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Introdução a Teoria da Decisão IntroIntrduçãotesdviiii Introdução a Teoria da decisão: Nesta unidade será possível entender os principais conceitos em diferentes abordagens de autores sobre o que define-se como Teoria da Decisão. Esta, desde sua construção na história humana, trouxe, de forma acelerada muitas contribuições para os estudos que, atualmente, servem como diferencial aos profissionais que os aplicam nas organizações. Por isso e, em consequência, tal teoria busca levar empresas a atingirem seus objetivos e se destacarem perante a concorrência, criando credibilidade e solidez nos mercados em que atuam. Na sequência, serão apresentadas técnicas para análises decisórias que auxiliam gestores nas tomadas de decisões, assim como as tipologias de decisões sugeridas. Serão comparados pensamentos de autores que trazem novas abordagens sobre os processos decisórios e a importância do assunto a ser estudado. Você perceberá que as novas demandas empresariais que surgem no mercado de forma eventual, ou não, podem impactar diretamente as organizações e entenderá como os processos decisórios podem colaborar com o sucesso organizacional em diferentes contextos e realidades. Bons estudos! Objetivo Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: • Entender a importância da teoria da tomada de decisões organizacionais e suas novas abordagens no planejamento empresarial. Conteúdo Programático Esta unidade está organizada de acordo com os seguintes temas: • Tema 1 - Conceito, origens e fundamentos • Tema 2 - Importância da Teoria e Tomada de Decisões Organizacionais e suas novas abordagens • Tema 3 - Novas demandas empresariais e seus impactos Convido você a assistir ao vídeo Etapas do Processo Decisório, que contribuirá para a assimilação desta unidade. Todos nós tomamos decisões o tempo todo e o ato da escolha se inicia desde a primeira fase da existência de um ser. Escolhemos se iremos nos alimentar naquele momento ou não, ou até mesmo escolhemos o que comer. Por mais corriqueiro que isso seja, nos leva a refletir sobre tomada de decisão, que, quando bem pensada, leva aos resultados esperados. Como o exemplo da escolha de um alimento para uma refeição, digamos que a pessoa escolhe a primeira opção sem pensar muito e tem consequências negativas, como uma reação de intolerância a um ingrediente que foi ingerido. Isso poderia ter sido evitado caso a decisão tivesse sido mais bem avaliada. Portanto, o estudo da Teoria da Decisão irá lhe fazer entender a importância dos processos decisórios nas práticas pessoais e profissionais. Tema 1Conceito, origens e fundamentos Como são tomadas as melhores decisões atualmente? Para começar, é importante sabermos o que significa Teoria da Decisão. Porém, para compreendê-la, devemos partir do conceito de decisão. Decisão é a determinação resultante de processos que, direta ou indiretamente, definem a escolha entre ao menos duas alternativas, sejam elas para resolver um problema ou causar uma ação necessária para se atingir um objetivo. Assim, o conceito da Teoria da Decisão consiste em estabelecer uma visão geral da situação-problema e encontrar possibilidades de soluções para a escolha mais assertiva, de modo a aperfeiçoar recursos e tempo e ainda alcançar o objetivo estabelecido. Não existem estudos que comprovem onde e quando se iniciou a tomada de decisão, pois ela está na natureza humana. Afinal, uma decisão não é tomada somente por influência de cálculos matemáticos, modelos decisórios, análises estratégicas. Na verdade, muitas decisões advêm de experiências, intuições ou até mesmo impulsos, que mesmo os animais conseguem realizar — não comparando-os aos humanos enquanto tomadores de decisões. Para entendermos a importância de uma tomada de decisão acertada, tomemos como exemplo a situação de uma suposta empresa que esteja oferecendo uma vaga por meio de processos de recrutamento e seleção de um profissional que apresente o perfil que mais atenda ao esperado. A escolha de um candidato é uma decisão que deve ser bem pensada e planejada, sobretudo para cargos estratégicos. Assim, a empresa resolve a situação-problema, que, nesse caso, é o preenchimento da vaga por um profissional que atenderá às demandas da função a ser ocupada, evitando assim problemas futuros para a empresa, como o rápido desligamento do profissional recém-contratado ou um pedido de demissão em curto prazo, gerando os desgastes para a seleção de outro candidato, que precisará ser treinado. Isso porque entende-se, na prática, que a rotatividade de funcionário, aqui entendida como demissão e nova admissão, usualmente não é um processo que faça bem à empresa. Tomada de decisão e previsão do futuro Na história, há evidências encontradas na Grécia Antiga e em países orientais de mecanismos de adivinhação (tirar a sorte) para assim decidir com o objetivo de descobrir o que reserva o futuro. Bennett (2003) comenta que, em primeira instância, essa tentativa surgiu por meio de mecanismos sem base científica (dados, palitos, roletas etc.), que eram aplicados por povos primitivos dessas regiões com base em três pressupostos básicos: • Garantir justiça. • Evitar conflitos. • Obter orientação divina. Relatos descrevem que era corriqueiro que a pessoa a tomar a decisão olhasse para o céu antes de determinar algo, com o provável intuito de obter uma orientação ou sinal divino. De acordo com Bernstein (1997), a missão de “prever o futuro” no decorrer da evolução humana pôde contar em parte com a contribuição arábica por meios de seus algarismos, que, de certa forma, levaram a avanços nas tomadas de decisões para, por exemplo, prever gastos em viagens. Porém, não foi o suficiente para convencer os europeus, que preferiam se apegar à aleatoriedade a acreditar que o futuro pode ser premeditado ou até mesmo manipulável por meio de probabilidades sistemáticas. Ainda sobre os comentários de Bernstein (1997), o ponto de partida para que os humanos se interessassem pelo estudo de previsão do futuro e a tomada de decisão foi o crescimento da comercialização, de modo a entender que há riscos na tomada de decisões. Nas palavras do autor, “poucas pessoas ficam ricas sem correr riscos”. Dessa forma, pode-se observar que na área de negócios a tomada de decisão e a análise de possíveis acontecimentos futuros são fortes influências para que líderes e gestores se motivem e aprofundem-se em estudos sobre decisão. Thomas Bayes, pastor presbiteriano e matemático inglês, é conhecido como o primeiro da área das ciências exatas a aplicar a teoria das probabilidades até a demonstração de previsões por meio de cálculos estatísticos. O seu teorema é usado nas escolas até os dias atuais. O Teorema de Bayes é uma fórmula matemática utilizada para o cálculo de probabilidades de forma a presumir o acontecimento de um evento futuro com base em eventos passados. Quando associado à tomada de decisão, tem como imposições as informações passadas para as probabilidades, de modo que se torna praticável o cálculo para prever um evento que esteja para acontecer. Citamos como exemplo o cálculo de probabilidade realizado em um programa de televisão para escolha de uma porta entre três possibilidades, sendo que somente em uma porta estará o prêmio. A partir da primeira escolha podemos calcular a probabilidade de acerto acerca de onde o prêmio está. Segundo Cruz (2005), a aplicação matemática da probabilidade, desenvolvida para ocorrências sociais, viabilizaria fundamentações cruciais para a análise de previsões de diferentes situações. Por que estudar decisão? É notável que a decisão faça parte do cotidiano da humanidade, pois mesmo diante de coisas e situações simples e supérfluas as pessoas tendem a ter que decidir. A aparente simples decisão de ir ao um shopping, por exemplo, é uma ação que setornou consequência de uma decisão que, motivada por algum objetivo, justifica tal feito. Entretanto, as consequências das ações advindas de uma decisão tomada é que se torna o “x” da questão, pois é sobre elas que precisamos direcionar nossa avaliação, isso porque nem toda decisão, quando tomada, passou por uma análise estratégica para definir possibilidades assertivas e esclarecer os desdobramentos que cada ação pode ter, sendo elas positivas ou negativas. Clique nas abas e entenda o que representam os resultados positivo e negativo. • Resultado positivo • Resultado negativo Segundo Gomes (2004, p. 27): Em seguida, temos a pergunta basilar da Teoria da Decisão: como tomar uma boa decisão? Foi precisamente no esforço de responder a essa pergunta que a Teoria da https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/pqr/pdo/re/u1/tema-1.htm https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/pqr/pdo/re/u1/tema-1.htm Decisão firmou-se como campo do conhecimento científico. Ainda assim, não é difícil perceber que uma decisão, que pode parecer excelente hoje, será amanhã passível de revelar-se catastrófica. Isso sugere que a noção do que é uma boa decisão somente vale para um cenário específico – aqui incluídos também os valores do cliente-alvo da decisão, seja uma pessoa, um grupo de pessoas ou uma organização. Nesse sentido, entendemos a Teoria da Decisão para além da ação de escolher. Trata- se também do levantamento necessário das alternativas existentes e de suas respectivas consequências nos parâmetros de curto, médio e longo prazos. Como podemos perceber, o processo de tomada de decisão não é tarefa simples, como poderia parecer. Há um equívoco de pensamentos quando se trata de decisão: muitas pessoas acreditam que quanto mais inteligente tecnicamente for o tomador da decisão, mais coerente e eficaz a decisão será. Porém, a tomada de decisões não se limita apenas ao quão alto é o coeficiente de inteligência técnica do tomador da decisão. Ainda que a inteligência técnica tenha um papel importante na análise de determinada situação, existem outros fatores a serem considerados, tais como, saúde financeira da empresa, cultura e clima organizacional de onde a decisão está sendo tomada. São fatores que precisam estar aliados à inteligência emocional e comportamental do decisor, às demandas dos clientes externo e interno, entre outros. Não se pode negar que valores éticos e morais do indivíduo, assim como suas crenças e convicções pessoais refletem-se em sua decisão, ainda que indiretamente. A questão é compreender quais recursos, pessoas e contexto impactarão ou serão impactados com a decisão a ser tomada, para concluir se será conveniente o uso dos indicadores pessoais citados anteriormente. Caso contrário, o tomador da decisão deverá manter suas crenças, por exemplo, de forma imparcial no que diz respeito aos processos decisórios. As abordagens clássicas da Administração tiveram sua origem nas teorias criadas por Taylor e Fayol. Eles entenderam que, quanto às ciências da administração, a Revolução Industrial do século XVIII teve como principal consequência o crescimento acelerado de empresas, que passaram de médio para grande porte. Em decorrência de tal fato se faziam necessárias fortes decisões. Por meio da Administração Científica, Taylor defende o uso da estatística e da probabilidade na tomada de decisão e o que chamarão no futuro de análise de gestão estratégica. As teorias de Taylor são conhecidas por priorizar o processo epistemológico da gestão. De outra forma, Fayol (1950) comenta que o entendimento das ocorrências futuras deve ser realizado a partir dos recursos da empresa, da importância e adequação das operações e das possibilidades. Fayol foi o responsável pela determinação das cinco funções conhecidas da administração, que são: planejamento, organização, comando, coordenação e controle. Segundo Cruz (2005), a alternativa de Fayol de pensar uma organização em sua totalidade, consequentemente faz dos comentários de Taylor uma evolução de pensamentos. Segundo Simon (1974), a tomada de decisão é algo além das afirmações com base em fatos: também é a previsão do que as coisas podem se tornar no futuro. O mesmo https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/pqr/pdo/re/u1/tema-1.htm#curiosity-1 https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/pqr/pdo/re/u1/tema-1.htm#curiosity-2 https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/pqr/pdo/re/u1/tema-1.htm#curiosity-3 autor, com a premissa de organizar e gerenciar o processo, partilha a tomada de decisão em alguns passos, que são: 1. Preparação da situação. 1. Análise e definição do problema. 1. Definição dos objetivos. 1. Procura de alternativas de solução. 1. Avaliação e comparação dessas alternativas. 1. Escolha da alternativa mais adequada. 1. Implementação da alternativa escolhida. Cada um dos passos apresentados interage com o outro, justificando o surgimento do termo “processo decisório”. Segundo Pidd (1998), “uma representação externa e explícita de parte da realidade vista pela pessoa que deseja usar aquele modelo para entender, mudar, gerenciar e controlar aquela parte da realidade” significa que, quando um gestor precisa tomar uma decisão, o caminho simples pode auxiliá-lo a obter as informações importantes para isso. Porém, um fato analisado pode levar a diversas conclusões e possibilidades de uso para tomar-se uma decisão, apontando a importância de o gestor abordar determinada situação a ser analisada por diferentes pontos de vista e contextos a fim de obter uma visão ampla e chegar a uma decisão mais coerente com os objetivos da empresa. Tema 2Importância da teoria e Tomada de Decisões Organizacionais e suas novas abordagens De que modo os processos decisórios podem contribuir para uma gestão de qualidade? No ambiente corporativo há uma constante demanda que exige decisões a serem tomadas, principalmente por aqueles que estão no exercício da liderança. Herbert Simon. Fonte: Wikimedia (2022). Herbert Simon (1947), com o objetivo de justificar o comportamento das pessoas dentro das empresas, publica a obra Comportamento Administrativo, marcando o início da Teoria das Decisões, na qual reflete que “[...] cada pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando decisões individuais a respeito de alternativas racionais de comportamento” (CHIAVENATO, 2003, p. 347). As pessoas que constituem uma instituição possuem responsabilidades, atribuições, regras e princípios éticos atribuídos e esperados pela empresa. Nesse sentido, há muitas movimentações diferentes entres os setores e colaboradores em seus diferentes campos de atuação. Há cobranças e eventualidades ocorridas diariamente no ambiente corporativo, exigindo das pessoas envolvidas que escolham o que fazer, como realizar, ordenar e priorizar uma atividade ou solução de um problema. Os integrantes que banalizam a tomada de decisão, sem atentar-se aos seus desdobramentos, podem cometer erros. Vale dizer que, mesmo colaboradores que realizam um processo decisório bem pensado e planejado, podem cometer erros. A questão é que o planejamento tende a tornar a decisão menos arriscada. Para complementar seu conhecimento acerca deste tema, acesse A tomada de decisões em empresas. Sobre este assunto, destacamos o trecho de Chiavenato (2003, p. 384), que escreve: A organização é um sistema de decisões em que cada pessoa participa consciente e racionalmente, escolhendo e decidindo entre alternativas mais ou menos racionais que são apresentadas de acordo com sua personalidade, motivações e atitudes. Os processos de percepção das situações e o raciocínio são