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Prévia do material em texto

DESENVOLVIMENTO 
PSICOSSOCIAL DO ADOLESCENTE
Professor:
Me. Paulo Rogério da Silva 
Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Designer Educacional Marcus Vinicius Almeida 
Editoração Bruna Stefane Martins Marconato 
Qualidade Textual Produção de Materiais
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; SILVA, Paulo Rogério da.
 
 Adolescência e suas Características Psicossociais. Paulo 
Rogério da Silva. 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 28 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Adolescência. 2. Psicossociais. 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 370
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
04
sumário
06| DESAFIOS DA ADOLESCÊNCIA E DA PUBERDADE
09| COMPREENDENDO OS COMPORTAMENTOS ADOLESCENTES
14| DISCUTINDO O COMPORTAMENTO AGRESSIVO E O 
EGOCÊNTRICO NO ADOLESCENTE
17| AUTOESTIMA E COMPORTAMENTOS DE RISCO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Apresentar as reações comportamentais e desafios da adolescência e da 
puberdade. 
 • Compreender a fase de luto presente na adolescência e a Síndrome da 
Adolescência Normal.
 • Observar a questão da tendência antissocial e agressividade no adolescente.
 • Estudar a importância da observação dos comportamentos de risco e 
transgressões no adolescente e propor estratégias de escuta das angústias 
presentes no adolescente.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Desafios da Adolescência e da Puberdade
 • Compreendendo os comportamentos adolescentes
 • Discutindo o comportamento agressivo e egocêntrico no adolescente
 • Autoestima e comportamentos de risco
REAÇÕES COMPORTAMENTAIS DA ETAPA DA ADOLESCÊNCIA
INTRODUÇÃO
introdução
Neste estudo, discutiremos sobre os vários desafios da adolescência na chamada 
fase da puberdade, suas transformações corporais, bem como a desorientação 
que esta importante fase provoca no adolescente. Mas você sabe o que é pu-
berdade? Quais são suas principais características?
Muitas mudanças ocorrem na chamada adolescência, tanto físicas quanto 
emocionais, que levam muitas pessoas a questionarem sobre o que é de fato 
“normal” ou não no comportamento dos adolescentes. Estudaremos a chamada 
Síndrome da Adolescência Normal como fonte de compreensão para o enten-
dimento dos comportamentos presentes na adolescência.
Iremos refletir ao longo deste encontro como se dá a nova imagem corpo-
ral do adolescente, bem como a constituição de sua identidade e as principais 
características de seu processo como um ser em constante transformação.
 Você sabia que o processo de luto, ao contrário do que muitos imaginam, 
está presente na vida do adolescente? O jovem enfrenta vários tipos de perdas: 
pelo corpo, pela identidade, pelos pais.
Entenderemos a questão da agressividade na adolescência e a chamada ten-
dência antissocial, tão presente na mídia, quando assunto envolve, por exemplo, 
o chamado adolescente infrator. 
Abordaremos os chamados “aspectos imaturos” do pensamento do adoles-
cente, bem como as estratégias de orientação por parte dos adultos quanto aos 
comportamentos do adolescente como um ser humano em fase de transição. 
Veremos também que observar o adolescente e saber ouvi-lo é de suma impor-
tância para que sejam detectados problemas mais complexos como autoestima 
deficiente, depressão, comportamentos de risco, transgressões e patologias. 
Neste encontro também abordaremos importantes estratégias para saber 
como ouvir os adolescentes em suas angústias e auxiliá-los neste período repleto 
dos chamados sentimentos “à flor da pele”.
Vamos adentrar os aspectos mais específicos deste nosso encontro?
Bons estudos!
Pós-Universo 6
A adolescência é uma fase de intenso desenvolvimento no ser humano como um 
todo: há mudanças físicas, psicológicas, emocionais e sociais. O mundo daquele que 
está deixando de ser criança para se tornar jovem é repleto de descobertas, lágrimas, 
risos, amor, ódio, enfim, um mundo bastante antagônico. 
Compreender o adolescente e suas adversidades exige que nos aprofundemos 
um pouco mais nas reações e comportamentos desta etapa e que possamos enten-
der como a puberdade interfere neste contexto todo.
Você sabe o que é puberdade? Sabe distingui-la da adolescência? Ou você acha 
que puberdade e adolescência é a mesma coisa?
DESAFIOS DA ADOLESCÊNCIA E 
DA PUBERDADE
Pós-Universo 7
Enquanto a adolescência é a etapa de vida de uma pessoa, intermediária entre a 
infância e a vida adulta, a puberdade se caracteriza como a fase inicial dentro da ado-
lescência. O que caracteriza a puberdade são as transformações biológicas no corpo 
do menino e da menina por meio do aumento na produção dos hormônios sexuais, 
mais ou menos por volta dos 12 anos idade, podendo variar de pessoa para pessoa.
