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https://rd.apowersoft.com/4sxg
CÓD: SL-072AB-23
7908433234999
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA 
BAHIA
TJ-BA
Analista Judiciário - Área de 
Apoio Especializado - Pedagogo
a solução para o seu concurso!
Editora
EDITAL Nº 01/2023
https://rd.apowersoft.com/4sxg
https://rd.apowersoft.com/4sxg
INTRODUÇÃO
a solução para o seu concurso!
Editora
Como passar em um concurso público?
Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro 
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como 
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução 
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.
Então mãos à obra!
• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter 
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você 
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma 
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, 
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não 
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É 
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha 
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto 
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque 
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses 
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais 
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma 
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é 
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo 
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação 
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!
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ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
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Língua Portuguesa
1. Domínio da ortografia oficial ...................................................................................................................................................... 9
2. Emprego da acentuação gráfica .................................................................................................................................................. 9
3. Emprego dos sinais de pontuação .............................................................................................................................................. 11
4. Emprego do sinal indicativo de crase .......................................................................................................................................... 13
5. Flexão nominal e verbal. Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. Emprego de tempos e modos verbais. 
Emprego de tempos e modos verbais ........................................................................................................................................ 13
6. Domínio dos mecanismos de coesão textual .............................................................................................................................. 21
7. Vozes do verbo ............................................................................................................................................................................ 22
8. Concordância nominal e verbal .................................................................................................................................................. 23
9. Regência nominal e verbal .......................................................................................................................................................... 24
10. Morfossintaxe ............................................................................................................................................................................. 26
11. Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas) .................................................................................... 29
12. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados ................................................................................................... 30
13. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais ............................................................................................................................. 31
14. Figuras de linguagem .................................................................................................................................................................. 32
15. Discurso direto, indireto e indireto livre ..................................................................................................................................... 34
16. Adequação da linguagem ao tipo de documento ....................................................................................................................... 36
Matemática e Raciocínio Lógico
1. Raciocínio Lógico: Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios; deduzir novas 
informações das relações fornecidas e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações. Com-
preensão e elaboração da lógica das situações por meio de: raciocínio verbal, raciocínio matemático, raciocínio sequencial, 
orientação espacial e temporal, formação de conceitos, discriminação de elementos. Compreensão do processo lógico que, 
a partir de um conjunto de hipóteses, conduz, de forma válida, a conclusões determinadas ................................................... 47
2. Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas; 
múltiplos e divisores de números naturais; problemas. Frações e operações com frações ....................................................... 54
3. Númerose grandezas proporcionais: razões e proporções; divisão em partes proporcionais; regra de três; porcentagem e 
problemas envolvendo regra de três simples, cálculos de porcentagem, acréscimos e descontos............................................ 59
4. Noções de Estatística: medidas de tendência central (moda, mediana, média aritmética simples e ponderada) e de dispersão 
(desvio médio, amplitude, variância, desvio padrão) ................................................................................................................. 66
5. leitura e interpretação de gráficos (histogramas, setores, infográficos) e tabelas ...................................................................... 68
Legislação
1. Estatuto dos Servidores Civis Públicos do Estado da Bahia - Lei nº 6.677/1994 ......................................................................... 81
2. Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia atualizado .................................................................................. 100
3. Organização e Divisão Judiciária do Estado da Bahia - Lei nº 10.845, de 27 de novembro de 2007 .......................................... 157
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ÍNDICE
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Noções de Direito Constitucional
1. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Princípios fundamentais. ................................................................... 193
2. Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, nacionalidade, cidadania, direi-
tos políticos, partidos políticos. .................................................................................................................................................. 193
3. Organização político-administrativa. União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios. ............................................... 199
4. Administração pública. Disposições gerais, servidores públicos. ............................................................................................... 204
5. Poder Legislativo. Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, deputados e senadores. ............................. 208
6. Poder Executivo. atribuições do presidente da República e dos ministros de Estado. ............................................................... 212
7. Poder Judiciário. Disposições gerais. Órgãos do Poder Judiciário. Competências. Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Compo-
sição e competências. ................................................................................................................................................................. 213
8. Funções essenciais à justiça. Ministério Público, Advocacia Pública e Defensoria Pública. ........................................................ 216
Pedagogia
1. Fundamentos da educação. Dimensões filosófica, sociocultural e pedagógica ......................................................................... 225
2. Relação educação e sociedade .................................................................................................................................................. 231
3. Bases legais da educação nacional; Constituição da República de 1988 ................................................................................... 232
4. LDB (Lei nº 9.394/1996) ............................................................................................................................................................ 235
5. Parâmetros Curriculares Nacionais ............................................................................................................................................ 251
6. Desenvolvimento histórico das concepções pedagógicas ................................................................................................ 292
7. Legislação aplicada à educação à distância ...................................................................................................................... 295
8. A supervisão. Concepção e prática ........................................................................................................................................... 298
9. Liderança e relações humanas no trabalho. Tipos de liderança, mecanismos de participação. Normas e formas orga-
nizativas facilitadoras da integração grupal ..................................................................................................................... 302
10. Pesquisa participante como instrumento de inovação e de avaliação do ensinar e aprender ........................................ 307
11. Papel político pedagógico e organicidade do ensinar, aprender e pesquisar................................................................... 308
12. Processo de planejamento. Planejamento participativo. Concepção, importância, dimensões e níveis ......................... 316
13. Projeto político pedagógico no ambiente organizacional. Concepção, princípios e eixos norteadores ........................... 326
14. Gestão educacional decorrente da concepção do projeto político-pedagógico ........................................................................ 326
15. Concepção, construção, acompanhamento e avaliação .................................................................................................. 333
16. Comunicação e interação grupal no processo de planejamento: constituição de equipes, encontros e avaliações sistemáti-
cas, capacitação de pessoal para o planejamento, constituição de grupos de estudo, aplicação de critérios na distribuição 
de tarefas, articulação com outros grupos sociais ..................................................................................................................... 336
17. A avaliação na perspectiva da construção do conhecimento ........................................................................................... 337
18. Desenvolvimento de competências. Conhecimentos, habilidades, atitudes ................................................................... 339
19. Currículo e construção do conhecimento. ...................................................................................................................... 355
20. Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................................................................... 355
21. Relação professor/aluno .................................................................................................................................................. 358
22. Bases psicológicas da aprendizagem ................................................................................................................................ 361
23. Educação de adultos ........................................................................................................................................................ 362
24. Planejamento de ensino em seus elementos constitutivos ............................................................................................. 362
25. Objetivos e conteúdos de ensino. Métodos e técnicas .................................................................................................... 362
26. Novas tecnologias aplicadas à educação e plataformas de aprendizagem virtuais e avaliação educacional .................. 366
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ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
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27. Metodologia de projetos presenciais e a distância .................................................................................................................... 366
28. Um caminho entre a teoria e a prática ............................................................................................................................. 367
29. Interdisciplinaridade e globalização do conhecimento .................................................................................................... 368
30. Aação pedagógica e o trabalho com projetos ................................................................................................................. 368
31. Ética e trabalho. Dilemas éticos da profissão .................................................................................................................. 370
32. Atuação do pedagogo no âmbito judicial ......................................................................................................................... 375
33. A criança e o adolescente. Lei nº 8.069/1990 e suas alterações (Estatuto da Criança e do Adolescente) ...................... 376
34. Desenvolvimento emocional e social ......................................................................................................................................... 416
Legislação
1. Política Nacional do Idoso ........................................................................................................................................................... 425
2. Lei nº 10.741/2003 (Estatuto do Idoso). ..................................................................................................................................... 427
3. Lei Maria da Penha: Lei nº 11.340/2006 e alterações. ............................................................................................................... 438
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LÍNGUA PORTUGUESA
DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL
— Definições
Com origem no idioma grego, no qual orto significa “direito”, 
“exato”, e grafia quer dizer “ação de escrever”, ortografia é o nome 
dado ao sistema de regras definido pela gramática normativa que 
indica a escrita correta das palavras. Já a Ortografia Oficial se refe-
re às práticas ortográficas que são consideradas oficialmente como 
adequadas no Brasil. Os principais tópicos abordados pela ortogra-
fia são: o emprego de acentos gráficos que sinalizam vogais tônicas, 
abertas ou fechadas; os processos fonológicos (crase/acento grave); 
os sinais de pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e 
decorrentes dessas funções, entre outros. 
Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre a qual 
recaem, para que palavras com grafia similar possam ter leituras 
diferentes, e, por conseguinte, tenham significados distintos. Re-
sumidamente, os acentos são agudo (deixa o som da vogal mais 
aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz com que o 
som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase). 
O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão estabele-
cidos os sinais gráficos e os sons representados por cada um dos 
sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes. 
As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras 
foram integradas oficialmente ao alfabeto do idioma português bra-
sileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico. As 
possibilidades da vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente, 
para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo: 
– Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km 
(quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma). 
– Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus deri-
vados na língua portuguesa, como Britney, Washington, Nova York. 
Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos 
do emprego da ortografia correta das palavras e suas principais re-
gras: 
«ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos: 
– Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum, 
abacaxi. 
– Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa. 
– Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar. 
– Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer, mex-
erica. 
s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos:
– Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa, ver-
minose. 
– Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjeti-
vos. Exemplo: amazonense, formosa, jocoso. 
– Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título 
ou nacionalidade. Exemplo: marquês/marquesa, holandês/holan-
desa, burguês/burguesa. 
– Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”. 
Exemplo: casa – casinha – casarão; análise – analisar. 
Porque, Por que, Porquê ou Por quê? 
– Porque (junto e sem acento): é conjunção explicativa, ou seja, 
indica motivo/razão, podendo substituir o termo pois. Portanto, 
toda vez que essa substituição for possível, não haverá dúvidas de 
que o emprego do porque estará correto. Exemplo: Não choveu, 
porque/pois nada está molhado. 
– Por que (separado e sem acento): esse formato é empregado 
para introduzir uma pergunta ou no lugar de “o motivo pelo qual”, 
para estabelecer uma relação com o termo anterior da oração. 
Exemplos: Por que ela está chorando? / Ele explicou por que do can-
celamento do show. 
– Porquê (junto e com acento): trata-se de um substantivo e, 
por isso, pode estar acompanhado por artigo, adjetivo, pronome 
ou numeral. Exemplo: Não ficou claro o porquê do cancelamento 
do show. 
– Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao 
fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi embora novamente. 
Por quê? 
Parônimos e homônimos 
– Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na 
pronúncia, mas se divergem no significado. Exemplos: absolver 
(perdoar) e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e 
apreender (capturar). 
– Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas 
que divergem na pronúncia. Exemplos: “gosto” (substantivo) e 
“gosto” (verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome 
demonstrativo).
EMPREGO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA
— Definição
A acentuação gráfica consiste no emprego do acento nas pala-
vras grafadas com a finalidade de estabelecer, com base nas regras 
da língua, a intensidade e/ou a sonoridade das palavras. Isso quer 
dizer que os acentos gráficos servem para indicar a sílaba tônica de 
uma palavra ou a pronúncia de uma vogal. De acordo com as regras 
gramaticais vigentes, são quatro os acentos existentes na língua 
portuguesa:
– Acento agudo: Indica que a sílaba tônica da palavra tem som 
aberto. Ex.: área, relógio, pássaro.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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– Acento circunflexo: Empregado acima das vogais “a” e” e 
“o”para indicar sílaba tônica em vogal fechada. Ex.: acadêmico, ân-
cora, avô. 
– Acento grave/crase: Indica a junção da preposição “a” com 
o artigo “a”. Ex: “Chegamos à casa”. Esse acento não indica sílaba 
tônica!
– Til: Sobre as vogais “a” e “o”, indica que a vogal de determina-
da palavra tem som nasal, e nem sempre recai sobre a sílaba tônica. 
Exemplo: a palavra órfã tem um acento agudo, que indica que a 
sílaba forte é “o” (ou seja, é acento tônico), e um til (˜), que indica 
que a pronúncia da vogal “a” é nasal, não oral. Outro exemplo se-
melhante é a palavra bênção. 
— Monossílabas Tônicas e Átonas
Mesmo as palavras com apenas uma sílaba podem sofrer alte-
ração de intensidade de voz na sua pronúncia. Exemplo: observe o 
substantivo masculino “dó” e a preposição “do” (contração da pre-
posição “de” + artigo “o”). Ao comparar esses termos, perceber-
mos que o primeiro soa mais forte que o segundo, ou seja, temos 
uma monossílaba tônica e uma átona, respectivamente. Diante de 
palavras monossílabas, a dica para identificar se é tônica (forte) ou 
fraca átona (fraca) é pronunciá-las em uma frase, como abaixo:
“Sinto grande dó ao vê-la sofrer.”
“Finalmente encontrei a chave do carro.”
Recebem acento gráfico: 
– As monossílabas tônicas terminadas em: -a(s) → pá(s), má(s); 
-e(s) → pé(s), vê(s); -o(s) → só(s), pôs. 
– As monossílabas tônicas formados por ditongos abertos -éis, 
-éu, -ói. Ex: réis, véu, dói. 
Não recebem acento gráfico:
– As monossílabas tônicas: par, nus, vez, tu, noz, quis. 
– As formas verbais monossilábicas terminadas em “-ê”, nas 
quais a 3a pessoa do plural termina em “-eem”. Antes donovo acor-
do ortográfico, esses verbos era acentuados. Ex.: Ele lê → Eles lêem 
leem.
Exceção! O mesmo não ocorre com os verbos monossilábicos 
terminados em “-em”, já que a terceira pessoa termina em “-êm”. 
Nesses caso, a acentuação permanece acentuada. Ex.: Ele tem → 
Eles têm; Ele vem → Eles vêm. 
Acentuação das palavras Oxítonas 
As palavras cuja última sílaba é tônica devem ser acentuadas 
as oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e 
-o, sucedidas ou não por -s. Ex.: aliás, após, crachá, mocotó, pajé, 
vocês. Logo, não se acentuam as oxítonas terminadas em “-i” e “-u”. 
Ex.: caqui, urubu. 
Acentuação das palavras Paroxítonas
São classificadas dessa forma as palavras cuja penúltima sílaba 
é tônica. De acordo com a regra geral, não se acentuam as pala-
vras paroxítonas, a não ser nos casos específicos relacionados abai-
xo. Observe as exceções: 
– Terminadas em -ei e -eis. Ex.: amásseis, cantásseis, fizésseis, 
hóquei, jóquei, pônei, saudáveis. 
– Terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps. Ex.: bíceps, caráter, córtex, 
esfíncter, fórceps, fóssil, líquen, lúmen, réptil, tórax. 
– Terminadas em -i e -is. Ex.: beribéri, bílis, biquíni, cáqui, cútis, 
grátis, júri, lápis, oásis, táxi. 
– Terminadas em -us. Ex.: bônus, húmus, ônus, Vênus, vírus, 
tônus. 
– Terminadas em -om e -ons. Ex.: elétrons, nêutrons, prótons. 
– Terminadas em -um e -uns. Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns, 
quórum, quóruns. 
– Terminadas em -ã e -ão. Ex.: bênção, bênçãos, ímã, ímãs, 
órfã, órfãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos. 
Acentuação das palavras Proparoxítonas
Classificam-se assim as palavras cuja antepenúltima sílaba é 
tônica, e todas recebem acento, sem exceções. Ex.: ácaro, árvore, 
bárbaro, cálida, exército, fétido, lâmpada, líquido, médico, pássaro, 
tática, trânsito. 
Ditongos e Hiatos 
Acentuam-se: 
– Oxítonas com sílaba tônica terminada em abertos “_éu”, 
“_éi” ou “_ói”, sucedidos ou não por “_s”. Ex.: anéis, fiéis, herói, 
mausoléu, sóis, véus. 
– As letras “_i” e “_u” quando forem a segunda vogal tônica de 
um hiato e estejam isoladas ou sucedidas por “_s” na sílaba. Ex.: caí 
(ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú). 
Não se acentuam: 
– A letra “_i”, sempre que for sucedida por de “_nh”. Ex.: moi-
nho, rainha, bainha. 
– As letras “_i” e o “_u” sempre que aparecerem repetidas. Ex.: 
juuna, xiita. xiita. 
– Hiatos compostos por “_ee” e “_oo”. Ex.: creem, deem, leem, 
enjoo, magoo. 
O Novo Acordo Ortográfico 
Confira as regras que levaram algumas palavras a perderem 
acentuação em razão do Acordo Ortográfico de 1990, que entrou 
em vigor em 2009:
1 – Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas. 
Exemplos: enjôo – enjoo; magôo – magoo; perdôo – perdoo; 
vôo – voo; zôo – zoo. 
2 – Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas. 
Exemplos: alcalóide – alcaloide; andróide – androide; alcalóide 
– alcaloide; assembléia – assembleia; asteróide – asteroide; euro-
péia – europeia.
3 – Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas. 
Exemplos: feiúra – feiura; maoísta – maoista; taoísmo – taois-
mo. 
4 – Palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que pos-
suem -e tônico em hiato. 
Isso ocorre com a 3a pessoa do plural do presente do indicativo 
ou do subjuntivo. Exemplos: deem; lêem – leem; relêem – releem; 
revêem.
5 – Palavras com trema: somente para palavras da língua por-
tuguesa. Exemplos: bilíngüe – bilíngue; enxágüe – enxágue; linguïça 
– linguiça.
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6 – Paroxítonas homógrafas: são palavras que têm a mesma 
grafia, mas apresentam significados diferentes. Exemplo: o verbo 
PARAR: pára – para. Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo 
“parar” era acentuada para que fosse diferenciada da preposição 
“para”.
Atualmente, nenhuma delas recebe acentuação. Assim: 
Antes: Ela sempre pára para ver a banda passar. [verbo / pre-
posição]
Hoje: Ela sempre para para ver a banda passar. [verbo / pre-
posição]
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
— Visão Geral
O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais gráfi-
cos que, em um período sintático, têm a função primordial de indi-
car um nível maior ou menor de coesão entre estruturas e, ocasio-
nalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias) em um 
discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os gestos e as 
expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a compreen-
são da frase. 
O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades: 
– Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos 
tipos textuais;
– Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;
– Demarcar das unidades de um texto; 
– Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.
— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um 
enunciado
Vírgula 
De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado 
para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem 
da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas, 
se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes não 
devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo tem-
po que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em outras, 
ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser empregada: 
• No interior da sentença
1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição:
ENUMERAÇÃO
Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate.
Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.
 
REPETIÇÃO
Os arranjos estão lindos, lindos!
Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.
2 – Isolar o vocativo 
“Crianças, venham almoçar!” 
“Quando será a prova, professora?” 
3 – Separar apostos 
“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.” 
4 – Isolar expressões explicativas: 
“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi res-
ponsabilizado.” 
5 – Separar conjunções intercaladas 
“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” 
6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado: 
“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários 
do setor.” 
“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” 
7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: 
“Estas alegações, não as considero legítimas.” 
8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas 
por conjunções) 
“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.” 
9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas: 
“São Paulo, 16 de outubro de 2022”. 
10 – Marcar a omissão de um termo: 
“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo “fa-
zer”). 
• Entre as sentenças
1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas 
“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.” 
2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéti-
cas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”: 
“Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos 
ajudasse.” 
3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a 
principal: 
“Quando será publicado, ainda não foi divulgado.” 
4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvi-
das ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração prin-
cipal: 
Reduzida Por ser sempre assim, ninguém dá atenção!
Desenvolvida Porque é sempre assim, já ninguém dá atenção!
5 – Separar as sentenças intercaladas: 
“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu 
leito, até que você se recupere por completo.”
• Antes da conjunção “e”
1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire valo-
res que não expressam adição, como consequência ou diversidade, 
por exemplo. 
“Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.” 
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2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sem-
pre que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de desta-
car alguma ideia, por exemplo:
“(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede; 
e dezmeses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o 
esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)
3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas 
apresentam sujeitos distintos, por exemplo: 
“A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”
O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito 
e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome 
e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração 
substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja 
apositiva nem se apresente inversamente). 
Ponto
1 – Para indicar final de frase declarativa: 
“O almoço está pronto e será servido.”
2 – Abrevia palavras: 
– “p.” (página) 
– “V. Sra.” (Vossa Senhoria) 
– “Dr.” (Doutor) 
3 – Para separar períodos: 
“O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”
Ponto e Vírgula 
1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou 
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula: 
“Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG; nos-
sa amiga, de praticar esportes.”
2 – Para separar os itens de uma sequência de itens: 
“Os planetas que compõem o Sistema Solar são: 
Mercúrio; 
Vênus; 
Terra; 
Marte; 
Júpiter; 
Saturno; 
Urano;
Netuno.” 
Dois Pontos
1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas, enumer-
ações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem ideias 
anteriores. 
“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.” 
“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela 
grande ofensa.” 
2 – Para introduzirem citação direta: 
“Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente 
muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transfor-
ma’.” 
3 – Para iniciar fala de personagens: 
“Ele gritava repetidamente: 
– Sou inocente!” 
Reticências 
1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta sintati-
camente: 
“Quem sabe um dia...” 
2 – Para indicar hesitação ou dúvida: 
“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar 
ainda.” 
3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o 
objetivo de prolongar o raciocínio: 
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas 
faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar).
4 – Suprimem palavras em uma transcrição: 
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - 
Raimundo Fagner).
Ponto de Interrogação 
1 – Para perguntas diretas: 
“Quando você pode comparecer?” 
2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para 
destacar o enunciado: 
“Não brinca, é sério?!” 
Ponto de Exclamação 
1 – Após interjeição: 
“Nossa Que legal!” 
2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva 
“Infelizmente!” 
3 – Após vocativo 
“Ana, boa tarde!” 
4 – Para fechar de frases imperativas: 
“Entre já!” 
Parênteses 
a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases 
intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou 
a vírgula: 
“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sem-
pre) 
quem seria promovido.” 
Travessão 
1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto: 
“O rapaz perguntou ao padre: 
— Amar demais é pecado?” 
2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos: 
“— Vou partir em breve. 
— Vá com Deus!” 
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3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários: 
“Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”
4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicati-
vas: 
“Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.” 
Aspas 
1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta, 
como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos, ar-
caísmos, palavrões, e neologismos. 
“Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.” 
“A reunião será feita ‘online’.” 
2 – Para indicar uma citação direta: 
“A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de 
Assis)
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
Definição: na gramática grega, o termo quer dizer “mistura “ou 
“contração”, e ocorre entre duas vogais, uma final e outra inicial, 
em palavras unidas pelo sentido. Basicamente, desse modo: a (pre-
posição) + a (artigo feminino) = aa à; a (preposição) + aquela (pro-
nome demonstrativo feminino) = àquela; a (preposição) + aquilo 
(pronome demonstrativo feminino) = àquilo. Por ser a junção das 
vogais, a crase, como regra geral, ocorre diante de palavras femi-
ninas, sendo a única exceção os pronomes demonstrativos aquilo 
e aquele, que recebem a crase por terem “a” como sua vogal ini-
cial. Crase não é o nome do acento, mas indicação do fenômeno de 
união representado pelo acento grave. 
A crase pode ser a contração da preposição a com: 
– O artigo feminino definido a/as: “Foi à escola, mas não assis-
tiu às aulas.” 
– O pronome demonstrativo a/as: “Vá à paróquia central.” 
– Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: 
“Retorne àquele mesmo local.” 
– O a dos pronomes relativos a qual e as quais: “São pessoas às 
quais devemos o maior respeito e consideração”. 
Perceba que a incidência da crase está sujeita à presença de 
duas vogais a (preposição + artigo ou preposição + pronome) na 
construção sintática. 
Técnicas para o emprego da crase 
1 – Troque o termo feminino por um masculino, de classe se-
melhante. Se a combinação ao aparecer, ocorrerá crase diante da 
palavra feminina. 
Exemplos: 
“Não conseguimos chegar ao hospital / à clínica.” 
“Preferiu a fruta ao sorvete / à torta.”
“Comprei o carro / a moto.” 
“Irei ao evento / à festa.” 
2 – Troque verbos que expressem a noção de movimento (ir, vir, 
chegar, voltar, etc.) pelo verbo voltar. Se aparecer a preposição da, 
ocorrerá crase; caso apareça a preposição de, o acento grave não 
deve ser empregado.
Exemplos: 
“Vou a São Paulo. / Voltei de São Paulo.” 
“Vou à festa dos Silva. / Voltei da Silva.” 
“Voltarei a Roma e à Itália. / Voltarei de Roma e da Itália.”
3 – Troque o termo regente da preposição a por um que es-
tabeleça a preposição por, em ou de. Caso essas preposições não 
se façam contração com o artigo, isto é, não apareçam as formas 
pela(s), na(s) ou da(s), a crase não ocorrerá. 
Exemplos:
“Começou a estudar (sem crase) – Optou por estudar / Gosta 
de estudar / Insiste em estudar.” 
“Refiro-me à sua filha (com crase) – Apaixonei-me pela sua filha 
/ Gosto da sua filha / Votarei na sua filha.” 
“Refiro-me a você. (sem crase) – Apaixonei-me por você / Gos-
to de você / Penso em você.”
4 – Tratando-se de locuções, isto é, grupo de palavras que ex-
pressam uma única ideia, a crase somente deve ser empregada se 
a locução for iniciada por preposição e essa locução tiver como nú-
cleo uma palavra feminina, ocorrerá crase. 
Exemplos: 
“Tudo às avessas.” 
“Barcos à deriva.” 
5 – Outros casos envolvendo locuções e crase: 
Na locução «à moda de”, pode estar implícita a expressão 
“moda de”, ficando somente o à explícito. 
Exemplos: 
“Arroz à (moda) grega.”
“Bife à (moda) parmegiana.” 
Nas locuções relativas a horários, ocorra crase apenas no caso 
de horas especificadas e definidas: Exemplos: 
“À uma hora.” 
“Às cinco e quinze”. 
FLEXÃO NOMINAL E VERBAL. PRONOMES: EMPREGO, 
FORMAS DE TRATAMENTO E COLOCAÇÃO. EMPREGO DE 
TEMPOS E MODOS VERBAIS. 
— Definição
Classes gramaticais são grupos de palavras que organizam o 
estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua portu-
guesa condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida em 
razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades de 
cada classe gramatical. 
— Artigo 
É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo, 
podendo flexionar em número e em gênero. 
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A classificação dos artigos 
Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou para referirem-se a um ser específico por já ter sido mencionado ou por 
ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem flexionar emnúmero (singular e plural) e gênero (masculino e feminino).
Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento não 
é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira vez em que aparece no discurso. Podem variar em número e gênero.
Observe:
NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS
Singular Um Uma Preciso de um pedreiro.Vi uma moça em frente à casa.
Plural Umas Umas Localizei uns documentos antigos.Joguei fora umas coisas velhas.
Outras funções do artigo 
Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do emprego do 
artigo. Observe: 
– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado. 
Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de 
posse. Por exemplo: 
“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”
Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronome possessivo dela.
Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor 
aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e 
“aproximadamente. Observe: 
“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.” 
“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.” 
Contração de artigos com preposições
Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse processo ocorre: 
PREPOSIÇÃO
de em a per/por
ARTIGOS
DEFINIDOS
masculino
singular o do no ao pelo
plural os dos nos aos pelos
feminino
singular a da na à pela
plural as das nas às pelas
ARTIGOS
 INDEFINIDOS
masculino
singular um dum num
plural uns duns nuns
feminino
singular uma duma numa
plural umas dumas numas
— Substantivo
Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os substan-
tivos se subdividem em: 
Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) ou lugares 
(São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto, caneta, cachorro). 
Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra palavra, 
é substantivo derivado (carruagem, planetário). 
Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que nomeiam 
sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos. 
Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada (rebanho de gado), conste-
lação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de cães). 
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— Adjetivo
É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar 
o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma qua-
lidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade ou 
extensão à palavra, locução, oração, pronome, enfim, ao que quer 
que seja nomeado.
Os tipos de adjetivos 
Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples 
(bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um ra-
dical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo-limão). 
Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é pri-
mitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo, substan-
tivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: substantivo 
morte → adjetivo mortal; adjetivo lamentar → adjetivo lamentável). 
Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou 
origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino). 
O gênero dos adjetivos 
Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, 
isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” 
/ “Ana é uma amiga leal.” 
Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que variam 
conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.” / “Menina travessa”. 
O número dos adjetivos 
Por concordarem com o número do substantivo a que se re-
ferem, os adjetivos podem estar no singular ou no plural. Assim, a 
sua composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa ins-
truída → pessoas instruídas; campo formoso → campos formosos.
O grau dos adjetivos
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo 
(compara qualidades) e superlativo (intensifica qualidades).
Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom quan-
to o anterior.” 
Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do 
que Luciana.” 
Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento 
do que a equipe.” 
Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo, podendo ser: 
– Analítico - “A modelo é extremamente bonita.” 
– Sintético - “Pedro é uma pessoa boníssima.” 
Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de: 
– Superioridade - “Ela é a professora mais querida da escola.” 
– Inferioridade - “Ele era o menos disposto do grupo.” 
Pronome adjetivo 
Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses 
pronomes alteram os substantivos aos quais se referem. Assim, 
esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer con-
cordância com os substantivos. Exemplos: “Esta professora é a mais 
querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o substan-
tivo comum professora). 
Locução adjetiva 
Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras, 
que, associadas, têm o valor de um único adjetivo. Basicamente, 
consiste na união preposição + substantivo ou advérbio.
Exemplos: 
– Criaturas da noite (criaturas noturnas). 
– Paixão sem freio (paixão desenfreada). 
– Associação de comércios (associação comercial). 
— Verbo
É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo, fenô-
meno da natureza e estado. Os verbos se subdividem em: 
Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não 
têm seu radical modificado e preservam a mesma desinência do 
verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação), 
“-er” (segunda conjugação) ou “-ir” (terceira conjugação). Observe 
o exemplo do verbo “nutrir”:
– Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu 
significado). 
– Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e, 
tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 2a, 3a), número (singu-
lar ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo 
(pretérito, presente ou futuro). Perceba que a conjugação desse no 
presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações, 
tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro; 
tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós nutris; eles/elas nutrem. 
– Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos 
regulares, têm seu radical modificado quando conjugados e /ou 
têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma. 
Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito do 
indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos; vós 
dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda con-
jugação (-er) tem seu radical, diz, alterado, além de apresentar duas 
desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer fosse 
regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo seria: 
dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram. 
— Pronome 
O pronome tem a função de indicar a pessoa do discurso (quem 
fala, com quem se fala e de quem se fala), a posse de um objeto e sua 
posição. Essa classe gramatical é variável, pois flexiona em número e 
gênero. Os pronomes podem suplantar o substantivo ou acompanhá-
-lo; no primeiro caso, são denominados “pronomesubstantivo” e, no 
segundo, “pronome adjetivo”. Classificam-se em: pessoais, possessi-
vos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e relativos. 
Pronomes pessoais 
Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso (pes-
soas gramaticais), e se subdividem em pronomes do caso reto (de-
sempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos 
(atuam como complemento), sendo que, para cada caso reto, existe 
um correspondente oblíquo.
CASO RETO CASO OBLÍQUO
Eu Me, mim, comigo.
Tu Te, ti, contigo.
Ele Se, o, a , lhe, si, consigo.
Nós Nos, conosco.
Vós Vos, convosco.
Eles Se, os, as, lhes, si, consigo.
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Observe os exemplos: 
– Na frase “Maria está feliz. Ela vai se casar.”, o pronome cabível é do caso reto. Quem vai se casar? Maria. 
– Na frase “O forno? Desliguei-o agora há pouco. O pronome “o” completa o sentido do verbo. Fechei o que? O forno. 
Lembrando que os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na nos, e nas desempenham apenas a função de objeto direto. 
Pronomes possessivos 
Esses pronomes indicam a relação de posse entre o objeto e a pessoa do discurso.
PESSOA DO DISCURSO PRONOME
1a pessoa – Eu Meu, minha, meus, minhas
2a pessoa – Tu Teu, tua, teus, tuas
3a pessoa– Seu, sua, seus, suas
Exemplo: “Nossos filhos cresceram.” → o pronome indica que o objeto pertence à 1ª pessoa (nós).
Pronomes de tratamento
Tratam-se termos solenes que, em geral, são empregados em contextos formais — a única exceção é o pronome você. Eles têm a função 
de promover uma referência direta do locutor para interlocutor (parceiros de comunicação). São divididos conforme o nível de formalidade, 
logo, para cada situação, existe um pronome de tratamento específico. Apesar de expressarem interlocução (diálogo), à qual seria adequado o 
emprego do pronome na segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os verbos devem ser usados em 3a pessoa.
PRONOME USO ABREVIAÇÕES
Você situações informais V./VV
Senhor (es) e Senhora (s) pessoas mais velhas Sr. Sr.a (singular) e Srs. , Sra.s. (plural)
Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a/V.Sas
Vossa Excelência altas autoridades, como Presidente da República, senadores, deputados, embaixadores V. Ex.
a/ V. Ex.as
Vossa Magnificência reitores das Universidades V. Mag.a/V. Mag.as
Vossa Alteza príncipes, princesas, duques V.A (singular) e V.V.A.A. (plural)
Vossa Reverendíssima sacerdotes e religiosos em geral V. Rev. m.a/V. Rev. m. as
Vossa Eminência cardeais V. Ex.a/V. Em.as
Vossa Santidade Papa V.S.
Pronomes demonstrativos
Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo ao espaço e à pessoa do discurso – nesse último caso, o pronome 
determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em gênero e número.
PESSOA DO DISCURSO PRONOMES POSIÇÃO
1a pessoa Este, esta, estes, estas, isto. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa que fala.
2a pessoa Esse, essa, esses, essas, isso. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa com quem se fala.
3a pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Com quem se fala.
Observe os exemplos: 
“Esta caneta é sua?”
“Esse restaurante é bom e barato.” 
Pronomes Indefinidos
Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do discurso. Os pronomes 
indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis (não flexionam). Analise os exemplos abaixo:
– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefinida ou não especificada).
– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de modo vago, pois não se 
sabe de qual convidado se trata. 
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– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase “criança”, sem especificá-lo.
– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem especificar de quais lojas se 
trata. 
Confira abaixo a tabela com os pronomes indefinidos:
CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INDEFINIDOS
VARIÁVEIS Muito, pouco, algum, nenhum, outro, qualquer, certo, um, tanto, quanto, bastante, vários, quantos, todo.
INVARIÁVEIS Nada, ninguém, cada, algo, alguém, quem, demais, outrem, tudo.
Pronomes relativos
Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, sendo importante, portanto, para 
prevenir a repetição indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual, cujo, quanto) ou invariáveis (que, quem, onde).
Observe os exemplos:
– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos (“pessoas” e “história”) e se 
relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”). 
– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o substantivo dito anteriormen-
te (“problemas”).
CLASSIFICAÇÃO PRONOMES RELATIVOS
VARIÁVEIS O qual, a qual, os quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que, onde.
Pronomes interrogativos 
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e indiretas. Exemplos: 
“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta) 
“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)
CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INTERROGATIVOS
VARIÁVEIS Qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que.
 — Advérbio 
É a classe de palavras invariável que atua junto aos verbos, aos adjetivos e mesmo aos advérbios, com o objetivo de modificar ou 
intensificar seu sentido, ao adicionar-lhes uma nova circunstância. De modo geral, os advérbios exprimem circunstâncias de tempo, modo, 
lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, aprovação, afirmação, negação, dúvida, entre outras noções. Confira na tabela:
CLASSIFICA-
ÇÃO PRINCIPAIS TERMOS EXEMPLOS
ADVÉRBIO DE 
MODO
Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar.
Grande parte das palavras terminam em “-mente”, 
como cuidadosamente, calmamente, tristemente.
“Coloquei-o cuidadosamente no berço.”
“Andou depressa por causa da chuva”
ADVERBIO DE 
LUGAR Perto, longe, dentro, fora, aqui, ali, lá e atrás.
“O carro está fora.”
“Foi bem no teste?”
“Demorou, mas chegou longe!”
ADVÉRBIO DE 
TEMPO
Antes, depois, hoje, ontem, amanhã sempre, 
nunca, cedo e tarde.
“Sempre que precisar de algo, basta chamar-me.”
“Cedo ou tarde, far-se-á justiça.”
ADVÉRBIO DE 
INTENSIDADE Muito, pouco, bastante, tão, demais, tanto.
“Eles formam um casal tão bonito!”
“Elas conversam demais”
“Você saiu muito depressa”
ADVÉRBIO DE 
AFIRMAÇÃO
Sim e decerto e palavras afirmativas com o sufixo 
“-mente” (certamente, realmente). Palavras como claro e 
positivo, podem ser advérbio, dependendo do contexto.
“Decerto passaram por aqui”
“Claro que irei!”
“Entendi, sim.”
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1818
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ADVÉRBIO DE 
NEGAÇÃO
Não e nem. Palavras como negativo, nenhum, 
nunca, jamais, entre outras, podem ser advérbio 
de negação, conforme o contexto.
“Jamais reatarei meu namoro com ele.”
“Sequer pensou para falar.”
“Não pediu ajuda.”
ADVÉRBIO DE 
DÚVIDA
Talvez, quiçá, porventura e palavras que expres-
sem dúvida acrescidas do sufixo “-mente”, como 
possivelmente.
“Quiçá seremos recebidas.”
“Provavelmente sairei mais cedo.”
“Talvez eu saia cedo.”
ADVÉRBIO DE 
INTERROGAÇÃO
Quando, como, onde, aonde, donde, por que. 
Esse advérbio pode indicar circunstâncias de 
modo, tempo, lugar e causa. É usado somente em 
frases interrogativas diretas ou indiretas.
“Por que vendeu o livro?” (oração interrogativa direta, que indica causa)
“Quando posso sair?” (oração interrogativadireta, que indica tempo)
“Explica como você fez isso.”
(oração interrogativa indireta, que indica modo).
— Conjunção
As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado ou oração e, com isso, esta-
belecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados. Em função dessa relação entre os termos conectados, 
as conjunções podem ser classificadas, respectivamente e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras palavras, as 
conjunções são um vínculo entre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado uma maior mais clareza e precisão ao enunciado. 
Conjunções coordenativas: observe o exemplo: 
“Eles ouviram os pedidos de ajuda. Eles chamaram o socorro.” – “Eles ouviram os pedidos de ajuda e chamaram o socorro.”
No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações em um mesmo período: além 
de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há relação de dependência entre ambas as sentenças, e que, 
para fazerem sentido, elas não têm necessidade uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as 
relaciona, como coordenativa. 
Conjunções subordinativas: analise este segundo caso:
“Não passei na prova, apesar de ter estudado muito.”
Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além disso, notamos que o sentido 
da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração 
principal, enquanto a segunda, de oração subordinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.
Classificação das conjunções
Além da classificação que se baseia no grau de dependência entre os termos conectados (coordenação e subordinação), as conjunções 
possuem subdivisões.
Conjunções coordenativas: essas conjunções se reclassificam em razão do sentido que possuem cinco subclassificações, em função o 
sentido que estabelecem entre os elementos que ligam. São cinco:
CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS
Conjunções coordenativas 
aditivas
Estabelecer relação de adição (positiva ou ne-
gativa). As principais conjunções coordenativas 
aditivas são “e”, “nem” e “também”.
“No safári, vimos girafas, leões e zebras.” / 
“Ela ainda não chegou, nem sabemos quando vai 
chegar.”
Conjunções coordenativas
adversativas
Estabelecer relação de oposição. As principais 
conjunções coordenativas adversativas são 
“mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”, “entre-
tanto”.
“Havia flores no jardim, mas estavam murchando.” /
“Era inteligente e bom com palavras, entretanto, 
estava nervoso na prova.”
Conjunções coordenativas
alternativas
Estabelecer relação de alternância. As principais 
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, 
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..
“Pode ser que o resultado saia amanhã ou depois.” / 
“Ora queria viver ali para sempre, ora queria mudar 
de país.”
Conjunções coordenativas
conclusivas
Estabelecer relação de conclusão. As principais 
conjunções coordenativas conclusivas são “por-
tanto”, “então”, “assim”, “logo”.
“Não era bem remunerada, então decidi trocar de 
emprego.” / 
“Penso, logo existo.”
Conjunções coordenativas
explicativas
Estabelecer relação de explicação. As principais 
conjunções coordenativas explicativas são “por-
que”, “pois”, “porquanto”.
“Quisemos viajar porque não conseguiríamos des-
cansar aqui em casa.” / 
“Não trouxe o pedido, pois não havia ouvido.”
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Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a conjunção subordinativa pode ser 
de dois subtipos: 
1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, comple-
mento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exemplos: 
«É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.” 
“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.” 
2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração 
principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo: 
CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS
Conjunções Integrantes
São empregadas para introduzir a oração que 
cumpre a função de sujeito, objeto direito, obje-
to indireto, predicativo, complemento nominal 
ou aposto de outra oração.
Que e se. Analise: 
“É obrigatório que o senhor compareça na data 
agendada.” e 
“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”
Conjunções subornativas
causais
Introduzem uma oração subordinada que deno-
ta causa.
Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto 
que, que, porquanto.
Conjunções subornativas
conformativas
Estabelecer relação de alternância. As principais 
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, 
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..
Conforme, segundo, como, consoante.
Conjunções subornativas
condicionais
Introduzem uma oração subordinada em que 
é indicada uma hipótese ou uma condição 
necessária para que seja realizada ou não o fato 
principal.
Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado 
que, a menos que, a não ser que.
Conjunções subornativas
comparativas
Introduzem uma oração que expressa uma 
comparação.
Mais, menos, menor, maior, pior, melhor, seguidas 
de que ou do que. Qual depois de tal. Quanto depois 
de tanto. Como, assim como, como se, bem como, 
que nem.
Conjunções subornativas
concessivas
Indicam uma oração em que se admite um 
fato contrário à ação principal, mas incapaz de 
impedí-la.
Por mais que, por menos que, apesar de que, embo-
ra, conquanto, mesmo que, ainda que, se bem que.
Conjunções subornativas
proporcionais
Introduzem uma oração, cujos acontecimen-
tos são simultâneos, concomitantes, ou seja, 
ocorrem no mesmo espaço temporal daqueles 
contidos na outra oração.
À proporção que, ao passo que, à medida que, à 
proporção que.
Conjunções subornativas
temporais
Introduzem uma oração subordinada indicadora 
de circunstância de tempo.
Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas 
as vezes que, antes que, sempre que, logo que, mal, 
quando.
Conjunções subornativas
consecutivas
Introduzem uma oração na qual é indicada a 
consequência do que foi declarado na oração 
anterior.
Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida 
pelo que em outra oração). De maneira que, de 
forma que, de sorte que, de modo que.
Conjunções subornativas
finais
Introduzem uma oração indicando a finalidade 
da oração principal. A fim de que, para que.
— Numeral
É a classe de palavra variável que exprime um número determinado ou a colocação de alguma coisa dentro de uma sequência. Os nu-
merais podem ser: cardinais (um, dois, três), ordinais (primeiro, segundo, terceiro), fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos (do-
bro, triplo, quádruplo). Antes de nos aprofundarmos em cada caso, vejamos o emprego dos numerais, que tem três principais finalidades: 
1 – Indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral ordinal somente até o número nono; após, devem ser utilizados os 
numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); Parágrafo 10 (Parágrafo 10). 
2 – Indicar os dias do mês: nessas situações, empregam-se os numerais cardinais, sendo que a única exceção é a indicação do primeiro 
dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal. Exemplos: dezesseis de outubro; primeiro de agosto. 
3 – Indicar capítulos, séculos, capítulos, reis e papas: após o substantivo emprega-se o numeral ordinal até o décimo; após o décimo 
utiliza-se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); século IV (quarto); Henrique VIII (oitavo), Bento XVI (dezesseis). 
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Os tipos de numerais 
Cardinais: são os números em sua formafundamental e expri-
mem quantidades.
Exemplos: um dois, dezesseis, trinta, duzentos, mil. 
– Alguns deles flexionam em gênero (um/uma, dois/duas, qui-
nhentos/quinhentas). 
– Alguns números cardinais variam em número, como é o caso: 
milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/trilhões, e assim por diante. 
– Apalavra ambos(as) é considerada um numeral cardinal, pois 
significa os dois/as duas. Exemplo: Antônio e Pedro fizeram o teste, 
mas os dois/ambos foram reprovados. 
Ordinais: indicam ordem de uma sequência (primeiro, segun-
do, décimo, centésimo, milésimo…), isto é, apresentam a ordem de 
sucessão e uma série, seja ela de seres, de coisas ou de objetos. 
– Os numerais ordinais variam em gênero (masculino e femi-
nino) e número (singular e plural). Exemplos: primeiro/primeira, 
primeiros/primeiras, décimo/décimos, décima/décimas, trigésimo/
trigésimos, trigésima/trigésimas. 
– Alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. Exem-
plo: A carne de segunda está na promoção. 
Fracionários: servem para indicar a proporções numéricas re-
duzidas, ou seja, para representar uma parte de um todo. Exem-
plos: meio ou metade (½), um quarto (um quarto (¼), três quartos 
(¾), 1/12 avos. 
– Os números fracionários flexionam-se em gênero (masculino 
e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: meio copo de 
leite, meia colher de açúcar; dois quartos do salário-mínimo. 
