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VÔO DE HELICÓPTERO
MANOBRAS
ELEMENTARES
CAPA E PROJETO GRÁFICO
FOTO CAPA / ARTE EM AQUARELA
DESENHOS E ILUSTRAÇÕES
TEXTOS
OTAVIO ROSA
OTAVIO ROSA
OTAVIO ROSA
RUDI BARLEM
OTAVIO ROSA
Um vôo fascinante que exige muita sensibilidade e suavidade.
O maior problema que temos enfrentado é de poder transmitir ao aluno, o
que significa um movimento de pequena amplitude e de grande suavidade, tão
necessário para melhor pilotagem desta máquina maravilhosa, porque, tanto
aqueles que voam aviões, como os que estão tomando contato com o vôo pela vez
primeira, não conseguem este dimencionamento só com nossas palavras. É
preciso que voem, para poderem verificar o que estamos tentando passar-lhes, em
termos de “finesse”.
O helicóptero é uma aeronave que não aceita movimentos bruscos, pois sua
resposta assim também o será, portanto conscientize-se de que, para melhor
pilotá-la necessitamos de calma, tranqüilidade, autodomínio, paciência, estudo,
dedicação.... Tenha certeza absoluta de que dominá-la passa ser algo grandioso.
Portanto, não desista, porque todos nós ao fazermos nosso primeiro vôo, temos a
sensação de que nunca conseguiremos pilotá-la, o que absolutamente não
corresponde à realidade.
Persevere porque breve estarás concordando comigo e pilotando esta
maravilha que desempenha missões do mais alto significado, tendo como “top”, o
salvamento de vidas humanas. Minhas homenagens a todos quantos conseguiram
dominá-la.
SEJA UM DELES!
Cmte. Rudi Barlem, instrutor de vôo.
CONCEITUAÇÃO
DE
TERMOS
NOTA:
As figuras e desenhos aqui graficamente representados, nas
atitudes, e situações de vôo, correspondem aproximadamente às
atitudes reais de vôo, porém, em alguns exemplos atitudes e situações
de vôo estão mais acentuadas para melhor assimilação didática.
I
A utilização deste manual visa a melhor técnica de execução das manobras
sendo a segurança do vôo nossa principal preocupação, portanto nosso alvo
comum. Este manual contém observações com os títulos de:
: procedimento ou condição que é essencial ressaltar;
: procedimentos ou práticas que se não observadas poderão resultar
em danos ou destruição do equipamento;
: procedimentos ou práticas que se não seguidas rigorosamente,
resultarão em danos pessoais ou perda da vida.
:
(nota) muitos outros conceitos não estarão aqui relacionados, pois
não se trata de um livro de teoria de vôo em helicóptero, mas sim de prática de vôo e
treinamento.
Sustentação extra resultante do ar comprimido junto ao solo, formando um
colchão de ar.
-
Característica que qualquer helicóptero possui de as pás continuarem a
girar em caso de falha do motor, permitindo sustentação para um pouso em
emergência.
Velocidades e altitudes abaixo das quais um helicóptero não deve ser
operado e que constam na sua carta de performance.
Rápida desaceleração sem perda de RPM, permitindo que o helicóptero
possa pousar em auto-rotação com segurança, no local escolhido.
Áreas de difícil acesso onde um helicóptero em situação de grande
necessidade pode operar.
NTRODUÇÃO
NOTA
CUIDADO
PERIGO
CONCEITOS
EFEITO SOLO
AUTO ROTAÇÃO
CURVADO HOMEM MORTO
FLARE
ÁREAS RESTRITAS
SUMÁRIO
Capítulo 1 TÁXI
Capítulo 2 VÔO PAIRADO
Capítulo 3 VÔO LATERAL
Capítulo 4 VÔOARÉ
Capítulo 5 DECOLAGEM VERTICAL
Capítulo 6 POUSO VERTICAL
Capítulo 7 QUADRADO DE PROACONSTANTE
Capítulo 8 QUADRADO DE PROAVARIAVEL
Capítulo 9 POUSO NAS QUATRO PROAS
Capítulo 1O CURVAS DE 360º VÔO PAIRADO / CURVAS EM CRUZEIRO
Capítulo 11 DECOLAGEM NORMAL
Capítulo 12 CIRCUITO DE TRÁFEGO
Capítulo 13 APROXIMAÇÕES
Capítulo 14 POUSO
Capítulo 15 DECOLAGEM DE MÁXIMAPERFORMANCE
Capítulo 16 APROXIMAÇÃO DE GRANDE ÂNGULO
Capítulo 17 DECOLAGEM CORRIDA
Capítulo 18 POUSO CORRIDO
Capítulo 19 DECOLAGEM DIRETA
Capítulo 20 POUSO DIRETO
Capítulo 21 POUSO EM TERRENO INCLINADO
Capítulo 22 DECOLAGEM EM TERRENO INCLINADO
Capítulo 23 DESACELERAÇÃO RÁPIDA
Capítulo 24 AUTO ROTAÇÃO EM FRENTE
Capítulo 25 AUTO ROTAÇÃOA90º E 180 º
Capítulo 26 CRUZEIRO
Capítulo 27 POUSO EM HELIPONTO ELEVADO
Capítulo 28 DECOLAGEM EM HELIPONTO ELEVADO
Capítulo 29 POUSO FORADE ÁREADE TREINAMENTO
Capítulo 30 VÔO SOLO
Capítulo 31 OPERAÇÃO EM ÁREARESTRITA
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CAPÍTULO
TÁXI
1
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
No caso do helicóptero, já é um vôo, só que deve ser executado a baixa altura na
velocidade de uma pessoa caminhando.
Cheque a área, avalie o vento e escolha o melhor trajeto.
Decole no pairado, cheque os instrumentos e com leve pressão do cíclico à frente,
desloque o helicóptero de forma lenta e constante à frente. Mantenha-o a aproximadamente
um metro do solo. Sabendo-se que durante o deslocamento haverá uma pequena perda do
efeito solo, corrija a potência com o coletivo.
Como executar?
TÁXI
Deslocamento a frente mantendo o mesmo traçado
Proa e deslocamento
sem vento
Proa e deslocamento com vento da
direita (caranguejamento)
Proa
Deslocamento
VENTO
+ ou - 1mt de altura
Mesma velocidade durante o
trajeto, ou seja mesma atitude
1 1
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
Referência
Vento
Trajetória de
Deslocamento
Cíclico levemente a frente
Durante o táxi tente manter o olhar mais panorâmico e mais à frente do helicóptero
para avaliar melhor o deslocamento.
Se durante o táxi o olhar se concentrar à frente do helicóptero, você terá uma boa
noção da altura que está mantendo, pois o objetivo é manter altura e velocidade
constantes.
Tenha em mente:
O cíclico controla a atitude,
por conseqüência a velocidade e
as inclinações laterais.
Os pedais controlam o
ângulo do rotor de cauda, sendo
o principal objetivo anular o
torque, direcionando o nariz do
helicóptero.
O coletivo controla a altura
do helicóptero.
1 2
Faça-o da esquerda para
direita, tentando observar um plano
maior do que 180º, e não se esqueça
de olhar para cima, pois
outros helicópteros poderão estar
acima de você.
também
Cheque de Área:
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
1 3
ERROS COMUNS
Não manter proa e deslocamento correto
Proa
Deslocamento
Este erro é muito comum, principalmente quando não tem vento ou se corrige um vento de
maneira errada, o resultado vai ser uma trajetória torta e perigosa pois o helicóptero pode
bater em algo durante o táxi.
+ ou - 1mt de altura
Não manter altura constante durante o táxi.
Atitudes diferentes
Velocidades diferentes
Veloz lento
Variar a velocidade de deslocamento
Otavio Rosa
CAPÍTULO
VÔO PAIRADO
2
Otavio Rosa
É o vôo em que o helicóptero deve ser mantido o mais imóvel possÍvel, este pode ser
executado em qualquer altura em que for necessário pairar o helicóptero.
Utilize potência necessária para isto com o coletivo, mantenha uma altura de
aproximadamente um metro do chão, aproveitando o efeito solo, o que permitirá o uso de uma
potência mais baixa.
Utilize-se de um ponto de referência no solo para manter-se imóvel, olhando mais para
fora do que para os instrumentos.
Faça as correções necessárias de cíclico pedais e coletivo com muita suavidade.
Como executar?
Sem deslocamentos
verticais e laterais
Sem deslocamento
longitudinal
Mantenha uma visão
periférica um pouco
m a i s j u n t o d o
helicóptero, isto facilita
perceber qua lquer
des locamento que
venha a acontecer,
tanto os longitudinais e
l a t e r a i s c o m o o s
verticais.
Campo de visão
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2 1
VÔO PAIRADO
Otavio Rosa
As correções de cíclico e pedais devem ser muito suaves, quase que imperceptíveis
aos olhos; Ao pensar na ação dos comandos a reação acontece, e as correções de coletivo
também devem ser suaves, apesar de sua ação ser um pouco mais retardada, devido a inércia
das forças peso e sustentação.
� Fixe o olhar próximo ao helicóptero em um
ponto ou referência. Esta pode estar tanto a frente
como aos lados, o importante mesmo é ter uma
para poder parar o helicóptero em relação a ela.
� Faça movimentos bem pequenos e com
suavidadeno cíclico para mantê-lo parado na
referência.
� Nesta situação de pairado, o pé esquerdo
vai estar levemente aplicado para compensar o
torque, se for preciso correção de proa, esta
também deve ser feita com muita suavidade.
� O coletivo teoricamente não precisa ser aplicado após atingir uma determinada altura
de vôo, só que na prática não é bem assim que acontece. Durante o pairado já estamos
inseridos na massa de ar que está em constante deslocamento e sempre teremos que aplicar
correções para nos manter parados no mesmo ponto. Isto significa que se aplicarmos ou
retirarmos pedal para corrigir a proa de um vento lateral, frontal ou de cauda, a nossa
sustentação vai mudar. Neste caso, para poder manter a mesma altura, teremos que subir ou
baixar o coletivo. Se esta correção for muito brusca, nunca vamos ficar parados na altura
pretendida.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2 2
Otavio Rosa
Deslocamentos laterais Deslocamento longitudinal
� Estes deslocamentos são ocasionados pelo cíclico, geralmente por correções muito
bruscas feitas pelo piloto. Como foi dito anteriormente as correções são de pequena
intensidade nos comandos. Aprenda a sentir a inércia do equipamento e esperar que as
correções feitas atinjam o objetivo.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2 3
ERROS COMUNS
Permitir pequenos deslocamentos
Não manter altura.
Deslocamentos verticais
� D e s l o c a m e n t o s
verticais são ocasinados
pelo coletivo. Como foi dito
anteriormente, o que mais
agrava este tipo de erro é
a falta de suavidade em
que se corrige pequenas
mudanças de potência
para manutenção de
altura.
Correções muito amplas.
� Correções muito amplas geram
mais erros, pois será preciso corrigir a
correção, ficando num jogo de vai e vem,
até o piloto se dar conta de que parando de
mexer nos comandos o helicóptero
também pára.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
VÔO LATERAL
3
Otavio Rosa
Deslocamento
Proa no final 90º
Proa no início 90º
Vôo em que o helicóptero se desloca lateralmente mantendo proa a 90º do
deslocamento. Esta manobra é bastante utilizada nas operações normais.
A manobra deve ser iniciada com vento de proa a uma altura de um metro do solo, com
proa e velocidade constantes.
Para iniciá-la, leve o cíclico para o lado do deslocamento desejado, corrigindo e
mantendo a proa com o pé.
Ao aproximar-se do final do deslocamento, diminua gradativamente a pressão no
cíclico, permitindo que o helicóptero pare no ponto desejado.
Como executar?
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
3 1
VÔO LATERAL
Vento de proa
Ponto de desfazer a
manobra.
Ponto de partida
Ponto onde o helicóptero
vai parar devido a sua inércia.
Deslocamento pretendido
� Observe no detalhe que o comando para o vôo lateral foi dado com os
comandos trocados, ou seja: cíclico para o lado onde se pretende deslocar o
helicóptero, o pé contrário, para manter a mesma proa original quando se
iniciou o exercício.
�
�
O deslocamento lateral tem que
obrigatoriamente manter a mesma
proa durante todo o deslocamento até
a conclusão da manobra.
Só iniciar o deslocamento depois
que o helicóptero já estiver em uma
altura segura, pois se o mesmo bater
com o esqui em uma pedra ou outro
objeto preso ao solo o helicóptero vai
capotar.
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
3 2
ERROS COMUNS
Não checar a área
Não checar a área ao redor e principalmente para o lado do deslocamento, poderá
resultar em um erro fatal. A presença de um pequeno obstáculo preso ao solo, se atingido,
poderá provocar o capotamento do helicóptero.
� Campo de visão do piloto, olhando
apenas para os instrumentos e o nariz
do helicóptero.
Deslocamento
RESULTADO:
� Obstáculo na altura de vôo do esqui.
Este não foi visto pelo piloto e o
helicóptero está se dirigindo exatamente
para ele. Como o helicóptero já está em
vôo, o obstáculo fica ainda mais difícil de
ser visualizado. O obstáculo pode ser um
pedaço de madeira, uma cerca ou até
mesmo uma pedra.
�
�
A velocidade de deslocamento
lateral vai ser diretamente
proporcional a quantidade de
cíclico aplicado para o lado
pretendido.
As correções para o aumento
ou diminuição da velocidade deve
ser com a mesma suavidade,
como quando se iniciou a
manobra.
Cíclico pouco
aplicado
Cíclico muito
aplicado
Lento Veloz
Não manter velocidade constante
Otavio Rosa
� Deslocamentos verticais
são ocasionados pelo coletivo.
Como foi dito anteriormente o
que mais agrava este tipo de
erro é a falta de suavidade com
que se corrige pequenas
mudanças de altura.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
3 3
Não manter altura
Permitir deslocamentos à frente ou a ré
� Lembre-se que a cauda
do helicóptero é comprida e
dificilmente temos a noção
externa de onde ela está.
Te n h a c u i d a d o c o m
d e s l o c a m e n t o s a r é
involuntários.
� Os deslocamentos à frente ou a ré são
ocasionados devido a fal ta de
sensibilidade ao segurar o cíclico, pois
uma leve pressão em empurrar ou puxar
é suficiente para tal erro acontecer.