Segundo Papalia, Olds e Feldman (2006), as mudanças corporais trazidas pela 
puberdade, tanto nos meninos como nas meninas, incluem desenvolvimento dos 
órgãos sexuais, aumento na produção das glândulas sebáceas, muitas vezes ocasio-
nando a famosa acne; aparecimento de pêlos pubianos e desenvolvimento muscular, 
o chamado “surto do crescimento”. Neste “estirão do crescimento”, há um grande 
aumento na altura (de 7 a 15 cm por ano) e no peso dos púberes, causando muitas 
vezes a chamada dor do crescimento. As especificações de cada sexo, ainda segundo 
os autores, se dão nas meninas em média entre os 12 e 13 anos com o aparecimento 
da menarca (primeira menstruação) e desenvolvimento das mamas e nos meninos 
com mudanças no tom de voz, produção de esperma (espermarca – primeira eja-
culação) e aparecimento da proeminência laríngea (conhecida popularmente como 
pomo-de-adão). 
Influências genéticas, emocionais misturadas com influências ambientais 
podem afetar o momento de ocorrência da primeira menstruação (menarca). 
Exercícios físicos de muita intensidade e o fator nutricional podem retardá-la. 
Em um estudo, foram examinadas 75 meninas de idade entre 10 e 14 anos, 
antes de começarem a menstruar. Foram avaliadas novamente depois da 
menarca. Meninas maiores cujos seios estavam mais desenvolvidos tendiam 
a menstruar mais cedo do que as outras menos desenvolvidas. Meninas com 
menarca precoce tendiam a demonstrar depressão, agressividade ou rela-
tavam relacionamentos familiares ruins. 
Fonte: Papalia, Olds, Feldman (2006).
fatos e dados
As alterações físicas do período da puberdade estão relacionadas com aspectos 
psicossociais do desenvolvimento do adolescente. É por isso que os adolescentes, 
principalmente as meninas, preocupam-se tanto com sua aparência física e o espelho 
se torna o seu principal rival. Para compreendermos melhor essa relação, vamos ana-
lisar o que o famoso teórico da Educação Henri Wallon destacou como sendo a causa 
dessa sensação de desorientação sentida pelo adolescente na fase da puberdade.
Pós-Universo 8
Wallon (1981) coloca que a fase da puberdade traz para o adolescente um senti-
mento de estranheza de si mesmo, sendo um tipo de crise, que desequilibra a relação 
do adolescentecom o seu meio ambiente e se manifesta de forma diferenciada, va-
riando de acordo com o meio no qual o jovem está inserido. O autor coloca que a 
crise é tão intensa que o adolescente sente como se tivesse perdido suas próprias 
raízes, com a sensação de que está se tornando outro ser humano, tendo consciência 
disso e temendo toda esta mudança. Nesta fase, o autor coloca que as dificuldades 
pelas quais os adolescentes sentem em se apropriarem de sua nova imagem cor-
poral são esclarecidas quando se observam na frente do espelho e se reconhecem 
como um ser em transformação. 
O espelho também é citado como metáfora para auxílio neste reconhecimento 
do eu, pelo psicanalista Jacques Lacan. Lacan descreve a famosa Fase do Espelho ou 
Estádio do Espelho que se dá quando a criança reconhece sua imagem no espelho 
e começa assim a pré-estruturar o seu “eu”. 
No início da vida, sabemos que a criança não distingue os limites entre o seu 
corpo e o mundo externo. Gradualmente, ela vai construindo seu esquema e imagem 
corporal e vai separando o que ela é e o que pertence ao mundo exterior. Esta cons-
tituição do eu, segundo Campos (2007) é oriunda do olhar-se no espelho, em que 
a criança se descobre ao olhar seu próprio corpo refletido no espelho. Ela deixa de 
se nomear como outro para se nomear. Para facilitar sua compreensão, daremos um 
exemplo: a criança troca a frase “Maria quer brincar” por “Eu quero brincar”. Fica claro 
que neste momento a diferenciação do seu eu do mundo exterior que a cerca.
O mesmo ocorre com o adolescente, que ao se deparar com o outro (seu corpo 
modificado pela puberdade) começa a se diferenciar e organiza sua nova posição 
diante da vida.
Quer conhecer saber mais sobre a adolescência e seus aspectos no desen-
volvimento humano? 
O que é adolescência afinal? Confira no livro Adolescente Hoje de Luis Carlos 
Osório.
Fonte: Osório (1989).
saiba mais 
Pós-Universo 9
De acordo com Aberastury et al. (1981, p. 16): 
 “
A sociedade, mesmo manejada de diferentes maneiras e com diferentes crité-
rios socioeconômicos, impõe restrições à vida do adolescente. O adolescente, 
com a sua força, com a sua atividade, com a força reestruturadora de sua per-
sonalidade, tenta modificar a sociedade, que, por outra parte, está vivendo 
constantemente modificações intensas (ABERASTURY et al.,1981, p. 16): 
Você sabe o que é desenvolvimento psicossocial e como ele se dá na vida do ado-
lescente? E as famosas crises de identidade do adolescente?