básicos para a explicação do comportamento humano nas organizações: o que uma pessoa aprecia e deseja influencia o que se vê e interpreta, assim como o que vê e interpreta influencia o que https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/pqr/pdo/re/u1/tema-2.htm#curiosity-1https://www.youtube.com/watch?v=O2q91hGAUvc https://www.youtube.com/watch?v=O2q91hGAUvc aprecia e deseja. Em outros termos, a pessoa decide em função de sua percepção das situações. Em resumo, as pessoas são processadores de informação, criadoras de opinião e tomadoras de decisão. A tomada de decisões tem grande importância nas organizações, pois são as decisões que fazem com que as organizações se movimentem no mercado de forma competitiva e se destaquem a partir disso. É primordial que gestores, empreendedores e demais profissionais ligados ao gerenciamento da empresa possam compreender o quão necessário se faz um processo decisório bem analisado e a realização dele, sem encarar resultados inesperados de forma insatisfatória. Assim, é necessário compreender a teoria da decisão como geradora de recursos de aprendizado e experiências para que melhores decisões sejam tomadas e, em decorrência do tempo, o processo se torne cada vez mais eficaz. Para ilustrarmos a importância da Teoria da Decisão e dos processos decisórios, basta lembrar de alguma situação específica em que decidimos algo sem análise prévia (e coerente), tomando por consequência a vivência de eventos não agradáveis. Autores como Certo (2005), Chiavenato (2010), Maximiano (2009) e Robbins (2010) ressaltam que o processo de tomada de decisão é um movimento passível de erros, assim como qualquer outra atividade humana. Isso porque elas serão atingidas pelas influências pessoais de quem estiver na posição de tomar uma decisão. Assim, no intuito de diminuir os erros e obter resultado positivo, deve-se realizar um processo organizado e sistemático, seguindo as seguintes etapas: 1 2 3 4 5 Constata r o problema em questão. → Listar alternativa s possíveis para a solução do problema. → Escolher a mais benéfica das alternativas . → Implementa r a alternativa escolhida. → Controlar se a alternativa aplicada foi eficiente para a solução do problema encontrado . As empresas são agrupamentos de decisões, onde inúmeras decisões são tomadas por todos os membros. Certas decisões são de baixo escalão na hierarquia da empresa, outras de mais relevância envolvendo responsabilidades complexas, tomadas por quem compõe os níveis mais elevados do organograma da organização. Para Freitas e Kladis (1995, p. 6), “[...] é impossível pensar a organização sem considerar a ocorrência constante do processo decisório”. Entretanto, todas são decisões e requerem consequências. Em um contexto organizacional elas refletem diretamente ou indiretamente o sucesso empresarial ou o declínio de resultados. Portanto, cria-se uma necessidade subtendida de tomar as melhores decisões. Sobre os processos decisórios realizados pelos líderes, as companhias os têm como Sistemas Complexos Adaptativos “porque têm múltiplas partes interdependentes, e muitas vezes evoluem ao longo de critérios de seleção múltiplos e interdependentes” (BARNETT; LEVINTHAL, 2017, p. v). Consequentemente, os integrantes devem ter a iniciativa de assimilá-los. Brainstorming ou Tempestade de ideias Um exemplo da importância da prática para o processo decisório é o desenvolvimento de ferramentas que auxiliem ao longo de suas etapas. O brainstorming, ou tempestade de ideias, por exemplo, é uma das ferramentas utilizadas para os processos decisórios no mundo corporativo. Destacamo-lo aqui por se tratar de um método desenvolvido com o objetivo de unir pessoas e suas ideias em função de um determinado assunto ou problema para que sejam definidas as melhores estratégias — pensadas em conjunto e por diferentes pontos de vista. Essa prática viabiliza, por exemplo, tornar uma decisão complexa muito mais segura de ser tomada, pois os riscos seriam maiores se a decisão contasse apenas a interação de um único indivíduo. O que reforça a indicação do brainstorming é sua premissa, na qual as ideias apresentadas nesse método são todas listadas como possíveis soluções “[...] em que o feedback negativo sobre qualquer alternativa sugerida por qualquer membro do grupo é proibido até que todos tenham apresentado alternativas que consideram valiosas” (CERTO, 2005, p. 139). Maximiano (2009, p. 65) entende por brainstorming “[...] quando as pessoas interagem por escrito, sem comunicação verbal”. O autor acrescenta que cada integrante recebe um material onde possa escrever suas ideias e contribuições sobre o tema em questão. Em seguida, as pessoas trocam os materiais entre os participantes e então iniciam a discussão sobre as anotações até que o grupo consiga chegar a um consenso para resolverem o problema. Podemos ver, na figura 1 apresentada a seguir, como o autor (CERTO, 2005) organiza sistematicamente o fluxo da aplicação do método brainstorming. Fluxograma de Brainstorming. Membros o grupo Expressão de ideias → Nenhum comentário sobre → O líder do grupo registra cada ideias nesse estágio ideia onde o grupo possa lê-la. ↑ As ideias só são avaliadas depois que todas foram anotadas. Fonte: Certo (2005, p. 139). Maximiano (2009) complementa que, para as organizações tomarem decisões, é imprescindível que se faça uso de pensamento crítico e não apenas de criatividade no processo decisório. Segundo Silva (2004), uma análise decisória se constrói em sete fases interativas entre si, sem serem necessariamente sequenciais. Identificar as partes envolvidas na decisão (agentes e tomador de decisão: Nessa fase deve ocorrer a identificação dos envolvidos e de seus respectivos papéis antes e após a decisão tomada, além de se preparar para as reações dos envolvidos a fim de evitar contratempos inesperados. Listar as alternativas: Nessa fase cabe ao responsável pela decisão descrever quais são suas possibilidades de ações a serem determinadas em prol do objetivo/solução. Definir os principais critérios: Os principais critérios são determinados pelo tomador de decisão em cada alternativa da mesma maneira; as regras deverão existir se necessárias forem ao processo decisório, de modo a distanciarem-se do excesso de burocracia. Avaliar as alternativas com relação aos critérios definidos: Há várias maneiras de avalição dos critérios, entretanto qualquer uma das avaliações definidas pelo tomador de decisões deverá apresentar as respectivas consequências, sem esquecer-se da primeira fase apresentada nessa lista, a de identificação das partes envolvidas na decisão. Determinação do grau de importância e prioridade dos critérios: Nessa fase, o tomador de decisão aplica sua capacidade de pesar apenas os critérios de acordo com o que é mais importante para o processo. Caso seja necessário, o decisor deverá substituir o critério que pode ser duas vezes mais importante pelo que possui menos relevância, garantindo assim melhor fluxo na aplicação das fases. Como exemplo, podemos citar a situação de uma empresa que esteja com dificuldades financeiras e precisa optar entre os critérios de economia de recursos e o critério de investimento. Nesse caso, a decisão deve ser tomada por meio do critério de economia de recursos, dada a realidade da empresa. Predefinição das soluções que atendam ao esperado: Essa fase é quando o tomador escolhe de forma eficiente a melhor alternativa para cada decisão a ser tomada. Analise de sensibilidade: Quando o tomador se exclui do processo, analisa o quadro geral de suas escolhas, verifica se há alguma influência pessoal própria que o levou a tomar tal decisão e se esta torna a decisão mais concisa ou propicia falhas em resultados promissores. Tema 3Novas demandas empresariais e seus impactos Até quando uma decisão tomada continua sendo eficaz? Com a pandemia da Covid-19, que teve início no Brasil em março de 2020, pessoas no mundo inteiro se viram forçadas a mudarseu estilo de vida, formas de consumo, entre outras mudanças. Muitas empresas também sofreram fortemente os impactos da pandemia. Com base nos dados disponibilizados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), cerca de 600 (seiscentas) mil empresas fecharam as portas no intervalo de dois anos em que a pandemia esteve vigente, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). As empresas que mantiveram seu CPNJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) ativo tiveram que se moldar à nova realidade para sobreviverem no mercado. Sendo assim, notoriamente muitas decisões difíceis tiveram de ser tomadas, como redução de custo com mão de obra, alterações comerciais, contenção de produção, entre outras decisões. Os gestores precisam ter conhecimento de que as mudanças ocorrem de duas formas, basicamente: ou são provocadas de forma planejada ou são obrigadas a acontecer de forma eventual. A primeira situação se refere às empresas que conseguem realizar processos decisórios elaborados e com periodicidade, enquanto a segunda situação, quando é corriqueira, acontece em empresas cuja liderança não se adequa aos processos decisórios eficazes e previamente analisados, acabando por sofrer consequências não esperadas, o que as leva a tomar decisões rápidas e sob forte pressão. Isso ocorre porque o problema já está ocorrendo e com danos significativos em vigor. Nesse caso, as decisões são tomadas em forma de reparo, o que tende a prejudicar a saúde financeira e o clima organizacional, além de outros inúmeros problemas para a empresa. Sobre este tema, Simon (1982), conhecido como a personalidade que muito contribuiu para os fundamentos da Teoria da Decisão, sugere algumas Tipologias de Decisões, que listamos a seguir. Clique em cada uma delas para acessar suas respectivas descrições. Decisões Programadas: Consistem em situações recorrentes e/ou constantes na empresa. Em termos gerais são cruciais, entretanto são elaboradas nos níveis de menor poder decisivo na empresa. Decisões não programadas: Apresentam complexidade para serem tomadas. São desenvolvidas com o objetivo de resolução de casos/problemas novos e, em consequência, demandam maior concentração de tempo e atenção dos tomadores da decisão, em decorrência da missão da organização. Decisões imediatas: São tomadas de decisões em circunstâncias emergenciais. Por isso, requerem resolução ágil. Decisões premeditadas: Quando já existe um objetivo determinado, como por exemplo, aumentar as vendas, que demanda somente a tomada mais assertiva que o atenda. Decisões improvisadas: Precisam acontecer em consequência da não resolução de problemas e são tomadas de forma incerta quanto à sua eficácia. De acordo com Maximiano (2009), as decisões programadas podem economizar tempo e energia, de modo a evitar que os gestores se desgastem ao procurar soluções para problemas anteriormente resolvidos, sendo um dos propósitos do processo decisório programar o maior volume de decisões que puder. De forma curiosa, o mesmo autor que tanto contribuiu para a construção dos fundamentos da Teoria da Decisão, havia trazido importantes questionamentos sobre esse termo. Simon partiu do pressuposto de que a palavra “teoria” denota o que é correto e totalmente racional. Porém, quando se trata de decisões, Simon (1974) aponta que a racionalidade é limitada, ou seja, não se há garantias de decisão correta. Por esse motivo, muitos autores nos tempos atuais tratam o assunto como processos decisórios, auxílio à decisão ou análise de tomada de decisões. Para ajudar nos processos decisórios, as empresas devem também valorizar consultorias de profissionais externos à organização, pois eles podem somar, externando visões e estratégias diferentes. Deve-se pensar a consultoria não como uma despesa desnecessária para as empresas que já contam com um time de pessoas em cargos estratégicos. Ao contrário, entendemos que, sobreposto a esse time, a junção de novas influências estratégicas pode melhorar a saúde financeira de uma empresa por meio de decisões organizacionais tomadas que resultarão em indicadores positivos no desenvolvimento empresarial. Além disso, no meio corporativo consideramos novas demandas empresariais as listadas a seguir: • Preocupação com diminuição de poluição. • Saúde e bem-estar dos consumidores. • Responsabilidade social. Para aprofundar seu conhecimento acerca deste tema, acesse: A importância da prática da responsabilidade social nas empresas. Essas mudanças tornaram-se necessárias em consequência de o público consumidor estar mais preocupado com a própria saúde e de sua família, com o meio ambiente e as causas sociais, de forma a gerar forte cobrança às empresas a fim de que elas modifiquem sua cultura, valores e até mesmo a estrutura organizacional e de produção para atender a essas novas demandas. Logo, para ganharem destaque no mercado, as empresas tiveram que tomar decisões quanto a mudar estrategicamente para o perfil desse “novo” consumidor, fidelizando o cliente e melhorando a saúde financeira da organização. De certa forma, as mudanças culturais e comportamentais da sociedade pressionam as empresas para escolher caminhos diferentes que atendam às novas perspectivas de seu público-alvo. E as empresas que mais se destacam no atual cenário são aquelas que, de alguma maneira, conseguiram antever a chegada de novas realidades e se precaveram com decisões bem tomadas e já aplicadas. Encerramento Onde surgiu a Teoria da Decisão e como as melhores decisões são tomadas atualmente? Não existem estudos que comprovem onde e quando surgiu a Teoria da Decisão. O que há é a clareza de que ela está presente na natureza humana. Afinal, uma decisão não só é tomada por influência de cálculos matemáticos, modelos decisórios ou análises estratégicas, pois muitas decisões advêm de experiências, intuições ou até mesmo impulsos, que até os animais conseguem realizar — não os comparando aos humanos enquanto tomadores de decisões. O que faz o sucesso de um gestor na https://www.unaerp.br/documentos/1026-a-importancia-da-pratica-da-responsabilidade-social/file https://www.unaerp.br/documentos/1026-a-importancia-da-pratica-da-responsabilidade-social/file tomada de decisão estratégica é entender as necessidades de seus clientes, ouvir sugestões de seus colaboradores e elaborar uma boa estratégia decisória, ou seja, decidir de forma mais objetiva, consciente e racional, avaliando todos os pontos positivos e negativos do cenário da tomada de decisão. De que modo os processos decisórios podem contribuir para uma gestão de qualidade? Há grande importância na tomada de decisões em organizações, pois são elas que fazem com que elas se movimentem no mercado de forma competitiva e se destaquem a partir disso. É primordial que gestores, empreendedores e demais profissionais ligados ao gerenciamento de uma empresa possam se mobilizar, atingir metas e resultados determinados pela alta gestão. A falta de tomada de decisões pode significar encarar resultados inesperados de forma insatisfatória. A aplicação de brainstorming, que significa tempestade de ideias, é um exemplo claro do efeito e da importância que os estudos e práticas sobre os processos decisórios têm e de que fazem diferença no mundo corporativo. Esse método foi desenvolvido com o objetivo de unir pessoas em suas diferentes posições na empresa, com diferentes ideias em função de determinado assunto ou problema para que se possam definir as melhores estratégias pensadas em conjunto e por diferentes pontos de vista. Essa tempestade de ideias, por exemplo, torna uma decisão complexa muito mais segura de ser tomada. Os riscos de uma complexa decisão seriam bem maiores se contasse apenas com um único indivíduo. Até quando uma decisão tomada continua sendo eficaz? As mudanças empresariaise seus impactos, de certa forma pressionam as empresas a escolherem caminhos diferentes que atendam a novas demandas e perspectivas. As empresas que mais se destacam e se mantêm no mercado são aquelas que conseguem antever a chegada de novas necessidades do consumidor, frente a novas realidades e que se organizaram para atuar com decisões bem tomadas. Uma decisão não pode ser vista como única alternativa ao longo do tempo, porque pode haver necessidade de serem tomadas decisões diferentes no decorrer do tempo. Resumo da Unidade Nesta unidade você pôde perceber que, para aplicar processos decisórios nas empresas, é importante entender os conceitos, origens e fundamentos da Teoria da Decisão para, dessa forma, perceber a importância de estudos comportamentais, teóricos e matemáticos com os quais muitos autores contribuíram, contribuições estas expostas no conteúdo da unidade. Após a compreensão da Teoria da Decisão, o aluno pode estudar a importância dos processos decisórios com base no que foi apresentado e como sua aplicabilidade se faz fundamental em uma organização. A partir do estudo desta unidade, pode-se dizer que o discente tem agora conhecimentos sobre decisões e que, consequentemente, desenvolverá habilidades para chegar às melhores tomadas de decisão. Referências da Unidade • CÂMARA, A. F. Levando os padrões decisórios a sério. São Paulo: Atlas, 2017. ISBN: 9788597014204. Minha Biblioteca. • CERTO, S. C. Tomada de decisões. In: CERTO, S. C. Administração moderna. 