Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

CÓD: SL-120JL-23
7908433238812
PREFEITURA MUNICIPAL DE LAURO DE 
FREITAS - BAHIA
LAURO DE FREITAS-BA
Comum à todas as especialidades 
de Professor Municipal do 6º ao 9º 
ano: Ciências Físicas e Biológicas, 
Cultura e História Afro-Brasileira e 
Indígena, Filosofia, Geografia, História, 
Matemática e Sociologia
a solução para o seu concurso!
Editora
EDITAL N° 001/2023
INTRODUÇÃO
a solução para o seu concurso!
Editora
Como passar em um concurso público?
Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro 
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como 
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução 
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.
Então mãos à obra!
• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter 
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você 
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma 
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, 
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não 
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É 
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha 
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto 
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque 
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses 
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais 
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma 
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é 
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo 
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação 
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
Língua Portuguesa
1. Leitura e interpretação de textos (ficcionais e/ou não ficcionais); Gêneros discursivos e tipologia textual .............................. 7
2. Ortografia ................................................................................................................................................................................... 11
3. Acentuação ................................................................................................................................................................................ 12
4. Pontuação .................................................................................................................................................................................. 13
5. Formação de palavras. ............................................................................................................................................................... 15
6. Léxico: adequação no emprego das palavras............................................................................................................................. 17
7. Verbos: conjugação, emprego dos tempos, modos e vozes verbais; ........................................................................................ 17
8. Morfossintaxe; estrutura do período, da oração e da frase; ...................................................................................................... 20
9. Concordância nominal e verbal ................................................................................................................................................. 23
10. Regência nominal e verbal; ........................................................................................................................................................ 24
11. Colocação pronominal; formas de tratamento (usos e adequações) ........................................................................................ 26
12. Noções de fonética .................................................................................................................................................................... 28
13. Noções de prosódia ................................................................................................................................................................... 29
14. Estrutura do parágrafo. ............................................................................................................................................................. 29
15. Coesão e coerência textuais ...................................................................................................................................................... 30
16. Estilística: denotação e conotação; Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia, polissemia; as palavras de rela-
ção ............................................................................................................................................................................................. 31
17. Figuras de linguagem. ................................................................................................................................................................ 32
18. Níveis de linguagem. ................................................................................................................................................................. 34
19. Figuras de linguagem. ................................................................................................................................................................ 35
20. Redação oficial (ofício, memorando, ata, parecer). ................................................................................................................... 35
Informática básica e aplicada
1. Informática básica. Hardwares e periféricos ..............................................................................................................................55
2. Windows 10: painel de controle ................................................................................................................................................ 57
3. Microsoft Office 365: Word, Excel, PowerPoint, Outlook .......................................................................................................... 67
4. Internet. Intranet Browsers. Sites de busca ............................................................................................................................... 77
5. Correio eletrônico ...................................................................................................................................................................... 81
6. Backup: conceitos básicos, tipos, dispositivos e ferramentas, unidades de medida de armazenamento, compactação de ar-
quivos ......................................................................................................................................................................................... 83
7. Vírus e programas maliciosos: conceitos básicos, tipos, ações preventivas/corretivas e softwares de segurança digital ......... 83
8. Redes sociais .............................................................................................................................................................................. 86
9. Noções sobre redes e Wi-Fi ....................................................................................................................................................... 88
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
Legislação aplicada ao contexto Educacional
1. Constituição da República Federativa do Brasil – Capítulo III, Seção I – Da Educação, da Cultura e do Desporto, e alterações 
posteriores ................................................................................................................................................................................. 95
2. Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e alterações posteriores) ....................... 96
3. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (Resolução CNE/CEB nº 04, de 13 de julho de 2010 e alterações poste-
riores) ......................................................................................................................................................................................... 112
4. Plano Nacional de Educação (lei nº 13.005/2014 e alterações posteriores) ............................................................................. 119
5. Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146, de 06 de julho de /2015 e alterações posteriores) .................................. 135
6. Acesso da Pessoa com Deficiência à Educação (Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 e alterações posteriores) ..... 152
7. Atendimento Educacional Especializado (Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011 e alterações posteriores) ............... 159
8. Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial 
(Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009 e alterações posteriores) ........................................................................................ 161
9. Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1996 e alterações posteriores) ................................... 163
Administração Pública 
1. Constituição Federal: art. 37 a 40. ............................................................................................................................................. 207
2. Lei orgânica do Município de Lauro de Freitas (Lei nº 20, de 22 de julho de 2020 e alterações posteriores). ......................... 211
3. Estatuto e plano de carreira e remuneração do Magistério Público do Município de Lauro de Freitas (Lei nº 1.375, de 23 de 
junho de 2010 e alterações posteriores). .................................................................................................................................. 211
4. Poderes administrativos ............................................................................................................................................................. 223
5. Princípios norteadores dos Serviços Públicos. ........................................................................................................................... 229
6. Processo Administrativo ............................................................................................................................................................ 232
7. Atos administrativos .................................................................................................................................................................. 238
8. Lei da improbidade administrativa (Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992). .............................................................................. 245
9. Crimes contra Administração pública. ....................................................................................................................................... 254
7
a solução para o seu concurso!
Editora
LÍNGUA PORTUGUESA
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS (FICCIONAIS E/OU 
NÃO FICCIONAIS); GÊNEROS DISCURSIVOS E TIPOLOGIA 
TEXTUAL
Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois 
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo 
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é 
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que 
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação, 
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente, 
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada 
em nossos conhecimentos prévios. 
Compreensão de Textos 
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do 
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem. 
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso 
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender. 
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem 
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a 
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, 
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos 
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito 
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado 
evento. 
Interpretação de Textos 
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os 
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias 
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar 
é decodificar o sentido de um texto por indução. 
A interpretação de textos compreende a habilidade de se 
chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de 
texto, seja ele escrito, oral ou visual. 
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado 
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado 
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, 
podendo ser diferente entre leitores. 
Exemplo de compreensão e interpretação de textos
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de 
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em 
um texto misto (verbal e visual):
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Espe-
cial > 2015 Português > Compreensão e interpretação de textos
A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.
“A Constituição garante o direito à educação para todos e a 
inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com 
deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou 
menos severas.”
A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de 
1988.
(B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos 
severas.
(C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientesou não.
(D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser 
incluídos socialmente.
(E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
Comentário da questão:
Em “A” o texto é sobre direito à educação, incluindo as pessoas 
com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade. = 
afirmativa correta.
Em “B” o complemento “mais ou menos severas” se refere à 
“deficiências de toda ordem”, não às leis. = afirmativa incorreta.
Em “C” o advérbio “também”, nesse caso, indica a inclusão/
adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à educação, 
além das que não apresentam essas condições. = afirmativa correta.
Em “D” além de mencionar “deficiências de toda ordem”, o 
texto destaca que podem ser “permanentes ou temporárias”. = 
afirmativa correta.
Em “E” este é o tema do texto, a inclusão dos deficientes. = 
afirmativa correta.
Resposta: Logo, a Letra B é a resposta Certa para essa questão, 
visto que é a única que contém uma afirmativa incorreta sobre o 
texto. 
LÍNGUA PORTUGUESA
88
a solução para o seu concurso!
Editora
IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia 
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga 
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen-
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, 
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo 
significativo, que é o texto.
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um 
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o 
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre 
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito 
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências 
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com 
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos 
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício 
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto: 
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?
CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma 
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos 
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas 
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que, 
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a 
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros 
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da 
casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o 
outro e a parceria deu certo.
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele 
falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo 
do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo 
mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
As informações que se relacionam com o tema chamamos de 
subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram, 
ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto 
fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à 
conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães. 
Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi 
capaz de identificar o tema do texto!
Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-se-
cundarias/
IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM 
TEXTOS VARIADOS
Ironia
Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que 
está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio 
ou com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem). 
A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um 
novo sentido, gerando um efeito de humor.
Exemplo:
Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-
dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
Ironia verbal
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a 
intenção são diferentes.
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível!
Ironia de situação
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o 
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja.
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja 
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li-
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a 
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da 
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces-
LÍNGUA PORTUGUESA
9
a solução para o seu concurso!
Editora
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que 
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a 
morte.
Ironia dramática (ou satírica)
A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos tex-
tos literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações 
do que tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre 
intenções de outros personagens. É um recurso usado para apro-
fundar os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando 
captado pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo 
comédia, visto que um personagem é posto em situações que ge-
ram conflitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência 
do todo da narrativa.
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o 
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa-
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem-
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história 
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao 
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a 
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. 
Humor
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare-
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor.
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti-
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor-
rer algo fora do esperado numa situação.
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti-
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; 
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente 
acessadas como forma de gerar o riso.
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em 
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges.
Exemplo:
ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ-
NERO EM QUE SE INSCREVE 
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que 
de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao 
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha 
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia 
principal. Compreender relações semânticas é uma competência 
imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
Quando não se sabe interpretarcorretamente um texto pode-
-se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
Busca de sentidos
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo 
os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na 
apreensão do conteúdo exposto.
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma 
relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já 
citadas ou apresentando novos conceitos.
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder 
espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas 
entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer 
que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas. 
Importância da interpretação
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se 
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos 
específicos, aprimora a escrita.
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa-
tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-
sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi-
ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, 
pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes 
que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de 
sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais 
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-
tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, 
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, 
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au-
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para 
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. 
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você 
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que 
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. 
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, 
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.
Diferença entre compreensão e interpretação
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do 
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O 
leitor tira conclusões subjetivas do texto.
LÍNGUA PORTUGUESA
1010
a solução para o seu concurso!
Editora
Gêneros Discursivos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso-
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou 
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma 
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No 
romance nós temos uma história central e várias histórias secun-
dárias.
 
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente 
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única 
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações 
encaminham-se diretamente para um desfecho.
 
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia-
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a 
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O 
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um 
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais 
curto.
 
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que 
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para 
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não 
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos 
como horas ou mesmo minutos.
 
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, 
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de 
imagens. 
 
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a 
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto 
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
vencer o leitor a concordar com ele.
 
Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um 
entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. 
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas 
de destaque sobre algum assunto de interesse. 
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as 
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando 
os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo 
de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
berdade para quem recebe a informação.
 
DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
Fato
O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência 
do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é 
uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro. 
Exemplo de fato:
A mãe foi viajar.
Interpretação
É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos 
quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
sas, previmos suas consequências. 
Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível. 
Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
ças sejam detectáveis.
Exemplos de interpretação:
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
tro país.
A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão 
do que com a filha.
Opinião 
A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um 
juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação 
que fazemos do fato. 
Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação 
do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião 
pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações 
anteriores:
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão 
do que com a filha. Ela foi egoísta.
Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião. 
Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões 
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
mos expressando nosso julgamento. 
É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião, 
principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando 
analisamos um texto dissertativo.
Exemplo:
A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando 
com o sofrimento da filha.
Gêneros e tipos de textos
Definições e diferenciação: tipos textuais e gêneros textuais 
são dois conceitos distintos, cada qual com sua própria linguagem 
e estrutura. Os tipos textuais gêneros se classificam em razão 
da estrutura linguística, enquanto os gêneros textuais têm sua 
classificação baseada na forma de comunicação. Assim, os gêneros 
são variedades existente no interior dos modelos pré-estabelecidos 
dos tipos textuais. A definição de um gênero textual é feita a partir 
dos conteúdos temáticos que apresentam suaestrutura específica. 
Logo, para cada tipo de texto, existem gêneros característicos. 
LÍNGUA PORTUGUESA
11
a solução para o seu concurso!
Editora
Como se classificam os tipos e os gêneros textuais
As classificações conforme o gênero podem sofrer mudanças 
e são amplamente flexíveis. Os principais gêneros são: romance, 
conto, fábula, lenda, notícia, carta, bula de medicamento, cardápio 
de restaurante, lista de compras, receita de bolo, etc. Quanto aos 
tipos, as classificações são fixas, e definem e distinguem o texto 
com base na estrutura e nos aspectos linguísticos. Os tipos textuais 
são: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo. 
Resumindo, os gêneros textuais são a parte concreta, enquanto 
as tipologias integram o campo das formas, da teoria. Acompanhe 
abaixo os principais gêneros textuais inseridos e como eles se 
inserem em cada tipo textual:
Texto narrativo: esse tipo textual se estrutura em: apresentação, 
desenvolvimento, clímax e desfecho. Esses textos se caracterizam 
pela apresentação das ações de personagens em um tempo e 
espaço determinado. Os principais gêneros textuais que pertencem 
ao tipo textual narrativo são: romances, novelas, contos, crônicas 
e fábulas.
Texto descritivo: esse tipo compreende textos que descrevem 
lugares ou seres ou relatam acontecimentos. Em geral, esse tipo de 
texto contém adjetivos que exprimem as emoções do narrador, e, 
em termos de gêneros, abrange diários, classificados, cardápios de 
restaurantes, folhetos turísticos, relatos de viagens, etc.
Texto expositivo: corresponde ao texto cuja função é transmitir 
ideias utilizando recursos de definição, comparação, descrição, 
conceituação e informação. Verbetes de dicionário, enciclopédias, 
jornais, resumos escolares, entre outros, fazem parte dos textos 
expositivos. 
Texto argumentativo: os textos argumentativos têm o objetivo 
de apresentar um assunto recorrendo a argumentações, isto é, 
caracteriza-se por defender um ponto de vista. Sua estrutura é 
composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. Os textos 
argumentativos compreendem os gêneros textuais manifesto e 
abaixo-assinado.
Texto injuntivo: esse tipo de texto tem como finalidade de 
orientar o leitor, ou seja, expor instruções, de forma que o emissor 
procure persuadir seu interlocutor. Em razão disso, o emprego de 
verbos no modo imperativo é sua característica principal. Pertencem 
a este tipo os gêneros bula de remédio, receitas culinárias, manuais 
de instruções, entre outros.
Texto prescritivo: essa tipologia textual tem a função de instruir 
o leitor em relação ao procedimento. Esses textos, de certa forma, 
impedem a liberdade de atuação do leitor, pois decretam que ele 
siga o que diz o texto. Os gêneros que pertencem a esse tipo de 
texto são: leis, cláusulas contratuais, edital de concursos públicos.
ORTOGRAFIA
— Definições
Com origem no idioma grego, no qual orto significa “direito”, 
“exato”, e grafia quer dizer “ação de escrever”, ortografia é o nome 
dado ao sistema de regras definido pela gramática normativa que 
indica a escrita correta das palavras. Já a Ortografia Oficial se refere 
às práticas ortográficas que são consideradas oficialmente como 
adequadas no Brasil. Os principais tópicos abordados pela ortografia 
são: o emprego de acentos gráficos que sinalizam vogais tônicas, 
abertas ou fechadas; os processos fonológicos (crase/acento grave); 
os sinais de pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e 
decorrentes dessas funções, entre outros. 
Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre 
a qual recaem, para que palavras com grafia similar possam 
ter leituras diferentes, e, por conseguinte, tenham significados 
distintos. Resumidamente, os acentos são agudo (deixa o som da 
vogal mais aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz 
com que o som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase). 
O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão 
estabelecidos os sinais gráficos e os sons representados por cada 
um dos sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes. 
As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras 
foram integradas oficialmente ao alfabeto do idioma português 
brasileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico. 
As possibilidades da vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente, 
para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo: 
– Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km 
(quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma). 
– Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus 
derivados na língua portuguesa, como Britney, Washington, Nova 
York. 
Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos 
do emprego da ortografia correta das palavras e suas principais 
regras: 
«ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos: 
– Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum, 
abacaxi. 
– Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa. 
– Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar. 
– Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer, 
mexerica. 
s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos:
– Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa, 
verminose. 
– Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjetivos. 
Exemplo: amazonense, formosa, jocoso. 
– Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título ou 
nacionalidade. Exemplo: marquês/marquesa, holandês/holandesa, 
burguês/burguesa. 
– Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”. 
Exemplo: casa – casinha – casarão; análise – analisar. 
Porque, Por que, Porquê ou Por quê? 
– Porque (junto e sem acento): é conjunção explicativa, ou seja, 
indica motivo/razão, podendo substituir o termo pois. Portanto, 
toda vez que essa substituição for possível, não haverá dúvidas de 
que o emprego do porque estará correto. Exemplo: Não choveu, 
porque/pois nada está molhado. 
– Por que (separado e sem acento): esse formato é empregado 
para introduzir uma pergunta ou no lugar de “o motivo pelo qual”, 
para estabelecer uma relação com o termo anterior da oração. 
Exemplos: Por que ela está chorando? / Ele explicou por que do 
cancelamento do show. 
LÍNGUA PORTUGUESA
1212
a solução para o seu concurso!
Editora
– Porquê (junto e com acento): trata-se de um substantivo e, 
por isso, pode estar acompanhado por artigo, adjetivo, pronome 
ou numeral. Exemplo: Não ficou claro o porquê do cancelamento 
do show. 
– Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao 
fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi embora novamente. 
Por quê? 
Parônimos e homônimos 
– Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na 
pronúncia, mas se divergem no significado. Exemplos: absolver 
(perdoar) e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e 
apreender (capturar). 
– Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas 
que divergem na pronúncia. Exemplos: “gosto” (substantivo) e 
“gosto” (verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome 
demonstrativo). 
ACENTUAÇÃO
— Definição
A acentuação gráfica consiste no emprego do acento nas 
palavras grafadas com a finalidade de estabelecer, com base nas 
regras da língua, a intensidade e/ou a sonoridade das palavras. 
Isso quer dizer que os acentos gráficos servem para indicar a sílaba 
tônica de uma palavra ou a pronúncia de uma vogal. De acordo com 
as regras gramaticais vigentes, são quatro os acentos existentes na 
língua portuguesa:
– Acento agudo: Indica que a sílaba tônica da palavra tem som 
aberto. Ex.: área, relógio, pássaro.
– Acento circunflexo: Empregado acima das vogais “a” e” e 
“o”para indicar sílaba tônica em vogal fechada. Ex.: acadêmico, 
âncora, avô. 
– Acento grave/crase: Indica a junção da preposição “a” com 
o artigo “a”. Ex: “Chegamos à casa”. Esse acento não indica sílaba 
tônica!
– Til: Sobre as vogais “a” e “o”, indica que a vogal de 
determinada palavra tem som nasal, e nem sempre recai sobre a 
sílaba tônica. Exemplo: a palavraórfã tem um acento agudo, que 
indica que a sílaba forte é “o” (ou seja, é acento tônico), e um til 
(˜), que indica que a pronúncia da vogal “a” é nasal, não oral. Outro 
exemplo semelhante é a palavra bênção. 
— Monossílabas Tônicas e Átonas
Mesmo as palavras com apenas uma sílaba podem sofrer 
alteração de intensidade de voz na sua pronúncia. Exemplo: observe 
o substantivo masculino “dó” e a preposição “do” (contração 
da preposição “de” + artigo “o”). Ao comparar esses termos, 
percebermos que o primeiro soa mais forte que o segundo, ou seja, 
temos uma monossílaba tônica e uma átona, respectivamente. 
Diante de palavras monossílabas, a dica para identificar se é tônica 
(forte) ou fraca átona (fraca) é pronunciá-las em uma frase, como 
abaixo:
“Sinto grande dó ao vê-la sofrer.”
“Finalmente encontrei a chave do carro.”
Recebem acento gráfico: 
– As monossílabas tônicas terminadas em: -a(s) → pá(s), má(s); 
-e(s) → pé(s), vê(s); -o(s) → só(s), pôs. 
– As monossílabas tônicas formados por ditongos abertos -éis, 
-éu, -ói. Ex: réis, véu, dói. 
Não recebem acento gráfico:
– As monossílabas tônicas: par, nus, vez, tu, noz, quis. 
– As formas verbais monossilábicas terminadas em “-ê”, nas 
quais a 3a pessoa do plural termina em “-eem”. Antes do novo 
acordo ortográfico, esses verbos era acentuados. Ex.: Ele lê → Eles 
lêem leem.
Exceção! O mesmo não ocorre com os verbos monossilábicos 
terminados em “-em”, já que a terceira pessoa termina em “-êm”. 
Nesses caso, a acentuação permanece acentuada. Ex.: Ele tem → 
Eles têm; Ele vem → Eles vêm. 
Acentuação das palavras Oxítonas 
As palavras cuja última sílaba é tônica devem ser acentuadas 
as oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e 
-o, sucedidas ou não por -s. Ex.: aliás, após, crachá, mocotó, pajé, 
vocês. Logo, não se acentuam as oxítonas terminadas em “-i” e “-u”. 
Ex.: caqui, urubu. 
Acentuação das palavras Paroxítonas
São classificadas dessa forma as palavras cuja penúltima 
sílaba é tônica. De acordo com a regra geral, não se acentuam as 
palavras paroxítonas, a não ser nos casos específicos relacionados 
abaixo. Observe as exceções: 
– Terminadas em -ei e -eis. Ex.: amásseis, cantásseis, fizésseis, 
hóquei, jóquei, pônei, saudáveis. 
– Terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps. Ex.: bíceps, caráter, córtex, 
esfíncter, fórceps, fóssil, líquen, lúmen, réptil, tórax. 
– Terminadas em -i e -is. Ex.: beribéri, bílis, biquíni, cáqui, cútis, 
grátis, júri, lápis, oásis, táxi. 
– Terminadas em -us. Ex.: bônus, húmus, ônus, Vênus, vírus, 
tônus. 
– Terminadas em -om e -ons. Ex.: elétrons, nêutrons, prótons. 
– Terminadas em -um e -uns. Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns, 
quórum, quóruns. 
– Terminadas em -ã e -ão. Ex.: bênção, bênçãos, ímã, ímãs, 
órfã, órfãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos. 
Acentuação das palavras Proparoxítonas
Classificam-se assim as palavras cuja antepenúltima sílaba é 
tônica, e todas recebem acento, sem exceções. Ex.: ácaro, árvore, 
bárbaro, cálida, exército, fétido, lâmpada, líquido, médico, pássaro, 
tática, trânsito. 
Ditongos e Hiatos 
Acentuam-se: 
– Oxítonas com sílaba tônica terminada em abertos “_éu”, 
“_éi” ou “_ói”, sucedidos ou não por “_s”. Ex.: anéis, fiéis, herói, 
mausoléu, sóis, véus. 
– As letras “_i” e “_u” quando forem a segunda vogal tônica de 
um hiato e estejam isoladas ou sucedidas por “_s” na sílaba. Ex.: caí 
(ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú). 
LÍNGUA PORTUGUESA
13
a solução para o seu concurso!
Editora
Não se acentuam: 
– A letra “_i”, sempre que for sucedida por de “_nh”. Ex.: 
moinho, rainha, bainha. 
– As letras “_i” e o “_u” sempre que aparecerem repetidas. Ex.: 
juuna, xiita. xiita. 
– Hiatos compostos por “_ee” e “_oo”. Ex.: creem, deem, leem, 
enjoo, magoo. 
O Novo Acordo Ortográfico 
Confira as regras que levaram algumas palavras a perderem 
acentuação em razão do Acordo Ortográfico de 1990, que entrou 
em vigor em 2009:
1 – Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas. 
Exemplos: enjôo – enjoo; magôo – magoo; perdôo – perdoo; 
vôo – voo; zôo – zoo. 
2 – Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas. 
Exemplos: alcalóide – alcaloide; andróide – androide; alcalóide 
– alcaloide; assembléia – assembleia; asteróide – asteroide; 
européia – europeia.
3 – Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas. 
Exemplos: feiúra – feiura; maoísta – maoista; taoísmo – 
taoismo. 
4 – Palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que 
possuem -e tônico em hiato. 
Isso ocorre com a 3a pessoa do plural do presente do indicativo 
ou do subjuntivo. Exemplos: deem; lêem – leem; relêem – releem; 
revêem.
5 – Palavras com trema: somente para palavras da língua 
portuguesa. Exemplos: bilíngüe – bilíngue; enxágüe – enxágue; 
linguïça – linguiça.
6 – Paroxítonas homógrafas: são palavras que têm a mesma 
grafia, mas apresentam significados diferentes. Exemplo: o verbo 
PARAR: pára – para. Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo 
“parar” era acentuada para que fosse diferenciada da preposição 
“para”.
Atualmente, nenhuma delas recebe acentuação. Assim: 
Antes: Ela sempre pára para ver a banda passar. [verbo / 
preposição]
Hoje: Ela sempre para para ver a banda passar. [verbo / 
preposição]
PONTUAÇÃO
— Visão Geral
O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais 
gráficos que, em um período sintático, têm a função primordial 
de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas 
e, ocasionalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias) 
em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os 
gestos e as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a 
compreensão da frase. 
O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades: 
– Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos 
tipos textuais;
– Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;
– Demarcar das unidades de um texto; 
– Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.
— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um 
enunciado
Vírgula 
De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado 
para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem 
da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas, 
se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes 
não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo 
tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em 
outras, ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser 
empregada: 
• No interior da sentença
1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição:
ENUMERAÇÃO
Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate.
Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.
 
REPETIÇÃO
Os arranjos estão lindos, lindos!
Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.
2 – Isolar o vocativo 
“Crianças, venham almoçar!” 
“Quando será a prova, professora?” 
3 – Separar apostos 
“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.” 
4 – Isolar expressões explicativas: 
“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi 
responsabilizado.” 
5 – Separar conjunções intercaladas 
“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” 
6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado: 
“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários 
do setor.” 
“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” 
7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: 
“Estas alegações, não as considero legítimas.” 
8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas 
por conjunções) 
“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.” 
LÍNGUA PORTUGUESA
1414
a solução para o seu concurso!
Editora
9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas: 
“São Paulo, 16 de outubro de 2022”. 
10 – Marcar a omissão de um termo: 
“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo 
“fazer”). 
• Entre as sentenças
1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas 
“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.”2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e 
assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”: 
“Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos 
ajudasse.” 
3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a 
principal: 
“Quando será publicado, ainda não foi divulgado.” 
4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas 
ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração principal: 
Reduzida Por ser sempre assim, ninguém dá atenção!
Desenvolvida Porque é sempre assim, já ninguém dá atenção!
5 – Separar as sentenças intercaladas: 
“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu 
leito, até que você se recupere por completo.”
• Antes da conjunção “e”
1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire 
valores que não expressam adição, como consequência ou 
diversidade, por exemplo. 
“Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.” 
2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre 
que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de destacar 
alguma ideia, por exemplo:
“(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede; 
e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o 
esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)
3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas 
apresentam sujeitos distintos, por exemplo: 
“A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”
O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito 
e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome 
e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração 
substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja 
apositiva nem se apresente inversamente). 
Ponto
1 – Para indicar final de frase declarativa: 
“O almoço está pronto e será servido.”
2 – Abrevia palavras: 
– “p.” (página) 
– “V. Sra.” (Vossa Senhoria) 
– “Dr.” (Doutor) 
3 – Para separar períodos: 
“O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”
Ponto e Vírgula 
1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou 
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula: 
“Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG; 
nossa amiga, de praticar esportes.”
2 – Para separar os itens de uma sequência de itens: 
“Os planetas que compõem o Sistema Solar são: 
Mercúrio; 
Vênus; 
Terra; 
Marte; 
Júpiter; 
Saturno; 
Urano;
Netuno.” 
Dois Pontos
1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas, 
enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem 
ideias anteriores. 
“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.” 
“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela 
grande ofensa.” 
2 – Para introduzirem citação direta: 
“Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente 
muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se 
transforma’.” 
3 – Para iniciar fala de personagens: 
“Ele gritava repetidamente: 
– Sou inocente!” 
Reticências 
1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta 
sintaticamente: 
“Quem sabe um dia...” 
2 – Para indicar hesitação ou dúvida: 
“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar 
ainda.” 
3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o 
objetivo de prolongar o raciocínio: 
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas 
faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar).
4 – Suprimem palavras em uma transcrição: 
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - 
Raimundo Fagner).
LÍNGUA PORTUGUESA
15
a solução para o seu concurso!
Editora
Ponto de Interrogação 
1 – Para perguntas diretas: 
“Quando você pode comparecer?” 
2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para destacar o enunciado: 
“Não brinca, é sério?!” 
Ponto de Exclamação 
1 – Após interjeição: 
“Nossa Que legal!” 
2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva 
“Infelizmente!” 
3 – Após vocativo 
“Ana, boa tarde!” 
4 – Para fechar de frases imperativas: 
“Entre já!” 
Parênteses 
a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou a 
vírgula: 
“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sempre) 
quem seria promovido.” 
Travessão 
1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto: 
“O rapaz perguntou ao padre: 
— Amar demais é pecado?” 
2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos: 
“— Vou partir em breve. 
— Vá com Deus!” 
3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários: 
“Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”
4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas: 
“Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.” 
Aspas 
1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta, como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos, 
arcaísmos, palavrões, e neologismos. 
“Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.” 
“A reunião será feita ‘online’.” 
2 – Para indicar uma citação direta: 
“A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de Assis)
FORMAÇÃO DE PALAVRAS.
Visão geral: a formação de palavras que integram o léxico da língua baseia-se em dois principais processos morfológicos (combinação 
de morfemas): a derivação e a composição.
Derivação: é a formação de uma nova palavra (palavra derivada) com base em uma outra que já existe na língua (palavra primitiva ou 
radical). 
1 – Prefixal por prefixação: um prefixo ou mais são adicionados à palavra primitiva.
LÍNGUA PORTUGUESA
1616
a solução para o seu concurso!
Editora
PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA PALAVRA DERIVADA
inf fiel infiel
sobre carga sobrecarga
2 – Sufixal ou por sufixação: é a adição de sufixo à palavra primitiva. 
PALAVRA 
PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA
gol leiro goleiro
feliz mente felizmente
3 – Prefixal e sufixal: nesse tipo, a presença do prefixo ou do sufixo à palavra primitiva já é o suficiente para formação de uma nova 
palavra.
PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA
inf feliz – Infeliz
– feliz mente Felizmente
des igual – desigual
– igual dade igualdade
4 – Parassintética: também consiste na adição de prefixo e sufixo à palavra primitiva, porém, diferentemente do tipo anterior, para 
existência da nova palavra, ambos os acréscimos são obrigatórios. Esse processo parte de substantivos e adjetivos para originar um verbo. 
PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA
em pobre cer empobrecer
em trist ecer estristecer
5 – Regressiva: é a remoção da parte final de uma palavra primitiva para, dessa forma, obter uma palavra derivada. Esse origina 
substantivos a partir de formas verbais que expressam uma ação. Essas novas palavras recebem o nome de deverbais. Tal composição 
ocorre a partir da substituição da terminação verbal formada pela vogal temática + desinência de infinitivo (“–ar” ou “–er”) por uma das 
vogais temáticas nominais (-a, -e,-o).”
VERBO RADICAL DESINÊNCIA VOGAL TEMÁTICA SUBSTANTIVO
debater debat er e debate
sustentar sustent ar o sustento
vender vend er a venda
6 – Imprópria (ou conversão): é o processo que resulta na mudança da classe gramatical de uma palavra primitiva, mas não modifica 
sua forma. Exemplo: a palavra jantar pode ser um verbo na frase “Convidaram-me para jantar”, mas também pode ser um substantivo na 
frase “O jantar estava maravilhoso”. 
Composição: é o processo de formação de palavra a partir da junção de dois ou mais radicais. A composição pode se realizar por 
justaposição ou por aglutinação. 
– Justaposição: na junção, não há modificação dos radicais. Exemplo: passa + tempo - passatempo; gira + sol = girassol. 
– Aglutinação: existe alteração dos radicais na sua junção. Exemplo: em + boa + hora = embora; desta + arte = destarte.
LÍNGUA PORTUGUESA
17
a solução para o seu concurso!
Editora
LÉXICO: ADEQUAÇÃO NO EMPREGO DAS PALAVRAS
Adequação vocabular” é adequar as palavras a situação de fala. 
As gírias, por exemplo, podem ser perfeitamente ajustadas a certos 
contextos. A adequação vocabulartrata das corretas situações em 
que devemos usar as melhores situações vocabulares. Isto é, trata 
dos momento em que determinadas linguagens devem ser usada.
É o caso por exemplo de quando estamos diante de uma situa-
ção informal, com amigos, e conhecidos, onde podemos usar gírias 
além de demais palavras menor formais. Diferente de situações em 
que estamos diante de momento mais formais, como o trabalho 
por exemplo.
O ato de escrever
O que para alguns parece fácil e agradável, para outros repre-
senta um sacrifício sem perspectivas favoráveis. Nas práticas esco-
lares, não se prepara o aluno para ser escritor, mas para escrever 
satisfatoriamente numa linguagem que revele precisão vocabular 
e clareza de ideias.
Um texto correto e preciso resulta de um pensamento organi-
zado, ao qual se somam a capacidade para aproveitar os recursos 
expressivos da língua e a interpretação analítica da realidade, em 
especial na dissertação. Qualquer que seja a modalidade redacio-
nal, sua finalidade é concretizar a comunicação de ideias (conteú-
do), valorizadas por uma expressão estética da linguagem (forma). 
Não basta, pois, saber o que escrever, mas como escrever.
As dificuldades para redigir podem ter origem na timidez, no 
receio da iniciativa inovadora, na falta de estímulos, em métodos 
didáticos desinteressantes ou ainda num conjunto de fatores que 
bloqueiam a escrita.
Há quem atribua as deficiências da escrita aos meios de comu-
nicação de massa que, saturando nossos sentidos com imagem e 
som, pouco exigem de nossa capacidade reflexiva, ocupando um 
espaço que poderia ser preenchido pela leitura.
Quaisquer que sejam os entraves na escrita, é no aprimora-
mento da linguagem que temos o instrumento mais eficaz para 
expressar o pensa mento. A habilidade com que a usamos permite-
-nos apreender o mundo e agir sobre ele.
Ao escrevermos, fazemos da linguagem nossa conquista maior, 
combinando as impressões dos sentidos, a vivência pessoal e o pen-
samento crítico. Para aperfeiçoar o exercício redacional, devemos 
aguçar a capacidade de interpretação, o espírito questionador e 
analítico, bem como o desprendimento para criar e inovar.
Assim, a redação, como atividade compensadora e satisfatória, 
é produto de um saber linguístico, da ordenação do pensamento 
e da imaginação criadora, num contínuo e diletante processo de 
aprendizagem.
Da palavra ao texto
A palavra existe a serviço da comunicação. As circunstâncias 
históricas, o mundo concreto e os anseios espirituais, ao longo de seus 
processos de desenvolvimento, foram criando a necessidade de nome-
ação dos objetos. Assim, o desejo de comunicar nossas ideias fica me-
diado por uma unidade menor que se chama signo. O signo é o símbo-
lo dos objetos ou ideias que queremos veicular (oral ou textualmente): 
a maneira de articular as palavras e de organizá-las na frase, no texto 
determina nosso discurso, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
A linguagem culta ou padrão
É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em 
que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas 
instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obedi-
ência às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem 
escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, 
mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, 
conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
A linguagem popular ou coloquial
É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mos-
tra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de 
vícios de linguagem (solecismo – erros de regência e concordância; 
barbarismo – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; ca-
cofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela 
coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. A lin-
guagem popular está presente nas mais diversas situações: conver-
sas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, 
programas de TV (sobretudo os de auditório), novelas, expressão 
dos estados emocionais etc.
VERBOS: CONJUGAÇÃO, EMPREGO DOS TEMPOS, MODOS 
E VOZES VERBAIS; 
FLEXÃO VERBAL
1) Número: singular ou plural
Ex.: ando, andas, anda → singular
 andamos, andais, andam → plural
2) Pessoas: são três.
a) A primeira é aquela que fala; corresponde aos pronomes eu 
(singular) e nós (plural).
Ex.: escreverei, escreveremos.
b) A segunda é aquela com quem se fala; corresponde aos pro-
nomes tu (singular) e vós (plural).
Ex.: escreverás, escrevereis.
c) A terceira é aquela acerca de quem se fala; corresponde aos 
pronomes ele ou ela (singular) e eles ou elas (plural).
Ex.: escreverá, escreverão.
3) Modos: são três.
a) Indicativo: apresenta o fato verbal de maneira positiva, indu-
bitável. Ex.: vendo.
b) Subjuntivo: apresenta o fato verbal de maneira duvidosa, hi-
potética. Ex.: que eu venda.
c) Imperativo: apresenta o fato verbal como objeto de uma or-
dem. Ex.: venda!
4) Tempos: são três.
a) Presente: falo
b) Pretérito:
- Perfeito: falei
LÍNGUA PORTUGUESA
1818
a solução para o seu concurso!
Editora
- Imperfeito: falava
- Mais-que-perfeito: falara
Obs.: O pretérito perfeito indica uma ação extinta; o imperfei-
to, uma ação que se prolongava num determinado ponto do pas-
sado; o mais-que-perfeito, uma ação passada em relação a outra 
ação, também passada. Ex.: 
Eu cantei aquela música. (perfeito)
Eu cantava aquela música. (imperfeito)
Quando ele chegou, eu já cantara. (mais-que-perfeito)
c) Futuro:
 - Do presente: estudaremos
 - Do pretérito: estudaríamos
Obs.: No modo subjuntivo, com relação aos tempos simples, 
temos apenas o presente, o pretérito imperfeito e o futuro (sem 
divisão). Os tempos compostos serão estudados mais adiante.
5) Vozes: são três.
a) Ativa: o sujeito pratica a ação verbal.
Ex.: O carro derrubou o poste.
b) Passiva: o sujeito sofre a ação verbal.
- Analítica ou verbal: com o particípio e um verbo auxiliar.
Ex.: O poste foi derrubado pelo carro.
- Sintética ou pronominal: com o pronome apassivador se.
Ex.: Derrubou-se o poste.
Obs.: Estudaremos bem o pronome apassivador (ou partícula 
apassivadora) na sétima lição: concordância verbal.
c) Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação verbal; aparece um 
pronome reflexivo. Ex.: O garoto se machucou.
Formação do Imperativo
1) Afirmativo: tu e vós saem do presente do indicativo menos a 
letra s; você, nós e vocês, do presente do subjuntivo.
Ex.: Imperativo afirmativo do verbo beber
Bebo → beba
bebes → bebe (tu) bebas
bebe beba → beba (você)
bebemos bebamos → bebamos (nós)
bebeis → bebei (vós) bebais
bebem bebam → bebam (vocês)
Reunindo, temos: bebe, beba, bebamos, bebei, bebam.
2) Negativo: sai do presente do subjuntivo mais a palavra não.
Ex.: beba
bebas → não bebas (tu)
beba → não beba (você)
bebamos → não bebamos (nós)
bebais → não bebais (vós)
bebam → não bebam (vocês)
Assim, temos: não bebas, não beba, não bebamos, não bebais, 
não bebam.
Observações:
a) No imperativo não existe a primeira pessoa do singular, eu; a 
terceira pessoa é você.
b) O verbo ser não segue a regra nas pessoas que saem do pre-
sente do indicativo. Eis o seu imperativo:
- Afirmativo: sê, seja, sejamos, sede, sejam.
- Negativo: não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não 
sejam.
c) O tratamento dispensado a alguém numa frase não pode 
mudar. Se começamos a tratar a pessoa por você, não podemos 
passar para tu, e vice-versa.
Ex.: Pede agora a tua comida. (tratamento: tu)
Peça agora a sua comida. (tratamento: você)
d) Os verbos que têm z no radical podem, no imperativo afir-
mativo, perder também a letra e que aparece antes da desinência s.
Ex.: faze (tu) ou faz (tu)
 dize (tu) ou diz (tu)
e) Procure ter “na ponta da língua” a formação e o emprego do 
imperativo. É assunto muito cobrado em concursos públicos.
Tempos Primitivos e Tempos Derivados
1) O presente do indicativo é tempo primitivo. Da primeira pes-
soa do singularsai todo o presente do subjuntivo.
Ex.: digo → que eu diga, que tu digas, que ele diga etc.
 dizes
 diz
Obs.: isso não ocorre apenas com os poucos verbos que não 
apresentam a desinência o na primeira pessoa do singular.
Ex.: eu sou → que eu seja.
 eu sei → que eu saiba.
2) O pretérito perfeito é tempo primitivo. Da segunda pessoa 
do singular saem:
a) o mais-que-perfeito.
Ex.: coubeste → coubera, couberas, coubera, coubéramos, 
coubéreis, couberam.
b) o imperfeito do subjuntivo.
Ex.: coubeste → coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, 
coubésseis, coubessem.
c) o futuro do subjuntivo.
Ex.: coubeste → couber, couberes, couber, coubermos, couber-
des, couberem.
3) Do infinitivo impessoal derivam:
a) o imperfeito do indicativo.
Ex.: caber → cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabiam.
b) o futuro do presente.
Ex.: caber → caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis, 
caberão.
c) o futuro do pretérito.
LÍNGUA PORTUGUESA
19
a solução para o seu concurso!
Editora
Ex.: caber → caberia, caberias, caberia, caberíamos, caberíeis, 
caberiam.
d) o infinitivo pessoal.
Ex.: caber → caber, caberes, caber, cabermos, caberdes, cabe-
rem.
e) o gerúndio.
Ex.: caber → cabendo.
f) o particípio.
Ex.: caber → cabido.
Tempos Compostos
Formam-se os tempos compostos com o verbo auxiliar (ter ou 
haver) mais o particípio do verbo que se quer conjugar.
1) Perfeito composto: presente do verbo auxiliar mais particí-
pio do verbo principal.
Ex.: tenho falado ou hei falado → perfeito composto do indica-
tivo tenha falado ou haja falado → perfeito composto do subjuntivo.
2) Mais-que-perfeito composto: imperfeito do auxiliar mais 
particípio do principal.
Ex.: tinha falado → mais-que-perfeito composto do indicativo.
 tivesse falado → mais-que-perfeito composto do subjuntivo.
3) Demais tempos: basta classificar o verbo auxiliar.
Ex.: terei falado → futuro do presente composto (terei é futuro 
do presente).
Verbos Irregulares Comuns em Concursos
 É importante saber a conjugação dos verbos que seguem. Eles 
estão conjugados apenas nas pessoas, tempos e modos mais pro-
blemáticos.
1) Compor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem integral-
mente o verbo pôr.
Ex.: ponho → componho, imponho, deponho etc.
 pus → compus, repus, expus etc.
2) Deter, conter, reter, manter etc.: seguem integralmente o 
verbo ter.
Ex.: tivermos → contivermos, mantivermos etc.
 tiveste → retiveste, mantiveste etc.
3) Intervir, advir, provir, convir etc.: seguem integralmente o 
verbo vir.
Ex.: vierem → intervierem, provierem etc.
 vim → intervim, convim etc.
4) Rever, prever, antever etc.: seguem integralmente o verbo 
ver.
Ex.: vi → revi, previ etc.
 víssemos → prevíssemos, antevíssemos etc.
Observações:
- Como se vê nesses quatro itens iniciais, o verbo derivado se-
gue a conjugação do seu primitivo. Basta conjugar o verbo primitivo 
e recolocar o prefixo. Há outros verbos que dão origem a verbos 
derivados. Por exemplo, dizer, haver e fazer. Para eles, vale a mesma 
regra explicada acima.
Ex.: eu houve → eu reouve (e não reavi, como normalmente se 
fala por aí).
- Requerer e prover não seguem integralmente os verbos que-
rer e ver. Eles serão mostrados mais adiante.
5) Crer, no pretérito perfeito do indicativo: cri, creste, creu, cre-
mos, crestes, creram.
6) Estourar, roubar, aleijar, inteirar etc.: mantém o ditongo fe-
chado em todos os tempos, inclusive o presente do indicativo. Ex.: A 
bomba estoura. (e não estóra, como normalmente se diz).
7) Aderir, competir, preterir, discernir, concernir, impelir, expe-
lir, repelir:
a) presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos, ade-
rimos, aderem.
b) presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos, adi-
rais, adiram.
Obs.: Esses verbos mudam o e do infinitivo para i na primeira 
pessoa do singular do presente do indicativo e em todas do presen-
te do subjuntivo.
8) Aguar, desaguar, enxaguar, minguar:
a) presente do indicativo: águo, águas, água; enxáguo, enxá-
guas, enxágua.
b) presente do subjuntivo: águe, águes, águe; enxágue, enxá-
gues, enxágue.
9) Arguir, no presente do indicativo: arguo, argúis, argúi, argui-
mos, arguis, argúem.
10) Apaziguar, averiguar, obliquar, no presente do subjuntivo: 
apazigúe, apazigúes, apazigúe, apaziguemos, apazigueis, apazi-
gúem.
11) Mobiliar:
a) presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília, mobilia-
mos, mobiliais, mobíliam.
b) presente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie, mobilie-
mos, mobilieis, mobíliem.
12) Polir, no presente do indicativo: pulo, pules, pule, polimos, 
polis, pulem.
13) Passear, recear, pentear, ladear (e todos os outros termina-
dos em ear)
a) presente do indicativo: passeio, passeias, passeia, passea-
mos, passeais, passeiam.
LÍNGUA PORTUGUESA
2020
a solução para o seu concurso!
Editora
b) presente do subjuntivo: passeie, passeies, passeie, passee-
mos, passeeis, passeiem.
Observações:
- Os verbos desse grupo (importantíssimo) apresentam o diton-
go ei nas formas rizotônicas, mas apenas nos dois presentes.
- Os verbos estrear e idear apresentam ditongo aberto.
Ex.: estreio, estreias, estreia; ideio, ideias, ideia.
14) Confiar, renunciar, afiar, arriar etc.: verbos regulares.
Ex.: confio, confias, confia, confiamos, confiais, confiam.
Observações:
- Esses verbos não têm o ditongo ei nas formas rizotônicas.
- Mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar, ape-
sar de terminarem em iar, apresentam o ditongo ei.
Ex.: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais, medeiam, 
medeie, medeies, medeie, mediemos, medieis, medeiem.
15) Requerer: só é irregular na 1ª pessoa do singular do pre-
sente do indicativo e, consequentemente, em todo o presente do 
subjuntivo.
Ex.: requeiro, requeres, requer
requeira, requeiras, requeira
requeri, requereste, requereu
16) Prover: conjuga-se como verbo regular no pretérito perfei-
to, no mais-que-perfeito, no imperfeito do subjuntivo, no futuro do 
subjuntivo e no particípio; nos demais tempos, acompanha o verbo 
ver.
Ex.: Provi, proveste, proveu; provera, proveras, provera; pro-
vesse, provesses, provesse etc.
provejo, provês, provê; provia, provias, provia; proverei, prove-
rás, proverá etc.
17) Reaver, precaver-se, falir, adequar, remir, abolir, colorir, res-
sarcir, demolir, acontecer, doer são verbos defectivos. Estude o que 
falamos sobre eles na lição anterior, no item sobre a classificação 
dos verbos. Ex.: Reaver, no presente do indicativo: reavemos, rea-
veis.
MORFOSSINTAXE; ESTRUTURA DO PERÍODO, DA ORAÇÃO 
E DA FRASE;
Definição: sintaxe é a área da Gramática que se dedica ao 
estudo da ordenação das palavras em uma frase, das frases em um 
discurso e também da coerência (relação lógica) que estabelecem 
entre si. Sempre que uma frase é construída, é fundamental que 
ela contenha algum sentido para que possa ser compreendida pelo 
receptor. Por fazer a mediação da combinação entre palavras e 
orações, a sintaxe é essencial para que essa compreensão se efetive. 
Para que se possa compreender a análise sintática, é importante 
retomarmos alguns conceitos, como o de frase, oração e período. 
Vejamos:
Frase 
Trata-se de um enunciado que carrega um sentido completo 
que possui sentido integral, podendo ser constituída por somente 
uma ou várias palavras podendo conter verbo (frase verbal) ou 
não (frase nominal). Uma frase pode exprimir ideias, sentimentos, 
apelos ou ordens. Exemplos: “Saia!”, “O presidente vai fazer seu 
discurso.”, “Atenção!”, “Que horror!”. 
A ordem das palavras: associada à pontuação apropriada, 
a disposição das palavras na frase também é fundamental para a 
compreensão da informação escrita, e deve seguir os padrões da 
Língua Portuguesa. Observe que a frase “A professora já vai falar.” 
Pode ser modificada para, por exemplo, “Já vai falar a professora.” , 
sem que haja prejuízo de sentido. No entanto, a construção “Falar a 
já professora vai.” , apesar da combinação das palavras, não poderá 
ser compreendida pelo interlocutor. 
Oração
É uma unidade sintáticaque se estrutura em redor de um 
verbo ou de uma locução verbal. Uma frase pode ser uma oração, 
desde que tenha um verbo e um predicado; quanto ao sujeito, nem 
sempre consta em uma oração, assim como o sentido completo. O 
importante é que seja compreensível pelo receptor da mensagem. 
Analise, abaixo, uma frase que é oração com uma que não é. 
1 – Silêncio!”: É uma frase, mas não uma oração, pois não 
contém verbo. 
2 – “Eu quero silêncio.”: A presença do verbo classifica a frase 
como oração. 
Unidade sintática (ou termo sintático): a sintaxe de uma 
oração é formada por cada um dos termos, que, por sua vez, 
estabelecem relação entre si para dar atribuir sentido à frase. No 
exemplo supracitado, a palavra “quero” deve unir-se às palavras 
“Eu” e “silêncio” para que o receptor compreenda a mensagem. 
Dessa forma, cada palavra desta oração recebe o nome de termo 
ou unidade sintática, desempenhando, cada qual, uma função 
sintática diferente.
Classificação das orações: as orações podem ser simples ou 
compostas. As orações simples apresentam apenas uma frase; as 
compostas apresentam duas ou mais frases na mesma oração. 
Analise os exemplos abaixo e perceba que a oração composta tem 
duas frases, e cada uma tem seu próprio sentido. 
– Oração simples: “Eu quero silêncio.” 
– Oração composta: “Eu quero silêncio para poder ouvir o 
noticiário”. 
Período 
É a construção composta por uma ou mais orações, sempre com 
sentido completo. Assim como as orações, o período também pode 
ser simples ou composto, que se diferenciam em razão do número 
de orações que apresenta: o período simples contém apenas uma 
oração, e o composto mais de uma. Lembrando que a oração é uma 
frase que contém um verbo. Assim, para não ter dúvidas quanto à 
classificação, basta contar quantos verbos existentes na frase.
– Período simples: “Resolvo esse problema até amanhã.” - 
apresenta apenas um verbo. 
– Período composto: Resolvo esse problema até amanhã ou 
ficarei preocupada.” - contém dois verbos. 
LÍNGUA PORTUGUESA
21
a solução para o seu concurso!
Editora
 — Análise Sintática 
É o nome que se dá ao processo que serve para esmiuçar a 
estrutura de um período e das orações que compõem um período. 
Termos da oração: é o nome dado às palavras que atribuem 
sentido a uma frase verbal. A reunião desses elementos forma o 
que chamamos de estrutura de um período. Os termos essenciais 
se subdividem em: essenciais, integrantes e acessórios. Acompanhe 
a seguir as especificidades de cada tipo. 
1 – Termos Essenciais (ou fundamentais) da oração
Sujeito e Predicado: enquanto um é o ser sobre quem/o qual 
se declara algo, o outro é o que se declara sobre o sujeito e, por 
isso, sempre apresenta um verbo ou uma locução verbal, como nos 
respectivos exemplos a seguir:
Exemplo: em “Fred fez um lindo discurso.”, o sujeito é “Fred”, 
que “fez um lindo discurso” (é o restante da oração, a declaração 
sobre o sujeito). 
Nem sempre o sujeito está no início da oração (sujeito direto), 
podendo apresentar-se também no meio da fase ou mesmo após 
o predicado (sujeito inverso). Veja um exemplo para cada um dos 
respectivos casos: 
“Fred fez um lindo discurso.” 
 “Um lindo discurso Fred fez.” 
“Fez um lindo discurso, Fred.” 
– Sujeito determinado: é aquele identificável facilmente pela 
concordância verbal. 
– Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo 
ligado ao verbo. Ex.: “Júlia passou no teste”. 
– Sujeito determinado composto: possui dois ou mais núcleos. 
Ex.: “Júlia e Felipe passaram no teste.” 
– Sujeito determinado implícito: não aparece facilmente na 
oração, mas a frase é dotada de entendimento. Ex.: “Passamos no 
teste.” Aqui, o termo “nós” não está explícito na oração, mas a 
concordância do verbo o destaca de forma indireta. 
– Sujeito indeterminado: é o que não está visível na oração 
e, diferente do caso anterior, não há concordância verbal para 
determiná-lo. 
Esse sujeito pode aparecer com: 
– Verbo na 3a pessoa do plural. Ex.: “Reformaram a casa velha”. 
– Verbo na 3a pessoa do singular + pronome “se”: “Contrata-se 
padeiro.”». 
– Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você 
estiver lá.” 
– Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado, 
e sua mensagem está centralizada no verbo, que é impessoal. 
Essas orações podem ter verbos que constituam fenômenos da 
natureza, ou os verbos ser, estar, haver e fazer quando indicativos 
de fenômeno meteorológico ou tempo. Observe os exemplos: 
“Choveu muito ontem”. 
“Era uma hora e quinze”.
– Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e 
verbo, ou entre verbo e complementos. Os verbos, por sua vez, 
também recebem sua classificação, conforme abaixo: 
– Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adiante 
para passar a informação adequada. Em outras palavras, é o verbo 
que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa 
compreensão, esse trânsito do verbo, o complemento pode ser 
direto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e 
complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e 
complemento são unidos por preposição. Ex.: “Preciso de dinheiro.”
– Verbo intransitivo: não requer complemento, é provido de 
sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, nascer, nadar, 
cair, mergulhar, correr. 
– Verbo de ligação: servem para expressar características de 
estado ao sujeito, sendo eles: estado permanente (“Pedro é alto.”), 
estado de transição (“Pedro está acamado.”), estado de mutação 
(“Pedro esteve enfermo.”), estado de continuidade (“Pedro continua 
esbelto.”) e estado aparente (“Pedro parece nervoso.”). 
– Predicados nominais: são aqueles que têm um nome 
(substantivo ou adjetivo) como cujo núcleo significativo da oração. 
Ademais, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade, 
e é composto por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito. 
– Predicativo do sujeito: é um termo que atribui características 
ao sujeito por meio de um verbo. Exemplo: em “Marta é 
inteligente.”, o adjetivo é o predicativo do sujeito “Marta”, ou seja, 
é sua característica de estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo 
“ser” (é), que é o verbo de ligação entre Marta e sua característica 
atual. Esse elemento não precisa ser, obrigatoriamente, um adjetivo, 
mas pode ser uma locução adjetiva, ou mesmo um substantivo ou 
palavra substantivada. 
– Predicado Verbo-Nominal: esse tipo deve apresentar sempre 
um predicativo do sujeito associado a uma ação do sujeito acrescida 
de uma qualidade sua. Exemplo: “As meninas saíram mais cedo da 
aula. Por isso, estavam contentes. 
O sujeito “As meninas” possui como predicado o verbo “sair” 
e também o adjetivo “contentes”. Logo, “estavam contentes” é o 
predicativo do sujeito e o verbo de ligação é “estar”. 
2 – Termos integrantes da oração
Basicamente, são os termos que completam os verbos de uma 
oração, atribuindo sentindo a ela. Eles podem ser complementos 
verbais, complementos nominais ou mesmo agentes da passiva. 
– Complementos Verbais: como sugere o nome, esses termos 
completam o sentido de verbos, e se classificam da seguinte forma: 
– Objeto direto: completa verbos transitivos diretos, não 
exigindo preposição. 
– Objeto indireto: complementam verbos transitivos indiretos, 
isto é, aqueles que dependem de preposição para que seu sentido 
seja compreendido. 
Quanto ao objeto direto, podemos ter: 
– Um pronome substantivo: “A equipe que corrigiu as provas.” 
– Um pronome oblíquo direto: “Questionei-a sobre o 
acontecido.” 
– Um substantivo ou expressão substantivada: “Ele consertou 
os aparelhos.»
– Complementos Nominais: esses termos completam o sentido 
de uma palavra, mas não são verbos; são nomes (substantivos, 
adjetivos ou advérbios), sempre seguidos por preposição. Observe 
os exemplos:
LÍNGUA PORTUGUESA
2222
a solução para o seu concurso!
Editora
– “Maria estava satisfeita com seus resultados.” – observe que 
“satisfeita” é adjetivo, e “com seus resultados” é complementonominal. 
– “O entregador atravessou rapidamente pela viela. – 
“rapidamente” é advérbio de modo. 
– “Eu tenho medo do cachorro.” – Nesse caso, “medo” é um 
substantivo. 
– Agentes da Passiva: são os termos de uma oração que praticam 
a ação expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva. Assim, 
estão normalmente acompanhados pelas preposições de e por. 
Observe os exemplos do item anterior modificados para a voz 
passiva: 
– “Os resultados foram motivo de satisfação de Maria.” 
– “O cachorro foi alvo do meu medo.” 
– “A viela foi atravessada rapidamente pelo entregador.” 
3 – Termos acessórios da oração
Diversamente dos termos essenciais e integrantes, os termos 
acessórios não são fundamentais o sentido da oração, mas servem 
para complementar a informação, exprimindo circunstância, 
determinando o substantivo ou caracterizando o sujeito. Confira 
abaixo quais são eles: 
– Adjunto adverbial: são os termos que modificam o sentido 
do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Analise os exemplos: 
“Dormimos muito.” 
O termo acessório “muito” classifica o verbo “dormir”. 
“Ele ficou pouco animado com a notícia.” 
O termo acessório “pouco” classifica o adjetivo “animado” 
“Maria escreve bastante bem.” 
O termo acessório “bastante” modifica o advérbio “bem”. 
Os adjuntos adverbiais podem ser: 
– Advérbios: pouco, bastante, muito, ali, rapidamente longe, etc. 
– Locuções adverbiais: o tempo todo, às vezes, à beira-mar, etc. 
– Orações: «Quando a mercadoria chegar, avise.” (advérbio de 
tempo). 
– Adjunto adnominal: é o termo que especifica o substantivo, 
com função de adjetivo. Em razão disso, pode ser representado 
por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais adjetivos ou 
pronomes adjetivos. Analise o exemplo: 
“O jovem apaixonado presenteou um lindo buquê à sua colega 
de escola.” 
– Sujeito: “jovem apaixonado” 
– Núcleo do predicado verbal: “presenteou” 
– Objeto direto do verbo entregar: “um lindo buquê” 
– Objeto indireto: “à amiga de classe” – Adjuntos adnominais: 
no sujeito, temos o artigo “o” e “apaixonado”, pois caracterizam 
o “jovem”, núcleo do sujeito; o numeral “um” e o adjetivo “lindo” 
fazem referência a “buquê” (substantivo); o artigo “à” (contração 
da preposição + artigo feminino) e a locução “de trabalho” são os 
adjuntos adnominais de “colega”. 
– Aposto: é o termo que se relaciona com o sujeito para 
caracterizá-lo, contribuindo para a complementação uma 
informação já completa. Observe os exemplos:
 “Michael Jackson, o rei do pop, faleceu há uma década.” 
 “Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 1950.” 
– Vocativo: esse termo não apresenta relação sintática nem 
com sujeito nem com predicado, tendo sua função no chamamento 
ou na interpelação de um ouvinte, e se relaciona com a 2a pessoa 
do discurso. Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a 
quem ela é dirigida. Podem ser acompanhados de interjeições de 
apelo. Observe: 
“Ei, moça! Seu documento está pronto!” 
“Senhor, tenha misericórdia de nós!” 
“Vista o casaco, filha!” 
— Estudo da relação entre as orações 
Os períodos compostos são formados por várias orações. 
As orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de 
subordinação. 
– Período composto por coordenação: é formado por 
orações independentes. Apesar de estarem unidas por conjunções 
ou vírgulas, as orações coordenadas podem ser entendidas 
individualmente porque apresentam sentidos completos. 
Acompanhe a seguir a classificação das orações coordenadas:
– Oração coordenada aditiva: “Assei os salgados e preparei os 
doces.” 
– Oração coordenada adversativa: “Assei os salgados, mas não 
preparei os doces.” 
– Oração coordenada alternativa: “Ou asso os salgados ou 
preparo os doces.” 
– Oração coordenada conclusiva: “Marta estudou bastante, 
logo, passou no exame.” 
– Oração coordenada explicativa: “Marta passou no exame 
porque estudou bastante.” 
– Período composto por subordinação: são constituídos por 
orações dependentes uma da outra. Como as orações subordinadas 
apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas 
de forma separada. As orações subordinadas são divididas em 
substantivas, adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos: 
– Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado 
que o suspeito era realmente o culpado.” 
– Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não 
queria que isso acontecesse.” 
– Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É 
obrigatório de que todos os estudantes sejam assíduos.” 
– Oração subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho 
expectativa de que os planos serão melhores em breve!” 
– Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa 
é que meus pais são saudáveis.” 
– Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba 
disto: que tudo esteja organizado quando eu voltar!” 
– Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me 
demorar porque tenho hora marcada na psicóloga.” 
– Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão 
felizes que pulamos de alegria.” 
– Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando 
para que nós chegássemos a casa em segurança.” 
– Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu 
cheguei, eles iniciaram o trabalho.” 
LÍNGUA PORTUGUESA
23
a solução para o seu concurso!
Editora
– Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo, 
espero por você.» 
– Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que 
estivesse cansado, concluiu a maratona.” 
– Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia 
como se ainda vivesse no interior.”
– Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme 
combinamos anteriormente, entregarei o produto até amanhã.” 
– Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais 
me exercito, mais tenho disposição.” 
– Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que 
passou no concurso, mudou-se para o interior.” 
– Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve 
enferma conseguiu ser aprovada nas provas.”
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL; 
Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal 
estudam a sintonia entre os componentes de uma oração. 
– Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao 
sujeito, sendo que o primeiro deve, obrigatoriamente, concordar 
em número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a, 
2a, ou 3a pessoa) com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é 
flexionado para concordar com o sujeito.
– Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero 
(flexão em masculino e feminino) e número entre os vários nomes 
da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos 
e o adjetivo. Em outras palavras, refere-se ao substantivo e suas 
formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal 
concordância ocorre em gênero e pessoa
Casos específicos de concordância verbal 
Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três 
situações em que o verbo no infinitivo é flexionado: 
I – Quando houver um sujeito definido; 
II – Sempre que se quiser determinar o sujeito; 
III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração 
forem distintos.
 Observe os exemplos: 
“Eu pedir para eles fazerem a solicitação.” 
“Isto é para nós solicitarmos.” 
Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão 
verbal quando o sujeito não for definido, ou sempre que o sujeito 
da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo 
em locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos 
imperativos. 
Exemplos: 
“Os membros conseguiram fazer a solicitação.” 
“Foram proibidos de realizar o atendimento.” 
Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos, 
verbo ficará sempre em concordância com a 3a pessoa do singular, 
tendo em vista que não existe um sujeito.
Observe os casos a seguir:
– Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer, 
nevar, amanhecer.
Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.» 
– O verbo haver com sentido de existir.Exemplo: “Havia duas 
professoras vigiando as crianças.” 
– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz duas 
horas que estamos esperando.” 
Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes 
tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito, há concordância 
verbal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer 
no singular ou no plural: 
– “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.”
– “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos 
do que ocorreria.” 
Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo, 
ou faz concordância com o termo precedente ao pronome, ou 
permanece na 3a pessoa do singular: 
– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.» 
Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo 
concorda com o termo que antecede o pronome: 
– “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.» 
– “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.»
Concordância verbal com a partícula de indeterminação do 
sujeito se: nesse caso, o verbo cria concordância com a 3a pessoa do 
singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos 
ou por verbos transitivos indiretos: 
– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.” 
Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo 
concorda com o objeto direto, que desempenha a função de sujeito 
paciente, podendo aparecer no singular ou no plural: 
– Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.” 
Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria, 
a maior parte: preferencialmente, o verbo fará concordância com 
a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode 
ser empregada: 
– “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos 
entraram.” 
– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das 
pessoas entenderam.”
Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve 
concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo, 
mas também concordar com a forma no masculino plural: 
– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.”
– “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.” 
Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo 
concorda em gênero e número com os pronomes pessoais:
– “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”
– “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”
LÍNGUA PORTUGUESA
2424
a solução para o seu concurso!
Editora
Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular, se 
houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o substantivo deve estar no plural: 
– “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o xadrez.”
– “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e xadrez.” 
Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas expressões, o adjetivo flexiona em gênero e número, sempre que 
houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista esse artigo, o adjetivo deve permanecer invariável, no masculino singular: 
– “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É proibido circulação de pessoas não identificadas.”
– “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada de crianças acompanhadas.” 
Concordância nominal com menos: a palavra menos permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela advérbio ou 
adjetivo: 
– “Menos pessoas / menos pessoas”.
– “Menos problema /menos problemas.” 
Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe, barato, meio e caro: esses termos instauram concordância em gênero e 
número com o substantivo quando exercem função de adjetivo: 
– “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.” 
– “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”. 
– “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.”
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL; 
Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando, em um enunciado ou 
oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina termo determinante, essa relação entre esses 
termos denominamos regência.
— Regência Nominal
É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um substantivo, um adjetivo ou um 
advérbio e será o termo determinante. 
O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse pelo complemento. 
Observe os exemplos:
“A nova entrada é acessível a cadeirantes.” 
“Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”
“Ele é perito em investigações como esta.”
Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O mesmo ocorre com os 
substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem as preposições de e em para completude de seus 
sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição 
para que seu sentido seja completo. 
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A
acessível a cego a fiel a nocivo a
agradável a cheiro a grato a oposto a
alheio a comum a horror a perpendicular a
análogo a contrário a idêntico a posterior a
anterior a desatento a inacessível a prestes a
apto a equivalente a indiferente a surdo a
atento a estranho a inerente a visível a
avesso a favorável a necessário a
LÍNGUA PORTUGUESA
25
a solução para o seu concurso!
Editora
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR
admiração por devoção por responsável por
ansioso por respeito por
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE
amante de cobiçoso de digno de inimigo de natural de sedento de
amigo de contemporâneo de dotado de livre de obrigação de seguro de
ávido de desejoso de fácil de longe de orgulhoso de sonho de
capaz de diferente de impossível de louco de passível de
cheio de difícil de incapaz de maior de possível de
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM
doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em
exato em incessante em lento em parco em versado em
firme em indeciso em morador em perito em
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA
apto para essencial para mau para
bastante para impróprio para pronto para
bom para inútil para próprio para
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM
amoroso com compatível com descontente com intolerante com
aparentado com cruel com furioso com liberal com
caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com
— Regência Verbal 
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Um verbo 
possui a mesma regência do nome do qual deriva. 
Observe as duas frases:
 I – “Eles irão ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica como verbo transitivo direto; 
“ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento. 
II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum lugar), portanto, é verbo 
transitivo indireto. 
VERBO No sentido de / pela transitividade
REGE
PREPOSIÇÃO? EXEMPLO
Assistir
ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”
ver SIM “Você assistiu ao jogo?”
pertencer SIM “Assiste aos cidadãos o direito de protestar.”
Custar
valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”
desafio, dano, peso moral SIM “Dizer a verdade custou a ela.”
Proceder
fundamento / verbo 
instransitivo NÃO “Isso não procede.”
origem SIM “Essa conclusão procede de muito vivência.”
LÍNGUA PORTUGUESA
2626
a solução para o seu concurso!
Editora
Visar
finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”
avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”
Querer
desejo NÃO “Queremos sair cedo.”
estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”
Aspirar
pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”
absorção ou respiração NÃO “Evite aspirar fumaça.”
Implicar
consequência / verbo 
transitivo direto NÃO “A sua solicitação implicará alteração do meu trajeto.”
insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”
Chamar
convocação NÃO “Chame todos!”apelido Rege complemento, com e sem preposição
“Chamo a Talita de Tatá.”
“Chamo Talita de Tatá.”
“Chamo a Talita Tatá.”
“Chamo Talita Tatá.”
Pagar
o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”
a quem se paga SIM “Pague ao credor.”
Chegar
quem chega, chega a algum 
lugar / verbo transitivo 
indireto
SIM “Quando chegar ao local, espere.”
Obedecer quem obedece a algo / alguém / transitivo indireto SIM “Obedeçam às regras.”
Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”
Informar verbo transitivo direito e indireto, portanto...
... exige um 
complemento sem e 
outro com preposição
“Informe o ocorrido ao gerente.”
Ir quem vai vai a algum lugar / verbo transitivo indireto SIM “Vamos ao teatro.”
Morar Quem mora em algum lugar (verbo transitivo indireto) SIM
“Eles moram no interior.”
(Preposição “em” + artigo “o”).
Namorar verbo transitivio direito NÃO “Júlio quer namorar Maria.”
Preferir verbo bi transitivo (direto e indireto) SIM “Prefira assados a frituras.”
Simpatizar
quem simpatiza simpatiza 
com algo/ alguém/ verbo 
transitivo indireto
SIM “Simpatizei-me com todos.”
COLOCAÇÃO PRONOMINAL; FORMAS DE TRATAMENTO (USOS E ADEQUAÇÕES)
Colocação pronominal
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do pronome 
antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou após 
o verbo – ênclise.
De acordo com a norma culta, no português escrito não se inicia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na linguagem 
falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas não 
forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que prejudique a eufonia da frase.
LÍNGUA PORTUGUESA
27
a solução para o seu concurso!
Editora
Próclise
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.
Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.
Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pacientemente.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.
Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.
Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?
Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito anteposto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!
Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não sejam reduzidas: Percebia que o observavam.
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando, tudo dá.
Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus intentos são para nos prejudicarem.
Ênclise
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.
Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do indicativo: Trago-te flores.
Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!
Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela preposição em: Saí, deixando-a aflita.
Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise: Apres-
sei-me a convidá-los.
Mesóclise
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.
É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no futuro do pretérito que iniciam a oração.
Dir-lhe-ei toda a verdade.
Far-me-ias um favor?
Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.
Eu lhe direi toda a verdade.
Tu me farias um favor?
Colocação do pronome átono nas locuções verbais
Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deverá 
ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
Exemplos:
Devo-lhe dizer a verdade.
Devo dizer-lhe a verdade.
Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes do auxiliar ou depois do principal.
Exemplos:
Não lhe devo dizer a verdade.
Não devo dizer-lhe a verdade.
Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise, o pronome átono ficará depois do auxiliar.
Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.
Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do auxiliar.
Exemplo: Não lhe havia dito a verdade. 
Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois do infinitivo.
Exemplos:
Hei de dizer-lhe a verdade.
Tenho de dizer-lhe a verdade. 
Observação
Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções:
LÍNGUA PORTUGUESA
2828
a solução para o seu concurso!
Editora
Devo-lhe dizer tudo.
Estava-lhe dizendo tudo.
Havia-lhe dito tudo.
formas de tratamento (usos e adequações)
Tratam-se termos solenes que, em geral, são empregados em contextos formais — a única exceção é o pronome você. Eles têm a 
função de promover uma referência direta do locutor para interlocutor (parceiros de comunicação). São divididos conforme o nível de 
formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome de tratamento específico. Apesar de expressarem interlocução (diálogo), à qual 
seria adequado o emprego do pronome na segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os verbos devem ser 
usados em 3a pessoa.
PRONOME USO ABREVIAÇÕES
Você situações informais V./VV
Senhor (es) e 
Senhora (s) pessoas mais velhas Sr. Sr.
a (singular) e Srs. , Sra.s. (plural)
Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a/V.Sas
Vossa Excelência altas autoridades, como Presidente da República, senadores, deputados, embaixadores V. Ex.
a/ V. Ex.as
Vossa Magnificência reitores das Universidades V. Mag.a/V. Mag.as
Vossa Alteza príncipes, princesas, duques V.A (singular) e V.V.A.A. (plural)
Vossa Reverendíssima sacerdotes e religiosos em geral V. Rev. m.a/V. Rev. m. as
Vossa Eminência cardeais V. Ex.a/V. Em.as
Vossa Santidade Papa V.S.
NOÇÕES DE FONÉTICA
— Definições Gerais
Fonética e Fonologia são ramos que integram a primeira parte dos estudos da Gramática Descritiva e se dedicam ao estudo das 
características e dos fenômenos físicos, fisiológicos e fônicos da língua. Seus objetivos são a investigação e a classificação dos dos sons 
da fala, que nada mais são do que os componentes mínimos da linguagem articulada. A fonética concentra-se nos sons da fala em sua 
realização efetiva, enquanto a fonologia volta-se para o sistema de fonemas. Por seus objetos de estudo estarem estritamente vinculados, 
essas áreas são compreendidas como complementares. 
Fonética
Analisa as propriedades fisiológicas e acústicas dos sons reais dos atos de fala, abrangendo a produção desses sons, bem como suas 
articulações e variações. Em outros termos, procura investigar a realização concreta dos sons das palavras. 
Os sons e a formação das palavras: sempre que alguém profere uma fala, sons são produzidos pela corrente de ar que é liberada dos 
pulmões; esses sons associam-se para constituir palavras. Nesse processo, o sentido das palavras pode ser modificado se houver alguma 
alteração na geração do som. 
Exemplo: as palavras gado e gato possuem sons semelhantes, a não ser pelo [d] e pelo [t]. Essa mínima diferença altera o significado 
de cada uma dessas palavras. 
LÍNGUA PORTUGUESA
29
a solução para o seu concurso!
Editora
Exemplo de análise fonética: 
[a] = vogal baixa central 
arredondada [b] = oclusiva bilabial vozeada
[e] = vogal média alta anterior 
não arredondada
[p] = oclusiva bilabial 
desvozeada/surda
[i] = vogal alta anterior não 
arredondada [d] = oclusiva velar vozeada
[o] = vogal média alta posterior 
arredondada
[t] = Oclusiva alveolar 
desvozeada/surda
[u] = vogal alta posterior 
arredondada
[tʃ] = Africada alveopalatal 
desvozeada/surda
Fonologia 
É o estudo dos sons (fonemas) de uma língua. Lembrando 
que fonema consiste na representação sonora de uma letra ou de 
um grupo de letras; fonema é som. De acordo com a Fonologia, o 
fonema é umaunidade acústica desprovida de significado, o que 
quer dizer que esses componentes consistem nos distintos sons que 
são produzidos que possamos manifestar nossas ideias, emoções e 
sentimentos, em virtude da união de unidades diferenciadas. Tais 
unidades, por sua vez, ao se juntarem, formam as palavras e as 
sílabas. 
– Palavras: constituem a unidade básica da interação verbal e 
são formadas pela junção das sílabas. 
– Sílabas: unidades menores que as palavras: na fala, temos 
sílabas e sons; na escrita, sílabas e letras. 
– Fonemas: com origem na junção dos termos gregos fono 
(som) + emas (unidades distintas), os fonemas são as menores 
unidades de som que compõem as palavras. 
– Classificação dos fonemas: devido aos diversos tipos de sons 
gerados pela corrente que parte dos pulmões em direção a órgãos 
específicos, com ou sem obstrução, seja pela boca e/ou pelo nariz, 
os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes.
NOÇÕES DE PROSÓDIA
Ligando-se diretamente à correta produção dos fonemas e 
à perfeita colocação do acento tônico nas palavras, existem duas 
partes da gramática que se preocupam com a pronúncia-padrão do 
português. São elas a ortoépia e a prosódia.
Ortoépia 
É a correta articulação e pronúncia dos grupos fônicos, está 
relacionada com a perfeita emissão das vogais, a correta articulação 
das consoantes e a ligação de vocábulos dentro de contextos. 
Os erros de ortoépia caracterizam a linguagem popular, ao ar-
ticular uma palavra, os falantes normalmente obedecem à lei do 
menor esforço. Dessa forma, são comuns casos como: “róba” em 
vez de rouba, “alejar” em vez de aleijar, “adivogado” em vez de ad-
vogado.
Erros cometidos contra a ortoépia são chamados de cacoépia. 
Alguns exemplos:
- pronunciar erradamente vogais quanto ao timbre - pronún-
cia correta, timbre fechado (ê, ô): omelete, alcova, crosta; pronún-
cia errada, timbre aberto (é, ó): omelete, alcova, crosta.
- omitir fonemas - cantar/cantá, trabalhar/trabalhá, amor/
amô, abóbora/abóbra, prostrar/prostar, reivindicar/revindicar.
- acréscimo de fonemas - pneu/peneu, freada/freiada, bande-
ja/bandeija.
- substituição de fonemas - cutia/cotia, cabeçalho/cabeçário, 
bueiro/boeiro.
- troca de posição de um ou mais fonemas - caderneta/carde-
neta, bicarbonato/bicabornato, muçulmano/mulçumano.
- nasalização de vogais - sobrancelha/sombrancelha, mendi-
go/mendingo, bugiganga/bungiganga ou buginganga.
- pronunciar a crase - A aula iria acabar às cinco horas. / A aula 
iria acabar as cinco horas.
- ligar as palavras na frase de forma incorreta - A/ aula iria/ 
acabar/ as/ cinco horas. Forma correta: A aula/ iria acabar/ às cinco 
horas. 
Prosódia
Está relacionada com a correta acentuação e entonação das pa-
lavras tomando como padrão a língua considerada culta. Sua princi-
pal preocupação é o conhecimento da sílaba tônica de uma palavra. 
Cometer um erro de prosódia, por exemplo, é transformar uma 
palavra paroxítona (como rubrica) em proparoxítona (rúbrica). Tais 
erros são chamados de silabadas.
Abaixo estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que 
frequentemente geram dúvidas quanto à prosódia:
- oxítonas - Ex.: cateter, cister, condor, hangar, mister, negus, 
Nobel, novel, recém, refém, ruim, sutil, ureter.
- paroxítonas - Ex.: avaro, avito, barbárie, caracteres, carto-
mancia, ciclope, erudito, ibero, gratuito, ônix, poliglota, pudico, ru-
brica, tulipa.
- proparoxítonas - Ex.: aeródromo, alcoólatra, álibi, âmago, an-
tídoto, elétrodo, lêvedo, protótipo, quadrúmano, vermífugo, zéfiro.
Há algumas palavras cujo acento prosódico é incerto, oscilan-
te, mesmo na língua culta. Exemplos: acróbata/acrobata, Oceânia/
Oceania, xerox/xérox e outras. Outras assumem significados dife-
rentes, de acordo com a acentuação. Ex.: valido/válido, vivido/ví-
vido.
ESTRUTURA DO PARÁGRAFO. 
Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si 
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do 
texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as 
ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto. 
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento 
e o do leitor.
Parágrafo
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é 
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma-
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto 
LÍNGUA PORTUGUESA
3030
a solução para o seu concurso!
Editora
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela-
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre-
sentada na introdução.
Embora existam diferentes formas de organização de parágra-
fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís-
ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em 
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem 
a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em 
parágrafos curtos, é raro haver conclusão.
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz 
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você 
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo 
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria 
prova.
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e 
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possível 
usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até 
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto.
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado 
e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras 
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma 
pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias 
conclusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento.
Outro aspecto que merece especial atenção são os conecto-
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais 
fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as 
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do perí-
odo, e o tópico que o antecede. 
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto 
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também 
para a clareza do texto. 
Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér-
bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas 
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro, 
sem coerência.
Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta-
tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores. 
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-
trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento 
mais direto.