Multiplicativos: esses numerais estabelecem relação entre 
um grupo, seja de coisas ou objetos ou coisas, ao atribuir-lhes uma 
característica que determina o aumento por meio dos múltiplos. 
Exemplos: dobro, triplo, undécuplo, doze vezes, cêntuplo. 
– Em geral, os multiplicativos são invariáveis, exceto quando 
atuam como adjetivo, pois, nesse caso, passam a flexionar número 
e gênero (masculino e feminino). Exemplos: dose dupla de elogios, 
duplos sentidos. 
Coletivos: correspondem aos substantivos que exprimem 
quantidades precisas, como dezena (10 unidades) ou dúzia (12 uni-
dades). 
– Os numerais coletivos sofrem a flexão de número: unidade/
unidades, dúzia/dúzias, dezena/dezenas, centena/centenas. 
— Preposição 
Essa classe de palavras cujo objetivo é marcar as relações gra-
maticais que outras classes (substantivos, adjetivos, verbos e advér-
bios) exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas relações 
entre as unidades linguísticas dentro do enunciado, as preposições 
não possuem significado próprio se isoladas no discurso. Em razão 
disso, as preposições são consideradas classe gramatical dependen-
te, ou seja, sua função gramatical (organização e estruturação) é 
principal, embora o desempenho semântico, que gera significado e 
sentido, esteja presente, possui um valor menor.
Classificação das preposições 
Preposições essenciais: são aquelas que só aparecem na língua 
propriamente como preposições, sem outra função. São elas: a, an-
tes, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por 
(ou per, em dadas variantes geográficas ou históricas), sem, sob, 
sobre, trás.
Exemplo 1 – ”Luís gosta de viajar.” e “Prefiro doce de coco.” Em 
ambas as sentenças, a preposição de manteve-se sempre sendo 
preposição, apesar de ter estabelecido relação entre unidades lin-
guísticas diferentes, garantindo-lhes classificações distintas confor-
me o contexto. 
Exemplo 2 – “Estive com ele até o reboque chegar.” e “Fina-
lizei o quadro com textura.” Perceba que nas duas fases, a mesma 
preposição tem significados distintos: na primeira, indica recurso/
instrumento; na segunda, exprime companhia. Por isso, afirma-se 
que a preposição tem valor semântico, mesmo que secundário ao 
valor estrutural (gramática).
Classificação das preposições 
Preposições acidentais: são aquelas que, originalmente, não 
apresentam função de preposição, porém, a depender do contexto, 
podem assumir essa atribuição. São elas: afora, como, conforme, 
durante, exceto, feito, fora, mediante, salvo, segundo, visto, entre 
outras.
Exemplo: ”Segundo o delegado, os depoimentos do suspeito 
apresentaram contradições.” A palavra “segundo”, que, normal-
mente seria um numeral (primeiro, segundo, terceiro), ao ser in-
serida nesse contexto, passou a ser uma preposição acidental, por 
tem o sentido de “de acordo com”, “em conformidade com”. 
Locuções prepositivas 
Recebe esse nome o conjunto de palavras com valor e em-
prego de uma preposição. As principais locuções prepositivas são 
constituídas por advérbio ou locução adverbial acrescido da pre-
posição de, a ou com. Confira algumas das principais locuções pre-
positivas. 
abaixo de de acordo junto a
acerca de debaixo de junto de
acima de de modo a não obstante
a fim de dentro de para com
à frente de diante de por debaixo de
antes de embaixo de por cima de
a respeito de em cima de por dentro de
atrás de em frente de por detrás de
através de em razão de quanto a
com respeito a fora de sem embargo de
— Interjeição 
É a palavra invariável ou sintagma que compõem frases que 
manifestam por parte do emissor do enunciado uma surpresa, uma 
hesitação, um susto, uma emoção, um apelo, uma ordem, etc., por 
parte do emissor do enunciado. São as chamadas unidades autô-
nomas, que usufruem de independência em relação aos demais 
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elementos do enunciado. As interjeições podem ser empregadas 
também para chamar exigir algo ou para chamar a atenção do in-
terlocutor e são unidades cuja forma pode sofrer variações como: 
– Locuções interjetivas: são formadas por grupos e palavras 
que, associadas, assumem o valor de interjeição. Exemplos: “Ai de 
mim!”, “Minha nossa!” Cruz credo!”. 
– Palavras da língua: “Eita!” “Nossa!” 
– Sons vocálicos: “Hum?!”, “Ué!”, “Ih…!» 
Os tipos de interjeição
De acordo com as reações que expressam, as interjeições po-
dem ser de:
ADMIRAÇÃO “Ah!”, “Oh!”, “Uau!”
ALÍVIO “Ah!, “Ufa!”
ANIMAÇÃO “Coragem!”, “Força!”, “Vamos!”
APELO “Ei!”, “Oh!”, “Psiu!”
APLAUSO “Bravo!”, “Bis!”
DESPEDIDA/SAUDAÇÃO “Alô!”, “Oi!”, “Salve!”, “Tchau!”
DESEJO “Tomara!”
DOR “Ai!”, “Ui!”
DÚVIDA “Hã?!”, “Hein?!”, “Hum?!”
ESPANTO “Eita!”, “Ué!”
IMPACIÊNCIA (FRUSTRAÇÃO) “Puxa!”
IMPOSIÇÃO “Psiu!”, “Silêncio!”
SATISFAÇÃO “Eba!”, “Oba!”
SUSPENSÃO “Alto lá!”, “Basta!”, “Chega!”
DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL
— Definições e diferenciação
Coesão e coerência são dois conceitos distintos, tanto que 
um texto coeso pode ser incoerente, e vice-versa. O que existe em 
comum entre os dois é o fato de constituírem mecanismos funda-
mentais para uma produção textual satisfatória. Resumidamente, 
a coesão textual se volta para as questões gramaticais, isto é, na 
articulação interna do texto. Já a coerência textual tem seu foco na 
articulação externa da mensagem. 
— Coesão Textual
Consiste no efeito da ordenação e do emprego adequado das 
palavras que proporcionam a ligação entre frases, períodos e pará-
grafos de um texto. A coesão auxilia na sua organização e se realiza 
por meio de palavras denominadas conectivos. 
As técnicas de coesão
A coesão pode ser obtida por meio de dois mecanismos princi-
pais, a anáfora e a catáfora. Por estarem relacionados à mensagem 
expressa no texto, esses recursos classificam-se como endofóricas. 
Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa, 
contribuindo com a ligação e a harmonia textual. 
 As regras de coesão 
Para que se garanta a coerência textual, é necessário que as 
regras relacionadas abaixo sejam seguidas.
Referência 
– Pessoal: emprego de pronomes pessoais e possessivos. 
Exemplo: 
«Ana e Sara foram promovidas. Elas serão gerentes de depar-
tamento.” Aqui, tem-se uma referência pessoal anafórica (retoma 
termo já mencionado). 
– Comparativa: emprego de comparações com base em seme-
lhanças. 
Exemplo: 
“Mais um dia como os outros…”. Temos uma referência com-
parativa endofórica. 
– Demonstrativa: emprego de advérbios e pronomes demons-
trativos. 
Exemplo: 
“Inclua todos os nomes na lista, menoseste: Fred da Silva.” Te-
mos uma referência demonstrativa catafórica. 
– Substituição: consiste em substituir um elemento, quer seja 
nome, verbo ou frase, por outro, para que ele não seja repetido. 
Analise o exemplo: 
“Iremos ao banco esta tarde, elas foram pela manhã.” 
Perceba que a diferença entre a referência e a substituição é 
evidente principalmente no fato de que a substituição adiciona ao 
texto uma informação nova. No exemplo usado para a referência, o 
pronome pessoal retoma as pessoas “Ana e Sara”, sem acrescentar 
quaisquer informações ao texto. 
– Elipse: trata-se da omissão de um componente textual – no-
minal, verbal ou frasal – por meio da figura denominando eclipse. 
Exemplo: 
“Preciso falar com Ana. Você a viu?” Aqui, é o contexto que 
proporciona o entendimento da segunda oração, pois o leitor fica 
ciente de que o locutor está procurando por Ana. 
– Conjunção: é o termo que estabelece ligação entre as ora-
ções. 
Exemplo: 
“Embora eu não saiba os detalhes, sei que um acidente aconte-
ceu.” Conjunção concessiva. 
– Coesão lexical: consiste no emprego de palavras que fazem 
parte de um mesmo campo lexical ou que carregam sentido apro-
ximado. É o caso dos nomes genéricos, sinônimos, hiperônimos, 
entre outros. 
Exemplo: 
“Aquele hospital público vive lotado. A instituição não está 
dando conta da demanda populacional.” 
— Coerência Textual 
A Coerência é a relação de sentido entre as ideias de um texto 
que se origina da sua argumentação – consequência decorrente dos 
saberes conhecimentos do emissor da mensagem. Um texto redun-
dante e contraditório, ou cujas ideias introduzidas não apresentam 
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conclusão, é um texto incoerente. A falta de coerência prejudica a 
fluência da leitura e a clareza do discurso. Isso quer dizer que a falta 
de coerência não consiste apenas na ignorância por parte dos inter-
locutores com relação a um determinado assunto, mas da emissão 
de ideias contrárias e do mal uso dos tempos verbais. 
Observe os exemplos: 
“A apresentação está finalizada, mas a estou concluindo até o 
momento.” Aqui, temos um processo verbal acabado e um inaca-
bado. 
“Sou vegana e só como ovos com gema mole.” Os veganos não 
consomem produtos de origem animal. 
Princípios Básicos da Coerência 
– Relevância: as ideias têm que estar relacionadas.
– Não Contradição: as ideias não podem se contradizer.
– Não Tautologia: as ideias não podem ser redundantes. 
Fatores de Coerência 
– As inferências: se partimos do pressuposto que os interlo-
cutores partilham do mesmo conhecimento, as inferências podem 
simplificar as informações. 
Exemplo: 
“Sempre que for ligar os equipamentos, não se esqueça de que 
voltagem da lavadora é 220w”. 
Aqui, emissor e receptor compartilham do conhecimento de 
que existe um local adequado para ligar determinado aparelho. 
– O conhecimento de mundo: todos nós temos uma bagagem 
de saberes adquirida ao longo da vida e que é arquivada na nos-
sa memória. Esses conhecimentos podem ser os chamados scripts 
(roteiros, tal como normas de etiqueta), planos (planejar algo com 
um objetivo, tal como jogar um jogo), esquemas (planos de funcio-
namento, como a rotina diária: acordar, tomar café da manhã, sair 
para o trabalho/escola), frames (rótulos), etc. 
Exemplo: 
“Coelhinho e ovos de chocolate! Vai ser um lindo Natal!” 
O conhecimento cultural nos leva a identificar incoerência na 
frase, afinal, “coelho” e “ovos de chocolate” são elementos, os cha-
mados frames, que pertencem à comemoração de Páscoa, e nada 
têm a ver com o Natal. 
VOZES DO VERBO
São três as vozes verbais: Ativa, Passiva e Reflexão.
Voz ativa: apresenta sujeito agente, que pratica a ação expres-
sa pelo verbo, a qual recai em um termo paciente (objeto direto).
Exemplo
O professor instruiu os alunos sobre o trabalho.
Voz passiva: apresenta sujeito paciente, que recebe a ação ex-
pressa pelo verbo.
Exemplo
A igreja foi construída por escravos no século 16.
Voz reflexiva: o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo, a 
qual recai sobre o próprio sujeito.
Exemplo
O cozinheiro cortou-se com a faca.
A voz reflexiva é sempre construída com o verbo acompanhado 
de pronome obliquo de pessoa igual à que o verbo se refere.
Pronomes reflexivos
me: a mim mesmo
te: a ti mesmo
se: a si mesmo 
nos: a nos mesmos
vos: a vos mesmos
se: a si mesmos 
Voz reflexiva recíproca
Podem indicar a noção de reciprocidade, ação mutua ou corres-
pondida. Os verbos aparecem no plural e podem vir reforçados por 
expressões como “um ao outro”, “reciprocamente”, “mutuamente”.
Exemplo
Os dois abraçavam-se apaixonadamente.
Os pronomes oblíquos nas construções reflexivas e reciprocas 
funcionam, como objeto direto ou objeto indireto, dependendo da 
regência do verbo.
Exemplos
Objeto direto reflexivo
Eu me feri com o martelo.
Objeto indireto reflexivo
Ela se pôs a chorar copiosamente.
Objeto direto recíproco
Os torcedores abraçavam-se a cada gol marcado.
Objeto indireto recíproco
Deram-se as mãos e aguardaram o resultado.
Formação da Voz Passiva
Existem dois processos: Analítico e Sintético.
Voz Passiva Analítica: Verbo Ser + particípio (-ado / -ido) do 
verbo principal.
O jogador será substituído.
O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição 
por, e às vezes de.
A ilha ficou cercada de pássaros. 
Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explí-
cito na frase: A loja será inaugurada em breve. 
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A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar “ser”, pois o 
seu particípio é invariável. 
Observe:
Ele faz o conserto. (presente do indicativo)
O conserto é feito por ele. (presente do indicativo)
Em frases com locuções verbais, o verbo “ser” assume o mes-
mo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. 
Voz Passiva Sintética: verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome 
apassivador “se”:
Ouviram-se as rajadas de vento.
Vendeu-se a última caixa de produtos. 
Geralmente, o agente não vem expresso na voz passiva sinté-
tica.
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal 
estudam a sintonia entre os componentes de uma oração. 
– Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao su-
jeito, sendo que o primeiro deve, obrigatoriamente, concordar em 
número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a, 2a, ou 
3a pessoa) com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é flexiona-
do para concordar com o sujeito.
– Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero 
(flexão em masculino e feminino) e número entre os vários nomes 
da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos 
e o adjetivo. Em outras palavras, refere-se ao substantivo e suas 
formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal con-
cordância ocorre em gênero e pessoa
Casos específicos de concordância verbal 
Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três si-
tuações em que o verbo no infinitivo é flexionado: 
I – Quando houver um sujeito definido; 
II – Sempre que se quiser determinar o sujeito; 
III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração fo-
rem distintos.
 Observe os exemplos: 
“Eu pedir para eles fazerem a solicitação.” 
“Isto é para nós solicitarmos.” 
Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão 
verbal quando o sujeito não for definido, ou sempre que o sujeito 
da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo em 
locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos impe-
rativos. 
Exemplos: 
“Os membros conseguiram fazer a solicitação.” 
“Foram proibidos de realizar o atendimento.” 
Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos, 
verbo ficará sempre em concordância com a 3a pessoa do singular, 
tendo em vista que não existe um sujeito.
Observe os casos a seguir:
– Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer,nevar, amanhecer.
Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.» 
– O verbo haver com sentido de existir. Exemplo: “Havia duas 
professoras vigiando as crianças.” 
– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz 
duas horas que estamos esperando.” 
Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes 
tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito, há concordância ver-
bal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer no 
singular ou no plural: 
– “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.”
– “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos 
do que ocorreria.” 
Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo, ou 
faz concordância com o termo precedente ao pronome, ou perma-
nece na 3a pessoa do singular: 
– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.» 
Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo con-
corda com o termo que antecede o pronome: 
– “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.» 
– “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.»
Concordância verbal com a partícula de indeterminação do 
sujeito se: nesse caso, o verbo cria concordância com a 3a pessoa 
do singular sempre que a oração for constituída por verbos intran-
sitivos ou por verbos transitivos indiretos: 
– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.” 
Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo 
concorda com o objeto direto, que desempenha a função de sujeito 
paciente, podendo aparecer no singular ou no plural: 
– Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.” 
Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria, 
a maior parte: preferencialmente, o verbo fará concordância com 
a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode 
ser empregada: 
– “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos en-
traram.” 
– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das 
pessoas entenderam.”
Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve 
concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo, 
mas também concordar com a forma no masculino plural: 
– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.”
– “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.” 
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Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais:
– “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”
– “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”
Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular, se 
houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o substantivo deve estar no plural: 
– “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o xadrez.”
– “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e xadrez.” 
Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas expressões, o adjetivo flexiona em gênero e número, sempre que 
houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista esse artigo, o adjetivo deve permanecer invariável, no masculino singular: 
– “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É proibido circulação de pessoas não identificadas.”
– “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada de crianças acompanhadas.” 
Concordância nominal com menos: a palavra menos permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela advérbio ou ad-
jetivo: 
– “Menos pessoas / menos pessoas”.
– “Menos problema /menos problemas.” 
Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe, barato, meio e caro: esses termos instauram concordância em gênero e 
número com o substantivo quando exercem função de adjetivo: 
– “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.” 
– “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”. 
– “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.”
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando, em um enunciado ou ora-
ção, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina termo determinante, essa relação entre esses termos 
denominamos regência.
— Regência Nominal
É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um substantivo, um adjetivo ou um 
advérbio e será o termo determinante. 
O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse pelo complemento. 
Observe os exemplos:
“A nova entrada é acessível a cadeirantes.” 
“Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”
“Ele é perito em investigações como esta.”
Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O mesmo ocorre com os 
substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem as preposições de e em para completude de seus 
sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição 
para que seu sentido seja completo. 
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A
acessível a cego a fiel a nocivo a
agradável a cheiro a grato a oposto a
alheio a comum a horror a perpendicular a
análogo a contrário a idêntico a posterior a
anterior a desatento a inacessível a prestes a
apto a equivalente a indiferente a surdo a
atento a estranho a inerente a visível a
avesso a favorável a necessário a
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REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR
admiração por devoção por responsável por
ansioso por respeito por
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE
amante de cobiçoso de digno de inimigo de natural de sedento de
amigo de contemporâneo de dotado de livre de obrigação de seguro de
ávido de desejoso de fácil de longe de orgulhoso de sonho de
capaz de diferente de impossível de louco de passível de
cheio de difícil de incapaz de maior de possível de
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM
doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em
exato em incessante em lento em parco em versado em
firme em indeciso em morador em perito em
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA
apto para essencial para mau para
bastante para impróprio para pronto para
bom para inútil para próprio para
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM
amoroso com compatível com descontente com intolerante com
aparentado com cruel com furioso com liberal com
caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com
— Regência Verbal 
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Um verbo 
possui a mesma regência do nome do qual deriva. 
Observe as duas frases:
 I – “Eles irão ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica como verbo transitivo direto; 
“ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento. 
II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum lugar), portanto, é verbo 
transitivo indireto. 
VERBO No sentido de / pela transitividade REGE PREPOSIÇÃO? EXEMPLO
Assistir
ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”
ver SIM “Você assistiu ao jogo?”
pertencer SIM “Assiste aos cidadãos o direito de protestar.”
Custar
valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”
desafio, dano, peso moral SIM “Dizer a verdade custou a ela.”
Proceder
fundamento / verbo instransitivo NÃO “Isso não procede.”
origem SIM “Essa conclusão procede de muito vivência.”
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Visar
finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”
avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”
Querer
desejo NÃO “Queremos sair cedo.”
estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”
Aspirar
pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”
absorção ou respiração NÃO “Evite aspirar fumaça.”Implicar
consequência / verbo transitivo direto NÃO “A sua solicitação implicará alteração do meu trajeto.”
insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”
Chamar
convocação NÃO “Chame todos!”
apelido Rege complemento, com e sem preposição
“Chamo a Talita de Tatá.”
“Chamo Talita de Tatá.”
“Chamo a Talita Tatá.”
“Chamo Talita Tatá.”
Pagar
o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”
a quem se paga SIM “Pague ao credor.”
Chegar quem chega, chega a algum lugar / verbo transitivo indireto SIM “Quando chegar ao local, espere.”
Obedecer quem obedece a algo / alguém / transitivo indireto SIM “Obedeçam às regras.”
Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”
Informar verbo transitivo direito e indireto, portanto...
... exige um complemento 
sem e outro com preposição “Informe o ocorrido ao gerente.”
Ir quem vai vai a algum lugar / verbo transitivo indireto SIM “Vamos ao teatro.”
Morar Quem mora em algum lugar (verbo transitivo indireto) SIM
“Eles moram no interior.”
(Preposição “em” + artigo “o”).
Namorar verbo transitivio direito NÃO “Júlio quer namorar Maria.”
Preferir verbo bi transitivo (direto e indireto) SIM “Prefira assados a frituras.”
Simpatizar quem simpatiza simpatiza com algo/ alguém/ verbo transitivo indireto SIM “Simpatizei-me com todos.”
MORFOSSINTAXE
Definição: sintaxe é a área da Gramática que se dedica ao estudo da ordenação das palavras em uma frase, das frases em um discurso 
e também da coerência (relação lógica) que estabelecem entre si. Sempre que uma frase é construída, é fundamental que ela contenha 
algum sentido para que possa ser compreendida pelo receptor. Por fazer a mediação da combinação entre palavras e orações, a sintaxe 
é essencial para que essa compreensão se efetive. Para que se possa compreender a análise sintática, é importante retomarmos alguns 
conceitos, como o de frase, oração e período. Vejamos:
Frase 
Trata-se de um enunciado que carrega um sentido completo que possui sentido integral, podendo ser constituída por somente uma 
ou várias palavras podendo conter verbo (frase verbal) ou não (frase nominal). Uma frase pode exprimir ideias, sentimentos, apelos ou 
ordens. Exemplos: “Saia!”, “O presidente vai fazer seu discurso.”, “Atenção!”, “Que horror!”. 
A ordem das palavras: associada à pontuação apropriada, a disposição das palavras na frase também é fundamental para a compreen-
são da informação escrita, e deve seguir os padrões da Língua Portuguesa. Observe que a frase “A professora já vai falar.” Pode ser modifi-
cada para, por exemplo, “Já vai falar a professora.” , sem que haja prejuízo de sentido. No entanto, a construção “Falar a já professora vai.” 
, apesar da combinação das palavras, não poderá ser compreendida pelo interlocutor. 
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Oração
É uma unidade sintática que se estrutura em redor de um ver-
bo ou de uma locução verbal. Uma frase pode ser uma oração, des-
de que tenha um verbo e um predicado; quanto ao sujeito, nem 
sempre consta em uma oração, assim como o sentido completo. O 
importante é que seja compreensível pelo receptor da mensagem. 
Analise, abaixo, uma frase que é oração com uma que não é. 
1 – Silêncio!”: É uma frase, mas não uma oração, pois não con-
tém verbo. 
2 – “Eu quero silêncio.”: A presença do verbo classifica a frase 
como oração. 
Unidade sintática (ou termo sintático): a sintaxe de uma oração 
é formada por cada um dos termos, que, por sua vez, estabelecem 
relação entre si para dar atribuir sentido à frase. No exemplo supra-
citado, a palavra “quero” deve unir-se às palavras “Eu” e “silêncio” 
para que o receptor compreenda a mensagem. Dessa forma, cada 
palavra desta oração recebe o nome de termo ou unidade sintática, 
desempenhando, cada qual, uma função sintática diferente.
Classificação das orações: as orações podem ser simples ou 
compostas. As orações simples apresentam apenas uma frase; as 
compostas apresentam duas ou mais frases na mesma oração. 
Analise os exemplos abaixo e perceba que a oração composta tem 
duas frases, e cada uma tem seu próprio sentido. 
– Oração simples: “Eu quero silêncio.” 
– Oração composta: “Eu quero silêncio para poder ouvir o no-
ticiário”. 
Período 
É a construção composta por uma ou mais orações, sempre 
com sentido completo. Assim como as orações, o período também 
pode ser simples ou composto, que se diferenciam em razão do nú-
mero de orações que apresenta: o período simples contém apenas 
uma oração, e o composto mais de uma. Lembrando que a oração é 
uma frase que contém um verbo. Assim, para não ter dúvidas quan-
to à classificação, basta contar quantos verbos existentes na frase.
– Período simples: “Resolvo esse problema até amanhã.” - 
apresenta apenas um verbo. 
– Período composto: Resolvo esse problema até amanhã ou 
ficarei preocupada.” - contém dois verbos. 
 
— Análise Sintática 
É o nome que se dá ao processo que serve para esmiuçar a 
estrutura de um período e das orações que compõem um período. 
Termos da oração: é o nome dado às palavras que atribuem 
sentido a uma frase verbal. A reunião desses elementos forma o 
que chamamos de estrutura de um período. Os termos essenciais 
se subdividem em: essenciais, integrantes e acessórios. Acompanhe 
a seguir as especificidades de cada tipo. 
1 – Termos Essenciais (ou fundamentais) da oração
Sujeito e Predicado: enquanto um é o ser sobre quem/o qual 
se declara algo, o outro é o que se declara sobre o sujeito e, por 
isso, sempre apresenta um verbo ou uma locução verbal, como nos 
respectivos exemplos a seguir:
Exemplo: em “Fred fez um lindo discurso.”, o sujeito é “Fred”, 
que “fez um lindo discurso” (é o restante da oração, a declaração 
sobre o sujeito). 
Nem sempre o sujeito está no início da oração (sujeito direto), 
podendo apresentar-se também no meio da fase ou mesmo após 
o predicado (sujeito inverso). Veja um exemplo para cada um dos 
respectivos casos: 
“Fred fez um lindo discurso.” 
 “Um lindo discurso Fred fez.” 
“Fez um lindo discurso, Fred.” 
– Sujeito determinado: é aquele identificável facilmente pela 
concordância verbal. 
– Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo liga-
do ao verbo. Ex.: “Júlia passou no teste”. 
– Sujeito determinado composto: possui dois ou mais núcleos. 
Ex.: “Júlia e Felipe passaram no teste.” 
– Sujeito determinado implícito: não aparece facilmente na 
oração, mas a frase é dotada de entendimento. Ex.: “Passamos no 
teste.” Aqui, o termo “nós” não está explícito na oração, mas a 
concordância do verbo o destaca de forma indireta. 
– Sujeito indeterminado: é o que não está visível na oração e, 
diferente do caso anterior, não há concordância verbal para deter-
miná-lo. 
Esse sujeito pode aparecer com: 
– Verbo na 3a pessoa do plural. Ex.: “Reformaram a casa velha”. 
– Verbo na 3a pessoa do singular + pronome “se”: “Contrata-se 
padeiro.”». 
– Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você es-
tiver lá.” 
– Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado, 
e sua mensagem está centralizada no verbo, que é impessoal. Essas 
orações podem ter verbos que constituam fenômenos da natureza, 
ou os verbos ser, estar, haver e fazer quando indicativos de fenôme-
no meteorológico ou tempo. Observe os exemplos: 
“Choveu muito ontem”. 
“Era uma hora e quinze”.
– Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e ver-
bo, ou entre verbo e complementos. Os verbos, por sua vez, tam-
bém recebem sua classificação, conforme abaixo: 
– Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adian-
te para passar a informação adequada. Em outras palavras, é o ver-
bo que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa 
compreensão, esse trânsito do verbo, o complemento pode ser di-
reto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e 
complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e 
complemento são unidos por preposição. Ex.: “Preciso de dinheiro.”
– Verbointransitivo: não requer complemento, é provido de 
sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, nascer, nadar, 
cair, mergulhar, correr. 
– Verbo de ligação: servem para expressar características de 
estado ao sujeito, sendo eles: estado permanente (“Pedro é alto.”), 
estado de transição (“Pedro está acamado.”), estado de mutação 
(“Pedro esteve enfermo.”), estado de continuidade (“Pedro conti-
nua esbelto.”) e estado aparente (“Pedro parece nervoso.”). 
– Predicados nominais: são aqueles que têm um nome (subs-
tantivo ou adjetivo) como cujo núcleo significativo da oração. Ade-
mais, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade, e é 
composto por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito. 
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– Predicativo do sujeito: é um termo que atribui características 
ao sujeito por meio de um verbo. Exemplo: em “Marta é inteligen-
te.”, o adjetivo é o predicativo do sujeito “Marta”, ou seja, é sua 
característica de estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo “ser” 
(é), que é o verbo de ligação entre Marta e sua característica atual. 
Esse elemento não precisa ser, obrigatoriamente, um adjetivo, mas 
pode ser uma locução adjetiva, ou mesmo um substantivo ou pala-
vra substantivada. 
– Predicado Verbo-Nominal: esse tipo deve apresentar sempre 
um predicativo do sujeito associado a uma ação do sujeito acresci-
da de uma qualidade sua. Exemplo: “As meninas saíram mais cedo 
da aula. Por isso, estavam contentes. 
O sujeito “As meninas” possui como predicado o verbo “sair” 
e também o adjetivo “contentes”. Logo, “estavam contentes” é o 
predicativo do sujeito e o verbo de ligação é “estar”. 
2 – Termos integrantes da oração
Basicamente, são os termos que completam os verbos de uma 
oração, atribuindo sentindo a ela. Eles podem ser complementos 
verbais, complementos nominais ou mesmo agentes da passiva. 
– Complementos Verbais: como sugere o nome, esses termos 
completam o sentido de verbos, e se classificam da seguinte forma: 
– Objeto direto: completa verbos transitivos diretos, não exi-
gindo preposição. 
– Objeto indireto: complementam verbos transitivos indiretos, 
isto é, aqueles que dependem de preposição para que seu sentido 
seja compreendido. 
Quanto ao objeto direto, podemos ter: 
– Um pronome substantivo: “A equipe que corrigiu as provas.” 
– Um pronome oblíquo direto: “Questionei-a sobre o aconte-
cido.” 
– Um substantivo ou expressão substantivada: “Ele consertou 
os aparelhos.»
– Complementos Nominais: esses termos completam o senti-
do de uma palavra, mas não são verbos; são nomes (substantivos, 
adjetivos ou advérbios), sempre seguidos por preposição. Observe 
os exemplos:
– “Maria estava satisfeita com seus resultados.” – observe que 
“satisfeita” é adjetivo, e “com seus resultados” é complemento no-
minal. 
– “O entregador atravessou rapidamente pela viela. – “rapida-
mente” é advérbio de modo. 
– “Eu tenho medo do cachorro.” – Nesse caso, “medo” é um 
substantivo. 
– Agentes da Passiva: são os termos de uma oração que prati-
cam a ação expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva. 
Assim, estão normalmente acompanhados pelas preposições de e 
por. Observe os exemplos do item anterior modificados para a voz 
passiva: 
– “Os resultados foram motivo de satisfação de Maria.” 
– “O cachorro foi alvo do meu medo.” 
– “A viela foi atravessada rapidamente pelo entregador.” 
3 – Termos acessórios da oração
Diversamente dos termos essenciais e integrantes, os termos 
acessórios não são fundamentais o sentido da oração, mas servem 
para complementar a informação, exprimindo circunstância, deter-
minando o substantivo ou caracterizando o sujeito. Confira abaixo 
quais são eles: 
– Adjunto adverbial: são os termos que modificam o sentido 
do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Analise os exemplos: 
“Dormimos muito.” 
O termo acessório “muito” classifica o verbo “dormir”. 
“Ele ficou pouco animado com a notícia.” 
O termo acessório “pouco” classifica o adjetivo “animado” 
“Maria escreve bastante bem.” 
O termo acessório “bastante” modifica o advérbio “bem”. 
Os adjuntos adverbiais podem ser: 
– Advérbios: pouco, bastante, muito, ali, rapidamente longe, etc. 
– Locuções adverbiais: o tempo todo, às vezes, à beira-mar, etc. 
– Orações: «Quando a mercadoria chegar, avise.” (advérbio de 
tempo). 
– Adjunto adnominal: é o termo que especifica o substantivo, 
com função de adjetivo. Em razão disso, pode ser representado por 
adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais adjetivos ou prono-
mes adjetivos. Analise o exemplo: 
“O jovem apaixonado presenteou um lindo buquê à sua colega 
de escola.” 
– Sujeito: “jovem apaixonado” 
– Núcleo do predicado verbal: “presenteou” 
– Objeto direto do verbo entregar: “um lindo buquê” 
– Objeto indireto: “à amiga de classe” – Adjuntos adnominais: 
no sujeito, temos o artigo “o” e “apaixonado”, pois caracterizam 
o “jovem”, núcleo do sujeito; o numeral “um” e o adjetivo “lindo” 
fazem referência a “buquê” (substantivo); o artigo “à” (contração 
da preposição + artigo feminino) e a locução “de trabalho” são os 
adjuntos adnominais de “colega”. 
– Aposto: é o termo que se relaciona com o sujeito para carac-
terizá-lo, contribuindo para a complementação uma informação já 
completa. Observe os exemplos:
 “Michael Jackson, o rei do pop, faleceu há uma década.” 
 “Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 1950.” 
– Vocativo: esse termo não apresenta relação sintática nem 
com sujeito nem com predicado, tendo sua função no chamamento 
ou na interpelação de um ouvinte, e se relaciona com a 2a pessoa 
do discurso. Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a 
quem ela é dirigida. Podem ser acompanhados de interjeições de 
apelo. Observe: 
“Ei, moça! Seu documento está pronto!” 
“Senhor, tenha misericórdia de nós!” 
“Vista o casaco, filha!” 
— Estudo da relação entre as orações 
Os períodos compostos são formados por várias orações. As 
orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de su-
bordinação. 
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– Período composto por coordenação: é formado por orações 
independentes. Apesar de estarem unidas por conjunções ou vírgu-
las, as orações coordenadas podem ser entendidas individualmen-
te porque apresentam sentidos completos. Acompanhe a seguir a 
classificação das orações coordenadas:
– Oração coordenada aditiva: “Assei os salgados e preparei os 
doces.” 
– Oração coordenada adversativa: “Assei os salgados, mas não 
preparei os doces.” 
– Oração coordenada alternativa: “Ou asso os salgados ou pre-
paro os doces.” 
– Oração coordenada conclusiva: “Marta estudou bastante, 
logo, passou no exame.” 
– Oração coordenada explicativa: “Marta passou no exame por-
que estudou bastante.” 
– Período composto por subordinação: são constituídos por 
orações dependentes uma da outra. Como as orações subordinadas 
apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas de 
forma separada. As orações subordinadas são divididas em subs-
tantivas, adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos: 
– Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado 
que o suspeito era realmente o culpado.” 
– Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não que-
ria que isso acontecesse.” 
– Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É obriga-
tório de que todos os estudantes sejam assíduos.” 
– Oração subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho 
expectativa de que os planos serão melhores em breve!” 
– Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa 
é que meus pais são saudáveis.” 
– Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba dis-
to: que tudo esteja organizado quando eu voltar!” 
– Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me demo-
rar porque tenho hora marcada na psicóloga.” 
– Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão feli-zes que pulamos de alegria.” 
– Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando 
para que nós chegássemos a casa em segurança.” 
– Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu che-
guei, eles iniciaram o trabalho.” 
– Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo, 
espero por você.» 
– Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que esti-
vesse cansado, concluiu a maratona.” 
– Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia 
como se ainda vivesse no interior.”
– Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme 
combinamos anteriormente, entregarei o produto até amanhã.” 
– Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais 
me exercito, mais tenho disposição.” 
– Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que pas-
sou no concurso, mudou-se para o interior.” 
– Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve 
enferma conseguiu ser aprovada nas provas.”
REDAÇÃO (CONFRONTO E RECONHECIMENTO DE FRASES 
CORRETAS E INCORRETAS)
— Definição 
A redação pode ser definida como o ato de produzir um texto 
escrito e, conforme sua estrutura e objetivos, pode ser tipificada 
em narrativa, descritiva, informativa e dissertativa. Cada um des-
ses tipos de redação especificidades próprias e, ao se optar por um 
deles, é fundamental atenção aos seus elementos estar atento aos 
seus elementos integrantes. Confira abaixo algumas dicas de impor-
tantes para a escrita de uma boa redação. 
A importância da Introdução 
Em um vestibular ou concurso, a redação vai ser avaliada, ob-
viamente, por completo, e todas as suas etapas são fundamentais 
para a composição da nota. No entanto, a forma como ela se inicia 
tem grande peso na atribuição do conceito do examinador, por dois 
motivos principais: 
– Envolve a atenção do leitor: o interesse do leitor precisa ser 
captado já no início, pois é nesse momento que ele decide se vai 
prosseguir ou não com a leitura. Começar bem uma redação é pri-
mordial para que o leitor deseje conhecer as linhas seguintes de 
seu texto. 
– Síntese do conteúdo: a introdução daquilo que será aborda-
do contribui para que o leitor esteja apto a compreender o tema 
e, assim, ser capaz de assimilar o conteúdo à medida que ele se 
desenvolve. 
Os Tipos de Redações
A decisão de como a redação será iniciada vai depender do gê-
nero textual, por isso, é importante estar ciente acerca dos diversos 
tipos textuais. Verifique abaixo os tipos mais comuns de redação e 
as suas características: 
Narrativa: é o relato de fatos em torno de personagens, ou 
seja, uma história, que pode ser fictícia ou real. A narrativa é com-
posta pelo narrador, que pode ser em 1a pessoa ou em 3a pessoa. 
Sua estrutura básica são personagens, enredo tempo e espaço em 
que se dão os fatos. 
Descritiva: apresenta os aspectos gerais e detalhados de algo 
ou de alguém, por isso, é elaborada com base nas observações e 
perspectivas do autor. Se abordar elementos concretos (caracterís-
ticas físicas, objetos, cores e dimensões), a redação será denomi-
nada descritiva objetiva. Se abordar opiniões pessoais, será uma 
redação descritiva subjetiva. 
Dissertativa: é o tipo amplamente mais requerido em exa-
mes em geral, como concursos públicos e vestibulares, incluindo 
o ENEM. Na dissertação, o autor desenvolve um tema e apresenta 
o seu ponto de vista acerca dele. A redação dissertativa pode apre-
sentar as seguintes abordagens: 
– Dissertativa-expositiva: explora dados e informações com o 
único propósito de informar seu leitor. 
– Dissertativa-argumentativa: recorre a argumentos diversos 
para defender uma ideia ou opinião. 
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Iniciando a Introdução da Redação
Para isso, existem algumas formas padronizadas e seguras. São 
elas:
– Citação 
– Alusão histórica 
Termos adequados e para utilizar no início uma redação: os 
conectivos são recursos excelentes para relacionar as ideias apre-
sentadas. Empregá-los na sua redação, portanto, auxilia uma coe-
são e coerência do seu texto. Dentre os diversos tipos de conecti-
vos, existem alguns apropriados para introduzir um tema. Veja os 
exemplos: “Para começar”, “Primeiramente”, “Sobretudo”, “Antes 
de tudo”, “Em primeiro lugar”, “Principalmente”, etc. 
Frases adequadas para se iniciar uma redação: 
– Os temas de redação, em geral, são atuais. Assim, termos e 
expressões as seguintes são convencionalmente aceitos para se ini-
ciar um texto dissertativo:
Nos dias atuais”, “Hoje em dia”, “Atualmente”
– Em seguida, deve-se abordar o assunto, por exemplo com 
uma alusão histórica, conforme mencionado anteriormente. É uma 
excelente estratégia para resgatar dados e informações preceden-
tes. 
“De acordo com o histórico da saúde pública…”
– Quando se trata de assuntos polêmicos e amplamente deba-
tidos no momento, a frase seguinte é uma boa alternativa de intro-
dução do assunto: 
“Comenta-se frequentemente acerca de...”
– Se você possuir informações para começar seu texto, a frase 
abaixo pode auxiliar na construção da narrativa: 
“Ao examinar os dados, constata-se que...”
– A sentença a seguir é uma alternativa para introduzir os seus 
argumentos acerca do tema abordado. 
“Dentre os inúmeros motivos que levaram...”
– Empregue esta sentença para expor o seu ponto de vista so-
bre o assunto a ser discutido. 
“Ao analisar os fatos...”
Preparando-se para escrever uma boa redação 
1 – Seja objetivo: essa é uma característica essencial na cons-
trução de uma redação. Afinal de contas, o leitor precisa ter clareza 
das ideias do autor. Por isso, ao redigir seu texto, tenha a certeza de 
ser objetivo e de se fazer entendível. 
2 – Estude temas gerais: as propostas de redação exploram 
o seu conhecimento, por isso, é importante conhecer os assuntos 
gerais que estão em alta e procurar guardar na memória dados e 
informações relevantes que servirão como apoio a construção de 
sua redação. 
3 – Conheça e esteja atento às normas gramaticais: uma reda-
ção satisfatória deve ter coesão e coerência, além de seguir à risca 
as normas da língua portuguesa. Portanto, não se esqueça de, ao 
finalizar o texto, fazer a sua leitura e releitura quantas vezes forem 
necessárias para corrigir as possíveis inadequações gramaticais. 
4 – Evite clichês e gírias: essa conduta faz parte do respeito às 
normas da língua portuguesa, e podem desqualificar sua sabedoria 
e competência. 
5 – Os argumentos que serão utilizados devem ser escritos já 
no rascunho: para evitar que se esqueça dos melhores e principais 
argumentos, é válido listá-los antes de se começar a redigir o texto. 
Além de prevenir esquecimento, essa técnica vai te auxiliar na refle-
xão acerca de todas as informações que você dispõe e a organizá-las 
no texto. 
6 – Utilize estatísticas, se as tiver: elas são instrumentos exce-
lentes para fundamentar seus argumentos e demonstrar que você 
domina o tema. Se você tiver esse conhecimento, não deve deixar 
de explorá-lo. 
7 – Levante questões sobre o problema proposto: como as 
redações tendem a explorar assuntos de grande repercussão e con-
trovérsia, que requerem a reflexão sobre problemas e proposição 
de soluções, é importante que você esteja certo do seu ponto de 
vista em relação ao tema e considere as formas de solucionar os 
impasses apresentados. Escolha sentenças curtas e diretas, livres 
de ambiguidade e que não venham a confundir a interpretação. 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNE-
ROS VARIADOS
Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois 
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objeti-
vo de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é 
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que nos 
é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação, a res-
posta será localizada no próprio no texto, posteriormente, ocorre 
a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada em 
nossos conhecimentosprévios. 
Compreensão de Textos 
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise 
do que está explícito no texto, ou seja, na identificação da men-
sagem. É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo 
uso da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender. 
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensa-
gem transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a 
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, ao 
ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos a men-
sagem transmitida por ela, assim como o seu propósito comunicati-
vo, que é informar o ouvinte sobre um determinado evento. 
Interpretação de Textos 
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os re-
sultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias e, 
em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar é 
decodificar o sentido de um texto por indução. 
A interpretação de textos compreende a habilidade de se che-
gar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de texto, 
seja ele escrito, oral ou visual. 
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado 
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado 
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, 
podendo ser diferente entre leitores. 
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Exemplo de compreensão e interpretação de textos
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de 
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em 
um texto misto (verbal e visual):
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Espe-
cial > 2015
Português > Compreensão e interpretação de textos
A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.
“A Constituição garante o direito à educação para todos e a 
inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com 
deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou 
menos severas.”
A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de 
1988.
(B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos 
severas.
(C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes 
ou não.
(D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser in-
cluídos socialmente.
(E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
Comentário da questão:
Em “A” – Errado: o texto é sobre direito à educação, incluindo 
as pessoas com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na socie-
dade. 
Em “B” – Certo: o complemento “mais ou menos severas” se 
refere à “deficiências de toda ordem”, não às leis. 
Em “C” – Errado: o advérbio “também”, nesse caso, indica a 
inclusão/adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à 
educação, além das que não apresentam essas condições.
Em “D” – Errado: além de mencionar “deficiências de toda or-
dem”, o texto destaca que podem ser “permanentes ou temporá-
rias”.
Em “E” – Errado: este é o tema do texto, a inclusão dos defi-
cientes. 
Resposta: Letra B. 
RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS
Definições e diferenciação: tipos textuais e gêneros textuais 
são dois conceitos distintos, cada qual com sua própria linguagem 
e estrutura. Os tipos textuais gêneros se classificam em razão da 
estrutura linguística, enquanto os gêneros textuais têm sua classi-
ficação baseada na forma de comunicação. Assim, os gêneros são 
variedades existente no interior dos modelos pré-estabelecidos 
dos tipos textuais. A definição de um gênero textual é feita a partir 
dos conteúdos temáticos que apresentam sua estrutura específica. 
Logo, para cada tipo de texto, existem gêneros característicos. 
Como se classificam os tipos e os gêneros textuais
As classificações conforme o gênero podem sofrer mudanças 
e são amplamente flexíveis. Os principais gêneros são: romance, 
conto, fábula, lenda, notícia, carta, bula de medicamento, cardápio 
de restaurante, lista de compras, receita de bolo, etc. Quanto aos ti-
pos, as classificações são fixas, e definem e distinguem o texto com 
base na estrutura e nos aspectos linguísticos. Os tipos textuais são: 
narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo. Resumin-
do, os gêneros textuais são a parte concreta, enquanto as tipolo-
gias integram o campo das formas, da teoria. Acompanhe abaixo 
os principais gêneros textuais inseridos e como eles se inserem em 
cada tipo textual:
Texto narrativo: esse tipo textual se estrutura em: apresenta-
ção, desenvolvimento, clímax e desfecho. Esses textos se caracteri-
zam pela apresentação das ações de personagens em um tempo e 
espaço determinado. Os principais gêneros textuais que pertencem 
ao tipo textual narrativo são: romances, novelas, contos, crônicas 
e fábulas.