9. ed. São Paulo: Pearson, 2005. cap. 7, p. 123-145. • CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003. 630 p. • CHIAVENATO, I. Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2010. 539 p. • GOMES, L. F. A. M. Teoria da decisão - Coleção Debates em Administração. São Paulo: Cengage Learning, 2006. ISBN: 9788522108275. Minha Biblioteca. • PEREIRA, M. J. L. B.; FONSECA, J. G. M. Série Gestão Estratégica - Faces da Decisão - Abordagem Sistêmica do Processo Decisório. Rio de Janeiro: LTC, 2009. ISBN: 9788521622765. Minha Biblioteca. • SIMON, H. Os limites ou fronteiras da racionalidade. Entrevista. Herbert Simon - YouTube. Acesso em: 18 jun. 2022. • SIMON, H. Models of bounded rationality. • Cambridge: The MIT Press, 1982. 3 v. Para aprofundar e aprimorar os seus conhecimentos sobre os assuntos abordados nessa unidade, não deixe de consultar as referências bibliográficas básicas e complementares disponíveis no plano de ensino publicado na página inicial da disciplina. Princípios para a tomada de decisões Nesta unidade, contextualizaremos a teoria da decisão com a prática e aplicabilidade dos processos decisórios de forma racional nos ambientes corporativos. Desse modo, abordaremos as possíveis formas de analisar os problemas organizacionais e também de ter clareza sobre os processos decisórios e o que os podem influenciar. Entenderemos os principais modelos de tomada de decisões defendidas por diferentes autores e veremos como estudar os problemas organizacionais, desenvolver alternativas solucionadoras e assim escolher a que mais atende às perspectivas da empresa. Por fim, assimilaremos os principais problemas que podem trazer falhas aos processos decisórios. Objetivo Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: • Identificar os possíveis problemas organizacionais e as ações solucionadoras de acordo com os princípios e métodos para a tomada de decisão com ênfase na cultura e estrutura organizacional. Conteúdo Programático Esta unidade está organizada de acordo com os seguintes temas: • Tema 1 - Análise dos problemas organizacionais • Tema 2 - Modelos de tomada de decisões • Tema 3 - Análise de decisão versus resolução de problemas https://www.youtube.com/watch?v=QFLxazu6pCw Como as pessoas tomam decisões ECONOMIA 1.4 As tomadas de decisão, em contexto econômico, estão no nosso cotidiano pessoal e corporativo, sendo baseadas em fundamentos e formas que tendemos a seguir para realizá-las. Assista ao vídeo a seguir e reflita sobre os fundamentos que apresentaremos nesta unidade, os quais impactam tanto a vida pessoal como a profissional. Tema 1Análise dos problemas organizacionais De onde vem a necessidade de se tomar uma decisão? Toda pessoa já se deparou com problemas, pessoais ou profissionais, em relação aos quais teve de tomar uma decisão. Entretanto em algumas situações que requerem tomadas de decisão podemos não nos sentir seguros e preparados para, enfim, tomar a decisão. Isso ocorre porque muitas pessoas não se preocupam em estruturar o processo decisório como deveriam. No ambiente corporativo, isso pode acontecer quando as pessoas responsáveis pelas principais decisões no negócio contam somente com seus conhecimentos técnicos sobre o que cerca o problema ou a situação a ser definida. O profissional deve entender o contexto geral, desde os conhecimentos técnicos até o comportamento dos envolvidos na decisão. Por exemplo, se um gerente determina que um integrante da equipe irá desenvolver a atividade de fiscal de loja, é preciso saber se aquele profissional possui, além dos conhecimentos técnicos para a função, o perfil comportamental para uma boa performance no cargo. Dessa forma, a decisão tende a ser assertiva. O que se pode pensar sobre isso é que, para decisões sensatas que resultem no atingimento do objetivo, a pessoa/profissional deve se preparar para tal, e os estudos sobre os processos decisórios podem contribuir muito para soluções dos problemas organizacionais. Na maioria dos casos no cotidiano empresarial, as decisões são requisitadas como forma solucionadora, que na linguagem coloquial chamamos de “resolver problemas”. Todavia tão importante quanto processos decisórios bem elaborados, é entender as vias dos fatos de um problema. Nesse sentido, os problemas organizacionais requerem uma análise clara e objetiva, pois, imagine se uma decisão é tomada para resolver um “problema” que não é de fato o que está atrapalhando o desenvolvimento da empresa. Assim, podemos pensar em tempo, esforços, recursos materiais e demais desperdícios que a organização poderia vir a sofrer simplesmente por não ter feito a análise correta do problema organizacional a ser solucionado. Logo, fica clara a importância também do estudo dos problemas organizacionais para que melhores estratégias sejam decididas por meio dos processos de tomada de decisão. O que seriam os problemas organizacionais? Problemas são vistos como desafios que podem gerar resultados negativos para a empresa e, se não forem evitados, provocar insatisfação ou danos. Os problemas de uma organização podem ser descritos de duas formas: explícitos e implícitos, conforme veremos a seguir. Problemas explícitos Problemas implícitos Ocorrem de forma alarmante e com danos visíveis aos resultados da empresa e de sua operação. Por exemplo, a chegada de uma pandemia, como a pandemia da covid-19, que teve início no Brasil em março de 2020. Os problemas explícitos, normalmente, por serem de caráter emergencial, requisitam soluções em curto prazo, portanto sua necessidade imediata de resolução aumenta o risco nos processos decisórios, pois o tempo, nesse caso, não está a favor de quem tomará a decisão com o propósito de neutralizar, solucionar e remediar o problema. São notáveis apenas no ambiente corporativo quando diagnosticados por um profissional, sendo ele um gestor ou consultor. Como exemplo, podemos citar a desmotivação da equipe em uma empresa. Os problemas implícitos podem proporcionar um efeito negativo ainda maior no negócio por não serem notados com facilidade e podem perdurar por um período extenso e causar danos maiores até chegar a um ponto de impossibilidade de solução. Ainda assim, poroutro lado, quando os problemas implícitos são identificados por meio de uma análise estratégica, a empresa poderá solucioná-los com decisões mais planejadas. Como se dá o processo decisório que previne a ocorrência de problemas? Para que uma empresa consiga prever problemas ou resultados ruins, ela deve contar com um bom gerenciamento que analise periodicamente seus processos empresariais. Antes de avançar nas formas e nos métodos de análise de processos organizacionais para identificar problemas, é necessário entender o conceito de análise de processos organizacionais e sua importância para o gerenciamento empresarial. É um método que analisa os processos vigentes de uma organização, de modo a entender se estão sendo executados de forma eficaz para o atingimento dos objetivos e metas da empresa. Assim, avaliam-se as atividades empresariais dos setores do empreendimento para que os problemas sejam identificados ou prevenidos. Isso ocorre quando a empresa está atenta ao fato de que decisões não são exclusivamente remediadoras, mas também preventivas aos possíveis problemas organizacionais. Existem muitas vantagens para uma empresa que adota a análise de processos organizacionais, das quais destacamos as listadas a seguir: Destacar os empecilhos na operação da organização. Buscar a causa central de problemas com o objetivo de solucionar o real problema, de modo a evitar apenas o controle de danos e consequências. Definir os meios para a superação dos processos com deficiência que impossibilita o alcance dos resultados da empresa. Alguns autores enfatizam a eficácia e a eficiência dos processos decisórios nos problemas organizacionais. A seguir, entenderemos suas diferentes visões, correlacionando os dois elementos. Eficiência De acordo com Simon, o indicador da eficiência é o alicerce das decisões das pessoas nas empresas. Segundo ele, esse critério é o princípio inerente a todo comportamento racional. Em outras palavras, sob um panorama geral, ser eficiente trata-se da habilidade de decidir o caminho mais curto e os meios mais econômicos para atingir as metas. De tal maneira, esse pensamento acerca de como “ser eficiente” constitui uma influência organizativa sobre os membros de um empreendimento. Eficácia Por outro lado, ao tratar de decisão eficaz, Drucker afirma que os indivíduos responsáveis por tomar decisões eficazes têm a ciência de que o processo de tomada de decisão possui seu próprio processo sistemático e seus próprios elementos definidos claramente. Drucker (2006) sistematiza as seis etapas dos processos, as quais estão listadas a seguir. 1)A classificação do problema É a etapa de identificar o tipo de ocorrência: • Se o problema é genérico, sua ocorrência é apenas um sintoma e precisa ser respondido por uma regra ou um princípio. • Se o problema é excepcional, sua ocorrência é rara, devendo ser tratada individualmente. 2) A definição de problemas https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/pqr/pdo/re/u2/tema-1.htm#more-info-1 https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/pqr/pdo/re/u2/tema-1.htm#more-info-2 • Nesta etapa, explica-se a situação. 3) A especificação das respostas ao problema: Na etapa de especificação de respostas, definimos claramente aquilo que a decisão tem de consumar. 4) A decisão É a etapa em que definimos o que é correto para a organização. 5) A ação É na etapa da ação em que se cumpre a decisão. 6) O feedback Nesta etapa, verifica-se a validade das premissas nas quais a decisão se baseou. Entendemos, assim, que segundo o autor, para que um tomador de decisão considere que tomou uma decisão eficaz, ele precisará ter domínio das etapas apresentadas, assim como de suas aplicabilidades. Eficácia e eficiência Para que um gestor consiga resolver o problema com a decisão mais eficaz e eficiente possível, dois fatores são imprescindíveis: o processamento de dados e a gestão das informações. O processamento de dados e a gestão das informações viabilizam maior esclarecimento no momento da tomada de decisão, principalmente quando ela se referir ao futuro da empresa. Uma decisão organizacional jamais deve ser tomada por meio da informalidade ou do que se distancia do racional no contexto organizacional. Para ilustrar essa importância, considere a situação fictícia a seguir. O gerente de compras de uma empresa varejista de material escolar decide comprar de um fornecedor que resolveu baixar o preço da mercadoria produzida uma quantidade muito além do plano de compras daquele período do ano. Por um lado, podemos dizer que ele enxergou uma oportunidade para a empresa, por outro lado, essa decisão poderá acarretar problemas para a saúde financeira da organização. Isso pode ocorrer caso os produtos adquiridos em grande quantidade não forem vendidos na mesma proporção, ao contrário do que o comprador da empresa pretendia. Isso gera acúmulo de estoque parado, ou seja, dinheiro da empresa mal aplicado, pois, com o passar do tempo, a mercadoria parada no estoque poderá perder valor no mercado devido à chegada de produtos similares, com características novas, que atendam às novas tendências de mercado. Considerando o exemplo apresentado, qual teria sido exatamente o equívoco desse gerente de compras no processo decisório? Claramente ele não tinha as informações necessárias para tomar uma decisão melhor. Os efeitos de sua decisão teriam mais chance de serem positivos se o gerente estivesse inteirado acerca dos processos organizacionais, do posicionamento de mercado, da análise estratégica, do estudo do público-alvo, das demandas e das tendências de mercado. Ele também precisaria conhecer os dados e as informações sobre o atual estoque da empresa. Dessa forma, entendemos que suposições na análise de um processo decisório não são uma alternativa racional. Assim, concluímos que os problemas organizacionais devem ser tão bem analisados quanto as possíveis decisões que serão tomadas, sejam na vida pessoal ou na trajetória profissional. Tema 2Modelos de tomada de decisões Diante de um problema, o que é fundamental para uma tomada de decisão mais segura? Até aqui, entendemos que não existe uma única e mais viável forma de se tomar uma decisão: os processos decisórios contam com alguns modelos que serão aplicados de acordo com cada realidade ou circunstância empresarial. Assim, é importante que os gestores compreendam a fundo a estrutura organizacional e os processos da operação do negócio. Chun Wei Choo (2006) é um autor reconhecido por seus trabalhos sobre decisão nas empresas, contribuindo para os estudos acerca dos modelos de tomada de decisão, que conheceremos a partir de agora. O autor elucida que para cada modelo de tomada decisão é demandada uma forma de decisão diferente, pois sabe-se que no meio empresarial existem empresas com estruturas e problemas antagônicos. Os modelos de tomada de decisões sugeridos por Choo são: • Modelo racional. https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/pqr/pdo/re/u2/tema-2.htm#more-info-1 • Modelo processual. • Modelo político. • Modelo anárquico. Mais adiante, entenderemos melhor cada um deles. Para chegarmos aos modelos de tomada de decisões, precisamos entender que as empresas são guiadas por objetivos, de modo que são estes os responsáveis pelo direcionamento das pessoas frente à organização. Afinal, o que são objetivos? Objetivos são todas as pretensões que uma pessoa cria com o desejo de ter ou alcançar a partir de suas ações, ou seja, os objetivos nada mais são do que os resultados futuros de uma pessoa ou empresa determinada