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS
— Definições e diferenciação
Coesão e coerência são dois conceitos distintos, tanto que um 
texto coeso pode ser incoerente, e vice-versa. O que existe em comum 
entre os dois é o fato de constituírem mecanismos fundamentais 
para uma produção textual satisfatória. Resumidamente, a coesão 
textual se volta para as questões gramaticais, isto é, na articulação 
interna do texto. Já a coerência textual tem seu foco na articulação 
externa da mensagem. 
— Coesão Textual
Consiste no efeito da ordenação e do emprego adequado 
das palavras que proporcionam a ligação entre frases, períodos e 
parágrafos de um texto. A coesão auxilia na sua organização e se 
realiza por meio de palavras denominadas conectivos. 
As técnicas de coesão
A coesão pode ser obtida por meio de dois mecanismos 
principais, a anáfora e a catáfora. Por estarem relacionados à 
mensagem expressa no texto, esses recursos classificam-se como 
endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora 
o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual. 
 
As regras de coesão 
Para que se garanta a coerência textual, é necessário que as 
regras relacionadas abaixo sejam seguidas.
Referência 
– Pessoal: emprego de pronomes pessoais e possessivos. 
Exemplo: 
«Anae Sara foram promovidas. Elas serão gerentes de 
departamento.” Aqui, tem-se uma referência pessoal anafórica 
(retoma termo já mencionado). 
– Comparativa: emprego de comparações com base em 
semelhanças. 
Exemplo: 
“Mais um dia como os outros…”. Temos uma referência 
comparativa endofórica. 
– Demonstrativa: emprego de advérbios e pronomes 
demonstrativos. 
Exemplo: 
“Inclua todos os nomes na lista, menos este: Fred da Silva.” 
Temos uma referência demonstrativa catafórica. 
– Substituição: consiste em substituir um elemento, quer seja 
nome, verbo ou frase, por outro, para que ele não seja repetido. 
Analise o exemplo: 
“Iremos ao banco esta tarde, elas foram pela manhã.” 
Perceba que a diferença entre a referência e a substituição é 
evidente principalmente no fato de que a substituição adiciona ao 
texto uma informação nova. No exemplo usado para a referência, o 
pronome pessoal retoma as pessoas “Ana e Sara”, sem acrescentar 
quaisquer informações ao texto. 
– Elipse: trata-se da omissão de um componente textual – 
nominal, verbal ou frasal – por meio da figura denominando eclipse. 
Exemplo: 
“Preciso falar com Ana. Você a viu?” Aqui, é o contexto que 
proporciona o entendimento da segunda oração, pois o leitor fica 
ciente de que o locutor está procurando por Ana. 
– Conjunção: é o termo que estabelece ligação entre as orações. 
Exemplo: 
“Embora eu não saiba os detalhes, sei que um acidente 
aconteceu.” Conjunção concessiva. 
LÍNGUA PORTUGUESA
31
a solução para o seu concurso!
Editora
– Coesão lexical: consiste no emprego de palavras que fazem 
parte de um mesmo campo lexical ou que carregam sentido 
aproximado. É o caso dos nomes genéricos, sinônimos, hiperônimos, 
entre outros. 
Exemplo: 
“Aquele hospital público vive lotado. A instituição não está 
dando conta da demanda populacional.” 
— Coerência Textual 
A Coerência é a relação de sentido entre as ideias de um texto 
que se origina da sua argumentação – consequência decorrente 
dos saberes conhecimentos do emissor da mensagem. Um texto 
redundante e contraditório, ou cujas ideias introduzidas não 
apresentam conclusão, é um texto incoerente. A falta de coerência 
prejudica a fluência da leitura e a clareza do discurso. Isso quer dizer 
que a falta de coerência não consiste apenas na ignorância por parte 
dos interlocutores com relação a um determinado assunto, mas da 
emissão de ideias contrárias e do mal uso dos tempos verbais. 
Observe os exemplos: 
“A apresentação está finalizada, mas a estou concluindo até 
o momento.” Aqui, temos um processo verbal acabado e um 
inacabado. 
“Sou vegana e só como ovos com gema mole.” Os veganos 
não consomem produtos de origem animal. 
Princípios Básicos da Coerência 
– Relevância: as ideias têm que estar relacionadas.
– Não Contradição: as ideias não podem se contradizer.
– Não Tautologia: as ideias não podem ser redundantes. 
Fatores de Coerência 
– As inferências: se partimos do pressuposto que os 
interlocutores partilham do mesmo conhecimento, as inferências 
podem simplificar as informações. 
Exemplo: 
“Sempre que for ligar os equipamentos, não se esqueça de que 
voltagem da lavadora é 220w”. 
Aqui, emissor e receptor compartilham do conhecimento de 
que existe um local adequado para ligar determinado aparelho. 
– O conhecimento de mundo: todos nós temos uma bagagem 
de saberes adquirida ao longo da vida e que é arquivada na nossa 
memória. Esses conhecimentos podem ser os chamados scripts 
(roteiros, tal como normas de etiqueta), planos (planejar algo 
com um objetivo, tal como jogar um jogo), esquemas (planos de 
funcionamento, como a rotina diária: acordar, tomar café da manhã, 
sair para o trabalho/escola), frames (rótulos), etc. 
Exemplo: 
“Coelhinho e ovos de chocolate! Vai ser um lindo Natal!” 
O conhecimento cultural nos leva a identificar incoerência na 
frase, afinal, “coelho” e “ovos de chocolate” são elementos, os 
chamados frames, que pertencem à comemoração de Páscoa, e 
nada têm a ver com o Natal. 
ESTILÍSTICA: DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO; SEMÂNTICA: 
SINONÍMIA, ANTONÍMIA, HOMONÍMIA, PARONÍMIA, PO-
LISSEMIA; AS PALAVRAS DE RELAÇÃO
Visão Geral: o significado das palavras é objeto de estudo 
da semântica, a área da gramática que se dedica ao sentido das 
palavras e também às relações de sentido estabelecidas entre elas.
Denotação e conotação 
Denotação corresponde ao sentido literal e objetivo das 
palavras, enquanto a conotação diz respeito ao sentido figurado das 
palavras. Exemplos: 
“O gato é um animal doméstico.”
“Meu vizinho é um gato.” 
No primeiro exemplo, a palavra gato foi usada no seu verdadeiro 
sentido, indicando uma espécie real de animal. Na segunda frase, a 
palavra gato faz referência ao aspecto físico do vizinho, uma forma 
de dizer que ele é tão bonito quanto o bichano. 
Hiperonímia e hiponímia
Dizem respeito à hierarquia de significado. Um hiperônimo, 
palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um 
hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito.
Exemplos: 
– Hiperônimo: mamífero: – hipônimos: cavalo, baleia.
– Hiperônimo: jogo – hipônimos: xadrez, baralho.
Polissemia e monossemia 
A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra 
apresentar uma multiplicidade de significados, de acordo com o 
contexto em que ocorre. A monossemia indica que determinadas 
palavras apresentam apenas um significado. Exemplos: 
– “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode por um idioma 
ou um órgão do corpo, dependendo do contexto em que é inserida. 
– A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não 
tem outro significado, por isso é uma palavra monossêmica. 
 
Sinonímia e antonímia 
A sinonímia diz respeito à capacidade das palavras serem 
semelhantes em significado. Já antonímia se refere aos significados 
opostos. Desse modo, por meio dessas duas relações, as palavras 
expressam proximidade e contrariedade.
Exemplos de palavras sinônimas: morrer = falecer; rápido = 
veloz. 
Exemplos de palavras antônimas: morrer x nascer; pontual x 
atrasado.
Homonímia e paronímia 
A homonímia diz respeito à propriedade das palavras apresen-
tarem: semelhanças sonoras e gráficas, mas distinção de sentido 
(palavras homônimas), semelhanças homófonas, mas distinção grá-
fica e de sentido (palavras homófonas) semelhanças gráficas, mas 
distinção sonora e de sentido (palavras homógrafas). A paronímia 
se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de forma pa-
recida, mas que apresentam significados diferentes. Veja os exem-
plos:
LÍNGUA PORTUGUESA
3232
a solução para o seu concurso!
Editora
– Palavras homônimas: caminho (itinerário) e caminho (verbo 
caminhar); morro (monte) e morro (verbo morrer). 
– Palavras homófonas: apressar (tornar mais rápido) e apreçar 
(definir o preço); arrochar (apertar com força) e arroxar (tornar 
roxo).
– Palavras homógrafas: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar); 
boto (golfinho) e boto (verbo botar); choro (pranto) e choro (verbo 
chorar) . 
– Palavras parônimas: apóstrofe (figura de linguagem) e 
apóstrofo (sinal gráfico), comprimento (tamanho) e cumprimento 
(saudação).
FIGURAS DE LINGUAGEM. 
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para 
valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um re-
curso linguístico para expressar de formas diferentes experiências 
comuns, conferindo originalidade, emotividade ao discurso, ou tor-
nando-o poético. 
As figuras de linguagem classificam-se em
– figuras de palavra;
– figuras de pensamento;
– figuras de construção ou sintaxe.
Figuras de palavra
Emprego de um termo com sentido diferente daquele conven-
cionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais ex-
pressivo na comunicação.
Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos co-
nectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente 
vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase.
Exemplos
...a vida é cigana
É caravana
É pedra de gelo ao sol.
(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença)
Encarnado e azulsão as cores do meu desejo.
(Carlos Drummond de Andrade)
Comparação: aproxima dois elementos que se identificam, 
ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal 
como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a com-
paração: parecer, assemelhar-se e outros.
Exemplo
Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando 
você entrou em mim como um sol no quintal.
(Belchior)
Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o 
qual não existe uma designação apropriada.
Exemplos
– folha de papel
– braço de poltrona
– céu da boca
– pé da montanha
Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen-
tidos físicos.
Exemplo 
Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva) 
mecânica.
(Carlos Drummond de Andrade)
A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sineste-
sia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferen-
ça gelada”.
Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade, 
atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o.
Exemplos
O filósofo de Genebra (= Calvino).
O águia de Haia (= Rui Barbosa).
Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que 
a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida.
Exemplos
Leio Graciliano Ramos. (livros, obras)
Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)
Tomei um Danone. (iogurte)
Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné-
doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural.
Exemplo
A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro 
sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo 
plural)
(José Cândido de Carvalho)
Figuras Sonoras
Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral-
mente em posição inicial da palavra.
Exemplo
Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes ve-
ladas.
(Cruz e Sousa)
Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um 
verso ou poesia.
Exemplo
Sou Ana, da cama,
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam.
(Chico Buarque)
LÍNGUA PORTUGUESA
33
a solução para o seu concurso!
Editora
Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou 
na prosódia, mas diferentes no sentido.
Exemplo
Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu
[erro
quero que você ganhe que
[você me apanhe
sou o seu bezerro gritando
[mamãe.
(Caetano Veloso)
Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro-
duzido por seres animados e inanimados.
Exemplo
Vai o ouvido apurado
na trama do rumor suas nervuras
inseto múltiplo reunido
para compor o zanzineio surdo
circular opressivo
zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor
da noite em branco 
(Carlos Drummond de Andrade)
Observação: verbos que exprimem os sons são considerados 
onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc.
Figuras de sintaxe ou de construção
Dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os 
termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.
Podem ser formadas por:
omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
ruptura: anacoluto;
concordância ideológica: silepse.
Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período, 
frase ou verso.
Exemplo
Dentro do tempo o universo
[na imensidão.
Dentro do sol o calor peculiar
[do verão.
Dentro da vida uma vida me
[conta uma estória que fala
[de mim.
Dentro de nós os mistérios
[do espaço sem fim!
(Toquinho/Mutinho)
Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam 
vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por 
vírgulas.
Exemplo
Não nos movemos, as mãos é
que se estenderam pouco a
pouco, todas quatro, pegando-se,
apertando-se, fundindo-se.
(Machado de Assis)
Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde-
nativa mais vezes do que exige a norma gramatical.
Exemplo
Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem 
tuge, nem muge.
(Rubem Braga)
Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter-
mo já expresso.
Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres-
são, dando ênfase à mensagem.
Exemplos
Não os venci. Venceram-me
eles a mim.
(Rui Barbosa)
Morrerás morte vil na mão de um forte.
(Gonçalves Dias)
Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia-
na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado.
Exemplos
Ouvir com os ouvidos.
Rolar escadas abaixo.
Colaborar juntos.
Hemorragia de sangue.
Repetir de novo.
Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben-
tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con-
junções, preposições e verbos.
Exemplos
Compareci ao Congresso. (eu)
Espero venhas logo. (eu, que, tu)
Ele dormiu duas horas. (durante)
No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)
(Camões)
Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anterior-
mente.
Exemplos
Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.
(Camilo Castelo Branco)
 Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes.
(Machado de Assis)
Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elemen-
tos na frase.
LÍNGUA PORTUGUESA
3434
a solução para o seu concurso!
Editora
Exemplos
Passeiam, à tarde, as belas na avenida.
(Carlos Drummond de Andrade)
Paciência tenho eu tido...
(Antônio Nobre)
Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a 
frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do 
período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem 
função sintática definida.
Exemplos
E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas.
(Manuel Bandeira)
Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas bo-
tassem as mãos.
(José Lins do Rego)
Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que 
pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase).
Exemplo
...em cada olho um grito castanho de ódio.
(Dalton Trevisan)
...em cada olho castanho um grito de ódio)
Silepse
Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo 
ou pronome com a pessoa a que se refere.
Exemplos
Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...
(Rachel de Queiroz)
V. Ex.a parece magoado...
(Carlos Drummond de Andrade)
Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com 
o sujeito da oração.
Exemplos
Os dois ora estais reunidos...
(Carlos Drummond de Andrade)
Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas.
(Machado de Assis)
Silepse de número: Não há concordância do número verbal 
com o sujeito da oração.
Exemplo
Corria gente de todos os lados, e gritavam.
(Mário Barreto)
NÍVEIS DE LINGUAGEM. 
Definição de linguagem
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias 
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, 
gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo 
da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti-
cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa 
linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com 
o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as 
incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo 
social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua 
e caem em desuso.
Língua escrita e língua falada
A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua 
falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande 
parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e 
ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é 
mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na 
conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão 
do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas 
pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
Linguagem popular e linguagem culta
Podem valer-se tanto da linguagem popular quantoda lingua-
gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala, 
nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja 
presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou 
valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que 
o diálogo é usado para representar a língua falada.
Linguagem Popular ou Coloquial
Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase 
sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo 
– erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, 
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular 
está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas, 
irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na 
expressão dos esta dos emocionais etc.
A Linguagem Culta ou Padrão
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que 
se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas 
instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela 
obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada na 
linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É 
mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente 
nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações 
científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.
LÍNGUA PORTUGUESA
35
a solução para o seu concurso!
Editora
Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como 
arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam 
a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam 
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de 
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os 
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode 
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário 
de pequenos grupos ou cair em desuso.
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”, 
“mina”, “tipo assim”.
Linguagem vulgar
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco 
ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar 
há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na 
comida”.
Linguagem regional
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa-
drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala-
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, 
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.
Os níveis de linguagem e de fala são determinados pelos fato-
res a seguir:
O interlocutor:
Os interlocutores (emissor e receptor) são parceiros na comu-
nicação, por isso, esse é um dos fatores determinantes para a ade-
quação linguística. O objetivo de toda comunicação é a busca pelo 
sentido, ou seja, precisa haver entendimento entre os interlocuto-
res, caso contrário, não é possível dizer que houve comunicação. 
Por isso, considerar o interlocutor é fundamental. Por exemplo, um 
professor não pode usar a mesma linguagem com um aluno na fa-
culdade e na alfabetização, logo, escolher a linguagem pensando 
em quem será o seu parceiro é um fator de adequação linguística.
Ambiente:
A linguagem também é definida a partir do ambiente, por isso, 
é importante prestar atenção para não cometer inadequações. É 
impossível usar o mesmo tipo de linguagem entre amigos e em um 
ambiente corporativo (de trabalho); em um velório e em um campo 
de futebol; ou, ainda, na igreja e em uma festa.
Assunto:
Semelhante à escolha da linguagem, está a escolha do assunto. 
É preciso adequar a linguagem ao que será dito, logo, não se con-
vida para um chá de bebê da mesma maneira que se convida para 
uma missa de 7º dia. É preciso ter bom senso no momento da es-
colha da linguagem, que deve ser usada de acordo com o assunto.
Relação falante-ouvinte:
A presença ou ausência de intimidade entre os interlocutores é 
outro fator utilizado para a adequação linguística. Portanto, ao pe-
dir uma informação a um estranho, é adequado que se utilize uma 
linguagem mais formal, enquanto para parabenizar a um amigo, a 
informalidade é o ideal.
Intencionalidade (efeito pretendido):
Nenhum texto (oral ou escrito) é despretensioso, ou seja, sem 
pretensão, sem objetivo, todos são carregados de intenções. E para 
cada intenção existe uma forma de linguagem que será compatível, 
por isso, as declarações de amor são feitas diferentes de uma soli-
citação de emprego. Há maneiras distintas para criticar, elogiar ou 
ironizar. É importante fazer essas considerações.
FIGURAS DE LINGUAGEM.
Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado 
em tópicos anteriores.
REDAÇÃO OFICIAL (OFÍCIO, MEMORANDO, ATA, PARECER).
O que é Redação Oficial1
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira 
pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. 
Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo. A reda-
ção oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão 
culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. 
Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que 
dispõe, no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou 
fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de lega-
lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. 
Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de 
toda administração pública, claro está que devem igualmente nor-
tear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Não se concebe 
que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma 
obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transpa-
rência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibili-
dade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que 
um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade 
implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. Além de atender 
à disposição constitucional, a forma dos atos normativos obedece 
a certa tradição. Há normas para sua elaboração que remontam ao 
período de nossa história imperial, como, por exemplo, a obrigato-
riedade – estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 
1822 – de que se aponha, ao final desses atos, o número de anos 
transcorridos desde a Independência. Essa prática foi mantida no 
período republicano. Esses mesmos princípios (impessoalidade, cla-
reza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se 
às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única in-
terpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige 
o uso de certo nível de linguagem. Nesse quadro, fica claro também 
que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois 
há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor 
dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de 
expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos 
cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público).
Outros procedimentos rotineiros na redação de comunicações 
oficiais foram incorporados ao longo do tempo, como as formas de 
tratamento e de cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos 
expedientes, etc. Mencione-se, por exemplo, a fixação dos fechos 
1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm
LÍNGUA PORTUGUESA
3636
a solução para o seu concurso!
Editora
para comunicações oficiais, regulados pela Portaria no 1 do Ministro 
de Estado da Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após mais de meio 
século de vigência, foi revogado pelo Decreto que aprovou a primei-
ra edição deste Manual. Acrescente-se, por fim, que a identificação 
que se buscou fazer das características específicas daforma oficial 
de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha 
a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de 
linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente 
se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a 
redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês 
do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases. 
A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à 
evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com im-
pessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso 
que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do 
texto jornalístico, da correspondência particular, etc. Apresentadas 
essas características fundamentais da redação oficial, passemos à 
análise pormenorizada de cada uma delas.
A Impessoalidade
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela 
escrita. Para que haja comunicação, são necessários: 
a) alguém que comunique, 
b) algo a ser comunicado, e 
c) alguém que receba essa comunicação. 
No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço 
Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Di-
visão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto 
relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa 
comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro ór-
gão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União. Perce-
be-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos 
assuntos que constam das comunicações oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: 
embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Che-
fe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público 
que é feita a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padro-
nização, que permite que comunicações elaboradas em diferentes 
setores da Administração guardem entre si certa uniformidade;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com 
duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre 
concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, 
temos um destinatário concebido de forma homogênea e impes-
soal;
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o uni-
verso temático das comunicações oficiais se restringe a questões 
que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe 
qualquer tom particular ou pessoal. Desta forma, não há lugar na 
redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exem-
plo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de 
jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser 
isenta da interferência da individualidade que a elabora. A concisão, 
a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para 
elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja 
alcançada a necessária impessoalidade.
A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
A necessidade de empregar determinado nível de linguagem 
nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio ca-
ráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalida-
de. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normati-
vo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam 
o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em 
sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo 
se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de 
informar com clareza e objetividade. As comunicações que partem 
dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e 
qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar 
o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há 
dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, 
como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem 
sua compreensão dificultada. Ressalte-se que há necessariamente 
uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extrema-
mente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de 
costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que 
auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc. Para 
mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distân-
cia. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transforma-
ções, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de 
si mesma para comunicar. A língua escrita, como a falada, compre-
ende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por 
exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de deter-
minado padrão de linguagem que incorpore expressões extrema-
mente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de 
estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos 
dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se 
faz da língua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo ocorre 
com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade 
de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o 
uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão cul-
to é aquele em que a) se observam as regras da gramática formal, 
e b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários 
do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do 
padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está aci-
ma das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos 
modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, 
por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos 
os cidadãos.
Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade 
de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de ex-
pressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica empre-
go de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e 
figuras de linguagem próprios da língua literária. Pode-se concluir, 
então, que não existe propriamente um “padrão oficial de lingua-
gem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações 
oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas 
expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das for-
mas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se con-
sagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão 
burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre 
sua compreensão limitada. A linguagem técnica deve ser empre-
gada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso 
indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vo-
cabulário próprio a determinada área, são de difícil entendimento 
por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, 
portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros 
LÍNGUA PORTUGUESA
37
a solução para o seu concurso!
Editora
órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. 
Outras questões sobre a linguagem, como o emprego de neologis-
mo e estrangeirismo, são tratadas em detalhe em 9.3. Semântica.
Formalidade e Padronização
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, 
obedecem a certas regras de forma: além das já mencionadas exi-
gências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é 
imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata 
somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou da-
quele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível 
(v. a esse respeito 2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento); 
mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade 
no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. 
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária 
uniformidade das comunicações. Ora, se a administração federal é 
una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo 
padrão. O estabelecimento desse padrão, uma das metas deste Ma-
nual, exige que se atente para todas as características da redação 
oficial e que se cuide, ainda,da apresentação dos textos. A clareza 
datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a 
correta diagramação do texto são indispensáveis para a padroniza-
ção. Consulte o Capítulo II, As Comunicações Oficiais, a respeito de 
normas específicas para cada tipo de expediente.
Concisão e Clareza
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do 
texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo 
de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com 
essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento 
do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar 
o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se 
percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias 
de ideias. O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao 
princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de empre-
gar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de 
forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, 
não se devem eliminar passagens substanciais do texto no afã de 
reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras 
inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já 
foi dito. Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em 
todo texto de alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias 
secundárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas de-
talhá-las, exemplificá-las; mas existem também ideias secundárias 
que não acrescentam informação alguma ao texto, nem têm maior 
relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas. A 
clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, conforme 
já sublinhado na introdução deste capítulo. Pode-se definir como 
claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. 
No entanto a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende 
estritamente das demais características da redação oficial. Para ela 
concorrem:
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações 
que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; 
b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de en-
tendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação 
restrita, como a gíria e o jargão;
c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a impres-
cindível uniformidade dos textos;
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguís-
ticos que nada lhe acrescentam.
É pela correta observação dessas características que se redige 
com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo 
texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros 
e de erros gramaticais provém principalmente da falta da releitu-
ra que torna possível sua correção. Na revisão de um expediente, 
deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão por seu 
destinatário. O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por 
terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assuntos em de-
corrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com 
que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre 
é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técni-
cos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos 
que não possam ser dispensados. A revisão atenta exige, necessa-
riamente, tempo. A pressa com que são elaboradas certas comu-
nicações quase sempre compromete sua clareza. Não se deve pro-
ceder à redação de um texto que não seja seguida por sua revisão. 
“Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. 
Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir.
As comunicações oficiais
A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, se-
guir os preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais da 
Redação Oficial. Além disso, há características específicas de cada 
tipo de expediente, que serão tratadas em detalhe neste capítulo. 
Antes de passarmos à sua análise, vejamos outros aspectos comuns 
a quase todas as modalidades de comunicação oficial: o emprego 
dos pronomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificação 
do signatário.
Pronomes de Tratamento
Breve História dos Pronomes de Tratamento
O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem 
larga tradição na língua portuguesa. De acordo com Said Ali, após 
serem incorporados ao português os pronomes latinos tu e vos, 
“como tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a 
palavra”, passou-se a empregar, como expediente linguístico de dis-
tinção e de respeito, a segunda pessoa do plural no tratamento de 
pessoas de hierarquia superior. Prossegue o autor: “Outro modo de 
tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a palavra a um 
atributo ou qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e 
não a ela própria. Assim aproximavam-se os vassalos de seu rei com 
o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim usou-se 
o tratamento ducal de vossa excelência e adotou-se na hierarquia 
eclesiástica vossa reverência, vossa paternidade, vossa eminência, 
vossa santidade. ” A partir do final do século XVI, esse modo de 
tratamento indireto já estava em voga também para os ocupantes 
de certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê, e de-
pois para o coloquial você. E o pronome vós, com o tempo, caiu em 
desuso. É dessa tradição que provém o atual emprego de pronomes 
de tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos às autorida-
des civis, militares e eclesiásticas.
Concordância com os Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) 
apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, 
nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gra-
LÍNGUA PORTUGUESA
3838
a solução para o seu concurso!
Editora
matical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comuni-
cação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo 
concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo 
sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelên-
cia conhece o assunto”. Da mesma forma, os pronomes possessivos 
referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pes-
soa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa... vos-
so...”). Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero 
gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e 
não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso in-
terlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefa-
do”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa 
Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
Emprego dos Pronomes de Tratamento
Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece 
a secular tradição. São de uso consagrado:
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo;
Presidente da República;
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Fe-
deral;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de 
cargos de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministro do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
c) do Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos 
Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respec-
tivo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Fede-
ral.
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, 
seguido do cargo respectivo:
Senhor Senador,
Senhor Juiz,
Senhor Ministro,Senhor Governador,
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às 
autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Ministro de Estado da Justiça
70.064-900 – Brasília. DF
A Sua Excelência o Senhor
Senador Fulano de Tal
Senado Federal
70.165-900 – Brasília. DF
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10a Vara Cível
Rua ABC, no 123
01.010-000 – São Paulo. SP
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento 
digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dig-
nidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, 
sendo desnecessária sua repetida evocação.
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e 
para particulares. O vocativo adequado é:
Senhor Fulano de Tal,
(...)
No envelope, deve constar do endereçamento:
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, nº 123
70.123 – Curitiba. PR
Como se depreende do exemplo acima fica dispensado o em-
prego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem 
o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o 
uso do pronome de tratamento Senhor. Acrescente-se que doutor 
não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo 
indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em 
comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem 
concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por 
doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em 
Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a dese-
jada formalidade às comunicações. Mencionemos, ainda, a forma 
Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em comu-
nicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o 
vocativo: 
Magnífico Reitor,
(...)
Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a 
hierarquia eclesiástica, são:
Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O voca-
tivo correspondente é:
Santíssimo Padre,
(...)
LÍNGUA PORTUGUESA
39
a solução para o seu concurso!
Editora
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em co-
municações aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo:
Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,
(...)
Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações 
dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Se-
nhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores 
religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos 
e demais religiosos.
Fechos para Comunicações
O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade 
óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos 
para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Por-
taria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze 
padrões. Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual 
estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para to-
das as modalidades de comunicação oficial:
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Re-
pública:
Respeitosamente,
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia in-
ferior:
Atenciosamente,
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a au-
toridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, de-
vidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das 
Relações Exteriores.
Identificação do Signatário
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da Repú-
blica, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e 
o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assina-
tura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
(espaço para assinatura)
NOME
Chefe da Secretária-geral da Presidência da República
(espaço para assinatura)
NOME
Ministro de Estado da Justiça
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura 
em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao me-
nos a última frase anterior ao fecho.
O Padrão Ofício
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela fi-
nalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com 
o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, 
que siga o que chamamos de padrão ofício. As peculiaridades de 
cada um serão tratadas adiante; por ora busquemos as suas seme-
lhanças.
Partes do documento no Padrão Ofício
O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes 
partes:
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que 
o expede:
Exemplos:
Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME
b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinha-
mento à direita:
Exemplo:
13
Brasília, 15 de março de 1991.
c) assunto: resumo do teor do documento
Exemplos:
Assunto: Produtividade do órgão em 2002.
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.
d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida 
a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído também o en-
dereço.
e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento 
de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura:
– Introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, 
na qual é apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o 
uso das formas: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-
-me informar que”, empregue a forma direta;
– Desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto 
contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas 
em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição;
– Conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresen-
tada a posição recomendada sobre o assunto.
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos 
em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos.
Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos 
a estrutura é a seguinte:
– Introdução: deve iniciar com referência ao expediente que 
solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver 
sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da comu-
nicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos 
do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, e as-
sunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado, 
segundo a seguinte fórmula:
“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, en-
caminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do 
Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do 
servidor Fulano de Tal. ” Ou “Encaminho, para exame e pronuncia-
mento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1o de fevereiro de 
1991, do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a 
respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na re-
gião Nordeste. ”
– Desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer 
algum comentário a respeito do documento que encaminha, pode-
rá acrescentar parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, 
não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero 
encaminhamento.
LÍNGUA PORTUGUESA
4040
a solução para o seu concurso!
Editora
f) fecho (v. 2.2. Fechos para Comunicações);
g) assinatura do autor da comunicação; e
h) identificação do signatário (v. 2.3. Identificação do Signatá-
rio).
Forma de diagramação
Os documentos do Padrão Ofício5 devem obedecer à seguinte 
forma de apresentação:
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 
12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;
b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman 
poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
c) é obrigatória constar a partir da segunda página o número 
da página;
d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impres-
sos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda 
e direta terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem 
espelho”);
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distân-
cia da margem esquerda;
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no míni-
mo, 3,0 cm de largura;g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm; 5 O 
constante neste item aplica-se também à exposição de motivos e à 
mensagem (v. 4. Exposição de Motivos e 5. Mensagem).
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 
6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não 
comportar tal recurso, de uma linha em branco;
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, 
letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer 
outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do 
documento;
j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel 
branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos 
e ilustrações;
l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser 
impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;
m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo 
Rich Text nos documentos de texto;
n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem 
ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou apro-
veitamento de trechos para casos análogos;
o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser 
formados da seguinte maneira: tipo do documento + número do 
documento + palavras-chaves do conteúdo Ex.: “Of. 123 - relatório 
produtividade ano 2002”
Aviso e Ofício
— Definição e Finalidade
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial pratica-
mente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expe-
dido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de 
mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas 
demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de 
assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, 
no caso do ofício, também com particulares.
— Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão 
ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário (v. 2.1 
Pronomes de Tratamento), seguido de vírgula.
Exemplos:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Senhora Ministra
Senhor Chefe de Gabinete
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguin-
tes informações do remetente:
– Nome do órgão ou setor;
– Endereço postal;
– telefone E endereço de correio eletrônico.
Memorando
— Definição e Finalidade
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades 
administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquica-
mente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, 
de uma forma de comunicação eminentemente interna. Pode ter 
caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a ex-
posição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por 
determinado setor do serviço público. Sua característica principal é 
a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve 
pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos buro-
cráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comuni-
cações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio 
documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. 
Esse procedimento permite formar uma espécie de processo sim-
plificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões, 
e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no 
memorando.
— Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão 
ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencio-
nado pelo cargo que ocupa.
Exemplos:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subche-
fe para Assuntos Jurídicos
Exposição de Motivos
— Definição e Finalidade
Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente da 
República ou ao Vice-Presidente para:
a) informá-lo de determinado assunto;
b) propor alguma medida; ou
c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da 
República por um Ministro de Estado.
Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Mi-
nistério, a exposição de motivos deverá ser assinada por todos os 
Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de intermi-
nisterial.
LÍNGUA PORTUGUESA
41
a solução para o seu concurso!
Editora
— Forma e Estrutura
Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do 
padrão ofício (v. 3. O Padrão Ofício). O anexo que acompanha a 
exposição de motivos que proponha alguma medida ou apresente 
projeto de ato normativo, segue o modelo descrito adiante. A ex-
posição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas 
formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter 
exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma 
medida ou submeta projeto de ato normativo.
No primeiro caso, o da exposição de motivos que simplesmen-
te leva algum assunto ao conhecimento do Presidente da República, 
sua estrutura segue o modelo antes referido para o padrão ofício.
Já a exposição de motivos que submeta à consideração do Pre-
sidente da República a sugestão de alguma medida a ser adotada 
ou a que lhe apresente projeto de ato normativo – embora sigam 
também a estrutura do padrão ofício –, além de outros comentá-
rios julgados pertinentes por seu autor, devem, obrigatoriamente, 
apontar:
a) na introdução: o problema que está a reclamar a adoção da 
medida ou do ato normativo proposto;
b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou 
aquele ato normativo o ideal para se solucionar o problema, e even-
tuais alternativas existentes para equacioná-lo;
c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser tomada, ou 
qual ato normativo deve ser editado para solucionar o problema.
Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à exposição 
de motivos, devidamente preenchido, de acordo com o seguinte 
modelo previsto no Anexo II do Decreto no 4.176, de 28 de março 
de 2002.
Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Ministério 
ou órgão equivalente) nº de 200.
1. Síntese do problema ou da situação que reclama providências
2. Soluções e providências contidas no ato normativo ou na 
medida proposta
3. Alternativas existentes às medidas propostas
Mencionar: 
- Se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;
- Se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
- Outras possibilidades de resolução do problema.
4. Custos
Mencionar:
- Se a despesa decorrente da medida está prevista na lei orça-
mentária anual; se não, quais as alternativas para custeá-la;
- Se é o caso de solicitar-se abertura de crédito extraordinário, 
especial ou suplementar;
- Valor a ser despendido em moeda corrente;
5. Razões que justificam a urgência (a ser preenchido somente 
se o ato proposto for medido provisória ou projeto de lei que deva 
tramitar em regime de urgência)
Mencionar:
- Se o problema configura calamidade pública;
- Por que é indispensável a vigência imediata;
- Se se trata de problema cuja causa ou agravamento não te-
nham sido previstos;
- Se se trata de desenvolvimento extraordinário de situação já 
prevista.
6. Impacto sobre o meio ambiente (sempre que o ato ou medi-
da proposta possa vir a tê-lo)
7. Alterações propostas
8. Síntese do parecer do órgão jurídico
Com base em avaliação do ato normativo ou da medida pro-
posta à luz das questões levantadas no item 10.4.3.
A falta ou insuficiência das informações prestadas pode acar-
retar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, 
a devolução do projeto de ato normativo para que se complete o 
exame ou se reformule a proposta. O preenchimento obrigatório do 
anexo para as exposições de motivos que proponham a adoção de 
alguma medida ou a edição de ato normativo tem como finalidade:
a) permitir a adequada reflexão sobre o problema que se busca 
resolver;
b) ensejar mais profunda avaliação das diversas causas do pro-
blema e dos efeitos que pode ter a adoção da medida ou a edição 
do ato, em consonância com as questões que devem ser analisadas 
na elaboração de proposições normativas no âmbito do Poder Exe-
cutivo (v. 10.4.3.).
c) conferir perfeita transparênciaaos atos propostos.
Dessa forma, ao atender às questões que devem ser analisadas 
na elaboração de atos normativos no âmbito do Poder Executivo, 
o texto da exposição de motivos e seu anexo complementam-se e 
formam um todo coeso: no anexo, encontramos uma avaliação pro-
funda e direta de toda a situação que está a reclamar a adoção de 
certa providência ou a edição de um ato normativo; o problema a 
ser enfrentado e suas causas; a solução que se propõe, seus efeitos 
e seus custos; e as alternativas existentes. O texto da exposição de 
motivos fica, assim, reservado à demonstração da necessidade da 
providência proposta: por que deve ser adotada e como resolverá o 
problema. Nos casos em que o ato proposto for questão de pessoal 
(nomeação, promoção, ascensão, transferência, readaptação, rever-
são, aproveitamento, reintegração, recondução, remoção, exoneração, 
demissão, dispensa, disponibilidade, aposentadoria), não é necessário 
o encaminhamento do formulário de anexo à exposição de motivos.
Ressalte-se que:
– A síntese do parecer do órgão de assessoramento jurídico 
não dispensa o encaminhamento do parecer completo;
– O tamanho dos campos do anexo à exposição de motivos 
pode ser alterado de acordo com a maior ou menor extensão dos 
comentários a serem ali incluídos.
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presente que 
a atenção aos requisitos básicos da redação oficial (clareza, concisão, 
impessoalidade, formalidade, padronização e uso do padrão culto de 
linguagem) deve ser redobrada. A exposição de motivos é a principal 
modalidade de comunicação dirigida ao Presidente da República pelos 
Ministros. Além disso, pode, em certos casos, ser encaminhada cópia 
ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário ou, ainda, ser publicada 
no Diário Oficial da União, no todo ou em parte.
Mensagem
— Definição e Finalidade
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos 
Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe 
do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato 
da Administração Pública; expor o plano de governo por ocasião 
da abertura de sessão legislativa; submeter ao Congresso Nacional 
LÍNGUA PORTUGUESA
4242
a solução para o seu concurso!
Editora
matérias que dependem de deliberação de suas Casas; apresentar 
veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja 
de interesse dos poderes públicos e da Nação. Minuta de mensa-
gem pode ser encaminhada pelos Ministérios à Presidência da Re-
pública, a cujas assessorias caberá a redação final. As mensagens 
mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional têm as se-
guintes finalidades:
a) encaminhamento de projeto de lei ordinária, complemen-
tar ou financeira. Os projetos de lei ordinária ou complementar são 
enviados em regime normal (Constituição, art. 61) ou de urgência 
(Constituição, art. 64, §§ 1o a 4o). Cabe lembrar que o projeto pode 
ser encaminhado sob o regime normal e mais tarde ser objeto de 
nova mensagem, com solicitação de urgência. Em ambos os casos, 
a mensagem se dirige aos Membros do Congresso Nacional, mas é 
encaminhada com aviso do Chefe da Casa Civil da Presidência da 
República ao Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, para 
que tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput). Quan-
to aos projetos de lei financeira (que compreendem plano pluria-
nual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos adicio-
nais), as mensagens de encaminhamento dirigem-se aos Membros 
do Congresso Nacional, e os respectivos avisos são endereçados ao 
Primeiro Secretário do Senado Federal. A razão é que o art. 166 
da Constituição impõe a deliberação congressual sobre as leis fi-
nanceiras em sessão conjunta, mais precisamente, “na forma do 
regimento comum”. E à frente da Mesa do Congresso Nacional está 
o Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 57, § 5o), que co-
manda as sessões conjuntas. As mensagens aqui tratadas coroam o 
processo desenvolvido no âmbito do Poder Executivo, que abrange 
minucioso exame técnico, jurídico e econômico-financeiro das ma-
térias objeto das proposições por elas encaminhadas. Tais exames 
materializam-se em pareceres dos diversos órgãos interessados no 
assunto das proposições, entre eles o da Advocacia-Geral da União. 
Mas, na origem das propostas, as análises necessárias constam da 
exposição de motivos do órgão onde se geraram (v. 3.1. Exposição 
de Motivos) – exposição que acompanhará, por cópia, a mensagem 
de encaminhamento ao Congresso.
b) encaminhamento de medida provisória.
Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, 
o Presidente da República encaminha mensagem ao Congresso, 
dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secretário do 
Senado Federal, juntando cópia da medida provisória, autenticada 
pela Coordenação de Documentação da Presidência da República.
c) indicação de autoridades.