Texto descritivo: esse tipo compreende textos que descrevem 
lugares ou seres ou relatam acontecimentos. Em geral, esse tipo de 
texto contém adjetivos que exprimem as emoções do narrador, e, 
em termos de gêneros, abrange diários, classificados, cardápios de 
restaurantes, folhetos turísticos, relatos de viagens, etc.
Texto expositivo: corresponde ao texto cuja função é transmi-
tir ideias utilizando recursos de definição, comparação, descrição, 
conceituação e informação. Verbetes de dicionário, enciclopédias, 
jornais, resumos escolares, entre outros, fazem parte dos textos ex-
positivos. 
Texto argumentativo: os textos argumentativos têm o obje-
tivo de apresentar um assunto recorrendo a argumentações, isto 
é, caracteriza-se por defender um ponto de vista. Sua estrutura é 
composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. Os tex-
tos argumentativos compreendem os gêneros textuais manifesto e 
abaixo-assinado.
Texto injuntivo: esse tipo de texto tem como finalidade de 
orientar o leitor, ou seja, expor instruções, de forma que o emissor 
procure persuadir seu interlocutor. Em razão disso, o emprego de 
verbos no modo imperativo é sua característica principal. Perten-
cem a este tipo os gêneros bula de remédio, receitas culinárias, ma-
nuais de instruções, entre outros.
Texto prescritivo: essa tipologia textual tem a função de instruir 
o leitor em relação ao procedimento. Esses textos, de certa forma, 
impedem a liberdade de atuação do leitor, pois decretam que ele 
siga o que diz o texto. Os gêneros que pertencem a esse tipo de 
texto são: leis, cláusulas contratuais, edital de concursos públicos.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar 
o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso linguístico 
para expressar de formas diferentes experiências comuns, conferindo 
originalidade, emotividade ao discurso, ou tornando-o poético. 
As figuras de linguagem classificam-se em
– figuras de palavra;
– figuras de pensamento;
– figuras de construção ou sintaxe.
Figuras de palavra
Emprego de um termo com sentido diferente daquele conven-
cionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais ex-
pressivo na comunicação.
Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos co-
nectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente 
vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase.
Exemplos
...a vida é cigana
É caravana
É pedra de gelo ao sol.
(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença)
Encarnado e azul são as cores do meu desejo.
(Carlos Drummond de Andrade)
Comparação: aproxima dois elementos que se identificam, 
ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal 
como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a com-
paração: parecer, assemelhar-se e outros.
Exemplo
Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando 
você entrou em mim como um sol no quintal.
(Belchior)
Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o 
qual não existe uma designação apropriada.
Exemplos
– folha de papel
– braço depoltrona
– céu da boca
– pé da montanha
Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen-
tidos físicos.
Exemplo 
Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva) mecânica.
(Carlos Drummond de Andrade)
A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sinestesia: “ódio 
amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferença gelada”.
Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade, 
atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o.
Exemplos
O filósofo de Genebra (= Calvino).
O águia de Haia (= Rui Barbosa).
Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que 
a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida.
Exemplos
Leio Graciliano Ramos. (livros, obras)
Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)
Tomei um Danone. (iogurte)
Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné-
doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural.
Exemplo
A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro su-
mir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo plural)
(José Cândido de Carvalho)
Figuras Sonoras
Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral-
mente em posição inicial da palavra.
Exemplo
Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes veladas.
(Cruz e Sousa)
Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um 
verso ou poesia.
Exemplo
Sou Ana, da cama,
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam.
(Chico Buarque)
Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou 
na prosódia, mas diferentes no sentido.
Exemplo
Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu
[erro
quero que você ganhe que
[você me apanhe
sou o seu bezerro gritando
[mamãe.
(Caetano Veloso)
Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro-
duzido por seres animados e inanimados.
Exemplo
Vai o ouvido apurado
na trama do rumor suas nervuras
inseto múltiplo reunido
para compor o zanzineio surdo
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circular opressivo
zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor
da noite em branco 
(Carlos Drummond de Andrade)
Observação: verbos que exprimem os sons são considerados 
onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc.
Figuras de sintaxe ou de construção
Dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os 
termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.
Podem ser formadas por:
omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
ruptura: anacoluto;
concordância ideológica: silepse.
Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período, 
frase ou verso.
Exemplo
Dentro do tempo o universo
[na imensidão.
Dentro do sol o calor peculiar
[do verão.
Dentro da vida uma vida me
[conta uma estória que fala
[de mim.
Dentro de nós os mistérios
[do espaço sem fim!
(Toquinho/Mutinho)
Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam vir li-
gadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por vírgulas.
Exemplo
Não nos movemos, as mãos é
que se estenderam pouco a
pouco, todas quatro, pegando-se,
apertando-se, fundindo-se.
(Machado de Assis)
Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde-
nativa mais vezes do que exige a norma gramatical.
Exemplo
Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem 
tuge, nem muge.
(Rubem Braga)
Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter-
mo já expresso.
Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres-
são, dando ênfase à mensagem.
Exemplos
Não os venci. Venceram-me
eles a mim.
(Rui Barbosa)
Morrerás morte vil na mão de um forte.
(Gonçalves Dias)
Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia-
na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado.
Exemplos
Ouvir com os ouvidos.
Rolar escadas abaixo.
Colaborar juntos.
Hemorragia de sangue.
Repetir de novo.
Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben-
tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con-
junções, preposições e verbos.
Exemplos
Compareci ao Congresso. (eu)
Espero venhas logo. (eu, que, tu)
Ele dormiu duas horas. (durante)
No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)
(Camões)
Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anteriormente.
Exemplos
Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.
(Camilo Castelo Branco)
 Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes.
(Machado de Assis)
Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elementos na frase.
Exemplos
Passeiam, à tarde, as belas na avenida.
(Carlos Drummond de Andrade)
Paciência tenho eu tido...
(Antônio Nobre)
Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a 
frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do 
período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem 
função sintática definida.
Exemplos
E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas.
(Manuel Bandeira)
Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas bo-
tassem as mãos.
(José Lins do Rego)
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Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que 
pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase).
Exemplo
...em cada olho um grito castanho de ódio.
(Dalton Trevisan)
...em cada olho castanho um grito de ódio)
Silepse
Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo 
ou pronome com a pessoa a que se refere.
Exemplos
Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...
(Rachel de Queiroz)
V. Ex.a parece magoado...
(Carlos Drummond de Andrade)
Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com 
o sujeito da oração.
Exemplos
Os dois ora estais reunidos...
(Carlos Drummond de Andrade)
Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas.
(Machado de Assis)
Silepse de número: Não há concordância do número verbal 
com o sujeito da oração.
Exemplo
Corria gente de todos os lados, e gritavam.
(Mário Barreto)
DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE
Discurso direto
É a fala da personagem reproduzida fielmente pelo narrador, 
ou seja, reproduzida nos termos em que foi expressa.
— Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores com-
pletamente bêbados, não é?
Foi aí que um dos bêbados pediu:
— Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é 
o seu marido que os outros querem ir para casa.
(Stanislaw Ponte Preta)
Observe que, no exemplo dado, a fala da personagem é intro-
duzida por um travessão, que deve estar alinhado dentro do pará-
grafo.
O narrador, ao reproduzir diretamente a fala das personagens, 
conserva características do linguajar de cada uma, como termos de 
gíria, vícios de linguagem, palavrões, expressões regionais ou caco-
etes pessoais.
O discurso direto geralmente apresenta verbos de elocução (ou 
declarativos ou dicendi) que indicam quem está emitindo a mensa-
gem.
Os verbos declarativos ou de elocução mais comuns são:
acrescentar
afirmar
concordar
consentir
contestar
continuar
declamar
determinar
dizer
esclarecer
exclamar
explicar
gritar
indagar
insistir
interrogar
interromper
intervir
mandar
ordenar, pedir
perguntar
prosseguir
protestar
reclamar
repetir
replicar
responder
retrucar
solicitar
Os verbos declarativos podem, além de introduzir a fala, indicar 
atitudes, estados interiores ou situações emocionais das persona-
gens como, por exemplo, os verbos protestar, gritar, ordenar e ou-
tros. Esse efeito pode ser também obtido com o uso de adjetivos ou 
advérbios aliados aos verbos de elocução: falou calmamente, gritou 
histérica, respondeu irritada, explicou docemente.
Exemplo:
— O amor, prosseguiu sonhadora, é a grande realização de nos-
sas vidas.
Ao utilizar o discurso direto – diálogos (com ou sem travessão) en-
tre as personagens –, você deve optar por um dos três estilos a seguir:
Estilo 1:
João perguntou:
— Que tal o carro?
Estilo 2:
João perguntou: “Quetal o carro?” (As aspas são optativas)
Antônio respondeu: “horroroso” (As aspas são optativas)
Estilo 3:
Verbos de elocução no meio da fala:
— Estou vendo, disse efusivamente João, que você adorou o carro.
— Você, retrucou Antônio, está completamente enganado.
Verbos de elocução no fim da fala:
— Estou vendo que você adorou o carro — disse efusivamente João.
— Você está completamente enganado — retrucou Antônio.
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Os trechos que apresentam verbos de elocução podem vir com 
travessões ou com vírgulas. Observe os seguintes exemplos:
— Não posso, disse ela daí a alguns instantes, não deixo meu 
filho. (Machado de Assis)
— Não vá sem eu lhe ensinar a minha filosofia da miséria, disse 
ele, escarrachando-se diante de mim. (Machado de Assis)
— Vale cinquenta, ponderei; Sabina sabe que custou cinquenta 
e oito. (Machado de Assis)
— Ainda não, respondi secamente. (Machado de Assis)
Verbos de elocução depois de orações interrogativas e exclamativas:
— Nunca me viu? perguntou Virgília vendo que a encarava com 
insistência. (Machado de Assis)
— Para quê? interrompeu Sabina. (Machado de Assis)
— Isso nunca; não faço esmolas! disse ele. (Machado de Assis)
Observe que os verbos de elocução aparecem em letras minús-
culas depois dos pontos de exclamação e interrogação.
Discurso indireto
No discurso indireto, o narrador exprime indiretamente a fala da 
personagem. O narrador funciona como testemunha auditiva e passa 
para o leitor o que ouviu da personagem. Na transcrição, o verbo apare-
ce na terceira pessoa, sendo imprescindível a presença de verbos dicendi 
(dizer, responder, retrucar, replicar, perguntar, pedir, exclamar, contestar, 
concordar, ordenar, gritar, indagar, declamar, afirmar, mandar etc.), se-
guidos dos conectivos que (dicendi afirmativo) ou se (dicendi interrogati-
vo) para introduzir a fala da personagem na voz do narrador.
A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava 
muito conhecer Carlota e perguntou por que não a levei comigo.
(Ciro dos Anjos)
Fui ter com ela, e perguntei se a mãe havia dito alguma coisa; 
respondeu-me que não. 
(Machado de Assis)
Discurso indireto livre
Resultante da mistura dos discursos direto e indireto, existe 
uma terceira modalidade de técnica narrativa, o chamado discurso 
indireto livre, processo de grande efeito estilístico. Por meio dele, 
o narrador pode, não apenas reproduzir indiretamente falas das 
personagens, mas também o que elas não falam, mas pensam, so-
nham, desejam etc. Neste caso, discurso indireto livre corresponde 
ao monólogo interior das personagens, mas expresso pelo narrador.
As orações do discurso indireto livre são, em regra, independentes, 
sem verbos dicendi, sem pontuação que marque a passagem da fala do 
narrador para a da personagem, mas com transposições do tempo do 
verbo (pretérito imperfeito) e dos pronomes (terceira pessoa). O foco 
narrativo deve ser de terceira pessoa. Esse discurso é muito emprega-
do na narrativa moderna, pela fluência e ritmo que confere ao texto.
Fabiano ouviu o relatório desconexo do bêbado, caiu numa in-
decisão dolorosa. Ele também dizia palavras sem sentido, conversa 
à toa. Mas irou-se com a comparação, deu marradas na parede. Era 
bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. 
Estava preso por isso? Como era? Então mete- se um homem na 
cadeia por que ele não sabe falar direito?
(Graciliano Ramos)
Observe que se o trecho “Era bruto, sim” estivesse um discurso dire-
to, apresentaria a seguinte formulação: Sou bruto, sim; em discurso indi-
reto: Ele admitiu que era bruto; em discurso indireto livre: Era bruto, sim.
Para produzir discurso indireto livre que exprima o mundo inte-
rior da personagem (seus pensamentos, desejos, sonhos, fantasias 
etc.), o narrador precisa ser onisciente. Observe que os pensamentos 
da personagem aparecem, no trecho transcrito, principalmente nas 
orações interrogativas, entremeadas com o discurso do narrador.
Transposição de discurso
Na narração, para reconstituir a fala da personagem, utiliza-se 
a estrutura de um discurso direto ou de um discurso indireto. O 
domínio dessas estruturas é importante tanto para se empregar 
corretamente os tipos de discurso na redação.
Os sinais de pontuação (aspas, travessão, dois-pontos) e outros 
recursos como grifo ou itálico, presentes no discurso direto, não apa-
recem no discurso indireto, a não ser que se queira insistir na atri-
buição do enunciado à personagem, não ao narrador. Tal insistência, 
porém, é desnecessária e excessiva, pois, se o texto for bem constru-
ído, a identificação do discurso indireto livre não oferece dificuldade.
Discurso Direto
• Presente
A enfermeira afirmou:
– É uma menina.
• Pretérito perfeito
– Já esperei demais, retrucou com indignação.
• Futuro do presente
Pedrinho gritou:
– Não sairei do carro.
• Imperativo
Olhou-a e disse secamente:
– Deixe-me em paz.
Outras alterações
• Primeira ou segunda pessoa
Maria disse:
– Não quero sair com Roberto hoje.
• Vocativo
– Você quer café, João?, perguntou a prima.
• Objeto indireto na oração principal
A prima perguntou a João se ele queria café.
• Forma interrogativa ou imperativa
Abriu o estojo, contou os lápis e depois perguntou ansiosa:
– E o amarelo?
• Advérbios de lugar e de tempo
aqui, daqui, agora, hoje, ontem, amanhã
• Pronomes demonstrativos e possessivos
essa(s), esta(s)
esse(s), este(s)
isso, isto
meu, minha
teu, tua
nosso, nossa
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Discurso Indireto
• Pretérito imperfeito
A enfermeira afirmou que era uma menina.
• Futuro do pretérito
Pedrinho gritou que não sairia do carro.
• Pretérito mais-que-perfeito
Retrucou com indignação que já esperara (ou tinha espera-
do) demais.
• Pretérito imperfeito do subjuntivo
Olhou-a e disse secamente que o deixasse em paz.
Outras alterações
• Terceira pessoa
Maria disse que não queria sair com Roberto naquele dia.
• Objeto indireto na oração principal
A prima perguntou a João se ele queria café.
• Forma declarativa
Abriu o estojo, contou os lápis e depois perguntou ansiosa 
pelo amarelo.
lá, dali, de lá, naquele momento, naquele dia, no dia ante-
rior, na véspera, no dia seguinte, aquela(s), aquele(s), aquilo, 
seu, sua (dele, dela), seu, sua (deles, delas)
ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM AO TIPO DE DOCUMENTO
Adequação vocabular” é adequar as palavras a situação de fala. 
As gírias, por exemplo, podem ser perfeitamente ajustadas a certos 
contextos. 
A adequação vocabular trata das corretas situações em que 
devemos usar as melhores situações vocabulares. Isto é, trata dos 
momento em que determinadas linguagens devem ser usada.
É o caso por exemplo de quando estamos diante de uma situa-
ção informal, com amigos, e conhecidos, onde podemos usar gírias 
além de demais palavras menor formais. Diferente de situações em 
que estamos diante de momento mais formais, como o trabalho 
por exemplo.
O ato de escrever
O que para alguns parece fácil e agradável, para outros repre-
senta um sacrifício sem perspectivas favoráveis. Nas práticas esco-
lares, não se prepara o aluno para ser escritor, mas para escrever 
satisfatoriamente numa linguagem que revele precisão vocabular 
e clareza de ideias.
Um texto correto e preciso resulta de um pensamento organi-
zado, ao qual se somam a capacidade para aproveitar os recursos 
expressivos da língua e a interpretação analítica da realidade, em 
especial na dissertação. Qualquer que seja a modalidade redacio-
nal, sua finalidade é concretizar a comunicação de ideias (conteú-
do), valorizadas por uma expressão estética da linguagem (forma). 
Não basta, pois, saber o que escrever, mas como escrever.
As dificuldades para redigir podem ter origem na timidez, no 
receio da iniciativa inovadora, na falta de estímulos, em métodos 
didáticos desinteressantes ou ainda num conjunto de fatores que 
bloqueiam a escrita.
Há quem atribuaas deficiências da escrita aos meios de comu-
nicação de massa que, saturando nossos sentidos com imagem e 
som, pouco exigem de nossa capacidade reflexiva, ocupando um 
espaço que poderia ser preenchido pela leitura.
Quaisquer que sejam os entraves na escrita, é no aprimora-
mento da linguagem que temos o instrumento mais eficaz para 
expressar o pensa mento. A habilidade com que a usamos permite-
-nos apreender o mundo e agir sobre ele.
Ao escrevermos, fazemos da linguagem nossa conquista maior, 
combinando as impressões dos sentidos, a vivência pessoal e o pen-
samento crítico. Para aperfeiçoar o exercício redacional, devemos 
aguçar a capacidade de interpretação, o espírito questionador e 
analítico, bem como o desprendimento para criar e inovar.
Assim, a redação, como atividade compensadora e satisfatória, 
é produto de um saber linguístico, da ordenação do pensamento 
e da imaginação criadora, num contínuo e diletante processo de 
aprendizagem.
Da palavra ao texto
A palavra existe a serviço da comunicação. As circunstâncias 
históricas, o mundo concreto e os anseios espirituais, ao longo de seus 
processos de desenvolvimento, foram criando a necessidade de nome-
ação dos objetos. Assim, o desejo de comunicar nossas ideias fica me-
diado por uma unidade menor que se chama signo. O signo é o símbo-
lo dos objetos ou ideias que queremos veicular (oral ou textualmente): 
a maneira de articular as palavras e de organizá-las na frase, no texto 
determina nosso discurso, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
A linguagem culta ou padrão
É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em 
que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas 
instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obedi-
ência às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem 
escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, 
mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, 
conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
A linguagem popular ou coloquial
É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mos-
tra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de 
vícios de linguagem (solecismo – erros de regência e concordância; 
barbarismo – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; ca-
cofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela 
coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. A lin-
guagem popular está presente nas mais diversas situações: conver-
sas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, 
programas de TV (sobretudo os de auditório), novelas, expressão 
dos estados emocionais etc.
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QUESTÕES
1. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Biblio-
teconomia- O rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.
É muito calmo o rio de minha terra.
Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.
O rio de minha terra é um deus estranho.
Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.
Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.
Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.
Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.
E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.
Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.
(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha terra. Disponível 
em: https://www.escritas.org)
No trecho até roçados de arroz e de feijão, o termo “até” clas-
sifica-se como
(A) pronome.
(B) preposição.
(C) artigo.
(D) advérbio.
(E) conjunção. 
2. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Biblio-
teconomia- rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.
É muito calmo o rio de minha terra.
Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.
O rio de minha terra é um deus estranho.
Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.
Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.
Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.
Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.
E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.
Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.
(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha terra. Disponível 
em: https://www.escritas.org)
A figura de linguagem predominante no verso “O rio de minha 
terra é um deus estranho” é a 
(A) metáfora.
(B) hipérbole.
(C) comparação.
(D) personificação.
(E) metonímia.
3. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Área 
Judiciária- 
Lembram-se da história de Tristão e Isolda? O enredo gira em 
torno da transformação da relação entre os dois protagonistas. Isol-
da pede à criada, Brangena, que lhe prepare uma poção letal, mas, 
em vez disso, ela prepara-lhe um “filtro de amor”, que tanto Tristão 
como Isolda bebem sem saber o efeito que irá produzir. A misterio-
sa bebida desperta neles a mais profunda das paixões e arrasta-os 
para um êxtase que nada consegue dissipar − nem sequer o fato de 
ambos estarem traindo infamemente o bondoso rei Mark. Na ópera 
Tristão e Isolda, Richard Wagner captou a força da ligação entre os 
amantes numa das passagens mais exaltadas da história da música. 
Devemos interrogar-nos sobre o que o atraiu para essa história e 
por que motivo milhões de pessoas, durante mais de um século, 
têm partilhado o fascínio de Wagner por ela.
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3838
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A resposta à primeira pergunta é que a composição celebrava uma paixão semelhante e muito real da vida de Wagner. Wagner e 
Mathilde Wesendonck tinham se apaixonado de forma não menos insensata, se considerarmos que Mathilde era a mulher do generoso 
benfeitor de Wagner e que Wagner era um homem casado. Wagner tinha sentido as forças ocultas e indomáveis que por vezes conseguem 
se sobrepor à vontade própria e que, na ausência de explicações mais adequadas, têm sido atribuídas à magia ou ao destino. A resposta à 
segunda questão é um desafio ainda mais atraente.
Existem, com efeito, poções em nossos organismos e cérebros capazes de impor comportamentos que podemos ser capazes ou não 
de eliminar por meio da chamada força de vontade. Um exemplo elementar é a substância química oxitocina. No caso dos mamíferos, 
incluindo os seres humanos, essa substância é produzida tanto no cérebro como no corpo. De modo geral, influencia toda uma série de 
comportamentos, facilita as interações sociais e induz a ligação entre os parceiros amorosos.
 Não há dúvida de que os seres humanos estão constantemente usando muitos dos efeitos da oxitocina, conquanto tenham aprendido 
a evitar, em determinadas circunstâncias, os efeitos que podem vir a não ser bons. Não se deve esquecer que o filtro de amor não trouxe 
bons resultados para o Tristão e Isolda de Wagner. Ao fimde três horas de espetáculo, eles encontram uma morte desoladora.
(Adaptado de: DAMÁSIO, António. O erro de Descartes. São Paulo: Companhia das Letras, edição digital)
A misteriosa bebida desperta neles a mais profunda das paixões.
No contexto em que se encontra, o segmento sublinhado acima exerce a mesma função sintática do que está também sublinhado em: 
(A) Wagner era um homem casado.
(B) O enredo gira em torno da transformação da relação entre os dois protagonistas.
(C) Existem, com efeito, poções em nossos organismos e cérebros
(D) o que o atraiu para essa história
(E) Isolda pede à criada, Brangena, que lhe prepare uma poção letal.
4. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área Administrativa- Atenção: Para responder à questão, leia a crônica “Tatu”, 
de Carlos Drummond de Andrade.
O luar continua sendo uma graça da vida, mesmo depois que o pé do homem pisou e trocou em miúdos a Lua, mas o tatu pensa de 
outra maneira. Não que ele seja insensível aos amavios do plenilúnio; é sensível, e muito. Não lhe deixam, porém, curtir em paz a clarida-
de noturna, de que, aliás, necessita para suas expedições de objetivo alimentar. Por que me caçam em noites de lua cheia, quando saio 
precisamente para caçar? Como prover a minha subsistência, se de dia é aquela competição desvairada entre bichos, como entre homens, 
e de noite não me dão folga? 
Isso aí, suponho, é matutado pelo tatu, e se não escapa do interior das placas de sua couraça, em termos de português, é porque o 
tatu ignora sabiamente os idiomas humanos, sem exceção, além de não acreditar em audiência civilizada para seus queixumes. A armadu-
ra dos bípedes é ainda mais invulnerável que a dele, e não há sensibilidade para a dor ou a problemática do tatu.
Meu amigo andou pelas encostas do Corcovado, em noite de prata lunal, e conseguiu, por artimanhas só dele sabidas, capturar vivo 
um tatu distraído. É, distraído. Do contrário não o pegaria. Estava imóvel, estático, fruindo o banho de luz na folhagem, essa outra cor que 
as cores assumem debaixo da poeira argentina da Lua. Esquecido das formigas, que lhe cumpria pesquisar e atacar, como quem diz, diante 
de um motivo de prazer: “Daqui a pouco eu vou trabalhar; só um minuto mais, alegria da vida”, quedou-se à mercê de inimigos maiores. 
Sem pressentir que o mais temível deles andava por perto, em horas impróprias à deambulação de um professor universitário. 
− Mas que diabo você foi fazer naqueles matos, de madrugada?
− Nada. Estava sem sono, e gosto de andar a esmo, quando todos roncam. 
Sem sono e sem propósito de agredir o reino animal, pois é de feitio manso, mas o velho instinto cavernal acordou nele, ao sentir qual-
quer coisa a certa distância, parecida com a forma de um bicho. Achou logo um cipó bem forte, pedindo para ser usado na caça; e jamais 
tendo feito um laço de caçador, soube improvisá-lo com perícia de muitos milhares de anos (o que a universidade esconde, nas profundas 
camadas do ser, e só permite que venha aflorar em noite de lua cheia!).
Aproximou-se sutil, laçou de jeito o animal desprevenido. O coitado nem teve tempo de cravar as garras no laçador. Quando agiu, já 
este, num pulo, desviara o corpo. Outra volta no laço. E outra. Era fácil para o tatu arrebentar o cipó com a força que a natureza depositou 
em suas extremidades. Mas esse devia ser um tatu meio parvo, e se embaraçou em movimentos frustrados. Ou o sereno narrador mentiu, 
sei lá. Talvez o tenha comprado numa dessas casas de suplício que há por aí, para negócio de animais. Talvez na rua, a um vendedor de 
ocasião, quando tudo se vende, desde o mico à alma, se o PM não ronda perto.
Não importa. O caso é que meu amigo tem em sua casa um tatu que não se acomodou ao palmo de terra nos fundos da casa e tratou 
de abrigar longa escavação que o conduziu a uma pedreira, e lá faz greve de fome. De lá não sai, de lá ninguém o tira. A noite perdeu para 
ele seu encanto luminoso. 
A ideia de levá-lo para o zoológico, aventada pela mulher do caçador, não frutificou. Melhor reconduzi-lo a seu hábitat, mas o tatu se 
revela profundamente contrário a qualquer negociação com o bicho humano, que pensa em apelar para os bombeiros a fim de demolir 
o metrô tão rapidamente feito, ao contrário do nosso, urbano, e salvar o infeliz. O tatu tem razões de sobra para não confiar no homem e 
no luar do Corcovado.
Não é fábula. Eu compreendo o tatu. 
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond. Os dias lindos. São Paulo: Companhia das Letras, 2013)
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No desfecho da crônica, o cronista revela, em relação ao tatu, 
um sentimento de
(A) empatia.
(B) desconfiança.
(C) superioridade.
(D) soberba.
(E) desdém.
5. FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área 
Administrativa- 
Melancolia e criatividade
Desde sempre o sentimento da melancolia gozou de má fama. 
O melancólico é costumeiramente tomado como um ser desanima-
do, depressivo, “pra baixo”, em suma: um chato que convém evitar. 
Mas é uma fama injusta: há grandes melancólicos que fazem grande 
arte com sua melancolia, e assim preenchem a vida da gente, como 
uma espécie de contrabando da tristeza que a arte transforma em 
beleza. “Pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de 
tristeza”, já defendeu o poeta Vinícius de Moraes, na letra de um 
conhecido samba seu.
Mas a melancolia não para nos sambas: ela desde sempre ani-
ma a literatura, a música, a pintura, o cinema, as artes todas. Ani-
ma, sim: tanto anima que a gente gosta de voltar a ver um bom 
filme melancólico, revisitar um belo poema desesperançado, ouvir 
uma vez mais um inspirado noturno para piano. Ou seja: os artis-
tas melancólicos fazem de sua melancolia a matéria-prima de uma 
obra-prima. Sorte deles, nossa e da própria melancolia, que é as-
sim resgatada do escuro do inferno para a nitidez da forma artística 
bem iluminada.
Confira: seria possível haver uma história da arte que deixasse 
de falar das grandes obras melancólicas? Por certo se perderia a 
parte melhor do nosso humanismo criativo, que sabe fazer de uma 
dor um objeto aberto ao nosso reconhecimento prazeroso. Charles 
Chaplin, ao conceber Carlitos, dotou essa figura humana inesque-
cível da complexa composição de fracasso, melancolia, riso, esper-
teza e esperança. O vagabundo sem destino, que vive a apanhar da 
vida, ganhou de seu criador o condão de emocionar o mundo não 
com feitos gloriosos, mas com a resistente poesia que o faz enfren-
tar a vida munido da força interior de um melancólico disposto a 
trilhar com determinação seu caminho, ainda que no rumo a um 
horizonte incerto.
(Humberto Couto Villares, a publicar)
 No terceiro parágrafo, a personagem Carlitos é invocada para 
(A) dar um sentido de nobreza a todas as experiências de fra-
casso humano.
(B) testemunhar a determinação de um indivíduo em alcançar 
seus altos objetivos. 
(C) indicar a possibilidade da transformação sistemática da dor 
em franca alegria.
(D) personificar a complexa conjunção entre força poética e 
marginalidade social.
(E) promover a felicidade que pode desfrutar quem não está 
comprometido com nada.
6. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Tecno-
logia da Informação- 
A independência política em 1822 não trouxe muitas novida-
des em termos institucionais, mas consolidou um objetivo claro, 
qual seja: estruturar e justificar uma nova nação.
A tarefa não era pequena e quem a assumiu foi o Instituto His-
tórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que, aberto em 1838, no Rio 
de Janeiro, logo deixaria claras suas principais metas: construir uma 
história que elevasse o passado e que fosse patriótica nas suas pro-
posições, trabalhos e argumentos.
 Para referendar a coerência da filosofia que inaugurou o IHGB, 
basta prestar atenção no primeiro concurso público por lá orga-
nizado. Em 1844, abriam-se as portas para os candidatos que se 
dispusessem a discorrer sobre uma questão espinhosa: “Como sedeve escrever a história do Brasil”. Tratava-se de inventar uma nova 
história do e para o Brasil. Foi dado, então, um pontapé inicial, e 
fundamental, para a disciplina que chamaríamos, anos mais tarde, 
e com grande naturalidade, de “História do Brasil”.
A singularidade da competição também ficou associada a seu 
resultado e à divulgação do nome do vencedor. O primeiro lugar, 
nessa disputa histórica, foi para um estrangeiro − o conhecido na-
turalista bávaro Karl von Martius (1794-1868), cientista de ilibada 
importância, embora novato no que dizia respeito à história em 
geral e àquela do Brasil em particular − , o qual advogou a tese de 
que o país se definia por sua mistura, sem igual, de gentes e po-
vos. Utilizando a metáfora de um caudaloso rio, correspondente à 
herança portuguesa que acabaria por “limpar” e “absorver os pe-
quenos confluentes das raças índia e etiópica”, representava o país 
a partir da singularidade e dimensão da mestiçagem de povos por 
aqui existentes.
A essa altura, porém, e depois de tantos séculos de vigência 
de um sistema violento como o escravocrata, era no mínimo com-
plicado simplesmente exaltar a harmonia. Além do mais, indígenas 
continuavam sendo dizimados no litoral e no interior do país.
Martius, que em 1832 havia publicado um ensaio chamado “O 
estado do direito entre os autóctones no Brasil”, condenando os 
indígenas ao desaparecimento, agora optava por definir o país por 
meio da redentora metáfora fluvial. Três longos rios resumiriam a 
nação: um grande e caudaloso, formado pelas populações brancas; 
outro um pouco menor, nutrido pelos indígenas; e ainda outro, 
mais diminuto, alimentado pelos negros.
 Ali estavam, pois, os três povos formadores do Brasil; todos 
juntos, mas (também) diferentes e separados. Mistura não era (e 
nunca foi) sinônimo de igualdade. Essa era uma ótima maneira de 
“inventar” uma história não só particular (uma monarquia tropical 
e mestiçada) como também muito otimista: a água que corria re-
presentava o futuro desse país constituído por um grande rio cau-
daloso no qual desaguavam os demais pequenos afluentes.
É possível dizer que começava a ganhar força então a ladainha 
das três raças formadoras da nação, que continuaria encontrando 
ampla ressonância no Brasil, pelo tempo afora.
(Adaptado de: SCHWARCZ, Lilia Moritz. Sobre o autoritarismo brasilei-
ro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019) 
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4040
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O verbo sublinhado no segmento Mistura não era (e nunca foi) 
sinônimo de igualdade está flexionado nos mesmos tempo e modo 
que o sublinhado em:
(A) a disciplina que chamaríamos, anos mais tarde, e com gran-
de naturalidade
(B) Três longos rios resumiriam a nação
(C) O primeiro lugar, nessa disputa histórica, foi para um es-
trangeiro
(D) A independência política em 1822 não trouxe muitas novi-
dades
(E) a água que corria representava o futuro desse país
7. FCC - 2022 - DPE-AM - Analista Jurídico de Defensoria - Ci-
ências Jurídicas- Atenção: Considere o texto abaixo, do pensador 
francês Voltaire (1694-1778), para responder à questão.
O preço da justiça 
 Vós, que trabalhais na reforma das leis, pensai, assim como 
grande jurisconsulto Beccaria, se é racional que, para ensinar os 
homens a detestar o homicídio, os magistrados sejam homicidas e 
matem um homem em grande aparato.
 Vede se é necessário matá-lo quando é possível puni-lo de ou-
tra maneira, e se cabe empregar um de vossos compatriotas para 
massacrar habilmente outro compatriota. [...] Em qualquer circuns-
tância, condenai o criminoso a viver para ser útil: que ele trabalhe 
continuamente para seu país, porque ele prejudicou o seu país. É 
preciso reparar o prejuízo; a morte não repara nada.
 Talvez alguém vos diga: “O senhor Beccaria está enganado: a 
preferência que ele dá a trabalhos penosos e úteis, que durem toda 
a vida, baseia-se apenas na opinião de que essa longa e ignominio-
sa pena é mais terrível que a morte, pois esta só é sentida por um 
momento”.
 Não se trata de discutir qual é a punição mais suave, porém 
a mais útil. O grande objetivo, como já dissemos em outra passa-
gem, é servir o público; e, sem dúvida, um homem votado todos os 
dias de sua vida a preservar uma região da inundação por meio de 
diques, ou a abrir canais que facilitem o comércio, ou a drenar pân-
tanos infestados, presta mais serviços ao Estado que um esqueleto 
a pendular de uma forca numa corrente de ferro, ou desfeito em 
pedaços sobre uma roda de carroça. 
(VOLTAIRE. O preço da justiça. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São 
Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 18-20)
Voltaire acusa o sentido contraditório de um determinado po-
sicionamento ao referir-se a ele nestes segmentos:
(A) massacrar habilmente um compatriota / detestar o homi-
cídio
(B) matem um homem / em grande aparato
(C) Beccaria está enganado / o grande objetivo é servir o pú-
blico
(D) presta mais serviços ao Estado / trabalhos penosos e úteis
(E) servir ao público / preservar uma região da inundação
8. FCC - 2022 - SEDU-ES - Professor MaPB - Ensino Fundamental 
e Médio - Língua Portuguesa-
 Ai de ti, Ipanema
 Há muitos anos, Rubem Braga começava assim uma de suas 
mais famosas crônicas: “Ai de ti, Copacabana, porque eu já fiz o si-
nal bem claro de que é chegada a véspera de teu dia, e tu não viste; 
porém minha voz te abalará até as entranhas.” Era uma exortação 
bíblica, apocalíptica, profética, ainda que irônica e hiperbólica. “En-
tão quem especulará sobre o metro quadrado de teu terreno? Pois 
na verdade não haverá terreno algum.”
 Na sua condenação, o Velho Braga antevia os sinais da degra-
dação e da dissolução moral de um bairro prestes a ser tragado pelo 
pecado e afogado pelo oceano, sucumbindo em meio às abjeções e 
ao vício: “E os escuros peixes nadarão nas tuas ruas e a vasa fétida 
das marés cobrirá tua face”.
 A praia já chamada de “princesinha do mar”, coitada, inofen-
siva e pura, era então, como Ipanema seria depois, a síntese mítica 
do hedonismo carioca, mais do que uma metáfora, uma metonímia.
 No fim dos anos 50, Copacabana era o éden não contaminado 
ainda pelos plenos pecados, eram tempos idílicos e pastorais, a era 
da inocência, da bossa nova, dos anos dourados de JK, de Garrin-
cha. Digo eu agora: Ai de ti, Ipanema, que perdeste a inocência e 
o sossego, e tomaste o lugar de Copacabana, e não percebeste os 
sinais que não são mais simbólicos: o emissário submarino se rom-
pendo, as águas poluídas, as valas negras, as agressões, os assaltos, 
o medo e a morte.
(Adaptado de: VENTURA, Zuenir. Crônicas de um fim de século. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 1999, p. 166/167) 
Ao qualificar a linguagem de Rubem Braga em sua crônica “Ai 
de ti, Copacabana”, Zuenir Ventura se vale dos termos exortação e 
condenação, para reconhecer no texto do Velho Braga,
(A) a tonalidade grave de uma invectiva.
(B) a informalidade de um discurso emocional. 
(C) o coloquialismo de um lírico confessional. 
(D) a retórica argumentativa dos clássicos. 
(E) a força épica de uma celebração. 
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9. FCC - 2022 - PGE-AM - Assistente Procuratorial- Atenção: Examine a tirinha de Fernando Gonsales para responder à questão:
Para obter seu efeito de humor, a tirinha explora a ambiguidade do seguinte termo: 
(A) leitor
(B) interessante.
(C) livro.
(D) prende.
(E) é.
10. FCC - 2022 - Prefeitura de Recife - PE - Agente Administrativo da Assistência Social- Atenção: Leia a crônica para responder à ques-
tão
O dono do pequeno restaurante é amável, sem derrame, e a fregueses mais antigos oferece, antes do menu, o jornal do dia “facilita-
do”, isto é, com traços vermelhos cercando as notícias importantes. Vez por outra, indaga se a comida está boa, oferece cigarrinho, quei-
xa-se do resfriado crônico e pergunta pelo nosso, se o temos; se não temos, por aquele regime começado em janeiro, e de que desistimos. 
Também pelosfilmes de espionagem, que mexem com ele na alma.
 Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pesada. Chega a descontar o cheque a ser recebido no mês que vem (“Falta só 
uma semana, seu Adelino”).
 Além dessas delícias raras, seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro e beneficiar-se com o filé mais fresquinho, o pal-
mito de primeira, a batata feita na hora, especialmente para os eleitos. Enfim, autêntico papo-firme.
 Uma noite dessas, o movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa. Era hora do jantar dele, também. 
O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu Adelino, calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspiração não vinha. 
O garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. A freguesa resolveu colaborar:
 − Que tal um fígado acebolado?
 − Acabou, madame − atalhou o garçom.
 − Deixe ver… Assada com coradas, está bem?
 − Não, não tenho vontade disso − e seu Adelino sacudiu a cabeça.
 − Bem, estou vendo aqui umas costeletas de porco com feijão-branco, farofa e arroz…
 − Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi uma carnezita de porco, e há dois dias que me servem feijão ao almoço − ponde-
rou.
 A freguesa de boa vontade virou-se para o garçom:
 − Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois seu Adelino (refletiu ela) é português, e como 
todo lusíada que se preza, há de achar isso a pedida.
 Da cozinha veio a informação:
 − Tem bacalhau à Gomes de Sá. Quer?
 − Pode ser isso − concordou seu Adelino, sem entusiasmo.
 Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá. A freguesa olhou o prato, invejando-o, e, para estimular o apetite 
de seu Adelino:
 − Está uma beleza!
 − Não acho muito não − retorquiu, inapetente.
 O prato foi servido, o azeite adicionado, e seu Adelino traçou o bacalhau, depois de lhe ser desejado bom apetite. Em silêncio.
 Vendo que ele não se manifestava, sua leal conviva interpelou-o:
 − Como é, está bom?
 Com um risinho meio de banda, fez a crítica:
 − Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É bacalhau com batatas. E vou lhe dizer: está 
mais para sem gosto do que com ele. A batata me sabe a insossa, e o bacalhau salgado em demasia, ai!
 A cliente se lembrou, com saudade vera, daquele maravilhoso Gomes de Sá que se come em casa de d. Concessa. E foi detalhando:
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4242
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 − Lá em casa é que se prepara um legal, sabe? Muito tomate, 
pimentão, azeite de verdade, para fazer um molho pra lá de bom, e 
ainda acrescentam um ovo…
 Seu Adelino emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhan-
do, desta vez em sorriso aberto:
 − Isso mesmo! Ovo cozido e ralado, azeitonas portuguesas, da-
quelas… Um santo, santíssimo prato!
 Mas, encarando o concreto:
 − Essa gente aqui não tem a ciência, não tem a ciência!
 − Espera aí, seu Adelino, vamos ver no jornal se tem um bom 
filme de espionagem para o senhor se consolar.
 Não tinha, infelizmente.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. 70 histórias. São Pau-
lo: Companhia das Letras, 2016, p. 110-111)
O termo sublinhado em a fregueses mais antigos oferece, an-
tes do menu, o jornal do dia “facilitado” exerce a mesma função 
sintática do termo sublinhado em:
(A) O garçom estendeu-lhe o menu e esperou
(B) seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa
(C) Vez por outra, indaga se a comida está boa
(D) Uma noite dessas, o movimento era pequeno
(E) seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro
11. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário 
- Área Judiciária-
 A chama é bela
 Nos anos 1970 comprei uma casa no campo com uma bela la-
reira, e para meus filhos, entre 10 e 12 anos, a experiência do fogo, 
da brasa que arde, da chama, era um fenômeno absolutamente 
novo. E percebi que quando a lareira estava acesa eles deixavam a 
televisão de lado. A chama era mais bela e variada do que qualquer 
programa, contava histórias infinitas, não seguia esquemas fixos 
como um programa televisivo.
 O fogo também se faz metáfora de muitas pulsões, do infla-
mar-se de ódio ao fogo da paixão amorosa. E o fogo pode ser a luz 
ofuscante que os olhos não podem fixar, como não podem encarar 
o Sol (o calor do fogo remete ao calor do Sol), mas devidamente 
amestrado, quando se transforma em luz de vela, permite jogos de 
claro-escuro, vigílias noturnas nas quais uma chama solitária nos 
obriga a imaginar coisas sem nome...
 O fogo nasce da matéria para transformar-se em substância 
cada vez mais leve e aérea, da chama rubra ou azulada da raiz à 
chama branca do ápice, até desmaiar em fumaça... Nesse sentido, 
a natureza do fogo é ascensional, remete a uma transcendência e, 
contudo, talvez porque tenhamos aprendido que ele vive no cora-
ção da Terra, é também símbolo de profundidades infernais. É vida, 
mas é também experiência de seu apagar-se e de sua contínua fra-
gilidade.
(Adaptado de: ECO, Umberto. Construir o inimigo. Rio de Janeiro: 
Record, 2021, p. 54-55)
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa 
forma do plural para integrar corretamente a frase: 
(A) Mais que os esquemas fixos dos programas de TV (atrair) as 
crianças o espetáculo da lareira.
(B) Sempre (haver), por conta dos poderes do fogo, as metáfo-
ras que o fazem representar nossas paixões.
(C) Não (convir) aos espectadores do fogo fixar-se demorada-
mente em suas luzes que podem enceguecê-los.
(D) No fogo (convergir), como espetáculo que é, as proprieda-
des do brilho físico e as do estatuto metafórico.
(E) Aos múltiplos apelos do fogo (atender) nosso olhar aberto 
para o eterno espetáculo que suas chamas constituem.
12. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário 
- Área Judiciária
O meu ofício
 O meu ofício é escrever, e sei bem disso há muito tempo. Es-
pero não ser mal-entendida: não sei nada sobre o valor daquilo que 
posso escrever. Quando me ponho a escrever, sinto-me extraordi-
nariamente à vontade e me movo num elemento que tenho a im-
pressão de conhecer extraordinariamente bem: utilizo instrumen-
tos que me são conhecidos e familiares e os sinto bem firmes em 
minhas mãos. Se faço qualquer outra coisa, se estudo uma língua 
estrangeira, se tento aprender história ou geografia, ou tricotar 
uma malha, ou viajar, sofro e me pergunto como é que os outros 
conseguem fazer essas coisas. E tenho a impressão de ser cega e 
surda como uma náusea dentro de mim.
 Já quando escrevo nunca penso que talvez haja um modo mais 
correto, do qual os outros escritores se servem. Não me importa nada 
o modo dos outros escritores. O fato é que só sei escrever histórias. Se 
tento escrever um ensaio de crítica ou um artigo sob encomenda para 
um jornal, a coisa sai bem ruim. O que escrevo nesses casos tenho de ir 
buscar fora de mim. E sempre tenho a sensação de enganar o próximo 
com palavras tomadas de empréstimo ou furtadas aqui e ali.
 Quando escrevo histórias, sou como alguém que está em seu 
país, nas ruas que conhece desde a infância, entre as árvores e os 
muros que são seus. Este é o meu ofício, e o farei até a morte. Entre 
os cinco e dez anos ainda tinha dúvidas e às vezes imaginava que 
podia pintar, ou conquistar países a cavalo, ou inventar uma nova 
máquina. Mas a primeira coisa séria que fiz foi escrever um conto, 
um conto curto, de cinco ou seis páginas: saiu de mim como um mi-
lagre, numa noite, e quando finalmente fui dormir estava exausta, 
atônita, estupefata.
