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O comportamento ético e social de um juiz, tanto em suas manifestações públicas quanto em sua vida privada, está diretamente relacionado à sua capacidade de exercer a função jurisdicional com a imparcialidade e a dignidade exigidas pela magistratura. Considerando as normas éticas aplicáveis ao magistrado e o impacto de sua conduta na percepção pública, assinale a alternativa correta:

A) O magistrado tem liberdade de expressar suas opiniões partidárias em público, uma vez que sua imparcialidade recai sobre o aspecto subjetivo, desde que não interfira diretamente na causa em julgamento.
B) A relação do juiz com autoridades públicas, como políticos ou membros das forças de segurança, deve ser caracterizada pela informalidade, de modo a garantir a fluidez das relações institucionais e uma melhor resolução de conflitos.
C) O juiz pode participar ativamente de redes sociais, utilizando uma linguagem coloquial ou até irônica, desde que as manifestações sejam feitas fora do expediente forense e não envolvam partes relacionadas aos processos sob sua jurisdição.
D) A imagem pública de imparcialidade e dignidade do juiz deve ser preservada tanto nas manifestações públicas quanto em atividades privadas. A participação em eventos sociais ou manifestações políticas pode comprometer a percepção da sua imparcialidade, impactando a confiança da sociedade na instituição judicial.
E) Não há impedimentos para que o magistrado demonstre efusiva e publicamente sua religiosidade, inclusive com a integração de ritos religiosas e processuais, pois o exercício de sua fé pessoal não afeta sua imparcialidade no julgamento de casos que envolvam questões de liberdade religiosa.
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Questões para o Sucesso

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Caderno de Questões 6 Simulado II ENAM
30 pág.

Caderno de Questões 6 Simulado II ENAM

Respostas

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Vamos analisar cada uma das alternativas em relação ao comportamento ético e social do juiz: A) O magistrado tem liberdade de expressar suas opiniões partidárias em público, uma vez que sua imparcialidade recai sobre o aspecto subjetivo, desde que não interfira diretamente na causa em julgamento. Análise: Essa afirmação é problemática, pois a imparcialidade deve ser objetiva e a expressão de opiniões partidárias pode comprometer essa percepção. B) A relação do juiz com autoridades públicas, como políticos ou membros das forças de segurança, deve ser caracterizada pela informalidade, de modo a garantir a fluidez das relações institucionais e uma melhor resolução de conflitos. Análise: Essa opção não é adequada, pois a relação do juiz com autoridades deve ser formal e respeitosa, evitando qualquer aparência de conluio ou favorecimento. C) O juiz pode participar ativamente de redes sociais, utilizando uma linguagem coloquial ou até irônica, desde que as manifestações sejam feitas fora do expediente forense e não envolvam partes relacionadas aos processos sob sua jurisdição. Análise: Essa afirmação é arriscada, pois a participação em redes sociais deve ser feita com cautela, já que pode afetar a imagem de imparcialidade do juiz. D) A imagem pública de imparcialidade e dignidade do juiz deve ser preservada tanto nas manifestações públicas quanto em atividades privadas. A participação em eventos sociais ou manifestações políticas pode comprometer a percepção da sua imparcialidade, impactando a confiança da sociedade na instituição judicial. Análise: Esta alternativa está correta, pois enfatiza a importância da imagem pública do juiz e como suas ações podem impactar a confiança na justiça. E) Não há impedimentos para que o magistrado demonstre efusiva e publicamente sua religiosidade, inclusive com a integração de ritos religiosos e processuais, pois o exercício de sua fé pessoal não afeta sua imparcialidade no julgamento de casos que envolvam questões de liberdade religiosa. Análise: Essa opção é problemática, pois a demonstração pública de religiosidade pode ser vista como um fator que compromete a imparcialidade do juiz. Portanto, a alternativa correta é: D) A imagem pública de imparcialidade e dignidade do juiz deve ser preservada tanto nas manifestações públicas quanto em atividades privadas. A participação em eventos sociais ou manifestações políticas pode comprometer a percepção da sua imparcialidade, impactando a confiança da sociedade na instituição judicial.

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João, um empresário conhecido na sua região, decidiu processar o jornal 'Verdade' e o jornalista Carlos, em razão de reportagens que expunham suas práticas comerciais. No entanto, em vez de uma única ação, João ingressou com múltiplas ações em diferentes comarcas, todas baseadas nos mesmos fatos. Essa estratégia teve o intuito de constranger o jornalista e dificultar sua defesa. Considerando o entendimento do STF, é correto afirmar que:

A) João pode ajuizar quantas ações desejar, em razão do princípio da inafastabilidade da jurisdição.
B) O jornal 'Verdade' deve se defender em cada comarca onde a ação foi proposta, independentemente do número de ações; o que não ocorre com o jornalista, pessoa física, que terá seu direito de defesa prejudicado pela estratégia adotada.
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Maria, servidora pública contratada por prazo determinado, descobriu que estava grávida e ficou preocupada sobre seus direitos. Ela se questionou se teria direito à licença-maternidade e à estabilidade no emprego durante sua gestação, considerando que sua contratação não era efetiva. De acordo com o entendimento do STF, é correto afirmar que:

