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Tecnologia em Radiologia Anatomia Geral Osteologia COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DOS OSSOS (OSTEOLOGIA) PARA A COMPREENSÃO DO APARELHO LOCOMOTOR, BEM COMO O MOVIMENTO DO CORPO HUMANO. AUTOR(A): PROF. FABIO HENRIQUE MANOCCHI AUTOR(A): PROF. ALVARO ADOLFO VILAS BOAS CASTILHO Legenda: OSSOS DO CORPO HUMANO Os ossos são órgãos vivos que se comportam como os outros, doem quando são lesados, sangram quando fraturados, remodelam-se quando são submetidos ao estresse e modificam-se com o passar dos anos. Como os outros órgãos, possuem vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Funções Chama-se de sistema esquelético o conjunto de órgãos que forma o arcabouço de sustentação e de conformação geral do corpo. O termo osteologia justamente designa o estudo dos ossos. Os ossos são definidos como peças rijas, de número, coloração e forma variáveis. As funções dos ossos são: · Sustentação e conformação do corpo. · Proteção. · Produção de certas células sanguíneas. · Sistema de alavancas. · Armazenamento de íons cálcio, fósforo, sódio e potássio. Morfologia óssea O osso não é maciço e apresenta regiões distintas. No estudo microscópico do tecido ósseo, distingue-se a substância óssea compacta e a esponjosa. Embora os elementos constituintes sejam os mesmos, eles se dispõem diferentemente. O osso representa um volume cuja resistência provém de linhas de força, denominadas trabéculas ósseas, que compõem a rede arquitetônica que preenche o tecido ósseo esponjoso. O tecido ósseo compacto, por sua vez, apresenta grande rigidez. O conjunto forma um órgão mais resistente e de maior leveza, que apresenta resistência quando submetido a várias cargas, como: pressão, tração e torção. Crescimento ósseo O crescimento dos ossos se dá pela deposição de osteoblastos, que darão origem ao centro de ossificação. Eles aparecem depois do nascimento e crescem rapidamente. As cartilagens epifisárias, presentes no centro de ossificação, são responsáveis pela maior parte do crescimento em extensão de um osso longo e não contribuem para o crescimento das epífises. Quando o crescimento das cartilagens epifisárias se retarda no fim da puberdade, o ritmo de ossificação começa a se aproximar e, depois, excede ao da proliferação da cartilagem, de modo que a cartilagem epifisária inteira é substituída por osso e o crescimento em extensão cessa. Divisão do esqueleto O conjunto de ossos e cartilagens conectados entre si pelas articulações é chamado de esqueleto. O esqueleto ósseo humano é constituído aproximadamente por 206 ossos e é dividido em duas partes: o esqueleto axial, que compreende os ossos do crânio, da coluna certebral e do tórax; e o esqueleto apendicular, formado pelos ossos do membro superior e inferior. Legenda: DIVISãO DO ESQUELETO ( AXIAL E APENDICULAR ) Classificação dos ossos Há várias maneiras de classificar os ossos: pela sua localização topográfica, forma ou função fisiológica. Os ossos, devido às suas particularidades, podem ser classificados em mais de um grupo. A. Topográfica i. Esqueleto axial ii. Esqueleto apendicular 1. Membro superior 2. Membro inferior 3. Cíngulo a. Do membro superior b. Do membro inferior B. Morfológica i. Longo Apresenta o comprimento maior que sua espessura e largura. Algo peculiar dos ossos longos é a presença de regiões chamadas de epífises e diáfise. Nos ossos em que a ossificação ainda não se completou, é possível visualizar entre a epífise e a diáfise um disco chamado de cartilagem epifisial, relacionado ao crescimento do osso em comprimento. · Epífise: extremidades (proximal e distal) do osso longo. · Diáfise: corpo do osso longo que, no seu interior, apresenta uma cavidade chamada de canal medular, que aloja a medula óssea. OSSO LONGO ii. Curto É aquele que apresenta equivalência nas três dimensões (altura, largura e comprimento). Objeto disponível na plataforma Informação: Legenda: OSSO CURTO (CARPO) iv. Irregular Apresentam formato complexo, que não encontra correspondências geométricas conhecidas. Legenda: OSSO IRREGULAR iii. Laminar (ou plano) Apresenta comprimento e largura equivalentes, entretanto, pequena espessura. Legenda: OSSO DO QUADRIL (PLANO) C. Funcional i. Pneumático Apresenta uma ou mais cavidades, de volume variável, revestidas de mucosa e ar e deixa o osso mais leve. Estas cavidades recebem o nome de seio (sinus). Legenda: OSSOS PNEUMáTICOS / SEIOS PARANASAIS ii. Sesamoide Desenvolvem-se em certos tendões, ou cápsula fibrosa, que envolvem algumas articulações. Trata-se de ossos pequenos que podem representar uma extensão do braço de alavanca e, para os tendões, uma superfície antifricção. Legenda: SESAMOIDE Organização macroscópica do tecido ósseo O tecido ósseo pode se organizar macroscopicamente de duas maneiras: compacto ou esponjoso, estando as duas formas de organização presentes na maioria dos ossos. Tecido ósseo compacto: Constitui a parte externa de um osso, é bastante resistente e denso. Tecido ósseo esponjoso: Está localizado profundamente ao tecido ósseo compacto e é bastante poroso. Minúsculas espículas de tecido ósseo, chamadas trabéculas, dão ao osso esponjoso uma aparência semelhante a uma treliça. O osso esponjoso é altamente vascularizado e propicia grande força com o mínimo de peso. Díploe: É uma característica presente em ossos planos do crânio, onde o osso esponjoso está intercalado entre lâminas de osso compacto. Auxilia na dissipação da força de pancadas, funcionando como um "amortecedor". Legenda: TECIDO óSSEO COMPACTO E ESPONJOSO Organização microscópica do tecido ósseo Microscopicamente, o tecido ósseo apresenta-se organizado em camadas (lamelas) de matriz e células ósseas, que dispõem ao redor de canais longitudinais (que percorrem o comprimento do osso) denominados canais de Havers, unidos uns aos outros pelos canais de Volkmann. Por esses canais uma série de vasos sanguíneos e linfáticos vão irrigar e drenar o tecido ósseo e, consequentemente, as suas células. Células ósseas O tecido ósseo é composto por diversas células incluídas em uma matriz de substância fundamental, sais inorgânicos (cálcio, fósforo) e fibras colágenas. As células ósseas e a substância fundamental dão flexibilidade e força ao osso; os sais inorgânicos dão a sua dureza. Há quatro tipos principais de células ósseas: Osteogênicas: São células indiferenciadas (células tronco), encontradas em contato com o endósteo e o periósteo, e podem se transformar em células formadoras de osso (osteoblastos) ou células destruidoras de osso (osteoclastos). Osteoblastos: São células jovens que produzem matriz óssea ao redor de si mesmas. Quando se encontram envoltas pela matriz, sofrem ligeira redução do metabolismo e são chamadas de osteócitos. Osteócitos: São as células maduras do tecido ósseo, sendo responsáveis pela manutenção da matriz. Osteoclastos: São grandes células multinucleadas que decompõem o tecido ósseo, liberando cálcio, magnésio e outros minerais para o sangue. Estas células são importantes no crescimento, no reparo e na remodelação do osso. Legenda: CéLULAS óSSEAS Acidentes ósseos Os ossos apresentam diversas "alterações" em sua superfície, denominadas "acidentes ósseos", que possuem nomenclatura bastante diversificada. Seguem alguns exemplos: Forame: Abertura ou passagem natural por meio de um osso. Sulco: Depressão em forma de vala. Meato: Canal tubular abrindo-se em um osso. Seio: Cavidade cheia de ar dentro de um osso. Fossa: Área oca ou deprimida. Fóvea: Pequeno orifício ou depressão. Incisura: Incisão ou chanfradura. Cabeça: Extremidade expandida ou principal parte de um órgão ou osso. Colo: Porção estreita próximaà cabeça do osso. Processo: Proeminência ou projeção em um osso. Côndilo: Projeção arredondada de um osso, geralmente para uma articulação com outro osso. Epicôndilo: Proeminência em um osso geralmente acima de seu côndilo. Eminência: Projeção de um osso. Face: Superfície plana. Tubérculo: Nódulo ou pequena proeminência, especialmente aquelas sobre um osso para ligação de um tendão. Tuberosidade: Elevação em um osso ao qual se prende um músculo. Trocânter: Grande proeminência para a fixação de um músculo. Linha: Listra ou marca estreita na superfície de uma estrutura. Crista: Elevação de uma superfície. Espinha: Projeção longa e fina. Diferença entre medula óssea e medula espinal. A medula óssea (Sistema ósseo): É um tecido líquido, que ocupa o interior dos ossos longos e chatos. Tem função de produzir componentes do sangue, (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) que pode ser chamada de Hematopoiese. A medula espinhal (Sitema Nervoso): É uma grande via para comunicar o cérebro a todas as partes do corpo. Significa que, os estímulos que saem do cérebro precisam atravessar a medula para chegar a alguma parte do corpo e ela se localiza na coluna vertebral. MEDULA óSSEA X MEDULA ESPINHAL Objeto disponível na plataforma Informação: ATIVIDADE FINAL O esqueleto Axial é constituído por? A. Crânio, tórax e braço B. Crânio, tórax e coluna C. Crânio, coluna e perna D. Braço, perna e pé O que é uma epífise? A. É corpo de um osso longo B. É a medula de um osso longo C. São as extremidades de um osso longo D. São as extremidades de um osso curto Em relação a uma célula óssea osteogênica é correto afirmar que: A. São grandes células multinucleadas que decompõem o tecido ósseo B. São as células maduras do tecido ósseo C. São células jovens que produzem matriz óssea ao redor de si mesmas D. São células indiferenciadas (células tronco), encontradas em contato com o endósteo e o periósteo REFERÊNCIA VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. 6. ed. São Paulo: Manole, 2002. TORTORA, G. J. Princípios da Anatomia Humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2. ed. São Paulo: Manole, 1991. DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. GRAY, H. Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, s/d. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Esqueleto Axial (Ossos do Crânio) COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DOS OSSOS (OSTEOLOGIA) E A ESTRUTURA DO ESQUELETO AXIAL. AUTOR(A): PROF. FABIO HENRIQUE MANOCCHI AUTOR(A): PROF. ALVARO ADOLFO VILAS BOAS CASTILHO Legenda: CRâNIO A cabeça é a parte superior do corpo que está fixada ao tronco pelo pescoço. É o centro de controle e comunicação. Abriga o encéfalo, portanto é o local onde são processadas: a consciência, as ideias, a criatividade, a imaginação, as tomadas de decisões e a memória. Contém receptores sensitivos especiais para o olfato, paladar, audição e visão, como também para a expressão. Na cabeça fica a via de entrada para o oxigênio e alimentos. O pescoço é a área de transição entre a base do crânio e as clavículas. Está entre a cabeça e o tronco, atuando como importante conduto entre eles. Nesta região estão localizados importantes órgãos com funções específicas, como a laringe e a glândula tireoide. O pescoço é relativamente delgado para permitir a flexibilidade necessária para a movimentação da cabeça e proporcionar melhor recepção de sinais para os órgãos sensoriais. É uma região muito vulnerável, pois muitos órgãos não têm uma proteção óssea. 