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Anais do III Fórum de Extensão do Oeste Potiguar. II Salão de Extensão da UERN, UFERSA e 
UFRN. IX Colóquio de Extensão da UERN / 
 Mayra Rodrigues Fernandes Ribeiro… et al (Org.). - Mossoró: Edições UERN, 2017. 
 
 
 414 p. 
 Tema: Extensão Universitária: interface entre a pesquisa e o ensino. Evento 
realizado de 19 a 21 de outubro de 2016. 
 
 ISBN: 978-85-7621-165-5 
 
 
 1. Extensão Universitária - Educação. 2. Pesquisa e Ensino - Educação. 3. Cultura - 
Educação. I. Ferreira, Elisama Daniella Gomes. II. Melo, Ismael Fernandes de. III. Silva, 
Ricardo Alves da. IV. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. V. Universidade 
Federal Rural do Semi-árido. VI. Instituto Federal do Rio Grande do Norte. VII. Título. 
 
 UERN/BC CDD 378 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Catalogação da Publicação na Fonte. 
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliotecária: Aline Karoline da Silva Araújo CRB 15 / 783 
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: INTERFACE ENTRE A PESQUISA E O ENSINO 
IX COLÓQUIO DE EXTENSÃO DA UERN 
III FÓRUM DE EXTENSÃO DO OESTE POTIGUAR 
II SALÃO DE EXTENSÃO 
 
A EDUCAÇÃO RURAL NA VISÃO DOS PROFESSORES DE UM MUNICÍPIO 
DO INTERIOR DA PARAÍBA 
 
 
Área Temática: Educação 
 
José Ozildo dos Santos 
 joseozildo2014@outlook.com 
Rosélia Maria de Sousa Santos 
Vanessa da Costa Santos 
 
Centro de Ciências e Tecnologia Alimentar/UFCG 
 
Resumo: Trata-se de uma pesquisa descritiva que teve por objetivo analisar a 
concepção que os professores do ensino fundamental de um município paraibano 
possuem em relação à educação rural. Por falta de uma educação de qualidade no meio 
rural, grande parte dos alunos se desloca para as áreas urbanas com o objetivo de 
frequentar uma escola melhor. Além de desenvolverem um modelo único de educação, 
nos últimos anos, as Secretarias Municipais de Educação vêm adotando um processo de 
nucleação, concentrando um único polo, uma maior quantidade de alunos do meio e 
fechando as pequenas escolas rurais. Através da presente pesquisa verificou-se que para 
melhorar a educação rural é preciso investir mais. Constatou-se também que sempre 
será necessário contextualizar o ensino desenvolvido no meio rural para gerar uma 
melhor aprendizagem e que o principal problema enfrentado pelos professores das 
escolas rurais é a existência de salas multisseriadas. 
 
Palavras-chave: Educação. Meio rural. Limitações. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A educação rural foi pensada para proporcionar àqueles que residem no meio 
rural, conhecimentos elementares relacionados à leitura, à escrita e às operações 
matemáticas, objetivando reduzir as altas taxas de analfabetismo e os baixos índices de 
escolarização registrados junto a essa significativa parcela da população brasileira. 
Como o tempo, a partir do momento em que foram estruturadas as diretrizes da 
Educação Rural, estabeleceu-se que era missão da escola rural formar as crianças tendo 
a preocupação de desenvolver atividades práticas relativas ao trabalho desenvolvido 
pela maioria dos membros das comunidades onde estavam inseridas tais crianças. 
Assim sendo, caberia à escola rural “ensinar o manejo de instrumentos, técnicas 
e insumos agrícolas”, além de mostrar a necessidade do estabelecimento de um bom 
116 
“relacionamento com o mercado no qual o camponês teria de vender a sua produção 
para adquirir os ‘novos’ produtos” (CALDART et al., 2012, p. 299). 
Lamentavelmente, ao longo dos anos, a educação rural sem sendo desenvolvida 
no Brasil sem levar em consideração os saberes decorrentes do trabalho dos 
agricultores, absolvendo, assim, uma concepção preconceituosa, além de não cumprir 
seus objetivos e cada vez mais se distanciar de suas finalidades básicas. 
Um dos fatores que tem contribuído para esse processo de descaracterização da 
educação rural é a falta de investimentos. Sempre a educação rural foi tratada com 
descaso no Brasil, recebendo uma insignificante parcela de recursos (MANFIO; 
PACHECO, 2006). 
Atualmente, por falta de uma educação de qualidade no meio rural, grande parte 
dos alunos se desloca para as áreas urbanas com o objetivo de frequentar uma escola 
melhor. Por outro lado, além de desenvolverem um único modelo educação, nos últimos 
anos, as Secretarias Municipais de Educação vêm adotando um processo de nucleação, 
concentrando um único polo, uma maior quantidade de alunos do meio, e, 
consequentemente, fechando as pequenas escolas rurais. 
O presente trabalho tem por objetivo analisar a concepção que os professores do 
ensino fundamental do município de Emas-PB, possuem sobre a educação rural. 
 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
A presente pesquisa foi realizada durante o mês de junho de 2015, tendo como 
participantes 10 professores que atuam na zona rural do município de Emas, Estado da 
Paraíba. Na oportunidade, se entrevistou cinco professores que atuam na Escola 
Municipal de Ens. Fund. Umbelina A. Pereira, localizada no Sítio Canto Alegre, e, cinco 
com exercício docente na Escola Municipal de Ens. Fund. Maria A. Parente, na 
localidade Pendências. 
Trata-se de um estudo que pode ser caracterizado como sendo uma pesquisa de 
cunho quali-quantitativo. Como instrumento de coletas de dados utilizou-se um 
questionário estruturado, contendo questões objetivas relacionadas aos objetivos 
traçados para a presente pesquisa. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
117 
Inicialmente, procurou-se saber dos entrevistados o que é preciso para melhorar 
a educação rural que vem sendo desenvolvida em seu município. 
 
