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CÓD: SL-120JL-23 7908433238812 PREFEITURA MUNICIPAL DE LAURO DE FREITAS - BAHIA LAURO DE FREITAS-BA Comum à todas as especialidades de Professor Municipal do 6º ao 9º ano: Ciências Físicas e Biológicas, Cultura e História Afro-Brasileira e Indígena, Filosofia, Geografia, História, Matemática e Sociologia a solução para o seu concurso! Editora EDITAL N° 001/2023 INTRODUÇÃO a solução para o seu concurso! Editora Como passar em um concurso público? Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação. Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação. Então mãos à obra! • Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho; • Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área; • Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total; • Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo; • Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação. • Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame; • Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse. A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos. Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial. A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos! ÍNDICE a solução para o seu concurso! Editora Língua Portuguesa 1. Leitura e interpretação de textos (ficcionais e/ou não ficcionais); Gêneros discursivos e tipologia textual .............................. 7 2. Ortografia ................................................................................................................................................................................... 11 3. Acentuação ................................................................................................................................................................................ 12 4. Pontuação .................................................................................................................................................................................. 13 5. Formação de palavras. ............................................................................................................................................................... 15 6. Léxico: adequação no emprego das palavras............................................................................................................................. 17 7. Verbos: conjugação, emprego dos tempos, modos e vozes verbais; ........................................................................................ 17 8. Morfossintaxe; estrutura do período, da oração e da frase; ...................................................................................................... 20 9. Concordância nominal e verbal ................................................................................................................................................. 23 10. Regência nominal e verbal; ........................................................................................................................................................ 24 11. Colocação pronominal; formas de tratamento (usos e adequações) ........................................................................................ 26 12. Noções de fonética .................................................................................................................................................................... 28 13. Noções de prosódia ................................................................................................................................................................... 29 14. Estrutura do parágrafo. ............................................................................................................................................................. 29 15. Coesão e coerência textuais ...................................................................................................................................................... 30 16. Estilística: denotação e conotação; Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia, polissemia; as palavras de rela- ção ............................................................................................................................................................................................. 31 17. Figuras de linguagem. ................................................................................................................................................................ 32 18. Níveis de linguagem. ................................................................................................................................................................. 34 19. Figuras de linguagem. ................................................................................................................................................................ 35 20. Redação oficial (ofício, memorando, ata, parecer). ................................................................................................................... 35 Informática básica e aplicada 1. Informática básica. Hardwares e periféricos ..............................................................................................................................55 2. Windows 10: painel de controle ................................................................................................................................................ 57 3. Microsoft Office 365: Word, Excel, PowerPoint, Outlook .......................................................................................................... 67 4. Internet. Intranet Browsers. Sites de busca ............................................................................................................................... 77 5. Correio eletrônico ...................................................................................................................................................................... 81 6. Backup: conceitos básicos, tipos, dispositivos e ferramentas, unidades de medida de armazenamento, compactação de ar- quivos ......................................................................................................................................................................................... 83 7. Vírus e programas maliciosos: conceitos básicos, tipos, ações preventivas/corretivas e softwares de segurança digital ......... 83 8. Redes sociais .............................................................................................................................................................................. 86 9. Noções sobre redes e Wi-Fi ....................................................................................................................................................... 88 ÍNDICE a solução para o seu concurso! Editora Legislação aplicada ao contexto Educacional 1. Constituição da República Federativa do Brasil – Capítulo III, Seção I – Da Educação, da Cultura e do Desporto, e alterações posteriores ................................................................................................................................................................................. 95 2. Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e alterações posteriores) ....................... 96 3. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (Resolução CNE/CEB nº 04, de 13 de julho de 2010 e alterações poste- riores) ......................................................................................................................................................................................... 112 4. Plano Nacional de Educação (lei nº 13.005/2014 e alterações posteriores) ............................................................................. 119 5. Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146, de 06 de julho de /2015 e alterações posteriores) .................................. 135 6. Acesso da Pessoa com Deficiência à Educação (Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 e alterações posteriores) ..... 152 7. Atendimento Educacional Especializado (Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011 e alterações posteriores) ............... 159 8. Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial (Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009 e alterações posteriores) ........................................................................................ 161 9. Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1996 e alterações posteriores) ................................... 163 Administração Pública 1. Constituição Federal: art. 37 a 40. ............................................................................................................................................. 207 2. Lei orgânica do Município de Lauro de Freitas (Lei nº 20, de 22 de julho de 2020 e alterações posteriores). ......................... 211 3. Estatuto e plano de carreira e remuneração do Magistério Público do Município de Lauro de Freitas (Lei nº 1.375, de 23 de junho de 2010 e alterações posteriores). .................................................................................................................................. 211 4. Poderes administrativos ............................................................................................................................................................. 223 5. Princípios norteadores dos Serviços Públicos. ........................................................................................................................... 229 6. Processo Administrativo ............................................................................................................................................................ 232 7. Atos administrativos .................................................................................................................................................................. 238 8. Lei da improbidade administrativa (Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992). .............................................................................. 245 9. Crimes contra Administração pública. ....................................................................................................................................... 254 7 a solução para o seu concurso! Editora LÍNGUA PORTUGUESA LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS (FICCIONAIS E/OU NÃO FICCIONAIS); GÊNEROS DISCURSIVOS E TIPOLOGIA TEXTUAL Definição Geral Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação, a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente, ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada em nossos conhecimentos prévios. Compreensão de Textos Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem. É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender. Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado evento. Interpretação de Textos É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar é decodificar o sentido de um texto por indução. A interpretação de textos compreende a habilidade de se chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de texto, seja ele escrito, oral ou visual. Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, podendo ser diferente entre leitores. Exemplo de compreensão e interpretação de textos Para compreender melhor a compreensão e interpretação de textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em um texto misto (verbal e visual): FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Espe- cial > 2015 Português > Compreensão e interpretação de textos A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social. “A Constituição garante o direito à educação para todos e a inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou menos severas.” A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta. (A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de 1988. (B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos severas. (C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientesou não. (D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser incluídos socialmente. (E) “Educação para todos” inclui também os deficientes. Comentário da questão: Em “A” o texto é sobre direito à educação, incluindo as pessoas com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade. = afirmativa correta. Em “B” o complemento “mais ou menos severas” se refere à “deficiências de toda ordem”, não às leis. = afirmativa incorreta. Em “C” o advérbio “também”, nesse caso, indica a inclusão/ adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à educação, além das que não apresentam essas condições. = afirmativa correta. Em “D” além de mencionar “deficiências de toda ordem”, o texto destaca que podem ser “permanentes ou temporárias”. = afirmativa correta. Em “E” este é o tema do texto, a inclusão dos deficientes. = afirmativa correta. Resposta: Logo, a Letra B é a resposta Certa para essa questão, visto que é a única que contém uma afirmativa incorreta sobre o texto. LÍNGUA PORTUGUESA 88 a solução para o seu concurso! Editora IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen- tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo significativo, que é o texto. Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre o assunto que será tratado no texto. Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por- que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí- do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de- pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores. Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se- xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in- finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen- cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos estudos? Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto: reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir? CACHORROS Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami- zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que, se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o outro e a parceria deu certo. Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos- sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex- to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso- ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens. As informações que se relacionam com o tema chamamos de subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram, ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida- de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães. Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi capaz de identificar o tema do texto! Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-se- cundarias/ IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM TEXTOS VARIADOS Ironia Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem). A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex- pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um novo sentido, gerando um efeito de humor. Exemplo: Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo- dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica). Ironia verbal Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig- nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a intenção são diferentes. Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível! Ironia de situação A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces- LÍNGUA PORTUGUESA 9 a solução para o seu concurso! Editora so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a morte. Ironia dramática (ou satírica) A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos tex- tos literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre intenções de outros personagens. É um recurso usado para apro- fundar os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comédia, visto que um personagem é posto em situações que ge- ram conflitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo da narrativa. Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. Humor Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare- çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti- lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor- rer algo fora do esperado numa situação. Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti- rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente acessadas como forma de gerar o riso. Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges. Exemplo: ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ- NERO EM QUE SE INSCREVE Compreender um texto trata da análise e decodificação do que de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter- pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto. Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual- quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia principal. Compreender relações semânticas é uma competência imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos. Quando não se sabe interpretarcorretamente um texto pode- -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro- fissional, mas também o desenvolvimento pessoal. Busca de sentidos Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos. Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici- tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun- damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas. Importância da interpretação A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter- pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos específicos, aprimora a escrita. Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa- tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre- sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi- ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen- são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es- tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató- ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos. Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au- tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes. Diferença entre compreensão e interpretação A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O leitor tira conclusões subjetivas do texto. LÍNGUA PORTUGUESA 1010 a solução para o seu concurso! Editora Gêneros Discursivos Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No romance nós temos uma história central e várias histórias secun- dárias. Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso- nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para um desfecho. Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de- finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais curto. Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos como horas ou mesmo minutos. Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin- guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de imagens. Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con- vencer o leitor a concordar com ele. Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum assunto de interesse. Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali- za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando os professores a identificar o nível de alfabetização delas. Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li- berdade para quem recebe a informação. DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO Fato O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei- ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro. Exemplo de fato: A mãe foi viajar. Interpretação É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau- sas, previmos suas consequências. Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon- tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível. Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen- ças sejam detectáveis. Exemplos de interpretação: A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou- tro país. A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão do que com a filha. Opinião A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação que fazemos do fato. Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên- cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais. Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações anteriores: A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou- tro país. Ela tomou uma decisão acertada. A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão do que com a filha. Ela foi egoísta. Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião. Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên- cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta- mos expressando nosso julgamento. É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião, principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando analisamos um texto dissertativo. Exemplo: A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando com o sofrimento da filha. Gêneros e tipos de textos Definições e diferenciação: tipos textuais e gêneros textuais são dois conceitos distintos, cada qual com sua própria linguagem e estrutura. Os tipos textuais gêneros se classificam em razão da estrutura linguística, enquanto os gêneros textuais têm sua classificação baseada na forma de comunicação. Assim, os gêneros são variedades existente no interior dos modelos pré-estabelecidos dos tipos textuais. A definição de um gênero textual é feita a partir dos conteúdos temáticos que apresentam suaestrutura específica. Logo, para cada tipo de texto, existem gêneros característicos. LÍNGUA PORTUGUESA 11 a solução para o seu concurso! Editora Como se classificam os tipos e os gêneros textuais As classificações conforme o gênero podem sofrer mudanças e são amplamente flexíveis. Os principais gêneros são: romance, conto, fábula, lenda, notícia, carta, bula de medicamento, cardápio de restaurante, lista de compras, receita de bolo, etc. Quanto aos tipos, as classificações são fixas, e definem e distinguem o texto com base na estrutura e nos aspectos linguísticos. Os tipos textuais são: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo. Resumindo, os gêneros textuais são a parte concreta, enquanto as tipologias integram o campo das formas, da teoria. Acompanhe abaixo os principais gêneros textuais inseridos e como eles se inserem em cada tipo textual: Texto narrativo: esse tipo textual se estrutura em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. Esses textos se caracterizam pela apresentação das ações de personagens em um tempo e espaço determinado. Os principais gêneros textuais que pertencem ao tipo textual narrativo são: romances, novelas, contos, crônicas e fábulas. Texto descritivo: esse tipo compreende textos que descrevem lugares ou seres ou relatam acontecimentos. Em geral, esse tipo de texto contém adjetivos que exprimem as emoções do narrador, e, em termos de gêneros, abrange diários, classificados, cardápios de restaurantes, folhetos turísticos, relatos de viagens, etc. Texto expositivo: corresponde ao texto cuja função é transmitir ideias utilizando recursos de definição, comparação, descrição, conceituação e informação. Verbetes de dicionário, enciclopédias, jornais, resumos escolares, entre outros, fazem parte dos textos expositivos. Texto argumentativo: os textos argumentativos têm o objetivo de apresentar um assunto recorrendo a argumentações, isto é, caracteriza-se por defender um ponto de vista. Sua estrutura é composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. Os textos argumentativos compreendem os gêneros textuais manifesto e abaixo-assinado. Texto injuntivo: esse tipo de texto tem como finalidade de orientar o leitor, ou seja, expor instruções, de forma que o emissor procure persuadir seu interlocutor. Em razão disso, o emprego de verbos no modo imperativo é sua característica principal. Pertencem a este tipo os gêneros bula de remédio, receitas culinárias, manuais de instruções, entre outros. Texto prescritivo: essa tipologia textual tem a função de instruir o leitor em relação ao procedimento. Esses textos, de certa forma, impedem a liberdade de atuação do leitor, pois decretam que ele siga o que diz o texto. Os gêneros que pertencem a esse tipo de texto são: leis, cláusulas contratuais, edital de concursos públicos. ORTOGRAFIA — Definições Com origem no idioma grego, no qual orto significa “direito”, “exato”, e grafia quer dizer “ação de escrever”, ortografia é o nome dado ao sistema de regras definido pela gramática normativa que indica a escrita correta das palavras. Já a Ortografia Oficial se refere às práticas ortográficas que são consideradas oficialmente como adequadas no Brasil. Os principais tópicos abordados pela ortografia são: o emprego de acentos gráficos que sinalizam vogais tônicas, abertas ou fechadas; os processos fonológicos (crase/acento grave); os sinais de pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e decorrentes dessas funções, entre outros. Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre a qual recaem, para que palavras com grafia similar possam ter leituras diferentes, e, por conseguinte, tenham significados distintos. Resumidamente, os acentos são agudo (deixa o som da vogal mais aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz com que o som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase). O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão estabelecidos os sinais gráficos e os sons representados por cada um dos sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes. As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras foram integradas oficialmente ao alfabeto do idioma português brasileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico. As possibilidades da vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente, para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo: – Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km (quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma). – Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus derivados na língua portuguesa, como Britney, Washington, Nova York. Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos do emprego da ortografia correta das palavras e suas principais regras: «ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos: – Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum, abacaxi. – Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa. – Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar. – Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer, mexerica. s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos: – Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa, verminose. – Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjetivos. Exemplo: amazonense, formosa, jocoso. – Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título ou nacionalidade. Exemplo: marquês/marquesa, holandês/holandesa, burguês/burguesa. – Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”. Exemplo: casa – casinha – casarão; análise – analisar. Porque, Por que, Porquê ou Por quê? – Porque (junto e sem acento): é conjunção explicativa, ou seja, indica motivo/razão, podendo substituir o termo pois. Portanto, toda vez que essa substituição for possível, não haverá dúvidas de que o emprego do porque estará correto. Exemplo: Não choveu, porque/pois nada está molhado. – Por que (separado e sem acento): esse formato é empregado para introduzir uma pergunta ou no lugar de “o motivo pelo qual”, para estabelecer uma relação com o termo anterior da oração. Exemplos: Por que ela está chorando? / Ele explicou por que do cancelamento do show. LÍNGUA PORTUGUESA 1212 a solução para o seu concurso! Editora – Porquê (junto e com acento): trata-se de um substantivo e, por isso, pode estar acompanhado por artigo, adjetivo, pronome ou numeral. Exemplo: Não ficou claro o porquê do cancelamento do show. – Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi embora novamente. Por quê? Parônimos e homônimos – Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na pronúncia, mas se divergem no significado. Exemplos: absolver (perdoar) e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar). – Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas que divergem na pronúncia. Exemplos: “gosto” (substantivo) e “gosto” (verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome demonstrativo). ACENTUAÇÃO — Definição A acentuação gráfica consiste no emprego do acento nas palavras grafadas com a finalidade de estabelecer, com base nas regras da língua, a intensidade e/ou a sonoridade das palavras. Isso quer dizer que os acentos gráficos servem para indicar a sílaba tônica de uma palavra ou a pronúncia de uma vogal. De acordo com as regras gramaticais vigentes, são quatro os acentos existentes na língua portuguesa: – Acento agudo: Indica que a sílaba tônica da palavra tem som aberto. Ex.: área, relógio, pássaro. – Acento circunflexo: Empregado acima das vogais “a” e” e “o”para indicar sílaba tônica em vogal fechada. Ex.: acadêmico, âncora, avô. – Acento grave/crase: Indica a junção da preposição “a” com o artigo “a”. Ex: “Chegamos à casa”. Esse acento não indica sílaba tônica! – Til: Sobre as vogais “a” e “o”, indica que a vogal de determinada palavra tem som nasal, e nem sempre recai sobre a sílaba tônica. Exemplo: a palavraórfã tem um acento agudo, que indica que a sílaba forte é “o” (ou seja, é acento tônico), e um til (˜), que indica que a pronúncia da vogal “a” é nasal, não oral. Outro exemplo semelhante é a palavra bênção. — Monossílabas Tônicas e Átonas Mesmo as palavras com apenas uma sílaba podem sofrer alteração de intensidade de voz na sua pronúncia. Exemplo: observe o substantivo masculino “dó” e a preposição “do” (contração da preposição “de” + artigo “o”). Ao comparar esses termos, percebermos que o primeiro soa mais forte que o segundo, ou seja, temos uma monossílaba tônica e uma átona, respectivamente. Diante de palavras monossílabas, a dica para identificar se é tônica (forte) ou fraca átona (fraca) é pronunciá-las em uma frase, como abaixo: “Sinto grande dó ao vê-la sofrer.” “Finalmente encontrei a chave do carro.” Recebem acento gráfico: – As monossílabas tônicas terminadas em: -a(s) → pá(s), má(s); -e(s) → pé(s), vê(s); -o(s) → só(s), pôs. – As monossílabas tônicas formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói. Ex: réis, véu, dói. Não recebem acento gráfico: – As monossílabas tônicas: par, nus, vez, tu, noz, quis. – As formas verbais monossilábicas terminadas em “-ê”, nas quais a 3a pessoa do plural termina em “-eem”. Antes do novo acordo ortográfico, esses verbos era acentuados. Ex.: Ele lê → Eles lêem leem. Exceção! O mesmo não ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, já que a terceira pessoa termina em “-êm”. Nesses caso, a acentuação permanece acentuada. Ex.: Ele tem → Eles têm; Ele vem → Eles vêm. Acentuação das palavras Oxítonas As palavras cuja última sílaba é tônica devem ser acentuadas as oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e -o, sucedidas ou não por -s. Ex.: aliás, após, crachá, mocotó, pajé, vocês. Logo, não se acentuam as oxítonas terminadas em “-i” e “-u”. Ex.: caqui, urubu. Acentuação das palavras Paroxítonas São classificadas dessa forma as palavras cuja penúltima sílaba é tônica. De acordo com a regra geral, não se acentuam as palavras paroxítonas, a não ser nos casos específicos relacionados abaixo. Observe as exceções: – Terminadas em -ei e -eis. Ex.: amásseis, cantásseis, fizésseis, hóquei, jóquei, pônei, saudáveis. – Terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps. Ex.: bíceps, caráter, córtex, esfíncter, fórceps, fóssil, líquen, lúmen, réptil, tórax. – Terminadas em -i e -is. Ex.: beribéri, bílis, biquíni, cáqui, cútis, grátis, júri, lápis, oásis, táxi. – Terminadas em -us. Ex.: bônus, húmus, ônus, Vênus, vírus, tônus. – Terminadas em -om e -ons. Ex.: elétrons, nêutrons, prótons. – Terminadas em -um e -uns. Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns, quórum, quóruns. – Terminadas em -ã e -ão. Ex.: bênção, bênçãos, ímã, ímãs, órfã, órfãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos. Acentuação das palavras Proparoxítonas Classificam-se assim as palavras cuja antepenúltima sílaba é tônica, e todas recebem acento, sem exceções. Ex.: ácaro, árvore, bárbaro, cálida, exército, fétido, lâmpada, líquido, médico, pássaro, tática, trânsito. Ditongos e Hiatos Acentuam-se: – Oxítonas com sílaba tônica terminada em abertos “_éu”, “_éi” ou “_ói”, sucedidos ou não por “_s”. Ex.: anéis, fiéis, herói, mausoléu, sóis, véus. – As letras “_i” e “_u” quando forem a segunda vogal tônica de um hiato e estejam isoladas ou sucedidas por “_s” na sílaba. Ex.: caí (ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú). LÍNGUA PORTUGUESA 13 a solução para o seu concurso! Editora Não se acentuam: – A letra “_i”, sempre que for sucedida por de “_nh”. Ex.: moinho, rainha, bainha. – As letras “_i” e o “_u” sempre que aparecerem repetidas. Ex.: juuna, xiita. xiita. – Hiatos compostos por “_ee” e “_oo”. Ex.: creem, deem, leem, enjoo, magoo. O Novo Acordo Ortográfico Confira as regras que levaram algumas palavras a perderem acentuação em razão do Acordo Ortográfico de 1990, que entrou em vigor em 2009: 1 – Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas. Exemplos: enjôo – enjoo; magôo – magoo; perdôo – perdoo; vôo – voo; zôo – zoo. 2 – Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas. Exemplos: alcalóide – alcaloide; andróide – androide; alcalóide – alcaloide; assembléia – assembleia; asteróide – asteroide; européia – europeia. 3 – Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas. Exemplos: feiúra – feiura; maoísta – maoista; taoísmo – taoismo. 4 – Palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que possuem -e tônico em hiato. Isso ocorre com a 3a pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo. Exemplos: deem; lêem – leem; relêem – releem; revêem. 5 – Palavras com trema: somente para palavras da língua portuguesa. Exemplos: bilíngüe – bilíngue; enxágüe – enxágue; linguïça – linguiça. 6 – Paroxítonas homógrafas: são palavras que têm a mesma grafia, mas apresentam significados diferentes. Exemplo: o verbo PARAR: pára – para. Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo “parar” era acentuada para que fosse diferenciada da preposição “para”. Atualmente, nenhuma delas recebe acentuação. Assim: Antes: Ela sempre pára para ver a banda passar. [verbo / preposição] Hoje: Ela sempre para para ver a banda passar. [verbo / preposição] PONTUAÇÃO — Visão Geral O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais gráficos que, em um período sintático, têm a função primordial de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas e, ocasionalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias) em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os gestos e as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a compreensão da frase. O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades: – Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos tipos textuais; – Garantir os efeitos de sentido dos enunciados; – Demarcar das unidades de um texto; – Sinalizar os limites das estruturas sintáticas. — Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um enunciado Vírgula De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas, se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em outras, ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser empregada: • No interior da sentença 1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição: ENUMERAÇÃO Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate. Paguei as contas de água, luz, telefone e gás. REPETIÇÃO Os arranjos estão lindos, lindos! Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada. 2 – Isolar o vocativo “Crianças, venham almoçar!” “Quando será a prova, professora?” 3 – Separar apostos “O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.” 4 – Isolar expressões explicativas: “As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi responsabilizado.” 5 – Separar conjunções intercaladas “Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” 6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado: “Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários do setor.” “Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” 7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: “Estas alegações, não as considero legítimas.” 8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas por conjunções) “Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.” LÍNGUA PORTUGUESA 1414 a solução para o seu concurso! Editora 9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas: “São Paulo, 16 de outubro de 2022”. 10 – Marcar a omissão de um termo: “Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo “fazer”). • Entre as sentenças 1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas “Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.”2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”: “Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos ajudasse.” 3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a principal: “Quando será publicado, ainda não foi divulgado.” 4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração principal: Reduzida Por ser sempre assim, ninguém dá atenção! Desenvolvida Porque é sempre assim, já ninguém dá atenção! 5 – Separar as sentenças intercaladas: “Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu leito, até que você se recupere por completo.” • Antes da conjunção “e” 1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire valores que não expressam adição, como consequência ou diversidade, por exemplo. “Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.” 2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de destacar alguma ideia, por exemplo: “(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede; e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha) 3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas apresentam sujeitos distintos, por exemplo: “A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.” O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja apositiva nem se apresente inversamente). Ponto 1 – Para indicar final de frase declarativa: “O almoço está pronto e será servido.” 2 – Abrevia palavras: – “p.” (página) – “V. Sra.” (Vossa Senhoria) – “Dr.” (Doutor) 3 – Para separar períodos: “O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.” Ponto e Vírgula 1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula: “Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG; nossa amiga, de praticar esportes.” 2 – Para separar os itens de uma sequência de itens: “Os planetas que compõem o Sistema Solar são: Mercúrio; Vênus; Terra; Marte; Júpiter; Saturno; Urano; Netuno.” Dois Pontos 1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem ideias anteriores. “Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.” “Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela grande ofensa.” 2 – Para introduzirem citação direta: “Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma’.” 3 – Para iniciar fala de personagens: “Ele gritava repetidamente: – Sou inocente!” Reticências 1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta sintaticamente: “Quem sabe um dia...” 2 – Para indicar hesitação ou dúvida: “Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar ainda.” 3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o objetivo de prolongar o raciocínio: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar). 4 – Suprimem palavras em uma transcrição: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner). LÍNGUA PORTUGUESA 15 a solução para o seu concurso! Editora Ponto de Interrogação 1 – Para perguntas diretas: “Quando você pode comparecer?” 2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para destacar o enunciado: “Não brinca, é sério?!” Ponto de Exclamação 1 – Após interjeição: “Nossa Que legal!” 2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva “Infelizmente!” 3 – Após vocativo “Ana, boa tarde!” 4 – Para fechar de frases imperativas: “Entre já!” Parênteses a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou a vírgula: “Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sempre) quem seria promovido.” Travessão 1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto: “O rapaz perguntou ao padre: — Amar demais é pecado?” 2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos: “— Vou partir em breve. — Vá com Deus!” 3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários: “Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.” 4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas: “Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.” Aspas 1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta, como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos, arcaísmos, palavrões, e neologismos. “Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.” “A reunião será feita ‘online’.” 2 – Para indicar uma citação direta: “A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de Assis) FORMAÇÃO DE PALAVRAS. Visão geral: a formação de palavras que integram o léxico da língua baseia-se em dois principais processos morfológicos (combinação de morfemas): a derivação e a composição. Derivação: é a formação de uma nova palavra (palavra derivada) com base em uma outra que já existe na língua (palavra primitiva ou radical). 1 – Prefixal por prefixação: um prefixo ou mais são adicionados à palavra primitiva. LÍNGUA PORTUGUESA 1616 a solução para o seu concurso! Editora PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA PALAVRA DERIVADA inf fiel infiel sobre carga sobrecarga 2 – Sufixal ou por sufixação: é a adição de sufixo à palavra primitiva. PALAVRA PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA gol leiro goleiro feliz mente felizmente 3 – Prefixal e sufixal: nesse tipo, a presença do prefixo ou do sufixo à palavra primitiva já é o suficiente para formação de uma nova palavra. PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA inf feliz – Infeliz – feliz mente Felizmente des igual – desigual – igual dade igualdade 4 – Parassintética: também consiste na adição de prefixo e sufixo à palavra primitiva, porém, diferentemente do tipo anterior, para existência da nova palavra, ambos os acréscimos são obrigatórios. Esse processo parte de substantivos e adjetivos para originar um verbo. PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA em pobre cer empobrecer em trist ecer estristecer 5 – Regressiva: é a remoção da parte final de uma palavra primitiva para, dessa forma, obter uma palavra derivada. Esse origina substantivos a partir de formas verbais que expressam uma ação. Essas novas palavras recebem o nome de deverbais. Tal composição ocorre a partir da substituição da terminação verbal formada pela vogal temática + desinência de infinitivo (“–ar” ou “–er”) por uma das vogais temáticas nominais (-a, -e,-o).” VERBO RADICAL DESINÊNCIA VOGAL TEMÁTICA SUBSTANTIVO debater debat er e debate sustentar sustent ar o sustento vender vend er a venda 6 – Imprópria (ou conversão): é o processo que resulta na mudança da classe gramatical de uma palavra primitiva, mas não modifica sua forma. Exemplo: a palavra jantar pode ser um verbo na frase “Convidaram-me para jantar”, mas também pode ser um substantivo na frase “O jantar estava maravilhoso”. Composição: é o processo de formação de palavra a partir da junção de dois ou mais radicais. A composição pode se realizar por justaposição ou por aglutinação. – Justaposição: na junção, não há modificação dos radicais. Exemplo: passa + tempo - passatempo; gira + sol = girassol. – Aglutinação: existe alteração dos radicais na sua junção. Exemplo: em + boa + hora = embora; desta + arte = destarte. LÍNGUA PORTUGUESA 17 a solução para o seu concurso! Editora LÉXICO: ADEQUAÇÃO NO EMPREGO DAS PALAVRAS Adequação vocabular” é adequar as palavras a situação de fala. As gírias, por exemplo, podem ser perfeitamente ajustadas a certos contextos. A adequação vocabulartrata das corretas situações em que devemos usar as melhores situações vocabulares. Isto é, trata dos momento em que determinadas linguagens devem ser usada. É o caso por exemplo de quando estamos diante de uma situa- ção informal, com amigos, e conhecidos, onde podemos usar gírias além de demais palavras menor formais. Diferente de situações em que estamos diante de momento mais formais, como o trabalho por exemplo. O ato de escrever O que para alguns parece fácil e agradável, para outros repre- senta um sacrifício sem perspectivas favoráveis. Nas práticas esco- lares, não se prepara o aluno para ser escritor, mas para escrever satisfatoriamente numa linguagem que revele precisão vocabular e clareza de ideias. Um texto correto e preciso resulta de um pensamento organi- zado, ao qual se somam a capacidade para aproveitar os recursos expressivos da língua e a interpretação analítica da realidade, em especial na dissertação. Qualquer que seja a modalidade redacio- nal, sua finalidade é concretizar a comunicação de ideias (conteú- do), valorizadas por uma expressão estética da linguagem (forma). Não basta, pois, saber o que escrever, mas como escrever. As dificuldades para redigir podem ter origem na timidez, no receio da iniciativa inovadora, na falta de estímulos, em métodos didáticos desinteressantes ou ainda num conjunto de fatores que bloqueiam a escrita. Há quem atribua as deficiências da escrita aos meios de comu- nicação de massa que, saturando nossos sentidos com imagem e som, pouco exigem de nossa capacidade reflexiva, ocupando um espaço que poderia ser preenchido pela leitura. Quaisquer que sejam os entraves na escrita, é no aprimora- mento da linguagem que temos o instrumento mais eficaz para expressar o pensa mento. A habilidade com que a usamos permite- -nos apreender o mundo e agir sobre ele. Ao escrevermos, fazemos da linguagem nossa conquista maior, combinando as impressões dos sentidos, a vivência pessoal e o pen- samento crítico. Para aperfeiçoar o exercício redacional, devemos aguçar a capacidade de interpretação, o espírito questionador e analítico, bem como o desprendimento para criar e inovar. Assim, a redação, como atividade compensadora e satisfatória, é produto de um saber linguístico, da ordenação do pensamento e da imaginação criadora, num contínuo e diletante processo de aprendizagem. Da palavra ao texto A palavra existe a serviço da comunicação. As circunstâncias históricas, o mundo concreto e os anseios espirituais, ao longo de seus processos de desenvolvimento, foram criando a necessidade de nome- ação dos objetos. Assim, o desejo de comunicar nossas ideias fica me- diado por uma unidade menor que se chama signo. O signo é o símbo- lo dos objetos ou ideias que queremos veicular (oral ou textualmente): a maneira de articular as palavras e de organizá-las na frase, no texto determina nosso discurso, nosso estilo (forma de expressão pessoal). A linguagem culta ou padrão É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obedi- ência às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi- cas, noticiários de TV, programas culturais etc. A linguagem popular ou coloquial É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mos- tra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; ca- cofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. A lin- guagem popular está presente nas mais diversas situações: conver- sas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV (sobretudo os de auditório), novelas, expressão dos estados emocionais etc. VERBOS: CONJUGAÇÃO, EMPREGO DOS TEMPOS, MODOS E VOZES VERBAIS; FLEXÃO VERBAL 1) Número: singular ou plural Ex.: ando, andas, anda → singular andamos, andais, andam → plural 2) Pessoas: são três. a) A primeira é aquela que fala; corresponde aos pronomes eu (singular) e nós (plural). Ex.: escreverei, escreveremos. b) A segunda é aquela com quem se fala; corresponde aos pro- nomes tu (singular) e vós (plural). Ex.: escreverás, escrevereis. c) A terceira é aquela acerca de quem se fala; corresponde aos pronomes ele ou ela (singular) e eles ou elas (plural). Ex.: escreverá, escreverão. 3) Modos: são três. a) Indicativo: apresenta o fato verbal de maneira positiva, indu- bitável. Ex.: vendo. b) Subjuntivo: apresenta o fato verbal de maneira duvidosa, hi- potética. Ex.: que eu venda. c) Imperativo: apresenta o fato verbal como objeto de uma or- dem. Ex.: venda! 4) Tempos: são três. a) Presente: falo b) Pretérito: - Perfeito: falei LÍNGUA PORTUGUESA 1818 a solução para o seu concurso! Editora - Imperfeito: falava - Mais-que-perfeito: falara Obs.: O pretérito perfeito indica uma ação extinta; o imperfei- to, uma ação que se prolongava num determinado ponto do pas- sado; o mais-que-perfeito, uma ação passada em relação a outra ação, também passada. Ex.: Eu cantei aquela música. (perfeito) Eu cantava aquela música. (imperfeito) Quando ele chegou, eu já cantara. (mais-que-perfeito) c) Futuro: - Do presente: estudaremos - Do pretérito: estudaríamos Obs.: No modo subjuntivo, com relação aos tempos simples, temos apenas o presente, o pretérito imperfeito e o futuro (sem divisão). Os tempos compostos serão estudados mais adiante. 5) Vozes: são três. a) Ativa: o sujeito pratica a ação verbal. Ex.: O carro derrubou o poste. b) Passiva: o sujeito sofre a ação verbal. - Analítica ou verbal: com o particípio e um verbo auxiliar. Ex.: O poste foi derrubado pelo carro. - Sintética ou pronominal: com o pronome apassivador se. Ex.: Derrubou-se o poste. Obs.: Estudaremos bem o pronome apassivador (ou partícula apassivadora) na sétima lição: concordância verbal. c) Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação verbal; aparece um pronome reflexivo. Ex.: O garoto se machucou. Formação do Imperativo 1) Afirmativo: tu e vós saem do presente do indicativo menos a letra s; você, nós e vocês, do presente do subjuntivo. Ex.: Imperativo afirmativo do verbo beber Bebo → beba bebes → bebe (tu) bebas bebe beba → beba (você) bebemos bebamos → bebamos (nós) bebeis → bebei (vós) bebais bebem bebam → bebam (vocês) Reunindo, temos: bebe, beba, bebamos, bebei, bebam. 2) Negativo: sai do presente do subjuntivo mais a palavra não. Ex.: beba bebas → não bebas (tu) beba → não beba (você) bebamos → não bebamos (nós) bebais → não bebais (vós) bebam → não bebam (vocês) Assim, temos: não bebas, não beba, não bebamos, não bebais, não bebam. Observações: a) No imperativo não existe a primeira pessoa do singular, eu; a terceira pessoa é você. b) O verbo ser não segue a regra nas pessoas que saem do pre- sente do indicativo. Eis o seu imperativo: - Afirmativo: sê, seja, sejamos, sede, sejam. - Negativo: não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não sejam. c) O tratamento dispensado a alguém numa frase não pode mudar. Se começamos a tratar a pessoa por você, não podemos passar para tu, e vice-versa. Ex.: Pede agora a tua comida. (tratamento: tu) Peça agora a sua comida. (tratamento: você) d) Os verbos que têm z no radical podem, no imperativo afir- mativo, perder também a letra e que aparece antes da desinência s. Ex.: faze (tu) ou faz (tu) dize (tu) ou diz (tu) e) Procure ter “na ponta da língua” a formação e o emprego do imperativo. É assunto muito cobrado em concursos públicos. Tempos Primitivos e Tempos Derivados 1) O presente do indicativo é tempo primitivo. Da primeira pes- soa do singularsai todo o presente do subjuntivo. Ex.: digo → que eu diga, que tu digas, que ele diga etc. dizes diz Obs.: isso não ocorre apenas com os poucos verbos que não apresentam a desinência o na primeira pessoa do singular. Ex.: eu sou → que eu seja. eu sei → que eu saiba. 