A prova do dano moral no trabalho é um dos desafios mais discutidos na doutrina e na jurisprudência trabalhista. A caracterização exige a demonstração de elementos como a prática de um ato ilícito ou abusivo por parte do empregador, a ofensa a direitos da personalidade do trabalhador, e o nexo causal entre o ato e os danos sofridos. No entanto, diferentemente dos danos materiais, o dano moral não depende da comprovação de prejuízo financeiro ou físico direto, mas sim da análise do contexto e dos impactos imateriais na dignidade e na integridade emocional do trabalhador. A utilização de testemunhas, documentos e até perícias psicológicas pode ser necessária, dependendo do caso concreto. A inversão do ônus da prova também pode ser aplicada em determinadas situações, especialmente em casos de vulnerabilidade do empregado. DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil brasileiro: responsabilidade civil. 29. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. Sobre os meios de prova para a configuração do dano moral no trabalho, analise as alternativas abaixo e assinale a correta:

Questão 2 Resposta

a.

A prova do dano moral no trabalho exige, obrigatoriamente, a realização de perícia técnica que comprove os danos psicológicos sofridos pelo empregado.

b.

O dano moral só pode ser provado por meio de testemunhas quando não houver documentos que demonstrem a conduta ilícita do empregador.

c.

A inversão do ônus da prova pode ser aplicada em casos de dano moral no trabalho, principalmente quando o empregado está em situação de hipossuficiência ou vulnerabilidade.

d.

A comprovação de dano moral no trabalho é dispensada em casos de assédio moral, uma vez que a própria prática do assédio já presume a existência do dano.

e.

O nexo causal entre o ato praticado e o dano sofrido não precisa ser provado, já que o dano moral no trabalho é presumido a partir da relação empregatícia.