As mensagens que submetem ao Senado Federal a indicação 
de pessoas para ocuparem determinados cargos (magistrados dos 
Tribunais Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e Diretores do 
Banco Central, Procurador-Geral da República, Chefes de Missão Di-
plomática, etc.) têm em vista que a Constituição, no seu art. 52, inci-
sos III e IV, atribui àquela Casa do Congresso Nacional competência 
privativa para aprovar a indicação. O curriculum vitae do indicado, 
devidamente assinado, acompanha a mensagem. 
d) pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presiden-
te da República se ausentarem do País por mais de 15 dias. Trata-
-se de exigência constitucional (Constituição, art. 49, III, e 83), e a 
autorização é da competência privativa do Congresso Nacional. O 
Presidente da República, tradicionalmente, por cortesia, quando a 
ausência é por prazo inferior a 15 dias, faz uma comunicação a cada 
Casa do Congresso, enviando-lhes mensagens idênticas.
e) encaminhamento de atos de concessão e renovação de 
concessão de emissoras de rádio e TV. A obrigação de submeter 
tais atos à apreciação do Congresso Nacional consta no inciso XII 
do artigo 49 da Constituição. Somente produzirão efeitos legais a 
outorga ou renovação da concessão após deliberação do Congresso 
Nacional (Constituição, art. 223, § 3o). Descabe pedir na mensagem 
a urgência prevista no art. 64 da Constituição, porquanto o § 1o do 
art. 223 já define o prazo da tramitação. Além do ato de outorga 
ou renovação, acompanha a mensagem o correspondente processo 
administrativo.
f) encaminhamento das contas referentes ao exercício ante-
rior. O Presidente da República tem o prazo de sessenta dias após a 
abertura da sessão legislativa para enviar ao Congresso Nacional as 
contas referentes ao exercício anterior (Constituição, art. 84, XXIV), 
para exame e parecer da Comissão Mista permanente (Constitui-
ção, art. 166, § 1o), sob pena de a Câmara dos Deputados realizar a 
tomada de contas (Constituição, art. 51, II), em procedimento disci-
plinado no art. 215 do seu Regimento Interno.
g) mensagem de abertura da sessão legislativa.
Ela deve conter o plano de governo, exposição sobre a situação 
do País e solicitação de providências que julgar necessárias (Cons-
tituição, art. 84, XI). O portador da mensagem é o Chefe da Casa 
Civil da Presidência da República. Esta mensagem difere das demais 
porque vai encadernada e é distribuída a todos os Congressistas em 
forma de livro.
h) comunicação de sanção (com restituição de autógrafos).
Esta mensagem é dirigida aos Membros do Congresso Nacio-
nal, encaminhada por Aviso ao Primeiro Secretário da Casa onde 
se originaram os autógrafos. Nela se informa o número que tomou 
a lei e se restituem dois exemplares dos três autógrafos recebidos, 
nos quais o Presidente da República terá aposto o despacho de san-
ção.
i) comunicação de veto.
Dirigida ao Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 66, 
§ 1o), a mensagem informa sobre a decisão de vetar, se o veto é 
parcial, quais as disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto 
vai publicado na íntegra no DiárioOficial da União (v. 4.2. Forma e 
Estrutura), ao contrário das demais mensagens, cuja publicação se 
restringe à notícia do seu envio ao Poder Legislativo. (v. 19.6.Veto)
j) outras mensagens.
Também são remetidas ao Legislativo com regular frequência 
mensagens com:
– Encaminhamento de atos internacionais que acarretam en-
cargos ou compromissos gravosos (Constituição, art. 49, I);
– Pedido de estabelecimento de alíquotas aplicáveis às opera-
ções e prestações interestaduais e de exportação
(Constituição, art. 155, § 2o, IV);
– Proposta de fixação de limites globais para o montante da 
dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI);
– Pedido de autorização para operações financeiras externas 
(Constituição, art. 52, V); e outros.
Entre as mensagens menos comuns estão as de:
– Convocação extraordinária do Congresso Nacional (Constitui-
ção, art. 57, § 6o);
– Pedido de autorização para exonerar o Procurador-Geral da 
República (art. 52, XI, e 128, § 2o);
– Pedido de autorização para declarar guerra e decretar mobi-
lização nacional (Constituição, art. 84, XIX);
– Pedido de autorização ou referendo para celebrar a paz 
(Constituição, art. 84, XX);
LÍNGUA PORTUGUESA
43
a solução para o seu concurso!
Editora
– Justificativa para decretação do estado de defesa ou de sua 
prorrogação (Constituição, art. 136, § 4o);
– Pedido de autorização para decretar o estado de sítio (Cons-
tituição, art. 137);
– Relato das medidas praticadas na vigência do estado de sítio 
ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo único);
– Proposta de modificação de projetos de leis financeiras 
(Constituição, art. 166, § 5o);
– Pedido de autorização para utilizar recursos que ficarem sem 
despesas correspondentes, em decorrência de veto, emenda ou re-
jeição do projeto de lei orçamentária anual (Constituição, art. 166, 
§ 8o);
– Pedido de autorização para alienar ou conceder terras públi-
cas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art. 188, § 1o); etc.
— Forma e Estrutura
As mensagens contêm:
a) a indicação do tipo de expediente e de seu número, horizon-
talmente, no início da margem esquerda:
Mensagem no
b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo 
do destinatário, horizontalmente, no início da margem esquerda; 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
c) o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, e 
horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem direita.
A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente 
da República, não traz identificação de seu signatário.
Telegrama
— Definição e Finalidade
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os proce-
dimentos burocráticos, passa a receber o título de telegrama toda 
comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Por 
tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos 
e tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegra-
ma apenas àquelas situações que não seja possível o uso de correio 
eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utilização e, tam-
bém em razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação 
deve pautar-se pela concisão (v. 1.4. Concisão e Clareza).
— Forma e Estrutura
Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura 
dos formulários disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio 
na Internet.
Fax
— Definição e Finalidade
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-símile) é uma for-
ma de comunicação que está sendo menos usada devido ao desen-
volvimento da Internet. É utilizado para a transmissão de mensa-
gens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo 
conhecimento há premência, quando não há condições de envio do 
documento por meio eletrônico. Quando necessário o original, ele 
segue posteriormente pela via e na forma de praxe. Se necessário 
o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com 
o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapida-
mente.
— Forma e Estrutura
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura 
que lhes são inerentes. É conveniente o envio, juntamente com o 
documento principal, de folha de rosto, i. é., de pequeno formulário 
com os dados de identificação da mensagem a ser enviada, confor-
me exemplo a seguir:
Correio Eletrônico
— Definição e finalidade
Correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, 
transformou-se na principal forma de comunicação para transmis-
são de documentos.
— Forma e Estrutura
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua 
flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua es-
trutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatí-
vel com uma comunicação oficial (v. 1.2 A Linguagem dos Atos e 
Comunicações Oficiais). O campo assunto do formulário de correio 
eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a or-
ganização documental tanto do destinatário quanto do remetente. 
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, prefe-
rencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha al-
gum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo. 
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de 
leitura. Caso não seja disponível, deve constar na mensagem o pe-
dido de confirmação de recebimento.
—Valor documental
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de 
correio eletrônico tenha valor documental, i. é, para que possa ser 
aceito como documento original, é necessário existir certificação di-
gital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida 
em lei.
QUESTÕES
1. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Biblio-
teconomia- O rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.
É muito calmo o rio de minha terra.
Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.
O rio de minha terra é um deus estranho.
Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.
Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
LÍNGUA PORTUGUESA
4444
a solução para o seu concurso!
Editora
até roçados de arroz e de feijão.
Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.
Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.
E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.
Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.
(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha terra. Disponível 
em: https://www.escritas.org)
No trecho até roçados de arroz e de feijão, o termo “até” clas-
sifica-se como
(A) pronome.
(B) preposição.
(C) artigo.
(D) advérbio.
(E) conjunção. 
2. INSTITUTO AOCP - 2022 - IPE Prev - Analista em Previdência 
- Direito - Edital nº 002(E) metonímia.
O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde men-
tal
Lucía Blasco
Pode parecer contraditório, mas a positividade pode ser tó-
xica.
“Qualquer tentativa de escapar do negativo — evitá-lo, sufocá-
-lo ou silenciá-lo — falha. Evitar o sofrimento é uma forma de sofri-
mento”, escreveu o escritor americano Mark Manson em seu livro 
A Arte Sutil de Ligar o Foda-se. É precisamente nisso que consiste 
a positividade tóxica ou positivismo extremo: impor a nós mesmos 
— ou aos outros — uma atitude falsamente positiva, generalizar 
um estado feliz e otimista seja qual for a situação, silenciar nossas 
emoções “negativas” ou as dos outros. (...) 
O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em trans-
tornos de ansiedade e hipnose clínica, prefere falar em “emoções 
desreguladas” do que “negativas”. “Apaleta de cores emocionais 
engloba emoções desreguladas, como tristeza, frustração, raiva, an-
siedade ou inveja. Não podemos ignorar que, como seres humanos, 
temos aquela gama de emoções que têm uma utilidade e que nos 
dão informações sobre o que acontece no nosso meio e no nosso 
corpo”, explica Rodellar à BBC News Mundo.
Para a terapeuta e psicóloga britânica Sally Baker, “o problema 
com a positividade tóxica é que ela é uma negação de todos os as-
pectos emocionais que sentimos diante de qualquer situação que 
nos represente um desafio.” “É desonesto em relação a quem so-
mos permitir-nos apenas expressões positivas”, diz Baker. (...) “Nós 
nos escondemos atrás da positividade para manter outras pessoas 
longe de uma imagem que nos mostra imperfeitos.” (...) “Quando 
ignoramos nossas emoções negativas, nosso corpo aumenta o vo-
lume para chamar nossa atenção para esse problema. Suprimir as 
emoções nos esgota mental e fisicamente. Não é saudável e não é 
sustentável a longo prazo”, diz a terapeuta. (...)
Teresa Gutiérrez, psicopedagoga e especialista em neuropsico-
logia, considera que “o positivismo tóxico tem consequências psi-
cológicas e psiquiátricas mais graves do que a depressão”. “Pode 
levar a uma vida irreal que prejudica nossa saúde mental. Tanto 
positivismo não é positivo para ninguém. Se não houver frustração 
e fracasso, não aprendemos a desenvolver em nossas vidas”, disse 
ele à BBC Mundo.
O positivismo tóxico está na moda? Baker pensa que sim e atri-
bui isso às redes sociais, “que nos obrigam a comparar nossas vidas 
com as vidas perfeitas que vemos online”. (...) “Se houvesse mais 
honestidade sobre as vulnerabilidades, nos sentiríamos mais livres 
para experimentar todos os tipos de emoções. Somos humanos e 
devemos nos permitir sentir todo o espectro de emoções. É ok não 
estar bem. Não podemos ser positivos o tempo todo.”
Gutiérrez acredita que houve um aumento do positivismo tóxi-
co “nos últimos anos”, mas principalmente durante a pandemia. (...) 
“Todas as emoções são como ondas: ganham intensidade e depois 
descem e tornam-se espuma, até desaparecer aos poucos. O pro-
blema é quando não as queremos sentir porque nos tornamos mais 
dóceis perante uma ‘onda’ que se aproxima”. (...)
 Stephanie Preston, professora de psicologia da Universidade 
de Michigan, nos EUA, acredita que a melhor maneira de validar as 
emoções é “apenas ouvi-las”. “Quando alguém compartilha senti-
mentos negativos com você, em vez de correr para fazer essa pes-
soa se sentir melhor ou pensar mais positivamente (“Tudo vai ficar 
bem”), tente levar um segundo para refletir sobre seu desconforto 
ou medo e faça o possível para ouvir”, aconselha a especialista. (...)
Como aplicar isso na prática? Em vez de dizer “não pense nisso, 
seja positivo”, diga “me diz o que você está sentindo, eu te escuto”. 
Em vez de falar “poderia ser pior”, diga “sinto muito que está pas-
sando por isso”. Em vez de “não se preocupe, seja feliz”, diga “estou 
aqui para você”. (...) “Tudo bem olhar para o copo meio cheio, mas 
aceitando que pode haver situações em que o copo está meio va-
zio e, a partir daí, assumir a responsabilidade de como construímos 
nossas vidas”.
Para Baker, o que devemos lembrar é que “todas as nossas 
emoções são autênticas e reais, e todas elas são válidas”.
Adaptado de: https://www.bbc.com/portuguese/geral-55278174.
Acesso em: 28 dez. 2021.
A função da linguagem predominante no texto é
(A) referencial, visto que se propõe a informar o leitor a res-
peito da positividade tóxica e seus efeitos na vida das pessoas, 
sobretudo, mediante pareceres de especialistas. 
(B) emotiva, pois a autora expressa sua visão, ainda que de 
modo sutil, acerca da severidade do problema exposto, em es-
pecial, no que tange à saúde mental.
(C) conativa, já que procura persuadir os leitores quanto à gra-
vidade dos efeitos do positivismo extremo com relação à saúde 
física e mental da população. 
(D) fática, por centrar-se na comunicação entre autor e leitor, 
principal interessado em termos de conhecimento sobre o 
tema “positividade tóxica ou positivismo extremo”.
(E) metalinguística, uma vez que evidencia o uso de uma lin-
guagem científica ao apresentar diversos posicionamentos téc-
nicos para tratar do assunto “positividade tóxica”.
LÍNGUA PORTUGUESA
45
a solução para o seu concurso!
Editora
3. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Área 
Judiciária- 
Lembram-se da história de Tristão e Isolda? O enredo gira em 
torno da transformação da relação entre os dois protagonistas. Isol-
da pede à criada, Brangena, que lhe prepare uma poção letal, mas, 
em vez disso, ela prepara-lhe um “filtro de amor”, que tanto Tristão 
como Isolda bebem sem saber o efeito que irá produzir. A misterio-
sa bebida desperta neles a mais profunda das paixões e arrasta-os 
para um êxtase que nada consegue dissipar − nem sequer o fato de 
ambos estarem traindo infamemente o bondoso rei Mark. Na ópera 
Tristão e Isolda, Richard Wagner captou a força da ligação entre os 
amantes numa das passagens mais exaltadas da história da música. 
Devemos interrogar-nos sobre o que o atraiu para essa história e 
por que motivo milhões de pessoas, durante mais de um século, 
têm partilhado o fascínio de Wagner por ela.
 A resposta à primeira pergunta é que a composição ce-
lebrava uma paixão semelhante e muito real da vida de Wagner. 
Wagner e Mathilde Wesendonck tinham se apaixonado de forma 
não menos insensata, se considerarmos que Mathilde era a mulher 
do generoso benfeitor de Wagner e que Wagner era um homem 
casado. Wagner tinha sentido as forças ocultas e indomáveis que 
por vezes conseguem se sobrepor à vontade própria e que, na au-
sência de explicações mais adequadas, têm sido atribuídas à magia 
ou ao destino. A resposta à segunda questão é um desafio ainda 
mais atraente.
 Existem, com efeito, poções em nossos organismos e cére-
bros capazes de impor comportamentos que podemos ser capazes 
ou não de eliminar por meio da chamada força de vontade. Um 
exemplo elementar é a substância química oxitocina. No caso dos 
mamíferos, incluindo os seres humanos, essa substância é produzi-
da tanto no cérebro como no corpo. De modo geral, influencia toda 
uma série de comportamentos, facilita as interações sociais e induz 
a ligação entre os parceiros amorosos.
 Não há dúvida de que os seres humanos estão constante-
mente usando muitos dos efeitos da oxitocina, conquanto tenham 
aprendido a evitar, em determinadas circunstâncias, os efeitos que 
podem vir a não ser bons. Não se deve esquecer que o filtro de 
amor não trouxe bons resultados para o Tristão e Isolda de Wagner. 
Ao fim de três horas de espetáculo, eles encontram uma morte de-
soladora.
(Adaptado de: DAMÁSIO, António. O erro de Descartes. São Paulo: 
Companhia das Letras, edição digital)
A misteriosa bebida desperta neles a mais profunda das pai-
xões.
No contexto em que se encontra, o segmento sublinhado aci-
ma exerce a mesma função sintática do que está também sublinha-
do em: 
(A) Wagner era um homem casado.
(B) O enredo gira em torno da transformação da relação entre 
os dois protagonistas.
(C) Existem, com efeito, poções em nossos organismos e cére-
bros
(D) o que o atraiu para essa história
(E) Isolda pede à criada, Brangena, que lhe prepare uma poção 
letal.
4. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa- Atenção: Para responder à questão, leia a crônica 
“Tatu”, de Carlos Drummond de Andrade.
O luar continua sendo uma graça da vida, mesmo depois que 
o pé do homem pisou e trocou em miúdos a Lua, mas o tatu pensa 
de outra maneira. Não que ele seja insensível aos amavios do ple-
nilúnio; é sensível, e muito. Não lhe deixam, porém, curtir em paz 
a claridade noturna, de que, aliás, necessita para suas expedições 
de objetivo alimentar. Por que me caçam em noites de lua cheia, 
quando saio precisamente para caçar? Como prover a minha sub-
sistência, se de dia é aquela competição desvairadaentre bichos, 
como entre homens, e de noite não me dão folga? 
Isso aí, suponho, é matutado pelo tatu, e se não escapa do in-
terior das placas de sua couraça, em termos de português, é porque 
o tatu ignora sabiamente os idiomas humanos, sem exceção, além 
de não acreditar em audiência civilizada para seus queixumes. A 
armadura dos bípedes é ainda mais invulnerável que a dele, e não 
há sensibilidade para a dor ou a problemática do tatu.
Meu amigo andou pelas encostas do Corcovado, em noite de 
prata lunal, e conseguiu, por artimanhas só dele sabidas, capturar 
vivo um tatu distraído. É, distraído. Do contrário não o pegaria. Es-
tava imóvel, estático, fruindo o banho de luz na folhagem, essa ou-
tra cor que as cores assumem debaixo da poeira argentina da Lua. 
Esquecido das formigas, que lhe cumpria pesquisar e atacar, como 
quem diz, diante de um motivo de prazer: “Daqui a pouco eu vou 
trabalhar; só um minuto mais, alegria da vida”, quedou-se à mercê 
de inimigos maiores. Sem pressentir que o mais temível deles anda-
va por perto, em horas impróprias à deambulação de um professor 
universitário. 
 − Mas que diabo você foi fazer naqueles matos, de madru-
gada?
 − Nada. Estava sem sono, e gosto de andar a esmo, quando 
todos roncam. 
Sem sono e sem propósito de agredir o reino animal, pois é de 
feitio manso, mas o velho instinto cavernal acordou nele, ao sentir 
qualquer coisa a certa distância, parecida com a forma de um bicho. 
Achou logo um cipó bem forte, pedindo para ser usado na caça; 
e jamais tendo feito um laço de caçador, soube improvisá-lo com 
perícia de muitos milhares de anos (o que a universidade esconde, 
nas profundas camadas do ser, e só permite que venha aflorar em 
noite de lua cheia!).
Aproximou-se sutil, laçou de jeito o animal desprevenido. O 
coitado nem teve tempo de cravar as garras no laçador. Quando 
agiu, já este, num pulo, desviara o corpo. Outra volta no laço. E ou-
tra. Era fácil para o tatu arrebentar o cipó com a força que a natu-
reza depositou em suas extremidades. Mas esse devia ser um tatu 
meio parvo, e se embaraçou em movimentos frustrados. Ou o sere-
no narrador mentiu, sei lá. Talvez o tenha comprado numa dessas 
casas de suplício que há por aí, para negócio de animais. Talvez na 
rua, a um vendedor de ocasião, quando tudo se vende, desde o 
mico à alma, se o PM não ronda perto.
Não importa. O caso é que meu amigo tem em sua casa um 
tatu que não se acomodou ao palmo de terra nos fundos da casa e 
tratou de abrigar longa escavação que o conduziu a uma pedreira, 
e lá faz greve de fome. De lá não sai, de lá ninguém o tira. A noite 
perdeu para ele seu encanto luminoso. A ideia de levá-lo para o 
zoológico, aventada pela mulher do caçador, não frutificou. Melhor 
LÍNGUA PORTUGUESA
4646
a solução para o seu concurso!
Editora
reconduzi-lo a seu hábitat, mas o tatu se revela profundamente 
contrário a qualquer negociação com o bicho humano, que pensa 
em apelar para os bombeiros a fim de demolir o metrô tão rapi-
damente feito, ao contrário do nosso, urbano, e salvar o infeliz. O 
tatu tem razões de sobra para não confiar no homem e no luar do 
Corcovado.
Não é fábula. Eu compreendo o tatu. 
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond. Os dias lindos. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2013)
No desfecho da crônica, o cronista revela, em relação ao tatu, 
um sentimento de
(A) empatia.
(B) desconfiança.
(C) superioridade.
(D) soberba.
(E) desdém.
5. FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área 
Administrativa- 
Melancolia e criatividade
 Desde sempre o sentimento da melancolia gozou de má 
fama. O melancólico é costumeiramente tomado como um ser de-
sanimado, depressivo, “pra baixo”, em suma: um chato que con-
vém evitar. Mas é uma fama injusta: há grandes melancólicos que 
fazem grande arte com sua melancolia, e assim preenchem a vida 
da gente, como uma espécie de contrabando da tristeza que a arte 
transforma em beleza. “Pra fazer um samba com beleza é preciso 
um bocado de tristeza”, já defendeu o poeta Vinícius de Moraes, na 
letra de um conhecido samba seu.
 Mas a melancolia não para nos sambas: ela desde sempre 
anima a literatura, a música, a pintura, o cinema, as artes todas. 
Anima, sim: tanto anima que a gente gosta de voltar a ver um bom 
filme melancólico, revisitar um belo poema desesperançado, ouvir 
uma vez mais um inspirado noturno para piano. Ou seja: os artis-
tas melancólicos fazem de sua melancolia a matéria-prima de uma 
obra-prima. Sorte deles, nossa e da própria melancolia, que é as-
sim resgatada do escuro do inferno para a nitidez da forma artística 
bem iluminada.
 Confira: seria possível haver uma história da arte que 
deixasse de falar das grandes obras melancólicas? Por certo se per-
deria a parte melhor do nosso humanismo criativo, que sabe fazer 
de uma dor um objeto aberto ao nosso reconhecimento prazero-
so. Charles Chaplin, ao conceber Carlitos, dotou essa figura huma-
na inesquecível da complexa composição de fracasso, melancolia, 
riso, esperteza e esperança. O vagabundo sem destino, que vive a 
apanhar da vida, ganhou de seu criador o condão de emocionar o 
mundo não com feitos gloriosos, mas com a resistente poesia que o 
faz enfrentar a vida munido da força interior de um melancólico dis-
posto a trilhar com determinação seu caminho, ainda que no rumo 
a um horizonte incerto.
(Humberto Couto Villares, a publicar)
 No terceiro parágrafo, a personagem Carlitos é invocada para 
(A) dar um sentido de nobreza a todas as experiências de fra-
casso humano.
(B) testemunhar a determinação de um indivíduo em alcançar 
seus altos objetivos. 
(C) indicar a possibilidade da transformação sistemática da dor 
em franca alegria.
(D) personificar a complexa conjunção entre força poética e 
marginalidade social.
(E) promover a felicidade que pode desfrutar quem não está 
comprometido com nada.
6. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Tecno-
logia da Informação- 
A independência política em 1822 não trouxe muitas novida-
des em termos institucionais, mas consolidou um objetivo claro, 
qual seja: estruturar e justificar uma nova nação.
A tarefa não era pequena e quem a assumiu foi o Instituto His-
tórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que, aberto em 1838, no Rio 
de Janeiro, logo deixaria claras suas principais metas: construir uma 
história que elevasse o passado e que fosse patriótica nas suas pro-
posições, trabalhos e argumentos.
 Para referendar a coerência da filosofia que inaugurou o IHGB, 
basta prestar atenção no primeiro concurso público por lá orga-
nizado. Em 1844, abriam-se as portas para os candidatos que se 
dispusessem a discorrer sobre uma questão espinhosa: “Como se 
deve escrever a história do Brasil”. Tratava-se de inventar uma nova 
história do e para o Brasil. Foi dado, então, um pontapé inicial, e 
fundamental, para a disciplina que chamaríamos, anos mais tarde, 
e com grande naturalidade, de “História do Brasil”.
A singularidade da competição também ficou associada a seu 
resultado e à divulgação do nome do vencedor. O primeiro lugar, 
nessa disputa histórica, foi para um estrangeiro − o conhecido na-
turalista bávaro Karl von Martius (1794-1868), cientista de ilibada 
importância, embora novato no que dizia respeito à história em 
geral e àquela do Brasil em particular − , o qual advogou a tese de 
que o país se definia por sua mistura, sem igual, de gentes e po-
vos. Utilizando a metáfora de um caudaloso rio, correspondente à 
herança portuguesa que acabaria por “limpar” e “absorver os pe-
quenos confluentes das raças índia e etiópica”, representava o país 
a partir da singularidade e dimensão da mestiçagem de povos por 
aqui existentes.
A essa altura, porém, e depois de tantos séculos de vigência 
de um sistema violento como o escravocrata, era no mínimo com-
plicado simplesmente exaltar a harmonia. Além do mais, indígenas 
continuavam sendo dizimados no litoral e no interior do país.
Martius, que em 1832 haviapublicado um ensaio chamado “O 
estado do direito entre os autóctones no Brasil”, condenando os 
indígenas ao desaparecimento, agora optava por definir o país por 
meio da redentora metáfora fluvial. Três longos rios resumiriam a 
nação: um grande e caudaloso, formado pelas populações brancas; 
outro um pouco menor, nutrido pelos indígenas; e ainda outro, 
mais diminuto, alimentado pelos negros.
 Ali estavam, pois, os três povos formadores do Brasil; todos 
juntos, mas (também) diferentes e separados. Mistura não era (e 
nunca foi) sinônimo de igualdade. Essa era uma ótima maneira de 
“inventar” uma história não só particular (uma monarquia tropical 
e mestiçada) como também muito otimista: a água que corria re-
LÍNGUA PORTUGUESA
47
a solução para o seu concurso!
Editora
presentava o futuro desse país constituído por um grande rio cau-
daloso no qual desaguavam os demais pequenos afluentes.
 É possível dizer que começava a ganhar força então a la-
dainha das três raças formadoras da nação, que continuaria encon-
trando ampla ressonância no Brasil, pelo tempo afora.
(Adaptado de: SCHWARCZ, Lilia Moritz. Sobre o autoritarismo brasilei-
ro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019) 
O verbo sublinhado no segmento Mistura não era (e nunca foi) 
sinônimo de igualdade está flexionado nos mesmos tempo e modo 
que o sublinhado em:
(A) a disciplina que chamaríamos, anos mais tarde, e com gran-
de naturalidade
(B) Três longos rios resumiriam a nação
(C) O primeiro lugar, nessa disputa histórica, foi para um es-
trangeiro
(D) A independência política em 1822 não trouxe muitas novi-
dades
(E) a água que corria representava o futuro desse país
7. FCC - 2022 - DPE-AM - Analista Jurídico de Defensoria - Ci-
ências Jurídicas- Atenção: Considere o texto abaixo, do pensador 
francês Voltaire (1694-1778), para responder à questão.
O preço da justiça 
 Vós, que trabalhais na reforma das leis, pensai, assim como 
grande jurisconsulto Beccaria, se é racional que, para ensinar os 
homens a detestar o homicídio, os magistrados sejam homicidas e 
matem um homem em grande aparato.
 Vede se é necessário matá-lo quando é possível puni-lo de ou-
tra maneira, e se cabe empregar um de vossos compatriotas para 
massacrar habilmente outro compatriota. [...] Em qualquer circuns-
tância, condenai o criminoso a viver para ser útil: que ele trabalhe 
continuamente para seu país, porque ele prejudicou o seu país. É 
preciso reparar o prejuízo; a morte não repara nada.
 Talvez alguém vos diga: “O senhor Beccaria está enganado: a 
preferência que ele dá a trabalhos penosos e úteis, que durem toda 
a vida, baseia-se apenas na opinião de que essa longa e ignominio-
sa pena é mais terrível que a morte, pois esta só é sentida por um 
momento”.
 Não se trata de discutir qual é a punição mais suave, porém 
a mais útil. O grande objetivo, como já dissemos em outra passa-
gem, é servir o público; e, sem dúvida, um homem votado todos os 
dias de sua vida a preservar uma região da inundação por meio de 
diques, ou a abrir canais que facilitem o comércio, ou a drenar pân-
tanos infestados, presta mais serviços ao Estado que um esqueleto 
a pendular de uma forca numa corrente de ferro, ou desfeito em 
pedaços sobre uma roda de carroça. 
(VOLTAIRE. O preço da justiça. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São 
Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 18-20)
Voltaire acusa o sentido contraditório de um determinado po-
sicionamento ao referir-se a ele nestes segmentos:
(A) massacrar habilmente um compatriota / detestar o homi-
cídio
(B) matem um homem / em grande aparato
(C) Beccaria está enganado / o grande objetivo é servir o pú-
blico
(D) presta mais serviços ao Estado / trabalhos penosos e úteis
(E) servir ao público / preservar uma região da inundação
8. FCC - 2022 - SEDU-ES - Professor MaPB - Ensino Fundamental 
e Médio - Língua Portuguesa-
 Ai de ti, Ipanema
 Há muitos anos, Rubem Braga começava assim uma de suas 
mais famosas crônicas: “Ai de ti, Copacabana, porque eu já fiz o si-
nal bem claro de que é chegada a véspera de teu dia, e tu não viste; 
porém minha voz te abalará até as entranhas.” Era uma exortação 
bíblica, apocalíptica, profética, ainda que irônica e hiperbólica. “En-
tão quem especulará sobre o metro quadrado de teu terreno? Pois 
na verdade não haverá terreno algum.”
 Na sua condenação, o Velho Braga antevia os sinais da 
degradação e da dissolução moral de um bairro prestes a ser tra-
gado pelo pecado e afogado pelo oceano, sucumbindo em meio às 
abjeções e ao vício: “E os escuros peixes nadarão nas tuas ruas e a 
vasa fétida das marés cobrirá tua face”.
 A praia já chamada de “princesinha do mar”, coitada, 
inofensiva e pura, era então, como Ipanema seria depois, a síntese 
mítica do hedonismo carioca, mais do que uma metáfora, uma me-
tonímia.
 No fim dos anos 50, Copacabana era o éden não contami-
nado ainda pelos plenos pecados, eram tempos idílicos e pastorais, 
a era da inocência, da bossa nova, dos anos dourados de JK, de Gar-
rincha. Digo eu agora: Ai de ti, Ipanema, que perdeste a inocência 
e o sossego, e tomaste o lugar de Copacabana, e não percebeste os 
sinais que não são mais simbólicos: o emissário submarino se rom-
pendo, as águas poluídas, as valas negras, as agressões, os assaltos, 
o medo e a morte.
(Adaptado de: VENTURA, Zuenir. Crônicas de um fim de século. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 1999, p. 166/167) 
Ao qualificar a linguagem de Rubem Braga em sua crônica “Ai 
de ti, Copacabana”, Zuenir Ventura se vale dos termos exortação e 
condenação, para reconhecer no texto do Velho Braga,
(A) a tonalidade grave de uma invectiva.
(B) a informalidade de um discurso emocional. 
(C) o coloquialismo de um lírico confessional. 
(D) a retórica argumentativa dos clássicos. 
(E) a força épica de uma celebração. 
9. FGV - 2022 - TJ-MS - Analista Judiciário - Área Fim- A lin-
guagem tem múltiplas funções; a frase abaixo em que a função da 
linguagem empregada é a de abordar a própria linguagem (meta-
linguagem) é: 
(A) Para salvar seu crédito, você deve esconder a sua ruína;
(B) Colhe as rosas enquanto estão vivas; amanhã, já não esta-
rão como hoje;
LÍNGUA PORTUGUESA
4848
a solução para o seu concurso!
Editora
(C) Em geral, logo que uma coisa se torna útil deixa de ser bela;
(D) Se você tiver que ser atropelado por um carro, é melhor que 
seja por uma Ferrari;
(E) O não produz inimigos; o sim, falsos amigos.
10. FCC - 2022 - Prefeitura de Recife - PE - Agente Administra-
tivo da Assistência Social- Atenção: Leia a crônica para responder 
à questão
O dono do pequeno restaurante é amável, sem derrame, e a 
fregueses mais antigos oferece, antes do menu, o jornal do dia “fa-
cilitado”, isto é, com traços vermelhos cercando as notícias impor-
tantes. Vez por outra, indaga se a comida está boa, oferece cigar-
rinho, queixa-se do resfriado crônico e pergunta pelo nosso, se o 
temos; se não temos, por aquele regime começado em janeiro, e de 
que desistimos. Também pelos filmes de espionagem, que mexem 
com ele na alma.
 Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pe-
sada. Chega a descontar o cheque a ser recebido no mês que vem 
(“Falta só uma semana, seu Adelino”).
 Além dessas delícias raras, seu Adelino faculta ao cliente dar 
palpites ao cozinheiro e beneficiar-se com o filé mais fresquinho, o 
palmito de primeira, a batata feita na hora, especialmente para os 
eleitos. Enfim, autêntico papo-firme.
 Uma noite dessas, o movimento era pequeno, seu Adelino 
veio sentar-se ao lado da antiga freguesa. Era hora do jantar dele, 
também. O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu Adelino, 
calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspira-
ção não vinha. O garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. 
A freguesa resolveu colaborar:
 − Que tal um fígado acebolado?
 − Acabou, madame − atalhou o garçom.
 − Deixe ver… Assada com coradas, está bem?
 − Não, não tenho vontade disso − e seu Adelino sacudiu acabeça.
 − Bem, estou vendo aqui umas costeletas de porco com fei-
jão-branco, farofa e arroz…
 − Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi uma car-
nezita de porco, e há dois dias que me servem feijão ao almoço 
− ponderou.
 A freguesa de boa vontade virou-se para o garçom:
 − Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau 
a qualquer coisa? − pois seu Adelino (refletiu ela) é português, e 
como todo lusíada que se preza, há de achar isso a pedida.
 Da cozinha veio a informação:
 − Tem bacalhau à Gomes de Sá. Quer?
 − Pode ser isso − concordou seu Adelino, sem entusiasmo.
 Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes 
de Sá. A freguesa olhou o prato, invejando-o, e, para estimular o 
apetite de seu Adelino:
 − Está uma beleza!
 − Não acho muito não − retorquiu, inapetente.
 O prato foi servido, o azeite adicionado, e seu Adelino traçou 
o bacalhau, depois de lhe ser desejado bom apetite. Em silêncio.
 Vendo que ele não se manifestava, sua leal conviva interpe-
lou-o:
 − Como é, está bom?
 Com um risinho meio de banda, fez a crítica:
 − Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá 
nem aqui nem em Macau. É bacalhau com batatas. E vou lhe dizer: 
está mais para sem gosto do que com ele. A batata me sabe a insos-
sa, e o bacalhau salgado em demasia, ai!
 A cliente se lembrou, com saudade vera, daquele maravilhoso 
Gomes de Sá que se come em casa de d. Concessa. E foi detalhando:
 − Lá em casa é que se prepara um legal, sabe? Muito tomate, 
pimentão, azeite de verdade, para fazer um molho pra lá de bom, e 
ainda acrescentam um ovo…
 Seu Adelino emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhan-
do, desta vez em sorriso aberto:
 − Isso mesmo! Ovo cozido e ralado, azeitonas portuguesas, 
daquelas… Um santo, santíssimo prato!
 Mas, encarando o concreto:
 − Essa gente aqui não tem a ciência, não tem a ciência!
 − Espera aí, seu Adelino, vamos ver no jornal se tem um bom 
filme de espionagem para o senhor se consolar.
 Não tinha, infelizmente.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. 70 histórias. São Pau-
lo: Companhia das Letras, 2016, p. 110-111)
O termo sublinhado em a fregueses mais antigos oferece, antes 
do menu, o jornal do dia “facilitado” exerce a mesma função sintá-
tica do termo sublinhado em:
(A) O garçom estendeu-lhe o menu e esperou
(B) seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa
(C) Vez por outra, indaga se a comida está boa
(D) Uma noite dessas, o movimento era pequeno
(E) seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro
11. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário 
- Área Judiciária-
 A chama é bela
 Nos anos 1970 comprei uma casa no campo com uma 
bela lareira, e para meus filhos, entre 10 e 12 anos, a experiência do 
fogo, da brasa que arde, da chama, era um fenômeno absolutamen-
te novo. E percebi que quando a lareira estava acesa eles deixavam 
a televisão de lado. A chama era mais bela e variada do que qual-
quer programa, contava histórias infinitas, não seguia esquemas 
fixos como um programa televisivo.
 O fogo também se faz metáfora de muitas pulsões, do infla-
mar-se de ódio ao fogo da paixão amorosa. E o fogo pode ser a luz 
ofuscante que os olhos não podem fixar, como não podem encarar 
o Sol (o calor do fogo remete ao calor do Sol), mas devidamente 
amestrado, quando se transforma em luz de vela, permite jogos de 
claro-escuro, vigílias noturnas nas quais uma chama solitária nos 
obriga a imaginar coisas sem nome...
 O fogo nasce da matéria para transformar-se em substância 
cada vez mais leve e aérea, da chama rubra ou azulada da raiz à cha-
ma branca do ápice, até desmaiar em fumaça... Nesse sentido, a na-
tureza do fogo é ascensional, remete a uma transcendência e, con-
tudo, talvez porque tenhamos aprendido que ele vive no coração da 
Terra, é também símbolo de profundidades infernais. É vida, mas é 
também experiência de seu apagar-se e de sua contínua fragilidade.
(Adaptado de: ECO, Umberto. Construir o inimigo. Rio de Janeiro: 
Record, 2021, p. 54-55)
LÍNGUA PORTUGUESA
49
a solução para o seu concurso!
Editora
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa 
forma do plural para integrar corretamente a frase: 
(A) Mais que os esquemas fixos dos programas de TV (atrair) as 
crianças o espetáculo da lareira.
(B) Sempre (haver), por conta dos poderes do fogo, as metáfo-
ras que o fazem representar nossas paixões.
(C) Não (convir) aos espectadores do fogo fixar-se demorada-
mente em suas luzes que podem enceguecê-los.
(D) No fogo (convergir), como espetáculo que é, as proprieda-
des do brilho físico e as do estatuto metafórico.
(E) Aos múltiplos apelos do fogo (atender) nosso olhar aberto 
para o eterno espetáculo que suas chamas constituem.
12. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário 
- Área Judiciária
O meu ofício
 O meu ofício é escrever, e sei bem disso há muito tempo. 
Espero não ser mal-entendida: não sei nada sobre o valor daquilo 
que posso escrever. Quando me ponho a escrever, sinto-me extra-
ordinariamente à vontade e me movo num elemento que tenho 
a impressão de conhecer extraordinariamente bem: utilizo instru-
mentos que me são conhecidos e familiares e os sinto bem firmes 
em minhas mãos. Se faço qualquer outra coisa, se estudo uma lín-
gua estrangeira, se tento aprender história ou geografia, ou tricotar 
uma malha, ou viajar, sofro e me pergunto como é que os outros 
conseguem fazer essas coisas. E tenho a impressão de ser cega e 
surda como uma náusea dentro de mim.
 Já quando escrevo nunca penso que talvez haja um modo 
mais correto, do qual os outros escritores se servem. Não me im-
porta nada o modo dos outros escritores. O fato é que só sei escre-
ver histórias. Se tento escrever um ensaio de crítica ou um artigo 
sob encomenda para um jornal, a coisa sai bem ruim. O que escrevo 
nesses casos tenho de ir buscar fora de mim. E sempre tenho a sen-
sação de enganar o próximo com palavras tomadas de empréstimo 
ou furtadas aqui e ali.
 Quando escrevo histórias, sou como alguém que está em seu 
país, nas ruas que conhece desde a infância, entre as árvores e os 
muros que são seus. Este é o meu ofício, e o farei até a morte. Entre 
os cinco e dez anos ainda tinha dúvidas e às vezes imaginava que 
podia pintar, ou conquistar países a cavalo, ou inventar uma nova 
máquina. Mas a primeira coisa séria que fiz foi escrever um conto, 
um conto curto, de cinco ou seis páginas: saiu de mim como um mi-
lagre, numa noite, e quando finalmente fui dormir estava exausta, 
atônita, estupefata.
