Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Anais 
 
 
II Encontro Nacional de 
Filosofia no Amapá 
 
& 
 
I Encontro Nacional 
Investigação Filosófica 
 
 
 Rodrigo Reis Lastra Cid 
(Organizador) 
 
 
 
 
Macapá-AP - Brasil 
2020
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Júlio César Sá de Oliveira 
REITOR 
 
Profa. Dra. Simone de Almeida Delphim Leal 
VICE-REITORA 
 
Profa. Dra. Amanda Alves Fecury 
PRÓ-REITORA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO 
 
Profa. Dra. Elda Gomes de Araújo 
PRÓ-REITORA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO 
 
Prof. Ms. Steve Wanderson Calheiros 
PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO E AÇÕES COMUNITÁRIAS 
 
Prof. Me. Christiano Ricardo dos Santos 
DIRETOR DO CAMPUS SANTANA 
 
Prof. Dr. Afrânio Patrocínio de Andrade 
COORDENADOR DO CURSO DE FILOSOFIA 
 
 
 
 
http://lattes.cnpq.br/4624360511449234
 
 
COMISSÃO ORGANIZADORA e COMITÊ CIENTÍFICO 
(II ENFA & I ENIF - Online) 2020 
 
Me. Aluízio de Araújo Couto Júnior (UFMG) 
Dr. Bruno Aislã Gonçalves dos Santos (UFSC) 
Dr. Cesar Augusto Mathias de Alencar (UNIFAP) 
Dr. Daniel Schiochett (UNISUL) 
Me. Daniela Moura Soares (UFRJ) 
Dr. Everton Miguel Puhl Maciel (UNIFAP) 
Dr. Guilherme da Costa Assunção Cecílio (UNIRIO) 
Dr. Kherian Galvão Cesar Gracher (UFSC) 
Dr. Luiz Helvécio Marques Segundo (UFSC) 
Dr. Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes (UFRJ) 
Me. Mayra Moreira da Costa (UFMG) 
Me. Paulo Roberto Moraes de Mendonça (UNIFAP) 
Dr. Pedro Merlussi (UNICAMP) 
Me. Rafael César Pitt (UNIFAP) 
Dra. Renata Ramos da Silva (UFF) 
Dr. Rodrigo Alexandre de Figueiredo (FDLM) 
Dr. Rodrigo Reis Lastra Cid (UNIFAP) 
Dr. Sagid Salles (UFRJ) 
Dr. Tiago Luís Teixeira de Oliveira (CPII/RJ). 
 
 
Dr. Rodrigo Reis Lastra Cid (UNIFAP) 
Presidente - Comissão Organizadora 
 
http://lattes.cnpq.br/5965939757303535
http://lattes.cnpq.br/9833504300220067
http://lattes.cnpq.br/8781508238600725
http://lattes.cnpq.br/0125704359952932
http://lattes.cnpq.br/0604717107705089
http://lattes.cnpq.br/5216412977817910
http://lattes.cnpq.br/9314844789589355
http://lattes.cnpq.br/4845305099984136
http://lattes.cnpq.br/1531118741977108
http://lattes.cnpq.br/5932586465926963
http://lattes.cnpq.br/3379037790611794
http://lattes.cnpq.br/9272901326258664
http://lattes.cnpq.br/2357659734728880
http://lattes.cnpq.br/3870500150967274
http://lattes.cnpq.br/3307123174863934
http://lattes.cnpq.br/1814864447819890
http://lattes.cnpq.br/0847832636263404
http://lattes.cnpq.br/0917027359542648
http://lattes.cnpq.br/4620102066933288
http://lattes.cnpq.br/0847832636263404
 
 
ORGANIZAÇÃO DISCENTE 
(II ENFA & I ENIF - Online) 2020 
 
 
Adriele Freitas Borges (UNIFAP) 
Fernanda Lima Bastos (UNIFAP) 
Nayra Sousa Barros (UNIFAP) 
Elane Pereira Santana (UNIFAP) 
Dayane Miranda dos Santos (UNIFAP) 
Taline do Carmo da Silva (UNIFAP). 
Danilo Jose Ribeiro de Oliveira (UNIFAP) 
José Luís dos Santos Leal (UNIFAP) 
Bruno Borges Moura (UNIFAP) 
Jeancarlo Pontes Carvalho (UEAP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
José Luís dos Santos Leal (UNIFAP) 
Jeancarlo Pontes Carvalho (UEAP) 
Presidência da Organização Discente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 
E56a Encontro Nacional de Filosofia no Amapá (2. : 2020 : Macapá, AP). 
Anais [recurso eletrônico] / II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá,; I 
Encontro Nacional de Investigação Filosófica, 16 a 21 de novembro de 2020 em 
Macapá, AP / Organizador: Rodrigo Reis Lastra Cid. – Macapá, AP: UNIFAP, 
2020. 
130 p. 
 
 
 
1. Filosofia – Evento. 2. Investigação Filosófica – Evento. 3. Filosofia – 
Amapá. I. Encontro Nacional de Investigação Filosófica (1. : 2020 : Macapá, AP). 
II. Cid, Rodrigo Reis Lastra, org. III. Título. 
 
CDD: 100 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capa: Obra: Composição VIII (1923) é uma pintura a óleo sobre tela realizada pelo artista russo 
Wassily Wassilyevich Kandinsky 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia & I Encontro Nacional Investigação Filosófica (ENIF) no 
Amapá visa a reunir, no Amapá, pesquisadores na área da filosofia, a fim de estabelecer um 
momento de intensas apresentações e debates por ano, na semana do dia internacional da 
filosofia. O ENFA & ENIF é importante para o Amapá, pois a filosofia é um 
desenvolvimento recente em suas universidades, e ENFA & ENIF promete um estímulo à 
pesquisa, ao construir redes de relacionamento entre pesquisadores, discentes e docentes, de 
dentro e de fora do Amapá. O encontro de graduandos e jovens pesquisadores tem a vantagem 
de estimular a integração entre os diversos níveis de investigação acadêmica e, de modo geral, 
a pesquisa em filosofia no Amapá, que é nascente. O ENFA & ENIF é uma oportunidade 
ímpar para os filósofos da região norte debaterem suas pesquisas com outros pesquisadores e 
apresentarem-nas para os discentes, tal qual é para os discentes apresentarem suas 
comunicações para professores e pesquisadores. 
 
 
Macapá-AP, 21 novembro de 2020. 
Rodrigo Cid 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
NOTA SOBRE OS PALESTRANTES 
 
 
 
Aluízio de Araújo Couto Júnior é Doutorando em filosofia pela UFMG e mestre pela 
mesma instituição, com graduação em filosofia pela UFOP e licenciatura pelo Centro 
Universitário Claretiano. Meus interesses centrais são as relações entre indivíduos e 
coletividades (e suas implicações morais), as diferenças entre liberalismo e socialismo e o 
debate acerca da liberdade de expressão. 
 
Bruno Aislã Gonçalves dos Santos possui graduação em Filosofia (Bacharelado e 
Licenciatura) pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), é Mestre e Doutor em Ética e 
Filosofia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e fez estágio de 
doutoramento na University of St. Andrews (Escócia) sob a orientação de Tim Mulgan. 
Atualmente é professor colaborador da Universidade Estadual do Centro Oeste 
(UNICENTRO) no Paraná. Estuda o utilitarismo clássico e contemporâneo voltado as 
discussões sobre a justiça distributiva e justiça global. Tem experiência na área de Filosofia, 
com ênfase em Ética e Filosofia Política. Atua principalmente nas seguintes áreas: Ética, 
Filosofia Política, Filosofia do Direito, Filosofia da Linguagem, Filosofia da Educação e 
Filosofia da Economia. 
 
Cesar Augusto Mathias de Alencar é Doutor e Mestre em Filosofia pelo Programa de Pós-
Graduação em Lógica e Metafísica - PPGLM/UFRJ, com pesquisa em Filosofia Antiga sobre 
o problema socrático e a Filosofia de Sócrates a partir da comédia de Aristófanes e da 
atividade educativa e literária dos socráticos. Graduado em Filosofia também pela 
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente é professor adjunto do 
Colegiado do Curso de Licenciatura em Filosofia - UNIFAP/Campus Santana, desenvolvendo 
pesquisas na área de Ética, Filosofia Política, Filosofia do Símbolo (Mente e Linguagem), 
Imaginação e Crítica Literária. 
 
Daniel Schiochett é Professor do curso de Graduação em Filosofia, de Unidades de 
Aprendizagem Institucionais e do Componente Curricular Vida e Carreira da Universidade do 
Sul de Santa Catarina (UNISUL). Membro dos Grupos de Pesquisa (CNPq) Investigação 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
Filosófica e GRUAS. Membro organizador da Série Investigação Filosófica (NEPFIL/Editora 
UFPel). Desenvolve pesquisas na área de Filosofia, com ênfase em epistemologia e metafísica 
contemporâneas, filosofia da linguagem e suas conexões com política, ética e estética. Possui 
publicações também na área de Educação. Doutor em filosofia pela Universidade Federal de 
Santa Catarina - UFSC (2017), mestre em filosofia pela mesma Universidade(2009) e 
graduado em Filosofia pela Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL (2006). Tem 
experiência no apoio técnico-pedagógico a cursos desenvolvidos de pós-graduação e extensão 
na modalidade a distância, bem como na produção e implementação de materiais didáticos 
para estes cursos. 
 
Daniela Moura Soares graduada em Filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto 
(2013), mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2016), pelo 
Programa de Pós-graduação em Lógica e Metafísica (PPGLM). Trabalhou como professora 
substituta de filosofia no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas 
Gerais (IFMG), campus Formiga (2017-2018). Interessa-se sobretudo pela tradição analítica, 
especialmente por tópicos atualmente discutidos em metafísica, filosofia das ciências formais 
e epistemologia. Trabalha com o debate entre platonistas e nominalistas em filosofia da 
matemática, com ênfase em tópicos como objeções epistêmicas e metafísicas ao realismo 
matemático, formas alternativas de platonismo matemático e argumentos da 
indispensabilidade. Atualmente é doutoranda do PPGLM/UFRJ sob a orientação do Professor 
Guido Imaguire. Principais autores com os quais trabalha: Balaguer, Benacerraf, Leng, Field, 
Colyvan, Yablo, Baker. 
 
Delvair Custodio Moreira é Professor adjunto na Universidade Federal do Maranhão. 
Doutor em Lógica e Epistemologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2017); 
mestre em Lógica e Epistemologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2013); e 
bacharel em Filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto (2010). Tem experiência na 
área de filosofia com ênfase em epistemologia e epistemologia social. Seus principais temas 
de interesse são: epistemologia do testemunho, conhecimento coletivo e epistemologia da 
religião. 
 
Diana Taschetto é Doutoranda em Filosofia da Física pela Universidade de São Paulo (USP), 
mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), graduanda em Física bacharelado 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
pela Universidade de São Paulo (USP), graduada em Filosofia pela Universidade do Vale do 
Rio dos Sinos (UNISINOS). Tem experiência em filosofia, com ênfase em filosofia da física, 
filosofia da ciência e epistemologia, tendo investigado, enquanto graduanda em Filosofia, 
questões relacionadas ao falseacionismo (Popper), ao anarquismo epistemológico 
(Feyerabend) e à metodologia dos programas de pesquisa científicos (Lakatos) sob a 
orientação da Dra. Anna Carolina Regner e redigido trabalho de conclusão de curso 
relacionado aos temas citados, pelo qual foi aprovada com distinção. Organizou vários 
eventos associados à filosofia da ciência enquanto secretária-geral do Diretório Acadêmico de 
Filosofia da Unisinos. Investigou a estratégia de justificação coerentista na epistemologia 
moral de John Rawls, suas raízes científicas e sua relação com a filosofia de Quine sob a 
orientação do Dr. Denis Coitinho Silveira em seu último ano na graduação da UNISINOS, 
recebendo menção honrosa de iniciação científica por seu trabalho. 
 
Everton Miguel Puhl Maciel tem Doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade 
Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), na área de concentração Ética e Filosofia Política, 
tendo desenvolvido estágio sanduíche no exterior (PDSE) em Birkbeck, University of 
London; mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas, com bolsa Capes, na linha 
de pesquisa Fundamentação e Crítica da Moral; e bacharel em Filosofia (UFPel). Atualmente, 
é professor adjunto no curso de Licenciatura em Filosofia da Universidade Federal do Amapá 
(Unifap). 
 
Fábio de Godoy Del Picchia Zanoni possui graduação em Filosofia e em licenciatura pela 
Universidade de São Paulo (2009), mestrado em Estética pela Universidade Nova de Lisboa 
(2012), doutorado em História da Educação pela Universidade de Lisboa (2015) e 
pósdoutorado em Educação pela Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de 
cinema, estética e história da educação, com especial interesse em Foucault e em outros 
trabalhos da mesma envergadura teórica aplicados à compreensão das relações entre 
educação, estética e política. 
 
Francesco Maria Ferrari é Bacharel em Filosofia Teórica na Universidade de Roma "La 
Sapienza" (2009); M.A. em Ontologia e Ética do pensamento científico no Pontifício Latan 
Universidade (2012); M.A. em Filosofia Teórica na Universidade de Roma "Tor Vergata" 
(2012); Doutor em Filosofia da Lógica pela Universidade de Pádua (2016). Durante meu 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
doutorado fui bolsista visitante no Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência 
(CLE) na Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (11 meses) com forte interesse 
em lógica e teoria definida na CLE. Meus interesses de pesquisa estão focados na relação 
entre Ontologia e Lógica. Mais especificamente, estou interessado na formalização da 
Ontologia como um formal ciência - em particular, uma versão process-estrutural do 
Realismo Científico – e sistematicamente em Semântica Formal. Atualmente sou pós-
doutorado da FAPESP Fellow (2018/16465-6) e Pesquisador Associado na CLE com um 
projeto abordado para investigar o processo e a ontologia estrutural e sua formalização. 
 
Jonas R. Becker Arenhart é Professor no Departamento de Filosofia da Universidade 
Federal de Santa Catarina (UFSC). Editor associado da revista Principia. Áreas de interesse: 
Lógica e Filosofia da Lógica; Filosofia da Ciência, Filosofia da Matemática, a relação entre 
ciência e metafísica, Lógicas Não-Reflexivas e Teoria de Quase-Conjuntos, Lógica 
Paraconsistente. Trabalho produzido durante o período de afastamento pelo Programa de 
bolsas para pesquisadores experientes Capes-Humboldt, na Universidade do Ruhr - Bochum. 
 
José Carlos Cariacas Romão dos Santos exerce a função de professor adjunto II na 
Universidade Federal do Amapá - lotado no Colegiado de Filosofia e no Mestrado em 
Educação (PPGED-UNIFAP) na linha de pesquisa em Educação, Cultura e Diversidades. 
Possui formação em Humanidades, com doutorado em Ciências da Religião pela Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo e estágios de pós-doutoramento em Democracia e 
Direitos Humanos pela Universidade de Coimbra (Portugal) e em Ciências Humanas pela 
Universidadede Zúlia (Venezuela). Temas de Interesse: competências educativas; educação e 
cultura democrática; Filosofia da Educação; religião em contextos educacionais. 
 
Kherian Galvão Cesar Gracher tem Doutorado em Filosofia (2016 - 2020) pelo Programa 
de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina na área de Lógica 
e Epistemologia, orientado pelo Dr. Décio Krause e co-orientado pelo Dr. Newton Carneiro 
Affonso da Costa. Mestre em Filosofia (2014 - 2016) pela mesma instituição e também 
orientado pelo Dr. Décio Krause. Anteriormente, obteve o título de Bacharel em Filosofia 
pela Universidade Federal de Ouro Preto (2008 - 2013). Tem experiência em Filosofia 
Analítica, com ênfase em Lógica, Filosofia da Lógica, Metafísica, Filosofia da Ciência e 
História da Filosofia. Trabalha também com divulgação de Filosofia para o grande público, 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
contribuindo para o portal Universo Racionalista como também sendo dono do canal de 
Youtube chamado "SciFilo" 
 
Luiz Helvécio Marques Segundo é Doutor em filosofia pela UFSC.Atualmente é 
pesquisador vinculado à Associação Brasileira de Filosofia da Religião (ABFR). Tem atuado 
na interseção entre filosofia da religião, epistemologia e filosofia da ciência. Sua pesquisa 
atual trata do embate entre explicações naturalistas e sobrenaturalistas da confiabilidade da 
cognição humana. Interessa-se também por abordagens evolutivas à cultura e à moralidade. 
luizhelveciosegundo@gmail.com. 
 
Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes possui doutorado pelo Programa de Pós-
Graduação em Lógica e Metafísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(PPGLM/UFRJ - 2017), mestrado pelo PPGLM/UFRJ (2011), graduação em Filosofia pela 
Universidade Federal do Rio de Janeiro (Bacharelado e Licenciatura - 2010) e graduação em 
Comunicação Social - Faculdades Integradas Hélio Alonso (2006). Tem experiência nas áreas 
de Filosofia com ênfase em Ética, Filosofia Política e Filosofia da Tecnologia. Atualmente é 
professor efetivo de filosofia do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM). 
 
Maria Carolina Monteiro de Almeida é Graduada em Direito pela Universidade Federal do 
Amapá. Membro do grupo de pesquisa "Caleidoscópio Tucuju do Direito: As leis e as 
garantias dos direitos fundamentais no século XXI". Pesquisadora no grupo "Estudos 
interdisciplinares em Cultura e Políticas Públicas". Advogada, presidente da Comissão 
Especial de Igualdade Racial e membro da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos 
Advogados do Brasil seccional Amapá. 
 
Mayra Moreira da Costa é licenciada em filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto 
(UFOP), mestre em Lógica e Filosofia da Ciência pelo Programa de Pós - Graduação em 
Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutoranda em Lógica, 
Ciência, Mente e Linguagem pelo Programa de Pós - Graduação em Filosofia da 
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com estágio sanduíche no Centre for 
Philosophy of Time da Universidade de Milão. É vencedora do prêmio de melhores ensaios 
da Sociedade Brasileira de Filosofia Analítica (2018). Tem experiência na área de Filosofia, 
com ênfase em Lógica e Filosofia da Ciência, atuando principalmente nos seguintes temas: 
http://lattes.cnpq.br/1531118741977108
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
Introdução à Filosofia Analítica, Introdução à Lógica, Lógicas Modais, Metafísica da 
Causalidade, Metafísica do Tempo, Filosofia da Física e Fundamentos da Bioeconomia. 
 
Paulo Roberto Moraes de Mendonça é Doutorando no Programa de Pós-graduação em 
Estudos Literários da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho-
UNESP/Campus de Araraquara, em parceria com a Universidade Federal do Amapá - 
UNIFAP, no formato DINTER. Mestre em Teologia Sistemática pela Pontifícia Universidade 
Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com linha de pesquisa na área da Antropologia 
Teológica; Especialista em Docência no Ensino Superior pelo Instituto Macapaense de Ensino 
Superior (IMMES). Bacharel em Teologia pelo Centro de Estudos Superiores de Teologia e 
Filosofia da Companhia de Jesus (CES-ISI - Instituto Santo Inácio), atualmente Faculdade 
dos Jesuítas (FAJE-BH); Licenciado Pleno em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica 
do Rio de Janeiro (PUC-Rio); Professor concursado da Universidade Federal do Amapá 
(UNIFAP); professor concursado do Estado do Amapá. Lecionou na Pontifícia Universidade 
Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no Instituto de Ensino Superior do Estado do Amapá 
(IESAP), no Centro de Ensino Superior do Amapá (CEAP) e participou de Programas de Pós-
Graduação (Especialização) da Faculdade Seama - AP, onde desenvolveu estudos sobre os 
Fundamentos do Ensino Religioso e Metodologia do Ensino Religioso. Atualmente leciona na 
Universidade Federal do Estado do Amapá - UNIFAP. Professor convidado na Faculdade de 
Teologia e Ciências Humanas - FATECH-AP; participa do Programa de Pós-graduação 
(Especialização) na Instituição FATECH-AP. Tem experiência docente em áreas da Teologia 
Sistemática, Antropologia Filosófica, Teoria do Conhecimento, Ética, Cultura Religiosa e 
Metodologia do Ensino Religioso. Também atua em atividades formativas na área teológico-
pastoral. 
 
Rafael César Pitt é Bacharel e Licenciado em Filosofia pela Universidade Federal de São 
João del Rei (2002-06). Durante dos anos de 2007-10 continuou seus estudos e se formou 
Especialista e Mestre em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora com 
nota 5 pela CAPES. Iniciou sua carreira docente no Ensino Médio ao ser aprovado em 
concurso público para professor efetivo de Filosofia da carreira do Ensino Básico, Técnico e 
Tecnológico da rede pública federal de ensino (ETRB/ICOMAR, Belém/PA). Desde abril de 
2015 é professor efetivo do magistério superior da Universidade Federal do Amapá onde 
trabalha em vista da consolidação do Curso de Filosofia na região. A partir de março de 2018 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
iniciou seu doutorado através do Dinter UNESP/UNIFAP investigando sobre elementos 
órficos na relação Uno/Múltiplo de Empédocles de Agrigento. Leciona na graduação 
principalmente sobre metodologia da pesquisa científica e elaboração de projetos de tcc. Suas 
áreas de maior interesse e atuação são filosofia e literatura clássicas. 
 
Raoni Wohnrath Arroyo é Doutor em Filosofia (Epistemologia e Lógica) pela Universidade 
Federal de Santa Catarina (2020). Áreas de interesse: aspectos ontológicos e metafísicos das 
interpretações da mecânica quântica; questões metodológicas da relação entre ciência e 
metafísica; desafios atuais para o realismo científico. 
 
Rhamon de Oliveira Nunes foi professor substituto na Universidade Federal do Rio de 
Janeiro (UFRJ) nos anos de 2018 e 2019. Sua pesquisa principal tem como foco a mereologia, 
a saber, o estudo lógico-ontológico dos conceitos de parte e todo. Interessa-se também por 
filosofia do espaço, filosofia do tempo, persistência, fundamentalidade e pela retomada das 
discussões metafísicas na filosofia contemporânea, em especial na filosofia analítica. 
 
Rodrigo Alexandre de Figueiredo possui graduação em filosofia pela Universidade Federal 
de Ouro Preto (2009), mestrado em filosofia (Lógica e Metafísica) pela Universidade Federal 
do Rio de Janeiro (2012) e doutorado em filosofia (Lógica e Metafísica) pela Universidade 
Federal do Rio de Janeiro (2017). Atualmente é professor da Faculdade Dom Luciano 
Mendes. Tem experiência na área de metafísica analítica, com ênfase em ontologia, atuando 
principalmente nos seguintes temas: propriedades, universais, particulares e categorias 
ontológicas. Foi Bolsista da CAPES no Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior 
(PDSE). 
 