(Adaptado de: GINZBURG, Natalia. As pequenas virtudes. Trad. Maurí-
cio Santana Dias. São Paulo: Cosac Naify, 2015, p, 72-77, passim)
As normas de concordância verbal encontram-se plenamente 
observadas em:
(A) As palavras que a alguém ocorrem deitar no papel acabam 
por identificar o estilo mesmo de quem as escreveu.
(B) Gaba-se a autora de que às palavras a que recorre nunca 
falta a espontaneidade dos bons escritos.
(C) Faltam às tarefas outras de que poderiam se incumbira fa-
cilidade que encontra ela em escrever seus textos. 
(D) Os possíveis entraves para escrever um conto, revela a au-
tora, logo se dissipou em sua primeira tentativa.
(E) Não haveria de surgir impulsos mais fortes, para essa escri-
tora, do que os que a levaram a imaginar histórias
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a solução para o seu concurso!
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13. FCC - 2022 - TJ-CE - Analista Judiciário - Ciência da Compu-
tação - Infraestrutura de TI- Atenção: Para responder à questão, leia 
o início do conto “Missa do Galo”, de Machado de Assis. 
 Nunca pude entender a conversação que tive com uma senho-
ra, há muitos anos, contava eu dezessete, ela, trinta. Era noite de 
Natal. Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo, pre-
feri não dormir; combinei que eu iria acordá-lo à meia-noite.
 A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Mene-
ses, que fora casado, em primeiras núpcias, com uma de minhas 
primas. A segunda mulher, Conceição, e a mãe desta acolheram-
-me bem quando vim de Mangaratiba para o Rio de Janeiro, meses 
antes, a estudar preparatórios. Vivia tranquilo, naquela casa asso-
bradada da Rua do Senado, com os meus livros, poucas relações, 
alguns passeios. A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra 
e duas escravas. Costumes velhos. Às dez horas da noite toda a gen-
te estava nos quartos; às dez e meia a casa dormia. Nunca tinha ido 
ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao 
teatro, pedi-lhe que me levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra 
fazia uma careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, 
vestia-se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais tarde é que 
eu soube que o teatro era um eufemismo em ação. Meneses trazia 
amores com uma senhora, separada do marido, e dormia fora de 
casa uma vez por semana. Conceição padecera, a princípio, com a 
existência da comborça*; mas afinal, resignara-se, acostumara-se, e 
acabou achando que era muito direito.
 Boa Conceição! Chamavam-lhe “a santa”, e fazia jus ao título, 
tão facilmente suportava os esquecimentos do marido. Em verda-
de, era um temperamento moderado, sem extremos, nem grandes 
lágrimas, nem grandes risos. Tudo nela era atenuado e passivo. O 
próprio rosto era mediano, nem bonito nem feio. Era o que chama-
mos uma pessoa simpática. Não dizia mal de ninguém, perdoava 
tudo. Não sabia odiar; pode ser até que não soubesse amar.
 Naquela noite de Natal foi o escrivão ao teatro. Era pelos anos 
de 1861 ou 1862. Eu já devia estar em Mangaratiba, em férias; mas 
fiquei até o Natal para ver “a missa do galo na Corte”. A família re-
colheu-se à hora do costume; eu meti-me na sala da frente, vestido 
e pronto. Dali passaria ao corredor da entrada e sairia sem acordar 
ninguém. Tinha três chaves a porta; uma estava com o escrivão, eu 
levaria outra, a terceira ficava em casa.
 — Mas, Sr. Nogueira, que fará você todo esse tempo? pergun-
tou-me a mãe de Conceição.
 — Leio, D. Inácia.
 Tinha comigo um romance, os Três Mosqueteiros, velha tra-
dução creio do Jornal do Comércio. Sentei-me à mesa que havia no 
centro da sala, e à luz de um candeeiro de querosene, enquanto a 
casa dormia, trepei ainda uma vez ao cavalo magro de D’Artagnan e 
fui-me às aventuras. Os minutos voavam, ao contrário do que cos-
tumam fazer, quando são de espera; ouvi bater onze horas, mas 
quase sem dar por elas, um acaso. Entretanto, um pequeno rumor 
que ouvi dentro veio acordar-me da leitura.
(Adaptado de: Machado de Assis. Contos: uma antologia. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1988)
*comborça: qualificação humilhante da amante de homem ca-
sado 
Verifica-se o emprego de vírgula para assinalar a supressão de 
um verbo em: 
(A) A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas 
escravas. 
(B) Tinha três chaves a porta; uma estava com o escrivão, eu 
levaria outra, a terceira ficava em casa. 
(C) A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Me-
neses, que fora casado, em primeiras núpcias, com uma de mi-
nhas primas. 
(D) Nunca pude entender a conversação que tive com uma se-
nhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela, trinta. 
(E) Vivia tranquilo, naquela casa assobradada da Rua do Sena-
do, com os meus livros, poucas relações, alguns passeios.
14. FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário 
- Área Administrativa- 
Crimes ditos “passionais”
 A história da humanidade registra poucos casos de mulheres 
que mataram por se sentirem traídas ou desprezadas. Não sabe-
mos, ainda, se a emancipação feminina irá trazer também esse tipo 
de igualdade: a igualdade no crime e na violência. Provavelmente, 
não. O crime dado como passional costuma ser uma reação daque-
le que se sente “possuidor” da vítima. O sentimento de posse, por 
sua vez, decorre não apenas do relacionamento sexual, mas tam-
bém do fator econômico: o homem é, em boa parte dos casos, o 
responsável maior pelo sustento da casa. Por tudo isso, quando ele 
se vê contrariado, repelido ou traído, acha-se no direito de matar.
 O que acontece com os homens que matam mulheres quan-
do são levados a julgamento? São execrados ou perdoados? Como 
reage a sociedade e a Justiça brasileiras diante da brutalidade que 
se tenta justificar como resultante da paixão? Há decisões estapa-
fúrdias, sentenças que decorrem mais em função da eloquência dos 
advogados e do clima emocional prevalecente entre os jurados do 
que das provas dos autos.
 Vejam-se, por exemplo, casos de crimes passionais cujos res-
ponsáveis acabaram sendo inocentados com o argumento de que 
houve uma “legítima defesa da honra”, que não existe na lei. Os 
motivos que levam o criminoso passional a praticar o ato delituoso 
têm mais a ver com os sentimentos de vingança, ódio, rancor, frus-
tração, vaidade ferida, narcisismo maligno, prepotência, egoísmo 
do que com o verdadeiro sentimento de honra.
 A evolução da posição da mulher na sociedade e o desmoro-
namento dos padrões patriarcais tiveram grande repercussão nas 
decisões judiciais mais recentes, sobretudo nos crimes passionais. 
A sociedade brasileira vem se dando conta de que mulheres não 
podem ser tratadas como cidadãs de segunda categoria, submeti-
das ao poder de homens que, com o subterfúgio da sua “paixão”, 
vinham assumindo o direito de vida e morte sobre elas.
(Adaptado de: ELUF, Luiza Nagib. A paixão no banco dos réus. São 
Paulo: Saraiva, 2002, XI-XIV, passim) 
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É inteiramente regular a pontuação do seguinte período:
(A) A autora do texto reclama, com senso de justiça que não se considere passional um crime movido pelo rancor, e pelo ódio. 
(B) Como reage, a sociedade, quando se vê diante desses crimes em que, a paixão alegada, vale como uma atenuante. 
(C) Tratadas há muito, como cidadãs de segunda classe, as mulheres, aos poucos, têm garantido seus direitos fundamentais. 
(D) Não é a paixão, mas sim, os motivos mais torpes, que estão na raiz mesma, dos crimes hediondos apresentados como passionais.
(E) Há advogados cuja retórica, encenada em tom emocional, acaba por convencer o júri, inocentando assim um frio criminoso.
15. FCC - 2022 - DPE-AM - Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas Considere o texto abaixo para responder à questão.
[Viver a pressa]
Há uma continuidade entre a lógica intensamente competitiva e calculista do mundo do trabalho e aquilo que somos e fazemos nas 
horas em que estamos fora dele.
O vírus da pressa alastra-se em nossos dias de uma forma tão epidêmica como a peste em outros tempos: a frequência do acesso a 
um website despenca caso ele seja mais lento que um site rival. Mais de um quinto dos usuários da internet desistem de um vídeo caso 
ele demore mais que cinco segundos para carregar.
Excitação efêmera, sinal de tédio à espreita. Estará longe o dia em que toda essa pressa deixe de ser uma obsessão? Será que a 
adaptação triunfante aos novos tempos da velocidade máxima acabará por esvaziar até mesmo aconsciência dessa nossa degradação 
descontrolada?
(Adaptado de: GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 88)
Está plenamente adequada a pontuação do seguinte período: 
(A) Ao detectar, em nossos dias tão agitados, o vírus da pressa, que contamina não apenas o tempo do trabalho, mas também o tempo 
de outras ocupações, o autor mostra seu temor de que, se assim continuar, nossa civilização se degradará. 
(B) Ao detectar em nossos dias, tão agitados o vírus da pressa, que contamina não apenas o tempo do trabalho mas, também, o tempo 
de outras ocupações, o autor mostra seu temor, de que, se assim continuar, nossa civilização se degradará. 
(C) Ao detectar, em nossos dias tão agitados o vírus da pressa, que contamina, não apenas o tempo do trabalho mas também o tempo 
de outras ocupações, o autor mostra seu temor de que, se assim continuar nossa civilização, se degradará. 
(D) Ao detectar em nossos dias tão agitados, o vírus da pressa que contamina, não apenas o tempo do trabalho mas, também o tempo, 
de outras ocupações, o autor mostra seu temor de que, se assim continuar nossa civilização se degradará. 
(E) Ao detectar em nossos dias tão agitados o vírus, da pressa que contamina não apenas o tempo do trabalho, mas também o tempo 
de outras ocupações, o autor mostra, seu temor, de que, se assim continuar nossa civilização se degradará.
16. FCC - 2020 - AL-AP - Analista Legislativo - Assessor Jurídico Legislativo- Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto 
abaixo.
Distribuição justa
 A justiça de um resultado distributivo das riquezas depende das dotações iniciais dos participantes e da lisura do processo do qual ele 
decorre. Do ponto de vista coletivo, a questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores 
diferenciados dos indivíduos, ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem e no processo, de uma profunda falta de equidade 
nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares ou da discriminação racial, sexual, de gênero ou religiosa?
 A condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer, um risco comum, a todos, passa a exercer um papel 
mais decisivo na definição de seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que possa fazer no ciclo da vida. A falta de um mínimo de 
equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da 
convivência. A igualdade de oportunidades está na origem da emancipação das pessoas. Crianças e jovens precisam ter a oportunidade 
de desenvolver seus talentos de modo a ampliar seu leque de escolhas possíveis na vida prática e eleger seus projetos, apostas e sonhos 
de realização.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 106) 
No emprego das formas verbais, são regulares a flexão e a concordância na frase:
(A) Se ninguém se dispuser a mudar esse processo, ou vir pelo menos a reavaliá-lo, não se fará justiça quanto às riquezas a se distribuir.
(B) À medida que se recomporem as condições iniciais do processo, será maior a possibilidade de se atenderem a cada um de seus 
ideais.
(C) Se não se contiverem os vícios do processo de distribuição das riquezas, ele seguirá sendo envenenado pelas mesmas injustiças.
(D) Caso não se retenhem seus pecados de origem, a distribuição de riquezas não alcançará os objetivos da justiça que se desejam 
fazer.
(E) Como eles não requiseram maior igualdade de oportunidades, viram-se prejudicados pelo processo a que se deram um referendo.
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17. FCC - 2022 - TJ-CE - Analista Judiciário - Ciência da Compu-
tação - Sistemas da Informação- 
1. Qual é a principal obra que produzem os autores e narrado-
res dos novos gêneros autobiográficos? Um personagem chamado 
eu. O que todos criam e recriam ao performar as suas vidas nas 
vitrines interativas de hoje é a própria personalidade.
2. A autoconstrução de si como um personagem visível seria 
uma das metas prioritárias de grande parte dos relatos cotidianos, 
compostos por imagens autorreferentes, numa sorte de espetáculo 
pessoal em diálogo com os demais membros das diversas redes.
3. Por isso, os canais de comunicação das mídias sociais da inte-
met são também ferramentas para a criação de si. Esses instrumen-
tos de autoestilização agora se encontram à disposição de qualquer 
um. Isso significa um setor crescente da população mundial, mas 
também, ao mesmo tempo, remete a outro sentido dessa expres-
são. “Qualquer um” significa ninguém extraordinário, em princípio, 
por ter produzido alguma coisa excepcional, e que tampouco se vê 
impelido a fazê-lo para virar um personagem público. A insistência 
nessa ideia de que “agora qualquer um pode” encontra-se no ceme 
das louvações democratizantes plasmadas em conceitos como os 
de “inclusão digital”, recorrentes nas análises mais entusiastas des-
tes fenômenos, tanto no âmbito acadêmico como no jornalístico.
4. Em que pese a suposta liberdade de escolha de cada usuário, 
há códigos implícitos e fórmulas bastante explícitas para o sucesso 
dessa autocriação.
5. As diversas versões dessas personalidades que performam 
em múltiplas telas admitem certa variabilidade individual, mas cos-
tumam partir de uma base comum. Essa modalidade subjetiva que 
hoje triunfa está impregnada com alguns vestígios do estilo do artis-
ta romântico, mas não se trata de alguém que procura produzir uma 
obra independente do seu criador. Ao invés disso, toda a energia e 
os recursos estilísticos estão dirigidos a que esse autor de si mesmo 
seja capaz de criar um personagem dotado de uma personalidade 
atraente. Trata-se de uma obra para ser vista e, nessa exposição, a 
obra precisa conquistar os aplausos do público. É uma subjetividade 
que se autocria em contato permanente com o olhar alheio, algo 
que se cinzela a todo momento para ser compartilhado, curtido, co-
mentado e admirado. Por isso, trata-se de um tipo de construção de 
si alterdirigida, recorrendo aos conceitos propostos pelo sociólogo 
David Riesman, no livro A multidão solitária.
(Adaptado de: Paula Sibilia. O show do eu: a intimidade como espetá-
culo. Contraponto, edição digital) 
Está correta a redação da seguinte frase: 
(A) Têm-se que o modo de vida dos jovens mais abastados das 
grandes cidades estadunidenses estão no cerne do novo tipo 
de personalidade das mídias sociais. 
(B) Diariamente exibe-se fotografias autorreferentes nas mí-
dias sociais, fazendo de seus autores um tipo de personagem já 
visto no cinema e na televisão. 
(C) Por tratar-se de uma obra à ser vista, os relatos autobio-
gráficos encontrados nas mídias sociais, precisam conquistar 
grande audiência. 
(D) Como é sabido, existe inúmeras estratégias de autopromo-
ção com o intuito de aumentar a visibilidade de uma persona-
lidade virtual. 
(E) Grande parte dos relatos cotidianos encontrados nas mídias 
sociais possui como meta a autopromoção da própria perso-
nalidade. 
18. FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - 
Área Administrativa- Crimes ditos “passionais”
 A história da humanidade registra poucos casos de mulheres 
que mataram por se sentirem traídas ou desprezadas. Não sabe-
mos, ainda, se a emancipação feminina irá trazer também esse tipo 
de igualdade: a igualdade no crime e na violência. Provavelmente, 
não. O crime dado como passional costuma ser uma reação daque-
le que se sente “possuidor” da vítima. O sentimento de posse, por 
sua vez, decorre não apenas do relacionamento sexual, mas tam-
bém do fator econômico: o homem é, em boa parte dos casos, o 
responsável maior pelo sustento da casa. Por tudo isso, quando ele 
se vê contrariado, repelido ou traído, acha-se no direito de matar.
 O que acontece com os homens que matam mulheres quan-
do são levados a julgamento? São execrados ou perdoados? Como 
reagea sociedade e a Justiça brasileiras diante da brutalidade que 
se tenta justificar como resultante da paixão? Há decisões estapa-
fúrdias, sentenças que decorrem mais em função da eloquência dos 
advogados e do clima emocional prevalecente entre os jurados do 
que das provas dos autos.
 Vejam-se, por exemplo, casos de crimes passionais cujos res-
ponsáveis acabaram sendo inocentados com o argumento de que 
houve uma “legítima defesa da honra”, que não existe na lei. Os 
motivos que levam o criminoso passional a praticar o ato delituoso 
têm mais a ver com os sentimentos de vingança, ódio, rancor, frus-
tração, vaidade ferida, narcisismo maligno, prepotência, egoísmo 
do que com o verdadeiro sentimento de honra.
 A evolução da posição da mulher na sociedade e o desmoro-
namento dos padrões patriarcais tiveram grande repercussão nas 
decisões judiciais mais recentes, sobretudo nos crimes passionais. 
A sociedade brasileira vem se dando conta de que mulheres não 
podem ser tratadas como cidadãs de segunda categoria, submeti-
das ao poder de homens que, com o subterfúgio da sua “paixão”, 
vinham assumindo o direito de vida e morte sobre elas.
(Adaptado de: ELUF, Luiza Nagib. A paixão no banco dos réus. São 
Paulo: Saraiva, 2002, XI-XIV, passim) 
Considere as orações:
I. Há crimes ditos passionais. 
II. Os agentes desses crimes são por vezes inocentados. 
III. Os inocentados alegam legítima defesa da honra.
Essas orações articulam-se de modo claro, correto e coerente 
neste período único:
(A) São ditos passionais os crimes inocentados, por alegarem os 
criminosos, por vezes, legítima defesa da honra. 
(B) É a legítima defesa da honra a alegação de que os agentes 
de crimes ditos passionais usam ao serem inocentados. 
(C) Os inocentados agentes de crimes ditos passionais, alegam 
a razão da legítima defesa da honra.
(D) Ao alegarem legítima defesa da honra, são por vezes ino-
centados os agentes dos crimes ditos passionais. 
(E) São por vezes inocentados, sendo alegado legítima defesa 
da honra, os agentes de crimes ditos passionais.
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19. FCC - 2019 - SANASA Campinas - Técnico de Instrumentação 
- Automação de Processos- 
Diversos países estão propondo alternativas para enfrentar o 
problema da poluição oceânica, mas, até o momento, não tomaram 
quaisquer medidas concretas.A organização holandesa The Ocean 
Cleanup resolveu dar um passo à frente e assumir a missão de com-
bater a poluição oceânica nos próximos anos.
 A organização desenvolveu uma tecnologia para erradicar os 
plásticos que poluem os mares do planeta e pretende começar a 
limpar o Great Pacific Garbage Patch (a maior coleção de detritos 
marinhos do mundo), no Oceano Pacífico Norte, utilizando seu sis-
tema de limpeza recentemente redesenhado.
 Em resumo, a ideia principal do projeto é deixar as correntes 
oceânicas fazer todo o trabalho. Uma rede de telas em forma de 
“U” coletaria o plástico flutuante até um ponto central. O plástico 
concentrado poderia, então, ser extraído e enviado à costa maríti-
ma para fins de reciclagem.
(Texto adaptado. Disponível em: https://futuroexponencial.com) 
Em resumo, a ideia principal do projeto é deixar as correntes 
oceânicas fazer todo o trabalho. (3° parágrafo)
O conteúdo da frase acima está preservado nesta outra reda-
ção, respeitando-se as regras de ortografia e acentuação:
(A) Em sintese, a ideia principal do projeto equivale a deixar 
que as correntes oceânicas furtem-se a quaisquer trabalhos.
(B) Para sintetisar, a ideia principal do projeto tem haver com 
deixar que as correntes oceânicas executem o trabalho inte-
gralmente.
(C) De modo suscinto, a ideia principal do projeto está em dei-
xar que as correntes oceânicas desempenhem qualquer traba-
lho.
(D) Em poucas palavras, a ideia principal do projeto consiste 
em deixar que as correntes oceânicas realizem o trabalho com-
pleto.
(E) Sem mais delongas, a ideia principal do projeto assemelha-
-se a deixar que as correntes oceânicas desempenhem hesito-
samente o trabalho.
20. FCC - 2018 - SABESP - Estagiário - Nível Médio- A concordân-
cia, a ortografia e a acentuação estão plenamente corretas na frase 
que se encontra em:
(A) Falta e ausência têm em quaizquer seres humanos.
(B) Não hão falta e ausência em uma série de individuos.
(C) Não existem falta e ausência como sentimentos humanos.
(D) Todos nós nos sentimos em falta para com o outro as vezes.
(E) Não haviam falta e ausência em nós quando eramos crian-
ças.
GABARITO
1 D
2 A
3 D
4 A
5 D
6 E
7 A
8 A
9 D
10 E
11 D
12 B
13 D
14 E
15 A
16 C
17 E
18 D
19 D
20 C
ANOTAÇÕES
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MATEMÁTICA E 
RACIOCÍNIO LÓGICO
RACIOCÍNIO LÓGICO: ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES 
ARBITRÁRIAS ENTRE PESSOAS, LUGARES, OBJETOS OU 
EVENTOS FICTÍCIOS; DEDUZIR NOVAS INFORMAÇÕES DAS 
RELAÇÕES FORNECIDAS E AVALIAR AS CONDIÇÕES USA-
DAS PARA ESTABELECER A ESTRUTURA DAQUELAS RELA-
ÇÕES. COMPREENSÃO E ELABORAÇÃO DA LÓGICA DAS 
SITUAÇÕES POR MEIO DE: RACIOCÍNIO VERBAL, RACIOCÍ-
NIO MATEMÁTICO, RACIOCÍNIO SEQUENCIAL, ORIENTA-
ÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL, FORMAÇÃO DE CONCEITOS, 
DISCRIMINAÇÃO DE ELEMENTOS. COMPREENSÃO DO 
PROCESSO LÓGICO QUE, A PARTIR DE UM CONJUN-
TO DE HIPÓTESES, CONDUZ, DE FORMA VÁLIDA, A 
CONCLUSÕES DETERMINADAS
Raciocínio lógico é o modo de pensamento que elenca hipó-
teses, a partir delas, é possível relacionar resultados, obter conclu-
sões e, por fim, chegar a um resultado final.
Mas nem todo caminho é certeiro, sendo assim, certas estru-
turas foram organizadas de modo a analisar a estrutura da lógica, 
para poder justamente determinar um modo, para que o caminho 
traçado não seja o errado. Veremos que há diversas estruturas para 
isso, que se organizam de maneira matemática.
A estrutura mais importante são as proposições.
Proposição: declaração ou sentença, que pode ser verdadeira 
ou falsa.
Ex.: Carlos é professor.
As proposições podem assumir dois aspectos, verdadeiro ou 
falso. No exemplo acima, caso Carlos seja professor, a proposição é 
verdadeira. Se fosse ao contrário, ela seria falsa.
Importante notar que a proposição deve afirmar algo, acompa-
nhado de um verbo (é, fez, não notou e etc). Caso a nossa frase seja 
“Brasil e Argentina”, nada está sendo afirmado, logo, a frase não é 
uma proposição.
Há também o caso de certas frases que podem ser ou não 
proposições, dependendo do contexto. A frase “N>3” só pode ser 
classificada como verdadeira ou falsa caso tenhamos algumas in-
formações sobre N, caso contrário, nada pode ser afirmado. Nestes 
casos, chamamos estas frases de sentenças abertas, devido ao seu 
caráter imperativo.
O processo matemático em volta do raciocínio lógico nos per-
mite deduzir diversas relações entre declarações, assim, iremos 
utilizar alguns símbolos e letras de forma a exprimir estes encade-
amentos.
As proposições podem ser substituídas por letras minúsculas 
(p.ex.: a,b, p, q, …)
Seja a proposição p: Carlos é professor
Uma outra proposição q: A moeda do Brasil é o Real
É importante lembrar que nosso intuito aqui é ver se a proposi-
ção se classifica como verdadeira ou falsa.
Podemos obter novas proposições relacionando-as entre si. 
Por exemplo, podemos juntar as proposições p e q acima obtendo 
uma única proposição “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o 
Real”. 
Nos próximos exemplos, veremos como relacionar uma ou 
mais proposições através de conectivos.
Existem cinco conectivos fundamentais, são eles:
^: e (aditivo) conjunção
Posso escrever “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o 
Real”, posso escrever p ^ q.
v: ou (um ou outro) ou disjunção
p v q: Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real
: “ou” exclusivo (este ou aquele, mas não ambos) ou disjun-
ção exclusiva (repare o ponto acima do conectivo).
p v q: Ou Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real (mas 
nunca ambos)
¬ ou ~: negação
~p: Carlos não é professor
->: implicação ou condicional (se… então…)
p -> q: Se Carlos é professor, então a moeda do Brasil é o Real
⇔: Se, e somente se (ou bi implicação) (bicondicional)
p ⇔ q: Carlos é professor se, e somente se, a moeda do Brasil 
é o Real
Vemos que, mesmo tratando de letras e símbolos, estas estru-
turas se baseiam totalmente na nossa linguagem, o que torna mais 
natural decifrar esta simbologia.
Por fim, a lógica tradicional segue três princípios. Podem pa-
recer princípios tolos, por serem óbvios, mas pensemos aqui, que 
estamos estabelecendo as regras do nosso jogo, então é primordial 
que tudo esteja extremamente estabelecido.
1 – Princípio da Identidade
p=p
Literalmente, estamos afirmando que uma proposição é igual 
(ou equivalente) a ela mesma.
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2 – Princípio da Não contradição
p = q v p ≠ q
Estamos estabelecendo que apenas uma coisa pode acontecer 
às nossas proposições. Ou elas são iguais ou são diferentes, ou seja, 
não podemos ter que uma proposição igual e diferente a outra ao 
mesmo tempo.
3 – Princípio do Terceiro excluído
p v ¬ p
Por fim, estabelecemos que uma proposição ou é verdadeira 
ou é falsa, não havendo mais nenhuma opção, ou seja, excluindo 
uma nova (como são duas, uma terceira) opção).
DICA: Vimos então as principais estruturas lógicas, como lida-
mos com elas e quais as regras para jogarmos este jogo. Então, es-
creva várias frases, julgue se são proposições ou não e depois tente 
traduzi-las para a linguagem simbólica que aprendemos.
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Quando falamos sobre lógica de argumentação, estamos nos 
referindo ao processo de argumentar, ou seja, através de argumen-
tos é possível convencer sobre a veracidade de certo assunto.
No entanto, a construção desta argumentação não é necessa-
riamente correta. Veremos alguns casos de argumentação, e como 
eles podem nos levar a algumas respostas corretas e outras falsas.
Analogias: Argumentação pela semelhança (analogamente)
Todo ser humano é mortal
Sócrates é um ser humano
Logo Sócrates é mortal
Inferências: Argumentar através da dedução
Se Carlos for professor, haverá aula
Se houve aula, então significa que Carlos é professor, caso con-
trário, então Carlos não é professor
Deduções: Argumentar partindo do todo e indo a uma parte 
específica
Roraima fica no Brasil
A moeda do Brasil é o Real
Logo, a moeda de Roraima é o Real
Indução: É a argumentação oposta a dedução, indo de uma 
parte específica e chegando ao todo
Todo professor usa jaleco
Todo médico usa jaleco
Então todo professor é médico
Vemos que nem todas as formas de argumentação são verda-
des universais, contudo, estão estruturadas de forma a parecerem 
minimamente convincentes. Para isso, devemos diferenciar uma 
argumentação verdadeira de uma falsa. Quando a argumentação 
resultar num resultado falso, chamaremos tal argumentação de so-
fismo1.
1 O termo sofismo vem dos Sofistas, pensadores não alinhados aos movimen-
tos platônico e aristotélico na Grécia dos séculos V e IV AEC, sendo considera-
dos muitas vezes falaciosos por essas linhas de pensamento. Desta forma, o 
termo sofismo se refere a quando a estrutura foge da lógica tradicional e se 
obtém uma conclusão falsa.
No sofismo temos um encadeamento lógico, no entanto, esse 
encadeamento se baseia em algumas sutilezas que nos conduzem a 
resultados falsos. Por exemplo:
A água do mar é feita de água e sal
A bolacha de água e sal é feita de água e sal
Logo, a bolacha de água e sal é feita de mar (ou o mar é feito 
de bolacha)
Esta argumentação obviamente é falsa, mas está estruturada 
de forma a parecer verdadeira, principalmente se vista com pressa.
Convidamos você, caro leitor, para refletir sobre outro exemplo 
de sofismo:
Queijo suíço tem buraco
Quanto mais queijo, mais buraco
Quanto mais buraco, menos queijo
Então quanto mais queijo, menos queijo?
LÓGICA SENTENCIAL (OU PROPOSICIONAL)
A lógica proposicional é baseada justamente nas proposições 
e suas relações. Podemos ter dois tipos de proposições, simples ou 
composta.
Em geral, uma proposição simples não utiliza conectivos (e; ou; 
se; se, e somente se). Enquanto a proposição composta são duas ou 
mais proposições (simples) ligadas através destes conectivos.
Mas às vezes uma proposição composta é de difícil análise. 
“Carlos é professor e a moeda do Brasil é o Real”. Se Carlos não 
for professor e a moeda do Brasil for o real, a proposição composta 
é verdadeira ou falsa? Temos uma proposição verdadeira e falsa? 
Como podemos lidar com isso?
A melhor maneira de analisar estas proposições compostas é 
através de tabelas-verdades.
A tabela verdade é montada com todas as possibilidades que 
uma proposição pode assumir e suas combinações. Se quiséssemos 
saber sobre uma proposição e sua negativa, teríamos a seguinte ta-
bela verdade:
p ~p
V F
F V
A tabela verdade de uma conjunção (p ^ q) é a seguinte:
p q p ^ q
V V V
V F F
F V F
F F F
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Todas as tabelas verdades são as seguintes:
p q p ^ q p v q p -> q p ⇔q p v. q
V V V V V V F
V F F V F F V
F V F V V F V
F F F F V V F
Note que quando tínhamos uma proposição, nossa tabela verdade resultou em uma tabela com 2 linhas e quando tínhamos duas 
proposições nossa tabela era composta por 4 linhas.
A fórmula para o número de linhas se dá através de 2^n, onde n é o número de proposições.
Se tivéssemos a seguinte tabela verdade:
p q r p v q -> r
Mesmo sem preenchê-la, podemos afirmar que ela terá 2³ linhas, ou seja, 8 linhas.
Mais um exemplo:
p q p -> q ~p ~q ~q -> ~p
V V V F F V
V F F F V F
F V V V F V
F F V V V V
Note que o resultado de p->q é igual a ~q -> ~p (V-F-F-V). Quando isso acontece, diremos que as proposições compostas são logica-
mente equivalentes (iguais).
Outro exemplo de como a tabela verdade pode nos ajudar a resolver certas proposições mais complicadas: Quero saber os resultados 
para a proposição composta (p^q) -> pvq. O que vamos fazer primeiro é montar a tabela verdade para p^q e pvq. 
p q p^q p v q
V V V V
V F F V
F V F V
F F F F
Agora que sabemos como nossos elementos se comportam, vamos relacionar com p->q:
p q p->q
V V V
V F F
F V V
F F V
Desta forma, sabemos que a implicação que relaciona V com V resulta em V, e V com F resulta em F, e assim por diante.
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Podemos então agora montar nossa tabela completa com todas estas informações:
p q p^q pvp p->q (p^q) -> pvq
V V V V V V
V F F V F V
F V F V V V
F F F F V V
O processo pode parecer trabalhoso, mas a prática faz com que seja rápida a montagem destas tabelas, chegando rapidamente na 
análise da questão e com seu resultado prontamente obtido.
Geralmente, não é simples construir uma tabela verdade, algumas relações podem facilitar as análises. Uma delas sãoas Leis de Mor-
gan, que negam algumas relações. São elas:
– 1ª lei de Morgan: ¬(p^q) = (¬p) v (¬q)
– 2ª lei de Morgan: ¬(p v q) = (¬p) ^ (¬q)
Vejamos o exemplo para decifrar o que dizem estas leis:
p: Carlos é professor
q: a moeda do Brasil é o Real
Então, através de Morgan, negar p ^ q (Carlos é professor E a moeda do Brasil é o Real,) equivale a dizer, Carlos não é professor OU a 
moeda do Brasil não é o real
Da mesma forma, negar p v q (Carlos é professor OU a moeda do Brasil é o Real) equivale a Carlos não é professor E a moeda do Brasil 
não é o Real.
Estas leis podem parecer abstratas mas através da prática é possível familiarizar-se com elas, já que são importantes aliadas para 
resolver diversas questões.
TAUTOLOGIA, CONTRADIÇÃO E CONTINGÊNCIA
Quando uma expressão sempre apresenta a coluna resultado na tabela verdade como verdadeira, ela é chamada de tautologia. Na 
mesma linha de pensamento, podemos denominar uma expressão como uma contradição quando sua tabela verdade sempre resulta em 
falso. Por fim, são denominadas como contingência, as expressões que não são nem tautologias nem contradições, ou seja, que apresen-
tam tanto resultados verdadeiros quanto falsos.
Vejamos a seguinte tabela verdade:
p q (p^q)->(p v q) ~(pvq) ^ (p^q) (pvq) -> (p^q)
V V V F V
V F V F F
F V V F F
F F V F V
Nesta tabela, temos que as proposições compostas: 
(p^q)->(p v q) é uma tautologia, pois sua tabela verdade é toda verdadeira.
~(pvq)^(p^q) é uma contradição, pois sua tabela verdade é toda falsa.
(pvq)->(p^q) é uma contingência, pois sua tabela verdade não é toda verdadeira nem toda falsa.
LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM (OU LÓGICA DE PREDICADOS)
Uma certa evolução de uma lógica sentencial é a lógica de primeira ordem ou lógica de predicados, onde além dos conectivos, estão 
presente os quantificadores (com expressões como qualquer e algum, por exemplo)2.
Esta forma de raciocinar segue os mesmos preceitos que a lógica com conectivos (e, ou, ou exclusivo, implicação, …), tendo também 
novos símbolos, que são:
∀: qualquer, todo
∀x(A(x) -> B(x))
2 Dizemos que a lógica de primeira ordem é uma extensão da lógica sentencial.
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Para todo elemento, se pertence a A, pertence a B.
∃: existe, algum, pelo menos um
∃x(A(x)^B(X): existe elemento que pertence a A e a B
∄: Não existe, nenhum
Nenhum A é B = Todo A é não B
A negativa de tais estruturas não são tão diretas como às apre-
sentadas nas Leis de Morgan. A negativa de ∃ (existe,) é ∄ (não 
existe), mas a negativa de ∄ pode ser ∃ ou ∀ (para todo), assim 
como a negativa de ∀ pode ser tanto ∃ e ∄, por isso, cada caso 
deve ser analisado atentamente.
Tendo elencado estas novas estruturas, basta construirmos ta-
belas verdade com elas, para resolvermos questões.
Repare que agora estamos trabalhando não só com o aspecto 
verdadeiro/falso mas com a ideia de quantidade (existe um, todo, 
nenhum), então nosso estudo das afirmações devem levar em con-
sideração estas novas peculiaridades.
RACIOCÍNIO VERBAL 
O raciocínio verbal lida com problemas de lógica quase que to-
talmente escritos, abordando geralmente a negação de certas fra-
ses que podem parecer óbvias mas que muitas vezes nos pregam 
peças.
Podemos nos perguntar se a lógica, em geral, não é estabelecer 
símbolos para traduzir estas frases. Sim! A diferença é que negar 
certas frases podem fazer sentido verbalmente, mas devemos nos 
ater a lógica em si e buscar então absorver isso ao nosso raciocínio.
Uma importante ferramenta neste momento são as Leis de 
Morgan:
1ª lei de Morgan
¬(p ∧ q) = (¬p) ∨ (¬q)
2ª lei de Morgan
¬(p ∨ q) = (¬p) ∧ (¬q)
Exemplo:
p: João dirige
q: a capital do mundo é Itapeva.
p ∧ q: João dirige e a capital do mundo é Itapeva.
Vamos negar esta proposição. Num primeiro momento, pode-
mos estar inclinados a responder que a negativa seria João não diri-
ge e a capital do mundo não é Itapeva. Mas a 1ª Lei de Morgan nos 
sinaliza que está errado3. Devemos, negar as proposições simples e 
trocar o nosso conectivo. Se estava e, agora precisa estar ou.
Assim, a negação da frase seria: João não dirige ou a capital do 
mundo não é Itapeva. Diferença sutil, mas muito importante.
p ∨ q: João dirige ou a capital do mundo é Itapeva
Vamos novamente negar esta frase. Da mesma forma da ante-
rior, nosso senso pode nos levar a responder que a negação seria 
João não dirige ou a capital do mundo é Itapeva. Mais uma vez, pela 
2ª Lei de Morgan, temos que a negação se trata de João não dirige 
e a capital do mundo não é Itapeva.
3 Repare que as Leis de Morgan se tratam de equivalências lógicas. Caso se 
interesse em ver essas igualdades, veja o tópico equivalências lógicas.
Podemos então estabelecer que para negar logicamente uma 
frase verbal, devemos não só negar suas partes, mas também inver-
ter seu conectivo. Se antes estava e, deve se tornar ou na negação. 
Igualmente, se antes estava ou, deve se tornar e.
Outra negativa importante, não abordada diretamente pelas 
Leis de Morgan, é a negativa de “se…então…”.
Se João dirige, então a capital do mundo é Itapeva.
Como iremos negar esta proposição? A ideia aqui é manter a 
primeira proposição e negar a segunda, retirando os termos “se” e 
“então”. Ficamos então com a negativa: João dirige e a capital do 
mundo não é Itapeva.
Neste exemplo, vemos que essa questão é menos intuitiva 
comparada àquelas que são abordadas pelas Leis de Morgan, mas 
novamente, sendo bem absorvidas, farão sentido e evitarão erros 
na resolução das questões.
RACIOCÍNIO ESPACIAL E TEMPORAL
Existem tipos de questões de lógica que envolvem situações 
específicas que necessitam de algo a mais para resolver do que so-
mente as tabelas verdade. Um exemplo disso são questões envol-
vendo espaço (posição, fila e tamanho e etc.) e tempo (horas, dias, 
calendário e etc.).
Não há uma forma de elaborar estratégias específicas para a 
resolução de questões deste tipo, então iremos fornecer alguns 
exemplos para inspirar quais análises podem ser feitas.
Exemplos:
1 – Em um determinado ano, o mês de setembro teve 5 sába-
dos e 5 domingos. Rodrigo faz aniversário no dia 1º de setembro. 
Em qual dia da semana foi o seu aniversário esse ano?
Aqui, temos um exercício lidando com tempo. Neste caso, es-
tamos lidando com calendário, envolvendo dias de um mês. Numa 
primeira vista, esta questão pode parecer muito difícil de resolver, 
pois, aparentemente, há informações faltando. Mas vamos ver 
como proceder na análise:
1º) Vamos nos atentar que setembro possui 30 dias;
2º) Dessa forma, dividindo este valor por 7, descobrimos quan-
tas semanas há nesse mês: 30 : 7 = 4 (e sobra 2).
3º) Assim, esse mês terá 4 semanas e mais dois dias.
4º) Se o mês começasse numa quinta-feira, teríamos então:
4 domingos
4 segundas
4 terças
4 quartas
4 quintas
5 sextas
5 sábados
5º) No exemplo acima, para dar 5 sextas e 5 sábados, o mês 
começou numa quinta. Assim, para termos 5 sábados e 5 domingos, 
o mês deve começar numa sexta.
6º) Como o aniversário de Rodrigo é no dia 1º de setembro, 
então seu aniversário será numa sexta-feira
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2 – Observando o calendário de 2021, temos que o dia 23 de 
outubro caiu em um sábado. Sabendo que o ano de 2020 foi o últi-
mo ano bissexto, o dia 23 de outubro de 2024 cairá em uma:
Vamos operar de maneira semelhante à questão anterior:
1º) Vamos dividir 365 (dias por ano) por 7 (dias por semana) 
para vermos quantas semanas temos no ano
365 : 7 = 52 (sobra 1)
2º) A divisão acima nos diz que a cada ano, avançamos um dia. 
Ou seja, se o dia 1º de janeiro de 2023 foi num domingo, em 2024 
será numa segunda.
3º) Devemos analisar também o ano bissexto, pois nestes anos, 
há um dia a mais, então seria para dividirmos 366 por 7.
366 : 7 = 52 (sobra 2)
4º) O último ano bissexto foi em 2020, então o próximo será 
em 2024. Nos anosbissextos, fevereiro ganha um dia a mais.
5º) Temos então que de 2021 para 2024:
2021 2022: +1 dia na semana
2022 2023: +1 dia na semana
2023 2024: +2 dias na semana
= +4 dias na semana
6º) Como o dia 23 de outubro de 2021 caiu num sábado, o 
dia 23 de outubro de 2024 cairá 4 dias da semana depois, ou seja, 
numa quarta.
– Lembrando: calendário e horas
Janeiro – 31 dias
Fevereiro – 28* dias
Março – 31 dias
Abril – 30 dias
Maio – 31 dias
Junho – 30 dias
Julho – 31 dias
Agosto – 31 dias
Setembro – 30 dias
Outubro – 31 dias
Novembro – 30 dias
Dezembro – 31 dias
*Os anos bissextos acontecem a cada 4 anos (múltiplos de 4 
como 2000, 2004, 2008, 2012, 2016, 2020, 2024, 2028, …) e nestes 
anos fevereiro possui 29 dias.
1 dia = 24 horas
1 hora = 60 minutos
1 minuto = 60 segundos
3 – Ana, Bela, Carla e Dora estão sentadas em volta de uma 
mesa quadrada em cadeiras numeradas de 1 a 4, como mostra a 
figura a seguir:
Sabe-se que:
– Ana não está em frente a Bela.
– Bela tem Carla a sua esquerda.
– Ana e Dora estão nas cadeiras pares.
Onde cada uma está sentada?
Vamos proceder com a seguinte análise:
1º) Como Ana não está na frente a Bela, então elas estão uma 
do lado da outra.
2º) Bela tem Carla a sua esquerda.
Então ela tem a Ana a sua direita.
E por fim, Dora está a sua frente.
3º) Ana e Dora estão nas cadeiras pares
Se Ana estiver na cadeira 2, temos a configuração:
1 – Carla 2 – Ana 3 – Bela 4 – Dora
Se Ana estiver na cadeira na cadeira 4, temos a configuração
1 – Dora 2 – Bela 3 – Carla 4 – Ana
Mas essa opção não é possível, pois Ana e Dora estão nas pa-
res.
Logo, estão sentadas Carla na cadeira 1, Ana na cadeira 2, Bela 
na cadeira 3 e Dora na cadeira 4.
---
Vemos que cabe ao candidato uma certa criatividade aliada ao 
raciocínio para abordar as questões. Não há nada muito complexo, 
mas deve ser cuidadosamente vista para evitar deslizes e más in-
terpretações.
LÓGICA SEQUENCIAL
A lógica sequencial envolve a percepção e interpretação de 
objetos que induzem a uma sequência, buscando reconhecer essa 
sequência e estabelecer sucessores a este objeto.
Muitas vezes essas questões vêm atreladas com aspectos arit-
méticos (sequências numéricas) ou geometria (construção de cer-
tas figuras).
Não há como sistematizar este assunto, então iremos ver al-
guns exemplos para nos inspirar para que busquemos resolver de-
mais questões.
Exemplos:
1 – A sequência de números a seguir foi construída com um 
padrão lógico e é uma sequência ilimitada:
0, 1, 2, 3, 4, 5, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 30, 
31, 32, 33, 34, 35, 40, …
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A partir dessas informações, identifique o termo da posição 74 e o termo da posição 95. Qual a soma destes dois termos?
Vamos analisar esta sequência dada:
1º) Vemos que a sequência vai de 6 em 6 termos e pula para a dezena seguinte
Os primeiros 6 termos vão de 0 a 5
Do 7º termo ao 12º termo: 10 a 15
13º termo ao 18º termo: 20 a 25
2º) Vemos que o padrão segue a tabuada do 6
6 x 1 = 6 (0 até 5)
6 x 2 = 12 (10 até 15)
6 x 3 = 18 (20 até 25)
3º) O número que está multiplicando o 6 menos uma unidade representa a dezena que estamos começando a contar:
6 x 1 1 - 1 = 0 (0 até 5)
6 x 2 2 - 1 = 1 (10 até 15)
6 x 3 3 - 1 = 2 (20 até 25)
4º) Se dividirmos 74 por 6 e 95 por 6 descobriremos seus valores
74 : 6 = 12 (sobra 2)
95 : 6 = 15 (sobra 5)
5º) O termo 74 então está dois termos após 6 x 12
6 x 12 12 - 1 = 11 (110 até 115)
Então o termo 74 está no intervalo entre 120 até 125
O 74º termo é o número 121
6º) Da mesma forma, 95 está 5 após 6 x 15
6 x 15 15 - 1 = 14 (140 até 145)
O termo 95 está no intervalo entre 150 até 155
O 95º termo é o número 154
7º) Somando 121 + 154 = 275
2. Analise a sequência a seguir:
4; 7; 13; 25; 49
Admitindo-se que a regularidade dessa sequência permaneça a mesma para os números seguintes, é correto afirmar que o sétimo 
termo será igual a?