1. Componentes ósseos O crânio é o esqueleto da cabeça; é formado por diversos ossos e pode ser dividido em neurocrânio e viscerocrânio. a. Neurocrânio O neurocrânio é formado por ossos que compõem a calota craniana (frontal, parietal e occipital) e a base (esfenoide, etmoide e temporal). Os ossos da base são irregulares e têm grandes partes planas. I. Frontal II. Pariental III. Temporal IV. Occipital V. Esfenóide CRâNIO Objeto disponível na plataforma Informação: Legenda: CRâNIO Legenda: CRâNIO SELA TURCA Objeto disponível na plataforma Informação: b. Viscerocrânio O viscerocrânio é formado por ossos irregulares, sendo dois ossos ímpares centralizados (mandíbula e vômer) e ossos pares bilaterais (maxilas, zigomáticos, palatinos, nasais e lacrimais). I. Nasal II. Maxila III. Palatino IV. Zigomáticos V. Vômer VI. Mandíbula Legenda: VOMER Legenda: MANDIBULA Legenda: MANDIBULA ROTEIRO PRÁTICO DO ESQUELETO AXIAL (Utilizem o material AVA e atlas de anatomia para encontrar as estruturas) 1. OSSOS DO CRÂNIO PARIETAL FRONTAL: - Arco superciliar; - Processo zigomático; - Crista frontal; - Seio frontal. OCCIPITAL: - Forame magno - Parte basilar - Côndilo occipital - Protuberância occipital externa: - Protuberância occipital interna: ESFENÓIDE: - Sela turca: - Seio esfenoidal - Asa menor: - Asa maior: TEMPORAL: - Processo mastóide; - Processo estilóide. - Poro acústico externo. - Processo zigomático. - Fossa mandibular ETMÓIDE: - Lâmina cribriforme - Crista etmoidal - Lâmina perpendicular - Células etmoidais OSSO LACRIMAL OSSO NASAL OSSO VÔMER MAXILA: - Margem infra-orbital - Seio maxilar - Processo zigomático - Processo palatino - Processo alveolar PALATINO ZIGOMÁTICO: - Processo temporal - Processo frontal - Processo Maxilar MANDÍBULA: - Corpo da mandíbula: - Protuberância mentual; - Forame mentual; - Parte alveolar - Ângulo da mandíbula: - Forame da mandíbula. - Ramo da mandíbula - Processo condilar: - Cabeça da mandíbula; HIÓIDE (Bons estudos) ATIVIDADE FINAL São componentes ósseos do neurocrânio? A. Frontal, parietal, nasal B. Frontal, parietal, temporal C. Frontal, temporal, nasal D. Nasal, maxilar, palatino Qual desses acidentes ósseos fazem parte do esfenóide? A. Forame Magno B. Fossa Mandibular C. Sela Turca D. Processo alveolar São componentes ósseos do Vicerocrânio? A. Frontal, parietal, nasalB. Nasal, parietal, temporal C. Frontal, temporal, nasal D. Nasal, maxilar, palatino REFERÊNCIA DUFOUR, M. Anatomia do aparelho locomotor. Membro inferior. v. 1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A., 2003. FERNANDES, G. J. M. Eponímia: glossário de termos epônimos em anatomia e Etimologia: dicionário etimológico da nomenclatura anatômica. São Paulo: Plêiade, 1999. HALL, S. J. Biomecânica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A., 2000. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Esqueleto Axial (Ossos do Coluna Vertebral / Caixa Torácica) COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DOS OSSOS (OSTEOLOGIA) E A ESTRUTURA DO ESQUELETO AXIAL. AUTOR(A): PROF. FABIO HENRIQUE MANOCCHI AUTOR(A): PROF. ALVARO ADOLFO VILAS BOAS CASTILHO Legenda: COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral inicialmente é formada por 33 ossos, sendo: 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas. Após o 18º ano de vida, as vértebras sacrais terminam seu processo de fusão e formam um único osso, chamado de sacro. Após o 30º ano de vida as vértebras coccígeas terminam seu processo e formam o cóccix. O conjunto forma uma unidade funcional e estrutural que é o eixo do esqueleto axial. Permite movimentos do pescoço e tronco, sustentação da cabeça e proteção à medulaespinal. A amplitude de movimento da coluna vertebral depende da região e idade do indivíduo. A amplitude de movimentos de adultos jovens saudáveis geralmente sofre uma redução de 50% ou mais com o envelhecimento. A mobilidade da coluna vertebral decorre principalmente da compressibilidade e elasticidade dos discos intervertebrais. Os movimentos não são produzidos exclusivamente pelos músculos, eles são auxiliados pela gravidade. Legenda: COLUNA VERTEBRAL Legenda: COLUNA VERTEBRAL E NERVOS 1. Componentes ósseos a. Curvaturas A coluna vertebral de um adulto tem quatro curvaturas: na região cervical, na torácica, na lombar e na sacral. As curvaturas da região torácica e sacral são classificadas como curvaturas primárias e as da região cervical e lombar, como curvaturas secundárias. I. Primárias As curvaturas primárias, também chamadas de cifoses, surgem durante o desenvolvimento embrionário é devido à posição fetal. São mantidas durante toda a vida. II. Secundárias As curvaturas secundárias, também chamadas de lordoses, resultam da extensão a partir da posição fetal. Elas começam a surgir durante o período fetal, mas só se tornam evidentes na lactância. A lordose cervical torna-se evidente quando o lactente começa a hiperestender o pescoço quando está em decúbito ventral e a manter a cabeça ereta na posição sentada. A lordose lombar torna-se aparente quando crianças de 1 a 2 anos começam a assumir a posição vertical, ficar em pé e caminhar. Cifoses e lordoses acentuadas podem ser consideradas patologias. Legenda: NORMAL / LORDOSE / CIFOSE b. Vértebras As vértebras são chamadas pela letra inicial da região onde se localizam e pelo seu número. Possuem partes comuns, mas diferenciadas, dependendo da região. Normalmente as vértebras são compostas por: corpo, arco e processos. O corpo da vértebra é a parte anterior espessa e discoide. É responsável pela sustentação da carga imposta pelas estruturas acima. O arco vertebral estende-se posteriormente e dá limites ao forame vertebral. O conjunto de forames vertebrais forma o canal vertebral que abriga a medula espinal, portanto tem função de proteção. Os processos partem do arco vertebral, servem como ponto de inserção de músculo ou articulação com outros ossos. O processo espinhoso (único) projeta-se posteriormente. O processo transverso (par) projeta-se lateralmente. Sua angulação varia de acordo com a região da coluna. O processo articular superior (par) projeta-se para cima. Em cada processo encontra-se uma região mais lisa, denominada face articular superior, que é outro ponto de articulação entre uma vértebra e outra. Inferiormente, encontram-se as mesmas estruturas, porém por causa da posição são denominadas de processo articular inferior e face articular inferior. Quando se observam duas vértebras sobrepostas em vista lateral, pode-se encontrar a abertura pela qual passam os nervos espinais, denominada de forame intervertebral. I. Vértebras cervicais As vértebras cervicais possuem, além do forame vertebral, dois forames presentes nos processos transversos, denominados forames transversários, local onde passa a artéria vertebral. A primeira e a segunda vértebras cervicais são as únicas que possuem nomes, sendo chamadas de Atlas (C1) e Áxis (C2). Legenda: MARCOS TOPOGRAFICOS Legenda: VERTEBRAS CERVICAIS II. Vértebras torácicas São doze, uma para cada par de costelas, que nelas se apoiam, formando as fóveas costais. Cada vértebra torácica articula-se com um par de costelas. As faces articulares das vértebras são chamadas de fóveas (fóvea costal superior, fóvea costal inferior e fóvea costal do processo transverso) e entram em contato com as costelas (cabeça e tubérculo). VERTEBRA TORáCICA III. Vértebras lombares Geralmente maiores e mais robustas, são cinco vértebras. Objeto disponível na plataforma Informação: Legenda: VERTEBRA LOMBAR Legenda: VERTEBRA LOMBAR Legenda: POSIçãO DA COLUNA LOMBAR Legenda: COLUNA LOMBAR E DISCOS IV. Sacro Osso único, triangular, formado pela união das cinco vértebras sacrais. Está na parte posterior da pelve e une-se aos ossos do quadril para fixação do cíngulo do membro inferior. Possui além canal sacral, que é uma continuação do canal vertebral. Legenda: SACRO V. Cóccix Localizado no final da coluna vertebral, formado pela fusão das quatro vértebras da região. Legenda: SACRO / COCCIX O Tórax é formado pela parede torácica e pela cavidade torácica. A parede torácica inclui a caixa torácica (que alguns anatomistas chamam de gaiola torácica, em virtude da disposição das costelas. A caixa torácica tem como funções: proteger os órgãos internos, resistir às pressões internas negativas e proporcionar fixação para os membros superiores. Embora o formato da caixa torácica proporcione rigidez, suas articulações e a pequena espessura e flexibilidade das costelas permitem a absorção de muitos choques e compressões sem fratura. 1. Componentes ósseos O esqueleto da caixa torácica é formado por: doze vértebras e os discos intervertebrais, doze pares de costelas e cartilagens costais associadas e osso esterno. Costelas As costelas são ossos planos e curvos, muito leves, mas de muita resistência. São numeradas de cima para baixo e classificadas em três grupos: I. Verdadeiras Os sete primeiros pares de costelas são chamados de costelas verdadeiras, pois se fixam diretamente ao esterno por meio de suas próprias cartilagens costais. II. Falsas O oitavo, nono e décimo pares de costelas são chamados de costelas falsas porque suas cartilagens unem-se à cartilagem das costelas acima, ou seja, articulam-se indiretamente ao esterno. III. Flutuantes O décimo primeiro e o décimo segundo par de costelas são chamados de costelas flutuantes porque não se articulam com o osso esterno. c. Esterno (do grego sterno, que significa escudo) É um osso plano e alongado. Sobrepõe-se diretamente às visceras do mediastino. Legenda: CAIXA TORáCICA ROTEIRO PRÁTICO DO ESQUELETO AXIAL (Utilizem o material AVA e atlas de anatomia para encontrar as estruturas) COLUNA VERTEBRAL VÉRTEBRAS: - Corpo vertebral - Arco vertebral: - Forame intervertebral - Forame vertebral - Processo espinhoso - Processo transverso - Processo articular superior: - Face articular superior. - Processo articular inferior: - Face articular inferior. VÉRTEBRAS CERVICAIS: - Processo espinhoso - Forame transversário Atlas: - Massa lateral do Atlas: - Arco anterior do Atlas: - Arco posterior do Atlas: Áxis: - Dente do áxis: VÉRTEBRAS TORÁCICAS: - Fóvea costal superior - Fóvea costal inferior - Fóvea costal do processo transverso VÉRTEBRAS LOMBARES: - Processo espinhoso - Processo costiforme SACRO: - Base do sacro: - Promontório; - Processo articular superior. - Parte lateral: - Face auricular; - Tuberosidade sacral. - Crista sacral mediana; - Canal sacral: ESQUELETO DO TÓRAX COSTELAS: - Costelas verdadeiras (I – VII) - Costelas falsas (VIII – X) - Costelas flutuantes (XI – XII) - Cabeça da costela: - Colo da costela - Corpo da costela: - Tubérculo da costela: CARTILAGEM COSTAL ESTERNO: - Manúbrio do esterno: - Corpo do esterno - Processo xifóide ATIVIDADE FINAL A coluna vertebral é formada por quantas vertebra? A. 7 vértebras cervicais, 11 torácicas, 6 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas B. 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas C. 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 6 lombares, 4 sacrais e 4 coccígeasD. 7 vértebras cervicais, 11 torácicas, 5 lombares, 6 sacrais e 4 coccígeas Em relação a curvatura secundária da coluna vertebral é correto afirma que? A. As curvaturas secundárias, também chamadas de cifoses, resultam da extensão a partir da posição fetal B. As curvaturas secundárias, também chamadas de hipercifoses, resultam da extensão a partir da posição fetal C. As curvaturas secundárias, também chamadas de lordoses, resultam da extensão a partir da posição fetal D. As curvaturas secundárias, também chamadas de escoliose, resultam da extensão a partir da posição fetal O esqueleto da caixa torácica é formado por? A. dez vértebras e os discos intervertebrais, dez pares de costelas e cartilagens costais associadas e osso esterno B. doze vértebras e os discos intervertebrais, doze pares de costelas e cartilagens costais associadas e osso esterno C. doze vértebras e os discos intervertebrais, dez pares de costelas e cartilagens costais associadas e osso esterno D. dez vértebras e os discos intervertebrais, doze pares de costelas e cartilagens costais associadas e osso esterno REFERÊNCIA DUFOUR, M. Anatomia do aparelho locomotor. Membro inferior. v. 1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A., 2003. FERNANDES, G. J. M. Eponímia: glossário de termos epônimos em anatomia e Etimologia: dicionário etimológico da nomenclatura anatômica. São Paulo: Plêiade, 1999. HALL, S. J. Biomecânica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A., 2000. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. NETER, F. H. Atlas de anatomia humana. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2008. SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 21. ed. v. 2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. Esqueleto Apendicular (Ossos do Membros Superiores / MMSS) COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DOS OSSOS (OSTEOLOGIA) E A ESTRUTURA DO ESQUELETO APENDICULAR. AUTOR(A): PROF. FABIO HENRIQUE MANOCCHI AUTOR(A): PROF. ALVARO ADOLFO VILAS BOAS CASTILHO Legenda: MEMBROS SUPERIORES O membro superior possui maior liberdade de movimentos, e pouco se assemelha a seu homólogo inferior, maciço e com maior rigidez. Tem estruturas anatômicas mais delicadas que as do membro inferior, mobilidade articular mais rica, aparelho muscular poliarticular desenvolvido e rede ligamentar mais tênue. O termo cíngulo descreve a cinta que conecta os membros ao esqueleto axial. Os cíngulos do membro inferior e os do membro superior possuem cada um deles um par de ossos planos localizados posteriormente, que permitem a fixação de músculos e estão unidos anteriormente a outros ossos: púbis ou clavículas. No membro superior, o úmero articula-se com a escápula, que por sua vez articula-se com o osso esterno. Como a escápula não está ligada diretamente ao tronco, esse cíngulo possui maior amplitude de movimentos e menor estabilidade. O termo ombro designa o segmento proximal do membro que está localizado entre o tórax e o dorso, e na região lateral inferior do pescoço. Abrange a articulação entre a cabeça do úmero e a cavidade gleinodal da escápula (glenoumeral). Essa articulação sinovial é do tipo esferoidal. Apesar de a cavidade glenoidal ser côncava, ela é relativamente rasa, e isso confere grande amplitude de movimentos; entretanto, sua mobilidade torna-a relativamente instável. O membro superior é caracterizado por sua maior mobilidade e capacidade de segurar, golpear e executar atividades motoras finas. Existe uma fina sincronização entre as articulações do ombro e a escápula para coordenar os segmentos interpostos e executar um movimento uniforme e eficiente. O termo relação escápulo-torácica, ou mesmo, articulação fisiológica, descreve o conjunto de articulações que movimenta a escápula, fazendo com que ela deslize sobre o tórax. Há duas articulações sinoviais na relação escápulo-torácica: a esternoclavicular, que é do tipo sinovial selar e permite movimentos nos três eixos e a acromioclavicular, que é do tipo sinovial plano. Apesar da escápula se movimentar deslizando sobre o tórax, os eixos dos movimentos realizados estão localizados nas suas articulações sinoviais. A mobilidade da escápula é essencial para o movimento livre do membro superior. A clavícula forma um suporte que mantém a escápula afastada do tórax para que essa possa se movimentar livremente. A clavícula determina o raio de rotação do ombro. 1. Componentes ósseos Escápula O nome desse osso origina-se da palavra grega skaptein, que significa escavar, por causa de sua semelhança com uma pá. É um osso plano triangular situado na face posterolateral do tórax. Clavícula O nome desse osso origina-se da palavra latina clavicula, que significa pequena chave, porque seu formato lembra uma pequena chave, que fecha ou tranca o cíngulo do membro superior. É um osso alongado com formato da letra S. Possui duas extremidades, a esternal, que é alargada e triangular e a acromial, que é plana. Legenda: CíNGULO SUPERIOR Legenda: ESCáPULA Legenda: ESCAPULA PERFIL Os membros superiores e inferiores possuem desenvolvimento embrionário semelhante e têm muitas características em comum, bem como suas funções. Geralmente os membros superiores não estão associados à sustentação do peso e nem à movimentação do corpo, mas mesmo assim possuem grande força. O braço é o primeiro segmento livre e o mais longo do membro superior. Está situado entre as articulações do ombro e do cotovelo. É dividido em duas regiões braquiais: anterior e posterior. Úmero O úmero articula-se com a escápula na articulação do ombro e com o rádio e a ulna, na articulação do cotovelo. A extremidade proximal possui cabeça esférica, que se articula com a cavidade gleinoidal, colo anatômico e cirúrgico, tubérculos maior e menor. O colo anatômico localiza-se logo em seguida da cabeça do úmero e a separa dos tubérculos. O colo cirúrgico é um local comum de fraturas e é a parte estreita e distal após os tubérculos. A extremidade distal do úmero possui o côndilo formado por: tróclea, capítulo, fossas do olecrano, radial e coronóidea. Legenda: ANATOMIA DO COTOVELO Legenda: COTOVELO PERFIL Ossos do antebraço O antebraço é o segundo segmento mais longo do membro superior. Está localizado entre as articulações do cotovelo e do punho. Pode ser dividida em duas regiões: antebraquiais anterior e posterior, que recobrem o rádio e a ulna. Os dois ossos do antebraço formam juntos a segunda unidade de um suporte móvel articulado, que determina a posição da mão. Como essa unidade é formada por dois ossos paralelos, o rádio rotaciona em torno da ulna, nos movimentos de supinação e pronação. Isso torna possível rotacionar a mão, enquanto o cotovelo está flexionado. Ulna Estabiliza o antebraço e é o osso medial e mais longo. Sua extremidade proximal é especializada para a articulação do cotovelo e com a cabeça do rádio. Rádio Localizado lateralmente no antebraço é o mais curto dos dois ossos. O corpo do rádio, ao contrário da ulna, aumenta gradualmente em sentido distal. A extremidade distal é praticamente um quadrilátero para articular com os ossos do carpo. Ossos da mão Mão é a parte distal do membro superior, formada por oito ossos do carpo, metacarpo e falanges. Consiste em regiões: punho, palma, dorso e dedos. É ricamente suprida por terminações nervosas para tato, dor e temperatura. Os ossos da mão são divididos em: carpo, metacarpo e falanges. Os carpais estão dispostos em duas fileiras de quatro ossos, uma proximal e outra distal. Esses pequenos ossos conferem flexibilidade à mão. Ampliando o movimento na articulação do punho, as duas fileiras de ossos carpais deslizam uma sobre a outra. O carpo tem 8 ossos, organizados em duas fileiras de quatro ossos cada, divididos em proximal e distal. 1ª fila: semilunar, escafóide e uma pequena superfície do piramidal, que articulam com o rádio, e o pisiforme, que articulaapenas com o piramidal. 2ª fila: hamato, capitato, trapézio e trapezóide, que se articulam da seguinte forma: trapézio, que articula com o primeiro metacarpal e com o escafoide. trapezóide, que articula com o segundo metacarpal, com o trapézio e com o escafoide. capitato, que articula com o terceiro metacarpal, com o trapezóide, com o escafoide, com o semilunar e com o hamato. hamato, que articula com o quarto e quinto metacarpais, com o piramidal, com o capitato e uma pequena superfície com o semilunar. As falanges são os ossos que formam os dedos das mãos e pés dos vertebrados e cada dedo tem três falanges, exceto o polegar, que têm apenas duas. As falanges têm nomes diferentes, conforme sua posição: Falange proximal, articulam com os metacarpais. Falange média (fica entre a falange proximal e distal). Falange distal, nas extermidades dos dedos. Legenda: OSSOS DO CARPO Legenda: OSTEOLOGIA ATIVIDADE FINAL Qual acidente ósseo não faz parte da extremidade distal do Úmero? A. Tróclea B. Capitulo C. Fossa do olecrano D. Processo olecraniano Em relação aos ossos do antebraço a Ulna se caracteriza por? A. Estabiliza o antebraço e é o osso medial e mais curto B. Estabiliza o antebraço e é o osso medial e mais longo C. Estabiliza o antebraço e é o osso lateral e mais longo D. Estabiliza o antebraço e é o osso lateral e mais curto Ossos que compõem a fileira proximal do carpo? A. semilunar, escafoide, piramidal, hamato B. semilunar, escafoide, piramidal, pisiforme C. semilunar, trapézio, piramidal, pisiforme D. semilunar, escafoide, capitato, pisiforme REFERÊNCIA AFEK, A; FRIEDMAN, T.; KUGEL, C.; BARSHACK, I.; LURIE, D.J. Dr. Tulp?s Anatomy Lesson by Rembrandt: The Third Day Hypothesis. Isr Med Assoc J. 11(7):389-92, 2009. DUFOUR, M. Anatomia do aparelho locomotor. Volume II ¿ membro superior. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2003. FERNANDES, G.J.M. Eponímia: glossário de termos epônimos em anatomia; Etimologia: dicionário etimológico da nomenclatura anatômica. São Paulo: Plêiade, 1999. MOORE, K.L.; DALLEY, A.F.; ARGUR, A.M.R. Anatomia orientada para a clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 21. ed. 2 vol. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. Esqueleto Apendicular (Ossos do Membros Inferiores / MMII) COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DOS OSSOS (OSTEOLOGIA) E A ESTRUTURA DO ESQUELETO APENDICULAR. AUTOR(A): PROF. FABIO HENRIQUE MANOCCHI AUTOR(A): PROF. ALVARO ADOLFO VILAS BOAS CASTILHO Legenda: MEMBRO INFERIOR Pelve A palavra pelve se origina da palavra latina pelvis, que significa bacia. Na Roma antiga, pelvis era o nome de um grande vaso fundo com uma borda retorcida. A tradução francesa da palavra pelvis foi bassin e por isso o termo popular de bacia. A pelve é a parte do tronco inferior ao abdome, e a articulação do quadril faz a transição com o membro inferior. A cavidade pélvica é circundada pelo cíngulo do membro inferior e ocupada pelas vísceras abdominais inferiores, como bexiga urinária, parte final do intestino grosso e aparelho reprodutor. O cíngulo do membro inferior é um anel ósseo em forma de funil (e não de bacia) que une a coluna vertebral aos dois fêmures. Suas principais funções são: sustentar o peso da parte superior do corpo, transferir o peso do esqueleto axial ao esqueleto apendicular inferior e proporcionar fixação aos fortes músculos da locomoção e postura. Embora seja fácil determinar, no plano frontal, onde é o final da pelve e início do membro inferior (por meio da linha inguinal), posteriormente a região glútea é uma grande zona de transição entre o tronco e o membro. Do ponto de vista topográfico, faz parte do tronco, mas do ponto de vista funcional motor faz parte do membro inferior. A região glútea é a área proeminente posterior à pelve e inferior, da altura das cristas ilíacas, que se estende lateralmente até a margem anterior do trocanter maior. Quadril O osso do quadril é um osso plano, par e não simétrico, componente do cíngulo do membro inferior. Articula-se posteriormente com o sacro, anteriormente com o osso do quadril contralateral e lateralmente com o fêmur. Sua localização corresponde à da escápula no membro superior, entretanto, sua forma, biomecânica e função são completamente diferentes, por se tratar de uma peça óssea estável. O osso do quadril é constituído pela união de três ossos primitivos: ílio na parte superior, ísquio na parte infraposterior e púbis na parte infraanterior. Os membros inferiores são extensões do tronco especializadas para a sustentação do corpo, locomoção e manutenção do equilíbrio. A coxa é a região localizada entre as articulações do quadril e a do joelho. O peso do tronco é transferido da coluna vertebral para o cíngulo do membro inferior por meio das articulações sacroilíacas. Do cíngulo para os fêmures por meio da articulação do quadril. Para melhor sustentar a postura bípede ereta, os fêmures são oblíquos na coxa, de modo que os joelhos se aproximam medialmente, reposicionando o centro de gravidade nas linhas verticais da perna e pé. Também possuem curvatura anteroposterior, necessária à marcha bípede e à corrida. Legenda: OSSOS DA PELVE PELVE FEMININA E MASCULINA Legenda: RADIOGRAFIA DA PELVE Acetábulo O termo descreve o formato da face articular semelhante a uma taça rasa para vinagre. É uma cavidade na face lateral do osso do quadril que se articula com a cabeça do fêmur. É formado pela fusão de três partes ósseas e é recoberto por cartilagem articular. Objeto disponível na plataforma Informação: Fêmur – cabeça O fêmur é um osso longo, cuja epífise proximal participa da articulação do quadril por meio da cabeça do fêmur. É separado do restante do osso por um longo colo. Articula-se com o acetábulo e, devido aos formatos das faces articulares, forma uma articulação esfeiroidal. A cabeça redonda do fêmur é quase uma esfera. É recoberta por cartilagem articular, que é mais espessa nas áreas de sustentação do corpo. Fêmur O fêmur, que em latim significa coxa, é o osso mais longo e pesado do corpo. Seu comprimento corresponde a aproximadamente um quarto da altura da pessoa. É par e não simétrico, e forma o esqueleto da coxa. Sua epífise proximal articula-se com o osso do quadril e a distal, com a patela e a tíbia. O peso do tronco é transferido da coluna vertebral para o cíngulo do membro inferior por meio das articulações sacroilíacas. Do cíngulo para os fêmures por meio da articulação do quadril. Para melhor sustentar a postura bípede ereta, os fêmures são oblíquos na coxa, de modo que os joelhos se aproximam medialmente, reposicionando o centro de gravidade nas linhas verticais da perna e pé. Também possuem curvatura anteroposterior, necessária à marcha bípede e à corrida. I. Face patelar Localizada na epífise distal e anterior do fêmur, articula-se com a face posterior da patela e com ela forma uma articulação em gínglimo. II. Côndilos No fêmur são dois, um em cada lado da epífise distal, na região distal e posterior; articulam-se com os meniscos e os côndilos tibiais correspondentes e