Deslocamento a ré
D
eslocam
ento
à
frente
Deslocamento lateral pretendido
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
3 4
Não manter proa
� O deslocamento lateral com a perda da proa
original que se iniciou a manobra é gerada
exclusivamente pelos pedais e por não se ter uma
noção exata do eixo longitudinal do helicóptero.
Para amenizar este erro procure imaginar um
prolongamento deste eixo, deixando o campo de
visão de 90º, ou seja, ângulo formado da proa até
a referência do deslocamento.
Ex: proa 255º
Deslocamento
Ex: proa 270º
Campo de visão 90º
Deslocamento
Pro
a e
eix
o l
on
git
ud
ina
l
Referência
�
�
Nesta situação o mais importante é
olhar para onde o helicóptero se
desloca, mas neste caso, ter este tipo
de visão periférica ajuda bastante a
manter a manobra correta.
Lembre-se que: antes de iniciar o
deslocamento lateral, fazer um bom
cheque de área, não só para o lado do
deslocamento, mas em todo redor do
helicóptero.
Parar antes ou após o ponto de parada
Referência de parada
Parada antes do ponto Parada depois do ponto
� Este erro acontece devido a dois fatores mencionados anteriormente neste capítulo. O
primeiro está relacionado à velocidade da manobra, mais lento ou mais veloz. O segundo
fator, a inércia do helicóptero, diretamente proporcional ao primeiro fator. Com as
velocidades diferentes, fica difícil calcular o ponto para desfazer a manobra e parar o
helicóptero no ponto pretendido. Para efetuar a manobra use uma velocidade constante e
mediana.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
VÔO A RÉ
4
Otavio Rosa
Esta manobra é muito utilizada dentro de área restrita ou próxima a algum obstáculo que
necessite ultrapassar.
Antes do início do deslocamento cheque a área, suba um pouco mais o helicóptero, porque
nesta manobra existe a possibilidade da cauda ficar mais baixa.
Inicie o deslocamento com leve pressão no cíclico à retaguarda (puxar o cíclico), corrija a
posição do nariz com os pedais, mantendo baixa velocidade, para que a manobra seja
controlada.
Evite vôo a ré muito prolongado, para não permitir que os tripulantes venham a
aspirar o monóxido de carbono lançado ao ar pelo escapamento.
Obs.:
Como executar?
Referência
Trajetória de
Deslocamento
Cíclico levemente para trás
�
�
�
Como nesta situação de vôo a
ré não podemos visualizar uma
referência atrás, pegamos uma à
frente, para nos manter em uma
trajetória reta.
Não esqueça de subir um
pouco o helicóptero antes de
começar o deslocamento, pois a
cauda fica mais baixa devido a
atitude do helicóptero, e como já
foi comentado a cauda do
helicóptero é comprida e uma
colisão com o solo ou obstáculo
pode ser fatal.
Não só a cauda do helicóptero
pode colidir com o solo ou
obstáculo, como também se o
esqui encostar no solo durante o
deslocamento a ré, um grave
acidente , pois o
mesmo não foi projetado para isto.
Basta observar o seu formato que
permite apenas deslocamento à
frente mas nunca a ré.
pode ocorrer
o esqui parece estarlonge do solo
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
4 1
VÔO A RÉ
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
4 2
ERROS COMUNS
Não checar a área
� Não checar a área no vôo a ré, é um erro muito
grave, pois a nossa área de visualização já é
restrita, e a nossa cauda é ainda mais, como
pode ser observado no desenho ao lado. Os
obstáculos que estão atrás do rotor dificilmente
são vistos. Em situações de área restrita, o piloto
tem que abrir a porta, olhar para trás, e aí sim,
começar a manobra.
Área de visualização (cheque) dentro da cabine.
Obstáculo
Não subir o helicóptero
� Se a cauda ou esqui bater no solo ou algum obstáculo, o resultado pode não ser muito
agradável como no desenho acima.
RESULTADO:
Deslocar-se com muita velocidade permitindo a variação de proa e altura
� A velocidade de deslocamento é
diretamente ligada a atitude do nariz. O
helicóptero tem a sua inércia para qualquer
movimento, aprenda a esperar por este
deslocamento, a ansiedade de fazer o
helicóptero começar a voar a ré, faz com que
este erro se agrave.
Otavio Rosa
� A variação da velocidade e da atitude do helicóptero, se deve à sensibilidade com que o
cíclico é aplicado. Uma maneira de corrigir este erro é esperar o tempo do helicóptero reagir
como foi comentado anteriormente. Somente assim não será preciso fazer várias correções
até chegar na atitude certa e com isto o helicóptero não vai ficar variando a velocidade.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
4 3
Variar a velocidade
RESULTADO:
Não corrigir a proa
� Conforme a velocidade aumenta a sustentação também aumenta e como conseqüência,
o helicóptero sobe. Com mais sustentação o torque também muda e se o pedal não for
corrigido a proa mudança.também sofrerá
Veloz Lento
Deslocamento
Proa
� Para manter sempre a mesma
proa, tente não perder de vista a
referência do início da manobra, e
faça um prolongamento do eixo
longitudinal. Isto ajuda a manter a
referência à frente.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
DECOLAGEM VERTICAL
5
Otavio Rosa
Esta decolagem é executada de maneira que quando o helicóptero sai do solo, este
permanece num vôo pairado, subindo na vertical exatamente acima do ponto onde iniciou a
decolagem.
Puxar o coletivo constante e suavemente, até atingir a potência em que o helicóptero fica
“leve nos esquis”, corrigindo suas tendências com pequenos movimentos de cíclico e pedais,
permitindo que o “nariz” do helicóptero mantenha-se na posição de decolagem, sem
deslocamentos em qualquer direção.
Como executar ?
Referência
�
�
Para evitar que o helicóptero saia girando para
direita antes de decolar, e após, deve-se aplicar
um pouco de pedal esquerdo para anular o
torque na decolagem, isto deve ser feito antes de
começar a aplicar o coletivo.
Para manter a proa e uma boa avaliação se o
helicóptero vai inclinar para um dos lados,
mantenha uma referência na linha do horizonte.
Vento de proa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
5 1
DECOLAGEM VERTICAL
� Lembre-se sempre que o helicóptero
não permite deslocamentos laterais
com os esqui ainda no solo, pois a
capotagem pode acontecer sem
qualquer cerimônia e tão rápido que
não há tempo para correção.
RESULTADO:
�
�
A aplicação do coletivo para decolagem, é o nosso principal objetivo nesta manobra.
Este, como os demais, é muito sensível, mas tem uma particularidade antes já comentada.
O seu tempo de reação é um pouco mais retardado devido a grande inércia das força de
sustentação e peso, sendo que a força peso, quando se tira o coletivo para descer o
helicóptero, recebe uma ajudinha da gravidade, conclui-se que: Ao aplicar coletivo para
subir o tempo de reação é maior do que para descer.
Aguarde o tempo do helicóptero reagir e não fique subindo e descendo o coletivo para
chegar até a altura desejada.
Otavio Rosa
� Mantenha uma visão
peri fér ica que inclua o
horizonte e outra um pouco
mais junto do helicóptero, pois
isto facilita a percepção de
qualquer deslocamento que
venha a acontecer, tanto
longitudinal, lateral como
vertical.
Campo de visãoCampo de visão
�
�
Com o helicóptero já em vôo, evite qualquer tipo de deslocamento até que se deseje fazê-
lo, pois em muitos casos tais deslocamentos não serão permitidos devido à presença de
obstáculos ao redor.
Correções de todos os tipos deverão ser feitas, pois uma vez em vôo, estamos inseridos
na massa de ar e esta, como sabemos, se desloca, e o nosso objetivo é permanecer
parado sobre um ponto no solo.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
5 2
Sem deslocamentos
verticais e laterais
Sem deslocamento
longitudinal
Vento de proa � Sempre que possível decole com
vento de proa. Além da segurança do
helicóptero não ser jogado para onde o
vento flui, é muito menos trabalhoso e
mais fácil de pilotar.
Otavio Rosa
� O erro de não aplicar pedal, pode ter
consequências desagradáveis, como comentado
anteriormente o helicóptero sai girando para a
direita, e se ele ainda não estiver voando, pode
capotar ao trancar o esqui no solo.
Giro
� Puxar o coletivo rapidamente além do
helicóptero sair muito rápido do solo, não permite
pequenas correções de deslocamentos e o
aumento muito rápido do torque faz com que a
correção da proa se torne mais difícil, fazendo o
helicóptero girar mais rápido. Para um piloto
inexperiente isto pode causar a perda do controle
e até a queda do equipamento.
,
Puxar o coletivo rapidamente
Deslocamentos laterais Deslocamento longitudinal
Deslocamentos verticais
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
5 3
ERROS COMUNS
Não levar pedal esquerdo levemente a frente
Permitir deslocamentos, não corrigindo com o cíclico
Não manter altura
Otavio Rosa
CAPÍTULO
POUSO VERTICAL
6
Otavio Rosa
Este pouso também pode ser chamado de pouso normal pois é usado quase que na
totalidade dos pousos realizados em helicópteros.
A partir do vôo pairado acima do ponto de toque, baixar o coletivo suavemente até o toque
com o solo e, após o toque, continuar a baixar todo o coletivo para que realmente o
helicóptero esteja totalmente com seu peso no solo.
Como fazer?
Referência
Vento de proa
� Como na decolagem, durante o pouso é
preciso estar com vento de proa, ter as
referências de visão periférica junto à linha do
horizonte e outra mais próxima do helicóptero,
para mantê-lo o mais imóvel possível até o
coletivo estar completamente baixado.
�
�
�
No pouso, na maioria das vezes enfrentaremos ventos e diferentes condições
atmosféricas, concluímos então, que cada pouso será diferente do outro.
A maneira mais correta de executá-lo é baixar o coletivo lentamente e com muita firmeza
e não esquecer que este movimento deve ser constante para não ficar baixando o
helicóptero em degraus.
A maioria dos pilotos quando aprendem a dominar a máquina, gosta de mostrar aos
outros um pouso perfeito, no avião chama-se “lamber o pouso”, no helicóptero também dá
para fazer isto, só que a falta de experiência faz com que esta tentativa faça o helicóptero
parecer um “iô iô”. Este erro ocorre, quando o helicóptero vai tocar o solo e o piloto tenta
diminuir a razão para “lamber” o toque dos esquis, então ele volta a subir, porque a correção
do coletivo foi muito acima do que era preciso.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
6 1
POUSO VERTICAL
Otavio Rosa
Deslocamentos laterais podem
ocorrer, tanto por aplicação involuntária
do cíclico para um dos lados como por
um vento de través na hora do toque. Se
o pouso com vento de través for
inevitável, o piloto terá que fazer uma
correção para evitar o deslocamento.
Ou seja como no vôo lateral, pé para um
lado, mão para o outro, como um
pequeno vôo lateral sem deslocamento.
� Na operação de pouso a concentração do piloto deve ser voltada inteiramente para um
vôo pairado imóvel e como já foi antes comentado, o helicóptero não permite, com os esquis
no solo, deslocamentos laterais e a ré.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
6 2
Deslocamento
D
es
lo
ca
m
en
to
RESULTADO:
Deslocamento a ré, podeser ocasionado por um erro do piloto em trazer o cíclico para
trás ou um vento de proa muito forte, que apesar de ser de proa, o que facilita o pouso, faz o
helicóptero deslocar a ré, uma pequena correção com cíclico para frente corrige este
problema.
RESULTADO:
Deslocamento
D
es
lo
ca
m
en
to
Nota: Tais correções acima mencionadas são de amplitudes tão pequenas, que
visualmente quase não são percebidas.
Otavio Rosa
Baixar o coletivo com muita
velocidade, certamente o resultado
vai ser catastrófico, pois se não
ocorrerem nos esquis do
helicóptero , poderá
ocorrer ressonância e destruir o
helicóptero.
danos
imediatamente
O helicóptero tem como característica, na
maiora das vezes, pousar onde vai encerrar o
vôo, não necessitando fazer o táxi. Isto faz com
que os pilotos novos, e também antigos, soltem
os comandos quando concluem o pouso, porém a
operação do helicóptero só termina quando as
pás do rotor principal e de cauda estiverem
parados.
A conseqüência de soltar os comandos com as
pás ainda em movimento, pode trazer surpresas
desagradáveis, pois qualquer rajada de vento, vai
também trazer mudanças de sustentação em
cada uma das pás. O resultado qualquer piloto
que estudou teoria de vôo, sabe .
Camandos soltos fazem
qualquer movimento
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
6 3
ERROS COMUNS
Permitir deslocamentos laterais a ré
Baixar o coletivo bruscamente, o que não deve ser feito mesmo após o toque dos esquis.
Soltar os comandos
Otavio Rosa
CAPÍTULO
QUADRADO DE PROA
CONSTANTE
7
Otavio Rosa
Esta é uma manobra especificamente usada para treinamento do piloto de helicóptero.
Este treinamento permite ao piloto executar em uma área predefinida quase todas as
manobras que um helicóptero pode executar; decolar, voar para frente, para trás, para os
lados, pairar e pousar em uma forma geométrica desenhada no solo que tem a forma de um
quadrado.
Como executar?
Iniciar o exercício com o vento de proa e no centro do quadrado;
Seqüência de movimentos
que o helicóptero executa
neste exercício.
Vento de Proa 1
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
7 1
QUADRADO DE PROA CONSTANTE
1
Otavio Rosa
4
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
7 2
2 Decolar e deslocar o helicóptero à frente na altura e velocidade de táxi.
3 Parar o helicóptero próximo ao primeiro lado do quadrado, mantendo seu nariz auma distância que permita visualizar a linha do quadrado;
Nesta situação em que a linha do
quadrado fica na frente do helicóptero e não
abaixo dele, facilita a visualização para
executar um vôo lateral, paralelo a linha.
2
3
Linha do quadrado
Iniciar o vôo lateral na altura e velocidade de
taxi, para esquerda ou direita, mantendo
proa, altura e velocidade constantes até a
linha lateral do quadrado, onde o helicóptero
deverá parar quando atingí-la.