Rodrigo Reis Lastra Cid é Professor Adjunto de Filosofia na Universidade Federal do 
Amapá. Pesquisador na área da Metafísica. Editor Chefe do periódico Investigação Filosófica. 
Editor da Série Investigação Filosófica (NEPFIL/Editora UFPel). Líder do Grupo de Pesquisa 
Investigação Filosófica (DGP/CNPq), membro do GT de Metafísica Analítica da ANPOF, da 
Society for the Metaphysics of Science e do Laboratório de Estudos Aplicados em 
Infoprodutos (UFES/CNPq). Residência Pós-Doutoral em Filosofia realizada na Universidade 
Federal de Minas Gerais. Doutor e Mestre em Lógica e Metafísica (Filosofia) pelo Programa 
de Pós-Graduação em Lógica e Metafísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenifperíodo sanduíche na Université Catholique de Louvain. Bacharel em Filosofia pela 
Universidade Federal em Ouro Preto. Ex-Professor de Filosofia na Universidade Federal do 
Rio de Janeiro, no Instituto Federal de Minas Gerais e na Faculdade Dom Luciano Mendes. 
 
Sagid Salles é Graduado em filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto, mestre e 
doutor pelo Programa de Pós-Graduação Lógica e Metafísica da UFRJ. Embora se interesse 
por filosofia em geral, sua principal área de atuação é a filosofia da linguagem. É autor de 
dois livros: Vagueness as Arbitrariness (Springer) e Como os Nomes Nomeiam (Editora 
UFPel). 
 
Sérgio Farias de Souza Filho Atualmente é Pesquisador de Pós-Doutorado na Universidade 
Federal do Rio de Janeiro, trabalhando com o professor Roberto Horácio de Sá Pereira e 
financiado pelo CNPq. Anteriormente foi Pesquisador de Pós-Doutorado na Universidade de 
São Paulo trabalhando com o professor Osvaldo Pessoa. Suas principais áreas de pesquisa são 
filosofia da mente, filosofia da linguagem e metafísica. Tem pesquisado especificamente 
intencionalidade, teorias naturalistas da representação mental, seguir regras e normatividade 
semântica. É Doutor em Filosofia no King's College London, sob orientação do Professor 
David Papineau. É Mestre em Filosofia pelo programa de Pós-Graduação Lógica e Metafísica 
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob orientação do professor Guido Imaguire. É 
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco. 
 
Tiago Luís Teixeira de Oliveira é Bacharel e Licenciado em Filosofia pela Pontifícia 
Universidade Católica de Minas Gerais (2005). Mestre (2011) e Doutor em Filosofia pela 
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2017). Fez estágio de pós-doutorado na 
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) de agosto de 2019 a julho de 2020. É 
professor do Ensino Básico Técnico e Tecnológico (EBTT) no Colégio Pedro II (RJ), sendo 
membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE) da Licenciatura em Filosofia e pesquisador 
do Laboratório de Humanidades (LabHum) do Campus de Niterói. É também membro do 
corpo editorial do periódico Investigação Filosófica (ISSN 2179-6742) e participa do Grupo 
de Pesquisa Investigação Filosófica (UNIFAP). Tem pesquisa nas áreas de Filosofia da 
Ciência e em Ensino de Filosofia. Interessa-se também por Epistemologia e Metafísica. 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
PROGRAMAÇÃO 
 
 
Dia: 16/11/2020 
 
Sessão de Comunicações (1h30m) 
 
10:00 - 10:30 (20 min): Uma questão da filosofia da matemática: o que o uso da matemática 
no discurso científico nos diz? 
Comunicador: Henrique Franco (Mestrando em Filosofia - UFSJ) 
 
10:30 - 11:00 (20 min): O reconhecimento interpessoal nas relações de segunda pessoa 
Comunicador: Felipe Eleutério Pereira (Graduando em Filosofia pela UNESP) 
 
11:00 - 11:30 (20 min): Sobre a Natureza da Ignorância: ausência de conhecimento ou 
ausência de crença verdadeira? 
Comunicador: Lucas Jairo Cervantes Bispo (Mestrando em Filosofia pela UFBA) 
 
Palestras - Metafísica (5h) 
 
14:00 - 15:00 (1h): O problema dos universais 
Palestrante: Dr. Rodrigo Alexandre de Figueiredo - FDLM 
 
15:00 - 16:00 (1h): Indispensabilidade explicativa e realismo matemático 
 Palestrante: Me. Daniela Moura Soares - UFRJ 
 
16:00 - 17:00 (1h): Metafísica das leis da natureza 
Palestrante: Dr. Rodrigo Reis Lastra Cid - UNIFAP 
 
18:00 - 19:00 (1h): What are process-based entities? 
 Palestrante: Dr. Francesco Ferrari - UNICAMP 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
19:00 - 20:00 (1h): Essencialismo mereológico e o problema da persistência ao longo do 
tempo. 
Palestrante: Dr. Rhamon de Oliveira Nunes - UFRJ 
 
 
 
Dia: 17/11/2020 
 
Sessão de Comunicações (1h30m) 
 
10:00 - 10:30 (20 min): Argumentos hipotéticos e a influência de Boécio na Lógica de 
Abelardo 
 Comunicadora: Me. Luana da Cruz (Doutoranda pela UFPel) 
 
10:30 - 11:00 (20 min): O descritivismo e seus percalços 
 Comunicador: Edivaldo Borges dos Santos Júnior (Graduando pela UFPI) 
 
11:00 - 11:30 (20 min): Sendo realista sobre explicações: plausibilidade e implicações do 
realismo explicativo 
Comunicador: Victor Nicolau Sholl de Freitas Lima (Mestrando em Filosofia pela 
USP) 
 
Palestras - Filosofia da Ciência (4h) 
 
14:00 - 15:00 (1h): Realismo e (meta)metafísica da ciência 
Palestrante: Dr. Raoni Wohnrath Arroyo e Dr. Jonas R. Becker Arenhart - UFSC / 
Universidade do Ruhr - Bochum 
 
16:30 - 18:00 (1h e 30 min): A viagem no tempo é possível? 
Palestrante: Me. Mayra Moreira da Costa - UFMG 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
18:00 - 19:00 (1h): Sobre a dúvida de Plantinga e o argumento evolucionista contra o 
naturalismo 
 Palestrante: Dr. Luiz Helvécio Marques Segundo - UFSC 
 
19:00 - 20:00 (1h): Realismo científico e o problema da referência dos termos teóricos 
 Palestrante: Dr. Tiago Luís Teixeira de Oliveira - CPII/RJ 
 
21:30: Vídeos-resposta 
Resposta do Dr. Francesco Ferrari 
Resposta do Dr. Rhamon Nunes 
Resposta de Dr. Rodrigo Figueiredo 
 
 
 
Dia: 18/11/2020 
 
Sessão de Comunicações (1h30m) 
 
 10:00 - 10:30 (20 min): O self estendido de Andy Clark: os limites entre mente e mundo 
Comunicadora: Amanda Luiza Stroparo (Psicóloga e Mestranda em Filosofia pela 
PUCPR 
 
10:30 - 11:00 (20 min): O desenvolvimento da noção de conteúdo julgável na filosofia de 
Frege 
Comunicador: Ozéias de Freitas Rodrigues (Mestrando em Filosofia pela UFPR 
 
11:00 - 11:30 (20 min): Memória episódica e suas condições de satisfação 
Comunicador: José Carlos Camilo Castro Neto (Mestrando em Filosofia pela UFTM 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
Palestras - Lógica, Epistemologia, Filosofia da Linguagem 
e da Mente (7h30m) 
 
14:00 - 15:00 (1h): Lógicas clássica e não clássicas e suas negações 
 Palestrante: Dr. Kherian Gracher - UFSC 
 
15:00 - 16:00 (1h): Contra a verdade e a falsidade: como a vagueza revoluciona o que 
pensamos saber sobre a linguagem e o mundo 
 Palestrante: Dr. Sagid Salles - UFRJ 
 
16:00 - 17:00 (1h): Lógica epistêmica, onisciência lógica e idealizações 
 Palestrante: Dr. Iago Bozza - University of Miami 
 
17:00 - 18:00 (1h): Epistemologia e tolerância à opiniões contrárias 
 Palestrante: Dr. Delvair Custodio Moreira - UFMA 
 
18:00 - 19:00 (1h): Metáfora, cognição e Deleuze 
 Palestrante: Dr. Daniel Schiochett - UNISUL 
 
19:00 - 20:00 (1h): Conteúdo mental 
 Palestrante: Dr. Sérgio Farias de Souza Filho - UFRJ 
 
20:00 - 21:30 (1h e 30 min): De espaço-e-tempo para espaço-tempo: princípios físicos & 
consequências filosóficas 
 Palestrante: Me. Diana Taschetto - USP 
 
21:30: Vídeos-resposta 
Resposta de Dr. Tiago Oliveira 
Resposta de Dr. Raoni Arroyo e Dr. Jonas Arenhart 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
Dia: 19/11/2020 
 
Sessão de Comunicações (1h30m) 
 
10:00 - 10:30 (20 min): Os princípios ilegítimos da moralidade e o problema da heteronomia 
da vontade na filosofia moral de Immanuel Kant 
Comunicadora: Me. Rafaella SilveiraSucupira da Costa (Mestre em Filosofia pela 
UFPB) 
 
10:30 - 11:00 (20 min): Três leituras sobre a revolução em Kant 
Comunicador: Me. Gehad Marcon Bark (Doutorando em Filosofia pela UFPR) 
 
11:00 - 11:30 (20 min): Como justificar o ensino de filosofia no ensino médio? 
Comunicador: Frank Wyllys Cabral Lira (Graduando em Filosofia pela UFAM) 
 
Palestras - História da Filosofia, Artes e Educação (6h) 
 
14:00 - 15:00 (1h): O sentido táctil da existência humana 
 Palestrante: Dr. Cesar Augusto Mathias de Alencar - UNIFAP 
 
15:00 - 16:00 (1h): Considerações sobre Empédocles e os mitos 
 Palestrante: Me. Rafael César Pitt - UNIFAP 
 
17:00 - 18:00 (1h): Considerações a respeito dos aspectos filosóficos fundamentais da 
literatura sartreana 
 Palestrante: Me. Paulo Roberto Moraes de Mendonça - UNIFAP 
 
18:00 - 19:00 (1h): Ética a Nicômaco e Hollywood 
 Palestrante: Dr. Fábio Zanoni - UEAP 
 
19:00 - 20:00 (1h): Por uma pragmática da cultura escolar 
 Palestrante: Dr. José Carlos Cariacás - UNIFAP 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
20:00 - 21:00 (1h): Corpora philosophicae: a forma e a origem dos escritos filosóficos 
coloniais brasileiros 
 Palestrante: Dr. Lúcio Álvaro Marques - UFTM 
 
21:30: Vídeos-resposta 
Resposta do Dr. Sagid Salles 
 
 
 
Dia: 20/11/2020 (Dia da Consciência Negra) 
 
Sessão de Comunicações (1h30m) 
 
10:00 - 10:30 (20 min): Desconstruindo a visão mainstream de Adam Smith a partir da 
releitura da Riqueza das Nações 
Comunicadora: Me. Thaís Cristina Alves Costa (Doutoranda em Filosofia pela 
UFPel, com sanduíche para University of North Carolina e Mestranda em Direito pela UFRG) 
 
10:30 - 11:00 (20 min): Teoria da Pena em Ésquilo e Sócrates 
Comunicador: Arthur Lopes Campos Cordeiro (Graduando em Direito pela UFMG) 
 
11:00 - 11:30 (20 min): Teorias da Lei Natural e Razão Prática: é possível uma conciliação? 
Comunicador: Lucas Fonseca dos Santos (Graduando em Direito pelo CESUPA) 
 
Palestras - Ética e Filosofia Política (5h) 
 
14:00 - 15:00 (1h): Tolerância, um projeto inacabado 
 Palestrante: Dr. Everton Miguel Puhl Maciel - UNIFAP 
 
15:00 - 16:00 (1h): Objetividade e bem-estar 
 Palestrante: Dr. Bruno Aislã Gonçalves dos Santos - UNICENTRO 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
17:00 - 18:00 (1h): Ontologia social e limites morais do liberalismo 
 Palestrante: Me. Aluízio de Araújo Couto Júnior - UFMG 
 
18:00 - 19:00 (1h): Racismo recreativo no judiciário 
 Palestrante: Adv. Maria Carolina Monteiro - UNIFAP 
 
19:00 - 20:00 (1h): O corpo doente: coronavírus e a crise do contrato social 
 Palestrante: Dr. Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes - IFTM 
 
 
 
Dia: 21/11/2020 (Dia Internacional da Filosofia) 
 
Sessão de Comunicações (1h) 
 
 10:00 - 10:30 (20 min): O proletariado na obra de Marx: da posição filosófica e da 
constituição das formas políticas à produção dos processos histórico-sociológicos 
Comunicador: José Luís dos Santos Leal (Mestrando em História Social, Graduado 
em Ciências Sociais e Graduando em Filosofia pela UNIFAP) 
 
10:30 - 11:00 (20 min): O problema dos objetos matemáticos em Aristóteles 
Comunicadora: Me. Mariane Farias de Oliveira (Mestre em Filosofia pela UFSM e 
Professora na UFG) 
 
23:59: Encerramento do evento 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
Sumário 
 
 
1ª Sessão de Palestras .......................................................................... 27 
 
O PROBLEMA DOS UNIVERSAIS 
Rodrigo Alexandre de Figueiredo ...................................................... 28 
INDISPENSABILIDADE EXPLICATIVA E REALISMO MATEMÁTICO 
Daniela Moura Soares ..................................................................... 30 
METAFÍSICA DAS LEIS DA NATUREZA 
Rodrigo Reis Lastra Cid ................................................................. 32 
WHAT ARE PROCESS-BASED ENTITIES? 
Francesco Maria Ferrari ................................................................. 34 
ESSENCIALISMO MEREOLÓGICO E O PROBLEMA DA PERSISTÊNCIA 
AO LONGO DO TEMPO 
Rhamon de Oliveira Nunes ............................................................ 36 
 
 
2ª Sessão de Palestras ................................................................. 38 
 
A (META)METAFÍSICA DA CIÊNCIA 
Raoni Wohnrath Arroyo, Jonas R. Becker Arenhart ......................... 39 
A VIAGEM NO TEMPO É POSSÍVEL? 
Mayra Moreira da Costa .............................................................. 43 
SOBRE A DÚVIDA DE PLANTINGA E O ARGUMENTO EVOLUTIVO 
CONTRA O NATURALISMO 
Luiz Helvécio Marques Segundo .................................................. 45 
REALISMO CIENTÍFICO E O PROBLEMA DA REFERÊNCIA DOS 
TERMOS TEÓRICOS 
Tiago Luís Teixeira de Oliveira .................................................. 48 
 
http://lattes.cnpq.br/0847832636263404
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
3ª Sessão de Palestras .................................................................. 50 
 
LÓGICAS CLÁSSICAS E NÃO CLÁSSICAS E SUAS NEGAÇÕES 
Kherian Galvão Cesar Gracher ................................................ 51 
CONTRA A VERDADE E A FALSIDADE: COMO A VAGUEZA 
REVOLUCIONA O QUE PENSAMOS SABER SOBRE A LINGUAGEM 
E O MUNDO 
Sagid Salles .......................................................................... 53 
EPISTEMOLOGIA E TOLERÂNCIA À OPINIÕES CONTRÁRIAS 
Delvair Custodio Moreira ....................................................... 55 
METÁFORA, COGNIÇÃO E DELEUZE 
Daniel Schiochett .................................................................. 57 
 CONTEÚDO MENTAL 
Sérgio Farias de Souza Filho ................................................... 59 
DE ESPAÇO-E-TEMPO PARA ESPAÇO-TEMPO: PRINCÍPIOS FÍSICOS E 
CONSEQUÊNCIAS FILOSÓFICAS 
Diana Taschetto ................................................................... 61 
 
 
4ª Sessão de Palestras ........................................................ 63 
 
O SENTIDO TÁCTIL DA EXISTÊNCIA HUMANA 
Cesar Augusto Mathias de Alencar ......................................... 64 
CONSIDERAÇÕES SOBRE EMPÉDOCLES E OS MITOS 
Rafael César Pitt .................................................................. 66 
CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DOS ASPECTOS FILOSÓFICOS 
EXISTENCIALISTAS FUNDAMENTAIS DA LITERATURA SARTRIANA 
Paulo Roberto Moraes de Mendonça ......................................... 68 
ÉTICA A NICÔMACO E HOLLYWOOD 
Fábio de Godoy Del Picchia Zanoni ......................................... 72 
POR UMA PRAGMÁTICA DA CULTURA DA EDUCAÇÃO 
José Carlos Cariacás .............................................................. 74 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
5ª Sessão de Palestras .......................................................... 76 
 
TOLERÂNCIA, UM PROJETO INACABADO 
Everton Miguel Puhl Maciel ................................................... 77 
OBJETIVIDADE E BEM-ESTAR 
 Bruno Aislã Gonçalves dos Santos .......................................... 79 
ONTOLOGIA SOCIAL E LIMITES MORAIS DO LIBERALISMOAluízio de Araújo Couto Júnior .............................................. 80 
O RACISMO RECREATIVO NO PODER JUDICIÁRIO 
Maria Carolina Monteiro de Oliveira ....................................... 83 
 O CORPO DOENTE: CORONAVÍRUS E A CRISE DO CONTRATO SOCIAL 
Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes ................................ 86 
 
 
1ª Sessão de Comunicações .............................................. 88 
 
UMA QUESTÃO DA FILOSOFIA DA MATEMÁTICA: O QUE O USO 
DA MATEMÁTICA NO DISCURSO CIENTÍFICO NOS DIZ? 
José Henrique Fonseca Franco ............................................... 89 
O RECONHECIMENTO INTERPESSOAL NAS RELAÇÕES DE 
SEGUNDA PESSOA 
Felipe Eleutério Pereira ........................................................ 93 
SOBRE A NATUREZA DA IGNORÂNCIA: AUSÊNCIA DE 
CONHECIMENTO OU AUSÊNCIA DE CRENÇA VERDADEIRA? 
Lucas Jairo Cervantes Bispo .................................................. 97 
 
 
2ª Sessão de Comunicações .............................................. 99 
 
ARGUMENTOS HIPOTÉTICOS E A INFLUÊNCIA DE BOÉCIO 
NA LÓGICA DE ABELARDO 
Luana Talita da Cruz ............................................................ 100 
SENDO REALISTA SOBRE EXPLICAÇÕES: PLAUSIBILIDADE E 
http://lattes.cnpq.br/5216412977817910
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
IMPLICAÇÕES DO REALISMO EXPLICATIVO 
Victor Nicolau Sholl de Freitas Lima ....................................... 104 
 
 
3ª Sessão de Comunicações ............................................... 106 
 
O SELF ESTENDIDO DE ANDY CLARK: OS LIMITES ENTRE MENTE 
E MUNDO 
Amanda Luiza Stroparo .......................................................... 107 
O DESENVOLVIMENTO DA NOÇÃO DE CONTEÚDO JULGÁVEL NA 
FILOSOFIA DE FREGE 
 Ozeias F. Rodrigues ............................................................... 111 
MEMÓRIA EPISÓDICA E SUAS CONDIÇÕES DE SATISFAÇÃO 
José Carlos Camillo Castro Neto .............................................. 113 
 
 
4ª Sessão de Comunicações ............................................... 115 
 
OS PRINCÍPIOS ILEGÍTIMOS DA MORALIDADE E O PROBLEMA DA 
HETERONOMIA DA VONTADE NA FILOSOFIA MORAL DE IMMANUEL 
KANT 
Rafaella Silveira Sucupira da Costa ......................................... 116 
TRÊS LEITURAS SOBRE A REVOLUÇÃO EM KANT 
Me. Gehad Marcon Bark ....................................................... 118 
COMO JUSTIFICAR O ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO? 
Frank Wyllys Cabral Lira ....................................................... 120 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 
5ª Sessão de Comunicações ............................................... 122 
 
DESCONSTRUINDO A VISÃO MAINSTREAM DE ADAM SMITH A 
PARTIR DA RELEITURA DA RIQUEZA DAS NAÇÕES 
Thaís Cristina Alves Costa ..................................................... 123 
TEORIA DA PENA EM ÉSQUILO E SÓCRATES 
Arthur Lopes Campos Cordeiro .............................................. 125 
 
 
6ª Sessão de Comunicações ............................................... 127 
 
O PROBLEMA DOS OBJETOS MATEMÁTICOS EM ARISTÓTELES 
Mariane Farias de Oliveira ..................................................... 128 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 27 
 
 
 
1ª Sessão de Palestras: 
 
16 de novembro de 2020 
14:00 – 20:00 
 
Canal: youtube.com/c/ENFAENIF 
 
 
Universidade Federal do Amapá 
16 a 21 de novembro de 2020 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 28 
 
O PROBLEMA DOS UNIVERSAIS 
 
Rodrigo Alexandre de Figueiredo 
 
Resumo: Qual é problema dos universais? Essa é a pergunta que buscarei responde aqui. Em 
geral, os filósofos pensam que o problema a ser tratado é o problema do um sobre muitos, que 
é um pedido de explicação para o fato de haver vários indivíduos exibindo (pré-teoricamente 
falando) um mesmo atributo. Entretanto, Gonzalo Rodriguez-Pereyra (2000) defende que o 
problema não é o do um sobre muitos, mas o problema dos muitos sobre um, que é um pedido 
de explicação para o fato de um indivíduo ter vários atributos. Penso que há algo de errado 
com essa posição. Assim, procurarei primeiramente expor a teoria de Rodriguez-Pereyra. Em 
seguida, buscarei fazer algumas críticas a tal posição. E por fim, defenderei que o problema 
dos universais é em grande parte o problema do um sobre muitos. 
 
Palavras chave: Problema dos universais; um sobre muitos; muitos sobre um; fazedores de 
verdade; compromisso ontológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 29 
 
THE PROBLEM OF UNIVERSALS 
 
Rodrigo Alexandre de Figueiredo 
 
Abstract: What is the problem of universals? That is the question I will seek to answer here. 
In general, philosophers think that the problem to be dealt with is the one-over-many problem, 
which is a request for explanation of why there are several individuals exhibiting (pre-
theoretically speaking) the same attribute. However, Gonzalo Rodriguez-Pereyra (2000) 
argues that the problem is not the one-over-many problem, but the many-over-one, which is a 
request for explanation of the fact that an individual has several attributes. I think there is 
something wrong with this position. Thus, I will first try to expose Rodriguez-Pereyra's 
theory. Next, I will try to make some criticisms of such position. And finally, I will argue that 
the problem of universals is largely the problem of one-over-many. 
 
Keywords: Problem of universals; one-over-many; many-over-one; truth maker; ontological 
commitment. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 30 
 
INDISPENSABILIDADE EXPLICATIVA E REALISMO MATEMÁTICO 
 
Daniela Moura Soares 
 
Resumo: A aplicabilidade da matemática nas ciências é uma questão persistente. A função 
aparentemente explicativa que a matemática desempenha dentro das ciências empíricas tem 
sido bastante discutida no contexto da formulação dos argumentos explicativos da 
indispensabilidade a favor do realismo matemático. Estes argumentos baseiam-se na ideia de 
que a matemática desempenha um papel indispensavelmente explicativo nas nossas teorias 
científicas, e não apenas um papel representacional (Baker 2005, Colyvan 2010). O debate 
mais recente sobre o papel explicativo da matemática consiste em analisar os supostos 
exemplos de explicações matemáticas de fenômenos empíricos à luz de ideias específicas 
acerca de como as explicações científicas funcionam (Baron, Colyvan e Ripley 2017, Lange 
2017, Lyon 2012, Saatsi 2016). Poucos passos foram dados nesta direção, contudo, e o meu 
objetivo é examinar como diferentes hipóteses filosóficas acerca do que é uma explicação 
científica interagemcomo as análises do papel explicativo da matemática. Tentarei oferecer 
uma análise comparativa, do ponto de vista da filosofia da explicação, das várias propostas 
concorrentes acerca de como interpretar as explicações matemáticas na ciências empíricas. 
Algumas destas propostas são favoráveis a uma interpretação realista da matemática, ao passo 
que outras são mais favoráveis a uma interpretação antirrealista da matemática. Cada uma 
delas diz coisas bastantes distintas sobre como as explicações matemáticas funcionam, 
associando a explicabilidade dessas explicações a informação contrafactual (Woodward 2003, 
2018), informação modal (Lange 2013), informação estrutural (Leng 2012), informação 
unificadora (Baker 2017) e informação causal (Strevens 2018). 
 
Palavras-chave: Realismo matemático; indispensabilidade explicative; argumentos da 
indispensabilidade. 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 31 
 
EXPLANATORY INDISPENSABILITY AND MATHEMATICAL REALISM 
 
Daniela Moura Soares 
 
Abstract: The applicability of mathematics in science is a long-standing philosophical issue 
(Putnam 1979, Quine 1980). The question of mathematics’ seeming explanatory function in 
the empirical sciences has been of particular interest recently (Baron 2016, Bueno and French 
2012, Saatsi 2011, Yablo 2012), e.g. in connection with the so-called Explanatory 
Indispensability Argument (EIA) for mathematical realism. EIA turns on the idea that 
mathematics is not a merely representational aide, but rather plays an active and indispensable 
explanatory role in our scientific theories (Baker 2005, Colyvan 2010). The state-of-the-art of 
the ongoing debate on mathematics’ explanatory role has started to examine case-studies of 
“mathematical” explanations in science in the light of specific ideas about how scientific 
explanations work (Baron, Colyvan and Ripley 2017, Lange 2017, Lyon 2012, Saatsi 2016). 
Only initial steps in this direction have been taken, however, and the aim of my talk is to 
examine in depth how different contemporary philosophical accounts of explanation interact 
with analyses of mathematics’ “explanatory role”. My talk aims to offer a principled 
comparative assessment, from the point of view of philosophy of explanation, of the various 
competing proposals for interpreting “mathematical explanations” in science. Some of these 
support a realist interpretation of mathematics, while others support (or at least are compatible 
with) an anti-realist interpretation. All these proposals say very different things about how 
“mathematical explanations” work, associating such explanations’ explanatoriness to, e.g. 
counterfactual information (Woodward 2003, 2018); modal information (more broadly) 
(Lange 2013); structural information (Leng 2012); unifying information (Baker 2017); and 
causal information (Strevens 2018). 
 
Keywords: Mathematical Realism; explanatory indispensability; indispensability arguments. 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 32 
 
METAFÍSICA DAS LEIS DA NATUREZA 
 
Rodrigo Reis Lastra Cid 
 
Resumo: O objetivo desta palestra é apresentar uma introdução ao problema metafísico das 
leis da natureza, indicando: o que consiste o problema, o que são as leis, quais são as teorias 
das leis e suas maiores dificuldades, e como devemos refletir sobre a relação entre as leis e 
uma inteligência criadora. A importância disso é introduzir os estudantes a um dos mais 
importantes problemas da metafísica contemporânea, para lidarmos com a natureza da 
causalidade e de sua relação com as modalidades. Esperamos mostrar que há uma discussão 
interessante a ser realizada nesse assunto, estimulando, assim, a pesquisa na área. 
 
Palavras-chave: Filosofia; Metafísica; Leis da Natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://lattes.cnpq.br/0847832636263404
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 33 
 
THE METAPHYSICS OF THE LAWS OF NATURE 
 
Rodrigo Reis Lastra Cid 
 
Abstract: The objective of this lecture is to present an introduction to the metaphysical 
problem of the laws of nature, by indicating: what the problem consists of, what are laws 
minimalistically, which theories are good candidates for a theory of laws, which their greatest 
difficulties are, and how we should reflect on the relationship between laws and a creative 
intelligence (if there is any of these supernatural creators). The importance of this is to 
introduce students to one of the most important problems of contemporary metaphysics in 
order to deal with the nature of causality and its relationship with modalities. We hope to 
show that it is an interesting discussion to be held, thus stimulating research in the area. 
 
Keywords: Philosophy; Metaphysics; Laws of Nature. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://lattes.cnpq.br/0847832636263404
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 34 
 
WHAT ARE PROCESS-BASED ENTITIES? 
 
Francesco Maria Ferrari 
 
Resumo: Com esta comunicação, pretendo propor uma introdução crítica à filosofia dos 
processos e, mais especificamente, à sua ontologia. Tentarei responder a pergunta: quais são 
as entidades de que o mundo é feito? Qual é a natureza das entidades existentes na natureza? 
Para tanto, proponho apresentar primeiro alguns modelos de processos: (i) organizacional, (ii) 
estrutural e (iii) não particularista. Mas por que abordar essa abordagem? Por causa dos 
limites que amais tradicional metafísica da substância encontra diante das restrições impostas 
pelo (mais minimal) naturalismo (i.e., não dualismo). A metafísica da substância encontra 
questões que não pode resolver (a priori) e que usarei para delinear minha proposta de modelo 
processual. Por exemplo, (1) a emergência de entidades coletivas com suas respectivas 
propriedades (de ordem superior?) causalmente eficazes e (2) o problema da realização 
múltipla de propriedades (universais) em substâncias particulares. Desse modo, derivarei uma 
caracterização organizacional, não particularista (relacional) e estrutural das entidades 
processuais às quais adicionaremos um critério de individualidade funcional. Minha proposta 
pessoal é, portanto, fornecer um modelo unitário de entidade processual por meio de 
estruturas relacionais. Em conclusão, mostrarei que um modelo formal de tais entidades pode 
ser dado por meio da teoria das categorias. 
 
Palavras-chave: Ontologia dos processos; Emergencia; estruturas relacionais; teoria das 
categorias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 35 
 
WHAT ARE PROCESS-BASED ENTITIES? 
 
Francesco Maria Ferrari 
 
Abstract: With this communication we want to propose a critical introduction to the 
philosophy of processes and, more specifically, to its ontology. I will try to answer the 
question: what are the entities of which the world is made up? What is the nature of entities 
existing in nature? To this end I propose to first present some models of process-based 
entities: (i) organizational, (ii) structuraland (iii) non-particularist. But why approach this 
process view? Because of the limits that the more traditional metaphysics of substance 
encounters in the face of the constraints imposed by (extremely minimal) naturalism (i.e., 
non-dualism). The metaphysics of substance encounters issues that it cannot resolve (a priori) 
and which I will use to outline my proposal for a process-based model. For example (1) the 
emergence of collective entities with their respective (higher-order?) causally efficacious 
properties and (2) the problem of the multiple realization of (universal) properties in particular 
substances. In this way I will derive an organizational, non-particularist (relational) and 
structural characterization of process-based entities which we will add a criterion of 
functional individuation. My personal proposal is, therefore, to provide a unitary model of 
process-based entity through relational structures. I will show, in conclusion, that a formal 
model of such entities can be given by means of the mathematical theory of categories. 
 
Keywords: Ontologia dos processos (process ontology); Emergencia (emergence); estruturas 
relacionais (relational structures); teoria das categorias (category theory). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 36 
 
ESSENCIALISMO MEREOLÓGICO E O PROBLEMA DA PERSISTÊNCIA AO 
LONGO DO TEMPO 
 
Rhamon de Oliveira Nunes 
 
Resumo: Essencialismo mereológico é a tese segundo a qual todas as partes de um objeto são 
essenciais para sua identidade e existência. Portanto, se o essencialismo mereológico for 
verdadeiro, qualquer mudança nas partes de uma totalidade é suficiente para que ela deixe de 
existir. Uma vez que mudanças mereológicas podem se dar através da adição, subtração ou 
substituição de partes, o essencialismo mereológico parece ter resultados absurdos. Afinal, 
nós temos uma forte intuição de que objetos ordinários como carros, plantas e animais são 
capazes de sobreviver a mudanças mereológicas, isto é, são capazes de persistir ao longo do 
tempo, mantendo sua identidade intacta através de diversas alterações em suas partes 
constituintes. Apesar disso, o essencialismo mereológico é fundado em uma intuição quase 
tão forte quanto aquela de que os objetos sobrevivem ao longo do tempo, a saber, a intuição 
de que nada pode mudar e, ainda assim, continuar a ser exatamente o mesmo. Mudança 
pressupõe diferença, e coisas distintas não podem ser idênticas. Ou pelo menos é o que a Lei 
de Leibniz nos diz. Sendo assim, todas as teorias da persistência precisam responder à essa 
questão urgente: em que circunstâncias algo é capaz de mudar, e ainda assim manter sua 
identidade? Meu objetivo nesta palestra é tentar mostrar que (1) as principais teorias acerca da 
persistência pressupõem o essencialismo mereológico e, portanto, (2) nenhuma teoria da 
persistência é capaz de dar conta do fenômeno da mudança; finalmente, (3) que é possível 
usar o essencialismo mereológico para conceber uma teoria da persistência capaz de dar conta 
das nossas intuições ordinárias sobre a mudança desde que estejamos dispostos a aceitar 
também outros pressupostos acerca da relação parte-todo. 
 
Palavras-chave: metafísica; mereologia; identidade; persistência; essencialismo. 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 37 
 
MEREOLOGICAL ESSENTIALISM AND THE PROBLEM OF PERSISTENCE 
OVER TIME 
 
Rhamon de Oliveira Nunes 
 
Abstract: Mereological essentialism is the thesis which states that every part of an object is 
essential to its identity and existence. Therefore, if this thesis is true, any change of parts in a 
whole is sufficient for it to cease to exist. Since mereological changes can only occur through 
addition, subtraction, or substitution of parts, mereological essentialism appears to lead us to 
absurd results. After all, we have a strong intuition that ordinary objects such as cars, plants 
and animals can survive mereological changes, that is, that they can persist over time, 
maintaining their identity through various changes in its constituent parts. However, the thesis 
of mereological essentialism is grounded in an intuition that is as strong as the intuition that 
ordinary objects persist over time, namely, the intuition that nothing can change and remain 
exactly the same. Insofar as change presupposes difference, distinct things cannot be identical. 
At least that is what Leibniz’s Law tells us. Then, every theory of persistence must answer an 
urgent question: in what circumstances does something change and still maintain its identity? 
In this lecture I will show that (1) the main theories of persistence presuppose the thesis of 
mereological essentialism and, therefore (2) no theory of persistence can explain the 
phenomenon of change; finally (3), that nonetheless it is possible to use the thesis of 
mereological essentialism to construct a theory of persistence that satisfies our ordinary 
intuitions about change, granted that we also accept some other theses concerning the part-
whole relation. 
 
Keywords: metaphysics; mereology; identity; persistence; essentialism. 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 38 
 
 
2ª Sessão de Palestras: 
 
17 de novembro de 2020 
14:00 – 20:00 
 
Canal: youtube.com/c/ENFAENIF 
 
 
 
Universidade Federal do Amapá 
16 a 21 de novembro de 2020 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 39 
 
A (META)METAFÍSICA DA CIÊNCIA 
 
Raoni Wohnrath Arroyo 
Jonas R. Becker Arenhart 
 
Resumo: Tradicionalmente, entende-se que uma atitude realista sobre algo envolve algum 
tipo de crença na existência objetiva ou independente de certo tipo de entidades. Seguindo 
esse raciocínio, o realismo científico expressaria a crença na existência das entidades 
postuladas pelas nossas melhores teorias científicas. Em termos ontológicos, isto é, 
existenciais, isso quer dizer que o realismo científico pode ser entendido como envolvendo a 
adoção de uma ontologia que seja cientificamente informada. Mas segundo alguns filósofos, a 
atitude realista deve ir além da ontologia, devendo fornecer uma "imagem clara" acerca 
daquilo sobre o que se está adotando uma atitude realista. A forma com que essa exigência 
tem sido entendida envolve fornecer uma metafísica para as entidades postuladas pela ciência, 
isto é, responder questões acerca da natureza daquilo que a ontologia admite que existe. Nessa 
palestra, discutimos como duas abordagens bastante em voga na área encaram o desafio: o 
naturalismo e a abordagem Viking. O naturalismo é uma forma de realismo científico que 
privilegia a ciência como encarnando nossa melhor epistemologia, recusando-se a ir além de 
onde a ciência vai. Qualquer imagem acerca das entidades deve provir da própria descrição 
científica. A abordagem Viking é um realismo científico que admite uma roupagem 
metafísica. Vai além do que a ciência afirma, para dizer como é o mundo, levando em conta a 
ciência, mas não se reduzindo a ela. A descrição metafísica é, então, uma camada teórica 
adicional. A principal diferença entre ambas as abordagens consiste no papel que a metafísica, 
entendida como uma disciplina filosófica tradicional, pode desempenhar em uma descriçãocientífica do mundo. O naturalista para na própria descrição da ciência, não reconhecendo a 
autoridade de camadas adicionais que não sejam exigidas pela ciência. Mas o proponente da 
abordagem Viking iria além em sua cruzada interpretativa, aceitando compromisso com uma 
descrição metafísica das entidades já reificadas no discurso científico. O problema para o 
naturalista parece ser que se fica aquém de uma imagem clara. A imagem resultante parece 
ser muito crua para um realista (ou, assim se alega). Por outro lado, caso se siga uma 
abordagem Viking e admitamos uma descrição metafísica como uma camada extra, livre da 
física para especulação e desenvolvimento, teremos inevitavelmente uma subdeterminação da 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 40 
 
metafísica à vista: um metafísico sempre pode interpretar uma entidade (dar a ela um perfil 
metafísico) de modos diversos. Uma solução seria evitar os extremos. Podemos focar em 
descartarmos quais as alternativas erradas, ou melhor dizendo: os perfis metafísicos 
incompatíveis com certas teorias. Isto é, nem tudo vale. Por mais que a metafísica flutue 
livremente da metafísica, enquanto disciplina, não é qualquer metafísica que pode interpretar 
qualquer entidade de qualquer teoria científica. Podemos não saber qual é a correta, pois isso 
envolve diversas questões relacionadas à natureza da subdeterminação. Ainda assim, em 
muitos casos podemos usar a ciência para evitar o erro em questões metafísicas. Essa seria, na 
nossa opinião, uma relação produtiva entre ciência e metafísica. 
 
Palavras-chave: Metafísica. Metametafísica. Ontologia. Naturalismo. Mecânica quântica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 41 
 
THE (META)METAPHYSICS OF SCIENCE 
 
Raoni Wohnrath Arroyo 
Jonas R. Becker Arenhart 
 
Abstract: Traditionally, it is understood that to be realist about something involves some kind 
of belief in the objective or independent existence of a certain type of entity. Following this 
reasoning, scientific realism would express the belief in the existence of entities postulated by 
our best scientific theories. In ontological (existential) terms, this means that scientific realism 
can be understood as involving the adoption of an ontology that is scientifically informed. But 
according to some philosophers, the realistic attitude must go beyond ontology, providing a 
"clear picture" about what a realistic attitude is being adopted. How this requirement has been 
understood involves providing a metaphysics for the entities postulated by science, that is, 
answering questions about the nature of what ontology admits to exist. In this talk, we will 
discuss how two very popular approaches in the field face the challenge: naturalism and the 
Viking approach. Naturalism is a form of scientific realism that privileges science as 
embodying our best epistemology, refusing to go beyond where science is going. Any image 
about the entities must come from the scientific description itself. The Viking approach is a 
scientific realism that admits a metaphysical guise. It goes beyond what science claims to say 
what the world is like, taking science into account, but not being reduced to it. The 
metaphysical description is, therefore, an additional theoretical layer. The main difference 
between both approaches is the role that metaphysics, understood as a traditional 
philosophical discipline, can play in a scientific description of the world. The naturalist stops 
at the very description of science, not recognizing the authority of additional layers that are 
not required by science. But the proponent of the Viking approach would go further in her 
interpretive crusade, accepting a commitment to a metaphysical description of the entities 
already reified in scientific discourse. The problem for the naturalist seems to be that one falls 
short of a clear picture. The resulting image appears to be too raw for a realist (or, so it is 
claimed). On the other hand, if a Viking approach is followed and we admit a metaphysical 
description as an extra layer, free from physics for speculation and development, we will 
inevitably have an underdetermination of metaphysics at sight: a metaphysician can always 
interpret an entity (give it a profile metaphysical) in different ways. One solution would be to 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 42 
 
avoid extremes. We can focus on discarding the wrong alternatives, i.e., the metaphysical 
profiles that are incompatible with certain theories. That is, not anything goes. As much as 
metaphysics fluctuates freely from metaphysics, as a discipline, it is not any metaphysics that 
can interpret any entity in any scientific theory. We may not know which is the correct one, as 
this involves several issues related to the nature of underdetermination. Still, in many cases, 
we can use science to avoid error on metaphysical issues. This would, in our opinion, be a 
productive relationship between science and metaphysics. 
 
Keywords: Metaphysics. Metametaphysics. Ontology. Naturalism. Quantum mechanics. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 43 
 
A VIAGEM NO TEMPO É POSSÍVEL? 
 
Mayra Moreira da Costa 
 
Resumo: Nesta palestra, abordo alguns tópicos relacionados ao problema da viagem do tempo 
para o passado. Na primeira parte da palestra, faço uma introdução aos tipos de possibilidades 
e suas relações com o problema. Depois disso, abordo a resposta de David Lewis ao paradoxo 
do avô. Na terceira parte, apresento o argumento de Kurt Gödel contra a realidade do tempo e 
seu modelo cosmológico, onde estruturas massivas poderiam viajar no tempo. 
 
Palavras-chave: viagem no tempo; filosofia da relatividade; modelos cosmológicos; Kurt 
Gödel; David Lewis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 44 
 
IS TIME TRAVEL POSSIBLE? 
 
Mayra Moreira da Costa 
 
Abstract: In this lecture, I address some topics related to the problem of travel to the past. 
First, I introduce the kinds of possibility and its relation to the problem. After that, I approach 
David Lewis’s response to the grandfather paradox. During the third part, I present Kurt 
Gödel’s argument against the reality of time and his cosmological model, where massive 
structures could travel in time. 
 
Keywords: time travel; philosophy of relativity; cosmological models; Kurt Gödel; David 
Lewis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 45 
 
SOBRE A DÚVIDA DE PLANTINGA E O ARGUMENTO EVOLUTIVO CONTRA O 
NATURALISMO 
 
Luiz Helvécio Marques Segundo 
 
Resumo: O objetivo desta palestra é apresentar de modo introdutório o Argumento Evolutivo 
Contra o Naturalismo (AECN),originalmente oferecido por Alvin Plantinga. O naturalismo 
filosófico é, grosso modo, a posição segundo a qual tudo o que há é, em última instância, 
físico (i.e., não há entidades sobrenaturais); ou pelo menos que não deveríamos inflar a 
realidade com entidades dispensáveis do ponto de vista das ciências empíricas. O naturalismo, 
desse modo, implica que o deus teísta muito provavelmente (ou mesmo definitivamente) não 
existe. Plantinga, porém, pensa que o naturalismo é uma posição autoanuladora: se 
verdadeira, fornece um anulador para a crença do naturalista no próprio naturalismo. O 
naturalista não pode, portanto, aceitar racionalmente o naturalismo. Essa conclusão depende 
de duas premissas centrais: (i) a de que o naturalista tem de reconhecer que a probabilidade de 
os mecanismos cognitivos serem confiáveis (i.e., tenderem a produzir mais verdades que 
falsidades) dado a evolução e o naturalismo é baixa, e (ii) reconhecer a baixa probabilidade da 
confiabilidade da nossa cognição dado o naturalismo e a evolução fornece um anulador para 
qualquer crença que seja (incluindo a crença no naturalismo). A premissa (ii) é menos 
controversa, uma vez que repousa em considerações sobre anuladores virtualmente aceitas por 
grande parte dos epistemólogos. A premissa (i), por outro lado, é bastante controversa. 
Plantinga apresenta um longo argumento em seu favor cuja tese central é a seguinte: a 
compreensão naturalista da relação entre o conteúdo de uma crença e o comportamento 
causado por essa crença não dá conta de explicar por que possuir crenças verdadeiras foi 
supostamente crucial para a aptidão dos nossos ancestrais. Em outras palavras, o naturalista 
não tem uma explicação satisfatória da suposta vantagem adaptativa de possuir crenças 
verdadeiras. Na falta de tal explicação, sugere Plantinga, o naturalista deveria acreditar que do 
ponto de vista puramente evolutivo é mais provável que a cognição humana seja infiável (i.e., 
não confiável). Procederei como segue. Apresentarei em algum detalhe a premissa (i), 
enfatizando, sobretudo as considerações de Plantinga sobre a relação entre o conteúdo de uma 
crença e o comportamento. Em seguida, explico sumariamente como funcionam os anuladores 
para uma crença e de que modo a proposição de que é improvável que a cognição humana 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 46 
 
seja confiável dado o naturalismo e a evolução funciona como um anulador. Por fim, 
menciono algumas dificuldades intuitivas ao AECN e noto, principalmente, a falta de clareza 
do principal argumento de Plantinga a favor de (i). 
 
