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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
VIDE SÚMULAS STF: https://portal.stf.jus.br/publicacaotematica/vertema.asp?lei=5235
· Entre os pressupostos do controle de constitucionalidade, destacam-se a supremacia da CF e a rigidez constitucional.
· Em consequência da supremacia formal da Constituição Federal, todas as normas constitucionais equivalem-se em termos de hierarquia.
· Só se fala em supremacia formal da Constituição em Estados que adotam a Constituição do tipo rígida.
Inconstitucionalidade por Ação e por Omissão
· A inconstitucionalidade por ação diz respeito à verificação da compatibilidade vertical entre as normas jurídicas e os atos do Poder Público com o seu parâmetro de controle, a Constituição Federal.Significa um fazer inconstitucional do Poder Público.
· A inconstitucionalidade por omissão decorre de um não fazer do Estado que ofende uma determinação constitucional.
· A aferição desta inconstitucionalidade por omissão pode se dar pela via concentrada, por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade por omissão, ou pela via difusa, por meio de mandado de injunção.
MI= DIFUSO/CONCRETO
ADI = CONCENTRADO/ABSTRATO 
· Essa omissão inconstitucional pode ser total (ausência total da norma regulamentadora do direito constitucionalmente previsto) ou parcial (existe a norma regulamentadora, mas a normatização é deficiente).
Inconstitucionalidade Material e Formal
· Inconstitucionalidade material (também chamada de nomoestática) quando o vício está no conteúdo da norma (na sua matéria).
· Inconstitucionalidade formal (ou nomodinâmica), o vício está no processo legislativo. Essa inconstitucionalidade formal subdivide-se em:
· Subjetiva: o vício está na iniciativa para a propositura do projeto de lei.
· Objetiva: o vício estará situado nas demais fases do processo legislativo, como, por exemplo, uma lei complementar, que exige um quórum de maioria absoluta (art. 69), aprovada por maioria simples.
· Orgânica: aqui, o vício está na repartição constitucional de competências, como, por exemplo, uma lei estadual que legisle sobre trânsito.
Inconstitucionalidade Total ou Parcial
· A inconstitucionalidade total atinge todo o ato normativo, ao passo que, na inconstitucionalidade parcial, apenas parte da lei é atingida pelo vício de inconstitucionalidade.
· A declaração de inconstitucionalidade parcial pelo Poder Judiciário pode recair sobre fração de artigo, parágrafo, inciso ou alínea, até mesmo sobre uma única palavra de um desses dispositivos da lei. 
· No entanto, o Poder Judiciário não poderá subverter o intuito da lei, mudando o sentido e o alcance da norma, sob pena de ofensa ao princípio da separação dos poderes. 
Sistemas de Controle de Constitucionalidade
· No controle jurisdicional ou judicial, a competência para realizar o controle de constitucionalidade é conferida aos órgãos que integram o Poder Judiciário. 
· No controle político, o controle de constitucionalidade recai sobre órgãos que não integram o Poder Judiciário (exemplo: na França, o controle de constitucionalidade é realizado pelo Conselho Constitucional Francês).
· Já no controle misto, parte das leis são fiscalizadas por órgãos de natureza política, alheios à estrutura do Poder Judiciário, e outra parte são fiscalizadas pelo próprio Poder Judiciário (exemplo: na Suíça, as leis nacionais submetem-se ao controle político; já as leis locais são submetidas ao controle judicial). 
· No Brasil, o controle é predominantemente judicial. Não se trata de um modelo jurisdicional puro, haja vista existir, pontualmente, controles de natureza política realizados pelos demais Poderes da República.
São exemplos de controle político no Brasil:
 a) a competência das Comissões de Constituição e Justiça para verificarem a constitucionalidade dos projetos de lei;
 b) o veto jurídico do Presidente da República pela inconstitucionalidade do projeto de lei (art. 66, § 1º); e 
c) o enunciado da Súmula 347, do STF, permite que os Tribunais de Contas, no exercício de suas atribuições, aprecie a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. Essa competência dos Tribunais de Contas para realizarem controle de constitucionalidade SEMPRE se dará no concreto, jamais no abstrato. 
· No Brasil, quem detém a competência para realizar o controle de constitucionalidade é o Poder Judiciário, havendo apenas traços de controle político.
Momento do Controle de Constitucionalidade
· Quanto ao momento do controle de constitucionalidade, pode ser preventivo ou repressivo. 
