário, ligado ao contexto
.
) (
LEMBRE-SE: 
"O signo lingüístico une não uma coisa e uma palavra, mas um conceito (significado) e uma imagem acústica
 
(significante)".
) (
TESTE SEUS CONHECIMENTOS 
:
)
Leia o texto abaixo para responder a questão que se segue.
“Amor. [Do latim amore]. S.m. 1. Sentimento que predispõe a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa(...) 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser ou a uma coisa(...).” (Aurélio Buarque
H. Ferreira)
1) relação às funções da linguagem, qual o aspecto mais
valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de linguagem predominante?
a) Metalingüística
b) Fática
c) Referencial
d) Poética
Leia o texto para responder a questão que se segue.
“Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer“. (Luís de Camões)
2) relação às funções da linguagem, qual o aspecto mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de linguagem predominante?
a) Conativa
b) Referencial
c) Metalingüística
d) Poética
Leia o texto para responder a questão que se segue
“Os gregos viram no amor, sobretudo uma força unitiva e organizadora e estenderam-na sobre o fundamento do Amor sexual, da concórdia política e da amizade. Com o Cristianismo, a noção de Amor sofre uma transformação; de um lado, é entendido como uma relação ou um tipo de relações em que se deve estender a todo “próximo”; de outro, transforma-se em um mandamento”. (Nicola Abbaquano)
3) 
Com relação às funções da linguagem, qual o aspecto mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de linguagem predominante?
a) Fática
b) Poética
c) Referencial
d) Emotiva
Leia o texto para responder a questão que se segue “Aquela doença é uma expressão popular do interior do	Ceará	para	substituiro	nome	de	certas enfermidades incuráveis ou impressionantes, como a lepra, o câncer, a tuberculose.”
4) Em relação às funções da linguagem, qual o aspecto mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de linguagem predominante?
a) Fática
b) Poética
c) Referencial
d) Metalingüística
Leia o texto para responder a questão que se segue “Que frio! Que vento! Que calor! Que absurdo! Que bacana! Que tristeza! Que tarde! Que amor! Que besteira! Que esperança! Que modos! Assim, em plena floresta de exclamações, vai-se tocando pra frente”. (Drummond).
5) Em relação às funções da linguagem, qual o aspecto mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de linguagem predominante?
a) Metalingüística
b) Fática
c) Referencial
d) Emotiva
Leia o texto para responder a questão que se segue “Minha primeira namorada é avó / de um neto / que não é meu”.
6) Em relação às funções da linguagem, qual o aspecto mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de linguagem predominante?
a) Conativa
b) Poética
c) Referencial
d) Fática
Leia a frase para responder a questão que se segue
“Logo você saberá a verdade, Marcos.”
7) Em relação às funções da linguagem, qual o aspecto mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de linguagem predominante?
a) Referencial
b) Conativa
c) Metalingüística
d) Poética
8) Quando em um texto predomina-se conotações, ritmos, e ele é centrado na própria mensagem, é correto afirmar que a função predominante desse texto é:
a) Função Poética
b) Função Referencial
c) Função Conativa
d) Função Metalingüística
Leia a frase para responder a questão que se segue
“A Lua é o satélite da Terra.”
9) Em relação às funções da linguagem, qual o aspecto mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de linguagem predominante?
a) Conativa
b) Referencial
c) Metalingüística
d) Poética
Leia o texto para responder a questão que se segue.
“A lua é uma foice de ouro.”
10) Em relação às funções da linguagem, qual o aspecto mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de linguagem predominante?
a) Poética
b) Referencial
c) Fática
d) Metalingüística
1.2. Instrumento de Ação
1.3. Processo
A atividade com a linguagem é um processo, um trabalho, e para tanto, se elabora, se constrói e se cria a todo momento. E é um processo coletivo, feito de várias partes. Cria-se um repertório constituído de palavras, concepções, e tipos de textos.
1.4. Diversidade
Podemos considerar a diversidade da linguagem quando falamos em linguagem verbal e linguagem não-verbal.
Uma linguagem não-verbal é considerada linguagem, pois quando vemos uma imagem e interpretamos as mensagens transmitidas por ela, estamos lendo esta imagem. Essa leitura de imagens é possível porque há nelas uma linguagem que se manifesta a partir de uma certa organização.
As linguagens verbais são as criadas pelos homens. Elas representam este mundo, mas não são o mundo. A palavra não é o objeto, mas o elemento que o representa. Essas linguagens são formadas por sinais criados pelo homem.
II – TEXTO
2.1. Diversidade Textual
Existem muitos tipos de textos. Texto é todo material organizado com a finalidade de informar, comunicar, veicular sentidos. Cada um com sua linguagem específica, seus sinais, sua organização, seus veículos de transmissão.
2.2. Adequação Vocabular
Os textos são um dos meios que dispomos para organizar e expressar nosso pensamento. Mas para que nosso pensamento seja compreensível e preciso que haja adequação vocabular, que o vocabulário utilizado seja compreensível.
Por isso é importante atentar para alguns
elementos, tais como: a organização interna do texto; a situação comunicativa; e o interlocutor a quem o texto se dirige.
2.3. Estruturação
Os textos são uma forma de comunicação que coloca em relação um emissor e um receptor. Os elementos do processo de comunicação compreendem:
· Emissor: quem emite a mensagem.
· Receptor: quem recebe a mensagem.
· Mensagem: é o conteúdo das informações transmitidas (visual, auditivo, olfativo...).
· Canal: é o meio que possibilita a transmissão da mensagem: voz, foto, texto, pintura etc.
· Código: é a linguagem verbal ou não verbal utilizada.
· Referente: é o contexto, a situação aos quais a mensagem remete.
2.4. Coerência
Assim como uma frase não é uma simples sucessão de palavras, um texto também não é uma simples suscessão de frases, mas um todo organizado, para que haja um texto com coerência.
A coerência é resultante da não-contradição entre os diversos segmentos textuais, formando uma cadeia em que todos eles estejam harmonicamente ligados.
2.5. Coesão
A coesão é a manifestação lingüística da coerência e se realiza nas relações entre elementos sucessivos – adjetivos em relação aos substantivos, formas verbais em relação aos sujeitos, tempos verbais nas relações espaço-temporais constitutivas do texto
etc. – se realiza também na organização de períodos, de parágrafos, das partes do todo como formadoras de uma cadeia de sentido, capaz de apresentar e desenvolver um tema ou as unidades de um texto. É construída com os mecanismos gramaticais e lexicais, confere unidade formal ao texto.
2.6. Hierarquia de Idéias
Um texto bem elaborado necessita ter hierarquia nas idéias. Em uma narração, por exemplo, atribuímos ações às personagens, essas ações se sucedem temporalmente, ou seja, uma ação posterior pressupõe uma ação anterior, com a qual não pode estar em contradição.
Em qualquer outro tipo de texto a hierarquia de idéias também é muito importante, pois é como se estivéssemos conversando com alguém, não se pode falar depois o que deveria ter sido dito antes.
2.7. Organização
A organização de um texto como um todo, depende também da organização das palavras em uma frase, essa organização obedece a certos padrões. Na língua portuguesa a ordem padrão de organização é: sujeito+verbo+complemento, embora algumas variações sejam possíveis, desde que haja gramaticalidade na relação entre os termos da frase, pois sem esta gramaticalidade o falante não saberia estabelecer relação entre duas palavras numa frase.
2.8. Elementos Da Narrativa
Ficção: é o discurso narrativo ou representação ou fábula que nos remete a uma construção subjetiva em que figuram entidades, ações e situações que formam um todo organizado não veraz.
Situação: é a ordem dos elementos do universo ficcional em dada coordenada de tempo ficcional.
Ação: são as mudanças que ocorrem no universo ficcional. A ação pode ter vários aspectos:
1. Consumada: efetivamente ocorrida no universo ficcional.
2. Hipotética: supõe-se consumada, mas no decorrer da narrativa pode se mostrar como não consumada no universo ficcional.
3. Imaginária: fruto de uma ficção dentro da ficção estabelecida por algum dos agentes da ficção.
4. Representada: os agentes da ficção representam dentro da ficção.
5. Onírica: resulta do sonho de um dos agentes da ficção.
Ação cardeal: compromete a inteligibilidade da fábula, quando suprimida.
Proposição: é a tripla situação anterior, ação, situação posterior.
Episódio: é qualquer fragmento de narração formado por pelo menos uma proposição. Alguns tipos notáveis de episódio:
Inversão de tendência: podemos exemplificá-la citando o herói que consegue inverter as expectativas que apontavam para o seu fracasso em expectativa para sua vitória. É um tipo de episódio útil para a obtenção de clímax. Esse exemplo chama-se peripécia.
Revelação: ocorre quando um dos agentes da narração - que pode ser o narrador, o personagem ou leitor - toma conhecimento de um fato que redireciona os caminhos da ação. Um caso de revelação é o reconhecimento, em que um dos agentes da narração toma conhecimento da identidade de outro.
Catástrofe: é o fato de dimensões trágicas no universo ficcional. Na tragédia grega, por exemplo,
ocorre catástrofe no clímax.
Confronto: é o encaminhamento irreconciliável para a disputa entre dois agentes da narrativa.