com eles formam uma articulação bicondilar. Patela A face posterior da patela articula-se com a face patelar do fêmur e forma uma articulação em gínglimo. Legenda: OSSO DO FêMUR Legenda: RADIOGRAFIA FêMUR Popularmente o termo perna é usado para descrever o membro inferior. Anatomicamente significa a parte do corpo humano que está entre as articulações do joelho e do tornozelo. Os ossos da perna (tíbia e fíbula) são importantes para sustentar e transmitir o peso para o tornozelo e pé. A fíbula atua principalmente como fixação para músculos, mas também é importante para a estabilidade do tornozelo. Objeto disponível na plataforma Informação: Tíbia A face superior dos côndilos da tíbia forma um platô que se articula com os meniscose com côndilos femorais correspondentes, e com eles forma uma articulação bicondilar. A tíbia é um osso longo, par e não simétrico. Forma o esqueleto medial da perna; é o segundo maior osso do corpo. Articula-se na sua epífise proximal com o fêmur, na distal com o tálus e lateralmente com a fíbula. A parte medial do osso é fácil de identificar na parte distal pela proeminência do maléolo medial. A tíbia garante a maior parte da sustentação do peso corporal. Junto à fíbula, desempenha função importante no tornozelo, formando a pinça maleolar. Fíbula A fíbula é um osso longo, par e não simétrico. Forma a parte lateral do esqueleto da perna, não tem função de sustentação de peso. Articula-se na parte proximal com o fêmur, na parte distal com o tálux e medialmente com a tíbia. Trata-se de um osso muito fino, daí seu nome, que significa alfinete, transmite uma pequena parte das cargas de apoio do membro inferior. Legenda: TíBIA E FíBULA Legenda: PERNA O esqueleto do pé é dividido em três partes: tarso, metatarso e falanges. Tarso Cada um dos ossos que compõe esse conjunto é curto, par e não simétrico, articulando com os ossos vizinhos e contribuindo para a formação do esqueleto do pé. Metatarsos O conjunto é formado por cinco metatarsos, que se prolongam em cada um dos dedos. O conjunto dos metatarsos forma a parte anterior do arco plantar. Falanges A falange é um osso longo e não simétrico. Forma o esqueleto dos dedos. Cada dedo possui três falanges: proximal, média e distal. O hálux possui apenas duas falanges: proximal e distal. Legenda: OSSOS DO Pé Legenda: ARTICULAçõES DO Pé CALCâNEO ROTEIRO PRÁTICO DO ESQUELETO APENDICULAR (Utilizem o material AVA e atlas de anatomia para encontrar as estruturas) 1. CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR OSSO DO QUADRIL: - Acetábulo: - Fossa do acetábulo; - Incisura do acetábulo; - Forame obturado Ílio: - Crista ilíaca: - Espinha ilíaca ântero-superior; - Espinha ilíaca ântero-inferior; - Espinha ilíaca póstero-superior; - Espinha ilíaca póstero-inferior; - Fossa ilíaca. - Face sacropélvica: - Face auricular; - Tuberosidade ilíaca Ísquio: - Corpo do ísquio - Ramo do ísquio: - Espinha isquiática - Incisura isquiática maior - Incisura isquiática menor Púbis: - Corpo do púbis: Objeto disponível na plataforma Informação: - Face sinfisial; 2. PARTE LIVRE DO MEMBRO INFERIOR FÊMUR: - Cabeça do fêmur: - Fóvea da cabeça do fêmur. - Colo do fêmur - Trocanter maior; - Trocanter menor - Corpo do fêmur: - Face poplítea; - Face patelar - Côndilo medial: - Epicôndilo medial; - Côndilo lateral: - Epicôndilo lateral. - Fossa intercondilar PATELA: - Base da patela - Ápice da patela TÍBIA: - Face articular superior - Côndilo medial - Côndilo lateral: - Eminência intercondilar: - Corpo da tíbia: - Tuberosidade da tíbia; - Maléolo medial FÍBULA: - Cabeça da fíbula: - Colo da fíbula - Corpo da fíbula: - Maléolo lateral: OSSOS TARSAIS: - Tálus: - Calcâneo: - Navicular: - Cuneiforme medial - Cuneiforme intermédio - Cuneiforme lateral - Cubóide OSSOS METATARSAIS: - Base do metatarsal - Corpo do metatarsal - Cabeça do metatarsal FALANGES: - Falange proximal - Falange média - Falange distal: - Base da falange - Corpo da falange - Cabeça da falange ATIVIDADE FINAL Em relação a característica da pelve feminina é correto afirmar que? A. o ângulo obtuso é < 90º B. o ângulo obtuso é >90º C. o ângulo obtuso é = 90º D. o ângulo obtuso é ? 90º É correto afirmar que a tíbia se articula com quem? A. lateralmente com o fêmur, na distal com o tálus e lateralmente com a fíbula B. proximal com o fêmur, na distal com o cuneiforme e lateralmente com a fíbula C. proximal com o fêmur, na distal com o tálus e lateralmente com a fíbula D. proximal com o fêmur, na distal com o cubóide e lateralmente com a fíbula O osso do Quadril se caracteriza por: A. é um osso plano, par e não simétrico, componente do cíngulo do membro superior B. é um osso plano, par e não simétrico, componente do cíngulo do membro inferior C. é o osso mais longo e pesado do corpo D. é um osso longo, par e não simétrico e forma o esqueleto medial da pelve REFERÊNCIA DUFOUR, M. Anatomia do aparelho locomotor. Membro inferior. v. 1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A., 2003. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; ARGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 21. ed. v. 2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. Miologia COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DOS MÚSCULOS PARA A COMPREENSÃO DO APARELHO LOCOMOTOR. AUTOR(A): PROF. FABIO HENRIQUE MANOCCHI AUTOR(A): PROF. ALVARO ADOLFO VILAS BOAS CASTILHO Legenda: MIOLOGIA Com o passar dos anos ocorrem inúmeras transformações em nosso organismo e as funções dos sistemas são alteradas de forma natural ou em decorrência de alguma patologia. No sistema musculoesquelético que e formado pelos músculos, tendões, ligamentos, articulações e ossos também ocorrem diversas alterações com o passar dos anos, elas podem ocorre de forma lenta e gradativa ou de forma rápida isto vai depender de vários fatores como nutrição, hidratação, doenças pré-existentes, neste tópico iremos abortar os aspectos naturais do processo do envelhecimento deste sistema. Sistema muscular A massa muscular por exemplo de uma pessoa de 80 anos de idade e cerca de 30% a 40% menor do que de uma pessoa de 30 anos de idade. A perda de massa muscular e progressiva mais não linear com o passar do tempo, por exemplo se a pessoa sempre praticou atividade física a perda é diferente da que foi sedentária. Ocorre também a diminuição da força muscular em decorrência da perda de massa muscular, o declínio da força muscular, começa a ocorrer por volta dos 30 e 40 anos de idade, evoluindo lentamente até os 60 anos de idade, quando está perda se acentua principalmente em idosos do sexo masculino, quando a perda de células ( fibras) musculares e maior. A deficiência de hormônios do crescimento e andrógenos e observado nos idosos o que também contribuem para as alterações da função muscular. Tendões, ligamentos e cartilagem articulares Com o envelhecimento diminui o ritmo de construção dos ligamentos e dos tendões, isto ocorre, pela diminuição de água nas estruturas as tornando mais rígidas. Os tendões mostram alterações degenerativas que iniciam por volta dos 30 anos de idade . A diminuição da nutrição e hidratação nos tendões, tornam-os mais fracos, mais rígidos e menos complacentes. Essas mudanças predispõem tendões às roturas espontâneas. Os ligamentos também têm resistência diminuída à tração no processo do envelhecimento esta diminuição da força é devida a alterações de substâncias algumas destas estão relacionadas com o enfraquecimento do local de inserção do ligamento no osso. Mecânica muscular A contração muscular produz trabalho mecânico, em geral representado pelo deslocamento de um segmento do corpo. As extremidades do músculo se prendem em pelo menos dois ossos. O músculo atravessa uma articulação especializada para permitir grande amplitude de movimento. Ao contrair, o músculo desloca a peça óssea. As fibras musculares podem reduzir seu comprimento, em relação ao seu estado de repouso. O trabalho (T) realizado por um músculo depende da potência (F) e da amplitude de contração (E) (T=F.E). A potência está diretamente relacionada com o número de fibras musculares acionadas e a amplitude de contração depende de seu grau de encurtamento. Legenda: CONTRAçãO A capacidade de reagir em resposta a uma modificação do meio constitui umas das propriedades essenciais à vida de um animal. A unidade que possui essa característicaé chamada de célula ou fibra muscular, seu conjunto é chamado de tecido muscular e quando unidos formam o músculo. Quando estimulada, a célula muscular contrai-se,e a resposta oposta é chamada de relaxamento. O estudo dos músculos é chamado de miologia e está relacionado ao músculo estriado esquelético. Tecidos musculares Os tecidos musculares podem ser classificados de acordo com um critério tríplice (anatômico, histológico e fisiológico): a. Músculo Liso: músculo da vida vegetativa (esôfago, intestino e outros) Anatômico: visceral; histológico: liso e fisiológico: involuntário b. Músculo Estriado Esquelético: (biceps / triceps e outros) Anatômico: esquelético; histológico: estriado e fisiológico: voluntário c. Músculo Cardíaco: (coração/ miocardio) Anatômico: viscerais; histológico: estriado e fisiológico: involuntário TECIDOS MUSCULARES O músculo esquelético a. Componentes anatômicos Basicamente o músculo esquelético possui uma parte média e duas extremidades. I. Ventre muscular É a parte média, carnosa e vermelha. Constituída na sua maioria por tecido muscular estriado esquelético. No ventre muscular predominam as fibras musculares, sendo a parte ativa responsável pela contração muscular. II. Tendões Extremidades do músculo, com formato cilíndrico, constituídos por tecido conjuntivo denso, rico em fibras colágenas. Quando possuem formato em fita são chamados de aponeuroses. São esbranquiçados e Objeto disponível na plataforma Informação: extremamente resistentes. Sua função é transmitir a força gerada pela contração do ventre muscular aos ossos. Mas também podem ser presos à cartilagem, às cápsulas articulares, aos septos musculares, à derme ou ao tendão de outro músculo. III. Fáscias e aponeurose Fáscia muscular é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. A espessura varia de acordo com o músculo, de acordo com sua função. 1. Epimísio Fáscia que envolve o músculo todo. 2. Perimísio Fáscia que penetra no músculo, separando as fibras musculares em feixes, chamados de fascículos. 3. Endomísio Extensões muito delgadas da fáscia que envolvem a membrana celular de cada fibra muscular. Legenda: MúSCULO Legenda: FáSCIAS FáSCIAS / MIOLOGIA Legenda: FáSCIAS Inserções de origem e terminal Os músculos se prendem em ossos e atravessam uma ou mais articulações. Os pontos de fixação são chamados de inserções; a de origem (ponto fixo) é a parte que se prende ao osso, que não se desloca durante a contração muscular, e a inserção terminal (ponto móvel) é a extremidade do músculo que se desloca. Objeto disponível na plataforma Informação: Legenda: INSERçõES DE ORIGEM E TERMINAL Classificação morfológica Os nomes dados aos músculos geralmente estão relacionados quanto à forma, tamanho, localização, função etc., por isso a importância de classificá-los: a. Quanto ao número de inserções de origem e terminal Quando um músculo possui mais de uma inserção de origem e uma inserção terminal pode receber o nome de: · Bíceps: duas inserções de origem e uma inserção terminal. · Tríceps: três inserções de origem e uma inserção terminal. · Quadríceps: quatro inserções de origem e uma inserção terminal. Quando um músculo possui uma inserção de origem e mais de uma inserção terminal pode receber o nome de: · Bicaudado: uma inserção de origem e duas inserções terminais. · Policaudado: uma inserção de origem e mais de duas inserções terminais. b. Número de ventres A grande maioria dos músculos possui somente um ventre, entretanto alguns possuem mais de um: · Digástrico: dois ventres. · Pologástrico: três ou mais ventres. c. Quanto à disposição das fibras I. Paralelas 1. Fusiforme Quando há convergência das fibras nas inserções, de tal forma que o ventre muscular é a parte de maior diâmetro. 2. Longo Quando o comprimento predomina em relação às outras medidas. 3. Largo Quando o comprimento e largura se equivalem. 4. Em leque Músculos largos em que as fibras se convergem para um único tendão, tomando o aspecto de leque. 5. Orbicular Quando as inserções ocorrem no mesmo músculo, com formato circular. II. Oblíquas Disposição das fibras, que lembram penas. 