Palavras-chave: naturalismo filosófico; argumento evolutivo contra o naturalismo; Alvin 
Plantinga; anulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 47 
 
ON PLANTINGA’S DOUBT AND EVOLUTIONARY ARGUMENT AGAINST 
NATURALISM 
 
Luiz Helvécio Marques Segundo 
 
Abstract: The aim of this lecture is to introduce Plantinga’s Evolutionary Argument Against 
Naturalism (EAAN). Roughly, philosophical naturalism is the thesis according to which 
everything that exists is ultimately physical (i.e., there are no supernatural entities); or at least 
that we shouldn’t inflate our ontology with entities that are utterly dispensable from the 
empirical sciences point of view. Thus, naturalism implies the improbability (maybe 
impossibility) of the existence of a theistic god. However, Plantinga claims that naturalism is 
a self-defeating position: if true, naturalism provides a defeater for naturalist’s belief in 
naturalism itself. So, a naturalist cannot rationally believe in naturalism. This conclusion rests 
on two main premises: (i) that naturalists have to accept the improbability of the reliability of 
human cognitive mechanisms given naturalism and evolution, and (ii) that this acceptance 
provides a defeater for any belief a subject comes to sustain (including his own belief in 
naturalism). Premise (ii) is free of controversy, for the core of defeasibility thesis is virtually 
shared by the majority of epistemologists. Premise (ii), by the other hand, is more difficult to 
maintain. Plantinga offers a long argument for it. Here is its central assumption: the 
naturalistic view of the relation between the content of a belief and the behaviour caused by it 
cannot explain why the possession of true beliefs was supposed to be crucial for our 
ancestors’ fitness. That is, naturalists don’t have a satisfactory explanation of the supposed 
adaptive advantage of an organism guiding its actions by true beliefs. Lacking such 
explanation, suggests Plantinga, naturalists should believe that it isn’t probable that, given 
naturalism and evolution, our cognition has evolved to be reliable. I will proceed as follows. 
I’ll first present in some detail premise (i), focusing on Plantinga’s considerations about the 
content of a belief and its relation with adaptive behaviour. Then, I’ll shortly explain how a 
belief can constitute a defeater for another one and, more importantly, how the belief in the 
proposition that the probability of our cognition is reliable given naturalism and evolution 
works as a defeater. Lastly, I present some intuitive difficulties to EAAN, and mainly with the 
lack of clarity of Plantinga’s arguments for (i). 
 
Keywords: Philosophical naturalism; evolutionary argument against naturalism; Alvin 
Plantinga; defeasibility. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 48 
 
REALISMO CIENTÍFICO E O PROBLEMA DA REFERÊNCIA DOS TERMOS 
TEÓRICOS 
 
Tiago Luís Teixeira de Oliveira 
 
Resumo: Esta palestra tem os três seguintes objetivos: Em primeiro lugar, apresentar razões 
pelas quais as teorias da referência mais comuns não são capazes de suprir um realismo 
científico nos moldes do realismo disposicional de Chakravartty (2007, 2017). O segundo 
objetivo é oferecer o que considero ser algumas características importantes para uma teoria da 
referência subsidiar o realismo em questão (e variações). O último objetivo é analisar algumas 
tentativas como mais ou como menos promissoras para lidar com termos que se tornam 
obsoletos ou cujos referentes têm características revisadas na dinâmica do conhecimento 
científico ao longo da história. Como consequência do último objetivo, o desfecho da palestra 
encaminhará para o favorecimento de uma teoria da referência causal refinada, proposta por 
Stanford e Kitcher (2000). 
 
Palavras-chave: Realismo científico; Tipos naturais; Teoria causal da referência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 49 
 
SCIENTIFIC REALISM AND THE PROBLEM OF REFERENCE OF 
THEORETICAL TERMS 
 
Tiago Luís Teixeira de Oliveira 
 
Abstract: This talk has the following three goals: The first one is to argue for the conclusion 
that the most common theories of reference aren´t able to supply a scientific realism like 
Charkavartty´s dispositional realism (Chakravartty 2007 and 2017). Second, to offer relevant 
features that a theory of reference, as I consider, must exhibit to support the above mentioned 
scientific realism (and its variations). The last goal is to analyse the capacity of some 
promising attempts todeal either with the terms that became obsolete or with those whose 
referents had its features revised in the dynamics of scientific knowledge along with the 
history. As a consequence of the third goal, I will finish this talk favouring a refined causal 
theory of reference, proposed by Stanford and Kitcher (2000). 
 
Keywords: Scientific realism; Natural Kinds; Causal Theory of Reference. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 50 
 
 
 
3ª Sessão de Palestras: 
 
18 de novembro de 2020 
14:00 – 20:00 
 
Canal: youtube.com/c/ENFAENIF 
 
 
 
 
Universidade Federal do Amapá 
16 a 21 de novembro de 2020 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 51 
 
LÓGICAS CLÁSSICAS E NÃO CLÁSSICAS E SUAS NEGAÇÕES 
 
Kherian Galvão Cesar Gracher 
 
Resumo: Poderia haver um único sistema de lógica que permita trabalharmos 
simultaneamente com negações clássica, paraconsistente e paracompleta? Essas três negações 
foram separadamente estudadas em lógicas cujas negações levam seus nomes. Inicialmente 
iremos restringir nossa análise às lógicas proposicionais, analisando a negação clássica, ¬c, tal 
como tratada pela Lógica Proposicional Clássica LPC); a negação paraconsistente, ¬p como 
tratada através da hierarquia de Cálculos Proposicionais Paraconsistentes Cn (0 ≤ n ≤ ω); e a 
negação paracompleta, ¬q, como tratada pela hierarquia de Cálculos Proposicionais 
Paracompletos Pn (0 ≤ n ≤ ω). Ainda que possamos chamar os três conectivos de “negações”, 
suas propriedades são distintas de acordo com cada sistema (que, por sua vez, também 
preservam características metateóricas distintas). Em “Logics that are both paraconsistent and 
paracomplete” (1989), Newton da Costa propôs um sistema com características aproximadas 
ao que buscamos. Na hierarquia de Cálculos Proposicionais Não-Aléticos Nn (0 ≤ n ≤ ω), 
apenas uma negação é introduzida (como primitiva), chamada de “não-alética” (¬n), cujo 
funcionamento pode preservar as propriedades da negação clássica, ou paraconsistente ou 
paracompleta -- dependendo do bom ou mau comportamento da fórmula a ela conectada. No 
entanto, como veremos, na hierarquia Nn não podemos reiterar negações com 
comportamentos diferentes a uma mesma fórmula (e.g., ¬p¬cα ou ¬q¬c¬pα), ou mesmo 
analisar uma fórmula como ¬cα → ¬pα. Em vista desses problemas, podemos realmente dizer 
que a hierarquia Nn nos permite compreender as relações e interações dos três tipos de 
negações? Para tratarmos disso, posto o problema inicial, apresentaremos quatro sistemas 
axiomáticos (KG) nos quais, diferente de Nn, as três negações são diretamente introduzidas -- 
oferecendo também uma semântica e um método de provas por tableaux analíticos. Através 
dos Sistemas KG mostraremos como as negações interagem, obtendo teoremas não 
demonstráveis em LPC Cn, Pn e Nn (0 ≤ n ≤ ω). 
 
Palavras-chave: Negação; Lógica Clássica; Lógicas Não-Clássicas; Filosofia da Lógica. 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 52 
 
CLASSICAL AND NON-CLASSICAL LOGICS AND ITS NEGATIONS 
 
Kherian Galvão Cesar Gracher 
 
Abstract: Could there be a single logical system that would allow us to work simultaneously 
with classical, paraconsistent, and paracomplete negations? These three negations were 
separately studied in logics whose negations bear their names. Initially we will restrict our 
analysis to propositional logics by analyzing classical negation, ¬c, as treated by Classical 
Propositional Logic (LPC); the paraconsistent negation, ¬p, as treated through the hierarchy of 
Paraconsistent Propositional Calculi Cn (0 ≤ n ≤ ω); and the paracomplete negation, ¬q, as 
treated by the hierarchy of Paracomplete Propositional Calculi Pn (0 ≤ n ≤ ω). In “Logics that 
are both paraconsistent and paracomplete” (1989), Newton da Costa proposed a system with 
approximate characteristics to what we are looking for. In the hierarchy of Non-Alethical 
Propositional Calculi Nn (0 ≤ n ≤ ω), only one negation is introduced (as primitive), called a 
“non-alethic” (¬n), whose operation preserves the properties of classical, or paraconsistent or 
paracomplete negation -- depending on the well or ill behavior of the formula connected to it. 
However, as we shall see, in the hierarchy Nn we can not reiterate negations with different 
behaviors in a same formula (e.g., ¬p¬cα or ¬q¬c¬p α), or even analyze a formula like ¬cα → 
¬pα. In view of these problems, can we really say that the hierarchy Nn allows us to 
understand the relationships and interactions of the three types of negations? In order to deal 
with this, given the initial problem, we will present four axiomatic systems (KG) in which, 
unlike Nn, the three negations are directly introduced -- offering a semantics and a method of 
proofs by analytic tableaux. Through the KG Systems we will show how the negations 
interact, obtaining non-demonstrable theorems in LPC, Cn, Pn, and Nn (0 ≤ n ≤ ω). 
 
Keywords: Negation; Classical Logic; Non-Classical Logics; Philosophy of Logic. 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 53 
 
CONTRA A VERDADE E A FALSIDADE: COMO A VAGUEZA REVOLUCIONA O 
QUE PENSAMOS SABER SOBRE A LINGUAGEM E O MUNDO 
 
Sagid Salles 
 
Resumo: Nesta palestra, apresento um esboço de uma teoria da vagueza que é capaz de 
reconhecer que predicados vagos são linguisticamente imprecisos. Defino imprecisão 
linguística como segue: um predicado é impreciso somente se não existe uma fronteira entre 
os objetos aos quais suas aplicações geram um valor de verdade particular e os objetos aos 
quais suas aplicações não gera aquele valor. Com esta definição em mãos, apresento alguns 
aspectos centrais do que chamo de “Teoria da Vagueza como Arbitrariedade”, que define um 
predicado vago como um predicado arbitrário que tem de ser tornado preciso para contribuir 
para uma frase que possua condições de verdade. Finalmente, argumento que esta definição 
pode acomodar a imprecisão linguística dos predicados vagos. 
 
Palavras-chave: Vagueza; Predicados Vagos; Imprecisão Linguística; Vagueza como 
Arbitrariedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 54 
 
AGAINST TRUTH AND FALSEHOOD: HOW VAGUENESS REVOLUTIONIZES 
WHAT WE THINK WE KNOW ABOUT LANGUAGE AND THE WORLD 
 
Sagid Salles 
 
Abstract: In this talk, I outline a theory of vagueness that is able to recognize that vague 
predicates are linguistically imprecise. I define linguistic imprecision as follows: a predicate is 
imprecise only if there is no sharp boundary between objects to which its application yields 
some particular truth-value and ones to which its application does not yield that truth-value. 
With this definition in hand, I present some core aspects of what I call the “Theory of 
Vagueness as Arbitrariness”, which defines a vague predicate as an arbitrary predicate that 
must be precisified in order to contribute to a sentence that has truth-conditions. Finally, I 
argue that this definition can accommodate the linguistic imprecision of vaguepredicates. 
 
Keywords:Vagueness; Vague Predicates; Linguistic imprecision; Vagueness as Arbitrariness. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 55 
 
EPISTEMOLOGIA E TOLERÂNCIA À OPINIÕES CONTRÁRIAS 
 
Delvair Custodio Moreira 
 
Resumo: O livre desacordo de ideias e opiniões é frequentemente aludido como uma situação 
epistemicamente benéfica em comunidades epistêmicas. Por outro lado, a situação oposta ao 
desacordo (como o consenso dogmático) é vista como epistemicamente ruim. Segundo Mill, 
por exemplo, a censura à posições contrárias a uma opinião, ainda que verdadeira, transforma 
a última em um dogma morto. Apesar de a literatura recente se concentrar na atitude 
doxástica dos pares em situações de desacordo em relação às suas respectivas crenças 
(manter, abandonar ou suspender o juízo), na chamada “epistemologia do desacordo”, pouco 
tem se falado quanto a atitude de um agente ou grupo de agentes com relação à crença oposta. 
Alguns filósofos têm advogado em favor da tolerância como a atitude apropriada em relação a 
opiniões contrárias. No entanto, para que a tolerância possa garantir os benefícios epistêmicos 
do desacordo e da pluralidade, é preciso distingui-la de atitudes similares como a indiferença 
ou o relativismo. Além disso, é preciso oferecer razões epistêmicas para justificar a tolerância, 
e não apenas razões morais ou políticas, uma vez que essas últimas buscam garantir 
benefícios como a preservação de autonomia e liberdade de expressão. Apesar de esses serem 
valores importantes, uma defesa epistêmica da tolerância procura estabelecer o valor da 
mesma na busca pela verdade. Desta forma, faz-se necessário uma investigação a fim de 
explorar a relação entre tolerância epistêmica e desacordo a fim compreender os benefícios 
epistêmicos resultantes da diversidade de opiniões e da tolerância a opiniões contrárias. 
 
Palavras-Chave: desacordo; tolerância; relativismo; epistemologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 56 
 
EPISTEMOLOGY AND TOLERATION TO OPPOSING OPINIONS 
 
Delvair Custodio Moreira 
 
Abstract: The free disagreement of ideas and opinions is often alluded to as an epistemically 
beneficial situation in epistemic communities. Philosophers like Kuhn and Feyerabend argue 
that diversity in science promotes scientific progress. According to Mill, for example, the 
censorship of positions contrary to an opinion, although true, turns the latter into a dead 
dogma. Although recent literature focuses on the doxastic attitude of peers in situations of 
disagreement in relation to their respective beliefs (maintaining, abandoning or suspending 
judgment), in the so-called “epistemology of disagreement”, little has been said about the 
attitude of an agent or group of agents with respect to the opposite belief. Some philosophers 
have advocated for toleration as the proper attitude to opposing opinions. However, for 
toleration to guarantee the epistemic benefits of disagreement and plurality, it must be 
distinguished from similar attitudes such as indifference or relativism. In addition, it is need to 
offer epistemic reasons to justify toleration, and not just moral or political reasons, since the 
latter seek to guarantee benefits such as the preservation of autonomy and freedom of 
expression. Although these are important values, an epistemic defense of toleration seeks to 
establish its value in the search for truth. Thus, we need an investigation to explore the 
relationship between epistemic toleration and disagreement in order to understand the 
epistemic benefits resulting from the diversity of opinions and the toleration of opposing 
opinions. 
 
Keywords: disagreement; toleration; relativism; epistemology. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 57 
 
METÁFORA, COGNIÇÃO E DELEUZE 
 
Daniel Schiochett 
 
Resumo: A relação entre expressões metafóricas e literais suscitou algumas explicações 
semânticas e pragmáticas acerca do funcionamento da linguagem. De modo geral, estas 
explicações acabam pintando um quadro no qual a linguagem é significativa pois funciona 
como uma espécie de espelho da realidade. Essa relação entre linguagem e realidade é 
sustentada por uma metafísica de objetos discretos e leis transcendes. Enquanto isso, o 
cognitivismo, conforme desenvolvido por Lakoff e Johnson, nega esse papel representativo da 
linguagem em nome de um papel funcional e operativo dos nossos conceitos enquanto 
fenômenos cognitivos que nos permitem uma interação mais eficiente com o meio no qual 
vivemos. Mas estes autores não pretendem oferecer uma metafísica que justifique e sustente 
essa compreensão da natureza da significatividade linguística. Acreditamos que é possível 
explorar as implicações metafísicas da filosofia de Deleuze e Guattari para oferecer tais bases. 
Nestes autores, a relação entre a linguagem e o mundo é pensada no interior de uma 
metafísica de intensidades contínuas e leis imanentes, na qual a diferenciação entre os 
múltiplos, contínuos e emergentes estratos da realidade não é um problema e sim uma 
necessidade metafísica. 
 
Palavras-chave: metáforas; semântica; pragmática; cognitivismo; devir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 58 
 
METAPHOR, COGNITION AND DELEUZE 
 
Daniel Schiochett 
 
Abstract: The relationship between metaphorical and literal expressions has given rise to 
some semantic and pragmatic explanations about the functioning of language. In general, 
these explanations end up painting a picture in which language is significant because it works 
as a kind of mirror of reality. This relationship between language and reality is supported by a 
metaphysics of discrete objects and transcendent laws. Meanwhile, cognitivism, as developed 
by Lakoff and Johnson, denies this representative role of language in the name of a functional 
and operative role of our concepts as cognitive phenomena that allow us to interact more 
efficiently with the environment in which we live. But these authors do not intend to offer a 
metaphysics that justifies and supports this understanding of the nature of linguistic 
significance. We believe that it is possible to explore the metaphysical implications of 
Deleuze and Guattari's philosophy to offer such bases. In these authors, the relationship 
between language and the world is thought within a metaphysics of continuous intensities and 
immanent laws, in which the differentiation between the multiple, continuous and emerging 
strata of reality is not a problem but a metaphysical necessity. 
 
Keywords: metaphors; semantics; pragmatics; cognitivism; becoming. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 59 
 
CONTEÚDO MENTAL 
 
Sérgio Farias de Souza Filho 
 
Resumo: O objetivo desta apresentação é introduzir e avaliar a viabilidade das teorias 
teleológicas do conteúdo mental (“teleosemântica”). Inicialmente apresento os problemasda 
intencionalidade e do conteúdo mental e introduzo a solução naturalista para os mesmos. 
Segundo o naturalismo intencional, representações mentais são estados naturais e são as 
propriedades naturais das representações mentais que determinam seus conteúdos 
representacionais. Posteriormente apresento a teleosemântica como a mais promissora das 
teorias naturalistas do conteúdo mental. Sua tese central é que estados representacionais são 
redutíveis a estados de função biológica e que o conteúdo de uma representação mental é 
determinado por sua função biológica. Por fim apresento dois problemas fundamentais que 
põem em xeque a viabilidade da teleosemântica – o problema da indeterminação funcional e o 
problema das representações complexas. O primeiro estabelece que a função biológica de 
estados representacionais não é completamente determinada tal como pressuposto pelos 
teleosemanticistas. Mas se a função é indeterminada e é a função do estado representacional 
que determina seu conteúdo, segue-se que o conteúdo especificado pela teleosemântica é 
também indeterminado. O segundo problema é que ainda que a teleosemântica seja bem-
sucedida em dar conta de representações cognitivamente primitivas, não está claro como a 
mesma poderia dar conta de representações cognitivamente complexas. 
 
Palavras-chaves: conteúdo mental; teleosemântica; função biológica; naturalismo 
intencional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 60 
 
MENTAL CONTENT 
 
Sérgio Farias de Souza Filho 
 
Abstract: The goal of this presentation is to introduce and assess the viability of the 
teleological theories of mental content (“teleosemantics”). First, I present the problems of 
intentionality and mental content and then I introduce the naturalist solution to both. 
According to intentional naturalism, mental representations are natural states, and the natural 
properties of mental representations are the ones that determine their representational 
contents. Second, I introduce teleosemantics as the most promising naturalist theory of mental 
content. The teleosemantic core thesis is that representational states are reducible to biological 
function states, and that the content of a metal representation is determined by its biological 
function. Finally, I present two foundational problems that jeopardises the viability of 
teleosemantics - the problem of functional indeterminacy and the problem of complex 
representations. The first problem establishes that the biological functions of representational 
states are not fully determined as assumed by teleosemanticists. But if the function is 
undetermined and it is the function of a representational state that determines its content, it 
follows that the content specified by teleosemantics is also indeterminate. The second 
problem is that even if teleosemantics succeeds in giving an account of cognitively primitive 
representations, it is not clear how teleosemantics could give an account of cognitively 
complex representations. 
 
Keywords: mental content; teleosemantics; biological function; intentional naturalism. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 61 
 
DE ESPAÇO-E-TEMPO PARA ESPAÇO-TEMPO: PRINCÍPIOS FÍSICOS E 
CONSEQUÊNCIAS FILOSÓFICAS 
 
Diana Taschetto 
 
Resumo: Esta palestra ilustra o entrelaçamento da física e da filosofia tomando por estudo de 
caso a passagem da concepção de espaço e tempo da física newtoniana para a noção de 
espaço-tempo relativística. As motivações para a introdução dos conceitos de espaço e tempo 
absolutos são explicitadas e as razões empíricas para o seu abandono, indicadas. A teoria da 
relatividade restrita é apresentada - as equações que descrevem a dilatação do tempo, a 
contração do espaço e as transformações de Lorentz são derivadas explicitamente - e algumas 
consequências metafísicas daí decorrentes são discutidas. Argumenta-se, em conclusão, que 
considerações metafísicas são por vezes motivação e ponto de partida do teorizar científico - 
como se faz mostrar no caso das equações de movimento da física clássica - mas que também 
é o caso que teses metafísicas não-antevistas são por vezes consequência de teorias - como se 
faz mostrar, no caso do eternalismo, a natureza do tempo e a consequente concepção de 
“universo em bloco”. 
 
Palavras-chave: espaço-tempo; espaço absoluto; tempo absoluto; empirismo; metafísica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 62 
 
FROM SPACE-AND-TIME TO SPACE-TIME: PHYSICAL PRINCIPLES AND 
PHILOSOPHICAL AFTERMATHS 
 
Diana Taschetto 
 
Abstract: This talk discusses the interweaving of physics and philosophy by means of a case-
study, namely the transition of the conception of space and time from Newtonian physics to 
the conception of spacetime from the theory of relativity. The motivation for the introduction 
of the notions of absolute space and absolute time are made explicit, as are the empirical 
reasons for rejecting them. The special theory of relativity is presented—in fact, the equations 
describing time dilation, length contraction and the Lorentz transformations are explicitly 
derived—and some of the metaphysical consequences that follow therefrom are discussed. In 
conclusion, I contend that metaphysical considerations are often the starting point of physical 
theorizing—as in the case of the classical equations of motion—but in contrast, non-
anticipated metaphysical theses are also, in some cases, consequence of physical theories—as 
in the case of eternalism, the understanding of the nature of time and the thesis of the block-
universe it entails. 
 