Dano: é o fato que cria um desequilíbrio no universo ficcional que por vezes condiciona toda a ação.
Núcleo narrativo: é uma parte da narrativa em quese prioriza a abordagem de determinado objeto. O tipo mais comum e notável de núcleo é o que se desenvolve em função de personagens. Cada ato se constitui num núcleo. Pode-se dizer que uma parte da narrativa é um núcleo, desde que nela seja preservada a característica da parte. Para não se enxergar núcleos e mais núcleos numa narrativa é preciso considerar apenas as priorizações de abordagem mais gerais. Não há uma baliza precisa para determinar que nível de generalização deve ser empregado para caracterizar um núcleo, por isso, a determinação dele é uma questão subjetiva.
O foco da narrativa: Toda estória é narrada em primeira ou em terceira pessoa. O Foco da narrativa é determinado pelo contador da estória, ou seja, o narrador.
Primeira pessoa - Quando o narrador faz parte da estória, ele é uma das personagens.
Terceira pessoa - Quando o narrador não participa, ele somente conta a estória.
Narrador onisciente - É o narrador que penetra no mundo interior das personagens.
2.9. Argumentação e Intencionalidade Argumentação
Argumentação é o elemento que se utiliza em um texto para persuadir o leitor a acreditar em determinada coisa ou agir de determinada forma.
As argumentações não visam apenas expor conceitos, mas fazer com que o leitor partilhe de determinada idéia como verdadeira e única.
Intencionalidade
Um componente muito importante na construção de textos é a INTENCIONALIDADE, isto é, quem produz um texto utiliza-se de determinados recursos com a intenção de produzir determinados efeitos no leitor.
2.10. Semântica
Semântica é o estudo do significado, isto é a ciência das significações, com os problemas suscitados sobre o significado. O homem sempre se preocupou com a origem das línguas e com a relação entre as palavras e as coisas que elas significam, se há uma ligação natural entre os nomes e as coisas nomeadas ou se essa associação é mero resultado de convenção.
Nesse estudo consideram-se também as mudanças de sentido, a escolha de novas expressões, o nascimento e morte das locuções.
As formas lingüísticas são símbolos e valem pelo que significam.
2.11. Sinonímia, Antonímia e Polissemia Sinonímia
Há sinonímia quando duas ou mais palavras são sinônimas, quando se identificam exatamente ou aproximadamente quanto ao significado. Por exemplo: cara e rosto.
Antonímia
Refere-se à relação entre unidades de sentido contrário. Essas unidades pertencem à mesma categoria sintática e opõem-se no interior de uma classe
 (
169
)
semântica. Por exemplo: amor e ódio.
Polissemia
Quando a mesma forma fônica cobre significações diferentes, embora correlatas, tem-se a polissemia. Entretanto, só pode ser discernida no contexto. Por exemplo: Ex: fino. (tecido fino; homem fino; ambiente fino.)
III - TEXTO TÉCNICO
3.1. Organização
O texto técnico é fundamental nas atividades empresariais. Portanto, deve ser bem organizado. Uma parte importante da organização é a linguagem, devendo-se levar em consideração que o sujeito é ser inanimado, não pratica a ação, ele se torna paciente e, assim, usa-se a voz passiva.
3.2. Paragrafação
A organização dos parágrafos de um texto técnico deve manter uma hierarquia de idéias. Se, por exemplo, for um requerimento, deve-se primeiro indicar a quem se dirige, logo, mencionar a justificativa e apresentar o que está sendo requerido, e por fim, solicitar que seu pedido seja atendido, datar e assinar.
3.3. Peculiaridades
Cintra, Fonseca e Marquesi, definem as peculiaridades da linguagem técnica como "... um uso específico que se circunscreve uma dada área sócio- profissional e que nem sempre tem uma função prática, visa a obter assentimento das pessoas, dar reforço para atitudes desejadas, provocar mudanças de opinião ou de comportamento, dar orientação para novas ações, bem como subsidiar decisões".
IV 
- ELEMENTOS GRAMATICAIS
4.1. Frase, Oração e Período
Frase: É todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer comunicação.
Oração: É todo enunciado estruturado em torno de um verbo ou locução verbal, podendo ou não ter sentido completo.
Período: É uma frase verbal formada de uma ou mais orações.
Período Simples: frase em que só há uma oração. Essa oração, por ser única dentro do período, denomina-se Oração Absoluta.
Período composto: frase constituída de duas ou mais orações.
4.2. Ortografia
A palavra Ortografia é formada por "orto", elemento de origem grega, usado como prefixo, com o significado de direito, reto, exato e "grafia", elemento de composição de origem grega com o significado de ação de escrever; ortografia, então, significa ação de escrever direito. É fácil escrever direito? Não! É, de fato, muito difícil conhecer todas as regras de ortografia a fim de escrever com o mínimo de erros ortográficos. Seguem algumas frases com as respectivas regras sobre o uso de ç, s, ss, z, x... Vamos a elas:
01) Uma das intenções da casa de detenção é levar o que cometeu graves infrações a alcançar a introspecção, por intermédio da reeducação.
a) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TO:
intento = intenção canto = canção
b) Usa-se	ç	em	palavras	terminadas	em
TENÇÃO referentes a verbos derivados de TER:
deter = detenção reter = retenção
c) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TOR:
infrator = infração trator = tração
d) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TIVO:
introspectivo = introspecção relativo = relação
e) Usa-se ç em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinência R:
reeducar = reeducação importar = importação
f) Usa-se ç após ditongo quando houver som de s: eleição
traição
02) A pretensa diversão de Creusa, a poetisa vencedora do concurso, implicou a sua expulsão, porque pôs uma frase horrorosa sobre a diretora Luísa.
a) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER ou NDIR:
pretender = pretensão, pretensa, pretensioso defender = defesa, defensivo
compreender = compreensão, compreensivo repreender = repreensão
b) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERTER ou ERTIR:
inverter = inversão converter = conversão
c) Usa-se s após ditongo quando houver som de
z:
Creusa coisa
d) 
Usa-se s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos:
Luísa Heloísa
Obs: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que também se escreve com z.
e) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em CORRER ou PELIR:
concorrer = concurso discorrer = discurso
f) Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR, QUERER, USAR:
ele pôs ele quis
g) Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE:
frase tese
Exceções: deslize e gaze.
h) Usa-se s em palavras terminadas em OSO,
OSA:
horrorosa gostoso
Exceção: gozo
03) I - Teresinha, a esposa do camponês inglês, avisou que cantaria de improviso.
II - Aterrorizada pela embriaguez do marido, a
mulherzinha não fez a limpeza.
a) Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem; com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s:
Teresa = Teresinha Casa = casinha
b) Os verbos terminados em ISAR serão escritos
com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem; os terminados em IZAR serão escritos com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s:
improviso = improvisar análise = analisar
c) As palavras terminadas em ÊS e ESA serão escritas com s quando indicarem nacionalidade, títulos ou nomes próprios; as terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade:
Teresa Camponês Inglês
04) O excesso de concessões dava a impressão
de compromisso com o progresso.
a) Os verbos terminados em CEDER terão palavras derivadas escritas com CESS:
exceder = excesso, excessivo
b) Os verbos terminados em PRIMIR terão palavras derivadas escritas com PRESS:
imprimir = impressão deprimir = depressão
c) Os verbos terminados em GREDIR terão palavras derivadas escritas com GRESS:
progredir = progresso
agredir = agressor, agressão, agressivo
d) Os verbos terminadosem METER terão palavras derivadas escritas com MISS ou MESS:
comprometer = compromisso prometer = promessa intrometer = intromissão
05) Para que os filhos se encorajem, o lojista
come jiló com canjica.
a) 
Escreve-se com j a conjugação dos verbos terminados em JAR:
Viajar = espero que eles viajem Encorajar = para que eles se encorajem
b) Escrevem-se com j as palavras derivadas de vocábulos terminados em JA:
loja = lojista canja = canjica sarja = sarjeta
c) Escrevem com j as palavras de origem tupi- guarani. Ex: Jiló; Jibóia.
06) O relógio que ele trouxe da viagem ao
México em uma caixa de madeira caiu na enxurrada.
a) Escrevem-se com g as palavras terminadas em
ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO, ÚGIO:
Pedágio, sacrilégio, prestígio, relógio, refúgio.
b) Escrevem-se com g os substantivos terminados em GEM:
a viagem, a coragem, a ferrugem.
Exceções: pajem, lambujem.
c) Palavras iniciadas por ME serão escritas com
x:
Mexerica, México, Mexilhão, Mexer.
Exceção: mecha de cabelos
d) As palavras iniciadas por EN serão escritas com x, a não ser que provenham de vocábulos iniciados por ch: Enxada; Enxerto; Encher – provém de cheio
Enchumaçar – provém de chumaço.
e) Usa-s x após ditongo: Ex: ameixa; caixa;
peixe.
Exceções: recauchutar, guache.
V - DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS
5.1. Usos do Porquê
Na Língua Portuguesa, há quatro maneiras diferentes de se grafar o porquê:
1) Porquê (junto, com acento): É um substantivo, portanto, deverá ser usado, quando surgir, antes dele, uma palavra modificadora – artigo (o, os, um, uns), pronome adjetivo (meu, esse, quanto) ou numeral (um, dois, três, quatro). Como é um substantivo, admite plural: porquês. Ex.:
a) Ninguém sabe o porquê de tanto desdém.
b) Quantos porquês! Pare de fazer-me perguntas.