A) Maria não tem direito à licença-maternidade, pois seu contrato é por prazo determinado.
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Em uma operação policial, um adolescente foi apreendido por suspeita de envolvimento em atividades ilícitas. A autoridade policial, preocupada com a segurança, decidiu usar algemas durante o transporte do menor. No caso em comento, é correto, à luz da jurisprudência do STF, afirmar que:

A) O uso de algemas em adolescentes é sempre permitido, independentemente das circunstâncias.
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Carlos, em razão de decisão judicial interlocutória, recebeu de seu plano de saúde um medicamento sem registro no órgão regulador. No curso do processo, o medicamento foi registrado na Anvisa e prolatada a sentença. O plano de saúde recorre e é reconhecida em apelação que o plano somente tinha o dever de fornecer o medicamento a partir da data do registro. O Plano, após o trânsito em julgado, dá início a cumprimento de sentença, cobrando Carlos dos custos que teve para fornecer o medicamento do período entre a decisão judicial até o registro. Segundo o entendimento do STF, é correto afirmar que:

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E) Carlos deverá ressarcir o plano de saúde somente se o medicamento não fosse registrado na Anvisa e em qualquer outra agência reguladora no exterior.

Ana, defensora pública, necessitou de informações sobre um inquérito policial relacionado a um de seus assistidos. No mesmo caso, o assistido indicou que a denunciante obrara de má-fé, formalizando o boletim de ocorrência somente para prejudicá-lo na ação de guarda em que contendem. Ana, com fundamento em lei estadual, solicita os dados na delegacia e formaliza uma requisição de instauração de investigação para apurar eventual denunciação caluniosa. Segundo o entendimento do STF, é correto afirmar que:

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Uma nova lei estadual foi aprovada, proibindo a suspensão do fornecimento de energia elétrica e água sem aviso prévio ao consumidor por falta de pagamento. Uma concessionária de serviços públicos questiona a constitucionalidade dessa norma, incidentalmente, meio a processo judicial. O juiz do caso, firme no entendimento do STF, corretamente decide que:

A) A lei é constitucional, pois protege o consumidor de cortes arbitrários, matéria está de competência concorrente.
B) A norma estadual é inconstitucional, pois interfere na competência legislativa privativa da União.
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D) A lei é inconstitucional, pois cabe aos Municípios legislar sobre temas de interesse local.
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Um estado implementou um cadastro de pessoas condenadas por crimes sexuais contra crianças e adolescentes, visando à proteção da sociedade. Em meio a um processo criminal, esse cadastro é utilizado, o que leva ao combativo advogado de defesa questionar a constitucionalidade dessa norma. Segundo o entendimento do STF, é correto afirmar que:

A) O cadastro é inconstitucional, pois viola o direito à privacidade dos condenados.
B) A norma é válida desde que as informações das vítimas não sejam divulgadas.

Um grupo de magistrados do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, inconformados com a fixação da idade de aposentadoria compulsória com 75 anos, pressiona a Associação dos Magistrados Brasileiros a ajuizar uma ação direta de inconstitucionalidade contra a referida norma. Uma comissão de juristas da associação chega a um parecer a partir da jurisprudência do STF sobre o assunto. Em tal parecer, constará que:

A) A lei complementar padece de inconstitucionalidade formal, pois ofende a autonomia dos Estados.
B) A lei complementar padece de inconstitucionalidade, pois há reserva de iniciativa do Supremo Tribunal Federal para legislar sobre regras ligadas ao regime jurídico da magistratura.
C) A lei complementar é inconstitucional, pois invade a competência dos municípios para legislar sobre aposentadoria.
D) A lei complementar é constitucional, não estando submetida a reserva da iniciativa.
E) A lei complementar é inconstitucional, posto que há reserva de iniciativa do Presidente da República, que não foi respeitada.

Com o aumento de surtos de doenças, um município determinou a vacinação obrigatória contra uma doença específica, utilizando vacinas aprovadas por órgãos de vigilância sanitária. Um grupo de pais questionou a obrigatoriedade da vacinação, alegando violação à liberdade de consciência e o seu direito ao planejamento familiar. Com base no entendimento do STF, é correto afirmar que:

A) A vacinação obrigatória é inconstitucional, pois fere a liberdade de consciência dos pais.
B) A obrigatoriedade da vacina é válida quando a imunização for registrada e houver consenso médico-científico.
C) Os pais podem recusar a vacinação, pois o Estado não pode impor tratamentos médicos, cabendo-lhe somente conscientizar a população.
D) A vacinação somente poderá ser obrigatória quando houver um consenso médico das agências reguladoras de, ao menos, vinte e cinco países.
E) A vacinação pode ser obrigatória, mas apenas em casos de epidemias.

Um Estado da Federação estabeleceu, em sua Constituição, a possibilidade de intervenção em Municípios para pôr termo a grave comprometimento da ordem pública. Segundo o entendimento do STF, é correto afirmar que:

A) A norma estadual é constitucional, pois visa garantir a ordem pública no município.
B) A norma estadual é inconstitucional, pois a intervenção do estado em municípios deve seguir o que está previsto no art. 35 da CF.
C) Os estados têm liberdade para legislar sobre intervenção em municípios, estando limitados somente pelas hipóteses previstas para intervenção da União nos Estados, tal qual prevista no art. 34 da CF/88.
D) Tal previsão é válida, desde que seja aprovada em referendo em que será ouvida a população diretamente interessada.
E) A autonomia municipal é relativa e pode ser limitada por leis estaduais.

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