4
Nesta situação vale a técnica do vôo
lateral antes treinada, não esquecer a inércia
do helicóptero, e começar a desfazer um
pouco antes a manobra para não passar do
ponto pretendido.
Otavio Rosa
7
8
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
7 3
5
6
Pararquandosobrealinhalateral totalmentenumcurtovôopairado,
Subir um pouco mais o helicóptero com o coletivo e iniciar o deslocamento a ré sobre
a linha mantendo, altura e velocidade constantes.
Use como referência para o vôo a ré a
própria linha lateral do quadrado.
5 6
Deslocar em vôo lateral à esquerda
ou direita até encontrar o outro lado
do quadrado, mantendo altura,
velocidadeeproaconstantes.
Parar o helicóptero fora do quadrado, mantendo o nariz à mesma distância da linha,
comoocorreunoprimeirodeslocamento lateral.7
8
O vôo lateral deve ser feito
sempre com a linha do quadrado
na frente do helicóptero,
mantendo a mesma distância.
Otavio Rosa
No vôo a ré para finalização da
manobra, não teremos uma linha
como referência, aqui vale o
julgamento das distâncias e
calculando o meio do quadrado.
11
12
Fim
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
7 4
9 Iníciar deslocamento à frente, mantendo altura, velocidade e proa.
910
O vôo à frente é como um
táxi, é só seguir a linha.
Parar quando o nariz do
helicóptero estiver à
mesma distância da linha
lateral, como já ocorreu
n o s d e s l o c a m e n t o s
lateraisanteriores.
10
Iniciar o vôo lateral até atingir o centro da linha à frente, mantendo
velocidade, altura e distância constante da linha a frente do nariz.
Ao atingir o centro da linha do quadrado onde se iniciou o exercício, parar o
helicóptero e deslocá-lo de ré até o centro do quadrado onde deve pousar.
11
12
Otavio Rosa
No vôo a ré não subir o helicóptero antes do deslocamento, ou subir muito o
helicóptero durante o deslocamento no vôo a ré.
Veloz Lento
Ponto certo de
parada.
Ponto errado de
parada.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
7 5
ERROS COMUNS
Deslocamento com variação de velocidade, principalmente no vôo a ré
Parar antes ou depois dos pontos desejados
Otavio Rosa
CAPÍTULO
QUADRADO DE PROA
VARIÁVEL
8
Otavio Rosa
Esta é uma manobra como a anterior, de proa constante, e também especificamente usada para
treinamento do piloto de helicóptero. Este treinamento permite ao piloto executar em uma área
predefinida o exercício de voar lateralmente, girar em todas as proas fazendo com que o
helicóptero tenha todosos tiposdesituaçãodevento,proa,caudaetravés.
Comoexecutar?
S e q ü ê n c i a d e
m o v i m e n t o s q u e o
h e l i c ó p t e r o e x e c u t a
neste exercíc io. Neste
c a s o o h e l i c ó p t e r o
sempre vai executar o
des locamen to em vôo
lateral, e para visualizar
a s l i n h a s l i m i t e s , o
h e l i c ó p t e r o v a i e s t a r
s e m p r e d e n t r o d o
quadrado ao contrár io do
de proa constante , em
que o hel icóptero sai do
quadrado para te r as
l i n h a s s e m p r e n o
v i s u a l .
Emcadavérticedoquadradoo helicóptero vai executar
umgirode90º paraoladodalinhalateraldoquadrado.
Vento de Proa 1
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
8 1
QUADRADO DE PROA VARIÁVEL
1 Iniciar o exercício com o vento de proa e no centro do quadrado.
Otavio Rosa
Decolar deslocando o helicóptero à frente na altura e velocidade de táxi.
4
Nesta situação vale a técnica do vôo lateral antes
treinada, não esquecer a inércia do helicóptero e
começar a desfazer um pouco antes a manobra para
não passar do ponto pretendido.
No caso do quadrado de proa variável, o ponto para
parar o helicóptero é antes de chegar na linha lateral,
para quando executar o giro, a linha lateral ficar a frente
do nariz do helicóptero.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
8 2
2
3 Parar o helicóptero próximo ao primeiro lado do quadrado, mantendo seu nariz auma distância que permita visualizar a linha do quadrado;
Nesta situação em que a linha do
quadrado fica na frente do helicóptero e não
abaixo dele, facilita a visualização para
executar um vôo lateral, paralelo a linha.
2
3
Linha do quadrado
Iniciar o vôo lateral na altura e velocidade de
taxi, para esquerda ou direita, mantendo proa,
altura e velocidade constantes até a linha
lateral do quadrado, onde o helicóptero deverá
parar quando atingí-la.
4
Otavio Rosa
5
Mantenha as linhas da frente e a lateral
afastadas do helicóptero, porque ambas
servirão de referência para o giro de 90º.
Girar o helicóptero 90º deixando a linha, que antes ficava na lateral do helicóptero, na
proa e a uma distância que permita a visualização desta linha para o próximo passo.
Iniciar o vôo lateral na altura e
velocidade de táxi, para
esquerda ou direita, mantendo
proa, altura e velocidade
constantes até antes da outra
linha lateral do quadrado, onde o
helicóptero deverá parar quando
atingí-la.
6
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
8 3
5
6
Otavio Rosa
Repita os procedimentos anteriores até chegar no vértice de nº 4.
Iniciar o vôo lateral até atingir o centro da linha à frente, mantendo velocidade,
altura e distância constante da linha a frente do nariz.
Ao atingir o centro da linha do quadrado ondese iniciou o exercício, parar o
helicóptero e deslocá-lo de ré até o centro do quadrado onde o helicóptero deve
pousar.
Lembre-se que no total do
exercício o helicóptero fará
quatro (4) giros de 90º.
8
9
FimNo vôo a ré para finalizaçãoda manobra, não teremos uma
linha como referência, aqui
va le o ju lgamento das
distâncias e calcular o meio do
quadrado.
Vértice nº 1 Vértice nº 2
Vértice nº 3Vértice nº 4
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
8 4
7
8
9
Otavio Rosa
Ponto certo Linhas
do quadrado a vista
C o m a s
l i n h a s d o
q u a d r a d o
a b a i x o d o
helicóptero, não
exist i rá uma
referência para
o g i r o e o
deslocamento
lateral.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
8 5
ERROS COMUNS
Parar o helicóptero em cima das linhas do quadrado, dificultando a visualização
Girar o helicóptero com razões diferentes
R a z ã o d e
giro igual em
todo o exercício
R a z ã o d e g i r o
des igual , par te do
percurso com baixa
razão de giro outra parte
de percurso, com alta
razão de giro.
Não manter uma altura constante durante o deslocamento e os vôos pairados.
Durante o deslocamento tente manter o olhar mais panorâmico e mais a frente do
helicóptero para avaliar melhor a velocidade de deslocamento e altura. O próprio traçado do
quadrado ajuda a manter estas referências.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
POUSO NAS QUATRO
PROAS
9
Otavio Rosa
Como nos exercícios do quadrado, este serve exclusivamente para pousar o helicóptero
nas quatro proas diferentes, ou seja nas quatro situações de vento: proa, través direito, través
esquerdo e cauda.
Decola-se o helicóptero, faz-se um giro de 90º para a esquerda ou direita, e pousa o
helicóptero. Este procedimento será repetido até o helicóptero atingir a posição original onde
se iniciou o exercício.
Como executar?
Inicie com vento de proa no centro do quadrado, o ponto de referência central será o eixo
do giro e o ponto de pouso em todo o exercício.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
9 1
POUSO NAS QUATRO PROAS
1 2
3 4
� Início e fim do exercício.
Vento de proa Vento de través
da direita
Vento de cauda Vento de través
da esquerda
Otavio Rosa
Giro
90º
Giro100º
80º
Giro
90º
1
2
Vento de proa
A manobra inicia na posição com
vento de proa. Quando o helicóptero
terminar o giro de 90º, ele vai estar
com vento de través. Nesta situação
para manutenção do helicóptero na
mesma posição até o pouso, vai ser
preciso uma correção conforme a
velocidade do vento.
1
Com correção o helicóptero fica
parado.
Sem correção o helicóptero faz
um vôo lateral involuntário.
2
Vento de través
da direita
Parado
Deslocando
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
9 2
ERROS COMUNS
Não executar o giro de 90º, parar antes ou depois da proa desejada
Não corrigir o vento conforme o helicóptero vai trocando de proa
Otavio Rosa
CAPÍTULO
CURVAS E GIRO DE 360º
EM VÔO PAIRADO
CURVAS EM CRUZEIRO
10
Otavio Rosa
Esta manobra visa direcionar o helicóptero para uma determinada proa durante um vôo com
deslocamento à frente.
Deve-se pressionar o cíclico para o lado pretendido sem o uso dos pedais, pois estes só
devem ser usados durante uma curva se esta estiver em atitude de descida com o coletivo em
baixo (sem potência), mas isto não quer dizer que o pedal será aplicado para o lado da curva,
pois em caso de curva para esquerda e sem potência, o pedal a ser aplicado é o direito para
compensar a falta de torque.
Como executar?
Aplique somente o cíclico, e conforme a inclinação
aplicar um pouco de coletivo para compensar a perda
de sustentação.
C
U
R
V
A
P
R
E
TE
N
DI
DA
C
U
R
V
A
P
R
E
TE
N
DI
DA
C
U
R
V
A
P
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R
V
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P
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DA
C
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R
V
A
P
R
E
TE
N
DI
DA
C
U
R
V
A
P
R
E
TE
N
DI
DA
CURVA NORMAL
Sem aplicação
de pedal,
Em vôo normal
CURVA GLISSADA
CURVA DERRAPADA
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
10 1
CURVAS
A aplicação errada de pedal pode causar:
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2
Um detalhe importante é lembrar que o helicóptero usa os pedais somente para
compensação de torque, com isto temos um detalhe que vale a pena ser estudado:
Curvas sem potência:
No helicóptero quando o coletivo é baixado, o pé direito tem que ser aplicado para
compensar a falta de torque, mesmo a curva sendo para esquerda, contrária a direção do
pedal.
Errado
Certo
Cíclico para esquerda
Pedal para direita
Fio de lã em vôo
coordenado.
Um erro comum em curva para sem potência, é não aplicar o pé direito fazendo
o helicóptero .
esquerda
glissar
Outro erro comum em curva para sem potência, é aplicar o pé direito além do
necessário fazendo o helicóptero .
direita
derrapar
Errado
10
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
3
GIROS DE 360º EM VÔO PAIRADO
Esta manobra visa treinar o piloto de helicóptero dentro de áreas restritas, ou próxima a
obstáculos, situação emque o helicóptero não deve deslocar-se do seu ponto.
O helicóptero deve ser mantido a uma altura de um metro do solo em toda a manobra. Sendo
que o giro deve ser mantido na mesma altura e numa razão constante ou seja namesmavelocidade
emtodaaexecuçãodoexercício.
O piloto deve iniciar com vento de proa, pressionando o pedal para o lado que deseja realizar o
giro. O cíclico deve ser mantido em uma posição que não permita que o vento desloque o
helicóptero, para tanto, correções são necessárias. Lembre-se que a cauda ao ficar virada para o
vento, a tendência será do helicóptero iniciar um giro mais rápido tentando aproá-lo, por isto deve o
piloto antecipara correção diminuindo apressãosobreopedal,paramanterarazãodegiro.
Como executar?
1mt
Altura do giro + ou - 1mt do solo
Razão de giro de 360º constante
em toda a manobra.
10
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
4
Mantenha uma visão periférica um
pouco mais junto do helicóptero, isto
f a c i l i t a p e r c e b e r q u a l q u e r
deslocamento que venha a acontecer,
tanto os longitudinais e laterais como
os verticais.
Campo de visão
Eixo vertical
Giro
Para facilitar o giro no eixo vertical, tente
imaginar um círculo em que o nariz do
helicóptero seja o raio deste círculo, e se tiver
este círculo desenhado no solo, o exercício
fica muito mais fácil de ser executado.
Com o desenho no solo, a percepção do
erro fica visivelmente mais fácil e a correção
também se torna mais fácil, pois o erro se
destaca.
Para manter o giro em torno do eixo
vertical, não só o comando de pedal vai
ser utilizado, como os comandos de
cíclico e coletivo também serão
necessários para manter o helicóptero
parado no local apenas girando sobre o
seu próprio eixo.
10
Otavio Rosa
Giro
Eixo vertical, mastro do rotor no
centro da manobra, certo.
Giro
Eixo vertical, mastro do rotor fora
do centro da manobra, aqui o centro
da manobra é o piloto, errado.
1 2
Início e fim do exercício.
Vento de proa Vento de través
da direita
Giro
Giro
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
5
ERROS COMUNS
Não girar o helicóptero no eixo vertical, ou seja no mastro do rotor principal.
Não corrigir o vento conforme o helicóptero vai trocando de proa, agravando o erro
com a falta de correção do cíclico.
10
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
6
Não manter altura
3 4
Vento de cauda Vento de través
da esquerdaGiro
Giro
Durante toda a manobra teremos num curto espaço de tempo os quatro tipos de vento, a
avaliação da intensidade vai determinar a quantidade de correção que deverá ser feita, o
giro tem que ser feito exatamente em torno do eixo vertical, e para tanto as correções devem
ser ao mesmo tempo suaves e precisas.
Giro A manutenção de altura se torna
difícil principalmente quando se tem
vento, pois quando trabalha-se o
cíclico para compensar o lado de onde
o vento vem, perde-se ou, ganha-se
sustentação, com isto torna-se
necessária uma pequena correção no
coletivo, caso contrário, vamos ficar
subindo e descendo conforme gira-seo
helicóptero.
Alterar a velocidade de razão de giro, para mais ou para menos.
As diferentes razões de giro estão diretamente ligadas à
quantidade de pedal aplicada. A dificuldade de manter
perfeita esta razão aumenta com a intensidade do vento,
pois sempre o helicóptero, como qualquer outra aeronave,
vai tentar aproar o vento, com isto dependendo da posição
do helicóptero, uma maior ou menor quantidade de
comando deverá ser aplicada.