2) Por quê (separado, com acento): É a junção da preposição por com o substantivo quê, que só é usado em final de frase. Aliás, sempre que a palavra "que" for usada em final de frase, deverá ser acentuada, independentemente do elemento que surja antes. Ex.:
a) Você não me telefonou ontem por quê?
b) Nem eu sei por quê.
c) Você está rindo de quê?
d) Você procurou-me para quê?
Observação 1: A palavra “que” será acentuada, quando estiver antecedida por uma palavra modificadora, ou quando for uma interjeição que designa espanto. Ex.:
a) Ela tem um quê de mistério.
b) Quê? Ela esteve aqui, e você não me avisou?
Observação 2: Quando, anteriormente ao "que", surgir a palavra "o", "a", "os" ou "as", teremos pronome demonstrativo (o, a, os, as), com o mesmo valor de "aquele, aquela, aquilo", e pronome relativo (que). No caso de "a que", também pode ser a preposição "a". Ex.:
a) Não entendi o que você falou = Não entendi aquilo que você falou.
b) 
Dos concorrentes, o vencedor será o que mais votos obtiver = Dos concorrentes, o vencedor será aquele que mais votos obtiver.
c) A peça a que assisti é maravilhosa. (Esse "a" é preposição)
3) Por que (separado, sem acento):
a) É a junção da preposição por com o pronome interrogativo que; significa por que motivo, por qual razão. Ex.:
b) Por que o professor faltou hoje? = Por qual razão o professor faltou?
c) Não sei por que o professor faltou hoje = Não sei por qual motivo o professor faltou hoje.
É a junção da preposição por com o pronome relativo que; pode ser substituído por pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais ou por qual. Ex.:
a) O aperto por que passei foi terrível = O aperto pelo qual passei foi terrível.
b) A causa por que luto é nobilíssima = A causa pela qual luto é nobilíssima.
4) Porque (junto, sem acento): É uma conjunção, portanto, estará ligando duas orações, indicando causa (= já que), explicação (= pois) ou finalidade (= para que). Exemplos:
a) O espetáculo não ocorreu, porque o cantor estava gripado = O espetáculo não ocorreu já que o cantor estava gripado.
b) Estudem, porque consigam a aprovação = Estudem para que consigam a aprovação.
c) Pare de falar, porque está atrapalhando-me = Pare de falar, pois está atrapalhando-me.
O emprego de quê:
a) Como um monossílabo tônico (acentuado), usa-se nas interrogações, em finais de frases:
Ex.: Eu queria comprar um carro, mas com quê? Fale mais alto, você disse o quê?
b) Como um substantivo, sempre acentuado:
Ex.: Essa mulher tem um quê muito diferente. Mude seu comportamento! Perca esse quê de arrogância!
Note que, neste caso, pode ser pluralizado, empregado no diminutivo etc.:
Ex: Esses quês de desprezo me irritam! Ele tem um quezinho de nobre...
c) Como uma interjeição que indica espanto ou protesto:
Ex: Quê! Nem quero pensar em sua proposta! O quê, hein? Então, você veio mesmo!
5.2. Onde/Aonde
É empregado com verbos que não guardam a idéia de movimento.
Ex.: Queríamos vê-lo, mas não sabíamos onde
estava.
Vem depressa de onde estás, que eu não sei onde
te encontrar.
ONDE:
Equivale a para onde. É usado com verbos que guardam a idéia de movimento.
Ex: Aonde você pensa que vai, malandro? De onde vens e aonde vais?
5.3. Mau/Mal
É um adjetivo, antônimo de bom. Usa-se como uma qualificação.
Ex.: O mau tempo acabou com a temporada.
Vivia maus momentos, por isso andava irritada.
Pode ser usado como:
Conjunção temporal, equivalente a assim que, logo que, quando.
Mal começou a andar, já brincava pela casa inteira.
Advérbio de modo (antônimo de bem).
Os atores atuaram muito mal no espetáculo.
Cuidado com ela: sempre está mal-humorada!
Substantivo, podendo estar precedido de artigo ou pronome e ser usado no plural.
Um mal terrível abateu-se sobre esta casa! Há males que vêm para bem.
5.4. Cessão / Sessão / Secção / Seção Cessão
Significa “ceder, conceder, oferecer, dar”.
Ex.: Fizemos a cessão de todos os bens ao chefe da casa.
Finalmente o governo resolveu fazer a cessão dos prédios aos menores.
Sessão:
Significa “intervalo de duração”.
Ex.: A Câmara dos Deputados reuniu-se em sessão extraordinária.
Última sessão de cinema.
Secção ou Seção:
Significa “parte, segmento, subdivisão”. Você já leu a seção de economia?
Dirija-se à seção de cobrança.
5.5. Há/A
Há
É usado para indicar um tempo já transcorrido.
Neste caso, é sinônimo de “faz”.
Ex: Há um ano, as coisas eram bem diferentes
entre eles.
Não o vejo há meses; nem sei como está agora. A:
É usado para indicar distância ou uma ação que vai acontecer em tempo futuro.
Ex.: Espero estar na Europa daqui a dois meses. De hoje a uma semana responderei à proposta.
O próximo retorno fica a dois quilômetros.
5.6. Mas / Mais
Mas
A conjunção coordenativa, mas equivale a, entretanto, porém, contudo.
Ex.:	Sabíamos de tudo, mas não queríamos
falar.
Todos nós queríamos muito viajar, mas não tínhamos dinheiro.
Mais
O pronome ou advérbio de intensidade mais é o oposto de menos.
Ex.:	A moça de branco foi quem mais perguntou.
Estava mais cansado ainda do que ontem.
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
1) Verifique, nas alternativas abaixo, qual a que contém a correta formação da palavra composta:
a) Uma pessoa contrária aos americanos é anti- americana.
b) O objeto que se situa além da órbita é extraorbital.
c) Uma	pessoa	contrária	à	república	é	anti- republicana.
d) 
Alguém liberal demasiadamente é ultraliberal.
e) A	ação	de	sugestionar-se	a	si	mesmo	é autosugestão.
2) Verifique em qual alternativa a formação de palavras deve obrigatoriamente ser grafada com Hífen:
a) Maria vai com as outras.
b) Passa tempo.
c) Roda pé.
d) Aero espacial.
e) Pós posto.
3) Dadas as palavras: 1 - pão duro (adjetivo); 2 - copo de leite (substantivo); 3 - sub raça, constatamos que o hífen é obrigatório:
a) apenas na palavra n0 1.
b) apenas na palavra n0 2.
c) apenas na palavra n0 3.
d) em todas as palavras.
e) n.d.a.
4) Verifique	quais	palavras	podem	preencher corretamente os espaços em branco:
Compramos as.... e começamos a montar a	estrutura
que você está vendo. Será a sede da congregação:
a) folhas de flandres, extra-ordinária, si nojaponesa
b) foi has-de-flandres, extraordinária, sino-japonesa
c) folhas de flandres, extraordinária, sinojaponesa
d) foi has-de-llandres, extra-ordinária, si nojaponesa
e) n.d.a.
5.7. Que e Se
Que:
1. Substantivo:
Quando o “que” forsubstantivo, terá o sentido
de qualquer coisa ou alguma coisa, será modificado geralmente pelo artigo indefinido um e será sempre acentuado.
Ex. Esta menina tem um quê de mistério. = Esta menina tem alguma coisa de mistério.
2. Advérbio:
Quando o “que” for advérbio, intensificará adjetivos e advérbios e poderá ser substituído por quão ou muito. Em geral, é usado em frases exclamativas.
Ex. Que linda é essa garota! = Quão linda é essa garota!
Que doido fui eu não aceitando aquela proposta!
= Quão doido fui...
Que longe fica sua casa! = Quão longe fica sua
casa.
3. Preposição:
Quando o “que” funcionar como preposição, equivalerá à preposição de, sendo usado em locuções verbais que têm, como auxiliares, ter ou haver.
Ex.:Tenho que trazer meus documentos até amanhã. = Tenho de trazer meus documentos até amanhã.
4. Interjeição:
Quando o “que” for interjeição, exprimirá emoção, estado de espírito e será sempre exclamativo e acentuado. Poderá ser substituído por outra interjeição.
Ex. Quê! Jusperino suicidou-se? = Meu Deus!
Jusperino suicidou-se?
Quê! Você por aqui também? = Uai! Você por aqui também?
5. Partícula Expletiva ou de Realce:
Quando o “que” for partícula expletiva, será empregado para realçar ou enfatizar. Sua retirada não alterará o sentido da frase. Poderá também ser usado na locução expletiva é que.
Ex. Por pouco que a gente não brigou com ele. = Por pouco a gente não brigou com ele.
Nós é que trouxemos o material. = Nós trouxemos o material.
“Oh! Que saudades que tenho / Da aurora da minha vida / Da minha infância querida / Que os anos não trazem mais!” = Oh! Que saudades eu tenho...
6. Pronome Interrogativo
Quando o “que” for pronome interrogativo, substituirá, nas frases interrogativas, o elemento sobre o qual se desejar resposta.