a alcançá-los. Nos processos decisórios, os objetivos são fundamentais para dar sentido ao que aquela decisão terá de ter como resultado. Portanto, as empresas devem estabelecer objetivos claros paraque possam se destacar no mercado por meio das decisões tomadas e das ações para alcançá-los. Nesse sentido, muitas organizações utilizam a metodologia de metas comerciais e de rotinas administrativas e, atualmente, como guia aos processos decisórios, vêm sendo empregados os propósitos organizacionais, que são uma forma mais orgânica e humanizada de lidar com definições de objetivos. Choo (2006) trata os objetivos como indicadores que podem ser confusos, de modo que colaboradores, equipes e setores da empresa podem se desencontrar a respeito de sua importância, acarretando ambivalência ou contradição quanto a quais objetivos a firma deve seguir. Outrossim, a incerteza que surgirá poderá interferir no trabalho dos grupos, porque as atividades e os problemas da organização são complexos e não há informações suficientemente detalhadas sobre as relações de causalidade ou com relação às abordagens mais adequadas a serem utilizadas. A seguir, você poderá analisar o redesenho do esquema em que Choo (2006, p. 276) esclarece os quatro modelos de tomada de decisões. Quadro: Os quatro modelos de tomada de decisões. Fonte: Adaptado de Choo (2006, p. 276). Para interpretar o quadro apresentado, leia com atenção o texto a seguir e retorne ao quadro para assimilar as informações. Na primeira linha horizontal do quadro, quando a ambiguidade/conflito sobre objetivos é baixa, a decisão toma a forma da solução de um problema, sendo guiada por um conjunto claro de objetivos e preferências. Nesse aspecto, quando a ambiguidade/conflito é alta, a oportunidade e o contexto se tornam contingências importantes, com fatores como momento oportuno, influência e esforço de forma a interferir na escolha das ações ou decisões. Por outro lado, na coluna, quando a incerteza técnica é baixa, a decisão em maioria dos casos é bem estruturada, de forma a ser guiada por regras e rotinas, e une integrante, interesses e responsabilidades bem definidas. Quando a incerteza técnica é alta, nesse aspecto, a decisão tende a ser um processo volátil, frequentemente marcado por mudanças e interrupções inesperadas. A seguir, abordaremos cada um dos modelos, de forma detalhada. Modelo racional O modelo racional foi criado por Simon em 1970 e é considerado o mais sistematizado e estruturado dos modelos, pois consiste em regras e mecanismos prognosticados, que, quando devidamente seguidos, tendem a atingir os objetivos definidos. No entanto, as organizações que adotam este tipo de modelo utilizam os Procedimentos Operacionais Padrões – POP — metodologia para aplicação e gerenciamento de processos operacionais e garantia da qualidade — para sua rotina de atividades e para as tomadas de decisões. Um exemplo claro da utilização do modelo de decisão racional são os manuais elaborados para uma série de assuntos em uma empresa, ou o POP de um determinado setor. Esses documentos são munidos com informações que determinam a direção que os membros envolvidos podem tomar sobre cada ação. A cultura, o treinamento, o conhecimento profissional adquirido e as rotinas podem também representar o papel dos manuais escritos, pois condicionam da mesma forma as habilidades dos componentes de um processo decisório. De acordo com Simon (1970), uma teoria das decisões organizacionais tem, rigidamente, de atenuar as ações com as características racionais da decisão. Sobre isso, destacamos o trecho a seguir: [...] o indivíduo ou a organização que se compõe de inúmeros indivíduos, se defronta, a cada momento, com um grande número de alternativas de comportamento, algumas das quais são conscientes. A decisão, ou a escolha, tal como empregamos esse vocábulo aqui, constitui o processo pelo qual uma dessas alternativas de comportamento adequada a cada momento é selecionada e realizada. O conjunto dessas decisões que determinam o comportamento a ser exigido num dado período de tempo chama-se estratégia. (SIMON, 1970, p. 69) De acordo com Simon (1970), uma teoria das decisões organizacionais tem, rigidamente, de atenuar as ações com as características racionais da decisão. Sobre isso, destacamos o trecho a seguir: O modelo racional consiste em esclarecer o quanto as empresas estão completas com possibilidades advindas do grupo, ou seja, como Simon descreve, é estratégia de uma empresa levantar as alternativas e selecionar a mais conveniente à situação da empresa naquele momento. Modelo político Esse modelo é conhecido devido ao poder de influência dos integrantes e seus interesses que resultam em barganha no processo decisório. Nesse caso, pode-se afirmar que as decisões tomadas dependem da proporção de poder que cada componente possui na empresa e como eles interagem na estrutura, clima e cultura organizacional. O próprio nome já sugere que é sobre efeito político, de influência e de defesa de posições e interesses no ambiente corporativo. O maior impacto na decisão parte aquele que possui mais poder e espaço de autoridade entre os demais membros da empresa. E destacam-se os objetivos pessoais de quem está à frente da decisão, o que, em muitos casos, não contribui para o sucesso organizacional. Sobre o modelo político defendido por Allison, destacamos o seguinte trecho de Choo (2006, p. 288), “a metáfora da tomada de decisão é um jogo em que os jogadores, partindo de suas posições de influência, fazem seus movimentos de acordo com as regras e com seu poder de barganha”. Podemos exemplificar com a decisão de maior influência do diretor da empresa que escolheu investir na comercialização exclusiva de um novo produto e esta não foi a melhor decisão, pois o gerente comercial o tinha alertado que não haveria demanda para o novo produto, e que a melhor decisão seria aumentar a comercialização do produto que já estava tendo uma procura significativa. Logo se nota que a decisão foi tomada por poder e o resultado desse modelo não foi satisfatório. Modelo processual Para apresentar este modelo, destacaremos a abordagem do autor Choo (2006) que sintetiza de forma abrangente a importância do modelo processual, o qual consiste nas fases e atividades que dizem respeito a uma estrutura de caos aparente que caracteriza os processos decisórios estratégicos, proporcionando às empresas gerenciar de forma eficiente a movimentação dinâmica das rotinas e dos processos decisórios. Como exemplo, podemos citar o processo decisório para expandir um negócio com o mínimo de gastos possíveis em um determinado período. O modelo processual é desdobrado em três fases e três rotinas de apoio, que auxiliam a tomada de decisão, listadas a seguir. Clique nas abas e conheça cada uma das fases. Identificação Na fase de identificação, é reconhecida a necessidade de uma tomada de decisão na organização. Desenvolvimento Na fase de desenvolvimento, tratamos de estabelecer alternativas para atingir o objetivo desejado. Seleção Na fase de seleção, avaliam-se as alternativas e escolhe-se a que pode corresponder melhor ao objetivo da empresa. Rotinas de controle As rotinas de controle conduzem a tomada de decisão, abarcando a forma de gerenciar e planejar a definição da decisão. EX: Por exemplo, uma reunião semanal para realização de um planejamento estratégico e decisões de rotina. Rotinas de comunicação As rotinas de comunicação dão conta do gerenciamento das informações iminentes para o processo decisório. EX: Por exemplo, uma Gestão de Relacionamento com o Cliente (CRM, na sigla em inglês) para obter informações sobre clientes e atendimentos para consulta no processo decisório. Rotinas políticas As rotinas políticas são competentes na decisão, pois podem assumir a forma de barganha, persuasão ou cooptação. EX: Como o exemplo da defesa dos interesses do proprietário da empresa que pode divergir com os interesses da equipe.Modelo anárquico Esse modelo consiste na analogia de que duas mentes pensantes geram mais saber, justamente porque nos processos decisórios as empresas passaram a tomar melhores decisões a partir da escuta de mais ideias, levando à integração de mais agentes no processo decisório. Cria-se, assim, um melhor parâmetro decisório. Robbins (2005) foca a análise dos pontos fortes e dos pontos fracos da tomada de decisão consensual por mais de uma pessoa. O autor entende que essa dinâmica pode acarretar conflitos na defesa do que poderia ser a melhor escolha. Tema 3Análise de decisão versus resolução de problemas Quais são os possíveis problemas que podem causar erros nos processos decisórios? Como já vimos até aqui, ainda que os estudos apontem muitos casos de tomada de decisões e formas para os processos decisórios, não é possível eleger o melhor procedimento para uma decisão como regra geral, pois sabemos que, na maioria dos casos, as decisões decorrem de um problema a ser solucionado. Assim, cada caso é singular e requer um tipo de análise e, consequentemente, medidas específicas para tal. Nesse sentido, cabe à gestão do negócio definir, por meio dos estudos sobre processos decisórios, qual método de tomada de decisão adotar para solucionar os problemas corporativos. Sabemos, também, que os processos — cada um com sua singularidade — e os problemas necessitam de um entendimento mais específico e minucioso para que se notem os pontos importantes que, de outra forma, seriam despercebidos no processo e que poderia ser crucial para o apoio ao tomador da decisão. Mayer (1990 apud EYSENCK; KEANE, 2007) trata a resolução de problemas como uma forma de interação que tenha que gerir certa mudança de situação para que o problema deixe de existir ou cause menos impacto. A autora ainda completa sua abordagem da resolução de problemas com três pilares que a definem, sendo eles: 1° Pilar A resolução de problemas é pretendida, ou seja, guiada para objetivos. 2° Pilar A resolução de problemas engloba mais processos cognitivos do que automáticos. 3° Pilar Um problema só nasce no momento em que um indivíduo necessita de conhecimento expressivo para gerar uma resposta imediata. Segundo Eysenck e Keane (2007), a tomada de decisão compreende a resolução de problemas, uma vez que a pessoa tenta realizar a escolha mais adequada por meio de uma série de alternativas. O que destoa um processo de outro se resume no fato de que as opções geralmente são esclarecidas no processo decisório, ao passo que os solucionadores de problemas precisam gerar suas próprias alternativas. Outra possível discrepância identificada entre os processos e indicada pelos autores é a de que a pessoa toma decisões em ambientes improváveis, enquanto resolve problemas em ambientes previsíveis. Assim, entendemos que também faz parte da análise de decisão o entendimento acerca de quais são os possíveis problemas que podem acarretar erros nos processos decisórios. Em outras palavras, a compreensão do parâmetro organizacional pode ajudar na previsão de possíveis problemas no processo. Incapacidade de reconhecer o problema O tomador da decisão consegue visualizar o problema, mas não consegue entender com clareza a existência do problema e como ele está prejudicando o resultado da empresa. EX: É o que ocorre, por exemplo, quando uma nova empresa concorrente se inicia no mercado e se destaca. Interpretação diferente https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/pqr/pdo/re/u2/tema-3.htm#more-info-1 https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/pqr/pdo/re/u2/tema-3.htm#more-info-2 Quando as alternativas e proposições de soluções, vindas de diferentes pessoas para o processo decisório, tornam-se um conflito e as partes não conseguem escolher, por meio de um consenso, o que seria melhor para a organização. EX: Como quando o gerente comercial propõe como solução o aumento da equipe e por outro lado o gestor de recursos humanos sugere como solução a troca de campanha de vendas, quando o problema se trata da queda no número de vendas. Decisão precipitada Quando não se atenua o problema, partindo direto para a fase da solução, sendo movida por impulso emocional, sem antes utilizar um processo racional sistemático. EX: Por exemplo, a demissão precipitada, sem um estudo de viabilidade, de um ótimo funcionário que teve um eventual conflito com um colega de trabalho. Avaliação prematura Quando a pessoa que toma a decisão se “deixa levar” apenas contendo informações superficiais ou até mesmo pelas primeiras impressões, sem buscar as informações necessárias sobre o problema ou o que é mais importante ao processo decisório, poderá cometer erros graves. EX: Como exemplo citamos a decisão de uma empresa de baixar o preço dos produtos, sendo que os clientes estavam criando objeções na compra por conta da forma de pagamento e não do preço dos produtos. Excesso de confiança Quando o tomador da decisão só confia em seu intelecto ou modo de pensar, desconsiderando os conhecimentos e as experiências dos indivíduos que poderiam colaborar na tomada da decisão. EX: Por exemplo, quando o gestor decide por conta própria e a decisão é ineficaz, pois o tomador da decisão não contou com a contribuição dos membros que poderiam por meio de seus conhecimentos e experiências ajudar no processo decisório. Comprometimento prematuro Trata-se da limitação do tomador da decisão para escolher a primeira alternativa no processo decisório, de forma a desconsiderar as demais possibilidades de atingir o objetivo. EX: Um exemplo de comprometimento prematuro é quando há o problema de falta de produtos em estoque e o tomador da decisão escolhe a alternativa mais fácil que é comprar produtos sem fazer uma nova pesquisa de fornecedores e acabar comprando produtos com um investimento acima da média e ter gastos desnecessários. Confusão entre problemas e sintomas Nesse caso, as decisões são tomadas somente de forma remediadora, o que só faz repetir o problema, pois a causa não foi neutralizada. EX: Por exemplo, a compra de matéria-prima que só atenda à demanda de produção em um curto período. Ênfase apenas na solução Quando o tomador da decisão, de forma precipitada, foca somente na solução e acaba não verificando se existem mais problemas a serem considerados no processo. EX: Por exemplo, quando um gerente comercial contrata mais um vendedor para o time comercial e não investe em capacitação para melhorar a abordagem, que é outro problema comercial. Avaliação subestimada da implementação Escolher pela alternativa de solução que na prática seja a mais fácil de executar, entretanto, nem sempre esta é a ideal para atingir o objetivo organizacional. Nesse caso, consequências inesperadas podem acontecer e tornar a decisão ineficaz. EX: Como exemplo de uma avaliação subestimada da implementação citamos o apresentado no problema do comprometimento prematuro: na falta de produtos em estoque, o tomador da decisão escolhe a alternativa mais fácil, que é comprar produtos sem fazer uma nova pesquisa de fornecedores, e acaba comprando produtos com um investimento acima da média e tendo gastos desnecessários. Incapacidade de definir prioridades Por falta de planejamento e análise detalhada da situação, são tomadas as decisões para resolver os problemas menos urgentes ou de menos impactos deixando que os problemas mais graves causem danos maiores à organização. EX: Como exemplo citamos a decisão de mudar a localização da empresa em um período de crise financeira. Falta de competência Quando não há um organograma