Keywords: spacetime; absolute space; absolute time; empiricism; metaphysics. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 63 
 
 
4ª Sessão de Palestras: 
 
19 de novembro de 2020 
14:00 – 20:00 
 
Canal: youtube.com/c/ENFAENIF 
 
 
 
 
Universidade Federal do Amapá 
16 a 21 de novembro de 2020 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 64 
 
O SENTIDO TÁCTIL DA EXISTÊNCIA HUMANA 
 
Cesar Augusto Mathias de Alencar 
 
Resumo: Nossa cultura ocidental, desde a Grécia antiga, tem sustentado a primazia do visual 
e do olho como órgão de saber, de tal forma que o vocabulário utilizado ainda hoje para 
caracterizar o conhecimento deriva do repertório desenvolvido para descrever a visão e o 
olhar. Parte dessa primazia tem obscurecido a importância fundamental do processo simbólico 
da mente e de sua realização em diversas instituições humanas. Meu interesse geral, nesse 
estudo, orienta-se pela indicação de que o processo simbólico, ao abarcar e transcender a 
atividade racional da mente, não pode se identificar com a imaginação em termos de mera 
criação de imagens, seja espontânea ou premeditada – porque a atividade criadora de 
símbolos exige a participação, não premeditada e sim espontânea, de todos os canais 
sensoriais de percepção. Meu interesse mais específico está em poder demonstrar em que 
medida o sentido do tato,por ser a mais fundamental das experiências sensoriais, tende a 
organizar nossa vivência do mundo e, desse modo, nossa criatividade simbólica, devendo ser 
compreendido como análogo ao destino humano de dar sentido à existência. Ambos os 
interesses são determinados pelo propósito de argumentar em favor do paradigma táctil como 
sendo mais adequado para representar a mente orientada pela condição existencial da vivência 
simbólica. Acredito, assim, oferecer uma compreensão da condição humana menos alienada 
pela noção visual e individual e mais afetiva e solidária a partir da realização de si como 
espaço de (con)vivência significativa. 
 
Palavras-chave: Percepção; Tato; Imaginação; Sentido da vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 65 
 
THE TACTILE SENSE OF HUMAN EXISTENCE 
 
Cesar Augusto Mathias de Alencar 
 
Abstract: Western culture, since ancient Greece, has maintained the primacy of the visual and 
the eye as organ of knowledge, in such a way that the vocabulary used even today to 
characterize knowledge derives from the repertoire developed to describe the vision and the 
look. Part of this primacy has obscured the fundamental importance of the symbolic process 
of the mind and its realization in different human institutions. My general interest in this study 
is guided by the indication that the symbolic process, when encompassing and transcending 
the rational activity of the mind, cannot be identified with the imagination in terms of mere 
image creation, whether spontaneous or premeditated – because symbol-creating activity 
requires the participation, not premeditated but spontaneous, of all the sensory channels of 
perception. My most specific interest is in being able to demonstrate to what extent the sense 
of touch, being the most fundamental of sensory experiences, tends to organize our experience 
of the world and, thus, our symbolic creativity, it should be understood as analogous to the 
human destiny of make sense of existence. Both interests are determined by the purpose of 
arguing in favor of the tactile paradigm as being more adequate to represent the mind oriented 
by the existential condition of the symbolic experience. I believe, therefore, to offer an 
understanding of the human condition that is less alienated by the visual and the individual 
notion and more affective and supportive from the realization of oneself as a place of the 
meaningful (co)experience. 
 
Keywords: Perception; Touch; Imagination; Sense of life. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 66 
 
CONSIDERAÇÕES SOBRE EMPÉDOCLES E OS MITOS 
 
Rafael César Pitt 
 
Resumo: O presente trabalho indaga sobre a múltipla possibilidade de se analisar a obra de 
Empédocles em sua dívida com os mitos. Essa possibilidade é fundamental para 
compreendermos o pensamento do autor e o sentido histórico e filosófico de sua poesia. A 
relação entre o pensamento do autor e os mitos está no centro das poesias, prosas e tratados do 
grupo dos pré-socráticos. Os motivos mais relevantes que levaram até esta abordagem são a 
atualização da literatura órfica e do campo de influência do orfismo, seguidos pela 
possibilidade de reler a obra empedocleana sob esta influência mitológica. A inserção do 
orfismo é nossa escolha metodológica para avaliar o papel do mito no pensamento de 
Empédocles. Educado por Parmênides, conhecedor das tradições dos mistérios, poeta épico, 
nosso autor em tela reúne muitas influências em sua literatura. Estudar este passado 
mitológico, a partir do orfismo, é o objetivo deste trabalho. 
 
Palavras-chave: Mito; Orfismo; Filosofia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 67 
 
CONSIDERATIONS ABOUT EMPEDOCLES AND MYTHS 
 
Rafael César Pitt 
 
Abstract: The present work asks about the multiple possibility of analyzing Empedocles' 
work in his debt to myths. This possibility is fundamental to understand the author's thinking 
and the historical and philosophical meaning of his poetry. The relationship between the 
author's thinking and myths is at the heart of the poetry, prose and treatises of the group of 
pre-Socratics. The most relevant reasons that led to this approach are the updating of the 
Orphic literature and the orphism's field of influence, followed by the possibility of rereading 
the Empedoclean work under this mythological influence. Orphism insertion is our 
methodological choice for assessing the role of myth in Empedocles' thinking. Educated by 
Parmenides, familiar with the traditions of the mysteries, an epic poet, our on-screen author 
brings together many influences in his literature. Studying this mythological past, from 
orphism, is the objective of this work. 
 
Keywords: Myth; Orphism; Philosophy. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 68 
 
CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DOS ASPECTOS FILOSÓFICOS 
EXISTENCIALISTAS FUNDAMENTAIS DA LITERATURA SARTRIANA 
 
Paulo Roberto Moraes de Mendonça 
 
Resumo: As impressões e considerações apresentadas objetivaram elucidar a constante 
influência dos aspectos filosóficos do existencialismo humanista de Jean-Paul Sartre e as 
consequências na construção do seu fazer literário. Percebeu-se nesse estudo a configuração 
de uma particularidade pertinente na relação dialógica entre Filosofia e Literatura, na qual é 
oferecido um novo paradigma na concepção de uma teoria da literatura. Nessa perspectiva, à 
margem das nuances metafísicas presentes na estrutura do pensamento existencialista 
sartriano, foi possível evidenciar questões relevantes à vida humana, tais como o “ser-em-si-
para-si”, o ser humano existente, “situado-no-mundo”, marcado por ambiguidades, conflitos e 
tensões, consigo mesmo e com o outro, em face das múltiplas relações construídas ao longo 
de sua existência, desveladas sobremaneira nas narrativas literárias. À luz desse background, 
isto é, o ser humano situado existencialmente como tema central na literatura sartriana, se 
fizeram presentes os seguintes questionamentos norteadores dessa reflexão: em que medida as 
teses filosófico-existencialistas são assumidas na esfera literária de Sartre? Em que medida a 
literatura em Sartre é existencialista? Pode-se evocar uma literatura existencialista? Dessa 
forma, a tentativa de responder a esses questionamentos tornou-se então o objeto das 
considerações apresentadas aqui. Apoiando-se nas obras de Sartre, dentre as quais “O 
Existencialismo é um Humanismo”, conferência proferida em 1945, “O Ser e o Nada”, de 
1943, considerada sua obra principal, “A Náusea”, clássico publicado em 1938, e a importante 
obra “O que é Literatura”, publicada em 1947, que aborda de forma pertinente as questões do 
fazer literário, criando aí uma espécie de teoria literária em perspectiva existencialista, assim 
como outros trabalhos. Ao lado dos conceitos fundamentais do existencialismo humanista 
estabelecidos por Sartre, que imprimem essencialidade filosófica ao conteúdo literário de suas 
obras literárias, está o conceito de “engajamento”, preponderante na sua concepção do fazer 
literatura. Enfim, Jean-Paul Sartre assumiu importante tarefa no contextodo diálogo entre 
Literatura e Filosofia, imprimindo um caráter mais expressivo através de suas obras literárias, 
o que o torna relevante ainda em nossos dias, sem negar, evidentemente, as expressivas 
autorias da tradição filosófica ocidental antiga e clássica. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 69 
 
Palavras-chave: Literatura; Existencialismo; Engajamento; J-P Sartre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 70 
 
CONSIDERATIONS REGARDING THE FUNDAMENTAL EXISTENTIALIST 
PHILOSOPHICAL ASPECTS OF SARTHRIAN LITERATURE 
 
Paulo Roberto Moraes de Mendonça 
 
Abstract: The impressions and considerations presented aimed to elucidate the constant 
influence of the philosophical aspects of the humanist existentialism of Jean-Paul Sartre and 
the consequences in the construction of his literary work. In this study, the configuration of a 
relevant particularity in the dialogical relationship between Philosophy and Literature was 
perceived, in which a new paradigm is offered in the conception of a theory of literature. In 
this perspective, in the margins of the metaphysical nuances present in the structure of 
Sartonist existentialist thought, it was possible to highlight issues relevant to human life, such 
as the "being-in-si-for-himself", the existing human being, "situated-in-the-world", marked by 
ambiguities, conflicts and tensions, with himself and with the other, in the face of the multiple 
relationships built throughout his existence, which are over-unveiled in literary narratives. In 
the light of this background, that is, the human being situated existentially as a central theme 
in Sartrian literature, the following questions were present, which guide this reflection: to 
what extent are philosophical-existentialist theses assumed in Sartre's literary sphere? To what 
extent is the literature in Sartre existentialist? Can one evoke an existentialist literature? Thus, 
the attempt to answer these questions then became the object of the considerations presented 
here. Relying on Sartre's works, among which "Existentialism is a Humanism", a conference 
given in 1945, "The Being and nothing", from 1943, considered his main work, "A Nausea", a 
classic published in 1938, and the important work "What is Literature", published in 1947, 
which pertinently addresses the issues of literary doing, creating there a kind of literary theory 
in an existentialist perspective, as well as other works. Alongside the fundamental concepts of 
humanist existentialism established by Sartre, who imprint philosophical essentiality to the 
literary content of his literary works, is the concept of "engagement", predominant in his 
conception of literature making. Finally, Jean-Paul Sartre assumed an important task in the 
context of the dialogue between Literature and Philosophy, imprinting a more expressive 
character through his literary works, which makes him relevant even in our days, without 
denying, evidently, the expressive authorship of the ancient and classical Western 
philosophical tradition. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 71 
 
Keywords: Literature: Existentialism; Engagement; J-P Sartre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 72 
 
ÉTICA A NICÔMACO E HOLLYWOOD 
 
Fábio de Godoy Del Picchia Zanoni 
 
Resumo: Como sabemos, o livro Ética a Nicômaco, de Aristóteles, não guarda nenhuma 
espécie de remissão interna ao campo da estética. No entanto, a proposta da argumentação 
que ora se apresenta consiste em mobilizar passagens do filme estadunidense Maré 
Vermelha no intuito de explicitar para o público contemporâneo as profundas divergências 
que separam a ética grega das noções de ética que circulam de maneira mais ou menos 
consensual na contemporaneidade. Dito de modo simples, o que está em jogo é o esforço de 
mostrar que tais reflexões aristotélicas, uma vez iluminadas pelo sobredito filme, auxiliam-
nos a explicitar que a ética constitui um problema filosófico assaz mais complexo do que 
supomos à primeira vista. 
 
Palavras-chave: Ética a Nicômaco; Maré Vermelha; ética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 73 
 
ETHICS TO NICOMACO AND HOLLYWOOD 
 
Fábio de Godoy Del Picchia Zanoni 
 
Abstract: As we know, the book Ethics to Nicômaco, from Aristotle, has not any kind of 
internal remission to the field of aesthetics. However, the proposition of the argument that 
now appears consists of mobilizing passages of the American film Crimson Tide in order 
to explicit for the contemporary public the deep divergences that separate the gregarious 
ethics from the notions of ethics that circulate in a more or less consensual way in 
contemporary times. Said simply, what is at stake is the effort to show that these Aristotelian 
reflections, once illuminated by the above-mentioned film, help us to explain that ethics 
constituted a most complex philosophical problem than we assumed at first glance. 
 
Key words: Ethics to Nicomaco; Crimson Tide; ethics. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 74 
 
POR UMA PRAGMÁTICA DA CULTURA DA EDUCAÇÃO 
 
José Carlos Cariacás 
 
Resumo: Ao ler determinadas obras da área de educação da primeira metade do século XX, 
bem como ao averiguar os novos ares de compromisso com o experimentar e assumir a vida 
advinda dos movimentos juvenis de contestação de então, notamos o desenvolvimento de uma 
pragmática da cultura da educação que, outrora, foi desenvolvida/estimulada. Entende-se por 
pragmática as diversas diretrizes emanadas das vivências e das utopias 
direcionadas/impulsionada para o firmamento de um novo paradigma da cultura da educação 
baseado na participação coletiva. Para tanto, com a presente apresentação na forma de ensaio, 
buscamos analisar o que observemos no duplo desse novo modelo: o intelectual e o juvenil. 
Assim sendo, para o primeiro viés examinamos dois textos em especial, cada um deles 
produzidos por Célestin Freint e Moisey Pistrak. Quanto ao segundo, investigamos as 
contribuições dos movimentos de contestação via registros históricos e sociológicos da época. 
 
Palavras-chave: Pragmática; Cultura; Educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 75 
 
FOR A PRAGMATIC OF CULTURE IN EDUCATION 
 
José Carlos Cariacás 
 
Abstract: When reading certain works in the area of education in the first half of the 20th 
century, as well as ascertaining the new airs of commitment to experimentingand assuming 
life arising from the youth movements of protest at that time, we noticed the development of a 
pragmatic culture of education which was once developed / stimulated. It is understood by 
pragmatics the various guidelines emanating from the experiences and utopias directed / 
driven towards the firmament of a new paradigm of the culture of education based on 
collective participation. Therefore, with the present presentation in the form of an essay, we 
seek to analyze what we observe in the double of this new model: the intellectual and the 
juvenile. Therefore, for the first bias we examine two texts in particular, each one produced 
by Célestin Freint and Moisey Pistrak. As for the second, we investigated the contributions of 
the protest movements via historical and sociological records of the time. 
 
Keywords: Pragmatics; Culture; Education. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 76 
 
 
5ª Sessão de Palestras: 
 
20 de novembro de 2020 
14:00 – 15:00 
 
Canal: youtube.com/c/ENFAENIF 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Amapá 
16 a 21 de novembro de 2020 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 77 
 
TOLERÂNCIA, UM PROJETO INACABADO 
 
Everton Miguel Puhl Maciel 
 
Resumo: O foco central dessa palestra decorre de um ensaio em torno da ideia de tolerância 
nos moldes religiosos apresentados por John Locke (1632-1704) no início da modernidade. 
Locke ventilava aspectos importantes na separação entre a vida privada do indivíduo e a 
normatividade que pode ser exigida da sociedade civil. O problema da tolerância é paradoxal, 
como mostra Sir Karl Popper, comparando os ideais de tolerância ao problema de se devemos 
ou não respeitar ideias ou pessoas intolerantes. Por um lado, temos a compreensão de que 
existe um problema de linguagem na ideia ocidental de tolerância e, sendo assim, ela se 
esvaziaria em sociedades que respeitassem teorias intolerantes em geral; por outro, temos a 
percepção liberal que sustenta que a melhor forma de combater um discurso que prega 
intolerância é ampliando a esfera do próprio discurso. Nessa exposição, mostramos que o 
chamado paradoxo da tolerância é, em si, o paradoxo da própria ideia de liberdade e, diferente 
do que pensa o senso comum, Popper não defendeu que devêssemos simplesmente reprimir 
discursos intolerantes em nossas sociedades. Tal qual o problema da liberdade negativa que 
permitiria virtualmente a ideia de que a escravidão respeitaria uma ampliação da liberdade 
como um “direito a escravizar”, a tolerância não esbarra em um problema de linguagem, mas 
de compreensão da sua prática nas sociedades políticas nas quais é imperativo separar a esfera 
da teoria e daquilo autorizado a se dizer e que pode efetivar danos às pessoas. Nesse aspecto, 
discursos intolerantes seriam autorizados inclusive para a melhora do controle social a 
respeito do perfil daqueles que o proferem. 
 
Palavras-chave: tolerância; liberdade; liberalismo; sociedade; político; liberdade de 
expressão. 
 
 
 
 
 
 
http://lattes.cnpq.br/5216412977817910
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 78 
 
TOLERANCE: AN UNFINISHED PROJECT 
 
Everton Miguel Puhl Maciel 
 
Abstract: The central focus of this lecture comes from an essay on the idea of tolerance along 
the religious lines presented by John Locke (1632-1704). Locke told us about important 
aspects in the separation between the individual's private life and the normative that can be 
demanded of civil society. The problem of tolerance is paradoxical, as Sir Karl Popper shows, 
comparing ideals of tolerance to the problem of whether or not we should respect intolerant 
ideas or intolerant people. On the one hand, we have the understanding that there is a problem 
of language in the Western idea of tolerance and, therefore, it would be emptied in societies 
that respected intolerant theories in general; on the other hand, we have the liberal perception 
that maintains that the best way to combat a discourse that argues intolerance is to expand the 
sphere of the discourse itself. In this exhibition, we show that the tolerance paradox is, in 
itself, the paradox of the very idea of liberty and, different from what common sense thinks, 
Popper did not defend that we should simply forbidden intolerant discourses in our societies. 
Just like the problem of negative liberty that would virtually allow the idea that slavery would 
respect an extension of liberty as a “right to enslave”, tolerance does not come up against a 
problem of language, but of understanding its practice in political societies in which it is 
imperative to separate the sphere of theory and what is allowed to be said and which can 
effect harm to people. In this regard, intolerant speeches would even be allowed to improve 
social control over the profile of those who utter it. 
 
Keywords: tolerance; liberty; liberalism; society; political; free speech. 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://lattes.cnpq.br/5216412977817910
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 79 
 
OBJETIVIDADE DO BEM-ESTAR 
 
Bruno Aislã Gonçalves dos Santos 
 
Resumo: O meu objetivo neste trabalho é discutir a plausibilidade da inclusão de elementos 
objetivos na descrição do que é o bem-estar. Primeiramente, caracterizarei o que são 
elementos subjetivos e elementos objetivos. Depois, faça uma diferenciação entre teorias 
puramente subjetivas e teorias puramente objetivas acerca do bem-estar. Em seguida, 
apresentarei os problemas que visões puramente subjetivas enfrentam e que nos motivaria a 
explorar a possibilidade da introdução de elementos objetivos. Por fim, sugiro uma visão 
hídrida da descrição do bem-estar que inclui elementos objetivamente bons para nós e uma 
atitude dos sujeitos que podem usufruir do bem-estar. 
 
Palavras-chave: Bem-estar; elementos subjetivos; objetividade; teoria hídrida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 80 
 
THE OBJECTIVITY OF WELL-BEING 
 
Bruno Aislã Gonçalves dos Santos 
 
Abstract: This work aims to discuss the plausibility of include some objective elements into 
the description of what well-being is. First of all, I will characterize what is subjective and 
objectives elements of well-being. After, I will distinguish between purely subjective theories 
and purely objective theories of well-being. Then I will show some problems that purely 
subjectivity theories face and what can motivate us to explore the possibility of introducing 
some objectivity elements into the description of well-being. Lastly, I will suggest a hybrid 
view of well-being that to include some objective elements that are good for us and an attitude 
of individuals that can have well-being. 
 
Keywords: Well-being; subjective elements; objectivity; hybrid theory. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com- http://youtube.com/c/enfaenif 81 
 
ONTOLOGIA SOCIAL E LIMITES MORAIS DO LIBERALISMO 
 
Aluízio de Araújo Couto Júnior 
 
Resumo: Meu objetivo nesta palestra é argumentar que o liberalismo em sua forma mais 
individualista é moralmente incompleto e que a resposta a esse desafio equivale à vindicação 
de uma forma modesta de realismo político. Por "moralmente incompleto" quero dizer que há 
pelo menos um princípio normativo central (supostamente aceito por liberais) que não pode 
ser satisfeito dentro do arcabouço dessa caracterização que proponho de liberalismo. Por 
"realismo político" entendo a ideia de que a normatividade política não pode ser reduzida às 
concepções comuns de moralidade. Num primeiro momento, motivo a ideia de que minha 
caracterização do liberalismo representa adequadamente teorias liberais reais. Logo depois 
formulo o princípio normativo que, a partir dessa caracterização, não podemos satisfazer. 
Com isso, o resultado final é que uma vez que apenas grupos agindo como agentes morais 
coletivos genuínos podem satisfazê-lo, temos de aceitar a existência de propriedades morais 
coletivas, o que mostra que no mundo normativo há mais do que indivíduos, suas 
propriedades e interações. 
 
Palaras-Chave: Ontologia Social; Liberalismo; Realismo Político. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 82 
 
SOCIAL ONTOLOGY AND MORAL LIMITS OF LIBERALISM 
 
Aluízio de Araújo Couto Júnior 
 
Abstract: My aim in this lecture is to argue that liberalism in its most individualist form is 
morally incomplete and that this challenge can only be solved by a modest vindication of 
political realism. By “morally incomplete” I mean that there is at least one central normative 
principle (arguably shared by liberals) that cannot be satisfied within that specific liberal 
framework. By “political realism” I mean that political normativity cannot be reduced to 
common conceptions of morality. First, I motivate the idea that the liberal framework fairly 
represents actual liberal theories. Then I formulate a normative principle that cannot be 
satisfied within that framework. In the end, the upshot is that since only groups acting as 
collective moral agents in their own right can satisfy it, we have to accept the existence of 
collective moral properties, which shows that there is more to morality than individuals, their 
properties, and interactions. 
 
