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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Administração Eclesiástica Aula 3 Prof. Acyr de Gerone Júnior CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 2 Conversa inicial Estamos em nossa terceira aula e já vimos o quanto o conhecimento relacionado à administração de Igrejas é importante para todo líder, seja ele o pastor, administrador ou algum responsável por determinadas áreas das Igrejas. No aspecto administrativo, falta conhecimento de como se deve administrar a Igreja; porém, por vezes, falta também a noção de como se deve realizar a gestão dos diferentes ministérios dentro de uma congregação local. Afinal, os propósitos da gestão ministerial são relacionados aos problemas que as Igrejas atualmente enfrentam. Nesse ínterim, nosso objetivo será de conhecer os propósitos da administração eclesiástica e como eles se estabelecem em uma direta relação com a gestão ministerial. Assim, nossos objetivos se definem em: Compreender os propósitos e os fundamentos da Administração Eclesiástica e da Gestão Ministerial; Entender como e por que estudar a Administração Eclesiástica; Distinguir os conceitos de Administração e gestão; Conhecer a gestão de ministérios eclesiásticos; Compreender os desafios contemporâneos em relação à Administração Eclesiástica. Assista à introdução do professor Acyr de Gerone Júnior sobre os temas que serão abordados nesta rota, no material online. Contextualizando Será que é importante destacar quais são os propósitos da Administração Eclesiástica, ou seja, quais as intenções que temos ou deveríamos ter quando nos debruçamos nesse tipo de estudo? Ou ainda: será que é importante conhecer e utilizar os recursos da gestão ministerial para gerir as igrejas e os CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 3 inúmeros ministérios que fazem parte de sua ação evangelizadora? Cremos que assim! Vejamos o comentário que consta no livro “Práticas Pastorais”, da Editora Intersaberes: “Em todos os cenários vemos problemas que são corriqueiros nas Igrejas. Pessoas se frustram por trabalhos mal organizados e planejados. Além destes cenários, há inúmeras outras situações que prejudicam o trabalho da Igreja porque não foram plenamente organizadas.” Por exemplo: Estudos bíblicos desinteressantes; Pregações que não tem nada a ver com o contexto da Igreja; Programações repetitivas; O descaso das Igrejas frente às novas tecnologias; O fato de as crianças, adolescentes e jovens serem esquecidos pelas Igrejas tradicionais; O fato de a Igreja não ter relevância no local onde está plantada. Os propósitos da Gestão Ministerial são relacionados aos problemas que as Igrejas atualmente enfrentam, como: A concorrência entre as próprias Igrejas evangélicas; O descaso de algumas Igrejas frente às necessidades do público que a frequenta; A atuação e os resultados frustrantes dos ministérios, aliados a um desgaste de energia que desanima os líderes e a própria Igreja; O fato de a Igreja não saber para aonde caminhar, como se não existisse razão de existir. Sem uma administração dinâmica e eficiente será mais difícil desenvolver um ministério que seja realmente relevante e eficazmente produtivo. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 4 Tema 1: Propósitos da Administração Eclesiástica Administrar, em linhas gerais, é fazer com que as coisas funcionem. É tirá- las da inércia e torná-las eficientes e eficazes. É, portanto, exercer uma boa liderança à luz dos princípios já discutidos em aulas anteriores para que os propósitos da organização, nesse caso a Igreja, sejam alcançados, cumprindo assim, a finalidade de sua existência. Uma das teorias administrativas que visa esses resultados é a Administração por Objetivos. Saiba mais sobre ela acessando o vídeo indicado a seguir. https://www.youtube.com/watch?v=k5Prum3dkNM A Administração Eclesiástica, portanto, se insere na mesma definição. Só que sua concepção é divina, orientada para atuar na esfera humana. De um lado é um organismo vivo, que atua como agente do Reino de Deus, e do outro é uma organização que precisa dispor de todas as ferramentas humanas para a realização de seus objetivos. Assim, não significa que, em função de um ambiente “amador” (voluntários num ambiente espiritual), as Igrejas devam estar fadadas ao fracasso. Devemos ter o objetivo de trabalhar em prol do Evangelho e do Reino de Deus. “A principal atividade do administrador é identificar o futuro que já chegou, explorar as mudanças que já ocorreram e usá-las como oportunidades.” Peter Drucker. Leitura