(Adaptado de: GINZBURG, Natalia. As pequenas virtudes. Trad. Maurí-
cio Santana Dias. São Paulo: Cosac Naify, 2015, p, 72-77, passim)
As normas de concordância verbal encontram-se plenamente 
observadas em:
(A) As palavras que a alguém ocorrem deitar no papel acabam 
por identificar o estilo mesmo de quem as escreveu.
(B) Gaba-se a autora de que às palavras a que recorre nunca 
falta a espontaneidade dos bons escritos.
(C) Faltam às tarefas outras de que poderiam se incumbir a fa-
cilidade que encontra ela em escrever seus textos. 
(D) Os possíveis entraves para escrever um conto, revela a au-
tora, logo se dissipou em sua primeira tentativa.
(E) Não haveria de surgir impulsos mais fortes, para essa escri-
tora, do que os que a levaram a imaginar histórias
13. FCC - 2022 - TJ-CE - Analista Judiciário - Ciência da Compu-
tação - Infraestrutura de TI- Atenção: Para responder à questão, leia 
o início do conto “Missa do Galo”, de Machado de Assis. 
 Nunca pude entender a conversação que tive com uma 
senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela, trinta. Era noite 
de Natal. Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo, 
preferi não dormir; combinei que eu iria acordá-lo à meia-noite.
 A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Me-
neses, que fora casado, em primeiras núpcias, com uma de minhas 
primas. Asegunda mulher, Conceição, e a mãe desta acolheram-
-me bem quando vim de Mangaratiba para o Rio de Janeiro, meses 
antes, a estudar preparatórios. Vivia tranquilo, naquela casa asso-
bradada da Rua do Senado, com os meus livros, poucas relações, 
alguns passeios. A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra 
e duas escravas. Costumes velhos. Às dez horas da noite toda a gen-
te estava nos quartos; às dez e meia a casa dormia. Nunca tinha ido 
ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao 
teatro, pedi-lhe que me levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra 
fazia uma careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, 
vestia-se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais tarde é que 
eu soube que o teatro era um eufemismo em ação. Meneses trazia 
amores com uma senhora, separada do marido, e dormia fora de 
casa uma vez por semana. Conceição padecera, a princípio, com a 
existência da comborça*; mas afinal, resignara-se, acostumara-se, e 
acabou achando que era muito direito.
 Boa Conceição! Chamavam-lhe “a santa”, e fazia jus ao 
título, tão facilmente suportava os esquecimentos do marido. Em 
verdade, era um temperamento moderado, sem extremos, nem 
grandes lágrimas, nem grandes risos. Tudo nela era atenuado e pas-
sivo. O próprio rosto era mediano, nem bonito nem feio. Era o que 
chamamos uma pessoa simpática. Não dizia mal de ninguém, per-
doava tudo. Não sabia odiar; pode ser até que não soubesse amar.
 Naquela noite de Natal foi o escrivão ao teatro. Era pelos 
anos de 1861 ou 1862. Eu já devia estar em Mangaratiba, em férias; 
mas fiquei até o Natal para ver “a missa do galo na Corte”. A família 
recolheu-se à hora do costume; eu meti-me na sala da frente, vesti-
do e pronto. Dali passaria ao corredor da entrada e sairia sem acor-
dar ninguém. Tinha três chaves a porta; uma estava com o escrivão, 
eu levaria outra, a terceira ficava em casa.
 — Mas, Sr. Nogueira, que fará você todo esse tempo? per-
guntou-me a mãe de Conceição.
 — Leio, D. Inácia.
 Tinha comigo um romance, os Três Mosqueteiros, velha 
tradução creio do Jornal do Comércio. Sentei-me à mesa que havia 
no centro da sala, e à luz de um candeeiro de querosene, enquanto 
a casa dormia, trepei ainda uma vez ao cavalo magro de D’Artag-
nan e fui-me às aventuras. Os minutos voavam, ao contrário do que 
costumam fazer, quando são de espera; ouvi bater onze horas, mas 
quase sem dar por elas, um acaso. Entretanto, um pequeno rumor 
que ouvi dentro veio acordar-me da leitura.
(Adaptado de: Machado de Assis. Contos: uma antologia. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1988)
LÍNGUA PORTUGUESA
5050
a solução para o seu concurso!
Editora
*comborça: qualificação humilhante da amante de homem ca-
sado 
Verifica-se o emprego de vírgula para assinalar a supressão de 
um verbo em: 
(A) A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas 
escravas. 
(B) Tinha três chaves a porta; uma estava com o escrivão, eu 
levaria outra, a terceira ficava em casa. 
(C) A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Me-
neses, que fora casado, em primeiras núpcias, com uma de mi-
nhas primas. 
(D) Nunca pude entender a conversação que tive com uma se-
nhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela, trinta. 
(E) Vivia tranquilo, naquela casa assobradada da Rua do Sena-
do, com os meus livros, poucas relações, alguns passeios.
14. FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário 
- Área Administrativa- 
Crimes ditos “passionais”
 A história da humanidade registra poucos casos de mulhe-
res que mataram por se sentirem traídas ou desprezadas. Não sabe-
mos, ainda, se a emancipação feminina irá trazer também esse tipo 
de igualdade: a igualdade no crime e na violência. Provavelmente, 
não. O crime dado como passional costuma ser uma reação daque-
le que se sente “possuidor” da vítima. O sentimento de posse, por 
sua vez, decorre não apenas do relacionamento sexual, mas tam-
bém do fator econômico: o homem é, em boa parte dos casos, o 
responsável maior pelo sustento da casa. Por tudo isso, quando ele 
se vê contrariado, repelido ou traído, acha-se no direito de matar.
 O que acontece com os homens que matam mulheres quan-
do são levados a julgamento? São execrados ou perdoados? Como 
reage a sociedade e a Justiça brasileiras diante da brutalidade que 
se tenta justificar como resultante da paixão? Há decisões estapa-
fúrdias, sentenças que decorrem mais em função da eloquência dos 
advogados e do clima emocional prevalecente entre os jurados do 
que das provas dos autos.
 Vejam-se, por exemplo, casos de crimes passionais cujos res-
ponsáveis acabaram sendo inocentados com o argumento de que 
houve uma “legítima defesa da honra”, que não existe na lei. Os 
motivos que levam o criminoso passional a praticar o ato delituoso 
têm mais a ver com os sentimentos de vingança, ódio, rancor, frus-
tração, vaidade ferida, narcisismo maligno, prepotência, egoísmo 
do que com o verdadeiro sentimento de honra.
 A evolução da posição da mulher na sociedade e o desmo-
ronamento dos padrões patriarcais tiveram grande repercussão nas 
decisões judiciais mais recentes, sobretudo nos crimes passionais. 
A sociedade brasileira vem se dando conta de que mulheres não 
podem ser tratadas como cidadãs de segunda categoria, submeti-
das ao poder de homens que, com o subterfúgio da sua “paixão”, 
vinham assumindo o direito de vida e morte sobre elas.
(Adaptado de: ELUF, Luiza Nagib. A paixão no banco dos réus. São 
Paulo: Saraiva, 2002, XI-XIV, passim) 
É inteiramente regular a pontuação do seguinte período:
(A) A autora do texto reclama, com senso de justiça que não se 
considere passional um crime movido pelo rancor, e pelo ódio. 
(B) Como reage, a sociedade, quando se vê diante desses cri-
mes em que, a paixão alegada, vale como uma atenuante. 
(C) Tratadas há muito, como cidadãs de segunda classe, as mu-
lheres, aos poucos, têm garantido seus direitos fundamentais. 
(D) Não é a paixão, mas sim, os motivos mais torpes, que es-
tão na raiz mesma, dos crimes hediondos apresentados como 
passionais.
(E) Há advogados cuja retórica, encenada em tom emocional, 
acaba por convencer o júri, inocentando assim um frio crimi-
noso.
15. FCC - 2022 - DPE-AM - Analista Jurídico de Defensoria - Ci-
ências Jurídicas Considere o texto abaixo para responder à questão.
[Viver a pressa]
Há uma continuidade entre a lógica intensamente competitiva 
e calculista do mundo do trabalho e aquilo que somos e fazemos 
nas horas em que estamos fora dele.
O vírus da pressa alastra-se em nossos dias de uma forma tão 
epidêmica como a peste em outros tempos: a frequência do acesso 
a um website despenca caso ele seja mais lento que um site rival. 
Mais de um quinto dos usuários da internet desistem de um vídeo 
caso ele demore mais que cinco segundos para carregar.
Excitação efêmera, sinal de tédio à espreita. Estará longe o dia 
em que toda essa pressa deixe de ser uma obsessão? Será que a 
adaptação triunfante aos novos tempos da velocidade máxima aca-
bará por esvaziar até mesmo a consciência dessa nossa degradação 
descontrolada?
(Adaptado de: GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2016, p. 88)
Está plenamente adequada a pontuação do seguinte período: 
(A) Ao detectar, em nossos dias tão agitados, o vírus da pressa, 
que contamina não apenas o tempo do trabalho, mas também 
o tempo de outras ocupações, o autor mostra seu temor de 
que, se assim continuar, nossa civilização se degradará. 
(B) Ao detectar em nossos dias, tão agitados o vírus da pressa, 
que contamina não apenas o tempo do trabalho mas, também, 
o tempo de outras ocupações, o autor mostra seu temor, de 
que, se assim continuar, nossa civilização se degradará. 
(C) Ao detectar, em nossos dias tão agitados o vírus da pressa, 
que contamina, não apenas o tempo do trabalho mas também 
o tempo de outras ocupações, o autor mostra seu temor de 
que, se assim continuar nossa civilização, se degradará.(D) Ao detectar em nossos dias tão agitados, o vírus da pressa 
que contamina, não apenas o tempo do trabalho mas, também 
o tempo, de outras ocupações, o autor mostra seu temor de 
que, se assim continuar nossa civilização se degradará. 
(E) Ao detectar em nossos dias tão agitados o vírus, da pressa 
que contamina não apenas o tempo do trabalho, mas também 
o tempo de outras ocupações, o autor mostra, seu temor, de 
que, se assim continuar nossa civilização se degradará.
LÍNGUA PORTUGUESA
51
a solução para o seu concurso!
Editora
16. FCC - 2020 - AL-AP - Analista Legislativo - Assessor Jurídico 
Legislativo- Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto 
abaixo.
Distribuição justa
 A justiça de um resultado distributivo das riquezas depende 
das dotações iniciais dos participantes e da lisura do processo do 
qual ele decorre. Do ponto de vista coletivo, a questão crucial é: 
a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, es-
forços e valores diferenciados dos indivíduos, ou, ao contrário, ela 
resulta de um jogo viciado na origem e no processo, de uma profun-
da falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de 
direitos elementares ou da discriminação racial, sexual, de gênero 
ou religiosa?
 A condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o 
infortúnio de nascer, um risco comum, a todos, passa a exercer um 
papel mais decisivo na definição de seu futuro do que qualquer ou-
tra coisa ou escolha que possa fazer no ciclo da vida. A falta de um 
mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a 
vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envene-
na os valores da convivência. A igualdade de oportunidades está na 
origem da emancipação das pessoas. Crianças e jovens precisam 
ter a oportunidade de desenvolver seus talentos de modo a ampliar 
seu leque de escolhas possíveis na vida prática e eleger seus proje-
tos, apostas e sonhos de realização.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Com-
panhia das Letras, 2016, p. 106) 
No emprego das formas verbais, são regulares a flexão e a con-
cordância na frase:
(A) Se ninguém se dispuser a mudar esse processo, ou vir pelo 
menos a reavaliá-lo, não se fará justiça quanto às riquezas a se 
distribuir.
(B) À medida que se recomporem as condições iniciais do pro-
cesso, será maior a possibilidade de se atenderem a cada um 
de seus ideais.
(C) Se não se contiverem os vícios do processo de distribuição 
das riquezas, ele seguirá sendo envenenado pelas mesmas in-
justiças.
(D) Caso não se retenhem seus pecados de origem, a distribui-
ção de riquezas não alcançará os objetivos da justiça que se 
desejam fazer.
(E) Como eles não requiseram maior igualdade de oportunida-
des, viram-se prejudicados pelo processo a que se deram um 
referendo.
17. FCC - 2022 - TJ-CE - Analista Judiciário - Ciência da Compu-
tação - Sistemas da Informação- 
1. Qual é a principal obra que produzem os autores e narrado-
res dos novos gêneros autobiográficos? Um personagem chamado 
eu. O que todos criam e recriam ao performar as suas vidas nas 
vitrines interativas de hoje é a própria personalidade.
2. A autoconstrução de si como um personagem visível seria 
uma das metas prioritárias de grande parte dos relatos cotidianos, 
compostos por imagens autorreferentes, numa sorte de espetáculo 
pessoal em diálogo com os demais membros das diversas redes.
3. Por isso, os canais de comunicação das mídias sociais da inte-
met são também ferramentas para a criação de si. Esses instrumen-
tos de autoestilização agora se encontram à disposição de qualquer 
um. Isso significa um setor crescente da população mundial, mas 
também, ao mesmo tempo, remete a outro sentido dessa expres-
são. “Qualquer um” significa ninguém extraordinário, em princípio, 
por ter produzido alguma coisa excepcional, e que tampouco se vê 
impelido a fazê-lo para virar um personagem público. A insistência 
nessa ideia de que “agora qualquer um pode” encontra-se no ceme 
das louvações democratizantes plasmadas em conceitos como os 
de “inclusão digital”, recorrentes nas análises mais entusiastas des-
tes fenômenos, tanto no âmbito acadêmico como no jornalístico.
4. Em que pese a suposta liberdade de escolha de cada usuário, 
há códigos implícitos e fórmulas bastante explícitas para o sucesso 
dessa autocriação.
5. As diversas versões dessas personalidades que performam 
em múltiplas telas admitem certa variabilidade individual, mas cos-
tumam partir de uma base comum. Essa modalidade subjetiva que 
hoje triunfa está impregnada com alguns vestígios do estilo do artis-
ta romântico, mas não se trata de alguém que procura produzir uma 
obra independente do seu criador. Ao invés disso, toda a energia e 
os recursos estilísticos estão dirigidos a que esse autor de si mesmo 
seja capaz de criar um personagem dotado de uma personalidade 
atraente. Trata-se de uma obra para ser vista e, nessa exposição, a 
obra precisa conquistar os aplausos do público. É uma subjetividade 
que se autocria em contato permanente com o olhar alheio, algo 
que se cinzela a todo momento para ser compartilhado, curtido, co-
mentado e admirado. Por isso, trata-se de um tipo de construção de 
si alterdirigida, recorrendo aos conceitos propostos pelo sociólogo 
David Riesman, no livro A multidão solitária.
(Adaptado de: Paula Sibilia. O show do eu: a intimidade como espetá-
culo. Contraponto, edição digital) 
Está correta a redação da seguinte frase: 
(A) Têm-se que o modo de vida dos jovens mais abastados das 
grandes cidades estadunidenses estão no cerne do novo tipo 
de personalidade das mídias sociais. 
(B) Diariamente exibe-se fotografias autorreferentes nas mí-
dias sociais, fazendo de seus autores um tipo de personagem já 
visto no cinema e na televisão. 
(C) Por tratar-se de uma obra à ser vista, os relatos autobio-
gráficos encontrados nas mídias sociais, precisam conquistar 
grande audiência. 
(D) Como é sabido, existe inúmeras estratégias de autopromo-
ção com o intuito de aumentar a visibilidade de uma persona-
lidade virtual. 
(E) Grande parte dos relatos cotidianos encontrados nas mídias 
sociais possui como meta a autopromoção da própria perso-
nalidade. 
18. FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - 
Área Administrativa- Crimes ditos “passionais”
 A história da humanidade registra poucos casos de mulhe-
res que mataram por se sentirem traídas ou desprezadas. Não sabe-
mos, ainda, se a emancipação feminina irá trazer também esse tipo 
de igualdade: a igualdade no crime e na violência. Provavelmente, 
não. O crime dado como passional costuma ser uma reação daque-
le que se sente “possuidor” da vítima. O sentimento de posse, por 
LÍNGUA PORTUGUESA
5252
a solução para o seu concurso!
Editora
sua vez, decorre não apenas do relacionamento sexual, mas tam-
bém do fator econômico: o homem é, em boa parte dos casos, o 
responsável maior pelo sustento da casa. Por tudo isso, quando ele 
se vê contrariado, repelido ou traído, acha-se no direito de matar.
 O que acontece com os homens que matam mulheres quan-
do são levados a julgamento? São execrados ou perdoados? Como 
reage a sociedade e a Justiça brasileiras diante da brutalidade que 
se tenta justificar como resultante da paixão? Há decisões estapa-
fúrdias, sentenças que decorrem mais em função da eloquência dos 
advogados e do clima emocional prevalecente entre os jurados do 
que das provas dos autos.
 Vejam-se, por exemplo, casos de crimes passionais cujos res-
ponsáveis acabaram sendo inocentados com o argumento de que 
houve uma “legítima defesa da honra”, que não existe na lei. Os 
motivos que levam o criminoso passional a praticar o ato delituoso 
têm mais a ver com os sentimentos de vingança, ódio, rancor, frus-
tração, vaidade ferida, narcisismo maligno, prepotência, egoísmo 
do que com o verdadeiro sentimento de honra.
 A evolução da posição da mulher na sociedade e o desmo-
ronamento dos padrões patriarcais tiveramgrande repercussão nas 
decisões judiciais mais recentes, sobretudo nos crimes passionais. 
A sociedade brasileira vem se dando conta de que mulheres não 
podem ser tratadas como cidadãs de segunda categoria, submeti-
das ao poder de homens que, com o subterfúgio da sua “paixão”, 
vinham assumindo o direito de vida e morte sobre elas.
(Adaptado de: ELUF, Luiza Nagib. A paixão no banco dos réus. São 
Paulo: Saraiva, 2002, XI-XIV, passim) 
Considere as orações:
I. Há crimes ditos passionais. 
II. Os agentes desses crimes são por vezes inocentados. 
III. Os inocentados alegam legítima defesa da honra.
Essas orações articulam-se de modo claro, correto e coerente 
neste período único:
(A) São ditos passionais os crimes inocentados, por alegarem os 
criminosos, por vezes, legítima defesa da honra. 
(B) É a legítima defesa da honra a alegação de que os agentes 
de crimes ditos passionais usam ao serem inocentados. 
(C) Os inocentados agentes de crimes ditos passionais, alegam 
a razão da legítima defesa da honra.
(D) Ao alegarem legítima defesa da honra, são por vezes ino-
centados os agentes dos crimes ditos passionais. 
(E) São por vezes inocentados, sendo alegado legítima defesa 
da honra, os agentes de crimes ditos passionais.
19. FCC - 2019 - SANASA Campinas - Técnico de Instrumentação 
- Automação de Processos- 
Diversos países estão propondo alternativas para enfrentar o 
problema da poluição oceânica, mas, até o momento, não tomaram 
quaisquer medidas concretas.A organização holandesa The Ocean 
Cleanup resolveu dar um passo à frente e assumir a missão de com-
bater a poluição oceânica nos próximos anos.
 A organização desenvolveu uma tecnologia para erradicar 
os plásticos que poluem os mares do planeta e pretende começar 
a limpar o Great Pacific Garbage Patch (a maior coleção de detritos 
marinhos do mundo), no Oceano Pacífico Norte, utilizando seu sis-
tema de limpeza recentemente redesenhado.
 Em resumo, a ideia principal do projeto é deixar as correntes 
oceânicas fazer todo o trabalho. Uma rede de telas em forma de 
“U” coletaria o plástico flutuante até um ponto central. O plástico 
concentrado poderia, então, ser extraído e enviado à costa maríti-
ma para fins de reciclagem.
(Texto adaptado. Disponível em: https://futuroexponencial.com) 
Em resumo, a ideia principal do projeto é deixar as correntes 
oceânicas fazer todo o trabalho. (3° parágrafo)
O conteúdo da frase acima está preservado nesta outra reda-
ção, respeitando-se as regras de ortografia e acentuação:
(A) Em sintese, a ideia principal do projeto equivale a deixar 
que as correntes oceânicas furtem-se a quaisquer trabalhos.
(B) Para sintetisar, a ideia principal do projeto tem haver com 
deixar que as correntes oceânicas executem o trabalho inte-
gralmente.
(C) De modo suscinto, a ideia principal do projeto está em dei-
xar que as correntes oceânicas desempenhem qualquer traba-
lho.
(D) Em poucas palavras, a ideia principal do projeto consiste 
em deixar que as correntes oceânicas realizem o trabalho com-
pleto.
(E) Sem mais delongas, a ideia principal do projeto assemelha-
-se a deixar que as correntes oceânicas desempenhem hesito-
samente o trabalho.
20. FCC - 2018 - SABESP - Estagiário - Nível Médio- A concordân-
cia, a ortografia e a acentuação estão plenamente corretas na frase 
que se encontra em:
(A) Falta e ausência têm em quaizquer seres humanos.
(B) Não hão falta e ausência em uma série de individuos.
(C) Não existem falta e ausência como sentimentos humanos.
(D) Todos nós nos sentimos em falta para com o outro as vezes.
(E) Não haviam falta e ausência em nós quando eramos crian-
ças.
21. (IF BAIANO - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – IF-BA – 
2019)
Acerca de seus conhecimentos em redação oficial, é correto 
afirmar que o vocativo adequado a um texto no padrão ofício desti-
nado ao presidente do Congresso Nacional é
(A) Senhor Presidente.
(B) Excelentíssimo Senhor Presidente.
(C) Presidente.
(D) Excelentíssimo Presidente.
(E) Excelentíssimo Senhor.
LÍNGUA PORTUGUESA
53
a solução para o seu concurso!
Editora
22. (CÂMARA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE - AUXILIAR 
ADMINISTRATIVO - INSTITUTO AOCP - 2019 )
Referente à aplicação de elementos de gramática à redação ofi-
cial, os sinais de pontuação estão ligados à estrutura sintática e têm 
várias finalidades. Assinale a alternativa que apresenta a pontuação 
que pode ser utilizada em lugar da vírgula para dar ênfase ao que 
se quer dizer.
(A) Dois-pontos.
(B) Ponto-e-vírgula.
(C) Ponto-de-interrogação.
(D) Ponto-de-exclamação.
23. (UNIR - TÉCNICO DE LABORATÓRIO - ANÁLISES CLÍNICAS- 
AOCP – 2018) 
Pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder 
Público redige atos normativos e comunicações. Em relação à reda-
ção de documentos oficiais, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, 
os itens a seguir.
A língua tem por objetivo a comunicação. Alguns elementos 
são necessários para a comunicação: a) emissor, b) receptor, c) con-
teúdo, d) código, e) meio de circulação, f) situação comunicativa. 
Com relação à redação oficial, o emissor é o Serviço Público (Minis-
tério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção). O assunto 
é sempre referente às atribuições do órgão que comunica. O desti-
natário ou receptor dessa comunicação ou é o público, o conjunto 
dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros 
Poderes da União.
( ) CERTO
( ) ERRADO
24. (IF-SC - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO- IF-SC - 2019 )
Determinadas palavras são frequentes na redação oficial. 
Conforme as regras do Acordo Ortográfico que entrou em vigor 
em 2009, assinale a opção CORRETA que contém apenas palavras 
grafadas conforme o Acordo.
I. abaixo-assinado, Advocacia-Geral da União, antihigiênico, ca-
pitão de mar e guerra, capitão-tenente, vice-coordenador.
II. contra-almirante, co-obrigação, coocupante, decreto-lei, di-
retor-adjunto, diretor-executivo, diretor-geral, sócio-gerente.
III. diretor-presidente, editor-assistente, editor-chefe, ex-dire-
tor, general de brigada, general de exército, segundo-secretário.
IV. matéria-prima, ouvidor-geral, papel-moeda, pós-graduação, 
pós-operatório, pré-escolar, pré-natal, pré-vestibular; Secretaria-
-Geral.
V. primeira-dama, primeiro-ministro, primeiro-secretário, pró-
-ativo, Procurador-Geral, relator-geral, salário-família, Secretaria-
-Executiva, tenente-coronel.
Assinale a alternativa CORRETA:
(A) As afirmações I, II, III e V estão corretas.
(B) As afirmações II, III, IV e V estão corretas.
(C) As afirmações II, III e IV estão corretas.
(D) As afirmações I, II e IV estão corretas.
(E) As afirmações III, IV e V estão corretas.
25. ( PC-MG - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - FUMARC – 2018)
Na Redação Oficial, exige-se o uso do padrão formal da língua. 
Portanto, são necessários conhecimentos linguísticos que funda-
mentem esses usos.
Analise o uso da vírgula nas seguintes frases do Texto 3:
1. Um crime bárbaro mobilizou a Polícia Militar na Região de 
Venda Nova, em Belo Horizonte, ontem. 
2. O rapaz, de 22 anos, se apresentou espontaneamente à 9ª 
Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) e deu detalhes do crime. 
3. Segundo a polícia, o jovem informou que tinha um relaciona-
mento difícil com a mãe e teria discutido com ela momentos antes 
de desferir os golpes.
INDIQUE entre os parênteses a justificativa adequada para uso 
da vírgula em cada frase.
( ) Para destacar deslocamento de termos. 
( ) Para separar adjuntos adverbiais. 
( ) Para indicar um aposto.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
(A) 1 – 2 – 3.
(B) 2 – 1 – 3.
(C) 3 – 1 – 2.
(D) 3 – 2 – 1.
GABARITO
1 D
2 A
3 D
4 A
5 D
6 E
7 A
8 A
9 E
10 E
11 D
12 B
13 D
14 E
15 A
16 C
17 E
18 D
19 D
20 C
21 B
LÍNGUA PORTUGUESA
5454
a solução para o seu concurso!
Editora
22 B
23 CERTO
24 E
25 C
ANOTAÇÕES
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
55
a solução para o seu concurso!
Editora
INFORMÁTICA BÁSICA E 
APLICADA
INFORMÁTICA BÁSICA. HARDWARES E PERIFÉRICOS
Hardware
O hardware são as partes físicas de um computador. Isso 
inclui a Unidade Central de Processamento (CPU), unidades de 
armazenamento, placas mãe, placas de vídeo, memória, etc.1. 
Outras partes extras chamados componentes ou dispositivos 
periféricos incluem o mouse, impressoras, modems, scanners, 
câmeras, etc. 
Para que todos esses componentes sejam usados 
apropriadamente dentro de um computador, é necessário que a 
funcionalidade de cada um dos componentes seja traduzida para 
algo prático. Surge então a função do sistema operacional, que 
faz o intermédio desses componentes até sua função final, como, 
por exemplo, processar os cálculos na CPU que resultam em uma 
imagem no monitor, processar os sons de um arquivo MP3 e mandar 
para a placa de som do seu computador, etc. Dentro do sistema 
operacional você ainda terá os programas, que dão funcionalidades 
diferentes ao computador. 
Gabinete 
O gabinete abriga os componentes internos de um 
computador, incluindo a placa mãe, processador, fonte, discos de 
armazenamento, leitores de discos, etc. Um gabinete pode ter 
diversos tamanhos e designs.
Gabinete.2
1 https://www.palpitedigital.com/principais-componentes-inter-
nos-pc-perifericos-hardware-software/#:~:text=O%20hardware%20
s%C3%A3o%20as%20partes,%2C%20scanners%2C%20c%C3%A2me-
ras%2C%20etc.
2 https://www.chipart.com.br/gabinete/gabinete-gamer-gamemax-
-shine-g517-mid-tower-com-1-fan-vidro-temperado-preto/2546
Processador ou CPU (Unidade de Processamento Central)
É o cérebro de um computador. É a base sobre a qual é 
construída a estrutura de um computador. Uma CPU funciona, 
basicamente, como uma calculadora. Os programas enviam 
cálculos para o CPU, que tem um sistema próprio de “fila” para 
fazer os cálculos mais importantes primeiro, e separar também os 
cálculos entre os núcleos de um computador. O resultado desses 
cálculos é traduzido em uma ação concreta, como por exemplo, 
aplicar uma edição em uma imagem, escrever um texto e as letras 
aparecerem no monitor do PC, etc. A velocidade de um processador 
está relacionada à velocidade com que a CPU é capaz de fazer os 
cálculos. 
CPU.3
Coolers 
Quando cada parte de um computador realiza uma tarefa, 
elas usam eletricidade. Essa eletricidade usada tem como uma 
consequência a geração de calor, que deve ser dissipado para que o 
computador continue funcionando sem problemas e sem engasgos 
no desempenho. Os coolers e ventoinhas são responsáveis por 
promover uma circulação de ar dentro da case do CPU. Essa circulação 
de ar provoca uma troca de temperatura entre o processador e 
o ar que ali está passando. Essa troca de temperatura provoca o 
resfriamento dos componentes do computador, mantendo seu 
funcionamento intacto e prolongando a vida útil das peças.
Cooler.4
3 https://www.showmetech.com.br/porque-o-processador-e-uma-pe-
ca-importante
4 https://www.terabyteshop.com.br/produto/10546/cooler-deepcool-
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
5656
a solução para o seu concurso!
Editora
Placa-mãe
Se o CPU é o cérebro de um computador, a placa-mãe é o 
esqueleto. A placa mãe é responsável por organizar a distribuição 
dos cálculos para o CPU, conectando todos os outros componentes 
externos e internos ao processador. Ela também é responsável por 
enviar os resultados dos cálculos para seus devidos destinos. Uma 
placa mãe pode ser on-board, ou seja, com componentes como 
placas de som e placas de vídeo fazendo parte da própria placa 
mãe, ou off-board, com todos os componentes sendo conectados 
a ela. 
Placa-mãe.5
Fonte 
É responsável por fornecer energia às partes que compõe um 
computador, de forma eficiente e protegendo as peças de surtos 
de energia. 
Fonte 6
-gammaxx-c40-dp-mch4-gmx-c40p-intelam4-ryzen
5 https://www.terabyteshop.com.br/produto/9640/placa-mae-biostar-
-b360mhd-pro-ddr4-lga-1151
6 https://www.magazineluiza.com.br/fonte-atx-alimentacao-pc-230w-
Placas de vídeo
Permitem que os resultados numéricos dos cálculos de um 
processador sejam traduzidos em imagens e gráficos para aparecer 
em um monitor. 
Placa de vídeo 7
Periféricos de entrada, saída e armazenamento
São placas ou aparelhos que recebem ou enviam informações 
para o computador. São classificados em:
– Periféricos de entrada: são aqueles que enviam informações 
para o computador. Ex.: teclado, mouse, scanner, microfone, etc.
Periféricos de entrada.8
-01001-xway/p/dh97g572hc/in/ftpc
7https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2012/12/conheca-me-
lhores-placas-de-video-lancadas-em-2012.html
8https://mind42.com/public/970058ba-a8f4-451b-b121-3ba-
35c51e1e7
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
57
a solução para o seu concurso!
Editora
– Periféricos de saída: São aqueles que recebem informações 
do computador. Ex.: monitor, impressora,caixas de som.
Periféricos de saída.9
– Periféricos de entrada e saída: são aqueles que enviam 
e recebem informações para/do computador. Ex.: monitor 
touchscreen, drive de CD – DVD, HD externo, pen drive, impressora 
multifuncional, etc.
Periféricos de entrada e saída.10
– Periféricos de armazenamento: são aqueles que armazenam 
informações. Ex.: pen drive, cartão de memória, HD externo, etc.
Periféricos de armazenamento.11
9 https://aprendafazer.net/o-que-sao-os-perifericos-de-saida-para-
-que-servem-e-que-tipos-existem
10 https://almeida3.webnode.pt/trabalhos-de-tic/dispositivos-de-en-
trada-e-saida
11 https://www.slideshare.net/contatoharpa/perifricos-4041411
Software
Software é um agrupamento de comandos escritos em uma 
linguagem de programação12. Estes comandos, ou instruções, criam 
as ações dentro do programa, e permitem seu funcionamento. 
Um software, ou programa, consiste em informações que 
podem ser lidas pelo computador, assim como seu conteúdo 
audiovisual, dados e componentes em geral. Para proteger os 
direitos do criador do programa, foi criada a licença de uso. Todos 
estes componentes do programa fazem parte da licença.
A licença é o que garante o direito autoral do criador ou 
distribuidor do programa. A licença é um grupo de regras estipuladas 
pelo criador/distribuidor do programa, definindo tudo que é ou não 
é permitido no uso do software em questão.
Os softwares podem ser classificados em:
– Software de Sistema: o software de sistema é constituído 
pelos sistemas operacionais (S.O). Estes S.O que auxiliam o usuário, 
para passar os comandos para o computador. Ele interpreta nossas 
ações e transforma os dados em códigos binários, que podem ser 
processados
– Software Aplicativo: este tipo de software é, basicamente, 
os programas utilizados para aplicações dentro do S.O., que não 
estejam ligados com o funcionamento do mesmo. Exemplos: Word, 
Excel, Paint, Bloco de notas, Calculadora.
– Software de Programação: são softwares usados para criar 
outros programas, a parir de uma linguagem de programação, 
como Java, PHP, Pascal, C+, C++, entre outras.
– Software de Tutorial: são programas que auxiliam o usuário 
de outro programa, ou ensine a fazer algo sobre determinado 
assunto.
– Software de Jogos: são softwares usados para o lazer, com 
vários tipos de recursos.
– Software Aberto: é qualquer dos softwares acima, que tenha 
o código fonte disponível para qualquer pessoa.
Todos estes tipos de software evoluem muito todos os dias. 
Sempre estão sendo lançados novos sistemas operacionais, novos 
games, e novos aplicativos para facilitar ou entreter a vida das 
pessoas que utilizam o computador.
WINDOWS 10: PAINEL DE CONTROLE
Lançado em 2015, O Windows 10 chega ao mercado com a 
proposta ousada, juntar todos os produtos da Microsoft em uma 
única plataforma. Além de desktops e notebooks, essa nova versão 
equipará smartphones, tablets, sistemas embarcados, o console 
Xbox One e produtos exclusivos, como o Surface Hub e os óculos de 
realidade aumentada HoloLens13.
Versões do Windows 10
– Windows 10 Home: edição do sistema operacional voltada 
para os consumidores domésticos que utilizam PCs (desktop e 
notebook), tablets e os dispositivos “2 em 1”. 
12 http://www.itvale.com.br
13 https://estudioaulas.com.br/img/ArquivosCurso/materialDemo/
SlideDemo-4147.pdf
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
5858
a solução para o seu concurso!
Editora
– Windows 10 Pro: o Windows 10 Pro também é voltado para PCs (desktop e notebook), tablets e dispositivos “2 em 1”, mas traz 
algumas funcionalidades extras em relação ao Windows 10 Home, os quais fazem com que essa edição seja ideal para uso em pequenas 
empresas, apresentando recursos para segurança digital, suporte remoto, produtividade e uso de sistemas baseados na nuvem.
– Windows 10 Enterprise: construído sobre o Windows 10 Pro, o Windows 10 Enterprise é voltado para o mercado corporativo. Os 
alvos dessa edição são as empresas de médio e grande porte, e o Sistema apresenta capacidades que focam especialmente em tecnologias 
desenvolvidas no campo da segurança digital e produtividade.
– Windows 10 Education: Construída a partir do Windows 10 Enterprise, essa edição foi desenvolvida para atender as necessidades 
do meio escolar.
– Windows 10 Mobile: o Windows 10 Mobile é voltado para os dispositivos de tela pequena cujo uso é centrado no touchscreen, como 
smartphones e tablets
– Windows 10 Mobile Enterprise: também voltado para smartphones e pequenos tablets, o Windows 10 Mobile Enterprise tem como 
objetivo entregar a melhor experiência para os consumidores que usam esses dispositivos para trabalho.
– Windows 10 IoT: edição para dispositivos como caixas eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de atendimento para o 
varejo e robôs industriais – todas baseadas no Windows 10 Enterprise e Windows 10 Mobile Enterprise.
– Windows 10 S: edição otimizada em termos de segurança e desempenho, funcionando exclusivamente com aplicações da Loja 
Microsoft.
– Windows 10 Pro – Workstation: como o nome sugere, o Windows 10 Pro for Workstations é voltado principalmente para uso 
profissional mais avançado em máquinas poderosas com vários processadores e grande quantidade de RAM.
Área de Trabalho (pacote aero)
Aero é o nome dado a recursos e efeitos visuais introduzidos no Windows a partir da versão 7.
Área de Trabalho do Windows 10.14
14 https://edu.gcfglobal.org/pt/tudo-sobre-o-windows-10/sobre-a-area-de-trabalho-do-windows-10/1/
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
59
a solução para o seu concurso!
Editora
Aero Glass (Efeito Vidro)
Recurso que deixa janelas, barras e menus transparentes, parecendo um vidro.
Efeito Aero Glass.15
Aero Flip (Alt+Tab)
Permite a alternância das janelas na área de trabalho, organizando-as de acordo com a preferência de uso.
Efeito Aero Flip.
15 https://www.tecmundo.com.br/windows-10/64159-efeito-aero-glass-lancado-mod-windows-10.htm
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
6060
a solução para o seu concurso!
Editora
Aero Shake (Win+Home)
Ferramenta útil para quem usa o computador com multitarefas. Ao trabalhar com várias janelas abertas, basta “sacudir” a janela 
ativa, clicando na sua barra de título, que todas as outras serão minimizadas, poupando tempo e trabalho. E, simplesmente, basta sacudir 
novamente e todas as janelas serão restauradas.
Efeito Aero Shake (Win+Home)
Aero Snap (Win + Setas de direção do teclado)
Recurso que permite melhor gerenciamento e organização das janelas abertas.
Basta arrastar uma janela para o topo da tela e a mesma é maximizada, ou arrastando para uma das laterais a janela é dividida de 
modo a ocupar metade do monitor.
Efeito Aero Snap.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
61
a solução para o seu concurso!
Editora
Aero Peek (Win+Vírgula – Transparência / Win+D – Minimizar Tudo)
O Aero Peek (ou “Espiar área de trabalho”) permite que o usuário possa ver rapidamente o desktop. O recurso pode ser útil quando 
você precisar ver algo na área de trabalho, mas a tela está cheia de janelas abertas. Ao usar o Aero Peek, o usuário consegue ver o que 
precisa, sem precisar fechar ou minimizar qualquer janela. Recurso pode ser acessado por meio do botão Mostrar área de trabalho (parte 
inferior direita do Desktop). Ao posicionar o mouse sobre o referido botão, as janelas ficam com um aspecto transparente. Ao clicar sobre 
ele, as janelas serão minimizadas.
Efeito Aero Peek.
Menu Iniciar
Algo que deixou descontente grande parte dos usuários do Windows 8 foi o sumiço do Menu Iniciar. 
O novo Windows veio com a missão de retornar com o Menu Iniciar, o que aconteceu de fato. Ele é dividido em duas partes: na direita, 
temos o padrão já visto nos Windows anteriores, como XP, Vista e 7, com a organização em lista dos programas. Já na direita temos uma 
versão compacta da Modern UI, lembrando muito os azulejos do Windows Phone 8. 
Menu Iniciar no Windows 10.16
16 https://pplware.sapo.pt/microsoft/windows/windows-10-5-dicas-usar-melhor-menu-iniciarINFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
6262
a solução para o seu concurso!
Editora
Nova Central de Ações
A Central de Ações é a nova central de notificações do Windows 10. Ele funciona de forma similar à Central de Ações das versões 
anteriores e também oferece acesso rápido a recursos como modo Tablet, Bloqueio de Rotação, Luz noturna e VPN.
Central de ações do Windows 10.17
Paint 3D
O novo App de desenhos tem recursos mais avançados, especialmente para criar objetos em três dimensões. As ferramentas antigas 
de formas, linhas e pintura ainda estão lá, mas o design mudou e há uma seleção extensa de funções que prometem deixar o programa 
mais versátil.
