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A PATODICÉIA A PARTIR DA LOGOTERAPIA DE VIKTOR FRANKL O texto estudado é de autoria do teólogo Alex Villas Boas e nele é apresentado a antropologia de V. Frankl, fundador da logoterapia, do homo patiens, do ser humano capaz de responder aos apelos que sofre em seu interior movido por uma vontade de sentido. A patodicéia frankliana substitui a leitura freudiana, como realização da libido, pela vontade de sentido, dando, assim, um caráter missionário à existência. Entendemos sentido, na logoterapia, não como mera sensação de bem estar, como ausência de tensão ou de sofrimento, mas sim como ter algo pelo qual viver e dar a vida. O ser humano, pela vontade de sentido, é livre para buscar o sentido mais profundo de sua existência. Porém, segundo Frankl, não é livre de seus condicionamentos e de certos destinos, a saber: destino biológico, destino psicológico e destino sociológico. No descompasso entre o desejo de ser mais e o condicionamento dos destinos ocorre a tensão interior (pathos), solicitando uma resposta. A vontade de sentido conduz o ser humano a uma resposta significativa ou re-significada. Deste modo, a vontade de sentido é o princípio da liberdade e da responsabiliade. A liberdade não é uma categoria que o ser humano tem, ele é liberdade. Esta é uma nota ontológica do ser humano. Não liberdade dos condicionamentos, mas liberdade para responder diante deles, projetando sua existência. Liberdade, portanto, pede responsabilidade. Pede capacidade de responder, assumindo responsavelmente a reinvenção de si em seu entorno. O ser humano é livre para decidir o que é. É um ser que decide, e decide sobre si mesmo,quando não é impulsionado, mas quando responde ao chamado a se torna senhor de sua vontade. Nesse processo, a consciência é analisada como órgão de sentido. É um fenômeno primário, ou pré-lógico e segundo Villas Boa é fundamental como capacidade de releitura do mundo, pois é um instinto ético que dá sentindo ao encontro resignificante da vida. Passando a pensar sobre a questão do sentido da vida ou o logos, Villas Boas registra, entendendo com Pegoraro, que o sentido é uma razão global para a existência-humana-no-mundo. Portanto, a busca de sentido é sempre inesgotável. Na perspectiva do pensamento existencialista, a existência concreta é o único ponto de partida possível para revelar a essência do homem. O sentido vai se construindo de acordo com o modo de significar as experiências vividas. Ser é modo de estar nas circunstâncias, articulando ordenadamente o cotidiano de acordo com o que dá sentido à vida. O fenômeno da morte impõe a pergunta pelo sentido da vida. Se a finitude humana é certa, o futuro a ser seguido não se permite ser lido com certeza. Tal incerteza do futuro apresenta-se como angústia humana. Na logoterapia é a palavra logos, de origem grega, que abrange o sentido mesmo da vida, mais amplo que a lógica humana. Ao confrontar o logos com a existência, não é a existência que gera um logos, mas o logos motiva a existência. Não se trata de atribuir um sentido, mas encontrá-lo, descobri-lo, afirma Frankl. Sentido este, que seja pessoal, para a vida de cada indivíduo. E é a vida quem questiona e pede uma resposta ao seu chamado. Cada pessoa somente pode responder à vida, respondendo pela própria vida. Esta responsabilidade é vista pela logoterapia como a essência propriamente dita da existência humana. O que move o ser humano não são seus instintos, mas a vontade de sentido. É a consciência que orienta a busca de sentido. Assim, a consciência moral é intuitiva e opera por inspiração, produzindo a voz da consciência – algo distinto do ouvinte, que guia o processo de configuração do sentido. Na logoterapia, a consciência se dá no momento em que o espiritual penetra o inconsciente e o ser humano vislumbra a possibilidade de ser senhor da sua vontade e servo de sua consciência. A consciência não comporta em si a condição de absoluto, portanto ela pode