do processo que coloquem as pessoas com conhecimentos e habilidades de forma estratégica na interação e execução da tomada da decisão, o que pode acarretar uma grande perda de tempo e deenergia das pessoas envolvidas sem que elas consigam resolver o problema de forma eficiente. EX: Por exemplo, quando quem toma a decisão que impacta setor de vendas é o responsável pelo administrativo e este não detém os conhecimentos e as experiências necessários para uma boa decisão. Confusão entre informação e opinião Quando a cultura e o clima organizacional não permitem que a racionalidade seja vista como mais importante do que os interesses e as opiniões pessoais que não agregam os resultados gerais da empresa. EX: Por exemplo, quando a empresa não tem reuniões estratégicas para levantar informações para o processo decisório e usam opiniões de modo informal na tomada de decisão. Os processos decisórios dependem diretamente das pessoas que os manipulam, as quais, para tomar decisões racionais e inerentes ao propósito da empresa, devem avaliar de forma efetiva o problema para que se esclareçam sugestões de melhorias ou solucionadoras no processo decisório. Encerramento De onde vem a necessidade de se tomar uma decisão? Na maioria dos casos no cotidiano empresarial, as decisões são requisitadas como forma solucionadora, que na linguagem coloquial pode-se denominar como resolver problemas. Todavia, tão importante quanto processos decisórios bem elaborados, é necessário entender as vias dos fatos de um problema. Nesse sentido, os problemas organizacionais requerem uma análise clara, pois imagine se uma decisão é tomada para resolver um “problema” que não é de fato o que está atrapalhando o desenvolvimento da empresa. Sobre essa especulação pode-se pensar em tempo, esforços, recursos materiais e demais desperdícios que a organização poderia ter simplesmente por não ter feito a análise organizacional do problema a ser solucionado. Logo, fica claro a importância também do estudo dos problemas organizacionais para que melhores estratégias sejam decididas por meio dos processos de tomada de decisão. Diante de um problema, o que é fundamental para uma tomada de decisão mais segura? Não existe uma única e mais viável forma de se tomar uma decisão. Os processos decisórios contam com alguns modelos de acordo com cada realidade ou circunstância empresarial, no entanto os gestores podem compreender mais sobre a estrutura organizacional, assim como os processos da operação do negócio para que use o modelo decisório que melhor atenda a realidade da empresa. Quais são os possíveis problemas que podem causar erros nos processos decisórios? Isso depende da forma como cada empresa formula o processo decisório, entretanto, alguns problemas podem levar a um resultado indesejado, como incapacidade de reconhecer o problema, interpretação diferente pelas partes do processo, decisão precipitada, avaliação prematura sobre o problema, excesso de confiança por parte do tomador da decisão que pode levar ao comprometimento prematuro, assim como a confusão entre problemas e sintomas, ou, até mesmo, dar ênfase apenas na solução e não avaliar os demais problemas e suas causas, avaliação subestimada da implementação, incapacidade de definir prioridades, falta de competência por parte do tomador da decisão e a possível confusão entre informação e opinião. Resumo da Unidade Nesta unidade, vimos os fundamentos que tornam o processo decisório relevante para as organizações de acordo com sua estrutura organizacional. Além disso, destacamos os modelos de tomadas de decisões e suas funcionalidades de acordo com cada realidade empresarial e vimos que os processos decisórios na maioria dos casos estão ligados a problemas organizacionais, os quais devem ser muito bem analisados para que as decisões se tornem assertivas e assegurem à empresa o atingimento de seus objetivos e metas. Abordamos, também, a importância de analisar qual formato de processo decisório será escolhido pela empresa e quais consequências o modelo decisório e a decisão acarretarão para os resultados da empresa de modo a aumentar a eficácia e a eficiência do processo para otimizar tempo, pessoas e bens. Referências da Unidade • AMARAL, S. A.; SOUSA, A. J. F. P. Qualidade da informação e intuição na tomada de decisão organizacional. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 16, n. 1, p. 133-146, 2011. • CHOO, C. W. A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: Senac São Paulo, 2006. • DRUCKER, P. F. A decisão eficaz. In: Harvard Business Review. Processo decisório: os melhores artigos da Harvard Business Review. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. p. 9-26. • SIMON, H. A. Comportamento administrativo: estudo dos processos decisórios nas organizações administrativas. Rio de Janeiro: GB, 1970. • YU, A. S. O. Tomada de decisão nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2011. ISBN: 978852126237. Minha Biblioteca. • GOMES, L. F. A. M. Princípios e métodos para tomada de decisão: enfoque multicritério. São Paulo: Atlas, 2019. ISBN: 9788597021592. Minha Biblioteca. Para aprofundar e aprimorar os seus conhecimentos sobre os assuntos abordados nessa unidade, não deixe de consultar as referências bibliográficas básicas e complementares disponíveis no plano de ensino publicado na página inicial da disciplina. Planejamento, estratégia, sistematização de apoio nas tomadas de decisão Nesta unidade você poderá compreender que o processo de tomada de decisões não é uma tarefa tão simples como pode parecer. As etapas da tomada de decisão que serão apresentadas nesta unidade contam com um bom planejamento, estratégias bem elaboradas e uma sistematização para a construção de um processo decisório completo e eficiente. Além de entender como planejamento, estratégia e sistematização podem contribuir para uma boa decisão, você poderá estudar esses conceitos para um melhor entendimento geral do processo decisório e como a sua prática é importante com foco na resolução de problemas. E, claro, para solucionar o problema de forma eficaz é necessário um estudo detalhado do que deve ser resolvido. Na unidade você ainda poderá conhecer métodos e ferramentas para análise e identificação do problema. Objetivo Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: • Destacar, por meio das ferramentas de gestão, problemas ou oportunidades no contexto organizacional. Conteúdo Programático Esta unidade está organizada de acordo com os seguintes temas: • Tema 1 - Conceito de planejamento, estratégia e sistematização • Tema 2 - Identificação dos problemas e estudo das alternativas de soluções • Tema 3 - Principais etapas da tomada de decisões Como entender os processos decisórios sem ter consciência sobre planejamento, estratégia e sistematização? Iniciaremos nossos estudos apresentando o conceito de planejamento, que tem uma definição muito ampla, pois diversos estudiosos apresentam diferentes conceitos para o termo. Em seguida, abordaremos os conceitos de estratégia e sistematização. Planejamento Tente conceituar o termo “planejamento”. Certamente, você relacionará o termo ao ato de pensar, que abrange imaginação. Isso possivelmente ocorrerá porque planejar refere-se a imaginação humana dentre ideias, experiências, metas e objetivos, que, de forma lógica, permitirá definir de modo programado as ações que acarretarão o futuro. No ponto de vista do autor Pasquale (2012, p. 98), o ato de planejar é o “processo de elaborar o plano, que é o documento escrito. Portanto, planejamento é ação, enquanto plano é resultado”. Em outras palavras, planejamento consiste na materialização física do conjunto de ideias, objetivos e pensamentos de acordo com a realidade em que a pessoa que o realizará se encontra. Sobre o mesmo tema, Correa (2002, p. 98) cita que o planejamento é considerado um processo administrativo, sistemático e lógico, com a pretensãode alcançar um propósito. Outros autores entendem o planejamento como o conjunto de definições que seguem uma razão lógica e bem estruturada em etapas, podendo ser realizado de diversas formas e meios — como de forma manual ou automatizada/técnica, em grupo ou individualmente. De acordo com Oliveira (2004), o planejamento é composto pela identificação, análises, estruturação e coordenação de missão, propósitos, objetivos, desafios, metas, estratégias, políticas internas e externas, programas, projetos e atividades. Seu objetivo é chegar de modo mais eficiente, eficaz e efetivo ao máximo de desenvolvimento possível, com a melhor concentração e otimização de esforços e recursos. Para os negócios, o planejamento deve fazer parte da rotina, no intuito de definir ações e estratégias para guiar os colaboradores ao que a empresa espera conseguir como resultados. Nesse sentido, o planejamento possui um rumo estratégico, ou seja, trata-se de definições de uma melhor forma de trabalho para atingir determinado objetivo. Planejar consiste em criar táticas que possam guiar a um determinado objetivo. Ao estudar planejamento nos cursos da área de Administração, nos deparamos com a aplicação de planejamentos em diversos níveis hierárquicos de uma empresa e com formatações diferentes e tipos de planejamentos. São eles: planejamento organizacional, planejamento estratégico, planejamento de marketing, planejamento de comunicação e planejamento de campanha comercial. Clique em cada um deles para entender do que se tratam. Planejamento Organizacional: Esse formato não depende do modelo organizacional da empresa, mas do ato em si de planejar e tomar decisões. Assim, todos os níveis hierárquicos são unificados em prol da construção de perspectivas futuras para a empresa. Neste formato, também desenhamos os caminhos, os recursos e os responsáveis para atingir determinado objetivo ou tomar uma decisão. Planejamento Estratégico Este formato, na maioria dos casos, está ligado diretamente ao marketing da organização, pois consiste em gerar e aproveitar oportunidades de expansão, aumentar a lucratividade e alcançar destaque no mercado perante a concorrência, de acordo com o que se pode estudar dos ambientes internos e externos da empresa. Isso pode levar a empresa a repensar a forma de gerenciamento do negócio para que se decida uma melhor forma de alcançar as metas. Planejamento de marketing É o conjunto de habilidade racionais, gerenciamento de pessoal, financeiro, 4 Ps do marketing e todo o fluxo de produção e comercialização, com ênfase na comunicação para que se possa, além de satisfazer e atender às expectativas e desejos do público consumidor, causar-lhe impacto positivo sobre a sua opinião e visão perante aquela empresa para que se torne fiel, firmando o posicionamento competitivo da organização no mercado. Planejamento de comunicação Este se constitui em um modelo mais sistematizado, com a pretensão de alinhar os objetivos e estratégias organizacionais no que se refere às atividades de comunicação da empresa, a exemplo de propagandas, promoções de vendas, relações públicas, imprensa, e demais campanhas comerciais. Planejamento de campanha comercial O foco deste formato é alcançar o público-alvo — que também é definido, dentro do planejamento, como norteador para as decisões que serão tomadas — com o objetivo de gerar conexão com os potenciais clientes e tornar pública a empresa por meio dos canais de comunicação e interação com o público. Aqui, buscamos formatar uma linguagem e texto que chamem a atenção das pessoas, atraiam e provoquem a tomada de decisão de consumo do cliente alvo. O entendimento de cada um desses formatos é importante para a realização de um planejamento bem estruturado, aumentando as chances de que o objetivo da empresa seja alcançado. Estratégia O conceito de estratégia consiste em ações bem elaboradas, com o intuito de melhorar os meios para alcançar uma meta. Para encontrarmos a estratégia adequada, é necessário verificar a situação atual, visualizando os cenários e as análises sobre o futuro, com as expectativas da organização no curto e longo prazo. Em outras palavras, podemos considerar a estratégia como: Conjunto de decisões genéricas de momento futuro com o objetivo de alcançar uma vantagem competitiva para a organização. No ponto de vista de Pasquale (2012, p. 107), a empresa deverá identificar como oportunidade a situação a fim de adotar a estratégia adequada para alcançar os objetivos pretendidos. Da mesma forma, estratégias consistem em ações que a empresa deverá realizar para alcançar seus objetivos. Elas são definidas por meio dos objetivos a serem alcançados e são influenciadas pela missão, visão, crenças e valores, microambiente e situação da organização. Por outro lado, segundo Oliveira (2004, p. 424), estratégia é trajeto, maneira, ou ação formulada e adequada para alcançar preferencialmente, de maneira diferenciada, os objetivos e desafios estabelecidos a fim de chegar ao sucesso, nas melhores circunstâncias e realidade da empresa perante o seu ambiente. Na perspectiva de Porter (1996, p. 68): “Estratégia é a criação de uma posição única e valiosa, envolvendo um conjunto diferente de atividades.” Fases da estratégia Entre os diversos tipos de estratégias, consideramos algumas das principais fases do que é considerado estratégia e que são elucidadas por alguns autores. Fase 1 Fase 1 - Intenção estratégica Também conhecida como a fase da “concepção estratégica”, nas palavras de Chiavenato (2003, p.72-73) “representa a alavancagem de todos os recursos internos, capacidades e competências essenciais de uma organização com a finalidade de cumprir suas metas no ambiente competitivo”. De acordo com o autor, para que uma empresa seja criada, os empreendedores devem levar para a organização as suas crenças e motivações inerentes ao modelo de negócio, assim como desenvolver a ideia de negócio a partir de uma necessidade do mercado ou de um problema a ser solucionado em detrimento da satisfação dos consumidores. Nesse sentido, poderão ser definidas estratégias que levarão a empresa a obter sucesso e espaço no mercado pretendido pelos idealizadores do negócio. Fase 2 Fase 2 - Administração do conhecimento estratégico O conhecimento estratégico trata do saber sobre o negócio por parte da gestão da empresa. Nesse aspecto, podem-se realizar análises externa e interna, sendo a primeira a que sugere as condições às quais a empresa está submetida (de forma positiva ou em impactos negativos, podemos citar como exemplo o aumento da inflação) e a segunda, correspondente à análise dos fatores internos, à qual denominamos forças e fraquezas. Esses fatores se fundamentam no que tange ao exercício da organização, como a baixa capacidade produtiva, quando pensamos em fraqueza, ou uma equipe com pessoas competentes e motivadas, quando citamos um exemplo de força. Nos processos decisórios, o gerenciamento de conhecimento estratégico é importante para definições futuras. Chiavenato (2003, p.175 e 176), de forma clara apresenta que: “as decisões que fazem sentido apenas para um cenário são perigosas e podem ser armadilhas em outros. O poder dos cenários é permitir que nos preparemos, entendendo as incertezas e o que elas possam significar.” Ou seja, antes de cada decisão a ser tomada, é necessária a análise dos cenários, para que sejam conduzidas as possibilidades solucionadoras eficazes de acordo com cada cenário real que se relaciona com o problema. Fase 3 Fase 3 - Formulação estratégica Conhecida também como planejamento estratégico, esta fase compete