Para abrir o Paint 3D clique no botão Iniciar ou procure por Paint 3D na caixa de pesquisa na barra de tarefas.
Paint 3D.
Cortana
Cortana é um/a assistente virtual inteligente do sistema operacional Windows 10.
Além de estar integrada com o próprio sistema operacional, a Cortana poderá atuar em alguns aplicativos específicos. Esse é o caso 
do Microsoft Edge, o navegador padrão do Windows 10, que vai trazer a assistente pessoal como uma de suas funcionalidades nativas. 
O assistente pessoal inteligente que entende quem você é, onde você está e o que está fazendo. O Cortana pode ajudar quando for 
solicitado, por meio de informações-chave, sugestões e até mesmo executá-las para você com as devidas permissões.
Para abrir a Cortana selecionando a opção na Barra de Tarefas. Podendo teclar ou falar o 
tema que deseja.
17 Fonte: https://support.microsoft.com/pt-br/help/4026791/windows-how-to-open-action-center
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
63
a solução para o seu concurso!
Editora
Cortana no Windows 10.18
Microsot Edge
O novo navegador do Windows 10 veio para substituir o Internet Explorer como o browser-padrão do sistema operacional da Microsoft. 
O programa tem como características a leveza, a rapidez e o layout baseado em padrões da web, além da remoção de suporte a tecnologias 
antigas, como o ActiveX e o Browser Helper Objects.
Dos destaques, podemos mencionar a integração com serviços da Microsoft, como a assistente de voz Cortana e o serviço de 
armazenamento na nuvem OneDrive, além do suporte a ferramentas de anotação e modo de leitura.
O Microsoft Edge é o primeiro navegador que permite fazer anotações, escrever, rabiscar e realçar diretamente em páginas da Web. 
Use a lista de leitura para salvar seus artigos favoritos para mais tarde e lê-los no modo de leitura . Focalize guias abertas para 
visualizá-las e leve seus favoritos e sua lista de leitura com você quando usar o Microsoft Edge em outro dispositivo.
O Internet Explorer 11, ainda vem como acessório do Windows 10. Devendo ser descontinuado nas próximas atualizações.
Para abrir o Edge clique no botão Iniciar , Microsoft Edge ou clique no ícone na barra de tarefas.
Microsoft Edge no Windows 10.
Windows Hello
O Windows Hello funciona com uma tecnologia de credencial chamada Microsoft Passport, mais fácil, mais prática e mais segura do 
que usar uma senha, porque ela usa autenticação biométrica. O usuário faz logon usando face, íris, impressão digital, PIN, bluetooth do 
celular e senha com imagem.
18 https://www.tecmundo.com.br/cortana/76638-cortana-ganhar-novo-visual-windows-10-rumor.htm
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
6464
a solução para o seu concurso!
Editora
Para acessar o Windows Hello, clique no botão , selecione Configurações > Contas > Opções de entrada. Ou procure por 
Hello ou Configurações de entrada na barra de pesquisa.
Windows Hello.
Bibliotecas
As Bibliotecas são um recurso do Windows 10 que permite a exibição consolidada de arquivos relacionados em um só local. Você pode 
pesquisar nas Bibliotecas para localizar os arquivos certos rapidamente, até mesmo quando esses arquivos estão em pastas, unidades 
ou em sistemas diferentes (quando as pastas são indexadas nos sistemas remotos ou armazenadas em cache localmente com Arquivos 
Offline).
Tela Bibliotecas no Windows 10.19
19 https://agorafunciona.wordpress.com/2017/02/12/como-remover-as-pastas-imagens-da-camera-e-imagens-salvas
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
65
a solução para o seu concurso!
Editora
One Drive
O OneDrive é serviço um de armazenamento e compartilhamento de arquivos da Microsoft. Com o Microsoft OneDrive você pode 
acessar seus arquivos em qualquer lugar e em qualquer dispositivo.
O OneDrive é um armazenamento on-line gratuito que vem com a sua conta da Microsoft. É como um disco rígido extra que está 
disponível para todos os dispositivos que você usar.
OneDivre.20
Manipulação de Arquivos
É um conjunto de informações nomeadas, armazenadas e organizadas em uma mídia de armazenamento de dados. O arquivo está 
disponível para um ou mais programas de computador, sendo essa relação estabelecida pelo tipo de arquivo, identificado pela extensão 
recebida no ato de sua criação ou alteração. 
Há arquivos de vários tipos, identificáveis por um nome, seguido de um ponto e um sufixo com três (DOC, XLS, PPT) ou quatro letras 
(DOCX, XLSX), denominado extensão. Assim, cada arquivo recebe uma denominação do tipo arquivo.extensão. Os tipos mais comuns são 
arquivos de programas (executavel.exe), de texto (texto.docx), de imagens (imagem.bmp, eu.jpg), planilhas eletrônicas (tabela.xlsx) e 
apresentações (monografia.pptx).
Pasta
As pastas ou diretórios: não contém informação propriamente dita e sim arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é organizar 
tudo o que está dentro das unidades.
O Windows utiliza as pastas do computador para agrupar documentos, imagens, músicas, aplicações, e todos os demais tipos de 
arquivos existentes.
Para visualizar a estrutura de pastas do disco rígido, bem como os arquivos nela armazenados, utiliza-se o Explorador de Arquivos.
Manipulação de arquivos e/ou pastas (Recortar/Copiar/Colar)
Existem diversas maneiras de manipular arquivos e/ou pastas.
1. Através dos botões RECORTAR, COPIAR E COLAR. (Mostrados na imagem acima – Explorador de arquivos).
2. Botão direito do mouse.
3. Selecionando e arrastando com o uso do mouse (Atenção com a letra da unidade e origem e destino).
20 Fonte: https://tecnoblog.net/286284/como-alterar-o-local-da-pasta-do-onedrive-no-windows-10
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
6666
a solução para o seu concurso!
Editora
Central de Segurança do Windows Defender
A Central de Segurança do Windows Defender fornece a área de proteção contra vírus e ameaças. 
Para acessar a Central de Segurança do Windows Defender, clique no botão , selecione Configurações > Atualização e 
segurança > Windows Defender. Ou procure por Windows Defender na barra de pesquisa.
Windows Defender.21
Lixeira
A Lixeira armazena temporariamente arquivos e/ou pastas excluídos das unidades internas do computador (c:\).
Para enviar arquivo para a lixeira:
- Seleciona-lo e pressionar a tecla DEL.
- Arrasta-lo para a lixeira.
- Botão direito do mouse sobre o arquivo, opção excluir.
- Seleciona-lo e pressionar CTRL+D.
Arquivos apagados permanentemente:
- Arquivos de unidades de rede.
- Arquivos de unidades removíveis (pen drive, ssd card...).
21 Fonte: https://answers.microsoft.com/pt-br/protect/forum/all/central-de-seguran%C3%A7a-do-windows-defender/9ae1b77e-de-
7c-4ee7-b90f-4bf76ad529b1
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
67
a solução para o seu concurso!
Editora
- Arquivos maiores do que a lixeira. (Tamanho da lixeira é 
mostrado em MB (megabytes) e pode variar de acordo com o 
tamanho do HD (disco rígido) do computador).
- Deletar pressionando a tecla SHIFT.
- Desabilitar a lixeira (Propriedades).
Para acessar a Lixeira, clique no ícone correspondente na 
área de trabalho do Windows 10.
Outros Acessórios do Windows 10
Existem outros, outros poderão ser lançados e incrementados, 
mas os relacionados a seguir são os mais populares:
– Alarmes e relógio.
– Assistência Rápida.
– Bloco de Notas.
– Calculadora.
– Calendário.
– Clima.
– E-mail.
– Facilidade de acesso (ferramenta destinada a deficientes 
físicos).
– Ferramenta de Captura.
– Gravadorde passos.
– Internet Explorer.
– Mapas.
– Mapa de Caracteres.
– Paint.
– Windows Explorer.
– WordPad.
– Xbox.
Principais teclas de atalho
CTRL + F4: fechar o documento ativo.
CTRL + R ou F5: atualizar a janela.
CTRL + Y: refazer.
CTRL + ESC: abrir o menu iniciar.
CTRL + SHIFT + ESC: gerenciador de tarefas.
WIN + A: central de ações.
WIN + C: cortana.
WIN + E: explorador de arquivos.
WIN + H: compartilhar.
WIN + I: configurações.
WIN + L: bloquear/trocar conta.
WIN + M: minimizar as janelas.
WIN + R: executar.
WIN + S: pesquisar.
WIN + “,”: aero peek.
WIN + SHIFT + M: restaurar as janelas.
WIN + TAB: task view (visão de tarefas).
WIN + HOME: aero shake.
ALT + TAB: alternar entre janelas.
WIN + X: menu de acesso rápido.
F1: ajuda.
MICROSOFT OFFICE 365: WORD, EXCEL, POWERPOINT, 
OUTLOOK
Microsoft Office
O Microsoft Office é um conjunto de aplicativos essenciais para 
uso pessoal e comercial, ele conta com diversas ferramentas, mas 
em geral são utilizadas e cobradas em provas o Editor de Textos – 
Word, o Editor de Planilhas – Excel, e o Editor de Apresentações – 
PowerPoint. A seguir verificamos sua utilização mais comum: 
Word
O Word é um editor de textos amplamente utilizado. Com ele 
podemos redigir cartas, comunicações, livros, apostilas, etc. Vamos 
então apresentar suas principais funcionalidades.
• Área de trabalho do Word
Nesta área podemos digitar nosso texto e formata-lo de acordo 
com a necessidade.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
6868
a solução para o seu concurso!
Editora
• Iniciando um novo documento
A partir deste botão retornamos para a área de trabalho do 
Word, onde podemos digitar nossos textos e aplicar as formatações 
desejadas.
• Alinhamentos
Ao digitar um texto, frequentemente temos que alinhá-lo 
para atender às necessidades. Na tabela a seguir, verificamos os 
alinhamentos automáticos disponíveis na plataforma do Word.
GUIA PÁGINA 
INICIAL ALINHAMENTO
TECLA DE 
ATALHO
Justificar (arruma a direito 
e a esquerda de acordo 
com a margem
Ctrl + J
Alinhamento à direita Ctrl + G
Centralizar o texto Ctrl + E
Alinhamento à esquerda Ctrl + Q
• Formatação de letras (Tipos e Tamanho)
Presente em Fonte, na área de ferramentas no topo da área 
de trabalho, é neste menu que podemos formatar os aspectos 
básicos de nosso texto. Bem como: tipo de fonte, tamanho (ou 
pontuação), se será maiúscula ou minúscula e outros itens nos 
recursos automáticos.
GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO
Tipo de letra
Tamanho
Aumenta / diminui tamanho
Recursos automáticos de caixa-altas 
e baixas 
Limpa a formatação
• Marcadores
Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da 
seguinte forma:
Podemos então utilizar na página inicial os botões para operar 
diferentes tipos de marcadores automáticos:
• Outros Recursos interessantes:
GUIA ÍCONE FUNÇÃO
Página inicial
- Mudar Forma
- Mudar cor de 
Fundo
- Mudar cor do 
texto
Inserir - Inserir Tabelas- Inserir Imagens
Revisão
Verificação 
e correção 
ortográfica
Arquivo Salvar
Excel
O Excel é um editor que permite a criação de tabelas para 
cálculos automáticos, análise de dados, gráficos, totais automáticos, 
dentre outras funcionalidades importantes, que fazem parte do dia 
a dia do uso pessoal e empresarial. 
São exemplos de planilhas:
– Planilha de vendas;
– Planilha de custos.
Desta forma ao inserirmos dados, os valores são calculados 
automaticamente.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
69
a solução para o seu concurso!
Editora
• Mas como é uma planilha de cálculo?
– Quando inseridos em alguma célula da planilha, os dados 
são calculados automaticamente mediante a aplicação de fórmulas 
específicas do aplicativo. 
– A unidade central do Excel nada mais é que o cruzamento 
entre a linha e a coluna. No exemplo coluna A, linha 2 ( A2 )
– Podemos também ter o intervalo A1..B3
– Para inserirmos dados, basta posicionarmos o cursor na 
célula, selecionarmos e digitarmos. Assim se dá a iniciação básica 
de uma planilha.
• Formatação células
• Fórmulas básicas
ADIÇÃO =SOMA(célulaX;célulaY)
SUBTRAÇÃO =(célulaX-célulaY)
MULTIPLICAÇÃO =(célulaX*célulaY)
DIVISÃO =(célulaX/célulaY)
• Fórmulas de comum interesse
MÉDIA (em um intervalo de 
células) =MEDIA(célula X:célulaY)
MÁXIMA (em um intervalo 
de células) =MAX(célula X:célulaY)
MÍNIMA (em um intervalo 
de células) =MIN(célula X:célulaY)
PowerPoint
O PowerPoint é um editor que permite a criação de 
apresentações personalizadas para os mais diversos fins. 
Existem uma série de recursos avançados para a formatação das 
apresentações, aqui veremos os princípios para a utilização do 
aplicativo.
• Área de Trabalho do PowerPoint
Nesta tela já podemos aproveitar a área interna para escrever 
conteúdos, redimensionar, mover as áreas delimitadas ou até 
mesmo excluí-las. No exemplo a seguir, perceba que já movemos as 
caixas, colocando um título na superior e um texto na caixa inferior, 
também alinhamos cada caixa para ajustá-las melhor.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
7070
a solução para o seu concurso!
Editora
Perceba que a formatação dos textos é padronizada. O mesmo 
tipo de padrão é encontrado para utilizarmos entre o PowerPoint, o 
Word e o Excel, o que faz deles programas bastante parecidos, no que 
diz respeito à formatação básica de textos. Confira no tópico referente 
ao Word, itens de formatação básica de texto como: alinhamentos, 
tipos e tamanhos de letras, guias de marcadores e recursos gerais.
Especificamente sobre o PowerPoint, um recurso amplamente 
utilizado a guia Design. Nela podemos escolher temas que mudam 
a aparência básica de nossos slides, melhorando a experiência no 
trabalho com o programa.
Com o primeiro slide pronto basta duplicá-lo, obtendo vários 
no mesmo formato. Assim liberamos uma série de miniaturas, pelas 
quais podemos navegador, alternando entre áreas de trabalho. A 
edição em cada uma delas, é feita da mesma maneira, como já 
apresentado anteriormente. 
Percebemos agora que temos uma apresentação com quatro 
slides padronizados, bastando agora editá-lo com os textos que se 
fizerem necessários. Além de copiar podemos mover cada slide de 
uma posição para outra utilizando o mouse. 
As Transições são recursos de apresentação bastante utilizados 
no PowerPoint. Servem para criar breves animações automáticas 
para passagem entre elementos das apresentações.
Tendo passado pelos aspectos básicos da criação de uma 
apresentação, e tendo a nossa pronta, podemos apresentá-la 
bastando clicar no ícone correspondente no canto inferior direito.
Um último recurso para chamarmos atenção é a possibilidade 
de acrescentar efeitos sonoros e interativos às apresentações, 
levando a experiência dos usuários a outro nível.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
71
a solução para o seu concurso!
Editora
Office 2013
A grande novidade do Office 2013 foi o recurso para explorar 
a navegação sensível ao toque (TouchScreen), que está disponível 
nas versões 32 e 64. Em equipamentos com telas sensíveis ao toque 
(TouchScreen) pode-se explorar este recurso, mas em equipamentos 
com telas simples funciona normalmente.
O Office 2013 conta com uma grande integração com a nuvem, 
desta forma documentos, configurações pessoais e aplicativos 
podem ser gravados no Skydrive, permitindo acesso através de 
smartfones diversos.
• Atualizações no Word
– O visual foi totalmente aprimorado para permitir usuários 
trabalhar com o toque na tela (TouchScreen);
– As imagens podem ser editadas dentro do documento;
– O modo leitura foi aprimorado de modo que textos extensos 
agora ficam disponíveis em colunas, em caso de pausa na leitura;
– Pode-se iniciar do mesmo ponto parado anteriormente;
– Podemos visualizar vídeos dentro do documento, bem como 
editar PDF(s).
• Atualizações no Excel
– Além de ter uma navegação simplificada, um novo conjunto 
de gráficos e tabelas dinâmicas estão disponíveis, dando ao usuário 
melhores formas de apresentar dados. 
– Também está totalmente integrado à nuvem Microsoft.
• Atualizações no PowerPoint
– O visual teve melhoriassignificativas, o PowerPoint do 
Office2013 tem um grande número de templates para uso de 
criação de apresentações profissionais;
– O recurso de uso de múltiplos monitores foi aprimorado;
– Um recurso de zoom de slide foi incorporado, permitindo o 
destaque de uma determinada área durante a apresentação;
– No modo apresentador é possível visualizar o próximo slide 
antecipadamente;
– Estão disponíveis também o recurso de edição colaborativa 
de apresentações.
Office 2016
O Office 2016 foi um sistema concebido para trabalhar 
juntamente com o Windows 10. A grande novidade foi o recurso 
que permite que várias pessoas trabalhem simultaneamente em 
um mesmo projeto. Além disso, tivemos a integração com outras 
ferramentas, tais como Skype. O pacote Office 2016 também roda 
em smartfones de forma geral.
• Atualizações no Word
– No Word 2016 vários usuários podem trabalhar ao mesmo 
tempo, a edição colaborativa já está presente em outros produtos, 
mas no Word agora é real, de modo que é possível até acompanhar 
quando outro usuário está digitando;
– Integração à nuvem da Microsoft, onde se pode acessar os 
documentos em tablets e smartfones;
– É possível interagir diretamente com o Bing (mecanismo 
de pesquisa da Microsoft, semelhante ao Google), para utilizar a 
pesquisa inteligente;
– É possível escrever equações como o mouse, caneta de 
toque, ou com o dedo em dispositivos touchscreen, facilitando 
assim a digitação de equações.
• Atualizações no Excel
– O Excel do Office 2016 manteve as funcionalidades dos 
anteriores, mas agora com uma maior integração com dispositivos 
móveis, além de ter aumentado o número de gráficos e melhorado 
a questão do compartilhamento dos arquivos.
• Atualizações no PowerPoint
– O PowerPoint 2016 manteve as funcionalidades dos 
anteriores, agora com uma maior integração com dispositivos 
moveis, além de ter aumentado o número de templates melhorado 
a questão do compartilhamento dos arquivos;
– O PowerPoint 2016 também permite a inserção de objetos 
3D na apresentação.
Office 2019
O OFFICE 2019 manteve a mesma linha da Microsoft, não houve 
uma mudança tão significativa. Agora temos mais modelos em 3D, 
todos os aplicativos estão integrados como dispositivos sensíveis ao 
toque, o que permite que se faça destaque em documentos. 
• Atualizações no Word
– Houve o acréscimo de ícones, permitindo assim um melhor 
desenvolvimento de documentos;
– Outro recurso que foi implementado foi o “Ler em voz alta”. 
Ao clicar no botão o Word vai ler o texto para você.
 
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
7272
a solução para o seu concurso!
Editora
• Atualizações no Excel
– Foram adicionadas novas fórmulas e gráficos. Tendo como 
destaque o gráfico de mapas que permite criar uma visualização de 
algum mapa que deseja construir. 
• Atualizações no PowerPoint
– Foram adicionadas a ferramenta transformar e a ferramenta 
de zoom facilitando assim o desenvolvimento de apresentações;
– Inclusão de imagens 3D na apresentação.
Office 365 
O Office 365 é uma versão que funciona como uma assinatura 
semelhante ao Netflix e Spotif. Desta forma não se faz necessário 
sua instalação, basta ter uma conexão com a internet e utilizar o 
Word, Excel e PowerPoint.
Observações importantes:
– Ele é o mais atualizado dos OFFICE(s), portanto todas as 
melhorias citadas constam nele;
– Sua atualização é frequente, pois a própria Microsoft é 
responsável por isso;
– No nosso caso o Word, Excel e PowerPoint estão sempre 
atualizados.
OUTLOOK
Com o Outlook no PC, Mac ou dispositivo móvel, você pode22:
1. Organizar o e-mail para se concentrar nas mensagens mais 
importantes.
2. Gerencie o calendário para agendar compromissos e reuni-
ões com facilidade.
3. Compartilhar arquivos na nuvem para que os destinatários 
tenham sempre a versão mais recente.
4. Fique conectado e mantenha a produtividade de onde esti-
ver.
Adicionar uma Conta de E-mail
1. Abra o Outlook. Se for a primeira vez que inicia o programa, 
você verá uma tela de boas-vindas. Caso contrário, escolha Arquivo 
> Adicionar Conta.
2. Insira seu endereço de e-mail e, em seguida, selecione Co-
nectar ou, se sua tela parece diferente, digite seu nome, endereço 
de e-mail e senha e, em seguida, selecione Próxima.
3. Se solicitado, insira a senha e escolha OK.
4. E pronto! Escolha Concluir para começar a usar o Outlook 
2016.
Criar e Enviar E-mails
1. Escolha Novo E-mail para redigir uma nova mensagem.
2. Insira um nome ou endereço de e-mail no campo Para, Cc 
ou Cco.
22 https://support.office.com/pt-br/article/In%C3%ADcio-R%C3%A1pido-do-Outlook-
-2016-e9da47c4-9b89-4b49-b945-a204aeea6726?ui=pt-BR&rs=pt-BR&ad=BR
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
73
a solução para o seu concurso!
Editora
Dica: se não vir o campo Cco, confira o tópico Mostrar, ocultar 
e exibir a caixa Cco.
3. Na caixa Assunto, digite o assunto do e-mail.
4. Coloque o cursor do mouse no corpo da mensagem e come-
ce a digitar.
5. Após digitar a mensagem, escolha Enviar.
Usar o @menções para Chamar a Atenção de uma Pessoa
1. No corpo do convite do calendário ou da mensagem de 
e-mail, insira o símbolo @ e as letras iniciais do nome ou sobreno-
me do contato.
2. Quando o Outlook oferecer uma ou mais sugestões, escolha 
o contato que deseja mencionar.
Por padrão, o programa inclui o nome completo da pessoa. 
Você pode excluir uma parte da menção; por exemplo, tudo que 
não seja o primeiro nome da pessoa.
3. O contato mencionado será adicionado à linha Para do e-mail 
ou do convite da reunião.
Caixa de Entrada Prioritária
Com a Caixa de Entrada Prioritária, você pode se concentrar 
nos e-mails que considerar mais importantes. Ela separa a Caixa de 
Entrada em duas guias: Prioritário e Outros.
Se as mensagens não forem organizadas da maneira desejada, 
você poderá movê-las e especificar onde todas as futuras mensa-
gens desse remetente deverão ser entregues.
1. Na Caixa de Entrada, escolha a guia Prioritário ou Outros e 
clique com botão direito do mouse na mensagem que deseja mo-
ver.
2. Se deseja mover da guia Prioritário para a guia Outros, es-
colha Mover para Outros para mover apenas a mensagem selecio-
nada. Escolha Sempre Mover para Outros, se desejar que todas as 
mensagens futuras desse remetente sejam entregues na guia Ou-
tros.
Se deseja mover da guia Outros para a guia Prioritário, escolha 
Mover para Prioritário para mover apenas a mensagem seleciona-
da. Escolha Sempre Mover para Prioritário, se desejar que todas as 
mensagens futuras desse remetente sejam entregues na guia Prio-
ritário.
Agendar um Compromisso
1. No Calendário, escolha Novo Compromisso.
2. Na caixa Assunto, digite uma descrição.
3. Na caixa Local, insira o local.
4. Insira as horas de início e término.
5. Escolha Convidar Participantes para transformar o compro-
misso em uma reunião.
6. Escolha Salvar e Fechar para concluir ou Enviar, se for uma 
reunião.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
7474
a solução para o seu concurso!
Editora
Usar o Assistente de Agendamento
A ferramenta Assistente de Agendamento é exibida após você 
criar uma reunião e ajuda a encontrar o melhor horário para a reu-
nião, analisando a disponibilidade dos respectivos destinatários e 
recursos, como as salas.
Em uma nova solicitação de reunião, escolha Assistente de 
Agendamento. 
As barras verticais envoltas em uma área sombreada represen-
tam o horário atual da reunião. Você pode arrastar as barras para 
ajustar o horário da reunião. 
A grade mostra a disponibilidade do participante. Na lateral di-
reita da solicitação, o Outlook mostra os horários sugeridos para a 
reunião, bem como o número de conflitos dos participantes.
Adicionar um Contato
1. Escolha Pessoas.
2. Escolha Página Inicial > Novo Contato ou pressione Ctrl+N.
3. Insira um nome e qualquer outra informação que você quei-
ra incluir para o contato.
4. Escolha Salvar e Novo, se desejar criar outro contato, ou Sal-
var e Fechar, quando concluir.
Compartilhar um Arquivo para Colaborar em Anexos
1. Crieuma mensagem ou clique em Responder, Responder a 
Todos ou Encaminhar uma mensagem existente.
2. Escolha Anexar Arquivo.
3. Escolha um arquivo na lista de arquivos recentes com os 
quais você já trabalhou.
4. Se o arquivo mostrar um pequeno ícone de nuvem, ele será 
salvo online e você poderá compartilhá-lo.
Se o arquivo não mostrar um ícone de nuvem, escolha a peque-
na seta e escolha Carregar no OneDrive.
Reuniões Mais Inteligentes com o Skype e o OneNote
O Outlook ajuda você a agendar reuniões com outras pessoas 
e permite criar reuniões online e configurar um espaço comparti-
lhado para anotações de reuniões antes de enviar a solicitação de 
reunião.
Depois de adicionar participantes à reunião, escolha o botão 
Reunião do Skype na faixa de opções. O programa cria uma reunião 
online automaticamente e insere um link na solicitação de reunião.
Para acessar as notas compartilhadas, escolha o botão Anota-
ções da Reunião. Você pode criar um novo bloco de anotações do 
OneNote ou escolher um bloco existente. Um link para o bloco de 
anotações será exibido na solicitação de reunião.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
75
a solução para o seu concurso!
Editora
Permanecer Conectado Fora do Trabalho
Escolha o dispositivo móvel para ver como instalar os aplicati-
vos do Office:
Dicas e Truques23
Acesse a caixa de entrada rapidamente
Acabou de iniciar o computador e quer verificar rapidamente a 
Caixa de Entrada? Tente fazer o seguinte:
1. Pressione as seguintes teclas:
2. Digite Outlook e pressione a tecla Enter.
3. Após iniciar o Outlook, pressione as teclas a seguir para criar 
uma nova mensagem de e-mail:
23 https://support.office.com/pt-br/article/Livro-eletr%C3%B4nico-Dicas-e-Truques-
-do-Outlook-2016-bed29d37-c6c2-4008-b58a-ce058cc49a43
4. Adicione os destinatários, um assunto e escreva a mensa-
gem.
Pare de procurar anexos
Se trabalhou em algum arquivo recentemente, não precisa pro-
curá-lo. Provavelmente, ele já está no menu Anexar Arquivo.
Onde fica o campo Cco?
Se quiser enviar um e-mail para várias pessoas, ative o campo 
Cco para que elas não vejam os destinatários e nem possam respon-
dê-los. Veja como exibir o campo Cco.
O Cco é persistente! O que isso significa? Se ativá-lo, ele será 
exibido sempre. Se desativá-lo, ele deixará de ser exibido desse mo-
mento em diante, até ser ativado novamente.
Remova endereços desatualizados
Os endereços do Preenchimento Automático são úteis, mas 
nem sempre. Veja como exclui-los. 
Quando você começa a digitar um nome, o programa exibe a 
lista de Preenchimento Automático.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
7676
a solução para o seu concurso!
Editora
Clique no X à direita para remover o endereço.
Se deseja excluir todas as Sugestões de preenchimento auto-
mático, isso é possível. Vá para Arquivo > Opções > E-mail. Role para 
baixo até a seção Enviar mensagens. Em seguida, clique no botão 
Esvaziar a Lista de Preenchimento Automático ou desmarque a op-
ção Usar a lista de preenchimento automático para sugerir nomes 
ao digitar nas linhas Para, Cc e Cco para desativá-la.
Saiba quando excluir ou arquivar
Os botões Excluir e Arquivar estão lado a lado. Veja quando 
usar um ou o outro.
Atalhos de pesquisa extremamente rápidos
Se precisar encontrar a mensagem de alguém com urgência, 
experimente usar esses atalhos rápidos.
1. Pressione as seguintes teclas:
2. O cursor passa automaticamente para a caixa de pesquisa.
3. Digite Alice para localizar todas as mensagens que contêm a 
palavra “Alice”.
4. Digite o conteúdo a seguir para localizar os e-mails de Alice.
5. Digite o conteúdo a seguir para localizar os e-mails de Alice 
recebidos esta semana.
6. Digite o conteúdo a seguir para localizar os e-mails de Alice 
que incluem anexos.
Defina uma resposta automática para as férias
Dê a designação do que quiser: “Resposta Automática de Au-
sência”, “Ausência Temporária” ou “Resposta automática”. Veja 
como configurá-la para que as pessoas saibam que você está au-
sente.
Observação: nem todas as contas de e-mail permitem definir 
respostas automáticas. Consulte o artigo em https://aka.ms/alter-
nativeAutoReply para ver soluções alternativas, caso esse recurso 
não esteja disponível para você.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
77
a solução para o seu concurso!
Editora
Transforme uma mensagem em reunião
1. Abra a mensagem que será transformada em reunião.
Estou pensando sobre o que devemos fazer. 
Alice, o que você acha? Usamos a opção 2? 
Júlio, tem alguma ideia? Estou dividida. 
Valério, qual é a sua opinião? Acho que há vantagens e desvan-
tagens em cada...
2. Pressione as seguintes teclas:
3. A mensagem se transforma em um convite de reunião com 
os participantes. Defina o Local, a Hora de início e a Hora de térmi-
no. Quando clicar em Enviar, a reunião estará configurada.
Navegue pelo Outlook com facilidade
Às vezes, você está usando o calendário e precisa alternar 
rapidamente para o e-mail. Veja algumas teclas de atalho que 
podem ajudá-lo a fazer isso.
Altere as cores do Outlook
Logo que você instala o Outlook, ele é exibido nitidamente para 
você. Se quiser destacar algumas partes da interface do Outlook, 
veja como escolher um tema de cor diferente.
Funciona em todos os aplicativos do Office. Quando você alte-
ra o Tema do Office, ele é alterado em todos os aplicativos, como 
Outlook, Word e Excel, por exemplo.
Localize o endereço do Outlook na Web
Sua empresa pode fornecer a você o Outlook na Web. Essa é 
uma maneira de verificar seus e-mails comerciais quando você está 
fora do escritório. Veja como encontrar o endereço Web para este 
serviço.
INTERNET. INTRANET BROWSERS. SITES DE BUSCA
Internet
A Internet é uma rede mundial de computadores interligados 
através de linhas de telefone, linhas de comunicação privadas, 
cabos submarinos, canais de satélite, etc24. Ela nasceu em 1969, nos 
Estados Unidos. Interligava originalmente laboratórios de pesquisa 
e se chamava ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency). 
Com o passar do tempo, e com o sucesso que a rede foi tendo, o 
número de adesões foi crescendo continuamente. Como nesta 
época, o computador era extremamente difícil de lidar, somente 
algumas instituições possuíam internet.
24 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20
Avan%E7ado.pdf
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
7878
a solução para o seu concurso!
Editora
No entanto, com a elaboração de softwares e interfaces cada 
vez mais fáceis de manipular, as pessoas foram se encorajando a 
participar da rede. O grande atrativo da internet era a possibilidade 
de se trocar e compartilhar ideias, estudos e informações com 
outras pessoas que, muitas vezes nem se conhecia pessoalmente.
Conectando-se à Internet
Para se conectar à Internet, é necessário que se ligue a uma 
rede que está conectada à Internet. Essa rede é de um provedor 
de acesso à internet. Assim, para se conectar você liga o seu 
computador à rede do provedor de acesso à Internet; isto é feito 
por meio de um conjunto como modem, roteadores e redes de 
acesso (linha telefônica, cabo, fibra-ótica, wireless, etc.).
World Wide Web
A web nasceu em 1991, no laboratório CERN, na Suíça. Seu 
criador, Tim Berners-Lee, concebeu-a unicamente como uma 
linguagem que serviria para interligar computadores do laboratório 
e outras instituições de pesquisa, e exibir documentos científicos de 
forma simples e fácil de acessar.
Hoje é o segmento que mais cresce. A chave do sucesso da World 
Wide Web é o hipertexto. Os textos e imagens são interligados por 
meio de palavras-chave, tornando a navegação simples e agradável.
Protocolo de comunicação
Transmissão e fundamentalmente por um conjunto de 
protocolos encabeçados pelo TCP/IP. Para que os computadores 
de uma rede possam trocar informações entre si é necessário que 
todos os computadores adotem as mesmas regras para o envio e o 
recebimento de informações. Este conjunto de regras é conhecido 
como Protocolo de Comunicação. No protocolo de comunicação 
estão definidastodas as regras necessárias para que o computador 
de destino, “entenda” as informações no formato que foram 
enviadas pelo computador de origem.
Existem diversos protocolos, atualmente a grande maioria das 
redes utiliza o protocolo TCP/IP já que este é utilizado também na 
Internet.
O protocolo TCP/IP acabou se tornando um padrão, inclusive 
para redes locais, como a maioria das redes corporativas hoje tem 
acesso Internet, usar TCP/IP resolve a rede local e também o acesso 
externo.
TCP / IP
Sigla de Transmission Control Protocol/Internet Protocol 
(Protocolo de Controle de Transmissão/Protocolo Internet).
Embora sejam dois protocolos, o TCP e o IP, o TCP/IP aparece 
nas literaturas como sendo:
- O protocolo principal da Internet;
- O protocolo padrão da Internet;
- O protocolo principal da família de protocolos que dá suporte 
ao funcionamento da Internet e seus serviços.
Considerando ainda o protocolo TCP/IP, pode-se dizer que:
A parte TCP é responsável pelos serviços e a parte IP é 
responsável pelo roteamento (estabelece a rota ou caminho para o 
transporte dos pacotes).
Domínio
Se não fosse o conceito de domínio quando fossemos acessar 
um determinado endereço na web teríamos que digitar o seu 
endereço IP. Por exemplo: para acessar o site do Google ao invés 
de você digitar www.google.com você teria que digitar um número 
IP – 74.125.234.180.
É através do protocolo DNS (Domain Name System), que é 
possível associar um endereço de um site a um número IP na rede. 
O formato mais comum de um endereço na Internet é algo como 
http://www.empresa.com.br, em que:
www: (World Wide Web): convenção que indica que o 
endereço pertence à web.
empresa: nome da empresa ou instituição que mantém o 
serviço.
com: indica que é comercial.
br: indica que o endereço é no Brasil.
URL
Um URL (de Uniform Resource Locator), em português, 
Localizador-Padrão de Recursos, é o endereço de um recurso (um 
arquivo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a 
Internet, ou uma rede corporativa, uma intranet.
Uma URL tem a seguinte estrutura: protocolo://máquina/
caminho/recurso.
HTTP
É o protocolo responsável pelo tratamento de pedidos e 
respostas entre clientes e servidor na World Wide Web. Os 
endereços web sempre iniciam com http:// (http significa Hypertext 
Transfer Protocol, Protocolo de transferência hipertexto).
Hipertexto
São textos ou figuras que possuem endereços vinculados a 
eles. Essa é a maneira mais comum de navegar pela web.
Navegadores
Um navegador de internet é um programa que mostra 
informações da internet na tela do computador do usuário.
Além de também serem conhecidos como browser ou web 
browser, eles funcionam em computadores, notebooks, dispositivos 
móveis, aparelhos portáteis, videogames e televisores conectados 
à internet.
Um navegador de internet condiciona a estrutura de um site 
e exibe qualquer tipo de conteúdo na tela da máquina usada pelo 
internauta.
Esse conteúdo pode ser um texto, uma imagem, um vídeo, um 
jogo eletrônico, uma animação, um aplicativo ou mesmo servidor. 
Ou seja, o navegador é o meio que permite o acesso a qualquer 
página ou site na rede. 
Para funcionar, um navegador de internet se comunica com 
servidores hospedados na internet usando diversos tipos de 
protocolos de rede. Um dos mais conhecidos é o protocolo HTTP, 
que transfere dados binários na comunicação entre a máquina, o 
navegador e os servidores.
Funcionalidades de um Navegador de Internet
A principal funcionalidade dos navegadores é mostrar para o 
usuário uma tela de exibição através de uma janela do navegador.
Ele decodifica informações solicitadas pelo usuário, através de 
códigos-fonte, e as carrega no navegador usado pelo internauta. 
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
79
a solução para o seu concurso!
Editora
Ou seja, entender a mensagem enviada pelo usuário, solicitada 
através do endereço eletrônico, e traduzir essa informação na tela 
do computador. É assim que o usuário consegue acessar qualquer 
site na internet. 
O recurso mais comum que o navegador traduz é o HTML, 
uma linguagem de marcação para criar páginas na web e para ser 
interpretado pelos navegadores.
Eles também podem reconhecer arquivos em formato PDF, 
imagens e outros tipos de dados. 
Essas ferramentas traduzem esses tipos de solicitações por 
meio das URLs, ou seja, os endereços eletrônicos que digitamos na 
parte superior dos navegadores para entrarmos numa determinada 
página. 
Abaixo estão outros recursos de um navegador de internet:
– Barra de Endereço: é o espaço em branco que fica localizado 
no topo de qualquer navegador. É ali que o usuário deve digitar a 
URL (ou domínio ou endereço eletrônico) para acessar qualquer 
página na web.
– Botões de Início, Voltar e Avançar: botões clicáveis básicos 
que levam o usuário, respectivamente, ao começo de abertura do 
navegador, à página visitada antes ou à página visitada seguinte. 
– Favoritos: é a aba que armazena as URLs de preferência 
do usuário. Com um único simples, o usuário pode guardar esses 
endereços nesse espaço, sendo que não existe uma quantidade 
limite de links. É muito útil para quando você quer acessar as 
páginas mais recorrentes da sua rotina diária de tarefas. 
– Atualizar: botão básico que recarrega a página aberta naquele 
momento, atualizando o conteúdo nela mostrado. Serve para 
mostrar possíveis edições, correções e até melhorias de estrutura 
no visual de um site. Em alguns casos, é necessário limpar o cache 
para mostrar as atualizações. 
– Histórico: opção que mostra o histórico de navegação do 
usuário usando determinado navegador. É muito útil para recuperar 
links, páginas perdidas ou revisitar domínios antigos. Pode ser 
apagado, caso o usuário queira.
– Gerenciador de Downloads: permite administrar os 
downloads em determinado momento. É possível ativar, cancelar 
e pausar por tempo indeterminado. É um maior controle na 
usabilidade do navegador de internet. 
– Extensões: já é padrão dos navegadores de internet terem 
um mecanismo próprio de extensões com mais funcionalidades. 
Com alguns cliques, é possível instalar temas visuais, plug-ins com 
novos recursos (relógio, notícias, galeria de imagens, ícones, entre 
outros. 
– Central de Ajuda: espaço para verificar a versão instalada 
do navegador e artigos (geralmente em inglês, embora também 
existam em português) de como realizar tarefas ou ações específicas 
no navegador.
Firefox, Internet Explorer, Google Chrome, Safari e Opera 
são alguns dos navegadores mais utilizados atualmente. Também 
conhecidos como web browsers ou, simplesmente, browsers, 
os navegadores são uma espécie de ponte entre o usuário e o 
conteúdo virtual da Internet.
Internet Explorer
Lançado em 1995, vem junto com o Windows, está sendo 
substituído pelo Microsoft Edge, mas ainda está disponível como 
segundo navegador, pois ainda existem usuários que necessitam de 
algumas tecnologias que estão no Internet Explorer e não foram 
atualizadas no Edge.