· Será preventivo quando se fiscaliza um projeto de lei, com o fim de se evitar que seja inserida no ordenamento jurídico uma norma incompatível com a Constituição.
· Todos os Poderes da República têm a possibilidade de atuar no controle preventivo.
· No caso do Poder Legislativo, o controle preventivo fica a cargo das já citadas Comissões de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
· O Poder Executivo exerce o controle preventivo por meio do veto jurídico do Presidente da República previsto no art. 61, § 1º. 
O Poder Judiciário atua no controle preventivo em apenas uma única hipótese: quando houver um mandado de segurança impetrado no Supremo Tribunal Federal por parlamentar da própria Casa legislativa em que esteja o projeto de lei pela inobservância do devido processo legislativo constitucional.
Por sua vez, o controle será repressivo quando recair sobre uma lei já existente. Também é realizado por todos os Poderes da República.
O Poder Legislativo atua no controle repressivo nas seguintes hipóteses:
 a) art. 49, V – a competência exclusiva do Congresso Nacional para sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 
b) art. 52, X – a possibilidade de o Senado Federal suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF em controle difuso de constitucionalidade;
· O STF caminha para entender que se está diante de verdadeira mutação constitucional do art. 52, X, especialmente com a adoção da repercussão geral nos recursos extraordinário. O que se propõe é uma interpretação que confira ao Senado Federal a possibilidade de simplesmente, mediante publicação, divulgar a decisão do STF (ADIs 3.406 e 3.470).
c) art. 62, § 5º – a verificação do atendimento dos pressupostos constitucionais da relevância e urgência das medidas provisórias realizada por cada uma das Casas do Congresso Nacional.
O Poder Judiciário realiza o controle repressivo de constitucionalidade, tanto por meio do controle difuso, quanto por meio do controle concentrado.
 Modelos de Controle de Constitucionalidade
· Modelo concentrado (reservado) 
· Modelo difuso (aberto ou incidental) 
Haverá controle de constitucionalidade concentrado quando o Supremo Tribunal Federal julgar as seguintes ações: 
a) ação direta de inconstitucionalidade genérica (ADI);
b) ação declaratória de constitucionalidade (ADC);
 
c) ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO);
d) arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF);
e) ação direta de inconstitucionalidade interventiva (ADI interventiva).
Modelo difuso é feito pelos outros órgãos do Poder Judiciário, e também pelo STF. 
 Formas de Controle de Constitucionalidade 
· Via concreta
· Via abstrata
Na via concreta (ou por via de exceção), a impugnação de uma lei pressupõe a comprovação de lesão a direito daquele que alega.
Já pela via abstrata (ou por via de ação), a inconstitucionalidade é requerida “em tese”, sem vinculação à ofensa a direito, sem vinculação a um caso concreto.
Controle Difuso 
Legitimação ativa:
A legitimação ativa no controle difuso (ou incidental) de constitucionalidade é ampla, uma vez que qualquer das partes (autor ou réu) poderá fundamentar suas razões em uma tese de inconstitucionalidade de uma norma. O Ministério Público que oficie no feito também pode levantar a questão de inconstitucionalidade da leiaplicável ao caso, bem como o próprio magistrado de ofício.
Competência: 
Todos os membros do Poder Judiciário (juízes, desembargadores e ministros), ao julgarem suas causas, dispõem de competência para declarar a inconstitucionalidade das leis aplicáveis ao caso sob julgamento.
Quando o processo chega aos tribunais, um órgão fracionário desse tribunal (turma, sessão etc.) NÃO possui essa competência, porque deverá ser respeitado o princípio da reserva de plenário prescrito no art. 97. 
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
Esse princípio da reserva de plenário (também chamado de cláusula full bench) estabelece que dentre todos os órgãos do tribunal, somente o plenário ou o órgão especial poderão declarar a inconstitucionalidade das leis, por deliberação de maioria absoluta de seus membros.
Art. 93, XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo- -se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno;
MACETE: CRIAR: SUPERIOR A 25 JULGADORES, MEMBROS: MÍNIMO 11 E MÁXIMO DE 25. 
· SEMPRE NÚMERO ÍMPAR. 
O STF deve respeitar a cláusula da reserva de plenário. 