COMPREENDENDO OS 
COMPORTAMENTOS 
ADOLESCENTES
Pós-Universo 10
A chamada crise da adolescência pode ser definida como um crescimento marcado 
por desorganizações físicas, psíquicas, sociais e suas consequentes reorganizações. 
Uma das principais tarefas desta fase é a conquista da identidade que, segundo 
Osório (1989), é nada mais do que a consciência que o indivíduo tem de si mesmo 
como ser no mundo.
 Nesta fase, o adolescente se concentra no seu mundo interior (esferas intelectuais, 
filosóficas e estéticas) e para se diferenciar e conhecer sua própria personalidade 
compara-se muito com os outros. Há uma crescente consciência do eu e oposição 
às regras, condutas e normas ditadas pelos adultos do seu convívio social.
Os aspectos psicossociais da adolescência dizem respeito justamente ao con-
junto de ações que o adolescente toma em relação à nova vida social a qual ele está 
ingressando. 
Cada jovem constrói o seu eu através das interações e identificações reais e fan-
tasiadas, o que nos leva a refletir: se na infância os modelos identificatórios mais 
comuns são os pais, na adolescência serão, muitas vezes, os jovens da mesma idade.
De acordo com Erikson, na adolescência acontece a chamada moratória psicosso-
cial, que nada mais é do que um período de pausa necessária a muitos adolescentes 
para buscarem alternativas através da experimentação de papéis. Essa moratória psi-
cossocial permite aos adolescentes buscarem compromissos com os quais possam 
ser fiéis, que podem moldar a vida destes durante muitos anos no futuro (PAPALIA; 
OLDS; FELDMAN, 2006).
Muitas vezes, ser adolescente é se opor aos valores adultos, alienar-se da socie-
dade adulta, ter conflitos com a família, ter comportamentos impulsivos e muito 
tumulto emocional. Nesse contexto, a dúvida de que o que é normal no compor-
tamento de um adolescente pode ser gerada e aí há o perigo de se “patologizar” a 
chamada adolescência, referindo-se ao jovem como problemático ou anormal.
E o que é ser um adolescente dito como “normal”? Ser rebelde e se opor às regras 
e condutas ditadas pela sociedade são motivos para considerar o adolescente como 
alguém fora dos padrões?
Para compreendermos a natureza dos comportamentos dos adolescentes, estu-
daremos Knobel (1981), que nos apresentará a chamada Síndrome da Adolescência 
Normal. Este conceito pode ser definido como um conjunto de característica que, 
embora aconteçam universalmente, apresenta características peculiares que podem 
variar de acordo com o ambiente sócio-cultural em que o indivíduo está inserido. 
Pós-Universo 11
Assim, o que é considerado como comportamento “normal” numa determinada 
tribo africana, pode ser considerado como “anormal” no rígido sistema educacional 
da Inglaterra, por exemplo. 
O autor supracitado sintetiza características da adolescência que acontecem 
no eu (interior) de todos os adolescentes do mundo da seguinte forma: busca de si 
mesmo e da identidade; tendência grupal; necessidade de fantasiar e intelectualizar; 
crises religiosas; deslocamento temporal; evolução sexual do autoerotismo até a he-
terossexualidade; atitude sexual reivindicatória; contradições sucessivas em todas as 
manifestações de conduta; separação progressiva dos pais e constantes flutuações 
do humor e do estado de ânimo.
Vejamos agora resumidamente cada característica, que segundo Knobel são 
“normais” e não sintomas como já foram consideradas por muitos estudiosos do 
comportamento humano.
 • Busca de si mesmo e da identidade
 Identidade é a consciência de si como ser no mundo. As transformações 
corporais trazidas pela puberdade levam os púberes a agirem de diferen-
tes maneiras em diversas situações, assim como mudança repentinas de 
gostos e de grupos. À medida que o adolescente vai aceitando seus as-
pectos de criança e adulto, sua nova identidade surgirá simultaneamente. 
 • Tendência grupal
O fenômeno de se reunirem em grupos se destaca no comportamento 
dos adolescentes, pelo fato do sujeito transferir para seus pares, parte da 
dependência que antes mantinham com suas famílias. Os jovens precisam 
de aprovação do outro para que se sintam como parte de uma determina-
da turma. Reunir-se em grupos na adolescência é ação necessária para o 
alcance futuramente do fator de individuação no adulto.
 • Necessidade de fantasiar e intelectualizar
 Esta característica presente em todo adolescente é uma forma deste se de-
fender dos lutos vividos nesta fase. O adolescente fantasia ou racionaliza para 
que certas perdas fiquem mais fáceis de serem enfrentadas e/ou elaboradas.
Pós-Universo 12
 • Crises religiosas
Nesta fase o jovem pode se opor à religião de sua família, querer mudar de 
religião ou até mesmo se intitular como alguém sem crença religiosa. Knobel 
(1981) cita que os extremos desta fase vão desde o “místico fervoroso” até o 
“ateu intransigente”. Mais uma vez as perdas e lutos desta fase são as gera-
doras de angústias e as principais causas para este tipo de comportamento.