Já foi o mais navegador mais utilizado do mundo, mas hoje 
perdeu a posição para o Google Chrome e o Mozilla Firefox.
Principais recursos do Internet Explorer:
– Transformar a página num aplicativo na área de trabalho, 
permitindo que o usuário defina sites como se fossem aplicativos 
instalados no PC. Através dessa configuração, ao invés de apenas 
manter os sites nos favoritos, eles ficarão acessíveis mais facilmente 
através de ícones.
– Gerenciador de downloads integrado.
– Mais estabilidade e segurança.
– Suporte aprimorado para HTML5 e CSS3, o que permite uma 
navegação plena para que o internauta possa usufruir dos recursos 
implementados nos sites mais modernos.
– Com a possibilidade de adicionar complementos, o navegador 
já não é apenas um programa para acessar sites. Dessa forma, é 
possível instalar pequenos aplicativos que melhoram a navegação e 
oferecem funcionalidades adicionais.
– One Box: recurso já conhecido entre os usuários do Google 
Chrome, agora está na versão mais recente do InternetExplorer. 
Através dele, é possível realizar buscas apenas informando a 
palavra-chave digitando-a na barra de endereços.
Microsoft Edge
Da Microsoft, o Edge é a evolução natural do antigo Explorer25. 
O navegador vem integrado com o Windows 10. Ele pode receber 
aprimoramentos com novos recursos na própria loja do aplicativo.
Além disso, a ferramenta otimiza a experiência do usuário 
convertendo sites complexos em páginas mais amigáveis para 
leitura.
Outras características do Edge são:
– Experiência de navegação com alto desempenho.
– Função HUB permite organizar e gerenciar projetos de 
qualquer lugar conectado à internet.
– Funciona com a assistente de navegação Cortana.
– Disponível em desktops e mobile com Windows 10.
25 https://bit.ly/2WITu4N
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
8080
a solução para o seu concurso!
Editora
– Não é compatível com sistemas operacionais mais antigos.
Firefox
Um dos navegadores de internet mais populares, o Firefox é 
conhecido por ser flexível e ter um desempenho acima da média.
Desenvolvido pela Fundação Mozilla, é distribuído 
gratuitamente para usuários dos principais sistemas operacionais. 
Ou seja, mesmo que o usuário possua uma versão defasada do 
sistema instalado no PC, ele poderá ser instalado. 
Algumas características de destaque do Firefox são:
– Velocidade e desempenho para uma navegação eficiente.
– Não exige um hardware poderoso para rodar.
– Grande quantidade de extensões para adicionar novos 
recursos.
– Interface simplificada facilita o entendimento do usuário.
– Atualizações frequentes para melhorias de segurança e 
privacidade.
– Disponível em desktop e mobile.
Google Chorme
É possível instalar o Google Chrome nas principais versões do 
sistema operacional Windows e também no Linux e Mac. 
O Chrome é o navegador de internet mais usado no mundo. 
É, também, um dos que têm melhor suporte a extensões, maior 
compatibilidade com uma diversidade de dispositivos e é bastante 
convidativo à navegação simplificada.
Principais recursos do Google Chrome:
– Desempenho ultra veloz, desde que a máquina tenha recursos 
RAM suficientes.
– Gigantesca quantidade de extensões para adicionar novas 
funcionalidades.
– Estável e ocupa o mínimo espaço da tela para mostrar 
conteúdos otimizados.
– Segurança avançada com encriptação por Certificado SSL 
(HTTPS).
– Disponível em desktop e mobile.
Opera
Um dos primeiros navegadores existentes, o Opera segue 
evoluindo como um dos melhores navegadores de internet.
Ele entrega uma interface limpa, intuitiva e agradável de usar. 
Além disso, a ferramenta também é leve e não prejudica a qualidade 
da experiência do usuário.
Outros pontos de destaques do Opera são:
– Alto desempenho com baixo consumo de recursos e de 
energia.
– Recurso Turbo Opera filtra o tráfego recebido, aumentando a 
velocidade de conexões de baixo desempenho.
– Poupa a quantidade de dados usados em conexões móveis 
(3G ou 4G).
– Impede armazenamento de dados sigilosos, sobretudo em 
páginas bancárias e de vendas on-line.
– Quantidade moderada de plug-ins para implementar novas 
funções, além de um bloqueador de publicidade integrado.
– Disponível em desktop e mobile.
Safari
O Safari é o navegador oficial dos dispositivos da Apple. Pela 
sua otimização focada nos aparelhos da gigante de tecnologia, ele 
é um dos navegadores de internet mais leves, rápidos, seguros e 
confiáveis para usar. 
O Safari também se destaca em:
– Sincronização de dados e informações em qualquer 
dispositivo Apple (iOS).
– Tem uma tecnologia anti-rastreio capaz de impedir o 
direcionamento de anúncios com base no comportamento do 
usuário.
– Modo de navegação privada não guarda os dados das páginas 
visitadas, inclusive histórico e preenchimento automático de 
campos de informação.
– Compatível também com sistemas operacionais que não seja 
da Apple (Windows e Linux).
– Disponível em desktops e mobile.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
81
a solução para o seu concurso!
Editora
Intranet
A intranet é uma rede de computadores privada que assenta 
sobre a suíte de protocolos da Internet, porém, de uso exclusivo de 
um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa, 
que só pode ser acessada pelos seus utilizadores ou colaboradores 
internos26.
Pelo fato, a sua aplicação a todos os conceitos emprega-se à 
intranet, como, por exemplo, o paradigma de cliente-servidor. Para 
tal, a gama de endereços IP reservada para esse tipo de aplicação 
situa-se entre 192.168.0.0 até 192.168.255.255.
Dentro de uma empresa, todos os departamentos possuem 
alguma informação que pode ser trocada com os demais setores, 
podendo cada sessão ter uma forma direta de se comunicar com as 
demais, o que se assemelha muito com a conexão LAN (Local Area 
Network), que, porém, não emprega restrições de acesso.
A intranet é um dos principais veículos de comunicação 
em corporações. Por ela, o fluxo de dados (centralização de 
documentos, formulários, notícias da empresa, etc.) é constante, 
pretendendo reduzir os custos e ganhar velocidade na divulgação e 
distribuição de informações.
Apesar do seu uso interno, acessando aos dados corporativos, 
a intranet permite que computadores localizados numa filial, se 
conectados à internet com uma senha, acessem conteúdos que 
estejam na sua matriz. Ela cria um canal de comunicação direto 
entre a empresa e os seus funcionários/colaboradores, tendo um 
ganho significativo em termos de segurança.
CORREIO ELETRÔNICO
CORREIO ELETRÔNICO
E-mail
O e-mail revolucionou o modo como as pessoas recebem 
mensagem atualmente27. Qualquer pessoa que tenha um e-mail 
pode mandar uma mensagem para outra pessoa que também 
tenha e-mail, não importando a distância ou a localização.
Um endereço de correio eletrônico obedece à seguinte 
estrutura: à esquerda do símbolo @ (ou arroba) fica o nome ou 
apelido do usuário, à direita fica o nome do domínio que fornece o 
acesso. O resultado é algo como:
maria@apostilassolucao.com.br
Atualmente, existem muitos servidores de webmail – correio 
eletrônico – na Internet, como o Gmail e o Outlook.
Para possuir uma conta de e-mail nos servidores é necessário 
preencher uma espécie de cadastro. Geralmente existe um conjunto 
de regras para o uso desses serviços.
Correio Eletrônico
Este método utiliza, em geral, uma aplicação (programa de 
correio eletrônico) que permite a manipulação destas mensagens 
e um protocolo (formato de comunicação) de rede que permite 
26 https://centraldefavoritos.com.br/2018/01/11/conceitos-basicos-
-ferramentas-aplicativos-e-procedimentos-de-internet-e-intranet-par-
te-2/
27 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20
Avan%E7ado.pdf
o envio e recebimento de mensagens28. Estas mensagens são 
armazenadas no que chamamos de caixa postal, as quais podem 
ser manipuladas por diversas operações como ler, apagar, escrever, 
anexar, arquivos e extração de cópias das mensagens.
Funcionamento básico de correio eletrônico
Essencialmente, um correio eletrônico funciona como dois 
programas funcionando em uma máquina servidora: 
– Servidor SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): protocolo 
de transferência de correio simples, responsável pelo envio de 
mensagens.
– Servidor POP3 (Post Office Protocol – protocolo Post Office) 
ou IMAP (Internet Mail Access Protocol): protocolo de acesso 
de correio internet), ambos protocolos para recebimento de 
mensagens.
Para enviar um e-mail, o usuário deve possuir um cliente de 
e-mail que é um programa que permite escrever, enviar e receber 
e-mails conectando-se com a máquina servidora de e-mail. 
Inicialmente, um usuário que deseja escrever seu e-mail, deve 
escrever sua mensagem de forma textual no editor oferecido pelo 
cliente de e-mail e endereçar este e-mail para um destinatário 
que possui o formato “nome@dominio.com.br“. Quando clicamos 
em enviar, nosso cliente de e-mail conecta-se com o servidor de 
e-mail, comunicando-se com o programa SMTP, entregando a 
mensagem a ser enviada. A mensagem é divididaem duas partes: 
o nome do destinatário (nome antes do @) e o domínio, i.e., a 
máquina servidora de e-mail do destinatário (endereço depois do 
@). Com o domínio, o servidor SMTP resolve o DNS, obtendo o 
endereço IP do servidor do e-mail do destinatário e comunicando-
se com o programa SMTP deste servidor, perguntando se o nome 
do destinatário existe naquele servidor. Se existir, a mensagem do 
remetente é entregue ao servidor POP3 ou IMAP, que armazena a 
mensagem na caixa de e-mail do destinatário.
Ações no correio eletrônico
Independente da tecnologia e recursos empregados no correio 
eletrônico, em geral, são implementadas as seguintes funções:
– Caixa de Entrada: caixa postal onde ficam todos os e-mails 
recebidos pelo usuário, lidos e não-lidos.
– Lixeira: caixa postal onde ficam todos os e-mails descartados 
pelo usuário, realizado pela função Apagar ou por um ícone de 
Lixeira. Em geral, ao descartar uma mensagem ela permanece na 
lixeira, mas não é descartada, até que o usuário decida excluir as 
mensagens definitivamente (este é um processo de segurança 
para garantir que um usuário possa recuperar e-mails apagados 
por engano). Para apagar definitivamente um e-mail é necessário 
entrar, de tempos em tempos, na pasta de lixeira e descartar os 
e-mails existentes.
– Nova mensagem: permite ao usuário compor uma mensagem 
para envio. Os campos geralmente utilizados são:
– Para: designa a pessoa para quem será enviado o e-mail. Em 
geral, pode-se colocar mais de um destinatário inserindo os e-mails 
de destino separados por ponto-e-vírgula.
– CC (cópia carbono): designa pessoas a quem também 
repassamos o e-mail, ainda que elas não sejam os destinatários 
principais da mensagem. Funciona com o mesmo princípio do Para.
28 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/11/correio-eletronico-
-webmail-e-mozilla-thunderbird/
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
8282
a solução para o seu concurso!
Editora
– CCo (cópia carbono oculta): designa pessoas a quem repassamos o e-mail, mas diferente da cópia carbono, quando os destinatários 
principais abrirem o e-mail não saberão que o e-mail também foi repassado para os e-mails determinados na cópia oculta.
– Assunto: título da mensagem.
– Anexos: nome dado a qualquer arquivo que não faça parte da mensagem principal e que seja vinculada a um e-mail para envio ao 
usuário. Anexos, comumente, são o maior canal de propagação de vírus e malwares, pois ao abrirmos um anexo, obrigatoriamente ele será 
“baixado” para nosso computador e executado. Por isso, recomenda-se a abertura de anexos apenas de remetentes confiáveis e, em geral, 
é possível restringir os tipos de anexos que podem ser recebidos através de um e-mail para evitar propagação de vírus e pragas. Alguns 
antivírus permitem analisar anexos de e-mails antes que sejam executados: alguns serviços de webmail, como por exemplo, o Gmail, 
permitem analisar preliminarmente se um anexo contém arquivos com malware.
– Filtros: clientes de e-mail e webmails comumente fornecem a função de filtro. Filtros são regras que escrevemos que permitem 
que, automaticamente, uma ação seja executada quando um e-mail cumpre esta regra. Filtros servem assim para realizar ações simples e 
padronizadas para tornar mais rápida a manipulação de e-mails. Por exemplo, imagine que queremos que ao receber um e-mail de “joao@
blabla.com”, este e-mail seja diretamente descartado, sem aparecer para nós. Podemos escrever uma regra que toda vez que um e-mail 
com remetente “joao@blabla.com” chegar em nossa caixa de entrada, ele seja diretamente excluído.
Respondendo uma mensagem
Os ícones disponíveis para responder uma mensagem são:
– Responder ao remetente: responde à mensagem selecionada para o autor dela (remetente).
– Responde a todos: a mensagem é enviada tanto para o autor como para as outras pessoas que estavam na lista de cópias.
– Encaminhar: envia a mensagem selecionada para outra pessoa.
Clientes de E-mail
Um cliente de e-mail é essencialmente um programa de computador que permite compor, enviar e receber e-mails a partir de um 
servidor de e-mail, o que exige cadastrar uma conta de e-mail e uma senha para seu correto funcionamento. Há diversos clientes de 
e-mails no mercado que, além de manipular e-mails, podem oferecer recursos diversos.
– Outlook: cliente de e-mails nativo do sistema operacional Microsoft Windows. A versão Express é uma versão mais simplificada e 
que, em geral, vem por padrão no sistema operacional Windows. Já a versão Microsoft Outlook é uma versão que vem no pacote Microsoft 
Office possui mais recursos, incluindo, além de funções de e-mail, recursos de calendário.
– Mozilla Thunderbird: é um cliente de e-mails e notícias Open Source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma criadora do 
Mozilla Firefox).
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
83
a solução para o seu concurso!
Editora
O WEBMAIL é um serviço online que permite acessar e geren-
ciar sua conta de e-mail através de um navegador web. O uso do 
WEBMAIL é semelhante ao uso do software de e-mail em um com-
putador, mas com a vantagem de poder acessar sua conta de e-mail 
em qualquer lugar com uma conexão à internet.
Para preparar e enviar uma mensagem usando o WEBMAIL, 
siga estes passos:
Acesse o webmail fornecendo seu nome de usuário e senha.
Clique no botão “Novo Email” ou em um ícone semelhante 
para começar a compor sua mensagem.
Preencha os campos “Para”, “Assunto” e “Mensagem” com as 
informações apropriadas. Você também pode formatar sua mensa-
gem, alterar a fonte e adicionar links e imagens.
Se você deseja anexar um arquivo, clique no botão “Anexar Ar-
quivo” ou em um ícone semelhante e selecione o arquivo em seu 
computador que deseja enviar.
Verifique se todos os campos estão preenchidos corretamente 
e clique no botão “Enviar” para enviar sua mensagem.
Ao receber uma mensagem, você pode abri-la e lê-la direta-
mente no WEBMAIL. Você também pode responder, encaminhar ou 
excluir a mensagem.
Além disso, a maioria dos serviços de WEBMAIL inclui recursos 
adicionais, como filtros de spam, organização de pastas e calendá-
rios para ajudar a gerenciar seus e-mails e compromissos.
BACKUP: CONCEITOS BÁSICOS, TIPOS, DISPOSITIVOS E 
FERRAMENTAS, UNIDADES DE MEDIDA DE ARMAZENA-
MENTO, COMPACTAÇÃO DE ARQUIVOS
Backup é uma cópia de segurança que você faz em outro 
dispositivo de armazenamento como HD externo, armazenamento 
na nuvem ou pen drive por exemplo, para caso você perca os dados 
originais de sua máquina devido a vírus, dados corrompidos ou 
outros motivos e assim possa restaurá-los (recuperá-los)29.
Backups são extremamente importantes, pois permitem30:
• Proteção de dados: você pode preservar seus dados para 
que sejam recuperados em situações como falha de disco rígido, 
atualização malsucedida do sistema operacional, exclusão ou 
substituição acidental de arquivos, ação de códigos maliciosos/
atacantes e furto/perda de dispositivos.
• Recuperação de versões: você pode recuperar uma versão 
antiga de um arquivo alterado, como uma parte excluída de um 
texto editado ou a imagem original de uma foto manipulada.
Muitos sistemas operacionais já possuem ferramentas 
de backup e recuperação integradas e também há a opção de 
instalar programas externos. Na maioria dos casos, ao usar estas 
ferramentas, basta que você tome algumas decisões, como:
• Onde gravar os backups: podem ser usadas mídias (como 
CD, DVD, pen-drive, disco de Blu-ray e disco rígido interno ou 
externo) ou armazená-los remotamente (on-line ou off-site). A 
escolha depende do programa de backup que está sendo usado 
e de questões como capacidade de armazenamento, custo e 
confiabilidade. Um CD, DVD ou Blu-ray pode bastar para pequenas 
29 https://centraldefavoritos.com.br/2017/07/02/procedimentos-de-
-backup/
30 https://cartilha.cert.br/mecanismos/
quantidades de dados, um pen-drive pode ser indicado para dados 
constantemente modificados, ao passo que um disco rígido pode 
ser usado para grandes volumes que devam perdurar.
•Quais arquivos copiar: apenas arquivos confiáveis e que 
tenham importância para você devem ser copiados. Arquivos de 
programas que podem ser reinstalados, geralmente, não precisam 
ser copiados. Fazer cópia de arquivos desnecessários pode ocupar 
espaço inutilmente e dificultar a localização dos demais dados. 
Muitos programas de backup já possuem listas de arquivos e 
diretórios recomendados, podendo optar por aceitá-las ou criar 
suas próprias listas.
• Com que periodicidade realizar: depende da frequência 
com que os arquivos são criados ou modificados. Arquivos 
frequentemente modificados podem ser copiados diariamente 
ao passo que aqueles pouco alterados podem ser copiados 
semanalmente ou mensalmente.
Tipos de backup
• Backups completos (normal): cópias de todos os arquivos, 
independente de backups anteriores. Conforma a quantidade de 
dados ele pode ser é um backup demorado. Ele marca os arquivos 
copiados.
• Backups incrementais: é uma cópia dos dados criados e 
alterados desde o último backup completo (normal) ou incremental, 
ou seja, cópia dos novos arquivos criados. Por ser mais rápidos e 
ocupar menos espaço no disco ele tem maior frequência de backup. 
Ele marca os arquivos copiados.
• Backups diferenciais: da mesma forma que o backup 
incremental, o backup diferencial só copia arquivos criados ou 
alterados desde o último backup completo (normal), mas isso pode 
variar em diferentes programas de backup. Juntos, um backup 
completo e um backup diferencial incluem todos os arquivos no 
computador, alterados e inalterados. No entanto, a diferença 
deste para o incremental é que cada backup diferencial mapeia 
as modificações em relação ao último backup completo. Ele é 
mais seguro na manipulação de dados. Ele não marca os arquivos 
copiados.
• Arquivamento: você pode copiar ou mover dados que deseja 
ou que precisa guardar, mas que não são necessários no seu dia a 
dia e que raramente são alterados.
VÍRUS E PROGRAMAS MALICIOSOS: CONCEITOS BÁSICOS, 
TIPOS, AÇÕES PREVENTIVAS/CORRETIVAS E SOFTWARES 
DE SEGURANÇA DIGITAL
Códigos maliciosos (Malware)
Códigos maliciosos (malware) são programas especificamente 
desenvolvidos para executar ações danosas e atividades maliciosas 
em um computador31. Algumas das diversas formas como os códigos 
maliciosos podem infectar ou comprometer um computador são:
– Pela exploração de vulnerabilidades existentes nos programas 
instalados;
– Pela autoexecução de mídias removíveis infectadas, como 
pen-drives;
– Pelo acesso a páginas Web maliciosas, utilizando navegadores 
vulneráveis;
31 https://cartilha.cert.br/malware/
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
8484
a solução para o seu concurso!
Editora
– Pela ação direta de atacantes que, após invadirem o 
computador, incluem arquivos contendo códigos maliciosos;
– Pela execução de arquivos previamente infectados, obtidos 
em anexos de mensagens eletrônicas, via mídias removíveis, em 
páginas Web ou diretamente de outros computadores (através do 
compartilhamento de recursos).
Uma vez instalados, os códigos maliciosos passam a ter acesso 
aos dados armazenados no computador e podem executar ações 
em nome dos usuários, de acordo com as permissões de cada 
usuário.
Os principais motivos que levam um atacante a desenvolver 
e a propagar códigos maliciosos são a obtenção de vantagens 
financeiras, a coleta de informações confidenciais, o desejo de 
autopromoção e o vandalismo. Além disto, os códigos maliciosos 
são muitas vezes usados como intermediários e possibilitam a 
prática de golpes, a realização de ataques e a disseminação de 
spam (mais detalhes nos Capítulos Golpes na Internet, Ataques na 
Internet e Spam, respectivamente).
A seguir, serão apresentados os principais tipos de códigos 
maliciosos existentes.
Vírus
Vírus é um programa ou parte de um programa de computador, 
normalmente malicioso, que se propaga inserindo cópias de si 
mesmo e se tornando parte de outros programas e arquivos.
Para que possa se tornar ativo e dar continuidade ao processo 
de infecção, o vírus depende da execução do programa ou arquivo 
hospedeiro, ou seja, para que o seu computador seja infectado é 
preciso que um programa já infectado seja executado.
O principal meio de propagação de vírus costumava ser os 
disquetes. Com o tempo, porém, estas mídias caíram em desuso 
e começaram a surgir novas maneiras, como o envio de e-mail. 
Atualmente, as mídias removíveis tornaram-se novamente o 
principal meio de propagação, não mais por disquetes, mas, 
principalmente, pelo uso de pen-drives.
Há diferentes tipos de vírus. Alguns procuram permanecer 
ocultos, infectando arquivos do disco e executando uma série 
de atividades sem o conhecimento do usuário. Há outros que 
permanecem inativos durante certos períodos, entrando em 
atividade apenas em datas específicas. Alguns dos tipos de vírus 
mais comuns são:
– Vírus propagado por e-mail: recebido como um arquivo anexo 
a um e-mail cujo conteúdo tenta induzir o usuário a clicar sobre este 
arquivo, fazendo com que seja executado. 
– Vírus de script: escrito em linguagem de script, como VBScript 
e JavaScript, e recebido ao acessar uma página Web ou por e-mail, 
como um arquivo anexo ou como parte do próprio e-mail escrito 
em formato HTML. 
– Vírus de macro: tipo específico de vírus de script, escrito em 
linguagem de macro, que tenta infectar arquivos manipulados por 
aplicativos que utilizam esta linguagem como, por exemplo, os que 
compõe o Microsoft Office (Excel, Word e PowerPoint, entre outros).
– Vírus de telefone celular: vírus que se propaga de celular 
para celular por meio da tecnologia bluetooth ou de mensagens 
MMS (Multimedia Message Service). A infecção ocorre quando 
um usuário permite o recebimento de um arquivo infectado e o 
executa. 
Worm
Worm é um programa capaz de se propagar automaticamente 
pelas redes, enviando cópias de si mesmo de computador para 
computador.
Diferente do vírus, o worm não se propaga por meio da 
inclusão de cópias de si mesmo em outros programas ou arquivos, 
mas sim pela execução direta de suas cópias ou pela exploração 
automática de vulnerabilidades existentes em programas instalados 
em computadores.
Worms são notadamente responsáveis por consumir muitos 
recursos, devido à grande quantidade de cópias de si mesmo 
que costumam propagar e, como consequência, podem afetar o 
desempenho de redes e a utilização de computadores.
Bot e botnet
Bot é um programa que dispõe de mecanismos de 
comunicação com o invasor que permitem que ele seja controlado 
remotamente. Possui processo de infecção e propagação similar 
ao do worm, ou seja, é capaz de se propagar automaticamente, 
explorando vulnerabilidades existentes em programas instalados 
em computadores.
A comunicação entre o invasor e o computador infectado pelo 
bot pode ocorrer via canais de IRC, servidores Web e redes do tipo 
P2P, entre outros meios. Ao se comunicar, o invasor pode enviar 
instruções para que ações maliciosas sejam executadas, como 
desferir ataques, furtar dados do computador infectado e enviar 
spam.
Um computador infectado por um bot costuma ser chamado de 
zumbi (zombie computer), pois pode ser controlado remotamente, 
sem o conhecimento do seu dono. Também pode ser chamado de 
spam zombie quando o bot instalado o transforma em um servidor 
de e-mails e o utiliza para o envio de spam.
Botnet é uma rede formada por centenas ou milhares de 
computadores zumbis e que permite potencializar as ações danosas 
executadas pelos bots.
Quanto mais zumbis participarem da botnet mais potente ela 
será. O atacante que a controlar, além de usá-la para seus próprios 
ataques, também pode alugá-la para outras pessoas ou grupos que 
desejem que uma ação maliciosa específica seja executada.
Algumas das ações maliciosas que costumam ser executadas 
por intermédio de botnets são: ataques de negação de serviço, 
propagação de códigos maliciosos (inclusive do próprio bot), coleta 
de informações de um grande número de computadores, envio 
de spame camuflagem da identidade do atacante (com o uso de 
proxies instalados nos zumbis).
Spyware
Spyware é um programa projetado para monitorar as atividades 
de um sistema e enviar as informações coletadas para terceiros.
Pode ser usado tanto de forma legítima quanto maliciosa, 
dependendo de como é instalado, das ações realizadas, do tipo de 
informação monitorada e do uso que é feito por quem recebe as 
informações coletadas. Pode ser considerado de uso:
– Legítimo: quando instalado em um computador pessoal, 
pelo próprio dono ou com consentimento deste, com o objetivo de 
verificar se outras pessoas o estão utilizando de modo abusivo ou 
não autorizado.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
85
a solução para o seu concurso!
Editora
– Malicioso: quando executa ações que podem comprometer a 
privacidade do usuário e a segurança do computador, como monitorar 
e capturar informações referentes à navegação do usuário ou inseridas 
em outros programas (por exemplo, conta de usuário e senha).
Alguns tipos específicos de programas spyware são:
– Keylogger: capaz de capturar e armazenar as teclas digitadas 
pelo usuário no teclado do computador. 
– Screenlogger: similar ao keylogger, capaz de armazenar a 
posição do cursor e a tela apresentada no monitor, nos momentos 
em que o mouse é clicado, ou a região que circunda a posição onde 
o mouse é clicado. 
– Adware: projetado especificamente para apresentar 
propagandas. 
Backdoor
Backdoor é um programa que permite o retorno de um invasor 
a um computador comprometido, por meio da inclusão de serviços 
criados ou modificados para este fim.
Pode ser incluído pela ação de outros códigos maliciosos, que 
tenham previamente infectado o computador, ou por atacantes, 
que exploram vulnerabilidades existentes nos programas instalados 
no computador para invadi-lo.
Após incluído, o backdoor é usado para assegurar o acesso 
futuro ao computador comprometido, permitindo que ele seja 
acessado remotamente, sem que haja necessidade de recorrer 
novamente aos métodos utilizados na realização da invasão ou 
infecção e, na maioria dos casos, sem que seja notado.
Cavalo de troia (Trojan)
Cavalo de troia, trojan ou trojan-horse, é um programa que, além 
de executar as funções para as quais foi aparentemente projetado, 
também executa outras funções, normalmente maliciosas, e sem o 
conhecimento do usuário.
Exemplos de trojans são programas que você recebe ou 
obtém de sites na Internet e que parecem ser apenas cartões 
virtuais animados, álbuns de fotos, jogos e protetores de tela, 
entre outros. Estes programas, geralmente, consistem de um único 
arquivo e necessitam ser explicitamente executados para que sejam 
instalados no computador.
Trojans também podem ser instalados por atacantes que, após 
invadirem um computador, alteram programas já existentes para 
que, além de continuarem a desempenhar as funções originais, 
também executem ações maliciosas.
Rootkit
Rootkit é um conjunto de programas e técnicas que permite 
esconder e assegurar a presença de um invasor ou de outro código 
malicioso em um computador comprometido.
Rootkits inicialmente eram usados por atacantes que, após 
invadirem um computador, os instalavam para manter o acesso 
privilegiado, sem precisar recorrer novamente aos métodos 
utilizados na invasão, e para esconder suas atividades do responsável 
e/ou dos usuários do computador. Apesar de ainda serem bastante 
usados por atacantes, os rootkits atualmente têm sido também 
utilizados e incorporados por outros códigos maliciosos para 
ficarem ocultos e não serem detectados pelo usuário e nem por 
mecanismos de proteção.
Ransomware
Ransomware é um tipo de código malicioso que torna 
inacessíveis os dados armazenados em um equipamento, 
geralmente usando criptografia, e que exige pagamento de resgate 
(ransom) para restabelecer o acesso ao usuário32.
O pagamento do resgate geralmente é feito via bitcoins.
Pode se propagar de diversas formas, embora as mais comuns 
sejam através de e-mails com o código malicioso em anexo ou que 
induzam o usuário a seguir um link e explorando vulnerabilidades 
em sistemas que não tenham recebido as devidas atualizações de 
segurança.
Antivírus
O antivírus é um software de proteção do computador que 
elimina programas maliciosos que foram desenvolvidos para 
prejudicar o computador.
O vírus infecta o computador através da multiplicação dele 
(cópias) com intenção de causar danos na máquina ou roubar 
dados.
O antivírus analisa os arquivos do computador buscando 
padrões de comportamento e códigos que não seriam comuns 
em algum tipo de arquivo e compara com seu banco de dados. 
Com isto ele avisa o usuário que tem algo suspeito para ele tomar 
providência.
O banco de dados do antivírus é muito importante neste 
processo, por isso, ele deve ser constantemente atualizado, pois 
todos os dias são criados vírus novos.
Uma grande parte das infecções de vírus tem participação do 
usuário. Os mais comuns são através de links recebidos por e-mail 
ou download de arquivos na internet de sites desconhecidos ou 
mesmo só de acessar alguns sites duvidosos pode acontecer uma 
contaminação.
Outro jeito de contaminar é através de dispositivos de 
armazenamentos móveis como HD externo e pen drive. Nestes 
casos devem acionar o antivírus para fazer uma verificação antes.
Existem diversas opções confiáveis, tanto gratuitas quanto 
pagas. Entre as principais estão:
– Avast;
– AVG;
– Norton;
– Avira;
– Kaspersky; 
– McAffe.
Filtro anti-spam
Spam é o termo usado para referir-se aos e-mails não 
solicitados, que geralmente são enviados para um grande número 
de pessoas.
Spam zombies são computadores de usuários finais que foram 
comprometidos por códigos maliciosos em geral, como worms, 
bots, vírus e cavalos de tróia. Estes códigos maliciosos, uma vez 
instalados, permitem que spammers utilizem a máquina para o 
envio de spam, sem o conhecimento do usuário. Enquanto utilizam 
máquinas comprometidas para executar suas atividades, dificultam 
a identificação da origem do spam e dos autores também. Os spam 
zombies são muito explorados pelos spammers, por proporcionar o 
anonimato que tanto os protege.
Estes filtros são responsáveis por evitar que mensagens 
indesejadas cheguem até a sua caixa de entrada no e-mail. 
32 https://cartilha.cert.br/ransomware/
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
8686
a solução para o seu concurso!
Editora
Anti-malwares
Ferramentas anti-malware são aquelas que procuram 
detectar e, então, anular ou remover os códigos maliciosos de um 
computador. Antivírus, anti-spyware, anti-rootkit e anti-trojan são 
exemplos de ferramentas deste tipo.
REDES SOCIAIS
Redes sociais são estruturas formadas dentro ou fora da 
internet, por pessoas e organizações que se conectam a partir de 
interesses ou valores comuns33. Muitos confundem com mídias 
sociais, porém as mídias são apenas mais uma forma de criar redes 
sociais, inclusive na internet.
O propósito principal das redes sociais é o de conectar pessoas. 
Você preenche seu perfil em canais de mídias sociais e interage com 
as pessoas com base nos detalhes que elas leem sobre você. Pode-
se dizer que redes sociais são uma categoria das mídias sociais.
Mídia social, por sua vez, é um termo amplo, que abrange 
diferentes mídias, como vídeos, blogs e as já mencionadas redes 
sociais. Para entender o conceito, pode-se olhar para o que 
compreendíamos como mídia antes da existência da internet: 
rádio, TV, jornais, revistas. Quando a mídia se tornou disponível 
na internet, ela deixou de ser estática, passando a oferecer a 
possibilidade de interagir com outras pessoas.
No coração das mídias sociais estão os relacionamentos, que 
são comuns nas redes sociais — talvez por isso a confusão. Mídias 
sociais são lugares em que se pode transmitir informações para 
outras pessoas.
Estas redes podem ser de relacionamento, como o Facebook, 
profissionais, como o Linkedin ou mesmo de assuntos específicos 
como o Youtube que compartilha vídeos.
As principaissão: Facebook, WhatsApp, Youtube, Instagram, 
Twitter, Linkedin, Pinterest, Snapchat, Skype e agora mais 
recentemente, o Tik Tok.
Facebook
Seu foco principal é o compartilhamento de assuntos pessoais 
de seus membros.
O Facebook é uma rede social versátil e abrangente, que reúne 
muitas funcionalidades no mesmo lugar. Serve tanto para gerar 
negócios quanto para conhecer pessoas, relacionar-se com amigos 
e família, informar-se, dentre outros34.
33 https://resultadosdigitais.com.br/especiais/tudo-sobre-redes-so-
ciais/
34 https://bit.ly/32MhiJ0
WhatsApp
É uma rede para mensagens instantânea. Faz também ligações 
telefônicas através da internet gratuitamente.
A maioria das pessoas que têm um smartphone também o têm 
instalado. Por aqui, aliás, o aplicativo ganhou até o apelido de “zap zap”.
Para muitos brasileiros, o WhatsApp é “a internet”. Algumas 
operadoras permitem o uso ilimitado do aplicativo, sem debitar 
do consumo do pacote de dados. Por isso, muita gente se informa 
através dele. 
YouTube
Rede que pertence ao Google e é especializada em vídeos.
O YouTube é a principal rede social de vídeos on-line da 
atualidade, com mais de 1 bilhão de usuários ativos e mais de 1 
bilhão de horas de vídeos visualizados diariamente.
Instagram
Rede para compartilhamento de fotos e vídeos.
O Instagram foi uma das primeiras redes sociais exclusivas para 
acesso por meio do celular. E, embora hoje seja possível visualizar 
publicações no desktop, seu formato continua sendo voltado para 
dispositivos móveis.
É possível postar fotos com proporções diferentes, além de 
outros formatos, como vídeos, stories e mais.
Os stories são os principais pontos de inovação do aplicativo. 
Já são diversos formatos de post por ali, como perguntas, enquetes, 
vídeos em sequência e o uso de GIFs. 
Em 2018, foi lançado o IGTV. E em 2019 o Instagram Cenas, 
uma espécie de imitação do TikTok: o usuário pode produzir vídeos 
de 15 segundos, adicionando música ou áudios retirados de outro 
clipezinho. Há ainda efeitos de corte, legendas e sobreposição 
para transições mais limpas – lembrando que esta é mais uma das 
funcionalidades que atuam dentro dos stories.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
87
a solução para o seu concurso!
Editora
Twitter 
Rede social que funciona como um microblog onde você pode 
seguir ou ser seguido, ou seja, você pode ver em tempo real as 
atualizações que seus contatos fazem e eles as suas.
O Twitter atingiu seu auge em meados de 2009 e de lá para cá 
está em declínio, mas isso não quer dizer todos os públicos pararam 
de usar a rede social.
A rede social é usada principalmente como segunda tela em 
que os usuários comentam e debatem o que estão assistindo na 
TV, postando comentários sobre noticiários, reality shows, jogos de 
futebol e outros programas.
Nos últimos anos, a rede social acabou voltando a ser 
mais utilizada por causa de seu uso por políticos, que divulgam 
informações em primeira mão por ali. 
LinkedIn
Voltada para negócios. A pessoa que participa desta rede quer 
manter contatos para ter ganhos profissionais no futuro, como um 
emprego por exemplo.
A maior rede social voltada para profissionais tem se tornado 
cada vez mais parecida com outros sites do mesmo tipo, como o 
Facebook.
A diferença é que o foco são contatos profissionais, ou seja: 
no lugar de amigos, temos conexões, e em vez de páginas, temos 
companhias. Outro grande diferencial são as comunidades, que 
reúnem interessados em algum tema, profissão ou mercado 
específicos.
É usado por muitas empresas para recrutamento de profissionais, 
para troca de experiências profissionais em comunidades e outras 
atividades relacionadas ao mundo corporativo
Pinterest
Rede social focada em compartilhamento de fotos, mas 
também compartilha vídeos.
O Pinterest é uma rede social de fotos que traz o conceito 
de “mural de referências”. Lá você cria pastas para guardar suas 
inspirações e também pode fazer upload de imagens assim como 
colocar links para URLs externas.
Os temas mais populares são:
– Moda;
– Maquiagem;
– Casamento;
– Gastronomia;
– Arquitetura;
– Faça você mesmo;
– Gadgets;
– Viagem e design.
Seu público é majoritariamente feminino em todo o mundo.
Snapchat
Rede para mensagens baseado em imagens.
O Snapchat é um aplicativo de compartilhamento de fotos, 
vídeos e texto para mobile. Foi considerado o símbolo da pós-
modernidade pela sua proposta de conteúdos efêmeros conhecidos 
como snaps, que desaparecem algumas horas após a publicação.
A rede lançou o conceito de “stories”, despertando o interesse 
de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, que diversas vezes tentou 
adquirir a empresa, mas não obteve sucesso. Assim, o CEO lançou 
a funcionalidade nas redes que já haviam sido absorvidas, criando 
os concorrentes WhatsApp Status, Facebook Stories e Instagram 
Stories.
Apesar de não ser uma rede social de nicho, tem um público 
bem específico, formado por jovens hiperconectados.
Tik Tok
O TikTok, aplicativo de vídeos e dublagens disponível para 
iOS e Android, possui recursos que podem tornar criações de seus 
usuários mais divertidas e, além disso, aumentar seu número de 
seguidores35.
Além de vídeos simples, é possível usar o TikTok para postar 
duetos com cantores famosos, criar GIFs, slideshow animado e 
sincronizar o áudio de suas dublagens preferidas para que pareça 
que é você mesmo falando. 
O TikTok cresceu graças ao seu apelo para a viralização. Os 
usuários fazem desafios, reproduzem coreografias, imitam pessoas 
famosas, fazem sátiras que instigam o usuário a querer participar da 
brincadeira — o que atrai muito o público jovem.
35 https://canaltech.com.br/redes-sociais/tiktok-dicas-e-truques/
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
8888
a solução para o seu concurso!
Editora
NOÇÕES SOBRE REDES E WI-FI
NOÇÕES SOBRE REDES E WI-FI
As redes e o Wi-Fi tornaram-se parte integrante de nossa vida cotidiana. Do uso doméstico ao ambiente de trabalho, estamos cons-
tantemente conectados para compartilhar informações, acessar recursos e desfrutar de uma ampla gama de serviços online. Neste texto, 
vamos explorar algumas noções básicas sobre redes e Wi-Fi.
Uma rede é um conjunto de dispositivos eletrônicos interconectados que podem trocar informações e recursos entre si. Ela permite a 
comunicação e o compartilhamento de dados entre computadores, smartphones, tablets e outros dispositivos. As redes podem ser classi-
ficadas em diferentes tipos, como redes locais (LAN), redes de longa distância (WAN) e redes sem fio (Wi-Fi).
O Wi-Fi, ou Wireless Fidelity, é uma tecnologia que permite a conexão sem fio entre dispositivos. Ele é baseado nos padrões definidos 
pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) e usa ondas de rádio para transmitir dados entre dispositivos. O Wi-Fi é ampla-
mente utilizado em residências, escritórios, cafés, aeroportos e em muitos outros locais públicos.