· Súmula Vinculante n.10: viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
A ideia dessa Súmula Vinculante é a seguinte: se na tese levantada pelas partes tem a análise da inconstitucionalidade de uma lei, deve o tribunal enfrentar essa análise pelo plenário ou órgão especial, se houver. Os órgão fracionários não podem simplesmente afastar a incidência da lei trazida pelas partes (autor ou réu) e julgar por outro fundamento. Se assim o fizer, estará sendo desrespeitado o princípio da reserva de plenário.
O princípio da reserva de plenário NÃO é absoluto!!
Quando o plenário ou órgão especial (se houver) de um determinado tribunal, ou, ainda, o plenário do STF já tiver resolvido a questão de inconstitucionalidade em outro processo, poderão os órgãos fracionários aplicar o mesmo entendimento ao caso sob julgamento. É o que se extrai da leitura do art. 949, parágrafo único, do novo Código de Processo Civil: 
os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a arguição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes (plenário ou órgão especial do próprio tribunal) ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
· Segundo o STF, os órgãos fracionários dos tribunais podem aplicar a denominada interpretação conforme a Constituição sem a observância da cláusula de reserva de plenário, haja vista que, no caso, haverá uma declaração de constitucionalidade e não de inconstitucionalidade conforme se refere o art. 97. Ou seja, pode o órgão fracionário do tribunal declarar a norma constitucional, sem necessidade de instaurar o incidente processual próprio da reserva de plenário (RE 579.721).
· Fixou o STF que a decisão monocrática do relator exarada em medida cautelar não se submete à cláusula da reserva de plenário albergada no art. 97 da Constituição Federal (Rcl 11.768). 
Efeitos da decisão: os efeitos da decisão no controle difuso de constitucionalidade serão inter partes (atingindo apenas as partes – autor e réu) e ex tunc (retroagindo ao início da vigência da norma, em razão do princípio da nulidade dos atos inconstitucionais).
· É importante dizer que é possível a modulação dos efeitos temporais da decisão no controle difuso, aplicando, como fundamento, o art. 27 da Lei n. 9.868, de 1999. Dispõe a norma: 
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços (8 votos) de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
1) O Senado Federal está obrigado a suspender a execução da lei? 
R= Não. É um ato discricionário do Senado. 
2) Qual espécie de lei formaliza a suspensão? 
R= Uma resolução do Senado Federal. 
3) Poderá o Senado Federal modificar os limites da decisão do STF?
Não. O Senado, decidindo pela suspensão da norma, não poderá modificar os limites da decisão do STF. Em outras palavras, suspende nos termos da decisão do STF
4) Pode o Senado Federal voltar atrás, desistindo da suspensão? Não. Uma vez editada a resolução, o Senado não poderá voltar atrás, por se tratar de um ato irretratável. 
5) Quais leis podem ser suspensas? 
R= Todas. A competência do Senado Federal para tal fim alcança normas federais, estaduais, distritais e municipais.
6) Qual a eficácia da suspensão? 
R = Depende. Em regra, a suspensão da execução da lei pelo Senado Federal possui eficácia ex nunc (não retroativa). Mas, se se tratar de uma norma federal, a eficácia será ex tunc (retroagindo), por força do art. 1º, § 2º, do Decreto n. 2.346, de 1997.
Súmula vinculante: a criação do instituto da súmula vinculante no Brasil foi influenciada pelas “stare decisis” norte-americanas (as decisões da Suprema Corte gozam de efeito vinculante). 
Nesse contexto, o art. 103-A, da CF, inserido pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004, declara que o Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros (8 votos), após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula [súmula vinculante] que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei, no caso a Lei n. 11.417, de 2006.
Os efeitos vinculantes da súmula atingem: 
1) o Poder Executivo, salvo quando exerce a função atípica de legislar; 
2) o Poder Judiciário; 
3) o Poder Legislativo, quando exerce as funções atípicas de administrar e julgar
Controle Concentrado – Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
LEGITIMADOS ATIVOS: 
3 autoridades: Presidente da República; Governadores; Procurador-Geral da República. 
3 mesas: Mesa do Senado Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; Mesa das Assembleias Legislativas. 
3 instituições: Conselho Federal da OAB; partido político com representação no Congresso Nacional; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
· Entende-se por partido político com representação no Congresso Nacional aquele que possui pelo menos um Deputado Federal ou um Senador da República.
· Segundo o entendimento do STF, a representação há de ser comprovada no momento da propositura da ação e não no momento do seu julgamento. Ou seja, não se fala em perda superveniente de legitimidade se, entre a propositura da ADI e o julgamento, o partido político perder sua representação no Congresso Nacional.