as definições tomadas que visam prever os problemas ou antecipar demandas com a missão de estar à frente no mercado de forma a obter mais resultados paraa instituição. Segundo Chiavenato (2003, p.207), “o processo de planejamento estratégico requer que se aprenda a construção de modelos para chegar à fase da tomada de decisão”, que convida o gestor a entender os melhores meios para se chegar a uma decisão de acordo com a estrutura organizacional. Fase 4 Fase 4 - Implementação Nesta fase é crucial alinhar os objetivos com os colaboradores, que necessariamente precisarão ser motivados, orientados e focados para que o planejamento seja executado com excelência. Cabe à gestão corporativa entender que, na maioria das vezes, as mudanças são difíceis de serem aceitas, recebidas e aplicadas pelas pessoas. Portanto, a mobilização para o engajamento da equipe e o acompanhamento fará a mudança acontecer após cada tomada de decisão. Assim, na fase de implementação serão postos em prática os procedimentos contemplados pela estratégia que será adotada pela organização. Sistematização A sistematização é a forma processual e sequencial de se organizar ideias, pensamentos, decisões e processos. Por meio da sistematização, criamos a distribuição ordenada do que será executado. Como exemplo, podemos citar o momento de colocar em uma ordem lógica e eficaz as regras a serem cumpridas em um determinado setor de uma empresa. No que se refere aos processos decisórios, diante do exposto pode-se presumir que a sistematização deve ser uma ferramenta rotineira pertinente à tomada de decisão, já que envolve diversos problemas, ideias e alternativas. Nesse sentido, classificar os problemas, ordenar os pensamentos e categorizar as alternativas e possibilidades ajudaria a empresa a ter clareza nos processos decisórios e, assim, fazer as escolhas mais assertivas. Tema 2 Identificação dos problemas e estudo das alternativas de soluções O que o tomador de decisão precisa dominar para estar mais próximo de uma tomada de decisão eficaz? Identificar os motivos de cada problema — o que muitos autores chamam de “raiz do problema” — é uma tarefa complexa para muitos gestores de empresas, principalmente quando se trata de problemas de alta complexidade e que requerem soluções emergenciais. O tempo pode ser um inimigo quando o assunto é investigar o problema e foi justamente a partir desse pressuposto que estudiosos começaram a criar meios sistematizados, ou até mesmo lúdicos, para entender as fontes de problemas nas corporações. As empresas passaram a adotar ferramentas da qualidade nos processos decisórios, com o objetivo de tomar decisões que previnam problemas antes que eles se repitam. Diagrama de Ishikawa (“espinha de peixe”) O Diagrama de Ishikawa tornou-se referência entre as organizações que buscavam métodos para analisar as origens dos problemas de forma rápida e assertiva para que conseguissem entender o parâmetro geral, a fim de que fossem definidas as decisões cabíveis à realidade de cada situação-problema. A seguir, abordaremos essa ferramenta de qualidade de forma mais detalhada. Diagrama de Ishikawa O Diagrama de Ishikawa, também chamado de Causa e Efeito e popularizado como Diagrama de Espinha de Peixe, é distintamente uma ferramenta visual, cujo objetivo é auxiliar a análise de problemas organizacionais. A ferramenta foi nomeada em homenagem a Kaoru Ishikawa, um engenheiro japonês de controle da qualidade, que a desenvolveu na década de 1960. O diagrama tem como função e objetivo arrumar o raciocínio na identificação de causas raízes de problemas. Ele possui a principal função de relacionar o efeito a ser analisado com as causas mais influentes que fizeram o efeito acontecer. Isso ocorre em uma análise de seis classificações, sendo elas máquina, materiais, mão de obra, meio ambiente, medida e método, apresentando de forma ilustrativa as espinhas de um peixe, como representa a imagem a seguir. Para produzir um Diagrama de Ishikawa você precisará entender o significado de alguns termos, apresentados a seguir. Clique em cada um deles para identificar seu respectivo significado. Efeito Ação gerada por uma origem, resultado de uma ação. São as consequências. Problema Empecilho para alcançar determinado objetivo ou meta esperada; circunstância indesejada que requer uma solução. No Diagrama de Ishikawa, é normal que o problema seja identificado em formato de pergunta. Causa Origem, motivação, razão de algo acontecer. Causa primária ou Principal Causas perceptíveis, ou seja, origem de primeira instância que acarretarão as “subcausas”, também conhecidas por causas secundárias. Causa Secundária Desdobramento das causas principais. A estrutura do método do Diagrama de Ishikawa contempla identificar os diferentes problemas de cada contexto e o esclarecimento do número limitado de causas, sejam elas primárias ou secundárias. Para a elaboração do diagrama, conforme a imagem anterior, as causas são divididas no esqueleto do peixe, remetendo a uma espinha, em seis diferentes categorias, que são: • Máquina. • Materiais. • Mão de obra. • Meio ambiente. • Método. • Medidas. Essas categorias são conhecidas também como a divisão dos “6 Ms”. Clique nas abas a seguir e entenda cada uma delas. Maquina Neste item, devemos analisar e identificar as causas ocorridas por falhas das máquinas envolvidas na produção, como: funcionamento indevido, desatualização, falha mecânica, falha de energia ou conexão. Material Aqui devem ser considerados os contratempos ocorridos por meio da matéria- prima ou quaisquer outros materiais utilizados nos processos que não atenderam ao que se precisava para o resultado do trabalho. Como exemplo, produtos vencidos, cor, tamanho e formatos incorretos, entre outros. Mão de obra São consideradas as causas provenientes de pessoal: falta de atenção, desmotivação, falta de competência e capacidade, entre outras falhas diretamente ligadas às pessoas que fazem parte do processo. Meio ambiente Aqui analisamos os ambientes internos e externos e identificamos quais são os fatores que podem resultar em problemas. Exemplos: liberação de materiais poluentes ou a poluição em si, temperatura, falta de espaço na proporção necessária, layout, ruídos etc. Método Entender a forma como o trabalho estava sendo realizado influenciou a ocorrência do problema, que seria basicamente entender se houve planejamento, se as atividades foram realizadas conforme o planejado, ou até mesmo se os meios e ferramentas adequados foram utilizados no processo. Medidas Nesse indicador, é importante listar causas diretamente ligadas às métricas que são usadas para medir, monitorar e controlar o trabalho, a exemplo da efetividade dos instrumentos de calibração, indicadores, metas e cobranças. Para a elaboração do diagrama é necessário seguir as seguintes etapas: 1. Identificar o problema que será analisado e resolvido. 2. Fomentar um levantamento de ideias e opiniões com a equipe, de modo a usar perguntas como: “por que este problema acorreu e gerou tais danos?” e relacioná-las com cada uma das categorias dos “6Ms”, apresentadas anteriormente. 3. Estudar as causas dos problemas por meio da pergunta: “por que essa causa ocorreu?”, de forma a ramificar as causas e “subcausas”, criando um diagrama mais completo, com níveis de estudo de causas mais profundos. 4. Considerar dados e evidências das causas que foram identificadas na construção do diagrama, para chegar à causa raiz do problema. 5. Elaborar planos de ação para extinguir a possibilidade de um mesmo problema voltar a acontecer ou neutralizar os efeitos da causa-raiz. Concluiremos apresentando um exemplo de aplicação do Diagrama de Ishikawa perante um problema para identificar sua causa raiz. Exemplo de um problema: na análise crítica, o gerente deuma equipe do comercial de vendas identificou uma redução significativa e preocupante nos resultados das vendas nos últimos 60 dias. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, a equipe conseguiu bater as metas. A queda atual percebida foi de 40% das vendas. Ao continuar a análise, foi percebido, nos últimos três meses, um volume de insatisfação dos clientes no que se refere a demora no atendimento e que o movimento diário tem diminuído desde então. A imagem a seguir irá representar o diagrama aplicado, nesse caso. Tema 3Principais etapas da tomada de decisões Qual relação podemos estabelecer entre a importância das etapas a serem seguidas e a tomada de decisão de forma segura? A tomada de decisão está diretamente ligada à ideia de escolher uma opção dentre as alternativas para resolver o problema ou atingir certo objetivo. Entretanto, essa visão torna-se muito reduzida quando se trata de processos decisórios, que envolvem análises, definições e etapas, tornando a tomada de decisão um pouco mais complexa do que se pode presumir. Etapas do processo decisório As principais etapas do processo decisório são: • Etapa 01: Identificação do problema. • Etapa 02: Controle da precipitação. • Etapa 03: Filtro e consenso de ideias. • Etapa 04: Busca por alternativas. • Etapa 05: Ação. • Etapa 06: Controle e verificação das decisões. A seguir, falaremos sobre cada uma delas. Etapa 1 – Identificação do problema Nessa etapa, é necessário entender o que será solucionado por meio da decisão que será tomada. Para isso, é importante o detalhamento de informações referentes ao problema para aumentar a percepção dele, além dos dando causados e de onde ele surgiu. Conforme já apresentado anteriormente, existem ferramentas que podem auxiliar o tomador da decisão no processo de identificação do problema. Explicamos aqui o exemplo do Diagrama de Ishikawa, que possibilita uma visão ampla das causas que geraram os problemas nas diversas categorias organizacionais que compõem esse diagrama, para que, por fim, se possa identificar a causa raiz. A partir dessa identificação, os envolvidos no processo poderão estabelecer ideias e alternativas eficazes para solucionar, prevenir ou remediar o problema em questão. Etapa 2 – Controle da precipitação Um dos motivos que podem justificar as decisões que não obtiveram resultado esperado de modo a não solucionar o problema ou não atingir o objetivo, é que em muitos processos decisórios, gestores, por exemplo, acabam por tomar decisões de forma precipitada ou de forma irracional (deixando-se apenas serem guiados por pressão e emoções), sem entender as consequências que cada ação impensada pode causar. No que tangem às pessoas, é preciso pensar que as decisões devem ser personalizadas, de forma que funcionem para o grupo que será atingido por elas, de modo a acreditar que as decisões tomadas não devem ser motivo de um terceiro problema. Etapa 3 – Filtro e consenso de ideias A escuta é muito importante no processo decisório, mas não são todas as ideias, opiniões e informações que serão relevantes ao processo decisório. Cabe à equipe de gestão de processo analisar as ideias e entender o que pode ser aplicado de acordo com a pretensão das consequências, considerando as opiniões sugeridas para análise. Essa etapa contempla desde estabelecer as pessoas que podem contribuir com informações e opiniões relevantes de acordo com suas formações, experiências e expertises até o filtro e acordo das ideias mais relevantes aos processos. Etapa 4 – Busca por alternativas Esta etapa, que já foi mencionada anteriormente nesta disciplina, consiste em determinar as possibilidades para a solução dos problemas, que devem ter sido muito bem analisados anteriormente. Atente-se aos detalhes antes da tomada de decisão. Entretanto, não restrinja a sua visão somente àqueles caminhos convencionais e, teoricamente, seguros. Entenda, portanto, quais alternativas você não havia analisado, pois nem sempre temos somente duas possibilidades para se chegar a uma solução. Etapa 5 – Ação Além do ato de decidir, no processo decisório cabe criar um plano de ação para a execução das decisões. No plano devem ser consideradas as consequências e possibilidades de falhas da realização do que foi determinado para que sejam estabelecidos movimentos mais assertivos a fim de assegurar que tudo ocorrerá como planejado. Afinal, os processos decisórios estão ligados ao viés de planejamento. Etapa 6 - Controle e verificação das decisões Controlar é um dos princípios da Administração. Quando se trata de decisões, é importante acompanhar o andamento da execução, como também os resultados, negativos ou positivos, que a decisão gerou. Deve-se ter atenção à premissa de entender se os processos decisórios estão sendo efetivos na solução dos problemas ou se cabe realizar mudanças na formatação das decisões ou identificação dos problemas. Portanto, é importante verificar, por meio de análise de indicadores, os resultados da ação pós-decisão. Isso fará com que o gestor otimize o tempo e melhore os processos decisórios de forma contínua. Processos decisórios Os processos decisórios têm sua importância no cotidiano dos negócios porque, a partir de um processo bem desenhado e definido, qualquer profissional conseguirá tomar uma decisão assertiva. Nesse aspecto, você poderá perceber fases importantes para a boa tomada de decisões. Definição do problema ou da oportunidade Aqui são definidos de modo claro os objetivos da decisão a ser tomada e o que se espera quanto a resultados. Por mais que pareça clichê, grande parte das decisões tomadas que não geram os resultados esperados são realizadas pelas empresas devido ao simples fato de as pessoas não estudarem o assunto. Discussão Nessa fase deve acontecer o levantamento de todas as informações necessárias que envolvem o problema e suas possíveis soluções. De acordo com as mesmas alternativas, identificam-se mais de duas alternativas para serem estudadas e comparadas. Logo após, é necessária uma avaliação dos riscos e benefícios de cada alternativa para que se possa escolher a alternativa que melhor atenda ao esperado. Tomada de decisão A conclusão de que uma decisão resulta em um processo decisório bem definido não deve excluir os fatores emocionais e a intuição dos envolvidos no processo. No ato da decisão, tudo deve ser levado em consideração para um resultado mais racional e específico. Implementação Quando a decisão é tomada e o próximo passo é agir. Encerramento Como entender os processos decisórios sem ter consciência sobre planejamento, estratégia e sistematização? É impossível entender os processos decisórios sem saber os conceitos e planejamento, estratégia e sistematização, pois estes estão inteiramente ligados ao assunto. O que o tomador de decisão precisa dominar para estar mais próximo de uma tomada de decisão eficaz? Por mais que pareça clichê, grande parte das decisões tomadas que não geram os resultados esperados, são realizadas pelas empresas devido ao simples fato de as pessoas não estudarem o assunto. Identificar os motivos de cada problema é o que o tomador da decisão precisa dominar no ambiente corporativo. O que muitos autores chamam de achar a “raiz do problema” é uma tarefa complexa para muitos gestores de empresas, principalmente quando se trata de problemas de alta complexidade e que requerem soluções emergenciais. O tempo pode ser um inimigo quando o assunto é investigar o problema e foi justamente a partir desse pressuposto que estudiosos começaram a criar meios sistematizado, ou até mesmo lúdicos, para entender as fontes de problemas nas corporações. Você consegue entender a relação entre a importância das etapas a serem seguidas com a tomada de decisão de forma segura?A tomada de decisão de forma segura está diretamente ligada à ideia de escolher uma opção dentre as alternativas para resolver o problema ou atingir certo objetivo. Entretanto, essa visão torna-se muito reduzida quando se trata de processos decisórios, pois estes envolvem análises, definições e etapas que tornam a tomada de decisão um pouco mais complexa do que se pode presumir. Portanto, para que as decisões sejam tomadas de forma segura e eficaz, é necessário respeitar as principais etapas do processo decisório. São elas: • Etapa 1 – Identificação do problema. • Etapa 2 – Controle da precipitação. • Etapa 3 – Filtro e consenso de ideias. • Etapa 4 – Busca por alternativas. • Etapa 5 – Ação. • Etapa 6 – Controle e verificação das decisões. Resumo da Unidade Nesta unidade você pôde estudar os processos decisórios interligados aos conceitos de planejamento, estratégia e sistematização e suas vertentes no contexto empresarial. Do mesmo modo, também foi guiado ao estudo sobre o problema a ser solucionado, como identificá-lo e a ferramenta mais utilizada para entender seu principal foco. Ainda sobre a mesma unidade foram apresentadas as principais etapas da tomada de decisão, sendo elas identificação do problema, controle da precipitação e consenso de ideias, busca por alternativas, ação, controle e verificação das decisões. Referências da Unidade • CERTO, S. C.; PETER, J. P. Administração Estratégica: planejamento e implementação da estratégia. São Paulo: Makron Books, 1993. • CHIAVANETO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2003. • MAÇÃES, M. A. R. Planeamento, Estratégia e Tomada de Decisão. Coimbra: Grupo Almedina, 2017. ISBN: 9789896942274. v. 4. Minha Biblioteca. • OLIVEIRA, D. de P. R. de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2004. • PASQUALE, P. Comunicação Integrada de Marketing. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2012. • PORTER, M. E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2004. • PORTER, M. E. What is Strategy? Harvard Business Review. v. 74, n. 6, p. 61- 78, nov.-dec. 1996. • SOUZA, I. M. de. Gestão das Universidades Federais Brasileiras: uma abordagem fundamentada na gestão do conhecimento. Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Florianópolis, 2009. Para aprofundar e aprimorar os seus conhecimentos sobre os assuntos abordados nessa unidade, não deixe de consultar as referências bibliográficas básicas e complementares disponíveis no plano de ensino publicado na página inicial da disciplina. http://www.tede.ufsc.br/teses/PEGC0118-T.pdf A sincronização da Tomada de Decisão Estratégica com o Planejamento Estratégico Formal Nesta unidade estudaremos o Planejamento Estratégico e mais desdobramentos da tomada de decisão, entendendo a sincronização dada ao processo decisório dentro da cultura organizacional por meio de planejamento estratégico, ou seja, como ambos necessariamente podem se relacionar. Você poderá entender como identificar as limitações dos processos decisórios de acordo com cada realidade empresarial a partir de ferramentas adequadas, no intuito de garantir que qualquer decisão tomada consiga atender às definições que fortaleçam a identidade empresarial. Para tanto, precisamos compreender como formatar o processo decisório respeitando o propósito da empresa, alinhado à missão, visão e valores dela. Nesta unidade, também abordaremos os impactos da gestão da informação sobre o processo decisório. Objetivo Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: • Desenvolver o Planejamento Estratégico considerando as limitações dos processos decisórios. Conteúdo Programático Esta unidade está organizada de acordo com os seguintes temas: • Tema 1 - Planejamento Estratégico Organizacional • Tema 2 - Avaliação das limitações dos processos decisórios • Tema 3 - Gestão da Informação e Processamento de Dados Tema 1Planejamento Estratégico Organizacional Qual a relação do planejamento estratégico com o processo decisório? Podemos entender Planejamento Estratégico Organizacional como a união de pensamentos e ideias estabelecidas de acordo com análise do panorama geral apresentado de forma organizada, com o propósito de obter um processo decisório sistêmico que atenda às necessidades da empresa para que consiga atingir os seus objetivos. As empresas, quando estão à frente do mercado, na maioria das vezes — se não na totalidade — utilizam um planejamento estratégico para destacar-se perante seus concorrentes. A depender do modelo de gestão estratégica adotada em cada uma delas, pode-se perceber que a competitividade é o pilar principal da gestão estratégica. E como definimos a ideia de estratégia? Drucker (1994) determina estratégia como um meio pelo qual os gestores podem exprimir a missão, visão, valores, objetivos da empresa, sua interação com o mercado, recursos, inovação, lucro, formação pessoal e a responsabilidade social. Os autores que citamos trazem visões diversificadas sobre estratégias para criar uma dimensão de conhecimento organizacional, influenciando muitas empresas em seu planejamento. Como explica Mintzberg (1987), a gestão estratégica envolve cinco dimensões, que são: • Plano • Objetivos • Padrão • Posicionamento • Perspectiva Os autores que citamos trazem visões diversificadas sobre estratégias para criar uma dimensão de conhecimento organizacional, influenciando muitas empresas no seu planejamento. O Plano Estratégico Organizacional é o que faz uma empresa se destacar no mercado perante a concorrência por meio de decisões que se fizeram necessárias para o sucesso do empreendimento. As empresas que não praticam um planejamento estratégico deixam de tomar decisões que atendam às novas demandas empresariais que acompanham as mudanças de consumo do público-alvo. Aqui, destacamos que o termo planejamento estratégico é um termo pertinente ao conceito apresentado, de estratégia, no foco desta unidade. Já o termo plano é aplicado para se referir a uma ferramenta utilizada dentro do planejamento estratégico. Qual o ponto de partida para a construção de um planejamento estratégico? Para a construção de um planejamento estratégico, as empresas precisam estudar o seu ambiente interno e externo. De acordo com a conceituação sobre análise estratégica de Gohr (2008), trata-se de uma prática útil para análise e avaliação, preferencialmente da concorrência sob, exclusivamente, três vertentes: mercado, concorrentes e ambiente interno e externo. Sendo assim, conhecer ao máximo o seu público-alvo e suas necessidades torna mais fácil e inteligente o processo de crescimento de uma empresa. Diante disso, podemos dizer que o planejamento estratégico requer três tipos de análises fundamentais para o seu desenvolvimento. Clique nas abas a seguir e conheça os três tipos: Análise e definição do modelo de negócio A forma de entender a proposta de valor que a organização ofertará aos clientes por meio da sua atuação no mercado deverá corresponder às necessidades, desejos e tendências do seu consumidor atual e futuro. É fundamental compreender os principais problemas ou demandas que a empresa provavelmente precisará solucionar, analisando as demandas da comunidade em que ela está inserida. Análise Estratégica do negócio Aqui é identificada como a empresa está posicionada estrategicamente diante do mercado, onde está inserida, se em uma posição favorável e crescente, ou se em situação crítica, que a leva a perder espaço para outras empresas. Análise de Mercado A análise de mercadoé um dos componentes do plano de negócios relacionado ao marketing da organização. Ela apresenta o entendimento do mercado da empresa, seus clientes, seus concorrentes e o quanto a empresa conhece, em dados e informações, o mercado em que atua. Por meio dessa análise é possível esclarecer a realidade do ambiente externo e como o seu movimento pode impactar os resultados da empresa, como a exemplo do estudo da concorrência e dos promissores clientes, que é conhecido como pesquisa de mercado, que, por sua vez, apresenta diversas ferramentas e formas de ser realizada. Pesquisa de Mercado De acordo com o Ibope (2007, p. 1): A pesquisa de mercado é a melhor e mais confiável ferramenta para obtenção de informações representativas sobre determinado público-alvo. Além de permitir o teste de novas hipóteses, conceitos ou produtos, a pesquisa de mercado auxilia na identificação de problemas e oportunidades e ajuda a traçar perfis de consumidores e mercados. A pesquisa de mercado tem o propósito de apresentar o resultado do estudo dos concorrentes e sua expansão, o estudo dos fornecedores, estudo dos possíveis clientes, a aceitação do mercado e a viabilidade do segmento de mercado escolhido pelo empreendedor, entre outras informações importantes para o negócio. Trata-se de uma ferramenta crucial para a organização, de modo a tornar-se um dos meios essenciais aos gestores para auxiliá-los nas tomadas de decisões de forma eficiente e direcionada ao negócio. Para Kotler (2000, p. 136): A penúltima etapa (processamento de dados) no processo de pesquisa de marketing é tirar conclusões a partir dos dados coletados. O pesquisador tabula os dados e monta distribuições de frequência. Médias e medidas de dispersão são computadas para cada uma das principais variáveis. O pesquisador também aplica algumas técnicas estatísticas e modelos de apoio à decisão avançados, na esperança de obter conclusões adicionais. Existem três tipos de pesquisa, sendo elas: exploratória, descritiva e experimental: • A pesquisa exploratória é a forma inicial de obter informações a partir de levantamento de hipóteses. • A pesquisa descritiva tem a pretensão de descrever fatos, características de grupos, podendo ser quantitativa ou qualitativa. • A pesquisa experimental tem caráter de teste experimental, como o próprio nome já propõe. Por esse aspecto, ela é qualquer pesquisa realizada com uma abordagem científica, quando um conjunto de variáveis é mantido constante, enquanto o outro conjunto de variáveis é medido como o assunto do experimento. Uma organização dirigida estrategicamente estará direcionada em seu planejamento quanto aos fatores externos, que, por sua vez, ela própria não possui influência ativa para interferir ou mudar. Entretanto, a empresa pode explicitar os riscos externos e criar um planejamento estratégico direcionado a diminuir os impactos destes, ou até mesmo transformá-los em oportunidades. A gestão de uma empresa pode contar com muitas ferramentas para qualificar esses fatores externos, mas existe um estudo de grande importância que torna esse processo eficiente, chamado de estudo PEST, que conheceremos a seguir. Estudo PEST O estudo conhecido como PEST (Políticos, Econômicos, Sociais e Tecnológicos), que tem como foco a análise de fatores externos (macroambiente), é direcionado à análise de um determinado cenário com base em quatro fatores específicos: político- legal, econômico demográfico, sociocultural e tecnológico-natural (KOTLER, 2020). A análise PEST é de fundamental importância para que a organização tenha consciência do impacto causado por mudanças nesses ambientes, podendo visualizar as possíveis oportunidades e progressos para a organização sob o ponto de vista macro. Tema 2Avaliação das limitações dos processos decisórios Como podemos avaliar as limitações dos processos decisórios de uma organização? A sincronização da Tomada de Decisão acontece quando o responsável pela decisão promove o processo decisório dentro do planejamento estratégico organizacional, que, na maioria dos casos, atende a uma rotina organizada e não eventual, ao contrário da forma de se ter uma tomada de decisão de forma eventual ou somente quando um problema aparece e necessita de uma solução rápida. Fazendo parte do planejamento estratégico da organização, os processos decisórios devem atender às necessidades da empresa sem que prejudiquem ou contraponham a sua cultura organizacional, como no exemplo do respeito a missão, visão e valores. Para avaliar as limitações do processo decisório, os envolvidos no processo devem sempre presumir as principais fontes de limitações na tomada de decisão. Missão Toda empresa de sucesso possui foco em sua missão e é por este motivo que todo empreendimento deve esclarecer na missão o propósito de sua existência e o que oferecerá de positivo à sociedade. É nessa etapa que a identidade da empresa é consagrada em longa duração de maneira a proporcionar um entendimento claro das expectativas despertadas na missão. Segundo Peter Drucker (1980)., a missão de uma organização é a definição ampla que esclarece a identificação da empresa, de modo a se comparar com seu nome ou produto/marca que, em suma, são elementos que trazem sentido, foco e direção aos colaboradores sobre o exercício da empresa. O autor ainda destaca que, a partir da missão, pode-se obter a definição clara e real dos objetivos, sendo importante o comprometimento dos gestores perante o negócio, de modo a integrar as expectativas futuras para o empreendimento. Exemplo fictício da missão de uma empresa de consultoria em recursos humanos: “Proporcionar, através do trabalho humanizado e inclusivo de consultoria, qualidade de vida e satisfação para colaboradores e empresários/clientes.” Visão A visão de um empreendimento está estreitamente ligada ao objetivo, sendo alvos a pretensão e o almejo da sua situação futura, de modo a impulsionar a organização ao crescimento quantitativo e qualitativo no mercado. Na visão, deve-se compreender estrategicamente como a empresa se espelha no futuro, com a definição de prazo ou não. A visão representa um quadro ou “horizonte” almejado na empresa. Exemplo de uma empresa prestadora de serviço: “Tornar-se uma empresa reconhecida nacionalmente, em 2030, pelo trabalho eficaz e inovador, visando transformação no âmbito organizacional.” Valores Trata-se do posicionamento refletido na atitude que a empresa terá durante a atuação. É a partir dos valores que a organização fortalece seus princípios mais relevantes, visto que eles nortearão gestores e colaboradores. Os valores são princípios que advêm da forma como a empresa irá se comportar para arcar com seus objetivos de longo prazo. É interessante que a organização tenha valores abrangentes e bem estabelecidos, e que os colaboradores tenham ciência da importância de agir de acordo com eles. Segundo Barret (2000), os valores organizacionais servem como o guia da vida organizacional a partir dos princípios valorizados por ela mesma, atendendo tanto a necessidade do público, como os objetivos gerenciados pela empresa. Para complementar a abordagem do autor, em parâmetro constante e abrangente, tais valores recriam a postura da organização em seu âmbito geral, sendo capaz de colaborar com a sociedade e para o seu próprio diferencial competitivo. Como um exemplo fictício de valores que uma empresa de prestação de serviços pode ter: • Respeito. • Inclusão. • Responsabilidade social. • Humanização. • Ética. • Comprometimento. • Paixão. Para obter-se o resultado esperado sobre as decisões tomadas, além de assegurar a identidade da empresa determinada por meio da missão, visão e valores, é muito importante entender as limitações nos processos decisórios e estas podem estar relacionadas ao ambiente interno e/ou externodo empreendimento. Sendo assim, podemos destacar as principais fontes de limitações na tomada de decisão: Percepção limitada Ocorre quando não são estabelecidas todas as possibilidades e alternativas