Keywords: Social Ontology; Liberalism; Political Realism. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 83 
 
O RACISMO RECREATIVO NO PODER JUDICIÁRIO 
 
Maria Carolina Monteiro de Oliveira 
 
Resumo: Este trabalho pretende expor a forma como o racismo recreativo é balizado pela 
jurisprudência brasileira. Apesar de velado nas discussões, debates e políticas públicas, as 
práticas racistas são expressas e cotidianamente presentes no discurso e no imaginário 
popular. Uma das formas mais poderosas e ao mesmo tempo sutil desta expressão surge 
através das piadas de cunho racista, machista, misógino e homofóbico. Não raro as categorias 
“loira burra”, “bicha”, “neguinho”, “escurinho” e tantas outras foram reforçadas de maneira 
constante no campo discursivo. O racismo recreativo é o tipo de racismo que se desenvolve na 
esfera privada do cotidiano por meio das microagressões e do humor racista. É meio 
discriminatório institucionalizado pelas decisões judiciais que balizam a sutileza das 
microagressões racistas e perpetuam os privilégios históricos e sociais do grupo dominante, 
neste caso, a branquitude. Em grande parte das decisões judiciais nos processos de injúria 
racial e racismo, este último registrado com bem menos frequência do que o primeiro, os 
acusados destes crimes são absolvidos, posto que, para os magistrados, não resta caracterizada 
a intenção de ofender a(s) vítima(s) (ALMEIDA, 2019, p. 132). Mesmo quando 
desclassificados para a conduta da injúria, a condenação dos réus somente ocorre quando a 
ofensa racista for extremamente óbvia e flagrante. Se o objeto do processo repousar sobre 
uma ofensa implícita, ou seja, em uma fala de microagressão, a qual está inserido o fenômeno 
do racismo recreativo, a probabilidade dos acusados serem absolvidos é altamente expressiva 
(MUNHOZ, 2009, p. 138). Considerando que a figura do juiz possui no imaginário social 
elementos como neutralidade e imparcialidade, espera-se que os julgamentos sejam 
estritamente técnicos e legalistas. Por trás desta “isenção moral”, o Judiciário contém desde a 
sua criação formal no Brasil uma estrutura eurocêntrica, branca, cristã e masculina, que 
reforça os sistemas de opressão pelos quais se baseiam nossa sociedade. Sendo o Poder 
Judiciário composto em sua maioria por homens brancos situados na heteronormatividade, o 
reconhecimento da configuração do crime de racismo perpassa pelo reconhecimento da 
existência do racismo e da falácia do mito da democracia racial criado pela mesma 
branquitude que ocupa os espaços de poder e prestígio social, incluindo a justiça brasileira. 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 84 
 
Palavras-chave: racismo recreativo; poder judiciário; microagressões; decisões judiciais; 
branquitude. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 85 
 
RECREATIONAL RACISM IN THE JUDICIARY 
 
Maria Carolina Monteiro 
 
Abstract: This work aims to expose the way in which recreational racism is guided by 
Brazilian jurisprudence. Despite being veiled in discussions, debates and public policies, 
racist practices are expressed and daily present in popular discourse and imagination. One of 
the most powerful and subtle forms of this expression comes through racist, sexist, 
misogynistic and homophobic jokes. It is not uncommon for the categories “dumb blonde”, 
“fagot”, “neguinho”, “negroinho” and so many others to be constantly reinforced in the 
discursive field. Recreational racism is the type of racism that develops in the private sphere 
of everyday life through micro-aggressions and racist humor. It is a discriminatory means 
institutionalized by judicial decisions that guide the subtlety of racist micro-aggressions and 
perpetuate the historical and social privileges of the dominant group, in this case, whiteness. 
In most of the judicial decisions in the cases of racial injury and racism, the latter registered 
much less frequently than the former, those accused of these crimes are acquitted, since, for 
the magistrates, the intention to offend (s) remains unclear. ) victim (s) (ALMEIDA, 2019, p. 
132). Even when disqualified for the conduct of the injury, the conviction of the defendants 
only occurs when the racist offense is extremely obvious and flagrant. If the object of the 
process rests on an implicit offense, that is, in a speech of micro-aggression, in which the 
phenomenon of recreational racism is inserted, the probability of the accused being acquitted 
is highly expressive (MUNHOZ, 2009, p. 138). Considering that the figure of the judge has 
elements such as neutrality and impartiality in the social imaginary, it is expected that the 
judgments are strictlytechnical and legalistic. Behind this “moral exemption”, the Judiciary 
has, since its formal creation in Brazil, a Eurocentric, white, Christian and male structure, 
which reinforces the systems of oppression on which our society is based. Since the Judiciary 
is composed mostly of white men located in heteronormativity, the recognition of the 
configuration of the crime of racism goes through the recognition of the existence of racism 
and the fallacy of the myth of racial democracy created by the same whiteness that occupies 
the spaces of power and prestige including Brazilian justice. 
 
Keywords: recreational racism; judiciary; judicial statements; whitiness; 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 86 
 
O CORPO DOENTE: CORONAVÍRUS E A CRISE DO CONTRATO SOCIAL 
 
Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes 
 
Resumo: Na introdução de seu livro Leviathan, Thomas Hobbes elabora uma precisa analogia 
entre corpos, sendo o Estado um corpo político semelhante ao corpo natural. Para isso, o 
Estado possuiria uma vida artificial análoga à vida natural que permitiria o seu próprio 
movimento artificial. Com o surgimento do neoliberalismo no século XX, temos uma 
intensificação das regras do mercado sobre o poder político, o que levou inevitavelmente a 
ruptura com o contrato social que garantia direitos para toda população. Aproveitando a 
pandemia de covid-19, vamos retomar a analogia hobbesiana entre o corpo natural doente e a 
doença que aflige o corpo político: a sedição. A partir desta analogia, o intuito deste trabalho 
é analisar a maneira como o vírus afetou não só os corpos físicos com a doença, mas, 
principalmente o corpo político. 
 
Palavras-chave: Covid-19; Hobbes; Corpo Político; Contrato Social; Liberalismo; Filosofia 
Política. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 87 
 
THE SICK BODY: CORONAVIRUS AND SOCIAL CONTRACT CRISIS 
 
Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes 
 
Abstract: In the introduction to his book Leviathan, Thomas Hobbes draws a precise analogy 
between bodies, being the State a body politic similar to the natural body. Thus, the State 
would have an artificial life analogous to the natural one that would allow its own artificial 
movement. With the rise of neoliberalism in the twentieth century, there is an intensification 
of the market rules over the political power, which inevitably lead to the rupture with the 
social contract that guaranteed rights for the entire population. In face of the covid-19 
pandemic, we shall return to the Hobbesian analogy between a sick natural body and the 
disease that afflicts the body politic: the sedition. Based on this analogy, the aim of this work 
is to analyze the way in which the virus affected not only the physical bodies with the disease, 
but mainly the political body. 
 
Keywords: Covid-19; Hobbes; Body Politic; Social Contract; Liberalism; Political 
Philosophy. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 88 
 
 
1ª Sessão de Comunicações: 
 
16 de novembro de 2020 
10:00 – 11:30 
 
Canal: youtube.com/c/ENFAENIF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Amapá 
16 a 21 de novembro de 2020 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 89 
 
UMA QUESTÃO DA FILOSOFIA DA MATEMÁTICA: O QUE O USO DA 
MATEMÁTICA NO DISCURSO CIENTÍFICO NOS DIZ? 
 
José Henrique Fonseca Franco
1
 
 
Resumo: O principal debate na ontologia da matemática é protagonizado pelo realismo 
ontológico e o anti-realismo. Ambas as posições buscam encontrar apoio muitas vezes na 
metodologia e na lógica matemática para corroborar suas posições quanto a natureza dos entes 
matemáticos. Nesse trabalho iremos expor algumas concepções a respeito da ontologia da 
matemática, trazendo para o exame dessa questão o fato da matemática ser imprescindível na 
elaboração do discurso científico. Para um realista ontológico elaborar uma definição é 
descrever um ente existente. Tal descrição de acordo com alguns realistas de valor verdade 
não poderia ser feita em função de uma totalidade. Se os entes matemáticos existem para além 
das mentes dos matemáticos não há problema a respeito da totalidade, uma vez que 
estaríamos apenas descrevendo um objeto que pertence a uma totalidade. Essa postura quanto 
a ontologia visa a dissipação de alguns paradoxos que possam surgir no procedimento 
matemático, a origem de contradições na matemática, segundo Russell, estaria no uso de 
conceitos impredicativos, ou seja que fazem referência a uma totalidade. Para Gödel a 
matemática nos diz a respeito de um aspecto objetivo da realidade, contraria nesse ponto a 
ontologia kantiana, embora lhe fosse agradável algumas noções de intuição próximas as 
elaboradas por Kant. O autor dos Teoremas de Incompletude considera que há uma 
objetividade na matemática que vai além da nossa intuição, que permite elaborar uma 
linguagem que descreva a realidade matemática, ou esse aspecto objetivo da realidade. O 
mesmo se processa quanto a física, que ele cita como exemplo em alguns textos. Notemos que 
esta investigação de cunho epistêmicoontológico se preocupa em alguma medida, ou indica 
para a questão a respeito do que podemos conhecer e a relação que se estabelece com sua 
 
1
 Graduado em Engenharia Elétrica com ênfase em Sistemas Elétricos de Potência pela Universidade Federal de 
Itajubá (Unifei) em 2015. Iniciou licenciatura em Filosofia na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) 
em 2016, mesmo ano que começou a atuar como bolsista de iniciação à docência no Programa Institucional de 
Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES). Realizou no segundo semestre de 2018 intercambio na 
Universidad de San Buenaventura, Bogotá, D.C. pelo programa BRACOL. Em 2019 passou a fazer parte do 
Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Filosofia. Atualmente é bolsista (CAPES) no Programa de 
Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), realizando mestrado na linha 
de pesquisa: Metafísica e Mente. Desenvolve pesquisa na área de filosofia da matemática e lógica sob orientação 
do Prof. Dr. Marco Aurélio Souza Alves. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 90 
 
existência, no caso específico das entidades, objetos que são próprios da matemática ou da 
atividade matemática. Para Quine se uma proposição da matemática é dotada de sentido essa 
diz a respeito do mundo. A teoria da teia de crenças de Quine questiona o papel central que os 
positivistas lógicos atribuíam a analiticidade, e argumenta que o conhecimento da linguagem 
é um conhecimento inserido no mundo. Quine reluta em aceitar o realismo ontológico 
matemático, mas também discorda do nominalista que nega a existência de objetos 
matemáticos. Segundo Putnam as necessidades teóricas e metodológicas da física acabam 
constituindo um argumento a favor do realismo ontológico matemático. O mundo físico 
observado através da experiência delimita a aplicação da matemáticana teoria física, assim 
como diz algo a respeito de sua própria estrutura, ou seja, do mundo. Argumento da 
indispensabilidade de Quine – Putnam nos diz que elétrons, planetas, objetos físicos e 
números possuem o mesmo tipo de existência, ou existem no mesmo sentido. Quine e Putnam 
não se voltam para problemas a respeito da consistência ou dos fundamentos da matemática, 
mas sim deduzem da sua aplicabilidade consequências ontológicas e semânticas. Estão mais 
interessados no fato do mundo poder ser descrito pela matemática. Para Quine a ciência é 
feita sobre a necessidade, e o discurso em termos de modalidade não possuem relevância para 
a elaboração de teorias físicas por exemplo, objeta assim qualquer tipo de revisionismo na 
matemática ou criação de qualquer tipo de matemática alternativa (o que chega a ser proposto 
pelos intuicionistas) uma vez que concebe que a matemática é o que há de mais sólido em sua 
teia de crenças. Contestar a matemática implicaria em contestar toda ciência moderna. A 
matemática está na teia de crenças se suas elaborações têm alguma relação com observações 
sensoriais. Maddy, por seu turno, sintetiza as visões de Gödel e de Quine, concebe que 
podemos fazer concessões ao realismo ontológico se este possibilita a nossa melhor 
explicação do mundo. A aplicabilidade da matemática na ciência moderna que consiste na 
nossa melhor teoria para explicarmos o mundo nos dá razões para acreditar na existência de 
objetos matemáticos. Objeta que a teia de crenças de Quine aceita o caráter óbvio da 
matemática que parece ser ignorado pelo argumento da aplicabilidade, faz assim uma defesa 
de ramos mais teóricos da matemática. 
 
Palavras-chave: argumento de indispensabilidade; ontologia matemática; lógica; realismo; 
antirrealismo. 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 91 
 
A QUESTION FROM THE PHILOSOPHY OF MATHEMATICS: WHAT DOES THE 
USE OF MATHEMATICS IN SCIENTIFIC DISCOURSE TELL US? 
 
José Henrique Fonseca Franco 
 
Abstract: The main debate in the ontology of mathematics is protagonized by ontological 
realism and anti-realism. Both positions seek to find support many times in methodology and 
mathematical logic to corroborate their positions regarding the nature of mathematical 
entities. In this work we will expose some conceptions about the ontology of mathematics, 
bringing to the examination of this question the fact that mathematics is essential in the 
elaboration of scientific discourse. For an ontological realist to elaborate a definition is to 
describe an existing entity. Such a description, according to some realists of true value, could 
not be made in terms of totality. If mathematical beings exist beyond the minds of 
mathematicians, there is no problem with respect to the totality, since we would only be 
describing an object that belongs to a totality. This stance regarding ontology aims at the 
dissipation of some paradoxes that may arise in the mathematical procedure, the origin of 
contradictions in mathematics, according to Russell, would be in the use of impredicative 
concepts, that is to say that they refer to a totality. For Gödel, mathematics tells us about an 
objective aspect of reality, it goes against the Kantian ontology here, although it was pleasant 
to him some notions of intuition similar to those developed by Kant. The author of 
Incompleteness Theorems considers that there is an objectivity in mathematics that goes 
beyond our intuition, which allows us to elaborate a language that describes mathematical 
reality, or that objective aspect of reality. The same applies to physics, which he cites as an 
example in some texts. Note that this investigation of an epistemic-ontological nature is 
concerned to some extent, or indicates for the question about what we can know and the 
relationship that is established with its existence, in the specific case of abstracts entities, 
objects that are proper to mathematics or of the mathematical activity. For Quine, if a 
mathematical proposition is endowed with meaning, it says about the world. Quine's web of 
belief theory questions the central role that logical positivists attributed to analyticity, and 
argues that knowledge of language is knowledge inserted into the world. Quine is reluctant to 
accept mathematical ontological realism, but he also disagrees with the nominalist who denies 
the existence of mathematical objects. According to Putnam, the theoretical and 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 92 
 
methodological needs of physics end up constituting an argument in favor of mathematical 
ontological realism. The physical world observed through experience delimits the application 
of mathematics in physical theory, just as it says something about its own structure, that is, of 
the world. Quine - Putnam 's argument of indispensability tells us that electrons, planets, 
physical objects and numbers have the same type of existence, or exist in the same sense. 
Quine and Putnam do not address problems regarding the consistency or fundamentals of 
mathematics, but they deduce from their applicability ontological and semantic consequences. 
They are more interested in the fact that the world can be described by mathematics. For 
Quine, science is about necessity, and discourse in terms of modality has no relevance to the 
elaboration of physical theories, for example, thus objecting to any kind of revisionism in 
mathematics or the creation of any type of alternative mathematics (which comes to be 
proposed by intuitionists) since it conceives that mathematics is the most solid in its web of 
beliefs. To challenge mathematics would imply the challenge of all modern science. 
Mathematics is in the web of beliefs if its elaborations have anything to do with sensory 
observations. Maddy, in turn, synthesizes the views of Gödel and Quine, conceives that we 
can make concessions to ontological realism if it allows our best explanation of the world. 
The applicability of mathematics in modern science, which consists of our best theory for 
explaining the world, gives us reasons to believe in the existence of mathematical objects. She 
objects that Quine's web of beliefs accepts the obvious character of mathematics that seems to 
be ignored by the applicability argument, thus making a defense of more theoretical branches 
of mathematics. 
 
Keywords: indispensability argument; mathematical ontology; logic; realism; anti-realism. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 93 
 
O RECONHECIMENTO INTERPESSOAL NAS RELAÇÕES DE SEGUNDA 
PESSOA 
 
Felipe Eleutério Pereira
2
 
 
Resumo: Temos por objetivo neste trabalho analisar se o reconhecimento do outro, enquanto 
pessoa, na verdade se trata de reconhecer seus estados mentais, inclusive emocionais, em 
relações de segunda pessoa. De acordo com Laitinen (2007, p. 6), concepções relacionais de 
pessoalidade (personhood-for-others) vem sendo consideradas desde Hegel, contrariando 
concepções monádicas, enfatizando a relevância das relações interpessoais na atribuição da 
qualidade de pessoa (e não das capacidades individuais ou propriedades específicas da 
pessoa). Partimos da caracterização externalista de pessoa como sendo um agente social com 
capacidades cognitivas e perceptuais que atualiza disposições em relações contexto-
dependentes de segunda pessoa. Nesta perspectiva, na medida em quecertas capacidades e 
estados cognitivos delas são reconhecidos por outras, por definição, elas atualizariam sua 
pessoalidade. Isto porque, não somente muitas destas capacidades e estados são considerados 
relacionais, isto é, que uma pessoa deve interagir com outras para instanciá-los, mas também 
que ser uma pessoa significaria ser tratada de certa forma por outros na vida cotidiana (e 
importa que assim seja!). Neste caso, a atribuição de pessoalidade não depende da 
possibilidade de inferir estados internos ou intenções do outro a partir da sua conduta 
observável e, então, antecipar o possível rumo de sua futura conduta. Na perspectiva de 
segunda pessoa, a atribuição de pessoalidade ocorre implicitamente, como 
num continuum interpessoal, na percepção direta do outro. assim dizer, este reconhecimento 
direto do outro como pessoa se deve a que esta instância de estados mentais, como defendem 
alguns estudiosos da tese da segunda pessoa (Gomila, 2001; Scotto, 2002; Liñan e Pérez-
Jiménez, 2017). As relações de segunda pessoa, identificadas por Antoni Gomila (2001, p. 67; 
2002), Carolina Scotto (2002) e tomadas criticamente por Diana Pérez (2013), ocorrem em 
 
2
 Atualmente, cursa Filosofia na UNESP. Entre os meses de setembro de 2016 e janeiro de 2017, fez graduação-
sanduíche na Universidade de Santiago de Compostela, Galícia (financiamento UNESP). Entre os meses de 
agosto e dezembro de 2019, desenvolveu pesquisa, sob a supervisão da Profa. Dra. Diana Pérez, no Instituto de 
Investigações da Sociedade Argentina de Filosofia Analítica, IFF-SADAF/CONICET (financiamento FAPESP). 
É membro do Grupo Acadêmico de Estudos Cognitivos (GAEC). Pesquisa possíveis implicações da computação 
ubíqua na pessoalidade na perspectiva de segunda pessoa. Desenvolve trabalhos nas áreas de Filosofia da Mente, 
da Tecnologia e do Vestuário. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 94 
 
tempo real, cara-a-cara (ou corpo-a-corpo, Pérez, 2013), em que aspectos expressivos de um 
agente (posição corporal, orientação, tom de voz, configuração facial, rubor, lacrimejamento, 
vestuário) são percebidos diretamente como significativos pelo outro, e não como sintomas de 
estados internos a ser interpretados desde fora. De acordo com Gomila (2002, p. 132), tais 
aspectos expressivos constituem o estado mental que se atribui (em especial, emoções), “de 
modo que o resultado de tal atribuição não é formulado conscientemente nem requer uma 
meta-representação conceitual, senão que constitui a base de uma reação correspondente, que 
tem seu pleno significado precisamente dentro da situação de interação” (p. 132). Relações de 
segunda pessoa são estabelecidas, por exemplo, entre amigos, parceiros de dança, uma mãe e 
seu bebê, mas também entre seres humanos e animais de estimação (Liñan e Pérez-Jiménez, 
2017). Gomila e Pérez (2018) afirmam que a perspectiva da segunda pessoa é uma 
perspectiva genuína de atribuição mental. Nas relações de segunda pessoa, aponta Gomila 
(2002), o estado mental da pessoa influencia o estado mental do outro de forma recíproca, já 
que a intenção comunicada não tem que ser sempre proposicional ou deliberada, mas afetiva, 
prática, mutuamente reativa e contexto-dependente. Especificamente, Gomila (2001) 
argumenta que a intencionalidade aparece de modo implícito nas relações de segunda pessoa. 
Tal perspectiva, segundo Gomila e Pérez (2018), antecede a posse do conceito (no 
desenvolvimento da pessoa) e não pode ser reduzida às perspectivas de primeira pessoa 
(subjetiva) e terceira pessoa (objetiva), na medida em que se baseia em uma reciprocidade 
contingente que só pode ser entendida sob este ponto de vista. Procuraremos ressaltar a 
relevância da perspectiva de segunda pessoa para aproximar os fenômenos de reconhecimento 
interpessoal e atribuição de estados mentais. 
 
Palavras-chave: Pessoalidade; Reconhecimento interpessoal; Perspectiva de segunda pessoa; 
Filosofia da mente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 95 
 
INTERPERSONAL RECOGNITION IN SECOND-PERSON RELATIONSHIPS 
 
Felipe Eleutério Pereira 
 
Abstract: Our objective in this work is to analyze if the recognition of the other, as a person, 
is actually about recognizing his/her mental states, including emotional ones, in second-
person relationships. According to Laitinen (2007, p. 6), relational conceptions of personhood 
( personhood-for-others) have been considered since Hegel, contradicting monadic 
conceptions, emphasizing the relevance of interpersonal relationships in the attribution of the 
quality of the person (and not of individual capacities or specific properties of the person). We 
start from the externalist characterization of a person as a social agent with cognitive and 
perceptual capacities that updates dispositions in context-dependent second-person 
relationships. In this perspective, to the extent that certain capacities and cognitive states of 
them are recognized by others, by definition, they would update their personality. This is 
because not only are many of these capacities and states considered relational, that is, that a 
person must interact with others to instantiate them, but also that being a person means being 
treated in a certain way by others in daily life (and it matters!). In this case, the attribution of 
personhood does not rely on the possibility of inferring internal states or intentions of the 
other from his/her observable conduct and then anticipating the possible course of his/her 
future conduct. From the second-person perspective, the attribution of personhood occurs 
implicitly, as in an interpersonal continuum, through the direct perception of the other. so to 
speak, this direct recognition of the other as a person is due to this instance of mental states, 
as some scholars of the second-person thesis defend (Gomila, 2001; Scotto, 2002; Liñan and 
Pérez-Jiménez, 2017). Second-person relationships, identified by Antoni Gomila (2001, p. 67; 
2002), Carolina Scotto (2002) and taken critically by Diana Pérez (2013), occur in real time, 
face to face (or body-to-body, Pérez, 2013), in which expressive aspects of an agent (body 
position, orientation, tone of voice, facial configuration, blushing, tearing, clothing) are 
perceived directly as significant by the other, and not as symptoms of internal states to be 
interpreted from outside. According to Gomila (2002, p. 132), such expressive aspects 
constitute the mental state that is attributed (especially emotions), "so that the result of such 
attribution is not consciously formulated nor does it require a conceptual meta-representation, 
but rather constitutes the basis of a corresponding reaction, which has its full meaning 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 96 
 
precisely within the situation of interaction" (p. 132). Second person relationships are 
established, for example, between friends, dance partners, a mother and her baby, but also 
between human beings and pets (Liñan and Pérez-Jiménez, 2017). Gomila and Pérez (2018) 
state that the second-person perspective is a genuine mental attribution perspective. In second-
person relationships, Gomila (2002) points out, the mental state of the person influences the 
mental state of the other in a reciprocal way, since the intention communicated does not have 
always to be propositionalor deliberate, but affective, practical, mutually reactive and 
context-dependent. Specifically, Gomila (2001) argues that intentionality appears implicitly in 
second person relationships. According to Gomila and Pérez (2018), such perspective 
precedes the possession of the concept (in the development of the person) and cannot be 
reduced to the perspectives of first-person (subjective) and third person (objective), since it is 
based on contingent reciprocity that can only be understood from this point of view. We will 
try to emphasize the relevance of the second-person perspective to approximate the 
phenomena of interpersonal recognition and attribution of mental states. 
 