1º) Do primeiro termo para o segundo, estamos somando 3.
2º) Do segundo termo para o terceiro, estamos somando 6.
3º) Do terceiro termo para o quarto, estamos somando 12.
4º) Do quarto termo para o quinto, estamos somando 24.
5º) Podemos estabelecer o padrão que estamos multiplicando a soma anterior por 2.
6º) Assim, do quinto termo para o sexto, estaríamos somando 48. E do sexto para o sétimo estaríamos somando 96
7º) Dessa forma, basta somarmos 49 com 48 e 96: 49 + 48 + 96 = 193
3 – Observe a sequência:
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5454
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O padrão de formação dessa sequência permanece para as fi-
guras seguintes. Desse modo, a figura que deve ocupar a 131ª posi-
ção na sequência é idêntica à qual figura? 
1º) Vemos que o padrão retorna para a origem a cada 7 termos.
2º) Os termos 14, 21, 28, 35, …, irão ser os mesmos que o pa-
drão da 7ª figura.
3º) Os termos 8, 15, 22, 29, 36, …, irão ser os mesmos que o 
padrão da 1ª figura.
4º) Vamos então dividir 131 por 7 para descobrir essa equiva-
lência.
131 : 7 = 18 (sobra 5)
5º) Justamente essa sobra, 5, será a posição equivalente.
Assim, a figura da 131ª posição é idêntica a figura da 5ª posição
 
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS: OPERAÇÕES (ADIÇÃO, 
SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIAÇÃO); 
EXPRESSÕES NUMÉRICAS; MÚLTIPLOS E DIVISORES DE 
NÚMEROS NATURAIS; PROBLEMAS. FRAÇÕES E OPERA-
ÇÕES COM FRAÇÕES
— Conjuntos Numéricos
O grupo de termos ou elementos que possuem características 
parecidas, que são similares em sua natureza, são chamados de 
conjuntos. Quando estudamos matemática, se os elementos pare-
cidos ou com as mesmas características são números, então dize-
mos que esses grupos são conjuntos numéricos4.
Em geral, os conjuntos numéricos são representados grafica-
mente ou por extenso – forma mais comum em se tratando de ope-
rações matemáticas. Quando os representamos por extenso, escre-
vemos os números entre chaves {}. Caso o conjunto seja infinito, ou 
seja, tenha incontáveis números, os representamos com reticências 
depois de colocar alguns exemplos. Exemplo: N = {0, 1, 2, 3, 4…}.
Existem cinco conjuntos considerados essenciais, pois eles são 
os mais usados em problemas e questões no estudo da Matemáti-
ca. São eles: Naturais, Inteiros, Racionais, Irracionais e Reais.
Conjunto dos Números Naturais (N)
O conjunto dos números naturais é representado pela letra N. 
Ele reúne os números que usamos para contar (incluindo o zero) e 
é infinito. Exemplo:
N = {0, 1, 2, 3, 4…}
Além disso, o conjunto dos números naturais pode ser dividido 
em subconjuntos:
N* = {1, 2, 3, 4…} ou N* = N – {0}: conjunto dos números natu-
rais não nulos, ou sem o zero.
Np = {0, 2, 4, 6…}, em que n ∈ N: conjunto dos números natu-
rais pares.
Ni = {1, 3, 5, 7..}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais 
ímpares.
P = {2, 3, 5, 7..}: conjunto dos números naturais primos.
4 https://matematicario.com.br/
Conjunto dos Números Inteiros (Z)
O conjunto dos números inteiros é representado pela maiús-
cula Z, e é formado pelos números inteiros negativos, positivos e o 
zero. Exemplo: Z = {-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4…}
O conjunto dos números inteiros também possui alguns sub-
conjuntos:
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não nega-
tivos.
Z- = {…-4, -3, -2, -1, 0}: conjunto dos números inteiros não po-
sitivos.
Z*+ = {1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não negati-
vos e não nulos, ou seja, sem o zero.
Z*- = {… -4, -3, -2, -1}: conjunto dos números inteiros não posi-
tivos e não nulos.
Conjunto dos Números Racionais (Q)
Números racionais são aqueles que podem ser representados 
em forma de fração. O numerador e o denominador da fração preci-
sam pertencer ao conjunto dos números inteiros e, é claro, o deno-
minador não pode ser zero, pois não existe divisão por zero.
O conjunto dos números racionais é representado pelo Q. Os 
números naturais e inteiros são subconjuntos dos números racio-
nais, pois todos os númerosnaturais e inteiros também podem ser 
representados por uma fração. Além destes, números decimais e 
dízimas periódicas também estão no conjunto de números racio-
nais.
Vejamos um exemplo de um conjunto de números racionais 
com 4 elementos:
Qx = {-4, 1/8, 2, 10/4}
Também temos subconjuntos dos números racionais:
Q* = subconjunto dos números racionais não nulos, formado 
pelos números racionais sem o zero.
Q+ = subconjunto dos números racionais não negativos, forma-
do pelos números racionais positivos.
Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado 
pelos números racionais positivos e não nulos.
Q- = subconjunto dos números racionais não positivos, forma-
do pelos números racionais negativos e o zero.
Q*- = subconjunto dos números racionais negativos, formado 
pelos números racionais negativos e não nulos.
Conjunto dos Números Irracionais (I)
O conceito de números irracionais é dependente da definição 
de números racionais. Assim, pertencem ao conjunto dos números 
irracionais os números que não pertencem ao conjunto dos racio-
nais.
Em outras palavras, ou um número é racional ou é irracional. 
Não há possibilidade de pertencer aos dois conjuntos ao mesmo 
tempo. Por isso, o conjunto dos números irracionais é complemen-
tar ao conjunto dos números racionais dentro do universo dos nú-
meros reais.
Outra forma de saber quais números formam o conjunto dos 
números irreais é saber que os números irracionais não podem ser 
escritos em forma de fração. Isso acontece, por exemplo, com deci-
mais infinitos e raízes não exatas.
Os decimais infinitos são números que têm infinitas casas de-
cimais e que não são dízimas periódicas. Como exemplo, temos 
0,12345678910111213, π, √3 etc.
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Conjunto dos Números Reais (R)
O conjunto dos números reais é representado pelo R e é forma-
do pela junção do conjunto dos números racionais com o conjunto 
dos números irracionais. Não esqueça que o conjunto dos racionais 
é a união dos conjuntos naturais e inteiros. Podemos dizer que en-
tre dois números reais existem infinitos números.
Entre os conjuntos números reais, temos:
R*= {x ∈ R│x ≠ 0}: conjunto dos números reais não-nulos.
R+ = {x ∈ R│x ≥ 0}: conjunto dos números reais não-negativos.
R*+ = {x ∈ R│x > 0}: conjunto dos números reais positivos.
R– = {x ∈ R│x ≤ 0}: conjunto dos números reais não-positivos.
R*– = {x ∈ R│x < 0}: conjunto dos números reais negativos.
— Múltiplos e Divisores
Os conceitos de múltiplos e divisores de um número natural 
estendem-se para o conjunto dos números inteiros5. Quando tra-
tamos do assunto múltiplos e divisores, referimo-nos a conjuntos 
numéricos que satisfazem algumas condições. Os múltiplos são en-
contrados após a multiplicação por números inteiros, e os divisores 
são números divisíveis por um certo número.
Devido a isso, encontraremos subconjuntos dos números in-
teiros, pois os elementos dos conjuntos dos múltiplos e divisores 
são elementos do conjunto dos números inteiros. Para entender o 
que são números primos, é necessário compreender o conceito de 
divisores.
Múltiplos de um Número
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, o número a é 
múltiplo de b se, e somente se, existir um número inteiro k tal que 
a = b · k. Desse modo, o conjunto dos múltiplos de a é obtido multi-
plicando a por todos os números inteiros, os resultados dessas mul-
tiplicações são os múltiplos de a.
Por exemplo, listemos os 12 primeiros múltiplos de 2. Para isso 
temos que multiplicar o número 2 pelos 12 primeiros números in-
teiros, assim:
2 · 1 = 2
2 · 2 = 4
2 · 3 = 6
2 · 4 = 8
2 · 5 = 10
2 · 6 = 12
2 · 7 = 14
2 · 8 = 16
2 · 9 = 18
2 · 10 = 20
2 · 11 = 22
2 · 12 = 24
Portanto, os múltiplos de 2 são:
M(2) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24}
Observe que listamos somente os 12 primeiros números, mas 
poderíamos ter listado quantos fossem necessários, pois a lista de 
múltiplos é dada pela multiplicação de um número por todos os 
inteiros. Assim, o conjunto dos múltiplos é infinito.
Para verificar se um número é ou não múltiplo de outro, de-
vemos encontrar um número inteiro de forma que a multiplicação 
entre eles resulte no primeiro número. Veja os exemplos:
5 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/multiplos-divisores.htm
– O número 49 é múltiplo de 7, pois existe número inteiro que, 
multiplicado por 7, resulta em 49.
49 = 7 · 7
– O número 324 é múltiplo de 3, pois existe número inteiro 
que, multiplicado por 3, resulta em 324.
324 = 3 · 108
– O número 523 não é múltiplo de 2, pois não existe número 
inteiro que, multiplicado por 2, resulte em 523.
523 = 2 · ?”
• Múltiplos de 4
Como vimos, para determinar os múltiplos do número 4, deve-
mos multiplicar o número 4 por números inteiros. Assim:
4 · 1 = 4
4 · 2 = 8
4 · 3 = 12
4 · 4 = 16
4 · 5 = 20
4 · 6 = 24
4 · 7 = 28
4 · 8 = 32
4 · 9 = 36
4 · 10 = 40
4 · 11 = 44
4 · 12 = 48
...
Portanto, os múltiplos de 4 são:
M(4) = {4, 8, 12, 16, 20. 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, … }
Divisores de um Número
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, vamos dizer que 
b é divisor de a se o número b for múltiplo de a, ou seja, a divisão 
entre b e a é exata (deve deixar resto 0).
Veja alguns exemplos:
– 22 é múltiplo de 2, então, 2 é divisor de 22.
– 63 é múltiplo de 3, logo, 3 é divisor de 63.
– 121 não é múltiplo de 10, assim, 10 não é divisor de 121.
Para listar os divisores de um número, devemos buscar os nú-
meros que o dividem. Veja:
– Liste os divisores de 2, 3 e 20.
D(2) = {1, 2}
D(3) = {1, 3}
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
Observe que os números da lista dos divisores sempre são di-
visíveis pelo número em questão e que o maior valor que aparece 
nessa lista é o próprio número, pois nenhum número maior que ele 
será divisível por ele.
Por exemplo, nos divisores de 30, o maior valor dessa lista é o 
próprio 30, pois nenhum número maior que 30 será divisível por 
ele. Assim:
D(30) = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}.
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Propriedade dos Múltiplos e Divisores
Essas propriedades estão relacionadas à divisão entre dois in-
teiros. Observe que quando um inteiro é múltiplo de outro, é tam-
bém divisível por esse outro número.
Considere o algoritmo da divisão para que possamos melhor 
compreender as propriedades.
N = d · q + r, em que q e r são números inteiros.
Lembre-se de que:
N: dividendo; 
d, divisor; 
q: quociente; 
r: resto.
– Propriedade 1: A diferença entre o dividendo e o resto (N – r) 
é múltipla do divisor, ou o número d é divisor de (N – r).
– Propriedade 2: (N – r + d) é um múltiplo de d, ou seja, o nú-
mero d é um divisor de (N – r + d).
Veja o exemplo:
Ao realizar a divisão de 525 por 8, obtemos quociente q = 65 e 
resto r = 5. 
Assim, temos o dividendo N = 525 e o divisor d = 8. Veja que 
as propriedades são satisfeitas, pois (525 – 5 + 8) = 528 é divisível 
por 8 e:
528 = 8 · 66
— Números Primos
Os números primos são aqueles que apresentam apenas dois 
divisores: um e o próprio número6. Eles fazem parte do conjunto 
dos números naturais.
Por exemplo, 2 é um número primo, pois só é divisível por um 
e ele mesmo.
Quando um número apresenta mais de dois divisores eles são 
chamados de números compostos e podem ser escritos como um 
produto de números primos.
Por exemplo, 6 não é um número primo, é um número com-
posto, já que tem mais de dois divisores (1, 2 e 3) e é escrito como 
produto de dois números primos 2 x 3 = 6.
Algumas considerações sobre os números primos:
– O número 1 não é um número primo, pois só é divisível por 
ele mesmo;
– O número 2 é o menor número primo e, também, o único 
que é par;
– O número 5 é o único número primo terminado em 5;
– Os demais números primos são ímpares e terminam com os 
algarismos 1, 3, 7 e 9.
Uma maneira de reconhecer um número primo é realizando 
divisões com o número investigado. Para facilitar o processo,veja 
alguns critérios de divisibilidade:
– Divisibilidade por 2: todo número cujo algarismo da unidade 
é par é divisível por 2;
– Divisibilidade por 3: um número é divisível por 3 se a soma 
dos seus algarismos é um número divisível por 3;
– Divisibilidade por 5: um número será divisível por 5 quando o 
algarismo da unidade for igual a 0 ou 5.
6 https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-numeros-primos/
Se o número não for divisível por 2, 3 e 5 continuamos as divi-
sões com os próximos números primos menores que o número até 
que:
– Se for uma divisão exata (resto igual a zero) então o número 
não é primo.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quo-
ciente for menor que o divisor, então o número é primo.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o 
quociente for igual ao divisor, então o número é primo.
Exemplo: verificar se o número 113 é primo.
Sobre o número 113, temos:
– Não apresenta o último algarismo par e, por isso, não é 
divisível por 2;
– A soma dos seus algarismos (1+1+3 = 5) não é um número 
divisível por 3;
– Não termina em 0 ou 5, portanto não é divisível por 5.
Como vimos, 113 não é divisível por 2, 3 e 5. Agora, resta saber 
se é divisível pelos números primos menores que ele utilizando a 
operação de divisão.
Divisão pelo número primo 7:
Divisão pelo número primo 11:
Observe que chegamos a uma divisão não exata cujo quociente 
é menor que o divisor. Isso comprova que o número 113 é primo.
Potenciação
Multiplicação de fatores iguais
2³=2.2.2=8
Casos
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio número.
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3) Todo número negativo, elevado ao expoente par, resulta em 
um número positivo.
4) Todo número negativo, elevado ao expoente ímpar, resulta 
em um número negativo.
5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos passar o sinal 
para positivo e inverter o número que está na base. 
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o valor do 
expoente, o resultado será igual a zero. 
Propriedades
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de mesma 
base, repete-se a base e soma os expoentes.
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mesma base. 
Conserva-se a base e subtraem os expoentes.
Exemplos:
96 : 92 = 96-2 = 94
3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e multiplica-se 
os expoentes.
Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56
4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores elevados a um 
expoente, podemos elevar cada um a esse mesmo expoente.
(4.3)²=4².3²
5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, podemos 
elevar separados.
Radiciação
Radiciação é a operação inversa a potenciação
Técnica de Cálculo
A determinação da raiz quadrada de um número torna-se mais 
fácil quando o algarismo se encontra fatorado em números primos. 
Veja: 
64 2
32 2
16 2
8 2
4 2
2 2
1
64=2.2.2.2.2.2=26
Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-se” um 
e multiplica.
Observe: 
( ) 5.35.35.35.3 2
1
2
1
2
1
===
De modo geral, se
,,, *NnRbRa ∈∈∈ ++
Então:
nnn baba .. =
O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado é igual 
ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do radicando.
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5858
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Raiz quadrada de frações ordinárias
Observe: 
3
2
3
2
3
2
3
2
2
1
2
1
2
1
==




=
De modo geral, se ,,, ** NnRbRa ∈∈∈
++ então: n
n
n
b
a
b
a
=
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente indicado 
é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos termos do 
radicando.
Raiz quadrada números decimais
Operações
Operações
Multiplicação
Exemplo
Divisão
Exemplo
Adição e subtração
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20.
8 2 20 2
4 2 10 2
2 2 5 5
1 1
Caso tenha: 
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.
Racionalização de Denominadores
Normalmente não se apresentam números irracionais com 
radicais no denominador. Ao processo que leva à eliminação dos 
radicais do denominador chama-se racionalização do denominador. 
1º Caso: Denominador composto por uma só parcela
2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.
Devemos multiplicar de forma que obtenha uma diferença de 
quadrados no denominador:
Máximo Divisor Comum
O máximo divisor comum de dois ou mais números naturais 
não-nulos é o maior dos divisores comuns desses números.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, devemos seguir 
as etapas:
• Decompor o número em fatores primos
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente
• Multiplicar os fatores entre si.
Exemplo:
15 3 24 2
5 5 12 2
1 6 2
3 3
1
15 = 3.5 24 = 23.3
O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente.
m.d.c
(15,24) = 3
Mínimo Múltiplo Comum
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais números é 
o menor número, diferente de zero.
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Para calcular devemos seguir as etapas:
• Decompor os números em fatores primos
• Multiplicar os fatores entre si
Exemplo:
15,24 2
15,12 2
15,6 2
15,3 3
5,1 5
1
Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos.
Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a divisão 
com algum dos números, não é necessário que os dois sejam divisí-
veis ao mesmo tempo.
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, continua 
aparecendo.
Assim, o mmc (15,24) = 23.3.5 = 120
Exemplo
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16 m, será 
revestido com ladrilhos quadrados, de mesma dimensão, inteiros, 
de forma que não fique espaço vazio entre ladrilhos vizinhos. Os 
ladrilhos serão escolhidos de modo que tenham a maior dimensão 
possível.
Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá medir
(A) mais de 30 cm.
(B) menos de 15 cm.
(C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
(D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
(E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.
Resposta: A.
352 2 416 2
176 2 208 2
88 2 104 2
44 2 52 2
22 2 26 2
11 11 13 13
1 1
Devemos achar o mdc para achar a maior medida possível
E são os fatores que temos iguais:25=32
Exemplo
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016) No aero-
porto de uma pequena cidade chegam aviões de três companhias 
aéreas. Os aviões da companhia A chegam a cada 20 minutos, da 
companhia B a cada 30 minutos e da companhia C a cada 44 mi-
nutos. Em um domingo, às 7 horas, chegaram aviões das três com-
panhias ao mesmo tempo, situação que voltará a se repetir, nesse 
mesmo dia, às:
(A) 16h 30min.
(B) 17h 30min.
(C) 18h 30min.
(D) 17 horas.
(E) 18 horas.
Resposta: E.
20,30,44 2
10,15,22 2
5,15,11 3
5,5,11 5
1,1,11 11
1,1,1
Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660
1h---60minutos
x-----660
x=660/60=11
Então será depois de 11horas que se encontrarão
7+11=18h
NÚMEROS E GRANDEZAS PROPORCIONAIS: RAZÕES E 
PROPORÇÕES; DIVISÃO EM PARTES PROPORCIONAIS; RE-
GRA DE TRÊS; PORCENTAGEM E PROBLEMAS ENVOLVEN-
DO REGRA DE TRÊS SIMPLES, CÁLCULOS DE PORCENTA-
GEM, ACRÉSCIMOS E DESCONTOS
RAZÃO E PROPORÇÃO
A razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, 
sendo o coeficiente entre dois números7.
Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas ra-
zões, ou ainda, quando duas razões possuem o mesmo resultado.
Note que a razão está relacionada com a operação da divisão. 
Vale lembrar que duas grandezas são proporcionais quando for-
mam uma proporção.
Ainda que não tenhamos consciência disso, utilizamos cotidia-
namente os conceitos de razão e proporção. Para preparar uma re-
ceita, por exemplo, utilizamos certas medidas proporcionais entre 
os ingredientes.
Para encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de 
medida terão de ser as mesmas.
A partir das grandezas A e B temos:
Razão
ou A : B, onde b ≠ 0.
7 https://www.todamateria.com.br/razao-e-proporcao/
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6060
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Proporção
onde todos os coeficientes são ≠ 0.
Exemplo: Qual a razão entre 40 e 20?
Lembre-se que numa fração, o numerador é o número acima e 
o denominador, o de baixo.
Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo 
porcentagem, também chamada de razão centesimal.
Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima 
é chamado de antecedente (A), enquanto o de baixo é chamado de 
consequente (B).
Qual o valor de x na proporção abaixo?
x = 12 . 3
x = 36
Assim, quando temos três valores conhecidos, podemos desco-
brir o quarto, também chamado de “quarta proporcional”.
Na proporção, os elementos são denominados de termos. A 
primeira fração é formada pelos primeiros termos (A/B), enquanto 
a segunda são os segundos termos (C/D).
Nos problemas onde a resolução é feita através da regra de 
três, utilizamos o cálculo da proporção para encontrar o valor pro-
curado.
— Propriedades da Proporção
1. O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, por 
exemplo:
Logo: A · D = B · C.
Essa propriedade é denominada de multiplicação cruzada.
2. É possível trocar os extremos e os meios de lugar, por exem-
plo:
é equivalente
Logo, D. A = C . B.
— Regra de três simples e composta
A regra de três é a proporção entre duas ou mais grandezas, 
que podem ser velocidades, tempos, áreas, distâncias, cumprimen-
tos, entre outros8.
É o método para determinar o valor de uma incógnita quando 
são apresentados duas ou mais razões, sejam elas diretamente ou 
inversamente proporcionais.
As Grandezas
Dentro da regra de três simples e composta existem grandezas 
diretamente e inversamente proporcionais.
Caracteriza-se por grandezas diretas aquelas em que o acrésci-
mo ou decréscimo de uma equivale ao mesmo processo na outra. 
Por exemplo, ao triplicarmos uma razão, a outra também será tripli-
cada, e assim sucessivamente. 
Exemplo: Supondo que cada funcionário de uma microempre-
sa com 35 integrantes gasta 10 folhas de papel diariamente. Quan-
tas folhas serão gastas nessa mesma empresa quando o quadro de 
colaboradores aumentar para 50?
8 https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/regra-de-tres-sim-
ples-e-composta
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Ao analisarmos o caso percebemos que o aumento de colabo-
radores provocará também um aumento no gasto de papel. Logo, 
essa é uma razão do tipo direta, que deve ser resolvida através da 
multiplicação cruzada:
35x = 50 . 10
35x = 500
x = 500/35
x = 14,3
Portanto, serão necessários 14,3 papéis para suprir as deman-
das da microempresa com 50 funcionários.
Por outro lado, as grandezas inversas ocorrem quando o au-
mento ou diminuição de uma resultam em grandezas opostas. Ou 
seja, se uma é quadruplicada, a outra é reduzida pela metade, e 
assim por diante. 
Exemplo: Se 7 pedreiros constroem uma casa grande em 80 
dias, apenas 5 deles construirão a mesma casa em quanto tempo?
Nesta situação, é preciso inverter uma das grandezas, pois a 
relação é inversamente proporcional. Isso acontece porque a dimi-
nuição de pedreiros provoca o aumento no tempo de construção.
5x = 80 . 7
5x = 560
x = 560/5
x = 112 
Sendo assim, serão 112 dias para a construção da casa com 5 
pedreiros.
Regra de Três Simples
A regra de três simples funciona na relação de apenas duas 
grandezas, que podem ser diretamente ou inversamente propor-
cionais. 
Exemplo 1: Para fazer um bolo de limão utiliza-se 250 ml do 
suco da fruta. Porém, foi feito uma encomenda de 6 bolos. Quantos 
limões serão necessários?
Reparem que as grandezas são diretamente proporcionais, já 
que o aumento no pedido de bolos pede uma maior quantidade de 
limões. Logo, o valor desconhecido é determinado pela multiplica-
ção cruzada:
x = 250 . 6
x = 1500 ml de suco
Exemplo 2: Um carro com velocidade de 120 km/h percorre um 
trajeto em 2 horas. Se a velocidade for reduzida para 70 km/h, em 
quanto tempo o veículo fará o mesmo percurso?
Observa-se que neste exemplo teremos uma regra de três sim-
ples inversa, uma vez que ao diminuirmos a velocidade do carro, o 
tempo de deslocamento irá aumentar. Então, pela regra, uma das 
razões deverá ser invertida e transformada em direta.
70x = 120 . 2
70x = 240
x = 240/70 
x = 3,4 h
Regra de Três Composta
A regra de três composta é a razão e proporção entre três ou 
mais grandezas diretamente ou inversamente proporcionais, ou 
seja, as relações que aparecem em mais de duas colunas.
Exemplo: Uma loja demora 4 dias para produzir 160 peças de 
roupas com 8 costureiras. Caso 6 funcionárias estiverem trabalhan-
do, quantos dias levará para a produção de 300 peças?
Inicialmente, deve-se analisar cada grandeza em relação ao va-
lor desconhecido, isto é:
- Relacionando os dias de produção com a quantidade de pe-
ças, percebe-se que essas grandezas são diretamente proporcio-
nais, pois aumentando o número de peças cresce a necessidade de 
mais dias de trabalho. 
- Relacionando a demanda de costureiras com os dias de pro-
dução, observa-se que aumentando a quantidade de peças o qua-
dro de funcionárias também deveria aumentar. Ou seja, as grande-
zas são inversamente proporcionais. 
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6262
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Após análises, organiza-se as informações em novas colunas:
4/x = 160/300 . 6/8
4/x = 960/2400
960x = 2400 . 4
960x = 9600
 x = 9600/960 
x = 10 dias
Regra de três simples e composta
A regra de três é a proporção entre duas ou mais grandezas, 
que podem ser velocidades, tempos, áreas, distâncias, cumprimen-
tos, entre outros9.
É o método para determinar o valor de uma incógnita quando 
são apresentados duas ou mais razões, sejam elas diretamente ou 
inversamente proporcionais.
As Grandezas
Dentro da regra de três simples e composta existem grandezas 
diretamente e inversamente proporcionais.
Caracteriza-se por grandezas diretas aquelas em que o acrésci-
mo ou decréscimo de uma equivale ao mesmo processo na outra. 
Por exemplo, ao triplicarmos uma razão, a outra também será tripli-
cada, e assim sucessivamente. 
Exemplo: Supondo que cada funcionário de uma microempre-
sa com 35 integrantes gasta 10 folhas de papel diariamente. Quan-
tas folhas serão gastas nessa mesma empresa quando o quadro de 
colaboradores aumentar para 50?
Ao analisarmos o caso percebemos que o aumento de colabo-
radores provocará também um aumento no gasto de papel. Logo, 
essa é uma razão do tipo direta, que deve ser resolvida através da 
multiplicação cruzada:
35x = 50 . 10
35x = 500
x = 500/35
x = 14,3
Portanto, serão necessários 14,3 papéis para suprir as deman-
das da microempresa com 50 funcionários.
9 https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/regra-de-tres-sim-
ples-e-composta
Por outro lado, as grandezas inversas ocorrem quando o au-
mento ou diminuição de uma resultam em grandezas opostas. Ou 
seja, se uma é quadruplicada, a outra é reduzida pela metade, e 
assim por diante. 
Exemplo: Se 7 pedreiros constroem uma casa grande em 80 
dias, apenas 5 deles construirão a mesma casa em quanto tempo?
Nesta situação, é preciso inverter uma das grandezas, pois a 
relação é inversamente proporcional. Isso acontece porque a dimi-
nuição de pedreiros provoca o aumento no tempo de construção.
5x = 80 . 7
5x = 560
x = 560/5
x = 112 
Sendo assim, serão 112 dias para a construção da casa com 5 
pedreiros.
Regra de Três Simples
A regra de três simples funciona na relação de apenas duas 
grandezas, que podem ser diretamente ou inversamente propor-
cionais. 
Exemplo 1: Para fazer um bolo de limão utiliza-se 250 ml do 
suco da fruta. Porém, foi feito uma encomenda de 6 bolos. Quantos 
limões serão necessários?
Reparem que as grandezas são diretamente proporcionais, já 
que o aumento no pedido de bolos pede uma maior quantidade de 
limões. Logo, o valor desconhecido é determinado pela multiplica-
ção cruzada:
x= 250 . 6
x = 1500 ml de suco
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Exemplo 2: Um carro com velocidade de 120 km/h percorre um 
trajeto em 2 horas. Se a velocidade for reduzida para 70 km/h, em 
quanto tempo o veículo fará o mesmo percurso?
Observa-se que neste exemplo teremos uma regra de três sim-
ples inversa, uma vez que ao diminuirmos a velocidade do carro o 
tempo de deslocamento irá aumentar. Então, pela regra, uma das 
razões deverá ser invertida e transformada em direta.
70x = 120 . 2
70x = 240
x = 240/70 
x = 3,4 h
Regra de Três Composta
A regra de três composta é a razão e proporção entre três ou 
mais grandezas diretamente ou inversamente proporcionais, ou 
seja, as relações que aparecem em mais de duas colunas.
Exemplo: Uma loja demora 4 dias para produzir 160 peças de 
roupas com 8 costureiras. Caso 6 funcionárias estiverem trabalhan-
do, quantos dias levará para a produção de 300 peças?
Inicialmente, deve-se analisar cada grandeza em relação ao va-
lor desconhecido, isto é:
- Relacionando os dias de produção com a quantidade de pe-
ças, percebe-se que essas grandezas são diretamente proporcio-
nais, pois aumentando o número de peças cresce a necessidade de 
mais dias de trabalho. 
- Relacionando a demanda de costureiras com os dias de pro-
dução, observa-se que aumentando a quantidade de peças o qua-
dro de funcionárias também deveria aumentar. Ou seja, as grande-
zas são inversamente proporcionais. 
Após análises, organiza-se as informações em novas colunas:
4/x = 160/300 . 6/8
4/x = 960/2400
960x = 2400 . 4
960x = 9600
 x = 9600/960 
x = 10 dias
Porcentagem
A porcentagem representa uma razão cujo denominador é 100, 
ou seja, .
O termo por cento é abreviado usando o símbolo %, que sig-
nifica dividir por 100 e, por isso, essa razão também é chamada de 
razão centesimal ou percentual10.
Saber calcular porcentagem é importante para resolver proble-
mas matemáticos, principalmente na matemática financeira para 
calcular descontos, juros, lucro, e assim por diante.
— Calculando Porcentagem de um Valor
Para saber o percentual de um valor basta multiplicar a razão 
centesimal correspondente à porcentagem pela quantidade total.
Exemplo: para descobrir quanto é 20% de 200, realizamos a se-
guinte operação:
Generalizando, podemos criar uma fórmula para conta de por-
centagem:
Se preferir, você pode fazer o cálculo de porcentagem da se-
guinte forma:
1º passo: multiplicar o percentual pelo valor.
20 x 200 = 4.000
2º passo: dividir o resultado anterior por 100.
Calculando Porcentagem de Forma Rápida
Alguns cálculos podem levar muito tempo na hora de fazer uma 
prova. Pensando nisso, trouxemos dois métodos que te ajudarão a 
fazer porcentagem de maneira mais rápida.
10 https://www.todamateria.com.br/calcular-porcentagem/
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6464
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Método 1: Calcular porcentagem utilizando o 1%
Você também tem como calcular porcentagem rapidamente 
utilizando o correspondente a 1% do valor.
Vamos continuar usando o exemplo do 20% de 200 para apren-
der essa técnica.
1º passo: dividir o valor por 100 e encontrar o resultado que 
representa 1%.
2º passo: multiplicar o valor que representa 1% pela porcenta-
gem que se quer descobrir.
2 x 20 = 40
Chegamos mais uma vez à conclusão que 20% de 200 é 40.
Método 2: Calcular porcentagem utilizando frações equiva-
lentes
As frações equivalentes representam a mesma porção do todo 
e podem ser encontradas dividindo o numerador e o denominador 
da fração pelo mesmo número natural.
Veja como encontrar a fração equivalente de .
Se a fração equivalente de é , então para calcular 
20% de um valor basta dividi-lo por 5. Veja como fazer:
— Calcular porcentagem de aumentos e descontos
Aumentos e descontos percentuais podem ser calculados utili-
zando o fator de multiplicação ou fator multiplicativo.
Fator espaço de espaço multiplicação espaço igual a espaço 1 
espaço mais ou menos espaço i, onde i corresponde à taxa de va-
riação.
Essa fórmula é diferente para acréscimo e decréscimo no preço 
de um produto, ou seja, o resultado será fatores diferentes.
Fator multiplicativo para aumento em um valor
Quando um produto recebe um aumento, o fator de multiplica-
ção é dado por uma soma.
Fator de multiplicação = 1 + i.
Exemplo: Foi feito um aumento de 25% em uma mercadoria 
que custava R$ 100. O valor final da mercadoria pode ser calculado 
da seguinte forma:
1º passo: encontrar a taxa de variação.
2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo.
Fator de multiplicação = 1 + 0,25.
Fator de multiplicação = 1,25.
3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo.
100 x 1,25 = 125 reais.
Um acréscimo de 25% fará com que o valor final da mercadoria 
seja R$ 125.
Fator multiplicativo para desconto em um valor
Para calcular um desconto de um produto, a fórmula do fator 
multiplicativo envolve uma subtração.
Fator de multiplicação = 1 - 0,25.
Exemplo: Ao aplicar um desconto de 25% em uma mercadoria 
que custa R$ 100, qual o valor final da mercadoria?
1º passo: encontrar a taxa de variação.
2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo.
Fator de multiplicação = 1 - 0,25.
Fator de multiplicação = 0,75.
3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo.
100 x 0,75 = 75 reais.
JUROS SIMPLES E COMPOSTO
Os juros simples e compostos são cálculos efetuados com o ob-
jetivo de corrigir os valores envolvidos nas transações financeiras, 
isto é, a correção que se faz ao emprestar ou aplicar uma determi-
nada quantia durante um período de tempo11.
O valor pago ou resgatado dependerá da taxa cobrada pela 
operação e do período que o dinheiro ficará emprestado ou aplica-
do. Quanto maior a taxa e o tempo, maior será este valor.
— Diferença entre Juros Simples e Compostos
Nos juros simples a correção é aplicada a cada período e consi-
dera apenas o valor inicial. Nos juros compostos a correção é feita 
em cima de valores já corrigidos.
Por isso, os juros compostos também são chamados de juros 
sobre juros, ou seja, o valor é corrigido sobre um valor que já foi 
corrigido.
11 https://www.todamateria.com.br/juros-simples-e-compostos/
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Sendo assim, para períodos maiores de aplicação ou emprésti-
mo a correção por juros compostos fará com que o valor final a ser 
recebido ou pago seja maior que o valor obtido com juros simples.
A maioria das operações financeiras utiliza a correção pelo sis-
tema de juros compostos. Os juros simples se restringem as opera-
ções de curto período.
— Fórmula de Juros Simples
Os juros simples são calculados aplicando a seguinte fórmula:
Sendo:
J: juros.
C: valor inicial da transação, chamado em matemática financei-
ra de capital.
i: taxa de juros (valor normalmente expresso em porcentagem).
t: período da transação.
Podemos ainda calcular o valor total que será resgatado (no 
caso de uma aplicação) ou o valor a ser quitado (no caso de um 
empréstimo) ao final de um período predeterminado.
Esse valor, chamado de montante, é igual a soma do capital 
com os juros, ou seja:
Podemos substituir o valor de J, na fórmula acima e encontrar 
a seguinte expressão para o montante:
A fórmula que encontramos é uma função afim, desta forma, o 
valor do montante cresce linearmente em função do tempo.
Exemplo: Se o capital de R$ 1 000,00 rende mensalmente R$ 
25,00, qual é a taxa anual de juros no sistema de juros simples?
Solução: Primeiro, vamos identificar cada grandeza indicada no 
problema.
C = R$ 1 000,00
J = R$ 25,00
t = 1 mês
i = ?
Agora que fizemos a identificação de todas as grandezas, pode-
mos substituir na fórmula dos juros:
Entretanto, observe que essa taxa é mensal, pois usamos o pe-
ríodo de 1 mês. Para encontrar a taxa anual precisamos multiplicar 
esse valor por 12, assim temos:i = 2,5.12= 30% ao ano
— Fórmula de Juros Compostos
O montante capitalizado a juros compostos é encontrado apli-
cando a seguinte fórmula:
Sendo:
M: montante.
C: capital.
i: taxa de juros.
t: período de tempo.
Diferente dos juros simples, neste tipo de capitalização, a fór-
mula para o cálculo do montante envolve uma variação exponen-
cial. Daí se explica que o valor final aumente consideravelmente 
para períodos maiores.
Exemplo: Calcule o montante produzido por R$ 2 000,00 apli-
cado à taxa de 4% ao trimestre, após um ano, no sistema de juros 
compostos.
Solução: Identificando as informações dadas, temos:
C = 2 000
i = 4% ou 0,04 ao trimestre
t = 1 ano = 4 trimestres
M = ?
Substituindo esses valores na fórmula de juros compostos, te-
mos:
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Observação: o resultado será tão melhor aproximado quanto o 
número de casas decimais utilizadas na potência.
Portanto, ao final de um ano o montante será igual a 
R$ 2 339,71.
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA: MEDIDAS DE TENDÊNCIA CEN-
TRAL (MODA, MEDIANA, MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES E 
PONDERADA) E DE DISPERSÃO (DESVIO MÉDIO, AMPLITU-
DE, VARIÂNCIA, DESVIO PADRÃO)
Estatística descritiva
O objetivo da Estatística Descritiva é resumir as principais ca-
racterísticas de um conjunto de dados por meio de tabelas, gráficos 
e resumos numéricos. 
Noções de estatística
A estatística torna-se a cada dia uma importante ferramenta de 
apoio à decisão. Resumindo: é um conjunto de métodos e técnicas 
que auxiliam a tomada de decisão sob a presença de incerteza.
Estatística descritiva (Dedutiva)
O objetivo da Estatística Descritiva é resumir as principais ca-
racterísticas de um conjunto de dados por meio de tabelas, gráficos 
e resumos numéricos. Fazemos uso de:
Tabelas de frequência 
Ao dispor de uma lista volumosa de dados, as tabelas de frequ-
ência servem para agrupar informações de modo que estas possam 
ser analisadas. As tabelas podem ser de frequência simples ou de 
frequência em faixa de valores.
Gráficos
O objetivo da representação gráfica é dirigir a atenção do analista 
para alguns aspectos de um conjunto de dados. Alguns exemplos de 
gráficos são: diagrama de barras, diagrama em setores, histograma, 
boxplot, ramo-e-folhas, diagrama de dispersão, gráfico sequencial.
Resumos numéricos
Por meio de medidas ou resumos numéricos podemos levantar 
importantes informações sobre o conjunto de dados tais como: a 
tendência central, variabilidade, simetria, valores extremos, valores 
discrepantes, etc.
Estatística inferencial (Indutiva)
Utiliza informações incompletas para tomar decisões e tirar 
conclusões satisfatórias. O alicerce das técnicas de estatística infe-
rencial está no cálculo de probabilidades. Fazemos uso de:
Estimação
A técnica de estimação consiste em utilizar um conjunto de da-
dos incompletos, ao qual iremos chamar de amostra, e nele calcular 
estimativas de quantidades de interesse. Estas estimativas podem 
ser pontuais (representadas por um único valor) ou intervalares.
Teste de Hipóteses
O fundamento do teste estatístico de hipóteses é levantar su-
posições acerca de uma quantidade não conhecida e utilizar, tam-
bém, dados incompletos para criar uma regra de escolha.
População e amostra
É o conjunto de todas as unidades sobre as quais há o interesse de 
investigar uma ou mais características.
Variáveis e suas classificações
Qualitativas – quando seus valores são expressos por atribu-
tos: sexo (masculino ou feminino), cor da pele, entre outros. Dize-
mos que estamos qualificando.
Quantitativas – quando seus valores são expressos em núme-
ros (salários dos operários, idade dos alunos, etc). Uma variável 
quantitativa que pode assumir qualquer valor entre dois limites 
recebe o nome de variável contínua; e uma variável que só pode 
assumir valores pertencentes a um conjunto enumerável recebe o 
nome de variável discreta.
Fases do método estatístico
— Coleta de dados: após cuidadoso planejamento e a devida 
determinação das características mensuráveis do fenômeno que se 
quer pesquisar, damos início à coleta de dados numéricos necessá-
rios à sua descrição. A coleta pode ser direta e indireta.
— Crítica dos dados: depois de obtidos os dados, os mesmos 
devem ser cuidadosamente criticados, à procura de possível falhas 
e imperfeições, a fim de não incorrermos em erros grosseiros ou 
de certo vulto, que possam influir sensivelmente nos resultados. A 
crítica pode ser externa e interna.
— Apuração dos dados: soma e processamento dos dados ob-
tidos e a disposição mediante critérios de classificação, que pode 
ser manual, eletromecânica ou eletrônica.
— Exposição ou apresentação de dados: os dados devem ser 
apresentados sob forma adequada (tabelas ou gráficos), tornando 
mais fácil o exame daquilo que está sendo objeto de tratamento 
estatístico.
— Análise dos resultados: realizadas anteriores (Estatística 
Descritiva), fazemos uma análise dos resultados obtidos, através 
dos métodos da Estatística Indutiva ou Inferencial, que tem por 
base a indução ou inferência, e tiramos desses resultados conclu-
sões e previsões.
Censo
É uma avaliação direta de um parâmetro, utilizando-se todos os 
componentes da população.
Principais propriedades:
- Admite erros processual zero e tem 100% de confiabilidade;
- É caro;
- É lento;
- É quase sempre desatualizado (visto que se realizam em perí-
odos de anos 10 em 10 anos);
- Nem sempre é viável.
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Dados brutos: é uma sequência de valores numéricos não or-
ganizados, obtidos diretamente da observação de um fenômeno 
coletivo.
Rol: é uma sequência ordenada dos dados brutos.
Média aritmética e ponderada
Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se 
obtém dividindo a soma dos elementos pelo número de elementos 
do conjunto.
Representemos a média aritmética por .
A média pode ser calculada apenas se a variável envolvida na 
pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a média aritméti-
ca para variáveis quantitativas. 
Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre diferen-
tes grupos, se for possível calcular a média, ficará mais fácil estabe-
lecer uma comparação entre esses grupos e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das alturas dos 
jogadores é:
1,85 + 1,85 + 1,95 + 1,98 + 1,98 + 1,98 + 2,01 + 2,01+2,07+2,07
+2,07+2,07+2,10+2,13+2,18 = 30,0
Se dividirmos esse valor pelo número total de jogadores, obte-
remos a média aritmética das alturas:
A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m.
Média Ponderada 
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adi-
ção e na qual cada elemento tem um “determinado peso” é chama-
da média aritmética ponderada.
Mediana (Md)
Sejam os valores escritos em rol: x1 , x2 , x3 , ... xn
Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo xi tal que o núme-
ro de termos da sequência que precedem xi é igual ao número de 
termos que o sucedem, isto é, xi é termo médio da sequência (xn) 
em rol.
Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela média arit-
mética entre os termos xj e xj +1, tais que o número de termos que 
precedem xj é igual ao número de termos que sucedem xj +1, isto é, 
a mediana é a média aritmética entre os termos centrais da sequ-
ência (xn) em rol.
Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7, 10, 
12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse rol. Logo: Md=12
Resposta: Md=12.
Exemplo 2:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
Solução: 
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmética 
entre os dois termos centrais do rol. 
Logo: 
Resposta: Md=15 
Moda (Mo)
Num conjunto de números: x1 , x2 , x3 , ... xn, chama-se moda 
aquele valor queocorre com maior frequência.
Observação:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.
Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual a 8, 
isto é, Mo=8.
Exemplo 2: 
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de tendência 
central semelhantes podem apresentar características diversas. 
Necessita-se de outros índices numéricas que informem sobre o 
grau de dispersão ou variação dos dados em torno da média ou de 
qualquer outro valor de concentração. Esses índices são chamados 
medidas de dispersão.
Variância 
Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de um 
conjunto de números em relação à sua média aritmética, e que é 
chamado de variância. Esse índice é assim definido:
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua 
média aritmética. Chama-se variância desse conjunto, e indica-se 
por , o número:
Isto é:
E para amostra
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6868
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Exemplo 1:
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresentou o se-
guinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
JOGO NÚMERO DE PONTOS
1 22
2 18
3 13
4 24
5 26
6 20
7 19
8 18
a) Qual a média de pontos por jogo?
b) Qual a variância do conjunto de pontos?
Solução:
a) A média de pontos por jogo é:
b) A variância é:
Desvio médio
Definição
Medida da dispersão dos dados em relação à média de uma se-
quência. Esta medida representa a média das distâncias entre cada 
elemento da amostra e seu valor médio.
Desvio padrão
Definição
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua mé-
dia aritmética. Chama-se desvio padrão desse conjunto, e indica-se 
por , o número:
Isto é:
Exemplo:
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são: 
2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
a) A estatura média desses jogadores.
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
Solução:
Sendo a estatura média, temos:
Sendo o desvio padrão, tem-se:
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE GRÁFICOS (HISTOGRA-
MAS, SETORES, INFOGRÁFICOS) E TABELAS
— Gráficos
Os gráficos são representações que facilitam a análise de dados, os 
quais costumam ser dispostos em tabelas quando se realiza pesquisas 
estatísticas12. Eles trazem muito mais praticidade, principalmente 
quando os dados não são discretos, ou seja, quando são números 
consideravelmente grandes. Além disso, os gráficos também 
apresentam de maneira evidente os dados em seu aspecto temporal.