1. Unipeniforme Disposição das fibras em uma única direção oblíqua. 2. Bipeniforme Disposição das fibras em duas direções. 3. Multipeniforme Disposição das fibras em mais de duas direções. CLASSIFICAçãO DOS MúSCULOS ATIVIDADE Qual membrana reveste o ventre múscular ? A. Endomisio B. Perimisio C. Epmisio ATIVIDADE Qual membrana reveste o feixe muscular ? A. Endomisio B. Perimisio C. Epmisio ATIVIDADE Qual membrana reveste a fibra múscular ? A. Endomisio Objeto disponível na plataforma Informação: B. Perimisio C. Epmisio REFERÊNCIA DUFOUR, M. Anatomia do aparelho locomotor. Membro inferior. v. 1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A., 2003. FERNANDES, G. J. M. Eponímia: glossário de termos epônimos em anatomia e Etimologia: dicionário etimológico da nomenclatura anatômica. São Paulo: Plêiade, 1999. HALL, S. J. Biomecânica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A., 2000. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Miologia do Esqueleto Axial COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DOS MÚSCULOS PARA A COMPREENSÃO DO APARELHO LOCOMOTOR. AUTOR(A): PROF. FABIO HENRIQUE MANOCCHI AUTOR(A): PROF. ALVARO ADOLFO VILAS BOAS CASTILHO Legenda: MúSCULOS Componentes musculares: A face é a superfície anterior da cabeça. Da fronte ao mento, de uma orelha a outra. A face determina nossa identidade e tem um papel muito importante na comunicação. Além da expressão, os músculos dessa região e até outros mais profundos auxiliam na mastigação e deglutição. a. Mastigação I. Masseter O nome do músculo origina da palavra grega masetér, que significa mastigador. Eleva a mandíbula e exerce grande força na oclusão. II. Temporal É um músculo em leque. Eleva a mandíbula, fechando a cavidade da boca. As fibras posteriores auxiliam na retração da mandíbula. b. Mímica c. Deglutição (músculos que atuam na língua, na faringe e no hióideo). d. Que movimentam o pescoço I. Esternocleidomastóideo O nome deste músculo descreve suas inserções: no esterno (do grego sternon – peito masculino), na clavícula (do grego kléis – chave) e no processo mastoide (do grego mastoidon – da mama). II. Esplênio da cabeça e do pescoço O nome do músculo se origina da palavra grega splenion, que significa curativo ou atadura. Ele foi assim denominado por semelhança da sua forma envolvendo os músculos mais profundos. São músculos espessos e planos e situam-se nas faces lateral e posterior do pescoço. III. Platisma O nome do músculo se origina da palavra grega platysma, que significa placa plana. Legenda: MúSCULOS DA FACE/CRâNIO Legenda: MúSCULOS DA CABEçA Legenda: MúSCULOS DO ESQUELETO AXIAL Legenda: MúSCULOS DA MíMICA Legenda: M. PLATISMA Legenda: MúSCULOS DO PESCOçO Legenda: MúSCULOS DO PESCOçO Alguns músculos que revestem a caixa torácica ou que nela se inserem servem principalmente a outras regiões. Diversos músculos estendem-se da caixa torácica até os ossos do membro superior; do mesmo modo, alguns músculos da parede anterolateral do abdome, dorso e pescoço inserem-sena caixa torácica. Os músculos do abdome desempenham papel mais estático do que dinâmico, tanto em relação à expiração não forçada (tônus), quanto na manutenção da postura. A parede abdominal é que assegura a estabilidade da coluna vertebral. No plano dinâmico são importantes na expiração forçada e na manobra de valsalva. a. Serrátil anterior O nome do músculo se origina da palavra latina serratus, que significa serreado, e recebeu esse nome por causa de sua origem múltipla com aspecto denteado, como uma serra. É uma delgada lâmina muscular situada entre as costelas e a escápula, expandido-se sobre a parte lateral do tórax. É um dos músculos mais fortes do cíngulo do membro superior. Também fixa a escápula, mantendo-a bem junto à parede torácica, permitindo que outros músculos a utilizem como osso fixo para movimentos do úmero. b. Intercostais O nome desses músculos descreve sua posição entre as costelas. Como são doze pares de costelas, os intercostais são onze. Cada músculo tem fixação superior na margem inferior da costela acima e segue inferoanteriormente até a costela abaixo, na margem superior. Esses músculos têm continuidade inferior com os músculos oblíquos externos na parede anterolateral do abdome. Os músculos intercostais são mais ativos durante a inspiração. c. Diafragma O nome do músculo se origina da palavra grega dia, que significa entre, e phragma, parede. No início, esse termo era usado para qualquer parede divisória ou septo, como o palato. O músculo diafragma forma parede muscular entre o tórax e abdome. Embora tenha funções relacionadas aos dois compartimentos do tronco, sua função mais importante é servir como principal músculo da inspiração. d. Reto do abdome O nome do músculo descreve seu trajeto (reto) e localização (abdome, que se origina de abdere – esconder). O reto do abdome é longo, largo e é o principal músculo da parede anterior do abdome. Os dois músculos são separados pela linha alba. e. Oblíquo externo do abdome O nome desse músculo descreve a disposição das fibras musculares (oblíquas) e seu posicionamento, formando a camada muscular externa que delimita uma das paredes da cavidade abdominal. É o maior dos três músculos anterolaterais do abdome. Embora as fibras mais posteriores fixadas na 12ª costela sigam um trajeto vertical até a crista ilíaca, as fibras anteriores abrem-se em leque, seguindo em direção cada vez mais medial. f. Obliquo interno do abdome O nome desse músculo descreve a disposição das fibras musculares (oblíquas), entretanto, de direção inversa ao oblíquo externo, e seu posicionamento, formando uma das camadas musculares internas que delimita uma das paredes da cavidade abdominal. É uma lâmina muscular fina que se abre em leque anteromedialmente. g. Transverso do abdome O nome desse músculo também descreve a disposição das fibras musculares (direcionadas no plano transversal) e sua localização (abdome). É o mais interno dos três músculos planos do abdome. A orientação circunferencial e transversa é ideal para comprimir o conteúdo abdominal e aumentar a pressão intrabdominal. Legenda: MúSCULOS DO ABDOME Legenda: MúSCULOS DO ABDOME MúSCULOS PéLVICOS MÚSCULO ESQUELETO AXIAL ROTEIRO PRÁTICO DO ESQUELETO AXIAL (Utilizem o material AVA e atlas de anatomia para encontrar as estruturas) MÚSCULOS DO PESCOÇO: - Músculo platisma - Músculo esternocleidomastóideo Objeto disponível na plataforma Informação: - Músculo masseter - Músculo bucinador - Músculo temporal MÚSCULOS DO DORSO: - Músculo trapézio: - Músculo latíssimo do dorso MÚSCULOS DO TÓRAX: - Músculo peitoral maior: - Músculo peitoral menor - Músculo serrátil anterior - Músculos intercostais - Músculo diafragma MÚSCULOS DO ABDOME: - Músculo reto do abdome - Músculo oblíquo externo do abdome - Músculo oblíquo interno do abdome - Músculo transverso do abdome - Bainha do músculo reto do abdome e Linha Alba - Músculo quadrado do lombo ATIVIDADE Qual o nome do músculo que descreve suas inserções: no esterno (do grego sternon – peito masculino), na clavícula (do grego kléis – chave) e no processo mastoide (do grego mastoidon – da mama). A. Platisma? B. Esplênio da cabeça e do pescoço? C. Esternocleidomastóideo? ATIVIDADE Qual o músculo que eleva a mandíbula e exerce grande força na oclusão ? A. Masseter? B. Esternocleidomastóideo? C. Bucinador ATIVIDADE Qual o músculo que forma a parede muscular entre o tórax e abdome ? Embora tenha funções relacionadas aos dois compartimentos do tronco, sua função mais importante é servir como principal músculo da inspiração. A. Reto do abdome? B. Diafragma? C. Intercostais? REFERÊNCIA DUFOUR, M. Anatomia do aparelho locomotor. Membro inferior. v. 1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A., 2003. FERNANDES, G. J. M. Eponímia: glossário de termos epônimos em anatomia e Etimologia: dicionário etimológico da nomenclatura anatômica. São Paulo: Plêiade, 1999. HALL, S. J. Biomecânica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A., 2000. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Miologia do Esqueleto Apendicular COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DOS MÚSCULOS PARA A COMPREENSÃO DO APARELHO LOCOMOTOR. AUTOR(A): PROF. FABIO HENRIQUE MANOCCHI AUTOR(A): PROF. ALVARO ADOLFO VILAS BOAS CASTILHO Legenda: MúSCULOS Componentes musculares do esqueleto apendiacular: Pelve [cíngulo inferior] e Membros inferiores - MMII. 1- A pelve pode ser movimentada quando há a combinação de movimentos da coluna (região lombar) e as duas articulações do quadril. Os músculos da região glútea localizam-se no mesmo compartimento, mas são organizados em duas camadas (superficial e profunda). A superficial é composta pelos três glúteos (superpostos) e o tensor da fáscia lata. A camada profunda é composta pelos músculos menores: piriforme, gêmeo superior, obturador interno, gêmeo inferior e quadrado femoral. a. Glúteo máximo O nome do músculo se origina da palavra grega gloutós, que significa anca. Para Hipócrates (300 a.C.), a palavra designava qualquer estrutura saliente arredondada, mas posteriormente o termo passou a ser usado apenas com referência à região e à musculatura das nádegas. O termo máximo é utilizado, pois dentre os três músculos este é o maior e mais superficial. O glúteo máximo é classificado como músculo largo. As principais ações desse músculo são a extensão e rotação lateral do quadril. b. Glúteo médio É um músculo com forma em leque e suas fibras convergem para o trocanter maior. Está em uma camada entre o glúteo máximo e o mínimo. Age abduzindo o quadril ou estabilizando a coxa e rotaciona-a medialmente. c. Glúteo mínimo É o mais profundo dos glúteos. Age como o glúteo médio. d. Piriforme O nome do músculo se origina da palavra latina pirum, que significa pera. Está localizado na parede posterior da pelve e é posterior à articulação do quadril. Em razão de sua posição, é ponto de referência da região glútea porque vasos e nervos estão muito próximos (acima ou abaixo dele). e. Gêmeo superior Este músculo tem esse nome, pois existe outro muito semelhante que se localiza abaixo do músculo obturador interno. Junto aos músculos obturador interno e gêmeo inferior já foi classificado como tríceps do quadril por ter ações semelhantes na rotação lateral do quadril e também no seu posicionamento, entre o piriforme e quadrado femoral. f. Obturador interno O nome deste músculo descreve seu trajeto pelo interior do forame obturado no osso do quadril. Também é um músculo em leque de ação semelhante aos gêmeos. g. Gêmeo inferior Está separado do gêmeo inferior pelo músculo obturador interno e é o mais inferior dos três, que possuem ações semelhantes na articulação do quadril. h. Quadrado femoralO nome deste músculo descreve seu formato (quadrado) e sua localização fêmur (femur – coxa). Está localizado inferiormente ao gêmeo inferior e é um forte rotador lateral do quadril. i. Tensor da fáscia lata É um músculo fusiforme que está na fáscia lata. É a parte superficial e anterior do glúteo máximo. Pela sua posição, auxilia na flexão e na abdução do quadril. Tensiona a fáscia lata e o trato iliotibial. 