Obrigatória: Aprimore os seus conhecimentos lendo o artigo “A Essência da Gestão Ministerial”, de Rodolfo Garcia Montosa, disponível a seguir. http://www.institutojetro.com/artigos/gestao-de-pessoas/a-essencia-da- gestao-ministerial.html CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5 Saiba Mais: Você sabe qual é o significado e o sinônimo da palavra “propósito”? Significado de Propósito: grande vontade de realizar e/ou alcançar alguma coisa; desígnio. O que se quer alcançar; aquilo que se busca atingir; objetivo. O que se quer fazer; aquilo que se tem intenção de realizar; resolução. Razoabilidade; prudência. Sinônimo de Propósito: propósito é sinônimo de: desígnio, finalidade, intenção, intento e tenção. Curiosidades Você sabia que a primeira mensagem de Deus ao homem foi sobre a administração? Analise o versículo a seguir. "E Deus os abençoou e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.” (Gênesis 1.28). Três tarefas importantes para os administradores se encontram nesse versículo: Aumentar ao máximo os recursos por meio de "multiplicar", para alcançar o propósito e os planos de Deus. Minimizar a desordem por "subjugar". Manter a ordem por "ter domínio" (governar). Tema 2: Gestão Eficiente Para começar é importante entendermos o que é gestão. No livro “Práticas Pastorais” temos a seguinte definição: Gestão, segundo o Dicionário Houaiss, é um substantivo feminino que significa “ato ou efeito de gerir; administração, gerência”. Contudo, compreenderemos melhor o sentido da palavra se considerarmos que ela possui uma raiz latina, “gest” -, que explica que gestão também é o “ato de dirigir algo, além de administrá-lo ou gerenciá-lo”. Dessa forma, refletindo sobre o termo “gestão”, perceberemos que a abrangência de seu significado é muito mais significativa do que simplesmente CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 6 o “ato de gerenciar algo”, uma Igreja, por exemplo. Gerenciar é muito simples: uma empresa nas mãos de um administrador, provavelmente, será bem gerenciada, quer dizer, bem administrada. A ação de pastorear não encontra relação com a ação de administrar: Igreja não é uma Instituição que deve ser administrada pelo pastor, afinal, pastores não deveriam ser administradores. Porém, o ato de pastorear encontra, em nosso contexto, reforço e complementação no ato de gerir. Pastores podem e devem ser gestores. Isso quer dizer que para pastorear bem, devem gerir a Igreja. Para compreender, sob outra ótica, qual é o conceito sobre gestão, clique no link a seguir. http://knoow.net/cienceconempr/gestao/gestao/ A Igreja precisa ser bem administrada. Assim,o ideal é partir para o conceito moderno da gestão. A gestão é uma especialização tanto da administração como da gerência, neste caso, do líder ou do pastor. Nesse sentido, é importante conhecer e estudar algumas ferramentas de gestão aplicadas ao ministério eclesiástico, sem esquecer que são, justamente, ferramentas, isto é, meios para se alcançar o objetivo de servir no Reino de Deus. Nunca nos esqueçamos que os meios não devem substituir o fim, por isso, em termos eclesiásticos, a gestão só terá importância enquanto contribuir para a causa do Evangelho! As ferramentas servem à propagação do Evangelho. Em nenhuma hipótese o Evangelho deve servir às estratégias ou ferramentas. O pastor ou o líder deve ter de forma bem firme e clara que o Evangelho não é um negócio; ele é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê! Obviamente, existem diversos aspectos que podem ser contemplados em um processo de gestão eficaz. Entretanto, para uma fácil e rápida compreensão, vale a pena destacar três aspectos fundamentais que poderíamos definir como três pilares de uma gestão eficaz: pessoas, controle e planejamento. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 7 “Para onde você vai é mais importante do que quão rápido você está indo. Ao invés de sempre focar no que é urgente, aprenda a focar no que é realmente importante. ” Autor Desconhecido Leitura Obrigatória: Para compreender um pouco mais sobre a importância de uma gestão eficaz leia o texto “Os três pilares de uma gestão eficaz”, disponível no link a seguir. http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/os-tres-pilares-de- uma-gestao-eficaz/81138/ Quer saber mais sobre os propósitos da Administração Eclesiástica e a Gestão Eficiente? O professor Acyr de Gerone Júnior fala sobre isso no material online. Tema 3: Administradores e Gestão: semelhanças e diferenças Em sua concepção, o termo “administração” é voltado para o lado técnico, com