 • Deslocamento temporal
Deixar tudo para depois ou fazer tudo com extrema urgência é o modo 
como o adolescente vivencia a crise de temporalidade. A noção de tem-
poralidade da vida será nítida na fase adulta, sendo ainda bastante confusa 
na época da adolescência.
 • Evolução sexual do autoerotismo até a heterossexualidade
Esta fase se inicia com a masturbação, como forma de descarregar tensões 
e de autoconhecimento do próprio corpo.Culpa e ansiedade podem estar 
presentes durante esta etapa. O adolescente coloca o fator “estar apaixonado” 
como algo muito importante em sua vida, mas o vínculo que estabelecem 
com seus pares ainda é frágil, apesar de sua intensidade. Essa sensação de 
paixão evolui com o amor maduro, na medida em que se dá a consolida-
ção da masculinidade ou da feminilidade.
 • Atitude Social Reivindicatória
O adolescente começa a contrariar regras e condutas da família, opondo-
-se aos pais, a figuras de autoridade, e posteriormente, regras da própria 
sociedade em que vive, projetando nesta sua raiva com atitudes agressivas.
 • Contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta
Muitas atitudes contraditórias, querer algo e logo depois não queres mais, 
são expressões da identidade do adolescente para buscar uma melhor 
adaptação aos novos fatores presentes na sua vida.
 • Separação progressiva dos pais
A dependência dos pais, muito presente na infância, vai dando lugar a ati-
tudes de menor dependência destes como sinal do início da maturidade 
na vida do jovem. Os pais podem auxiliar ou dificultar esta separação. 
Pós-Universo 13
 • Constantes flutuações do humor e do estado de ânimo
Muitas vezes a realidade não corresponde às expectativas geradas pelo 
adolescente, ocasionando oscilações de humor e mudanças bruscas em 
seu estado de ânimo.
Segundo Knobel (1981) todas estas vivências são essenciais para que o adolescente 
atinja a maturidade emocional.
Aberastury et al (1981) levanta a importância da compreensão de que o adoles-
cente passa por três tipos de lutos: luto pelo corpo infantil perdido, luto pelo papel 
e identidade infantis e luto pelos pais da infância. 
No luto pelo corpo infantil perdido, o adolescente sente as alterações biológicas 
que são determinadas sem que ele possa impedi-las, gerando neste a sensação de 
que está deixando de ser criança para se tornar adulto. Já no luto pelo papel e iden-
tidade infantis, o jovem entende que deve ser responsável por suas atitudes para 
que possa se tornar um adulto. Por fim, no luto pelos pais da infância, o adolescen-
te começa a perceber que seus pais não são idealizados mais por ele como eram na 
sua infância: os pais possuem defeitos, que não são os donos da verdade e podem 
apresentar falhas.
Aberastury et al.(1981) também cita o luto pela bissexualidade infantil, que pode 
ser entendido como tendo início quando o adolescente começa a se sentir pressio-
nado pelo meio social a fazer uma escolha para sua identidade sexual, como forma 
de representação social do papel de homem ou mulher. 
Os lutos vividos na adolescência são processos necessários para a construção de 
um adulto maduro e o modo como os jovens experenciam cada uma destas perdas 
é algo pessoal, que varia de indivíduo para indivíduo.
Se você quiser saber mais detalhes de cada característica da chamada 
Síndrome da Adolescência Normal, não deixe de ler o livro Adolescência 
normal: um enfoque psicanalítico de. Arminda Aberastury e Maurício Knobel.
Fonte: Knobel (1981). 
saiba mais 
Pós-Universo 14
Não é novidade no campo do saber psicológico que a agressividade faz parte de 
todo ser humano. O problema está na forma e intensidade com que esta agressivi-
dade é utilizada pelas pessoas. 
A conduta antissocial é um grito de desespero para o sujeito que reivindica do 
social aquilo que lhe foi prometido (WINNICOTT, 1956, p. 406).
DISCUTINDO O COMPORTAMENTO 
AGRESSIVO E O EGOCÊNTRICO NO 
ADOLESCENTE
Pós-Universo 15
Você já ouviu falar do famoso psicanalista Donald Winnicott, que estudou as rela-
ções familiares entre a criança e o seu meio ambiente. Dentre seus escritos, Winnicott 
aborda o tema Tendência Antissocial e Agressividade, que veremos com mais detalhes 
neste estudo, para podermos compreender comportamentos agressivos presentes 
na adolescência.
Winnicott (apud Khan, 2000) coloca que a agressividade é um sintoma de estar 
vivo. A agressividade no ser humano não tem uma única raiz e possui diversas formas 
de manifestações. Para o autor, se o ambiente é capaz de fornecer cuidados satisfa-
tórios para o indivíduo, a agressividade se integra à personalidade e ela será usada 
de forma mais natural, como defender o território, trabalhar com mais afinco e para 
se defender de situações perigosas. Caso não ocorra esta integração, a agressividade 
pode ser ocultada (timidez/autocontrole) ou pode resultar nos chamados compor-
tamentos antissociais e na violência.
