Produção de leite através da raça Girolando

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Produção de leite através da raça Girolando em Mateus Leme MG
Zootecnia de Ruminantes
Beatriz Elias Cardoso Lima Ra: 42014197 | Camila Barbosa Reis Ra: 42024431 | Emmanuel Henrique Candido Azevedo Ra: 42011914 | Luiz Felipe Noia Rabelo Ra: 42012017 | Mariana Da Silva Rodrigues Ra: | 42021228 Raphael Cunha Argolo de Holanda Ra: 42010663 |
Medicina Veterinária 
Professores: Idelvânia Nonato 
 Gabriel Costa
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Introdução:
Raça: Girolando;
Local de criação: Mateus Leme MG;
Objetivo: Realizar uma produção de leite na região; 
Sistema de pastejo: Rotacionado com piquetes e suplementação de concentrado;
 
 
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Desenvolvimento: 
1.	Definição da raça a ser trabalhada:
Girolando raça de bovinos sintética resultante de cruzamento, na proporção de 1/2 de sangue da raça holandesa e 1/2 de sangue da raça zebuína Gir.
Região para montar o projeto:
Mateus Leme – Minas Gerais. 
2.	Estatística de produção na região:
Em Minas Gerais a média das vacas girolando é de 22 kg de leite por dia.
Clima e Hidrografia: Dados 2018
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3.	Seleção da Raça:
Escolha da raça:
Dócil de natureza; 
Úbere bem irrigado;
Tetas bem constituídas;
Silhueta delicada e média;	
Justificativa da escolha:
Raça genuinamente brasileira; 
Fácil adaptação a qualquer sistema de produção; 
Adaptados ao clima tropical existente no Brasil.
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4. Sistema de Produção: de produção: 
O pastejo rotacionado – semi intensivo
Objetivo do sistema: Fornecer alimento de forma constante, o ano todo;
Escolha do sistema: 
Pastejo rotacionado com capim BRS Zuri;
Na seca; piquetes irrigados e vacas suplementadas com silagem de milho e concentrado no cocho.
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Justificativa da escolha: 
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Fácil manejo; 
Modelo barato; 
Possui uma produção satisfatória; 
Não prejudica a forrageira nem degrada o solo; 
Produz uma boa quantidade de folhas, respeitando o tempo necessário para rebrota;
Rebrote constantes,
Boa digestibilidade e valor nutricional do pasto.
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Alimentos Volumosos:
Alto teor de fibras, baixo teor energético;
Fontes de cálcio de micro minerais;
Volumoso escolhido: Silagem de milho; 	
Grande volume de alimento palatável; 
Alta digestibilidade e rico em energia; 
Resulta excelente potencial para produzir leite;
Alimentos Concentrados:
Baixo teor de água e de fibra, alto teor de energia; 
Utilizaremos um concentrado comercial: Lactage 43 Concentrado RM;
Formulado com 43% de PB, minerais e vitaminas A, D e E, monensina sódica, 
aditivo melhorador de desempenho. 
5.	 Alimentação:
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Manejo utilizado: Cria e recria juntos;
Criação de bezerras:
Cuidados começam antes do parto;
Secar a vaca 60 dias antes do parto;
Pasto maternidade:
Entre 20 e 30 dias antes de parir, as vacas vão para o pasto maternidade;
Deve ser pequeno, de boa qualidade, limpo, com água fresca, observando diariamente as vacas;
Adaptar a flora ruminal com dieta rica em alimento concentrado;
Na época de seca, terá reserva de volumosos, de silagem;
Cortar o sal mineral; demanda de energia, alta exigência nutricional;
 
6. Manejo de cria e recria:
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Cuidados com o recém-nascido:
Corte e cura do umbigo com álcool iodado a 10%; 
Fornecer colostro nas primeiras horas de vida;
Aleitamento artificial com balde/mamadeira; 
Criados em abrigo, casinha individual;
Concentrado peletizado com 16% de Proteína Bruta e 70% de Energia (NDT); 
Interrupção do leite aos 56 dias aumentando o consumo de concentrado para o equivalente a 2 kg/dia; 
Ficarão na casinha individual até os 70 dias; 
Manejo de cria e recria:
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Cria e recria de bezerras novilhas: 
De 71 a 120 dias:
Piquete coletivo 6 a 8 animais; 
Localizados próximo ao curral; 
De 121 até 180 dias:
Lotes com 12 bezerras homogêneas, de acordo com tamanho e peso; 
Fornecendo 2 kg/cabeça/dia de concentrado e pasto à vontade; 
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Cria e recria de bezerras novilhas: 
De 181 dias até um ano: 
Lotes de 8 a 12 bezerras homogêneas; 
 Piquetes de boa qualidade, com forrageiras de porte baixo;
 1 kg de concentrado/cabeça/dia e pasto à vontade,
Cocho com mistura mineral; 
A meta é alcançar 220kg.