enganar-se, pois está presa aos limites da sua subjetividade. Diante desta constatação coloca-se a necessidade da humildade para a interpretação das circunstâncias: a consciência de outrem bem pode ter razão. Ainda, o ser humano é livre para dar ou não ouvido às advertências da consciência. Além de ignorada, a consciência pode ser reprimida e sufocada. Nos momentos de crise de valores é urgente a formação da consciência pessoal, e isto significa, a descoberta do inconsciente espiritual, segundo Frankl. O inconsciente espiritual em Frankl, ou dimensão noogênica, é refletido por Villas Boas, como uma visão de humano capaz de ser-consciente e ser-responsável. Para tanto, faz-se mister a construção de um novo habitus na dinâmica de consumação da vida por aquilo que dá sentido à existência. Nem adaptação nem configuração são suficientes, é necessário uma consumação íntima da vida. A consumação pede um sentido para a realização da existência, uma vez que a felicidade não é um fim em si mesmo, mas um efeito colateral de uma dedicação a uma causa maior. Para a logoterapia, a motivação da existência está centrada na descoberta de sentido/valores, o que dá à vida um caráter de missão. Aqui está o ponto nevrálgico de distinção das psicanalíticas: o ser humano é atraído para os valores, podendo decidir-se por eles e realizá-los, apesar de todo condicionante. A mudança da sociedade se dá, também, como mudança do coração, ou seja, das condições de ler a vida e por ela decidir. Às virtudes da objetividade e da coragem (respectivamente das teorias de Freud e Adler), Frankl apresenta como mais apropriada a virtude do senso de responsabilidade – logoterapia, análise dirigida ao ser responsável. O inconsciente para Frankl não é simplesmente instintivo, mas espiritual. O espiritual aqui é a noogênesis humana, regente da unitas multiplex. Assim salvaguarda-se a unidade antropológica sem minimizar as diferenças ontológicas. Por meio da noodinâmica, a força do espírito, entende-se que em momento algum o ser humano deixa as demais dimensões, mas a essência de existência está na dimensão espiritual. A dimensão espiritual ou noética é considerada superior, porque inclui as demais dimensões, garantindo a totalidade do homem. A existência propriamente humana é a existência espiritual ou autotranscendência. O homem não é apenas aquilo que ele é, mas o que decide ser. A pessoa interiormente pode ser mais forte que seu destino. É a dificuldade da situação exterior que dá à pessoa a oportunidade de crescer interiormente para além de si mesma. O ser humano é capaz de mudar o mundo para melhor, se for possível, e de mudar a sim mesmo para melhor, se necessário, afirma Frankl. A esperança de viver se esvai quando não se acredita mais no futuro. O ser humano é essencialmente espiritual, ele não tem um eu, ele é o eu que decide sobre si mesmo. O ser humano é o centro dos atos espirituais, atos livremente responsáveis. Portanto, o conceito de inconsciente na logoterapia é uma espécie de revisão de limites. Em seu inconsciente é que a voz da consciência é emitida, e o Emissor desta voz, é aqui entendido por Deus. Na logoterapia, é preciso destacar, a verdadeira religião não tem caráter de impulso, mas de decisão. A responsabilidade é um imperativo categórico da logoterapia, segundo seu fundador. O estado de tédio (falta de interesse) e de indiferença (falta de iniciativa) é a manifestação do vazio existencial, da carência de sentido. É importante descobrir algo pelo que se empenhar para que vida tenha um caráter de missão. Segundo Frankl, o século XX foi atingido por duas perdas que geram vazio existencial: a dos instintos e a da tradição. Não há instintos que digam à humanidade o que fazer e nem tradição que diga o que deveria fazer. Em que situações da vida a falta de sentido se apresenta de modo patente? Com Lukas, destaca três situações: fases particularmente fáceis da vida; fases particularmente difíceis da vida; e tempos de conflito. Para Frankl, também