Elementos do Gráfico
Ao construirmos um gráfico em estatística, devemos levar em 
consideração alguns elementos que são essenciais para sua melhor 
compreensão. Um gráfico deve ser simples devido à necessidade 
de passar uma informação de maneira mais rápida e coesa, ou seja, 
em um gráfico estatístico, não deve haver muitas informações, 
devemos colocar nele somente o necessário.
As informações em um gráfico devem estar dispostas de 
maneira clara e verídica para que os resultados sejam dados de 
modo coeso com a finalidade da pesquisa.”
Tipos de Gráficos
Em estatística é muito comum a utilização de diagramas para 
representar dados, diagramas são gráficos construídos em duas 
dimensões, isto é, no plano. Existem vários modos de representá-
los. A seguir, listamos alguns.
12 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/graficos.htm
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• Gráfico de Pontos
Também conhecido como Dotplot, é utilizado quando possuímos uma tabela de distribuição de frequência, sendo ela absoluta 
ou relativa. O gráfico de pontos tem por objetivo apresentar os dados das tabelas de forma resumida e que possibilite a análise das 
distribuições desses dados.
Exemplo: Suponha uma pesquisa, realizada em uma escola de educação infantil, na qual foram coletadas as idades das crianças. Nessa 
coleta foi organizado o seguinte rol:
Rol: {1, 1, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 4, 4, 4, 4, 4, 4, 5, 5, 6}
Podemos organizar esses dados utilizando um Dotplot.
Observe que a quantidade de pontos corresponde à frequência de cada idade e o somatório de todos os pontos fornece-nos a 
quantidade total de dados coletados.
• Gráfico de linha
É utilizado em casos que existe a necessidade de analisar dados ao longo do tempo, esse tipo de gráfico é muito presente em análises 
financeiras. O eixo das abscissas (eixo x) representa o tempo, que pode ser dado em anos, meses, dias, horas etc., enquanto o eixo das 
ordenadas (eixo y) representa o outro dado em questão.
Uma das vantagens desse tipo de gráfico é a possibilidade de realizar a análise de mais de uma tabela, por exemplo.
Exemplo: Uma empresa deseja verificar seu faturamento em determinado ano, os dados foram dispostos em uma tabela.
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Veja que nesse tipo de gráfico é possível ter uma melhor noção a respeito do crescimento ou do decrescimento dos rendimentos da 
empresa.
• Gráfico de Barras
Tem como objetivo comparar os dados de determinada amostra utilizando retângulos de mesma largura e altura. Altura essa que deve 
ser proporcional ao dado envolvido, isto é, quanto maior a frequência do dado, maior deve ser a altura do retângulo.
Exemplo: Imagine que determinada pesquisa tem por objetivo analisar o percentual de determinada população que acesse ou tenha: 
internet, energia elétrica, rede celular, aparelho celular ou tablet. Os resultados dessa pesquisa podem ser dispostos em um gráfico como 
este:
• Gráfico de Colunas
Seu estilo é semelhante ao do gráfico de barras, sendo utilizado para a mesma finalidade. O gráfico de colunas então é usado quando 
as legendas forem curtas, a fim de não deixar muitos espaços em branco no gráfico de barra.
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Exemplo: Este gráfico está, de forma genérica, quantificando e comparando determinada grandeza ao longo de alguns anos.
• Gráfico de Setor
É utilizado para representar dados estatísticos com um círculo dividido em setores, as áreas dos setores são proporcionais às 
frequências dos dados, ou seja, quanto maior a frequência, maior a área do setor circular.
Exemplo: Este exemplo, de forma genérica, está apresentando diferentes variáveis com frequências diversas para determinada 
grandeza, a qual pode ser, por exemplo, a porcentagem de votação em candidatos em uma eleição.
• Histograma
O Histograma é uma ferramenta de análise de dados que apresenta diversos retângulos justapostos (barras verticais)13.
Por esse motivo, ele se assemelha ao gráfico de colunas, entretanto, o histograma não apresenta espaço entre as barras.
13 https://www.todamateria.com.br/tipos-de-graficos/
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• Infográficos
Os infográficos representam a união de uma imagem com um texto informativo. As imagens podem conter alguns tipos de gráficos.
— Tabelas
As tabelas são usadas para organizar algumas informações ou dados. Da mesma forma que os gráficos, elas facilitam o entendimento, 
por meio de linhas e colunas que separam os dados.
Sendo assim, são usadas para melhor visualização de informações em diversas áreas do conhecimento. Também são muito frequentes 
em concursos e vestibulares.
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QUESTÕES
1.FCC - AP (SABESP)/SABESP/ASSISTENTE ADMINISTRATI-
VO/2019
Uma pesquisa com todos os alunos de uma escola revelou 
que 165 alunos praticam esporte mas não se alimentam adequa-
damente, e que 107 alunos se alimentam adequadamente mas 
não praticam esporte. A pesquisa indicou que um total de 122 alu-
nos não praticam esporte, e que um total de 203 alunos se alimen-
tam adequadamente. O número de alunos dessa escolaé
(A) 383.
(B) 368.
(C) 597.
(D) 507.
(E) 456.
2.FCC - ARE IV (SEF SC)/SEF SC/2021
O departamento de recursos humanos de uma empresa 
lançou um programa de formação para os funcionários do setor 
de produção composto de três cursos: Controle de Qualidade 1 
(CQ1), Controle de Qualidade 2 (CQ2) e Segurança do Trabalho 
(ST). O diagrama a seguir, em que o retângulo corresponde ao 
conjunto de todos os funcionários do setor de produção, é usado 
para representar o percentual de funcionários desse setor que já 
concluíram cada um dos cursos.
Os responsáveis pela execução do programa de formação 
identificaram que:
- 55% dos funcionários já concluíram o curso de Seguran-
ça do Trabalho;
- 65% dos funcionários já concluíram o curso de Controle 
de Qualidade 1;
- 30% dos funcionários já concluíram o curso de Controle 
de Qualidade 2;
- 10% dos funcionários já concluíram os três cursos;
- 10% dos funcionários ainda não concluíram qualquer 
um dos três cursos.
De acordo com esses dados, o percentual de funcionários 
que concluíram um único curso é
(A) 25%
(B) 30%
(C) 35%
(D) 40%
(E) 45%
3.FCC - ESTAG (SABESP)/SABESP/ENSINO MÉDIO TÉCNICO/2019
Um grupo é formado por 410 ciclistas. Desses ciclistas 260 
praticam natação e 330 correm regularmente. Sabendo que 30 
ciclistas não nadam e não correm regularmente, o número de 
ciclistas que praticam natação e correm regularmente é
(A) 170.
(B) 150.
(C) 130.
(D) 190.
(E) 210.
4.FCC - ASS LEG (ALAP)/ALAP/ATIVIDADE ADMINISTRATIVA E 
OPERACIONAL/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2020
Para que um montante de laranjas possa ser dividido em 7 
grupos, com um deles contendo 1/2 do total de laranjas, outro 
contendo 1/3 do total de laranjas e os 5 restantes contendo cada 
um deles a mesma quantidade de laranjas, é necessário, e sufi-
ciente, que o montante total de laranjas seja múltiplo de
(A) 60
(B) 30
(C) 90
(D) 24
(E) 18
5.FCC - TILU (PREF SJRP)/PREF SJRP/2019
Um número é dito palíndromo se é o mesmo quando lido da 
esquerda para a direita ou da direita para a esquerda. Por exem-
plo, 5225 é um palíndromo de quatro algarismos. Considere X o 
maior palíndromo de quatro algarismos e Y o menor palíndromo 
de cinco algarismos. A soma X + Y é:
(A) 20000
(B) 20020
(C) 20099
(D) 20902
(E) 20202
6.FCC - ARQT (PREF SJRP)/PREF SJRP/2019
Na conta armada abaixo, X Y e Z são números distintos.
O valor da soma X + Z é:
(A) 17
(B) 9
(C) 14
(D) 15
(E) 16
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7.FCC - ASSGP (PREF RECIFE)/PREF RECIFE/2019
Todos os habitantes de um determinado município devem 
receber uma carta da prefeitura, entregue em mãos, mediante 
assinatura de um protocolo. Para realizar o trabalho de distribui-
ção dessas cartas, a prefeitura contratou pessoas que serão re-
muneradas por número de entregas realizadas. Cada contratado 
recebeu um lote de 255 cartas a serem entregues. Sua remune-
ração se dará da seguinte maneira: para as primeiras 128 cartas, 
receberá um real por carta entregue; para as 64 seguintes, rece-
berá 2 reais por carta entregue; para as 32 seguintes, 4 reais por 
carta, e assim por diante, dobrando-se a remuneração, por carta 
entregue, para o cumprimento de metade da parte da tarefa que 
acabou de realizar, de modo que pela entrega da última carta 
receberá 128 reais. O número mínimo de cartas que um contra-
tado deve entregar para receber pelo menos 500 reais é
(A) 225.
(B) 213.
(C) 247.
(D) 239.
(E) 231.
8.FCC - ACER (PREF SJRP)/PREF SJRP/2019
Para completar seus ganhos mensais, um trabalhador vende 
bolo em pedaços, na porta de um prédio de escritórios, uma vez por 
semana. Para isso, ele prepara, em sua casa, cinco bolos de sabores 
variados, usando assadeiras retangulares iguais, de 40 cm por 24 cm, 
e cortando todos os bolos em pedaços quadrados iguais, com o maior 
lado possível, sem que haja qualquer desperdício. Supondo que ele 
consiga vender, no dia, toda quantidade de bolo produzida, e consi-
derando-se que deseja arrecadar pelo menos R$ 300,00 a cada dia, o 
trabalhador deve vender cada pedaço de bolo por, no mínimo,
(A) um real.
(B) dois reais.
(C) três reais.
(D) quatro reais.
(E) cinco reais.
9.FCC - OET (DETRAN SP)/DETRAN SP/2019
Um pacote contém N balas. Sabe-se que N ≤ 29 e que há 8 
maneiras diferentes de dividir o número de balas do pacote em 
partes iguais, incluindo a divisão trivial em uma só parte conten-
do todas as N balas. Então, o resto da divisão de N por 5 é igual a
(A) 3.
(B) 1.
(C) 2.
(D) 4.
(E) 0.
10.FCC - TILU (PREF SJRP)/PREF SJRP/2019
João gasta 18 minutos de ônibus para ir de sua casa até o tra-
balho e 45 minutos se for a pé. Em um dia ensolarado, João des-
ceu do ônibus faltando 3 do caminho a ser percorrido e completou 
o percurso até o trabalho a pé. Supondo que as velocidades, tanto 
do ônibus quanto a de João, são constantes durante o trajeto, o 
tempo gasto por João para ir ao trabalho nesse dia foi de
(A) 24 minutos.
(B) 27 minutos.
(C) 30 minutos.
(D) 33 minutos.
(E) 21 minutos.
11.FCC - ASSGP (PREF RECIFE)/PREF RECIFE/2019
Um reservatório de água tem 1/5 de sua capacidade ocupa-
da. Após a adição de 32.400 litros de água, o reservatório ficou 
com 7/8 de sua capacidade ocupada. A capacidade, em litros, do 
reservatório é de
(A) 37.000.
(B) 48.000.
(C) 25.920.
(D) 40.500.
(E) 23.350.
12.FCC - Ana Adm (SANASA)/SANASA/Contabilidade/2019
Adriana, Bruna e Cristina trabalharam em uma tarefa, su-
jeitas a condições de remuneração diferentes. Adriana vai rece-
ber R$ 15,00 por hora inteira trabalhada, recebendo uma hora 
inteira por qualquer fração de hora que não exceda uma hora, 
e necessitou de 5 horas e 20 minutos para terminar a tarefa. 
O contrato de Bruna foi fechado ao valor de R$ 0,27 o minuto 
trabalhado, e ela cumpriu a tarefa em 5 horas e meia. Finalmen-
te, Cristina acertou que vai receber R$ 15,00 por hora inteira 
trabalhada e, a partir de 4 horas de trabalho, R$ 0,35 por minuto 
trabalhado. Cristina realizou a tarefa em 5 horas e 25 minutos.
Nessas condições,
(A) Cristina recebeu mais do que Adriana, que, por sua vez, 
recebeu mais do que Bruna.
(B) Adriana recebeu mais do que Bruna, que, por sua vez, 
recebeu mais do que Cristina.
(C) Adriana recebeu mais do que Cristina, que, por sua vez, 
recebeu mais do que Bruna.
(D) Cristina recebeu mais do que Bruna, que, por sua vez, 
recebeu mais do que Adriana.
(E) Bruna recebeu mais do que Cristina, que, por sua vez, 
recebeu mais do que Adriana.
13.FCC - ESTAG (SABESP)/SABESP/ENSINO SUPERIOR/2019
Se 3x − y =12 , o valor de é
(A) 26
(B) 4
(C) 212
(D) 24
(E) 32
14.FCC - TWDFM (MANAUS)/PREF MANAUS/2019
Considere os números reais 
, E 
(A) z < x < y.
(B) z < y < x.
(C) y < z < x.
(D) x < y < z.
(E) y < x < z.
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15.FCC - AG SEGM (METRO SP)/METRO SP/2019
O resultado da expressão numérica:
está compreendido entre:
(A) 5 e 6.
(B) 9 e 10.
(C) 8 e 9.
(D) 7 e 8.
(E) 6 e 7.
16.FCC - TILU (PREF SJRP)/PREF SJRP/2019
O valor da expressão
 é: 
(A) 1
 2
(B) 3
 2
(C) 5
 2
(D) 7 
 2 
(E) 9
 2
17.FCC - ESC (BANRISUL)/BANRISUL/2019
Ana e Beatriz são as únicas mulheres que fazem parte de um 
grupo de 7 pessoas. O número de comissões de 3 pessoas que 
poderão ser formadas com essas 7 pessoas, de maneira que Ana 
e Beatriz não estejam juntas em qualquer comissão formada, é 
igual a
(A) 20.
(B) 15.
(C) 30.
(D) 18.
(E) 25.
18.FCC - ASSGP (PREF RECIFE)/PREF RECIFE/2019
Os quatro funcionários de uma repartição trabalham cada 
um em uma mesa, todos na mesma sala. O chefe da repartição 
determinou que os funcionários trocassem de mesa entre si. 
Os funcionários podem ser realocados na sala de modo que ne-
nhum funcionário passe a ocupar a mesa que ocupava antes da 
realocação
(A) de 4 maneiras diferentes.
(B) de 24 maneiras diferentes.
(C) de 9 maneiras diferentes.
(D) de 6 maneiras diferentes.
(E) de 12 maneiras diferentes.19.FCC - TWDFM (MANAUS)/PREF MANAUS/2019
Isabel fez uma aplicação de alto risco que se valorizou em 
20% ao final do primeiro ano e 30% ao final do segundo, e des-
valorizou- se em 50% ao final do terceiro ano, momento em que 
Isabel resgatou o saldo total de R$ 6.396,00. O valor nominal da 
aplicação inicial de Isabel foi de
(A) R$ 9.278,00.
(B) R$ 6.396,00.
(C) R$ 8.528,00.
(D) R$ 7.600,00.
(E) R$ 8.200,00.
20.FCC - TSOM (PREF SJRP)/PREF SJRP/2019
Um barril, quando está 20% vazio, contém 48 litros a mais 
do que quando está 60% cheio. A capacidade desse barril, em 
litros, é:
(A) 240
(B) 180
(C) 320
(D) 360
(E) 120
21.FCC - ANA (TJ SC)/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2021
A produção anual de sucos de uma indústria está represen-
tada no gráfico de barras abaixo.
A produção anual de suco de
(A) laranja somada à produção anual de suco de pêssego 
equivale à metade da produção anual total de sucos dessa 
indústria.
(B) manga é metade da produção anual de suco de laranja.
(C) pêssego é um quarto da produção anual de suco de uva.
(D) manga somada à produção anual de suco de pêssego é 
maior do que a produção anual de suco de laranja.
(E) manga é menor do que a produção anual de suco de pês-
sego.
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22.FCC - ESTAG (SABESP)/SABESP/ENSINO MÉDIO TÉCNI-
CO/2019
Durante 15 dias, Giovana treinou montagem de cubo mági-
co, com o objetivo de montá-lo o mais rápido possível. Ela regis-
trou em um gráfico o menor tempo de montagem que ela conse-
guiu no respectivo dia.
Considerando o objetivo de Giovana e apenas os tempos re-
gistrados no gráfico, é correto afirmar que
(A) seu tempo foi superior a 120 s em 80 % dos dias.
(B) seu tempo foi inferior a 118 s em um terço dos dias.
(C) ela fez o pior tempo no décimo dia.
(D) a média dos três melhores tempos foi 106 s.
(E) a mediana desses tempos foi 103 s.
23.FCC - ACER (PREF SJRP)/PREF SJRP/2019
Em seu turno de trabalho, uma enfermeira deveria medicar 
cada uma de três crianças com uma dose recomendada de 6,0 
mL de determinado xarope. Constatando que havia apenas 16,0 
mL de xarope na embalagem, optou por medicar cada criança 
com uma quantidade de xarope proporcional à sua massa, desde 
que essa dose não excedesse a dose recomendada. Sabe-se que 
as massas das crianças eram de, respectivamente, 12 kg, 15 kg 
e 21 kg, e sabe-se, também, que a enfermeira decidiu que, na 
situação em que alguma dose calculada dessa forma excedes-
se a dose recomendada, tal excedente deveria ser distribuído 
igualmente para as outras crianças, no limite da dose. Assim, a 
criança de 12 kg recebeu, em mL, uma dose de xarope corres-
pondente a:
(A) 6,0
(B) 4,5
(C) 4,0
(D) 5,0
(E) 5,5
24.FCC - AG SEGM (METRO SP)/METRO SP/2019
As 3 estações de maior movimento em uma cidade são X, Y 
e Z. Pela estação X passam 20.136 pessoas por dia e pela estação 
Z passam, por dia, 6.712 pessoas a mais do que pela estação 
Y. Serão contratados 18 agentes para trabalhar nessas estações, 
que serão distribuídos entre as estações de forma diretamente 
proporcional ao número de pessoas que passam por dia em cada 
estação. Sabendo que a estação X receberá 6 agentes, o número 
de passageiros que passam pela estação Z, por dia, é:
(A) 23.492.
(B) 23.832.
(C) 24.560.
(D) 24.724.
(E) 25.250.
25.FCC - CONS TEC (CM FORTAL)/CM FORTALEZA/JURÍDI-
CO/2019
Se 16 máquinas produzem 7.056 metros de tecido em 18 
dias, então, supondo que cada uma das máquinas produz a mes-
ma quantidade de tecido por dia, o número de máquinas neces-
sário para produzir 10.829 metros de tecido em 17 dias é
(A) 25
(B) 24
(C) 27
(D) 26
(E) 28
26.FCC - AG SEGM (METRO SP)/METRO SP/2019
Adriana fez uma consultoria em uma empresa que pagou R$ 
150,00 por hora de trabalho e recebeu um total de R$ 800,00, 
proporcionais ao tempo de trabalho. Em outra empresa, Adria-
na trabalhou um total de 10 horas e 40 minutos e recebeu R$ 
1.200,00, também proporcionais às horas de trabalho. Se nessa 
segunda empresa ela tivesse trabalhado o mesmo tempo que tra-
balhou na primeira empresa, o valor recebido seria de:
(A) R$ 500,00
(B) R$ 550,00
(C) R$ 600,00
(D) R$ 650,00
(E) R$ 700,00
27.FCC - AG PREV (RP PREV)/RIO PRETO PREV/2019
A biblioteca de uma escola foi transferida, em duas etapas, 
para um novo prédio. Na primeira etapa, 3 funcionários, em 2 
horas e 10 minutos, carregaram 294 livros. Na segunda etapa, 14 
funcionários, todos com a mesma força de trabalho daqueles da 
primeira etapa, carregaram os livros restantes, em 13 horas. O 
total de livros transferidos foi:
(A) 7.644
(B) 7.938
(C) 8.232
(D) 8.526
(E) 8.820
28.FCC - ESTAG (SABESP)/SABESP/ENSINO MÉDIO REGU-
LAR/2019
Seis panelas de sopa servem 18 homens, quando cada um 
deles toma 2 porções. Se cada um dos homens tomar 3 porções, 
dessas panelas servirão
(A) 10 homens a mais.
(B) 10 homens a menos.
(C) a mesma quantidade de homens.
(D) 6 homens a mais.
(E) 6 homens a menos.
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29.FCC - AP (SABESP)/SABESP/ASSISTENTE ADMINISTRATI-
VO/2019
Uma estrada retilínea liga a cidade de Carlos à cidade de Davi. 
Ambos partiram, simultaneamente, dos extremos dessa estrada, 
cada um indo em direção ao outro, Carlos de carro e Davi de bici-
cleta. Para cada quilômetro percorrido por Carlos, Davi percorria 
320 metros, e eles se encontraram após Davi ter percorrido 14 km. 
Nesse caso, o comprimento da estrada, em quilômetros, é de
(A) 57,50.
(B) 57,75.
(C) 58.
(D) 58,25.
(E) 58,50.
30.FCC - TWDFM (MANAUS)/PREF MANAUS/2019
Um atleta leva 2 minutos e 6 segundos para dar uma volta 
mais 3/4 de volta em uma pista de corrida. Mantendo a mesma 
velocidade média, o tempo que o atleta leva para percorrer 2/3 
de uma volta na pista é de
(A) 33 segundos.
(B) 43 segundos.
(C) 38 segundos.
(D) 48 segundos.
(E) 28 segundos.
31.FCC - AP (MANAUSPREV)/MANAUSPREV/ADMINISTRA-
ÇÃO/2021
O segurança do bloco A de uma empresa precisa registrar 
sua digital em um equipamento de 16 em 16 minutos. Nesse 
mesmo equipamento, o segurança do bloco B precisa registrar 
sua digital de 48 em 48 minutos. Se os dois seguranças registra-
ram juntos suas digitais às 9h15 e terminam seu expediente de 
trabalho às 16h30, o último horário do expediente que eles irão 
registrar juntos suas digitais no equipamento será às
(A) 16h27.
(B) 15h55.
(C) 16h11.
(D) 16h19.
(E) 15h39.
32.FCC - TJ TRF4/TRF 4/ADMINISTRATIVA/SEGURANÇA E 
TRANSPORTE/2019
Para fazer um doce de banana, deve-se usar 0,625 kg de açú-
car para cada quilo de bananas. A quantidade aproximada (com 
erro de, no máximo, 3 g da quantidade exat(A) de açúcar, em kg, 
que se deve usar para fazer um doce com 3,5 kg de bananas é
(A) 1,875
(B) 2,100
(C) 2,200
(D) 2,190
(E) 3,000
33.FCC - TSOM (PREF SJRP)/PREF SJRP/2019
Roberto tem uma nota de R$ 50,00, 15 notas de R$ 10,00, 
17 notas de R$ 5,00 e 35 moedas de R$ 0,50. No total Roberto 
tem, em reais,
(A) 300,50
(B) 305,50
(C) 400,50
(D) 405,00
(E) 302,50
34.FCC - TILU (PREF SJRP)/PREF SJRP/2019
Três números inteiros somam 100. Se subtrairmos o mesmo 
valor desses três números teremos 7, 13 e 32. A soma do menor 
dos três números com o maior deles é:
(A) 67
(B) 69
(C) 71
(D) 73
(E) 75
35.FCC - AJ TRF4/TRF 4/APOIO ESPECIALIZADO/INFRAES-
TRUTURA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2019
Um comerciante compra uma caixa de latas de azeites es-
trangeiros por R$ 1.000,00. Retira 5 latas da caixa e a vende pelo 
mesmo preço, R$ 1.000,00. Desse modo o preço de cada dúzia 
de latas do azeite aumenta em R$ 120,00 em relação ao preço 
que ele pagou. O aumento, em porcentagem, do preço da lata 
foi de
(A) 20
(B) 25
(C) 30
(D) 35
(E) 40
36.FCC - ASS LEG (ALAP)/ALAP/ATIVIDADE ADMINISTRATIVA 
E OPERACIONAL/ASSISTENTE DE OPERAÇÕES TÉCNICAS/2020
Se a, b e c são números naturais que satisfazem 2a. 3b = 18. 
6c, então b − a é igual a
(A) 5
(B) 2
(C) 4
(D) 3
(E) 1
37.FCC - ANA (TJ SC)/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2021
No períodode 9 dias, Marcos caminhou, ao todo, 198 km. A 
cada dia caminhou 1 km a mais do que no dia anterior. O número 
de quilômetros que Marcos caminhou no último dia foi
(A) 18.
(B) 28.
(C) 24.
(D) 26.
(E) 22.
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38.FCC - TJ (TJ MA)/TJ MA/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATI-
VO/2019
Considerando o padrão de formação da sequência infinita 
(85, 97, 88, 104, 91, 111, 94, 118, 97, 125, …), o número de seus 
termos que possuem exatamente 3 algarismos é:
(A) 427.
(B) 428.
(C) 431.
(D) 430.
(E) 429.
39.FCC - AJ TRF3/TRF 3/APOIO ESPECIALIZADO/INFORMÁTI-
CA/2019
Um carro percorreu 3.000 km. A cada dia de viagem, a partir 
do primeiro, ele dobrou a distância percorrida no dia anterior. Se 
ele finalizou a viagem em quatro dias, a distância percorrida, em 
quilômetros, no primeiro dia foi de
(A) 100.
(B) 200.
(C) 150.
(D) 250.
(E) 300.
40.FCC - AP (MANAUSPREV)/MANAUSPREV/CIÊNCIAS ATUA-
RIAIS/2021
Suponha que a função tábua de sobrevivência é tal que:
Ix = 120 − x, 0 < x < 120
Em que lx represente o número de sobreviventes na idade x 
e as idades x estão definidas para o intervalo de 0 a 120 anos. A 
expectativa de vida de um recém-nascido computada em termos 
contínuos é
(A) 60 anos.
(B) 65 anos.
(C) 70 anos.
(D) 75 anos.
(E) 80 anos.
41.FCC - AUD FISC (SEFAZ BA)/SEFAZ BA/ADMINISTRAÇÃO 
TRIBUTÁRIA/2019
A função receita diária, em reais, de determinada empresa 
de consultoria financeira é dada por r(x) = 750x, em que x é o 
número de consultorias realizadas por dia. Seja a função custo 
diário c(x), em reais, dessa mesma empresa dada por c(x) = 250x 
+ 10000. O número de consultorias que precisariam ser realiza-
das, por dia, para que fosse obtido um lucro diário L(x), definido 
como L(x) = r(x) − c(x), de 5 mil reais é igual a
(A) 10.
(B) 15.
(C) 20.
(D) 25.
(E) 30.
42.FCC - AUD FISC (SEFAZ BA)/SEFAZ BA/TECNOLOGIA DA IN-
FORMAÇÃO/2019
Em uma negociação salarial, o sindicato representativo dos 
trabalhadores de uma empresa de alta tecnologia em manufa-
tura de peças para computadores pediu 31,25 reais por hora de 
trabalho mais uma taxa adicional por empreitada de 7,05 reais 
por unidade inteira fabricada em cada hora. A empresa por sua 
vez ofereceu 12,03 reais por hora trabalhada mais 12,03 reais 
por taxa de empreitada por unidade inteira produzida por hora. 
Na audiência de negociação, foram estabelecidas equações para 
o salário por hora de cada uma das propostas em termos de n, o 
número inteiro de peças produzidas por hora. O valor por hora 
trabalhada mais a taxa de empreitada que a empresa ofereceu 
só é maior que o valor solicitado pelo sindicato quando
(A) n < 2.
(B) n = 2.
(C) n = 3.
(D) n < 3.
(E) n > 3.
43.FCC - AUD FISC (SEFAZ BA)/SEFAZ BA/ADMINISTRAÇÃO 
TRIBUTÁRIA/2019
Alguns estados da Federação definiram alíquotas diferen-
tes para porcentagem de imposto sobre o preço de venda de de-
terminado produto. Se x% for a porcentagem dessa alíquota, a 
inequação (4x − 77) (83 − 4x)≥0 descreve as possíveis variações 
da cobrança entre os estados. Se o preço do produto em deter-
minado estado é de 428 reais, o imposto devido tem que estar, 
respectivamente, entre os limites máximo e mínimo de, em reais,
(A) 80,39 e 84,81.
(B) 82,39 e 86,53.
(C) 82,39 e 88,81.
(D) 84,53 e 88,81.
(E) 86,39 e 92,81.
44.FCC - ESTAG (SABESP)/SABESP/ENSINO SUPERIOR/2019
Considere as afirmações x − y > 12 e x2 − y2 < 50. O par or-
denado que poderia ser os valores de x e y é: 
(A) (2, 6)
(B) (6, − 4)
(C) (8, − 4)
(D) (8, − 6)
(E) (10, − 3)
45.FCC - AP (SABESP)/SABESP/ASSISTENTE ADMINISTRATI-
VO/2019
O perímetro de um quadrilátero é a soma das medidas dos 
seus 4 lados. Um retângulo ABCD tem perímetro igual a 60 cm 
e um quadrado CDEF, que tem 3 lados sobrepostos aos lados 
do retângulo, tem perímetro igual a 44 cm, conforme mostra a 
figura, sem escala.
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O perímetro do retângulo ABFE, em centímetros, é igual a
(A) 32.
(B) 22.
(C) 16.
(D) 38.
(E) 48.
46.FCC - AG FISCP (PREF SJRP)/PREF SJRP/2019
Sobre dois dos lados do quadrado ABCD estão os ponto E 
e F, que determinam um quadrilátero BCFE, conforme mostra a 
figura abaixo.
Sabendo que a área do triângulo isósceles DEF é 2 cm 2 e 
que o perímetro do quadrado ABCD é igual a 24 cm, a área do 
quadrilátero BCFE, em cm 2, é:
(A) 20
(B) 21
(C) 22
(D) 23
(E) 24
47.FCC - AG SEGM (METRO SP)/METRO SP/2019
Numa indústria alimentícia, construiu-se um reservatório 
de seção trapezoidal constante para o armazenamento de água 
potável. As medidas internas da seção do reservatório estão in-
dicadas na figura.
Num determinado dia em que o reservatório apresentava-se 
completamente vazio, com o objetivo de enchê-lo até 80% de 
sua capacidade, um registro de alimentação, de vazão 25,4 litros 
por minuto, foi aberto. O encarregado do setor não percebeu, no 
entanto, que um ralo de escoamento do reservatório, cuja vazão 
era de 6,2 litros por minuto, também estava aberto. Sabendo 
que o tempo transcorrido do início do processo até a obtenção 
do objetivo exposto foi de 3 horas e 20 minutos, é correto con-
cluir que a profundidade do reservatório, em metros, é de:
(A) 1,6.
(B) 1,2.
(C) 1,0.
(D) 0,8.
(E) 1,4.
48.FCC - Ag SegM (METRO SP)/METRO SP/2019
O gráfico da figura representa o sistema
 , de equações do primeiro grau.
Neste caso, a área do triângulo definido pelos vértices C, E 
e F vale
(A) 7.
(B) 20.
(C) 6.
(D) 17.
(E) 12.
49.FCC - AG TH (SANASA)/SANASA/MECÃNICO/2019
Em uma equipe de futebol, sempre que André ou Bruno não 
jogam, o técnico escala Carlos para jogar, e Daniel sempre joga 
quando André joga. Se Carlos não jogou, então
(A) André jogou, mas Bruno não.
(B) Daniel jogou, mas Bruno não.
(C) André e Bruno não jogaram.
(D) Bruno jogou, mas Daniel não.
(E) Daniel e André jogaram.
50.FCC - ESTAG (SABESP)/SABESP/ENSINO SUPERIOR/2019
Considere válidas as seguintes afirmações:
“Se Antônio passar no concurso, então Benedita e Carlos 
serão ambos promovidos.” “Benedita foi promovida, mas Carlos 
não.”
Com base nessas informações, é possível concluir que:
(A) Antônio não passou no concurso.
(B) Benedita passou no concurso, mas Carlos não passou.
(C) Benedita não passou no concurso, mas Carlos passou.
(D) Benedita e Carlos não passaram no concurso.
(E) Antônio foi promovido.
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GABARITO
1 A
2 D
3 E
4 B
5 A
6 C
7 D
8 D
9 D
10 B
11 B
12 C
13 C
14 A
15 A
16 C
17 C
18 C
19 E
20 A
21 A
22 D
23 B
24 A
25 D
26 C
27 D
28 B
29 B
30 D
31 A
32 D
33 E
34 C
35 B
36 E
37 D
38 B
39 B
40 A
41 E
42 E
43 C
44 D
45 D
46 C
47 B
48 A
49 E
50 A
ANOTAÇÕES
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
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LEGISLAÇÃO
ESTATUTO DOS SERVIDORES CIVIS PÚBLICOS DO ESTADO 
DA BAHIA - LEI Nº 6.677/1994
LEI Nº 6.677 DE 26 DE SETEMBRO DE 1994
Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado 
da Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais.
O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a As-
sembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I -
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - Esta Lei institui o Estatuto dos Servidores Públicos Civis 
do Estado, de qualquer dos Poderes, suas autarquias e fundações 
públicas.
Art. 2º - Servidor público é a pessoa legalmente investida em 
cargo público.
Art. 3º - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsa-
bilidades cometidas a um servidor, com as características essenciais 
de criação por lei, denominação própria, número certo e pagamen-
to pelos cofres públicos, para provimento em caráter permanente 
ou temporário.
Art. 4º - Os cargos de provimento permanente da administra-
ção pública estadual, das autarquias e das fundações públicas se-
rão organizados em grupos ocupacionais, integrados por categorias 
funcionais identificadas em razão do nível de escolaridade e habili-
dade exigidos para o exercício das atribuições previstas em lei.
Art. 5º - Para os efeitos desta Lei:
I- referência - é a posição estabelecida para o ocupante do car-
go dentro da respectiva classe, de acordo com o critério de antigui-
dade;
II- classe - é a posição hierarquizada de cargos da mesma deno-
minação dentro da categoria funcional;
III- categoria funcional - é o agrupamento de cargos classifica-
dos segundo o grau de conhecimentos ou de habilidades exigidos;
IV- grupo ocupacional - é o conjunto de cargos identificados 
pela similaridade de área de conhecimento ou de atuação, assim 
como pela natureza dos respectivos trabalhos;
V- carreira - é a linha estabelecida para evolução em cargo de 
igual nomenclatura e na mesma categoria funcional, de acordo com 
o merecimento e antigüidade do servidor;
VI- estrutura de cargos - é o conjunto de cargos ordenados se-
gundo os diversos grupos ocupacionais e categorias funcionais cor-
respondentes;
VII- lotação - é o número de cargos de categoria funcional atri-
buído a cada unidade da administração pública direta, das autar-
quias e das fundações.
Art. 6º - Quadro é o conjunto de cargos de provimento per-
manente e de provimento temporário, integrantes dos órgãos dos 
Poderes do Estado, das autarquias e das fundações públicas.
Art. 7º - É proibida a prestação de serviço gratuito, salvo nos 
casos previstos em lei.
TÍTULO II -
DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA
CAPÍTULO I -
DO PROVIMENTO
SEÇÃO I -
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 8º - São requisitos básicos para ingresso no serviço público: 
I - a nacionalidade brasileira ou equiparada;
II- o gozo dos direitos políticos;
III- a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV- o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - a boa saúde física e mental.
§ 1º - As atribuições do cargo podem justificar a exigência de 
outros requisitos estabelecidos em lei.
§ 2º - Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o di-
reito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo 
cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência que apresen-
tam, sendo-lhes reservadas até 5% (cinco por cento) das vagas ofe-
recidas no concurso, desde que a fração obtida deste cálculo seja 
superior a 0,5 (cinco décimos).
Art. 9º - O provimento dos cargos públicos e a movimentação 
dos servidores far-se-ão por ato da autoridade competente de cada 
Poder, do dirigente superior de autarquia ou de fundação pública.
Art. 10 - São formas de provimento de cargo público: I - nome-
ação;
II- reversão;
III- aproveitamento; IV - reintegração;
V - recondução.
Parágrafo único - A lei que fixar as diretrizes do sistema de car-
reira na administração pública estadual estabelecerá critérios para 
a evolução do servidor.
SEÇÃO II -
DA NOMEAÇÃO
Art. 11 - A nomeação far-se-á :
I- em caráter permanente, quando se tratar de provimento em 
cargo de classe inicial da carreira ou em cargo isolado;
II- em caráter temporário, para cargos de livre nomeação e 
exoneração; III - em caráter vitalício, nos casos previstos na Cons-
tituição.
magda
Sublinhado
magda
Desenhar Forma Livre
magda
Desenhar Forma Livre
magda
Sublinhado
magda
Sublinhado
magda
Sublinhado
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Parágrafo único - A designação para funções de direção, chefia 
e assessoramento superior e intermediário, recairá, preferencial-
mente, em servidor ocupante de cargo de provimento permanente, 
observados os requisitos estabelecidos em lei e em regulamento.
Art. 12 - A nomeação para cargo de classe inicial de carreira 
depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou 
de provas e títulos, obedecida a ordem de classificação e o prazo 
de sua validade.
Parágrafo único - Os demais requisitos para o ingresso e o de-
senvolvimento do servidor na carreira serão estabelecidos em nor-
mas legais e seus regulamentos.
SEÇÃO III -
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 13 - O concurso público será de provas ou de provas e tí-
tulos, realizando-se mediante autorização do Chefe do respectivo 
Poder, de acordo com o disposto em lei e regulamento.
Parágrafo único - No caso de empate, terão preferência, suces-
sivamente:
a)o candidato que tiver mais tempo de serviço prestado ao Es-
tado da Bahia;
b)outros que o edital estabelecer, compatíveis com a finalidade 
do concurso.
Art. 14 - O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, 
podendo ser prorrogado, dentro deste prazo, uma única vez, por 
igual período, a critério da administração.
Parágrafo único - O prazo de validade do concurso, as condi-
ções de sua realização, os critérios de classificação e convocação e 
o procedimento recursal cabível serão fixados em edital, que será 
publicado no Diário Oficial.
Art. 15 - A realização do concurso será centralizada no órgão 
incumbido da administração central de pessoal de cada Poder, salvo 
as exceções legais.
SEÇÃO IV -
DA POSSE
Art. 16 - Posse é a investidura em cargo público.
Parágrafo único - A aceitação expressa das atribuições, deveres 
e responsabilidades inerentes ao cargo público, com o compromis-
so de bem servir, será formalizada com a assinatura de termo pela 
autoridade competente e pelo empossado.
Art. 17 - A autoridade que der posse terá de verificar, sob pena 
de responsabilidade, se foram satisfeitos os requisitos estabeleci-
dos em lei ou regulamento, para a investidura.
Art. 18 - São competentes para dar posse:
I- o Governador do Estado e os Presidentes do Tribunal de Justi-
ça e da Assembléia Legislativa aos dirigentes de órgãos que lhe são 
diretamente subordinados;
II- os Secretários de Estado aos dirigentes superiores das autar-
quias e fundações vinculadas às respectivas pastas e aos servidores 
dos órgãos que lhes são diretamente subordinados;
III- os Procuradores Gerais do Estado e da Justiça aos servidores 
que lhes são diretamente subordinados;
IV- os Presidentes dos Tribunais de Contas aos respectivos ser-
vidores, na forma determinada em suas respectivas leis orgânicas;
V- os dirigentes superiores das autarquias e fundações aos ser-
vidores que lhes são diretamente subordinados;
VI- os dirigentes dos serviços de administração ou órgão equi-
valente aos demais servidores.
Art. 19 - A posse deverá verificar-se até 30 (trinta) dias, con-
tados da data da publicação do ato de nomeação no órgão oficial, 
podendo ser prorrogada por mais 30 (trinta) dias, a requerimento 
do interessado, no prazo original.
§ 1º - Quando se tratar de servidor em gozo de licença, ou 
afastado legalmente, o prazo será contado a partir do término do 
impedimento.
§ 2º - Se a posse não se der dentro do prazo, o ato de nomea-
ção será considerado
sem efeito.
§ 3º - A possepoderá ocorrer por procuração específica.
§ 4º - O empossado, ao se investir no cargo de provimento per-
manente ou temporário, apresentará, obrigatoriamente, declara-
ção de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração 
de exercício de outro cargo, emprego ou função pública.
Art. 20 - A posse em cargo público dependerá de prévia inspe-
ção médica oficial.
Parágrafo único - Só poderá ser empossado aquele que for jul-
gado apto, física e mentalmente para o exercício do cargo.
SEÇÃO V -
DO EXERCÍCIO
Art. 21 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do 
cargo.
§ 1º - É de 30 (trinta) dias o prazo para o servidor entrar em 
exercício, contados da data da posse, ou, quando inexigível esta, da 
data de publicação oficial do ato de provimento.
§ 2º - Na hipótese de encontrar-se o servidor afastado legal-
mente, o prazo a que se refere o § 1º será contado a partir do tér-
mino do afastamento.
§ 3º - O servidor que não entrar em exercício, dentro do prazo 
legal, será exonerado de ofício.
§ 4º - À autoridade competente do órgão ou entidade para 
onde for designado o servidor incumbe dar-lhe exercício.
Art. 22 - O início, a suspensão, a interrupção e o reinicio do 
exercício serão registrados no assentamento do servidor.
Parágrafo único - ao entrar em exercício, o servidor apresentará 
ao órgão competente os elementos necessários ao assentamento 
individual.
Art. 23 - O servidor relotado, removido ou afastado, que deva 
ter exercício em outra localidade, terá 30 (trinta) dias para entrar 
em exercício.
Parágrafo único - Na hipótese de encontrar-se o servidor afas-
tado legalmente, aplica-se o disposto no § 2º do artigo 21.
Art. 24 - O ocupante do cargo de provimento permanente fica 
sujeito a 30 (trinta) horas semanais de trabalho, salvo quando a lei 
estabelecer duração diversa.
Art. 25 - Além do cumprimento do estabelecido no artigo an-
terior, o ocupante de cargo de provimento temporário poderá ser 
convocado sempre que houver interesse da administração.
Art. 26 - O servidor somente poderá participar de missão ou 
estudos no exterior, mediante expressa autorização do Chefe do Po-
der a que esteja vinculado.
§ 1º - A ausência não excederá a 2 (dois) anos, prorrogáveis por 
mais 2 (dois) e, finda a missão ou estudo, somente decorrido igual 
período poderá ser permitida nova ausência.
magda
Destaque
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§ 2º - Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não 
será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse par-
ticular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressal-
vada a hipótese do ressarcimento das despesas correspondentes.
§ 3º - O servidor ocupante de cargo de provimento temporário 
somente poderá ausentar-se em missão oficial e pelo prazo estrita-
mente necessário ao cumprimento dele.
§ 4º - O servidor ocupante de cargo de provimento temporário 
será substituído, em suas ausências ou nos seus impedimentos, por 
outro, indicado na lei ou no regimento, ou, omissos estes, desig-
nado por ato da autoridade competente, cumprindo ao substituto, 
quando titular de cargo em comissão, exercer automaticamente as 
atribuições do cargo do substituído sem prejuízo do exercício das 
atribuições inerentes ao seu cargo, salvo se os encargos da substi-
tuição reclamarem a dispensa do exercício destes.
§ 5º - A designação para substituir titular de cargo de provimen-
to temporário deverá observar os mesmos requisitos estabelecidos 
para o seu provimento e somente poderá recair sobre servidor ou 
empregado público em exercício no respectivo órgão ou entidade e 
que, preferencialmente, desempenhe suas funções na unidade ad-
ministrativa da lotação do substituído.
SEÇÃO VI -
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 27 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o 
cargo de provimento permanente ficará sujeito a estágio probató-
rio por um período de 03 (três) anos, durante o qual sua aptidão e 
capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, 
observados os seguintes fatores:
I - assiduidade; II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade;
V - responsabilidade.
Parágrafo único - Obrigatoriamente 4 (quatro) meses antes de 
findo o período do estágio probatório, será submetida à homolo-
gação da autoridade competente a avaliação do desempenho do 
servidor, que será completada ao término do estágio.
SEÇÃO VII -
DA ESTABILIDADE
Art. 28 - O servidor habilitado em concurso público e empossa-
do em cargo de provimento permanente adquirirá estabilidade ao 
completar 3 (três) anos de efetivo exercício.
Art. 29 - O servidor estável só perderá o cargo em virtude de 
sentença judicial transitada em julgado ou de processo administra-
tivo disciplinar, desde que lhe seja assegurada ampla defesa.
SEÇÃO VIII -
DA PROMOÇÃO
Art. 30 - Promoção é a elevação do servidor ocupante de cargo 
de provimento permanente, dentro da categoria funcional a que 
pertence, pelos critérios de merecimento e antigüidade.
Parágrafo único - O merecimento será apurado de acordo com 
os fatores mencionados no artigo 27, incisos I a V, e comprovação 
de aperfeiçoamento profissional, sem prejuízo do disposto no arti-
go 32.
Art. 31 - Não haverá promoção de servidor que esteja em es-
tágio probatório ou que não esteja em efetivo exercício em órgão 
ou entidade da administração estadual, salvo por antigüidade, ou 
quando afastado para exercício de mandato eletivo.