De um ano até atingirem 330 kg: 
Lotes de 30 até 40 animais homogêneos; 
 Ficarão em piquetes; alimentação básica será pasto, acrescido de sal mineral em cocho coberto;
Ao atingirem 330 kg, as novilhas serão inseminadas.
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Reprodução das novilhas:
Separação em lote e mantidas em piquete próximo ao curral;
Alimentação a pasto mais mistura mineral durante todo o ano;
Rufião junto ao lote para auxiliar na identificação das novilhas em cio;
Separação das que manifestarem cio para inseminação;
50 a 60 dias após a inseminação, deve-se fazer o diagnóstico de prenhes;
Novilhas com prenhes positivas formam um novo lote junto às vacas secas;
 Alimentação com mistura mineral em cocho coberto, à vontade; 
 Na época seca, suplementar com volumoso, silagem de milho;
 Observação semanal do lote de novilhas e vacas gestantes;
 Animais com escore corporal baixo deverão receber concentrado, separadamente;
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7.	Reprodução animal:
Inseminação artificial: 
 Deposição mecânica do sêmen no aparelho reprodutor da fêmea;
 Meta: Gerar animais geneticamente superiores;
Sêmen sexado
Produzir, propositalmente, descendentes fêmeas;
Acerto de 95%, sendo que o mínimo aceitável é de 85%;
Será utilizado a inseminação artificial com o sêmen sexado;
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8.	Melhoramento genético:
Definido para atender o rebanho, utilizando as informações históricas de dados de produção e genealogia para melhora-lo;
Utilizaremos o test-day model; 
Uso de controles mensais aumentando a precisão das avaliações;
Serão utilizados touros para o melhoramento genético;
Durante as análises iremos selecionar somente as vacas A2A2 e touros com essa condição;
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9. Manejo sanitário.
Vacinações
Febre Aftosa – de seis em seis meses em animais acima de quatro meses;
Carbúnculo sintomático e gangrena gasosa quatro meses de idade, revacinando-se aos 12 meses com vacina polivalente;
Pneumoenterite (Paratifo) – vacinam-se as fêmeas no oitavo mês de gestação e os bezerros aos 15 dias de idade;
Brucelose – vacinam-se as fêmeas de três a oito meses de idade; 
Raiva dos herbívoros a partir do quarto mês de idade anualmente;
Tuberculose – realiza-se anualmente;
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Controle de ectoparasitos:
Controle das moscas-de-chifre;
Controle de carrapatos; (intervalo de aplicação) 
Casos de sarna, micoses e bicheiras são tratados especificamente. 
Gestantes: 
60 dias antes do parto;
Bezerros: 
Três meses até a idade de reprodução;
Animais Adultos:
Primeira vermifugação: março;
Segunda vermifugação: julho;
Terceira vermifugação: novembro;
Controle de verminose:
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Medidas sanitárias gerais:
Lavagem diária e desinfecção semanal da sala de ordenha;
Lavagem em dias alternados e desinfecção semanal dos bezerreiros;
Remoção diária do esterco dos currais para a esterqueira;
Na introdução de animais no rebanho, observar exame negativo para brucelose, tuberculose, exame clínico de esfera reprodutiva, vermifugação e isolamento por 40 dias.
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Doenças de Cascos: 
São causados por:
Problema no manejo sanitário e nutricional; 
Problemas de ambiente;
Questões genéticas;
Prevenção:
Fornecer uma dieta equilibradae balanceada;
Ambiente higienizado com o piso limpo e seco;
Fazer o casqueamento preventivo do rebanho;
Utilização de pedilúvios na fazenda com soluções à base de sulfato de cobre e formol;
Tratamento:
Limpeza e curetagem;
Aplicação de medicamentos específicos;
Causas:
Bactéria do gênero Treponema; 
Necessita de uma porta de entrada;
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Controle de mamite:
Mamites ambientais são esporádicas;
 Alguns testes podem auxiliar no diagnóstico da mamite;
Dependendo da gravidade da mamite, o animal deve ser ordenhado fora do local de ordenha para não contaminar o ambiente.
Ordem da ordenha:
Primeiro: Vacas sadias; 
Segundo: Vacas que tiveram mamite e foram curadas; 
Terceiro: Vacas com mamite em tratamento;
Essa estratégia permite a diminuição da transmissão da doença; 
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Pré-dipping:
Desinfecção dos tetos antes da ordenha, 
Aplicação de produto antisséptico, por imersão dos tetos;
Objetivos:
Reduzir a incidência de infecções intramamárias; 
Evitar a contaminação do leite; 
Carga microbiana menor reduz a contagem de células somáticas (CCS) no tanque.