Na adolescência, a agressividade aparece como um retorno às angústias pri-
mitivas, pois tal como o bebê, o jovem executa a difícil luta para sentir-se real, para 
enfrentar o fato de que já nãos é mais criança e que a sua capacidade de destruição 
é agora real.
 Vemos com muita frequência na mídia que muitos adolescentes aplicam sua 
agressividade de maneira nociva e exagerada para cometer crimes. São os chamados 
“delinquentes” ou “antissociais”. Vale destacar que para Winnicott (apud Khan, 2000), 
delinquência e tendência antissocial são coisas diferentes. Delinqüência é uma defesa 
social com ganhos secundários. A delinquência é a tendência antissocial que foi se 
consolidando com o tempo.
 “Winnicott (1982) expõe que a tendência antissocial pode ser observa-
da mesmo em crianças normais e é originada sempre de uma privação 
emocional.” (SILVA; MILANI, 2015).
Você acredita que adolescentes que cometem crimes como homicídio, 
furto, vandalismo, passaram por este tipo de privação emocional e isto jus-
tifica os seus atos infracionais? Reflita mais sobre o assunto.
reflita
Pós-Universo 16
O psicanalista Winnicott (apud KHAN, 2000) explica como se dá a tendência antisso-
cial no ser humano bem no início de sua vida. Ele coloca que quando há uma falha 
no ambiente entre a criança e seu cuidador (poucos cuidados com o manejo da 
criança ou pouca sustentação emocional da mãe para com o bebê – as chamadas 
privações) ocorre uma parada no processo de amadurecimento da criança. Destaca 
que quando esta falha ambiental acontece após a constituição do eu e do início da 
relação da criança com a realidade externa, ocorre a chamada deprivação, ou seja, há 
uma perda do ambiente favorável e a criança passa por angústias profundas, desen-
volvendo a chamada Tendência Antissocial, na qual o indivíduo que sofreu a perda 
do ambiente favorável busca inconscientemente ser ressarcido da perda sofrida.
Para Winnicott (apud KHAN, 2000) o comportamento antissocial é um pedido de 
socorro da criança ou do adolescente, que tem a esperança de retornar ao estado 
anterior ao da perda. O cuidado que devemos ter ao tratar deste assunto é que para 
este autor, todos os indivíduos podem apresentar em maior ou menor grau, em de-
terminadas situações da vida, a tendência antissocial. 
No que tange à questão do egocentrismo na adolescência, David Elkind (apud 
VALENÇA, 1985) foi um dos primeiros a escrever sobre a presença do egocentrismo 
na adolescência, destacando este como um dos “aspectos imaturos” do pensamento 
adolescente fossem compreendidos. O egocentrismo deve ser entendido como uma 
exaltação excessiva que a pessoa faz da sua própria personalidade, fazendo com que 
esta se sinta sempre o centro das atenções e desconsiderando o que outras pessoas 
acham ou pensam.
O autor Elkind (apud VALENÇA, 1985) fala da famosa tendência do adolescente 
de discutir e se considerar como único e invulnerável. O autor divide em dois tipos 
de pensamento social do egocentrismo presentes na adolescência: o pensamento de 
plateia imaginária e o da fábula pessoal. No pensamento social plateia imaginária, o 
adolescente possui uma consciência exagerada de que os outros podem ter interes-
ses iguais aos dele e faz de tudo para ser notado e se destacar no meio dos seus pares. 
No fenômeno da fábula pessoal, por sua vez, o adolescente sente-se como sendo 
exclusivo e de que ninguém no mundo é capaz de compreender os seus sentimen-
tos. Estesprocessos, segundo o autor citado, são normais na adolescência e com o 
desenvolvimento, o comportamento vai se tornando menos egoísta e mais altruísta.
Pós-Universo 17
A autoestima é a capacidade que o ser humano tem de gostar de si mesmo, de se 
respeitar, é a valorização positiva que temos de nós mesmos. A base da autoestima se 
alicerça no início da vida, quando as crianças adquirem amor próprio por meio de re-
lações sadias que estabelecem com seus pais e com outras pessoas do seu convívio.
 “
Sem dúvida, a investigação e o manejo do comportamento de risco na adoles-
cência apresenta uma dimensão não apenas clínica, mas também individual, 
familiar e social, em que todos os indivíduos e instituições vinculadas direta-
mente aos jovens devem comprometer-se a desenvolver estratégias de ação 
na sua própria esfera de ação (FEIJÓ, 2001, p. 8). 
AUTOESTIMA E 
COMPORTAMENTOS DE RISCO
Pós-Universo 18
Como vimos em outros tópicos deste estudo, durante a adolescência, o jovem passa 
por diversas mudanças e perdas que muitas vezes são acompanhadas por um turbi-
lhão de emoções. Sendo assim, é bastante compreensível que nesta fase a autoestima 
também passe por transformações. O adolescente se autoavalia de acordo com seus 
pensamentos e sentimentos que são introjetados durante a formação do seu eu, sen-
tido-se aceito ou rejeitado no convívio social, escolar ou familiar.