Ex. Que você disse? = Você disse algo.
Gostaria de saber que homem me procurou. = O homem procurou alguém.
* Nota: É inadequado o uso da palavra "o", antes do pronome interrogativo que, ou seja, a língua culta não admite perguntas como “O que você disse?”, apesar de ser expressão corrente em nosso país.
7. Pronome Indefinido
Quando o “que” for pronome indefinido, aparecerá antes de substantivos em frases geralmente exclamativas e poderá ser substituído por quanto, quanta, quantos e quantas.
Ex. Que sujeira havia naquele quarto. = Quanta sujeira havia naquele quarto.
Que miséria há no Brasil! = Quanta miséria há no Brasil!
8. Pronome Adjetivo
Quando o “que” for pronome adjetivo, aparecerá antes de substantivo, apenas modificando-o. Não o confunda com o pronome indefinido.
Ex. Que mulher linda aquela! (Perceba que não há a possibilidade de substituí-lo por quanto, quanta, quantos ou quantas; ele apenas modifica o substantivo, a fim de tornar a frase exclamativa. Por isso mesmo, é também denominado de pronome exclamativo.)
9. Pronome Relativo
Quando o “que” for pronome relativo, aparecerá após o substantivo substituído por ele e poderá ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais.
Ex. Achei muito bela a garota que você me apresentou. = Achei muito bela a garota a qual você me apresentou.
10. Conjunção Coordenativa Aditiva
Quando o “que” for conjunção coordenativa aditiva, iniciará oração coordenada sindética aditiva, aparecerá sempre entre duas formas verbais iguais e terá valor bastante próximo da conjunção e.
Ex. Falava que falava, mas não convencia ninguém.
Bebia que bebia, ignorando o risco que corria.
11. Conjunção Coordenativa Explicativa
Quando o “que” for conjunção coordenativa explicativa,	iniciará	oração	coordenada	sindética explicativa e poderá ser substituída por pois ou porque, que também são conjunções coordenativas explicativas. Ex. Venha até aqui, que preciso falar-lhe. =
Venha até aqui, pois preciso falar-lhe.
12. Conjunção Coordenativa Adversativa
Quando o “que” for conjunção coordenativa adversativa, iniciará oração coordenada sindética adversativa, indicará oposição, ressalva e apresentará valor equivalente a mas.
Ex. Outra pessoa, que não eu, deveria cumprir essa tarefa. = Outra pessoa, mas não eu...
13. Conjunção Subordinativa Integrante.
Quanto o “que” for conjunção subordinativa integrante, iniciará oração que exerce função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto não iniciado por pronome relativo. A oração iniciada pela conjunção integrante será chamada de oração subordinada substantiva.
Ex. Acho que você está equivocado. (A oração “que você está equivocado” funciona como objeto direto do verbo achar, denominada oração subordinada substantiva objetiva direta)
Ela só pensa em uma coisa: que seu filho seja aprovado. (A oração “que seu filho seja aprovado” funciona como aposto, denominada oração subordinada substantiva apositiva)
14. Conjunção Subordinativa Consecutiva
Quando o “que” for conjunção subordinativa consecutiva, iniciará oração subordinada adverbial consecutiva e aparecerá, em geral, nas expressões tão... que, tanto... que, tamanho... que e tal... que.
Ex. Ele gritou tanto que ficou rouco. = A conseqüência de ele ter gritado muito foi ter ficado rouco.
15. Conjunção subordinativa Comparativa
Quando o “que” fora conjunção subordinativa
comparativa, iniciará oração subordinada adverbial comparativa e aparecerá nas expressões mais... que, menos... que.
Ex. Ele é mais inteligente que o irmão.
SE:
O pronome "se" pode ter várias funções diferentes da oração. Vejamos todas:
1) Pronome Reflexivo;
O pronome se será reflexivo, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo; será reflexivo recíproco, quando um elemento praticar a ação sobre outro, e o outro praticar a ação sobre o "um". Geralmente o pronome se complementa verbo transitivo direto; raramente, verbo transitivo indireto. Outros pronomes oblíquos átonos – me, te, nos, vos - também podem ser reflexivos.
Ex.: Carlos machucou-se, ao pular o muro. O pronome "se", neste caso, é reflexivo, complementando verbo transitivo direto.
Carlos e Fabiane amam-se. O pronome "se", neste caso, é reflexivo recíproco, complementando verbo transitivo direto.
Nós nos respeitamos. O pronome "nos" é reflexivo recíproco, complementando verbo transitivo direto.
2) Partícula integrante do verbo:
O pronome se será partícula integrante de verbos, quando fizer parte de um verbo pronominal. Outros pronomes oblíquos átonos – me, te, nos, vos – também podem ser partícula integrante do verbo.
Ex: Feliciano suicidou-se. Não existe o verbo "suicidar", e sim o verbo "suicidar-se"; o pronome faz parte do verbo.
Queixei-me do zelador ao síndico. Não existe o
verbo "queixar", e sim o verbo "queixar-se"; o pronome faz parte do verbo.
3) Partícula expletiva (ou de realce):
O pronome se será partícula expletiva, quando acompanhar verbo intransitivo, com sujeito claro ou oculto. Outros pronomes oblíquos átonos – me, te, nos, vos – também podem ser partícula expletiva.
Ex: Murcham-se as flores. O verbo é "murchar", não- pronominal e intransitivo, com sujeito claro.
Eu me morro de tristeza, vivendo sem você. O verbo é "morrer", não-pronominal e intransitivo, com sujeito claro.
4) Partícula apassivadora:
O pronome se será partícula apassivadora, quando acompanhar verbo transitivo direto, e o elemento paciente, que passa a ser sujeito, não for iniciado por preposição. O verbo concorda com o sujeito, ou seja, se o sujeito for plural, o verbo também o será.
Ex: Alugam-se barcos. O verbo "alugar" é transitivo direto (quem aluga, aluga algo); o elemento paciente não é iniciado por preposição, funcionando como sujeito; por isso o verbo deve ficar no plural. Essa frase se equivale a Barcos são alugados.
5) Índice de indeterminação do sujeito:
O pronome se será índice de indeterminação do sujeito, quando acompanhar verbo transitivo indireto com objeto indireto, verbo de ligação com predicativo
do sujeito, verbo intransitivo sem sujeito claro ou verbo transitivo direto com o elemento paciente preposicionado; nesse caso, o elemento paciente será denominado objeto direto preposicionado. Os verbos devem ficar na terceira pessoa do singular.Ex: Precisa-se de rapazes. O verbo "precisar" é transitivo indireto (quem precisa, precisa de algo) com objeto indireto (rapazes).
Aqui se é feliz. O verbo "ser" é verbo de ligação com predicativo do sujeito (feliz).
Morre-se de amores. O verbo "morrer" é intransitivo (quem morre, morre) sem sujeito claro.
Ama-se a Deus. O verbo "amar" é transitivo direto com o elemento paciente preposicionado.
6) Sujeito acusativo:
O pronome se será sujeito acusativo, quando for, aparentemente, objeto direto de um verbo e sujeito de outro ao mesmo tempo.
Ex: Mandaram-me sair da sala. O pronome "me" é, aparentemente, objeto direto de "mandar" e sujeito de "sair".
Elas deixaram-se ficar deitadas. O pronome "se" é, aparentemente, objeto direto de "deixar" e sujeito de "ficar".
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
1) Indique a alternativa em que a partícula se não tem valor de pronome apassivador:
a) “...ouviam-se gargalhadas e pragas...”
b) “...destacavam-se risos...”
c) 	“...trocavam-se	de	janela	para	janela	as primeiras palavras, os bons-dias...”
d) “...já não se destacavam vozes dispersas...”
e) 
“...pigarreava-se grosso por toda a parte...
2) Em “O dentista acha-se estendido no chão; a defunta aproximou-se da mesa”, o se é, respectivamente:
a) Pronome apassivador e pronome reflexivo.
b) Expletivo e expletivo.
c) Pronome apassivador e pronome apassivador.
d) Pronome reflexivo e pronome apassivador.
e) Pronome reflexivo e pronome reflexivo.
3) O que está com função de preposição	em que alternativa?
a) Veja que lindo está o cabelo de nossa amiga!
a) Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.
b) João não estudou mais que José, mas entrou na faculdade.
c) O fiscal teve que acompanhar o candidato ao banheiro.
d) Não chore, que eu já volto.
e) 4) Na frase: “Você é que pensa que a vida flui segundo as leis do poder!”, a palavra classifica, respectivamente, como:
a) Palavra de realce — pronome relativo
b) Advérbio de intensidade — conjunção integrante
c) Advérbio de intensidade — pronome relativo
d) Conjunção integrante — pronome relativo
e) Palavra de realce — conjunção integrante
VI - ACENTUAÇÃO
As palavras em Língua Portuguesa são acentuadas de acordo com regras. Para que você saiba aplicá-las é preciso que tenha claros alguns conceitos como tonicidade, encontros consonantais e vocálicos...