convenientes ao processo decisório. Informação parcial É a falta de informações suficientes sobre o problema e os fatores que podem impossibilitar a eficácia da tomada da decisão e suas alternativas. Lógica da satisfação Refere-se à falta de interesse por parte da pessoa que tomará a decisão quando determina a primeira alternativa que atenda ao mínimo esperado. Entretanto, deixar de pensar em mais alternativas pode inviabilizar o alcance máximo do resultado que seria a satisfação que se pretende a cada processo decisório. Limitação na decisão por interferência política Apesar da tomada de decisão considerar os fatores externos, esses fatores não podem ser exclusivos para influenciar uma decisão, pois isso limitaria as escolhas de outras opções mais saudáveis para a organização. O que fazer para que as limitações não impactem em decisões assertivas? Partindo dos pressupostos limitantes, que acabamos de descrever, cabe ao corpo de gestão e direção de uma empresa definir, ou formatar, um modelo de gestão que assegure que as limitações que possam interferir nos processos decisórios sejam anuladas, para que as decisões resultem no esperado para o sucesso organizacional. Dessa forma, cada empresa pode ter um modelo de gerenciamento diferente de acordo com a sua estrutura, cultura e clima organizacional. Existe um modelo de gestão universal entre os modelos e tamanhos de negócios que pode ser fundamental para evitar que as limitações ao processo decisório impossibilitem a tomada de decisões assertivas. O modelo mencionado trata-se do ciclo eficiente na resolução de problemas, ou seja, colocar em ação melhorias específicas por fases e tornar esse ciclo repetitivo. Esse modelo é conhecido como PDCA (ou ciclo PDCA, ou Ciclo Deming), cuja sigla é formada pelos seguintes elementos: • Plan (Planejamento). • Do (Execução). • Check (Verificação). • Action (Ação). Esse modelo foi inicialmente desenvolvido na década de 1930, pelo estatístico Walter A. Shewhart e, posteriormente, popularizado na década de 1950, pelo estatístico W. Edwards Deming. Esse método é utilizado para o gerenciamento de organizações e/ou setores, com ênfase em melhorias e resoluções de problemas. Conheça-o na imagem a seguir. Segundo Campos (1996), o Método de Melhorias – ou Ciclo PDCA, é uma ferramenta de gestão de processos ou de sistemas. Ele serve para direcionar a organização no alcance das metas almejadas. Em outras palavras, esse método de gestão tende a tornar as metas e objetivos reais e executáveis. Tema 3Gestão da Informação e Processamento de Dados Como a gestão da informação em uma empresa pode melhorar os processos decisórios? É na fase do processo decisório que são estabelecidas as alternativas para solucionar um dado problema, possibilitando o alcance de determinado objetivo. Dessa maneira, o seu resultado define se a tomada de decisão foi eficiente. Quando as empresas encontram dificuldades na hora de esclarecer as alternativas, é porque, na maioria das vezes, elas não têm as informações necessárias ou não sabem gerenciar as informações para uma decisão que resulte no esperado. Em todas as empresas e suas atividades, a informação está presente. Notoriamente, não é indicado promover a informação apenas como parte agregadora de valores no que se refere aos desdobramentos organizacionais. É preciso defini-la como elemento indispensável e de muito valor na melhoria e eficácia do processo decisório. Porém, para que o objetivo seja alcançado e as decisões sejam precisas, é importante que as informações obtidas e presentes na empresa sejam disponibilizadas de forma eficaz, para que sirvam de apoio e orientação no processo decisório. Por isso, o gerenciamento das informações “como recurso no âmbito organizacional, implica verificar as necessidades informacionais e desenvolver as etapas básicas de gestão: coleta, armazenamento, distribuição, recuperação e uso da informação (CARVALHO, 2006, p. 89). Decidir é optar entre diversas possibilidades que levam a determinado resultado. De acordo com Oliveira (2004, p. 89), a tomada de decisão é a conversão das informações em ação, isto é, a decisão é a ação tomada de acordo com o gerenciamento de informações. Porém, a tomada de decisão envolve opções, alternativas e escolhas que (na prática) nem sempre são simples de realizar, pois "qualquer que seja o seu ambiente, o indivíduo sempre toma decisões em decorrência das mais diversas situações e busca agir de acordo com os modelos adquiridos pelas experiências passadas ao longo de sua vida" (CARVALHO, 2006, p. 82). O processo decisório, norteado por informações advindas do macro e microambiente, visa nortear as empresas no intuito de reduzir incertezas e riscos futuros e avaliar possíveis impactos que determinadas situações internas e/ou externas possam provocar. Nesse aspecto, vale ressaltar que toda decisão deve ser tomada com o auxílio das pessoas que têm posse das informações e conhecimentos específicos sobre cada contexto. A gestão da informação é relevante apenas nas empresas? A gestão da informação é relevante, tanto no ambiente acadêmico quanto no contexto empresarial, podendo ser definida como o processo de organização e processamento de dados e informações de forma a sistematizar as informações em detrimento do que é importante para cada situação. Cada empresa, de acordo com a sua realidade, tende a escolher um modelo de gestão da informação que melhor atenda às suas demandas, pois as necessidades, interesses e problemas são próprios de cada uma. A informação direcionada ao processo decisório engloba "buscas dirigidas para objetivos diferenciados". Entre essas opções, é importante destacar: "[...] questões de pesquisas relacionadas à melhoria contínua de processos e atividades, bem como à inovação e avaliação de tecnologias para formação de competências em mercados concorridos, entre outros" (MORAES; FADEL, 2006, p. 104). Portanto, neste aspecto, o número insuficiente de informações para a resolução dos problemas provoca a cultura do uso da intuição como viés no processo decisório e assim pode-se chegar a resultados indesejados. Na atualidade, de acordo com mudanças nas formas de consumo, entre outras variações externas que refletem nas empresas, os gestores buscam cada vez mais informações precisas e relevantes sobre o ambiente organizacional para melhorar a eficácia de suas decisões. [...] com base nas informações coletadas sobre os ambientes interno e externo, a organização pode identificar alternativas e tomar decisões estratégicas para promover mudanças na estrutura e nos processos organizacionais, de modo a garantir a manutenção da sintonia com o ambiente externo e oferecer respostas adequadas para a sobrevivência e crescimento da organização. (BEAL, 2007, p. 75) A pandemia da Covid-19 é exemplo de variação externa que se reflete nas empresas, mudando a forma de comercialização para que elas consigam atender às novas demandas do mercado. As decisões tomadas no contexto de incertezas não dispensam a busca por informações relevantes para cada caso, fomentando uma tomada de decisão clara e de qualidade. Tomada de Decisão Fonte: Adaptada de Freitas (1993, p. 74). A partir da imagem que você acabou de visualizar, que representa um fluxo da tomada de decisão, identifica-se que a informação aparece logo no início do fluxo. Ao notar o problema, caracterizado por uma situação de incertezas, que demanda informações que facilitem sua identificação clara de modo a nortear o decisor por meio de seus valores, crenças e recursos para que o profissional, além das informações relevantesao processo decisório, atenda aos objetivos organizacionais e os critérios relevantes à situação. Portanto, o gerenciamento das informações serve como apoio ao decisor para formular alternativas e, assim, as melhores decisões serem tomadas. Conclui-se a importância de tomar decisões baseadas em resoluções, o que gera benefícios e resultados de excelência para a empresa. É indiscutível que a tomada de decisões sempre foi o foco de estudo no âmbito organizacional e motivo de preocupação de diversas ciências com foco em discutir essa questão, principalmente a área da administração. Em diversos casos, os gestores são inclinados a decidir de forma impulsiva e sob pressão dos ambientes interno e externo da organização, que, por sua vez, se mostram cada vez mais incertos e voláteis. No cotidiano das organizações a falta de tempo influencia diretamente a falta de informações, pois na urgência e sem planejamento prévio, não há tempo para coletar informações e realizar o gerenciamento delas ao longo do processo decisório. Isso ocorre com as empresas que não contam com uma boa gestão do tempo e pessoas, dificultando ainda mais tal quadro. Encerramento Qual a relação do planejamento estratégico com o processo decisório? O processo decisório pode acontecer de forma isolada, de acordo com uma eventual situação. Porém, as empresas que realizam o processo decisório dentro do planejamento estratégico que normalmente possui uma constância rotineira na empresa, conseguem otimizar tempo e recursos, além de prever possíveis problemas evitando que eles aconteçam ou causem impactos negativos à instituição. Portanto, a relação do planejamento estratégico com o processo decisório se dá a partir da forma de gerenciamento estratégico de uma empresa. Como se pode avaliar as limitações dos processos decisórios de uma organização? O resultado mais desejável para uma decisão exigiria conhecimento absoluto de todos os fatores e condições (internos e externos ao sistema, presentes e futuros) que afetam o objeto sobre o qual se está decidindo e suas inter-relações. Isso implicaria poder se antecipar com precisão à situação futura decorrente da opção por qualquer das alternativas disponíveis. Só assim seria possível optar pela melhor delas com certeza de sucesso. Assim, é impossível que, na prática, os decisores tenham que se conformar com alguns fatores limitantes, que prejudicam as expectativas sobre os resultados da decisão: percepção limitada, informação parcial, lógica da satisfação, redução das alternativas por interferência política. Como a gestão da informação em uma empresa pode melhorar os processos decisórios? O que movimenta as empresas, o que lhes dá dinamismo, é o conjunto de seus sistemas de informações, ou seja, a gama de informações produzidas por seus sistemas, de modo a possibilitar o planejamento, a coordenação e o controle de suas operações e, consequentemente, a definição das melhores estratégias a serem adotadas. A informação é determinante para toda e qualquer organização manter-se viva e funcionando, atendendo a todas as necessidades e ordenamentos do mercado globalizado. O processo de decisão baseia-se na quantidade e qualidade das informações colhidas e verificadas sobre o produto ou serviço praticado no mercado. A gestão da informação é relevante ,tanto no ambiente acadêmico quanto no contexto empresarial. Pode ser definida como o processo de organização e processamento de dados e informações de forma a sistematizar as informações em detrimento do que é importante para cada situação. Cada empresa, de acordo com a sua realidade, tende a escolher um modelo de gestão da informação que melhor corresponda às necessidades, interesses, problemas e demandas próprias de cada empresa. Resumo da Unidade Dado o exposto nesta unidade, você pôde ter acesso aos conhecimentos que acarretam a sincronização da Tomada de Decisão Estratégica com o Planejamento Estratégico Formal. Dessa forma, o planejamento estratégico organizacional envolve desde a missão, visão e valores de uma organização até as decisões tomadas no cotidiano empresarial. No processo decisório os envolvidos precisam contar com informações específicas sobre cada contexto para terem o apoio necessário e tomar decisões que façam a organização atingir os seus objetivos e metas, respeitando as limitações que podem influenciar esse processo decisório. Referências da Unidade • BARRET, R. Libertando a alma da empresa : como transformar a organização numa entidade viva. São Paulo: Cultrix, 2000. • BEAL, A. Gestão estratégica da informação . São Paulo: Atlas, 2007 • CAMPOS, V. F. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia a dia. Belo Horizonte: Fundação. Christiano Ottoni, 1996. • CARVALHO, E. L. Importância da gestão da informação para o processo decisório nas organizações. In: VALENTIN, M.L.P. (org.). Informação, conhecimento e inteligência organizacional . 2.ed. Marília: Fundepe, 2006. • DRUCKER, P. Administração em Tempos Turbulentos . São Paulo: Pioneira, 1980. • DRUCKER, P. F. Administração de Organizações sem fins lucrativos – Princípios e Práticas . São Paulo: Pioneira, 1994. • FREITAS, H. M. R. A informação com ferramenta gerencial . Porto Alegre: Ortiz, 1993. • GOHR PINHEIRO, I. Editores ad hoc, 2008. Revista de Estudos Ambientais, [s. l.], v. 10, n. 2, p. 88-89, ago. 2009. ISSN 1983-1501. • IBOPE - INSTITUTO BRASILEIRO DE OPINIÃO PÚBLICA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de mercado na tomada de decisões. • KOTLER, P. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. 10 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. • MORAES, C. R. B.; FADEL, B. Ambiência organizacional, gestão da informação e tecnologia. In: VALENTIN, M. L. P. (org.). Informação, conhecimento e inteligência organizacional . 2.ed. Marília: Fundepe, 2006. p. 98-115. • OLIVEIRA, D. P. R Sistemas de informações gerenciais: estratégias, táticas, operacionais. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2004. • ROSSATO, M. A. Gestão do Conhecimento : a busca da humanização, transparência e valorização do intangível. Rio de Janeiro: Interciência, 2003. Para aprofundar e aprimorar os seus conhecimentos sobre os assuntos abordados nessa unidade, não deixe de consultar as referências bibliográficas básicas e complementares disponíveis no plano de ensino publicado na página inicial da disciplina. Princípios para a tomada de decisões Princípios para a tomada de decisões Introdução a Teoria da Decisão IntroIntrduçãotesdviiii Objetivo Conteúdo Programático Tema 1Conceito, origens e fundamentos Tema 2Importância da teoria e Tomada de Decisões Organizacionais e suas novas abordagens Tema 3Novas demandas empresariais e seus impactos Encerramento Resumo da Unidade Referências da Unidade Objetivo Conteúdo Programático Tema 1Análise dos problemas organizacionais Eficiência Eficácia Eficácia e eficiência Tema 2Modelos de tomada de decisões Quadro: Os quatro modelos de tomada de decisões. Modelo racional Modelo político Modelo processual Modelo anárquico Tema 3Análise de decisão versus resolução de problemas Encerramento Resumo da Unidade Referências da Unidade Objetivo Conteúdo Programático Planejamento Estratégia Fases da estratégia Sistematização Tema 2 Identificação dos problemas e estudo das alternativas de soluções Diagrama de Ishikawa Efeito Tema 3Principais etapas da tomada de decisões Etapas do processo decisório Etapa 1 – Identificação do problema Etapa 2 – Controle da precipitação Etapa 3 – Filtro e consenso de ideias Etapa 4 – Busca por alternativas Etapa 5 – Ação Etapa 6 - Controle e verificação das decisões Processos decisórios Encerramento Resumo da Unidade Referências da Unidade Objetivo Conteúdo Programático Tema 1Planejamento Estratégico Organizacional Pesquisa de Mercado Estudo PEST Tema 2Avaliação das limitações dos processos decisórios MissãoVisão Valores Tema 3Gestão da Informação e Processamento de Dados