10
Otavio Rosa
CAPÍTULO
DECOLAGEM NORMAL
11
Otavio Rosa
A decolagem normal é a mais utilizada. Ao executá-la o helicóptero deve permanecer o
menor tempo possível na curva do homem morto. Para realizá-la, após efetuar a decolagem
vertical e o táxi, faça um cheque na área a ser utilizada para verificar a presença de outras
aeronaves e obstáculos.
Alinhe o helicóptero, verifique se as indicações dos instrumentos estão na linha verde,
luzes de advertências apagadas, baixe o nariz suavemente para que a aeronave inicie o
deslocamento, mantendo uma leve pressão no cíclico. A medida em que a velocidade vai
aumentando deve-se ir tirando a pressão do pedal esquerdo, pois ele estava sendo usado
para manter o helicóptero no pairado, enquanto que em deslocamento, a força do torque do
rotor se anula. Experimente uma leve vibração quando for atingida a sustentação de
deslocamento.
Ao atingir 60 kt diminua a pressão no cíclico, permitindo que o helicóptero inicie a subida
(utilize 23 pol de PAao nível do mar, em maiores altitudes verifique a tabela de potência).
Procure atingir a altitude de vôo o mais rapidamente possível, para trocar altitude por
velocidade. Lembre-se que a velocidade mínima de subida é de 53 KT (para fins didáticos
utilizamos 55 KT).
Se for permanecer no circuito de tráfego, ao atingir 300 FT, cheque a área e faça curva para
a perna de través.
Ao atingir 500 FT ingresse na perna do vento.
Como executar?
A decolagem começa a partir do pairado, após o helicóptero alinhar na pista para
decolagem, um cheque cruzado tem que ser feito; cheque de área externa ao helicóptero e
dê uma rápida olhada nos instrumentos.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
11 1
DECOLAGEM NORMAL
Otavio RosaOtavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
211
Só inicie a subida após ter atingindo 60 KT, para isto, diminua a pressão no
cíclico, e o helicóptero vai começar a subir suavemente ganhando velocidade e
altura, saindo rapidamente da curva do homem morto.
Instrumentos
nas marcas
verdes
Luzes de
advertência
apagadas
O c h e q u e d o s
instrumentos antes do
início da decolagem é de
vital importância, pois se
algum problema estiver
acontecendo ou prestes,
haverá tempo para
abortar a decolagem,
porque na decolagem o
helicóptero fica um bom
tempo na curva do
homem morto, e não é
interessante ter uma
pane neste momento.
Referência
Mantenha uma referência no horizonte, pois quando o helicóptero começar a adquirir
velocidade e for necessária a transição dos pedais para descompensar o torque, vai ser
preciso mais que uma boa referência para manter a proa; uma boa coordenação vai fazer
muita falta.
Otavio Rosa
Nas primeiras decolagens existe um receio de se baixar o nariz do helicóptero “levar o
cíclico a frente” com medo de bater no solo, pois a linha do horizonte fica muito acima do que
estavamos acostumados.
Linha do horizonte
Atitude do helicóptero sem deslocamento
Linha do horizonte
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
3
ERROS COMUNS
11
Não levar o cíclico à frente o necessário para o helicóptero ganhar velocidade.
Atitude do helicóptero com deslocamento
Levar o cíclico muito à frente, permitindo o afundamento do helicóptero.
Outro erro comum é o inverso do anterior, é levar o cíclico muito à frente, e neste caso sim,
o helicóptero pode vir a colidir com o solo devido ao afundamento causado pelo cíclico muito
à frente. Em razão do deslocamento do vetor da força de sustentação.
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
411
Altura limite a ser mantida
Perder a proa
Quando o helicóptero começa a ganhar velocidade, o estabilizador vertical da cauda
começa a atuar na correção do torque, a transição de tirar o pé esquerdo para manter o
helicóptero com a mesma proa, deve ser quase que “instintiva”, ou seja o piloto tem que
perceber a quantidade e a intensidade de aplicação do pé esquerdo..
A transição dos pedais para manutenção de proa é muito importante, se esta não for
executada quase que perfeitamente, o helicóptero vai ficar “dançando” e perdendo a proa
até que atinja velocidade suficiente para o estabilizador vertical fazer o trabalho.
Nota: “Esta transição não é só tirar o pé esquerdo, mas aplicar o pé direito para
trazer o esquerdo para posição neutra”.
Pairado, pé esquerdo
aplicado
Linha de trajetória e proa do
helicóptero.
Otavio Rosa
Com o deslocamento, e sem a
correção dos pedais, o helicóptero
tende a guinar para a esquerda, devido
ao pé esquerdo ainda estar aplicado e
sem necessidade.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
511
Aumentar a potência desnecessariamente, “gastando coletivo”.
Quando iniciamos a decolagem o que mais se quer é sair de uma vez do solo e ganhar os
“céus” logo que se inicia a corrida de decolagem. No caso do helicóptero em vôo a baixa
altura, para ganho de velocidade existe uma tendência natural de se querer completar a
potência, ou seja, puxar o coletivo para dar uma ajudinha na decolagem, mas o que
acontece é que esta ajudinha pode danificar o helicóptero, fazendo o motor funcionar acima
dos regimes normais de RPM e causando uma sobrecarga nas pás do rotor principal.
Ganhar altura, em detrimento da velocidade.
60 Kt início da subida
Conforme ganha-se velocidade, também ganha-se sustentação
PA normal de decolagem 23 pol
PA com a ajudinha 25,9 pol, acima da linha vermelha
Otavio Rosa
CAPÍTULO
CIRCUITO DE TRÁFEGO
12
Otavio Rosa
Toda aproximação e em conseqüência o pouso necessita de um prévio planejamento. O
circuito de tráfego é uma forma de planejamento e este pode ser longo como a aproximação
em um aeródromo, quanto pode ser mais curto como a aproximação em um heliponto no solo
ou elevado.
Ao ingressar na perna do vento o helicóptero deverá estar a 500 FT, em velocidade e
configuração de um vôo de cruzeiro, os intrumentos deverão estar nas marcas verdes e a 21
pol de PAno BETAe 19,6 pol de PAno BETAII
Mantenha uma distância razoável da pista para, em caso de emergência, o helicóptero
poder entrar em auto rotação e pousar com segurança na pista.
Tenha o vento em mente para possíveis correções de proa, para que o helicóptero voe
numa trajetória paralela às pernas do circuito de tráfego.
H
O circuito de tráfego se autorizado, deve ser feito
pela direita, isto é devido a posição
do piloto em comando do helicóptero estar a direita,
permitindo um maior campo de visão para o lado da
curva, ou em função da posição do heliponto em
relação à pista em uso e do circuito de tráfego do
aeródromo.
preferencialmente
500 Ft
vento
vento
500 Ft
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
12 1
CIRCUITO DE TRÁFEGO
Otavio Rosa
Não ter o vento em mente deixar o helicóptero se aproximar ou se afastar da
pista com vento de través (falta de caranguejamento).
VENTO
Traçado do circuito com a correção de vento
Traçado do circuito sem a correção de vento
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2
ERROS COMUNS
12
Não manter os 500 Ft durante o circuito.
500 Ft
400 Ft
600 Ft
Este erro corrige-se apenas
com um bom cheque cruzado,
ALTÍMETRO E P.A.
Não checar a área.
Faça-o da esquerda para direita, em caso de curva para direita,
tentando observar um plano maior do que 180º, e não se esqueça de olhar para
cima, pois outras aeronaves como os planadores que iniciam a aproximação para o pouso
mais altas poderão estar em cima de você.
Cheque de área:
também
Otavio Rosa
CAPÍTULO
APROXIMAÇÕES
13
Otavio Rosa
Como no circuito de tráfego a aproximação é a fase final do nosso planejamento para um
pouso bemsucedido.
Ingresse na aproximação final com 300 FT de altura e 60 KT de velocidade, iniciando a
aproximação. Mantenha a rampa em direção ao ponto de pouso, utilizando-se do coletivo e do
cíclico, permitindo que durante a manobra não permaneça muito tempo dentro da curva do
homem morto (verifique a tabela no manual do helicóptero).
Reduza gradativamente a velocidade e a razão de descida ao aproximar-se do ponto de
toque. Tenha em mente que ao se baixar o coletivo a PAtambém diminuirá e em conseqüência
disto, o pé direito terá que ser aplicado para compensar a falta do torque.
Ao aproximar-se do toque aumente a potência, lembrando que ao aumentar a PA o torque
também aumenta, e o pé esquerdo tem que ser aplicado. Após este procedimento ter sido
feito, com suavidade e completa coordenação de pé e mão, leve o cíclico à frente para alinhar
os esquis, pouse o helicóptero ou inicie uma nova decolagem.
Como executar?
500 Ft
300 Ft vel. 60 Kt
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
13 1
APROXIMAÇÕES
Otavio Rosa
300 Ft vel. 60 Kt 300 Ft vel. 80 Kt 300 Ft vel. 50 Kt
300 Ft vel. 60 Kt
500 Ft vel. 60 Kt
200 Ft vel. 60 Kt
Para correção destes erros o piloto não pode deixar de executar uma perfeita
coordenação de coletivo e cíclico.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2
ERROS COMUNS
13
Não manter a rampa
Ingressar na final com velocidade acima ou abaixo da normal.
Ingressar na final acima ou abaixo da altitude normal.
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
3
ERROS COMUNS
13
Variar a velocidade.
Atitude normal, vel 60 Kt
Atitude menor, vel 50 Kt
Atitude maior, vel 80 Kt
A atitide do helicóptero está diretamente relacionada com a
velocidade, um bom controle de cíclico pode resolver este
problema.
Não alinhar os esquis para o toque.
Afalta de alinhamento dos esqui para o pouso, é um erro muito grave, pois ao se preparar
para o pouso a cauda pode tocar o solo antes dos esqui. Se isto não acontecer, o helicóptero
vai parar o deslocamento à frente e começar a voar para trás, o que é ainda mais grave se o
helicóptero tocar o solo voando de ré.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
POUSO
14
Otavio Rosa
Este pouso é a partir de uma aproximação feita anteriormente, em que após o helicóptero
parar o seu deslocamento à frente paira sobre a pista ou heliponto para então começar o
pouso.
A partir do pairado, baixar o coletivo suavemente até o toque com o solo, e após o toque ir
baixando todo o coletivo. Somente com todo o coletivo baixado que o helicóptero vai estar
completamente pousado.
Como executar?
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
14 1
POUSO
Durante o pouso, na maioria das vezes, enfrentaremos ventos e diferentes
condições atmosféricas. Concluímos então que cada pouso será diferente do outro.
Na situação em que pousamos numa pista comum também para aviões, certamente
na maioria das vezes enfrentaremos vento de través, portanto não esqueça das
devidas correções para o helicóptero estar sempre com seu eixo longitudinal paralelo
ao eixo da pista.
A maneira mais correta de executá-lo é baixar o coletivo lentamente e com muita
firmeza, e não esquecer que este movimento deve ser constante para não ficar
baixando o helicóptero em degraus.
A maioria dos pilotos quando aprendem a dominar a máquina, gosta de mostrar
aos outros um pouso perfeito, no avião chama-se “lamber o pouso”, no helicóptero
também dá para fazer isto, só que a falta de experiência faz com que esta tentativa
faça o helicóptero parecer um “iô iô”. Este erro ocorre, quando o helicóptero vai tocar
o solo e o piloto tenta diminuir a razão para “lamber” o toque dos esquis, então ele
volta a subir, porque a correção do coletivo foi muito acima do que era preciso.
Otavio Rosa
Após o flare e a parada do helicóptero, permitir que ele se desloque de ré.
Helicóptero Parado
Corrigindo Vento
Helicóptero em Deslocamento
Não Corrigindo Vento
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2
ERROS COMUNS
14
Permitir deslocamentos a ré
Baixar o coletivo bruscamente, o que não deve ser feito mesmo após o toque dos esquis.
Baixar o coletivo com muita velocidade,
poderá haver um resultado catastrófico,
pois se não ocorrerem danos nos esquis do
helicóptero ao bater, o
equipamento entrar em ressonância
e destruir o helicóptero.
imediatamente
poderá
Não corrigir o vento de través, permitindo deslocamento lateral.
A falta de correção do vento de través,
faz o helicóptero deslocar-se lateralmente,
já que nesta situação o piloto não pode
aproar o vento para executar o pouso.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
DECOLAGEM DE MÁXIMA
PERFORMANCE
15
Otavio Rosa
Esta manobra é utilizada quando no setor de decolagem existem obstáculos impedindo
uma decolagem normal (Áreas restritas). Devemos levar em consideração fatores como:
vento, peso, altitude-densidade e distância dos obstáculos.
Para instrução mesmo que sem obstáculos consideramos uma subida até 100 FT, como se
nesta altitude os estivéssemos livrando.
Para realizar a manobra o piloto deve aproar o vento, deixar o cíclico em neutro, iniciar a
decolagem vertical verificando a potência aplicada.
Apartir daí aplicar mais 10 % de potência (se disponível) fazendo uma subida na vertical até
atingir 100 FT. Neste ponto baixar o nariz, como se estivesse livrando os obstáculos,
mantendo-o nesta posição até atingir 60 KT, quando reiniciará a subida reduzindo para
potência de subida.
Como executar?
100 fT
Em vôo que não seja de
instrução, se houver distância
disponível entre o local da
decolagem e os obstáculos, o piloto
deve subir com deslocamento,
b u s c a n d o s u s t e n t a ç ã o d e
deslocamento.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
15 1
DECOLAGEM DE MÁXIMA PERFORMANCE
Otavio Rosa
Vento
Temperatura
Pressão
Peso
Devemos avaliar todos os fatores
acima mencionados, se algum deles for
ignorado e este estiver abaixo das
condições mínimas de operação do
helicóptero, provavelmente não
teremos condições de decolar.
Q u a n d o i n i c i a m o s a
decolagem o que mais se quer é
sair de uma vez do solo, e
ganhar os “céus.” Logo que se
inícia a decolagem, existe uma
tendência natural de se querer
dar toda a potência, ou seja
puxar o coletivo para dar uma
ajudinha na decolagem, mas o
que acontece, é que esta
ajudinha pode danificar o
helicóptero, fazendo o motor
funcionar acima dos regimes
normais de RPM e causar uma
sobrecarga nas pás do rotor
principal.