Para você acentuar uma palavra:
 (
179
)
 (
1º - Divida-a em sílabas;
2º - Classifique-a quanto à tonicidade (oxítona, paroxítona);
3º - De acordo com sua terminação, encaixe-a nos quadros que se seguem:
Você deve acentuar as vogais tônicas de:
Oxítonas terminadas
 
em:
-a (s). Ex:
 
caj
á
-e (s). Ex:
 
sap
é
-o (s). Ex: jil
ó
-em(s). Ex: tamb
ém
-en (s). Ex: ref
éns
Paroxítonas terminadas
 
em:
-i. Ex.: júri
-u, -us. Ex.: vír
us,
-l. Ex.: útil
-n,-ns. Ex: hífe
n
, éde
n
-r. Ex.: néctar
-x. Ex.: tóra
x
-ã,-ãs,-ão,-ãos.
Ex.: órg
ão
, ím
ã
-ditongo. Ex.:rég
ua
-ps. Ex.:bíce
ps
DICA
: não se acentuam as paroxítonas terminadas em -
ens. Ex.: itens, nuvens...
6.3. Proparoxítonas
TODAS
Ex: l
â
mpada, f
á
brica.
6.4. Monossílabos terminados em:
-a(s). Ex:
 
p
á
-e(s). Ex:
 
r
é
)-o(s). Ex: nós
6.5. Hiatos
Quando i, u tônicos forem o segundo elemento de um hiato e estiverem sozinhos na sílaba ou acompanhados de s. Ex.: saída, baú, egoísta, baús...
Exceção: hiatos seguidos de nh na sílaba seguinte não são acentuados. Ex.: rainha, bainha...
A primeira vogal tônica dos hiatos oo(s) e ee é acentuada. Ex.:vôo, lêem. .
Os verbos que possuem EE (hiatos) são apenas quatro: crer, dar, ler e ver. Ex.:crêem, dêem, lêem, vêem. Seus derivados também são acentuados. Ex.:relêem, revêem...
6.6. Ditongos
Os ditongos abertos: éu(s), éi(s), ói(s). Ex.: pastéis, dói, céu...
6.7. Grupos Gu, Qu antes de E/I:
a - Quando o u é proferido e tônico, receberá
acento agudo: averigúe, apazigúe, argúis, etc.
b - Quando o referido u é proferido e átono, receberá trema: freqüente, tranqüilo, etc.
c - Quando o u não for pronunciado, formará com q e g dígrafos, ou seja, duas letras representando um único fonema /k/ e /g /. Não apresenta nenhum tipo de acento.
6.8. Acento Diferencial
O acento diferencial (que pode ser circunflexo ou agudo) é usado como sinal distintivo de vocábulos homógrafos (palavras que apresentam a mesma escrita).
Vejamos alguns exemplos:
- às (carta de baralho, piloto exímio) - as (artigo
feminino plural)
· côa, côas (verbo coar)- coa, coas (contrações com + a, com + as).
· pára (verbo) - para (preposição).
· péla, pélas (substantivo e verbo) - pela, pelas (contrações de per + a, per + as).
· pêlo (substantivo) -pelo (per+o).
· pólo, pólos (extremidade, jogo) - pôlo, pôlos (falcão).
· pêra (fruta) - péra ou péra-fita (grande pedra antiga, fincada no chão).
· pôr (verbo) – por (preposição).
· porquê (substantivo) - porque (conjunção).
· quê (substantivo, pronome em fim de frase) - que (conjunção).
TESTE SEUSCONHECIMENTOS
1) São acentuadas por razões diferentes: a.( ) antipático – páginas – próximo
b.( ) cópias – monetários – intransponíveis c.( ) acadêmica – antropóloga – sinônimo d.( ) há – é – cós
e.( ) caráter – lábia – provável
2) Assinale a alternativa cujas palavras são acentuadas graficamente com base na mesma regra:
a.( ) idéia – céu – porém – além b.( ) concluí – saí – lá – está
c.( ) ingênuo – água – matéria – dromedário d.( ) lá – já – calçá-las – saí
e.( ) época – desagradável – solícito – apanhá-los.
3) A alternativa que corresponde à série cujas palavras
não devem ser todas acentuadas é:
a.( ) abdomen – flacido – atras b.( ) rubrica – textil – cateter c.( ) forceps – fenix - album
d.( ) atraves – simposio – carater e.( ) feiura – maritimo – pivo
4) Num dos itens abaixo, a acentuação gráfica de um vocábulo não está devidamente justificada:
a.( ) além: vocábulo oxítono terminado em “em”. b.( ) círculo: vocábulo proparoxítono.
c.( ) dócil: vocábulo proparoxítono terminado em “l”. d.( ) pôde: acento diferencial
e.( ) órgão: vocábulo paroxítono terminado em til.
VII – CRASE
Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente a crase pelo acento grave. Ex: Fomos à piscina. (à artigo e preposição)
Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição a e outro termo que aceite o artigo.
Para termos certeza de que o "a" aparece repetido, basta utilizarmos alguns artifícios:
1. Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos diante de palavras masculinas, é porque ocorre a crase.
Exemplos:
Temos amor à arte. (Temos amor ao estudo) Respondi às perguntas. (Respondi ao questionário)
2. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase:
Exemplos:
Contarei uma estória a você. (Contarei uma estória para você.)
Fui à Holanda
(Fui para a Holanda)
3. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão voltar da, é porque ocorre a crase.
Exemplos:
Iremos a Curitiba. (Voltaremos de Curitiba) Iremos à Bahia (Voltaremos da Bahia)
Não ocorre a Crase:
· antes de verbo
Voltamos a contemplar a lua.
· antes de palavras masculinas
Gosto muito de andar a pé. Passeamos a cavalo.
· antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona:
Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza Dirigiu-se à Sra. com aspereza.
· antes de pronomes em geral:
Não vou a qualquer parte. Fiz alusão a esta aluna.
· em expressões formadas por palavras repetidas:
Estamos frente a frente Estamos cara a cara.
· quando o "a" vem antes de uma palavra no plural:
Não falo a pessoas estranhas.
Restrição	ao	crédito	causa	o	temor	a
empresários.
Crase Facultativa:
a) Antes de nome próprio feminino:
Refiro-me à (a) Juliana.
b) Antes de pronome possessivo feminino:
Dirija-se à (a) sua fazenda.
c) Depois da preposição até:
Dirija-se até à (a) porta.
Ocorre também a crase
a) Na indicação do número de horas:
Chegamos às nove horas.
b) Na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta:
Usam sapatos à (moda de) Luís XV.
c) Nas expressões adverbiais femininas, exceto às de instrumento:
Chegou à tarde (tempo). Falou à vontade (modo).
d) Nas locuçõesconjuntivas e prepositivas; à medida que, à força de...
Moramos aqui há seis anos
A - indica tempo futuro e distância. Daqui a dois meses, irei à fazenda. Moro a três quarteirões da escola.
1. Quando houver a preposição a antes dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo, há que se colocar o acento grave indicativo da crase
sobre o a dos pronomes demonstrativos. Por exemplo: "Não mais obedecerei àquele sujeito"; "Assisti àquela peça teatral"; "Não me referi àquilo que você disse".
2 . Diante da palavra DISTÂNCIA, só ocorrerá crase, se houver a formação de locução prepositiva, ou seja, se não houver a preposição de, não ocorrerá crase. Por exemplo: "Reconheci-o a distância" (sem crase, pois não há a preposição de); "Reconheci-o à distância de duzentos metros".
3. Diante do pronome relativo que ou da preposição de, quando for fusão da preposição a com o pronome demonstrativo a, as, ocorre crase. Estes pronomes são sinônimos de aquela, aquelas. Por exemplo: “Essa roupa é igual à que comprei ontem” (é igual àquela que comprei); “Sua voz é idêntica à de um primo meu” (é idêntica àquela de meu primo).
4. Diante dos pronomes relativos a qual, as quais, quando o verbo da oração subordinada adjetiva exigir a preposição a, ocorre crase. Por exemplo: “A cena à qual assisti foi chocante” (quem assiste, assiste a algo).
5. Quando o a estiver no singular, diante de uma palavra no plural, não ocorre crase. Por exemplo: "Referi-me a todas as alunas, sem exceção"; "Não gosto de ir a festas desacompanhado".
6. Diante de pronomes possessivos femininos [minha(s), tua(s), sua(s), nossa(s), vossa(s)], é facultativo o uso do artigo, então, quando houver a preposição a, será facultativa a ocorrência de crase. Por exemplo: “Referi-me a sua professora” ou “Referi- me à sua professora”; “Referi-me a suas professoras” ou “Referi-me às suas professoras”.
7. Após a preposição até, é facultativo o uso da preposição a, portanto, caso haja substantivo feminino
à frente, a ocorrência de crase também será facultativa. Por exemplo: "Fui até a secretaria" ou "Fui até à secretaria".
8. A palavra CASA: A palavra casa só terá artigo, se estiver especificada, portanto só ocorrerá crase diante da palavra casa se ela estiver especificada. Por exemplo: "Voltarei a casa antes de todos" (sem crase, pois a palavra casa não está especificada); "Voltarei à casa de Ronaldo antes de todos" (com crase, pois a palavra casa está especificada).
9. A palavra TERRA: Significando planeta, é substantivo próprio e tem artigo, conseqüentemente, quando houver a preposição a, ocorrerá a crase. Significando chão firme, solo, só terá artigo quando estiver especificada, portanto, quando significar chão firme, solo, só poderá ocorrer a crase se vier especificada.