é importante considerar o trabalho e o amor como possibilidades de experiências constitutivasde sentido. O trabalho ligado à utilidade e o amor à intersubjetividade. Do encontro de sentido é que nasce a relação com o valor. O valor é necessariamente transcendente, como valor objetivo. A objetividade não exclui a subjetividade. O sentido é subjetivo na medida em que há um sentido para cada um. Deste modo, os valores, enquanto sentido universalizado, estendendo-se no devir da história das sociedades, pode entrar em conflito, quando pede uma relevância à realidade mais adequada, ao passo que dois sentidos não podem colidir, pois são pessoais. Para Frankl, pelo poder de decisão é possível dizer que pela grandeza de um momento já se pode medir a grandeza de uma vida. Um simples momento pode dar sentido, retrospectivamente, à vida inteira. Nessa relação sentido (vivência) / valor (reflexão), temos as duas faces de uma realidade única, o logos. Villas Boas mostra como Frankl estrutura as três vias ou formas para se descobrir o sentido da vida: primeira, criando um trabalho ou praticando um ato; segunda, experimentando algo como (bondade, verdade e beleza) ou encontrando alguém (para amar); e, terceira, pela atitude que tomamos em relação ao sofrimento inevitável. Diante destas três vias para o sentido, a logoterapia prevê três valores onde se pode encontrar o sentido: primeiro, valores criativos ou sentido do trabalho; segundo, valores vivenciais ou sentido do amor; e, terceiro, valores de atitude. O sentido do trabalho se dá também nas ações concretas, através de um modo de agir, entendido como missão. Contudo o valor não é inerente à profissão. Uma pessoa, que encontra o sentido no trabalho, dá um toque pessoal que o diferencia, ao mesmo tempo em que o realiza. A reflexão sobre os valores criativos entende que todo ser humano pode enriquecer o mundo de algum modo, o seu modo pessoal, único, irreptível, original. Quanto ao segundo valor, Frankl considera que o amor é a única maneira de se captar outro ser humano no íntimo de sua personalidade. Ninguém substitui o cônjuge amado, o filho amado, a amizade de alguém. O amor não acolhe o outro por mérito, mas por graça. A paixão nasce, ainda que inconsciente, da identificação da personalidade do outro. A escolha amorosa só pode ser verdadeira se livre das imposições do instinto, segundo Frankl. Ainda que a pessoa amada morra, o amor por ela não morre. A fidelidade é no amor uma missão. O amor permite que se contemple o valor que tem o ser humano. Para Frankl, o amor vê o homem tal como Deus o pensou. Estando o sentido de amar uma pessoa numa esfera de concretude, pode-se dizer que a sua realização se manifesta na concretude de cada fase de desenvolvimento em direção ao amor e não na sua proximidade dos valores universais. Valores de atitude. O ser humano pode não entender o sentido de certas circunstâncias, porém jamais lhe falta o sentido da vida. Em todo pathos há um logos por detrás, mais profundo que a i-logicidade da tragédia. A morte (sofrimento) coloca em dúvida o sentido de viver, entretanto, a logoterapia a entende como parte integrante da existência. A morte interpela o ser humano para as decisões. O sentido da existência humana tem suas bases na historicidade e na sua irreversibilidade, e só assim, a responsabilidade pode ser entendida como quem vive uma única vez e nesta, tão somente, tem a oportunidade da realização da existência. Encontrar sentido nos momentos de sofrimento, não significa mudar a situação, mas sim, a atitude perante ela. Saber sofrer é uma atitude de sabedoria. O homo sapiens é também homo pathiens. A logoterapia chama de tríade trágica àqueles aspectos da existência em que envolvem: dor, culpa e morte. Frankl pressupõe a capacidade humana de transformar criativamente os aspectos negativos da vida em algo melhor (tese do otimismo trágico). Percebe-se, assim, o valor de mudança de atitude. Transformar o sofrimento numa conquista e numa realização