A interdisciplinaridade, como concepção crítica de ensino, ultrapassa a simples sobreposição de conteúdos de diferentes disciplinas. Ela requer ruptura com o paradigma fragmentado de ensino, reorganização do tempo e espaço escolares, planejamento coletivo e construção de temas geradores que partam da realidade concreta dos estudantes. De acordo com Souza et al. (2022) essa prática exige diálogo entre professores, redefinição de objetivos e metodologias, e a valorização dos saberes comunitários e culturais dos educandos. No entanto, muitas propostas interdisciplinares tornam-se apenas decorativas, limitadas a eventos pontuais (feiras, datas comemorativas), sem articulação com o currículo real. Para produzir aprendizagem significativa, é necessário desenvolver projetos com intencionalidade formativa, problematização social e protagonismo estudantil. SOUZA, M.A. et al., Interdisciplinaridade e práticas pedagógicas: O que dizem os professores. Rev. Portuguesa de Educação, v. 35, n. 1, 2022. Considerando os fundamentos da interdisciplinaridade e sua relação com o currículo e a aprendizagem significativa, avalie as proposições: I. A prática interdisciplinar genuína pressupõe a construção coletiva de projetos curriculares com base em temas geradores e articulação entre áreas do conhecimento. II. A adoção de eventos temáticos e atividades comemorativas, mesmo sem integração curricular, garante o desenvolvimento de competências interdisciplinares. III. A reorganização do tempo e do espaço escolares é condição necessária para práticas interdisciplinares que promovam o protagonismo discente. IV. A interdisciplinaridade não requer ruptura com o modelo disciplinar clássico, podendo ser aplicada de forma efetiva dentro dos conteúdos predefinidos e sem articulação entre os docentes. V. A intencionalidade pedagógica, a problematização social e o vínculo com o território são essenciais para que a interdisciplinaridade atue como eixo estruturante da prática docente. É correto apenas o que se afirma em: