Prévia do material em texto
Anais II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & I Encontro Nacional Investigação Filosófica Rodrigo Reis Lastra Cid (Organizador) Macapá-AP - Brasil 2020 Prof. Dr. Júlio César Sá de Oliveira REITOR Profa. Dra. Simone de Almeida Delphim Leal VICE-REITORA Profa. Dra. Amanda Alves Fecury PRÓ-REITORA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Profa. Dra. Elda Gomes de Araújo PRÓ-REITORA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO Prof. Ms. Steve Wanderson Calheiros PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO E AÇÕES COMUNITÁRIAS Prof. Me. Christiano Ricardo dos Santos DIRETOR DO CAMPUS SANTANA Prof. Dr. Afrânio Patrocínio de Andrade COORDENADOR DO CURSO DE FILOSOFIA http://lattes.cnpq.br/4624360511449234 COMISSÃO ORGANIZADORA e COMITÊ CIENTÍFICO (II ENFA & I ENIF - Online) 2020 Me. Aluízio de Araújo Couto Júnior (UFMG) Dr. Bruno Aislã Gonçalves dos Santos (UFSC) Dr. Cesar Augusto Mathias de Alencar (UNIFAP) Dr. Daniel Schiochett (UNISUL) Me. Daniela Moura Soares (UFRJ) Dr. Everton Miguel Puhl Maciel (UNIFAP) Dr. Guilherme da Costa Assunção Cecílio (UNIRIO) Dr. Kherian Galvão Cesar Gracher (UFSC) Dr. Luiz Helvécio Marques Segundo (UFSC) Dr. Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes (UFRJ) Me. Mayra Moreira da Costa (UFMG) Me. Paulo Roberto Moraes de Mendonça (UNIFAP) Dr. Pedro Merlussi (UNICAMP) Me. Rafael César Pitt (UNIFAP) Dra. Renata Ramos da Silva (UFF) Dr. Rodrigo Alexandre de Figueiredo (FDLM) Dr. Rodrigo Reis Lastra Cid (UNIFAP) Dr. Sagid Salles (UFRJ) Dr. Tiago Luís Teixeira de Oliveira (CPII/RJ). Dr. Rodrigo Reis Lastra Cid (UNIFAP) Presidente - Comissão Organizadora http://lattes.cnpq.br/5965939757303535 http://lattes.cnpq.br/9833504300220067 http://lattes.cnpq.br/8781508238600725 http://lattes.cnpq.br/0125704359952932 http://lattes.cnpq.br/0604717107705089 http://lattes.cnpq.br/5216412977817910 http://lattes.cnpq.br/9314844789589355 http://lattes.cnpq.br/4845305099984136 http://lattes.cnpq.br/1531118741977108 http://lattes.cnpq.br/5932586465926963 http://lattes.cnpq.br/3379037790611794 http://lattes.cnpq.br/9272901326258664 http://lattes.cnpq.br/2357659734728880 http://lattes.cnpq.br/3870500150967274 http://lattes.cnpq.br/3307123174863934 http://lattes.cnpq.br/1814864447819890 http://lattes.cnpq.br/0847832636263404 http://lattes.cnpq.br/0917027359542648 http://lattes.cnpq.br/4620102066933288 http://lattes.cnpq.br/0847832636263404 ORGANIZAÇÃO DISCENTE (II ENFA & I ENIF - Online) 2020 Adriele Freitas Borges (UNIFAP) Fernanda Lima Bastos (UNIFAP) Nayra Sousa Barros (UNIFAP) Elane Pereira Santana (UNIFAP) Dayane Miranda dos Santos (UNIFAP) Taline do Carmo da Silva (UNIFAP). Danilo Jose Ribeiro de Oliveira (UNIFAP) José Luís dos Santos Leal (UNIFAP) Bruno Borges Moura (UNIFAP) Jeancarlo Pontes Carvalho (UEAP) José Luís dos Santos Leal (UNIFAP) Jeancarlo Pontes Carvalho (UEAP) Presidência da Organização Discente Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) E56a Encontro Nacional de Filosofia no Amapá (2. : 2020 : Macapá, AP). Anais [recurso eletrônico] / II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá,; I Encontro Nacional de Investigação Filosófica, 16 a 21 de novembro de 2020 em Macapá, AP / Organizador: Rodrigo Reis Lastra Cid. – Macapá, AP: UNIFAP, 2020. 130 p. 1. Filosofia – Evento. 2. Investigação Filosófica – Evento. 3. Filosofia – Amapá. I. Encontro Nacional de Investigação Filosófica (1. : 2020 : Macapá, AP). II. Cid, Rodrigo Reis Lastra, org. III. Título. CDD: 100 Capa: Obra: Composição VIII (1923) é uma pintura a óleo sobre tela realizada pelo artista russo Wassily Wassilyevich Kandinsky APRESENTAÇÃO II Encontro Nacional de Filosofia & I Encontro Nacional Investigação Filosófica (ENIF) no Amapá visa a reunir, no Amapá, pesquisadores na área da filosofia, a fim de estabelecer um momento de intensas apresentações e debates por ano, na semana do dia internacional da filosofia. O ENFA & ENIF é importante para o Amapá, pois a filosofia é um desenvolvimento recente em suas universidades, e ENFA & ENIF promete um estímulo à pesquisa, ao construir redes de relacionamento entre pesquisadores, discentes e docentes, de dentro e de fora do Amapá. O encontro de graduandos e jovens pesquisadores tem a vantagem de estimular a integração entre os diversos níveis de investigação acadêmica e, de modo geral, a pesquisa em filosofia no Amapá, que é nascente. O ENFA & ENIF é uma oportunidade ímpar para os filósofos da região norte debaterem suas pesquisas com outros pesquisadores e apresentarem-nas para os discentes, tal qual é para os discentes apresentarem suas comunicações para professores e pesquisadores. Macapá-AP, 21 novembro de 2020. Rodrigo Cid II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif NOTA SOBRE OS PALESTRANTES Aluízio de Araújo Couto Júnior é Doutorando em filosofia pela UFMG e mestre pela mesma instituição, com graduação em filosofia pela UFOP e licenciatura pelo Centro Universitário Claretiano. Meus interesses centrais são as relações entre indivíduos e coletividades (e suas implicações morais), as diferenças entre liberalismo e socialismo e o debate acerca da liberdade de expressão. Bruno Aislã Gonçalves dos Santos possui graduação em Filosofia (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), é Mestre e Doutor em Ética e Filosofia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e fez estágio de doutoramento na University of St. Andrews (Escócia) sob a orientação de Tim Mulgan. Atualmente é professor colaborador da Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO) no Paraná. Estuda o utilitarismo clássico e contemporâneo voltado as discussões sobre a justiça distributiva e justiça global. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética e Filosofia Política. Atua principalmente nas seguintes áreas: Ética, Filosofia Política, Filosofia do Direito, Filosofia da Linguagem, Filosofia da Educação e Filosofia da Economia. Cesar Augusto Mathias de Alencar é Doutor e Mestre em Filosofia pelo Programa de Pós- Graduação em Lógica e Metafísica - PPGLM/UFRJ, com pesquisa em Filosofia Antiga sobre o problema socrático e a Filosofia de Sócrates a partir da comédia de Aristófanes e da atividade educativa e literária dos socráticos. Graduado em Filosofia também pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente é professor adjunto do Colegiado do Curso de Licenciatura em Filosofia - UNIFAP/Campus Santana, desenvolvendo pesquisas na área de Ética, Filosofia Política, Filosofia do Símbolo (Mente e Linguagem), Imaginação e Crítica Literária. Daniel Schiochett é Professor do curso de Graduação em Filosofia, de Unidades de Aprendizagem Institucionais e do Componente Curricular Vida e Carreira da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Membro dos Grupos de Pesquisa (CNPq) Investigação II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif Filosófica e GRUAS. Membro organizador da Série Investigação Filosófica (NEPFIL/Editora UFPel). Desenvolve pesquisas na área de Filosofia, com ênfase em epistemologia e metafísica contemporâneas, filosofia da linguagem e suas conexões com política, ética e estética. Possui publicações também na área de Educação. Doutor em filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2017), mestre em filosofia pela mesma Universidade(2009) e graduado em Filosofia pela Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL (2006). Tem experiência no apoio técnico-pedagógico a cursos desenvolvidos de pós-graduação e extensão na modalidade a distância, bem como na produção e implementação de materiais didáticos para estes cursos. Daniela Moura Soares graduada em Filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto (2013), mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2016), pelo Programa de Pós-graduação em Lógica e Metafísica (PPGLM). Trabalhou como professora substituta de filosofia no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), campus Formiga (2017-2018). Interessa-se sobretudo pela tradição analítica, especialmente por tópicos atualmente discutidos em metafísica, filosofia das ciências formais e epistemologia. Trabalha com o debate entre platonistas e nominalistas em filosofia da matemática, com ênfase em tópicos como objeções epistêmicas e metafísicas ao realismo matemático, formas alternativas de platonismo matemático e argumentos da indispensabilidade. Atualmente é doutoranda do PPGLM/UFRJ sob a orientação do Professor Guido Imaguire. Principais autores com os quais trabalha: Balaguer, Benacerraf, Leng, Field, Colyvan, Yablo, Baker. Delvair Custodio Moreira é Professor adjunto na Universidade Federal do Maranhão. Doutor em Lógica e Epistemologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2017); mestre em Lógica e Epistemologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2013); e bacharel em Filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto (2010). Tem experiência na área de filosofia com ênfase em epistemologia e epistemologia social. Seus principais temas de interesse são: epistemologia do testemunho, conhecimento coletivo e epistemologia da religião. Diana Taschetto é Doutoranda em Filosofia da Física pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), graduanda em Física bacharelado II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif pela Universidade de São Paulo (USP), graduada em Filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Tem experiência em filosofia, com ênfase em filosofia da física, filosofia da ciência e epistemologia, tendo investigado, enquanto graduanda em Filosofia, questões relacionadas ao falseacionismo (Popper), ao anarquismo epistemológico (Feyerabend) e à metodologia dos programas de pesquisa científicos (Lakatos) sob a orientação da Dra. Anna Carolina Regner e redigido trabalho de conclusão de curso relacionado aos temas citados, pelo qual foi aprovada com distinção. Organizou vários eventos associados à filosofia da ciência enquanto secretária-geral do Diretório Acadêmico de Filosofia da Unisinos. Investigou a estratégia de justificação coerentista na epistemologia moral de John Rawls, suas raízes científicas e sua relação com a filosofia de Quine sob a orientação do Dr. Denis Coitinho Silveira em seu último ano na graduação da UNISINOS, recebendo menção honrosa de iniciação científica por seu trabalho. Everton Miguel Puhl Maciel tem Doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), na área de concentração Ética e Filosofia Política, tendo desenvolvido estágio sanduíche no exterior (PDSE) em Birkbeck, University of London; mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas, com bolsa Capes, na linha de pesquisa Fundamentação e Crítica da Moral; e bacharel em Filosofia (UFPel). Atualmente, é professor adjunto no curso de Licenciatura em Filosofia da Universidade Federal do Amapá (Unifap). Fábio de Godoy Del Picchia Zanoni possui graduação em Filosofia e em licenciatura pela Universidade de São Paulo (2009), mestrado em Estética pela Universidade Nova de Lisboa (2012), doutorado em História da Educação pela Universidade de Lisboa (2015) e pósdoutorado em Educação pela Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de cinema, estética e história da educação, com especial interesse em Foucault e em outros trabalhos da mesma envergadura teórica aplicados à compreensão das relações entre educação, estética e política. Francesco Maria Ferrari é Bacharel em Filosofia Teórica na Universidade de Roma "La Sapienza" (2009); M.A. em Ontologia e Ética do pensamento científico no Pontifício Latan Universidade (2012); M.A. em Filosofia Teórica na Universidade de Roma "Tor Vergata" (2012); Doutor em Filosofia da Lógica pela Universidade de Pádua (2016). Durante meu II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif doutorado fui bolsista visitante no Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE) na Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (11 meses) com forte interesse em lógica e teoria definida na CLE. Meus interesses de pesquisa estão focados na relação entre Ontologia e Lógica. Mais especificamente, estou interessado na formalização da Ontologia como um formal ciência - em particular, uma versão process-estrutural do Realismo Científico – e sistematicamente em Semântica Formal. Atualmente sou pós- doutorado da FAPESP Fellow (2018/16465-6) e Pesquisador Associado na CLE com um projeto abordado para investigar o processo e a ontologia estrutural e sua formalização. Jonas R. Becker Arenhart é Professor no Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Editor associado da revista Principia. Áreas de interesse: Lógica e Filosofia da Lógica; Filosofia da Ciência, Filosofia da Matemática, a relação entre ciência e metafísica, Lógicas Não-Reflexivas e Teoria de Quase-Conjuntos, Lógica Paraconsistente. Trabalho produzido durante o período de afastamento pelo Programa de bolsas para pesquisadores experientes Capes-Humboldt, na Universidade do Ruhr - Bochum. José Carlos Cariacas Romão dos Santos exerce a função de professor adjunto II na Universidade Federal do Amapá - lotado no Colegiado de Filosofia e no Mestrado em Educação (PPGED-UNIFAP) na linha de pesquisa em Educação, Cultura e Diversidades. Possui formação em Humanidades, com doutorado em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e estágios de pós-doutoramento em Democracia e Direitos Humanos pela Universidade de Coimbra (Portugal) e em Ciências Humanas pela Universidadede Zúlia (Venezuela). Temas de Interesse: competências educativas; educação e cultura democrática; Filosofia da Educação; religião em contextos educacionais. Kherian Galvão Cesar Gracher tem Doutorado em Filosofia (2016 - 2020) pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina na área de Lógica e Epistemologia, orientado pelo Dr. Décio Krause e co-orientado pelo Dr. Newton Carneiro Affonso da Costa. Mestre em Filosofia (2014 - 2016) pela mesma instituição e também orientado pelo Dr. Décio Krause. Anteriormente, obteve o título de Bacharel em Filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto (2008 - 2013). Tem experiência em Filosofia Analítica, com ênfase em Lógica, Filosofia da Lógica, Metafísica, Filosofia da Ciência e História da Filosofia. Trabalha também com divulgação de Filosofia para o grande público, II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif contribuindo para o portal Universo Racionalista como também sendo dono do canal de Youtube chamado "SciFilo" Luiz Helvécio Marques Segundo é Doutor em filosofia pela UFSC.Atualmente é pesquisador vinculado à Associação Brasileira de Filosofia da Religião (ABFR). Tem atuado na interseção entre filosofia da religião, epistemologia e filosofia da ciência. Sua pesquisa atual trata do embate entre explicações naturalistas e sobrenaturalistas da confiabilidade da cognição humana. Interessa-se também por abordagens evolutivas à cultura e à moralidade. luizhelveciosegundo@gmail.com. Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes possui doutorado pelo Programa de Pós- Graduação em Lógica e Metafísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGLM/UFRJ - 2017), mestrado pelo PPGLM/UFRJ (2011), graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Bacharelado e Licenciatura - 2010) e graduação em Comunicação Social - Faculdades Integradas Hélio Alonso (2006). Tem experiência nas áreas de Filosofia com ênfase em Ética, Filosofia Política e Filosofia da Tecnologia. Atualmente é professor efetivo de filosofia do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM). Maria Carolina Monteiro de Almeida é Graduada em Direito pela Universidade Federal do Amapá. Membro do grupo de pesquisa "Caleidoscópio Tucuju do Direito: As leis e as garantias dos direitos fundamentais no século XXI". Pesquisadora no grupo "Estudos interdisciplinares em Cultura e Políticas Públicas". Advogada, presidente da Comissão Especial de Igualdade Racial e membro da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Amapá. Mayra Moreira da Costa é licenciada em filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), mestre em Lógica e Filosofia da Ciência pelo Programa de Pós - Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutoranda em Lógica, Ciência, Mente e Linguagem pelo Programa de Pós - Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com estágio sanduíche no Centre for Philosophy of Time da Universidade de Milão. É vencedora do prêmio de melhores ensaios da Sociedade Brasileira de Filosofia Analítica (2018). Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Lógica e Filosofia da Ciência, atuando principalmente nos seguintes temas: http://lattes.cnpq.br/1531118741977108 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif Introdução à Filosofia Analítica, Introdução à Lógica, Lógicas Modais, Metafísica da Causalidade, Metafísica do Tempo, Filosofia da Física e Fundamentos da Bioeconomia. Paulo Roberto Moraes de Mendonça é Doutorando no Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho- UNESP/Campus de Araraquara, em parceria com a Universidade Federal do Amapá - UNIFAP, no formato DINTER. Mestre em Teologia Sistemática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com linha de pesquisa na área da Antropologia Teológica; Especialista em Docência no Ensino Superior pelo Instituto Macapaense de Ensino Superior (IMMES). Bacharel em Teologia pelo Centro de Estudos Superiores de Teologia e Filosofia da Companhia de Jesus (CES-ISI - Instituto Santo Inácio), atualmente Faculdade dos Jesuítas (FAJE-BH); Licenciado Pleno em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); Professor concursado da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP); professor concursado do Estado do Amapá. Lecionou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no Instituto de Ensino Superior do Estado do Amapá (IESAP), no Centro de Ensino Superior do Amapá (CEAP) e participou de Programas de Pós- Graduação (Especialização) da Faculdade Seama - AP, onde desenvolveu estudos sobre os Fundamentos do Ensino Religioso e Metodologia do Ensino Religioso. Atualmente leciona na Universidade Federal do Estado do Amapá - UNIFAP. Professor convidado na Faculdade de Teologia e Ciências Humanas - FATECH-AP; participa do Programa de Pós-graduação (Especialização) na Instituição FATECH-AP. Tem experiência docente em áreas da Teologia Sistemática, Antropologia Filosófica, Teoria do Conhecimento, Ética, Cultura Religiosa e Metodologia do Ensino Religioso. Também atua em atividades formativas na área teológico- pastoral. Rafael César Pitt é Bacharel e Licenciado em Filosofia pela Universidade Federal de São João del Rei (2002-06). Durante dos anos de 2007-10 continuou seus estudos e se formou Especialista e Mestre em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora com nota 5 pela CAPES. Iniciou sua carreira docente no Ensino Médio ao ser aprovado em concurso público para professor efetivo de Filosofia da carreira do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico da rede pública federal de ensino (ETRB/ICOMAR, Belém/PA). Desde abril de 2015 é professor efetivo do magistério superior da Universidade Federal do Amapá onde trabalha em vista da consolidação do Curso de Filosofia na região. A partir de março de 2018 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif iniciou seu doutorado através do Dinter UNESP/UNIFAP investigando sobre elementos órficos na relação Uno/Múltiplo de Empédocles de Agrigento. Leciona na graduação principalmente sobre metodologia da pesquisa científica e elaboração de projetos de tcc. Suas áreas de maior interesse e atuação são filosofia e literatura clássicas. Raoni Wohnrath Arroyo é Doutor em Filosofia (Epistemologia e Lógica) pela Universidade Federal de Santa Catarina (2020). Áreas de interesse: aspectos ontológicos e metafísicos das interpretações da mecânica quântica; questões metodológicas da relação entre ciência e metafísica; desafios atuais para o realismo científico. Rhamon de Oliveira Nunes foi professor substituto na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nos anos de 2018 e 2019. Sua pesquisa principal tem como foco a mereologia, a saber, o estudo lógico-ontológico dos conceitos de parte e todo. Interessa-se também por filosofia do espaço, filosofia do tempo, persistência, fundamentalidade e pela retomada das discussões metafísicas na filosofia contemporânea, em especial na filosofia analítica. Rodrigo Alexandre de Figueiredo possui graduação em filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto (2009), mestrado em filosofia (Lógica e Metafísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2012) e doutorado em filosofia (Lógica e Metafísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2017). Atualmente é professor da Faculdade Dom Luciano Mendes. Tem experiência na área de metafísica analítica, com ênfase em ontologia, atuando principalmente nos seguintes temas: propriedades, universais, particulares e categorias ontológicas. Foi Bolsista da CAPES no Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE). Rodrigo Reis Lastra Cid é Professor Adjunto de Filosofia na Universidade Federal do Amapá. Pesquisador na área da Metafísica. Editor Chefe do periódico Investigação Filosófica. Editor da Série Investigação Filosófica (NEPFIL/Editora UFPel). Líder do Grupo de Pesquisa Investigação Filosófica (DGP/CNPq), membro do GT de Metafísica Analítica da ANPOF, da Society for the Metaphysics of Science e do Laboratório de Estudos Aplicados em Infoprodutos (UFES/CNPq). Residência Pós-Doutoral em Filosofia realizada na Universidade Federal de Minas Gerais. Doutor e Mestre em Lógica e Metafísica (Filosofia) pelo Programa de Pós-Graduação em Lógica e Metafísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenifperíodo sanduíche na Université Catholique de Louvain. Bacharel em Filosofia pela Universidade Federal em Ouro Preto. Ex-Professor de Filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Instituto Federal de Minas Gerais e na Faculdade Dom Luciano Mendes. Sagid Salles é Graduado em filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto, mestre e doutor pelo Programa de Pós-Graduação Lógica e Metafísica da UFRJ. Embora se interesse por filosofia em geral, sua principal área de atuação é a filosofia da linguagem. É autor de dois livros: Vagueness as Arbitrariness (Springer) e Como os Nomes Nomeiam (Editora UFPel). Sérgio Farias de Souza Filho Atualmente é Pesquisador de Pós-Doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, trabalhando com o professor Roberto Horácio de Sá Pereira e financiado pelo CNPq. Anteriormente foi Pesquisador de Pós-Doutorado na Universidade de São Paulo trabalhando com o professor Osvaldo Pessoa. Suas principais áreas de pesquisa são filosofia da mente, filosofia da linguagem e metafísica. Tem pesquisado especificamente intencionalidade, teorias naturalistas da representação mental, seguir regras e normatividade semântica. É Doutor em Filosofia no King's College London, sob orientação do Professor David Papineau. É Mestre em Filosofia pelo programa de Pós-Graduação Lógica e Metafísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob orientação do professor Guido Imaguire. É Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco. Tiago Luís Teixeira de Oliveira é Bacharel e Licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2005). Mestre (2011) e Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2017). Fez estágio de pós-doutorado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) de agosto de 2019 a julho de 2020. É professor do Ensino Básico Técnico e Tecnológico (EBTT) no Colégio Pedro II (RJ), sendo membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE) da Licenciatura em Filosofia e pesquisador do Laboratório de Humanidades (LabHum) do Campus de Niterói. É também membro do corpo editorial do periódico Investigação Filosófica (ISSN 2179-6742) e participa do Grupo de Pesquisa Investigação Filosófica (UNIFAP). Tem pesquisa nas áreas de Filosofia da Ciência e em Ensino de Filosofia. Interessa-se também por Epistemologia e Metafísica. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif PROGRAMAÇÃO Dia: 16/11/2020 Sessão de Comunicações (1h30m) 10:00 - 10:30 (20 min): Uma questão da filosofia da matemática: o que o uso da matemática no discurso científico nos diz? Comunicador: Henrique Franco (Mestrando em Filosofia - UFSJ) 10:30 - 11:00 (20 min): O reconhecimento interpessoal nas relações de segunda pessoa Comunicador: Felipe Eleutério Pereira (Graduando em Filosofia pela UNESP) 11:00 - 11:30 (20 min): Sobre a Natureza da Ignorância: ausência de conhecimento ou ausência de crença verdadeira? Comunicador: Lucas Jairo Cervantes Bispo (Mestrando em Filosofia pela UFBA) Palestras - Metafísica (5h) 14:00 - 15:00 (1h): O problema dos universais Palestrante: Dr. Rodrigo Alexandre de Figueiredo - FDLM 15:00 - 16:00 (1h): Indispensabilidade explicativa e realismo matemático Palestrante: Me. Daniela Moura Soares - UFRJ 16:00 - 17:00 (1h): Metafísica das leis da natureza Palestrante: Dr. Rodrigo Reis Lastra Cid - UNIFAP 18:00 - 19:00 (1h): What are process-based entities? Palestrante: Dr. Francesco Ferrari - UNICAMP II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 19:00 - 20:00 (1h): Essencialismo mereológico e o problema da persistência ao longo do tempo. Palestrante: Dr. Rhamon de Oliveira Nunes - UFRJ Dia: 17/11/2020 Sessão de Comunicações (1h30m) 10:00 - 10:30 (20 min): Argumentos hipotéticos e a influência de Boécio na Lógica de Abelardo Comunicadora: Me. Luana da Cruz (Doutoranda pela UFPel) 10:30 - 11:00 (20 min): O descritivismo e seus percalços Comunicador: Edivaldo Borges dos Santos Júnior (Graduando pela UFPI) 11:00 - 11:30 (20 min): Sendo realista sobre explicações: plausibilidade e implicações do realismo explicativo Comunicador: Victor Nicolau Sholl de Freitas Lima (Mestrando em Filosofia pela USP) Palestras - Filosofia da Ciência (4h) 14:00 - 15:00 (1h): Realismo e (meta)metafísica da ciência Palestrante: Dr. Raoni Wohnrath Arroyo e Dr. Jonas R. Becker Arenhart - UFSC / Universidade do Ruhr - Bochum 16:30 - 18:00 (1h e 30 min): A viagem no tempo é possível? Palestrante: Me. Mayra Moreira da Costa - UFMG II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 18:00 - 19:00 (1h): Sobre a dúvida de Plantinga e o argumento evolucionista contra o naturalismo Palestrante: Dr. Luiz Helvécio Marques Segundo - UFSC 19:00 - 20:00 (1h): Realismo científico e o problema da referência dos termos teóricos Palestrante: Dr. Tiago Luís Teixeira de Oliveira - CPII/RJ 21:30: Vídeos-resposta Resposta do Dr. Francesco Ferrari Resposta do Dr. Rhamon Nunes Resposta de Dr. Rodrigo Figueiredo Dia: 18/11/2020 Sessão de Comunicações (1h30m) 10:00 - 10:30 (20 min): O self estendido de Andy Clark: os limites entre mente e mundo Comunicadora: Amanda Luiza Stroparo (Psicóloga e Mestranda em Filosofia pela PUCPR 10:30 - 11:00 (20 min): O desenvolvimento da noção de conteúdo julgável na filosofia de Frege Comunicador: Ozéias de Freitas Rodrigues (Mestrando em Filosofia pela UFPR 11:00 - 11:30 (20 min): Memória episódica e suas condições de satisfação Comunicador: José Carlos Camilo Castro Neto (Mestrando em Filosofia pela UFTM II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif Palestras - Lógica, Epistemologia, Filosofia da Linguagem e da Mente (7h30m) 14:00 - 15:00 (1h): Lógicas clássica e não clássicas e suas negações Palestrante: Dr. Kherian Gracher - UFSC 15:00 - 16:00 (1h): Contra a verdade e a falsidade: como a vagueza revoluciona o que pensamos saber sobre a linguagem e o mundo Palestrante: Dr. Sagid Salles - UFRJ 16:00 - 17:00 (1h): Lógica epistêmica, onisciência lógica e idealizações Palestrante: Dr. Iago Bozza - University of Miami 17:00 - 18:00 (1h): Epistemologia e tolerância à opiniões contrárias Palestrante: Dr. Delvair Custodio Moreira - UFMA 18:00 - 19:00 (1h): Metáfora, cognição e Deleuze Palestrante: Dr. Daniel Schiochett - UNISUL 19:00 - 20:00 (1h): Conteúdo mental Palestrante: Dr. Sérgio Farias de Souza Filho - UFRJ 20:00 - 21:30 (1h e 30 min): De espaço-e-tempo para espaço-tempo: princípios físicos & consequências filosóficas Palestrante: Me. Diana Taschetto - USP 21:30: Vídeos-resposta Resposta de Dr. Tiago Oliveira Resposta de Dr. Raoni Arroyo e Dr. Jonas Arenhart II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif Dia: 19/11/2020 Sessão de Comunicações (1h30m) 10:00 - 10:30 (20 min): Os princípios ilegítimos da moralidade e o problema da heteronomia da vontade na filosofia moral de Immanuel Kant Comunicadora: Me. Rafaella SilveiraSucupira da Costa (Mestre em Filosofia pela UFPB) 10:30 - 11:00 (20 min): Três leituras sobre a revolução em Kant Comunicador: Me. Gehad Marcon Bark (Doutorando em Filosofia pela UFPR) 11:00 - 11:30 (20 min): Como justificar o ensino de filosofia no ensino médio? Comunicador: Frank Wyllys Cabral Lira (Graduando em Filosofia pela UFAM) Palestras - História da Filosofia, Artes e Educação (6h) 14:00 - 15:00 (1h): O sentido táctil da existência humana Palestrante: Dr. Cesar Augusto Mathias de Alencar - UNIFAP 15:00 - 16:00 (1h): Considerações sobre Empédocles e os mitos Palestrante: Me. Rafael César Pitt - UNIFAP 17:00 - 18:00 (1h): Considerações a respeito dos aspectos filosóficos fundamentais da literatura sartreana Palestrante: Me. Paulo Roberto Moraes de Mendonça - UNIFAP 18:00 - 19:00 (1h): Ética a Nicômaco e Hollywood Palestrante: Dr. Fábio Zanoni - UEAP 19:00 - 20:00 (1h): Por uma pragmática da cultura escolar Palestrante: Dr. José Carlos Cariacás - UNIFAP II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 20:00 - 21:00 (1h): Corpora philosophicae: a forma e a origem dos escritos filosóficos coloniais brasileiros Palestrante: Dr. Lúcio Álvaro Marques - UFTM 21:30: Vídeos-resposta Resposta do Dr. Sagid Salles Dia: 20/11/2020 (Dia da Consciência Negra) Sessão de Comunicações (1h30m) 10:00 - 10:30 (20 min): Desconstruindo a visão mainstream de Adam Smith a partir da releitura da Riqueza das Nações Comunicadora: Me. Thaís Cristina Alves Costa (Doutoranda em Filosofia pela UFPel, com sanduíche para University of North Carolina e Mestranda em Direito pela UFRG) 10:30 - 11:00 (20 min): Teoria da Pena em Ésquilo e Sócrates Comunicador: Arthur Lopes Campos Cordeiro (Graduando em Direito pela UFMG) 11:00 - 11:30 (20 min): Teorias da Lei Natural e Razão Prática: é possível uma conciliação? Comunicador: Lucas Fonseca dos Santos (Graduando em Direito pelo CESUPA) Palestras - Ética e Filosofia Política (5h) 14:00 - 15:00 (1h): Tolerância, um projeto inacabado Palestrante: Dr. Everton Miguel Puhl Maciel - UNIFAP 15:00 - 16:00 (1h): Objetividade e bem-estar Palestrante: Dr. Bruno Aislã Gonçalves dos Santos - UNICENTRO II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 17:00 - 18:00 (1h): Ontologia social e limites morais do liberalismo Palestrante: Me. Aluízio de Araújo Couto Júnior - UFMG 18:00 - 19:00 (1h): Racismo recreativo no judiciário Palestrante: Adv. Maria Carolina Monteiro - UNIFAP 19:00 - 20:00 (1h): O corpo doente: coronavírus e a crise do contrato social Palestrante: Dr. Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes - IFTM Dia: 21/11/2020 (Dia Internacional da Filosofia) Sessão de Comunicações (1h) 10:00 - 10:30 (20 min): O proletariado na obra de Marx: da posição filosófica e da constituição das formas políticas à produção dos processos histórico-sociológicos Comunicador: José Luís dos Santos Leal (Mestrando em História Social, Graduado em Ciências Sociais e Graduando em Filosofia pela UNIFAP) 10:30 - 11:00 (20 min): O problema dos objetos matemáticos em Aristóteles Comunicadora: Me. Mariane Farias de Oliveira (Mestre em Filosofia pela UFSM e Professora na UFG) 23:59: Encerramento do evento II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif Sumário 1ª Sessão de Palestras .......................................................................... 27 O PROBLEMA DOS UNIVERSAIS Rodrigo Alexandre de Figueiredo ...................................................... 28 INDISPENSABILIDADE EXPLICATIVA E REALISMO MATEMÁTICO Daniela Moura Soares ..................................................................... 30 METAFÍSICA DAS LEIS DA NATUREZA Rodrigo Reis Lastra Cid ................................................................. 32 WHAT ARE PROCESS-BASED ENTITIES? Francesco Maria Ferrari ................................................................. 34 ESSENCIALISMO MEREOLÓGICO E O PROBLEMA DA PERSISTÊNCIA AO LONGO DO TEMPO Rhamon de Oliveira Nunes ............................................................ 36 2ª Sessão de Palestras ................................................................. 38 A (META)METAFÍSICA DA CIÊNCIA Raoni Wohnrath Arroyo, Jonas R. Becker Arenhart ......................... 39 A VIAGEM NO TEMPO É POSSÍVEL? Mayra Moreira da Costa .............................................................. 43 SOBRE A DÚVIDA DE PLANTINGA E O ARGUMENTO EVOLUTIVO CONTRA O NATURALISMO Luiz Helvécio Marques Segundo .................................................. 45 REALISMO CIENTÍFICO E O PROBLEMA DA REFERÊNCIA DOS TERMOS TEÓRICOS Tiago Luís Teixeira de Oliveira .................................................. 48 http://lattes.cnpq.br/0847832636263404 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 3ª Sessão de Palestras .................................................................. 50 LÓGICAS CLÁSSICAS E NÃO CLÁSSICAS E SUAS NEGAÇÕES Kherian Galvão Cesar Gracher ................................................ 51 CONTRA A VERDADE E A FALSIDADE: COMO A VAGUEZA REVOLUCIONA O QUE PENSAMOS SABER SOBRE A LINGUAGEM E O MUNDO Sagid Salles .......................................................................... 53 EPISTEMOLOGIA E TOLERÂNCIA À OPINIÕES CONTRÁRIAS Delvair Custodio Moreira ....................................................... 55 METÁFORA, COGNIÇÃO E DELEUZE Daniel Schiochett .................................................................. 57 CONTEÚDO MENTAL Sérgio Farias de Souza Filho ................................................... 59 DE ESPAÇO-E-TEMPO PARA ESPAÇO-TEMPO: PRINCÍPIOS FÍSICOS E CONSEQUÊNCIAS FILOSÓFICAS Diana Taschetto ................................................................... 61 4ª Sessão de Palestras ........................................................ 63 O SENTIDO TÁCTIL DA EXISTÊNCIA HUMANA Cesar Augusto Mathias de Alencar ......................................... 64 CONSIDERAÇÕES SOBRE EMPÉDOCLES E OS MITOS Rafael César Pitt .................................................................. 66 CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DOS ASPECTOS FILOSÓFICOS EXISTENCIALISTAS FUNDAMENTAIS DA LITERATURA SARTRIANA Paulo Roberto Moraes de Mendonça ......................................... 68 ÉTICA A NICÔMACO E HOLLYWOOD Fábio de Godoy Del Picchia Zanoni ......................................... 72 POR UMA PRAGMÁTICA DA CULTURA DA EDUCAÇÃO José Carlos Cariacás .............................................................. 74 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 5ª Sessão de Palestras .......................................................... 76 TOLERÂNCIA, UM PROJETO INACABADO Everton Miguel Puhl Maciel ................................................... 77 OBJETIVIDADE E BEM-ESTAR Bruno Aislã Gonçalves dos Santos .......................................... 79 ONTOLOGIA SOCIAL E LIMITES MORAIS DO LIBERALISMOAluízio de Araújo Couto Júnior .............................................. 80 O RACISMO RECREATIVO NO PODER JUDICIÁRIO Maria Carolina Monteiro de Oliveira ....................................... 83 O CORPO DOENTE: CORONAVÍRUS E A CRISE DO CONTRATO SOCIAL Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes ................................ 86 1ª Sessão de Comunicações .............................................. 88 UMA QUESTÃO DA FILOSOFIA DA MATEMÁTICA: O QUE O USO DA MATEMÁTICA NO DISCURSO CIENTÍFICO NOS DIZ? José Henrique Fonseca Franco ............................................... 89 O RECONHECIMENTO INTERPESSOAL NAS RELAÇÕES DE SEGUNDA PESSOA Felipe Eleutério Pereira ........................................................ 93 SOBRE A NATUREZA DA IGNORÂNCIA: AUSÊNCIA DE CONHECIMENTO OU AUSÊNCIA DE CRENÇA VERDADEIRA? Lucas Jairo Cervantes Bispo .................................................. 97 2ª Sessão de Comunicações .............................................. 99 ARGUMENTOS HIPOTÉTICOS E A INFLUÊNCIA DE BOÉCIO NA LÓGICA DE ABELARDO Luana Talita da Cruz ............................................................ 100 SENDO REALISTA SOBRE EXPLICAÇÕES: PLAUSIBILIDADE E http://lattes.cnpq.br/5216412977817910 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif IMPLICAÇÕES DO REALISMO EXPLICATIVO Victor Nicolau Sholl de Freitas Lima ....................................... 104 3ª Sessão de Comunicações ............................................... 106 O SELF ESTENDIDO DE ANDY CLARK: OS LIMITES ENTRE MENTE E MUNDO Amanda Luiza Stroparo .......................................................... 107 O DESENVOLVIMENTO DA NOÇÃO DE CONTEÚDO JULGÁVEL NA FILOSOFIA DE FREGE Ozeias F. Rodrigues ............................................................... 111 MEMÓRIA EPISÓDICA E SUAS CONDIÇÕES DE SATISFAÇÃO José Carlos Camillo Castro Neto .............................................. 113 4ª Sessão de Comunicações ............................................... 115 OS PRINCÍPIOS ILEGÍTIMOS DA MORALIDADE E O PROBLEMA DA HETERONOMIA DA VONTADE NA FILOSOFIA MORAL DE IMMANUEL KANT Rafaella Silveira Sucupira da Costa ......................................... 116 TRÊS LEITURAS SOBRE A REVOLUÇÃO EM KANT Me. Gehad Marcon Bark ....................................................... 118 COMO JUSTIFICAR O ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO? Frank Wyllys Cabral Lira ....................................................... 120 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 5ª Sessão de Comunicações ............................................... 122 DESCONSTRUINDO A VISÃO MAINSTREAM DE ADAM SMITH A PARTIR DA RELEITURA DA RIQUEZA DAS NAÇÕES Thaís Cristina Alves Costa ..................................................... 123 TEORIA DA PENA EM ÉSQUILO E SÓCRATES Arthur Lopes Campos Cordeiro .............................................. 125 6ª Sessão de Comunicações ............................................... 127 O PROBLEMA DOS OBJETOS MATEMÁTICOS EM ARISTÓTELES Mariane Farias de Oliveira ..................................................... 128 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 27 1ª Sessão de Palestras: 16 de novembro de 2020 14:00 – 20:00 Canal: youtube.com/c/ENFAENIF Universidade Federal do Amapá 16 a 21 de novembro de 2020 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 28 O PROBLEMA DOS UNIVERSAIS Rodrigo Alexandre de Figueiredo Resumo: Qual é problema dos universais? Essa é a pergunta que buscarei responde aqui. Em geral, os filósofos pensam que o problema a ser tratado é o problema do um sobre muitos, que é um pedido de explicação para o fato de haver vários indivíduos exibindo (pré-teoricamente falando) um mesmo atributo. Entretanto, Gonzalo Rodriguez-Pereyra (2000) defende que o problema não é o do um sobre muitos, mas o problema dos muitos sobre um, que é um pedido de explicação para o fato de um indivíduo ter vários atributos. Penso que há algo de errado com essa posição. Assim, procurarei primeiramente expor a teoria de Rodriguez-Pereyra. Em seguida, buscarei fazer algumas críticas a tal posição. E por fim, defenderei que o problema dos universais é em grande parte o problema do um sobre muitos. Palavras chave: Problema dos universais; um sobre muitos; muitos sobre um; fazedores de verdade; compromisso ontológico. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 29 THE PROBLEM OF UNIVERSALS Rodrigo Alexandre de Figueiredo Abstract: What is the problem of universals? That is the question I will seek to answer here. In general, philosophers think that the problem to be dealt with is the one-over-many problem, which is a request for explanation of why there are several individuals exhibiting (pre- theoretically speaking) the same attribute. However, Gonzalo Rodriguez-Pereyra (2000) argues that the problem is not the one-over-many problem, but the many-over-one, which is a request for explanation of the fact that an individual has several attributes. I think there is something wrong with this position. Thus, I will first try to expose Rodriguez-Pereyra's theory. Next, I will try to make some criticisms of such position. And finally, I will argue that the problem of universals is largely the problem of one-over-many. Keywords: Problem of universals; one-over-many; many-over-one; truth maker; ontological commitment. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 30 INDISPENSABILIDADE EXPLICATIVA E REALISMO MATEMÁTICO Daniela Moura Soares Resumo: A aplicabilidade da matemática nas ciências é uma questão persistente. A função aparentemente explicativa que a matemática desempenha dentro das ciências empíricas tem sido bastante discutida no contexto da formulação dos argumentos explicativos da indispensabilidade a favor do realismo matemático. Estes argumentos baseiam-se na ideia de que a matemática desempenha um papel indispensavelmente explicativo nas nossas teorias científicas, e não apenas um papel representacional (Baker 2005, Colyvan 2010). O debate mais recente sobre o papel explicativo da matemática consiste em analisar os supostos exemplos de explicações matemáticas de fenômenos empíricos à luz de ideias específicas acerca de como as explicações científicas funcionam (Baron, Colyvan e Ripley 2017, Lange 2017, Lyon 2012, Saatsi 2016). Poucos passos foram dados nesta direção, contudo, e o meu objetivo é examinar como diferentes hipóteses filosóficas acerca do que é uma explicação científica interagemcomo as análises do papel explicativo da matemática. Tentarei oferecer uma análise comparativa, do ponto de vista da filosofia da explicação, das várias propostas concorrentes acerca de como interpretar as explicações matemáticas na ciências empíricas. Algumas destas propostas são favoráveis a uma interpretação realista da matemática, ao passo que outras são mais favoráveis a uma interpretação antirrealista da matemática. Cada uma delas diz coisas bastantes distintas sobre como as explicações matemáticas funcionam, associando a explicabilidade dessas explicações a informação contrafactual (Woodward 2003, 2018), informação modal (Lange 2013), informação estrutural (Leng 2012), informação unificadora (Baker 2017) e informação causal (Strevens 2018). Palavras-chave: Realismo matemático; indispensabilidade explicative; argumentos da indispensabilidade. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 31 EXPLANATORY INDISPENSABILITY AND MATHEMATICAL REALISM Daniela Moura Soares Abstract: The applicability of mathematics in science is a long-standing philosophical issue (Putnam 1979, Quine 1980). The question of mathematics’ seeming explanatory function in the empirical sciences has been of particular interest recently (Baron 2016, Bueno and French 2012, Saatsi 2011, Yablo 2012), e.g. in connection with the so-called Explanatory Indispensability Argument (EIA) for mathematical realism. EIA turns on the idea that mathematics is not a merely representational aide, but rather plays an active and indispensable explanatory role in our scientific theories (Baker 2005, Colyvan 2010). The state-of-the-art of the ongoing debate on mathematics’ explanatory role has started to examine case-studies of “mathematical” explanations in science in the light of specific ideas about how scientific explanations work (Baron, Colyvan and Ripley 2017, Lange 2017, Lyon 2012, Saatsi 2016). Only initial steps in this direction have been taken, however, and the aim of my talk is to examine in depth how different contemporary philosophical accounts of explanation interact with analyses of mathematics’ “explanatory role”. My talk aims to offer a principled comparative assessment, from the point of view of philosophy of explanation, of the various competing proposals for interpreting “mathematical explanations” in science. Some of these support a realist interpretation of mathematics, while others support (or at least are compatible with) an anti-realist interpretation. All these proposals say very different things about how “mathematical explanations” work, associating such explanations’ explanatoriness to, e.g. counterfactual information (Woodward 2003, 2018); modal information (more broadly) (Lange 2013); structural information (Leng 2012); unifying information (Baker 2017); and causal information (Strevens 2018). Keywords: Mathematical Realism; explanatory indispensability; indispensability arguments. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 32 METAFÍSICA DAS LEIS DA NATUREZA Rodrigo Reis Lastra Cid Resumo: O objetivo desta palestra é apresentar uma introdução ao problema metafísico das leis da natureza, indicando: o que consiste o problema, o que são as leis, quais são as teorias das leis e suas maiores dificuldades, e como devemos refletir sobre a relação entre as leis e uma inteligência criadora. A importância disso é introduzir os estudantes a um dos mais importantes problemas da metafísica contemporânea, para lidarmos com a natureza da causalidade e de sua relação com as modalidades. Esperamos mostrar que há uma discussão interessante a ser realizada nesse assunto, estimulando, assim, a pesquisa na área. Palavras-chave: Filosofia; Metafísica; Leis da Natureza. http://lattes.cnpq.br/0847832636263404 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 33 THE METAPHYSICS OF THE LAWS OF NATURE Rodrigo Reis Lastra Cid Abstract: The objective of this lecture is to present an introduction to the metaphysical problem of the laws of nature, by indicating: what the problem consists of, what are laws minimalistically, which theories are good candidates for a theory of laws, which their greatest difficulties are, and how we should reflect on the relationship between laws and a creative intelligence (if there is any of these supernatural creators). The importance of this is to introduce students to one of the most important problems of contemporary metaphysics in order to deal with the nature of causality and its relationship with modalities. We hope to show that it is an interesting discussion to be held, thus stimulating research in the area. Keywords: Philosophy; Metaphysics; Laws of Nature. http://lattes.cnpq.br/0847832636263404 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 34 WHAT ARE PROCESS-BASED ENTITIES? Francesco Maria Ferrari Resumo: Com esta comunicação, pretendo propor uma introdução crítica à filosofia dos processos e, mais especificamente, à sua ontologia. Tentarei responder a pergunta: quais são as entidades de que o mundo é feito? Qual é a natureza das entidades existentes na natureza? Para tanto, proponho apresentar primeiro alguns modelos de processos: (i) organizacional, (ii) estrutural e (iii) não particularista. Mas por que abordar essa abordagem? Por causa dos limites que amais tradicional metafísica da substância encontra diante das restrições impostas pelo (mais minimal) naturalismo (i.e., não dualismo). A metafísica da substância encontra questões que não pode resolver (a priori) e que usarei para delinear minha proposta de modelo processual. Por exemplo, (1) a emergência de entidades coletivas com suas respectivas propriedades (de ordem superior?) causalmente eficazes e (2) o problema da realização múltipla de propriedades (universais) em substâncias particulares. Desse modo, derivarei uma caracterização organizacional, não particularista (relacional) e estrutural das entidades processuais às quais adicionaremos um critério de individualidade funcional. Minha proposta pessoal é, portanto, fornecer um modelo unitário de entidade processual por meio de estruturas relacionais. Em conclusão, mostrarei que um modelo formal de tais entidades pode ser dado por meio da teoria das categorias. Palavras-chave: Ontologia dos processos; Emergencia; estruturas relacionais; teoria das categorias. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 35 WHAT ARE PROCESS-BASED ENTITIES? Francesco Maria Ferrari Abstract: With this communication we want to propose a critical introduction to the philosophy of processes and, more specifically, to its ontology. I will try to answer the question: what are the entities of which the world is made up? What is the nature of entities existing in nature? To this end I propose to first present some models of process-based entities: (i) organizational, (ii) structuraland (iii) non-particularist. But why approach this process view? Because of the limits that the more traditional metaphysics of substance encounters in the face of the constraints imposed by (extremely minimal) naturalism (i.e., non-dualism). The metaphysics of substance encounters issues that it cannot resolve (a priori) and which I will use to outline my proposal for a process-based model. For example (1) the emergence of collective entities with their respective (higher-order?) causally efficacious properties and (2) the problem of the multiple realization of (universal) properties in particular substances. In this way I will derive an organizational, non-particularist (relational) and structural characterization of process-based entities which we will add a criterion of functional individuation. My personal proposal is, therefore, to provide a unitary model of process-based entity through relational structures. I will show, in conclusion, that a formal model of such entities can be given by means of the mathematical theory of categories. Keywords: Ontologia dos processos (process ontology); Emergencia (emergence); estruturas relacionais (relational structures); teoria das categorias (category theory). II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 36 ESSENCIALISMO MEREOLÓGICO E O PROBLEMA DA PERSISTÊNCIA AO LONGO DO TEMPO Rhamon de Oliveira Nunes Resumo: Essencialismo mereológico é a tese segundo a qual todas as partes de um objeto são essenciais para sua identidade e existência. Portanto, se o essencialismo mereológico for verdadeiro, qualquer mudança nas partes de uma totalidade é suficiente para que ela deixe de existir. Uma vez que mudanças mereológicas podem se dar através da adição, subtração ou substituição de partes, o essencialismo mereológico parece ter resultados absurdos. Afinal, nós temos uma forte intuição de que objetos ordinários como carros, plantas e animais são capazes de sobreviver a mudanças mereológicas, isto é, são capazes de persistir ao longo do tempo, mantendo sua identidade intacta através de diversas alterações em suas partes constituintes. Apesar disso, o essencialismo mereológico é fundado em uma intuição quase tão forte quanto aquela de que os objetos sobrevivem ao longo do tempo, a saber, a intuição de que nada pode mudar e, ainda assim, continuar a ser exatamente o mesmo. Mudança pressupõe diferença, e coisas distintas não podem ser idênticas. Ou pelo menos é o que a Lei de Leibniz nos diz. Sendo assim, todas as teorias da persistência precisam responder à essa questão urgente: em que circunstâncias algo é capaz de mudar, e ainda assim manter sua identidade? Meu objetivo nesta palestra é tentar mostrar que (1) as principais teorias acerca da persistência pressupõem o essencialismo mereológico e, portanto, (2) nenhuma teoria da persistência é capaz de dar conta do fenômeno da mudança; finalmente, (3) que é possível usar o essencialismo mereológico para conceber uma teoria da persistência capaz de dar conta das nossas intuições ordinárias sobre a mudança desde que estejamos dispostos a aceitar também outros pressupostos acerca da relação parte-todo. Palavras-chave: metafísica; mereologia; identidade; persistência; essencialismo. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 37 MEREOLOGICAL ESSENTIALISM AND THE PROBLEM OF PERSISTENCE OVER TIME Rhamon de Oliveira Nunes Abstract: Mereological essentialism is the thesis which states that every part of an object is essential to its identity and existence. Therefore, if this thesis is true, any change of parts in a whole is sufficient for it to cease to exist. Since mereological changes can only occur through addition, subtraction, or substitution of parts, mereological essentialism appears to lead us to absurd results. After all, we have a strong intuition that ordinary objects such as cars, plants and animals can survive mereological changes, that is, that they can persist over time, maintaining their identity through various changes in its constituent parts. However, the thesis of mereological essentialism is grounded in an intuition that is as strong as the intuition that ordinary objects persist over time, namely, the intuition that nothing can change and remain exactly the same. Insofar as change presupposes difference, distinct things cannot be identical. At least that is what Leibniz’s Law tells us. Then, every theory of persistence must answer an urgent question: in what circumstances does something change and still maintain its identity? In this lecture I will show that (1) the main theories of persistence presuppose the thesis of mereological essentialism and, therefore (2) no theory of persistence can explain the phenomenon of change; finally (3), that nonetheless it is possible to use the thesis of mereological essentialism to construct a theory of persistence that satisfies our ordinary intuitions about change, granted that we also accept some other theses concerning the part- whole relation. Keywords: metaphysics; mereology; identity; persistence; essentialism. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 38 2ª Sessão de Palestras: 17 de novembro de 2020 14:00 – 20:00 Canal: youtube.com/c/ENFAENIF Universidade Federal do Amapá 16 a 21 de novembro de 2020 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 39 A (META)METAFÍSICA DA CIÊNCIA Raoni Wohnrath Arroyo Jonas R. Becker Arenhart Resumo: Tradicionalmente, entende-se que uma atitude realista sobre algo envolve algum tipo de crença na existência objetiva ou independente de certo tipo de entidades. Seguindo esse raciocínio, o realismo científico expressaria a crença na existência das entidades postuladas pelas nossas melhores teorias científicas. Em termos ontológicos, isto é, existenciais, isso quer dizer que o realismo científico pode ser entendido como envolvendo a adoção de uma ontologia que seja cientificamente informada. Mas segundo alguns filósofos, a atitude realista deve ir além da ontologia, devendo fornecer uma "imagem clara" acerca daquilo sobre o que se está adotando uma atitude realista. A forma com que essa exigência tem sido entendida envolve fornecer uma metafísica para as entidades postuladas pela ciência, isto é, responder questões acerca da natureza daquilo que a ontologia admite que existe. Nessa palestra, discutimos como duas abordagens bastante em voga na área encaram o desafio: o naturalismo e a abordagem Viking. O naturalismo é uma forma de realismo científico que privilegia a ciência como encarnando nossa melhor epistemologia, recusando-se a ir além de onde a ciência vai. Qualquer imagem acerca das entidades deve provir da própria descrição científica. A abordagem Viking é um realismo científico que admite uma roupagem metafísica. Vai além do que a ciência afirma, para dizer como é o mundo, levando em conta a ciência, mas não se reduzindo a ela. A descrição metafísica é, então, uma camada teórica adicional. A principal diferença entre ambas as abordagens consiste no papel que a metafísica, entendida como uma disciplina filosófica tradicional, pode desempenhar em uma descriçãocientífica do mundo. O naturalista para na própria descrição da ciência, não reconhecendo a autoridade de camadas adicionais que não sejam exigidas pela ciência. Mas o proponente da abordagem Viking iria além em sua cruzada interpretativa, aceitando compromisso com uma descrição metafísica das entidades já reificadas no discurso científico. O problema para o naturalista parece ser que se fica aquém de uma imagem clara. A imagem resultante parece ser muito crua para um realista (ou, assim se alega). Por outro lado, caso se siga uma abordagem Viking e admitamos uma descrição metafísica como uma camada extra, livre da física para especulação e desenvolvimento, teremos inevitavelmente uma subdeterminação da II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 40 metafísica à vista: um metafísico sempre pode interpretar uma entidade (dar a ela um perfil metafísico) de modos diversos. Uma solução seria evitar os extremos. Podemos focar em descartarmos quais as alternativas erradas, ou melhor dizendo: os perfis metafísicos incompatíveis com certas teorias. Isto é, nem tudo vale. Por mais que a metafísica flutue livremente da metafísica, enquanto disciplina, não é qualquer metafísica que pode interpretar qualquer entidade de qualquer teoria científica. Podemos não saber qual é a correta, pois isso envolve diversas questões relacionadas à natureza da subdeterminação. Ainda assim, em muitos casos podemos usar a ciência para evitar o erro em questões metafísicas. Essa seria, na nossa opinião, uma relação produtiva entre ciência e metafísica. Palavras-chave: Metafísica. Metametafísica. Ontologia. Naturalismo. Mecânica quântica. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 41 THE (META)METAPHYSICS OF SCIENCE Raoni Wohnrath Arroyo Jonas R. Becker Arenhart Abstract: Traditionally, it is understood that to be realist about something involves some kind of belief in the objective or independent existence of a certain type of entity. Following this reasoning, scientific realism would express the belief in the existence of entities postulated by our best scientific theories. In ontological (existential) terms, this means that scientific realism can be understood as involving the adoption of an ontology that is scientifically informed. But according to some philosophers, the realistic attitude must go beyond ontology, providing a "clear picture" about what a realistic attitude is being adopted. How this requirement has been understood involves providing a metaphysics for the entities postulated by science, that is, answering questions about the nature of what ontology admits to exist. In this talk, we will discuss how two very popular approaches in the field face the challenge: naturalism and the Viking approach. Naturalism is a form of scientific realism that privileges science as embodying our best epistemology, refusing to go beyond where science is going. Any image about the entities must come from the scientific description itself. The Viking approach is a scientific realism that admits a metaphysical guise. It goes beyond what science claims to say what the world is like, taking science into account, but not being reduced to it. The metaphysical description is, therefore, an additional theoretical layer. The main difference between both approaches is the role that metaphysics, understood as a traditional philosophical discipline, can play in a scientific description of the world. The naturalist stops at the very description of science, not recognizing the authority of additional layers that are not required by science. But the proponent of the Viking approach would go further in her interpretive crusade, accepting a commitment to a metaphysical description of the entities already reified in scientific discourse. The problem for the naturalist seems to be that one falls short of a clear picture. The resulting image appears to be too raw for a realist (or, so it is claimed). On the other hand, if a Viking approach is followed and we admit a metaphysical description as an extra layer, free from physics for speculation and development, we will inevitably have an underdetermination of metaphysics at sight: a metaphysician can always interpret an entity (give it a profile metaphysical) in different ways. One solution would be to II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 42 avoid extremes. We can focus on discarding the wrong alternatives, i.e., the metaphysical profiles that are incompatible with certain theories. That is, not anything goes. As much as metaphysics fluctuates freely from metaphysics, as a discipline, it is not any metaphysics that can interpret any entity in any scientific theory. We may not know which is the correct one, as this involves several issues related to the nature of underdetermination. Still, in many cases, we can use science to avoid error on metaphysical issues. This would, in our opinion, be a productive relationship between science and metaphysics. Keywords: Metaphysics. Metametaphysics. Ontology. Naturalism. Quantum mechanics. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 43 A VIAGEM NO TEMPO É POSSÍVEL? Mayra Moreira da Costa Resumo: Nesta palestra, abordo alguns tópicos relacionados ao problema da viagem do tempo para o passado. Na primeira parte da palestra, faço uma introdução aos tipos de possibilidades e suas relações com o problema. Depois disso, abordo a resposta de David Lewis ao paradoxo do avô. Na terceira parte, apresento o argumento de Kurt Gödel contra a realidade do tempo e seu modelo cosmológico, onde estruturas massivas poderiam viajar no tempo. Palavras-chave: viagem no tempo; filosofia da relatividade; modelos cosmológicos; Kurt Gödel; David Lewis. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 44 IS TIME TRAVEL POSSIBLE? Mayra Moreira da Costa Abstract: In this lecture, I address some topics related to the problem of travel to the past. First, I introduce the kinds of possibility and its relation to the problem. After that, I approach David Lewis’s response to the grandfather paradox. During the third part, I present Kurt Gödel’s argument against the reality of time and his cosmological model, where massive structures could travel in time. Keywords: time travel; philosophy of relativity; cosmological models; Kurt Gödel; David Lewis. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 45 SOBRE A DÚVIDA DE PLANTINGA E O ARGUMENTO EVOLUTIVO CONTRA O NATURALISMO Luiz Helvécio Marques Segundo Resumo: O objetivo desta palestra é apresentar de modo introdutório o Argumento Evolutivo Contra o Naturalismo (AECN),originalmente oferecido por Alvin Plantinga. O naturalismo filosófico é, grosso modo, a posição segundo a qual tudo o que há é, em última instância, físico (i.e., não há entidades sobrenaturais); ou pelo menos que não deveríamos inflar a realidade com entidades dispensáveis do ponto de vista das ciências empíricas. O naturalismo, desse modo, implica que o deus teísta muito provavelmente (ou mesmo definitivamente) não existe. Plantinga, porém, pensa que o naturalismo é uma posição autoanuladora: se verdadeira, fornece um anulador para a crença do naturalista no próprio naturalismo. O naturalista não pode, portanto, aceitar racionalmente o naturalismo. Essa conclusão depende de duas premissas centrais: (i) a de que o naturalista tem de reconhecer que a probabilidade de os mecanismos cognitivos serem confiáveis (i.e., tenderem a produzir mais verdades que falsidades) dado a evolução e o naturalismo é baixa, e (ii) reconhecer a baixa probabilidade da confiabilidade da nossa cognição dado o naturalismo e a evolução fornece um anulador para qualquer crença que seja (incluindo a crença no naturalismo). A premissa (ii) é menos controversa, uma vez que repousa em considerações sobre anuladores virtualmente aceitas por grande parte dos epistemólogos. A premissa (i), por outro lado, é bastante controversa. Plantinga apresenta um longo argumento em seu favor cuja tese central é a seguinte: a compreensão naturalista da relação entre o conteúdo de uma crença e o comportamento causado por essa crença não dá conta de explicar por que possuir crenças verdadeiras foi supostamente crucial para a aptidão dos nossos ancestrais. Em outras palavras, o naturalista não tem uma explicação satisfatória da suposta vantagem adaptativa de possuir crenças verdadeiras. Na falta de tal explicação, sugere Plantinga, o naturalista deveria acreditar que do ponto de vista puramente evolutivo é mais provável que a cognição humana seja infiável (i.e., não confiável). Procederei como segue. Apresentarei em algum detalhe a premissa (i), enfatizando, sobretudo as considerações de Plantinga sobre a relação entre o conteúdo de uma crença e o comportamento. Em seguida, explico sumariamente como funcionam os anuladores para uma crença e de que modo a proposição de que é improvável que a cognição humana II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 46 seja confiável dado o naturalismo e a evolução funciona como um anulador. Por fim, menciono algumas dificuldades intuitivas ao AECN e noto, principalmente, a falta de clareza do principal argumento de Plantinga a favor de (i). Palavras-chave: naturalismo filosófico; argumento evolutivo contra o naturalismo; Alvin Plantinga; anulação. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 47 ON PLANTINGA’S DOUBT AND EVOLUTIONARY ARGUMENT AGAINST NATURALISM Luiz Helvécio Marques Segundo Abstract: The aim of this lecture is to introduce Plantinga’s Evolutionary Argument Against Naturalism (EAAN). Roughly, philosophical naturalism is the thesis according to which everything that exists is ultimately physical (i.e., there are no supernatural entities); or at least that we shouldn’t inflate our ontology with entities that are utterly dispensable from the empirical sciences point of view. Thus, naturalism implies the improbability (maybe impossibility) of the existence of a theistic god. However, Plantinga claims that naturalism is a self-defeating position: if true, naturalism provides a defeater for naturalist’s belief in naturalism itself. So, a naturalist cannot rationally believe in naturalism. This conclusion rests on two main premises: (i) that naturalists have to accept the improbability of the reliability of human cognitive mechanisms given naturalism and evolution, and (ii) that this acceptance provides a defeater for any belief a subject comes to sustain (including his own belief in naturalism). Premise (ii) is free of controversy, for the core of defeasibility thesis is virtually shared by the majority of epistemologists. Premise (ii), by the other hand, is more difficult to maintain. Plantinga offers a long argument for it. Here is its central assumption: the naturalistic view of the relation between the content of a belief and the behaviour caused by it cannot explain why the possession of true beliefs was supposed to be crucial for our ancestors’ fitness. That is, naturalists don’t have a satisfactory explanation of the supposed adaptive advantage of an organism guiding its actions by true beliefs. Lacking such explanation, suggests Plantinga, naturalists should believe that it isn’t probable that, given naturalism and evolution, our cognition has evolved to be reliable. I will proceed as follows. I’ll first present in some detail premise (i), focusing on Plantinga’s considerations about the content of a belief and its relation with adaptive behaviour. Then, I’ll shortly explain how a belief can constitute a defeater for another one and, more importantly, how the belief in the proposition that the probability of our cognition is reliable given naturalism and evolution works as a defeater. Lastly, I present some intuitive difficulties to EAAN, and mainly with the lack of clarity of Plantinga’s arguments for (i). Keywords: Philosophical naturalism; evolutionary argument against naturalism; Alvin Plantinga; defeasibility. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 48 REALISMO CIENTÍFICO E O PROBLEMA DA REFERÊNCIA DOS TERMOS TEÓRICOS Tiago Luís Teixeira de Oliveira Resumo: Esta palestra tem os três seguintes objetivos: Em primeiro lugar, apresentar razões pelas quais as teorias da referência mais comuns não são capazes de suprir um realismo científico nos moldes do realismo disposicional de Chakravartty (2007, 2017). O segundo objetivo é oferecer o que considero ser algumas características importantes para uma teoria da referência subsidiar o realismo em questão (e variações). O último objetivo é analisar algumas tentativas como mais ou como menos promissoras para lidar com termos que se tornam obsoletos ou cujos referentes têm características revisadas na dinâmica do conhecimento científico ao longo da história. Como consequência do último objetivo, o desfecho da palestra encaminhará para o favorecimento de uma teoria da referência causal refinada, proposta por Stanford e Kitcher (2000). Palavras-chave: Realismo científico; Tipos naturais; Teoria causal da referência. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 49 SCIENTIFIC REALISM AND THE PROBLEM OF REFERENCE OF THEORETICAL TERMS Tiago Luís Teixeira de Oliveira Abstract: This talk has the following three goals: The first one is to argue for the conclusion that the most common theories of reference aren´t able to supply a scientific realism like Charkavartty´s dispositional realism (Chakravartty 2007 and 2017). Second, to offer relevant features that a theory of reference, as I consider, must exhibit to support the above mentioned scientific realism (and its variations). The last goal is to analyse the capacity of some promising attempts todeal either with the terms that became obsolete or with those whose referents had its features revised in the dynamics of scientific knowledge along with the history. As a consequence of the third goal, I will finish this talk favouring a refined causal theory of reference, proposed by Stanford and Kitcher (2000). Keywords: Scientific realism; Natural Kinds; Causal Theory of Reference. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 50 3ª Sessão de Palestras: 18 de novembro de 2020 14:00 – 20:00 Canal: youtube.com/c/ENFAENIF Universidade Federal do Amapá 16 a 21 de novembro de 2020 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 51 LÓGICAS CLÁSSICAS E NÃO CLÁSSICAS E SUAS NEGAÇÕES Kherian Galvão Cesar Gracher Resumo: Poderia haver um único sistema de lógica que permita trabalharmos simultaneamente com negações clássica, paraconsistente e paracompleta? Essas três negações foram separadamente estudadas em lógicas cujas negações levam seus nomes. Inicialmente iremos restringir nossa análise às lógicas proposicionais, analisando a negação clássica, ¬c, tal como tratada pela Lógica Proposicional Clássica LPC); a negação paraconsistente, ¬p como tratada através da hierarquia de Cálculos Proposicionais Paraconsistentes Cn (0 ≤ n ≤ ω); e a negação paracompleta, ¬q, como tratada pela hierarquia de Cálculos Proposicionais Paracompletos Pn (0 ≤ n ≤ ω). Ainda que possamos chamar os três conectivos de “negações”, suas propriedades são distintas de acordo com cada sistema (que, por sua vez, também preservam características metateóricas distintas). Em “Logics that are both paraconsistent and paracomplete” (1989), Newton da Costa propôs um sistema com características aproximadas ao que buscamos. Na hierarquia de Cálculos Proposicionais Não-Aléticos Nn (0 ≤ n ≤ ω), apenas uma negação é introduzida (como primitiva), chamada de “não-alética” (¬n), cujo funcionamento pode preservar as propriedades da negação clássica, ou paraconsistente ou paracompleta -- dependendo do bom ou mau comportamento da fórmula a ela conectada. No entanto, como veremos, na hierarquia Nn não podemos reiterar negações com comportamentos diferentes a uma mesma fórmula (e.g., ¬p¬cα ou ¬q¬c¬pα), ou mesmo analisar uma fórmula como ¬cα → ¬pα. Em vista desses problemas, podemos realmente dizer que a hierarquia Nn nos permite compreender as relações e interações dos três tipos de negações? Para tratarmos disso, posto o problema inicial, apresentaremos quatro sistemas axiomáticos (KG) nos quais, diferente de Nn, as três negações são diretamente introduzidas -- oferecendo também uma semântica e um método de provas por tableaux analíticos. Através dos Sistemas KG mostraremos como as negações interagem, obtendo teoremas não demonstráveis em LPC Cn, Pn e Nn (0 ≤ n ≤ ω). Palavras-chave: Negação; Lógica Clássica; Lógicas Não-Clássicas; Filosofia da Lógica. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 52 CLASSICAL AND NON-CLASSICAL LOGICS AND ITS NEGATIONS Kherian Galvão Cesar Gracher Abstract: Could there be a single logical system that would allow us to work simultaneously with classical, paraconsistent, and paracomplete negations? These three negations were separately studied in logics whose negations bear their names. Initially we will restrict our analysis to propositional logics by analyzing classical negation, ¬c, as treated by Classical Propositional Logic (LPC); the paraconsistent negation, ¬p, as treated through the hierarchy of Paraconsistent Propositional Calculi Cn (0 ≤ n ≤ ω); and the paracomplete negation, ¬q, as treated by the hierarchy of Paracomplete Propositional Calculi Pn (0 ≤ n ≤ ω). In “Logics that are both paraconsistent and paracomplete” (1989), Newton da Costa proposed a system with approximate characteristics to what we are looking for. In the hierarchy of Non-Alethical Propositional Calculi Nn (0 ≤ n ≤ ω), only one negation is introduced (as primitive), called a “non-alethic” (¬n), whose operation preserves the properties of classical, or paraconsistent or paracomplete negation -- depending on the well or ill behavior of the formula connected to it. However, as we shall see, in the hierarchy Nn we can not reiterate negations with different behaviors in a same formula (e.g., ¬p¬cα or ¬q¬c¬p α), or even analyze a formula like ¬cα → ¬pα. In view of these problems, can we really say that the hierarchy Nn allows us to understand the relationships and interactions of the three types of negations? In order to deal with this, given the initial problem, we will present four axiomatic systems (KG) in which, unlike Nn, the three negations are directly introduced -- offering a semantics and a method of proofs by analytic tableaux. Through the KG Systems we will show how the negations interact, obtaining non-demonstrable theorems in LPC, Cn, Pn, and Nn (0 ≤ n ≤ ω). Keywords: Negation; Classical Logic; Non-Classical Logics; Philosophy of Logic. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 53 CONTRA A VERDADE E A FALSIDADE: COMO A VAGUEZA REVOLUCIONA O QUE PENSAMOS SABER SOBRE A LINGUAGEM E O MUNDO Sagid Salles Resumo: Nesta palestra, apresento um esboço de uma teoria da vagueza que é capaz de reconhecer que predicados vagos são linguisticamente imprecisos. Defino imprecisão linguística como segue: um predicado é impreciso somente se não existe uma fronteira entre os objetos aos quais suas aplicações geram um valor de verdade particular e os objetos aos quais suas aplicações não gera aquele valor. Com esta definição em mãos, apresento alguns aspectos centrais do que chamo de “Teoria da Vagueza como Arbitrariedade”, que define um predicado vago como um predicado arbitrário que tem de ser tornado preciso para contribuir para uma frase que possua condições de verdade. Finalmente, argumento que esta definição pode acomodar a imprecisão linguística dos predicados vagos. Palavras-chave: Vagueza; Predicados Vagos; Imprecisão Linguística; Vagueza como Arbitrariedade. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 54 AGAINST TRUTH AND FALSEHOOD: HOW VAGUENESS REVOLUTIONIZES WHAT WE THINK WE KNOW ABOUT LANGUAGE AND THE WORLD Sagid Salles Abstract: In this talk, I outline a theory of vagueness that is able to recognize that vague predicates are linguistically imprecise. I define linguistic imprecision as follows: a predicate is imprecise only if there is no sharp boundary between objects to which its application yields some particular truth-value and ones to which its application does not yield that truth-value. With this definition in hand, I present some core aspects of what I call the “Theory of Vagueness as Arbitrariness”, which defines a vague predicate as an arbitrary predicate that must be precisified in order to contribute to a sentence that has truth-conditions. Finally, I argue that this definition can accommodate the linguistic imprecision of vaguepredicates. Keywords:Vagueness; Vague Predicates; Linguistic imprecision; Vagueness as Arbitrariness. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 55 EPISTEMOLOGIA E TOLERÂNCIA À OPINIÕES CONTRÁRIAS Delvair Custodio Moreira Resumo: O livre desacordo de ideias e opiniões é frequentemente aludido como uma situação epistemicamente benéfica em comunidades epistêmicas. Por outro lado, a situação oposta ao desacordo (como o consenso dogmático) é vista como epistemicamente ruim. Segundo Mill, por exemplo, a censura à posições contrárias a uma opinião, ainda que verdadeira, transforma a última em um dogma morto. Apesar de a literatura recente se concentrar na atitude doxástica dos pares em situações de desacordo em relação às suas respectivas crenças (manter, abandonar ou suspender o juízo), na chamada “epistemologia do desacordo”, pouco tem se falado quanto a atitude de um agente ou grupo de agentes com relação à crença oposta. Alguns filósofos têm advogado em favor da tolerância como a atitude apropriada em relação a opiniões contrárias. No entanto, para que a tolerância possa garantir os benefícios epistêmicos do desacordo e da pluralidade, é preciso distingui-la de atitudes similares como a indiferença ou o relativismo. Além disso, é preciso oferecer razões epistêmicas para justificar a tolerância, e não apenas razões morais ou políticas, uma vez que essas últimas buscam garantir benefícios como a preservação de autonomia e liberdade de expressão. Apesar de esses serem valores importantes, uma defesa epistêmica da tolerância procura estabelecer o valor da mesma na busca pela verdade. Desta forma, faz-se necessário uma investigação a fim de explorar a relação entre tolerância epistêmica e desacordo a fim compreender os benefícios epistêmicos resultantes da diversidade de opiniões e da tolerância a opiniões contrárias. Palavras-Chave: desacordo; tolerância; relativismo; epistemologia. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 56 EPISTEMOLOGY AND TOLERATION TO OPPOSING OPINIONS Delvair Custodio Moreira Abstract: The free disagreement of ideas and opinions is often alluded to as an epistemically beneficial situation in epistemic communities. Philosophers like Kuhn and Feyerabend argue that diversity in science promotes scientific progress. According to Mill, for example, the censorship of positions contrary to an opinion, although true, turns the latter into a dead dogma. Although recent literature focuses on the doxastic attitude of peers in situations of disagreement in relation to their respective beliefs (maintaining, abandoning or suspending judgment), in the so-called “epistemology of disagreement”, little has been said about the attitude of an agent or group of agents with respect to the opposite belief. Some philosophers have advocated for toleration as the proper attitude to opposing opinions. However, for toleration to guarantee the epistemic benefits of disagreement and plurality, it must be distinguished from similar attitudes such as indifference or relativism. In addition, it is need to offer epistemic reasons to justify toleration, and not just moral or political reasons, since the latter seek to guarantee benefits such as the preservation of autonomy and freedom of expression. Although these are important values, an epistemic defense of toleration seeks to establish its value in the search for truth. Thus, we need an investigation to explore the relationship between epistemic toleration and disagreement in order to understand the epistemic benefits resulting from the diversity of opinions and the toleration of opposing opinions. Keywords: disagreement; toleration; relativism; epistemology. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 57 METÁFORA, COGNIÇÃO E DELEUZE Daniel Schiochett Resumo: A relação entre expressões metafóricas e literais suscitou algumas explicações semânticas e pragmáticas acerca do funcionamento da linguagem. De modo geral, estas explicações acabam pintando um quadro no qual a linguagem é significativa pois funciona como uma espécie de espelho da realidade. Essa relação entre linguagem e realidade é sustentada por uma metafísica de objetos discretos e leis transcendes. Enquanto isso, o cognitivismo, conforme desenvolvido por Lakoff e Johnson, nega esse papel representativo da linguagem em nome de um papel funcional e operativo dos nossos conceitos enquanto fenômenos cognitivos que nos permitem uma interação mais eficiente com o meio no qual vivemos. Mas estes autores não pretendem oferecer uma metafísica que justifique e sustente essa compreensão da natureza da significatividade linguística. Acreditamos que é possível explorar as implicações metafísicas da filosofia de Deleuze e Guattari para oferecer tais bases. Nestes autores, a relação entre a linguagem e o mundo é pensada no interior de uma metafísica de intensidades contínuas e leis imanentes, na qual a diferenciação entre os múltiplos, contínuos e emergentes estratos da realidade não é um problema e sim uma necessidade metafísica. Palavras-chave: metáforas; semântica; pragmática; cognitivismo; devir. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 58 METAPHOR, COGNITION AND DELEUZE Daniel Schiochett Abstract: The relationship between metaphorical and literal expressions has given rise to some semantic and pragmatic explanations about the functioning of language. In general, these explanations end up painting a picture in which language is significant because it works as a kind of mirror of reality. This relationship between language and reality is supported by a metaphysics of discrete objects and transcendent laws. Meanwhile, cognitivism, as developed by Lakoff and Johnson, denies this representative role of language in the name of a functional and operative role of our concepts as cognitive phenomena that allow us to interact more efficiently with the environment in which we live. But these authors do not intend to offer a metaphysics that justifies and supports this understanding of the nature of linguistic significance. We believe that it is possible to explore the metaphysical implications of Deleuze and Guattari's philosophy to offer such bases. In these authors, the relationship between language and the world is thought within a metaphysics of continuous intensities and immanent laws, in which the differentiation between the multiple, continuous and emerging strata of reality is not a problem but a metaphysical necessity. Keywords: metaphors; semantics; pragmatics; cognitivism; becoming. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 59 CONTEÚDO MENTAL Sérgio Farias de Souza Filho Resumo: O objetivo desta apresentação é introduzir e avaliar a viabilidade das teorias teleológicas do conteúdo mental (“teleosemântica”). Inicialmente apresento os problemasda intencionalidade e do conteúdo mental e introduzo a solução naturalista para os mesmos. Segundo o naturalismo intencional, representações mentais são estados naturais e são as propriedades naturais das representações mentais que determinam seus conteúdos representacionais. Posteriormente apresento a teleosemântica como a mais promissora das teorias naturalistas do conteúdo mental. Sua tese central é que estados representacionais são redutíveis a estados de função biológica e que o conteúdo de uma representação mental é determinado por sua função biológica. Por fim apresento dois problemas fundamentais que põem em xeque a viabilidade da teleosemântica – o problema da indeterminação funcional e o problema das representações complexas. O primeiro estabelece que a função biológica de estados representacionais não é completamente determinada tal como pressuposto pelos teleosemanticistas. Mas se a função é indeterminada e é a função do estado representacional que determina seu conteúdo, segue-se que o conteúdo especificado pela teleosemântica é também indeterminado. O segundo problema é que ainda que a teleosemântica seja bem- sucedida em dar conta de representações cognitivamente primitivas, não está claro como a mesma poderia dar conta de representações cognitivamente complexas. Palavras-chaves: conteúdo mental; teleosemântica; função biológica; naturalismo intencional. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 60 MENTAL CONTENT Sérgio Farias de Souza Filho Abstract: The goal of this presentation is to introduce and assess the viability of the teleological theories of mental content (“teleosemantics”). First, I present the problems of intentionality and mental content and then I introduce the naturalist solution to both. According to intentional naturalism, mental representations are natural states, and the natural properties of mental representations are the ones that determine their representational contents. Second, I introduce teleosemantics as the most promising naturalist theory of mental content. The teleosemantic core thesis is that representational states are reducible to biological function states, and that the content of a metal representation is determined by its biological function. Finally, I present two foundational problems that jeopardises the viability of teleosemantics - the problem of functional indeterminacy and the problem of complex representations. The first problem establishes that the biological functions of representational states are not fully determined as assumed by teleosemanticists. But if the function is undetermined and it is the function of a representational state that determines its content, it follows that the content specified by teleosemantics is also indeterminate. The second problem is that even if teleosemantics succeeds in giving an account of cognitively primitive representations, it is not clear how teleosemantics could give an account of cognitively complex representations. Keywords: mental content; teleosemantics; biological function; intentional naturalism. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 61 DE ESPAÇO-E-TEMPO PARA ESPAÇO-TEMPO: PRINCÍPIOS FÍSICOS E CONSEQUÊNCIAS FILOSÓFICAS Diana Taschetto Resumo: Esta palestra ilustra o entrelaçamento da física e da filosofia tomando por estudo de caso a passagem da concepção de espaço e tempo da física newtoniana para a noção de espaço-tempo relativística. As motivações para a introdução dos conceitos de espaço e tempo absolutos são explicitadas e as razões empíricas para o seu abandono, indicadas. A teoria da relatividade restrita é apresentada - as equações que descrevem a dilatação do tempo, a contração do espaço e as transformações de Lorentz são derivadas explicitamente - e algumas consequências metafísicas daí decorrentes são discutidas. Argumenta-se, em conclusão, que considerações metafísicas são por vezes motivação e ponto de partida do teorizar científico - como se faz mostrar no caso das equações de movimento da física clássica - mas que também é o caso que teses metafísicas não-antevistas são por vezes consequência de teorias - como se faz mostrar, no caso do eternalismo, a natureza do tempo e a consequente concepção de “universo em bloco”. Palavras-chave: espaço-tempo; espaço absoluto; tempo absoluto; empirismo; metafísica. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 62 FROM SPACE-AND-TIME TO SPACE-TIME: PHYSICAL PRINCIPLES AND PHILOSOPHICAL AFTERMATHS Diana Taschetto Abstract: This talk discusses the interweaving of physics and philosophy by means of a case- study, namely the transition of the conception of space and time from Newtonian physics to the conception of spacetime from the theory of relativity. The motivation for the introduction of the notions of absolute space and absolute time are made explicit, as are the empirical reasons for rejecting them. The special theory of relativity is presented—in fact, the equations describing time dilation, length contraction and the Lorentz transformations are explicitly derived—and some of the metaphysical consequences that follow therefrom are discussed. In conclusion, I contend that metaphysical considerations are often the starting point of physical theorizing—as in the case of the classical equations of motion—but in contrast, non- anticipated metaphysical theses are also, in some cases, consequence of physical theories—as in the case of eternalism, the understanding of the nature of time and the thesis of the block- universe it entails. Keywords: spacetime; absolute space; absolute time; empiricism; metaphysics. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 63 4ª Sessão de Palestras: 19 de novembro de 2020 14:00 – 20:00 Canal: youtube.com/c/ENFAENIF Universidade Federal do Amapá 16 a 21 de novembro de 2020 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 64 O SENTIDO TÁCTIL DA EXISTÊNCIA HUMANA Cesar Augusto Mathias de Alencar Resumo: Nossa cultura ocidental, desde a Grécia antiga, tem sustentado a primazia do visual e do olho como órgão de saber, de tal forma que o vocabulário utilizado ainda hoje para caracterizar o conhecimento deriva do repertório desenvolvido para descrever a visão e o olhar. Parte dessa primazia tem obscurecido a importância fundamental do processo simbólico da mente e de sua realização em diversas instituições humanas. Meu interesse geral, nesse estudo, orienta-se pela indicação de que o processo simbólico, ao abarcar e transcender a atividade racional da mente, não pode se identificar com a imaginação em termos de mera criação de imagens, seja espontânea ou premeditada – porque a atividade criadora de símbolos exige a participação, não premeditada e sim espontânea, de todos os canais sensoriais de percepção. Meu interesse mais específico está em poder demonstrar em que medida o sentido do tato,por ser a mais fundamental das experiências sensoriais, tende a organizar nossa vivência do mundo e, desse modo, nossa criatividade simbólica, devendo ser compreendido como análogo ao destino humano de dar sentido à existência. Ambos os interesses são determinados pelo propósito de argumentar em favor do paradigma táctil como sendo mais adequado para representar a mente orientada pela condição existencial da vivência simbólica. Acredito, assim, oferecer uma compreensão da condição humana menos alienada pela noção visual e individual e mais afetiva e solidária a partir da realização de si como espaço de (con)vivência significativa. Palavras-chave: Percepção; Tato; Imaginação; Sentido da vida. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 65 THE TACTILE SENSE OF HUMAN EXISTENCE Cesar Augusto Mathias de Alencar Abstract: Western culture, since ancient Greece, has maintained the primacy of the visual and the eye as organ of knowledge, in such a way that the vocabulary used even today to characterize knowledge derives from the repertoire developed to describe the vision and the look. Part of this primacy has obscured the fundamental importance of the symbolic process of the mind and its realization in different human institutions. My general interest in this study is guided by the indication that the symbolic process, when encompassing and transcending the rational activity of the mind, cannot be identified with the imagination in terms of mere image creation, whether spontaneous or premeditated – because symbol-creating activity requires the participation, not premeditated but spontaneous, of all the sensory channels of perception. My most specific interest is in being able to demonstrate to what extent the sense of touch, being the most fundamental of sensory experiences, tends to organize our experience of the world and, thus, our symbolic creativity, it should be understood as analogous to the human destiny of make sense of existence. Both interests are determined by the purpose of arguing in favor of the tactile paradigm as being more adequate to represent the mind oriented by the existential condition of the symbolic experience. I believe, therefore, to offer an understanding of the human condition that is less alienated by the visual and the individual notion and more affective and supportive from the realization of oneself as a place of the meaningful (co)experience. Keywords: Perception; Touch; Imagination; Sense of life. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 66 CONSIDERAÇÕES SOBRE EMPÉDOCLES E OS MITOS Rafael César Pitt Resumo: O presente trabalho indaga sobre a múltipla possibilidade de se analisar a obra de Empédocles em sua dívida com os mitos. Essa possibilidade é fundamental para compreendermos o pensamento do autor e o sentido histórico e filosófico de sua poesia. A relação entre o pensamento do autor e os mitos está no centro das poesias, prosas e tratados do grupo dos pré-socráticos. Os motivos mais relevantes que levaram até esta abordagem são a atualização da literatura órfica e do campo de influência do orfismo, seguidos pela possibilidade de reler a obra empedocleana sob esta influência mitológica. A inserção do orfismo é nossa escolha metodológica para avaliar o papel do mito no pensamento de Empédocles. Educado por Parmênides, conhecedor das tradições dos mistérios, poeta épico, nosso autor em tela reúne muitas influências em sua literatura. Estudar este passado mitológico, a partir do orfismo, é o objetivo deste trabalho. Palavras-chave: Mito; Orfismo; Filosofia. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 67 CONSIDERATIONS ABOUT EMPEDOCLES AND MYTHS Rafael César Pitt Abstract: The present work asks about the multiple possibility of analyzing Empedocles' work in his debt to myths. This possibility is fundamental to understand the author's thinking and the historical and philosophical meaning of his poetry. The relationship between the author's thinking and myths is at the heart of the poetry, prose and treatises of the group of pre-Socratics. The most relevant reasons that led to this approach are the updating of the Orphic literature and the orphism's field of influence, followed by the possibility of rereading the Empedoclean work under this mythological influence. Orphism insertion is our methodological choice for assessing the role of myth in Empedocles' thinking. Educated by Parmenides, familiar with the traditions of the mysteries, an epic poet, our on-screen author brings together many influences in his literature. Studying this mythological past, from orphism, is the objective of this work. Keywords: Myth; Orphism; Philosophy. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 68 CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DOS ASPECTOS FILOSÓFICOS EXISTENCIALISTAS FUNDAMENTAIS DA LITERATURA SARTRIANA Paulo Roberto Moraes de Mendonça Resumo: As impressões e considerações apresentadas objetivaram elucidar a constante influência dos aspectos filosóficos do existencialismo humanista de Jean-Paul Sartre e as consequências na construção do seu fazer literário. Percebeu-se nesse estudo a configuração de uma particularidade pertinente na relação dialógica entre Filosofia e Literatura, na qual é oferecido um novo paradigma na concepção de uma teoria da literatura. Nessa perspectiva, à margem das nuances metafísicas presentes na estrutura do pensamento existencialista sartriano, foi possível evidenciar questões relevantes à vida humana, tais como o “ser-em-si- para-si”, o ser humano existente, “situado-no-mundo”, marcado por ambiguidades, conflitos e tensões, consigo mesmo e com o outro, em face das múltiplas relações construídas ao longo de sua existência, desveladas sobremaneira nas narrativas literárias. À luz desse background, isto é, o ser humano situado existencialmente como tema central na literatura sartriana, se fizeram presentes os seguintes questionamentos norteadores dessa reflexão: em que medida as teses filosófico-existencialistas são assumidas na esfera literária de Sartre? Em que medida a literatura em Sartre é existencialista? Pode-se evocar uma literatura existencialista? Dessa forma, a tentativa de responder a esses questionamentos tornou-se então o objeto das considerações apresentadas aqui. Apoiando-se nas obras de Sartre, dentre as quais “O Existencialismo é um Humanismo”, conferência proferida em 1945, “O Ser e o Nada”, de 1943, considerada sua obra principal, “A Náusea”, clássico publicado em 1938, e a importante obra “O que é Literatura”, publicada em 1947, que aborda de forma pertinente as questões do fazer literário, criando aí uma espécie de teoria literária em perspectiva existencialista, assim como outros trabalhos. Ao lado dos conceitos fundamentais do existencialismo humanista estabelecidos por Sartre, que imprimem essencialidade filosófica ao conteúdo literário de suas obras literárias, está o conceito de “engajamento”, preponderante na sua concepção do fazer literatura. Enfim, Jean-Paul Sartre assumiu importante tarefa no contextodo diálogo entre Literatura e Filosofia, imprimindo um caráter mais expressivo através de suas obras literárias, o que o torna relevante ainda em nossos dias, sem negar, evidentemente, as expressivas autorias da tradição filosófica ocidental antiga e clássica. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 69 Palavras-chave: Literatura; Existencialismo; Engajamento; J-P Sartre. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 70 CONSIDERATIONS REGARDING THE FUNDAMENTAL EXISTENTIALIST PHILOSOPHICAL ASPECTS OF SARTHRIAN LITERATURE Paulo Roberto Moraes de Mendonça Abstract: The impressions and considerations presented aimed to elucidate the constant influence of the philosophical aspects of the humanist existentialism of Jean-Paul Sartre and the consequences in the construction of his literary work. In this study, the configuration of a relevant particularity in the dialogical relationship between Philosophy and Literature was perceived, in which a new paradigm is offered in the conception of a theory of literature. In this perspective, in the margins of the metaphysical nuances present in the structure of Sartonist existentialist thought, it was possible to highlight issues relevant to human life, such as the "being-in-si-for-himself", the existing human being, "situated-in-the-world", marked by ambiguities, conflicts and tensions, with himself and with the other, in the face of the multiple relationships built throughout his existence, which are over-unveiled in literary narratives. In the light of this background, that is, the human being situated existentially as a central theme in Sartrian literature, the following questions were present, which guide this reflection: to what extent are philosophical-existentialist theses assumed in Sartre's literary sphere? To what extent is the literature in Sartre existentialist? Can one evoke an existentialist literature? Thus, the attempt to answer these questions then became the object of the considerations presented here. Relying on Sartre's works, among which "Existentialism is a Humanism", a conference given in 1945, "The Being and nothing", from 1943, considered his main work, "A Nausea", a classic published in 1938, and the important work "What is Literature", published in 1947, which pertinently addresses the issues of literary doing, creating there a kind of literary theory in an existentialist perspective, as well as other works. Alongside the fundamental concepts of humanist existentialism established by Sartre, who imprint philosophical essentiality to the literary content of his literary works, is the concept of "engagement", predominant in his conception of literature making. Finally, Jean-Paul Sartre assumed an important task in the context of the dialogue between Literature and Philosophy, imprinting a more expressive character through his literary works, which makes him relevant even in our days, without denying, evidently, the expressive authorship of the ancient and classical Western philosophical tradition. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 71 Keywords: Literature: Existentialism; Engagement; J-P Sartre. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 72 ÉTICA A NICÔMACO E HOLLYWOOD Fábio de Godoy Del Picchia Zanoni Resumo: Como sabemos, o livro Ética a Nicômaco, de Aristóteles, não guarda nenhuma espécie de remissão interna ao campo da estética. No entanto, a proposta da argumentação que ora se apresenta consiste em mobilizar passagens do filme estadunidense Maré Vermelha no intuito de explicitar para o público contemporâneo as profundas divergências que separam a ética grega das noções de ética que circulam de maneira mais ou menos consensual na contemporaneidade. Dito de modo simples, o que está em jogo é o esforço de mostrar que tais reflexões aristotélicas, uma vez iluminadas pelo sobredito filme, auxiliam- nos a explicitar que a ética constitui um problema filosófico assaz mais complexo do que supomos à primeira vista. Palavras-chave: Ética a Nicômaco; Maré Vermelha; ética. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 73 ETHICS TO NICOMACO AND HOLLYWOOD Fábio de Godoy Del Picchia Zanoni Abstract: As we know, the book Ethics to Nicômaco, from Aristotle, has not any kind of internal remission to the field of aesthetics. However, the proposition of the argument that now appears consists of mobilizing passages of the American film Crimson Tide in order to explicit for the contemporary public the deep divergences that separate the gregarious ethics from the notions of ethics that circulate in a more or less consensual way in contemporary times. Said simply, what is at stake is the effort to show that these Aristotelian reflections, once illuminated by the above-mentioned film, help us to explain that ethics constituted a most complex philosophical problem than we assumed at first glance. Key words: Ethics to Nicomaco; Crimson Tide; ethics. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 74 POR UMA PRAGMÁTICA DA CULTURA DA EDUCAÇÃO José Carlos Cariacás Resumo: Ao ler determinadas obras da área de educação da primeira metade do século XX, bem como ao averiguar os novos ares de compromisso com o experimentar e assumir a vida advinda dos movimentos juvenis de contestação de então, notamos o desenvolvimento de uma pragmática da cultura da educação que, outrora, foi desenvolvida/estimulada. Entende-se por pragmática as diversas diretrizes emanadas das vivências e das utopias direcionadas/impulsionada para o firmamento de um novo paradigma da cultura da educação baseado na participação coletiva. Para tanto, com a presente apresentação na forma de ensaio, buscamos analisar o que observemos no duplo desse novo modelo: o intelectual e o juvenil. Assim sendo, para o primeiro viés examinamos dois textos em especial, cada um deles produzidos por Célestin Freint e Moisey Pistrak. Quanto ao segundo, investigamos as contribuições dos movimentos de contestação via registros históricos e sociológicos da época. Palavras-chave: Pragmática; Cultura; Educação. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 75 FOR A PRAGMATIC OF CULTURE IN EDUCATION José Carlos Cariacás Abstract: When reading certain works in the area of education in the first half of the 20th century, as well as ascertaining the new airs of commitment to experimentingand assuming life arising from the youth movements of protest at that time, we noticed the development of a pragmatic culture of education which was once developed / stimulated. It is understood by pragmatics the various guidelines emanating from the experiences and utopias directed / driven towards the firmament of a new paradigm of the culture of education based on collective participation. Therefore, with the present presentation in the form of an essay, we seek to analyze what we observe in the double of this new model: the intellectual and the juvenile. Therefore, for the first bias we examine two texts in particular, each one produced by Célestin Freint and Moisey Pistrak. As for the second, we investigated the contributions of the protest movements via historical and sociological records of the time. Keywords: Pragmatics; Culture; Education. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 76 5ª Sessão de Palestras: 20 de novembro de 2020 14:00 – 15:00 Canal: youtube.com/c/ENFAENIF Universidade Federal do Amapá 16 a 21 de novembro de 2020 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 77 TOLERÂNCIA, UM PROJETO INACABADO Everton Miguel Puhl Maciel Resumo: O foco central dessa palestra decorre de um ensaio em torno da ideia de tolerância nos moldes religiosos apresentados por John Locke (1632-1704) no início da modernidade. Locke ventilava aspectos importantes na separação entre a vida privada do indivíduo e a normatividade que pode ser exigida da sociedade civil. O problema da tolerância é paradoxal, como mostra Sir Karl Popper, comparando os ideais de tolerância ao problema de se devemos ou não respeitar ideias ou pessoas intolerantes. Por um lado, temos a compreensão de que existe um problema de linguagem na ideia ocidental de tolerância e, sendo assim, ela se esvaziaria em sociedades que respeitassem teorias intolerantes em geral; por outro, temos a percepção liberal que sustenta que a melhor forma de combater um discurso que prega intolerância é ampliando a esfera do próprio discurso. Nessa exposição, mostramos que o chamado paradoxo da tolerância é, em si, o paradoxo da própria ideia de liberdade e, diferente do que pensa o senso comum, Popper não defendeu que devêssemos simplesmente reprimir discursos intolerantes em nossas sociedades. Tal qual o problema da liberdade negativa que permitiria virtualmente a ideia de que a escravidão respeitaria uma ampliação da liberdade como um “direito a escravizar”, a tolerância não esbarra em um problema de linguagem, mas de compreensão da sua prática nas sociedades políticas nas quais é imperativo separar a esfera da teoria e daquilo autorizado a se dizer e que pode efetivar danos às pessoas. Nesse aspecto, discursos intolerantes seriam autorizados inclusive para a melhora do controle social a respeito do perfil daqueles que o proferem. Palavras-chave: tolerância; liberdade; liberalismo; sociedade; político; liberdade de expressão. http://lattes.cnpq.br/5216412977817910 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 78 TOLERANCE: AN UNFINISHED PROJECT Everton Miguel Puhl Maciel Abstract: The central focus of this lecture comes from an essay on the idea of tolerance along the religious lines presented by John Locke (1632-1704). Locke told us about important aspects in the separation between the individual's private life and the normative that can be demanded of civil society. The problem of tolerance is paradoxical, as Sir Karl Popper shows, comparing ideals of tolerance to the problem of whether or not we should respect intolerant ideas or intolerant people. On the one hand, we have the understanding that there is a problem of language in the Western idea of tolerance and, therefore, it would be emptied in societies that respected intolerant theories in general; on the other hand, we have the liberal perception that maintains that the best way to combat a discourse that argues intolerance is to expand the sphere of the discourse itself. In this exhibition, we show that the tolerance paradox is, in itself, the paradox of the very idea of liberty and, different from what common sense thinks, Popper did not defend that we should simply forbidden intolerant discourses in our societies. Just like the problem of negative liberty that would virtually allow the idea that slavery would respect an extension of liberty as a “right to enslave”, tolerance does not come up against a problem of language, but of understanding its practice in political societies in which it is imperative to separate the sphere of theory and what is allowed to be said and which can effect harm to people. In this regard, intolerant speeches would even be allowed to improve social control over the profile of those who utter it. Keywords: tolerance; liberty; liberalism; society; political; free speech. http://lattes.cnpq.br/5216412977817910 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 79 OBJETIVIDADE DO BEM-ESTAR Bruno Aislã Gonçalves dos Santos Resumo: O meu objetivo neste trabalho é discutir a plausibilidade da inclusão de elementos objetivos na descrição do que é o bem-estar. Primeiramente, caracterizarei o que são elementos subjetivos e elementos objetivos. Depois, faça uma diferenciação entre teorias puramente subjetivas e teorias puramente objetivas acerca do bem-estar. Em seguida, apresentarei os problemas que visões puramente subjetivas enfrentam e que nos motivaria a explorar a possibilidade da introdução de elementos objetivos. Por fim, sugiro uma visão hídrida da descrição do bem-estar que inclui elementos objetivamente bons para nós e uma atitude dos sujeitos que podem usufruir do bem-estar. Palavras-chave: Bem-estar; elementos subjetivos; objetividade; teoria hídrida. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 80 THE OBJECTIVITY OF WELL-BEING Bruno Aislã Gonçalves dos Santos Abstract: This work aims to discuss the plausibility of include some objective elements into the description of what well-being is. First of all, I will characterize what is subjective and objectives elements of well-being. After, I will distinguish between purely subjective theories and purely objective theories of well-being. Then I will show some problems that purely subjectivity theories face and what can motivate us to explore the possibility of introducing some objectivity elements into the description of well-being. Lastly, I will suggest a hybrid view of well-being that to include some objective elements that are good for us and an attitude of individuals that can have well-being. Keywords: Well-being; subjective elements; objectivity; hybrid theory. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com- http://youtube.com/c/enfaenif 81 ONTOLOGIA SOCIAL E LIMITES MORAIS DO LIBERALISMO Aluízio de Araújo Couto Júnior Resumo: Meu objetivo nesta palestra é argumentar que o liberalismo em sua forma mais individualista é moralmente incompleto e que a resposta a esse desafio equivale à vindicação de uma forma modesta de realismo político. Por "moralmente incompleto" quero dizer que há pelo menos um princípio normativo central (supostamente aceito por liberais) que não pode ser satisfeito dentro do arcabouço dessa caracterização que proponho de liberalismo. Por "realismo político" entendo a ideia de que a normatividade política não pode ser reduzida às concepções comuns de moralidade. Num primeiro momento, motivo a ideia de que minha caracterização do liberalismo representa adequadamente teorias liberais reais. Logo depois formulo o princípio normativo que, a partir dessa caracterização, não podemos satisfazer. Com isso, o resultado final é que uma vez que apenas grupos agindo como agentes morais coletivos genuínos podem satisfazê-lo, temos de aceitar a existência de propriedades morais coletivas, o que mostra que no mundo normativo há mais do que indivíduos, suas propriedades e interações. Palaras-Chave: Ontologia Social; Liberalismo; Realismo Político. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 82 SOCIAL ONTOLOGY AND MORAL LIMITS OF LIBERALISM Aluízio de Araújo Couto Júnior Abstract: My aim in this lecture is to argue that liberalism in its most individualist form is morally incomplete and that this challenge can only be solved by a modest vindication of political realism. By “morally incomplete” I mean that there is at least one central normative principle (arguably shared by liberals) that cannot be satisfied within that specific liberal framework. By “political realism” I mean that political normativity cannot be reduced to common conceptions of morality. First, I motivate the idea that the liberal framework fairly represents actual liberal theories. Then I formulate a normative principle that cannot be satisfied within that framework. In the end, the upshot is that since only groups acting as collective moral agents in their own right can satisfy it, we have to accept the existence of collective moral properties, which shows that there is more to morality than individuals, their properties, and interactions. Keywords: Social Ontology; Liberalism; Political Realism. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 83 O RACISMO RECREATIVO NO PODER JUDICIÁRIO Maria Carolina Monteiro de Oliveira Resumo: Este trabalho pretende expor a forma como o racismo recreativo é balizado pela jurisprudência brasileira. Apesar de velado nas discussões, debates e políticas públicas, as práticas racistas são expressas e cotidianamente presentes no discurso e no imaginário popular. Uma das formas mais poderosas e ao mesmo tempo sutil desta expressão surge através das piadas de cunho racista, machista, misógino e homofóbico. Não raro as categorias “loira burra”, “bicha”, “neguinho”, “escurinho” e tantas outras foram reforçadas de maneira constante no campo discursivo. O racismo recreativo é o tipo de racismo que se desenvolve na esfera privada do cotidiano por meio das microagressões e do humor racista. É meio discriminatório institucionalizado pelas decisões judiciais que balizam a sutileza das microagressões racistas e perpetuam os privilégios históricos e sociais do grupo dominante, neste caso, a branquitude. Em grande parte das decisões judiciais nos processos de injúria racial e racismo, este último registrado com bem menos frequência do que o primeiro, os acusados destes crimes são absolvidos, posto que, para os magistrados, não resta caracterizada a intenção de ofender a(s) vítima(s) (ALMEIDA, 2019, p. 132). Mesmo quando desclassificados para a conduta da injúria, a condenação dos réus somente ocorre quando a ofensa racista for extremamente óbvia e flagrante. Se o objeto do processo repousar sobre uma ofensa implícita, ou seja, em uma fala de microagressão, a qual está inserido o fenômeno do racismo recreativo, a probabilidade dos acusados serem absolvidos é altamente expressiva (MUNHOZ, 2009, p. 138). Considerando que a figura do juiz possui no imaginário social elementos como neutralidade e imparcialidade, espera-se que os julgamentos sejam estritamente técnicos e legalistas. Por trás desta “isenção moral”, o Judiciário contém desde a sua criação formal no Brasil uma estrutura eurocêntrica, branca, cristã e masculina, que reforça os sistemas de opressão pelos quais se baseiam nossa sociedade. Sendo o Poder Judiciário composto em sua maioria por homens brancos situados na heteronormatividade, o reconhecimento da configuração do crime de racismo perpassa pelo reconhecimento da existência do racismo e da falácia do mito da democracia racial criado pela mesma branquitude que ocupa os espaços de poder e prestígio social, incluindo a justiça brasileira. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 84 Palavras-chave: racismo recreativo; poder judiciário; microagressões; decisões judiciais; branquitude. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 85 RECREATIONAL RACISM IN THE JUDICIARY Maria Carolina Monteiro Abstract: This work aims to expose the way in which recreational racism is guided by Brazilian jurisprudence. Despite being veiled in discussions, debates and public policies, racist practices are expressed and daily present in popular discourse and imagination. One of the most powerful and subtle forms of this expression comes through racist, sexist, misogynistic and homophobic jokes. It is not uncommon for the categories “dumb blonde”, “fagot”, “neguinho”, “negroinho” and so many others to be constantly reinforced in the discursive field. Recreational racism is the type of racism that develops in the private sphere of everyday life through micro-aggressions and racist humor. It is a discriminatory means institutionalized by judicial decisions that guide the subtlety of racist micro-aggressions and perpetuate the historical and social privileges of the dominant group, in this case, whiteness. In most of the judicial decisions in the cases of racial injury and racism, the latter registered much less frequently than the former, those accused of these crimes are acquitted, since, for the magistrates, the intention to offend (s) remains unclear. ) victim (s) (ALMEIDA, 2019, p. 132). Even when disqualified for the conduct of the injury, the conviction of the defendants only occurs when the racist offense is extremely obvious and flagrant. If the object of the process rests on an implicit offense, that is, in a speech of micro-aggression, in which the phenomenon of recreational racism is inserted, the probability of the accused being acquitted is highly expressive (MUNHOZ, 2009, p. 138). Considering that the figure of the judge has elements such as neutrality and impartiality in the social imaginary, it is expected that the judgments are strictlytechnical and legalistic. Behind this “moral exemption”, the Judiciary has, since its formal creation in Brazil, a Eurocentric, white, Christian and male structure, which reinforces the systems of oppression on which our society is based. Since the Judiciary is composed mostly of white men located in heteronormativity, the recognition of the configuration of the crime of racism goes through the recognition of the existence of racism and the fallacy of the myth of racial democracy created by the same whiteness that occupies the spaces of power and prestige including Brazilian justice. Keywords: recreational racism; judiciary; judicial statements; whitiness; II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 86 O CORPO DOENTE: CORONAVÍRUS E A CRISE DO CONTRATO SOCIAL Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes Resumo: Na introdução de seu livro Leviathan, Thomas Hobbes elabora uma precisa analogia entre corpos, sendo o Estado um corpo político semelhante ao corpo natural. Para isso, o Estado possuiria uma vida artificial análoga à vida natural que permitiria o seu próprio movimento artificial. Com o surgimento do neoliberalismo no século XX, temos uma intensificação das regras do mercado sobre o poder político, o que levou inevitavelmente a ruptura com o contrato social que garantia direitos para toda população. Aproveitando a pandemia de covid-19, vamos retomar a analogia hobbesiana entre o corpo natural doente e a doença que aflige o corpo político: a sedição. A partir desta analogia, o intuito deste trabalho é analisar a maneira como o vírus afetou não só os corpos físicos com a doença, mas, principalmente o corpo político. Palavras-chave: Covid-19; Hobbes; Corpo Político; Contrato Social; Liberalismo; Filosofia Política. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 87 THE SICK BODY: CORONAVIRUS AND SOCIAL CONTRACT CRISIS Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes Abstract: In the introduction to his book Leviathan, Thomas Hobbes draws a precise analogy between bodies, being the State a body politic similar to the natural body. Thus, the State would have an artificial life analogous to the natural one that would allow its own artificial movement. With the rise of neoliberalism in the twentieth century, there is an intensification of the market rules over the political power, which inevitably lead to the rupture with the social contract that guaranteed rights for the entire population. In face of the covid-19 pandemic, we shall return to the Hobbesian analogy between a sick natural body and the disease that afflicts the body politic: the sedition. Based on this analogy, the aim of this work is to analyze the way in which the virus affected not only the physical bodies with the disease, but mainly the political body. Keywords: Covid-19; Hobbes; Body Politic; Social Contract; Liberalism; Political Philosophy. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 88 1ª Sessão de Comunicações: 16 de novembro de 2020 10:00 – 11:30 Canal: youtube.com/c/ENFAENIF Universidade Federal do Amapá 16 a 21 de novembro de 2020 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 89 UMA QUESTÃO DA FILOSOFIA DA MATEMÁTICA: O QUE O USO DA MATEMÁTICA NO DISCURSO CIENTÍFICO NOS DIZ? José Henrique Fonseca Franco 1 Resumo: O principal debate na ontologia da matemática é protagonizado pelo realismo ontológico e o anti-realismo. Ambas as posições buscam encontrar apoio muitas vezes na metodologia e na lógica matemática para corroborar suas posições quanto a natureza dos entes matemáticos. Nesse trabalho iremos expor algumas concepções a respeito da ontologia da matemática, trazendo para o exame dessa questão o fato da matemática ser imprescindível na elaboração do discurso científico. Para um realista ontológico elaborar uma definição é descrever um ente existente. Tal descrição de acordo com alguns realistas de valor verdade não poderia ser feita em função de uma totalidade. Se os entes matemáticos existem para além das mentes dos matemáticos não há problema a respeito da totalidade, uma vez que estaríamos apenas descrevendo um objeto que pertence a uma totalidade. Essa postura quanto a ontologia visa a dissipação de alguns paradoxos que possam surgir no procedimento matemático, a origem de contradições na matemática, segundo Russell, estaria no uso de conceitos impredicativos, ou seja que fazem referência a uma totalidade. Para Gödel a matemática nos diz a respeito de um aspecto objetivo da realidade, contraria nesse ponto a ontologia kantiana, embora lhe fosse agradável algumas noções de intuição próximas as elaboradas por Kant. O autor dos Teoremas de Incompletude considera que há uma objetividade na matemática que vai além da nossa intuição, que permite elaborar uma linguagem que descreva a realidade matemática, ou esse aspecto objetivo da realidade. O mesmo se processa quanto a física, que ele cita como exemplo em alguns textos. Notemos que esta investigação de cunho epistêmicoontológico se preocupa em alguma medida, ou indica para a questão a respeito do que podemos conhecer e a relação que se estabelece com sua 1 Graduado em Engenharia Elétrica com ênfase em Sistemas Elétricos de Potência pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei) em 2015. Iniciou licenciatura em Filosofia na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) em 2016, mesmo ano que começou a atuar como bolsista de iniciação à docência no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES). Realizou no segundo semestre de 2018 intercambio na Universidad de San Buenaventura, Bogotá, D.C. pelo programa BRACOL. Em 2019 passou a fazer parte do Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Filosofia. Atualmente é bolsista (CAPES) no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), realizando mestrado na linha de pesquisa: Metafísica e Mente. Desenvolve pesquisa na área de filosofia da matemática e lógica sob orientação do Prof. Dr. Marco Aurélio Souza Alves. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 90 existência, no caso específico das entidades, objetos que são próprios da matemática ou da atividade matemática. Para Quine se uma proposição da matemática é dotada de sentido essa diz a respeito do mundo. A teoria da teia de crenças de Quine questiona o papel central que os positivistas lógicos atribuíam a analiticidade, e argumenta que o conhecimento da linguagem é um conhecimento inserido no mundo. Quine reluta em aceitar o realismo ontológico matemático, mas também discorda do nominalista que nega a existência de objetos matemáticos. Segundo Putnam as necessidades teóricas e metodológicas da física acabam constituindo um argumento a favor do realismo ontológico matemático. O mundo físico observado através da experiência delimita a aplicação da matemáticana teoria física, assim como diz algo a respeito de sua própria estrutura, ou seja, do mundo. Argumento da indispensabilidade de Quine – Putnam nos diz que elétrons, planetas, objetos físicos e números possuem o mesmo tipo de existência, ou existem no mesmo sentido. Quine e Putnam não se voltam para problemas a respeito da consistência ou dos fundamentos da matemática, mas sim deduzem da sua aplicabilidade consequências ontológicas e semânticas. Estão mais interessados no fato do mundo poder ser descrito pela matemática. Para Quine a ciência é feita sobre a necessidade, e o discurso em termos de modalidade não possuem relevância para a elaboração de teorias físicas por exemplo, objeta assim qualquer tipo de revisionismo na matemática ou criação de qualquer tipo de matemática alternativa (o que chega a ser proposto pelos intuicionistas) uma vez que concebe que a matemática é o que há de mais sólido em sua teia de crenças. Contestar a matemática implicaria em contestar toda ciência moderna. A matemática está na teia de crenças se suas elaborações têm alguma relação com observações sensoriais. Maddy, por seu turno, sintetiza as visões de Gödel e de Quine, concebe que podemos fazer concessões ao realismo ontológico se este possibilita a nossa melhor explicação do mundo. A aplicabilidade da matemática na ciência moderna que consiste na nossa melhor teoria para explicarmos o mundo nos dá razões para acreditar na existência de objetos matemáticos. Objeta que a teia de crenças de Quine aceita o caráter óbvio da matemática que parece ser ignorado pelo argumento da aplicabilidade, faz assim uma defesa de ramos mais teóricos da matemática. Palavras-chave: argumento de indispensabilidade; ontologia matemática; lógica; realismo; antirrealismo. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 91 A QUESTION FROM THE PHILOSOPHY OF MATHEMATICS: WHAT DOES THE USE OF MATHEMATICS IN SCIENTIFIC DISCOURSE TELL US? José Henrique Fonseca Franco Abstract: The main debate in the ontology of mathematics is protagonized by ontological realism and anti-realism. Both positions seek to find support many times in methodology and mathematical logic to corroborate their positions regarding the nature of mathematical entities. In this work we will expose some conceptions about the ontology of mathematics, bringing to the examination of this question the fact that mathematics is essential in the elaboration of scientific discourse. For an ontological realist to elaborate a definition is to describe an existing entity. Such a description, according to some realists of true value, could not be made in terms of totality. If mathematical beings exist beyond the minds of mathematicians, there is no problem with respect to the totality, since we would only be describing an object that belongs to a totality. This stance regarding ontology aims at the dissipation of some paradoxes that may arise in the mathematical procedure, the origin of contradictions in mathematics, according to Russell, would be in the use of impredicative concepts, that is to say that they refer to a totality. For Gödel, mathematics tells us about an objective aspect of reality, it goes against the Kantian ontology here, although it was pleasant to him some notions of intuition similar to those developed by Kant. The author of Incompleteness Theorems considers that there is an objectivity in mathematics that goes beyond our intuition, which allows us to elaborate a language that describes mathematical reality, or that objective aspect of reality. The same applies to physics, which he cites as an example in some texts. Note that this investigation of an epistemic-ontological nature is concerned to some extent, or indicates for the question about what we can know and the relationship that is established with its existence, in the specific case of abstracts entities, objects that are proper to mathematics or of the mathematical activity. For Quine, if a mathematical proposition is endowed with meaning, it says about the world. Quine's web of belief theory questions the central role that logical positivists attributed to analyticity, and argues that knowledge of language is knowledge inserted into the world. Quine is reluctant to accept mathematical ontological realism, but he also disagrees with the nominalist who denies the existence of mathematical objects. According to Putnam, the theoretical and II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 92 methodological needs of physics end up constituting an argument in favor of mathematical ontological realism. The physical world observed through experience delimits the application of mathematics in physical theory, just as it says something about its own structure, that is, of the world. Quine - Putnam 's argument of indispensability tells us that electrons, planets, physical objects and numbers have the same type of existence, or exist in the same sense. Quine and Putnam do not address problems regarding the consistency or fundamentals of mathematics, but they deduce from their applicability ontological and semantic consequences. They are more interested in the fact that the world can be described by mathematics. For Quine, science is about necessity, and discourse in terms of modality has no relevance to the elaboration of physical theories, for example, thus objecting to any kind of revisionism in mathematics or the creation of any type of alternative mathematics (which comes to be proposed by intuitionists) since it conceives that mathematics is the most solid in its web of beliefs. To challenge mathematics would imply the challenge of all modern science. Mathematics is in the web of beliefs if its elaborations have anything to do with sensory observations. Maddy, in turn, synthesizes the views of Gödel and Quine, conceives that we can make concessions to ontological realism if it allows our best explanation of the world. The applicability of mathematics in modern science, which consists of our best theory for explaining the world, gives us reasons to believe in the existence of mathematical objects. She objects that Quine's web of beliefs accepts the obvious character of mathematics that seems to be ignored by the applicability argument, thus making a defense of more theoretical branches of mathematics. Keywords: indispensability argument; mathematical ontology; logic; realism; anti-realism. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 93 O RECONHECIMENTO INTERPESSOAL NAS RELAÇÕES DE SEGUNDA PESSOA Felipe Eleutério Pereira 2 Resumo: Temos por objetivo neste trabalho analisar se o reconhecimento do outro, enquanto pessoa, na verdade se trata de reconhecer seus estados mentais, inclusive emocionais, em relações de segunda pessoa. De acordo com Laitinen (2007, p. 6), concepções relacionais de pessoalidade (personhood-for-others) vem sendo consideradas desde Hegel, contrariando concepções monádicas, enfatizando a relevância das relações interpessoais na atribuição da qualidade de pessoa (e não das capacidades individuais ou propriedades específicas da pessoa). Partimos da caracterização externalista de pessoa como sendo um agente social com capacidades cognitivas e perceptuais que atualiza disposições em relações contexto- dependentes de segunda pessoa. Nesta perspectiva, na medida em quecertas capacidades e estados cognitivos delas são reconhecidos por outras, por definição, elas atualizariam sua pessoalidade. Isto porque, não somente muitas destas capacidades e estados são considerados relacionais, isto é, que uma pessoa deve interagir com outras para instanciá-los, mas também que ser uma pessoa significaria ser tratada de certa forma por outros na vida cotidiana (e importa que assim seja!). Neste caso, a atribuição de pessoalidade não depende da possibilidade de inferir estados internos ou intenções do outro a partir da sua conduta observável e, então, antecipar o possível rumo de sua futura conduta. Na perspectiva de segunda pessoa, a atribuição de pessoalidade ocorre implicitamente, como num continuum interpessoal, na percepção direta do outro. assim dizer, este reconhecimento direto do outro como pessoa se deve a que esta instância de estados mentais, como defendem alguns estudiosos da tese da segunda pessoa (Gomila, 2001; Scotto, 2002; Liñan e Pérez- Jiménez, 2017). As relações de segunda pessoa, identificadas por Antoni Gomila (2001, p. 67; 2002), Carolina Scotto (2002) e tomadas criticamente por Diana Pérez (2013), ocorrem em 2 Atualmente, cursa Filosofia na UNESP. Entre os meses de setembro de 2016 e janeiro de 2017, fez graduação- sanduíche na Universidade de Santiago de Compostela, Galícia (financiamento UNESP). Entre os meses de agosto e dezembro de 2019, desenvolveu pesquisa, sob a supervisão da Profa. Dra. Diana Pérez, no Instituto de Investigações da Sociedade Argentina de Filosofia Analítica, IFF-SADAF/CONICET (financiamento FAPESP). É membro do Grupo Acadêmico de Estudos Cognitivos (GAEC). Pesquisa possíveis implicações da computação ubíqua na pessoalidade na perspectiva de segunda pessoa. Desenvolve trabalhos nas áreas de Filosofia da Mente, da Tecnologia e do Vestuário. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 94 tempo real, cara-a-cara (ou corpo-a-corpo, Pérez, 2013), em que aspectos expressivos de um agente (posição corporal, orientação, tom de voz, configuração facial, rubor, lacrimejamento, vestuário) são percebidos diretamente como significativos pelo outro, e não como sintomas de estados internos a ser interpretados desde fora. De acordo com Gomila (2002, p. 132), tais aspectos expressivos constituem o estado mental que se atribui (em especial, emoções), “de modo que o resultado de tal atribuição não é formulado conscientemente nem requer uma meta-representação conceitual, senão que constitui a base de uma reação correspondente, que tem seu pleno significado precisamente dentro da situação de interação” (p. 132). Relações de segunda pessoa são estabelecidas, por exemplo, entre amigos, parceiros de dança, uma mãe e seu bebê, mas também entre seres humanos e animais de estimação (Liñan e Pérez-Jiménez, 2017). Gomila e Pérez (2018) afirmam que a perspectiva da segunda pessoa é uma perspectiva genuína de atribuição mental. Nas relações de segunda pessoa, aponta Gomila (2002), o estado mental da pessoa influencia o estado mental do outro de forma recíproca, já que a intenção comunicada não tem que ser sempre proposicional ou deliberada, mas afetiva, prática, mutuamente reativa e contexto-dependente. Especificamente, Gomila (2001) argumenta que a intencionalidade aparece de modo implícito nas relações de segunda pessoa. Tal perspectiva, segundo Gomila e Pérez (2018), antecede a posse do conceito (no desenvolvimento da pessoa) e não pode ser reduzida às perspectivas de primeira pessoa (subjetiva) e terceira pessoa (objetiva), na medida em que se baseia em uma reciprocidade contingente que só pode ser entendida sob este ponto de vista. Procuraremos ressaltar a relevância da perspectiva de segunda pessoa para aproximar os fenômenos de reconhecimento interpessoal e atribuição de estados mentais. Palavras-chave: Pessoalidade; Reconhecimento interpessoal; Perspectiva de segunda pessoa; Filosofia da mente. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 95 INTERPERSONAL RECOGNITION IN SECOND-PERSON RELATIONSHIPS Felipe Eleutério Pereira Abstract: Our objective in this work is to analyze if the recognition of the other, as a person, is actually about recognizing his/her mental states, including emotional ones, in second- person relationships. According to Laitinen (2007, p. 6), relational conceptions of personhood ( personhood-for-others) have been considered since Hegel, contradicting monadic conceptions, emphasizing the relevance of interpersonal relationships in the attribution of the quality of the person (and not of individual capacities or specific properties of the person). We start from the externalist characterization of a person as a social agent with cognitive and perceptual capacities that updates dispositions in context-dependent second-person relationships. In this perspective, to the extent that certain capacities and cognitive states of them are recognized by others, by definition, they would update their personality. This is because not only are many of these capacities and states considered relational, that is, that a person must interact with others to instantiate them, but also that being a person means being treated in a certain way by others in daily life (and it matters!). In this case, the attribution of personhood does not rely on the possibility of inferring internal states or intentions of the other from his/her observable conduct and then anticipating the possible course of his/her future conduct. From the second-person perspective, the attribution of personhood occurs implicitly, as in an interpersonal continuum, through the direct perception of the other. so to speak, this direct recognition of the other as a person is due to this instance of mental states, as some scholars of the second-person thesis defend (Gomila, 2001; Scotto, 2002; Liñan and Pérez-Jiménez, 2017). Second-person relationships, identified by Antoni Gomila (2001, p. 67; 2002), Carolina Scotto (2002) and taken critically by Diana Pérez (2013), occur in real time, face to face (or body-to-body, Pérez, 2013), in which expressive aspects of an agent (body position, orientation, tone of voice, facial configuration, blushing, tearing, clothing) are perceived directly as significant by the other, and not as symptoms of internal states to be interpreted from outside. According to Gomila (2002, p. 132), such expressive aspects constitute the mental state that is attributed (especially emotions), "so that the result of such attribution is not consciously formulated nor does it require a conceptual meta-representation, but rather constitutes the basis of a corresponding reaction, which has its full meaning II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 96 precisely within the situation of interaction" (p. 132). Second person relationships are established, for example, between friends, dance partners, a mother and her baby, but also between human beings and pets (Liñan and Pérez-Jiménez, 2017). Gomila and Pérez (2018) state that the second-person perspective is a genuine mental attribution perspective. In second- person relationships, Gomila (2002) points out, the mental state of the person influences the mental state of the other in a reciprocal way, since the intention communicated does not have always to be propositionalor deliberate, but affective, practical, mutually reactive and context-dependent. Specifically, Gomila (2001) argues that intentionality appears implicitly in second person relationships. According to Gomila and Pérez (2018), such perspective precedes the possession of the concept (in the development of the person) and cannot be reduced to the perspectives of first-person (subjective) and third person (objective), since it is based on contingent reciprocity that can only be understood from this point of view. We will try to emphasize the relevance of the second-person perspective to approximate the phenomena of interpersonal recognition and attribution of mental states. Keywords: Personhood; Interpersonal recognition; Second-person perspective; Philosophy of mind. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 97 SOBRE A NATUREZA DA IGNORÂNCIA: AUSÊNCIA DE CONHECIMENTO OU AUSÊNCIA DE CRENÇA VERDADEIRA? Lucas Jairo Cervantes Bispo 3 Resumo: A presente comunicação se insere na área de epistemologia analítica e tem como objeto a natureza da ignorância. Sua pretensão é de apresentar e discutir introdutoriamente duas alternativas relevantes que disputam a definição da ignorância, quais sejam, a Visão Padrão e a Visão Nova. Para a primeira, ignorância é ausência de conhecimento; para a segunda, ausência de crença verdadeira. Assim, do ponto de vista da análise clássica do conhecimento, entre as diversas condições requeridas por ambas para que um sujeito seja ignorante, essas posições concordam que ausência de crença verdadeira é condição suficiente para ignorância, todavia, disputam sobre se é uma condição necessária. Defensores da Visão Padrão argumentam que mesmo possuindo crença verdadeira um sujeito pode ser ignorante devido à falta de justificação ou a não satisfação de uma cláusula anti-Gettier. Já defensores da Visão Nova argumentam que não há ignorância se há crença verdadeira, mesmo na falta desses outros elementos. Nessa última perspectiva, crer verdadeiramente que P é suficiente para não ser ignorante que P. Considerando essa divergência, cada uma dessas alternativas será exposta tendo em vista como definem a ignorância, os tipos de ignorância e as condições específicas para a ignorância proposicional. Além disso, suas vantagens e desvantagens serão brevemente apontadas a partir dos seguintes pontos: intuições linguísticas, unificação teórica, como lidam com casos de crença verdadeira e crenças verdadeiras justificadas que não são conhecimento, com a possibilidade da ignorância sobre proposições falsas e com a intuição generalizada de que a ignorância desculpável nos exime ao menos parcialmente de culpa. Por fim, serão feitas considerações finais, retomando as conclusões do texto com vistas ao seu objetivo. Palavras-chave: Epistemologia; Ignorância; Ausência de Conhecimento; Ausência de Crença Verdadeira. 3 Mestrando em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia. Graduado em Licenciatura em Filosofia pela Universidade Estadual de Feira de Santana-BA com período sanduíche na Universidade de Coimbra, Portugal. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 98 ON THE NATURE OF IGNORANCE: LACK OF KNOWLEDGE OR LACK OF TRUE BELIEF? Lucas Jairo Cervantes Bispo Abstract: This communication falls within the area of analytical epistemology and has as its object the nature of ignorance. Its intention is to introduce and discuss two relevant alternatives that dispute the definition of ignorance, namely, the Standard View and the New View. For the first, ignorance is the absence of knowledge; for the second, absence of true belief. Thus, from the point of view of classical analysis of knowledge, among the various conditions required by both for a subject to be ignorant, these positions agree that the absence of true belief is a sufficient condition for ignorance, however, they dispute over whether it is a necessary condition. Defenders of Standard View argue that even if a person has true belief, he or she may be ignorant due to lack of justification or non-satisfaction of an anti-Gettier clause. Supporters of New View argue that there is no ignorance if there is true belief, even in the absence of these other elements. In this last perspective, to truly believe that P is enough to be not ignorant that P. Considering this divergence, each of these alternatives will be exposed in view of how they define ignorance, the types of ignorance and the specific conditions for propositional ignorance. In addition, their advantages and disadvantages will soon be pointed from the following aspects: linguistic intuitions, theoretical unification, how they deal with cases of true belief and justified true beliefs that are not knowledge, with the possibility of ignorance about false propositions and with the widespread intuition that excusable ignorance exempts us, at least partially, from guilt. Finally, considerations will be made, resuming the conclusions of the text with a view to its objective. Keywords: Epistemology; Ignorance; Absence of Knowledge; Absence of True Belief. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 99 2ª Sessão de Comunicações: 17 de novembro de 2020 10:00 – 11:30 Canal: youtube.com/c/ENFAENIF Universidade Federal do Amapá 16 a 21 de novembro de 2020 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 100 ARGUMENTOS HIPOTÉTICOS E A INFLUÊNCIA DE BOÉCIO NA LÓGICA DE ABELARDO Luana Talita da Cruz 4 Resumo: Mesmo que argumentos hipotéticos sejam encontrados na silogística e na lógica estoica, a leitura boeciana funciona como um filtro interpretativo que influência as leituras dos autores do medievo. A interpretação de Boécio funcionaria como um possível erro interpretativo que resulta em uma nova leitura de como esses argumentos deveriam funcionar. Assim, quando Abelardo propõe correções e adendos a partir do que considera como lógica puramente aristotélica, na verdade, essa lógica passou pelo filtro boeciano. Há, portanto, um diálogo entre Abelardo e Boécio quanto consideramos argumentos tópicos e silogismos hipotéticos. A fim de estabelecer a formalidade das proposições hipotéticas que, de modo geral, na interpretação boeciana, correspondem aos Tópicos Retóricos, Abelardo discorre sobre o que constitui sua definição de vis inferentiae, inferentia enquanto consequência e inferentia como implicação. Apesar da falta de vocabulário apropriado para tais distinções que dificulta uma leitura contemporânea de sua contribuição, Bird (1960) ressalta que a distinção estabelecida por Abelardo entre si e ergo é uma das mais precisas do período medieval. Dessa forma, não é surpreendente que o filósofo tenha se dedicado principalmente a um tipo de inferência, partindo de sua distinção de estrutura. Seu foco se manteve principalmente no tipo de sentença estruturada a partir de si, considerando inferentia do tipo de consequência a partir de um antecedente. Desse interesse acerca de sentenças hipotéticas, Abelardo desenvolve adistinção de inferências perfeitas e imperfeitas, sendo que tais inferências afetam a necessidade de um Tópico. A leitura de Abelardo foca em proposições que possuem antecedente e consequente, não como termos que ocorrem conjuntamente, mas como termos que ocorrem um em consequência do outro e que estão conectados por partículas linguísticas específicas. O autor também procura estabelecer que Boécio não foi claro o suficiente em seu tratamento de fatos, evidência de verdade e plausibilidade, o que parece ser uma leitura que se mantém do modo como Boécio aborda esses critérios para a utilização de inferências tópicas. A principal divergência entre o que Boécio estabelece como consequência e a distinção que Abelardo pretende está na preocupação formal dos autores. Abelardo não está interessado no 4 Doutoranda pelo PPG-Fil da Universidade Federal de Pelotas. luanadacruz@ymail.com. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 101 próprio silogismo formado por sentenças condicionais, mas na estrutura dessas sentenças. A preocupação de Abelardo não parece ser com a validade dos argumentos através da estrutura silogística, mas sim com sua necessidade e plausibilidade através das proposições que os compõe. A distinção entre verdade e plausibilidade é muito mais importante na leitura de Abelardo do que nos escritos de Boécio. Palavras-chave: Boécio; Abelardo; Lógica Medieval; Silogismos Hipotéticos; Argumentos Tópicos. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 102 HYPOTHETICAL ARGUMENTS AND BOETHIUS’S INFLUENCE ON ABELARD’S LOGIC Luana Talita da Cruz Abstract: Even if hypothetical arguments are found in syllogistic and stoic logic, the Boethian reading works as an interpretative filter that influences the readings of Medieval authors. The Boethian interpretation is supposed to work through a possible mistake in interpretation that ends up becoming a new reading of how those arguments should work. Thus, when Abelardo proposes corrections and addendums from what he considers as purely Aristotelian logic, what happens is that this logic passed through the Boethian filter. There is, therefore, a dialogue between Abelard and Boethius when we consider topical arguments and hypothetical syllogisms. To establish the formality of the hypothetical propositions that, in general, in the Boethian interpretation, correspond to the Rhetorical Topics, Abelard discusses what constitutes his definition of vis inferentiae, inferentia as a consequence, and inferentia as an implication. Despite the lack of appropriate vocabulary for such distinctions that hinders a contemporary reading of his contribution, Bird (1960) points out that the distinction established by Abelard between si and ergo is one of the most accurate of the medieval period. Thus, it is not surprising that the philosopher has devoted himself mainly to a type of inference, starting from his distinction of structure. His focus remained mostly on the type of sentence structured from si, considering inferentia of the type of consequence from an antecedent. From his interest in hypothetical sentences, Abelard develops the distinction of perfect and imperfect inferences, and such inferences affect the necessity for a Topic. Abelard's reading focuses on propositions that have antecedent and consequent, not as terms that occur together, but as terms that occur as a result of one another and that are connected by specific linguistic particles. The author also seeks to establish that Boethius was not clear enough in his treatment of facts, evidence of truth, and plausibility, which seems to be a reading that stands about the way that Boethius approaches these criteria for the use of topical inferences. The main divergence between what Boethius establishes as a consequence and the distinction that Abelard intends to make is in the formal concern of the authors. Abelard is not interested in the actual syllogism formed by conditional sentences, but in the structure of those sentences. Abelard's concern does not seem to be with the validity of the arguments II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 103 through the syllogistic structure, but with their necessity and plausibility through the propositions that compose them. The distinction between truth and plausibility is much more important in Abelard's reading than in Boethius’ writings. Keywords: Boethius; Abelard; Medieval Logic; Hypothetical Syllogisms; Topical Arguments. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 104 SENDO REALISTA SOBRE EXPLICAÇÕES: PLAUSIBILIDADE E IMPLICAÇÕES DO REALISMO EXPLICATIVO Victor Nicolau Sholl de Freitas Lima 5 Resumo: O realismo explicativo é, em linhas gerais, a tese de que explicações verdadeiras são verdadeiras em virtude de o que elas dizem capturar como as coisas são “no mundo” (ao invés de, por exemplo, simplesmente estabelecer relações entre nossos conceitos das coisas). Nesta apresentação, apresento o realismo explicativo, discutindo subteses mais específicas e maneiras de interpretar o que está em jogo no debate sobre realismo e irrealismo sobre explicações. Além disso, discuto algumas possíveis implicações do realismo explicativo para teses similares, como o realismo causal, e avalio a plausibilidade da tese à luz de objeções levantadas num artigo da filósofa Elanor Taylor. Palavras-chave: Explicação; Realismo explicativo; Realismo causal. 5 Bacharel em filosofia pela Universidade de São Paulo (2018) e mestrando em filosofia pela mesma instituição. Seu mestrado é feito com amparo de bolsa de pesquisa fornecida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 105 BEING REALISTIC ABOUT EXPLANATIONS: PLAUSIBILITY AND IMPLICATIONS OF EXPLANATORY REALISM Victor Nicolau Sholl de Freitas Lima Abstract: In general terms, explanatory realism is the thesis that true explanations are true because what they say captures how things are “in the world” (instead of, for example, because they establish relations between our concepts of things). In this presentation, I introduce explanatory realism, discussing more specific subtheses and ways of interpreting what is at stake in the explanatory realism vs irrealism debate. Furthermore, I discuss some possible implications of explanatory realism that bear on similar theses, such as causal realism. I also evaluate the thesis’ plausibility in light of some objections raised by philosopher Elanor Taylor. Keywords: Explanation; Explanatory realism; Causal realism. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de InvestigaçãoFilosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 106 3ª Sessão de Comunicações: 18 de novembro de 2020 10:00 – 11:30 Universidade Federal do Amapá 16 a 21 de novembro de 2020 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 107 O SELF ESTENDIDO DE ANDY CLARK: OS LIMITES ENTRE MENTE E MUNDO Amanda Luiza Stroparo 6 Resumo: A concepção central das teses da mente situada é advogar a favor de uma visão unificada de mente, corpo e mundo, colocando-os como inseparáveis. Neste sentido, existem muitas convergências entre as diversas teorias: da mente situada, corporificada (ou incorporada), estendida, distribuída etc. De modo geral, a premissa básica de todas é esta unificação, incluindo a sociedade, a cultura, a linguagem e uma série de outros componentes disponíveis no ambiente, além da própria interação com outros organismos. Para Andy Clark, de modo geral, a mente tem como característica intrínseca estender ao longo de todos estes elementos, que serão, portanto, extensões cognitivas. Logo, surgem alguns questionamentos: se a cognição se estende, quais os limites do ser humano? O que separa a mente do mundo? O que chamamos de “self” igualmente se estende? É neste problema do “self” estendido que este trabalho se debruça, pretendendo empreender articulações no âmbito de teses da mente estendida e incorporada. Na tese da mente estendida de Clark, grosso modo, o “self” é uma espécie de ilusão e seus supostos processos de fato se estenderiam ao longo do ambiente. Trata-se, portanto, de um “self suave”, posto que é um self continuamente aberto para se misturar com o mundo. Argumenta-se neste trabalho, contudo, que existem diversas lacunas e contradições no que Clark nomeia como “self”: ao mesmo tempo em que é ilusório, também possui um “eu consciente”; ao mesmo tempo em que é uma “impressão”, teria a capacidade de tomar decisões mais abrangentes. É por isto que, conforme propomos neste contexto, é necessário promover articulações com outros autores. Shaun Gallagher argumenta que devemos levar em consideração a dimensão afetiva e motivacional, o senso de agenciamento e o senso de propriedade e a noção de intercorporeidade. Elisabeth Pacherie também cita elementos que deveriam ser levados em conta para desenhar uma noção de “self”: por exemplo, a “consciência de um objetivo”, “senso de atividade”, entre outros. Teorias da mente enativa, como Maturana e Varela, propõem uma noção também inicialmente voltada para o 6 Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Mestranda em Filosofia pela mesma instituição, na linha de pesquisa “Ontologia e Epistemologia”, na área de Filosofia da Mente, sob orientação do Prof. Dr. Léo Peruzzo Júnior, abordando a tese da mente estendida de Andy Clark e suas alternativas para os paradigmas cerebrocentristas anteriores. Pós-graduanda em Psicologia Analítica pela UniBrasil. Possui interesse nos seguintes campos: Filosofia da Mente, Ciências Cognitivas, Teses da Mente Estendida, Teses da Mente Incorporada, Pós-humanismo, Transumanismo, Psicologia Analítica, Logoterapia e Educação. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 108 corpo. O corpo é “auto-individuado”, portanto produzindo e mantendo uma distinção entre si mesmo e o meio. Outros autores, como Richard Heersmink, Andres Vaccari, Michael Wheeler e Hajo Greif apontam para direções também ligadas ao corpo, bem como para as definições de artefatos cognitivos: isto é, para entendermos os limites da mente e do self, é necessário esclarecermos o que definimos como artefatos. Desta forma, identificamos como direções futuras de investigação para a definição de “self” as concepções de intercorporeidade, a imagem corporal, senso de controle, auto-individuação, senso de propriedade, de agenciamento, consciência de objetivos e movimentos, afeto e memória autobiográfica. Afinal, entendemos que para preservar alguma noção de liberdade e de autonomia para o ser humano, mas também contemplando sua natureza “vazante”, é necessário propor uma noção de “self” que se misture e se estenda, mas que tenha, ao mesmo tempo, fronteiras delimitadas, ainda que via um processo de “autoindividuação”, como colocam Maturana e Varela. Palavras-chave: self; mente estendida; Andy Clark. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 109 ANDY CLARK'S EXTENDED SELF: THE LIMITS BETWEEN MIND AND WORLD Amanda Luiza Stroparo Abstract: The central conception of the situated mind’s theses is to advocate for a unified view of mind, body and world, placing them as inseparable. In this sense, there are many similarities between different theories: situated mind, embodied mind, extended mind, distributed mind, and so on. In general, the basic premise of those theories is this unification, including society, culture, language and a series of other components available in the environment, in addition to the interaction with other organisms. For Andy Clark, in general, the mind has the intrinsic characteristic of extending into all these elements, which will therefore be cognitive extensions. Therefore, some questions arise: if cognition extends, where the human being stops, and the world begins? What separates the mind from the world? Does what we call "self" also extend? It is in this problem of the extended "self" that this work focuses, intending to undertake articulations within the scope of the extended mind and embodied mind’s theses. In Clark's extended mind thesis, roughly speaking, the "self" is a kind of illusion and its supposed processes would indeed extend throughout the environment. Hence, it is a “soft self”, since it is a self that is continually open to mix with the world. However, it is argued in this paper that there are several gaps and contradictions in what Clark calls “self”: while it is illusory, it also has a “conscious self”; while being an “impression”, it would have the ability to make more comprehensive decisions. That is why, we argue, it is necessary to promote articulations with other authors. Shaun Gallagher argues that we must consider the human’s affective and motivational dimension, the sense of agency and the sense of ownership and the notion of intercorporeality. Elisabeth Pacherie also cites elements that should be regarded to draw a notion of “self”: for example, the "consciousness of a goal", "sense of activity", among others. Theories of the enactive mind, such as Maturana and Varela’s, propose a notion also initially focused on the body. The body is “self-individuated”, therefore producing and maintaining a distinction between itself and the environment. Other authors, such as Richard Heersmink, Andres Vaccari, Michael Wheeler and Hajo Greif point to directions also linked to the body, as well as to the definitions of cognitive artifacts: that is, to understand the limits of the mind and the self, it is necessary to clarify what we define as cognitive artifacts. Accordingly, we identify as future directions of investigation for the II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 110 definition of “self” the concepts of intercorporeality, body image, sense of control, self- individuation, sense of ownership, agency, consciousness of goals and movements, affection and autobiographical memory. After all, we understand that to preserve some notion of human’s freedom and autonomy, but also contemplating its “leaking” nature, it is necessary to propose a notion of “self” that mixes and extends, but that has, at the same time, established boundaries, even though as a process of "self-individuation", as put by Maturana and Varela. Keywords: self; extended-mind; Andy Clark. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 111 O DESENVOLVIMENTO DA NOÇÃO DE CONTEÚDO JULGÁVEL NA FILOSOFIA DE FREGE Ozeias F. Rodrigues 7 Resumo: O objetivo desta apresentação foi esclarecer o desenvolvimento do conceito de conteúdo julgável ao longo da filosofia de Frege. Argumentamos que as reflexões sobre esse conceito nos ajudam a compreender aspectos fundamentais da filosofia da linguagem como a entendemos hoje. Dentre estes aspectos, destacamos que a noção de pensamento é a precursora do conceito contemporâneo de proposição. Por fim, mostramos que, para Frege, pensamentos não são entidades físicas, tampouco mentais e pertencem a um terceiro reino. Palavras-chave: Conteúdo julgável; pensamento; Frege. 7 Graduado em filosofia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2017) e mestrando em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 112 THE DEVELOPMENT OF THE NOTION OF JUDGEABLE CONTENTENT IN FREGE’S PLILOSOPHY Ozeias F. Rodrigues. Abstract: The aim of this presentation was to clarify how the concept of judgeable content is developed throughout Frege’s plilosophy. We argue that reflections on this concept help us to understand fundamental aspects of the philosoply of language as it is understood today. Among these aspects, we highlight that the notion of thought is the precursor of the contemporary concept of proposition. Finally, we have shown that, for Frege, thoughts are neither physical, nor mental entities and belong to a third realm. Keywords: Judgeable content; thought; Frege. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 113 MEMÓRIA EPISÓDICA E SUAS CONDIÇÕES DE SATISFAÇÃO José Carlos Camillo Castro Neto 8 Resumo: Este trabalho vai lidar com o problema dos objetos da memória episódica. Mais especificamente, o objetivo deste trabalho é defender uma posição representacionista dos objetos da memória episódica. A memória episódica é o tipo de memória voltada para a construção de cenários e situações, em que a pessoa que está recordando consegue, de alguma forma, reviver o momento passado. Difere da memória semântica, por exemplo, que é a memória relacionada a fatos. Em relação à memória episódica, a posição representacionista defende que seus objetos são compostos por condições de satisfação. No entanto, em um recente artigo relacionado aos objetos da memória episódica, foi defendido que a mesma é silente em relação a suas condições de satisfação, tornando-se, assim, muito problemática para a posição representacionista. Esta apresentação pretende defender a posição representacionista dessa crítica. Para isso, serão apresentados, primeiro, os pontos que favorecem a posição defendida. Depois, a crítica a essa posição será exposta de modo mais abrangente. Por fim, o representacionalismo será defendido através da noção de rede de intencionalidade, proposta por Searle. Palavras-chave: Memória Episódica; Condições de Satisfação; Representacionalismo. 8 Mestre em filosofia pela Universidade Federal do Mato Grosso (2020). Conseguiu esse título com o subsídio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 114 EPISODIC MEMORY AND ITS CONDITIONS OF SATISFACTION José Carlos Camillo Castro Neto Abstract: This presentation will deal with the question about the objects of episodic memory. The main goal of this talk is to defend a representational view on episodic memory’s object. Episodic memory is the kind of memory focused on the construction of sceneries and moments. In this memory, the subject is capable of mentally relive the past event. It differs from the semantic memory, for instance, because the semantic memory is focused on remembering facts, or propositions. On the objects of episodic memory, the representational view defends that they are defined by their conditions of satisfaction. However, in a recent paper related to this subject, it was argued that episodic memories are silent about their own conditions of satisfaction. The representational is view, thereby, criticized. This talk aims to defend the representational view. In order to construct this defense, it will start with the points that recommend this view. Then, it will be exposed the criticism mentioned above in more detail. Finally, the representationalism will be defended through the concept of intentional network. Keywords: Episodic Memory; Conditions of Satisfaction; Representationalism. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 115 4ª Sessão de Comunicações: 19 de novembro de 2020 10:00 – 11:30 Canal: youtube.com/c/ENFAENIF Universidade Federal do Amapá 16 a 21 de novembro de 2020 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 116 OS PRINCÍPIOS ILEGÍTIMOS DA MORALIDADE E O PROBLEMA DA HETERONOMIA DA VONTADE NA FILOSOFIA MORAL DE IMMANUEL KANT Rafaella Silveira Sucupira da Costa 9 Resumo: O objetivo do presente artigo consiste em compreender os princípios que Kant considera ilegítimos para fundamentar a moralidade, quais sejam: os princípios práticos materiais. Mais especificamente, o princípio de felicidade e o princípio de perfeição. Portanto, pretendemos compreender em que consiste tais princípios e porque Kant argumenta que eles são ilegítimos. Neste âmbito, nossa análise situa-se no problema da heteronomia da vontade, visto que, segundo Kant, o principal motivo das fundamentações derivadas do princípio prático material terem falhado diz respeito a esse problema. Logo, a importância dessa investigação se baseia não apenas porque Kant se trata de um autor incontornável para o debate moral, como também, a temática em questão é crucial para a compreensão da problemática da moralidadena mordenidade e sua influência na contemporaneidade. Sendo assim, o presente trabalho se dividirá em duas partes. A primeira, denominada o princípio da felicidade e a abordagem empirista, buscamos entender, à luz da filosofia kantiana, como esse princípio material de caráter subjetivo tenta fundamentar as ações ditas morais, visto que ele busca fundamentar essas ações em determinadas áreas, isto é, a educação, a constituição civil, o sentimento físico e o sentimento moral. A segunda, denominada o princípio da perfeição e a abordagem racionalista, busco tratar como esse princípio material de caráter objetivo pretende fundamentar a moral tanto na perfeição ontológica quanto na perfeição teológica. Considerando a análise desses princípios materiais iremos compreender porque segundo Kant, tanto o princípio empirista quanto o princípio racionalista, se configura em princípios heterônomos da vontade e, consequentemente ilegítima. Com efeito, podemos concluir que, para Kant, esses princípios são ilegítimos para fundamentar a moralidade, haja vista que apenas a autonomia da vontade pode legitimar uma moralidade de caráter livre, necessário e universal, pois ela não é derivado de nenhum princípio material, seja ele empírico ou racional. Palavras-chave: Princípios ilegítimos; Fundamentação moral; Heteronomia da vontade. 9 Mestra em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba. Esp. em Filosofia da Educação pela Universidade Estadual de Campina Grande. Bacharelada e Licenciada em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 117 THE ILLEGITIMATE PRINCIPLES OF MORALITY AND THE PROBLEM OF THE HETERONOMY OF THE WILL IN IMMANUEL KANT'S MORAL PHILOSOPHY Rafaella Silveira Sucupira da Costa Abstract: The aim of this article is to understand the principles that Kant considers illegitimate to support morality, namely: the practical material principles. More specifically, the happiness principle and the perfection principle. Therefore, we intend to understand what these principles consist of and why Kant argues that they are illegitimate. In this context, our analysis is situated in the problem of the heteronomy of the will, since, according to Kant, the main reason why the fundamentals derived from the material practical principle have failed concerns this problem. Therefore, the importance of this investigation is based not only because Kant is an unavoidable author for the moral debate, but also, the theme in question is crucial for the understanding of the problem of morality in mordenity and its influence in contemporary times. Therefore, the present work will be divided into two parts. The first, called the happiness principle and the empiricist approach, we seek to understand, in the light of Kantian philosophy, how this material principle of a subjective character tries to substantiate the so-called moral actions, since it seeks to fundamentalize these actions in certain areas, that is, education, civil constitution, physical feeling and moral feeling. The second, called the principle of perfection and the rationalist approach, seeks to deal with how this objective material principle intends to base morality on both ontological perfection and theological perfection. Considering the analysis of these material principles we will understand why, according to Kant, both the empiricist principle and the rationalist principle, are configured in heteronomous principles of the will and, consequently, illegitimate. In fact, we can conclude that, for Kant, these principles are illegitimate to support morality, considering that only the autonomy of the will can legitimize a morality of a free, necessary and universal character, since it is not derived from any material principles, either empirical or rational. Keywords: Illegitimate principles; Moral reasoning; Heteronomy of the Will. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 118 TRÊS LEITURAS SOBRE A REVOLUÇÃO EM KANT Gehad Marcon Bark 10 Resumo: O objetivo da presente comunicação é inicialmente apresentar alguns dos elementos textuais que dão corpo a um problema exegético bastante conhecido enfrentado pela literatura secundária que se dedica ao estudo do sistema filosófico kantiano: a posição de Kant a respeito do direito de revolução. A primeira parte da comunicação contrasta passagens do ensaio intitulado “Sobre o ditado popular: ‘isto pode ser correto na teoria, mas de nada vale na prática’”, do texto de “À paz perpétua” e da obra “Princípios Metafísicos da Doutrina do Direito” – em que Kant nega que o povo tenha o direito de recorrer à força para destituir um governo tirânico – com a leitura da Revolução Francesa presente em “O Conflito das Faculdades”. A segunda parte apresenta o ponto fundamental das leituras que Hannah Arendt, Lewis White Beck e Arthur Ripstein fazem do problema, na tentativa de conciliar as duas posições aparentemente antagônicas adotadas por Kant. Palavras-chave: Direito; Kant; Revolução. 10 Doutorando e Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Docência no Ensino Superior pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS). Bacharel em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba (FDC) II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 119 THREE READINGS ON THE REVOLUTION IN KANT Gehad Marcon Bark Abstract: This presentation aims initially at showing some of the textual elements that give substance to a well-known exegetical problem faced by the secondary literature that studies the kantian philosophic system: Kant’s position concerning the right of revolution. The first half of the presentation contrasts passages of the essay “On common saying: “that may be correct in theory, but it is of no use in practice”, of the text “Perpetual peace”, and the book “Metaphysical first principles of the doctrine of right” – where Kant denies that the people has a right to use the force to destitute a tyrannical government – with the reading of the French Revolution present in “The conflict of the faculties”. The second half shows the central point of the readings that Hannah Arendt, Lewis White Beck and Arthur Ripstein makes of this problem, trying to reconcile the seemingly opposite positions adopted by Kant. Keywords: Kant; Revolution; Right. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 120 COMO JUSTIFICAR O ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO? Frank Wyllys Cabral Lira 11 Resumo: dentre os vários problemas existentes sobre o ensino da filosofia no ensino médio, pode-se observar que o mais conhecido é aquele relacionado a justificação do ensino dessa área de conhecimento – tal problema é formulado da seguinte maneira: como justificar o ensino da filosofia no ensino médio? A relevância desse problema se assenta em ao menos duas razões. A primeira razão parte da inconstante presença da filosofiano ensino básico, tornando-o, de um ponto de vista teórico, o mais importante e discutido problema central do ensino da filosofia no ensino médio. A segunda razão se baseia na impossibilidade de discutir os outros problemas centrais do ensino da filosofia no ensino médio, assim como as suas mais variadas respostas, sem ter uma resposta positiva ao problema da justificação – ou seja: saber como fundamentar o ensino da filosofia antecede discutir o que vai ser ensinado, como ensinar, como avaliar o que foi ensinado etc. Diante disto tudo, o que aqui objetivo é uma introdução ao referido problema da justificação, tanto em sua formulação ampla como restrita, e a consideração desse último atentando-se a outras duas questões menores relacionadas a obrigatoriedade e disciplinaridade. Em seguida, trabalho diante da sugestão e desenvolvimento de quatro critérios a serem satisfeitos na resposta ao problema da justificação – tais seriam (1) partir de uma boa concepção de filosofia, (2) apresentar uma resposta estritamente filosófica, (3) a resposta ser capaz de gerar consequência políticas e (4) a resposta ser entendível por não-filósofos. Por fim, visando averiguar os critérios sugeridos, será analisado a resposta da Lidia Maria Rodrigo ao em voga. Palavras-chave: ensino da filosofia; ensino médio; justificação do ensino da filosofia. 11 Licenciando em filosofia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). E-mail: frankwcl@outlook.com. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 121 OW TO JUSTIFY TEACHING PHILOSOPHY IN HIGH SCHOOL? Frank Wyllys Cabra Lira Abstract: among the several existing problems regarding the teaching of philosophy in high school, it can be observed that the best known is the one related to the justification of teaching in this area of knowledge – such problem is formulated as follows: how to justify the teaching of philosophy in high school? The relevance of this problem is based on at least two reasons. The first reason starts from the inconstant presence of philosophy in basic education, making it, from a theoretical point of view, the most important and discussed central problem of teaching philosophy in high school. The second reason is based on the impossibility of discussing the other central problems of philosophy teaching in high school, as well as its most varied answers, without having a positive answer to the problem of justification – that is: knowing how to base the teaching of philosophy precedes discussing what will be taught, how to teach, how to evaluate what was taught etc. In view of all this, what I aim here is an introduction to the justification problem, both in its broad and restricted formulation, and the consideration of the latter, paying attention to two other minor issues related to mandatory and disciplinary matters. Then, I work on the suggestion and development of four criteria to be satisfied in the answer to the problem of justification - such would be (1) starting from a good conception of philosophy, (2) presenting a strictly philosophical answer, (3) the answer being capable of generating political consequences and (4) the answer being understandable by non- philosophers. Finally, in order to ascertain the suggested criteria, Lidia Maria Rodrigo's response to the current one will be analyzed. Keywords: philosophy teaching; high school; justification of philosophy teaching. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 122 5ª Sessão de Comunicações: 20 de novembro de 2020 10:00 – 11:30 Canal: youtube.com/c/ENFAENIF Universidade Federal do Amapá 16 a 21 de novembro de 2020 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 123 DESCONSTRUINDO A VISÃO MAINSTREAM DE ADAM SMITH A PARTIR DA RELEITURA DA RIQUEZA DAS NAÇÕES Thaís Cristina Alves Costa 12 Resumo: A visão mainstream do século XX sugere que o iluminista escocês Adam Smith fez uma defesa tout court do laissez-faire e do puro cálculo racional da economia. Entretanto, considero que essa é uma interpretação enviesada que desconsidera a leitura de sua obra Riqueza das Nações, tendo como base seu contexto histórico e linguístico. Contra essa visão dominante, propus analisar o pensamento smithiano, utilizando como estratégia metodológica a releitura da Riqueza das Nações, enquanto uma teoria iluminista com discussões sociais, morais e cientificas comuns à tradição escocesa de seu tempo. Defenderei, ao final, que Smith pode ser compreendido como um liberal preocupado com questões sociais e valores cívicos, levando em conta os elementos morais e humanísticos de seu pensamento. Palavras-chave: Moral; Economia; Iluminismo; Liberal. 12 Graduou-se em Filosofia (licenciatura e bacharelado) pela Universidade Federal de São João del- Rei - UFSJ (2009) e Direito pela Universidade Católica de Pelotas – UCPel (2018), com período de mobilidade acadêmica internacional na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa – FDUL (2016). Especialista em Filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP (2012) e Práticas de Letramento e Alfabetização pela UFSJ (2012). Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas - UFPel (2015), tendo sido bolsista CAPES. Foi professora da graduação em Filosofia EAD na UFPel (2017-2018). Atualmente, é mestranda em Direito pela Universidade Federal de Rio Grande - FURG, doutoranda em Filosofia pela UFPel e Visiting Scholar na University of North Carolina - Chapel Hill - UNC (2019-2021), sob orientação do professor Geoffrey Sayre- McCord. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 124 DECONSTRUCTING ADAM SMITH’S MAINSTREAM VIEW FROM THE REREADING OF WEALTH OF NATIONS Thaís Cristina Alves Costa Abstract: The mainstream view of the twentieth century suggests that the Scottish philosopher and economist Adam Smith made a tout court defense of laissez-faire and a pure rational calculation of economics. However, I consider this to be a biased interpretation that ignores a reading of his work, Wealth of Nations (1776), from his historic and linguistic context. In opposition to this dominant view, I proposed - as a methodological strategy - analysis of Smith’s thought as an enlightenment theory with social, moral and scientific common to the Scottish tradition of his time. In the end, I will defend that Smith can be understood as a liberal concerned with social issues and civic values, taking into account the moral and humanistic elements of his thinking. Keywords: Moral; Economy; Enlightenment; Liberal. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 125 TEORIA DA PENA EM ÉSQUILO E SÓCRATES Arthur Lopes Campos Cordeiro 13 Resumo: Na contemporaneidade, é comum a adoção de uma teoria mista para justificar a pena, que defende que estatem dois principais objetivos: punir o criminoso e reabilitá-lo (ou ressocializá-lo). Estes dois objetivos, porém, nem sempre são considerados fins da pena conjuntamente: algumas teorias defendem que o único fim é punir o criminoso (teorias retributivas); outras, que este é reabilitar o criminoso (teorias restaurativas). Dentre as teorias retributivas, temos as teorias vingativas, que defendem que a função da pena não é apenas retribuir, mas também saciar a sede de vingança. Uma das mais fortes expressões de uma teoria vingativa está presente, não em uma obra filosófica, mas em uma trilogia trágica: A Oresteia do poeta grego Ésquilo. Em toda trilogia, mais especificamente na última peça, Ésquilo esboça uma teoria política na qual a Justiça tribunalizada tem como fim sustentar o “Estado” e substituir a vingança privada (a aplicação privada do que chamamos de “talião”). Para fazer isso, a punição deve saciar a sede de vingança que leva à vingança pelas próprias mãos. Também na Grécia Antiga, encontramos um belo exemplo de teoria restaurativa nos primeiros diálogos de Platão. Seguindo Penner, Brickhouse e Smith, argumentamos que a tese de pena só é boa (e justa) se visa melhorar o criminoso, além de presente no Górgias, é consequência lógica de posições éticas presentes nestes diálogos. Nosso trabalho, portanto, visa expor as duas justificações das penas presentes nestas obras gregas bem como relacioná- las com o debate contemporâneo. Palavras-Chaves: Sócrates; Ésquilo; Teoria da Pena; Platão; Grécia Antiga. 13 Resumo Formação Profissional: Graduando em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisador de Iniciação Científica em Filosofia do Direito sob Orientação da Profa. Dra. Karine Salgado. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 126 THEORY OF THE PENALTY IN ESCHYLUS AND SOCRATES Arthur Lopes Campos Cordeiro Abstract: Nowadays, it is common to adopt a mixed theory to justify penalty arguing that it has two main objectives: punish the criminal and rehabilitate him (or re-socialize him). These two objectives, however, are not always considered purposes of the sentence together: some theories argue that its only aim is to punish the criminal (retributive theories); others, that it’s to rehabilitate the criminal (restorative theories). Among retributive theories, we have the vindictive theories, that sustain that the function of the penalty is not only to repay, but also to quench the thirst for revenge. One of the strongest expressions of a vindictive theory is present, not in a philosophical work, but in a tragic trilogy: The Oresteia of the Greek poet Aeschylus. In this trilogy, more specifically in the last play, Aeschylus outlines a political theory in which the court's justice aims to sustain the "State" and replace private revenge (the private application of what we call "lex talionis"). To be able to do this, punishment must quench the thirst for vengeance that leads to vengeance by one’s own hands. In Ancient Greece, we also find a beautiful example of restorative theory in Plato's first dialogues. Following Penner, Brickhouse and Smith, we argue that the thesis that penalty is only good (and just) if it aims to improve the criminal, in addition to being present in Gorgias, is a logical consequence of ethical positions present in these dialogues. Our communication, therefore, aims to expose the two justifications of the penalty present in these Greek works as well as to connect them to the contemporary debate. Keywords: Socrates; Aeschylus; Pen Theory; Plato; Ancient Greece. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 127 6ª Sessão de Comunicações: 21 de novembro de 2020 10:00 – 11:30 Canal: youtube.com/c/ENFAENIF Universidade Federal do Amapá 16 a 21 de novembro de 2020 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 128 O PROBLEMA DOS OBJETOS MATEMÁTICOS EM ARISTÓTELES Mariane Farias de Oliveira 14 Resumo: No livro My da Metafísica, em resposta à teoria platônica de que os objetos matemáticos existem como Intermediários entre o mundo sensível e as Formas, Aristóteles estabelece quatro possibilidades a serem consideradas: (i) os mathemata (objetos matemáticos) existem: nos sensíveis; separados dos sensíveis ; ou (ii) se eles não existem em nenhuma dessas maneiras, então : eles não existem ou eles existem de uma certa maneira. O problema é que, para seu projeto metafísico, Aristóteles não pode aceitar a tese de que os objetos matemáticos existam independentemente do sensível, seja como intermediário platônico ou como forma, pois isso dissociaria os aspectos básicos de como temos acesso à realidade. Também não é possível aceitar que eles existam como entes sensíveis tais como as substâncias, pois objetos matemáticos não são autossuficientes e não podem existir como coisas no mundo. Diante desse impasse, analisarei as quatro propostas de existência dos mathemata, ou objetos matemáticos, do início de Met. My, e endossarei a tese de Cleary, defendendo que estes objetos devem ser tratados no quarto sentido que Aristóteles dá a eles: eles existem de uma certa maneira nas coisas. Isso quer dizer que fazemos referência a objetos matemáticos sempre em um certo recorte de análise. Analisamos certa superfície qua linha ou qua triângulo. Isto é, enquanto linha ou enquanto triângulo. Os objetos, portanto, adquirem sua parcela no real e no cognoscível na medida em que são compreendidos enquanto propriedades de substâncias. Palavras-chave: Aristóteles; História da Filosofia da Ciência; Matemática grega. 14 Professora Substituta na Universidade Federal de Goiás (UFG)/Regional Goiás. Bacharel em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestre em Filosofia Antiga pela Universidade Federal de Santa Maria, com dissertação defendida sobre método na Ética Eudêmia de Aristóteles. Tem doutorado interrompido na Université de Lille 3, sob supervisão de Thomas Bénatouil com o tema do papel da astronomia na filosofia primeira de Aristóteles. Tem como tema de pesquisa Método na Ética Eudêmia de Aristóteles e, atualmente, História e Filosofia da Ciência antiga, com ênfase em Aristóteles. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 129 THE PROBLEM OF MATHEMATICAL OBJECTS IN ARISTOTLE Mariane Farias de Oliveira Abstract: In the book XIII of Metaphysics, in response to the Platonic theory that mathematical objects exist as Intermediaries between the sensitive world and the Forms, Aristotle establishes four possibilities to be considered: (i) mathemata (mathematical objects) exist: in the sensitive way; separate from sensitive ones; or (ii) if they do not exist in any of these ways, then: they do not exist or they do exist in a certain way to be qualified. The problem is that, for his metaphysical project, Aristotle cannot accept the thesis that mathematical objects exist independently of the sensible ones, either as a Platonic intermediary or as a Form, as this would dissociate thebasic aspects of how we have access to reality. It is also not possible to accept that they exist as sensitive beings such as substances, since mathematical objects are not self-sufficient and cannot exist as things in the world. Faced with this impasse, I will analyze the four proposals for the existence of mathemata, or mathematical objects, from the beginning of Met. XIII, and I will endorse Cleary's thesis, arguing that these objects should be treated in the fourth sense that Aristotle gives them: they exist in a certain qualified way in things. This means that we refer to mathematical objects always in a certain intersection of analysis. We analyze a certain surface qua a line or qua a triangle. That is, as a line or as a triangle. Therefore, objects acquire their share in the real and in the knowable as they are understood as properties of substances. Keywords: Aristotle; History of Philosophy of Science; Greek mathematics. II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 130 II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 29