humana. Extrair da culpa a oportunidade de mudar a si mesmo para melhor. Fazer da transitoriedade da vida um incentivo para realizar ações responsáveis. Villas Boas inicia o item sobre Deus e o Sentido da Vida em Frankl afirmando que a logoterapia não pretende tratar do conceito de Deus, mas sim das estruturas antropológicas constitutivas da pessoa humana. Relacionar-se com o transcendente é característica ontológica do homem. À psicologia do profundo Frankl acrescenta a psicologia das alturas. Usando sua livre vontade o ser-responsável tem necessidade de responder à voz da transcendência. Estabelece-se uma ligação intencional com o transcendente, ainda que vivida inconscientemente – o que Frankl denomina de fé inconsciente. O transcendente é tido com um Tu. Frankl chama de homo religious àquele que vive esta possibilidade. Para o religioso há algo/Alguém além da facticidade da consciência. Frankl descobriu, pela análise de sonhos, conteúdo noético também em pessoas irreligiosas. A categoria de inconsciente espiritual em Frankl diz respeito à condição antropológica da capacidade de transcender do ser humano. A questão do sentido último ou supra-sentido, em Frankl, refere-se à finalidade e fim do mundo, ou o sentido do destino que vem ao nosso encontro. Diante da dificuldade de se compreender este sentido último, o ser humano utiliza-se de símbolos religiosos para exprimir tal mistério. O supra-sentido é necessariamente transcendente. Villas Boas pensa a análise existencial e experiência religiosa recordando que Frankl exclui da logoterapia qualquer comprometimento com confissão religiosa. Religião, fenômeno humano ligado à consciência moral. Como voz da transcendência que guia o homem em suas respostas às perguntas vitais. Neste colóquio, Deus é o interlocutor que o acompanha. Tal homo religious é capaz de completar a dinâmica ontológica. A vida passa a transparecer a presença de Daquele que confere a missão. Portanto, a responsabilidade emerge da consciência moral que, para a logoterapia, coincide com a experiência religiosa. Eis a relação: porque busca (dimensão espiritual), deixa-se conduzir (dimensão religiosa). A religião oferece segurança e ancoragem existencial, que contribui para o equilíbrio psíquico. Porém, mesmo uma pessoa religiosa não está imune às doenças psíquicas, tal como a depressão endógena, que acarreta uma perda de sentido. A tensão entre o ser e o dever-ser é atingida pela vivencia da insuficiência. Com a perda da perspectiva de futuro, tem-se a sensação de que a vida chegou ao fim e começa a viver uma morte antecipada. Isso produz uma despersonalização, sem saber o que é valioso para si e para a vida, passa-se a não saber nem mesmo quem é. A logoterapia pode auxiliar no processo de tradução existencial ao indivíduo contemporâneo, uma vez que as antigas linguagens rituais e simbólicas se lhe tornaram estranhas com as mudanças da base cultural. A religião, enquanto também desempenha uma função terapêutica, pode ser descrita em alguns traços fundamentais: sistema de símbolos; Deus como interlocutor de nossa consciência; a religiosidade é inerente ao ser humano; e, por último, religião é encontrar sentido para a vida. O conceito de religião em Frankl, lembra Villas Boas, não é uma apologia a uma espécie de religião universal, pelo contrário, Frankl defende uma profunda personalização da religião. A religião confere significado abrangente e supremo à existência. Do ponto de vista logoterápico, a religião deve ser a realização da vontade de sentido na medida em que consolida todos os valores e dá coerência e transcendência a todos os significados, segundo Peter. Como conclusão de seu artigo, Villas Boas trabalha a patodicéia frankliana como poesia de si. A patodicéia revela-se como busca de algo pelo qual a vida se dê em consumação, de modo que co-responda à sua vontade de sentido com um sentido ao qual possa dedicar a vida. Nesta perspectiva há a leitura agostiniana do caminho para a transcendência a partir