· Só a confederação sindical possui legitimidade ativa. Isto é, os sindicatos, as federações sindicais e as centrais sindicais não são legitimadas ativas.
· Quanto às entidades de classe de âmbito nacional, o STF muda seu entendimento para reconhecer a legitimidade das denominadas “associações de associações” (também conhecidas como entidades de classe de segundo grau), que congregam exclusivamente pessoas jurídicas como associados.
· Segundo o STF, as entidades de classe de âmbito nacional, que reúnam membros de mais de uma atividade profissional ou econômica, em razão da heterogeneidadeda sua composição, não possuem legitimidade ativa.
ATENÇÃO, PRESTE MUITA ATENÇÃO!!!
São legitimados universais:
· Presidente da República; 
· Mesa do Senado Federal; 
· Mesa da Câmara dos Deputados; 
· Procurador-Geral da República;
· Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
· Partido político com representação no Congresso Nacional. 
São legitimados especiais:
 
· Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
· Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
· Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Mas qual a diferença??
Os legitimados universais podem arguir a inconstitucionalidade de qualquer matéria. 
Já os legitimados especiais só podem levar para o STF a discussão de matérias sobre as quais demonstrarem interesse (aquilo que se denomina pertinência temática).
Quem necessita de advogado?
Os partidos políticos com representação no Congresso Nacional, as confederações sindicais e entidades de classe de âmbito nacional NECESSITAM da assistência de advogado para a propositura da ADI. 
Em sentido contrário, os demais legitimados poderão impetrar a ação direta sem a necessidade de um advogado, na medida em que detêm capacidade postulatória.
A competência do STF para julgar ADI alcança somente leis federais e estaduais, não alcançando as leis municipais
· Súmula 642, do STF: “não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua competência legislativa municipal”. 
Podem ser objeto de ADI: emendas constitucionais de reforma, emendas constitucionais de revisão, tratados internacionais equiparados às emendas, leis ordinárias, leis complementares, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos, resoluções, tratados internacionais não equiparados às emendas, decretos autônomos, regimentos internos dos tribunais, Constituições Estaduais, Lei Orgânica do Distrito Federal.
· Só podem ser objeto de ADI atos normativos primários (aqueles que buscam seu fundamento de validade direto da Constituição Federal) federais e estaduais.
· Leis distritais só podem ser objeto de ADI se forem editadas no uso de competência estadual. 
Em razão da jurisprudência do STF, só poderão ser impugnadas em ação direta às leis e atos normativos federais e estaduais que: 
a) sejam pós-constitucionais: para o Supremo não é possível o controle de constitucionalidade de lei anterior à Constituição pela via da ação direta de inconstitucionalidade; 
b) possuam conteúdo normativo geral e abstrato: segundo o STF, só constitui ato normativo idôneo a submeter-se ao controle abstrato da ação direta de inconstitucionalidade aquele dotado de um coeficiente mínimo de abstração ou, pelo menos, de generalidade; 
c) não sejam tipicamente regulamentares: o STF não admite ADI em face de atos normativos de caráter regulamentar (chamados de atos normativos secundários). No caso, a ofensa à Constituição é meramente reflexa. Não há, na verdade, uma inconstitucionalidade, mas mera crise de legalidade; 
d) estejam em vigor: é pacífico o entendimento do STF no sentido de não ser cabível a ação direta de inconstitucionalidade contra ato revogado;
e) não sejam questões interna corporis; 
f) não sejam normas constitucionais originárias: não se admite controle concentrado ou difuso de constitucionalidade de normas produzidas pelo Poder Constituinte originário; 
As súmulas de jurisprudência aprovadas pelos Tribunais do Poder Judiciário não podem ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade, por não apresentarem características de ato normativo. 
As súmulas, apesar de refletirem a interpretação dada pelo Poder Judiciário, não constituem, por si só, uma norma, mas decisões sobre normas. 
O STF passou a admitir a propositura de ADI em face de atos de efeitos concretos com caráter genérico e abstrato, como as leis orçamentárias.
Atuação do Procurador-Geral da República (PGR): a atuação do PGR tem base constitucional no art. 103, VI (como legitimado universal) e no mesmo art. 103, § 1º. Perceba: 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: 
[…] VI – o Procurador-Geral da República; 
[…] § 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
· Importante sabermos que o parecer do PGR é obrigatório, porém ele tem total liberdade para opinar a favor ou contra a inconstitucionalidade do tema constitucional sob julgamento.