Art. 32 - Os demais requisitos e critérios para promoção serão 
os das leis que instituírem os planos de carreira na administração 
pública estadual e seus regulamentos.
Art. 33 - Compete à unidade de pessoal de cada órgão ou en-
tidade processar as promoções, na forma estabelecida em regula-
mento.
SEÇÃO IX -
DA REVERSÃO
Art. 34 - Reversão é o retorno do aposentado por invalidez, 
quando os motivos determinantes da aposentadoria forem decla-
rados insubsistentes por junta médica oficial.
Parágrafo único - Será cassada a aposentadoria do servidor que 
não entrar em exercício dentro de 30 (trinta) dias contados da pu-
blicação do ato de reversão.
Art. 35 - A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resul-
tante da transformação, permanecendo o servidor em disponibili-
dade remunerada enquanto não houver vaga.
Art. 36 - Não poderá reverter o aposentado que contar 70 (se-
tenta) anos de idade.
SEÇÃO X -
DO APROVEITAMENTO E DA DISPONIBILIDADE
Art. 37 - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o 
servidor estável ficará em disponibilidade remunerada.
Art. 38 - O retorno do servidor em disponibilidade à atividade 
far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribui-
ções e remuneração compatíveis com o anteriormente ocupado.
Parágrafo único - O órgão central de pessoal de cada Poder ou 
entidade determinará o imediato aproveitamento do servidor em 
disponibilidade, em vaga que vier a ocorrer.
Art. 39 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a 
disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, 
salvo por doença comprovada por junta médica oficial.
Art. 40 - É assegurado ao servidor estável o direito à disponibi-
lidade para o exercício de mandato eletivo em diretoria de entidade 
sindical representativa do servidor público estadual, sem prejuízo 
da remuneração do cargo permanente de que é titular.
§ 1º - A disponibilidade limitar-se-á a 6 (seis) servidores.
§ 2º - Além dos 6 (seis) servidores, para cada 20 (vinte) mil ser-
vidores da base sindical será acrescido de mais 1 (um).
§ 3º - A disponibilidade terá duração igual à do mandato, po-
dendo ser prorrogada, no caso de reeleição, por no máximo 2 (dois) 
mandatos.
§ 4º - O servidor não poderá ser relotado ou removido de ofício 
durante o exercício do mandato e até 06 (seis) meses após o térmi-
no deste.
§ 5º - Cessada a disponibilidade, o servidor retornará imediata-
mente ao exercício do cargo.
magda
Destaque
magda
Destaque
magda
Destaque
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SEÇÃO XI -
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 41 - Reintegração é o retorno do servidor demitido ao car-
go anteriormente ocupado ou ao resultante de sua transformação, 
quando invalidada sua demissão por sentença judicial transitada 
em julgado ou na forma do artigo 250.
Parágrafo único - Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o ser-
vidor ficará em disponibilidade.
SEÇÃO XII -
DA RECONDUÇÃO
Art. 42 - Recondução é o retorno do servidor estável, sem direi-
to à indenização, ao cargo anteriormente ocupado, dentro da mes-
ma carreira, em decorrência de reintegração do anterior ocupante.
Parágrafo único - Encontrando-se provido o cargo, o servidor 
será aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade re-
munerada.
SEÇÃO XIII -
DA READAPTAÇÃO
Art. 43 - Readaptação é o cometimento ao servidor de novas 
atribuições, compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua 
capacidade física ou mental, comprovada por junta médica oficial, 
garantida a remuneração do cargo de que é titular.
Parágrafo único - É garantida à gestante atribuições compatí-
veis com seu estado físico, nos casos em que houver recomendação 
clínica, sem prejuízo de seus vencimentos e demais vantagens do 
cargo.
CAPÍTULO II -
DA VACÂNCIA
Art. 44 - A vacância do cargo decorrerá de: 
I - exoneração;
II- demissão;
III- aposentadoria; 
IV - falecimento.
Art. 45 - Ocorrendo vaga, considerar-se-ão abertas, na mesma 
data, as decorrentes de seu preenchimento.
Art. 46 - A exoneração do servidor ocupante de cargo de provi-
mento permanente dar-se-á a seu pedido ou de ofício.
Parágrafo único - A exoneração de ofício será aplicada:
I- quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
II- quando o servidor não entrar em exercício no prazo estabe-
lecido.
Art. 47 - A exoneração do servidor ocupante de cargo de pro-
vimento temporário dar-se-á a seu pedido ou a juízo da autoridade 
competente.
Art. 48 - A demissão será aplicada como penalidade.
CAPÍTULO III -
DA RELOTAÇÃO E DA REMOÇÃO
Art. 49 - Relotação é a movimentação do servidor, com o res-
pectivo cargo, com ou sem mudança de sede, para outro órgão ou 
entidade do mesmo Poder e natureza jurídica, cujos planos de car-
gos e vencimentos sejam idênticos, de acordo com o interesse da 
administração.
§ 1º - A relotação dar-se-á, exclusivamente, para ajustamento 
de quadros de pessoal às necessidades dos serviços, inclusive nos 
casos de organização, extinção ou criação de órgãos ou entidades.
§ 2º - Nos casos de extinção de órgãos ou entidades, os servido-
res estáveis que não puderam ser relotados, na forma deste artigo 
ou por outro óbice legal, serão colocados em disponibilidade, até 
seu aproveitamento na forma dos artigos 38 e 39.
Art. 50 - Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou 
de ofício, com preenchimento de claro de lotação, no âmbito do 
mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
§ 1º - Dar-se-á remoção a pedido, para outra localidade, por 
motivo de saúde do
servidor, cônjuge, companheiro ou dependente, condicionado 
à comprovação por junta médica oficial, hipótese em que, excepcio-
nalmente, será dispensada a exigência de claro de lotação.
§ 2º - No caso previsto no parágrafo anterior, o servidor preen-
cherá o primeiro claro de lotação que vier a ocorrer.
§ 3º - Fica assegurada ao servidor, a fim de acompanhar o côn-
juge ou companheiro, preferência na remoção para o mesmo local 
em que o outro for mandado servir.
TÍTULO III -
DOS DIREITOS, VANTAGENS E BENEFÍCIOS
CAPÍTULO I -
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 51 - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício 
de cargo público, com valor fixado em lei.
Art. 52 - Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das 
vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias, estabelecidas 
em lei.
Art. 53 - O vencimento do cargo observará o princípio da iso-
nomia, quando couber, e acrescido das vantagens de caráter indivi-
dual, será irredutível, ressalvadas as relativas à natureza ou ao local 
de trabalho.
Art. 54 - Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a 
título de remuneração, importância superior à soma dos valores 
fixados como remuneração, em espécie, a qualquer título, para Se-
cretário de Estado.
Parágrafo único - Excluem-se do teto de remuneração as inde-
nizações e vantagens previstas nos artigos 63 e 77, incisos II a IV, 
o acréscimo previsto no artigo 94, o abono pecuniário previsto no 
artigo 95 e o salário família.
Art. 55 - Nenhum servidor receberá a título de vencimento, im-
portância inferior ao salário mínimo.
Art. 56 - O servidor perderá:
I- a remuneração dos dias em que faltar ao serviço;
II- a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, 
ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a 60 (sessenta) 
minutos.
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LEGISLAÇÃO
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Art. 57 - Salvo por imposição legal ou por mandado judicial, 
nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou proventos.
Parágrafo único - Mediante autorização escrita do servidor, ha-
verá desconto ou consignação em folha de pagamento em favor de 
entidade sindical e associação de servidores a que seja filiado, ou de 
terceiros, na forma definida em regulamento.
Art. 58 - As reposições e indenizações ao erário serão desconta-
das em parcelas mensais, atualizadas, não excedentes à terça parte 
da remuneração ou dos proventos.
Parágrafo único - Independentemente do parcelamento previs-
to neste artigo, a percepção de quantias indevidas poderá implicar 
processo disciplinar para apuração de responsabilidade.
Art. 59 - O servidor em débito com o erário, que for demitido 
ou exonerado, terá o prazo de 30 (trinta) dias para quitá-lo.
Parágrafo único - A não quitação do débito no prazo previsto 
implicará a sua inscrição em dívida ativa.
Art. 60 - O vencimento, a remuneração e os proventos não se-
rão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto no caso de ver-
ba alimentar resultante de decisão judicial. vantagens:
CAPÍTULO II -
DAS VANTAGENS
Art. 61 - Além do vencimento, poderão ser concedidas ao ser-
vidor as seguintes
I- indenizações;
II- auxílios pecuniários; 
III - gratificações;
IV - estabilidade econômica.
§ 1º - As indenizações e os auxílios não se incorporam ao venci-
mento ou proventos para qualquer efeito.
§ 2º - As gratificações e a vantagem pessoal por estabilidade 
econômica incorporam-se ao vencimento ou aos proventos, nos ca-
sos e condições indicados em lei.
Art. 62 - As vantagens pecuniárias não serão computadas nem 
acumuladas para efeito de concessão de quaisquer outros acrésci-
mos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico funda-
mento.
SEÇÃO I -
DAS INDENIZAÇÕES
Art. 63 - Constituem indenizações ao servidor: 
I - ajuda de custo;
II- diárias;
III- transporte.
Parágrafo único - Os valores das indenizações e as condições 
para sua concessão serão estabelecidos em regulamento.
SUBSEÇÃO I 
DA AJUDA DE CUSTO
Art. 64 - A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas 
de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter 
exercício em nova sede, com mudança de domicílio, ou que se des-
locar a serviço ou por motivo de estudo, no país ou para o exterior.
§ 1º - Correm por conta da administração as despesas de trans-
porte do servidor e de sua família.
§ 2º - É assegurado aos dependentes do servidor que falecer na 
nova sede, ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, 
dentro do prazo de 180 (cento e oitenta ) dias, contados do óbito.
Art. 65 - A ajuda de custo não poderá exceder a importância 
correspondente a 15 (quinze) vezes o valor do menor vencimento 
pago pela Administração Pública do Estado.
Parágrafo único - Excetuam-se da regra do caput deste artigo a 
hipótese de missão ou estudo no exterior, competindo a sua fixação 
ao Chefe do respectivo Poder.
Art. 66 - Não será concedida ajuda de custo:
I- ao servidor que se afastar da sede ou a ela retornar, em vir-
tude de mandato eletivo;
II- ao servidor que for afastado paraservir em outro órgão ou 
entidade dos Poderes da União, de outros Estados, do Distrito Fe-
deral e dos Municípios;
III- ao servidor que for removido a pedido;
IV- a um dos cônjuges, sendo ambos servidores estaduais, 
quando o outro tiver direito à ajuda de custo pela mesma mudança 
de sede.
Art. 67 - O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo 
quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no pra-
zo previsto no § 1º do artigo 21.
Parágrafo único - Não haverá obrigação de restituir a ajuda de 
custo nos casos de exoneração de oficio ou de retorno por motivo 
de doença comprovada.
SUBSEÇÃO II
DAS DIÁRIAS
Art. 68 - Ao servidor que se deslocar da sede em caráter even-
tual ou transitório, no interesse do serviço, serão concedidas, além 
de transporte, diárias para atender às despesas de alimentação e 
hospedagem.
Art. 69 - Não será concedida diária quando o deslocamento do 
servidor implicar desligamento de sua sede.
Art. 70 - O total de diárias atribuídas ao servidor não poderá 
exceder a 180 (cento e oitenta) dias por ano, salvo em casos espe-
ciais expressamente autorizados pelo Chefe do Poder ou dirigente 
superior de entidades.
Art. 71 - O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, 
por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente e de 
uma só vez, no prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único - Na hipótese do servidor retornar à sede em 
prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as 
diárias recebidas em excesso, no prazo previsto neste artigo.
SUBSEÇÃO III -
DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
Art. 72 - Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor 
que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomo-
ção para execução de serviços externos, na sede ou fora dela, no 
interesse da administração, na forma e condições estabelecidas em 
regulamento.
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SEÇÃO II -
DOS AUXÍLIOS PECUNIÁRIOS
Art. 73 - Serão concedidos aos servidores os seguintes auxílios 
pecuniários:
I - auxílio-moradia;
II- auxílio-transporte;
III- auxílio-alimentação.
SUBSEÇÃO I
DO AUXÍLIO
Art. 74 - O servidor, quando deslocado de ofício de sua sede, 
em caráter temporário, no interesse da administração, fará jus a 
auxílio para moradia, na forma e condições estabelecidas em re-
gulamento.
§ 1º - O auxílio-moradia é devido a partir da data do exercício 
na nova sede, em valor nunca inferior a 20% (vinte por cento) da 
remuneração do cargo permanente, até o prazo máximo de 2 (dois) 
anos.
§ 2º - O auxílio-moradia não será concedido, ou será suspenso, 
quando o servidor ocupar prédio público.
SUBSEÇÃO II
DO AUXÍLO
Art. 75 - O auxílio-transporte será devido ao servidor ativo, nos 
deslocamentos da residência para o trabalho e vice-versa, na forma 
e condições estabelecidas em regulamento.
Parágrafo único - A participação do servidor não poderá exce-
der a 6% (seis por cento) do vencimento básico.
SUBSEÇÃO III
DO AUXÍLIO
Art. 76 - O auxílio-alimentação será devido ao servidor ativo, na 
forma e condições estabelecidas em regulamento.
SEÇÃO III
DAS GRATIFICAÇÕES
Art. 77 - Além do vencimento e das vantagens previstas nesta 
lei, serão deferidas ao servidor as seguintes gratificações:
I - pelo exercício de cargo de provimento temporário; 
II - natalina;
III- adicional por tempo de serviço;
IV- adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas 
ou penosas;
V- adicional pela prestação de serviço extraordinário; 
VI - adicional noturno;
VII - outras gratificações ou adicionais previstos em lei.
SUBSEÇÃO I 
DA GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE CARGO DE PROVI-
MENTO TEMPORÁRIO
Art. 78 - O servidor investido em cargo de provimento perma-
nente terá direito a perceber, pelo exercício do cargo de provimento 
temporário, gratificação equivalente a 30% (trinta por cento) do va-
lor correspondente ao símbolo respectivo ou optar pelo valor inte-
gral do símbolo, que neste caso, será pago como vencimento básico 
enquanto durar a investidura ou ainda pela diferença entre este e a 
retribuição do seu cargo efetivo.
Parágrafo único - O servidor substituto perceberá, a partir do 
10º (décimo) dia consecutivo, a remuneração do cargo do substitu-
ído, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, sendo-lhe 
facultado exercer qualquer das opções previstas neste artigo, asse-
gurada a contagem do tempo de serviço respectivo para efeito de 
estabilidade econômica.
SUBSEÇÃO II -
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
Art. 79 - A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze 
avos) da remuneração a que o servidor ativo fizer jus, no mês do 
exercício, no respectivo ano.
§ 1º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será conside-
rada como mês integral.
§ 2º - Ao servidor inativo será paga igual gratificação em valor 
equivalente aos respectivos proventos.
§ 3º - A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de 
dezembro de cada ano.
Art. 80 - Fica assegurado o adiantamento da gratificação natali-
na, que será pago no mês do aniversário do servidor, independente 
da sua prévia manifestação, não podendo a importância corres-
pondente exceder à metade da remuneração por este percebida 
no mês.
Parágrafo único - O pagamento do adiantamento de que trata 
este artigo, poderá se dar no ensejo das férias ou no mês em que 
o funcionalismo em geral o perceba, desde que haja opção expres-
sa do beneficiário, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias do 
mês do seu aniversário. temporário.
Art. 81 - A gratificação natalina estende-se aos ocupantes de 
cargo de provimento
Art. 82 - O servidor ocupante de cargo permanente ou tempo-
rário, quando exonerado ou demitido, perceberá sua gratificação 
natalina proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calcula-
da sobre a remuneração do mês da exoneração ou demissão.
Parágrafo único - Na hipótese de ter havido adiantamento em 
valor superior ao devido no mês da exoneração ou demissão, o ex-
cesso será devolvido, no prazo de 30 (trinta) dias, findo o qual, sem 
devolução, será o débito inscrito em dívida ativa.
Art. 83 - A gratificação natalina não será considerada para cál-
culo de qualquer parcela remuneratória.
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SUBSEÇÃO III -
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
Art. 84 - O servidor com mais de 5 (cinco) anos de efetivo exer-
cício no serviço público terá direito por anuênio, contínuo ou não, 
à percepção de adicional calculado à razão de 1% (um por cento) 
sobre o valor do vencimento básico do cargo de que seja ocupante.
§ 1º - Para efeito do adicional, considera-se de efetivo exercício 
o tempo de serviço prestado, sob qualquer regime de trabalho, na 
Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, dos 
Municípios e do Distrito Federal.
§ 2º - Para cálculo do adicional, não serão computadas quais-
quer parcelas pecuniárias, ainda que incorporadas ao vencimento 
para outros efeitos legais, exceto se já houver outra definição de 
vencimento prevista em lei.
§ 3º - O servidor beneficiado pela estabilidade econômica na 
forma do art. 92 desta Lei, terá o adicional de tempo de serviço a 
que faça jus calculado sobre o valor do símbolo do cargo em que 
tenha se estabilizado, quando for este superior ao vencimento do 
cargo permanente que ocupe. anuênio.
Art. 85 - o adicional será devido a partir do mês em que o ser-
vidor completar o
SUBSEÇÃO IV
DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE OU 
ATIVIDADES PENOSAS
Art. 86 - Os servidores que trabalham com habitualidade em lo-
cais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas 
ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento 
do cargo permanente.
§ 1º - Os direitos aos adicionais de que trata este artigo cessa 
com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a 
concessão.
§ 2º - O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e 
periculosidade deverá optar por um deles.
Art. 87- Haverá permanente controle da atividade do servidor em 
operações ou locais considerados insalubres, perigosos ou penosos.
Parágrafo único - A servidora gestante ou lactante será afasta-
da, enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais 
previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e 
em serviço não perigoso.
Art. 88 - Na concessão dos adicionais de insalubridade, pericu-
losidade ou atividades penosas serão observadas as situações pre-
vistas em legislação específica.
Art. 89 - O adicional de atividades penosas será devido ao ser-
vidor pelo exercício em localidade cujas condições de vida o justi-
fiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento.
SUBSEÇÃO V
DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO
Art. 90 - O serviço extraordinário será remunerado com acrés-
cimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de 
trabalho, salvo em situações especiais definidas em regulamento.
Parágrafo único - Somente será permitida a realização de ser-
viço extraordinário para atender situações excepcionais e temporá-
rias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas diárias, podendo 
ser elevado este limite nas atividades que não comportem interrup-
ção, consoante se dispuser em regulamento.
SUBSEÇÃO VI
DE ADICIONAL NOTURNO
Art. 91 - O serviço noturno, prestado em horário compreendi-
do entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia 
seguinte, terá o valor-hora acrescido de 50% (cinqüenta por cento).
Parágrafo único - Tratando-se de serviço extraordinário, o 
acréscimo a que se refere este artigo incidirá sobre a remuneração 
prevista no artigo anterior.
SEÇÃO IV
DA ESTABILIDADE ECONÔMICA
Art. 92 - Ao servidor que tiver exercido por 10 (dez) anos, con-
tínuos ou não, cargo de provimento temporário ou mandato eleti-
vo estadual, é assegurada estabilidade econômica, consistente no 
direito de continuar a perceber, no caso de exoneração, dispensa 
ou término de mandato, como vantagem pessoal, retribuição equi-
valente a 30% (trinta por cento) do valor do símbolo ou do subsídio 
correspondente ao cargo de maior hierarquia ou mandato que te-
nha exercido por mais de 2 (dois) anos, ou a diferença entre o valor 
deste e o vencimento do cargo de provimento permanente.
§ 1º - O tempo de exercício em cargos em comissão ou funções 
de confiança, para efeito de reconhecimento do direito à estabili-
dade econômica, que se constitui com a exoneração ou dispensa 
do cargo de provimento temporário, fixando-se neste momento seu 
correspondente valor, somente poderá ser computado em um vín-
culo funcional efetivo, vedado o seu fracionamento para aquisição 
do mesmo benefício em outro vínculo de igual natureza que por-
ventura o servidor esteja investido.
§ 2º - A vantagem pessoal por estabilidade econômica será re-
ajustada sempre que houver modificação no valor do símbolo em 
que foi fixada, observando-se as correlações e transformações es-
tabelecidas em lei.
§ 3º - O servidor beneficiado pela estabilidade econômica que 
vier a ocupar outro cargo de provimento temporário deverá optar, 
enquanto perdurar esta situação, entre a vantagem pessoal já adqui-
rida e o valor da gratificação pertinente ao exercício do novo cargo.
§ 4º - O servidor beneficiado pela estabilidade econômica que 
vier a ocupar, por mais de 2 (dois) anos, outro cargo de provimento 
temporário, poderá obter a modificação do valor da vantagem pes-
soal, passando esta a ser calculada com base no valor do símbolo 
correspondente ao novo cargo.
§ 5º - O valor da estabilidade econômica não servirá de base 
para cálculo de qualquer outra parcela remuneratória.
§ 6º - Para os efeitos deste artigo será computado o tempo de:
a) exercício de cargo em comissão, direção, chefia e asses-
soramento superior e intermediário na administração direta, nas 
autarquias e nas fundações;
b)exercício de funções de confiança formalmente instituídas 
nas empresas públicas e nas sociedades de economia mista.
§ 7º - A incorporação da vantagem pessoal, nas hipóteses do pa-
rágrafo anterior, será calculada e fixada com base no valor do símbolo 
correspondente ao cargo de provimento temporário da administra-
ção direta, da autarquia ou da fundação, onde seja o servidor lotado, 
que mais se aproxime do percebido pelo mesmo, não podendo exce-
der o valor do símbolo correspondente ao cargo de maior hierarquia.
§ 8º - A concessão de estabilidade econômica, com utilização 
de tempo de serviço prestado na forma da alínea “b” do § 6º deste 
artigo, só poderá ocorrer findo o prazo do estágio probatório.
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CAPÍTULO III -
DAS FÉRIAS
Art. 93 - O servidor gozará, obrigatoriamente, férias anuais, que 
podem ser acumuladas, no caso de necessidade do serviço, até o 
máximo de 2 (dois) períodos, ressalvadas as hipóteses em que haja 
legislação específica.
§ 1º - O servidor terá direito a férias após cada período de 12 
(doze) meses de efetivo exercício, na seguinte proporção:
I- 30 (trinta) dias corridos, quando não houver tido mais de 5 
(cinco) faltas;
II- 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 
(seis) a 14 (quatorze) faltas;
III- 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quin-
ze) a 23 (vinte e três) faltas;
IV- 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e 
quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
§ 2º - As férias serão gozadas de acordo com a escala organiza-
da pela unidade administrativa competente.
§ 3º - As férias poderão ser parceladas em até 03 (três) etapas, 
desde que sejam assim requeridas pelo servidor, e sempre no inte-
resse da administração pública, hipótese em que o pagamento dos 
acréscimos pecuniários será efetuado quando do afastamento do 
servidor para o gozo do primeiro período.
Art. 94 - Independentemente de solicitação, será pago ao ser-
vidor, por ocasião das férias, um acréscimo de 1/3 (um terço) da 
remuneração correspondente ao período de gozo.
Art. 95 - É facultado ao servidor converter até 1/3 (um terço) do 
período de férias, a que tiver direito, em abono pecuniário, desde 
que a requeira com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias.
§ 1º - Ficarão a critério da Administração Pública a concessão 
da vantagem e a fixação do período a ser convertido, observado o 
limite do requerimento.
§ 2º - No cálculo do abono pecuniário será considerado o valor 
do acréscimo de férias previsto no art. 94.
Art. 96 - O pagamento do acréscimo previsto no artigo 94 e, 
quando for o caso, do abono previsto no artigo anterior, será efetu-
ado no mês anterior ao início das férias.
Art. 97 - As férias somente poderão ser interrompidas por mo-
tivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, 
serviço militar ou eleitoral e, ainda, por motivo de superior interes-
se público, mediante ato fundamentado.
CAPÍTULO IV 
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 98 - Conceder-se-á licença ao servidor, além das previstas 
nos incisos IV, V e VI do artigo 120:
I- por motivo de doença em pessoa da família;
II- por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; III - 
para prestar o serviço militar obrigatório;
IV - para concorrer a mandato eletivo e exercê-lo; V - prêmio 
por assiduidade;
VI- para tratar de interesse particular;
VII- para o servidor-atleta participar de competição oficial.
§ 1º - O servidor não poderá permanecer em licença por perío-
do superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos incisos 
II, III e IV.
§ 2º - Ao ocupante de cargo de provimento temporário, não 
titular de cargo de provimento permanente, somente serão conce-
didas as licenças previstas nos incisos IV, V e VI do artigo 120.
Art. 99 - A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do 
término de outra da mesma espécie será considerada como pror-
rogação.
SEÇÃO II 
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍ-
LIA
Art. 100 - Poderá ser concedida licença ao servidor, por motivo 
de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dopadrasto ou 
madrasta, dos filhos, dos enteados, de menor sob guarda ou tutela, 
dos avós e dos irmãos menores ou incapazes, mediante prévia com-
provação por médico ou junta médica oficial.
§ 1º - A licença somente será deferida se a assistência direta 
do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultanea-
mente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado através 
de acompanhamento social.
§ 2º - É vedado o exercício de atividade remunerada durante o 
período da licença. Art. 101 - A licença de que trata o artigo anterior 
será concedida:
I- com remuneração integral, até 3 (três) meses;
II- com 2/3 (dois terços) da remuneração, quando exceder a 3 
(três) e não ultrapassar 06 (seis) meses;
III- com 1/3 (um terço) da remuneração, quando exceder a 6 
(seis) e não ultrapassar 12 (doze) meses.
SEÇÃO III -
DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE
Art. 102 - Poderá ser concedida licença ao servidor para acom-
panhar cônjuge ou companheiro, servidor público estadual, que for 
deslocado para outro ponto do Estado ou do país, para o exterior 
ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Le-
gislativo.
§ 1º - A licença prevista no caput deste artigo será sem remu-
neração.
§ 2º - Ocorrendo o deslocamento no território estadual, o ser-
vidor poderá ser lotado, provisoriamente, em repartição da admi-
nistração estadual direta, autárquica ou fundacional, desde que 
para exercício de atividade compatível com seu cargo.
SEÇÃO IV
DA LICENÇA PARA PRESTAR O SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓ-
RIO
Art. 103 - Ao servidor convocado para o serviço militar obri-
gatório será concedida licença, sem remuneração, na forma e nas 
condições previstas na legislação especifica.
Parágrafo único - Concluído o serviço militar obrigatório, o ser-
vidor terá até 30 (trinta) dias para reassumir o exercício do cargo.
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SEÇÃO V
DA LICENÇA PARA CONCORRER A MANDATO ELETIVO E EXER-
CÊR
Art. 104 - O servidor se licenciará para concorrer a mandato 
eletivo na forma da legislação eleitoral.
Art. 105 - Eleito, o servidor ficará afastado do exercício do cargo 
a partir da posse. Art. 106 - Ao servidor investido em mandato ele-
tivo aplicam-se as seguintes disposições:
I- tratando-se de mandato de Prefeito, será afastado do cargo, 
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
II- tratando-se de mandato de vereador:
a)havendo compatibilidade de horários, perceberá a remune-
ração de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b)não havendo compatibilidade de horários, será afastado do 
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
§ 1º - No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá 
para a seguridade social como se em exercício estivesse.
§ 2º - O servidor investido em mandato eletivo não poderá ser 
relotado ou removido de ofício para localidade diversa daquela 
onde exerce o mandato.
SEÇÃO VI
DA LICENÇA PRÊMIO POR ASSIDUIDADE
Art. 107 - O servidor terá direito à licença-prêmio de 3 (três) 
meses em cada período de 5 (cinco) anos de exercício efetivo e inin-
terrupto, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo único - Para efeito de licença-prêmio, considera-se 
de efetivo exercício o tempo de serviço prestado pelo servidor na 
Administração Pública direta e indireta, da União, Estados, Municí-
pios e Distrito Federal, independentemente do regime de trabalho.
Art. 108 - Não se concederá licença-prêmio a servidor que, no 
período aquisitivo: 
I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão;
II - afastar-se do cargo em virtude de : caducidade.
a) licença para tratamento de saúde em pessoa da família;
b) licença para tratar de interesse particular;
c) condenação a pena privativa de liberdade, por sentença de-
finitiva;
d)afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro.
III- faltar injustificadamente ao serviço por mais de 15 (quinze) 
dias por ano ou 45 (quarenta e cinco) por quinquênio.
Art. 109 - O direito de requerer licença-prêmio não prescreve, 
nem está sujeito a
Art. 110 - O servidor que estiver em regime de acumulação, nas 
hipóteses previstas na Constituição, terá direito a licença-prêmio 
correspondente a ambos os cargos, contando-se, porém, separada-
mente, o tempo de serviço em relação a cada um deles.
SEÇÃO VII
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSE PARTICULAR
Art. 111 - A critério da administração, poderá ser concedida ao 
servidor licença para tratar de interesse particular, pelo prazo de 3 
(três) anos consecutivos, sem remuneração, prorrogável uma única 
vez, por igual período.
§ 1º - O servidor deverá aguardar em serviço a concessão da 
licença.
§ 2º - A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a 
pedido do servidor ou por motivo de interesse público, mediante 
ato fundamentado.
§ 3º - Não será concedida nova licença antes de decorridos 2 
(dois) anos do término da anterior, salvo para completar o período 
de que trata este artigo.
§ 4º - Não será concedida licença a servidor nomeado, removi-
do ou relotado, antes de completar 2 (dois) anos do corresponden-
te exercício.
SEÇÃO VIII 
DA LICENÇA PARA O SERVIDOR
Art. 112 - Será concedida licença ao servidor-atleta selecionado 
para representar o Estado ou o País, durante o período da competi-
ção oficial, sem prejuízo de remuneração.
CAPÍTULO V
DAS CONCESSÕES
Art. 113 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se 
do serviço: 
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
II- por 2 (dois) dias, para alistamento eleitoral;
III- por 8 (oito) dias consecutivos, por motivo de:
a)casamento;
b)falecimento de cônjuge, companheiro, pais, padrasto ou ma-
drasta, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos, des-
de que comprovados com atestado de óbito.
IV- até 15 (quinze) dias, por período de trânsito, compreendido 
como o tempo gasto pelo servidor que mudar de sede, contados da 
data do desligamento.
Art. 114 - Poderá ser concedido horário especial ao servidor 
estudante, quando comprovada a incompatibilidade do horário es-
colar com o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.
Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, será exi-
gida a compensação de horários na repartição, respeitada a dura-
ção semanal do trabalho.
Art. 115 - Ao servidor-estudante que mudar de sede em virtude 
de interesse da administração, é assegurado, na localidade da nova 
residência ou na mais próxima, matrícula em instituição oficial es-
tadual de ensino, em qualquer época, independentemente de vaga, 
na forma e condições estabelecidas em legislação específica.
Parágrafo único - O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge 
ou companheiro, aos filhos e enteados do servidor que vivam na 
sua companhia, assim como aos menores sob sua guarda ou tutela, 
com autorização judicial.
CAPÍTULO VI -
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 116 - É contado para todos os efeitos o tempo de serviço 
público estadual.
Art. 117 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, 
que serão convertidos em anos, considerando-se estes como de 
365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Art. 118 - Além das ausências ao serviço previstas no artigo 
113, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos 
em virtude de:
I- férias;
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II- exercício de cargo de provimento temporário ou equivalen-
te, em órgão ou entidade do próprio Estado, da União, dos Estados, 
dos Municípios e do Distrito Federal;
III- participação em programa de treinamento regularmente 
instituído;
IV- desempenho de mandato eletivo federal, estadual, munici-
pal ou distrital;
V- prestação do serviço militar obrigatório;
VI- participação em júri e em outros serviços obrigatórios por 
lei;
VII- missão ou estudos em outros pontos do território nacional 
ou no exterior, quando o afastamento houver sido autorizado pela 
autoridade competente;
VIII- abono de falta, a critério do chefe imediato do servidor, no 
máximo de 3 (três) diaspor mês, desde que não seja ultrapassado o 
limite de 12 (doze) por ano;
IX- prisão do servidor, quando absolvido por decisão judicial 
passada em julgado;
X- afastamento preventivo do servidor, quando do processo 
não resultar punição, ou esta se limitar à penalidade de advertên-
cia;
XI- licença:
a)à gestante, à adotante e licença-paternidade;
b)para tratamento da própria saúde;
c)por motivo de acidente em serviço ou por doença profissio-
nal;
d)prêmio por assiduidade;
e)para o servidor-atleta.
XII- disponibilidade para o exercício de mandato eletivo em di-
retoria de entidade sindical, nos termos do artigo 40, exceto para 
efeito de promoção por merecimento.
Art. 119 - Contar-se-á para efeito de aposentadoria e disponi-
bilidade:
I- o tempo de serviço público prestado à União, aos Estados, 
aos Municípios e ao Distrito Federal;
II- a licença para tratamento de saúde de pessoa da família do 
servidor, até 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias;
III- a licença para concorrer a mandato eletivo;
IV- o tempo correspondente ao desempenho de mandato ele-
tivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no 
serviço público estadual;
V- o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;
VI- até 10 (dez) anos do tempo de serviço em atividade privada, 
vinculada à Previdência Social, desde que um decênio, pelo menos, 
no serviço público estadual, ressalvada a legislação federal regula-
mentadora da matéria.
§ 1º - Computar-se-ão ainda, em dobro, para efeito de aposen-
tadoria, como de efetivo exercício, os períodos de licença-prêmio 
não gozados.
§ 2º - O tempo de serviço a que se refere o inciso I deste artigo 
não poderá ser contado com quaisquer acréscimos ou em dobro, 
salvo se houver dispositivo correspondente na legislação estadual.
§ 3º - O tempo em que o servidor esteve aposentado ou em 
disponibilidade, na hipótese de reversão prevista no artigo 34 e na 
hipótese de verificação de erro da Administração, que torne insub-
sistente o ato de aposentadoria, bem como no caso de aproveita-
mento previsto no artigo 38, será contado para o efeito de nova 
aposentadoria e para o de disponibilidade, respectivamente.
§ 4º - O tempo de serviço, a que se refere o inciso II do artigo 
118 e os incisos I e IV deste artigo, será computado à vista de co-
municação de freqüência ou de certidão expedida pela autoridade 
competente.
§ 5º - É vedada a contagem cumulativa ou recíproca de tem-
po de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo, 
função ou emprego em órgão ou entidade dos Poderes da União, 
dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal, das fundações pú-
blicas, das sociedades de economia mista e das empresas públicas.
CAPÍTULO VII -
DOS BENEFÍCIOS
Art. 120 - São benefícios do servidor, além dos previstos na le-
gislação de previdência e assistência estadual:
I- aposentadoria;
II- auxílio-natalidade; 
III - salário-família;
IV- licença para tratamento de saúde;
V- licença à gestante, à adotante e paternidade;
VI- licença por acidente em serviço.
SEÇÃO I -
DA APOSENTADORIA
Art. 121 - O servidor público será aposentado:
I- por invalidez permanente com proventos integrais, quando 
motivada por acidente em serviço, moléstia profissional ou doença 
grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e, com proven-
tos proporcionais, nos demais casos;
II- compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proven-
tos proporcionais ao tempo de serviço;
III- voluntariamente.
SUBSEÇÃO I -
DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PERMANENTE
Art. 122 - Será aposentado por invalidez permanente o servidor 
que, estando em gozo de licença para tratamento de saúde ou por 
acidente em serviço, for considerado definitivamente incapacitado 
para o serviço público, por motivo de deficiência física, mental ou 
fisiológica.
Art. 123 - A aposentadoria por invalidez permanente será pre-
cedida de licença para tratamento de saúde ou por acidente em 
serviço, por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses.
Parágrafo único - A concessão da aposentadoria dependerá da 
verificação da condição de incapacidade, mediante exame médico-
-pericial a cargo de junta médica oficial do Estado e produzirá efei-
tos a partir da data da publicação do ato concessório.
Art. 124 - Em caso de doença grave que necessite de afasta-
mento compulsório, a aposentadoria por invalidez permanente 
independerá de licença para tratamento de saúde, desde que o re-
querimento seja embasado em laudo conclusivo da medicina espe-
cializada, ratificado pela junta médica oficial do Estado.
Parágrafo único - Consideram-se doenças graves que requerem 
afastamento compulsório, tuberculose ativa, hanseníase, alienação 
mental, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no servi-
ço público, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, 
doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia 
grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), 
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síndrome da deficiência imunológica adquirida (AIDS), esclerose 
múltipla, contaminação por radiação e outras que a lei indicar, com 
base na medicina especializada.
Art. 125 - A aposentadoria por invalidez permanente terá pro-
ventos integrais, quando decorrer de acidente em serviço, moléstia 
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, avaliadas por 
junta médica oficial do Estado, e, proporcionais, nos demais casos.
SUBSEÇÃO II -
DA APOSENTADORIA COMPULSÓRIA
Art. 126 - O servidor será aposentado compulsoriamente ao 
completar 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais 
ao tempo de serviço.
Parágrafo único - O servidor se afastará, imediata e obrigato-
riamente, no dia subsequente ao que completar 70 (setenta) anos 
de idade.
SUBSEÇÃO III 
DA APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA
Art. 127 - O servidor poderá ser aposentado voluntariamente:
I- aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 
(trinta), se mulher, com proventos integrais;
II- aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de ma-
gistério, se professor e aos 25 (vinte e cinco), se professora, com 
proventos integrais;
III- aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e 
cinco), se mulher, com proventos proporcionais a este tempo;
IV- aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 
60 (sessenta), se mulher, com proventos proporcionais ao tempo 
de serviço.
Parágrafo único - O tempo de serviço em atividade comum, 
exercido alternadamente com atividade enquadrada no inciso II 
deste artigo, será somado, após a respectiva conversão, segundo 
critérios de equivalência estabelecidos em regulamento, para efeito 
de aposentadoria.
SUBSEÇÃO IV -
DA APOSENTADORIA EM CARGO DE PROVIMENTO TEMPO-
RÁRIO
Art. 128 - A aposentadoria garantida pelos §§ parágrafos 4º e 
6º do artigo 42 da Constituição do Estado ao servidor da adminis-
tração direta, autárquica e fundacional, que tiver exercido exclusi-
vamente cargo de provimento temporário, no qual esteja investido, 
será concedida:
I- aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço público estadual, se 
homem, e aos 30 (trinta), se mulher, com proventos integrais;
II- aos 30 (trinta) anos de serviço público estadual, se homem, 
e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos proporcionais a 
esse tempo.
Parágrafo único - .Não se aplica o disposto neste artigo às apo-
sentadorias previstas no inciso IV do artigo anterior.
Art. 129 - Os proventos da aposentadoria em cargo de provi-
mento temporário serão fixados com base no valor do símbolo cor-
respondente ao cargo exercido pelo servidor, continuamente, nos 2 
(dois) últimos anos imediatamente anteriores à data do ato conces-
sório da aposentadoria.
Parágrafo único - Na hipótese de o servidor ter exercido mais 
de um cargo de provimento temporário de símbolos diferentes, nos 
2 (dois) últimos anos imediatamente anteriores à data do ato con-
cessório da aposentadoria, os proventos respectivos serão fixados 
de acordo com a média dovalor dos símbolos dos últimos 4 (quatro) 
anos, considerados os valores respectivos na data da aposentação.
SUBSEÇÃO V -
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE APOSENTADORIA
Art. 130 - A aposentadoria voluntária com proventos integrais 
ou proporcionais, produzirá efeitos a partir da data de publicação 
do ato concessório, ressalvada a hipótese do parágrafo único, caso 
em que seus efeitos retroagem à data do afastamento.
Parágrafo único - O servidor, após comprovado o tempo de ser-
viço, poderá se afastar das suas funções, na hipótese de aposenta-
doria com proventos integrais, se assim o requerer, computando-se 
o tempo de serviço respectivo, para todos os efeitos, até a data do 
afastamento.
Art. 131 - É vedada a percepção cumulativa de aposentadorias 
concedidas pelo poder público ou por qualquer instituição oficial 
de previdência.
§ 1º - Verificada a inobservância do disposto neste artigo, o 
pagamento da aposentadoria será suspenso, ficando o interessado 
obrigado a devolver as importâncias indevidamente recebidas, atu-
alizadas, a partir da percepção cumulativa, sem prejuízos de outras 
sanções previstas em lei.
§ 2º - O disposto neste artigo não se aplica à percepção de 
aposentadorias decorrentes da acumulação de cargos públicos, nos 
termos da Constituição Federal, ou originárias de contribuição à ins-
tituição oficial, como autônomo, ou de relação empregatícia com 
entidade não oficial, que não tenham sido computadas.
Art. 132 - Os proventos da aposentadoria em cargo de provi-
mento permanente serão fixados com base no respectivo venci-
mento, não podendo exceder o limite estabelecido no artigo 54.
§ 1º - Incluem-se, na fixação dos proventos integrais ou pro-
porcionais, as gratificações e vantagens percebidas por 5 (cinco) 
anos consecutivos ou 10 (dez) interpolados, calculados pela média 
percentual dos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores 
ao mês civil em que for protocolado o pedido de aposentadoria ou 
àquele em que for adquirido o direito à aposentação, salvo disposi-
ção prevista em legislação específica.
§ 2º - Na aposentadoria por invalidez permanente, as gratifica-
ções e vantagens incorporam-se aos proventos, independentemen-
te do tempo de percepção.
§ 3º - Os proventos da aposentadoria serão calculados com 
observância do disposto no artigo 53 e revistos nas mesmas pro-
porções e data em que se modificar a remuneração dos servidores 
ativos, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios 
ou vantagens
concedidos posteriormente aos servidores em atividade; in-
clusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do 
cargo ou função em que se deu a aposentadoria.
§ 4º - Para efeito do disposto no § 1º deste artigo, somam-se 
indistintamente os períodos de percepção:
I- do adicional de função e das gratificações pelo regime de 
tempo integral e dedicação exclusiva e por condições especiais de 
trabalho;
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II- dos adicionais de periculosidade e insalubridade e da gra-
tificação por condições especiais de trabalho, esta última quando 
concedida com o objetivo de compensar o exercício funcional nas 
condições referidas.
Art. 133 - Os proventos da aposentadoria não poderão ser infe-
riores a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade, respeitado o 
menor vencimento do Estado.
Art. 134 - O servidor que contar tempo de serviço para aposen-
tadoria com proventos integrais será aposentado:
I- com proventos correspondentes ao vencimento da classe 
imediatamente superior, se ocupante de cargo de carreira;
II- com proventos aumentados em 20% (vinte por cento), se 
ocupante de cargo isolado ou da última classe da carreira.
Parágrafo único - Somente fará jus aos benefícios previstos nes-
te artigo o servidor que, na data do ato concessório da aposentado-
ria, perceber vantagens não incorporáveis aos proventos.
Art. 135 - As vantagens da aposentadoria por mais de 30 (trin-
ta) anos de serviço, se mulher, ou 35 (trinta e cinco), se homem, 
prestados exclusivamente no serviço público estadual, abrangerão 
as do cargo de provimento temporário, se o servidor, na data do ato 
concessório da aposentadoria, neste estiver investido e contar com 
mais de 15 (quinze) anos de exercício.
SEÇÃO II 
DO AUXÍLIO
Art. 136 - O auxílio-natalidade é devido ao servidor por motivo 
de nascimento de filho, inclusive no caso de natimorto, no valor 
equivalente ao do menor nível da escala de vencimentos do servi-
dor público estadual.
§ 1º - Na hipótese de parto múltiplo, o valor será pago por nas-
cituro.
§ 2º - O benefício referido neste artigo é inacumulável quando 
os pais forem servidores públicos do Estado.
SEÇÃO III -
DO SALÁRIO
Art. 137 - O salário-família será pago aos servidores ativos e 
inativos que tiverem os seguintes dependentes:
I- filho menor de 18 (dezoito) anos;
II- filho inválido ou excepcional de qualquer idade, desde que 
devidamente comprovada sua incapacidade mediante inspeção 
médica pelo órgão competente do Estado;
III- filho estudante, desde que não exerça atividade remunera-
da, até a idade de 24 (vinte e quatro) anos;
IV- cônjuge inválido, que seja comprovadamente incapaz, me-
diante inspeção médica feita pelo órgão competente do Estado, e 
que não perceba remuneração.
Parágrafo único - Estende-se o benefício deste artigo aos entea-
dos ou tutelados e aos menores que, mediante autorização judicial, 
estejam submetidos à guarda do servidor.
Art. 138 - O salário-família corresponderá a 7% (sete por cen-
to) do menor nível da escala de vencimentos do servidor público 
estadual.
Parágrafo único - Quando se tratar de dependente inválido ou 
excepcional, o salário- família será pago em dobro.
Art. 139 - Quando pai e mãe forem servidores estaduais e vive-
rem em comum, o salário-família será pago a um deles e, quando 
separados, será pago àquele que tiver a guarda do dependente.