PA normal de decolagem 23 pol
PA com 10%: 25,3 pol
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2
ERROS COMUNS
15
Não avaliar corretamente os fatores existentes.
Aplicar mais de 10% na potência de decolagem.
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
3
ERROS COMUNS
15
Variar a proa
Variação de proa
O maior problema de variação
de proa, é a falta de correção do
pedal com a quantidade de
coletivo aplicado. Nas decolagens
normais se usa a PA normal,
porém, neste tipo de decolagem,
usa-se maior potência, e em
conseqüência disto, a força de
toque é maior.
Outro motivo de variação de
proa é a falta de referência à
frente, o piloto se baseia que na
decolagem vertical até a altura de
100 Ft , não ocor rer uma
significativa perda de proa.
Mantenha uma visão periférica
um pouco mais junto do
helicóptero, isto facilita perceber
qualquer deslocamento que
venha a acontecer, tanto os
longitudinais e laterais como os
verticais.
Campo de visão
Para evitar deslocamentos, utilize a técnica
do vôo pairado, só que subindo até uma altura
de 100 Ft do ponto de decolagem.
Deslocar o helicóptero para frente, trás e para os lados durante a subida vertical.
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
4
ERROS COMUNS
15
Ao iniciar o deslocamento a frente após os 100 Ft, ganhar ou perder altura.
100 Ft
Como na decolagem normal o deslocamento à frente inicia a partir do pairado, não
mudando nada, só a altura que modifica.
100 Ft
Como não temos o solo bem perto para ter-se uma referência de estar subindo ou
descendo, fica maisdifícil perceber estas variações. Uma boa técnica para amenizar
este problema, é fazer um cheque cruzado entre o CLIMB e a PA, pois ambos nos
ajudarão a manter o vôo nivelado;
O CLIMB vai nos indicar se o helicóptero está subindo ou descendo, e a PA vai nos
indicar se estamos na potência certa para o vôo nivelado até atingir 60 Kt.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
APROXIMAÇÃO DE
GRANDE ÂNGULO
16
Otavio Rosa
Esta manobra tem o objetivo de pousar o helicóptero em locais onde existam obstáculos a
uma aproximação normal. É muito usada para pousar em helipontos elevados ou em picos
para evitar a turbulência das correntes e em áreas restritas que podem ser pontos de pouso ou
helipontos dentro de cidades.
Esta aproximação deve ser iniciada a uma altitude do ponto de toque de 300 FT e com a
velocidade de 40 KT, bem mais próxima do ponto de pouso do que numa aproximação normal.
Deve-se iniciar a descida usando o nariz do helicóptero quando este atingir o
ponto de toque.
Ao atingir este ponto, deve-se iniciar só com a aplicação do coletivo, ficando o cíclico
imóvel. Observe o ponto de pouso durante a descida, o nariz deve estar alinhado com o ponto
de toque.
Se ele estiver ficando abaixo do helicóptero é sinal de que o helicóptero está muito alto,
acima da rampa, e o helicóptero vai passar do ponto, se estiver distante do helicóptero é
porque está abaixo da rampa ou seja distante dele o helicóptero vai pousar antes ponto.
Corrija qualquer destas situações, apenas com o coletivo, abaixando-o ou levantando-o.Ao
chegar próximo ao ponto de toque, nivele os esquis para pouso.
como referência
Como executar?
300 Ft vel 40 KtSe o helicóptero estiver em
um caso em que o alvo a ser
atingido pareça com esta
situação do desenho, não mexa
no coletivo, pois o mesmo
seguirá a rampa, deixe para
corrigir quando estiver próximo
ao toque.
Rampa
Algo importante a ser gravado é a atitude do
helicóptero, pois este como estará com
velocidade mais baixa que o normal, terá uma
atitude do nariz mais alta em relação ao vôo de
cruzeiro.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
16 1
APROXIMAÇÃO DE GRANDE ÂNGULO
Otavio Rosa
300 Ft vel 45 Kt
100 Ft vel 35 Kt
Rampa certa
Nesta situação o coletivo foi baixado mais
que o necessário, a rampa certa ficou muito
acima do pretendido, a velocidade diminuiu e
o helicóptero perdeu altura antes de chegar
próximo ao alvo.
Rampa certa
Nesta situação o coletivo não foi baixado ou até
foi levemente aplicado para cima. A rampa certa
ficou muito abaixo do pretendido, a velocidade
aumentou e o helicóptero não perdeu altura,
certamente vai passar do alvo pretendido.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
216
Otavio Rosa
Usar o cíclico para tentar mirar o alvo e colocar o
helicóptero exatamente sobre o ponto pretendido,
só vai complicar o planejamento, pois o mínimo
movimento de cíclico para trás ou para frente, vai
fazer o helicóptero entrar em atitudes diferentes, e,
como se sabe, atitudes diferentes velocidades
diferentes.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
3
ERROS COMUNS
16
Usar o cíclico.
Perder a proa.
Aperda de proa neste tipo de manobra é comum , principalmente se for necessário aplicar
coletivo para as correções. Sabe-se que quando se aplica o coletitivo para dar potência o
torque aumenta e o pé esquerdo tem que ser aplicado, assim toda correção de coletivo se
não for conjugada com os pedais, teremos sempre uma perda de proa.
Esta perda se agrava quando iniciamos o flare para o pouso, pois o helicóptero vem
descendo numa razão bem maior a que estamos acostumados, e quando aplicamos o
coletivo para diminuir esta razão e pairar para efetuar o pouso, quase sempre nos pega de
surpresa a força de torque que nos faz girar para direita.
Neste momento é que
acontece com mais
freqüência a perda de
proa, no momento do
flare para o pouso.
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
4
ERROS COMUNS
16
Descer em degraus.
300 Ft vel 40 Kt
Rampa certa
A descida em degraus é comum por dois fatores; falta de aplicação com sensibilidade
no coletivo; e às vezes por medo dos obstáculos abaixo, o piloto retarda a descida, só que
com isto permanecemos por mais tempo na curva do homem morto, e como já sabemos
uma parada de motor nesta situação é fatal.
Outro erro comum além de perder o proa quando se inicia o flare, é de pousar sem os
esquis estarem alinhados. Como visto em capítulos anteriores qualquer situação de
deslocamento no pouso pode ser catastrófico. Não esquecer as regras do pouso normal
para evitar esta situação.
Não alinhar os esquis para o pouso.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
DECOLAGEM CORRIDA
17
Otavio Rosa
Esta manobra é utilizada quando não temos potência suficiente para a decolagem, a partir
do vôo pairado.
Apotência deve ser aplicada para deixar o helicóptero “leve nos esquis” colocando o cíclico
levemente à frente permitindo que a aeronave inicie o deslocamento, com vento de proa,
mantendo-se a direção do deslocamento e corrigindo-se com os pés.
Após adquirir sustentação de deslocamento o helicóptero iniciará a decolagem mantendo o
nariz baixo. Mantenha-se voando próximo ao solo até atingir 60 KT, para sair da curva do
homem morto.
Apartir daí inicie a subida normal.
Como executar?
Referência
Vento de proa
Deslocamento
Cíclico levemente à frente
Aplique potência até o helicóptero ficar
leve nos esquis.
Como todas as manob ras
executadas no helicóptero, esta não é
diferente na sensibilidade. Ao aplicar o
coletivo para deixar o peso do
helicóptero menor em contato com o
solo, não esqueça de que o torque
também vai estar atuando. Assim,
o
pé esquerdo vai ter que ser aplicado
para quando o helicóptero começar o
deslocamento, ele não perca a proa. A
proa para direita fica mais difícil de
corrigir do que a prevenção do erro.
ao
colocar o cíclico levemente a frente,
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
17 1
DECOLAGEM CORRIDA
Otavio Rosa
Não corrigir a proa com os pedais.
Deslocamento à frente mantendo o mesmo traçado
DeslocamentoSem Deslocamento
Pouco cíclico
Muito cíclico, mais veloz
com perigo de pilonamento.
Com a devida correção dos pedais
o deslocamento do helicóptero fica
paralelo a seu eixo longitudinal, ou
seja, os esquis deslizam no sentido
das lâminas, causando menor atrito
com o solo e assim,
mais
rapidamente.
adquire
velocidade de sustentação
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2
ERROS COMUNS
17
Aplicar muito ou pouco cíclico à frente.
Proa
Deslocamento
Na falta de correção de proa, além do
hel icóptero sair da trajetór ia pre-
determinada, como comentado antes, as
lâminas dos esquis estarão tocando o solo
de maneira atravessada, gerando maior
atrito com o solo. Neste caso, não é difícil
ocorrer um capotamento se este erro não for
corrigido e o helicóptero atingir uma maior
velocidade.
Para entender melhor esta situação tente
se imagiar patinando no gêlo e um de seus
patins se atravessar quando você estiver se
deslocando a frente.
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
3
ERROS COMUNS
17
Deslocamento
Logo que o helicóptero deixa o solo a tendência natural é de subir o mais rápido possível,
só que nesta situação o piloto tem que manter o helicóptero por mais tempo possível
próximo ao solo por dois pontos importantes:
Aproveitar o máximo a sustentação de deslocamento que esta manobra nos permite
obter.
Aproveitar a sustentação extra que o efeito solo nos proporciona a baixa altura até que
tenhamos velocidade suficiente para subir.
Não manter o vôo baixo após a decolagem.
Tentar “tirar”o helicóptero do solo antes de adquirir sustentação de deslocamento.
Movimentos amplos de comando geram amplos
erros, e as correções se tornam muito mais
trabalhosas. A melhor técnica é o toque suave nos
comandos, onde os erros se tornam menores e fáceis
de serem percebidos e corrigidos.
�Ajudinha com mais
coletivo.
Não usar os comandos com suavidade.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
POUSO CORRIDO
18
Otavio Rosa
O pouso corrido logoque se inicia o treinamento parece um pouco assustador, pois
durante todos o capítulos anteriores foi comentado o risco de deixar o helicóptero se
deslocar durante o pouso e agora nós viemos a fazer esta manobra.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
18 1
POUSO CORRIDO
Esta manobra é utilizada em situações de emergência como auto-rotações ou pane de
rotor de calda.
Para execução do exercício procure uma área lisa, de preferência uma área com grama
para evitar desgaste das sapatas e faça uma aproximação normal reduzindo a velocidade. Ao
aproximar-se do ponto de toque nivele os esquis. Após o toque e início da corrida, baixe o
coletivo suavemente, mantendo a proa corrigindo com os pedais.
Como fazer?
Deslocamento
Rampa
Ao aproximar-se do solo ajuste o coletivo de maneira que o helicóptero tenha uma razão
de descida muito pequena e mantenha o nariz na mesma atitude até o toque. Não tente
arredondar para “lamber o pouso” nem com o cíclico quanto menos com o coletivo, pois
ambos vão fazer o helicóptero subir novamente.
Rampa com o coletivo
Ajustar o coletivo para o toque
Toque com o coletivo e cíclico
na mesma posição em que foi
ajustado na fase 2.
1
2 3
Otavio Rosa
A manutenção da reta também é de vital importância. Deixar o helicóptero atravessar-se
na pista não é nada interessante; os danos podem ser irreparáveis.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
18 2
Como parar o helicóptero?
Teóricamente é só baixar o coletivo. Porém, se isto for feito de maneira brusca, o
helicóptero vai PARAR, só que não da maneira que se espera. Ele vai certamente pilonar,
porque uma velha lei conhecida nossa. vai entrar em ação, a INÉRCIA.
Toque Baixando o coletivo
sem suavidade
Parada total do
helicóptero
Deixar o helicóptero agredir o solo, ou seja, deixá-lo bater com força no solo ou em atitude
de nariz muito baixa, também pode ser um motivo para o pilonamento. Uma boa técnica é ter
em mente a atitude de pouso normal, pois os esquis tem que tocar o solo totalmente
nivelados. Aúnica diferença é que o helicóptero vai estar em deslocamento.
Toque com a ponta dos esquis, em
atitude abaixo do normal.
Otavio Rosa
Não ajustar a rampa a rampa para o pouso, ficar subindo e descendo o helicóptero
com o comando de coletivo.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
3
ERROS COMUNS
18
1
2 3
Rampa errada com variações de
velocidade e atitude, quase impossível
tocar o helicóptero no solo corretamente.
Rampa certa com velocidade e atitude para
um pouso correto.
Permitir o toque no solo com os esquis desnivelados, ou atitudes acima ou abaixo do
normal para o toque.
Atitude acima do normal para o toque
Atitude abaixo do normal para o toque
Este erro ocorre devido a tentativa de
querer arredondar o helicóptero para o
toque, e em muitos casos existe uma
tendência de segurar o nariz no cíclico
com medo de quando os esquis tocarem
o solo o helicóptero vir a pilonar.
Este erro ocorre principalmente na
falta de ajuste na rampa de descida para
este tipo de pouso. Se o coletivo for bem
ajustado na razão certa, este problema
não acontece.
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
418
Não corrigir a proa após o toque durante a corrida e até a parada completa do
helicóptero.
Proa
Deslocamento
Proa e deslocamento
Para correcão deste erro utilize os pedais de maneira suave, e tente antecipar a correção
aplicando o pé contrário ao desvio. Isso além de facilitar a correção, o trabalho com os pedais
vai ser bem menor.
Após o toque baixar bruscamente o coletivo.
Toque Baixando o coletivo
sem suavidade
Parada total do
helicóptero
Este erro se corrige apenas com um pouco de suavidade no coletivo. Aprenda a saber
esperar o helicóptero parar ou medir com precisão o quanto de coletivo que deve ser baixado
em cada etapa do deslocamento. Aoutra forma de correção é não esquecer que é um pouso
igual aos outros, só que com deslocamento e o coletivo também tem que ser usado com
muita suavidade.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
DECOLAGEM DIRETA
19
Otavio Rosa
Esta manobra visa permitir que se decole de um local que se possa levantar poeira, areia
ou detritos que impeçam a visão do piloto.
O piloto deve deixar o pedal esquerdo levemente aplicado, levar o cíclico um pouco a
frente e puxar o coletivo constantemente para que a decolagem seja rápida e sem paradas.
Como executar?