2. Os músculos presentes na coxa podem ser divididos em três compartimentos separados por septos musculares: anterior ou extensor, medial ou sdutor, posterior ou flexor. Os abdutores, por estarem na região glútea. a. Iliopsoas e psoas maior É o principal flexor do quadril. Embora seja um dos mais fortes do corpo, fica relativamente oculto, estando a maior parte localizada na parede abdominal posterior e pelve. b. Quadríceps femoral (reto femoral, vasto medial, vasto intermédio e vasto lateral ) As quatro partes do músculo quadríceps femoral são: reto femoral, valto medial , vasto intermédio e vasto lateral. Os músculos estão unidos em suas inserções terminais e, apesar disso, as quatro porções de inserção de origem do músculo recebem seus nomes como se fossem músculos separados. c. Sartório O sartório é o músculo mais longo do corpo e é semelhante a uma fita. É biarticular, atuando como flexor do quadril e do joelho. Também pode agir, de forma menos participativa, na abdução e rotação lateral do quadril. d. Pectíneo É um músculo de transição entre os compartimentos anterior e medial, que participa tanto como adutor assim como auxilia na flexão do quadril. e. Adutor longo O nome do músculo descreve o movimento que executa (adução) e seu formato (longo). É um músculo grande, em forma de leque e é o mais anterior dos três adutores. f. Adutor curto O nome do músculo descreve o movimento que executa (adução) e seu formato (curto, quando comparado aos outros). Situa-se abaixo do adutor longo. g. Adutor magno O nome do músculo descreve o movimento que executa (adução), por ser o maior e principal músculo do grupo (magno). É o maior, mais forte e posterior dos adutores. h. Grácil É o músculo mais superficial do grupo dos adutores, o mais fraco e o único a cruzar a articulação do joelho. O grácil une-se a dois outros músculos biarticulares (sartório e semitendíneo) em uma inserção tendínea comum, chamada de pata de ganso. Proporciona ao joelho uma proteção contra abdução, em virtude de sua inserção na pata de ganso no côndilo medial da tíbia. i. Semitendíneo (isquiotibial) A inserção de origem do músculo semitendíneo é no túber isquiático, que é comum a cabeça longa do bíceps femoral. Na porção média da coxa, seu ventre dá lugar a um longo tendão arredondado, que é palpável e visível como um dos limites mediais da fossa poplítea. j. Semimembranáceo (isquiotibial) O músculo semimembranáceo tem sua inserção de origem no túber isquiático por um tendão particularmente longo e plano, daí seu nome. Esse largo tendão dá origem a fibras musculares na parte proximal da coxa; o tendão da inserção terminal se insere no lado posteromedial do côndilo medial da tíbia. k. Bíceps femoral (isquiotibial) As duas porções do músculo bíceps femoral se denominam longa e curta. A longa se origina do túber isquiático junto ao semitendíneo. A curta se origina da linha áspera e do septo intermuscular lateral. As duas cabeças se unem no terço inferior da coxa e seu tendão de inserção terminal cruza a face posterolateral da articulação do joelho para se inserir predominantemente na cabeça da fíbula, com pequena ligação com o côndilo lateral da tíbia. 3. Músculos da perna: a. Gastrocnêmio O gastrocnêmio junto ao sóleo forma o tríceps sural. A junção das duas cabeças forma a massa muscular que dá origem a um tendão que recebe a inserção terminal do músculo sóleo e sua face profunda se insere na extremidade posterior do calcâneo. Esse tendão combinado do gastrocnêmio e do sóleo é o tendão calcâneo. b. Sóleo O sóleo, outra parte do tríceps sural, origina-se da parte superior da fíbula. É amplamente coberto pelo gastrocnêmio, porém abaixo da metade da perna é mais largo que o tendão desse músculo, sendo então visível em qualquer lado dele. c. Tibial anterior O músculo tibial anterior, quando enfraquecido ou lesado, faz com que, no momento em que o paciente eleva o joelho, as pontas dos dedos do pé se arrastem no chão. É um músculo potente, por ser semipeniforme. d. Fibular longo O fibular longo, junto ao fibular, age como um ligamento ativo porque protege o ligamento colateral lateral do tornozelo contra entorses. Com frequência, o tendão do fibular longo possui um osso sesamoide, próximo do osso cuboide. Ao cruzar o arco plantar, assume papel de manutenção deste, principalmente ao cruzar as expansões do tibial posterior, formando uma espécie de estribo de sustentação. e. Fibular curto Está localizado profundamente ao fibular longo. E, como seu nome descreve, situa-se próximo à fíbula. GLúTEOS MúSCULOS PROFUNDO DO QUADRIL ADUTORES Objeto disponível na plataforma Informação: Objeto disponível na plataforma Informação: Objeto disponível na plataforma Informação: Legenda: MúSCULOS DA PERNA Legenda: MúSCULOS DO MEMBRO INFERIOR (POSTERIOR) Legenda: MúSCULOS DA PERNA (POSTERIOR) Componentes musculares do esqueleto apendiacular: Cíngulo superior Músculos que agem movimentando a escápula. a. Peitoral menor Apesar deste músculo não estar localizado no dorso, está inserido nesta aula por causa de sua ação na movimentação da escápula. O músculo peitoral menor tem formato triangular e situa-se na parede anterior da axila, onde é quase completamente coberto pelo peitoral maior. O peitoral menor estabiliza a escápula e é usado na elevação das costelas para insipiração profunda quando o cíngulo do membro superior está fixado ou elevado. b. Trapézio O músculo trapézio é grande, triangular e cobre a face posterior pescoço e a metade superior do tronco. É responsável pela borda inclinada do pescoço. Recebeu esse nome porque os músculos dos dois lados formam essa figura geométrica. O trapézio é o local de fixação direta do cíngulo do membro superior ao tronco. As fibras desse músculo são divididas em três partes, que têm ações diferentes na articulação escapulotorácica fisiológica. O trapézio fixa o cíngulo do membro superior ao crânio e à coluna vertebral. As fibras da parte descendente, com o levantador da escápula, elevam o ombro. As partes transversal e ascendente do músculo atuam com os romboides retraindo e fixando a escápula. O trapézio tem ainda uma importante função ao rotacionar a escápula durante a abdução e elevação do membro superior. c. Romboide maior e menor O nome do músculo origina-se da palava grega rhombos, que significa obtuso e descreve seu formato geométrico. Nem sempre são separados claramente. Situam-se profundamente ao músculo trapézio. E formam faixas paralelas largas em direção inferolateral. d. Levantador da escápula Seu nome descreve sua ação. Assemelha-se a uma fita e situa-se profundamente ao músculo trapézio e esternocleidomastoideo. Legenda: MúSCULOS Componentes musculares a. Deltoide O músculo deltoide é volumoso e espesso, e cobre a articulação do ombro ventral, dorsal e lateralmente. A disposição de suas fibras é algo peculiar; a maior porção, que se origina do acrômio, consiste em fibras oblíquas em disposição peniforme. Isso significa que é particularmente forte para seu volume. Já as fibras das porções do músculo que se originam da clavícula e a da espinha da escápula estão dispostas de forma semipeniforme. b. Peitoral menor O músculo peitoral menor é delgado, triangular, situado na parte superior do tórax e sob o peitoral maior. O peitoral menor também ajuda na elevação das costelaspara a inspiração profunda quando o cíngulo do membro superior está fixo ou elevado. O nervo peitoral medial do plexo braquial, contendo fibras dos nervos oitavo cervical e primeiro torácico, inerva esse músculo. c. Redondo maior É um músculo espesso e arredondado. Seu ventre muscular está localizado lateralmente no terço inferolateral da escápula. Também auxilia na estabilização da cabeça do úmero com seu encaixe. d. Redondo menor É um músculo estreito e alongado, completamente oculto pelo músculo deltoide. Atua como o infraespinal para efetuar a rotação lateral do ombro e ajudar em sua adução. e. Subescapular O músculo subescapular forma uma parte da parede posterior da axila. Tem inserção de origem em quase toda a fossa subescapular. Une-se aos outros músculos do manguito rotador para manter a cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante todos os movimentos da articulação do ombro e, além disso, é um poderoso rotador medial do ombro. f. Supraespinal Ocupa a fossa de mesmo nome. Está localizado anteriormente à escápula e posteriormente às costelas. Faz parte do grupo manguito rotador. g. Infraespinal Ocupa boa parte da fossa de mesmo nome. É parcialmente coberto pelo deltoide e trapézio. É um poderoso rotador lateral do ombro e ajuda a manter a cabeça do úmero na cavidade glenoidal. h. Coracobraquial É um músculo alongado na parte superomedial do braço. Divide sua inseção de origem com os músculos peitoral menor e cabeça curta do bíceps braquial. i. Latíssimo do dorso O músculo latíssimo do dorso é grande, tem forma de leque triangular e é situado superficialmente, exceto na sua parte mais superior, onde é recoberto pelo trapézio. O nome latíssimo do dorso foi bem escolhido porque o músculo cobre uma grande área do dorso e é o mais largo do dorso. Com o redondo maior forma a prega axilar posterior e, juntos, contribuem para a parede posterior da axila. É um poderoso adutor e extensor do ombro. RELAçãO MúSCULOS ESCAPULA Componentes musculares a. Braquial O músculo braquial é fusiforme, achatado e está situado posteriormente (profundamente) ao bíceps braquial. O braquial é o principal flexor do cotovelo e é o único flexor puro. Flexiona o cotovelo em todas as posições, não sendo afetado por pronação e supinação durante movimentos lentos ou rápidos e na presença ou ausência de resistência. Quando o cotovelo é estendido lentamente, o braquial estabiliza o movimento por meio de relaxamento lento. Sempre contrai quando o cotovelo é flexionado e é o principal responsável pela manutenção da posição flexionada. Objeto disponível na plataforma Informação: b. Bíceps Braquial Embora, o bíceps braquial esteja localizado no compartimento anterior do braço, não tem fixação no úmero. O bíceps braquial age em três articulações: ombro, cotovelo e rádio-ulnar, embora atue principalmente nas duas últimas. Sua ação e eficácia são muito afetadas pela posição do antebraço. Juntamente com o braquial auxilia na flexão do cotovelo. Quando o antebraço está pronado é o principal supinador do antebraço. O bíceps braquial dificilmente opera como flexor quando o antebraço está em pronação, mesmo contra resistência. c. Braquiorradial O músculo braquiorradial tem formato fusiforme e situa-se superficialmente na face anterolateral do antebraço. Tem inserção de origem na parte superior da crista supracondilar lateral do úmero e insere-se na face lateral do rádio, logo acima do processo estiloide. É particularmente ativo durante movimentos rápidos ou na presença de resistência durante a flexão do cotovelo. d. Tríceps Braquial O músculo tríceps braquial está situado na face posterior do braço. O tendão de inserção terminal do tríceps braquial começa aproximadamente na parte média do músculo e se insere na maior parte no olécrano; uma faixa de fibras, contudo, continua seu trajeto para baixo, sobre o ancôneo. e. Ancôneo Para Winslow, o músculo tríceps braquial mais o ancôneo era chamado de anconei, com quatro cabeças. A separação do músculo em tríceps braquial e a cabeça lateral como ancôneo é a aceita tradicionalmente. É um pequeno músculo triangular, situado na parte posterior do cotovelo, que parece ser uma continuação do tríceps braquial. Origina-se por um tendão próprio do epicôndilo lateral do úmero e suas fibras se inserem no olécrano. Legenda: REGIãO ANTERIOR DO BRAçO Legenda: REGIãO POSTERIOR DO BRAçO Componentes musculares a. Músculos da mão Os músculos intrínsecos da mão estão localizados em cinco compartimentos e são responsáveis por vários gestos como: preensão de força, preensão em gancho, preensão com manuseio de precisão, pinçamento e posição de repouso. b. Músculos do antebraço Dezessete músculos atravessam a articulação do cotovelo. Alguns deles atuam exclusivamente nessa articulação, enquanto os outros atuam no punho e nos dedos. I. Flexor radial do carpo Localizado no compartimento anterior. Dos músculos que partem do epicôndilo medial, é o mais medial entre eles. É fusiforme, longo. II. Palmar longo Localizado no compartimento anterior. Dos músculos que partem do epicôndilo medial, é o segundo mais medial entre eles. Possui ventre muscular pequeno e tendão longo que segue superficialmente ao retináculo dos flexores. Está ausente em 14% da população. III. Flexor superficial dos dedos Localizado no compartimento anterior. Dos músculos que partem do epicôndilo medial, está em uma camada mais profunda e entre o palmar longo e o flexor ulnar do carpo. É um músculo policaudado e cada tendão de inserção terminal direciona-se aos dedos: indicador, médio, anular e mínimo. IV. Flexor ulnar do carpo Localizado no compartimento anterior. Dos músculos que partem do epicôndilo medial, é o segundo mais lateral entre eles. V. Pronador redondo Localizado no compartimento anterior. Dos músculos que partem do epicôndilo medial, é o mais lateral entre eles e o único que não vai em direção à mão. VI. Pronador quadrado É um músculo da camada profunda, de localização distal no antebraço. É o único que se insere apenas na ulna em uma extremidade e apenas no rádio na outra extremidade. VII. Extensor radial longo do carpo Localizado no compartimento posterior. Dos músculos que partem do epicôndilo lateral, é o mais lateral entre eles. VIII. Extensor radial curto do carpo Localizado no compartimento posterior. Dos