A cidade contemporânea já não comporta as dualidades opositivas. A relação entre centro e periferia foi alterada, exigindo a substituição do procedimento de centralizar, delimitar e hierarquizar territórios por projetos que ressaltem as potencialidades das periferias urbanas. As profundas transformações nas condições urbanas provocaram “[…] uma inevitável fragmentação da cidade existente, um deslocamento do centro de gravidade da dinâmica urbana do centro da cidade para a periferia urbana e uma notável habilidade em evitar regras urbanísticas”. Esse deslocamento constitui mais do que uma inversão de prioridades, pois periferia urbana designa não apenas um território na fronteira do ambiente construído, mas, sobretudo, um centro urbano considerado periférico em relação a outros centros. Todos os lugares tornam-se simultaneamente centrais e periféricos no processo de expansão polinuclear, de multiplicação de focos de concentração de poder. Nesse cenário, desaparece o sistema tradicional de marcação e hierarquização de signos referenciais, e as cidades ficam desprovidas de identidade, as paisagens urbanas exibem uma esterilidade sem precedentes (Schultz, 2019, p. 225). Com base no contexto apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. Muitas das cidades contemporâneas são, segundo Rem Koolhaas, um modelo de cidade genérica que apresenta uma composição de formas geométricas repetidas em diferentes tamanhos. PORQUE II. O mesmo teórico e urbanista, Rem Koolhaas, também detectou outros grandes desafios impostos às cidades em nossa contemporaneidade e cunhou um termo: “Junk spaces”. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. Escolha uma: a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não justifica a I. b. As asserções I e II são proposições falsas. c. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II, falsa. d. A asserção I é uma proposição falsa e a II, verdadeira. e. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I.