Por exemplo: "Os astronautas voltaram à Terra" (com crase, pois "terra" está caracterizando o planeta); "Os marinheiros voltaram a terra" (sem crase, pois significa chão firme, solo e não está especificada); "Irei à terra de meus avós" (com crase, pois significa chão firme, solo e está especificada).
10. (
Em relação a essa última regra, acato a dinamicidade da língua e acompanho a modernidade, apesar de ser contra esse acento.
)Nos adjuntos adverbiais de meio ou instrumento, até há bem pouco tempo só se admitia o acento indicativo de crase se houvesse ambigüidade na frase. Modernamente, porém, os gramáticos estão admitindo tal acento em qualquer circunstância. Por exemplo: "Preencheu o formulário à caneta"; "Paguei à vista minhas compras" (A gramática normativa padrão condenava esse acento há pouquíssimo tempo).
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
1) Assinalar a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase apresentada:
“Estamos 	poucas horas da cidade 	que vieram ter, 	tempos, nossos avós.”
c) 
O rico tem que viver a espera do ladrão.
d) O mais que ele faz é chegar a um compromisso.
e) As desgraças do excessivamente rico ainda não estão em nada disso.
5) Marque a alternativa que preenche corretamente as lacunas da seguinte frase:
a) a- a – há
“Dirija-se 	
secretária e entregue-lhe 	
b) há – a - a
c) há – à – há
d) à – a – a
e) a – à – há
2) Assinale a frase gramaticalmente correta:
a) O papa caminhava à passo firme.
b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
c) Chegou à noite, precisamente as dez horas.
d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas. Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.
3) Assinale a alternativa em que não deve ocorrer o sinal de crase:
a) O sonho de todo astronauta é voltar a Terra.
b) As vezes, as verdades são duras de se ouvir.
c) Enriqueço, a medida que trabalho.
d) Filiei-me a entidade, sem querer.
e) O sonho de todo marinheiro é voltar a terra.
4) As frases seguintes são excertos da continuação de um texto. Em uma delas admite-se a crase. Assinale essa opção:
a) Um grande capitalista passa os dias a vigiar as oscilações da bolsa.
b) Não se pode amar mais do que nossa medida de amor.
propostas favoráveis 	compra das máquinas”. (a). à – às – a
(b). a – às – a
c) a – as – a (d). à – às – à (e). à – as – à
VIII – PONTUAÇÃO
8.1. A Vírgula:
A vírgula é um sinal de pontuação que marca uma pausa de curta duração.
8.2. O Ponto e o Ponto e Vírgula:
O ponto e vírgula marca uma pausa maior que a da vírgula, porém, menor que a do ponto. O ponto, por sua vez, é uma pausa maior que a vírgula e o ponto e vírgula, é a maior pausa que se pode ter num texto.
8.3. Os Dois Pontos:
Marcam uma sensível suspensão da melodia da frase. São utilizados quando se vai iniciar uma seqüência que explica, identifica, discrimina ou desenvolve uma idéia anterior; ou quando se quer iniciar uma fala ou citação de outra pessoa.
8.4. As Aspas:
Devem ser utilizadas para isolar citação textual de
outros, falas ou pensamentos de personagens em textos narrativos, ou palavras e expressões que não pertençem à língua culta.
8.5. O Travessão:
Serve para indicar que alguém fala por sua própria voz.
8.6. As Reticências:
Marcam uma interrupção da seqüência lógica do enunciado. Em geral assinalam modulação de natureza emocional (dúvida, tristeza, nostalgia).
8.7. Os Parênteses:
Servem para isolar explicações, indicações, ou comentários acessórios. Servem também para isolar referências bibliográficas.
8.8. Os Usos da Vírgula:
Esse é um dos maiores problemas dos escritores em geral, sejam jornalistas, estudantes, professores, ou seja, qualquer cidadão, ao escrever um texto, depara com a dúvida: devo ou não virgular tal parte do texto: Vejamos, então, as principais regras de como usar a vírgula:
8.8.1 Emprego da Vírgula no Período Simples:
Quando se trata de separar termos de uma mesma oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos:
1. Para isolar adjuntos adverbiais deslocados: Adjuntos adverbiais são termos de valor adverbial que denotam alguma circunstância do fato expresso pelo verbo ou intensifica o sentido deste, ou de um adjetivo, ou de um advérbio. As principais circunstâncias são as de tempo, lugar, causa, modo, meio, afirmação,
negação, dúvida, intensidade, finalidade, condição, assunto, preço, etc...
Os adjuntos adverbiais estarão deslocados quando estiverem no início ou no meio do período. Em alguns casos, a vírgula não será obrigatória, pois, às vezes, ela tira a linearidade, eliminando, assim, a clareza da frase.
O parágrafo anterior pode servir-nos de exemplo para o que acabamos de ler: a não-obrigatoriedade da vírgula. O último período também poderia ser escrito assim: "Em alguns casos a vírgula não será obrigatória, pois às vezes ela tira a linearidade, eliminando assim a clareza da frase". Ex.: A maioria dos alunos, durante as férias, viajam.
Desde o ano passado, enfrento problemas com meu computador.
2. Para isolar os objetos pleonásticos: Haverá objeto pleonástico quando um verbo possuir dois complementos que se referem a um elemento só. Ex.: Os meus amigos, sempre os respeito.
Aos devedores, perdoe-lhes as dívidas.
3. Para isolar o aposto explicativo:
Ex.: Londrina, a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima.
4. Paraisolar o vocativo:
Ex.: Adalberto, traga meus documentos até aqui!
5. Para isolar predicativo do sujeito deslocado, quando o verbo não for de ligação:
Ex.: Os jovens, revoltados, retiraram-se do recinto.
6. Para separar elementos coordenados: Elementos coordenados são enumerações de termos que exercem a mesma função sintática.
Ex.: As crianças, os pais, os professores e os diretores irão à festa beneficente.
7. Para indicar a elipse do verbo: Elipse é a omissão de um verbo já escrito anteriormente.
Ex.: Ela prefere filmes românticos; o namorado, de aventura. (o namorado prefere filmes de aventura)
8. Para separar, nas datas, o lugar:
Ex.: Londrina, 18 de janeiro de 2001.
9. Para isolar conjunção coordenativa intercalada: As conjunções coordenativas que nos interessam para essa regra são: porém, contudo, no entanto, entretanto, todavia, logo, portanto, por conseguinte, então.
Ex. Os candidatos, porém, não respeitaram a lei. O candidato está bem preparado; tem, portanto,
condições de ser contratado.
10. Para isolar as expressões explicativas isto é, a saber, melhor dizendo, quer dizer...:
Ex.: Irei para Águas de Santa Bárbara, melhor dizendo, Bárbara.
11. Para separar frases iniciadas pelas expressões e sim, e não, mas sim:
Ex.: Não haja com imprudência, e sim com moderação.
12. Para isolar adjetivo explicativo do substantivo qualificado por ele: Adjetivo explicativo é o que indica qualidade inerente ao ser, ou seja, qualidade que não pode ser retirada. Adjetivo restritivo é o que indica qualidade adicionada ao ser.
Ex.: O homem, mortal, age como se fosse imortal.
8.8.2. Emprego da Vírgula no Período Composto por Coordenação
As orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Orações coordenadas são as que indicam adição (e, nem, mas também), alternância (ou,
ou... ou, ora... ora), adversidade (mas, porém, contudo...), conclusão (logo, portanto...) e explicação (porque, pois).
Ex.: Todos gostamos de seus projetos, no entanto não há verbas para viabilizá-los.
8.8.3. Emprego da Vírgula no Período Composto por Subordinação
Orações subordinadas substantivas: não se separam por vírgula. As orações subordinadas substantivas são as que exercem a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, complemento nominal e aposto. Elas estão explicadas em uma das colunas anteriores.
Ex. É evidente que o culpado é o mordomo. (Que o culpado é o mordomo é oração que funciona como sujeito do verbo ser)
Orações subordinadas adjetivas: só a explicativa é separada por vírgula; a restritiva não. As orações subordinadas adjetivas são as iniciadas por um pronome relativo. A oração subordinada adjetiva explicativa é a que exerce a função de aposto explicativo. A oração subordinada adjetiva restritiva é a que exerce a função de adjunto adnominal. Elas também estão explicadas em uma das colunas anteriores.
Ex: Londrina, que é a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima.
Orações Subordinadas Adverbiais:
 (
campo de interesses humanos, devem constituir tarefa para todos os integrantes da família.
Narciso, era um homem de singular beleza, filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. No dia de seu nascimento, o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso teria, vida longa, desde que jamais contemplasse sua figura.
Na psiquiatria e particularmente na psicanálise, o termo narcisismo, designa a condição mórbida do indivíduo que tem interesse exagerado pelo próprio corpo.
Enquanto, não arruma emprego, seu pai
 
manda-lhe uma
 
mesada.
Cumprimentando pela formatura envio-te um abraço.
A água, que contém agentes químicos e agrotóxicos não deve ser ingerida.
Saciada a sede, ela deitou-se para
 
descansar.
GABARITOS
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- 1. A / 2. D / 3. E / 4. C / 5. E.