Keywords: Personhood; Interpersonal recognition; Second-person perspective; Philosophy of 
mind. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 97 
 
SOBRE A NATUREZA DA IGNORÂNCIA: AUSÊNCIA DE CONHECIMENTO OU 
AUSÊNCIA DE CRENÇA VERDADEIRA? 
 
Lucas Jairo Cervantes Bispo
3
 
 
Resumo: A presente comunicação se insere na área de epistemologia analítica e tem como 
objeto a natureza da ignorância. Sua pretensão é de apresentar e discutir introdutoriamente 
duas alternativas relevantes que disputam a definição da ignorância, quais sejam, a Visão 
Padrão e a Visão Nova. Para a primeira, ignorância é ausência de conhecimento; para a 
segunda, ausência de crença verdadeira. Assim, do ponto de vista da análise clássica do 
conhecimento, entre as diversas condições requeridas por ambas para que um sujeito seja 
ignorante, essas posições concordam que ausência de crença verdadeira é condição suficiente 
para ignorância, todavia, disputam sobre se é uma condição necessária. Defensores da Visão 
Padrão argumentam que mesmo possuindo crença verdadeira um sujeito pode ser ignorante 
devido à falta de justificação ou a não satisfação de uma cláusula anti-Gettier. Já defensores 
da Visão Nova argumentam que não há ignorância se há crença verdadeira, mesmo na falta 
desses outros elementos. Nessa última perspectiva, crer verdadeiramente que P é suficiente 
para não ser ignorante que P. Considerando essa divergência, cada uma dessas alternativas 
será exposta tendo em vista como definem a ignorância, os tipos de ignorância e as condições 
específicas para a ignorância proposicional. Além disso, suas vantagens e desvantagens serão 
brevemente apontadas a partir dos seguintes pontos: intuições linguísticas, unificação teórica, 
como lidam com casos de crença verdadeira e crenças verdadeiras justificadas que não são 
conhecimento, com a possibilidade da ignorância sobre proposições falsas e com a intuição 
generalizada de que a ignorância desculpável nos exime ao menos parcialmente de culpa. Por 
fim, serão feitas considerações finais, retomando as conclusões do texto com vistas ao seu 
objetivo. 
 
Palavras-chave: Epistemologia; Ignorância; Ausência de Conhecimento; Ausência de Crença 
Verdadeira. 
 
3
 Mestrando em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia. Graduado em 
Licenciatura em Filosofia pela Universidade Estadual de Feira de Santana-BA com período sanduíche na 
Universidade de Coimbra, Portugal. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 98 
 
ON THE NATURE OF IGNORANCE: LACK OF KNOWLEDGE OR LACK OF 
TRUE BELIEF? 
 
Lucas Jairo Cervantes Bispo 
 
Abstract: This communication falls within the area of analytical epistemology and has as its 
object the nature of ignorance. Its intention is to introduce and discuss two relevant 
alternatives that dispute the definition of ignorance, namely, the Standard View and the New 
View. For the first, ignorance is the absence of knowledge; for the second, absence of true 
belief. Thus, from the point of view of classical analysis of knowledge, among the various 
conditions required by both for a subject to be ignorant, these positions agree that the absence 
of true belief is a sufficient condition for ignorance, however, they dispute over whether it is a 
necessary condition. Defenders of Standard View argue that even if a person has true belief, 
he or she may be ignorant due to lack of justification or non-satisfaction of an anti-Gettier 
clause. Supporters of New View argue that there is no ignorance if there is true belief, even in 
the absence of these other elements. In this last perspective, to truly believe that P is enough 
to be not ignorant that P. Considering this divergence, each of these alternatives will be 
exposed in view of how they define ignorance, the types of ignorance and the specific 
conditions for propositional ignorance. In addition, their advantages and disadvantages will 
soon be pointed from the following aspects: linguistic intuitions, theoretical unification, how 
they deal with cases of true belief and justified true beliefs that are not knowledge, with the 
possibility of ignorance about false propositions and with the widespread intuition that 
excusable ignorance exempts us, at least partially, from guilt. Finally, considerations will be 
made, resuming the conclusions of the text with a view to its objective. 
 
Keywords: Epistemology; Ignorance; Absence of Knowledge; Absence of True Belief. 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 99 
 
 
2ª Sessão de Comunicações: 
 
17 de novembro de 2020 
10:00 – 11:30 
 
Canal: youtube.com/c/ENFAENIF 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Amapá 
16 a 21 de novembro de 2020 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 100 
 
ARGUMENTOS HIPOTÉTICOS E A INFLUÊNCIA DE BOÉCIO NA LÓGICA DE 
ABELARDO 
 
Luana Talita da Cruz
4
 
 
Resumo: Mesmo que argumentos hipotéticos sejam encontrados na silogística e na lógica 
estoica, a leitura boeciana funciona como um filtro interpretativo que influência as leituras 
dos autores do medievo. A interpretação de Boécio funcionaria como um possível erro 
interpretativo que resulta em uma nova leitura de como esses argumentos deveriam funcionar. 
Assim, quando Abelardo propõe correções e adendos a partir do que considera como lógica 
puramente aristotélica, na verdade, essa lógica passou pelo filtro boeciano. Há, portanto, um 
diálogo entre Abelardo e Boécio quanto consideramos argumentos tópicos e silogismos 
hipotéticos. A fim de estabelecer a formalidade das proposições hipotéticas que, de modo 
geral, na interpretação boeciana, correspondem aos Tópicos Retóricos, Abelardo discorre 
sobre o que constitui sua definição de vis inferentiae, inferentia enquanto consequência e 
inferentia como implicação. Apesar da falta de vocabulário apropriado para tais distinções que 
dificulta uma leitura contemporânea de sua contribuição, Bird (1960) ressalta que a distinção 
estabelecida por Abelardo entre si e ergo é uma das mais precisas do período medieval. Dessa 
forma, não é surpreendente que o filósofo tenha se dedicado principalmente a um tipo de 
inferência, partindo de sua distinção de estrutura. Seu foco se manteve principalmente no tipo 
de sentença estruturada a partir de si, considerando inferentia do tipo de consequência a partir 
de um antecedente. Desse interesse acerca de sentenças hipotéticas, Abelardo desenvolve adistinção de inferências perfeitas e imperfeitas, sendo que tais inferências afetam a 
necessidade de um Tópico. A leitura de Abelardo foca em proposições que possuem 
antecedente e consequente, não como termos que ocorrem conjuntamente, mas como termos 
que ocorrem um em consequência do outro e que estão conectados por partículas linguísticas 
específicas. O autor também procura estabelecer que Boécio não foi claro o suficiente em seu 
tratamento de fatos, evidência de verdade e plausibilidade, o que parece ser uma leitura que se 
mantém do modo como Boécio aborda esses critérios para a utilização de inferências tópicas. 
A principal divergência entre o que Boécio estabelece como consequência e a distinção que 
Abelardo pretende está na preocupação formal dos autores. Abelardo não está interessado no 
 
4
 Doutoranda pelo PPG-Fil da Universidade Federal de Pelotas. luanadacruz@ymail.com. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 101 
 
próprio silogismo formado por sentenças condicionais, mas na estrutura dessas sentenças. A 
preocupação de Abelardo não parece ser com a validade dos argumentos através da estrutura 
silogística, mas sim com sua necessidade e plausibilidade através das proposições que os 
compõe. A distinção entre verdade e plausibilidade é muito mais importante na leitura de 
Abelardo do que nos escritos de Boécio. 
 
Palavras-chave: Boécio; Abelardo; Lógica Medieval; Silogismos Hipotéticos; Argumentos 
Tópicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 102 
 
HYPOTHETICAL ARGUMENTS AND BOETHIUS’S INFLUENCE ON ABELARD’S 
LOGIC 
 
Luana Talita da Cruz 
 
Abstract: Even if hypothetical arguments are found in syllogistic and stoic logic, the 
Boethian reading works as an interpretative filter that influences the readings of Medieval 
authors. The Boethian interpretation is supposed to work through a possible mistake in 
interpretation that ends up becoming a new reading of how those arguments should work. 
Thus, when Abelardo proposes corrections and addendums from what he considers as purely 
Aristotelian logic, what happens is that this logic passed through the Boethian filter. There is, 
therefore, a dialogue between Abelard and Boethius when we consider topical arguments and 
hypothetical syllogisms. To establish the formality of the hypothetical propositions that, in 
general, in the Boethian interpretation, correspond to the Rhetorical Topics, Abelard discusses 
what constitutes his definition of vis inferentiae, inferentia as a consequence, and inferentia as 
an implication. Despite the lack of appropriate vocabulary for such distinctions that hinders a 
contemporary reading of his contribution, Bird (1960) points out that the distinction 
established by Abelard between si and ergo is one of the most accurate of the medieval 
period. Thus, it is not surprising that the philosopher has devoted himself mainly to a type of 
inference, starting from his distinction of structure. His focus remained mostly on the type of 
sentence structured from si, considering inferentia of the type of consequence from an 
antecedent. From his interest in hypothetical sentences, Abelard develops the distinction of 
perfect and imperfect inferences, and such inferences affect the necessity for a Topic. 
Abelard's reading focuses on propositions that have antecedent and consequent, not as terms 
that occur together, but as terms that occur as a result of one another and that are connected by 
specific linguistic particles. The author also seeks to establish that Boethius was not clear 
enough in his treatment of facts, evidence of truth, and plausibility, which seems to be a 
reading that stands about the way that Boethius approaches these criteria for the use of topical 
inferences. The main divergence between what Boethius establishes as a consequence and the 
distinction that Abelard intends to make is in the formal concern of the authors. Abelard is not 
interested in the actual syllogism formed by conditional sentences, but in the structure of 
those sentences. Abelard's concern does not seem to be with the validity of the arguments 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 103 
 
through the syllogistic structure, but with their necessity and plausibility through the 
propositions that compose them. The distinction between truth and plausibility is much more 
important in Abelard's reading than in Boethius’ writings. 
 
Keywords: Boethius; Abelard; Medieval Logic; Hypothetical Syllogisms; Topical 
Arguments. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 104 
 
SENDO REALISTA SOBRE EXPLICAÇÕES: PLAUSIBILIDADE E IMPLICAÇÕES 
DO REALISMO EXPLICATIVO 
 
Victor Nicolau Sholl de Freitas Lima
5
 
 
Resumo: O realismo explicativo é, em linhas gerais, a tese de que explicações verdadeiras são 
verdadeiras em virtude de o que elas dizem capturar como as coisas são “no mundo” (ao invés 
de, por exemplo, simplesmente estabelecer relações entre nossos conceitos das coisas). Nesta 
apresentação, apresento o realismo explicativo, discutindo subteses mais específicas e 
maneiras de interpretar o que está em jogo no debate sobre realismo e irrealismo sobre 
explicações. Além disso, discuto algumas possíveis implicações do realismo explicativo para 
teses similares, como o realismo causal, e avalio a plausibilidade da tese à luz de objeções 
levantadas num artigo da filósofa Elanor Taylor. 
 
Palavras-chave: Explicação; Realismo explicativo; Realismo causal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5
 Bacharel em filosofia pela Universidade de São Paulo (2018) e mestrando em filosofia pela mesma instituição. 
Seu mestrado é feito com amparo de bolsa de pesquisa fornecida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Pessoal de Nível Superior (CAPES). 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 105 
 
BEING REALISTIC ABOUT EXPLANATIONS: PLAUSIBILITY AND 
IMPLICATIONS OF EXPLANATORY REALISM 
 
Victor Nicolau Sholl de Freitas Lima 
 
Abstract: In general terms, explanatory realism is the thesis that true explanations are true 
because what they say captures how things are “in the world” (instead of, for example, 
because they establish relations between our concepts of things). In this presentation, I 
introduce explanatory realism, discussing more specific subtheses and ways of interpreting 
what is at stake in the explanatory realism vs irrealism debate. Furthermore, I discuss some 
possible implications of explanatory realism that bear on similar theses, such as causal 
realism. I also evaluate the thesis’ plausibility in light of some objections raised by 
philosopher Elanor Taylor. 
 
Keywords: Explanation; Explanatory realism; Causal realism. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de InvestigaçãoFilosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 106 
 
 
3ª Sessão de Comunicações: 
 
18 de novembro de 2020 
10:00 – 11:30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Amapá 
16 a 21 de novembro de 2020 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 107 
 
O SELF ESTENDIDO DE ANDY CLARK: OS LIMITES ENTRE MENTE E MUNDO 
 
Amanda Luiza Stroparo
6
 
 
Resumo: A concepção central das teses da mente situada é advogar a favor de uma visão 
unificada de mente, corpo e mundo, colocando-os como inseparáveis. Neste sentido, existem 
muitas convergências entre as diversas teorias: da mente situada, corporificada (ou 
incorporada), estendida, distribuída etc. De modo geral, a premissa básica de todas é esta 
unificação, incluindo a sociedade, a cultura, a linguagem e uma série de outros componentes 
disponíveis no ambiente, além da própria interação com outros organismos. Para Andy Clark, 
de modo geral, a mente tem como característica intrínseca estender ao longo de todos estes 
elementos, que serão, portanto, extensões cognitivas. Logo, surgem alguns questionamentos: 
se a cognição se estende, quais os limites do ser humano? O que separa a mente do mundo? O 
que chamamos de “self” igualmente se estende? É neste problema do “self” estendido que 
este trabalho se debruça, pretendendo empreender articulações no âmbito de teses da mente 
estendida e incorporada. Na tese da mente estendida de Clark, grosso modo, o “self” é uma 
espécie de ilusão e seus supostos processos de fato se estenderiam ao longo do ambiente. 
Trata-se, portanto, de um “self suave”, posto que é um self continuamente aberto para se 
misturar com o mundo. Argumenta-se neste trabalho, contudo, que existem diversas lacunas e 
contradições no que Clark nomeia como “self”: ao mesmo tempo em que é ilusório, também 
possui um “eu consciente”; ao mesmo tempo em que é uma “impressão”, teria a capacidade 
de tomar decisões mais abrangentes. É por isto que, conforme propomos neste contexto, é 
necessário promover articulações com outros autores. Shaun Gallagher argumenta que 
devemos levar em consideração a dimensão afetiva e motivacional, o senso de agenciamento 
e o senso de propriedade e a noção de intercorporeidade. Elisabeth Pacherie também cita 
elementos que deveriam ser levados em conta para desenhar uma noção de “self”: por 
exemplo, a “consciência de um objetivo”, “senso de atividade”, entre outros. Teorias da mente 
enativa, como Maturana e Varela, propõem uma noção também inicialmente voltada para o 
 
6
 Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Mestranda em Filosofia pela mesma 
instituição, na linha de pesquisa “Ontologia e Epistemologia”, na área de Filosofia da Mente, sob orientação do 
Prof. Dr. Léo Peruzzo Júnior, abordando a tese da mente estendida de Andy Clark e suas alternativas para os 
paradigmas cerebrocentristas anteriores. Pós-graduanda em Psicologia Analítica pela UniBrasil. Possui interesse 
nos seguintes campos: Filosofia da Mente, Ciências Cognitivas, Teses da Mente Estendida, Teses da Mente 
Incorporada, Pós-humanismo, Transumanismo, Psicologia Analítica, Logoterapia e Educação. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 108 
 
corpo. O corpo é “auto-individuado”, portanto produzindo e mantendo uma distinção entre si 
mesmo e o meio. Outros autores, como Richard Heersmink, Andres Vaccari, Michael 
Wheeler e Hajo Greif apontam para direções também ligadas ao corpo, bem como para as 
definições de artefatos cognitivos: isto é, para entendermos os limites da mente e do self, é 
necessário esclarecermos o que definimos como artefatos. Desta forma, identificamos como 
direções futuras de investigação para a definição de “self” as concepções de 
intercorporeidade, a imagem corporal, senso de controle, auto-individuação, senso de 
propriedade, de agenciamento, consciência de objetivos e movimentos, afeto e memória 
autobiográfica. Afinal, entendemos que para preservar alguma noção de liberdade e de 
autonomia para o ser humano, mas também contemplando sua natureza “vazante”, é 
necessário propor uma noção de “self” que se misture e se estenda, mas que tenha, ao mesmo 
tempo, fronteiras delimitadas, ainda que via um processo de “autoindividuação”, como 
colocam Maturana e Varela. 
 
Palavras-chave: self; mente estendida; Andy Clark. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 109 
 
ANDY CLARK'S EXTENDED SELF: THE LIMITS BETWEEN MIND AND WORLD 
 
Amanda Luiza Stroparo 
 
Abstract: The central conception of the situated mind’s theses is to advocate for a unified 
view of mind, body and world, placing them as inseparable. In this sense, there are many 
similarities between different theories: situated mind, embodied mind, extended mind, 
distributed mind, and so on. In general, the basic premise of those theories is this unification, 
including society, culture, language and a series of other components available in the 
environment, in addition to the interaction with other organisms. For Andy Clark, in general, 
the mind has the intrinsic characteristic of extending into all these elements, which will 
therefore be cognitive extensions. Therefore, some questions arise: if cognition extends, 
where the human being stops, and the world begins? What separates the mind from the world? 
Does what we call "self" also extend? It is in this problem of the extended "self" that this 
work focuses, intending to undertake articulations within the scope of the extended mind and 
embodied mind’s theses. In Clark's extended mind thesis, roughly speaking, the "self" is a 
kind of illusion and its supposed processes would indeed extend throughout the environment. 
Hence, it is a “soft self”, since it is a self that is continually open to mix with the world. 
However, it is argued in this paper that there are several gaps and contradictions in what Clark 
calls “self”: while it is illusory, it also has a “conscious self”; while being an “impression”, it 
would have the ability to make more comprehensive decisions. That is why, we argue, it is 
necessary to promote articulations with other authors. Shaun Gallagher argues that we must 
consider the human’s affective and motivational dimension, the sense of agency and the sense 
of ownership and the notion of intercorporeality. Elisabeth Pacherie also cites elements that 
should be regarded to draw a notion of “self”: for example, the "consciousness of a goal", 
"sense of activity", among others. Theories of the enactive mind, such as Maturana and 
Varela’s, propose a notion also initially focused on the body. The body is “self-individuated”, 
therefore producing and maintaining a distinction between itself and the environment. Other 
authors, such as Richard Heersmink, Andres Vaccari, Michael Wheeler and Hajo Greif point 
to directions also linked to the body, as well as to the definitions of cognitive artifacts: that is, 
to understand the limits of the mind and the self, it is necessary to clarify what we define as 
cognitive artifacts. Accordingly, we identify as future directions of investigation for the 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 110 
 
definition of “self” the concepts of intercorporeality, body image, sense of control, self-
individuation, sense of ownership, agency, consciousness of goals and movements, affection 
and autobiographical memory. After all, we understand that to preserve some notion of 
human’s freedom and autonomy, but also contemplating its “leaking” nature, it is necessary to 
propose a notion of “self” that mixes and extends, but that has, at the same time, established 
boundaries, even though as a process of "self-individuation", as put by Maturana and Varela. 
 
Keywords: self; extended-mind; Andy Clark. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 111 
 
O DESENVOLVIMENTO DA NOÇÃO DE CONTEÚDO JULGÁVEL NA 
FILOSOFIA DE FREGE 
 
Ozeias F. Rodrigues
7
 
 
Resumo: O objetivo desta apresentação foi esclarecer o desenvolvimento do conceito de 
conteúdo julgável ao longo da filosofia de Frege. Argumentamos que as reflexões sobre esse 
conceito nos ajudam a compreender aspectos fundamentais da filosofia da linguagem como a 
entendemos hoje. Dentre estes aspectos, destacamos que a noção de pensamento é a 
precursora do conceito contemporâneo de proposição. Por fim, mostramos que, para Frege, 
pensamentos não são entidades físicas, tampouco mentais e pertencem a um terceiro reino. 
 
Palavras-chave: Conteúdo julgável; pensamento; Frege. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7
 Graduado em filosofia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2017) e mestrando em Filosofia pela 
Universidade Federal do Paraná. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 112 
 
THE DEVELOPMENT OF THE NOTION OF JUDGEABLE CONTENTENT IN 
FREGE’S PLILOSOPHY 
Ozeias F. Rodrigues. 
 
Abstract: The aim of this presentation was to clarify how the concept of judgeable content is 
developed throughout Frege’s plilosophy. We argue that reflections on this concept help us to 
understand fundamental aspects of the philosoply of language as it is understood today. 
Among these aspects, we highlight that the notion of thought is the precursor of the 
contemporary concept of proposition. Finally, we have shown that, for Frege, thoughts are 
neither physical, nor mental entities and belong to a third realm. 
 
Keywords: Judgeable content; thought; Frege. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 113 
 
MEMÓRIA EPISÓDICA E SUAS CONDIÇÕES DE SATISFAÇÃO 
 
José Carlos Camillo Castro Neto
8
 
 
Resumo: Este trabalho vai lidar com o problema dos objetos da memória episódica. Mais 
especificamente, o objetivo deste trabalho é defender uma posição representacionista dos 
objetos da memória episódica. A memória episódica é o tipo de memória voltada para a 
construção de cenários e situações, em que a pessoa que está recordando consegue, de alguma 
forma, reviver o momento passado. Difere da memória semântica, por exemplo, que é a 
memória relacionada a fatos. Em relação à memória episódica, a posição representacionista 
defende que seus objetos são compostos por condições de satisfação. No entanto, em um 
recente artigo relacionado aos objetos da memória episódica, foi defendido que a mesma é 
silente em relação a suas condições de satisfação, tornando-se, assim, muito problemática para 
a posição representacionista. Esta apresentação pretende defender a posição representacionista 
dessa crítica. Para isso, serão apresentados, primeiro, os pontos que favorecem a posição 
defendida. Depois, a crítica a essa posição será exposta de modo mais abrangente. Por fim, o 
representacionalismo será defendido através da noção de rede de intencionalidade, proposta 
por Searle. 
 