Cíclico levemente a frente
Pé esquerdo aplicado
Aplique o coletivo constantemente
e com suavidade
A falta de visão com a linha do horizonte
por um período superior a 20 segundos,
causa desorientação espacial. Esta falta de
visão não permite a visualização de
obtáculos como postes, fios e até edificações
conforme a intensidade da poeira. Em muitas
situações semelhantes, acidentes ocorreram
com vítimas fatais.
A poeira com este tipo de decolagem fica sempre atrás da linha de visão do piloto, não
prejudicando a visibilidade com o solo e obstáculos que possam ter em frente, aos lados e
até acima como fios. Situações encontradas em caso de pouso em área extremamente
restrita.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
19 1
DECOLAGEM DIRETA
Otavio Rosa
Não aplicar pé esquedo, perdendo a proa de decolagem.
Cíclico levemente a frente
Aplique o coletivo
constantemente e com
suavidade
Sem aplicar o pé esquerdo para
decolagem; ao puxar o coletivo com um
pouco mais de velocidade para decolagem
imediata, o helicóptero vai, na mesma
proporção de velocidade de subida, guinar
para a direita, se isto ocorrer em área restrita,
certamente teremos um grave acidente.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2
ERROS COMUNS
19
Baixar demais o nariz.
Se o coletivo não for
puxado com firmeza, o efeito
solo vai fazer o poeira
circular pelo disco do rotor,
perdendo-se a possibilidade
da decolagem visual.
Este erro é fácil de ser cometido
se o cíclico for colocado muito à
f rente antes do in íc io da
decolagem, com deslocamento à
frente e pouca altura, um obstáculo
como uma simples pedra na
trajetória dos esquis pode ser
catastrófico.
Não puxar o coletivo decididamente.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
POUSO DIRETO
20
Otavio Rosa
Esta manobra visa permitir o pouso em local que possa levantar poeira, areia ou detritos
que impeçam a visão do piloto.
Deve-se iniciar uma aproximação normal, reduzindo o ângulo de descida quando se
encontrar a aproximadamente 100 FT.
Ao chegar próximo ao toque, os esquis devem estar alinhados, deixando-se o coletivo
pronto para ser abaixado quando ocorrer o efeito solo.
Como executar?
A descida deve ser determinada e constante. Se próximo ao solo o helicóptero parar e se
preparar para o pouso como é de costume, o rotor principal do helicóptero vai levantar toda
a poeira que estiver próxima, e o efeito solo que sempre ajuda o helicóptero vai atrapalhar
ainda mais, pois vai fazer com que a poeira circule pelo disco rotor.
Poeira circulando
pelo disco do rotor
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
20 1
POUSO DIRETO
Otavio Rosa
Manter muita razão de afundamento.
Rampa muito iclinada
muita razão de afundamento
Rampa nomal
Uma razão de descida muito acentuada, certamente vai prejudicar o piloto na hora do
toque, assim, as correções terão que ser muito mais rápidas, precisas e difíceis.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2
ERROS COMUNS
20
Tocar o solo com os esquis desnivelados.
A toda ação corresponde uma
reação, um erro traz outro erro,
como comentado anteriormente,
este erro na maioria das vezes é por
causa da razão de descida muito
elevada, com a força da inércia
atuando, fica mais difícil o tempo e
altura correta para alinhar os esquis
e pousar o helicóptero nivelado.
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
320
Puxar o coletivo na hora do toque, (paradinha para ajeitar o pouso)
Poeira circulando
pelo disco do rotor
Existe um tendência natural nos pilotos em querer sempre “lamber” o pouso, ou seja,
tocar o solo da maneira mais leve e bonita para os outros verem. Só que neste tipo de pouso,
estaparadinha em que o helicóptero permanece alguns segundos em vôo pairado, levanta
toda a poeira possível em volta do helicóptero, prejudicando a visão do piloto até para pousar
no local antes determinado.
Não amortecer o toque.
Não amortecer o toque é muito
comum neste tipo de manobra.
Mesmo numa rampa normal de
descida a velocidade em que o
helicóptero se aproxima do solo é
mu i to g rande comparado a
velocidade normal de pouso, o
momento certo em que se deve puxar
o co le t i vo pa ra o toque é
extremamente importante.
Tenha em mente que é melhor
pegar um pouco de poeira e pousar o
helicóptero com segurança, do que
perder o equipamento num pouso
brusco.
Se for treinamento, decole
novamente e tente outra vez.
Se for mantida uma razão de descida
constante, será muito mais fácil achar o melhor
momento para o amortecimento da razão e o
toque.
Tenha em mente que cada momento é um
momento diferente. Peso, altitude e as
condições atmosféricas mudam a todo
instante e também mudam as reações do
helicóptero.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
POUSO EM TERRENO
INCLINADO
21
Otavio Rosa
Esta manobra visa treinar o piloto a pousar em áreas que possuam inclinação do terreno.
Cada helicóptero tem maior ou menor capacidade de pousar em terrenos com inclinação
Para tanto, verifique as limitações impostas pelo manual de vôo.
Para este treinamento, o piloto deve aproximar para a área do pouso efetuando um vôo
pairado sobre o ponto de toque. Baixar suavemente o coletivo, permitindo um leve toque do
esqui, corrigindo suavemente o ciclico para o lado onde o esqui tocou, continuando a baixar
suavemente o coletivo e corrigindo com o cíclico, para que o helicóptero não deslize.
Após tocar com o segundo esqui e verificar que o helicóptero não escorregará, trazer o
cíclico para neutro.
: A limitação do segundo esqui acontece se for dado o comando do cíclico para o lado
contrário, atingindo o batente. Se isto ocorrer arremeta e pouse numa área de menor
inclinação ou o helicóptero escorregará tornando a manobra perigosa, sujeita a grave
acidente.
O mesmo método é aplicado quando o pouso é efetivado no sentido longitudinal, tocando-
se primeiro a parte dianteira do esqui, ou a parte traseira dele, dependendo da posição do
pouso em relação a inclinação. Para qualquer helicóptero existe maior facilidade, admitindo-
se maior ângulo de inclinação, pelo emprego do último método (longitudinal).
Obs.
Como executar?
Pouso no terreno com inclinação lateral.
L.H.
L.H.
Após ter mantido um vôo pairado sobre o local de pouso, toque o solo com esqui no
lado do terreno mais alto.
Começe a baixar o coletivo e em seguida aplique o cíclico para o lado do esqui mais
alto para ir pousando o outro esqui, não permitindo que o helicóptero escorregue.
1
2
1º Passo
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
21 1
POUSO EM TERRENO INCLINADO
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
21 2
L.H.
L.H.
Após ter pousado o outro esqui, com o cíclico para o lado do terreno mais alto, leve
o cíclico para posição neutra, completando o pouso.
Como saber se o helicóptero suporta a inclinação do terreno?
L.H.
L.H.
A pergunta acima é respondida quando o toque do segundo esqui não ocorrer até o
cíclico atingir o batente, ou seja não existe mais comando para segurar o helicóptero,
assim, ele escorregará.
Caso isto venha a acontecer, “ ARREMETA” e tente outro ponto onde a inclinação
seja menor.
Cíclico no batente
Inclinação maxima do R22: 5º
2º Passo
3º Passo
Otavio Rosa
Pouso em terreno inclinado no sentido longitudinal.
1º Passo
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
21 3
L.H.
L.H.
1 2
1
2
Conforme for baixando o coletivo, aplique cíclico
para frente (picar) para manter o helicóptero sem
escorregar até que todo esqui tenha tocado o solo.
Toque com a parte
dianteira do esqui.
Toque com a parte
trazeira do esqui.
Conforme for baixando o coletivo, aplique cíclico para
trás (cabrar) para manter o helicóptero sem escorregar
até que todo esqui tenha tocado o solo.
2º Passo
2º Passo
1º Passo:
2º Passo:
Após ter mantido um vôo pairado sobre o local de pouso, toque o solo com o esqui
primeiro na parte mais alta do terreno, de cauda ou de proa conforme a situação.
Após o toque com uma das partes dos esquis, traseira ou dianteira, começe a baixar o
coletivo e em seguida aplique o cíclico para onde o helicóptero estiver mais alto, até pousar
totalmente os esquis.
Otavio Rosa
L.H.
Após ter pousado todo o esqui, com o cíclico picado ou cabrado para o terreno mais alto,
leve o cíclico para posição neutra, para completar o pouso.
L.H.
Cíclico no batente
O toque dos esquis deve ocorrer até o cíclico atingir o batente..
Caso isto não ocorra, “ARREMETA” e tente outro ponto onde a inclinação seja menor.
Deslocamento
2º Passo
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
21 4
3º Passo
Otavio Rosa
Considerar realizado o pouso, quando estiverem os esquis tocado o solo.
L.H.
O pouso só estará completo
quando o cíclico estiver em neutro e
o coletivo todo baixado.
Baixar o coletivo com muita
v e l o c i d a d e p a r a c o n c l u i r
rapidamente a manobra.
Cíclico em neutro
Coletivo todo baixado
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
5
ERROS COMUNS
21
Baixar o coletivo bruscamente.
Otavio Rosa
Não corrigir com o cíclico, permitindo que o
helicóptero escorregue..
L.H.
Esqui no solo
Esqui no ar
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
6
ERROS COMUNS
21
Não corrigir com o cíclico.
Todas as manobras devem ser realizadas com suavidade, principalmente esta em que o
helicóptero se encontra com o CG deslocado..
L.H.
Cabrar desce a
cauda
Picar sobe a
cauda
Exercício para trabalhar a suavidade no pouso:
Não agir com suavidade.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
DECOLAGEM EM
TERRENO INCLINADO
22
Otavio Rosa
Esta manobra vai ser conseqüência do pouso feito anteriormente.
Aplicar o cíclico para o lado do esqui mais alto, até o disco do rotor ficar paralelo ao
horizonte.
Puxar o coletivo com suavidade, e quando o esqui mais baixo começar a se elevar,
aplica-se o cíclico para o neutro, para que o helicóptero fique nivelado com somente um esqui
no solo.
Como executar?
Neste exercício vai ser muito importante o uso
da sensibil idade, principalmente aquele
treinamento de gangorra mencionado no exercício
anterior. Como no pouso teremos duas decolagens
a executar; uma do esqui que estiver mais baixo ou
parte dele no caso da decolagem no sentido
longitudinal e a outra decolagem normal após os
dois estarem no mesmo nível.
L.H.
Nesta posição só o cíclico trabalha, o
esqui que ainda está no solo vai sendo
lentamente erguido até a posição de
nivelamento completo.
L.H.
Esqui no soloEsqui no ar
L.H.
1
2
Cíclico para o
lado mais alto
Puxar o coletivo até o
esqui baixo começar a subir 1
2
3
A partir daqui se inicia uma
decolagem normal.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
22 1
DECOLAGEM EM TERRENO INCLINADO
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2
ERROS COMUNS
22
Não mover o cíclico para o lado do esqui alto, permitindo que o helicóptero escorregue.
L.H.
Se o cíclico não for aplicado para o
lado do esqui alto, teremos uma
desagradável surpresa quando o coletivo
for aplicado
A força de sustentação entra em ação
com a aplicação de coletivo, assim,
somaremos esta com a força resultante
do peso e o resultado vai ser o
deslocamento do helicóptero.
Não manter a suavidade nos comandos.
Afalta de sensibilidade na atuação dos comandos pode levar o helicóptero a vários erros,
como o deslocamento lateral ou logitudinal ainda no solo com comando de cíclico, e com o
coletivo ao iniciar a decolagem antes do helicóptero estar na posição correta.
Permitir deslocamentos longitudinais.
Deslocamentos longitudinais ou até
laterais são causados pelo movimento
indevido no cíclico, ou falta de correção de
algum tipo de vento. Tenha em mente que
dependendo da situação, apenas um tipo
de movimento é permitido executar.
Evite movimentosmuito amplos com o cíclico.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
DESACELERAÇÃO
RÁPIDA
23
Otavio Rosa
Esta manobra visa o treinamento para quando for necessário parar rapidamente o
helicóptero e principalmente a preparação do piloto para a auto-rotação.
Este exercício deve ser realizado sobre a pista ou local que possibilite um pouso, em caso
de necessidade. Será executada a partir da aproximação final normal.
Desça o helicóptero até 80 FT em relação a pista (descontando a altura da pista, ex.: 20 FT,
a altura do início da manobra será de 100 FT), em velocidade normal podendo haver
necessidade de reduzir-se levemente a potência.
Ao atingir a cabeceira da pista baixe o coletivo, aplique o pé direito, trazendo o cíclico para
trás numa atitude de subida íngrime (aproximadamente num ângulo de 45º). Para evitar o
disparo do rotor, que é prejudicial mecanicamente, mantenha 10 pol de PA.
Quando houver indicação de 40 KT, baixe o nariz para nivelar os esquis e aplique pé
esquerdo para evitar perda de proa.
Nesta situação o helicóptero estará quase que imediatamente atingindo a velocidade zero.
Aplique potência, pé esquerdo, baixe o nariz e recupere a velocidade.
Como executar?
1
2 3 4 5
100 Ft
Passo a passo acompanhe as fases desta manobra, pois é uma das mais
importantes para se ter controle total do helicóptero. Esta manobra vai nos ensinar a
parar e pousar em qualquer ponto, além do mais importante que é o preparo para
entrar em auto-rotação.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
23 1
DESACELERAÇÃO RÁPIDA
Otavio Rosa
45º
Desça o helicóptero em velocidade nomal de aproximação até com a
pista ou ponto de pouso, se o ponto de pouso estiver a 20 Ft, a altura a começar o
treinamento será de .
65 Kt 80 Ft
100 Ft
Ao atingir a cabeceira da pista ou do local determinado, baixe o coletivo, e ao
mesmo tempo aplique o pé direito para compensar a falta de torque.
Para evitar o disparo do rotor, mantenha 10 pol de PA.
Puxe o cíclico para trás sem movimento muito brusco. Este deve ser constante
até o helicóptero atingir um ângulo de 45º e continue aplicando pé direito até a
conclusão da manobra.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2
1
2
3
Linha do horizonte
Cíclico para trás até atingir a atitude desejada
Quando houver indicação de 40 Kt, baixe o nariz para voltar a atitude normal.
Nesta situação o helicóptero estará quase que imediatamente atingindo
velocidade zero e o pé direito aplicado não mais será necessário. Começe então a
neutralizar os pedais e ir aplicando pé esquerdo para a nova etapa do treinamento.