 
Gráfico 1. Distribuição dos participantes quanto à opinião sobre o que é preciso 
para melhorar a educação rural que vem sendo desenvolvida em seu município 
 
Fonte: Pesquisa de campo (junho/2015) 
 
A análise dos dados contidos no Gráfico 1 permite concluir que segundo 30% 
dos entrevistados, para melhorar a educação rural que vem sendo desenvolvida em seu 
município é preciso melhorar a infraestrutura das escolas; outros 30% acreditam que é 
necessário capacitar melhor os professores e demais (40%) que é preciso investir mais 
na educação rural como um todo. 
Segundo Souza (2007), muitas escolas da zona rural não são dotadas da 
infraestrutura necessária ao seu funcionamento. Com grande frequência essa realidade é 
apresentada pela mídia, demonstrando a necessidade de uma intervenção por parte do 
Ministério Público, objetivando encontrar uma solução para o problema, eliminando os 
riscos que a própria escola pode trazer à vida do aluno. 
No que diz respeito à necessidade de se investir mais na educação rural, esse 
investimento se traduz não somente na melhoria da infraestrutura da escola, como 
também na capacitação dos professores e na aquisição de materiais didáticos 
apropriados. A falta de capacitação por parte do professor pode trazer prejuízos à 
118 
aprendizagem do aluno, principalmente, pela utilização de metodologias que não 
contribuem para o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa. 
Mediante o segundo questionamento, procurou-se saber dos entrevistados se é 
necessário contextualizar melhor o ensino desenvolvido no meio rural. 
 
Gráfico 2. Distribuição dos participantes quanto à opinião se é necessário ou não 
contextualizar melhor o ensino desenvolvido no meio rural 
 
Fonte: Pesquisa de campo (junho/2015) 
 
Quando se analisar os dados apresentados no Gráfico 2 verifica-se que não 
existe um consenso quanto à necessidade da contextualização no ensino entre os 
professores entrevistados: 50% afirmaram que sempre será necessário contextualizar o 
ensino desenvolvido nessa modalidade de educação; 20% acredita que às vezes é 
necessário e 30% quenem sempre essa contextualização é necessária. 
De acordo com Almeida Filho (2007, p. 39): 
 
Toda vez que o professor for fazer a contextualização deve ter em 
mente que ela é necessária para criar imagens do campo que ele irá 
explorar. É a contextualização que deixa claro para o aluno que o 
saber é sempre mais amplo, que o conteúdo é sempre mais complexo 
do que aquilo que está sendo apresentado naquele momento. 
 
A ideia central que se tem acerca do termo ‘contextualização’ é a que o professor 
deve-se procurar estabelecer uma correção entre o conteúdo apresentado em sala de aula 
119 
com o ‘mundo’ [espaço/ambiente] no qual vive o aluno, de forma que este entenda 
melhor que o está sendo transmitido. Existe a concepção de que o aluno precisa 
inicialmente conhecer o mundo/universo no qual está inserido. Conhecendo seu próprio 
espaço ela compreenderá melhor o mundo como um todo. 
Mediante o terceiro questionamento, procurou determinar juntos aos professores 
entrevistados, qual o principal problema por eles enfrentado no exercício de suas 
funções. 
 
Gráfico 3. Distribuição dos participantes quanto ao principal problema enfrentado 
por eles, enquanto professores que atuam nas escolas rurais do município de 
Emas-PB 
 
Fonte: Pesquisa de campo (junho/2015) 
 
Analisando-se os dados contidos no Gráfico 3 verifica-se que segundo 30% dos 
entrevistados o principal problema enfrentado pelo professor que desenvolve a 
educação rural no município de Emas, diz respeito à falta de material e de recursos 
pedagógicos; 40% afirmaram ser a existência de salas multisseriadas; 20% ressaltaram 
ser a falta de capacitação para os professores, enquanto de 10% entendem ser as 
precárias condições das escolas da zona rural. 
Não se pode produzir educação, seja no espaço urbano ou na zona rural, sem 
material didático apropriado. Nesse sentido, destacam Costoldi e Polinarski (2009, p. 2) 
que “os recursos didáticos são de fundamental importância no processo de 
desenvolvimento cognitivo do aluno, uma vez que proporciona uma maior oportunidade 
120 
de aprendê-lo de forma mais efetiva, onde o aluno poderá aproveitar esse conhecimento 
por toda a vida”. 
Assim sendo, se uma escola não possui recursos didáticos para serem utilizados 
no processo de ensino aprendizagem, essa falta passa a constitui-se num grande 
obstáculo ao desenvolvimento educacional. No entanto, quando se fala em material 
didático, este não pode ser qualquer um: precisa ser apropriado o bastante para facilitar 
a contextualização do ensino. Se esse requisito não foi atendido, a contribuição 
proporcionada pelo material encaminhado à escola rural não serão tão significativa. 
 