Atuação do Advogado-Geral da União (AGU): o AGU também desempenha um papel importante no julgamento da ADI, haja vista que é citado para defender o ato normativo impugnado. É o que está expresso no art. 103, § 3º: 
· Art. 103, § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
É uma atuação vinculada (defender o ato impugnado), mas o Supremo relativizou o comando constitucional autorizando que, em determinadas situações, o AGU poderá defender a inconstitucionalidade, nos casos em que o próprio STF já tenha se manifestado em outro processo pela inconstitucionalidade da norma atacada.
1) O PGR sempre será ouvido nas ações de controle concentrado. 
2) Dada a sua independência funcional, o PGR é livre para se manifestar pela constitucionalidade ou pela inconstitucionalidade da lei atacada. 
3) O AGU será citado para defender o ato impugnado. Ele atua como curador do princípio da constitucionalidade das leis. 
4) O STF admite que o AGU defenda a inconstitucionalidade da norma atacada quando o próprio STF já tenha se manifestado pela inconstitucionalidade da lei em outro processo (ADI 1.616).
Impossibilidade de desistência: art. 5º da Lei n. 9.868, de 1999. 
Art. 5º Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.
· Não se admite desistência do pedido principal e da medida cautelar (liminar) eventualmente suscitada.
Impossibilidade de intervenção de terceiros: art. 7º, caput, da Lei n. 9.868, 1999. 
· Art. 7º Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.
Muito embora não caiba intervenção de terceiros, o STF admite o “amicus curiae”. O “amicus curiae” (numa tradução literal significa amigo da Corte) é o terceiro interessado, mas não legitimado, que atua no controle concentrado de constitucionalidade como colaborador. Tem por finalidade pluralizar o debate do tema constitucional impugnado, especialmente de assuntos muito técnicos, permitindo que o Tribunal disponha dos elementos necessários à melhor solução da controvérsia constitucional, legitimando democraticamente as decisões do STF. É o que está no art. 7º, § 2º, da Lei 9.868, de 1999, segundo o qual “o relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir a manifestação de outros órgãos ou entidades”. Segundo entendimento do STF, a admissão do “amicus curiae” tem como prazo limite a data de remessa dos autos para mesa de julgamento (ADI 4.071).
Natureza dúplice ou ambivalente: art. 24 da Lei n. 9.868, de 1999. 
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.
Em outras palavras, à luz do art. 24 da Lei n. 9.868, de 1999, e tendo por base que, em sede de ADI, o pedido formulado pelo autor é pelo reconhecimento da inconstitucionalidade da norma, teremos o seguinte: 
a) se a ação direta é julgada procedente, será declarada a inconstitucionalidade da norma impugnada; 
b) se a ação direta é julgada improcedente, será declarada a constitucionalidade do texto guerreado. Perceba que mesmo a improcedência da ação produz efeitos, qual seja, o reconhecimento pelo STF daconstitucionalidade da lei impugnada. 
Impossibilidade de recurso (salvo embargos de declaração) e de ação rescisória: 
art. 26 da Lei n. 9.868, de 1999. Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. 
Não há perda do direito de ação por decurso do prazo: importante que se diga que a propositura de ADI não se sujeita a nenhum prazo limite, ou seja, os legitimados pelo art. 103 podem propor a ação em qualquer tempo, uma vez que os atos inconstitucionais não se convalidam pelo decurso do tempo.
Efeitos da decisão:
Art. 102, § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão.
 
Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.
São efeitos da decisão tomada pelo STF no julgamento das ADIs: 
1) eficácia erga omnes (contra todos que se encontrem perante a mesma situação jurídica enfrentada no julgamento): por se tratar de processo objetivo, os efeitos da decisão atingem a todos que se encontram sob a mesma situação jurídica; 
2) efeito vinculante: atinge todo o Poder Judiciário (menos o próprio STF, que poderá mudar seu entendimento), bem como o Poder Executivo e o Poder Legislativo quando executam a função administrativa. Não vinculam o Poder Legislativo e o Poder Executivo quando exercem a função legislativa, sob pena de ferir a independência entre os Poderes; 
3) efeitos retroativos (ex tunc): em regra, a declaração de inconstitucionalidade retroage ao início da vigência do ato guerreado, uma vez que vige a tese da nulidade dos atos inconstitucionais. Porém, a lei permite que o STF, em situações excepcionais, modifique os efeitos temporais da sua decisão, nos termos do art. 27 da Lei n. 9.868, de 1999. Vejamos:
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
· É possível a aplicação da modulação dos efeitos temporais da decisão proferida pelo STF no controle difuso de constitucionalidade.
