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Ana Clara Quirino – 69 
FACULDADE DE MEDICINA DE BARBACENA 
CARDIOLOGIA, CLÍNICA MÉDICA I 
Aula 10 – Prof. Daniel Vidigal 
 
Casos clínicos 
 
Paciente masculino, 59 anos, hipertenso e dislipidêmico, evoluindo com quadro 
de dispnéia aos grandes esforços há 8 meses com piora da dispnéia aos 
médios esforços (subir 2 lances de escadas) há 3 meses. Relata episódios de 
dor torácica em aperto quando sobe a rua íngreme da sua casa. Nega outras 
comorbidades. Faz uso regular de valsartan 160mg, anlodipino 10mg e 
atorvastatina 20mg. Relata, ainda, ser tabagista de 1 maço/dia há 29 anos. 
Nega história familiar de cardiopatias. No exame: RCR 2 tempos, bulhas 
normofonéticas, sem sopros, FC 84 bpm e PA 110/82 mmHg. Murmúrio 
vesicular fisiológico com crepitações finas bibasal. Abdome livre, sem 
visceromegalias. MMII com edema +/+4. ECG em ritmo sinusal, com sinais de 
sobrecarga ventricular esquerda. Traz ecocardiograma realizado há 20 dias 
que mostrava: VE com hipertrofia excêntrica e hipocinesia difusa de suas 
paredes, fração de ejeção do VE (FEVE) de 32%, grau I de disfunção diastólica 
do VE, VD normal, insuficiência mitral e tricúspide discretas, pressão sistólica 
na artéria pulmonar (PSAP) = 42 mmHg ( normal < 30 mmHg ). 
1) Qual o diagnóstico sindrômico desse paciente? Insuficiência 
cardíaca congestiva. 
2) Qual a classe funcional (NYHA), estágio da IC e classificação 
baseada na FEVE? Classe III, Estágio C, tipo ICFEr 
 
 
 
 
Ana Clara Quirino – 69 
3) Qual possível diagnóstico etiológico da IC? Cardiopatia hipertensiva, 
cardiomiopatia dilatada idiopática (coração dilatada sem causa 
conhecida), isquêmica (paciente relata angina  pode ter DAC). 
 
 
4) Quais exames poderiam auxiliar no diagnóstico e/ou 
acompanhamento do caso? BNP e NT-proBNP, ECO de stress (ver 
isquemia), angioTC coronária (avaliação não invasiva da presença de 
DAC), cintilografia miocárdica (avaliação funcional não invasiva da 
perfusão miocárdica), cateterismo, ressonância magnética cardíaca 
(caro, usa quando o ECO não traz muita info). Não faz radiografia 
(paciente já trouxe o ECO e ECG). 
 
 
 
Ana Clara Quirino – 69 
5) Qual deveria ser o tratamento não farmacológico para o caso? 
Equipe multidisciplinar, autocuidado diário (peso, atividade física, 
cuidados com dieta, monitorização dos sinais e sintomas de 
descompensação, como piora do cansaço, flutuações de peso e 
limitação funcional), restrição de sódio, perda de peso, parar de fumar e 
vacina (inclusive COVID). 
 
6) Quais classes de medicamentos devemos introduzir nesse paciente 
e por que a escolha de cada uma delas? 
 Trocar BRA por IECA para reduzir morbidade e mortalidade 
 BB: primeira linha no tratamento da ICFEr, pois determinam 
benefícios clínicos na mortalidade global, na morte por IC e por morte 
súbita, melhora sintomas e reduzirem taxas de re-hospitalizações 
 Antagonista dos receptores mineralocorticóide: para reduzir 
morbidade e mortalidade 
 Diurético: melhora sintoma, diminui congestão. 
 
 
Ana Clara Quirino – 69 
Paciente feminina, 83 anos, HAS e obesa, evoluindo com quadro de dispnéia 
ao tomar banho e mesmo em repouso há 6 meses. Não faz uso regular da 
medicação anti-hipertensiva. Nega precordialgia. Relata episódios esporádicos 
de palpitação. Ao exame: RCI em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sopro 
sistólico II/VI em foco aórtico, FC 98 bpm (taquicardia) e PA 152/95 mmHg. 
Murmúrio vesicular fisiológico com crepitações finas bibasal. Abdome livre, sem 
visceromegalias. MMII com edema +++/+4. ECG em ritmo sinusal, sobrecarga 
atrial esquerda, extrassístoles atriais freqüentes. Ecocardiograma: VE com 
hipertrofia concêntrica moderada, FEVE de 52%, aumento leve do AE, 
estenose aórtica leve, grau II de disfunção diastólica, VD normal, insuficiência 
mitral leve, pressão sistólica na artéria pulmonar (PSAP) = 50 mmHg ( normal < 
30 mmHg). Dosagem de BNP = 240pg/mL (valor referência < 50pg/mL). 
1) Qual o diagnóstico sindrômico desse paciente? Insuficiência 
cardíaca congestiva; 
2) Qual a classe funcional (NYHA), estágio da IC e classificação 
baseada na FEVE? Classe IV (dispnéia mesmo em repouso), estagio C 
(ela tem doença estrutural e sintomas), ICFEp (FE > 50%); 
3) Qual possível diagnóstico etiológico da IC? Cardiopatia hipertensiva, 
valvopatia (pouco provável, idoso já tem calcificação), 
taquicardiomiopatia (arritmia); 
4) Quais exames poderiam auxiliar no diagnóstico e/ou 
acompanhamento do caso? ECO de stress, angiotomografia, 
cintolografia miocárdica, cateterismo não é indicado, holter (avaliar 
arritmia). 
5) Qual deveria ser o tratamento não farmacológico para o caso? 
Multidisciplinar, dieta, vacina, perda de peso (caminhada na 
reabilitação). 
6) Quais classes de medicamentos devemos introduzir nesse paciente 
e por que a escolha de cada uma delas? Diuréticos de alça ou 
tiazídicos para diminuir sintomas congestivos; tratamento de 
comorbidades (HAS no caso dela  IECA) para diminuir sintomas ou 
progressão da doença, espironolactona para redução de 
hospitalizações, BRAs para redução de hospitalizações. 
 
 
Ana Clara Quirino – 69 
 
 
Prognóstico: paciente geralmente para de tomar os remédios depois que 
apresenta certa melhora, por isso é importante conversar com ele e incentivar a 
manter o tratamento de maneira regular, para diminuir a mortalidade (ICC mata 
mais que câncer, mas não é vista com a mesma seriedade).

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