músculos que partem do epicôndilo lateral, é o segundo mais lateral entre eles. Está em uma camada mais profunda do que o extensor radial longo do carpo. IX. Extensor dos dedos Localizado no compartimento posterior. Dos músculos que partem do epicôndilo lateral, está entre o extensor radial curto do carpo e o extensor ulnar do carpo. É um músculo policaudado e cada tendão de inserção terminal direciona-se aos dedos: indicador, médio, anular e mínimo. X. Extensor ulnar do carpo O nome desse músculo dá a descrição de sua função (extensor do carpo) e localização (próximo à ulna). XI. Supinador O nome do músculo descreve sua função (como supinador), apesar de não ser o principal músculo desse grupo. ROTEIRO PRÁTICO DOS MÚSCULOS DO ESQUELETO APENDICULAR MÚSCULOS DO OMBRO E BRAÇO: - Músculo deltóide: - Músculo supra-espinal - Músculo infra-espinal - Músculo redondo maior - Músculo redondo menor - Músculo subescapular OBSERVAÇÃO: Músculos que compõem o Manguito Rotador - Supra-espinal, Infra-espinal, Redondo menor e Subescapular. - Músculo bíceps braquial: - Músculocoracobraquial - Músculo braquial - Músculo tríceps braquial: MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO: - Músculos pronadores redondo e quadrado - grupo dos músculos flexores de punho e dedos - grupo dos músculos extensores de punho e dedos - Músculo supinador - Músculo braquiorradial MEMBRO INFERIOR MÚSCULOS DO QUADRIL E COXA: - Músculo iliopsoas: - Músculo ilíaco; - Músculo psoas maior. - Músculo glúteo máximo - Músculo glúteo médio - Músculo tensor da fáscia lata - Músculo piriforme - Músculo sartório - Músculo quadríceps femoral - Reto femoral; - Vasto medial; - Vasto intermédio; - Vasto lateral. - Músculo adutor longo - Músculo adutor curto - Músculo adutor magno - Músculo grácil - Músculo bíceps femoral: - Músculo semimembranáceo - Músculo semitendíneo OBSERVAÇÃO: Músculos cujos tendões compõem a “Pata de Ganso” – Sartório, Grácil e Semitendíneo. MÚSCULOS DA PERNA: - Músculo tibial anterior - Músculo extensor longo dos dedos - Músculo extensor longo do hálux - Músculo fibular longo - Músculo fibular curto - Músculo tríceps sural: - Gastrocnêmio (medial e lateral): - Sóleo. -Tendão do calcâneo ATIVIDADE Qual é o principal músculo flexor do quadril ? Embora seja um dos mais fortes do corpo, fica relativamente oculto, estando a maior parte localizada na parede abdominal posterior e pelve. A. Iliopsoas e psoas maior? B. Quadríceps femoral? C. Glúteo máximo? ATIVIDADE Qual o músculo que tem sua inserção de origem no túber isquiático por um tendão particularmente longo e plano ? Esse largo tendão dá origem a fibras musculares na parte proximal da coxa; o tendão da inserção terminal se insere no lado posteromedial do côndilo medial da tíbia. A. Semimembranáceo (isquiotibial)? B. Bíceps femoral (isquiotibial)? C. Gastrocnêmio? ATIVIDADE Qual o músculo que quando enfraquecido ou lesado, faz com que, no momento em que o paciente eleva o joelho, as pontas dos dedos do pé se arrastem no chão ? É um músculo potente, por ser semipeniforme. A. Tibial anterior? B. Gastrocnêmio? C. Sóleo? Artrologia COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DAS ARTICULAÇÕES (ARTROLOGIA) PARA A COMPREENSÃO DO APARELHO LOCOMOTOR, BEM COMO O MOVIMENTO DO CORPO HUMANO. AUTOR(A): PROF. FABIO HENRIQUE MANOCCHI AUTOR(A): PROF. ALVARO ADOLFO VILAS BOAS CASTILHO Legenda: MOVIMENTO ARTICULAR Legenda: ARTICULAçõES A função da articulação é aproximar os ossos do esqueleto e permitir mobilidade, seu estudo é chamado de artrologia. Tipos de articulações Embora as articulações apresentem consideráveis variações entre elas, possuem aspectos estruturais em comum, mas diferem principalmente em material interposto, podendo assim serem agrupadas em três tipos principais: fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. Fibrosa (sinartrose) A aproximação dos ossos é dada por tecido conjuntivo fibroso e apresenta pequeno ou nenhum movimento. I. Sutura (sutura = costura) São articulações típicas do crânio. Apresentam pequena quantidade de tecido fibroso e são pouco móveis. 1. Plana As margens dos ossos que se articulam apresentam superfícies planas. 2. Escamosa As margens dos ossos que se articulam apresentam superfícies planas ásperas em forma de bisel. 3. Serrátil As margens dos ossos que se articulam apresentam superfícies com a forma de dentes finos de uma serra. Legenda: SUTURAS DO CRâNIO Legenda: SUTURAS DO CRâNIO INFANTIL (VISTA LATERAL) II. Gonfose (gonfos = prego) União das raízes dos dentes com as paredes dos alvéolos dentais. III. Sindesmose (membrana interóssea) Articulações estabelecidas entre ossos afastados, unidos por grande quantidade de tecido conjuntivo. Cartilagínea O elemento de união entre os ossos é dado por cartilagem hialina ou fibrocartilagem. I. Sincondrose (articulação cartilagínea primária) Articulações temporárias constituídas por cartilagem hialina. A cartilagem hialina que aproxima e une os ossos é um remanescente do esqueleto cartilagíneo do embrião, funcionando como uma zona de crescimento para um ou para ambos os ossos que a mesma une. II. Sínfise (sínfise = crescido junto) ou anfiartrose (articulação cartilagínea secundária) Articulações constituídas por tecido de natureza fibrocartilagínea, cujo elemento de ligação é um disco. Sinovial (diartrose) São articulações que apresentam grande amplitude de movimento. A mobilidade exige livre deslizamento de uma superfície óssea contra outra e isto é impossível quando entre eles há interposto tecido conjuntivo fibroso ou cartilagíneo. As articulações sinoviais caracterizam-se por apresentarem componentes essenciais: · Face articular · Cartilagem articular · Cápsula articular · Cavidade articular · Líquido sinovial · Ligamentos · Componentes acessórios: discos e meniscos Legenda: COMPONENTES BáSICOS DA ARTICULAçãO SINOVIAL Legenda: ARTICULAçãO SINOVIAL As articulações sinoviais podem ser classificadas de acordo: 1. Quanto ao número de eixos: a. Monoaxial (permite movimentos em um único eixo) b. Biaxial (permite movimentos em dois eixos) c. Triaxial (permite movimentos em três eixos) 2. Classificação morfológica (de acordo com a forma das superfícies articulares): Plana As superfícies articulares são planas, apresentam movimentos de deslizamento e não tem eixo definido de movimento. Cilíndrica I. Trocóidea (ou em pivô) As superfícies articulares são semicilíndricas. Realiza movimento de rotação ao redor do eixo longitudinal do osso que se desloca, são classificadas como monoaxiais. II. Gínglimo (ou em dobradiça) As superfícies articulares apresentam saliência em forma de polia ou tróclea (carretel) em um osso e concavidade no outro. O eixo de movimento é transversal, permite movimentos de flexão e extensão. É classificada como monoaxial. Bicondilar (ou condilar) As superfícies articulares apresentam saliência ovoide em um osso e concavidade correspondente no outro. Permite movimentos de flexão/extensão e abdução/adução em torno de dois eixos. São classificadas como biaxiais. Selar As superfícies articulares são côncavas em uma direção e convexas em outra, com encaixe recíproco. São biaxiais e permitem movimentos de flexão/extensão e abdução/adução. Elipsóidea As superfícies articulares apresentam saliência elipsóidea em um osso e concavidade correspondente em outro. São também biaxiais e permitem movimentos de flexão/extensão e abdução/adução. Esferóidea As superfícies articulares são esféricas. Possui três eixos de movimentos e permite a execução isolada dos movimentos de flexão/extensão, abdução/adução e rotação e o movimento combinado destes (circundução). CONTEÚDO COMPLEMENTAR: Plana: Sutura internasal. Escamosa: Sutura temporoparietal. Serrátil: Sutura interparietais. Sindesmose: Sindesmose radioulnar, tibiofibular e da coluna vertebral (ligamento interespinais). Sínfise: Sínfise púbica e intervertebral. Face articular: Região específica do osso que entra em contato com o outro osso. Cartilagem articular: Cartilagem hialina que reveste a face articular para deixar a região de contato mais lisa, polida e esbranquiçada. A cartilagem articular não apresenta vascularização e inervação; sua nutrição ocorre principalmente nas áreas centrais, o que torna a regeneração em caso de lesões, mais difícil e lenta. Cápsula articular: Membrana conjuntiva que envolve as extremidades dos ossos, aproximando-os. Apresenta duas camadas: a membrana fibrosa (externa), que é mais resistentee pode estar reforçada em alguns pontos por ligamentos capsulares e a membrana sinovial (interna), que é muito vascularizada e inervada, responsável pela produção do líquido sinovial. Cavidade articular: Espaço formado no interior da cápsula articular, preenchido pelo líquido sinovial. Líquido sinovial: Material que preenche a cavidade articular, está entre os ossos e permite melhor deslizamento. É um ultrafiltrado do plasma com adição de ácido hialurônico, que confere a viscosidade necessária à sua função lubrificadora. Ligamentos: Componente da articulação que confere proteção contra movimentos impróprios e amplitudes exageradas. O ligamento é extremamente resistente, inelástico e esbranquiçado. Componentes acessórios: discos e meniscos: Em várias articulações sinoviais, mas não em todas, encontram-se interpostas às superfícies articulares formações fibrocartilagíneas chamadas de discos ou meniscos. Esses componentes servem tanto para melhorar a adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as mais congruentes) como também para receber violentas pressões (agindo como amortecedores). Meniscos possuem formato de meia-lua. Monoaxial: Por exemplo: atlantoaxial Biaxial: Por exemplo: punho. Triaxial: Por exemplo: glenoumeral (ombro). Plana: Por exemplo: entre ossos do carpo, entre ossos do tarso, articulação sacroilíaca, entre os processos articulares das vértebras, entre a cabeça da costela e o corpo da vértebra, entre o esterno e a clavícula. Trocóidea: Por exemplo: articulação radioulnar e articulação atlantoaxial. Gínglimo: Por exemplo: úmero-ulnar (cotovelo), interfalângicas, joelho e entre as extremidades distais de tíbia, fíbula e o tálus. Bicondilar: Por exemplo: articulação temporomandibular. Selar: Por exemplo: carpometacárpica do polegar. Elipsóidea: Por exemplo: articulação radiocárpica (punho) e entre os côndilos do occipital e o atlas. Esferóidea: Por exemplo: articulação glenoumeral (ombro). TABELA DE ARTICULAçõES Objeto disponível na plataforma Informação: ATIVIDADE Qual a resposta que corresponde a uma articulação sinovial ? A. Capsula articular B. Membrana interossea C. Sinfise ATIVIDADE As suturas: Serrátil, plana e escamosa, se enquadram em qual articulação ? A. Fibrosa B. Cartilagínea C. Sinovial ATIVIDADE O disco intervertebral se enquadra em qual tipo de articulação ? A. Fibrosa B. Cartilagínea C. Sinovial REFERÊNCIA D'ANGELO, J. G.; FATTINI, CA. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007. FREITAS, V. Anatomia: conceitos e fundamentos. Porto Alegre: Artmed, 2004. HOLLINSHED, W. H. Livro-texto de anatomia humana. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1980. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 21. ed. 2 vol. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2. ed. São Paulo: Manole, 1991. TORTORA, G. T. Princípios de Anatomia Humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Artrologia do Esqueleto Axial e Apendicular COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DAS ARTICULAÇÕES (ARTROLOGIA) PARA A COMPREENSÃO DO APARELHO LOCOMOTOR, BEM COMO O MOVIMENTO DO CORPO HUMANO. AUTOR(A): PROF. FABIO HENRIQUE MANOCCHI AUTOR(A): PROF. ALVARO ADOLFO VILAS BOAS CASTILHO Legenda: ESQUELETO AXIAL Componentes articulares do esqueleto axial Como existem muitos ossos na cabeça, o número de articulações é bem grande, sendo a maioria do tipo fibrosa. Articulações fibrosas da cabeça (Suturas) 1. Sagital Localizada entre os ossos parietais. Recebe esse nome em virtude do seu formato, que lembra uma seta. O plano sagital, quando alinhado com a sutura, é chamado de sagital mediano e divide o corpo em duas metades espelhadas. 2. Coronal O nome dessa sutura é referente ao termo latino coronalis, que significa coroa, porque era o local em que a borda da coroa nos reis repousava. Antigamente o plano frontal era chamado de coronal por causa dessa sutura que está entre os ossos parietal e frontal. 