4
Nesta posição o cíclico e os
pedais trabalham juntos
23
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
23 3
5 Nesta posição com helicóptero quase que em velocidade zero e já nivelado,antes de perder altura começe a aplicar potência junto com o pé esquerdo para
compensar o torque, baixe o nariz para atitude de decolagem e recupere a
velocidade.
Importante lembrar que na recuperção da velocidade com a aplicação de
potência, o helicóptero não deverá ganhar altura, este deve permanecer nesta
altura onde iniciou e terminou a manobra até atingir 60 Kt.
Todos estes movimentos de comandos são simultâneos e bem mais rápidos do que
parecem ser aqui explicados um a um. É uma manobra que exige bastante coordenação de
cíclico, coletivo e principalmente de pedais, onde a transição do esquerdo para o direito e
vice-versa são constantes e freqüêntes. A falta desta coordenação e de muita sensibilidade
do piloto, prejudica o exercício, além da manobra ficar mais difícil de ser executada.
Otavio Rosa
Não corrigir a proa.
100 Ft
Iniciar na altitude recomendada é
essencial para o sucesso da manobra. Esta
é uma manobra de precisão assim como a
auto-rotação.
A falta de correção da proa do helicóptero
está diretamente relacionada com o trabalho
de coordenação entre coletivo e pedais. Esta é
uma manobra que exige muito desta
coordenação, tanto na hora de tirar potência
para iniciar a manobra quanto na hora de
aplicar potência para a arremetida.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
4
ERROS COMUNS
23
Não iniciar na altitude recomendada.
Iniciar a recuperação com velocidade menor que a usual.
Um erro muito grave é deixar o helicóptero perder velocidade além do mínimo
estabelecido para a manobra. Este erro ocorre por segurar o nariz do helicóptero por mais
tempo que o necessário, (atitude maior , velocidade menor).
Um segundo a mais nesta atitude o helicóptero perde quase toda a velocidade restante
para a conclusão da manobra, e em caso de auto-rotação, isto pode ser fatal se o
helicóptero ainda estiver muito alto.
real
40 Kt 35 Kt 30 Kt 20 Kt
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
5
ERROS COMUNS
23
Deixar o helicóptero afundar.
35 Kt 30 Kt
20 Kt
100 Ft
Quase sempre um erro leva a outro erro, que no caso anterior deixou-se a
velocidade baixar além do mínimo estabelecido para manobra e com isto o helicóptero
afundou muito abaixo do 100 Ft limite da manobra.
Aplicar pouca potência na arremetida.
Sair da curva do homem morto o mais rápido possível é o que todo piloto deseja. Na
arremetida desta manobra não é diferente e para tanto é necessário a potência de vôo
de subida estabelecida no manual (23 Pol). Um erro comum é não aplicar a potência
certa devido ao fato de já estarmos voando.
Uma boa maneira de correção deste erro, é o cheque cruzado, basta uma fração de
segundo para a verificação da PAcerta.
Também não é difícil aplicar potência além da necessária, pois, as vezes na
ansiedade de decolar novamente o piloto sempre tenta dar uma ajudinha,
ultrapassando em muito o limite estabelecido.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
AUTO-ROTAÇÃO EM
FRENTE
24
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
24 1
AUTO-ROTAÇÃO EM FRENTE
Este treinamento visa preparar o piloto para uma parada real do motor, permitindo que o
pouso possa ser feito dentro da máxima segurança, visando preservar a vida dos tripulantes e
só deve ser realizado sobre pistas ou locais que permitam um pouso seguro.
Ingresse na final para o ponto de pouso mantendo 500 FT e velocidade de cruzeiro.
Ao atingir o ponto em que calcula- ser possível atingir o local predeterminado para o
pouso, baixe o coletivo, aplique pé direito e segure o nariz mantendo velocidade de 65 KT.
Para evitar que o rotor dispare, causando-lhe prejuízo mecânico, aplique 10 pol de PA.
se
Desça o helicóptero até 80 FT em relação a pista (descontando a altura da pista, ex.: 20 FT,
a altura do início da manobra será de 100 FT), faça o flare, (como na desaceleração), ao atingir
40 KT nivele os esquis, aplique pé esquerdo e deixe o helicóptero afundar até a altura de um
metro do solo.
Com o pouso assegurado, aplique potência, pé esquerdo aplicado, iniciando a arremetida.
Como executar?
100 Ft
Início à 500 Ft
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
24 2
Um ponto importante a ser comentado nesta manobra, é atitude que o helicóptero vai ter
em relacão a linha do horizonte. Logo que se começa este treinamento alguns pilotos com
pouca experiência demonstram um certo receio em colocar o nariz do helicóptero numa
atitude tão baixa já que na maioria dos vôos o máximo de atitude que aplicamos no
helicóptero é a da decolagem normal.
Atitude de vôo normal
Atitude de vôo em auto-rotação
O vôo por atitude é extremamente importante, no treinamento de auto-rotação onde o
motor não vai estar atuando e é fundamental o uso correto da atitude de planeio. Esta vai
nos propiciar a velocidade certa para levar o helicóptero até o ponto predeterminado no
solo.
Como várias vezes comentado ao longo deste manual, atitudes em relação a
linha do horizonte, teremos velocidade , atitude menor velocidade .
No helicóptero uma pequena mudança nesta atitude, resulta em uma grande variação
de velocidade e no caso de auto-rotação a falta de velocidade para manter o rotor principal
com rotação para sustentação pode ser fatal.
maiores
maior menor
Otavio Rosa
Nãomanter a atitude certa, vai interferir
na velocidade certa, e se a velocidade de
planeio não estiver certa as pás do rotor
principal vão diminuir a rotação
ocasionando a perda de sustentação.
O principal motivo deste erro, é o medo
de deixar o nariz do helicóptero na atitude
de planeio, esta por sua vez muito ingrime
assusta o piloto com a proximidade do
solo.
Certa
Errada
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
3
ERROS COMUNS
24
Não manter a velocidade.
Não corrigir a proa com os pedais.
A falta de coordenação; coletivo /
pedais, faz com que o helicóptero voe
descoordenado em quase toda a
manobra.
Este erro é comum em pilotos com
pouca experiência, devido às rápidas
mudanças de atitudes, ou seja do vôo
normal para o planado em um segundo e
as vezes até menos em caso de
emergência real.
Coletivo para
cima.
PÉ ESQUERDO
Coletivo para
baixo.
PÉ DIREITO
Aplicar muita correção com pé, gliassar o helicóptero.
Para ev i ta r es te t ipo de
descoo rdenação , temos no
helicóptero dois fios de lã bem na
frente da linha de visão do piloto,
estes servem para indicar para o
piloto, se o helicóptero esta
derrapando ou glissando.
Errado
Certo
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
424
Lembre-se que o barbante funciona da seguinte
maneira:
Pé aplicado sempreATRAI o fio de lã, no exemplo da
figura ao lado o pé esquerdo está quase que totalmente
aplicado, o barbante está para o lado esquerdo.
Ou o coletivo foi baixado em vôo para uma auto-
rotação e o pé direito não foi aplicado para compenssar
a falta de torque.
Iniciar o flare fora da velocidade.
100 Ft
Início à 500 Ft A falta de atitude certa reduz as
chances de se acertar a velocidade
correta de iniciar o flare; 65 Kt.
65 Kt
60 Kt
40 Kt
Iniciar o flare muito alto.
100 Ft
Início à 500 Ft
Se o flare for iniciado muito alto, o helicóptero
não terá energia suficiente no rotor principal para
chegar até o solo ainda com sustentação.
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
524
Puxar o cíclico sem suavidade.
45º 60º
Puxar o cíclico sem suavidade vai fazer com que o helicóptero se incline para
desaceleração muito além do necessário, em conseqüência disto vamos ter uma perda de
energia muito mais rápida, e o helicóptero não vai ter sutentação suficiente para chegar até o
solo para executar um pouso seguro.
Se a puxada do cíclico (cabrada) for muito forte, teremos um grande e grave problema: o
estol de pá, podendo ocorrer o corte do cone de cauda pelo próprio rotor principal.
Aplicar potência antes do afundamento.
O instinto de autopreservação é comum em todo ser humano, e ao ver o helicóptero
chegar rápido ao solo, a primeira ação é de puxar o coletivo para evitar o possível choque.
Só que esta ação atrapalha o treinamento, pois quando em emergência real, se o coletivo for
puxado com o helicóptero muito alto, certamente haverá perda de sustentação e a
conseqüente batida com o solo.forte
100 Ft
Otavio Rosa
CAPÍTULO
AUTO-ROTAÇÃO A
90º E 180º
25
Otavio Rosa
Esta manobra visa mostrar ao piloto a característica do helicóptero ao fazer curva sem
potência, para que se conscientize de que a razão de afundamento aumenta muito e que,
portanto, o ponto escolhido para o pouso, deve estar próximo.
Para executar a de 90º, devemos voar na perna do vento e ao passar no través do ponto de
pouso contamos, 1001, 1002, 1003. Curva de 90º para o lado do ponto e, quando o helicóptero
estiver a 45º do ponto de pouso entramos em auto-rotação.
Para evitar que o rotor dispare, cusando-lhe prejuízo mecânico aplique 10 pol de PA.
O piloto deve prestar a atenção aos itens de velocidade, razão de afundamento e ponto
escolhido para o pouso, para que possa relizá-lo como planejado.
Como executar?
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
25 1
AUTO-ROTAÇÃO A 90º
Ao entrar em auto-rotação:
contar:
1001
1002
1002
Curva para o lado do ponto de toque
1
2
1
2
Otavio Rosa
H
O circuito de tráfego preferencialmente deve ser feito pela direita, isto devido a posição
do piloto em comando do helicóptero estar a direita, permitindo um maior campo de visão
para o lado da curva.
45º com o ponto de
toque
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
25 2
Atitude de vôo em auto-rotação
Vimos na auto-rotação em frente o
quanto o helicóptero afunda. Na auto-
rotação a 90º o helicóptero afunda
ainda mais, e existe uma forte
tendência de segurar o nariz devido a
grande razão de descida.
Mantenha firme esta atitude e razão
de descida, principalmente durante a
curva.
Faça um cheque cruzado:
- VELOCIDADE.
- PA10 pol.
- E M A N T E N H A
SEMPRE A VISÃO NO
PONTO DE TOQUE.
Atitude de planeio.
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
25 3
AUTO-ROTAÇÃO A 180º
Ao entrar em auto-rotação:
contar:
1001
1002
1002
Curva para o lado do ponto de toque
Través do ponto de toque
1
2
Esta manobra mostra ao piloto a grande razão de afundamento do helicóptero ao fazer uma
curva de 180º sem potência, situação esta que pode acontecer em uma emergência, em que
se está voando com vento de cauda.
Deve-se voar na perna do vento, quase que sobre o ponto escolhido. Ao passar o través do
ponto contamos 1001, 1002, 1003.
Curva de 180º para o lado do ponto entrando em auto-rotação.
Para evitar que o rotor dispare, causando-lhe prejuízo mecânico aplique 10 pol de PA.
O piloto deve prestar a atenção aos itens de velocidade, razão de afundamento e ponto
escolhido para o pouso, para que possa relizá-lo, como planejado.
Como executar?
Otavio Rosa
Como comentado antes, a razão de afundamento desta manobra é muito grande,
sabendo-se deste fato, o circuito é feito quase que colado ao ponto de toque, isto para dar
tempo suficiente ao helicóptero de fazer uma curva de 180º e chegar no ponto escolhido
para o pouso.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
25 4
180º com o ponto de
toque
Circuito de tráfego normal
Circuito de tráfego para auto-rotação 180º
H
Otavio Rosa
Iniciar o flare fora da velocidade.
Não avaliar o vento para o planejamento do circuito de tráfego a ser
executado, ( p l a n e j a m e n t o ) .
vento
Traçado do circuito com a correção de vento
Traçado do circuito sem a correção de vento
Ponto escolhido para o toque
Ponto de pouso com o vento segurando
o helicóptero.
Início
Erro igual ao de auto-rotação em frente.
Erro igual ao de auto-rotação em frente.
Erro igual ao de auto-rotação em frente.
Erro igual ao de auto-rotação em frente.
Erro igual ao de auto-rotação em frente.
200
Mts 300
Mts
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
5
ERROS COMUNS
25
Não manter a velocidade.
Não corrigir a proa com os pedais.
Aplicar muita correção com pé, glissar o helicóptero.
Iniciar o flare muito alto.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
VÔO DE CRUZEIRO
26
Otavio Rosa
É o vôo que vai nos levar de um ponto a outro, e este apesar de simples requer alguns
cuidados para tirar o melhor proveito da máquina com o mínimo de esfoço.
Ao atingir a altitude ou nível de cruzeiro, nivele o helicóptero, baixando suavemente o nariz
e reduzindo para potência requerida ( 21 pol no BETA e 19,6 pol no BETA II até 1000 FT), de
acordo com a tabela do manual.
Solte a mola do trim e sinta maior suavidade no comando do cíclico.
Faça durante todo o vôo o CHEQUE CRUZADO, que é a verificação de vários itens ao
mesmo tempo:
INSTRUMENTOS
RPM rotor
RPM motor
PA motor
TEMP.motor
TEMP.Óleo
LUZES DEADVERTÊNCIA
ALTITUDE
PROA
CHEQUE DE ÁREA AO REDOR
Como executar?
FL 035
Solte o mola do trim
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
26 1
VÔO DE CRUZEIRO
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2
ERROS COMUNS
26
Não completar potência.
Durante o vôo de cruzeiro é comum o piloto se deslumbrar com a paisagem abaixo e
esquecer o cheque cruzado, sendo que um dos itens é a potência a ser utilizada no vôo de
cruzeiro.
23 Pol até 1000 Ft, e acima de 1000 Fts usar a tabela para o ajuste.
Não utilizando a tabela, o
piloto deixa de aproveitar o que
ohelicóptero pode oferecer.
Estes ajustes melhorarão a
performance da máquina,
(Velocidade/consumo).
A tabela é muito simples,
basta ter a altitude a a
temperatura lida, observe o
exemplo da tabela ao lado:
Altitude:
Temp.:
PA para ser usada:
4000 Ft
20º
21.8
Utilizar potência fora da tabela.