Palavras-chave: Memória Episódica; Condições de Satisfação; Representacionalismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 Mestre em filosofia pela Universidade Federal do Mato Grosso (2020). Conseguiu esse título com o subsídio da 
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 114 
 
EPISODIC MEMORY AND ITS CONDITIONS OF SATISFACTION 
 
José Carlos Camillo Castro Neto 
 
Abstract: This presentation will deal with the question about the objects of episodic memory. 
The main goal of this talk is to defend a representational view on episodic memory’s object. 
Episodic memory is the kind of memory focused on the construction of sceneries and 
moments. In this memory, the subject is capable of mentally relive the past event. It differs 
from the semantic memory, for instance, because the semantic memory is focused on 
remembering facts, or propositions. On the objects of episodic memory, the representational 
view defends that they are defined by their conditions of satisfaction. However, in a recent 
paper related to this subject, it was argued that episodic memories are silent about their own 
conditions of satisfaction. The representational is view, thereby, criticized. This talk aims to 
defend the representational view. In order to construct this defense, it will start with the points 
that recommend this view. Then, it will be exposed the criticism mentioned above in more 
detail. Finally, the representationalism will be defended through the concept of intentional 
network. 
 
Keywords: Episodic Memory; Conditions of Satisfaction; Representationalism. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 115 
 
 
4ª Sessão de Comunicações: 
 
19 de novembro de 2020 
10:00 – 11:30 
 
Canal: youtube.com/c/ENFAENIF 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Amapá 
16 a 21 de novembro de 2020 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 116 
 
OS PRINCÍPIOS ILEGÍTIMOS DA MORALIDADE E O PROBLEMA DA 
HETERONOMIA DA VONTADE NA FILOSOFIA MORAL DE IMMANUEL KANT 
 
Rafaella Silveira Sucupira da Costa
9
 
 
Resumo: O objetivo do presente artigo consiste em compreender os princípios que Kant 
considera ilegítimos para fundamentar a moralidade, quais sejam: os princípios práticos 
materiais. Mais especificamente, o princípio de felicidade e o princípio de perfeição. Portanto, 
pretendemos compreender em que consiste tais princípios e porque Kant argumenta que eles 
são ilegítimos. Neste âmbito, nossa análise situa-se no problema da heteronomia da vontade, 
visto que, segundo Kant, o principal motivo das fundamentações derivadas do princípio 
prático material terem falhado diz respeito a esse problema. Logo, a importância dessa 
investigação se baseia não apenas porque Kant se trata de um autor incontornável para o 
debate moral, como também, a temática em questão é crucial para a compreensão da 
problemática da moralidadena mordenidade e sua influência na contemporaneidade. Sendo 
assim, o presente trabalho se dividirá em duas partes. A primeira, denominada o princípio da 
felicidade e a abordagem empirista, buscamos entender, à luz da filosofia kantiana, como esse 
princípio material de caráter subjetivo tenta fundamentar as ações ditas morais, visto que ele 
busca fundamentar essas ações em determinadas áreas, isto é, a educação, a constituição civil, 
o sentimento físico e o sentimento moral. A segunda, denominada o princípio da perfeição e a 
abordagem racionalista, busco tratar como esse princípio material de caráter objetivo pretende 
fundamentar a moral tanto na perfeição ontológica quanto na perfeição teológica. 
Considerando a análise desses princípios materiais iremos compreender porque segundo Kant, 
tanto o princípio empirista quanto o princípio racionalista, se configura em princípios 
heterônomos da vontade e, consequentemente ilegítima. Com efeito, podemos concluir que, 
para Kant, esses princípios são ilegítimos para fundamentar a moralidade, haja vista que 
apenas a autonomia da vontade pode legitimar uma moralidade de caráter livre, necessário e 
universal, pois ela não é derivado de nenhum princípio material, seja ele empírico ou racional. 
 
Palavras-chave: Princípios ilegítimos; Fundamentação moral; Heteronomia da vontade. 
 
9
 Mestra em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba. Esp. em Filosofia da Educação pela Universidade 
Estadual de Campina Grande. Bacharelada e Licenciada em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 117 
 
THE ILLEGITIMATE PRINCIPLES OF MORALITY AND THE PROBLEM OF 
THE HETERONOMY OF THE WILL IN IMMANUEL KANT'S MORAL 
PHILOSOPHY 
 
Rafaella Silveira Sucupira da Costa 
 
Abstract: The aim of this article is to understand the principles that Kant considers 
illegitimate to support morality, namely: the practical material principles. More specifically, 
the happiness principle and the perfection principle. Therefore, we intend to understand what 
these principles consist of and why Kant argues that they are illegitimate. In this context, our 
analysis is situated in the problem of the heteronomy of the will, since, according to Kant, the 
main reason why the fundamentals derived from the material practical principle have failed 
concerns this problem. Therefore, the importance of this investigation is based not only 
because Kant is an unavoidable author for the moral debate, but also, the theme in question is 
crucial for the understanding of the problem of morality in mordenity and its influence in 
contemporary times. Therefore, the present work will be divided into two parts. The first, 
called the happiness principle and the empiricist approach, we seek to understand, in the light 
of Kantian philosophy, how this material principle of a subjective character tries to 
substantiate the so-called moral actions, since it seeks to fundamentalize these actions in 
certain areas, that is, education, civil constitution, physical feeling and moral feeling. The 
second, called the principle of perfection and the rationalist approach, seeks to deal with how 
this objective material principle intends to base morality on both ontological perfection and 
theological perfection. Considering the analysis of these material principles we will 
understand why, according to Kant, both the empiricist principle and the rationalist principle, 
are configured in heteronomous principles of the will and, consequently, illegitimate. In fact, 
we can conclude that, for Kant, these principles are illegitimate to support morality, 
considering that only the autonomy of the will can legitimize a morality of a free, necessary 
and universal character, since it is not derived from any material principles, either empirical 
or rational. 
 
Keywords: Illegitimate principles; Moral reasoning; Heteronomy of the Will. 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 118 
 
TRÊS LEITURAS SOBRE A REVOLUÇÃO EM KANT 
 
Gehad Marcon Bark
10
 
 
Resumo: O objetivo da presente comunicação é inicialmente apresentar alguns dos elementos 
textuais que dão corpo a um problema exegético bastante conhecido enfrentado pela literatura 
secundária que se dedica ao estudo do sistema filosófico kantiano: a posição de Kant a 
respeito do direito de revolução. A primeira parte da comunicação contrasta passagens do 
ensaio intitulado “Sobre o ditado popular: ‘isto pode ser correto na teoria, mas de nada vale na 
prática’”, do texto de “À paz perpétua” e da obra “Princípios Metafísicos da Doutrina do 
Direito” – em que Kant nega que o povo tenha o direito de recorrer à força para destituir um 
governo tirânico – com a leitura da Revolução Francesa presente em “O Conflito das 
Faculdades”. A segunda parte apresenta o ponto fundamental das leituras que Hannah Arendt, 
Lewis White Beck e Arthur Ripstein fazem do problema, na tentativa de conciliar as duas 
posições aparentemente antagônicas adotadas por Kant. 
 
Palavras-chave: Direito; Kant; Revolução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10
 Doutorando e Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Docência no 
Ensino Superior pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS). Bacharel em Filosofia 
pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba (FDC) 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 119 
 
THREE READINGS ON THE REVOLUTION IN KANT 
 
Gehad Marcon Bark 
 
Abstract: This presentation aims initially at showing some of the textual elements that give 
substance to a well-known exegetical problem faced by the secondary literature that studies 
the kantian philosophic system: Kant’s position concerning the right of revolution. The first 
half of the presentation contrasts passages of the essay “On common saying: “that may be 
correct in theory, but it is of no use in practice”, of the text “Perpetual peace”, and the book 
“Metaphysical first principles of the doctrine of right” – where Kant denies that the people 
has a right to use the force to destitute a tyrannical government – with the reading of the 
French Revolution present in “The conflict of the faculties”. The second half shows the 
central point of the readings that Hannah Arendt, Lewis White Beck and Arthur Ripstein 
makes of this problem, trying to reconcile the seemingly opposite positions adopted by Kant. 
 
Keywords: Kant; Revolution; Right. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 120 
 
COMO JUSTIFICAR O ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO? 
 
Frank Wyllys Cabral Lira
11
 
 
Resumo: dentre os vários problemas existentes sobre o ensino da filosofia no ensino médio, 
pode-se observar que o mais conhecido é aquele relacionado a justificação do ensino dessa 
área de conhecimento – tal problema é formulado da seguinte maneira: como justificar o 
ensino da filosofia no ensino médio? A relevância desse problema se assenta em ao menos 
duas razões. A primeira razão parte da inconstante presença da filosofiano ensino básico, 
tornando-o, de um ponto de vista teórico, o mais importante e discutido problema central do 
ensino da filosofia no ensino médio. A segunda razão se baseia na impossibilidade de discutir 
os outros problemas centrais do ensino da filosofia no ensino médio, assim como as suas mais 
variadas respostas, sem ter uma resposta positiva ao problema da justificação – ou seja: saber 
como fundamentar o ensino da filosofia antecede discutir o que vai ser ensinado, como 
ensinar, como avaliar o que foi ensinado etc. Diante disto tudo, o que aqui objetivo é uma 
introdução ao referido problema da justificação, tanto em sua formulação ampla como restrita, 
e a consideração desse último atentando-se a outras duas questões menores relacionadas a 
obrigatoriedade e disciplinaridade. Em seguida, trabalho diante da sugestão e 
desenvolvimento de quatro critérios a serem satisfeitos na resposta ao problema da 
justificação – tais seriam (1) partir de uma boa concepção de filosofia, (2) apresentar uma 
resposta estritamente filosófica, (3) a resposta ser capaz de gerar consequência políticas e (4) 
a resposta ser entendível por não-filósofos. Por fim, visando averiguar os critérios sugeridos, 
será analisado a resposta da Lidia Maria Rodrigo ao em voga. 
 
Palavras-chave: ensino da filosofia; ensino médio; justificação do ensino da filosofia. 
 
 
 
 
 
 
 
11
 Licenciando em filosofia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). E-mail: frankwcl@outlook.com. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 121 
 
OW TO JUSTIFY TEACHING PHILOSOPHY IN HIGH SCHOOL? 
 
Frank Wyllys Cabra Lira 
 
Abstract: among the several existing problems regarding the teaching of philosophy in high 
school, it can be observed that the best known is the one related to the justification of teaching 
in this area of knowledge – such problem is formulated as follows: how to justify the teaching 
of philosophy in high school? The relevance of this problem is based on at least two reasons. 
The first reason starts from the inconstant presence of philosophy in basic education, making 
it, from a theoretical point of view, the most important and discussed central problem of 
teaching philosophy in high school. The second reason is based on the impossibility of 
discussing the other central problems of philosophy teaching in high school, as well as its 
most varied answers, without having a positive answer to the problem of justification – that is: 
knowing how to base the teaching of philosophy precedes discussing what will be taught, how 
to teach, how to evaluate what was taught etc. In view of all this, what I aim here is an 
introduction to the justification problem, both in its broad and restricted formulation, and the 
consideration of the latter, paying attention to two other minor issues related to mandatory and 
disciplinary matters. Then, I work on the suggestion and development of four criteria to be 
satisfied in the answer to the problem of justification - such would be (1) starting from a good 
conception of philosophy, (2) presenting a strictly philosophical answer, (3) the answer being 
capable of generating political consequences and (4) the answer being understandable by non-
philosophers. Finally, in order to ascertain the suggested criteria, Lidia Maria Rodrigo's 
response to the current one will be analyzed. 
 
Keywords: philosophy teaching; high school; justification of philosophy teaching. 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 122 
 
 
5ª Sessão de Comunicações: 
 
20 de novembro de 2020 
10:00 – 11:30 
 
Canal: youtube.com/c/ENFAENIF 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Amapá 
16 a 21 de novembro de 2020 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 123 
 
DESCONSTRUINDO A VISÃO MAINSTREAM DE ADAM SMITH A PARTIR DA 
RELEITURA DA RIQUEZA DAS NAÇÕES 
 
Thaís Cristina Alves Costa
12
 
 
Resumo: A visão mainstream do século XX sugere que o iluminista escocês Adam Smith fez 
uma defesa tout court do laissez-faire e do puro cálculo racional da economia. Entretanto, 
considero que essa é uma interpretação enviesada que desconsidera a leitura de sua obra 
Riqueza das Nações, tendo como base seu contexto histórico e linguístico. Contra essa visão 
dominante, propus analisar o pensamento smithiano, utilizando como estratégia metodológica 
a releitura da Riqueza das Nações, enquanto uma teoria iluminista com discussões sociais, 
morais e cientificas comuns à tradição escocesa de seu tempo. Defenderei, ao final, que Smith 
pode ser compreendido como um liberal preocupado com questões sociais e valores cívicos, 
levando em conta os elementos morais e humanísticos de seu pensamento. 
 
Palavras-chave: Moral; Economia; Iluminismo; Liberal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12
 Graduou-se em Filosofia (licenciatura e bacharelado) pela Universidade Federal de São João del- Rei - UFSJ 
(2009) e Direito pela Universidade Católica de Pelotas – UCPel (2018), com período de mobilidade acadêmica 
internacional na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa – FDUL (2016). Especialista em Filosofia pela 
Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP (2012) e Práticas de Letramento e Alfabetização pela UFSJ (2012). 
Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas - UFPel (2015), tendo sido bolsista CAPES. Foi 
professora da graduação em Filosofia EAD na UFPel (2017-2018). Atualmente, é mestranda em Direito pela 
Universidade Federal de Rio Grande - FURG, doutoranda em Filosofia pela UFPel e Visiting Scholar na 
University of North Carolina - Chapel Hill - UNC (2019-2021), sob orientação do professor Geoffrey Sayre-
McCord. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 124 
 
DECONSTRUCTING ADAM SMITH’S MAINSTREAM VIEW FROM THE 
REREADING OF WEALTH OF NATIONS 
 
Thaís Cristina Alves Costa 
 
Abstract: The mainstream view of the twentieth century suggests that the Scottish 
philosopher and economist Adam Smith made a tout court defense of laissez-faire and a pure 
rational calculation of economics. However, I consider this to be a biased interpretation that 
ignores a reading of his work, Wealth of Nations (1776), from his historic and linguistic 
context. In opposition to this dominant view, I proposed - as a methodological strategy - 
analysis of Smith’s thought as an enlightenment theory with social, moral and scientific 
common to the Scottish tradition of his time. In the end, I will defend that Smith can be 
understood as a liberal concerned with social issues and civic values, taking into account the 
moral and humanistic elements of his thinking. 
 
Keywords: Moral; Economy; Enlightenment; Liberal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 125 
 
TEORIA DA PENA EM ÉSQUILO E SÓCRATES 
 
Arthur Lopes Campos Cordeiro
13
 
 
Resumo: Na contemporaneidade, é comum a adoção de uma teoria mista para justificar a 
pena, que defende que estatem dois principais objetivos: punir o criminoso e reabilitá-lo (ou 
ressocializá-lo). Estes dois objetivos, porém, nem sempre são considerados fins da pena 
conjuntamente: algumas teorias defendem que o único fim é punir o criminoso (teorias 
retributivas); outras, que este é reabilitar o criminoso (teorias restaurativas). Dentre as teorias 
retributivas, temos as teorias vingativas, que defendem que a função da pena não é apenas 
retribuir, mas também saciar a sede de vingança. Uma das mais fortes expressões de uma 
teoria vingativa está presente, não em uma obra filosófica, mas em uma trilogia trágica: A 
Oresteia do poeta grego Ésquilo. Em toda trilogia, mais especificamente na última peça, 
Ésquilo esboça uma teoria política na qual a Justiça tribunalizada tem como fim sustentar o 
“Estado” e substituir a vingança privada (a aplicação privada do que chamamos de “talião”). 
Para fazer isso, a punição deve saciar a sede de vingança que leva à vingança pelas próprias 
mãos. Também na Grécia Antiga, encontramos um belo exemplo de teoria restaurativa nos 
primeiros diálogos de Platão. Seguindo Penner, Brickhouse e Smith, argumentamos que a tese 
de pena só é boa (e justa) se visa melhorar o criminoso, além de presente no Górgias, é 
consequência lógica de posições éticas presentes nestes diálogos. Nosso trabalho, portanto, 
visa expor as duas justificações das penas presentes nestas obras gregas bem como relacioná-
las com o debate contemporâneo. 
 
Palavras-Chaves: Sócrates; Ésquilo; Teoria da Pena; Platão; Grécia Antiga. 
 
 
 
 
 
 
 
13
 Resumo Formação Profissional: Graduando em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. 
Pesquisador de Iniciação Científica em Filosofia do Direito sob Orientação da Profa. Dra. Karine Salgado. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 126 
 
THEORY OF THE PENALTY IN ESCHYLUS AND SOCRATES 
 
Arthur Lopes Campos Cordeiro 
 
Abstract: Nowadays, it is common to adopt a mixed theory to justify penalty arguing that it 
has two main objectives: punish the criminal and rehabilitate him (or re-socialize him). These 
two objectives, however, are not always considered purposes of the sentence together: some 
theories argue that its only aim is to punish the criminal (retributive theories); others, that it’s 
to rehabilitate the criminal (restorative theories). Among retributive theories, we have the 
vindictive theories, that sustain that the function of the penalty is not only to repay, but also to 
quench the thirst for revenge. One of the strongest expressions of a vindictive theory is 
present, not in a philosophical work, but in a tragic trilogy: The Oresteia of the Greek poet 
Aeschylus. In this trilogy, more specifically in the last play, Aeschylus outlines a political 
theory in which the court's justice aims to sustain the "State" and replace private revenge (the 
private application of what we call "lex talionis"). To be able to do this, punishment must 
quench the thirst for vengeance that leads to vengeance by one’s own hands. In Ancient 
Greece, we also find a beautiful example of restorative theory in Plato's first dialogues. 
Following Penner, Brickhouse and Smith, we argue that the thesis that penalty is only good 
(and just) if it aims to improve the criminal, in addition to being present in Gorgias, is a 
logical consequence of ethical positions present in these dialogues. Our communication, 
therefore, aims to expose the two justifications of the penalty present in these Greek works as 
well as to connect them to the contemporary debate. 
 
Keywords: Socrates; Aeschylus; Pen Theory; Plato; Ancient Greece. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 127 
 
 
6ª Sessão de Comunicações: 
 
21 de novembro de 2020 
10:00 – 11:30 
 
Canal: youtube.com/c/ENFAENIF 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Amapá 
16 a 21 de novembro de 2020 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 128 
 
O PROBLEMA DOS OBJETOS MATEMÁTICOS EM ARISTÓTELES 
 
Mariane Farias de Oliveira
14
 
 
Resumo: No livro My da Metafísica, em resposta à teoria platônica de que os objetos 
matemáticos existem como Intermediários entre o mundo sensível e as Formas, Aristóteles 
estabelece quatro possibilidades a serem consideradas: (i) os mathemata (objetos 
matemáticos) existem: nos sensíveis; separados dos sensíveis ; ou (ii) se eles não existem em 
nenhuma dessas maneiras, então : eles não existem ou eles existem de uma certa maneira. O 
problema é que, para seu projeto metafísico, Aristóteles não pode aceitar a tese de que os 
objetos matemáticos existam independentemente do sensível, seja como intermediário 
platônico ou como forma, pois isso dissociaria os aspectos básicos de como temos acesso à 
realidade. Também não é possível aceitar que eles existam como entes sensíveis tais como as 
substâncias, pois objetos matemáticos não são autossuficientes e não podem existir como 
coisas no mundo. Diante desse impasse, analisarei as quatro propostas de existência dos 
mathemata, ou objetos matemáticos, do início de Met. My, e endossarei a tese de Cleary, 
defendendo que estes objetos devem ser tratados no quarto sentido que Aristóteles dá a eles: 
eles existem de uma certa maneira nas coisas. Isso quer dizer que fazemos referência a objetos 
matemáticos sempre em um certo recorte de análise. Analisamos certa superfície qua linha ou 
qua triângulo. Isto é, enquanto linha ou enquanto triângulo. Os objetos, portanto, adquirem 
sua parcela no real e no cognoscível na medida em que são compreendidos enquanto 
propriedades de substâncias. 
 
Palavras-chave: Aristóteles; História da Filosofia da Ciência; Matemática grega. 
 
 
 
 
 
14
 Professora Substituta na Universidade Federal de Goiás (UFG)/Regional Goiás. Bacharel em Filosofia pela 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestre em Filosofia Antiga pela Universidade Federal de Santa 
Maria, com dissertação defendida sobre método na Ética Eudêmia de Aristóteles. Tem doutorado interrompido 
na Université de Lille 3, sob supervisão de Thomas Bénatouil com o tema do papel da astronomia na filosofia 
primeira de Aristóteles. Tem como tema de pesquisa Método na Ética Eudêmia de Aristóteles e, atualmente, 
História e Filosofia da Ciência antiga, com ênfase em Aristóteles. 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 129 
 
THE PROBLEM OF MATHEMATICAL OBJECTS IN ARISTOTLE 
 
Mariane Farias de Oliveira 
 
Abstract: In the book XIII of Metaphysics, in response to the Platonic theory that 
mathematical objects exist as Intermediaries between the sensitive world and the Forms, 
Aristotle establishes four possibilities to be considered: (i) mathemata (mathematical objects) 
exist: in the sensitive way; separate from sensitive ones; or (ii) if they do not exist in any of 
these ways, then: they do not exist or they do exist in a certain way to be qualified. The 
problem is that, for his metaphysical project, Aristotle cannot accept the thesis that 
mathematical objects exist independently of the sensible ones, either as a Platonic 
intermediary or as a Form, as this would dissociate thebasic aspects of how we have access to 
reality. It is also not possible to accept that they exist as sensitive beings such as substances, 
since mathematical objects are not self-sufficient and cannot exist as things in the world. 
Faced with this impasse, I will analyze the four proposals for the existence of mathemata, or 
mathematical objects, from the beginning of Met. XIII, and I will endorse Cleary's thesis, 
arguing that these objects should be treated in the fourth sense that Aristotle gives them: they 
exist in a certain qualified way in things. This means that we refer to mathematical objects 
always in a certain intersection of analysis. We analyze a certain surface qua a line or qua a 
triangle. That is, as a line or as a triangle. Therefore, objects acquire their share in the real and 
in the knowable as they are understood as properties of substances. 
 
Keywords: Aristotle; History of Philosophy of Science; Greek mathematics. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 130 
 
 
 
 
 
 
II Encontro Nacional de Filosofia no Amapá & II Encontro Nacional de Investigação Filosófica – ANAIS – 2020 
 Site: www.enfa-filosofia.blogspot.com - http://youtube.com/c/enfaenif 29

Mais conteúdos dessa disciplina