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– 1 . r
IX - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
TUFANO. Douglas. 
Estudos da Língua Portuguesa
: gramática. 2.ed. São Paulo: Moderna, 1993.
SACONNI,
Luiz
Antonio.
Gramática
essencial
 
ilustrada
. São Paulo: Atual,
 
1994.
FIORI, José Luiz. 
Lições de texto: leitura e redação
. São Paulo: Ática, 2000.
)São separadas por vírgula quando estiverem no início ou no meio do período. Elas também estão explicadas em uma das colunas anteriores.
Ex.: Assim que chegarem as encomendas, começaremos a trabalhar.
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
1. Julgue	os	itens	considerando	os	aspectos relacionados à pontuação:
a) Belo Horizonte 20 de abril de 1991.
b) Meu filho saiba que, numa situação dessas, é necessário, acima de tudo, muita discrição.
c) O arco íris que, com tantas cores pairava sobre as nossas cabeças, transformou o céu nublado numa paleta de pintor.
d) Corre minha filha, porque, do contrário, perderemos o trem.
e) A filosofia de Comte afirma, que o espírito humano, no que se refere ao conhecimento da realidade, passou por três estágios culturais.
f) Como, tudo não passara de um mal-entendido, fizeram, pois, as pazes.
g) No pampa onde vive o homem da campanha, o cavalo, além de ser utilizado como meio de transporte, é também instrumento de trabalho.
h) Prometeu-nos no último encontro, que embora suas atividades fossem múltiplas, atender-nos-ia quando dele precisássemos.
i) Terminada, a solenidade, conquanto não estivessem cansados, eles retiraram-se para as suas casas.
j) Economia, doméstica é o conjunto de procedimentos da natureza econômica e financeira relacionados com os cuidados de manutenção da casa e da família.
l) É hoje consensual, que os trabalhos do lar não sejam atribuídos apenas à mulher, pois, abrangendo um vasto
Apostila
Noções de Direito e Legislação.
 (
189
)
SUMÁRIO
PÁG.
INTRODUÇÃO	182
- NOÇÕES DE DIREITO	182
Situações que caracterizam o significado do termo direito	182
Direito x Moral	182
Divisões do Direito	182
Fontes do Direito	183
Das Leis	184
Natureza das Leis	184
Fases de aprovação das leis	184
- DIREITO CONSTITUCIONAL	184
Noções Preliminares sobre o Direito Constitucional	184
A formação do Estado	185
Da organização da União	185
Da organização dos Estados Federados (Estados-Membros)	185
Da organização dos Municípios	186
Da organização do Distrito Federal e Territórios	186
Direitos e Garantias Individuais	186
2.6.1. Direito x Garantia	186
- DIREITO ADMINISTRATIVO	186
Da Administração Pública: entidades, órgãos destinados e agentes públicos	186
Atos Administrativos	187
Licitações	187
Contrato Administrativo	188
- DIREITO DO CONSUMIDOR	189
Definição de Consumidor e Fornecedor	189
Direitos Básicos do Consumidor	189
V- DIREITO CIVIL	190
Direito das Coisas	190
Posse	190
Propriedade	191
Diferença entre Posse e Detenção	191
Tipos de Posse	191
Posse Direta e Posse Indireta	191
5.1.1. Posse Justa e Posse Injusta	191
5.1.2. Posse de Boa-Fé e Posse de Má-Fé	192
5.1.3. Posse Natural e Posse Civil (Jurídica)	192
5.1.4. Posse Ad Interdicta e Posse Ad Usucapionem	192
5.1.5. Posse Nova e Posse Velha	192
5.2. Direitos Reais das Coisas Alheias	192
5.2.1. Direitos Reais de Gozo (ou Fruição)	194
5.3. Compromisso de Compra e Venda	194
5.4. Direitos Reais de Garantia	194
VI – CONTRATOS	194
6.1. Proposta: Conceito e Direito de Retratação	194
6.2. Aceitação: Conceito e Direito de Retratação	194
6.3. Normas e Interpretação	195
6.4. Extinção da Relação Contratual	195
VII - DIREITO COMERCIAL/EMPRESARIAL	196
7.1. Definição de Empresário	196
7.2. Da Empresa e do Nome Empresarial	197
7.3. Classificação das Sociedades Empresárias	197
VIII - DIREITO DO TRABALHO	197
8.1. Natureza Jurídica do Direito do Trabalho	197
8.2. Conceito de empregado	198
8.3. Conceito de empregador	199
8.4. Contrato de Trabalho Individual	199
8.5. Identificação Profissional	200
8.6. Duração do Trabalho	200
8.7. Férias Anuais	201
8.8. Remuneração x Salário	201
8.9. Extinção do Contrato de Trabalho	201
IX – LEGISLAÇÃO – COFECI	202
X - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	208
INTRODUÇÃO
Tudo que é novo desperta uma certa curiosidade que nosmove em busca do conhecimento.
Por isso, lhe damos as boas-vindas, desejando que você seja um aluno bastante curioso em mais esta jornada de aprendizado. Ao longo do seu estudo, você irá consultar muitas legislações, pois o objetivo é fazer com que você desenvolva habilidades de compreensão e interpretação das principais normas e leis que regulam as atividades dos setores público e privado.
Nesta unidade, vamos discutir alguns conceitos básicos que os auxiliarão a compreender os preceitos e princípios que norteiam a disciplina Noções de Direito.
Então, vamos aos estudos?
I - NOÇÕES DE DIREITO
1.1. Situações que caracterizam o significado do termo direito
Para começar, pense no significado do termo DIREITO por alguns instantes e, só então, comece a leitura do conteúdo.
DIREITO – Qual ou quais são os significado que esse termo tem?
O direito, no sentido de direito objetivo, é um preceito hipotético e abstrato, cuja finalidade é regulamentar o comportamento humano na sociedade e sua característica essencial é a força coercitiva atribuída pela própria sociedade.
Segundo Silva (2002) o termo Direito é o ‘jus’ romano, na sua idéia de proteção e salvação, definido como a arte do bom e do equitativo (‘jus est ars boni et
aequi’), que se apresenta como um conceito bem diverso de ‘norma obrigatória’ (“norma agendi”), para se mostrar uma “faculdade” (facultas agendi’). (SILVA, 2002, p.268-269)
Essa definição do direito pode ser simplificada pelo disposto no inciso II, artigo 5º da Constituição Federal de que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Assim, se existe lei que obrigue a pessoa a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, ela não tem a faculdade de optar, ela deve simplesmente cumpri-la senão sofrerá sanções.
Uma questão importante quando se trata de noções de Direito é a diferença entre direito e moral.
1.1.1. Direito x Moral
O Direito não é algo adverso da Moral, mas é uma parte dela, armada de garantias específicas.(REALE, 1988, p.42)
Podemos dizer que a Moral é o conjunto de regras e prescrições a respeito do comportamento, de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada, estabelecidas e aceitas por determinada comunidade humana durante determinado período de tempo.
1.2. Divisões do Direito
Para franquear uma completa visão acerca das grandes questões do Direito, propomos uma divisão conceitual de dados relevantes para o objeto estudado, a partir das seguintes polarizações:
· Direito Positivo x Direito Natural
· Direito Público x Direito Privado
Direito Natural – é o direito pressuposto pela
intuição do que é o correto, dos princípios elementares do "justo". Em outras palavras, seria o direito válido em todos os lugares e em todos os tempos, para todos os povos, correspondendo à clássica fórmula "direitos do homem e do cidadão", ou em outras palavras, "direitos humanos" .
Direito Positivo – é o conjunto de normas jurídicas escritas e não escritas, vigentes em determinado território e, também, na órbita internacional na relação entre os Estados.
Direito Público - é aquele que regula todas as situações públicas que dizem respeito a toda sociedade de um determinado país.
E, por disciplinar os interesses da sociedade, não pode ser afastado, nem mesmo por vontade das partes envolvidas, já que o interesse público (interesse da sociedade) prevalece sobre o privado (interesse das partes envolvidas).
Direito Privado - como aquele que estabelece normas sobre interesses privados e, portanto, na qual a vontade das partes envolvidas prevalece em detrimento do interesse público.
No que diz respeito ao Direito Público ou Privado interno e externo, faz-se a seguinte distinção:
Interno - refere-se ao direito aplicado somente no Brasil, pois cada país tem normas próprias (ex.: direito constitucional brasileiro; direito civil brasileiro; direito do trabalho brasileiro).
Externo - pode ser definido como aquele que estabelece normas a serem cumpridas por toda a comunidade internacional (ex.: acordos internacionais e tratados internacionais, celebrados por vários países que se comprometem em cumpri-los).
RESUMINDO...
Os interesses da sociedade encontram-se elencadas na área de Direito Público Interno e Externo (Direito Constitucional; Direito Administrativo; Direito Tributário/Financeiro; Direito Processual Civil; Direito Processual Penal; Direito Penal; Direito Eleitoral; Direito Internacional Público).
Os interesses particulares fazem parte do Direito Privado Interno e Externo (Direito Civil; Direito Comercial; Direito do Trabalho; Direito Internacional Privado).
1.3. Fontes do Direito
São os vários modos de onde nascem, ou surgem, as normas jurídicas e os princípios gerais da ciência do direito.