Pós-dipping:
Desinfecção dos tetos após a ordenha;
Previne a entrada de microrganismos no úbere;
Age “fechando” temporariamente o esfíncter do teto, que após a ordenha fica “aberto” por cerca de 1h30min; 
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Projeto foi desenvolvido com a raça girolando; 
Fácil adaptabilidade ao clima tropical brasileiro;
Alimentação boa visando alcançar seu potencial máximo de produtividade; 
Bom manejo sanitário;
Acompanhamento veterinário;
Controle e sanidade das matrizes; 
Conclusão: 
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Referências Bibliográficas:
Brasil é o 3º maior produtor de leite do mundo, superando o padrão Europeu em alguns municípios. Paraná: Agronews, 2020. Disponível em: <https://agronewsbrazil.com.br/brasil-e-o-3o-maior-produtor-de-leite-do-mundo-superando-o-padrao-europeu-em-alguns-municipios/ >. Acesso em: 01 de set. 2020.
CARVALHO, Limirio de Almeida et al. Embrapa Gado de Leite Importância Econômica. São Paulo: Embrapa, 2020. Disponível em: <https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Leite/LeiteCerrado/importancia.html#:~:text=O%20leite%20est%C3%A1%20entre%20os,e%20renda%20para%20a%20popula%C3%A7%C3%A3o... >. Acesso em: 01vde set. 2020.
ZOCCAL, Rosângela; GOMES, Aloísio Teixeira. Agronegócio do Leite. Brasília: Embrapa, 2005. Disponível em: <https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/arvore/AG01_483_217200392422.html#:~:text=O%20mercado%20internacional%20comercializa%20o,Am%C3%A9rica%20do%20Sul%20comercializam%2015%25...>. Acesso em: 01 de set. 2020.
GIROLANDO: tudo sobre uma das raças leiteiras mais importantes do Brasil. Belo Horizonte: Tecnologia no Campo, 17/05/2020. Disponível em: https://tecnologianocampo.com.br/girolando/. Acesso em: 08 nov. 2020.
 MORCELLI, Renan. Tipos de manejo de Pastagem: Contínuo, alternado ou Rotacionado? Belo Horizonte: Prodap, 19/06/2019. Disponível em: https://prodap.com.br/pt/blog/manejo-de-pastegam-continuo-alternado-rotacionado. Acesso em: 29 set. 2020
GARCIA, Cledson Augusto. Principal técnica de manejo com a recria: produção de leite. São Paulo: Milk Point, 02/07/2007. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao-de-leite/principais-tecnicas-de-manejo-com-a-recria-37263n.aspx. Acesso em: 03 nov. 2020.
PROGRAMA Nacional de Melhoramento do Girolando. Brasília: Embrapa, 1997. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/1410/programa-nacional-de-melhoramento-do-girolando. Acesso em: 03 nov. 2020.
ASPRINCIPAIS VANTAGENS DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM BOVINOS. Belo Horizonte: Nutrição e Saúde Animal, 20--?. Disponível em: https://nutricaoesaudeanimal.com.br/inseminacao-artificial-em-bovinos/. Acesso em: 03 nov. 2020.
NASCIMENTO, Bárbara Mazetti; TEIXEIRA, Rodrigo de Almeida; DIAS, Laila Talarico. Evolução da avaliação genética em gado de leite. São Paulo: Milk Point, 28/03/2018. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao-de-leite/evolucao-da-avaliacao-genetica-em-gado-de-leite-207478/#:~:text=A%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20gen%C3%A9tica%20tem%20por,do%20valor%20gen%C3%A9tico%20do%20animal.. Acesso em: 03 nov. 2020.
CARVALHO, Limirio de Almeida; NOVAES, Luciano Patto; MARTINS, Carlos Eugênio; ZOCCAL, Rosângela; MOREIRA, Paulo; RIBEIRO, Antônio Cândido Cerqueira Leite; LIMA, Victor Muiños Barroso. Manejo Sanitário: sistema de produção. [S. L.]: Embrapa, 2002. Disponível em: https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Leite/LeiteCerrado/manejo.html. Acesso em: 09 nov. 2020.
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PRÉ-DIPPING e pós-dipping: grandes aliados da qualidade do leite. Delfim Moreira: Agroroge, [20--?]. Disponível em: https://www.fundacaoroge.org.br/agroroge/blog/pre-dipping-e-pos-dipping. Acesso em: 09 nov. 2020.
DELPRETE, Sâmila Esteves. Mastite bovina: entenda tudo sobre essa doença e conheça os tratamentos. [S. L.]: Tecnologia no Campo, 20/06/2018. Disponível em: https://tecnologianocampo.com.br/mastite-bovina/. Acesso em: 09 nov. 2020.
PEGORARO, Ligia Margareth Cantarelli. BIOSSEGURIDADE NA BOVINOCULTURA LEITEIRA. Brasília, Df: Editora Técnica, [2018]. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/202288/1/Biosseguridade-Propriedade-Leiteira.pdf. Acesso em: 09 nov. 2020.
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