A autoestima pode ser definida como a opinião acerca de si mesmo, somada 
ao valor ou sentimento que se tem de si mesmo, o amor próprio, por exemplo. 
Comportamentos e pensamentos que demonstrem segurança e confiança 
em si mesmo e no relacionamento com as demais pessoas também é uma 
das características de se ter uma boa autoestima.
Buscar o autoconhecimento para compreender as quedas na autoestima é 
de fundamental importância para identificar o que leva a pessoa a se sentir 
menos valorizada por si mesma. Uma pessoa que possui boa autoestima é 
uma pessoa que reconhece suas potencialidades e suas limitações, respei-
tando seus limites.
quadro resumo
Quando a autoestima começa a sofrer quedas, muitos sintomas são capazes de in-
terferir no convívio do indivíduo, podendo levá-lo a desenvolver sentimentos de 
inferioridade, isolamento social, medos, angústias, depressão e até os comporta-
mentos de risco, como uso abusivo de drogas, transtornos alimentares, tentativas 
de suicídio etc.
Sobre os comportamentos de risco, podemos compreendê-los como sendo uma 
atividade que compromete a saúde física e mental de uma pessoa. Na adolescência, 
estes tipos de comportamentos podem ter início por influência do grupo em que o 
jovem convive ou apenas como caráter exploratório. 
Para a avaliação dos comportamentos de risco, Feijó (2001) coloca a importân-
cia de sempre considerar os aspectos psicossociais em que este jovem está inserido, 
pois muitas vezes o contexto da violência intrafamiliar ou extrafamiliar está presen-
te, podendo ser o jovem tanto agressor como vítima.
Pós-Universo 19
É dever de toda pessoa denunciar quando toma conhecimento de que 
alguém, inclusive crianças, adolescentes e idosos, está sendo vítima de vio-
lência. Ser omisso é ser conivente com a violência. 
Fonte: a autora. 
atenção
Ouvir o adolescente e suas angústias é certamente uma das melhores formas de au-
xiliá-lo em todo o processo de mudanças pelas quais este vem enfrentando desde 
a puberdade.
O tipo de vínculo estabelecido entre pais e filhos é de grande importância para a 
promoção a saúde mental dos adolescentes. Orientar os pais para ouvirem seus filhos, 
dialogarem, incentivando-os a desenvolverem suas próprias opiniões, a tomarem de-
cisões e consequentemente desenvolverem sua autonomia é de suma importância 
para o profissional de Psicologia.
Feijó (2001) destaca que uma relação pais-filhos permeada de insegurança e vio-
lência deixa o jovem em situação de vulnerabilidade afetiva e emocional. A satisfação 
com a vida e com a família são fatores importantes para nutrir a autoestima dos ado-
lescentes para que lidem com as demandas dessa fase em que estão atravessando.
O adolescente deve ser compreendido como um ser biopsicossocial que está 
passando por mudanças significativas em sua vida, estruturando sua personalidade, 
sua identidade corporal, sexual, social e afetiva. Sendo assim, faz-se necessário que a 
visão “negativista” de que o adolescente é “rebelde” ou é “aborrecente”, reconhecen-
do nele um ser que cresceu e deve ser tratado com respeito quanto às suas opiniões 
e desejos. Abrir espaço para a escuta e para o diálogo são fundamentais para que as 
problemáticas do jovem sejam acolhidas e analisadas.
resumo
A chamada puberdade que ocorre no início da adolescência traz muitas mudanças corporais em 
meninos e meninas, como ganho de peso e altura de forma acelerada, descargas hormonais, de-
senvolvimento de órgãos genitais, além de outras mudanças de acordo com o sexo.
Com a puberdade, os adolescentes se deparam com uma nova imagem corporal e isso lhes traz 
muitas mudanças no seu estado de humor a ânimo. 
Wallon (1981) coloca que o adolescente sofre uma espécie de desorientação com estas mudan-
ças corporais trazidas pela puberdade. Já o psicanalista Lacan descreve a fase de constituição do 
eu através da Fase do Espelho para que possamos compreender como se dá a formação da iden-
tidade no jovem.
Maurício Knobel (1981) descreve a adolescência como sendo um processo biopsicossocial, que 
ocorre com todos os jovens do mundo, mas destaca que o meio em que este está inserido é es-
sencial no modo como o jovem vivenciará sua adolescência. Knobel descreve a Síndrome da 
Adolescência Normal que possui características que nos auxiliam na compreensão da natureza 
do comportamento adolescente.
Muitos adolescentes se tornam rebeldes e mudam de comportamento e ideias muito rapida-
mente. A questão da agressividade na adolescência deve ser compreendida como uma forma 
de retorno às angústias primitivas, mas quando esta é usada como forma de violência e de forma 
desordenada, pode culminar nos chamados comportamentos antissociais. 
Lutos pela perda do corpo infantil, dos pais da infância e de sua identidade são sentidos nesta 
fase e o egocentrismo e outros aspectos imaturos da constituição da personalidade do adoles-
cente podem se sobressair em seus comportamentos.