Fontes diretas ou imediatas são “aquelas que, por si só, pela própria força, são suficientes para gerar a regra jurídica. São a lei e o costume” (BARROS, 1999, p.12).
LEI “(...) é a regra jurídica escrita, instituída pelo legislador, no cumprimento de um mandato, que lhe é outorgado pelo povo.” (SILVA, 2002, p.481)
COSTUME (...) o princípio ou a regra não escrita que se introduziu pelo ‘uso’, com o consentimento tácito de
todas as pessoas que admitem sua força como norma a seguir na pratica de determinados atos. Neste sentido, então, afirma-se que o costume tem força de lei (...) (SILVA, 2002)
Fontes indiretas ou mediatas - são constituídas pela doutrina e jurisprudência, e essas se constituem fontes mediatas pelo fato de criarem o direito sob a forma indireta, já que têm como base aquelas. Ou seja, a doutrina e a jurisprudência são formadas a partir das leis e dos costumes de determinado local.
DOUTRINA - trabalhos teóricos desenvolvidos por estudiosos do direito, que visam a interpretação das leis e dos preceitos jurídicos;
JURISPRUDÊNCIA - conjunto de decisões proferidas pelos tribunais de segunda instância nos casos concretos sob sua responsabilidade.
1.4. As Leis
As leis merecem um especial destaque, já que se constituem a principal fonte do direito. Estas obedecem a uma hierarquia rígida, onde se destaca a Constituição Federal, emanada de um poder originário, a Assembléia Nacional Constituinte, e que não pode ser contrariada por nenhuma outra legislação existente.
A Constituição Federal é a lei magna, ou lei maior. Todas as demais leis do país devem estar em escrita consonância com os princípios previstos na mesma, e na hipótese de existir qualquer contradição entre as leis, prevalecerá sempre aquilo que estiver previsto na constituição federal.
1.4.1. Natureza das Leis
Com relação à sua natureza, podemos considerá-las como substantivas ou adjetivas.
Leis substantivas - são leis de direito material que definem os direitos e garantias da sociedade. Exemplo: Código Civil, Código Penal, Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) etc.
Leis adjetivas - são leis de direito formal que instituem regras de aplicabilidade dos direitos e garantias estabelecidos pelas leis substantivas. Exemplo: O Código de Direito Processual Civil e o Código de Direito Processual Penal, que estabelecem como proceder para pleitearmos os direitos
contidos no Direito Civil e Direito Penal, respectivamente.
1.4.2. Fases de aprovação das leis
A palavra vigência está relacionada com o termo vida. Destarte, vigência das Leis é o espaço de tempo em que essas se encontram “vivas” para o mundo jurídico.
Sendo assim, uma lei passa a existir no mundo jurídico, a partir do momento em que entra em vigor, ou seja, quando passa a ser exigível a todos.
II - DIREITO CONSTITUCIONAL
2.1.	Noções	Preliminares	sobre	o	Direito Constitucional.
Direito Constitucional
O objeto do Direito Constitucional é, portanto, a Constituição Federal e, sendo assim, é preciso que você entenda qual é o seu “papel”.
A palavra Constituição é sinônima de “ato ou
VII)
Organização econômica e financeira (Título
E organização social (Título VIII).
O Estado, portanto, é elaborado e organizado de
efeito de constituir”. Ao passo queconstituir significa “1. ser parte essencial de; formar, compor. 2.organizar, estabelecer”. (FERREIRA, 1993, p.141)
2.2. A formação do Estado
Estado consiste na reunião de um determinado povo que, por possuírem uma finalidade comum, criam normas a serem seguidas sob um território específico.
O sistema de governo brasileiro é o Presidencialismo.
A forma de Estado adotada pelo Brasil é a Federativa.
O regime político adotado pela República Federativa do Brasil é o democrático.
Agora que você já sabe que a Constituição Federal Brasileira é a própria organização
e elaboração do Estado brasileiro, o próximo passo é analisar os temas dispostos no índice sistemático da Lei Maior.
Ao observar o sumário da Constituição, você verá que o Estado brasileiro é a junção de:
Princípios fundamentais (Título I)
Direitos e garantias fundamentais (Título II), Organização político-administrativa (Título III), Organização dos poderes (Título IV), Mecanismos de defesa do Estado e das
Instituições Democráticas (Título V),
Organização tributária e orçamentária (Título
VI),
acordo com as determinações constitucionais dos artigos contidos nesses títulos.
2.3. Da organização da União
O Capítulo II do Título III da Constituição, dispõe sobre os bens, competência administrativa/funcional, competência legislativa privativa e concorrente da União.
No Artigo 20 (incisos e parágrafos) é possível conhecer quais são os bens que pertencem à União, dos quais podemos citar como exemplo as terras devolutas; os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio; o mar territorial; os recursos minerais... As diversas modalidades de competência da
União estão estabelecidas nos Artigos 21, 22, 23 e 24 da Constituição.
2.4. Da organização dos Estados Federados (Estados-Membros)
Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições Estaduais e leis Estaduais que estejam em conformidade com a Constituição Federal, segundo estabelece o Artigo 25 da Carta Magna.
São bens dos Estados Federados: as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; as terras devolutas não compreendidas entre as
da União. (Artigo 26 da Constituição).
2.5. Da organização dos Municípios
O Município é regido por lei orgânica que deve atender aos princípios estabelecidos pela Constituição Federal e pela Constituição Estadual do seu respectivo Estado. (Caput do art. 29 da Constituição)
Dentre as competências atribuídas aos Municípios (artigo 30), estão a de legislar sobre assuntos de interesse local; suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual; dentre outras.
2.6. Da organização do Distrito Federal e Territórios Da mesma forma que os Municípios, o Distrito Federal é regido por lei orgânica, em conformidade com os princípios estabelecidos na Constituição Federal
(Artigo 32).
Quanto aos Territórios, é importante que se saiba que sua organização administrativa e judiciária será estabelecida por lei. (Artigo 33)
2.7. Direitos e Garantias Individuais
Os direitos e garantias individuais, são aqueles tidos como indispensáveis para o indivíduo.
Eles visam a resguardar, proteger e amparar o indivíduo, mantendo a dignidade da pessoa humana, a cidadania, o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, sexo etc.
Os direitos e garantias fundamentais individuais estão inseridos no Artigo 5º da Lei Suprema.
2.7.1. Direito x Garantia
Não devemos confundir o termo direito com a garantia. Direito consiste na possibilidade de fazer ou não fazer alguma coisa, enquanto que garantia é o meio/instrumento utilizado pelo detentor a fim de que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
III - DIREITO ADMINISTRATIVO
De forma bem simplista, conceituamos Direito Administrativo como o conjunto de normas, julgados e textos doutrinários que abordam como é feita a Administração Pública.
3.1. Da Administração Pública: entidades, órgãos destinados e agentes públicos
O termo Administração Pública, pode ser definido como o conjunto de entidades, agentes e órgãos destinados a exercer atividade administrativa, em conformidade com o interesse público, para suprir as necessidades da sociedade e alcançar o bem comum.
A Administração Pública pode ser classificada como direta e indireta, uma vez que se divide em órgãos
públicos e entidade.
A Administração Direta é composta por órgãos sem personalidade jurídica própria. São, na esfera federal, os serviços integrados (por subordinação) na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios (art. 4o., inciso I do Decreto-Lei n. 200/67). A Secretaria da Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional são exemplos de órgãos integrantes da administração Pública Federal Direta.
Será indireta quando a atividade administrativa for realizada por entidades estranhas ao Estado, mas que atuam paralelamente a ele com a finalidade de tornar os serviços e atividades públicas mais eficientes e específicos.
3.2. Atos Administrativos
Meirelles (2005, p.149) define o ato administrativo como:
“toda manifestação de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.”
Os atos administrativos podem ser classificados como vinculados ou discricionários.
O ato vinculado – o administrador (Administração Pública), não possui liberdade de decisão, pois está extremamente preso ao comportamento exigido pela lei e não pode proceder de outra maneira que não seja conforme o determinado por esta (lei).
Já o ato discricionário é a manifestação de vontade pautada no juízo de conveniência e oportunidade da Administração Pública. Isso não significa que não esteja vinculado ao disposto na lei, como ocorre com o ato vinculado, mas sim que lhe confere dois ou mais comportamentos possíveis de serem adotados.
O juízo de conveniência consiste na avaliação feita sobre a utilidade e vantagem que a prática do ato administrativo ocasionará.
O juízo de oportunidade é avaliação feita acerca da possibilidade da pratica do ato administrativo.
3.3. Licitações
Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. Como procedimento, desenvolve-se através de uma sucessão ordenada de atos vinculantes para a Administração e para os licitantes, o que propicia igual oportunidade a todos os interessados e atua como fator de eficiência e moralidade nos negócios administrativos.
No Brasil, os procedimentos licitatórios são orientados principalmente pelas Leis Federais n° 8.666/1993 e
10.520/2002 que definem as seguintes modalidades de licitação:
· Convite, que também pode ser feito eletronicamente.
· Tomada de Preços
· Pregão - Presencial ou Eletrônico (através de Tecnologia de Informação)
· Concorrência
· Leilão
· Concurso
1. Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
2. Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária

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