FL 035
Variar a altitude ou nível de cruzeiro.
Otavio Rosa
Variar o nível ou altitude de vôo é um erro muito simples de se corrigir, bastando um bom
cheque cruzado, porque no momento que o piloto checa o altímetro percebe na hora que
algo está errado e providencia correção.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
326
Não soltar a mola do trim, pilotando com maior “peso”no cíclico.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
POUSO EM
HELIPONTO ELEVADO
27
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
27 1
POUSO EM HELIPONTO ELEVADO
Esta monobra visa deixar o piloto em condições de pousar em helipontos sobre edifícios ou
plataformas marítimas e montanhas.
Ao aproximar-se do local de pouso, faça um sobrevôo para reconhecimento do local, como
terreno inclinado, obstáculos, vento, sendo em heliponto homologado, o peso máximo para
pouso e se há indicativo para rampa de aproximação.
Após o cheque estabeleça um tráfego, deixando o ponto de pouso para o seu lado, para não
perder as referências.
Ao curvar para final verifique a altitude em relação ao ponto de pouso, estabeleça uma
rampa que esteja acima do heliponto, reduza a velocidade de aproximação e sinta a
velocidade do helicóptero em relação ao heliponto, usando o velocímetro apenas como
referência para executar uma aproximação em velocidade normal para pouso..
Procure sentir a velocidade em relação ao ponto de pouso.
Como executar?
Otavio Rosa
Dependendo da pos ição do
heliponto, se em área muito aglomerada
de prédios, prefira uma aproximação de
grande ângulo, esta evitará passar
muito baixo por outros prédios durante a
aproximação.
Evite o máximo a curva do homem
morto.
Procure saber a direção do vento, se
for o caso circule o heliponto para ver a
biruta antes de planejar a aproximação.
Faça uma aproximação evitando ao
máximo obstáculos muito próximos.
Faça a aproximação de preferência
com curvas para direita, pois isto
fac i l i t a rá a v i sua l i zação e o
planejamento para o pouso.
LEMBRE-SE:
Aproximação de grande ângulo
Esta aproximação evita voar com
o helicóptero mais baixo que outros
prédios em volta do heliponto.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
27 2
Otavio Rosa
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
3
ERROS COMUNS
27
Em heliponto desconhecido não sobrevoar o ponto de toque para reconhecimento.
Circuito de tráfego para
reconhecimento do heliponto,
passando próximo ao ponto é
possível a identificação do tipo
do heliponto, carga máxima,
direção do vento e melhor
aproximação para o pouso.
H
A falta de um bom planejamento, uma
aproximação muito veloz, faz com que
este erro ocorra.
Deixar passar o ponto de toque.
Otavio Rosa
Este também é um erro de planejamento, só que muito mais perigoso, pois temos um
enorme obstáculo na frente do helicóptero, o próprio prédio do heliponto, e abaixo o solo a
300 ou 600 Ft com velocidade zero.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
4
ERROS COMUNS
27
Deixar o helicóptero parar antes do ponto de toque, e em conseqüência o
afundamento abaixo do heliponto.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
DECOLAGEM EM
HELIPONTO ELEVADO
28
Otavio Rosa
Adecolagem destes pontos deve ser feita de tal maneira que se permaneça o menor tempo
possível na curva do homem morto. A escolha do tipo de decolagem depende de vários
fatores: como obstáculos, altitude do heliponto, e peso do helicóptero na hora da decolagem.
Podem ser basicamente de dois tipos, de máxima performance ou normal, dependendo
dos fatores acima mencionados.
Como fazer?
Avalie bem todas as condições, e faça a decolagem mais adequada para a ocasião.
Lembre-se que nesta condição os fatores como peso, altitude, temperatura, direção e
intensidade do vento são de vital importância.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
28 1
DECOLAGEM EM HELIPONTO ELEVADO
Otavio Rosa
Não avaliar corretamente as condições de decolagem para o tipo de decolagem
mais correta.
Vento
Temperatura
Pressão
Peso
Após analisar as condições
acima mencionadas, é hora de
escolher a melhor decolagem para
situação.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2
ERROS COMUNS
28
Otavio Rosa
CAPÍTULO
POUSO EM ÁREAS FORA DA
ÁREA DE TREINAMENTO
29
Otavio Rosa
Este treinamento visa pousar e decolar em locais diferentes dos quais foi treinado no
decorrer de todo o curso, com o principal objetivo de abrir um pouco mais o leque de opções
que o helicóptero permite.
Ao se aproximar do local de pouso, faça um sobrevôo para reconhecimento do local, como
terreno inclinado, obstáculos, vento, e sendo no caso de heliponto homologado, observar o
peso máximo para pouso e se existem áreas destinadas às aproximações.
Após o cheque estabeleça um tráfego, deixando o ponto de pouso para o seu lado direito,
para não perder as referências.
Como executar:
H
O ponto de pouso pode não ser um heliponto marcado no solo, podendo ser apenas um
espaço aberto que permita um eventual pouso de helicóptero. Devido a isto, é de grande
importância realizar um sobrevôo , onde o piloto vai observar obstáculos como:
árvores, arbustos postes de luz e fios, inclusive o tipo de piso para melhor planejar o tipo de
pouso, além do vento, mas se não houver uma biruta, observe a natureza em volta, pois esta
certamente lhe dará alguma indicação.
prévio
Passe pelo ponto de
pouso a uma altura
segura e que lhe permita
uma boa observação do
local de pouso e o que
está em volta.
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
29 1
POUSO EM ÁREAS FORA DA ÁREA DE TREINAMENTO
Otavio Rosa
Na maioria destes casos obstáculos escondem obstáculos, na ilustração acima as
árvores estão escondendo os postes, o que poderia anunciar a presença de fios.
Se o piloto tivesse optado por um reconhecimento, faria uma aproximação com vento de
través, porém com menos obstáculos.
Vento
Vento
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
2
ERROS COMUNS
29
Não sobrevoar o ponto de toque.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
VÔO SOLO
30
Otavio Rosa
Este é o principal objetivo de todo aluno, pois só aí ele se torna um verdadeiro piloto,
comandante da máquina, só que para isto é preciso ter passado por todas as lições anteriores
com um bom aproveitamento. No primeiro vôo solo existem algumas atitudes do helicóptero
que o aluno deve saber para não ser pego de surpresa quando sozinho no helicóptero.
Vá ao primeiro capítulo deste livro e estude todas as manobras até aqui, e tenha certeza
que você sabe executá-las com perfeição, aí você estará solo.
Como executar?
VÔO DE HELICÓPTERO - MANOBRAS ELEMENTARES - R22
30 1
VÔO SOLO
Durante a decolagem com
apenas um tripulante, o helicóptero
estará bem mais leve. No primeiro
vôo solo, existe uma tendência de
deixar os comandos na mesma
posição de quando o helicóptero
estava com dois a bordo, com este
fato ocorrendo o helicóptero vai
executar uma manobra que o piloto
nunca treinou antes; ele vai decolar
com uma leve tendência de voar à
ré em razão do deslocamento do
CG, .como mostra a figura
Lembre-se também que o
helicóptero por estar mais leve, o
comando de coletivo fica muito
mais leve ou seja; a falta de peso
exigirá menos sustentação, então
qualquer mudança no coletivo será
bastante significativa.
Otavio Rosa
Não lembrar que o helicóptero com
menor peso, a quantidade de coletivo
aplicado é menor para o mesmo
efeito. Como comentado antes o
piloto com pouca experiência tende a
lembrar das posições dos comandos
não a sua reação.
A o s a b e r d e s t e d e t a l h e
dependendo do peso do piloto, pode-
se colocar o cíclico um pouquinho a
frente, isto anula esta tendência.
Ao tentar pousar o helicóptero com a
mesma atitude de quando o mesmo estava
pesado, teremos um deslocamento à frente..Dependendo do peso, o pouso do
helicóptero completamente parado, vai se
dar na atitude da figura acima, os esquis
não tocam o solo nivelados, estes ficam
levemente mais altos na sua dianteira,
Lembre-se de quando ocorrer o toque,
não baixar o coletivo bruscamente na
vontade de parar mais rápido, ou levar o
cíclico à frente, pois nesta situação o
helicóptero se desloca.
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ERROS COMUNS
30
Na decolagem normal aplicar muita potência.
Não lembrar que na decolagem o helicóptero tem a tendência de decolar e voar
para trás, se a posição dos comandos estiver em neutro.
Pousar com deslocamento à frente.
Otavio Rosa
CAPÍTULO
OPERAÇÃO EM ÁREA
RESTRITA
31
Otavio Rosa
Esta manobra visa preparar o piloto para executar missões em que se pretenda retirar
alguém de um local de difícil acesso, missão que na maioria das vezes só pode ser executada
por um helicóptero, com uma tripulação bem treinada.
O piloto deve aproximar-se da área de pouso, voando 300 FT acima dela, para fazer uma
avaliação das condições de ingresso e saída da área. Na dúvida de haver possibilidade de
não poder decolar dela, arremeta e procure outro meio ou local, para o cumprimento da
missão.
Verifique as condições do terreno, se é inclinado, se é firme, procure obstáculos, como
árvores e fios, avalie as condições do vento, eleja um ponto de aproximação e estabeleça um
tráfego para aproximação. Cuide para não perder o ponto de pouso, para tanto faça um
tráfego curto, sempre olhando para local do pouso.
Faça uma aproximação com baixa velocidade, cuidado para não ficar muito próximo dos
obstáculos, principalmente com rotor de calda.
Se hover possibilidade de turbulência, prefira uma aproximação mais alta.
Ao chegar sobre o ponto faça uma descida vertical, com leve razão de descida, para evitar
seu próprio turbilhonamento. Lembre-se, que se isto acontecer, não haverá espaço para
recuperação.
Faça um pouso bem suave, experimentando bem o terreno, evitando que os esquis venham
a enterrar, dificultando a decolagem, ou inclinando o helicóptero.
Para a decolagem, estabeleça um ponto que seja mais favorável à manobra, iniciando-a
suavemente, prestando atenção à potência.Ao livrar os obstáculos, leve o cíclico levemente à
frente ganhando velocidade rapidamente, para sair da curva do homem morto.
Dê preferência para executar esta manobra, com um companheiro que possa auxiliá-lo,
após ter sido treinado.
As ordens de quem auxilia devem ser positivas, como: Helicóptero para frente, ou
helicóptero para direita e nunca... Não desloque à frente.
Como executar?
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31 1
OPERAÇÃO EM ÁREA RESTRITA
Otavio Rosa
Lembre-se que dentro da área do
pouso tem que sobrar um espaço de
segurança em torno de todo o
helicóptero.
L e m b r e - s e t a m b é m q u e o
helicóptero tem que decolar após o
pouso. Faça uma boa avaliação das
condições atmosféricas e também das
do helicóptero, principalmente sobre o
peso que vai pousar e o peso que vai
decolar. Muitos acidentes ocorreram
por não se avaliar esta questão, o
helicóptero que ia salvar vidas acaba
fazendo mais vítimas.
Faça um curto circuito
d e t r á f e g o p a r a
r e c o n h e c i m e n t o d o
t e r r e n o . P a s s a n d o
próximo ao ponto é
possível a identificação
dos obstáculos e uma
possível inclinação do
terreno, avalie a direção
do vento e escolha a
melhor aproximação para
o pouso.
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Otavio Rosa
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Faça uma aproximação com baixa velocidade, cuidado para não ficar muito próximo dos
obstáculos, principalmente com rotor de cauda.
Se houver possibilidade de turbulência, prefira uma aproximação mais alta.
Ao chegar sobre o ponto faça uma descida vertical, com leve razão de descida, para
evitar seu próprio turbilhonamento. Lembre-se, que se isto acontecer, não haverá espaço
para recuperação.
Deslocamentos involuntários dentro da área restrita podem ser fatais.
Para a decolagem, estabeleça um ponto
que seja mais favorável à manobra, iniciando-
a suavemente, prestando atenção à potência.
Ao livrar os obstáculos, leve o cíclico
levemente à frente ganhando velocidade
rapidamente, para sair da curva do homem
morto.
Otavio Rosa
Não checar a área pode trazer
surpresas na hora do pouso, aproveite o
sobrevôo para identificação da área para
um cheque geral da área. Observe a
existência de fios, cercas e até animais
que porventura possam estar no lugar do
pouso.
Pouse e decole com vento de proa, isto vai facilitar a pilotagem e a segurança.
Só um erro permite que este tipo de
erro aconteça, a falta de planejamento!
Afalta de planejamento implica:
Não saber de onde vem o vento.
Não planejar o melhor tipo de
aproximação para determinada área.
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ERROS COMUNS
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Não fazer um bom cheque de área.
Não verificar o vento.
Perder o ponto de pouso.
Otavio Rosa
Na grande vontade de pousar logo o
helicóptero, o piloto baixa o coletivo
mais rápido que o normal, fazendo o
helicóptero descer numa razão muito
perigosa.
Lembre-se que dentro de uma área
de mato fechado a temperatura, a
densidade do ar e o vento podem ser
completamente diferentes, por isto!
CUIDADO!
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ERROS COMUNS
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Aproximar com muita velocidade.
Aproximar-se com velocidade acima da normal para este tipo de operação, é também
causa da falta de planejamento.
Além de prejudicar a precisão para pousar o helicóptero, a velocidade vai prejudicar no
cheque de área, os obstáculos passarão sem que o piloto perceba.
Não fazer a descida com suavidade.
Não pousar suavemente.
Pode ocorrer de o terreno
não ser firme, permitindo o
enterramento do esqui se o
pouso não for suave.
Otavio Rosa
Este erro não pode ser cometido.
Dependendo do tamanho da área
pode ser catastrófico, geralmente
quando este erro ocorre, é o
a principal vítima do piloto.
rotor de
cauda
Numa operação como esta, devemos sempre que possível permanecer o menor tempo
nela. Sair o mais rapidamente possível da curva do homem morto.
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ERROS COMUNS
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Movimentar o helicóptero dentro da área.
Na decolagem, após livrar-se dos obstáculos, não imprimir velocidade no
helicóptero rapidamente.
Otavio Rosa

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