Faz-se necessário observar a autoestima do adolescente como ponto de convergência para re-
lacionamentos sadios. Saber ouvir e dialogar com o adolescente sobre suas angústias é o ponto 
chave para um bom relacionamento entre pais e filhos, fortalecendo assim sua identidade e seu 
enfrentamento desta fase tão confusa denominada adolescência.
atividades de estudo
1. A constituição do eu pode ser constituída, segundo a Psicanálise, em consonân-
cia com a constituição do esquema corporal, em que a criança se identifica com a 
imagem do semelhante. Lacan denomina esta fase de:
a) Dialética fálica.
b) Complexo de Édipo.
c) Fase do Espelho.
d) Complexo de Electra.
e) Nome-do-Pai.
2. É correto afirmar que na fase da adolescência:
a) É necessário que os pais inibam a prática sexual dos adolescentes antes da fase 
adulta.
b) Com o aumento do nível de hormônio na puberdade, o adolescente tem maior 
inclinação ao uso de substâncias psicoativas e abuso de álcool.
c) O adolescente passa por lutos relacionados à perda do corpo infantil, perda da 
identidade, perda dos pais da infância e perda da segurança escolar.
d) Instabilidade emocional, separação progressiva dos pais acompanhada de tendên-
cia grupal, necessidade de intelectualizar e fantasiar, crises religiosas, deslocamento 
temporal, atitude social reivindicatória e contradições em quase todas as manifes-
tações de conduta são manifestações comuns, presentes na chamada Síndrome 
da Adolescência Normal proposta por Knobel.
e) A perda da posição infantil é vista com grande alegria e entusiasmo pelos 
adolescentes.
atividades de estudo
3. DonaldWinnicott, famoso psicanalista inglês, estudou por vários anos crianças e ado-
lescentes que apresentavam comportamentos antissociais. Segundo este autor, a 
tendência social ocorre, pois:
a) A tendência antissocial provém de uma falha da função materna, ou seja, ocorre 
uma falha ambiental no início da vida humana.
b) A pobreza é um fator que desencadearia comportamentos de delinquência pela 
revolta do adolescente com a sua situação social.
c) Há um abandono de valores por parte do adolescente.
d) A tendência antissocial ocorre apenas na infância e evolui para a patologia co-
nhecida como personalidade borderline na fase adulta.
e) A tendência antissocial é uma categoria, assim como a psicose e a neurose.
4. Quando o adolescente apresenta comportamentos de risco, o que se deve fazer é:
a) Deixá-lo sozinho para que ele possa refletir sobre seu ato.
b) Confrontá-lo, pois assim estaria sendo estimulado a rever seu ato.
c) Ouvir e dialogar com o adolescente, auxiliando-o e acolhendo suas angústias.
d) Isolar o adolescente do grupo que este está inserido, pois as más companhias são 
a principal causa de seu comportamento de risco.
e) Tomar todas as decisões pelo adolescente, pois este ainda não pode fazê-las por 
estar ainda em desenvolvimento.
material complementar
Eu, Christiane F. – 13 anos, drogada e prostituída
Autor: Kai Hermann, Horst Rieck
Editora: Best Seller
Sinopse: Christiane F. tinha 12 anos quando se tornou usuária de haxixe, 
LSD e comprimidos. Aos 13 passou a usar heroína e logo começou a 
se prostituir para sustentar o vício. Em fevereiro de 1978. aos 15 anos. 
Christiane foi convidada para participar de uma reportagem dos jornalis-
tas Kai Hermann e Horst Rieck sobre a adolescência. Uma tarde de entrevistas transformou-se 
em dois meses de conversas e visitas a locais tomados pelo tráfico e pela prostituição. Um 
relato comovente.
referências
ABERASTURY, A. et al. Adolescência e Psicopatia: Luto pelo Corpo, pela Identidade e pelos Pais infan-
tis. In: ABERASTURY, A.; KNOBEL, M. Adolescência Normal. Tradução de Suzana Maria Garagoray 
Ballve. Porto Alegre: Artes Médicas, 1981, p. 63-71.
CAMPOS, S. C. da S. A Imagem Corporal e Constituição do eu. Revista Reverso, Belo Horizonte, 
ano 29, n. 54, p. 63-70, set., 2007. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/reverso/v29n54/
v29n54a09.pdf>. Acesso em: 27 jul. 2017.
FEIJÓ, R. B.; OLIVEIRA, E. A. Comportamento de Risco na Adolescência. Jornal de Pediatria, vol. 
77, suplemento 2/S125, p. 125-134, 2001. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/
handle/10183/54698/000386001.pdf>. Acesso em: 27 jul. 2017.
KNOBEL, M. A Síndrome da Adolescência Normal. In: ABERASTURY, A.; KNOBEL, M. Adolescência 
Normal. Tradução de Suzana Maria Garagoray Ballve. Porto Alegre: Artes Médicas, 1981, p. 13-62.
