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A modulação dos efeitos da decisão em controle de constitucionalidade é uma técnica que permite ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao declarar a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, restringir os efeitos dessa declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento a ser fixado. Prevista no artigo 27 da Lei nº 9.868/99, a modulação exige, para sua aplicação, o voto de dois terços dos ministros e a presença de razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social. Fonte: BRASIL. Lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999. O STF, em 2023, declara inconstitucional uma lei tributária de 2010 que concedia um benefício fiscal a determinado setor da economia. Durante 13 anos, com base nessa lei, milhares de empresas deixaram de recolher o tributo, agindo de boa-fé. A declaração de inconstitucionalidade, em regra, tem efeitos ex tunc, ou seja, retroativos, o que obrigaria todas essas empresas a pagar o tributo referente a todo o período. Considerando o impacto econômico e social dessa medida, o STF, ao proferir sua decisão, poderá: Opção A Recomendar ao Congresso Nacional que edite uma nova lei anistiando as dívidas das empresas, transferindo a solução do problema para o Poder Legislativo. Opção B Declarar a inconstitucionalidade, mas modular os efeitos da decisão para que ela só produza efeitos para o futuro (ex nunc), preservando as situações consolidadas no passado por razões de segurança jurídica. Opção C Determinar a cobrança retroativa do tributo, pois a declaração de inconstitucionalidade sempre retroage para anular todos os efeitos do ato viciado. Opção D Anular o processo sem julgamento de mérito, pois a análise do impacto econômico da decisão extrapola a competência jurídica do Tribunal. Opção E Declarar a lei constitucional, apesar de sua incompatibilidade com a Carta Magna, para evitar o caos econômico e social que a anulação causaria.
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Thayna Ribeiro

há 3 meses

Respostas

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há 3 meses

Vamos analisar as opções apresentadas em relação à modulação dos efeitos da decisão em controle de constitucionalidade pelo STF: Opção A: Recomendar ao Congresso Nacional que edite uma nova lei anistiando as dívidas das empresas, transferindo a solução do problema para o Poder Legislativo. Essa opção não é viável, pois o STF não pode transferir a responsabilidade legislativa. Opção B: Declarar a inconstitucionalidade, mas modular os efeitos da decisão para que ela só produza efeitos para o futuro (ex nunc), preservando as situações consolidadas no passado por razões de segurança jurídica. Essa opção está correta, pois a modulação dos efeitos permite que o STF declare a inconstitucionalidade, mas restrinja seus efeitos para o futuro, protegendo a segurança jurídica das situações já consolidadas. Opção C: Determinar a cobrança retroativa do tributo, pois a declaração de inconstitucionalidade sempre retroage para anular todos os efeitos do ato viciado. Essa opção não considera a possibilidade de modulação, que é o foco da questão. Opção D: Anular o processo sem julgamento de mérito, pois a análise do impacto econômico da decisão extrapola a competência jurídica do Tribunal. Essa opção não é adequada, pois o STF tem a competência para analisar a inconstitucionalidade e seus efeitos. Opção E: Declarar a lei constitucional, apesar de sua incompatibilidade com a Carta Magna, para evitar o caos econômico e social que a anulação causaria. Essa opção não é viável, pois o STF não pode declarar uma lei constitucional se ela é inconstitucional. Portanto, a alternativa correta é: Opção B.

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