· O Supremo Tribunal Federal NÃO fica vinculado aos fundamentos apresentados pelo proponente, por ser a causa de pedir ABERTA, PERMITINDO que a decisão seja assentada em qualquer parâmetro constitucional.
Possibilidade de concessão de medida cautelar: segundo o art. 10, da Lei n. 9.868, de 1999, salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do STF, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. 
Segundo o art. 11, § 1º, da Lei n. 9.868, de 1999, a medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o STF entender que deve conceder-lhe eficácia retroativa. Importante dizer que, segundo o STF, somente a concessão da medida cautelar terá efeito vinculante.
· Sobre a possibilidade de concessão de medida cautelar, a jurisprudência do STF é pacífica no sentido de que o Supremo deve analisar a conveniência política de eventual suspensão cautelar da lei impugnada.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO)	Comment by ISMAEL NEVES: .
· Finalidade: conforme vimos anteriormente, o Poder Público pode ofender a Constituição por uma inação, nas situações em que a própria Constituição exige um fazer do Estado. O não fazer inconstitucional pode ser atacado pela ADO, para que o STF reconheça a inconstitucionalidade por omissão.
OU SEJA: 
ADI = AÇÃO
ADO = OMISSÃO
· Legitimação ativa: é a mesma para a propositura da ADI, ou seja, o rol taxativo do art. 103, I a IX.
· Atuação do PGR: vale exatamente o que vimos na ADI, isto é, é obrigatória e livre (art. 103, IV e art. 103, § 1º). Além disso, deverá ele ser previamente ouvido em todas as ações do controle concentrado e nos demais processos de competência do STF na qualidade de custus legis (fiscal da lei).
· Atuação do AGU: segundo a norma aplicável, a atuação do AGU é facultativa.
· Efeitos da decisão: em caso de omissão imputável a um Poder (Legislativo, Executivo e Judiciário), o STF dará ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias. Já em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Supremo Tribunal Federal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido.
· Medida cautelar: segundo o art. 12-F, da Lei n. 9.868, de 1999, em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o STF, por decisão da maioria absoluta de seus membros (8), poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 dias.
 Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC)
· Essa ação de controle concentrado foi a única que foi criada por emenda à Constituição, por meio da EC n. 3, de 1993.
· Finalidade: questão interessante é saber o porquê da criação da ADC. A ideia é encerrar, definitivamente, relevante controvérsia judicial sobre a validade de uma lei FEDERAL, haja vista que a decisão do STF nessa ação produzirá eficácia erga omnes e efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
· De acordo com o princípio da presunção de constitucionalidade das leis, uma lei nasce constitucional até declaração em contrário do Poder Judiciário (ou seja, a norma goza de presunção relativa de constitucionalidade).
· Legitimação ativa: os mesmos da ADI previstos no art. 103, I a IX, da CF.
· Objeto: muito cuidado com isso. Conforme se extrai do art. 102, I, a, só é possível entrar com ADC em face de lei FEDERAL.
· Relevante controvérsia judicial: para que seja admissível uma ADC no STF, o autor deve demonstrar a existência de relevante controvérsia judicial.
Art. 14. A petição inicial indicará: 
I – o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido; 
II – o pedido, com suas especificações; 
III – a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória.
· Atuação do PGR: Exatamente da mesma maneira das demais ações do controle concentrado de constitucionalidade, ou seja, obrigatória e livre, conforme se vê no art. 103, IV, e no art. 103, § 1º, ambos da CF.
· Atuação do AGU: Na ADC, o AGU não se manifesta. Como o papel do AGU é defender a constitucionalidade do ato impugnado e nesta ação de controle concentrado o autor busca justamente a declaração da constitucionalidade, não há razão para a manifestação do AGU.
· Medida cautelar: à luz do art. 21, da Lei n. 9.868, de 1999,o STF, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade.