foco no processo administrativo. Já a “gestão”, em sua concepção, tem como foco a questão gerencial. Sendo assim, gerir é atingir os objetivos da organização de maneira eficaz ao valorizar o conhecimento e as habilidades das pessoas que trabalham na organização. Vai muito além de simples atos técnicos ligados à administração. Não estamos dizendo com isso que a administração não é importante; pelo contrário, ela é fundamental para que quer conhecer ou exercer uma tarefa (ou função) com eficácia na atualidade. Entenda melhor a diferença entre “administração”, “gerência” e “gestão” lendo o artigo disponível no link a seguir. http://www.luis.blog.br/diferenca-entre-administracao-gerencia-e-gestao- administrador-gerente-e-gestor.aspx CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 8 Veja a explicação a seguir que apresenta algumas diferenças entre “administrar” e “gerir’”. O que diferencia um administrador de um gestor é o necessário envolvimento que o gestor tem com o trabalho, pois o acompanhou desde antes do seu nascimento, o viu nascer, sistematizou todas as tarefas, atividades, conhece a razão de algo ser feito de determinada forma, etc. É mais do que administrar ou gerenciar (no sentido mais simples e metodológico), é gestar, cuidar para que a obra cresça, se desenvolva, frutifique do mesmo modo como a mulher “gesta” uma vida dentro do seu ventre. (EDITORA INTERSABERES, Práticas Pastorais, 2014, p. 11). Em síntese, portanto, gestão é um substantivo feminino que significa “ato ou efeito de gerir; administração, gerência” (Dicionário Houaiss). A raiz latina, “gest” explica que gestão também é o “ato de dirigir algo, além de administrá-lo ou gerenciá-lo. E quando nosso foco é o pastor ou o líder da Igreja? Ele é um administrador ou um gestor? O pastor, que também é gestor e líder, sonha, aponta a direção, define as estratégias, separa os grupos e planeja cada etapa visando o crescimento do trabalho eclesiástico (compra de terreno, construção da Igreja, fechar contrato de prestação de serviços, etc.). Podemos perceber, portanto, que o pastor é, concomitantemente, um gestor e um administrador. Há ainda outra forma de compreender a amplitude do radical “gest”-. O radical latino que significa “administrar, gerenciar, gerir”, sugere que isso só é possível através de um gesto daquele que é o gestor. O pastor/gestor é aquele que sonhou, planejou, mobilizou o povo, gesticulou apontando a direção, o destino que deveria ser perseguido pelo povo. Evidente! Sonho traduzido em ações, técnicas gerenciais, estratégias e objetivos só existem quando se sabe aonde quer chegar. (EDITORA INTERSABERES, Práticas Pastorais, 2014, p. 11) CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 9 Veja no quadro a seguir alguns fundamentos apresentados para a gestão ser mais bem compreendida: Leitura Obrigatória: Para uma compreensão com maior rigor acadêmico, leia o artigo “Conceitos de Gestão e Administração: uma revisão crítica”, disponível no link a seguir. http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfPZcAE/conceitos-gestao- administracao-revisao-critica Saiba Mais: Será que temos semelhanças entre “gestão” e “administração”? O vídeo a seguir nos ajuda a compreender as semelhanças que existem entre os dois conceitos, afinal todo administrador deve ser um gestor e todo gestor deve conhecer e utilizar os pressupostos administrativos em sua tarefa. https://www.youtube.com/watch?v=kkL6skLcW7w A Igreja precisa ser gerida com qualidade e cuidado, afinal somos mordomos de Deus. Assim, devemos aprender a forjar lideranças capacitadas para a gestão da Igreja:“Não espere que um grande gestor simplesmente apareça. Desenvolva um.” (Timothy Carrey, Hong kong) CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 10 Tema 4: Gestão Ministerial Foi ele (Cristo) quem “deu dons às pessoas”. Ele escolheu alguns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros para pastores e mestres da Igreja. Ele fez isso para preparar o povo de Deus para o serviço cristão, a fim de construir o corpo de Cristo. (Efésios 4.11-12) Bom, até aqui nosso enfoque se fundamentou aos aspectos relacionados à administração e à gestão. Essa análise se limita aos aspectos humanos que estão vinculados à uma boa administração da Igreja; são questões importantes que podem assegurar a saúde financeira e administrativa da Igreja, afinal se a Igreja não for bem administrada é bem possível que terá inúmeras dificuldades para cumprir a missão para a qual Deus a chamou, isto é, pregar o evangelho a todas as criaturas e servi-lo por meio da adoração