Uma rede Wi-Fi geralmente consiste de um roteador sem fio que atua como o ponto central da rede. O roteador é responsável por 
receber e transmitir os dados entre os dispositivos conectados. Ele também fornece acesso à internet, se estiver conectado a um provedor 
de serviços de internet.
Para se conectar a uma rede Wi-Fi, é necessário um dispositivo compatível, como um smartphone, laptop ou tablet, que tenha um 
adaptador Wi-Fi embutido. Esse dispositivo pode detectar redes Wi-Fi disponíveis na área e permitir que o usuário se conecte a elas. Ge-
ralmente, é necessário inserir uma senha de segurança (chamada de chave de segurança ou senha Wi-Fi) para acessar a rede.
Ao usar uma rede Wi-Fi, é importante levar em consideração medidas de segurança. Por exemplo, é recomendável usar senhas fortes 
para proteger o acesso à rede e alterar regularmente a senha padrão do roteador. Além disso, a criptografia pode ser habilitada na rede 
Wi-Fi para garantir que os dados transmitidos sejam protegidos contra interceptação não autorizada.
Outra noção importante sobre redes Wi-Fi é a velocidade da conexão. A velocidadeda rede é geralmente medida em megabits por 
segundo (Mbps) e pode variar dependendo da qualidade do sinal, do número de dispositivos conectados e da largura de banda disponível.
Em resumo, as redes e o Wi-Fi são elementos essenciais para a conectividade em nosso mundo moderno. Entender os conceitos 
básicos de redes e Wi-Fi nos ajuda a aproveitar ao máximo os recursos online e a garantir uma experiência de conexão segura e eficiente.
QUESTÕES
1. (PREFEITURA DE PORTÃO/RS - MÉDICO - OBJETIVA/2019) São exemplos de dois softwares e um hardware, respectivamente:
(A) Placa de vídeo, teclado e mouse.
(B) Microsoft Excel, Mozilla Firefox e CPU.
(C) Internet Explorer, placa-mãe e gravador de DVD.
(D) Webcam, editor de imagem e disco rígido.
2. (GHC-RS - CONTADOR - MS CONCURSOS/2018) Nas alternativas, encontram-se alguns conceitos básicos de informática, exceto:
(A) Hardware são os componentes físicos do computador, ou seja, a máquina propriamente dita.
(B) Software é o conjunto de programas que permite o funcionamento e utilização da máquina.
(C) Entre os principais sistemas operacionais, pode-se destacar o Windows, Linux e o BrOffice.
(D) O primeiro software necessário para o funcionamento de um computador é o Sistema Operacional.
(E) No software livre, existe a liberdade de estudar o funcionamento do programa e de adaptá-lo as suas necessidades.
3. (PREFEITURA DE CARLOS BARBOSA/RS - AGENTE ADMINISTRATIVO (LEGISLATIVO) - OBJETIVA/2019) Sobre as classificações de sof-
tware, analisar a sentença abaixo:
Software de sistema são programas que permitem a interação do usuário com a máquina, como exemplo pode-se citar o Windows 
(1ª parte). 
Software de aplicativo são programas de uso cotidiano do usuário, permitindo a realização de tarefas, como editores de texto, plani-
lhas, navegador de internet, etc. (2ª parte).
A sentença está:
(A) Totalmente correta.
(B) Correta somente em sua 1ª parte.
(C) Correta somente em sua 2ª parte.
(D) Totalmente incorreta.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
89
a solução para o seu concurso!
Editora
4. (PREFEITURA DE SANTO ANTÔNIO DO SUDOESTE/PR - PROFESSOR - INSTITUTO UNIFIL/2018) Assinale a alternativa que representa 
um Software.
(A) Windows.
(B) Mouse.
(C)Hard Disk – HD.
(D) Memória Ram.
5. (PREFEITURA DE JAHU/SP - AUXILIAR DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL - OBJETIVA/2018) Quanto aos periféricos de um computa-
dor, assinalar a alternativa que apresenta somente periféricos de armazenamento:
(A) Teclado e drive de CD.
(B) Pen drive e cartão de memória.
(C) Monitor e mouse.
(D) Impressora e caixas de som.
6. (PREFEITURA DE SOBRAL/CE - ANALISTA DE INFRAESTRUTURA - UECE-CEV/2018) O componente do hardware do computador que 
tem como função interligar diversos outros componentes é a:
(A) memória diferida.
(B) memória intangível.
(C) placa de fase.
(D) placa mãe.
7. (CESP – CEBRASPE – Banco do Brasil) - A respeito da utilização de aplicativos dos ambientes Microsoft Office e BROFFICE, julgue o item abaixo. 
 No Writer do BROFFICE, a opção Alterar capitalização, disponível no menu Formatar, permite inverter a fonte usada no texto entre mai-
úsculas e minúsculas.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Resposta: Certo
8. (CESP – CEBRASPE – Banco do Brasil) - Quanto à utilização do OpenOffice Writer, julgue os itens seguintes. 
O processo de impressão é controlado pela Caixa de diálogo de impressão, podendo variar de acordo com o modelo de impressora 
que o usuário possui.
( ) CERTO
( ) ERRADO
9. (CESP – CEBRASPE – FUB) –
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
9090
a solução para o seu concurso!
Editora
Considerando a figura acima, que ilustra uma janela do SOFTWARE BROFFICE WRITER 3.0, contendo um documento em processo de 
edição, julgue os itens a seguir. 
Para formatar em negrito e sublinhar a primeira linha do documento mostrado é suficiente selecioná-la e clicar os botões: 
( ) CERTO
( ) ERRADO
10. (CESP – CEBRASPE – Câmara dos Deputados) - A respeito de aplicativos do Microsoft Office 2010 e do BROFFICE, julgue o item seguinte. 
Na planilha eletrônica CALC, do BROFFICE, é possível, por meio da tecnologia Tabela Dinâmica, ou Assistente de Dados, importar dados 
que estejam em bancos de dados.
( ) CERTO
( ) ERRADO
11. (TJ/DFT - ESTÁGIO - CIEE/2018) Podem ser consideradas algumas atividades do correio eletrônico:
I - Solicitar informações.
II - Fazer download de arquivos.
III - Mandar mensagens.
Estão CORRETOS:
(A) Somente os itens I e II.
(B) Somente os itens I e III.
(C) Somente os itens II e III.
(D) Todos os itens.
12. (PREFEITURA DE SOBRAL/CE - ANALISTA DE INFRAESTRUTURA - UECE-CEV/2018) Angélica enviou um e-mail para três colaborado-
ras, Luíza, Rafaela e Tatiana, tendo preenchido os campos do destinatário da seguinte forma:
Para: luiza@email.com.br 
Cc: rafaela@email.com.br 
Cco: tatiana@email.com.br 
Assunto: reunião importante
Todas as três colaboradoras receberam o e-mail de Angélica e o responderam através do comando “Responder a todos”. Considerando 
a situação ilustrada, é correto afirmar que:
(A) somente Angélica recebeu todas as respostas.
(B) Tatiana não recebeu nenhuma das respostas.
(C) somente Luíza e Rafaela receberam todas as respostas.
(D) todas receberam as respostas umas das outras.
13. (CREF - 11ª Região (MS-MT) - Agente de Orientação e Fiscalização - Quadrix/2019) Julgue o item quanto ao programa de navega-
ção Mozilla Firefox, em sua versão mais atual, ao programa de correio eletrônico MS Outlook 2016 e aos conceitos de organização e de 
gerenciamento de programas.
O Firefox, por meio do botão , permite ao usuário adicionar uma página aos Favoritos, bem como removê-la.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
14. (CRA/PR - Advogado I - Quadrix/2019) Julgue o item a seguir, relativo ao programa de navegação Mozilla Firefox, em sua versão 
mais atual, ao programa de correio eletrônico MS Outlook 2016 e aos procedimentos de segurança da informação.
O Firefox não pode ser instalado no Windows 10, uma vez que ele não é compatível com esse sistema operacional.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
91
a solução para o seu concurso!
Editora
15. (Prefeitura de Ji-Paraná/RO - Agente Administrativo – 
BADE/2019) Em navegadores padrão da Internet, tais como Chro-
me e Firefox, existe uma função que exibe a lista dos últimos sites 
acessados por data, por site e por visitação. Essa função é a de:
(A) Histórico.
(B) Voltar Conteúdo.
(C) Página Inicial.
(D) Pesquisar.
(E) Favoritos
16. No Google Chrome é possível salvarmos uma “foto” da pá-
gina que estamos em formato de pdf, após clicar no ícone qual é a 
opção que devemos escolher?
(A) Buscar
(B) Downloads
(C) Histórico
(D) Imprimir
(E) Transmitir
17. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - TÉCNICO EM IN-
FORMÁTICA - COTEC/2020) Os softwares antivírus são comumente 
utilizados para proteger os sistemas de ameaças e potenciais sof-
twares malintencionados (conhecidos por malwares). Alguns usu-
ários de computadores chegam a instalar mais de um antivírus na 
mesma máquina para sua proteção. Verifique o que pode ocorrer 
no caso da instalação de mais de um antivírus:
I - Um antivírus pode identificar o outro antivírus como sendo 
uma possível ameaça. 
II - Vai ocasionar um uso excessivo de processamento na CPU 
do computador. 
III - Apesar de alguns inconvenientes, há um acréscimo do nível 
de segurança. 
IV - Instabilidades e incompatibilidades podem fazer com que 
vulnerabilidades se apresentem.
Estão CORRETAS as afirmativas:
(A) I, II e IV, apenas.
(B) I, III e IV, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) II e IV, apenas.
(E) II, III e IV, apenas.
18. (PREFEITURA DE TOLEDO/PR - ASSISTENTE EM ADMINIS-
TRAÇÃO - PREFEITURA DE TOLEDO/PR/2020) Programas antivírus 
tem uma importância um tanto quanto fundamental para os usuá-
rios. As principais funções dessa ferramenta são, EXCETO:
(A) Atuar para identificação e eliminação da maior quantidade 
de vírus possível.
(B) Verificar continuamente os discos rígidos, HDs externos e 
mídias removíveis.
(C) Trabalhar sincronizado com outro antivírus para aumentaro nível de segurança.
(D) Ao encontrar um problema o software em questão avisa o 
usuário.
(E) A utilização de uma versão paga oferece ao usuário mais 
segurança.
19. (CÂMARA DE CABIXI/RO - CONTADOR - MS CONCUR-
SOS/2018) Um vírus de computador é um software malicioso que 
é desenvolvido por programadores geralmente inescrupulosos. Tal 
como um vírus biológico, o programa infecta o sistema, faz cópias 
de si e tenta se espalhar para outros computadores e dispositivos 
de informática.
As alternativas a seguir apresentam exemplos de vírus de com-
putador, exceto o que se apresenta na alternativa:
(A) Vírus de boot.
(B) Crackers.
(C) Cavalo de troia.
(D) Time Bomb.
20. (RIOPRETOPREV - ANALISTA PREVIDENCIÁRIO - FCC/2019) 
O computador de um usuário foi infectado por um ransomware, um 
tipo de malware que:
(A) torna inacessíveis os dados armazenados no computador, 
geralmente usando criptografia, e exige pagamento de resgate 
(via bitcoins) para restabelecer o acesso ao usuário.
(B) após identificar potenciais computadores alvos, efetua có-
pias de si mesmo e tenta enviá-las para estes computadores, 
por e-mail, chat etc.
(C) monitora e captura informações referentes à navegação ou 
digitação do usuário, e envia estas informações ao atacante.
(D) assegura o acesso futuro do atacante ao computador com-
prometido, permitindo que ele seja acessado remotamente 
por meio do protocolo Telnet.
(E) torna o computador um zumbi, sendo controlado remota-
mente e desferindo automaticamente ataques de negação de 
serviço a redes e servidores determinados pelo atacante.
21. (COREN/AC - AGENTE FISCAL - QUADRIX/2019) No que diz 
respeito ao sítio de busca Google, às noções de vírus, worms e pra-
gas virtuais e aos procedimentos de backup, julgue o item.
Diferentemente dos vírus, os spywares não conseguem captu-
rar as teclas do computador quando pressionadas.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
22. (PREFEITURA DE CUNHA PORÃ/SC - ENFERMEIRO - INS-
TITUTO UNIFIL/2020) Considerando os conceitos de segurança da 
informação e os cuidados que as organizações e particulares devem 
ter para proteger as suas informações, assinale a alternativa que 
não identifica corretamente um tipo de backup.
(A) Backup Incremental.
(B) Backup Excepcional.
(C) Backup Diferencial.
(D) Backup Completo ou Full.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
9292
a solução para o seu concurso!
Editora
23. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE ADMI-
NISTRATIVO - COTEC/2020) Os termos internet e World Wide Web 
(WWW) são frequentemente usados como sinônimos na linguagem 
corrente, e não são porque
(A) a internet é uma coleção de documentos interligados (pági-
nas web) e outros recursos, enquanto a WWW é um serviço de 
acesso a um computador.
(B) a internet é um conjunto de serviços que permitem a co-
nexão de vários computadores, enquanto WWW é um serviço 
especial de acesso ao Google.
(C) a internet é uma rede mundial de computadores especial, 
enquanto a WWW é apenas um dos muitos serviços que fun-
cionam dentro da internet.
(D) a internet possibilita uma comunicação entre vários compu-
tadores, enquanto a WWW, o acesso a um endereço eletrônico.
(E) a internet é uma coleção de endereços eletrônicos, enquan-
to a WWW é uma rede mundial de computadores com acesso 
especial ao Google.
24. (PREFEITURA DE PINTO BANDEIRA/RS - AUXILIAR DE SERVI-
ÇOS GERAIS - OBJETIVA/2019) Sobre a navegação na internet, ana-
lisar a sentença abaixo:
Os acessos a sites de pesquisa e de notícias são geralmente re-
alizados pelo protocolo HTTP, onde as informações trafegam com 
o uso de criptografia (1ª parte). O protocolo HTTP não garante que 
os dados não possam ser interceptados (2ª parte). A sentença está:
(A) Totalmente correta.
(B) Correta somente em sua 1ª parte.
(C) Correta somente em sua 2ª parte.
(D) Totalmente incorreta.
25. (CRN - 9 - AUXILIAR ADMINISTRATIVO - QUADRIX/2019) No 
que se refere aos conceitos de organização e de gerenciamento de 
arquivos e pastas, aos procedimentos de segurança da informação 
e às noções de vírus, worms e pragas virtuais, julgue o item.
Com a finalidade de substituir, de forma rápida, sistemas crí-
ticos de uma organização em caso de falha de disco, dispositivos 
de backup podem ser utilizados. Tal procedimento visa a manter a 
disponibilidade da informação.
( ) CERTO
( ) ERRADO
26. (CONRERP 2ª Região - Analista de Relações Públicas - Qua-
drix/2019) Julgue o item, relativo ao Microsoft Word 2013, ao sis-
tema operacional Windows 8 e aos conceitos de redes de compu-
tadores.
Cabo de par trançado, cabo coaxial e cabo de fibra óptica são 
exemplos de meios de transmissão utilizados em redes de compu-
tadores.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
27. (CREA/GO - Assistente Administrativo - Quadrix/2019) Jul-
gue o item quanto ao sistema operacional Windows 8 e aos concei-
tos de redes de computadores.
O IP (Internet Protocol) é considerado como o principal proto-
colo da camada de rede da Internet.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
28. (SESACRE - Agente Administrativo - IBFC/2019) Uma Rede 
de computadores é formada por um _____ de máquinas eletrôni-
cas com processadores capazes de trocar informações e _____ re-
cursos, interligados por um subsistema de comunicação, ou seja, 
é quando há pelo menos dois ou mais computadores, e outros 
dispositivos interligados entre si de modo a poderem compartilhar 
recursos _____, estes podem ser do tipo: dados, impressoras, men-
sagens (e-mails), entre outros.
(A) único nó / pequenos / isolados
(B) banco / representar / seguros
(C) nó / adequar / não confiáveis
(D) conjunto / compartilhar / físicos e lógicos
29. (IF/PR - Tradutor e intérprete de linguagem de Sinais - 
FAU/2019) Assinale a alternativa INCORRETA sobre Redes de Com-
putadores:
(A) Host é o nome dado aos computadores que acessam recur-
sos fornecidos por um servidor e compartilham na rede.
(B) Na topologia de Barramento, todos os nós se conectam 
através de uma barra ou cabo de dados e quando uma mensa-
gem é enviada, todos os nós recebem.
(C) Em uma intranet podemos ter duas máquinas com o mes-
mo endereço IP, pois é somente o endereço físico (MAC) que é 
enviado no cabeçalho da mensagem enviada na rede.
(D) Uma das diferenças entre a comunicação serial da comu-
nicação paralela para transmissão de dados em uma rede de 
computadores é a quantidade de canais utilizada na transmis-
são.
(E) Um equipamento switch é semelhante ao hub, também co-
nhecido como hub inteligente, pois ele recebe uma mensagem 
e envia apenas para o computador de destino.
30. (Prefeitura de Fortaleza dos Nogueiras/MA - Engenheiro 
Civil - IMA/2019) Sobre os conhecimentos de Redes de Computado-
res julgue as afirmativas abaixo:
I. Uma rede LAN é normalmente utilizada dentro de um único 
prédio ou prédios vizinhos, ou seja, de extensão pequena.
II. Em uma transmissão Síncrona os dados são enviados de ma-
neira sincronizada com o funcionamento da rede.
III. No topologia em barra (barramento), se uma das estações 
falhar a rede deixa de funcionar e prejudica toda a ligação.
(A) Todos os itens estão corretos
(B) Apenas os itens I e II estão corretos.
(C) Apenas os itens I e III estão corretos.
(D) Todos os itens estão incorretos.
31.(Prefeitura de Resende/RJ - Engenheiro Civil - CONSUL-
PAM/2019) Podemos dizer que internet é um conjunto de redes 
interligadas através de Backbones que é o termo principal utilizado 
para:
(A) Interpretar as páginas da web.
(B) Enviar mensagens instantâneas pelos sites.
(C) Solicitar informação em qualquer lugar do mundo por meio 
de sites.
(D) Identificar a rede principal pela qual os dados de todos os 
clientes da Internet passam.
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
93
a solução para o seu concurso!
Editora
32. (UFES - Jornalista - UFES/2019) No contexto de redes de 
computadores, os protocolos são as regras ou padrões que contro-
lam e possibilitam a conexão, a comunicação e a transferência de 
dados entre computadores. Sobre protocolos, é INCORRETO afir-
mar:
(A) POP3 e IMAP são utilizados para o gerenciamento de 
e-mailsem um servidor.
(B) HTTP é utilizado para a navegação em páginas de websites.
(C) FTP é utilizado para a transferência de arquivos.
(D) SSH é utilizado para a atribuição de endereço IP a compu-
tadores.
(E) SMTP é utilizado para o envio de e-mails.
33. (UFRPE - Administrador - SUGEP - UFRPE/2019) Assinale a 
alternativa que apresenta protocolos da camada de aplicação, ca-
mada de transporte e camada de rede, respectivamente.
(A) HTTP, TCP, IP
(B) SMTP, BGP, FTP
(C) DNS, P2P, TCP
(D) SNMP, IMAP, CDMA
(E) TCP, POP3, TFTP
34. (IDAM - Assistente Técnico - IBFC/2019) Tanto para a Inter-
net como para a Intranet, quando existe a necessidade de transferir 
dados e arquivos, utiliza-se basicamente do protocolo:
(A) TCP
(B) FTP
(C) HTTP
(D) SMTP
35. (DETRAN/CE - Agente de Trânsito e Transporte - UECE - 
CEV/2018) Topologia de redes é a forma como os dispositivos de 
uma rede estão conectados. São exemplos de topologia de redes:
(A) anel, barramento, híbrida e colar.
(B) estrela, anel, barramento e árvore.
(C) híbrida, malha, trançada e colar.
(D) árvore, malha, estrela, trançada.
GABARITO
1 B
2 C
3 A
4 A
5 B
6 D
7 CERTO
8 CERTO
9 CERTO
10 CERTO
11 D
12 B
13 CERTO
14 ERRADO
15 A
16 D
17 A
18 C
19 B
20 A
21 ERRADO
22 B
23 C
24 C
25 CERTO
26 CERTO
27 CERTO
28 D
29 C
30 B
31 D
32 D
33 A
34 B
35 B
INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA
9494
a solução para o seu concurso!
Editora
ANOTAÇÕES
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
95
a solução para o seu concurso!
Editora
LEGISLAÇÃO APLICADA AO 
CONTEXTO EDUCACIONAL
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
– CAPÍTULO III, SEÇÃO I – DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E 
DO DESPORTO, E ALTERAÇÕES POSTERIORES
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
SEÇÃO I
DA EDUCAÇÃO
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e 
da família, será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na 
escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o 
pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e 
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V – valorização dos profissionais da educação escolar, 
garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso 
exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das 
redes públicas; 
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII – garantia de padrão de qualidade.
VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da 
educação escolar pública, nos termos de lei federal. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de 
trabalhadores considerados profissionais da educação básica e 
sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus 
planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-
científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, 
e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, 
pesquisa e extensão.
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos 
e cientistas estrangeiros, na forma da lei. 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa 
científica e tecnológica. 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado 
mediante a garantia de:
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 
(dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita 
para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
II – progressiva universalização do ensino médio gratuito; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
III – atendimento educacional especializado aos portadores de 
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 
5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 53, de 2006)
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da 
criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições 
do educando;
VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da 
educaçãobásica, por meio de programas suplementares de 
material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à 
saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público 
subjetivo.
§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder 
Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da 
autoridade competente.
§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no 
ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou 
responsáveis, pela frequência à escola.
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as 
seguintes condições:
I – cumprimento das normas gerais da educação nacional;
II – autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino 
fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e 
respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá 
disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino 
fundamental.
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua 
portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também 
a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de 
aprendizagem.
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos 
Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e 
exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, 
de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e 
padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica 
e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; 
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil. 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL
9696
a solução para o seu concurso!
Editora
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no 
ensino fundamental e médio. 
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de 
colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino 
obrigatório. 
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao 
ensino regular.)
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de 
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e 
cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e 
desenvolvimento do ensino.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela 
União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos 
Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito 
do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no “caput” deste 
artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e 
municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade 
ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que 
se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e 
equidade, nos termos do plano nacional de educação. 
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência 
à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com 
recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos 
orçamentários.
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de 
financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida 
pelas empresas na forma da lei. 
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da 
contribuição social do salário-educação serão distribuídas 
proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação 
básica nas respectivas redes públicas de ensino. 
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas 
públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais 
ou filantrópicas, definidas em lei, que:
I – comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus 
excedentes financeiros em educação;
II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola 
comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no 
caso de encerramento de suas atividades.
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser 
destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e 
médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de 
recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede 
pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder 
Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua 
rede na localidade.
§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo 
e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por 
instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber 
apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 85, de 2015)
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de 
duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional 
de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, 
objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a 
manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, 
etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes 
públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: 
I – erradicação do analfabetismo;
II – universalização do atendimento escolar;
III – melhoria da qualidade do ensino;
IV – formação para o trabalho;
V – promoção humanística, científica e tecnológica do País.
VI – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos 
em educação como proporção do produto interno bruto. 
Fonte
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm
DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LEI Nº 
9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 E ALTERAÇÕES POS-
TERIORES)
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DA EDUCAÇÃO
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se de-
senvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, 
nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e or-
ganizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, 
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do traba-
lho e à prática social.
TÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos 
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem 
por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo 
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes prin-
cípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na es-
cola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultu-
ra, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei 
e da legislação dos sistemas de ensino;
97
a solução para o seu concurso!
Editora
LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práti-
cas sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído 
pela Leinº 12.796, de 2013)
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo 
da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018)
IV - respeito à diversidade humana, linguística, cultural e iden-
titária das pessoas surdas, surdo-cegas e com deficiência auditiva. 
(Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021)
TÍTULO III
DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será 
efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 
(dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação 
dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos 
de idade; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
III - atendimento educacional especializado gratuito aos edu-
candos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento 
e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, 
etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensi-
no; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio 
para todos os que não os concluíram na idade própria; (Redação 
dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da 
criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições 
do educando;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, 
com características e modalidades adequadas às suas necessidades 
e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as 
condições de acesso e permanência na escola;
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da edu-
cação básica, por meio de programas suplementares de material 
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (Re-
dação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
IX – padrões mínimos de qualidade do ensino, definidos como 
a variedade e a quantidade mínimas, por aluno, de insumos indis-
pensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendiza-
gem adequados à idade e às necessidades específicas de cada estu-
dante, inclusive mediante a provisão de mobiliário, equipamentos 
e materiais pedagógicos apropriados; (Redação dada pela Lei nº 
14.333, de 2022)
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino 
fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir 
do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela Lei 
nº 11.700, de 2008).
XI – alfabetização plena e capacitação gradual para a leitura 
ao longo da educação básica como requisitos indispensáveis para a 
efetivação dos direitos e objetivos de aprendizagem e para o desen-
volvimento dos indivíduos. (Incluído pela Lei nº 14.407, de 2022)
XII - educação digital, com a garantia de conectividade de todas 
as instituições públicas de educação básica e superior à internet em 
alta velocidade, adequada para o uso pedagógico, com o desenvol-
vimento de competências voltadas ao letramento digital de jovens 
e adultos, criação de conteúdos digitais, comunicação e colabora-
ção, segurança e resolução de problemas. (Incluído pela Lei nº 
14.533, de 2023)
Parágrafo único. Para efeitos do disposto no inciso XII do caput 
deste artigo, as relações entre o ensino e a aprendizagem digital 
deverão prever técnicas, ferramentas e recursos digitais que for-
taleçam os papéis de docência e aprendizagem do professor e do 
aluno e que criem espaços coletivos de mútuo desenvolvimento. 
(Incluído pela Lei nº 14.533, de 2023)
Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o 
período de internação, ao aluno da educação básica internado para 
tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar por tem-
po prolongado, conforme dispuser o Poder Público em regulamen-
to, na esfera de sua competência federativa. (Incluído pela Lei nº 
13.716, de 2018).
Art. 5o O acesso à educação básica obrigatória é direito público 
subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associa-
ção comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra 
legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o 
poder público para exigi-lo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 
2013)
§ 1o O poder público, na esfera de sua competência federativa, 
deverá: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade 
escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educa-
ção básica; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - fazer-lhes a chamada pública;
III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à es-
cola.
§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público as-
segurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos 
termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e 
modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e 
legais.
§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo 
tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese 
do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito 
sumário a ação judicial correspondente.
§ 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para 
garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser impu-
tada por crime de responsabilidade.
§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensi-
no, o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferen-
tes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior.
Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das 
crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. 
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguin-
tes condições:
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do 
respectivo sistema de ensino;
II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade 
pelo Poder Público;
III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no 
art. 213 da Constituição Federal.
LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL
9898
a solução para o seu concurso!
Editora
Art. 7º-A Ao aluno regularmente matriculado em instituição de 
ensino pública ou privada, de qualquer nível, é assegurado, no exer-
cício da liberdade de consciência e de crença, o direito de, mediante 
prévio e motivado requerimento, ausentar-se de prova ou de aula 
marcada para dia em que, segundo os preceitos de sua religião, seja 
vedado o exercício de tais atividades, devendo-se-lhe atribuir, a cri-
tério da instituição e sem custos para o aluno, uma das seguintes 
prestações alternativas, nos termos do inciso VIII do caput do art. 
5º da Constituição Federal: (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) 
(Vigência)
I - prova ou aula de reposição, conforme o caso, a ser realiza-
da em data alternativa, no turno de estudo do aluno ou em outro 
horário agendado com sua anuência expressa; (Incluído pela Lei nº 
13.796, de 2019) (Vigência)
II - trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pes-
quisa, com tema, objetivo e data de entrega definidos pela institui-
ção de ensino. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência)
§ 1ºA prestação alternativa deverá observar os parâmetros cur-
riculares e o plano de aula do dia da ausência do aluno. (Incluído 
pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência)
§ 2ºO cumprimento das formas de prestação alternativa de que 
trata este artigo substituirá a obrigação original para todos os efei-
tos, inclusive regularização do registro de frequência. (Incluído pela 
Lei nº 13.796, de 2019)(Vigência)
§ 3ºAs instituições de ensino implementarão progressivamen-
te, no prazo de 2 (dois) anos, as providências e adaptações necessá-
rias à adequação de seu funcionamento às medidas previstas neste 
artigo.(Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência)§ 4ºO disposto neste artigo não se aplica ao ensino militar a 
que se refere o art. 83 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 
2019)(Vigência) (Vide parágrafo único do art. 2)
TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de 
ensino.
§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de 
educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo 
função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais 
instâncias educacionais.
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos 
termos desta Lei.
Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento)
I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições ofi-
ciais do sistema federal de ensino e o dos Territórios;
III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus 
sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obri-
gatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva;
IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Fe-
deral e os Municípios, competências e diretrizes para a educação 
infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os 
currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar forma-
ção básica comum;
IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, diretrizes e procedimentos para identifica-
ção, cadastramento e atendimento, na educação básica e na edu-
cação superior, de alunos com altas habilidades ou superdotação; 
(Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015)
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educa-
ção;
 VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento 
escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração 
com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades 
e a melhoria da qualidade do ensino;
VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-gra-
duação;
 VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições 
de educação superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem 
responsabilidade sobre este nível de ensino;
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, 
respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e 
os estabelecimentos do seu sistema de ensino. (Vide Lei nº 10.870, 
de 2004)
§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional 
de Educação, com funções normativas e de supervisão e atividade 
permanente, criado por lei.
§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União 
terá acesso a todos os dados e informações necessários de todos os 
estabelecimentos e órgãos educacionais.
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delega-
das aos Estados e ao Distrito Federal, desde que mantenham insti-
tuições de educação superior.
Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de:
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições ofi-
ciais dos seus sistemas de ensino;
II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na ofer-
ta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuição 
proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a 
ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma des-
sas esferas do Poder Público;
III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em 
consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, in-
tegrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios;
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, 
respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e 
os estabelecimentos do seu sistema de ensino;
V - baixar normas complementares para o seu sistema de en-
sino;
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, 
o ensino médio a todos que o demandarem, respeitado o disposto 
no art. 38 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.061, de 2009)
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. 
(Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003)
Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competên-
cias referentes aos Estados e aos Municípios.
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições ofi-
ciais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e pla-
nos educacionais da União e dos Estados;
II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
III - baixar normas complementares para o seu sistema de en-
sino;
99
a solução para o seu concurso!
Editora
LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos 
do seu sistema de ensino;
V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, 
com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em ou-
tros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plena-
mente as necessidades de sua área de competência e com recursos 
acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Fede-
ral à manutenção e desenvolvimento do ensino.
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. 
(Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003)
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se 
integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sis-
tema único de educação básica.
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas 
comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e finan-
ceiros;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula es-
tabelecidas;
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada do-
cente;
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor ren-
dimento;
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando pro-
cessos de integração da sociedade com a escola;
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, 
se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimen-
to dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica 
da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009)
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos 
alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta 
por cento) do percentual permitido em lei; (Redação dada pela Lei 
nº 13.803, de 2019)
IX - promover medidas de conscientização, de prevenção e de 
combate a todos os tipos de violência, especialmente a intimidação 
sistemática (bullying), no âmbito das escolas;(Incluído pela Lei nº 
13.663, de 2018)
X - estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz 
nas escolas.(Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) 
XI - promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias 
de prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas.
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabe-
lecimento de ensino;
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta 
pedagógica do estabelecimento de ensino;
III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de 
menor rendimento;
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de 
participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, 
à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as 
famílias e a comunidade.
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão 
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com 
as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do 
projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos 
escolares ou equivalentes.Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escola-
res públicas de educação básica que os integram progressivos graus 
de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, 
observadas as normas gerais de direito financeiro público.
Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: (Regulamen-
to)
I - as instituições de ensino mantidas pela União;
II - as instituições de educação superior mantidas pela iniciativa 
privada;(Redação dada pela Lei nº 13.868, de 2019)
III - os órgãos federais de educação.
Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal 
compreendem:
I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo 
Poder Público estadual e pelo Distrito Federal;
II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder 
Público municipal;
III - as instituições de ensino fundamental e médio criadas e 
mantidas pela iniciativa privada;
IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, res-
pectivamente.
Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de educa-
ção infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu 
sistema de ensino.
Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem:
I - as instituições do ensino fundamental, médio e de educação 
infantil mantidas pelo Poder Público municipal;
II - as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela 
iniciativa privada;
III – os órgãos municipais de educação.
Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis classi-
ficam-se nas seguintes categorias administrativas: (Regulamento)
(Regulamento)
I - públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, man-
tidas e administradas pelo Poder Público;
II - privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por 
pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.
III - comunitárias, na forma da lei.(Incluído pela Lei nº 13.868, 
de 2019)
§ 1º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e 
III do caput deste artigo podem qualificar-se como confessionais, 
atendidas a orientação confessional e a ideologia específicas. (Inclu-
ído pela Lei nº 13.868, de 2019)
§ 2º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e III 
do caput deste artigo podem ser certificadas como filantrópicas, na 
forma da lei.(Incluído pela Lei nº 13.868, de 2019)
Art. 20. (Revogado pela Lei nº 13.868, de 2019)
TÍTULO V
DOS NÍVEIS E DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E ENSINO
CAPÍTULO I
DA COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS ESCOLARES
Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fun-
damental e ensino médio;
LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL
100100
a solução para o seu concurso!
Editora
II - educação superior.
CAPÍTULO II
DA EDUCAÇÃO BÁSICA
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o 
educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o 
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no tra-
balho e em estudos posteriores.
Parágrafo único. São objetivos precípuos da educação básica 
a alfabetização plena e a formação de leitores, como requisitos es-
senciais para o cumprimento das finalidades constantes do caput 
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.407, de 2022)
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anu-
ais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de 
estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência 
e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre 
que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se 
tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e 
no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais.
§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades 
locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo 
sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas 
previsto nesta Lei.
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, 
será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o 
ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mí-
nimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo 
reservado aos exames finais, quando houver; (Redação dada pela 
Lei nº 13.415, de 2017)
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira 
do ensino fundamental, pode ser feita:
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveita-
mento, a série ou fase anterior, na própria escola;
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras 
escolas;
c) independentemente de escolarização anterior, mediante 
avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento 
e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou eta-
pa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de 
ensino;
III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por 
série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão par-
cial, desde que preservada a sequência do currículo, observadas as 
normas do respectivo sistema de ensino;
IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de sé-
ries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, 
para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componen-
tes curriculares;
V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes 
critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, 
com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e 
dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas 
finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com 
atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante ve-
rificação do aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência 
paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento es-
colar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus 
regimentos;
VI - o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o 
disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de 
ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento do 
total de horas letivas para aprovação;
VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escola-
res, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de 
conclusão de cursos, com as especificações cabíveis.
§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do 
caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, 
para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de ensino ofe-
recer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais 
de carga horária, a partir de 2 de março de 2017. (Incluído pela Lei 
nº 13.415, de 2017)
§ 2o Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de educação 
de jovens e adultos e de ensino noturno regular, adequado às con-
dições do educando, conforme o inciso VI do art. 4o. (Incluído pela 
Lei nº 13.415, de 2017)
Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsá-
veis alcançar relação adequada entre o número de alunos e o pro-
fessor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento.
Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista 
das condições disponíveis e das características regionais e locais, 
estabelecer parâmetro para atendimento do disposto neste artigo.
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino funda-
mental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser 
complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabeleci-
mento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas caracterís-
ticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos 
educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, 
obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, 
o conhecimentodo mundo físico e natural e da realidade social e 
política, especialmente do Brasil.
§ 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões re-
gionais, constituirá componente curricular obrigatório da educação 
básica. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)
§ 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da 
escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, 
sendo sua prática facultativa ao aluno: (Redação dada pela Lei nº 
10.793, de 1º.12.2003)
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis ho-
ras; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, 
de 1º.12.2003)
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em si-
tuação similar, estiver obrigado à prática da educação física; (Incluí-
do pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 
1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
101
a solução para o seu concurso!
Editora
LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL
§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribui-
ções das diferentes culturas e etnias para a formação do povo bra-
sileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia.
§ 5o No currículo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, 
será ofertada a língua inglesa. (Redação dada pela Lei nº 13.415, 
de 2017)
§ 6o As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as lingua-
gens que constituirão o componente curricular de que trata o § 2o 
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.278, de 2016)
§ 7o A integralização curricular poderá incluir, a critério dos sis-
temas de ensino, projetos e pesquisas envolvendo os temas trans-
versais de que trata o caput. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 
2017)
§ 8º A exibição de filmes de produção nacional constituirá com-
ponente curricular complementar integrado à proposta pedagógica 
da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) 
horas mensais. (Incluído pela Lei nº 13.006, de 2014)
§ 9º Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção 
de todas as formas de violência contra a criança, o adolescente e a 
mulher serão incluídos, como temas transversais, nos currículos de 
que trata o caput deste artigo, observadas as diretrizes da legisla-
ção correspondente e a produção e distribuição de material didáti-
co adequado a cada nível de ensino. (Redação dada pela Lei nº 
14.164, de 2021)
§ 9º-A. A educação alimentar e nutricional será incluída entre 
os temas transversais de que trata o caput. (Incluído pela Lei nº 
13.666, de 2018)
§ 10. A inclusão de novos componentes curriculares de cará-
ter obrigatório na Base Nacional Comum Curricular dependerá de 
aprovação do Conselho Nacional de Educação e de homologação 
pelo Ministro de Estado da Educação. (Incluído pela Lei nº 13.415, 
de 2017)
§ 11. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.533, de 2023)
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de 
ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da 
história e cultura afro-brasileira e indígena. (Redação dada pela Lei 
nº 11.645, de 2008).
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo in-
cluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam 
a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos ét-
nicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a 
luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e 
indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade 
nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econô-
mica e política, pertinentes à história do Brasil. (Redação dada pela 
Lei nº 11.645, de 2008).
§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira 
e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de 
todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artís-
tica e de literatura e história brasileiras. (Redação dada pela Lei nº 
11.645, de 2008).
Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observa-
rão, ainda, as seguintes diretrizes:
I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos 
direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à 
ordem democrática;
II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em 
cada estabelecimento;
III - orientação para o trabalho;
IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas des-
portivas não-formais.
Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, 
os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua 
adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, espe-
cialmente:
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais 
necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
II - organização escolar própria, incluindo adequação do calen-
dário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.
Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas 
e quilombolas será precedido de manifestação do órgão normati-
vo do respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa 
apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico 
do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar. (Inclu-
ído pela Lei nº 12.960, de 2014)
SEÇÃO II
DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, 
tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 
5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e so-
cial, complementando a ação da família e da comunidade. (Redação 
dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três 
anos de idade;
II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos 
de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com 
as seguintes regras comuns: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 
2013)
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desen-
volvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para 
o acesso ao ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 
2013)
II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distri-
buída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacio-
nal; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diá-
rias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; 
(Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-es-
colar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do 
total de horas; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
V - expedição de documentação que permita atestar os proces-
sos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. (Incluído pela 
Lei nº 12.796, de 2013)
SEÇÃO III
DO ENSINO FUNDAMENTAL
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 
9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) 
anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, me-
diante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como 
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL
102102
a solução para o seu concurso!
Editora
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema po-
lítico, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta 
a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo 
em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação 
de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de so-
lidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a 
vida social.

Mais conteúdos dessa disciplina