Art. 140 - Não será percebido o salário-família nos casos em 
que o servidor deixar de receber o respectivo vencimento ou os 
proventos.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica aos ca-
sos de suspensão, nem de licença por motivo de doença em pessoa 
da família.
Art. 141 - O salário-família relativo a cada dependente será de-
vido a partir do mês em que se comprovar o ato ou fato que lhe der 
origem e deixará de ser pago no mês seguinte ao ato ou fato que 
tiver determinado sua supressão.
Art. 142 - O salário-família não poderá sofrer qualquer descon-
to nem ser objeto de transação, consignação em folha de pagamen-
to, arresto ou penhora, não está sujeito a qualquer tributo, nem 
servirá de base para qualquer contribuição.
Art. 143 - Será suspenso o pagamento do salário-família ao ser-
vidor que, comprovadamente, descurar da subsistência e da educa-
ção dos dependentes.
§ 1º - O pagamento voltará a ser feito ao servidor se desapare-
cerem os motivos determinantes da suspensão.
§ 2º - Mediante autorização judicial, a pessoa que estiver man-
tendo filho de servidor poderá receber o salário família devido, en-
quanto durar tal situação.
Art. 144 - Em caso de acumulação de cargos, o salário família 
será pago em razão de um deles.
SEÇÃO IV -
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 145 - Será concedida ao servidor licença para tratamento 
de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem 
prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Parágrafo único - Findo o prazo estipulado no laudo médico, o 
servidor deverá reassumir imediatamente o exercício, salvo prorro-
gação pleiteada antes da conclusão da licença.
Art. 146 - Para licença até 15 (quinze) dias, a inspeção poderá 
ser feita por médico do Sistema Unificado de Saúde ou do setor de 
assistência médica estadual e, por prazo superior, por junta médica 
oficial.
§ 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada 
na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde 
ele se encontrar internado.
§ 2º - Inexistindo médico oficial no local onde se encontrar o 
servidor,será aceito atestado fornecido por médico particular.
Art. 147 - O servidor não poderá permanecer de licença para 
tratamento de saúde por mais de 24 (vinte e quatro) meses con-
secutivos ou interpolados se, entre as licenças, medear um espaço 
não superior a 60 (sessenta) dias, salvo se a interrupção decorrer 
apenas das licenças à gestante, à adotante e da licença-paternida-
de.
Art. 148 - Decorrido o prazo estabelecido no artigo anterior, o 
servidor será submetido a nova inspeção médica e, se for conside-
rado física ou mentalmente inapto para o exercício das funções do 
seu cargo, será readaptado ou aposentado conforme o caso.
Art. 149 - Contar-se-á como de prorrogação o período compre-
endido entre o dia do término da licença e o do conhecimento, pelo 
interessado, do resultado de nova inspeção a que for
submetido, se julgado apto para reassumir o exercício de suas 
funções ou ser readaptado.
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Art. 150 - O servidor será licenciado compulsoriamente, quan-
do se verificar que é portador de uma das moléstias enumeradas no 
artigo 124 e que seu estado se tornou incompatível com o exercício 
das funções do cargo.
Parágrafo único - Verificada a cura clínica, o servidor voltará à 
atividade, ainda quando, a juízo de médico oficial, deva continuar o 
tratamento, desde que as funções sejam compatíveis com as suas 
condições orgânicas.
Art. 151 - Para efeito da concessão de licença de ofício, o servi-
dor é obrigado a submeter-se à inspeção médica determinada pela 
autoridade competente para licenciar.
Parágrafo único - No caso de recusa injustificada, sujeitar-se-á 
à pena prevista em lei, considerando-se de ausência ao serviço os 
dias que excederem a essa penalidade, para fins de processo por 
abandono de cargo.
Art. 152 - O servidor poderá desistir da licença desde que, me-
diante inspeção médica a seu pedido, seja julgado apto para o exer-
cício.
Art. 153 - A licença para tratamento de saúde será concedida 
sem prejuízo da remuneração, sendo vedado ao servidor o exercício 
de qualquer atividade remunerada, sob pena de cassação da licen-
ça, sem prejuízo da apuração da sua responsabilidade funcional.
SECÃO V -
DA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E DA LICENÇA
Art. 154 - À servidora gestante será concedida, mediante ates-
tado médico, licença por 180 (cento e oitenta) dias consecutivos.
§ 1º - A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês 
de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
§ 2º - No caso de nascimento prematuro, a licença terá início 
na data do parto.
§ 3º - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do even-
to, a servidora será submetida a exame medico e, se julgada apta, 
reassumirá o exercício.
§ 4º - No caso de aborto não criminoso, atestado por médico 
oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso.
Art. 155 - Pelo nascimento ou adoção de filho, o servidor terá 
direito à licença- paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.
Art. 156 - Para amamentar o próprio filho, até a idade de 6 
(seis) meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de 
trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em 2 
(dois) períodos de meia hora.
Art. 157 - À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de 
criança de até 01 (um) ano de idade, serão concedidos 180 (cento 
e oitenta) dias de licença, para ajustamento do menor, a contar da 
data em que este chegar ao novo lar.
Parágrafo único - No caso de adoção ou guarda judicial de 
criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este 
artigo será de 30 (trinta) dias.
Art. 158 - As licenças de que tratam esta Seção serão concedi-
das sem prejuízo da remuneração. serviço.
SEÇÃO VI
DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO
Art. 159 - Será licenciado, com remuneração integral, o servi-
dor acidentado em
Art. 160 - Configura acidente em serviço o dano físico ou men-
tal sofrido pelo servidor e que se relacione, mediata ou imediata-
mente, com as atribuições do cargo exercido
Art. 161 - Equipara-se a acidente em serviço, para efeitos desta 
lei:
I- o fato ligado ao serviço que, embora não tenha sido a causa 
única, haja contribuído diretamente para a morte do servidor, para 
redução ou perda da sua capacidade para o serviço ou produzido 
lesão que exija atenção médica na sua recuperação;
II- o dano sofrido pelo servidor no local e no horário do serviço, 
em conseqüência de:
a)ato de agressão ou sabotagem praticado por terceiro ou por 
outro servidor;
b)ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de 
disputa relacionado com o serviço e que não constitua falta discipli-
nar do servidor beneficiário;
c)ato de imprudência, negligência ou imperícia de terceiro ou 
de outro servidor;
d) desabamento, inundação, incêndio e casos fortuitos ou 
decorrentes de força maior.
III- a doença proveniente de contaminação acidental do servi-
dor no exercício de sua atividade;
IV- o dano sofrido em viagem a serviço da administração, inde-
pendentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo 
de propriedade do servidor, desde que autorizado pela sua chefia 
imediata.
Parágrafo único - Não é considerada a gravação ou complicação 
de acidente em serviço a lesão que, resultante de acidente de outra 
origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior.
Art. 162 - O servidor acidentado em serviço que necessite de 
tratamento especializado, recomendado por junta médica oficial, 
poderá ser atendido por instituição privada, á conta de recursos do 
Tesouro, desde que inexistam meios adequados ao atendimento 
por instituição pública.
CAPÍTULO VIII -
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 163 - É assegurado ao servidor o direito de requerer ou 
representar, pedir, reconsideração e recorrer.
Art. 164 - O requerimento será dirigido à autoridade compe-
tente.
Art. 165 - Cabe pedido de reconsideração à autoridade que 
houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não poden-
do ser renovado.
Parágrafo único - O requerimento e o pedido de reconsideração 
deverão ser decididos no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 166 - Caberá recurso se o pedido de reconsideração for 
indeferido ou não decidido.
Parágrafo único - O recurso será dirigido à autoridade imedia-
tamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão 
e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades, 
considerado o chefe do Poder ou o dirigente máximo da entidade, 
a instância final.
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Art. 167 - O prazo para a interposição do pedido de reconside-
ração ou do recurso é de 30 (trinta dias), a contar da publicação ou 
da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.
Art. 168 - O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, 
a juízo da autoridade competente, em despacho fundamentado.
Parágrafo único - Em caso de provimento do pedido de recon-
sideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do 
ato impugnado.
Art. 169 - O direito de requerer prescreve em 5 (cinco) anos, 
quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou 
de disponibilidade ou que afetem interesse patrimonial e créditos 
resultantes da relação funcional.
Parágrafo único - O prazo de prescrição será contado da data da 
publicação do ato impugnado ou da ciência, pelo servidor, quando 
não for publicado.
Art. 170 - O pedido de reconsideração e o recurso, quando ca-
bíveis, suspendem a prescrição, recomeçando a correr, pelo restan-
te, no dia em que cessar a causa da suspensão.
Art. 171 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser 
relevada pela administração.
Art. 172 - Para o exercício do direito de petição, é assegurada 
vista do processo ou documento na repartição do servidor, ressalva-
do o disposto na Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994.
Art. 173 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos 
neste capítulo, salvo quando o servidor provar evento imprevisto, 
alheioà sua vontade, que o impediu de exercer o direito de petição.
Art. 174 - A administração deverá rever seus atos a qualquer 
tempo, quando eivados de ilegalidade.
TÍTULO IV -
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I -
DOS DEVERES
Art. 175 - São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir;
III- observar as normas legais e regulamentares;
IV- cumprir as ordens superiores, exceto quando manifesta-
mente ilegais; V - atender com presteza:
a)ao público em geral, prestando as informações requeridas, 
ressalvadas as protegidas por sigilo;
b)aos requerimentos de certidão para defesa de direito ou es-
clarecimento de situações de interesse pessoal;
c)às requisições para a defesa da Fazenda Pública e do Estado.
VI- levar ao conhecimento da autoridade superior as irregulari-
dades de que tiver ciência em razão do cargo;
VII- zelar pela economia de material e pela conservação do pa-
trimônio público;
VIII- guardar sigilo sobre assuntos de natureza confidencial a 
que esteja obrigado em razão do cargo;
IX- manter conduta compatível com a moralidade administra-
tiva;
X- ser assíduo e pontual ao serviço, inclusive comparecendo à 
repartição em horário extraordinário, quando convocado;
XI- tratar com urbanidade as pessoas;
XII- representar contra ilegalidade ou abuso de poder.
Parágrafo único - A representação de que trata o inciso XII será 
encaminhada pela via hierárquica e obrigatoriamente apreciada 
pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegu-
rando-se ao representado o direito de defesa.
CAPÍTULO II -
DAS PROIBIÇÕES
Art. 176 - Ao servidor é proibido:
I- ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia au-
torização do chefe imediato;
II- retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, 
qualquer documento ou objeto da repartição;
III- recusar fé a documento público;
IV- opor resistência injustificada à tramitação de processo ou 
exceção do serviço;
V- promover manifestação de apoio ou desapreço, no recinto 
da repartição;
VI- referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autori-
dades públicas ou aos atos do poder público, mediante manifesta-
ção escrita ou oral, podendo, porém, criticar ato do poder público, 
do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em tra-
balho assinado;
VII- cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos pre-
vistos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua respon-
sabilidade ou da de seu subordinado;
VIII- constranger outro servidor no sentido de filiação a associa-
ção profissional ou sindical, ou a partido político;
IX- manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou 
parente até segundo grau civil;
X- valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, 
em detrimento da dignidade da função pública;
XI- transacionar com o Estado, quando participar de gerência 
ou administração de empresa privada, de sociedade civil, ou exer-
cer comércio;
XII- atuar, como procurador ou intermediário, junto a repar-
tições públicas, salvo quando se tratar de percepção de remune-
ração, benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até 
segundo grau e de cônjuge ou companheiro;
XIII- receber propina, comissão, presente ou vantagem de qual-
quer espécie, em razão de suas atribuições;
XIV- aceitar representação, comissão, emprego ou pensão de 
Estado estrangeiro, sem licença da autoridade competente;
XV- praticar usura sobre qualquer de suas formas; XVI - proce-
der de forma desidiosa;
XVII- utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em 
serviços ou atividades particulares;
XVIII- cometer a outro servidor atribuições estranhas às do car-
go que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;
XIX- exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com 
as atribuições do cargo ou função e com o horário de trabalho.
CAPÍTULO III -
DA ACUMULAÇÃO
Art. 177 - É vedada a acumulação, remunerada ou não, de car-
gos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários:
a)de dois cargos de professor;
b)de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c)de dois cargos de médico.
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§ 1º - A proibição de acumular estende-se a cargos, funções e 
empregos em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, 
sociedades de economia mista da União, dos Estados, dos Municí-
pios e do Distrito Federal.
§ 2º - A compatibilidade de horários consiste na conciliação 
entre horários de trabalhos correspondentes a mais de um víncu-
lo funcional e definidos ao servidor em razão das necessidades de 
serviço, considerados os intervalos indispensáveis à locomoção, às 
refeições e ao repouso.
Art. 178 - Entende-se para efeito do artigo anterior:
I- Cargo de professor - aquele que tem como atribuição princi-
pal e permanente atividades estritamente docentes, compreenden-
do a preparação e ministração de aulas, a orientação, supervisão e 
administração escolares em qualquer grau de ensino;
II- Cargo Técnico ou Científico:
a)de provimento efetivo: aquele para cujo exercício seja exigida 
habilitação de nível superior ou profissionalizante de nível médio;
b)de provimento em comissão: aquele com atribuições de dire-
ção, coordenação ou assessoramento.
§ 1º - A denominação atribuída ao cargo é insuficiente para ca-
racterizá-lo como técnico ou científico.
§ 2º - A simples qualificação pessoal do servidor, desde que não 
diretamente relacionada à natureza do cargo, função ou emprego 
efetivamente exercido, não será considerada para fins de acumu-
lação.
Art. 179 - O servidor em regime de acumulação, quando inves-
tido em cargo de provimento temporário, ficará afastado de um dos 
cargos efetivos, se houver compatibilidade de horários.
Parágrafo único - Havendo incompatibilidade de horários, o 
afastamento ocorrerá em ambos os cargos efetivos, podendo o ser-
vidor optar apenas pela percepção da remuneração de um dos car-
gos permanentes, mais uma gratificação nos termos do artigo 78.
Art. 180 - Os proventos da inatividade não serão considerados 
para efeito de acumulação de cargos, funções e empregos públicos.
CAPÍTULO IV -
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 181 - O servidor responde civil, penal e administrativamen-
te pelo exercício irregular de suas atribuições.
Art. 182 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou 
comissivo; doloso ou culposo, que resulte em prejuízo do Erário ou 
de terceiros.
§ 1º - A indenização de prejuízo causado ao erário somente 
será liquidada na forma prevista no artigo 58, quando inexistirem 
outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.
§ 2º - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o 
servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
§ 3º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucesso-
res e contra eles será executada até o limite do valor da herança 
recebida.
Art. 183 - A responsabilidade penal abrange crimes e contra-
venções imputados ao servidor, nessa qualidade.
Art. 184 - A responsabilidade administrativa resulta de ato 
omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou fun-
ção.
Art. 185 - As responsabilidades civil, penal e administrativa po-
derão cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 186 - A responsabilidade civil ou administrativa do servidor 
será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência 
do fato ou a sua autoria.
CAPÍTULO V -
DAS PENALIDADES
Art. 187 - São penalidades disciplinares: 
I - advertência;
II - suspensão; 
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
Art. 188 - Na aplicação das penalidades, serão consideradas a 
natureza e a gravidade da infração cometida, os antecedentes fun-
cionais, os danos que dela provierem para o serviço público e as 
circunstâncias agravantes ou atenuantes.
Art. 189 - A advertência será aplicada, por escrito, nos casos de 
violação de proibição e de inobservância de dever funcional pre-
vistos em lei,regulamento ou norma interna, que não justifiquem 
imposição de penalidade mais grave.
Art. 190 - A suspensão será aplicada em caso de reincidência 
em faltas punidas com advertência e de violação das demais proibi-
ções que não tipifiquem infração sujeita a demissão, não podendo 
exceder de 90 (noventa) dias.
Parágrafo único - Será punido com suspensão de até 15 (quinze) 
dias o servidor que, injustificadamente, se recusar a ser submetido 
a inspeção médica determinada pela autoridade competente, ces-
sando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
Art. 191 - As penalidades de advertência e de suspensão terão 
seus registros cancelados, após o decurso de 2 (dois) e 4 (quatro) 
anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não hou-
ver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo único - O cancelamento da penalidade não produzirá 
efeitos retroativos. Art. 192 - A demissão será aplicada nos seguin-
tes casos:
I - crime contra a administração pública; 
II - abandono de cargo;
III- inassiduidade habitual;
IV- improbidade administrativa;
V- incontinência pública e conduta escandalosa; 
VI - insubordinação grave no serviço;
VII- ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo 
em legítima defesa própria ou de outrem;
VIII- aplicação irregular de dinheiro público;
IX- revelação de segredo apropriado em razão do cargo; 
X - lesão ao Erário e dilapidação do patrimônio público;
XI- acumulação ilegal de cargos, funções ou empregos públicos;
XII- transgressão das proibições previstas nos incisos X a XVII 
do artigo 176.
Art. 193 - Apurada em processo disciplinar a acumulação proi-
bida e provada a boa-fé, o servidor optará por um dos cargos, e ha-
vendo má-fé, perderá também o cargo que exercia há mais tempo, 
com restituição do que tiver percebido indevidamente.
Parágrafo único - Sendo um dos cargos, emprego ou função 
exercido em outro órgão ou entidade, a demissão ser-lhe-á comu-
nicada.
Art. 194 - Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade 
do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a 
demissão.
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Art. 195 - A demissão de cargo de provimento temporário exer-
cido por não ocupante de cargo de provimento permanente poderá 
ser aplicada nos casos de infração sujeita, também, a suspensão.
Parágrafo único - Ocorrida a exoneração de que trata o arti-
go 47, o ato será convertido em demissão de cargo de provimento 
temporário nas hipóteses previstas no artigo 192 e no caput deste.
Art. 196 - A demissão de cargo nos casos dos incisos IV, VIII e X 
do art. 192 implica indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao 
erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 197 - A demissão do cargo por infringência das proibições 
prevista nos incisos X e XII do artigo 176, incompatibiliza o ex-ser-
vidor para nova investidura em cargo público estadual, pelo prazo 
mínimo de 5 (cinco) anos.
Parágrafo único - Não poderá retornar ao serviço público es-
tadual o servidor que for demitido do cargo por infringência dos 
incisos I, IV, VIII, X e XII do artigo 192, hipóteses em que o ato de 
demissão conterá a nota “a bem do serviço público”.
Art. 198 - Configura abandono de cargo a ausência intencional 
do servidor ao serviço, por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.
Art. 199 - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao ser-
viço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias, interpoladamen-
te, durante o período de 12 (doze) meses.
Art. 200 - O ato de imposição da penalidade mencionará sem-
pre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.
Art. 201 - Deverão constar dos assentamentos individuais do 
servidor as penas que lhe forem impostas.
Art. 202 - As penalidades serão aplicadas, salvo o disposto em 
legislação especial:
I- pelo Governador do Estado, pelos Presidentes dos Órgãos 
do Poder Legislativo e dos Tribunais Estaduais, pelo Procurador Ge-
ral da Justiça e pelo dirigente superior de autarquia ou fundação, 
quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou dis-
ponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão ou 
entidade;
II- pelas autoridades administrativas de hierarquia imediata-
mente inferior àquelas mencionadas no inciso I, quando se tratar 
de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III- pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos 
respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência 
ou suspensão de até 30 (trinta) dias;
IV- pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se 
tratar de destituição de cargo de provimento temporário.
Art. 203 - A ação disciplinar prescreverá:
I- em 5 (cinco) anos, quanto às inflações puníveis com demis-
são, cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
II- em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; conhecido.
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
§ 1º - O prazo de prescrição começa a correr na data em que o 
fato se tornou
§ 2º - Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se 
às infrações disciplinares capituladas também como crime.
§ 3º - A abertura de sindicância ou a instauração do processo 
disciplinar interrompe a prescrição até a decisão final proferida por 
autoridade competente.
TÍTULO V -
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR.
CAPÍTULO I -
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 204 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no 
serviço público é obrigada a promover a sua imediata apuração, 
mediante sindicância ou processo disciplinar.
Art. 205 - A sindicância, de rito sumário, será instaurada para 
apurar a existência de fatos irregulares e determinar os responsáveis.
§ 1º - A comissão sindicante será composta de 3 (três) mem-
bros, que poderão ser dispensados de suas atribuições normais, até 
a apresentação do relatório final.
§ 2º - Não poderá participar da comissão sindicante servidor 
que não seja estável, como também cônjuge, companheiro, paren-
te consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro 
grau, do sindicado e do denunciante, se houver.
§ 3º - A comissão sindicante terá o prazo de 30 (trinta) dias úteis 
para concluir o encargo, podendo ser prorrogado por até igual período.
Art. 206 - Da sindicância poderá resultar o seguinte:
I- arquivamento do processo, quando não for apurada irregu-
laridade; 
II - instauração de processo disciplinar.
§ 1º - Concluindo a comissão sindicante pela existência de fato 
sujeito à pena de advertência e suspensão de até 30 (trinta) dias, 
determinará a citação do sindicado para apresentar defesa, arrolar 
até 3 (três) testemunhas e requerer produção de outras provas, no 
prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, a comissão sindicante 
concluirá os trabalhos no prazo de 15 (quinze) dias, que poderá ser 
prorrogado por mais 10 (dez).
§ 3º - Da punição cabe pedido de reconsideração ou recurso, 
na forma desta lei.
Art. 207 - Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a 
imposição de penalidade de suspensão por mais de trinta dias, de-
missão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade, será obri-
gatória a instauração de processo disciplinar.
CAPÍTULO II -
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
Art. 208 - A autoridade instauradora do processo disciplinar, 
de ofício ou mediante solicitação do presidente da comissão pro-
cessante, poderá ordenar o afastamento do servidor acusado, pelo 
prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo de remuneração, a fim 
de que o mesmo não venha a influir na apuração dos fatos.
Parágrafo único - O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, 
findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.
CAPÍTULO III -
DO PROCESSO DISCIPLINAR
Art. 209 - O processo disciplinar destina-se a apurar respon-
sabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas 
funções ou relacionada com as atribuições do seu cargo.
Art. 210 - O processo disciplinar será conduzido por uma co-
missão composta de 3 (três) servidores estáveis,de hierarquia igual, 
equivalente ou superior à do acusado, designados pela autoridade 
competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente.
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§ 1º - A comissão terá um secretário designado pelo seu pre-
sidente.
§ 2º - Não poderá participar de comissão processante cônjuge, 
companheiro, parente consangüíneo ou afim, em linha reta ou cola-
teral, até o terceiro grau, do acusado e do denunciante.
Art. 211 - A comissão processante exercerá suas atividades com 
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à 
elucidação do fato ou exigido pelo interesse público.
Art. 212 - O servidor poderá fazer parte, simultaneamente, de 
mais de uma comissão, podendo esta ser incumbida de mais de um 
processo disciplinar.
Art. 213 - Os membros da comissão e o servidor designado para 
secretariá-la não poderão atuar no processo, como testemunha.
Art. 214 - A comissão somente poderá deliberar com a presen-
ça de todos os seus membros.
Parágrafo único - Na ausência, sem motivo justificado, por mais 
de duas sessões, de qualquer dos membros da comissão ou de seu 
secretário, será procedida, de imediato, a substituição do faltoso, 
sem prejuízo da apuração de sua responsabilidade por descumpri-
mento do dever funcional.
Art. 215 - O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes 
fases:
 I - instauração, com publicação da portaria;
II- citação, defesa inicial, instrução, defesa final e relatório; III 
- julgamento.
Parágrafo único - A portaria designará a comissão processante, 
descreverá sumariamente os fatos imputados ao servidor e indicará 
o dispositivo legal violado.
Art. 216 - O processo administrativo disciplinar deverá ser ini-
ciado no prazo de 5 (cinco) dias, contados da data de sua instau-
ração e concluído em prazo não excedente a 60 (sessenta) dias, 
admitida a prorrogação por igual prazo, em face de circunstâncias 
excepcionais.
Parágrafo único - Os membros da comissão deverão dedicar o 
tempo necessário aos seus trabalhos, podendo ficar dispensados 
do serviço de sua repartição, durante a realização do processo.
SEÇÃO I -
DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS
Art. 217 - O presidente da comissão, após nomear o secretário, 
determinará a autuação da portaria e das demais peças existentes 
e instalará os trabalhos, designando dia, hora e local para as reuni-
ões e ordenará a citação do acusado para apresentar defesa inicial 
e indicar provas, inclusive rol de testemunhas até o máximo de 5 
(cinco).
Art. 218 - Os termos serão lavrados pelo secretário da comissão 
e terão forma processual e resumida.
§ 1º - A juntada de qualquer documento aos autos será feita 
por ordem cronológica de apresentação, devendo o presidente ru-
bricar todas as folhas.
§ 2º - Constará dos autos do processo a folha de antecedentes 
funcionais do acusado.
§ 3º - As reuniões da comissão serão registradas em atas cir-
cunstanciadas.
§ 4º - Todos os atos, documentos e termos do processo serão 
extraídos em duas vias ou produzidos em cópias autenticadas, for-
mando autos suplementares.
Art. 219 - A citação do acusado será feita pessoalmente ou por 
edital.
§ 1º - A citação pessoal será feita, preferencialmente, pelo se-
cretário da comissão, apresentando ao destinatário o instrumento 
correspondente em duas vias, o qual conterá a descrição resumida 
da imputação, o local de reuniões da comissão, com a assinatura do 
presidente, e o prazo para a defesa.
§ 2º - O compadecimento voluntário do acusado perante a co-
missão supre a citação.
§ 3º - Quando o acusado se encontrar em lugar incerto ou não 
sabido ou quando houver fundada suspeita de ocultação para frus-
trar a diligência, a citação será feita por edital.
§ 4º - O edital será publicado, por uma vez, no Diário Oficial e 
em jornal de grande circulação da localidade do último domicílio 
conhecido, onde houver.
§ 5º - Recusando-se o acusado a receber a citação, deverá o 
fato ser certificado à vista de 2 (duas) testemunhas.
SEÇÃO II -
DA INSTRUÇÃO
Art. 220 - A instrução será contraditória, assegurando-se ao 
acusado ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Art. 221 - Os autos da sindicância integrarão o processo discipli-
nar como peça informativa.
Art. 222 - A comissão promoverá o interrogatório do acusado, 
a tomada de depoimentos, acareações e a produção de outras pro-
vas, inclusive a pericial, se necessária.
§ 1º - No caso de mais de um acusado, cada um será ouvido 
separadamente, podendo ser promovida acareação, sempre que 
divergirem em suas declarações.
§ 2º - A designação dos peritos recairá em servidores com ca-
pacidade técnica especializada, e, na falta deles, em pessoas estra-
nhas ao serviço público estadual, assegurada ao acusado a faculda-
de de formular quesitos.
§ 3º - O presidente da comissão poderá indeferir pedidos con-
siderados impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum 
interesse para o esclarecimento dos fatos.
Art. 223 - A defesa do acusado será promovida por advogado 
por ele constituído ou por defensor público ou dativo.
§ 1º - Caso o defensor do acusado, regularmente intimado, não 
compareça sem motivo justificado, o presidente da comissão desig-
nará defensor, ainda que somente para o ato.
§ 2º - A designação de defensor público e a nomeação de de-
fensor dativo far-se-á decorrido o prazo para a defesa, se for o caso.
§ 3º - Nenhum ato da instrução poderá ser praticado sem a 
prévia intimação do acusado e de seu defensor.
Art. 224 - Em qualquer fase do processo poderá ser juntado 
documento aos autos, antes do relatório.
Art. 225 - As testemunhas serão intimadas através de ato ex-
pedido pelo presidente da comissão, devendo a segunda via, com o 
ciente deles, ser anexada aos autos.
§ 1º - Se a testemunha for servidor, a intimação poderá ser feita 
mediante requisição ao chefe da repartição onde serve, com indica-
ção do dia e hora marcados para a audiência.
§ 2º - Se as testemunhas arroladas pela defesa não forem en-
contradas e o acusado, intimado para tanto, não fizer a substituição 
dentro do prazo de 3 (três) dias úteis, prosseguir-se-á nos demais 
termos do processo.
Art. 226 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a 
termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.
§ 1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente.
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9898
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§ 2º - Antes de depor, a testemunha será qualificada, não sendo 
compromissada em caso de amizade íntima ou inimizade capital ou 
parentesco com o acusado ou denunciante, em linha reta ou cola-
teral até o terceiro grau.
Art. 227 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do 
acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele seja 
submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe, pelo 
menos, um médico psiquiatra.
Parágrafo único - O incidente de insanidade mental será pro-
cessado em autos apartados e apensos ao processo principal, fican-
do este sobrestado até a apresentação do laudo, sem prejuízo da 
realização de diligências imprescindíveis.
Art. 228 - O acusado que mudar de residência fica obrigado a 
comunicar à comissão o local onde será encontrado.
Art. 229 - Compete à comissão tomar conhecimento de novas 
imputações que surgirem, durante o curso do processo, contra o 
acusado, caso em que este poderá produzir novas provas objetivan-
do sua defesa.
Art. 230 - Ultimada a instrução, intimar-se-á o acusado, através 
de seu defensor, para apresentar defesa final no prazo de 10 (dez) 
dias, assegurando-se-lhe vista do processo.
Parágrafo único - Havendo dois ou mais acusados, o prazo será 
comum de 20 (vinte) dias, correndo na repartição.
Art. 231 - Considerar-se-á revel o acusado que, regularmente 
citado, não apresentar defesa no prazo legal.
Art. 232 - Apresentada a defesa final, a comissão elaborará re-
latório minucioso, no qual resumirá as peças principais dos autos e 
mencionará as provas em que se basear para formara sua convic-
ção e será conclusivo quanto à inocência ou responsabilidade do 
servidor, indicando o dispositivo legal transgredido, bem como as 
circunstâncias mencionadas no artigo 188.
§ 1º - A comissão apreciará separadamente, as irregularidades 
que forem imputadas a cada acusado.
§ 2º - A comissão deverá sugerir providências para evitar re-
produção de fatos semelhantes aos que originaram o processo e 
quaisquer outras que lhe pareçam de interesse público.
Art. 233 - O processo disciplinar, com o relatório da comissão 
e após o pronunciamento da Procuradoria Geral do Estado ou do 
órgão jurídico competente, será remetido à autoridade que deter-
minou a instrução, para julgamento.
Art. 234 - É causa de nulidade do processo disciplinar:
I- incompetência da autoridade que o instaurou;
II- suspeição e impedimento dos membros da comissão; 
III - a falta dos seguintes termos ou atos:
a)citação, intimação ou notificação, na forma desta lei;
b)prazos para a defesa;
c)recusa injustificada de promover a realização de perícias ou 
quaisquer outras diligências imprescindíveis a apuração da verda-
de;
IV - inobservância de formalidade essencial a termos ou atos 
processuais.
Parágrafo único - Nenhuma nulidade será declarada se não re-
sultar prejuízo para a defesa, por irregularidade que não compro-
meta a apuração da verdade e em favor de quem lhe tenha dado 
causa.
SEÇÃO III -
DO JULGAMENTO
Art. 235 - No prazo de 60 (sessenta) dias, contados do recebi-
mento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.
§ 1º - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autori-
dade instauradora do processo, este será encaminhado à autorida-
de competente, que decidirá em igual prazo.
§ 2º - Havendo mais de um acusado e diversidade de sanções, 
o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição de 
pena mais grave.
Art. 236 - A autoridade julgadora poderá, motivadamente, 
agravar a penalidade proposta, abrandá-la, ou isentar o servidor de 
responsabilidade.
Art. 237 - Verificada a existência de vício insanável, a autori-
dade julgadora declarará a nulidade total ou parcial do processo, 
devendo outro ser instaurado.
Parágrafo único - A autoridade julgadora que der causa à pres-
crição de que trata o artigo 203, § 2º, será responsabilizada na for-
ma do Capítulo V, do Título IV, desta lei.
Art. 238 - Extinta a punibilidade, a autoridade julgadora deter-
minará o registro dos fatos nos assentamentos individuais do ser-
vidor.
Art. 239 - Quando a infração estiver capitulada como crime, 
os autos suplementares do processo disciplinar serão remetidos ao 
Ministério Público.
Art. 240 - O servidor que responde a processo disciplinar só po-
derá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após 
a sua conclusão e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
Parágrafo único - Ocorrida a exoneração de que trata o artigo 
46, o ato será convertido em demissão, se for ocaso.
Art. 241 - Apresentado o relatório, a comissão processante fica-
rá automaticamente dissolvida, podendo ser convocada para pres-
tação de esclarecimento ou realização de diligência, se assim achar 
conveniente a autoridade julgadora.
SEÇÃO IV -
DA REVISÃO DO PROCESSO
Art. 242 - O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer 
tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou 
circunstâncias não apreciadas, suscetíveis a justificar a inocência do 
punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento 
do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão 
do processo.
§ 2º - No caso da incapacidade mental do servidor, a revisão 
será requerida pelo seu curador.
revisão.
Art. 243 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao re-
querente.
Art. 244 - A alegação de injustiça da penalidade não constitui 
fundamento para a
Art. 245 - O pedido de revisão será dirigido ao Secretário de Es-
tado ou a autoridade equivalente que, se autorizá-la, o encaminha-
rá ao dirigente do órgão de onde se originou o processo disciplinar.
Parágrafo único - Recebida a petição, o dirigente do órgão pro-
videnciará a constituição de comissão revisora, na forma prevista 
no artigo 210.
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Art. 246 - Os autos da revisão serão apensados aos do processo 
originário.
Parágrafo único - Na petição inicial, o requerente pedirá dia e 
hora para a produção de provas e inquirição das testemunhas que 
arrolar.
Art. 247 - A comissão revisora terá até 60 (sessenta) dias para a 
conclusão dos trabalhos, prorrogáveis por mais 60 (sessenta), quan-
do as circunstâncias assim o exigirem.
Art. 248 - Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no 
que couber, as normas relativas ao processo disciplinar.
Art. 249 - O julgamento caberá à autoridade que aplicou a pe-
nalidade.
Parágrafo único - O prazo para julgamento será de até 60 (ses-
senta) dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual 
a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
Art. 250 - Julgada procedente a revisão, inocentado o servidor, 
será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se 
todos os seus direitos, exceto em relação à demissão de cargo de 
provimento temporário que será convertida em exoneração.
Parágrafo único - Da revisão do processo não poderá resultar 
agravamento da penalidade. Penal.
Art. 251 - Aplica-se subsidiariamente ao processo disciplinar o 
Código de Processo
TÍTULO VI -
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERES-
SE PÚBLICO
Art. 252 - Para atender a necessidades temporárias de excep-
cional interesse público, poderá haver contratação de pessoal, por 
tempo determinado e sob regime de direito administrativo.
Art. 253 - Consideram-se como de necessidade temporária de 
excepcional interesse público as contratações que visem a:
I- combater surtos epidêmicos;
II- realizar recenseamentos e pesquisas, inadiáveis e imprescin-
díveis; III - atender a situações de calamidade pública;
IV- substituir professor ou admitir professor visitante, inclusive 
estrangeiro;
V- atender a serviços cuja natureza ou transitoriedade justifi-
quem a pré-determinação do prazo;
VI- atender às necessidades do regular funcionamento das uni-
dades escolares estaduais, enquanto não houver candidatos apro-
vados em concurso, em número suficiente para atender à demanda 
mínima e nos casos de substituição decorrentes de licença prêmio, 
licença maternidade ou licença médica dos ocupantes de cargos de 
magistério público estadual de ensino fundamental e médio.
VII? Atender as funções públicas de interesse social, através de 
exercício supervisionado, na condição de treinandos de nível técni-
co ou superior;
VIII- atender a outras situações de urgência definidas em lei.
§ 1º - As contratações de que trata este artigo terão dotação 
orçamentária específica e não poderão ultrapassar o prazo de 24 
(vinte e quatro) meses, admitida uma única prorrogação, por igual 
período, podendo ser subdividido em etapas compatíveis com a ne-
cessidade do serviço a ser executado, exceto na hipótese prevista 
no inciso VII deste artigo, cujo exercício será ininterrupto, com pra-
zo não superior a doze meses, prorrogável por igual período.
§ 2º - O recrutamento será feito mediante o processo seletivo 
simplificado, segundo critérios definidos em regulamentos, exceto 
nas hipóteses previstas nos incisos I, III, VI e VIII.
§ 3º - Poderá ser efetuada a recontratação de pessoa admitida 
na forma deste artigo, desde que o somatório das etapas de contra-
tação não ultrapasse o prazo de 48 (quarenta e oito) meses.
Art. 254 - É nulo de pleno direito o desvio de função da pessoa 
contratada, na forma deste título, sem prejuízo das sanções civil, 
administrativas e penal da autoridade responsável.
Art. 255 - Nas contratações por tempo determinado, serão ob-
servados os padrões de vencimento dos planos de carreira do órgão 
ou da entidade contratante.
TÍTULO VII -
DAS DISPOSIÇÕESGERAIS
Art. 256 - O Dia do Servidor Público estadual será comemorado 
em 28 de outubro.
Art. 257 - Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes do 
Estado, além dos previstos nos respectivos planos de carreira, os 
seguintes incentivos funcionais:
I- prêmios pela apresentação de inventos, trabalhos ou idéias 
que impliquem efetivo aumento da produtividade, aprimoramento 
da formação profissional, bem como redução dos custos operacio-
nais;
II- concessão de medalhas, diplomas honoríficos, condecora-
ções e elogios.
Art. 258 - Para fins de revisão dos valores de vencimentos e 
proventos dos servidores públicos estaduais, ativos e inativos, é fi-
xada em 1º de janeiro de cada ano a correspondente data-base.
Art. 259 - Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias 
corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do venci-
mento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o pra-
zo vencido em dia em que não haja expediente.
§ 1º - Os prazos são contados a partir do primeiro dia útil após 
a intimação.
§ 2º - A intimação feita em dia sem expediente considerar-se-á 
realizada no primeiro dia útil seguinte.
Art. 260 - Por motivo de crença religiosa ou de convicção políti-
ca ou filosófica, nenhum servidor poderá ser privado de seus direi-
tos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do 
cumprimento de seus deveres.
Art. 261 - São assegurados ao servidor público os direitos de 
associação profissional ou sindical e o de greve. lei.
Parágrafo único - O direito de greve será exercido nos termos e 
limites definidos em
Art. 262 - Para os fins desta Lei, considera-se sede o município 
onde a repartição estiver instalada e o servidor tiver exercício em 
caráter constante.
TÍTULO VIII -
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 263 - Ficam submetidos ao regime jurídico desta Lei, os 
atuais servidores dos Poderes do Estado, das suas autarquias e fun-
dações, regidos pela Lei nº 2.323, de 11 de abril de 1966, bem como 
os regidos pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (Conso-
lidação das Leis do Trabalho), exceto os servidores contratados por 
prazo determinado, cujos contratos não poderão ser prorrogados 
após o vencimento dos respectivos prazos.
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§ 1º - Os servidores contratados anteriormente à promulgação 
da Constituição Federal, que não tenham sido admitidos na forma 
regulada em seu artigo 37, são considerados estáveis no serviço pú-
blico, excetuados os ocupantes de cargos, funções e empregos de 
confiança ou em comissão, declarados, em lei, de livre exoneração.
§ 2º - Os empregos ocupados pelos servidores vinculados por 
esta Lei ao regime estatutário ficam transformados em cargos, na 
data de sua publicação, e seus ocupantes serão automaticamente 
inscritos como segurados obrigatórios do IAPSEB - Instituto de As-
sistência e Previdência do Servidor do Estado da Bahia.
§ 3º - Os contratos individuais de trabalho regidos pela Conso-
lidação das Leis do Trabalho, extinguem-se automaticamente pela 
transformação dos empregos ou funções, assegurando-se aos res-
pectivos ocupantes a continuidade da contagem do tempo de servi-
ço para efeitos desta Lei.
§ 4º - Os empregos dos servidores estrangeiros com estabili-
dade no serviço público, enquanto não adquirirem a nacionalidade 
brasileira, passarão a integrar quadro em extinção, sem prejuízo dos 
direitos inerentes aos planos de carreira a que se encontrem vincu-
lados os seus empregos.
§ 5º - As vantagens pessoais concedidas até a vigência desta 
Lei aos servidores contratados, serão sempre majoradas no mesmo 
percentual de aumento atribuído ao cargo de provimento perma-
nente.
Art. 264 - A movimentação dos saldos das contas dos servido-
res pelo regime do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, bem 
assim a das contas dos servidores não-optantes, obedecerá ao dis-
posto na legislação federal.
Art. 265 - Os adicionais por tempo de serviço já concedidos aos 
servidores abrangidos por esta Lei ficam transformados em anuê-
nio.
Art. 266 - O servidor da administração estadual direta, autár-
quica ou fundacional, regido pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de 
maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho), aposentado an-
tes da vigência desta Lei, continuará submetido ao regime geral da 
previdência social a que se vinculava, para todos os efeitos legais.
Art. 267 - As Universidades Públicas Estaduais, no exercício da 
autonomia que lhes é assegurada pelo artigo 207 da Constituição 
Federal e o artigo 262 § 1º da Constituição Estadual, realizarão seus 
concursos públicos com a observância dos respectivos Estatutos e 
Regimentos Gerais aprovados nos termos da Legislação Federal es-
pecial aplicável, do Estatuto do Magistério Superior Estadual e das 
Leis Estaduais relativas aos respectivos quadros.
Art. 268 - Aplicar-se-ão aos casos de vantagem pessoal por es-
tabilidade econômica, concedidos até a vigência desta Lei, as regras 
estabelecidas no artigo 92, vedado o pagamento de quaisquer par-
celas retroativas.
Art. 269 - A mudança do regime jurídico ocorrerá na data da 
publicação desta Lei, produzindo seus efeitos financeiros a partir do 
primeiro dia do mês subseqüente.
Art. 270 - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação, 
revogadas as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 529, 
de 20 de dezembro de 1952, a Lei nº 2.323, de 11 de abril de 1966, 
salvo artigo 182 e seus parágrafos, e o artigo 41 da Lei nº 6.354, de 
30 de dezembro de 1991.
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 26 de se-
tembro de 1994
ANTONIO IMBASSAHY
Governador
EDILSON SOUTO FREIRE
Secretário da Administração WALTER DANTAS DE ASSIS BAPTIS-
TA
Secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária DIRLENE 
MATOS MENDONÇA
Secretário da Educação e Cultura RAIMUNDO MENDES DE BRI-
TO
Secretário de Energia, Transportes e Comunicações RODOLPHO 
TOURINHO NETO
Secretário da Fazenda 
PEDRO HENRIQUE LINO DE SOUZA
Secretário de Governo
PAULO RENATO DANTAS GAUDENZI
Secretário da Indústria, Comércio e Turismo SÔNIA MARIA MO-
REIRA DE SOUZA BASTOS
Secretário da Justiça e Direitos Humanos 
LUIZ ANTONIO VASCONCELLOS CARREIRA
Secretário do Planejamento, Ciência e Tecnologia 
LUIZ ALBERTO BRASIL DE SOUZA
Secretário de Recursos Hídricos, Saneamento e Habitação JAR-
DIVALDO COSTA BATISTA
Secretário da Saúde F
RANCISCO DE SOUZA ANDRADE NETTO
Secretário da Segurança Pública ANTONIO RODRIGUES DO 
NASCIMENTO FILHO
Secretário do Trabalho e Ação Social
REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTA-
DO DA BAHIA ATUALIZADO
REGIMENTO INTERNO
LIVRO I 
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES INICIAIS (ARTS. 1° E 2°)
Art. 1° – Este Regimento dispõe sobre o funcionamento do Tri-
bunal de Justiça, estabelece a competência de seus Órgãos, regula a 
instrução e julgamento dos processos originários e dos recursos que 
lhes são atribuídos e institui a disciplina de seus serviços.
Art. 2° – Ao Tribunal compete o tratamento de Egrégio, seus 
integrantes têm o título de “Desembargador”, o tratamento de Vos-
sa Excelência e usarão, nas sessões solenes, toga e capa preta, com 
faixa azul de modelo uniforme e, em sessões de julgamento, apenas 
capa.
CAPÍTULO I
ORGANIZAÇÃO
(ARTS. 3° AO 9°)
Art. 3° – O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Órgão supre-
mo da Justiça do Estado, tem sua sede na Capital e jurisdição em 
todo o seu território.
Art. 4° – O Tribunal de Justiça compõe-se de 57 (cinquenta e 
sete) Desembargadores, dividindo-se em 2 (duas) Seções Cíveis, 
constituídas de 5 (cinco) Câmaras, e 1 (uma) Criminal, constituída 
de 3 (três) Câmaras.
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(ALTERADO CONFORME RESOLUÇÃO N. 05/2014, PUBLICADA 
EM 23/04/2014).
Art. 5° – O Presidente do Tribunal terá, nas sessões, assento es-
pecial ao centro da mesa. À direita, assentar-seá o Procurador Geral 
de Justiça ou integrante do Ministério Público que o represente e, à 
esquerda, o Diretor Jurídico.

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