Gráfico 4. Distribuição dos participantes quanto à opinião se a educação 
desenvolvida no meio rural, em seu município, cumpre verdadeiramente o seu 
papel 
 
 
Analisando-se os dados contidos no Gráfico 4 é possível perceber que segundo 
70% dos professores entrevistados, a educação desenvolvida no meio rural, no 
município de Emas-PB, efetivamente não cumpre o seu papel. Entretanto, 30% 
discordaram dessa afirmação por acharem que tal papel vem sendo cumprido. 
Explica Leite (2002) que quando se pensou em ‘educação rural, estabeleceu-se 
que as escolas destinadas a promoverem esse tipo de educação, deveriam também 
capacitar o aluno para o exercício das atividades rurais, missão esta que seria também 
acumulada com a função de transformar os alunos em indivíduos letrados e críticos. 
Quando se leva em consideração a definição completa do termo ‘educação 
121 
rural’, percebe-se que o ensino promovido no meio rural do município de Emas, não 
pode ser considerado como sendo legitimamente ‘educação rural’. O professor que atua 
no meio rural do mencionado município tem a obrigação de cumprir o mesmo currículo 
estabelecido para as escolas localizadas no perímetro urbano. Assim, se há não 
diferença de currículo, não existem diferentes modalidades de ensino e 
consequentemente não se tem ‘educação rural’ no município de Emas. 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Através da revisão de literatura promovida, pode-se conhecer a definição 
completa do termo ‘educação rural’ e compreender melhor essa modalidade educativa. 
Assim, a primeira conclusão proporcionada pela presente pesquisa é a de no município 
de Emas-PB, não se desenvolve ‘educação rural’. Dito com outras palavras a educação 
desenvolvida no meio rural, no referido município não pode ser considerada como 
sendo uma ‘educação rural’ propriamente. 
O que se busca nas escolas rurais do município de Emas é adequar o modelo de 
educação à realidade das escolas localizadas nas comunidades rurais, utilizando-se o 
mesmo currículo estabelecido para as escolas que localizadas no perímetro urbano. 
Ademais, grande dos alunos que residem na zona rural se desloca para estudar nas 
escolas da área urbana. E esta realidade demonstra que prevalece no município uma 
única modalidade de educação. 
No que diz respeito aos dados colhidos, verificou-se que para a maioria dos 
professores entrevistados: 
i. que para melhorar a educação no meio rural é preciso investir mais na 
educação como um todo; 
ii. que sempre será necessário contextualizar o ensino desenvolvido no meio 
rural; 
iii. que o principal problema enfrentado pelo professor que desenvolve a 
educação no meio rural do município de Emas, diz respeito à existência de salas 
multisseriadas; 
iv. que a educação desenvolvida no meio rural, no município de Emas-PB, 
efetivamente não cumpre o seu papel e nem pode ser considerada como sendo 
‘educação rural’. 
Assim sendo, quando se analisa as conclusões proporcionadas por esta pesquisa, 
122 
constata-se que os objetivos pré-estabelecidos foram alcançados. E, espera-se que a 
mesma sirva de roteiro para novos estudos. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA FILHO, G. P. Transposição didática: por onde começar. São Paulo: Cortez, 
2007. 
 
CALDART, R. S.; PEREIRA, I. B.; ALENTEJANO, P.; FRIOGOTTO, G. Dicionário 
da educação do campo. Rio de Janeiro, São Paulo: Escola Politécnica de Saúde 
Joaquim Venâncio, 2012. 
 
COSTOLDI, R.; POLINARSKI, C. A. Utilização de recursos didático-pedagógicos na 
motivação da aprendizagem. I Simpósio Internacional de Ensino e Tecnologia, 
Anais. Curitiba: UTFPR, 2009. 
 
LEITE, S. C. Escola rural: Urbanização e políticas educacionais. 2. ed. São Paulo: 
Cortez, 2002. 
 
MANFIO, E.; PACHECO, L. M. D. Educação para o meio rural: perspectivas atuais de 
permanência e sustentabilidade. Pedagogia em questão, v. 3-4, n. 3-4, p. 35-47, 
2006. 
 
SOUZA, S. E. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. In: I Encontro de Pesquisa 
em Educação. IV Jornada de Prática de Ensino, XIII Semana de Pedagogia da 
UEM: Infância e Práticas Educativas. Arq Mudi, v. 11, n. 2, p. 19-26, 2007. 
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