e do serviço. E é para cumprir essa missão que reconhecemos que Deus deu dons às pessoas. Ele chama cada um ao serviço cristão para que possamos exercer um ministério que seja para a honra e para a glória de Deus e que o corpo de Cristo, isto é, a Igreja seja edificada. É isso que Paulo diz à Igreja de Éfeso na passagem das Escrituras que lemos. Portanto, exercer os ministérios faz parte do trabalho da Igreja; e geri-lo faz parte das atribuições do líder ou do pastor que sonha com uma Igreja relevante e dinâmica na pregação do Evangelho. Os ministérios estão focados, em sua grande maioria, nos aspectos espirituais, afinal são desenvolvidos por meio de ações espirituais (louvor, ensino etc.). Porém, algumas das atividades são bem técnicas e devem ser realizadas com o cuidado necessário. Independentemente do tipo de ministério que precisa ser realizado, cabe ao pastor realizar uma gestão ministerial eficienteque potencialize todas as ações da Igreja e que o nome de Jesus seja glorificado. Leitura Obrigatória: Leia a entrevista “As Responsabilidades de um Gestor de Ministérios”, disponível no link a seguir. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 11 http://www.institutojetro.com/entrevistas/as-responsabilidades-de-um- gestor-de-ministerios/ Saiba Mais: Ministério é uma palavra largamente utilizada pela Igreja para designar uma atividade específica, um departamento ou um grupo de pessoas que têm uma atividade comum. Veja na imagem a seguir um exemplo de ministérios que são exercidos na Igreja Batista Jardim da Prata em Nova Iguaçu/RJ. www.jardimdaprata.com No próprio site da Igreja já está configurado o título “gestão eclesiástica”, evidenciando assim que se trata de um projeto de gestão da Igreja para as diferentes áreas que ela desenvolve. Os ministérios são, de fato, uma seção de trabalho dentro do ambiente eclesiástico; contudo, todo ministério na Igreja local deve ter uma estrutura organizada para que os trabalhos a que se dedicam possam ser executados e alcancem o resultado esperado. Em termos práticos, a gestão ministerial se constitui como um conjunto de atividades coordenadas ou executadas por uma pessoa ou grupo com o objetivo de dar objetividade, transparência, coerência para uma tarefa de modo CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 12 que essa possa ser gerenciada, avaliada e melhorada continuamente para se alcançar os propósitos estabelecidos. Assim, de acordo com a denominação da Igreja, no contexto em que ela está inserida (sua localização, seus membros, as pessoas que a frequentam, as pessoas que se quer evangelizar...) surgirão necessidades que deverão ser atendidas por um grupo de irmãos da Igreja que se organizarão num ministério para gerir esses trabalhos específicos. Tema 5: Desafios Contemporâneos Quando pensamos sobre a necessidade de administrar a Igreja corretamente estamos acreditando que possíveis desafios contemporâneos poderão ser superados e assim a Igreja exercerá sua missão com eficácia. É comum percebermos problemas que são corriqueiros nas Igrejas. Pessoas se frustram por trabalhos mal-organizados e planejados. Além disso, há inúmeras outras situações que prejudicam o trabalho da Igreja porque não foram plenamente organizadas. Os propósitos da Gestão eclesiástica e ministerial estão normalmente relacionados aos problemas que as Igrejas atualmente enfrentam, seja para dentro ou para fora de si! Comumente, a Igreja é formada por pessoas que não estão capacitadas para a realização de todo o trabalho. É bem provável que esse grupo necessite de acompanhamento periódico, principalmente no início do trabalho, pois é comum a expressão de que “Deus não escolhe os capacitados, Ele capacita os escolhidos”. Além dos problemas relacionados acima poderíamos relacionar os seguintes desafios: A “concorrência” entre as próprias Igrejas evangélicas; O descaso de algumas Igrejas frente às necessidades do público que a frequenta; A atuação e os resultados frustrantes dos ministérios, aliados a um desgaste de energia que desanima os líderes e a própria Igreja; CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 13 O fato de a Igreja não saber para aonde caminhar, como se não existisse razão de existir. A Igreja, como uma organização, certamente terá um patrimônio que precisa ser bem administrado. Assim, a administração patrimonial eficiente procura: Registrar de bens e propriedades da Igreja; Zelar, manter e conservar; Cuidar dos aspectos da depreciação dos bens. Uma administração financeira eficiente procura: Ter uma contabilidade em dia; Cumprir com