do cor inquietum, que em Frankl coincide com a vontade de sentido. A dimensão espiritual do ser humano mostra-se, portanto, como um dimensão não-determinada,mas determinante da existência. Na patodicéia frankliana não se enfoca o caráter objetivo dos valores, mas a sua busca subjetiva. O pathos pede o Logos, como sentido que traduz a descoberta de uma aspiração e põe a vida em dinâmica de seu devir. Esse Logos corresponde ao sentido último da vida. Villas Boas relaciona, nesta altura da reflexão, Frankl e Nietzsche. A vontade de poder ser do filósofo alemão é revisitada como vontade de sentido pelo pensador austríaco. Deus não é visto em uma teodicéia, mas como participante da patodicéia humana. Deus é a possibilidade de sentido da vida, é o Logos que sequer é preciso ser conhecido ou tematizado, atuando com presença desconhecida. A transcendência é que permite a consciência de liberdade para uma tomada de decisão diante de todas as circunstâncias. Há uma liberdade da vontade, apesar de todos os condicionamentos a que está submetida. A liberdade é livre para comportar-se diante de um destino. A dinâmica da existência de eterno retorno da dança dionisíaca-apolínea de Nietzsche está presente na patodicéia frankliana como eterno retorno do sentido que se esvai. O pathos de paixão passa a ser sofrimento. Mesmo quando o sentido se esvai permanece a vontade de sentido presente em cada um. Diante do sofrimento, o pate audere é um convite à reinvenção da própria existência. Esta reinvenção se dá como poesia de si mesmo. Tal reinvenção é possível pela liberdade ontológica da dimensão espiritual do ser humano que é incondicionada. Tal sentido em Frankl contém o que Nietzsche chama de força ativa à qual a consciência tende a obedecer. Tal liberdade de responder à própria vida com uma busca de sentido implica a formação da consciência pessoal, conhecendo os condicionamentos em que se está envolvido. Isso significa a descoberta do seu inconsciente espiritual. É a consciência que orienta a busca de sentido do que ser na existência. Pois a consciência é tomar consciência do que me move inconscientemente. Transcender não é orientar a vida para um pós-vida que dispensa essa, pois o que dá sentido à vida não morre com a morte. A patodicéia frankliana corresponde ao que, Villas Boas chama de pensamento poético como dinâmica de [re]significação da existência que não é mera mudança de significado [logos], mas do que permite a descoberta de um novo significante [pathos] que permite um novo horizonte de sentido que vai integrando a práxis e que Frankl chama de habitus. A passagem de um logos impessoal (valo universal) para um logos encarnado, uma logoatitude. A patodicéia ou a logoatitude é vista aqui como poesia de si, que provoca o desejo de ser pessoa. Para Frankl, a busca de sentido se estende em tudo o que pode ajudar o ser humano a transcender a situação prática que frustra a vontade de sentido, desde a visão crítica da cultura e da sociedade até o humor e a arte. A poesia é não só parteira desse sentido, enquanto expressão artística, mas é o processo de impressão do sentido da vida. A poesia é a expressão externa desse processo interno de reinvenção de si. Nesse sentido, García Pintos vê a possibilidade da literatura como biblioterapia, em que acontece uma relação de intimidade que se estabelece entre leitor e leitura, onde a letra ganha peso e relevo, exercendo um poder de penetração e efetivo efeito catalisador porque afetivo. A poesia é parteira da beleza de uma vida com sentido, personalizada a partir da transubstanciação de personagens significativos, gerando uma esperança de vida igualmente significativa porque personalizada na medida em que responde a um sentido de vida próprio e consuma a existência nele: Uma verdadeira comunidade é essencialmente comunidade de pessoas responsáveis, ao passo que a pura massa é apenas uma soma de seres despersonalizados, afirma Frankl. Com este pensamento de Frankl, Villas Boas encerra seu artigo.