3. Escamosa Sutura escamosa entre os ossos temporal e parietal (Temporoparietais). 4. Lambdóidea Essa sutura recebeu esse nome em virtude de seu formato associado à letra grega lambda. Está localizada entre os ossos parietal e occipital. (Gonfoses) Articulações nos dentes. (Sindesmose) Radioulnar / Tibiofibular. Articulação sinovial da cabeça (Temporomandibular) Os movimentos das mandíbulas podem ser realizados graças a essa única articulação sinovial da cabeça. Os movimentos deslizantes de protusão e retrusão ocorrem entre o osso temporal e o disco articular. Os movimentos de dobradiça de abaixamento, elevação e rotação ocorrem no compartimento inferior. Articulações sinoviais do pescoço I. (Articulação atlantoccipital) É a articulação entre a face articular do occipital, chamada de côndilo, com a primeira vértebra, chamada de atlas. Este osso recebeu esse nome em virtude do gigante mitológico de força descomunal que sustenta o mundo nos ombros. Assim, o atlas sustenta a cabeça (mundo). Nessa articulação os movimentos de flexão e extensão são permitidos. II. (Articulação atlantoaxial) Articulação entre atlas e áxis que permite movimentos de rotação. O osso áxis é a segunda vértebra e em virtude de o atlas girar sobre ela em um eixo ele ganhou esse nome. Legenda: ARTICULAçõES DO MANDíBULA ( ATM ) Coluna Vertebral Para manter todos os ossos próximos, mas ao mesmo tempo garantir certa mobilidade, sustentação e proteção, há basicamente três tipos de articulações: cartilagínea, do tipo sínfise entre corpos das vértebras; sinovial, entre processos articulares; e fibrosa, entre as lâminas e processos espinhosos. Para manter as vinte e seis vértebras e o sacro próximos, há um grande número de ligamentos. a. Discos intervertebrais As articulações dos corpos das vértebras ocorrem por meio de sínfise com discos intervertebrais fibrosos. Cada disco é composto de uma firme porção exterior, chamada de anel fibroso, e uma porção central mais mole (núcleo pulposo). b. Entre processo articular superior e inferior Entre os processos articulares, há articulações sinoviais planas envolvidas por cápsula articular. Legenda: LIGAMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL Articulações do Tórax Embora os movimentos das articulações da caixa torácica sejam frequentes, a maioria associada à ventilação, a amplitude de movimento de cada articulação é relativamente pequena. a. Articulação esternocostal O primeiro par de cartilagens costais articula-se com o manúbrio do esterno por meio de uma camada fina e densa de fibrocartilagem (sincondrose). O segundo ao sétimo par de cartilagens costais se articulam com o esterno por meio de articulações sinoviais. b. Articulação costovertebral A costela típica forma duas articulações posteriores com a coluna vertebral. Legenda: ARTICULAçõES DO QUADRIL (COXO-FEMORAL) Movimentos da articulação do quadril A articulação do quadril é triaxial, ou seja, permite movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação e circundução. O grau de flexão e extensão possíveis na articulação do quadril depende da posição do joelho, por exemplo, se o joelho estiver flexionado, com os músculos isquiotibiais relaxados, o quadril pode ser flexionado ativamente até que a coxa alcance o abdome. Parte do movimento é resultado das articulações da coluna vertebral. A amplitude do movimento de extensão é limitada pelo ligamento iliofemoral, portanto o quadril só pode ser estendido um pouco além do eixo vertical. A partir da posição anatômica, a amplitude de abdução é geralmente um pouco maior do que a adução. Componentes articulares ( Coxo-femoral ). a. Cápsula articular Abrangedesde os lábios do acetábulo até o colo do fêmur. Internamente é revestida pela membrana sinovial. Possui uma camada fibrosa externa forte e uma membrana sinovial interna. b. Ligamento I. Ligamento da cabeça do fêmur Trata-se de um ligamento intra e extracapsular que auxilia na fixação da cabeça do fêmur ao acetábulo. II. Elementos estabilizadores Quatro músculos auxiliam na estabilização da articulação do quadril: reto femoral, glúteo mínimo, iliopsoas e obturador externo. Legenda: ARTICULAçõES DO MEMBRO INFERIOR Articulações do membro inferior Movimentos da articulação do joelho A flexão e a extensão são os principais movimentos do joelho. Quando flexionado, é possível realizar a rotação, entretanto com amplitude reduzida. No momento em que o indivíduo está em pé com o joelho estendido, o joelho trava passivamente em virtude da rotação medial dos côndilos femorais sobre o platô tibial. Os músculos da coxa e da perna podem relaxar, sem tornar o joelho muito instável. Para destravar o joelho, o músculo poplíteo se contrai e rotaciona o fêmur lateralmente, cerca de 5 graus sobre o platô, o que permite a flexão do joelho. Componentes articulares do Joelho a. Cápsula A cápsula articular do joelho insere-se próxima às cartilagens articulares. A cápsula articular do joelho é independente da cápsula articular tibiofibular proximal. Apresenta uma bolsa suprapatelar quando o joelho está estendido. A membrana sinovial reveste a face profunda da cápsula e apresenta as mesmas características. b. Menisco (medial e lateral) Dispostos nas margens periféricas dos côndilos tibiais e ligados a esse osso por frênulos fixados em cada extremidade. A face periférica é aderente à cápsula articular, a face axial é recoberta por cartilagem hialina e a face inferior é aplicada ao côndilo correspondente. O menisco medial é mais estreito e mais longo, enquanto o menisco lateral é mais largo, menos longo e seu formato quase chega a ser parecido com a letra O. São estruturas passíveis de ligeira deformação durante o movimento, porém fortemente presas por ligamentos. c. Ligamento A articulação do joelho é intensamente solicitada em termos mecânicos, por isso possui rede ligamentar muito potente. São cinco ligamentos extracapsulares: da patela, colateral fibular, colateral tibial, poplíteo oblíquo e poplíteo arqueado. I. Ligamento da patela O ligamento da patela é a parte distal do tendão do músculo quadríceps femoral. É uma faixa fibrosa, espessa e forte que segue do ápice da patela até a tuberosidade da tíbia. Lateralmente, a patela é estabilizada pelos retináculos. II. Cruzado anterior Os ligamentos cruzados se entrelaçam no interior da cápsula articular, como a letra X, e limitam a rotação da tíbia com o fêmur.O ligamento cruzado anterior é o mais fraco dos ligamentos. Também impede o deslocamento posterior do fêmur sobre a tíbia III. Cruzado posterior É o mais forte dos ligamentos cruzados e impede o deslocamento posterior da tíbia sobre o fêmur. IV. Colateral tibial Quando o joelho está estendido os ligamentos colaterais encontram-se tensionados, durante a flexão tornam-se frouxos, permitindo e limitando a rotação do joelho. V. Colateral fibular VI. Transverso Legenda: ARTICULAçõES DO JOELHO Articulação da perna Articulação fibrosa – membrana interóssea Os corpos da tíbia e fíbula são unidos por uma membrana interóssea densa formada por fibras oblíquas, importante para a estabilização do tornozelo. Tornozelo Está localizado entre as extremidades distais da tíbia e da fíbula, e a parte superior do tálus. Na tíbia, a superfície articular é formada pela face inferior da epífise distal da tíbia e pela face lateral do maléolo medial. Na fíbula, contribui com uma das duas faces articulares do maléolo lateral. Existem dois ligamentos principais: ligamento colateral lateral e ligamento colateral medial; e um ligamento acessório. Durante a dorsiflexão, a parte larga do tálus encaixa-se entre a fíbula e a tíbia, provocando seu afastamento. O mesmo ocorre com o movimento inverso. Em consequência, ocorre a oscilação do tálus, que se manifesta por uma instabilidade do tornozelo. Essa situação é algumas vezes produzida com o uso de saltos altos nas mulheres e o risco de entorse de tornozelo aumenta. Articulação do tornozelo Ligamento colateral medial Ligamento colateral lateral Legenda: ARTICULAçõES DO TORNOZELO Legenda: ARTICULAçõES DO Pé Articulações dos membros superiores Legenda: ARTICULAçõES DO MEMBRO SUPERIOR Articulações do cíngulo do membro superior Articulação do ombro Ligamento coracoumeral Ligamentos da escápula Ligamento coracoacromial Legenda: ARTICULAçõES DO OMBRO (LIGAMENTOS) Movimentos da articulação do cotovelo A articulação do cotovelo faz movimentos de flexão e extensão. Dezessete músculos atravessam essa articulação e estendem-se até o antebraço e a mão; a maioria deles pode afetar os movimentos do cotovelo. Por sua vez, a função e a eficiência nos outros movimentos que efetuam são afetadas pela posição do cotovelo. Os músculos que atuam diretamente nessa articulação são cinco: tríceps braquial, ancôneo, bíceps braquial, braquial e braquiorradial. A articulação do cotovelo não atua precisamente como uma dobradiça. As curvaturas das superfícies articulares, particularmente a curvatura medial da tróclea, são tais que, durante a extensão, o ângulo que o antebraço supinado faz com o braço torna-se evidente. O grau de curvatura da tróclea varia de frente para trás. Isso modifica o ângulo que a ulna faz com o úmero, e, como consequência, a extremidade inferior da ulna se move lateralmente durante a extensão e medialmente durante a flexão. A luxação posterior da articulação do cotovelo pode ocorrer quando crianças caem sobre as mãos com os cotovelos flexionados. Também pode ocorrer por hiperextensão ou um golpe que desloca a ulna posterolateralmente. É frequente a ruptura do ligamento colateral ulnar e pode haver fratura associada da cabeça do rádio ou do processo coronoide. Componentes articulares Cotovelo a. Cápsula articular A membrana fibrosa da cápsula articular envolve a articulação do cotovelo. A membrana sinovial reveste a superfície interna da membrana fibrosa da cápsula e as partes não articulares intracapsulares do úmero. A cápsula é fraca nas porções anterior e posterior, mas é fortalecida de cada lado por ligamentos colaterais. b. Ligamentos Os ligamentos colaterais do cotovelo são faixas triangulares fortes, que são espessamentos mediais e laterais da membrana fibrosa da cápsula articular. O ligamento colateral radial é lateral e semelhante a um leque, estende-se do epicôndilo lateral do úmero e funde-se com o ligamento anular da cabeça do rádio. Esse ligamento, por sua vez, circunda a cabeça do rádio e o mantém próximo da incisura radial na ulna. Forma a articulação radioulnar proximal, que permite movimentos de pronação e supinação do antebraço. O ligamento colateral ulnar é medial e triangular. Estende-se do epicôndilo medial do úmero até o processo coronoide e olécrano da ulna. Componentes articulares Antebraço I. Articulação radioulnar proximal É uma articulação sinovial do tipo trocóidea, que permite movimento da cabeça do rádio ao redor da ulna. É mantida pelo ligamento anular e com a incisura radial cria um anel que circunda toda a cabeça do rádio. II. Articulação radioulnar distal É uma articulação sinovial do tipo trocoidea. O rádio move-se em torno da extremidade distal da ulna.Punho Também chamada de articulação radiocarpal. É uma articulação sinovial do tipo condoloide (elipsoide). A posição aproximada da articulação é indicada por uma linha que une os processos estiloides do rádio e da ulna. Possui alguns ligamentos para reforçá-la. Mão É dividida em articulações intercarpais, carpometacarpais e intermetacarpais, metacarpofalângicas e interfalângicas. Legenda: ARTICULAçõES DA MãO E DO PUNHO. Legenda: ARTICULAçõES DO COTOVELO E SINDESMOSE RADIOULNAR (INTEROSSEA) ATIVIDADE Qual estrutura pertence a articulação fibrosa ? A. Gonfose B. Sincondrose C. Sinfise ATIVIDADE Qual articulação faz parte das articulações cartilagíneas ? A. Suturas B. Sindesmose C. Sincondrose ATIVIDADE Cite qual articulação faz parte das articulações sinoviais ? A. Suturas B. Sinfise C. Joelho REFERÊNCIA DUFOUR, M. Anatomia do aparelho locomotor. volume I ¿ membro inferior. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. FERNANDES, G. J. M. Eponímia: glossário de termos epônimos em anatomia. São Paulo: Plêiade, 1999. ________. Etimologia: dicionário etimológico da nomenclatura anatômica. São Paulo: Plêiade, 1999. HALL, S. J. Biomecânica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; ARGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 21. ed. v. 2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.