as obrigações sociais e trabalhistas; Realizar prestação de contas; Gerir com transparência. A administração eficaz na secretaria procura: Definir corretamente as atribuições do secretário (a); Manter os documentos bem organizados e atualizados; Realizar o devido arquivamento; Estabelecer a organização e o controle de processos. Leitura Obrigatória: Leia o artigo “A Boa Gestão de uma Igreja”, de Rodolfo Garcia Montosa, disponível no link a seguir. http://www.institutojetro.com/artigos/administracao-geral/a-boa-gestao- de-uma-igreja.html CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 14 Quer saber mais sobre as semelhanças e diferenças entre administração e gestão, a gestão ministerial e os desafios contemporâneos? Veja o que o professor Acyr de Gerone Júnior tem a dizer sobre eles no material online. Trocando Ideias Já falamos bastante sobre gestão e administração. Agora cabe um melhor aprofundamento em relação aos ministérios da Igreja. Assim, descreva os ministérios que existem em sua Igreja. Depois avalie quais ministérios podem ser implantados em sua Igreja. Por fim, indique como sua Igreja pode gerir esses ministérios com eficácia. Na Prática O ato de pastorear encontra, em nosso contexto, reforço e complementação no ato de gerir/administrar. Pastores podem e devem ser gestores. Isso quer dizer que para pastorear bem, devem gerir a Igreja com eficácia. É importante que o pastor adote sérias medidas para que seu ministério seja mais organizado, planejado e alcance resultados que, espiritualmente, também será fruto do empenho e da dedicação do próprio pastor. Você saberia indicar quais são as medidas necessárias para a sua Igreja local? Resolução do Caso Não há uma resposta única, visto que as respostas podem ser diferentes já que é uma questão de análise do local. Mesmo assim, uma possível resposta será indicar as seguintes medidas: A administração patrimonial eficiente procura: Registrar de bens e propriedades da Igreja; Zelar, manter e conservar; Cuidar dos aspectos da depreciação dos bens. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 15 A administração financeira eficiente procura: Ter uma contabilidade em dia; Cumprir com as obrigações sociais e trabalhistas; Realizar prestação de contas; Gerir com transparência. A administração eficaz na secretaria procura: Definir corretamente as atribuições do secretário (a); Manter os documentos bem organizados e atualizados; Realizar o devido arquivamento; Estabelecer organização e controle de processos. No material online, o professor Acyr de Gerone Júnior fala mais sobre a aplicação prática da administração eclesiástica. Confira! Síntese Diante disso, fica estabelecido que o propósito de um pastor realizar a gestão eclesiástica e ministerial encontra fundamento em dois princípios que remetem ao seu chamado pastoral: Não deve fazer relaxadamente a obra que o Senhor lhe confiou; Deve ser responsável e não atribuir, covardemente, eventuais fracassos a Deus. O pastor/gestor deve compreender, no entanto, que tudo o que acontece ou existe dentro de sua Igreja será, em última análise, sua responsabilidade, seja eclesiástica, espiritual ou civil. Assim, o uso de pressupostos relacionados a gestão eclesiástica e ministerial é de suma importância para a vida e para a missão da Igreja. Não se trata de utilizar técnicas mercadológicas para aumentar a “clientela”, e sim, de usar técnicas de planejamento para que os frutos da CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 16 dedicação e empenho demonstrados pelo servo de Deus sejam maiores, visto que foram cuidados, geridos, sonhados e planejados da melhor maneira. Refletindo sobre o termo gestão, perceberemosque a abrangência de seu significado é muito mais significativa do que simplesmente o “ato de gerenciar algo”. A gestão é, na prática, um conjunto de normas e funções cujo objetivo é submeter os resultados das ações a um controle para obtenção de um resultado adequado: ver sua Igreja organizada e bem administrada! Assista às considerações finais do professor Acyr de Gerone Júnior sobre os temas abordados no material online. Referências BRINER, Bob. Os Métodos de Administração de Jesus. traduzido por Milton Azevedo Andrade. - São Paúlo: Mundo Cristão, 1997. EDITORA INTERSABERES (ORG). Práticas Pastorais, 2014 KLESSER, N.; CÂMARA, S. Administração Eclesiástica. CPAD, 1992. MYRON, Rusch. Administração uma Abordagem Bíblica. 1ª ed. Belo Horizonte: Editora Betânia, 2005. STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5ª ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1999.