Aspectos comuns entre ADI e ADC:
1) impossibilidade de desistência (art. 16 da Lei n. 9.868, de 1999); 
Art. 16. Proposta a ação declaratória, não se admitirá desistência. 
2) impossibilidade de intervenção de terceiros (art. 18 da Lei n. 9.868, de 1999); 
Art. 18. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação declaratória de constitucionalidade.
3) inexistência de perda do direito de ação por decurso do prazo; 
4) natureza dúplice (art. 24 da Lei n. 9.868, de 1999); 
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória. 
5) irrecorribilidade da decisão de mérito (salvo embargos de declaração) e impossibilidade de ação rescisória (art. 26 da Lei n. 9.868, de 1999). 
Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. 
6) admissibilidade de “amicus curiae” pelo STF, mesmo com o veto ao § 2º do art. 18 da Lei n. 9.868, de 1999. 
Efeitos da decisão: são semelhantes aos efeitos já estudados em ADI:
1) eficácia erga omnes - os efeitos da decisão atingem a todos que se encontram sob a mesma situação jurídica;
2) efeito vinculante: atinge todo o Poder Judiciário (menos o próprio STF, que poderá mudar seu entendimento), bem como o Poder Executivo e o Poder Legislativo quando executam a função administrativa;
Obs: Não vinculam o Poder Legislativo e o Poder Executivo quando exercem a função legislativa, sob pena de ferir a independência entre os Poderes;
3) efeitos retroativos (ex tunc): à declaração de constitucionalidade retroage ao início da vigência da lei, transformando a presunção relativa de constitucionalidade em presunção absoluta de constitucionalidade. 
ATENÇÃO: Se o STF julgar improcedente a ADC, estará declarando a inconstitucionalidade da lei. 
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 
Objeto: o objeto da ADPF é delineado no art. 1º, da Lei n. 9.882, de 1999: 
Art. 1º A arguição prevista no § 1º do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. 
Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito fundamental: I – quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;
MODALIDADES DE ADPF:
a) ADPF autônoma (que tem por finalidade evitar ou reparar lesão a preceito fundamental); 
b) ADPF incidental (que pressupõe a existência de uma outra controvérsia constitucional prévia). A ADPF autônoma pode ser preventiva ou repressiva. Assim, temos: 
1) ADPF autônoma preventiva: utilizada para evitar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público; 
2) ADPF autônoma repressiva: utilizada para reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público; 
3) ADPF incidental: utilizada diante de relevante controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição Federal de 1988.
O que é preceito fundamental?
Apesar de não haver um delineamento objetivo e prévio do que sejam preceitos fundamentais, tarefa que cabe, como visto, à Suprema Corte caso a caso, a doutrina identifica como preceitos fundamentais na Constituição: 
a) os princípios fundamentais do Título I (artigos 1º ao 4º); 
b) os direitos e garantias fundamentais (espalhados por todo o texto constitucional); 
c) os princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII); 
d) as cláusulas pétreas (art. 60, § 4º); 
e) as limitações materiais implícitas.
Legitimação ativa: a mesma das demais ações de controle concentrado previstas no art. 103, I a IX.
Caráter subsidiário: muito cuidado com isso!!! De acordo com o art. 4º, § 1º, da Lei n. 9.882, de 1999, não será admitida arguição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
· Só impetra a ADPF se não houver outra ação ou recurso apto para prevenir ou sanar lesão a preceito fundamental.
Fungibilidade entre a ADPF e ADI: outro ponto muito interessante no estudo da ADPF é o reconhecimento pelo STF da fungibilidade entre essa ação e a ADI.
EXEMPLOS: 
· Caso o autor da ADPF tenha se equivocado, sendo, na verdade, hipótese de ADI, o STF receberá a ADPF como se ADI fosse, desde que presentes os demais requisitos para a ADI. 
· No mesmo sentido, se o autor entrar com uma ADI, mas, na verdade, seja caso de ADPF, presentes os demais requisitos da ADPF, o STF receberá a ADI como ADPF.
Atuação do PGR: mais uma vez fixamos o entendimento de que a manifestação do PGR é obrigatória e livre, com fundamento nos já citados art. 103, IV, e art. 103, § 1º. 
Atuação do AGU: não há previsão legal, mas tem sido usual a sua manifestação. 
Medida cautelar: o STF, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na arguição de descumprimento de preceito fundamental (art. 5º, da Lei n. 9.882, de 1999).