OSORIO, L. C. O que é adolescência afinal? In: OSORIO, L. C. Adolescente Hoje. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 1989, p. 9-12.
PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. Colaboração de Dana 
Gross. Tradução de Daniel Bueno. 8.ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
SILVA, C. Y. G. da; MILANI, R. G. M. Adolescência e Tendência Anti-Social: o Rap como Expressão de 
uma Privação Emocional. Psicologia, Ciência e Profissão, v.35, n.2, p. 374-388, 2015. Disponível 
em: <http://www.scielo.br/pdf/pcp/v35n2/1982-3703-pcp-35-2-0374.pdf>. Acesso em: 27 jul. 2017.
VALENÇA, J. T. Egocentrismo Adolescente: Revisão Bibliográfica dos principais estudos recente-
mente publicados [Estudos de Elkind]. Revista de Psicologia, Fortaleza, v. 3, n. 1, p. 63-66, jan./
jun. 1985. Disponível em: <http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/10768/1/1985_art_jt-
valenca.pdf>. Acesso em: 27 jul. 2017.
referências
WALLON, H. A Evolução Psicológica da Criança. Tradução de Ana Maria Bessa. Lisboa: Edições 
70, 1981.
WINNICOTT, D. W. A Agressividade em relação ao Desenvolvimento Emocional (1950-55). In: 
WINNICOTT, D. W. Da Pediatria à Psicanálise: obras escolhidas. Introdução de Masud M. Khan. 
Tradução de Davy Bogomoletz. Rio de Janeiro: Imago, 2000a, p. 288-304.
WINNICOTT, D. W. A Tendência Anti-Social (1956). In: WINNICOTT, D. W. Da Pediatria à Psicanálise: 
obras escolhidas. Introdução de Masud M. Khan. Tradução de Davy Bogomoletz. Rio de janeiro: 
Imago, 2000b, p. 406-416.
resolução de exercícios
1. c) Fase do Espelho.
Justificativa: Lacan descreve a famosa Fase do Espelho ou Estádio do Espelho que 
se dá quando a criança reconhece sua imagem no espelho e começa assim a pré-
-estruturar o seu “eu”.
No início da vida, sabemos que a criança não distingue os limites entre o seu corpo 
e o mundo externo. Gradualmente, ela vai construindo seu esquema e imagem 
corporal e vai separando o que ela é e o que pertence ao mundo exterior. Esta cons-
tituição do eu é oriunda do olhar-se no espelho, em que a criança se descobre ao 
olhar seu próprio corpo refletido no espelho. Ela deixa de se nomear como outro, 
para se nomear.
2. d) Instabilidade emocional, separação progressiva dos pais acompanhada de tendên-
cia grupal, necessidade de intelectualizar e fantasiar, crises religiosas, deslocamento 
temporal, atitude social reivindicatória e contradições em quase todas as manifes-
tações de conduta são manifestações comuns, presentes na chamada Síndrome da 
Adolescência Normal proposta por Knobel.
Justificativa: Maurício Knobel define a chamada Síndrome da Adolescência Normal 
como características da adolescência que acontecem no eu (interior) de todos os 
adolescentes do mundo da seguinte forma: busca de si mesmo e da identidade; 
tendência grupal; necessidade de fantasiar e intelectualizar; crises religiosas; des-
locamento temporal; evolução sexual do autoerotismo até a heterossexualidade; 
atitude sexual reivindicatória; contradições sucessivas em todas as manifestações 
de conduta; separação progressiva dos pais e constantes flutuações do humor e do 
estado de ânimo.
resolução de exercícios
3. a) A tendência antissocial provém de uma falha da função materna, ou seja, ocorre 
uma falha ambiental no início da vida humana.
Justificativa: Tendência Antissocial segundo o psicanalista Donald Winnicott é quando 
ocorre uma falha no ambiente entre a criança e seu cuidador (poucos cuidados com 
o manejo da criança ou pouca sustentação emocional da mãe para com o bebê – as 
chamadas privações) ocorre uma parada no processo de amadurecimento da criança. 
Destaca que quando esta falha ambiental acontece após a constituição do eu e do 
início da relação da criança com a realidade externa, ocorre a chamada deprivação, 
ou seja, há uma perda do ambiente favorável e a criança passa por angústias pro-
fundas, desenvolvendo a chamada Tendência Antissocial.
4. c) Ouvir e dialogar com o adolescente, auxiliando-o e acolhendo suas angústias.
Justificativa: O tipo de vínculo estabelecido entre pais e filhos é de grande importân-
cia para a promoção a saúde mental dos adolescentes. Abrir espaço para a escuta 
e para o diálogo são fundamentais para que as problemáticas do jovem sejam aco-
lhidas e analisadas.
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	DESAFIOS DA ADOLESCÊNCIA E DA PUBERDADE
	COMPREENDENDO OS COMPORTAMENTOS ADOLESCENTES
	DISCUTINDO O COMPORTAMENTO AGRESSIVO E O EGOCÊNTRICO NO ADOLESCENTE
	AUTOESTIMA E COMPORTAMENTOS DE RISCO

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