Irrecorribilidade e impossibilidade de ação rescisória:art. 12 da Lei n. 9.882, de 1999. 
Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em arguição de descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória.
Efeitos da decisão: art. 10, caput, e § 3º, da Lei n. 9.882, 1999. 
Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, fixando-se as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental. 
§ 3º A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Público.
EFEITOS: Erga Omnes; Efeito Vinculante*; Efeitos retroativos (ex tunc).
Representação Interventiva - ADINT
· Legitimidade ativa: PGR. 
· Competência: STF. 
· Hipóteses: ofensa aos princípios constitucionais sensíveis, previstos no art. 34, VII, e recusa à execução de lei federal por parte de Estado-membro. 
· Executor da intervenção: Presidente da República.
· A inconstitucionalidade por arrastamento ocorre em caso de dependência recíproca entre normas, de maneira que a inconstitucionalidade de uma “arrasta” a outra.
· No Brasil, de acordo com a jurisprudência pacífica do STF, não se admite inconstitucionalidade superveniente.
· Normas constitucionais inconstitucionais: Otto Bachof defendeu a ideia da possibilidade da declaração de inconstitucionalidade de normas constitucionais originárias. Essa teoria não encontra guarida no ordenamento jurídico brasileiro. Por outro lado, no Direito pátrio, é perfeitamente possível admitir normas constitucionais derivadas inconstitucionais. 
· Transcendência dos motivos determinantes: não só a parte dispositiva (conclusão) da decisão, mas também a sua fundamentação (ratio decidendi), poderia fazer coisa julgada. 
· Declaração de nulidade sem redução de texto: quando o STF afasta, por inconstitucional, um sentido que não poderá ser aplicado (declara a inconstitucionalidade). 
· Inconstitucionalidade progressiva: a lei é considerada “ainda constitucional”, embora, no futuro, venha a ser necessariamente inconstitucional (rebus sic stantibus). 
· Bloco de constitucionalidade: é o conjunto de normas (regras e princípios) com status constitucional que servirá de parâmetro de controle de constitucionalidade. 
· Controle de constitucionalidade nos Estados-membros e no DF: os tribunais de justiça dos Estados-membros e do DistritoFederal podem desempenhar o controle abstrato e concentrado de leis estaduais e municipais em face de suas Constituições Estaduais/Lei Orgânica do Distrito Federal. 
· Controle de constitucionalidade pelos Tribunais de Contas: os Tribunais de Contas, no cumprimento das suas atribuições constitucionais de fiscalização e julgamento, poderão exercer o controle de constitucionalidade concreto (jamais abstrato) das leis e dos atos normativos do Poder Público, conforme entendimento sumulado pela Suprema Corte. 
· Controle de constitucionalidade na ação civil pública: é possível a realização de controle difuso de constitucionalidade em sede de ação civil pública, segundo entendimento consolidado do STF. Noutro giro, a Suprema Corte veda a possibilidade de manejo da ação civil pública para declaração de inconstitucionalidade de lei em tese, com efeitos erga omnes. 
· Estado de coisas inconstitucional: há três pressupostos principais para a caracterização do “estado de coisas inconstitucional”: a) situação de violação generalizada de direitos fundamentais; b) inércia ou incapacidade reiterada e persistente das autoridades públicas em modificar a situação; c) a superação das transgressões exigir a atuação não apenas de um órgão, e sim de uma pluralidade de autoridades.
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Mandado de Segurança: conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. 
Mandado de Segurança Coletivo: o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. 
Mandado de Injunção: conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Legitimados Ativos para o Mandado de Injunção Coletivo: 
1) Ministério Público; 
2) partido político com representação no Congresso Nacional; 
3) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano; 
4) Defensoria Pública. 
Habeas Data: conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
Súmula 2, do STJ: não cabe habeas data se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa”. 
tem que ter recusa!!
Ação Popular: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
Súmula 365, do STF: pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.
Ação civil pública: É uma ação destinada a proteger interesses difusos ou coletivos, responsabilizando quem comete danos contra os bens tutelados. Pode ser ajuizada pelo Ministério Público ou outras pessoas jurídicas, públicas ou privadas, para proteger o patrimônio público e social, o meio ambiente, o consumidor para obter reparação de danos. Por meio da ACP, pede-se que os réus sejam condenados à obrigação de fazer ou deixar de fazer determinado ato, com a imposição de multa em caso de descumprimento da decisão judicial.
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