2) O pretérito perfeito é tempo primitivo. Da segunda pessoa do singular saem: a) o mais-que-perfeito. Ex.: coubeste → coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis, couberam. b) o imperfeito do subjuntivo. Ex.: coubeste → coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, coubessem. c) o futuro do subjuntivo. Ex.: coubeste → couber, couberes, couber, coubermos, couber- des, couberem. 3) Do infinitivo impessoal derivam: a) o imperfeito do indicativo. Ex.: caber → cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabiam. b) o futuro do presente. Ex.: caber → caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis, caberão. c) o futuro do pretérito. LÍNGUA PORTUGUESA 19 a solução para o seu concurso! Editora Ex.: caber → caberia, caberias, caberia, caberíamos, caberíeis, caberiam. d) o infinitivo pessoal. Ex.: caber → caber, caberes, caber, cabermos, caberdes, cabe- rem. e) o gerúndio. Ex.: caber → cabendo. f) o particípio. Ex.: caber → cabido. Tempos Compostos Formam-se os tempos compostos com o verbo auxiliar (ter ou haver) mais o particípio do verbo que se quer conjugar. 1) Perfeito composto: presente do verbo auxiliar mais particí- pio do verbo principal. Ex.: tenho falado ou hei falado → perfeito composto do indica- tivo tenha falado ou haja falado → perfeito composto do subjuntivo. 2) Mais-que-perfeito composto: imperfeito do auxiliar mais particípio do principal. Ex.: tinha falado → mais-que-perfeito composto do indicativo. tivesse falado → mais-que-perfeito composto do subjuntivo. 3) Demais tempos: basta classificar o verbo auxiliar. Ex.: terei falado → futuro do presente composto (terei é futuro do presente). Verbos Irregulares Comuns em Concursos É importante saber a conjugação dos verbos que seguem. Eles estão conjugados apenas nas pessoas, tempos e modos mais pro- blemáticos. 1) Compor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem integral- mente o verbo pôr. Ex.: ponho → componho, imponho, deponho etc. pus → compus, repus, expus etc. 2) Deter, conter, reter, manter etc.: seguem integralmente o verbo ter. Ex.: tivermos → contivermos, mantivermos etc. tiveste → retiveste, mantiveste etc. 3) Intervir, advir, provir, convir etc.: seguem integralmente o verbo vir. Ex.: vierem → intervierem, provierem etc. vim → intervim, convim etc. 4) Rever, prever, antever etc.: seguem integralmente o verbo ver. Ex.: vi → revi, previ etc. víssemos → prevíssemos, antevíssemos etc. Observações: - Como se vê nesses quatro itens iniciais, o verbo derivado se- gue a conjugação do seu primitivo. Basta conjugar o verbo primitivo e recolocar o prefixo. Há outros verbos que dão origem a verbos derivados. Por exemplo, dizer, haver e fazer. Para eles, vale a mesma regra explicada acima. Ex.: eu houve → eu reouve (e não reavi, como normalmente se fala por aí). - Requerer e prover não seguem integralmente os verbos que- rer e ver. Eles serão mostrados mais adiante. 5) Crer, no pretérito perfeito do indicativo: cri, creste, creu, cre- mos, crestes, creram. 6) Estourar, roubar, aleijar, inteirar etc.: mantém o ditongo fe- chado em todos os tempos, inclusive o presente do indicativo. Ex.: A bomba estoura. (e não estóra, como normalmente se diz). 7) Aderir, competir, preterir, discernir, concernir, impelir, expe- lir, repelir: a) presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos, ade- rimos, aderem. b) presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos, adi- rais, adiram. Obs.: Esses verbos mudam o e do infinitivo para i na primeira pessoa do singular do presente do indicativo e em todas do presen- te do subjuntivo. 8) Aguar, desaguar, enxaguar, minguar: a) presente do indicativo: águo, águas, água; enxáguo, enxá- guas, enxágua. b) presente do subjuntivo: águe, águes, águe; enxágue, enxá- gues, enxágue. 9) Arguir, no presente do indicativo: arguo, argúis, argúi, argui- mos, arguis, argúem. 10) Apaziguar, averiguar, obliquar, no presente do subjuntivo: apazigúe, apazigúes, apazigúe, apaziguemos, apazigueis, apazi- gúem. 11) Mobiliar: a) presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília, mobilia- mos, mobiliais, mobíliam. b) presente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie, mobilie- mos, mobilieis, mobíliem. 12) Polir, no presente do indicativo: pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem. 13) Passear, recear, pentear, ladear (e todos os outros termina- dos em ear) a) presente do indicativo: passeio, passeias, passeia, passea- mos, passeais, passeiam. LÍNGUA PORTUGUESA 2020 a solução para o seu concurso! Editora b) presente do subjuntivo: passeie, passeies, passeie, passee- mos, passeeis, passeiem. Observações: - Os verbos desse grupo (importantíssimo) apresentam o diton- go ei nas formas rizotônicas, mas apenas nos dois presentes. - Os verbos estrear e idear apresentam ditongo aberto. Ex.: estreio, estreias, estreia; ideio, ideias, ideia. 14) Confiar, renunciar, afiar, arriar etc.: verbos regulares. Ex.: confio, confias, confia, confiamos, confiais, confiam. Observações: - Esses verbos não têm o ditongo ei nas formas rizotônicas. - Mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar, ape- sar de terminarem em iar, apresentam o ditongo ei. Ex.: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais, medeiam, medeie, medeies, medeie, mediemos, medieis, medeiem. 15) Requerer: só é irregular na 1ª pessoa do singular do pre- sente do indicativo e, consequentemente, em todo o presente do subjuntivo. Ex.: requeiro, requeres, requer requeira, requeiras, requeira requeri, requereste, requereu 16) Prover: conjuga-se como verbo regular no pretérito perfei- to, no mais-que-perfeito, no imperfeito do subjuntivo, no futuro do subjuntivo e no particípio; nos demais tempos, acompanha o verbo ver. Ex.: Provi, proveste, proveu; provera, proveras, provera; pro- vesse, provesses, provesse etc. provejo, provês, provê; provia, provias, provia; proverei, prove- rás, proverá etc. 17) Reaver, precaver-se, falir, adequar, remir, abolir, colorir, res- sarcir, demolir, acontecer, doer são verbos defectivos. Estude o que falamos sobre eles na lição anterior, no item sobre a classificação dos verbos. Ex.: Reaver, no presente do indicativo: reavemos, rea- veis. MORFOSSINTAXE; ESTRUTURA DO PERÍODO, DA ORAÇÃO E DA FRASE; Definição: sintaxe é a área da Gramática que se dedica ao estudo da ordenação das palavras em uma frase, das frases em um discurso e também da coerência (relação lógica) que estabelecem entre si. Sempre que uma frase é construída, é fundamental que ela contenha algum sentido para que possa ser compreendida pelo receptor. Por fazer a mediação da combinação entre palavras e orações, a sintaxe é essencial para que essa compreensão se efetive. Para que se possa compreender a análise sintática, é importante retomarmos alguns conceitos, como o de frase, oração e período. Vejamos: Frase Trata-se de um enunciado que carrega um sentido completo que possui sentido integral, podendo ser constituída por somente uma ou várias palavras podendo conter verbo (frase verbal) ou não (frase nominal). Uma frase pode exprimir ideias, sentimentos, apelos ou ordens. Exemplos: “Saia!”, “O presidente vai fazer seu discurso.”, “Atenção!”, “Que horror!”. A ordem das palavras: associada à pontuação apropriada, a disposição das palavras na frase também é fundamental para a compreensão da informação escrita, e deve seguir os padrões da Língua Portuguesa. Observe que a frase “A professora já vai falar.” Pode ser modificada para, por exemplo, “Já vai falar a professora.” , sem que haja prejuízo de sentido. No entanto, a construção “Falar a já professora vai.” , apesar da combinação das palavras, não poderá ser compreendida pelo interlocutor. Oração É uma unidade sintáticaque se estrutura em redor de um verbo ou de uma locução verbal. Uma frase pode ser uma oração, desde que tenha um verbo e um predicado; quanto ao sujeito, nem sempre consta em uma oração, assim como o sentido completo. O importante é que seja compreensível pelo receptor da mensagem. Analise, abaixo, uma frase que é oração com uma que não é. 1 – Silêncio!”: É uma frase, mas não uma oração, pois não contém verbo. 2 – “Eu quero silêncio.”: A presença do verbo classifica a frase como oração. Unidade sintática (ou termo sintático): a sintaxe de uma oração é formada por cada um dos termos, que, por sua vez, estabelecem relação entre si para dar atribuir sentido à frase. No exemplo supracitado, a palavra “quero” deve unir-se às palavras “Eu” e “silêncio” para que o receptor compreenda a mensagem. Dessa forma, cada palavra desta oração recebe o nome de termo ou unidade sintática, desempenhando, cada qual, uma função sintática diferente. Classificação das orações: as orações podem ser simples ou compostas. As orações simples apresentam apenas uma frase; as compostas apresentam duas ou mais frases na mesma oração. Analise os exemplos abaixo e perceba que a oração composta tem duas frases, e cada uma tem seu próprio sentido. – Oração simples: “Eu quero silêncio.” – Oração composta: “Eu quero silêncio para poder ouvir o noticiário”. Período É a construção composta por uma ou mais orações, sempre com sentido completo. Assim como as orações, o período também pode ser simples ou composto, que se diferenciam em razão do número de orações que apresenta: o período simples contém apenas uma oração, e o composto mais de uma. Lembrando que a oração é uma frase que contém um verbo. Assim, para não ter dúvidas quanto à classificação, basta contar quantos verbos existentes na frase. – Período simples: “Resolvo esse problema até amanhã.” - apresenta apenas um verbo. – Período composto: Resolvo esse problema até amanhã ou ficarei preocupada.” - contém dois verbos. LÍNGUA PORTUGUESA 21 a solução para o seu concurso! Editora — Análise Sintática É o nome que se dá ao processo que serve para esmiuçar a estrutura de um período e das orações que compõem um período. Termos da oração: é o nome dado às palavras que atribuem sentido a uma frase verbal. A reunião desses elementos forma o que chamamos de estrutura de um período. Os termos essenciais se subdividem em: essenciais, integrantes e acessórios. Acompanhe a seguir as especificidades de cada tipo. 1 – Termos Essenciais (ou fundamentais) da oração Sujeito e Predicado: enquanto um é o ser sobre quem/o qual se declara algo, o outro é o que se declara sobre o sujeito e, por isso, sempre apresenta um verbo ou uma locução verbal, como nos respectivos exemplos a seguir: Exemplo: em “Fred fez um lindo discurso.”, o sujeito é “Fred”, que “fez um lindo discurso” (é o restante da oração, a declaração sobre o sujeito). Nem sempre o sujeito está no início da oração (sujeito direto), podendo apresentar-se também no meio da fase ou mesmo após o predicado (sujeito inverso). Veja um exemplo para cada um dos respectivos casos: “Fred fez um lindo discurso.” “Um lindo discurso Fred fez.” “Fez um lindo discurso, Fred.” – Sujeito determinado: é aquele identificável facilmente pela concordância verbal. – Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo ligado ao verbo. Ex.: “Júlia passou no teste”. – Sujeito determinado composto: possui dois ou mais núcleos. Ex.: “Júlia e Felipe passaram no teste.” – Sujeito determinado implícito: não aparece facilmente na oração, mas a frase é dotada de entendimento. Ex.: “Passamos no teste.” Aqui, o termo “nós” não está explícito na oração, mas a concordância do verbo o destaca de forma indireta. – Sujeito indeterminado: é o que não está visível na oração e, diferente do caso anterior, não há concordância verbal para determiná-lo. Esse sujeito pode aparecer com: – Verbo na 3a pessoa do plural. Ex.: “Reformaram a casa velha”. – Verbo na 3a pessoa do singular + pronome “se”: “Contrata-se padeiro.”». – Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você estiver lá.” – Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado, e sua mensagem está centralizada no verbo, que é impessoal. Essas orações podem ter verbos que constituam fenômenos da natureza, ou os verbos ser, estar, haver e fazer quando indicativos de fenômeno meteorológico ou tempo. Observe os exemplos: “Choveu muito ontem”. “Era uma hora e quinze”. – Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e verbo, ou entre verbo e complementos. Os verbos, por sua vez, também recebem sua classificação, conforme abaixo: – Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adiante para passar a informação adequada. Em outras palavras, é o verbo que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa compreensão, esse trânsito do verbo, o complemento pode ser direto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e complemento são unidos por preposição. Ex.: “Preciso de dinheiro.” – Verbo intransitivo: não requer complemento, é provido de sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, nascer, nadar, cair, mergulhar, correr. – Verbo de ligação: servem para expressar características de estado ao sujeito, sendo eles: estado permanente (“Pedro é alto.”), estado de transição (“Pedro está acamado.”), estado de mutação (“Pedro esteve enfermo.”), estado de continuidade (“Pedro continua esbelto.”) e estado aparente (“Pedro parece nervoso.”). – Predicados nominais: são aqueles que têm um nome (substantivo ou adjetivo) como cujo núcleo significativo da oração. Ademais, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade, e é composto por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito. – Predicativo do sujeito: é um termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Exemplo: em “Marta é inteligente.”, o adjetivo é o predicativo do sujeito “Marta”, ou seja, é sua característica de estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo “ser” (é), que é o verbo de ligação entre Marta e sua característica atual. Esse elemento não precisa ser, obrigatoriamente, um adjetivo, mas pode ser uma locução adjetiva, ou mesmo um substantivo ou palavra substantivada. – Predicado Verbo-Nominal: esse tipo deve apresentar sempre um predicativo do sujeito associado a uma ação do sujeito acrescida de uma qualidade sua. Exemplo: “As meninas saíram mais cedo da aula. Por isso, estavam contentes. O sujeito “As meninas” possui como predicado o verbo “sair” e também o adjetivo “contentes”. Logo, “estavam contentes” é o predicativo do sujeito e o verbo de ligação é “estar”. 2 – Termos integrantes da oração Basicamente, são os termos que completam os verbos de uma oração, atribuindo sentindo a ela. Eles podem ser complementos verbais, complementos nominais ou mesmo agentes da passiva. – Complementos Verbais: como sugere o nome, esses termos completam o sentido de verbos, e se classificam da seguinte forma: – Objeto direto: completa verbos transitivos diretos, não exigindo preposição. – Objeto indireto: complementam verbos transitivos indiretos, isto é, aqueles que dependem de preposição para que seu sentido seja compreendido. Quanto ao objeto direto, podemos ter: – Um pronome substantivo: “A equipe que corrigiu as provas.” – Um pronome oblíquo direto: “Questionei-a sobre o acontecido.” – Um substantivo ou expressão substantivada: “Ele consertou os aparelhos.» – Complementos Nominais: esses termos completam o sentido de uma palavra, mas não são verbos; são nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios), sempre seguidos por preposição. Observe os exemplos: LÍNGUA PORTUGUESA 2222 a solução para o seu concurso! Editora – “Maria estava satisfeita com seus resultados.” – observe que “satisfeita” é adjetivo, e “com seus resultados” é complementonominal. – “O entregador atravessou rapidamente pela viela. – “rapidamente” é advérbio de modo. – “Eu tenho medo do cachorro.” – Nesse caso, “medo” é um substantivo. – Agentes da Passiva: são os termos de uma oração que praticam a ação expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva. Assim, estão normalmente acompanhados pelas preposições de e por. Observe os exemplos do item anterior modificados para a voz passiva: – “Os resultados foram motivo de satisfação de Maria.” – “O cachorro foi alvo do meu medo.” – “A viela foi atravessada rapidamente pelo entregador.” 3 – Termos acessórios da oração Diversamente dos termos essenciais e integrantes, os termos acessórios não são fundamentais o sentido da oração, mas servem para complementar a informação, exprimindo circunstância, determinando o substantivo ou caracterizando o sujeito. Confira abaixo quais são eles: – Adjunto adverbial: são os termos que modificam o sentido do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Analise os exemplos: “Dormimos muito.” O termo acessório “muito” classifica o verbo “dormir”. “Ele ficou pouco animado com a notícia.” O termo acessório “pouco” classifica o adjetivo “animado” “Maria escreve bastante bem.” O termo acessório “bastante” modifica o advérbio “bem”. Os adjuntos adverbiais podem ser: – Advérbios: pouco, bastante, muito, ali, rapidamente longe, etc. – Locuções adverbiais: o tempo todo, às vezes, à beira-mar, etc. – Orações: «Quando a mercadoria chegar, avise.” (advérbio de tempo). – Adjunto adnominal: é o termo que especifica o substantivo, com função de adjetivo. Em razão disso, pode ser representado por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais adjetivos ou pronomes adjetivos. Analise o exemplo: “O jovem apaixonado presenteou um lindo buquê à sua colega de escola.” – Sujeito: “jovem apaixonado” – Núcleo do predicado verbal: “presenteou” – Objeto direto do verbo entregar: “um lindo buquê” – Objeto indireto: “à amiga de classe” – Adjuntos adnominais: no sujeito, temos o artigo “o” e “apaixonado”, pois caracterizam o “jovem”, núcleo do sujeito; o numeral “um” e o adjetivo “lindo” fazem referência a “buquê” (substantivo); o artigo “à” (contração da preposição + artigo feminino) e a locução “de trabalho” são os adjuntos adnominais de “colega”. – Aposto: é o termo que se relaciona com o sujeito para caracterizá-lo, contribuindo para a complementação uma informação já completa. Observe os exemplos: “Michael Jackson, o rei do pop, faleceu há uma década.” “Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 1950.” – Vocativo: esse termo não apresenta relação sintática nem com sujeito nem com predicado, tendo sua função no chamamento ou na interpelação de um ouvinte, e se relaciona com a 2a pessoa do discurso. Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a quem ela é dirigida. Podem ser acompanhados de interjeições de apelo. Observe: “Ei, moça! Seu documento está pronto!” “Senhor, tenha misericórdia de nós!” “Vista o casaco, filha!” — Estudo da relação entre as orações Os períodos compostos são formados por várias orações. As orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de subordinação. – Período composto por coordenação: é formado por orações independentes. Apesar de estarem unidas por conjunções ou vírgulas, as orações coordenadas podem ser entendidas individualmente porque apresentam sentidos completos. Acompanhe a seguir a classificação das orações coordenadas: – Oração coordenada aditiva: “Assei os salgados e preparei os doces.” – Oração coordenada adversativa: “Assei os salgados, mas não preparei os doces.” – Oração coordenada alternativa: “Ou asso os salgados ou preparo os doces.” – Oração coordenada conclusiva: “Marta estudou bastante, logo, passou no exame.” – Oração coordenada explicativa: “Marta passou no exame porque estudou bastante.” – Período composto por subordinação: são constituídos por orações dependentes uma da outra. Como as orações subordinadas apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas de forma separada. As orações subordinadas são divididas em substantivas, adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos: – Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado que o suspeito era realmente o culpado.” – Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não queria que isso acontecesse.” – Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É obrigatório de que todos os estudantes sejam assíduos.” – Oração subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho expectativa de que os planos serão melhores em breve!” – Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa é que meus pais são saudáveis.” – Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba disto: que tudo esteja organizado quando eu voltar!” – Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me demorar porque tenho hora marcada na psicóloga.” – Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão felizes que pulamos de alegria.” – Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando para que nós chegássemos a casa em segurança.” – Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu cheguei, eles iniciaram o trabalho.” LÍNGUA PORTUGUESA 23 a solução para o seu concurso! Editora – Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo, espero por você.» – Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que estivesse cansado, concluiu a maratona.” – Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia como se ainda vivesse no interior.” – Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme combinamos anteriormente, entregarei o produto até amanhã.” – Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais me exercito, mais tenho disposição.” – Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que passou no concurso, mudou-se para o interior.” – Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve enferma conseguiu ser aprovada nas provas.” CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL; Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal estudam a sintonia entre os componentes de uma oração. – Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao sujeito, sendo que o primeiro deve, obrigatoriamente, concordar em número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a, 2a, ou 3a pessoa) com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é flexionado para concordar com o sujeito. – Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero (flexão em masculino e feminino) e número entre os vários nomes da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos e o adjetivo. Em outras palavras, refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal concordância ocorre em gênero e pessoa Casos específicos de concordância verbal Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três situações em que o verbo no infinitivo é flexionado: I – Quando houver um sujeito definido; II – Sempre que se quiser determinar o sujeito; III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração forem distintos. Observe os exemplos: “Eu pedir para eles fazerem a solicitação.” “Isto é para nós solicitarmos.” Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão verbal quando o sujeito não for definido, ou sempre que o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo em locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos imperativos. Exemplos: “Os membros conseguiram fazer a solicitação.” “Foram proibidos de realizar o atendimento.” Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos, verbo ficará sempre em concordância com a 3a pessoa do singular, tendo em vista que não existe um sujeito. Observe os casos a seguir: – Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer, nevar, amanhecer. Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.» – O verbo haver com sentido de existir.Exemplo: “Havia duas professoras vigiando as crianças.” – O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz duas horas que estamos esperando.” Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito, há concordância verbal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer no singular ou no plural: – “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.” – “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos do que ocorreria.” Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo, ou faz concordância com o termo precedente ao pronome, ou permanece na 3a pessoa do singular: – “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.» Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo concorda com o termo que antecede o pronome: – “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.» – “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.» Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se: nesse caso, o verbo cria concordância com a 3a pessoa do singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos ou por verbos transitivos indiretos: – «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.” Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo concorda com o objeto direto, que desempenha a função de sujeito paciente, podendo aparecer no singular ou no plural: – Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.” Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria, a maior parte: preferencialmente, o verbo fará concordância com a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode ser empregada: – “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos entraram.” – “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das pessoas entenderam.” Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo, mas também concordar com a forma no masculino plural: – “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.” – “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.” Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais: – “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.” – “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.” LÍNGUA PORTUGUESA 2424 a solução para o seu concurso! Editora Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular, se houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o substantivo deve estar no plural: – “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o xadrez.” – “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e xadrez.” Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas expressões, o adjetivo flexiona em gênero e número, sempre que houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista esse artigo, o adjetivo deve permanecer invariável, no masculino singular: – “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É proibido circulação de pessoas não identificadas.” – “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada de crianças acompanhadas.” Concordância nominal com menos: a palavra menos permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela advérbio ou adjetivo: – “Menos pessoas / menos pessoas”. – “Menos problema /menos problemas.” Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe, barato, meio e caro: esses termos instauram concordância em gênero e número com o substantivo quando exercem função de adjetivo: – “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.” – “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”. – “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.” REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL; Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando, em um enunciado ou oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina termo determinante, essa relação entre esses termos denominamos regência. — Regência Nominal É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio e será o termo determinante. O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse pelo complemento. Observe os exemplos: “A nova entrada é acessível a cadeirantes.” “Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.” “Ele é perito em investigações como esta.” Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O mesmo ocorre com os substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem as preposições de e em para completude de seus sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição para que seu sentido seja completo. REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A acessível a cego a fiel a nocivo a agradável a cheiro a grato a oposto a alheio a comum a horror a perpendicular a análogo a contrário a idêntico a posterior a anterior a desatento a inacessível a prestes a apto a equivalente a indiferente a surdo a atento a estranho a inerente a visível a avesso a favorável a necessário a LÍNGUA PORTUGUESA 25 a solução para o seu concurso! Editora REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR admiração por devoção por responsável por ansioso por respeito por REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE amante de cobiçoso de digno de inimigo de natural de sedento de amigo de contemporâneo de dotado de livre de obrigação de seguro de ávido de desejoso de fácil de longe de orgulhoso de sonho de capaz de diferente de impossível de louco de passível de cheio de difícil de incapaz de maior de possível de REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em exato em incessante em lento em parco em versado em firme em indeciso em morador em perito em REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA apto para essencial para mau para bastante para impróprio para pronto para bom para inútil para próprio para REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM amoroso com compatível com descontente com intolerante com aparentado com cruel com furioso com liberal com caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com — Regência Verbal Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Um verbo possui a mesma regência do nome do qual deriva. Observe as duas frases: I – “Eles irão ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica como verbo transitivo direto; “ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento. II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum lugar), portanto, é verbo transitivo indireto. VERBO No sentido de / pela transitividade REGE PREPOSIÇÃO? EXEMPLO Assistir ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.” ver SIM “Você assistiu ao jogo?” pertencer SIM “Assiste aos cidadãos o direito de protestar.” Custar valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.” desafio, dano, peso moral SIM “Dizer a verdade custou a ela.” Proceder fundamento / verbo instransitivo NÃO “Isso não procede.” origem SIM “Essa conclusão procede de muito vivência.” LÍNGUA PORTUGUESA 2626 a solução para o seu concurso! Editora Visar finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.” avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.” Querer desejo NÃO “Queremos sair cedo.” estima SIM “Quero muito aos meus sogros.” Aspirar pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.” absorção ou respiração NÃO “Evite aspirar fumaça.” Implicar consequência / verbo transitivo direto NÃO “A sua solicitação implicará alteração do meu trajeto.” insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.” Chamar convocação NÃO “Chame todos!”apelido Rege complemento, com e sem preposição “Chamo a Talita de Tatá.” “Chamo Talita de Tatá.” “Chamo a Talita Tatá.” “Chamo Talita Tatá.” Pagar o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.” a quem se paga SIM “Pague ao credor.” Chegar quem chega, chega a algum lugar / verbo transitivo indireto SIM “Quando chegar ao local, espere.” Obedecer quem obedece a algo / alguém / transitivo indireto SIM “Obedeçam às regras.” Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.” Informar verbo transitivo direito e indireto, portanto... ... exige um complemento sem e outro com preposição “Informe o ocorrido ao gerente.” Ir quem vai vai a algum lugar / verbo transitivo indireto SIM “Vamos ao teatro.” Morar Quem mora em algum lugar (verbo transitivo indireto) SIM “Eles moram no interior.” (Preposição “em” + artigo “o”). Namorar verbo transitivio direito NÃO “Júlio quer namorar Maria.” Preferir verbo bi transitivo (direto e indireto) SIM “Prefira assados a frituras.” Simpatizar quem simpatiza simpatiza com algo/ alguém/ verbo transitivo indireto SIM “Simpatizei-me com todos.” COLOCAÇÃO PRONOMINAL; FORMAS DE TRATAMENTO (USOS E ADEQUAÇÕES) Colocação pronominal A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do pronome antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou após o verbo – ênclise. De acordo com a norma culta, no português escrito não se inicia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na linguagem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele. Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que prejudique a eufonia da frase. LÍNGUA PORTUGUESA 27 a solução para o seu concurso! Editora Próclise Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade. Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pacientemente. Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus. Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui. Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada. Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa? Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito anteposto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor! Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita! Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não sejam reduzidas: Percebia que o observavam. Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando, tudo dá. Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus intentos são para nos prejudicarem. Ênclise Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do indicativo: Trago-te flores. Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade! Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela preposição em: Saí, deixando-a aflita. Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise: Apres- sei-me a convidá-los. Mesóclise Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no futuro do pretérito que iniciam a oração. Dir-lhe-ei toda a verdade. Far-me-ias um favor? Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise. Eu lhe direi toda a verdade. Tu me farias um favor? Colocação do pronome átono nas locuções verbais Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deverá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal. Exemplos: Devo-lhe dizer a verdade. Devo dizer-lhe a verdade. Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes do auxiliar ou depois do principal. Exemplos: Não lhe devo dizer a verdade. Não devo dizer-lhe a verdade. Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise, o pronome átono ficará depois do auxiliar. Exemplo: Havia-lhe dito a verdade. Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do auxiliar. Exemplo: Não lhe havia dito a verdade. Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois do infinitivo. Exemplos: Hei de dizer-lhe a verdade. Tenho de dizer-lhe a verdade. Observação Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções: LÍNGUA PORTUGUESA 2828 a solução para o seu concurso! Editora Devo-lhe dizer tudo. Estava-lhe dizendo tudo. Havia-lhe dito tudo. formas de tratamento (usos e adequações) Tratam-se termos solenes que, em geral, são empregados em contextos formais — a única exceção é o pronome você. Eles têm a função de promover uma referência direta do locutor para interlocutor (parceiros de comunicação). São divididos conforme o nível de formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome de tratamento específico. Apesar de expressarem interlocução (diálogo), à qual seria adequado o emprego do pronome na segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os verbos devem ser usados em 3a pessoa. PRONOME USO ABREVIAÇÕES Você situações informais V./VV Senhor (es) e Senhora (s) pessoas mais velhas Sr. Sr. a (singular) e Srs. , Sra.s. (plural) Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a/V.Sas Vossa Excelência altas autoridades, como Presidente da República, senadores, deputados, embaixadores V. Ex. a/ V. Ex.as Vossa Magnificência reitores das Universidades V. Mag.a/V. Mag.as Vossa Alteza príncipes, princesas, duques V.A (singular) e V.V.A.A. (plural) Vossa Reverendíssima sacerdotes e religiosos em geral V. Rev. m.a/V. Rev. m. as Vossa Eminência cardeais V. Ex.a/V. Em.as Vossa Santidade Papa V.S. NOÇÕES DE FONÉTICA — Definições Gerais Fonética e Fonologia são ramos que integram a primeira parte dos estudos da Gramática Descritiva e se dedicam ao estudo das características e dos fenômenos físicos, fisiológicos e fônicos da língua. Seus objetivos são a investigação e a classificação dos dos sons da fala, que nada mais são do que os componentes mínimos da linguagem articulada. A fonética concentra-se nos sons da fala em sua realização efetiva, enquanto a fonologia volta-se para o sistema de fonemas. Por seus objetos de estudo estarem estritamente vinculados, essas áreas são compreendidas como complementares. Fonética Analisa as propriedades fisiológicas e acústicas dos sons reais dos atos de fala, abrangendo a produção desses sons, bem como suas articulações e variações. Em outros termos, procura investigar a realização concreta dos sons das palavras. Os sons e a formação das palavras: sempre que alguém profere uma fala, sons são produzidos pela corrente de ar que é liberada dos pulmões; esses sons associam-se para constituir palavras. Nesse processo, o sentido das palavras pode ser modificado se houver alguma alteração na geração do som. Exemplo: as palavras gado e gato possuem sons semelhantes, a não ser pelo [d] e pelo [t]. Essa mínima diferença altera o significado de cada uma dessas palavras. LÍNGUA PORTUGUESA 29 a solução para o seu concurso! Editora Exemplo de análise fonética: [a] = vogal baixa central arredondada [b] = oclusiva bilabial vozeada [e] = vogal média alta anterior não arredondada [p] = oclusiva bilabial desvozeada/surda [i] = vogal alta anterior não arredondada [d] = oclusiva velar vozeada [o] = vogal média alta posterior arredondada [t] = Oclusiva alveolar desvozeada/surda [u] = vogal alta posterior arredondada [tʃ] = Africada alveopalatal desvozeada/surda Fonologia É o estudo dos sons (fonemas) de uma língua. Lembrando que fonema consiste na representação sonora de uma letra ou de um grupo de letras; fonema é som. De acordo com a Fonologia, o fonema é umaunidade acústica desprovida de significado, o que quer dizer que esses componentes consistem nos distintos sons que são produzidos que possamos manifestar nossas ideias, emoções e sentimentos, em virtude da união de unidades diferenciadas. Tais unidades, por sua vez, ao se juntarem, formam as palavras e as sílabas. – Palavras: constituem a unidade básica da interação verbal e são formadas pela junção das sílabas. – Sílabas: unidades menores que as palavras: na fala, temos sílabas e sons; na escrita, sílabas e letras. – Fonemas: com origem na junção dos termos gregos fono (som) + emas (unidades distintas), os fonemas são as menores unidades de som que compõem as palavras. – Classificação dos fonemas: devido aos diversos tipos de sons gerados pela corrente que parte dos pulmões em direção a órgãos específicos, com ou sem obstrução, seja pela boca e/ou pelo nariz, os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes. NOÇÕES DE PROSÓDIA Ligando-se diretamente à correta produção dos fonemas e à perfeita colocação do acento tônico nas palavras, existem duas partes da gramática que se preocupam com a pronúncia-padrão do português. São elas a ortoépia e a prosódia. Ortoépia É a correta articulação e pronúncia dos grupos fônicos, está relacionada com a perfeita emissão das vogais, a correta articulação das consoantes e a ligação de vocábulos dentro de contextos. Os erros de ortoépia caracterizam a linguagem popular, ao ar- ticular uma palavra, os falantes normalmente obedecem à lei do menor esforço. Dessa forma, são comuns casos como: “róba” em vez de rouba, “alejar” em vez de aleijar, “adivogado” em vez de ad- vogado. Erros cometidos contra a ortoépia são chamados de cacoépia. Alguns exemplos: - pronunciar erradamente vogais quanto ao timbre - pronún- cia correta, timbre fechado (ê, ô): omelete, alcova, crosta; pronún- cia errada, timbre aberto (é, ó): omelete, alcova, crosta. - omitir fonemas - cantar/cantá, trabalhar/trabalhá, amor/ amô, abóbora/abóbra, prostrar/prostar, reivindicar/revindicar. - acréscimo de fonemas - pneu/peneu, freada/freiada, bande- ja/bandeija. - substituição de fonemas - cutia/cotia, cabeçalho/cabeçário, bueiro/boeiro. - troca de posição de um ou mais fonemas - caderneta/carde- neta, bicarbonato/bicabornato, muçulmano/mulçumano. - nasalização de vogais - sobrancelha/sombrancelha, mendi- go/mendingo, bugiganga/bungiganga ou buginganga. - pronunciar a crase - A aula iria acabar às cinco horas. / A aula iria acabar as cinco horas. - ligar as palavras na frase de forma incorreta - A/ aula iria/ acabar/ as/ cinco horas. Forma correta: A aula/ iria acabar/ às cinco horas. Prosódia Está relacionada com a correta acentuação e entonação das pa- lavras tomando como padrão a língua considerada culta. Sua princi- pal preocupação é o conhecimento da sílaba tônica de uma palavra. Cometer um erro de prosódia, por exemplo, é transformar uma palavra paroxítona (como rubrica) em proparoxítona (rúbrica). Tais erros são chamados de silabadas. Abaixo estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que frequentemente geram dúvidas quanto à prosódia: - oxítonas - Ex.: cateter, cister, condor, hangar, mister, negus, Nobel, novel, recém, refém, ruim, sutil, ureter. - paroxítonas - Ex.: avaro, avito, barbárie, caracteres, carto- mancia, ciclope, erudito, ibero, gratuito, ônix, poliglota, pudico, ru- brica, tulipa. - proparoxítonas - Ex.: aeródromo, alcoólatra, álibi, âmago, an- tídoto, elétrodo, lêvedo, protótipo, quadrúmano, vermífugo, zéfiro. Há algumas palavras cujo acento prosódico é incerto, oscilan- te, mesmo na língua culta. Exemplos: acróbata/acrobata, Oceânia/ Oceania, xerox/xérox e outras. Outras assumem significados dife- rentes, de acordo com a acentuação. Ex.: valido/válido, vivido/ví- vido. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO. Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto. Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento e o do leitor. Parágrafo O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma- do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto LÍNGUA PORTUGUESA 3030 a solução para o seu concurso! Editora dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela- cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre- sentada na introdução. Embora existam diferentes formas de organização de parágra- fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís- ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em parágrafos curtos, é raro haver conclusão. Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria prova. Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possível usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias conclusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento. Outro aspecto que merece especial atenção são os conecto- res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do perí- odo, e o tópico que o antecede. Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também para a clareza do texto. Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér- bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro, sem coerência. Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta- tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores. Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es- trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento mais direto. COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS — Definições e diferenciação Coesão e coerência são dois conceitos distintos, tanto que um texto coeso pode ser incoerente, e vice-versa. O que existe em comum entre os dois é o fato de constituírem mecanismos fundamentais para uma produção textual satisfatória. Resumidamente, a coesão textual se volta para as questões gramaticais, isto é, na articulação interna do texto. Já a coerência textual tem seu foco na articulação externa da mensagem. — Coesão Textual Consiste no efeito da ordenação e do emprego adequado das palavras que proporcionam a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. A coesão auxilia na sua organização e se realiza por meio de palavras denominadas conectivos. As técnicas de coesão A coesão pode ser obtida por meio de dois mecanismos principais, a anáfora e a catáfora. Por estarem relacionados à mensagem expressa no texto, esses recursos classificam-se como endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual. As regras de coesão Para que se garanta a coerência textual, é necessário que as regras relacionadas abaixo sejam seguidas. Referência – Pessoal: emprego de pronomes pessoais e possessivos. Exemplo: «Anae Sara foram promovidas. Elas serão gerentes de departamento.” Aqui, tem-se uma referência pessoal anafórica (retoma termo já mencionado). – Comparativa: emprego de comparações com base em semelhanças. Exemplo: “Mais um dia como os outros…”. Temos uma referência comparativa endofórica. – Demonstrativa: emprego de advérbios e pronomes demonstrativos. Exemplo: “Inclua todos os nomes na lista, menos este: Fred da Silva.” Temos uma referência demonstrativa catafórica. – Substituição: consiste em substituir um elemento, quer seja nome, verbo ou frase, por outro, para que ele não seja repetido. Analise o exemplo: “Iremos ao banco esta tarde, elas foram pela manhã.” Perceba que a diferença entre a referência e a substituição é evidente principalmente no fato de que a substituição adiciona ao texto uma informação nova. No exemplo usado para a referência, o pronome pessoal retoma as pessoas “Ana e Sara”, sem acrescentar quaisquer informações ao texto. – Elipse: trata-se da omissão de um componente textual – nominal, verbal ou frasal – por meio da figura denominando eclipse. Exemplo: “Preciso falar com Ana. Você a viu?” Aqui, é o contexto que proporciona o entendimento da segunda oração, pois o leitor fica ciente de que o locutor está procurando por Ana. – Conjunção: é o termo que estabelece ligação entre as orações. Exemplo: “Embora eu não saiba os detalhes, sei que um acidente aconteceu.” Conjunção concessiva. LÍNGUA PORTUGUESA 31 a solução para o seu concurso! Editora – Coesão lexical: consiste no emprego de palavras que fazem parte de um mesmo campo lexical ou que carregam sentido aproximado. É o caso dos nomes genéricos, sinônimos, hiperônimos, entre outros. Exemplo: “Aquele hospital público vive lotado. A instituição não está dando conta da demanda populacional.” — Coerência Textual A Coerência é a relação de sentido entre as ideias de um texto que se origina da sua argumentação – consequência decorrente dos saberes conhecimentos do emissor da mensagem. Um texto redundante e contraditório, ou cujas ideias introduzidas não apresentam conclusão, é um texto incoerente. A falta de coerência prejudica a fluência da leitura e a clareza do discurso. Isso quer dizer que a falta de coerência não consiste apenas na ignorância por parte dos interlocutores com relação a um determinado assunto, mas da emissão de ideias contrárias e do mal uso dos tempos verbais. Observe os exemplos: “A apresentação está finalizada, mas a estou concluindo até o momento.” Aqui, temos um processo verbal acabado e um inacabado. “Sou vegana e só como ovos com gema mole.” Os veganos não consomem produtos de origem animal. Princípios Básicos da Coerência – Relevância: as ideias têm que estar relacionadas. – Não Contradição: as ideias não podem se contradizer. – Não Tautologia: as ideias não podem ser redundantes. Fatores de Coerência – As inferências: se partimos do pressuposto que os interlocutores partilham do mesmo conhecimento, as inferências podem simplificar as informações. Exemplo: “Sempre que for ligar os equipamentos, não se esqueça de que voltagem da lavadora é 220w”. Aqui, emissor e receptor compartilham do conhecimento de que existe um local adequado para ligar determinado aparelho. – O conhecimento de mundo: todos nós temos uma bagagem de saberes adquirida ao longo da vida e que é arquivada na nossa memória. Esses conhecimentos podem ser os chamados scripts (roteiros, tal como normas de etiqueta), planos (planejar algo com um objetivo, tal como jogar um jogo), esquemas (planos de funcionamento, como a rotina diária: acordar, tomar café da manhã, sair para o trabalho/escola), frames (rótulos), etc. Exemplo: “Coelhinho e ovos de chocolate! Vai ser um lindo Natal!” O conhecimento cultural nos leva a identificar incoerência na frase, afinal, “coelho” e “ovos de chocolate” são elementos, os chamados frames, que pertencem à comemoração de Páscoa, e nada têm a ver com o Natal. ESTILÍSTICA: DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO; SEMÂNTICA: SINONÍMIA, ANTONÍMIA, HOMONÍMIA, PARONÍMIA, PO- LISSEMIA; AS PALAVRAS DE RELAÇÃO Visão Geral: o significado das palavras é objeto de estudo da semântica, a área da gramática que se dedica ao sentido das palavras e também às relações de sentido estabelecidas entre elas. Denotação e conotação Denotação corresponde ao sentido literal e objetivo das palavras, enquanto a conotação diz respeito ao sentido figurado das palavras. Exemplos: “O gato é um animal doméstico.” “Meu vizinho é um gato.” No primeiro exemplo, a palavra gato foi usada no seu verdadeiro sentido, indicando uma espécie real de animal. Na segunda frase, a palavra gato faz referência ao aspecto físico do vizinho, uma forma de dizer que ele é tão bonito quanto o bichano. Hiperonímia e hiponímia Dizem respeito à hierarquia de significado. Um hiperônimo, palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito. Exemplos: – Hiperônimo: mamífero: – hipônimos: cavalo, baleia. – Hiperônimo: jogo – hipônimos: xadrez, baralho. Polissemia e monossemia A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra apresentar uma multiplicidade de significados, de acordo com o contexto em que ocorre. A monossemia indica que determinadas palavras apresentam apenas um significado. Exemplos: – “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode por um idioma ou um órgão do corpo, dependendo do contexto em que é inserida. – A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não tem outro significado, por isso é uma palavra monossêmica. Sinonímia e antonímia A sinonímia diz respeito à capacidade das palavras serem semelhantes em significado. Já antonímia se refere aos significados opostos. Desse modo, por meio dessas duas relações, as palavras expressam proximidade e contrariedade. Exemplos de palavras sinônimas: morrer = falecer; rápido = veloz. Exemplos de palavras antônimas: morrer x nascer; pontual x atrasado. Homonímia e paronímia A homonímia diz respeito à propriedade das palavras apresen- tarem: semelhanças sonoras e gráficas, mas distinção de sentido (palavras homônimas), semelhanças homófonas, mas distinção grá- fica e de sentido (palavras homófonas) semelhanças gráficas, mas distinção sonora e de sentido (palavras homógrafas). A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de forma pa- recida, mas que apresentam significados diferentes. Veja os exem- plos: LÍNGUA PORTUGUESA 3232 a solução para o seu concurso! Editora – Palavras homônimas: caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar); morro (monte) e morro (verbo morrer). – Palavras homófonas: apressar (tornar mais rápido) e apreçar (definir o preço); arrochar (apertar com força) e arroxar (tornar roxo). – Palavras homógrafas: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar); boto (golfinho) e boto (verbo botar); choro (pranto) e choro (verbo chorar) . – Palavras parônimas: apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico), comprimento (tamanho) e cumprimento (saudação). FIGURAS DE LINGUAGEM. As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um re- curso linguístico para expressar de formas diferentes experiências comuns, conferindo originalidade, emotividade ao discurso, ou tor- nando-o poético. As figuras de linguagem classificam-se em – figuras de palavra; – figuras de pensamento; – figuras de construção ou sintaxe. Figuras de palavra Emprego de um termo com sentido diferente daquele conven- cionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais ex- pressivo na comunicação. Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos co- nectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase. Exemplos ...a vida é cigana É caravana É pedra de gelo ao sol. (Geraldo Azevedo/ Alceu Valença) Encarnado e azulsão as cores do meu desejo. (Carlos Drummond de Andrade) Comparação: aproxima dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a com- paração: parecer, assemelhar-se e outros. Exemplo Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando você entrou em mim como um sol no quintal. (Belchior) Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o qual não existe uma designação apropriada. Exemplos – folha de papel – braço de poltrona – céu da boca – pé da montanha Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen- tidos físicos. Exemplo Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva) mecânica. (Carlos Drummond de Andrade) A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sineste- sia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferen- ça gelada”. Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade, atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o. Exemplos O filósofo de Genebra (= Calvino). O águia de Haia (= Rui Barbosa). Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida. Exemplos Leio Graciliano Ramos. (livros, obras) Comprei um panamá. (chapéu de Panamá) Tomei um Danone. (iogurte) Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné- doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural. Exemplo A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo plural) (José Cândido de Carvalho) Figuras Sonoras Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral- mente em posição inicial da palavra. Exemplo Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes ve- ladas. (Cruz e Sousa) Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um verso ou poesia. Exemplo Sou Ana, da cama, da cana, fulana, bacana Sou Ana de Amsterdam. (Chico Buarque) LÍNGUA PORTUGUESA 33 a solução para o seu concurso! Editora Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou na prosódia, mas diferentes no sentido. Exemplo Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu [erro quero que você ganhe que [você me apanhe sou o seu bezerro gritando [mamãe. (Caetano Veloso) Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro- duzido por seres animados e inanimados. Exemplo Vai o ouvido apurado na trama do rumor suas nervuras inseto múltiplo reunido para compor o zanzineio surdo circular opressivo zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor da noite em branco (Carlos Drummond de Andrade) Observação: verbos que exprimem os sons são considerados onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc. Figuras de sintaxe ou de construção Dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões. Podem ser formadas por: omissão: assíndeto, elipse e zeugma; repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto; inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage; ruptura: anacoluto; concordância ideológica: silepse. Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período, frase ou verso. Exemplo Dentro do tempo o universo [na imensidão. Dentro do sol o calor peculiar [do verão. Dentro da vida uma vida me [conta uma estória que fala [de mim. Dentro de nós os mistérios [do espaço sem fim! (Toquinho/Mutinho) Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por vírgulas. Exemplo Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se. (Machado de Assis) Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde- nativa mais vezes do que exige a norma gramatical. Exemplo Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem tuge, nem muge. (Rubem Braga) Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter- mo já expresso. Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres- são, dando ênfase à mensagem. Exemplos Não os venci. Venceram-me eles a mim. (Rui Barbosa) Morrerás morte vil na mão de um forte. (Gonçalves Dias) Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia- na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado. Exemplos Ouvir com os ouvidos. Rolar escadas abaixo. Colaborar juntos. Hemorragia de sangue. Repetir de novo. Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben- tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con- junções, preposições e verbos. Exemplos Compareci ao Congresso. (eu) Espero venhas logo. (eu, que, tu) Ele dormiu duas horas. (durante) No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver) (Camões) Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anterior- mente. Exemplos Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes. (Camilo Castelo Branco) Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes. (Machado de Assis) Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elemen- tos na frase. LÍNGUA PORTUGUESA 3434 a solução para o seu concurso! Editora Exemplos Passeiam, à tarde, as belas na avenida. (Carlos Drummond de Andrade) Paciência tenho eu tido... (Antônio Nobre) Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem função sintática definida. Exemplos E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas. (Manuel Bandeira) Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas bo- tassem as mãos. (José Lins do Rego) Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase). Exemplo ...em cada olho um grito castanho de ódio. (Dalton Trevisan) ...em cada olho castanho um grito de ódio) Silepse Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo ou pronome com a pessoa a que se refere. Exemplos Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho... (Rachel de Queiroz) V. Ex.a parece magoado... (Carlos Drummond de Andrade) Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com o sujeito da oração. Exemplos Os dois ora estais reunidos... (Carlos Drummond de Andrade) Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas. (Machado de Assis) Silepse de número: Não há concordância do número verbal com o sujeito da oração. Exemplo Corria gente de todos os lados, e gritavam. (Mário Barreto) NÍVEIS DE LINGUAGEM. Definição de linguagem Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti- cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal). As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua e caem em desuso. Língua escrita e língua falada A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li- berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante. Linguagem popular e linguagem culta Podem valer-se tanto da linguagem popular quantoda lingua- gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala, nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que o diálogo é usado para representar a língua falada. Linguagem Popular ou Coloquial Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin- guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo- nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na expressão dos esta dos emocionais etc. A Linguagem Culta ou Padrão É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais etc. LÍNGUA PORTUGUESA 35 a solução para o seu concurso! Editora Gíria A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa- gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos. Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso. Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”, “mina”, “tipo assim”. Linguagem vulgar Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na comida”. Linguagem regional Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa- drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala- vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino. Os níveis de linguagem e de fala são determinados pelos fato- res a seguir: O interlocutor: Os interlocutores (emissor e receptor) são parceiros na comu- nicação, por isso, esse é um dos fatores determinantes para a ade- quação linguística. O objetivo de toda comunicação é a busca pelo sentido, ou seja, precisa haver entendimento entre os interlocuto- res, caso contrário, não é possível dizer que houve comunicação. Por isso, considerar o interlocutor é fundamental. Por exemplo, um professor não pode usar a mesma linguagem com um aluno na fa- culdade e na alfabetização, logo, escolher a linguagem pensando em quem será o seu parceiro é um fator de adequação linguística. Ambiente: A linguagem também é definida a partir do ambiente, por isso, é importante prestar atenção para não cometer inadequações. É impossível usar o mesmo tipo de linguagem entre amigos e em um ambiente corporativo (de trabalho); em um velório e em um campo de futebol; ou, ainda, na igreja e em uma festa. Assunto: Semelhante à escolha da linguagem, está a escolha do assunto. É preciso adequar a linguagem ao que será dito, logo, não se con- vida para um chá de bebê da mesma maneira que se convida para uma missa de 7º dia. É preciso ter bom senso no momento da es- colha da linguagem, que deve ser usada de acordo com o assunto. Relação falante-ouvinte: A presença ou ausência de intimidade entre os interlocutores é outro fator utilizado para a adequação linguística. Portanto, ao pe- dir uma informação a um estranho, é adequado que se utilize uma linguagem mais formal, enquanto para parabenizar a um amigo, a informalidade é o ideal. Intencionalidade (efeito pretendido): Nenhum texto (oral ou escrito) é despretensioso, ou seja, sem pretensão, sem objetivo, todos são carregados de intenções. E para cada intenção existe uma forma de linguagem que será compatível, por isso, as declarações de amor são feitas diferentes de uma soli- citação de emprego. Há maneiras distintas para criticar, elogiar ou ironizar. É importante fazer essas considerações. FIGURAS DE LINGUAGEM. Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado em tópicos anteriores. REDAÇÃO OFICIAL (OFÍCIO, MEMORANDO, ATA, PARECER). O que é Redação Oficial1 Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo. A reda- ção oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de lega- lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nor- tear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transpa- rência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibili- dade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. Além de atender à disposição constitucional, a forma dos atos normativos obedece a certa tradição. Há normas para sua elaboração que remontam ao período de nossa história imperial, como, por exemplo, a obrigato- riedade – estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822 – de que se aponha, ao final desses atos, o número de anos transcorridos desde a Independência. Essa prática foi mantida no período republicano. Esses mesmos princípios (impessoalidade, cla- reza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única in- terpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem. Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público). Outros procedimentos rotineiros na redação de comunicações oficiais foram incorporados ao longo do tempo, como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos expedientes, etc. Mencione-se, por exemplo, a fixação dos fechos 1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm LÍNGUA PORTUGUESA 3636 a solução para o seu concurso! Editora para comunicações oficiais, regulados pela Portaria no 1 do Ministro de Estado da Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após mais de meio século de vigência, foi revogado pelo Decreto que aprovou a primei- ra edição deste Manual. Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou fazer das características específicas daforma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases. A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com im- pessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc. Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada uma delas. A Impessoalidade A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a) alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Di- visão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro ór- gão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União. Perce- be-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre: a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Che- fe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padro- nização, que permite que comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impes- soal; c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o uni- verso temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal. Desta forma, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exem- plo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser isenta da interferência da individualidade que a elabora. A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impessoalidade. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio ca- ráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalida- de. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normati- vo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada. Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extrema- mente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc. Para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distân- cia. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transforma- ções, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. A língua escrita, como a falada, compre- ende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de deter- minado padrão de linguagem que incorpore expressões extrema- mente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão cul- to é aquele em que a) se observam as regras da gramática formal, e b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está aci- ma das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos. Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de ex- pressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica empre- go de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária. Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um “padrão oficial de lingua- gem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das for- mas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se con- sagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. A linguagem técnica deve ser empre- gada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vo- cabulário próprio a determinada área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros LÍNGUA PORTUGUESA 37 a solução para o seu concurso! Editora órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. Outras questões sobre a linguagem, como o emprego de neologis- mo e estrangeirismo, são tratadas em detalhe em 9.3. Semântica. Formalidade e Padronização As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já mencionadas exi- gências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou da- quele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível (v. a esse respeito 2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento); mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administração federal é una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão, uma das metas deste Ma- nual, exige que se atente para todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda,da apresentação dos textos. A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padroniza- ção. Consulte o Capítulo II, As Comunicações Oficiais, a respeito de normas específicas para cada tipo de expediente. Concisão e Clareza A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de ideias. O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de empre- gar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias secundárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas de- talhá-las, exemplificá-las; mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, conforme já sublinhado na introdução deste capítulo. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais características da redação oficial. Para ela concorrem: a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de en- tendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão; c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a impres- cindível uniformidade dos textos; d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguís- ticos que nada lhe acrescentam. É pela correta observação dessas características que se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém principalmente da falta da releitu- ra que torna possível sua correção. Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão por seu destinatário. O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assuntos em de- corrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técni- cos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos que não possam ser dispensados. A revisão atenta exige, necessa- riamente, tempo. A pressa com que são elaboradas certas comu- nicações quase sempre compromete sua clareza. Não se deve pro- ceder à redação de um texto que não seja seguida por sua revisão. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir. As comunicações oficiais A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, se- guir os preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais da Redação Oficial. Além disso, há características específicas de cada tipo de expediente, que serão tratadas em detalhe neste capítulo. Antes de passarmos à sua análise, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicação oficial: o emprego dos pronomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificação do signatário. Pronomes de Tratamento Breve História dos Pronomes de Tratamento O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga tradição na língua portuguesa. De acordo com Said Ali, após serem incorporados ao português os pronomes latinos tu e vos, “como tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a palavra”, passou-se a empregar, como expediente linguístico de dis- tinção e de respeito, a segunda pessoa do plural no tratamento de pessoas de hierarquia superior. Prossegue o autor: “Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a palavra a um atributo ou qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e não a ela própria. Assim aproximavam-se os vassalos de seu rei com o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim usou-se o tratamento ducal de vossa excelência e adotou-se na hierarquia eclesiástica vossa reverência, vossa paternidade, vossa eminência, vossa santidade. ” A partir do final do século XVI, esse modo de tratamento indireto já estava em voga também para os ocupantes de certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê, e de- pois para o coloquial você. E o pronome vós, com o tempo, caiu em desuso. É dessa tradição que provém o atual emprego de pronomes de tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos às autorida- des civis, militares e eclesiásticas. Concordância com os Pronomes de Tratamento Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gra- LÍNGUA PORTUGUESA 3838 a solução para o seu concurso! Editora matical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comuni- cação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelên- cia conhece o assunto”. Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pes- soa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa... vos- so...”). Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso in- terlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefa- do”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”. Emprego dos Pronomes de Tratamento Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. São de uso consagrado: Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: a) do Poder Executivo; Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Fe- deral; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais. b) do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. c) do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respec- tivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Fede- ral. As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro,Senhor Governador, No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma: A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça 70.064-900 – Brasília. DF A Sua Excelência o Senhor Senador Fulano de Tal Senado Federal 70.165-900 – Brasília. DF A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10a Vara Cível Rua ABC, no 123 01.010-000 – São Paulo. SP Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dig- nidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação. Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é: Senhor Fulano de Tal, (...) No envelope, deve constar do endereçamento: Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, nº 123 70.123 – Curitiba. PR Como se depreende do exemplo acima fica dispensado o em- prego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a dese- jada formalidade às comunicações. Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em comu- nicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo: Magnífico Reitor, (...) Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são: Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O voca- tivo correspondente é: Santíssimo Padre, (...) LÍNGUA PORTUGUESA 39 a solução para o seu concurso! Editora Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em co- municações aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, (...) Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Se- nhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos. Fechos para Comunicações O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Por- taria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para to- das as modalidades de comunicação oficial: a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Re- pública: Respeitosamente, b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia in- ferior: Atenciosamente, Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a au- toridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, de- vidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores. Identificação do Signatário Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da Repú- blica, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assina- tura. A forma da identificação deve ser a seguinte: (espaço para assinatura) NOME Chefe da Secretária-geral da Presidência da República (espaço para assinatura) NOME Ministro de Estado da Justiça Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao me- nos a última frase anterior ao fecho. O Padrão Ofício Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela fi- nalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício. As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por ora busquemos as suas seme- lhanças. Partes do documento no Padrão Ofício O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes: a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede: Exemplos: Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinha- mento à direita: Exemplo: 13 Brasília, 15 de março de 1991. c) assunto: resumo do teor do documento Exemplos: Assunto: Produtividade do órgão em 2002. Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído também o en- dereço. e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura: – Introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre- -me informar que”, empregue a forma direta; – Desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição; – Conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresen- tada a posição recomendada sobre o assunto. Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos. Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a estrutura é a seguinte: – Introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da comu- nicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, e as- sunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula: “Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, en- caminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal. ” Ou “Encaminho, para exame e pronuncia- mento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1o de fevereiro de 1991, do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na re- gião Nordeste. ” – Desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito do documento que encaminha, pode- rá acrescentar parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento. LÍNGUA PORTUGUESA 4040 a solução para o seu concurso! Editora f) fecho (v. 2.2. Fechos para Comunicações); g) assinatura do autor da comunicação; e h) identificação do signatário (v. 2.3. Identificação do Signatá- rio). Forma de diagramação Os documentos do Padrão Ofício5 devem obedecer à seguinte forma de apresentação: a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé; b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings; c) é obrigatória constar a partir da segunda página o número da página; d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impres- sos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direta terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”); e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distân- cia da margem esquerda; f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no míni- mo, 3,0 cm de largura;g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm; 5 O constante neste item aplica-se também à exposição de motivos e à mensagem (v. 4. Exposição de Motivos e 5. Mensagem). h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em branco; i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento; j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações; l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm; m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos documentos de texto; n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou apro- veitamento de trechos para casos análogos; o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do conteúdo Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002” Aviso e Ofício — Definição e Finalidade Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial pratica- mente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expe- dido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares. — Forma e Estrutura Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário (v. 2.1 Pronomes de Tratamento), seguido de vírgula. Exemplos: Excelentíssimo Senhor Presidente da República Senhora Ministra Senhor Chefe de Gabinete Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguin- tes informações do remetente: – Nome do órgão ou setor; – Endereço postal; – telefone E endereço de correio eletrônico. Memorando — Definição e Finalidade O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquica- mente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a ex- posição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público. Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos buro- cráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comuni- cações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo sim- plificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando. — Forma e Estrutura Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencio- nado pelo cargo que ocupa. Exemplos: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subche- fe para Assuntos Jurídicos Exposição de Motivos — Definição e Finalidade Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente para: a) informá-lo de determinado assunto; b) propor alguma medida; ou c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo. Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de Estado. Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Mi- nistério, a exposição de motivos deverá ser assinada por todos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de intermi- nisterial. LÍNGUA PORTUGUESA 41 a solução para o seu concurso! Editora — Forma e Estrutura Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do padrão ofício (v. 3. O Padrão Ofício). O anexo que acompanha a exposição de motivos que proponha alguma medida ou apresente projeto de ato normativo, segue o modelo descrito adiante. A ex- posição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou submeta projeto de ato normativo. No primeiro caso, o da exposição de motivos que simplesmen- te leva algum assunto ao conhecimento do Presidente da República, sua estrutura segue o modelo antes referido para o padrão ofício. Já a exposição de motivos que submeta à consideração do Pre- sidente da República a sugestão de alguma medida a ser adotada ou a que lhe apresente projeto de ato normativo – embora sigam também a estrutura do padrão ofício –, além de outros comentá- rios julgados pertinentes por seu autor, devem, obrigatoriamente, apontar: a) na introdução: o problema que está a reclamar a adoção da medida ou do ato normativo proposto; b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar o problema, e even- tuais alternativas existentes para equacioná-lo; c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser tomada, ou qual ato normativo deve ser editado para solucionar o problema. Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à exposição de motivos, devidamente preenchido, de acordo com o seguinte modelo previsto no Anexo II do Decreto no 4.176, de 28 de março de 2002. Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Ministério ou órgão equivalente) nº de 200. 1. Síntese do problema ou da situação que reclama providências 2. Soluções e providências contidas no ato normativo ou na medida proposta 3. Alternativas existentes às medidas propostas Mencionar: - Se há outro projeto do Executivo sobre a matéria; - Se há projetos sobre a matéria no Legislativo; - Outras possibilidades de resolução do problema. 4. Custos Mencionar: - Se a despesa decorrente da medida está prevista na lei orça- mentária anual; se não, quais as alternativas para custeá-la; - Se é o caso de solicitar-se abertura de crédito extraordinário, especial ou suplementar; - Valor a ser despendido em moeda corrente; 5. Razões que justificam a urgência (a ser preenchido somente se o ato proposto for medido provisória ou projeto de lei que deva tramitar em regime de urgência) Mencionar: - Se o problema configura calamidade pública; - Por que é indispensável a vigência imediata; - Se se trata de problema cuja causa ou agravamento não te- nham sido previstos; - Se se trata de desenvolvimento extraordinário de situação já prevista. 6. Impacto sobre o meio ambiente (sempre que o ato ou medi- da proposta possa vir a tê-lo) 7. Alterações propostas 8. Síntese do parecer do órgão jurídico Com base em avaliação do ato normativo ou da medida pro- posta à luz das questões levantadas no item 10.4.3. A falta ou insuficiência das informações prestadas pode acar- retar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, a devolução do projeto de ato normativo para que se complete o exame ou se reformule a proposta. O preenchimento obrigatório do anexo para as exposições de motivos que proponham a adoção de alguma medida ou a edição de ato normativo tem como finalidade: a) permitir a adequada reflexão sobre o problema que se busca resolver; b) ensejar mais profunda avaliação das diversas causas do pro- blema e dos efeitos que pode ter a adoção da medida ou a edição do ato, em consonância com as questões que devem ser analisadas na elaboração de proposições normativas no âmbito do Poder Exe- cutivo (v. 10.4.3.). c) conferir perfeita transparênciaaos atos propostos. Dessa forma, ao atender às questões que devem ser analisadas na elaboração de atos normativos no âmbito do Poder Executivo, o texto da exposição de motivos e seu anexo complementam-se e formam um todo coeso: no anexo, encontramos uma avaliação pro- funda e direta de toda a situação que está a reclamar a adoção de certa providência ou a edição de um ato normativo; o problema a ser enfrentado e suas causas; a solução que se propõe, seus efeitos e seus custos; e as alternativas existentes. O texto da exposição de motivos fica, assim, reservado à demonstração da necessidade da providência proposta: por que deve ser adotada e como resolverá o problema. Nos casos em que o ato proposto for questão de pessoal (nomeação, promoção, ascensão, transferência, readaptação, rever- são, aproveitamento, reintegração, recondução, remoção, exoneração, demissão, dispensa, disponibilidade, aposentadoria), não é necessário o encaminhamento do formulário de anexo à exposição de motivos. Ressalte-se que: – A síntese do parecer do órgão de assessoramento jurídico não dispensa o encaminhamento do parecer completo; – O tamanho dos campos do anexo à exposição de motivos pode ser alterado de acordo com a maior ou menor extensão dos comentários a serem ali incluídos. Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presente que a atenção aos requisitos básicos da redação oficial (clareza, concisão, impessoalidade, formalidade, padronização e uso do padrão culto de linguagem) deve ser redobrada. A exposição de motivos é a principal modalidade de comunicação dirigida ao Presidente da República pelos Ministros. Além disso, pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário ou, ainda, ser publicada no Diário Oficial da União, no todo ou em parte. Mensagem — Definição e Finalidade É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração Pública; expor o plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter ao Congresso Nacional LÍNGUA PORTUGUESA 4242 a solução para o seu concurso! Editora matérias que dependem de deliberação de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja de interesse dos poderes públicos e da Nação. Minuta de mensa- gem pode ser encaminhada pelos Ministérios à Presidência da Re- pública, a cujas assessorias caberá a redação final. As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional têm as se- guintes finalidades: a) encaminhamento de projeto de lei ordinária, complemen- tar ou financeira. Os projetos de lei ordinária ou complementar são enviados em regime normal (Constituição, art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1o a 4o). Cabe lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob o regime normal e mais tarde ser objeto de nova mensagem, com solicitação de urgência. Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Membros do Congresso Nacional, mas é encaminhada com aviso do Chefe da Casa Civil da Presidência da República ao Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, para que tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput). Quan- to aos projetos de lei financeira (que compreendem plano pluria- nual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos adicio- nais), as mensagens de encaminhamento dirigem-se aos Membros do Congresso Nacional, e os respectivos avisos são endereçados ao Primeiro Secretário do Senado Federal. A razão é que o art. 166 da Constituição impõe a deliberação congressual sobre as leis fi- nanceiras em sessão conjunta, mais precisamente, “na forma do regimento comum”. E à frente da Mesa do Congresso Nacional está o Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 57, § 5o), que co- manda as sessões conjuntas. As mensagens aqui tratadas coroam o processo desenvolvido no âmbito do Poder Executivo, que abrange minucioso exame técnico, jurídico e econômico-financeiro das ma- térias objeto das proposições por elas encaminhadas. Tais exames materializam-se em pareceres dos diversos órgãos interessados no assunto das proposições, entre eles o da Advocacia-Geral da União. Mas, na origem das propostas, as análises necessárias constam da exposição de motivos do órgão onde se geraram (v. 3.1. Exposição de Motivos) – exposição que acompanhará, por cópia, a mensagem de encaminhamento ao Congresso. b) encaminhamento de medida provisória. Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o Presidente da República encaminha mensagem ao Congresso, dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secretário do Senado Federal, juntando cópia da medida provisória, autenticada pela Coordenação de Documentação da Presidência da República. c) indicação de autoridades. As mensagens que submetem ao Senado Federal a indicação de pessoas para ocuparem determinados cargos (magistrados dos Tribunais Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e Diretores do Banco Central, Procurador-Geral da República, Chefes de Missão Di- plomática, etc.) têm em vista que a Constituição, no seu art. 52, inci- sos III e IV, atribui àquela Casa do Congresso Nacional competência privativa para aprovar a indicação. O curriculum vitae do indicado, devidamente assinado, acompanha a mensagem. d) pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presiden- te da República se ausentarem do País por mais de 15 dias. Trata- -se de exigência constitucional (Constituição, art. 49, III, e 83), e a autorização é da competência privativa do Congresso Nacional. O Presidente da República, tradicionalmente, por cortesia, quando a ausência é por prazo inferior a 15 dias, faz uma comunicação a cada Casa do Congresso, enviando-lhes mensagens idênticas. e) encaminhamento de atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e TV. A obrigação de submeter tais atos à apreciação do Congresso Nacional consta no inciso XII do artigo 49 da Constituição. Somente produzirão efeitos legais a outorga ou renovação da concessão após deliberação do Congresso Nacional (Constituição, art. 223, § 3o). Descabe pedir na mensagem a urgência prevista no art. 64 da Constituição, porquanto o § 1o do art. 223 já define o prazo da tramitação. Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a mensagem o correspondente processo administrativo. f) encaminhamento das contas referentes ao exercício ante- rior. O Presidente da República tem o prazo de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa para enviar ao Congresso Nacional as contas referentes ao exercício anterior (Constituição, art. 84, XXIV), para exame e parecer da Comissão Mista permanente (Constitui- ção, art. 166, § 1o), sob pena de a Câmara dos Deputados realizar a tomada de contas (Constituição, art. 51, II), em procedimento disci- plinado no art. 215 do seu Regimento Interno. g) mensagem de abertura da sessão legislativa. Ela deve conter o plano de governo, exposição sobre a situação do País e solicitação de providências que julgar necessárias (Cons- tituição, art. 84, XI). O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Esta mensagem difere das demais porque vai encadernada e é distribuída a todos os Congressistas em forma de livro. h) comunicação de sanção (com restituição de autógrafos). Esta mensagem é dirigida aos Membros do Congresso Nacio- nal, encaminhada por Aviso ao Primeiro Secretário da Casa onde se originaram os autógrafos. Nela se informa o número que tomou a lei e se restituem dois exemplares dos três autógrafos recebidos, nos quais o Presidente da República terá aposto o despacho de san- ção. i) comunicação de veto. Dirigida ao Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 66, § 1o), a mensagem informa sobre a decisão de vetar, se o veto é parcial, quais as disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto vai publicado na íntegra no DiárioOficial da União (v. 4.2. Forma e Estrutura), ao contrário das demais mensagens, cuja publicação se restringe à notícia do seu envio ao Poder Legislativo. (v. 19.6.Veto) j) outras mensagens. Também são remetidas ao Legislativo com regular frequência mensagens com: – Encaminhamento de atos internacionais que acarretam en- cargos ou compromissos gravosos (Constituição, art. 49, I); – Pedido de estabelecimento de alíquotas aplicáveis às opera- ções e prestações interestaduais e de exportação (Constituição, art. 155, § 2o, IV); – Proposta de fixação de limites globais para o montante da dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI); – Pedido de autorização para operações financeiras externas (Constituição, art. 52, V); e outros. Entre as mensagens menos comuns estão as de: – Convocação extraordinária do Congresso Nacional (Constitui- ção, art. 57, § 6o); – Pedido de autorização para exonerar o Procurador-Geral da República (art. 52, XI, e 128, § 2o); – Pedido de autorização para declarar guerra e decretar mobi- lização nacional (Constituição, art. 84, XIX); – Pedido de autorização ou referendo para celebrar a paz (Constituição, art. 84, XX); LÍNGUA PORTUGUESA 43 a solução para o seu concurso! Editora – Justificativa para decretação do estado de defesa ou de sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4o); – Pedido de autorização para decretar o estado de sítio (Cons- tituição, art. 137); – Relato das medidas praticadas na vigência do estado de sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo único); – Proposta de modificação de projetos de leis financeiras (Constituição, art. 166, § 5o); – Pedido de autorização para utilizar recursos que ficarem sem despesas correspondentes, em decorrência de veto, emenda ou re- jeição do projeto de lei orçamentária anual (Constituição, art. 166, § 8o); – Pedido de autorização para alienar ou conceder terras públi- cas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art. 188, § 1o); etc. — Forma e Estrutura As mensagens contêm: a) a indicação do tipo de expediente e de seu número, horizon- talmente, no início da margem esquerda: Mensagem no b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da margem esquerda; Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal, c) o texto, iniciando a 2 cm do vocativo; d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem direita. A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da República, não traz identificação de seu signatário. Telegrama — Definição e Finalidade Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os proce- dimentos burocráticos, passa a receber o título de telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegra- ma apenas àquelas situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utilização e, tam- bém em razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela concisão (v. 1.4. Concisão e Clareza). — Forma e Estrutura Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. Fax — Definição e Finalidade O fax (forma abreviada já consagrada de fac-símile) é uma for- ma de comunicação que está sendo menos usada devido ao desen- volvimento da Internet. É utilizado para a transmissão de mensa- gens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento há premência, quando não há condições de envio do documento por meio eletrônico. Quando necessário o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe. Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapida- mente. — Forma e Estrutura Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes. É conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto, i. é., de pequeno formulário com os dados de identificação da mensagem a ser enviada, confor- me exemplo a seguir: Correio Eletrônico — Definição e finalidade Correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação para transmis- são de documentos. — Forma e Estrutura Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua es- trutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatí- vel com uma comunicação oficial (v. 1.2 A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais). O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a or- ganização documental tanto do destinatário quanto do remetente. Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, prefe- rencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha al- gum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo. Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar na mensagem o pe- dido de confirmação de recebimento. —Valor documental Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, i. é, para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação di- gital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei. QUESTÕES 1. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Biblio- teconomia- O rio de minha terra é um deus estranho. Ele tem braços, dentes, corpo, coração, muitas vezes homicida, foi ele quem levou o meu irmão. É muito calmo o rio de minha terra. Suas águas são feitas de argila e de mistérios. Nas solidões das noites enluaradas a maldição de Crispim desce sobre as águas encrespadas. O rio de minha terra é um deus estranho. Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole para subir as poucas rampas do seu cais. Foi conhecendo o movimento da cidade, a pobreza residente nas taperas marginais. Pois tão irado e tão potente fez-se o rio que todo um povo se juntou para enfrentá-lo. Mas ele prosseguiu indiferente, carregando no seu dorso bois e gente, LÍNGUA PORTUGUESA 4444 a solução para o seu concurso! Editora até roçados de arroz e de feijão. Na sua obstinada e galopante caminhada, destruiu paredes, casas, barricadas, deixando no percurso mágoa e dor. Depois subiu os degraus da igreja santa e postou-se horas sob os pés do Criador. E desceu devagarinho, até deitar-se novamente no seu leito. Mas toda noite o seu olhar de rio fica boiando sob as luzes da cidade. (Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha terra. Disponível em: https://www.escritas.org) No trecho até roçados de arroz e de feijão, o termo “até” clas- sifica-se como (A) pronome. (B) preposição. (C) artigo. (D) advérbio. (E) conjunção. 2. INSTITUTO AOCP - 2022 - IPE Prev - Analista em Previdência - Direito - Edital nº 002(E) metonímia. O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde men- tal Lucía Blasco Pode parecer contraditório, mas a positividade pode ser tó- xica. “Qualquer tentativa de escapar do negativo — evitá-lo, sufocá- -lo ou silenciá-lo — falha. Evitar o sofrimento é uma forma de sofri- mento”, escreveu o escritor americano Mark Manson em seu livro A Arte Sutil de Ligar o Foda-se. É precisamente nisso que consiste a positividade tóxica ou positivismo extremo: impor a nós mesmos — ou aos outros — uma atitude falsamente positiva, generalizar um estado feliz e otimista seja qual for a situação, silenciar nossas emoções “negativas” ou as dos outros. (...) O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em trans- tornos de ansiedade e hipnose clínica, prefere falar em “emoções desreguladas” do que “negativas”. “Apaleta de cores emocionais engloba emoções desreguladas, como tristeza, frustração, raiva, an- siedade ou inveja. Não podemos ignorar que, como seres humanos, temos aquela gama de emoções que têm uma utilidade e que nos dão informações sobre o que acontece no nosso meio e no nosso corpo”, explica Rodellar à BBC News Mundo. Para a terapeuta e psicóloga britânica Sally Baker, “o problema com a positividade tóxica é que ela é uma negação de todos os as- pectos emocionais que sentimos diante de qualquer situação que nos represente um desafio.” “É desonesto em relação a quem so- mos permitir-nos apenas expressões positivas”, diz Baker. (...) “Nós nos escondemos atrás da positividade para manter outras pessoas longe de uma imagem que nos mostra imperfeitos.” (...) “Quando ignoramos nossas emoções negativas, nosso corpo aumenta o vo- lume para chamar nossa atenção para esse problema. Suprimir as emoções nos esgota mental e fisicamente. Não é saudável e não é sustentável a longo prazo”, diz a terapeuta. (...) Teresa Gutiérrez, psicopedagoga e especialista em neuropsico- logia, considera que “o positivismo tóxico tem consequências psi- cológicas e psiquiátricas mais graves do que a depressão”. “Pode levar a uma vida irreal que prejudica nossa saúde mental. Tanto positivismo não é positivo para ninguém. Se não houver frustração e fracasso, não aprendemos a desenvolver em nossas vidas”, disse ele à BBC Mundo. O positivismo tóxico está na moda? Baker pensa que sim e atri- bui isso às redes sociais, “que nos obrigam a comparar nossas vidas com as vidas perfeitas que vemos online”. (...) “Se houvesse mais honestidade sobre as vulnerabilidades, nos sentiríamos mais livres para experimentar todos os tipos de emoções. Somos humanos e devemos nos permitir sentir todo o espectro de emoções. É ok não estar bem. Não podemos ser positivos o tempo todo.” Gutiérrez acredita que houve um aumento do positivismo tóxi- co “nos últimos anos”, mas principalmente durante a pandemia. (...) “Todas as emoções são como ondas: ganham intensidade e depois descem e tornam-se espuma, até desaparecer aos poucos. O pro- blema é quando não as queremos sentir porque nos tornamos mais dóceis perante uma ‘onda’ que se aproxima”. (...) Stephanie Preston, professora de psicologia da Universidade de Michigan, nos EUA, acredita que a melhor maneira de validar as emoções é “apenas ouvi-las”. “Quando alguém compartilha senti- mentos negativos com você, em vez de correr para fazer essa pes- soa se sentir melhor ou pensar mais positivamente (“Tudo vai ficar bem”), tente levar um segundo para refletir sobre seu desconforto ou medo e faça o possível para ouvir”, aconselha a especialista. (...) Como aplicar isso na prática? Em vez de dizer “não pense nisso, seja positivo”, diga “me diz o que você está sentindo, eu te escuto”. Em vez de falar “poderia ser pior”, diga “sinto muito que está pas- sando por isso”. Em vez de “não se preocupe, seja feliz”, diga “estou aqui para você”. (...) “Tudo bem olhar para o copo meio cheio, mas aceitando que pode haver situações em que o copo está meio va- zio e, a partir daí, assumir a responsabilidade de como construímos nossas vidas”. Para Baker, o que devemos lembrar é que “todas as nossas emoções são autênticas e reais, e todas elas são válidas”. Adaptado de: https://www.bbc.com/portuguese/geral-55278174. Acesso em: 28 dez. 2021. A função da linguagem predominante no texto é (A) referencial, visto que se propõe a informar o leitor a res- peito da positividade tóxica e seus efeitos na vida das pessoas, sobretudo, mediante pareceres de especialistas. (B) emotiva, pois a autora expressa sua visão, ainda que de modo sutil, acerca da severidade do problema exposto, em es- pecial, no que tange à saúde mental. (C) conativa, já que procura persuadir os leitores quanto à gra- vidade dos efeitos do positivismo extremo com relação à saúde física e mental da população. (D) fática, por centrar-se na comunicação entre autor e leitor, principal interessado em termos de conhecimento sobre o tema “positividade tóxica ou positivismo extremo”. (E) metalinguística, uma vez que evidencia o uso de uma lin- guagem científica ao apresentar diversos posicionamentos téc- nicos para tratar do assunto “positividade tóxica”. LÍNGUA PORTUGUESA 45 a solução para o seu concurso! Editora 3. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Área Judiciária- Lembram-se da história de Tristão e Isolda? O enredo gira em torno da transformação da relação entre os dois protagonistas. Isol- da pede à criada, Brangena, que lhe prepare uma poção letal, mas, em vez disso, ela prepara-lhe um “filtro de amor”, que tanto Tristão como Isolda bebem sem saber o efeito que irá produzir. A misterio- sa bebida desperta neles a mais profunda das paixões e arrasta-os para um êxtase que nada consegue dissipar − nem sequer o fato de ambos estarem traindo infamemente o bondoso rei Mark. Na ópera Tristão e Isolda, Richard Wagner captou a força da ligação entre os amantes numa das passagens mais exaltadas da história da música. Devemos interrogar-nos sobre o que o atraiu para essa história e por que motivo milhões de pessoas, durante mais de um século, têm partilhado o fascínio de Wagner por ela. A resposta à primeira pergunta é que a composição ce- lebrava uma paixão semelhante e muito real da vida de Wagner. Wagner e Mathilde Wesendonck tinham se apaixonado de forma não menos insensata, se considerarmos que Mathilde era a mulher do generoso benfeitor de Wagner e que Wagner era um homem casado. Wagner tinha sentido as forças ocultas e indomáveis que por vezes conseguem se sobrepor à vontade própria e que, na au- sência de explicações mais adequadas, têm sido atribuídas à magia ou ao destino. A resposta à segunda questão é um desafio ainda mais atraente. Existem, com efeito, poções em nossos organismos e cére- bros capazes de impor comportamentos que podemos ser capazes ou não de eliminar por meio da chamada força de vontade. Um exemplo elementar é a substância química oxitocina. No caso dos mamíferos, incluindo os seres humanos, essa substância é produzi- da tanto no cérebro como no corpo. De modo geral, influencia toda uma série de comportamentos, facilita as interações sociais e induz a ligação entre os parceiros amorosos. Não há dúvida de que os seres humanos estão constante- mente usando muitos dos efeitos da oxitocina, conquanto tenham aprendido a evitar, em determinadas circunstâncias, os efeitos que podem vir a não ser bons. Não se deve esquecer que o filtro de amor não trouxe bons resultados para o Tristão e Isolda de Wagner. Ao fim de três horas de espetáculo, eles encontram uma morte de- soladora. (Adaptado de: DAMÁSIO, António. O erro de Descartes. São Paulo: Companhia das Letras, edição digital) A misteriosa bebida desperta neles a mais profunda das pai- xões. No contexto em que se encontra, o segmento sublinhado aci- ma exerce a mesma função sintática do que está também sublinha- do em: (A) Wagner era um homem casado. (B) O enredo gira em torno da transformação da relação entre os dois protagonistas. (C) Existem, com efeito, poções em nossos organismos e cére- bros (D) o que o atraiu para essa história (E) Isolda pede à criada, Brangena, que lhe prepare uma poção letal. 4. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área Administrativa- Atenção: Para responder à questão, leia a crônica “Tatu”, de Carlos Drummond de Andrade. O luar continua sendo uma graça da vida, mesmo depois que o pé do homem pisou e trocou em miúdos a Lua, mas o tatu pensa de outra maneira. Não que ele seja insensível aos amavios do ple- nilúnio; é sensível, e muito. Não lhe deixam, porém, curtir em paz a claridade noturna, de que, aliás, necessita para suas expedições de objetivo alimentar. Por que me caçam em noites de lua cheia, quando saio precisamente para caçar? Como prover a minha sub- sistência, se de dia é aquela competição desvairadaentre bichos, como entre homens, e de noite não me dão folga? Isso aí, suponho, é matutado pelo tatu, e se não escapa do in- terior das placas de sua couraça, em termos de português, é porque o tatu ignora sabiamente os idiomas humanos, sem exceção, além de não acreditar em audiência civilizada para seus queixumes. A armadura dos bípedes é ainda mais invulnerável que a dele, e não há sensibilidade para a dor ou a problemática do tatu. Meu amigo andou pelas encostas do Corcovado, em noite de prata lunal, e conseguiu, por artimanhas só dele sabidas, capturar vivo um tatu distraído. É, distraído. Do contrário não o pegaria. Es- tava imóvel, estático, fruindo o banho de luz na folhagem, essa ou- tra cor que as cores assumem debaixo da poeira argentina da Lua. Esquecido das formigas, que lhe cumpria pesquisar e atacar, como quem diz, diante de um motivo de prazer: “Daqui a pouco eu vou trabalhar; só um minuto mais, alegria da vida”, quedou-se à mercê de inimigos maiores. Sem pressentir que o mais temível deles anda- va por perto, em horas impróprias à deambulação de um professor universitário. − Mas que diabo você foi fazer naqueles matos, de madru- gada? − Nada. Estava sem sono, e gosto de andar a esmo, quando todos roncam. Sem sono e sem propósito de agredir o reino animal, pois é de feitio manso, mas o velho instinto cavernal acordou nele, ao sentir qualquer coisa a certa distância, parecida com a forma de um bicho. Achou logo um cipó bem forte, pedindo para ser usado na caça; e jamais tendo feito um laço de caçador, soube improvisá-lo com perícia de muitos milhares de anos (o que a universidade esconde, nas profundas camadas do ser, e só permite que venha aflorar em noite de lua cheia!). Aproximou-se sutil, laçou de jeito o animal desprevenido. O coitado nem teve tempo de cravar as garras no laçador. Quando agiu, já este, num pulo, desviara o corpo. Outra volta no laço. E ou- tra. Era fácil para o tatu arrebentar o cipó com a força que a natu- reza depositou em suas extremidades. Mas esse devia ser um tatu meio parvo, e se embaraçou em movimentos frustrados. Ou o sere- no narrador mentiu, sei lá. Talvez o tenha comprado numa dessas casas de suplício que há por aí, para negócio de animais. Talvez na rua, a um vendedor de ocasião, quando tudo se vende, desde o mico à alma, se o PM não ronda perto. Não importa. O caso é que meu amigo tem em sua casa um tatu que não se acomodou ao palmo de terra nos fundos da casa e tratou de abrigar longa escavação que o conduziu a uma pedreira, e lá faz greve de fome. De lá não sai, de lá ninguém o tira. A noite perdeu para ele seu encanto luminoso. A ideia de levá-lo para o zoológico, aventada pela mulher do caçador, não frutificou. Melhor LÍNGUA PORTUGUESA 4646 a solução para o seu concurso! Editora reconduzi-lo a seu hábitat, mas o tatu se revela profundamente contrário a qualquer negociação com o bicho humano, que pensa em apelar para os bombeiros a fim de demolir o metrô tão rapi- damente feito, ao contrário do nosso, urbano, e salvar o infeliz. O tatu tem razões de sobra para não confiar no homem e no luar do Corcovado. Não é fábula. Eu compreendo o tatu. (Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond. Os dias lindos. São Paulo: Companhia das Letras, 2013) No desfecho da crônica, o cronista revela, em relação ao tatu, um sentimento de (A) empatia. (B) desconfiança. (C) superioridade. (D) soberba. (E) desdém. 5. FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área Administrativa- Melancolia e criatividade Desde sempre o sentimento da melancolia gozou de má fama. O melancólico é costumeiramente tomado como um ser de- sanimado, depressivo, “pra baixo”, em suma: um chato que con- vém evitar. Mas é uma fama injusta: há grandes melancólicos que fazem grande arte com sua melancolia, e assim preenchem a vida da gente, como uma espécie de contrabando da tristeza que a arte transforma em beleza. “Pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza”, já defendeu o poeta Vinícius de Moraes, na letra de um conhecido samba seu. Mas a melancolia não para nos sambas: ela desde sempre anima a literatura, a música, a pintura, o cinema, as artes todas. Anima, sim: tanto anima que a gente gosta de voltar a ver um bom filme melancólico, revisitar um belo poema desesperançado, ouvir uma vez mais um inspirado noturno para piano. Ou seja: os artis- tas melancólicos fazem de sua melancolia a matéria-prima de uma obra-prima. Sorte deles, nossa e da própria melancolia, que é as- sim resgatada do escuro do inferno para a nitidez da forma artística bem iluminada. Confira: seria possível haver uma história da arte que deixasse de falar das grandes obras melancólicas? Por certo se per- deria a parte melhor do nosso humanismo criativo, que sabe fazer de uma dor um objeto aberto ao nosso reconhecimento prazero- so. Charles Chaplin, ao conceber Carlitos, dotou essa figura huma- na inesquecível da complexa composição de fracasso, melancolia, riso, esperteza e esperança. O vagabundo sem destino, que vive a apanhar da vida, ganhou de seu criador o condão de emocionar o mundo não com feitos gloriosos, mas com a resistente poesia que o faz enfrentar a vida munido da força interior de um melancólico dis- posto a trilhar com determinação seu caminho, ainda que no rumo a um horizonte incerto. (Humberto Couto Villares, a publicar) No terceiro parágrafo, a personagem Carlitos é invocada para (A) dar um sentido de nobreza a todas as experiências de fra- casso humano. (B) testemunhar a determinação de um indivíduo em alcançar seus altos objetivos. (C) indicar a possibilidade da transformação sistemática da dor em franca alegria. (D) personificar a complexa conjunção entre força poética e marginalidade social. (E) promover a felicidade que pode desfrutar quem não está comprometido com nada. 6. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Tecno- logia da Informação- A independência política em 1822 não trouxe muitas novida- des em termos institucionais, mas consolidou um objetivo claro, qual seja: estruturar e justificar uma nova nação. A tarefa não era pequena e quem a assumiu foi o Instituto His- tórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que, aberto em 1838, no Rio de Janeiro, logo deixaria claras suas principais metas: construir uma história que elevasse o passado e que fosse patriótica nas suas pro- posições, trabalhos e argumentos. Para referendar a coerência da filosofia que inaugurou o IHGB, basta prestar atenção no primeiro concurso público por lá orga- nizado. Em 1844, abriam-se as portas para os candidatos que se dispusessem a discorrer sobre uma questão espinhosa: “Como se deve escrever a história do Brasil”. Tratava-se de inventar uma nova história do e para o Brasil. Foi dado, então, um pontapé inicial, e fundamental, para a disciplina que chamaríamos, anos mais tarde, e com grande naturalidade, de “História do Brasil”. A singularidade da competição também ficou associada a seu resultado e à divulgação do nome do vencedor. O primeiro lugar, nessa disputa histórica, foi para um estrangeiro − o conhecido na- turalista bávaro Karl von Martius (1794-1868), cientista de ilibada importância, embora novato no que dizia respeito à história em geral e àquela do Brasil em particular − , o qual advogou a tese de que o país se definia por sua mistura, sem igual, de gentes e po- vos. Utilizando a metáfora de um caudaloso rio, correspondente à herança portuguesa que acabaria por “limpar” e “absorver os pe- quenos confluentes das raças índia e etiópica”, representava o país a partir da singularidade e dimensão da mestiçagem de povos por aqui existentes. A essa altura, porém, e depois de tantos séculos de vigência de um sistema violento como o escravocrata, era no mínimo com- plicado simplesmente exaltar a harmonia. Além do mais, indígenas continuavam sendo dizimados no litoral e no interior do país. Martius, que em 1832 haviapublicado um ensaio chamado “O estado do direito entre os autóctones no Brasil”, condenando os indígenas ao desaparecimento, agora optava por definir o país por meio da redentora metáfora fluvial. Três longos rios resumiriam a nação: um grande e caudaloso, formado pelas populações brancas; outro um pouco menor, nutrido pelos indígenas; e ainda outro, mais diminuto, alimentado pelos negros. Ali estavam, pois, os três povos formadores do Brasil; todos juntos, mas (também) diferentes e separados. Mistura não era (e nunca foi) sinônimo de igualdade. Essa era uma ótima maneira de “inventar” uma história não só particular (uma monarquia tropical e mestiçada) como também muito otimista: a água que corria re- LÍNGUA PORTUGUESA 47 a solução para o seu concurso! Editora presentava o futuro desse país constituído por um grande rio cau- daloso no qual desaguavam os demais pequenos afluentes. É possível dizer que começava a ganhar força então a la- dainha das três raças formadoras da nação, que continuaria encon- trando ampla ressonância no Brasil, pelo tempo afora. (Adaptado de: SCHWARCZ, Lilia Moritz. Sobre o autoritarismo brasilei- ro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019) O verbo sublinhado no segmento Mistura não era (e nunca foi) sinônimo de igualdade está flexionado nos mesmos tempo e modo que o sublinhado em: (A) a disciplina que chamaríamos, anos mais tarde, e com gran- de naturalidade (B) Três longos rios resumiriam a nação (C) O primeiro lugar, nessa disputa histórica, foi para um es- trangeiro (D) A independência política em 1822 não trouxe muitas novi- dades (E) a água que corria representava o futuro desse país 7. FCC - 2022 - DPE-AM - Analista Jurídico de Defensoria - Ci- ências Jurídicas- Atenção: Considere o texto abaixo, do pensador francês Voltaire (1694-1778), para responder à questão. O preço da justiça Vós, que trabalhais na reforma das leis, pensai, assim como grande jurisconsulto Beccaria, se é racional que, para ensinar os homens a detestar o homicídio, os magistrados sejam homicidas e matem um homem em grande aparato. Vede se é necessário matá-lo quando é possível puni-lo de ou- tra maneira, e se cabe empregar um de vossos compatriotas para massacrar habilmente outro compatriota. [...] Em qualquer circuns- tância, condenai o criminoso a viver para ser útil: que ele trabalhe continuamente para seu país, porque ele prejudicou o seu país. É preciso reparar o prejuízo; a morte não repara nada. Talvez alguém vos diga: “O senhor Beccaria está enganado: a preferência que ele dá a trabalhos penosos e úteis, que durem toda a vida, baseia-se apenas na opinião de que essa longa e ignominio- sa pena é mais terrível que a morte, pois esta só é sentida por um momento”. Não se trata de discutir qual é a punição mais suave, porém a mais útil. O grande objetivo, como já dissemos em outra passa- gem, é servir o público; e, sem dúvida, um homem votado todos os dias de sua vida a preservar uma região da inundação por meio de diques, ou a abrir canais que facilitem o comércio, ou a drenar pân- tanos infestados, presta mais serviços ao Estado que um esqueleto a pendular de uma forca numa corrente de ferro, ou desfeito em pedaços sobre uma roda de carroça. (VOLTAIRE. O preço da justiça. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 18-20) Voltaire acusa o sentido contraditório de um determinado po- sicionamento ao referir-se a ele nestes segmentos: (A) massacrar habilmente um compatriota / detestar o homi- cídio (B) matem um homem / em grande aparato (C) Beccaria está enganado / o grande objetivo é servir o pú- blico (D) presta mais serviços ao Estado / trabalhos penosos e úteis (E) servir ao público / preservar uma região da inundação 8. FCC - 2022 - SEDU-ES - Professor MaPB - Ensino Fundamental e Médio - Língua Portuguesa- Ai de ti, Ipanema Há muitos anos, Rubem Braga começava assim uma de suas mais famosas crônicas: “Ai de ti, Copacabana, porque eu já fiz o si- nal bem claro de que é chegada a véspera de teu dia, e tu não viste; porém minha voz te abalará até as entranhas.” Era uma exortação bíblica, apocalíptica, profética, ainda que irônica e hiperbólica. “En- tão quem especulará sobre o metro quadrado de teu terreno? Pois na verdade não haverá terreno algum.” Na sua condenação, o Velho Braga antevia os sinais da degradação e da dissolução moral de um bairro prestes a ser tra- gado pelo pecado e afogado pelo oceano, sucumbindo em meio às abjeções e ao vício: “E os escuros peixes nadarão nas tuas ruas e a vasa fétida das marés cobrirá tua face”. A praia já chamada de “princesinha do mar”, coitada, inofensiva e pura, era então, como Ipanema seria depois, a síntese mítica do hedonismo carioca, mais do que uma metáfora, uma me- tonímia. No fim dos anos 50, Copacabana era o éden não contami- nado ainda pelos plenos pecados, eram tempos idílicos e pastorais, a era da inocência, da bossa nova, dos anos dourados de JK, de Gar- rincha. Digo eu agora: Ai de ti, Ipanema, que perdeste a inocência e o sossego, e tomaste o lugar de Copacabana, e não percebeste os sinais que não são mais simbólicos: o emissário submarino se rom- pendo, as águas poluídas, as valas negras, as agressões, os assaltos, o medo e a morte. (Adaptado de: VENTURA, Zuenir. Crônicas de um fim de século. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999, p. 166/167) Ao qualificar a linguagem de Rubem Braga em sua crônica “Ai de ti, Copacabana”, Zuenir Ventura se vale dos termos exortação e condenação, para reconhecer no texto do Velho Braga, (A) a tonalidade grave de uma invectiva. (B) a informalidade de um discurso emocional. (C) o coloquialismo de um lírico confessional. (D) a retórica argumentativa dos clássicos. (E) a força épica de uma celebração. 9. FGV - 2022 - TJ-MS - Analista Judiciário - Área Fim- A lin- guagem tem múltiplas funções; a frase abaixo em que a função da linguagem empregada é a de abordar a própria linguagem (meta- linguagem) é: (A) Para salvar seu crédito, você deve esconder a sua ruína; (B) Colhe as rosas enquanto estão vivas; amanhã, já não esta- rão como hoje; LÍNGUA PORTUGUESA 4848 a solução para o seu concurso! Editora (C) Em geral, logo que uma coisa se torna útil deixa de ser bela; (D) Se você tiver que ser atropelado por um carro, é melhor que seja por uma Ferrari; (E) O não produz inimigos; o sim, falsos amigos. 10. FCC - 2022 - Prefeitura de Recife - PE - Agente Administra- tivo da Assistência Social- Atenção: Leia a crônica para responder à questão O dono do pequeno restaurante é amável, sem derrame, e a fregueses mais antigos oferece, antes do menu, o jornal do dia “fa- cilitado”, isto é, com traços vermelhos cercando as notícias impor- tantes. Vez por outra, indaga se a comida está boa, oferece cigar- rinho, queixa-se do resfriado crônico e pergunta pelo nosso, se o temos; se não temos, por aquele regime começado em janeiro, e de que desistimos. Também pelos filmes de espionagem, que mexem com ele na alma. Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pe- sada. Chega a descontar o cheque a ser recebido no mês que vem (“Falta só uma semana, seu Adelino”). Além dessas delícias raras, seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro e beneficiar-se com o filé mais fresquinho, o palmito de primeira, a batata feita na hora, especialmente para os eleitos. Enfim, autêntico papo-firme. Uma noite dessas, o movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa. Era hora do jantar dele, também. O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu Adelino, calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspira- ção não vinha. O garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. A freguesa resolveu colaborar: − Que tal um fígado acebolado? − Acabou, madame − atalhou o garçom. − Deixe ver… Assada com coradas, está bem? − Não, não tenho vontade disso − e seu Adelino sacudiu acabeça. − Bem, estou vendo aqui umas costeletas de porco com fei- jão-branco, farofa e arroz… − Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi uma car- nezita de porco, e há dois dias que me servem feijão ao almoço − ponderou. A freguesa de boa vontade virou-se para o garçom: − Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois seu Adelino (refletiu ela) é português, e como todo lusíada que se preza, há de achar isso a pedida. Da cozinha veio a informação: − Tem bacalhau à Gomes de Sá. Quer? − Pode ser isso − concordou seu Adelino, sem entusiasmo. Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá. A freguesa olhou o prato, invejando-o, e, para estimular o apetite de seu Adelino: − Está uma beleza! − Não acho muito não − retorquiu, inapetente. O prato foi servido, o azeite adicionado, e seu Adelino traçou o bacalhau, depois de lhe ser desejado bom apetite. Em silêncio. Vendo que ele não se manifestava, sua leal conviva interpe- lou-o: − Como é, está bom? Com um risinho meio de banda, fez a crítica: − Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É bacalhau com batatas. E vou lhe dizer: está mais para sem gosto do que com ele. A batata me sabe a insos- sa, e o bacalhau salgado em demasia, ai! A cliente se lembrou, com saudade vera, daquele maravilhoso Gomes de Sá que se come em casa de d. Concessa. E foi detalhando: − Lá em casa é que se prepara um legal, sabe? Muito tomate, pimentão, azeite de verdade, para fazer um molho pra lá de bom, e ainda acrescentam um ovo… Seu Adelino emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhan- do, desta vez em sorriso aberto: − Isso mesmo! Ovo cozido e ralado, azeitonas portuguesas, daquelas… Um santo, santíssimo prato! Mas, encarando o concreto: − Essa gente aqui não tem a ciência, não tem a ciência! − Espera aí, seu Adelino, vamos ver no jornal se tem um bom filme de espionagem para o senhor se consolar. Não tinha, infelizmente. (Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. 70 histórias. São Pau- lo: Companhia das Letras, 2016, p. 110-111) O termo sublinhado em a fregueses mais antigos oferece, antes do menu, o jornal do dia “facilitado” exerce a mesma função sintá- tica do termo sublinhado em: (A) O garçom estendeu-lhe o menu e esperou (B) seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa (C) Vez por outra, indaga se a comida está boa (D) Uma noite dessas, o movimento era pequeno (E) seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro 11. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Área Judiciária- A chama é bela Nos anos 1970 comprei uma casa no campo com uma bela lareira, e para meus filhos, entre 10 e 12 anos, a experiência do fogo, da brasa que arde, da chama, era um fenômeno absolutamen- te novo. E percebi que quando a lareira estava acesa eles deixavam a televisão de lado. A chama era mais bela e variada do que qual- quer programa, contava histórias infinitas, não seguia esquemas fixos como um programa televisivo. O fogo também se faz metáfora de muitas pulsões, do infla- mar-se de ódio ao fogo da paixão amorosa. E o fogo pode ser a luz ofuscante que os olhos não podem fixar, como não podem encarar o Sol (o calor do fogo remete ao calor do Sol), mas devidamente amestrado, quando se transforma em luz de vela, permite jogos de claro-escuro, vigílias noturnas nas quais uma chama solitária nos obriga a imaginar coisas sem nome... O fogo nasce da matéria para transformar-se em substância cada vez mais leve e aérea, da chama rubra ou azulada da raiz à cha- ma branca do ápice, até desmaiar em fumaça... Nesse sentido, a na- tureza do fogo é ascensional, remete a uma transcendência e, con- tudo, talvez porque tenhamos aprendido que ele vive no coração da Terra, é também símbolo de profundidades infernais. É vida, mas é também experiência de seu apagar-se e de sua contínua fragilidade. (Adaptado de: ECO, Umberto. Construir o inimigo. Rio de Janeiro: Record, 2021, p. 54-55) LÍNGUA PORTUGUESA 49 a solução para o seu concurso! Editora O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para integrar corretamente a frase: (A) Mais que os esquemas fixos dos programas de TV (atrair) as crianças o espetáculo da lareira. (B) Sempre (haver), por conta dos poderes do fogo, as metáfo- ras que o fazem representar nossas paixões. (C) Não (convir) aos espectadores do fogo fixar-se demorada- mente em suas luzes que podem enceguecê-los. (D) No fogo (convergir), como espetáculo que é, as proprieda- des do brilho físico e as do estatuto metafórico. (E) Aos múltiplos apelos do fogo (atender) nosso olhar aberto para o eterno espetáculo que suas chamas constituem. 12. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Área Judiciária O meu ofício O meu ofício é escrever, e sei bem disso há muito tempo. Espero não ser mal-entendida: não sei nada sobre o valor daquilo que posso escrever. Quando me ponho a escrever, sinto-me extra- ordinariamente à vontade e me movo num elemento que tenho a impressão de conhecer extraordinariamente bem: utilizo instru- mentos que me são conhecidos e familiares e os sinto bem firmes em minhas mãos. Se faço qualquer outra coisa, se estudo uma lín- gua estrangeira, se tento aprender história ou geografia, ou tricotar uma malha, ou viajar, sofro e me pergunto como é que os outros conseguem fazer essas coisas. E tenho a impressão de ser cega e surda como uma náusea dentro de mim. Já quando escrevo nunca penso que talvez haja um modo mais correto, do qual os outros escritores se servem. Não me im- porta nada o modo dos outros escritores. O fato é que só sei escre- ver histórias. Se tento escrever um ensaio de crítica ou um artigo sob encomenda para um jornal, a coisa sai bem ruim. O que escrevo nesses casos tenho de ir buscar fora de mim. E sempre tenho a sen- sação de enganar o próximo com palavras tomadas de empréstimo ou furtadas aqui e ali. Quando escrevo histórias, sou como alguém que está em seu país, nas ruas que conhece desde a infância, entre as árvores e os muros que são seus. Este é o meu ofício, e o farei até a morte. Entre os cinco e dez anos ainda tinha dúvidas e às vezes imaginava que podia pintar, ou conquistar países a cavalo, ou inventar uma nova máquina. Mas a primeira coisa séria que fiz foi escrever um conto, um conto curto, de cinco ou seis páginas: saiu de mim como um mi- lagre, numa noite, e quando finalmente fui dormir estava exausta, atônita, estupefata. (Adaptado de: GINZBURG, Natalia. As pequenas virtudes. Trad. Maurí- cio Santana Dias. São Paulo: Cosac Naify, 2015, p, 72-77, passim) As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas em: (A) As palavras que a alguém ocorrem deitar no papel acabam por identificar o estilo mesmo de quem as escreveu. (B) Gaba-se a autora de que às palavras a que recorre nunca falta a espontaneidade dos bons escritos. (C) Faltam às tarefas outras de que poderiam se incumbir a fa- cilidade que encontra ela em escrever seus textos. (D) Os possíveis entraves para escrever um conto, revela a au- tora, logo se dissipou em sua primeira tentativa. (E) Não haveria de surgir impulsos mais fortes, para essa escri- tora, do que os que a levaram a imaginar histórias 13. FCC - 2022 - TJ-CE - Analista Judiciário - Ciência da Compu- tação - Infraestrutura de TI- Atenção: Para responder à questão, leia o início do conto “Missa do Galo”, de Machado de Assis. Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela, trinta. Era noite de Natal. Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo, preferi não dormir; combinei que eu iria acordá-lo à meia-noite. A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Me- neses, que fora casado, em primeiras núpcias, com uma de minhas primas. Asegunda mulher, Conceição, e a mãe desta acolheram- -me bem quando vim de Mangaratiba para o Rio de Janeiro, meses antes, a estudar preparatórios. Vivia tranquilo, naquela casa asso- bradada da Rua do Senado, com os meus livros, poucas relações, alguns passeios. A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas escravas. Costumes velhos. Às dez horas da noite toda a gen- te estava nos quartos; às dez e meia a casa dormia. Nunca tinha ido ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro, pedi-lhe que me levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra fazia uma careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, vestia-se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais tarde é que eu soube que o teatro era um eufemismo em ação. Meneses trazia amores com uma senhora, separada do marido, e dormia fora de casa uma vez por semana. Conceição padecera, a princípio, com a existência da comborça*; mas afinal, resignara-se, acostumara-se, e acabou achando que era muito direito. Boa Conceição! Chamavam-lhe “a santa”, e fazia jus ao título, tão facilmente suportava os esquecimentos do marido. Em verdade, era um temperamento moderado, sem extremos, nem grandes lágrimas, nem grandes risos. Tudo nela era atenuado e pas- sivo. O próprio rosto era mediano, nem bonito nem feio. Era o que chamamos uma pessoa simpática. Não dizia mal de ninguém, per- doava tudo. Não sabia odiar; pode ser até que não soubesse amar. Naquela noite de Natal foi o escrivão ao teatro. Era pelos anos de 1861 ou 1862. Eu já devia estar em Mangaratiba, em férias; mas fiquei até o Natal para ver “a missa do galo na Corte”. A família recolheu-se à hora do costume; eu meti-me na sala da frente, vesti- do e pronto. Dali passaria ao corredor da entrada e sairia sem acor- dar ninguém. Tinha três chaves a porta; uma estava com o escrivão, eu levaria outra, a terceira ficava em casa. — Mas, Sr. Nogueira, que fará você todo esse tempo? per- guntou-me a mãe de Conceição. — Leio, D. Inácia. Tinha comigo um romance, os Três Mosqueteiros, velha tradução creio do Jornal do Comércio. Sentei-me à mesa que havia no centro da sala, e à luz de um candeeiro de querosene, enquanto a casa dormia, trepei ainda uma vez ao cavalo magro de D’Artag- nan e fui-me às aventuras. Os minutos voavam, ao contrário do que costumam fazer, quando são de espera; ouvi bater onze horas, mas quase sem dar por elas, um acaso. Entretanto, um pequeno rumor que ouvi dentro veio acordar-me da leitura. (Adaptado de: Machado de Assis. Contos: uma antologia. São Paulo: Companhia das Letras, 1988) LÍNGUA PORTUGUESA 5050 a solução para o seu concurso! Editora *comborça: qualificação humilhante da amante de homem ca- sado Verifica-se o emprego de vírgula para assinalar a supressão de um verbo em: (A) A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas escravas. (B) Tinha três chaves a porta; uma estava com o escrivão, eu levaria outra, a terceira ficava em casa. (C) A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Me- neses, que fora casado, em primeiras núpcias, com uma de mi- nhas primas. (D) Nunca pude entender a conversação que tive com uma se- nhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela, trinta. (E) Vivia tranquilo, naquela casa assobradada da Rua do Sena- do, com os meus livros, poucas relações, alguns passeios. 14. FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área Administrativa- Crimes ditos “passionais” A história da humanidade registra poucos casos de mulhe- res que mataram por se sentirem traídas ou desprezadas. Não sabe- mos, ainda, se a emancipação feminina irá trazer também esse tipo de igualdade: a igualdade no crime e na violência. Provavelmente, não. O crime dado como passional costuma ser uma reação daque- le que se sente “possuidor” da vítima. O sentimento de posse, por sua vez, decorre não apenas do relacionamento sexual, mas tam- bém do fator econômico: o homem é, em boa parte dos casos, o responsável maior pelo sustento da casa. Por tudo isso, quando ele se vê contrariado, repelido ou traído, acha-se no direito de matar. O que acontece com os homens que matam mulheres quan- do são levados a julgamento? São execrados ou perdoados? Como reage a sociedade e a Justiça brasileiras diante da brutalidade que se tenta justificar como resultante da paixão? Há decisões estapa- fúrdias, sentenças que decorrem mais em função da eloquência dos advogados e do clima emocional prevalecente entre os jurados do que das provas dos autos. Vejam-se, por exemplo, casos de crimes passionais cujos res- ponsáveis acabaram sendo inocentados com o argumento de que houve uma “legítima defesa da honra”, que não existe na lei. Os motivos que levam o criminoso passional a praticar o ato delituoso têm mais a ver com os sentimentos de vingança, ódio, rancor, frus- tração, vaidade ferida, narcisismo maligno, prepotência, egoísmo do que com o verdadeiro sentimento de honra. A evolução da posição da mulher na sociedade e o desmo- ronamento dos padrões patriarcais tiveram grande repercussão nas decisões judiciais mais recentes, sobretudo nos crimes passionais. A sociedade brasileira vem se dando conta de que mulheres não podem ser tratadas como cidadãs de segunda categoria, submeti- das ao poder de homens que, com o subterfúgio da sua “paixão”, vinham assumindo o direito de vida e morte sobre elas. (Adaptado de: ELUF, Luiza Nagib. A paixão no banco dos réus. São Paulo: Saraiva, 2002, XI-XIV, passim) É inteiramente regular a pontuação do seguinte período: (A) A autora do texto reclama, com senso de justiça que não se considere passional um crime movido pelo rancor, e pelo ódio. (B) Como reage, a sociedade, quando se vê diante desses cri- mes em que, a paixão alegada, vale como uma atenuante. (C) Tratadas há muito, como cidadãs de segunda classe, as mu- lheres, aos poucos, têm garantido seus direitos fundamentais. (D) Não é a paixão, mas sim, os motivos mais torpes, que es- tão na raiz mesma, dos crimes hediondos apresentados como passionais. (E) Há advogados cuja retórica, encenada em tom emocional, acaba por convencer o júri, inocentando assim um frio crimi- noso. 15. FCC - 2022 - DPE-AM - Analista Jurídico de Defensoria - Ci- ências Jurídicas Considere o texto abaixo para responder à questão. [Viver a pressa] Há uma continuidade entre a lógica intensamente competitiva e calculista do mundo do trabalho e aquilo que somos e fazemos nas horas em que estamos fora dele. O vírus da pressa alastra-se em nossos dias de uma forma tão epidêmica como a peste em outros tempos: a frequência do acesso a um website despenca caso ele seja mais lento que um site rival. Mais de um quinto dos usuários da internet desistem de um vídeo caso ele demore mais que cinco segundos para carregar. Excitação efêmera, sinal de tédio à espreita. Estará longe o dia em que toda essa pressa deixe de ser uma obsessão? Será que a adaptação triunfante aos novos tempos da velocidade máxima aca- bará por esvaziar até mesmo a consciência dessa nossa degradação descontrolada? (Adaptado de: GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 88) Está plenamente adequada a pontuação do seguinte período: (A) Ao detectar, em nossos dias tão agitados, o vírus da pressa, que contamina não apenas o tempo do trabalho, mas também o tempo de outras ocupações, o autor mostra seu temor de que, se assim continuar, nossa civilização se degradará. (B) Ao detectar em nossos dias, tão agitados o vírus da pressa, que contamina não apenas o tempo do trabalho mas, também, o tempo de outras ocupações, o autor mostra seu temor, de que, se assim continuar, nossa civilização se degradará. (C) Ao detectar, em nossos dias tão agitados o vírus da pressa, que contamina, não apenas o tempo do trabalho mas também o tempo de outras ocupações, o autor mostra seu temor de que, se assim continuar nossa civilização, se degradará.(D) Ao detectar em nossos dias tão agitados, o vírus da pressa que contamina, não apenas o tempo do trabalho mas, também o tempo, de outras ocupações, o autor mostra seu temor de que, se assim continuar nossa civilização se degradará. (E) Ao detectar em nossos dias tão agitados o vírus, da pressa que contamina não apenas o tempo do trabalho, mas também o tempo de outras ocupações, o autor mostra, seu temor, de que, se assim continuar nossa civilização se degradará. LÍNGUA PORTUGUESA 51 a solução para o seu concurso! Editora 16. FCC - 2020 - AL-AP - Analista Legislativo - Assessor Jurídico Legislativo- Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo. Distribuição justa A justiça de um resultado distributivo das riquezas depende das dotações iniciais dos participantes e da lisura do processo do qual ele decorre. Do ponto de vista coletivo, a questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, es- forços e valores diferenciados dos indivíduos, ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem e no processo, de uma profun- da falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares ou da discriminação racial, sexual, de gênero ou religiosa? A condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer, um risco comum, a todos, passa a exercer um papel mais decisivo na definição de seu futuro do que qualquer ou- tra coisa ou escolha que possa fazer no ciclo da vida. A falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envene- na os valores da convivência. A igualdade de oportunidades está na origem da emancipação das pessoas. Crianças e jovens precisam ter a oportunidade de desenvolver seus talentos de modo a ampliar seu leque de escolhas possíveis na vida prática e eleger seus proje- tos, apostas e sonhos de realização. (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Com- panhia das Letras, 2016, p. 106) No emprego das formas verbais, são regulares a flexão e a con- cordância na frase: (A) Se ninguém se dispuser a mudar esse processo, ou vir pelo menos a reavaliá-lo, não se fará justiça quanto às riquezas a se distribuir. (B) À medida que se recomporem as condições iniciais do pro- cesso, será maior a possibilidade de se atenderem a cada um de seus ideais. (C) Se não se contiverem os vícios do processo de distribuição das riquezas, ele seguirá sendo envenenado pelas mesmas in- justiças. (D) Caso não se retenhem seus pecados de origem, a distribui- ção de riquezas não alcançará os objetivos da justiça que se desejam fazer. (E) Como eles não requiseram maior igualdade de oportunida- des, viram-se prejudicados pelo processo a que se deram um referendo. 17. FCC - 2022 - TJ-CE - Analista Judiciário - Ciência da Compu- tação - Sistemas da Informação- 1. Qual é a principal obra que produzem os autores e narrado- res dos novos gêneros autobiográficos? Um personagem chamado eu. O que todos criam e recriam ao performar as suas vidas nas vitrines interativas de hoje é a própria personalidade. 2. A autoconstrução de si como um personagem visível seria uma das metas prioritárias de grande parte dos relatos cotidianos, compostos por imagens autorreferentes, numa sorte de espetáculo pessoal em diálogo com os demais membros das diversas redes. 3. Por isso, os canais de comunicação das mídias sociais da inte- met são também ferramentas para a criação de si. Esses instrumen- tos de autoestilização agora se encontram à disposição de qualquer um. Isso significa um setor crescente da população mundial, mas também, ao mesmo tempo, remete a outro sentido dessa expres- são. “Qualquer um” significa ninguém extraordinário, em princípio, por ter produzido alguma coisa excepcional, e que tampouco se vê impelido a fazê-lo para virar um personagem público. A insistência nessa ideia de que “agora qualquer um pode” encontra-se no ceme das louvações democratizantes plasmadas em conceitos como os de “inclusão digital”, recorrentes nas análises mais entusiastas des- tes fenômenos, tanto no âmbito acadêmico como no jornalístico. 4. Em que pese a suposta liberdade de escolha de cada usuário, há códigos implícitos e fórmulas bastante explícitas para o sucesso dessa autocriação. 5. As diversas versões dessas personalidades que performam em múltiplas telas admitem certa variabilidade individual, mas cos- tumam partir de uma base comum. Essa modalidade subjetiva que hoje triunfa está impregnada com alguns vestígios do estilo do artis- ta romântico, mas não se trata de alguém que procura produzir uma obra independente do seu criador. Ao invés disso, toda a energia e os recursos estilísticos estão dirigidos a que esse autor de si mesmo seja capaz de criar um personagem dotado de uma personalidade atraente. Trata-se de uma obra para ser vista e, nessa exposição, a obra precisa conquistar os aplausos do público. É uma subjetividade que se autocria em contato permanente com o olhar alheio, algo que se cinzela a todo momento para ser compartilhado, curtido, co- mentado e admirado. Por isso, trata-se de um tipo de construção de si alterdirigida, recorrendo aos conceitos propostos pelo sociólogo David Riesman, no livro A multidão solitária. (Adaptado de: Paula Sibilia. O show do eu: a intimidade como espetá- culo. Contraponto, edição digital) Está correta a redação da seguinte frase: (A) Têm-se que o modo de vida dos jovens mais abastados das grandes cidades estadunidenses estão no cerne do novo tipo de personalidade das mídias sociais. (B) Diariamente exibe-se fotografias autorreferentes nas mí- dias sociais, fazendo de seus autores um tipo de personagem já visto no cinema e na televisão. (C) Por tratar-se de uma obra à ser vista, os relatos autobio- gráficos encontrados nas mídias sociais, precisam conquistar grande audiência. (D) Como é sabido, existe inúmeras estratégias de autopromo- ção com o intuito de aumentar a visibilidade de uma persona- lidade virtual. (E) Grande parte dos relatos cotidianos encontrados nas mídias sociais possui como meta a autopromoção da própria perso- nalidade. 18. FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área Administrativa- Crimes ditos “passionais” A história da humanidade registra poucos casos de mulhe- res que mataram por se sentirem traídas ou desprezadas. Não sabe- mos, ainda, se a emancipação feminina irá trazer também esse tipo de igualdade: a igualdade no crime e na violência. Provavelmente, não. O crime dado como passional costuma ser uma reação daque- le que se sente “possuidor” da vítima. O sentimento de posse, por LÍNGUA PORTUGUESA 5252 a solução para o seu concurso! Editora sua vez, decorre não apenas do relacionamento sexual, mas tam- bém do fator econômico: o homem é, em boa parte dos casos, o responsável maior pelo sustento da casa. Por tudo isso, quando ele se vê contrariado, repelido ou traído, acha-se no direito de matar. O que acontece com os homens que matam mulheres quan- do são levados a julgamento? São execrados ou perdoados? Como reage a sociedade e a Justiça brasileiras diante da brutalidade que se tenta justificar como resultante da paixão? Há decisões estapa- fúrdias, sentenças que decorrem mais em função da eloquência dos advogados e do clima emocional prevalecente entre os jurados do que das provas dos autos. Vejam-se, por exemplo, casos de crimes passionais cujos res- ponsáveis acabaram sendo inocentados com o argumento de que houve uma “legítima defesa da honra”, que não existe na lei. Os motivos que levam o criminoso passional a praticar o ato delituoso têm mais a ver com os sentimentos de vingança, ódio, rancor, frus- tração, vaidade ferida, narcisismo maligno, prepotência, egoísmo do que com o verdadeiro sentimento de honra. A evolução da posição da mulher na sociedade e o desmo- ronamento dos padrões patriarcais tiveramgrande repercussão nas decisões judiciais mais recentes, sobretudo nos crimes passionais. A sociedade brasileira vem se dando conta de que mulheres não podem ser tratadas como cidadãs de segunda categoria, submeti- das ao poder de homens que, com o subterfúgio da sua “paixão”, vinham assumindo o direito de vida e morte sobre elas. (Adaptado de: ELUF, Luiza Nagib. A paixão no banco dos réus. São Paulo: Saraiva, 2002, XI-XIV, passim) Considere as orações: I. Há crimes ditos passionais. II. Os agentes desses crimes são por vezes inocentados. III. Os inocentados alegam legítima defesa da honra. Essas orações articulam-se de modo claro, correto e coerente neste período único: (A) São ditos passionais os crimes inocentados, por alegarem os criminosos, por vezes, legítima defesa da honra. (B) É a legítima defesa da honra a alegação de que os agentes de crimes ditos passionais usam ao serem inocentados. (C) Os inocentados agentes de crimes ditos passionais, alegam a razão da legítima defesa da honra. (D) Ao alegarem legítima defesa da honra, são por vezes ino- centados os agentes dos crimes ditos passionais. (E) São por vezes inocentados, sendo alegado legítima defesa da honra, os agentes de crimes ditos passionais. 19. FCC - 2019 - SANASA Campinas - Técnico de Instrumentação - Automação de Processos- Diversos países estão propondo alternativas para enfrentar o problema da poluição oceânica, mas, até o momento, não tomaram quaisquer medidas concretas.A organização holandesa The Ocean Cleanup resolveu dar um passo à frente e assumir a missão de com- bater a poluição oceânica nos próximos anos. A organização desenvolveu uma tecnologia para erradicar os plásticos que poluem os mares do planeta e pretende começar a limpar o Great Pacific Garbage Patch (a maior coleção de detritos marinhos do mundo), no Oceano Pacífico Norte, utilizando seu sis- tema de limpeza recentemente redesenhado. Em resumo, a ideia principal do projeto é deixar as correntes oceânicas fazer todo o trabalho. Uma rede de telas em forma de “U” coletaria o plástico flutuante até um ponto central. O plástico concentrado poderia, então, ser extraído e enviado à costa maríti- ma para fins de reciclagem. (Texto adaptado. Disponível em: https://futuroexponencial.com) Em resumo, a ideia principal do projeto é deixar as correntes oceânicas fazer todo o trabalho. (3° parágrafo) O conteúdo da frase acima está preservado nesta outra reda- ção, respeitando-se as regras de ortografia e acentuação: (A) Em sintese, a ideia principal do projeto equivale a deixar que as correntes oceânicas furtem-se a quaisquer trabalhos. (B) Para sintetisar, a ideia principal do projeto tem haver com deixar que as correntes oceânicas executem o trabalho inte- gralmente. (C) De modo suscinto, a ideia principal do projeto está em dei- xar que as correntes oceânicas desempenhem qualquer traba- lho. (D) Em poucas palavras, a ideia principal do projeto consiste em deixar que as correntes oceânicas realizem o trabalho com- pleto. (E) Sem mais delongas, a ideia principal do projeto assemelha- -se a deixar que as correntes oceânicas desempenhem hesito- samente o trabalho. 20. FCC - 2018 - SABESP - Estagiário - Nível Médio- A concordân- cia, a ortografia e a acentuação estão plenamente corretas na frase que se encontra em: (A) Falta e ausência têm em quaizquer seres humanos. (B) Não hão falta e ausência em uma série de individuos. (C) Não existem falta e ausência como sentimentos humanos. (D) Todos nós nos sentimos em falta para com o outro as vezes. (E) Não haviam falta e ausência em nós quando eramos crian- ças. 21. (IF BAIANO - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – IF-BA – 2019) Acerca de seus conhecimentos em redação oficial, é correto afirmar que o vocativo adequado a um texto no padrão ofício desti- nado ao presidente do Congresso Nacional é (A) Senhor Presidente. (B) Excelentíssimo Senhor Presidente. (C) Presidente. (D) Excelentíssimo Presidente. (E) Excelentíssimo Senhor. LÍNGUA PORTUGUESA 53 a solução para o seu concurso! Editora 22. (CÂMARA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE - AUXILIAR ADMINISTRATIVO - INSTITUTO AOCP - 2019 ) Referente à aplicação de elementos de gramática à redação ofi- cial, os sinais de pontuação estão ligados à estrutura sintática e têm várias finalidades. Assinale a alternativa que apresenta a pontuação que pode ser utilizada em lugar da vírgula para dar ênfase ao que se quer dizer. (A) Dois-pontos. (B) Ponto-e-vírgula. (C) Ponto-de-interrogação. (D) Ponto-de-exclamação. 23. (UNIR - TÉCNICO DE LABORATÓRIO - ANÁLISES CLÍNICAS- AOCP – 2018) Pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Em relação à reda- ção de documentos oficiais, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, os itens a seguir. A língua tem por objetivo a comunicação. Alguns elementos são necessários para a comunicação: a) emissor, b) receptor, c) con- teúdo, d) código, e) meio de circulação, f) situação comunicativa. Com relação à redação oficial, o emissor é o Serviço Público (Minis- tério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção). O assunto é sempre referente às atribuições do órgão que comunica. O desti- natário ou receptor dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União. ( ) CERTO ( ) ERRADO 24. (IF-SC - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO- IF-SC - 2019 ) Determinadas palavras são frequentes na redação oficial. Conforme as regras do Acordo Ortográfico que entrou em vigor em 2009, assinale a opção CORRETA que contém apenas palavras grafadas conforme o Acordo. I. abaixo-assinado, Advocacia-Geral da União, antihigiênico, ca- pitão de mar e guerra, capitão-tenente, vice-coordenador. II. contra-almirante, co-obrigação, coocupante, decreto-lei, di- retor-adjunto, diretor-executivo, diretor-geral, sócio-gerente. III. diretor-presidente, editor-assistente, editor-chefe, ex-dire- tor, general de brigada, general de exército, segundo-secretário. IV. matéria-prima, ouvidor-geral, papel-moeda, pós-graduação, pós-operatório, pré-escolar, pré-natal, pré-vestibular; Secretaria- -Geral. V. primeira-dama, primeiro-ministro, primeiro-secretário, pró- -ativo, Procurador-Geral, relator-geral, salário-família, Secretaria- -Executiva, tenente-coronel. Assinale a alternativa CORRETA: (A) As afirmações I, II, III e V estão corretas. (B) As afirmações II, III, IV e V estão corretas. (C) As afirmações II, III e IV estão corretas. (D) As afirmações I, II e IV estão corretas. (E) As afirmações III, IV e V estão corretas. 25. ( PC-MG - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - FUMARC – 2018) Na Redação Oficial, exige-se o uso do padrão formal da língua. Portanto, são necessários conhecimentos linguísticos que funda- mentem esses usos. Analise o uso da vírgula nas seguintes frases do Texto 3: 1. Um crime bárbaro mobilizou a Polícia Militar na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, ontem. 2. O rapaz, de 22 anos, se apresentou espontaneamente à 9ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) e deu detalhes do crime. 3. Segundo a polícia, o jovem informou que tinha um relaciona- mento difícil com a mãe e teria discutido com ela momentos antes de desferir os golpes. INDIQUE entre os parênteses a justificativa adequada para uso da vírgula em cada frase. ( ) Para destacar deslocamento de termos. ( ) Para separar adjuntos adverbiais. ( ) Para indicar um aposto. A sequência CORRETA, de cima para baixo, é: (A) 1 – 2 – 3. (B) 2 – 1 – 3. (C) 3 – 1 – 2. (D) 3 – 2 – 1. GABARITO 1 D 2 A 3 D 4 A 5 D 6 E 7 A 8 A 9 E 10 E 11 D 12 B 13 D 14 E 15 A 16 C 17 E 18 D 19 D 20 C 21 B LÍNGUA PORTUGUESA 5454 a solução para o seu concurso! Editora 22 B 23 CERTO 24 E 25 C ANOTAÇÕES ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ 55 a solução para o seu concurso! Editora INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA INFORMÁTICA BÁSICA. HARDWARES E PERIFÉRICOS Hardware O hardware são as partes físicas de um computador. Isso inclui a Unidade Central de Processamento (CPU), unidades de armazenamento, placas mãe, placas de vídeo, memória, etc.1. Outras partes extras chamados componentes ou dispositivos periféricos incluem o mouse, impressoras, modems, scanners, câmeras, etc. Para que todos esses componentes sejam usados apropriadamente dentro de um computador, é necessário que a funcionalidade de cada um dos componentes seja traduzida para algo prático. Surge então a função do sistema operacional, que faz o intermédio desses componentes até sua função final, como, por exemplo, processar os cálculos na CPU que resultam em uma imagem no monitor, processar os sons de um arquivo MP3 e mandar para a placa de som do seu computador, etc. Dentro do sistema operacional você ainda terá os programas, que dão funcionalidades diferentes ao computador. Gabinete O gabinete abriga os componentes internos de um computador, incluindo a placa mãe, processador, fonte, discos de armazenamento, leitores de discos, etc. Um gabinete pode ter diversos tamanhos e designs. Gabinete.2 1 https://www.palpitedigital.com/principais-componentes-inter- nos-pc-perifericos-hardware-software/#:~:text=O%20hardware%20 s%C3%A3o%20as%20partes,%2C%20scanners%2C%20c%C3%A2me- ras%2C%20etc. 2 https://www.chipart.com.br/gabinete/gabinete-gamer-gamemax- -shine-g517-mid-tower-com-1-fan-vidro-temperado-preto/2546 Processador ou CPU (Unidade de Processamento Central) É o cérebro de um computador. É a base sobre a qual é construída a estrutura de um computador. Uma CPU funciona, basicamente, como uma calculadora. Os programas enviam cálculos para o CPU, que tem um sistema próprio de “fila” para fazer os cálculos mais importantes primeiro, e separar também os cálculos entre os núcleos de um computador. O resultado desses cálculos é traduzido em uma ação concreta, como por exemplo, aplicar uma edição em uma imagem, escrever um texto e as letras aparecerem no monitor do PC, etc. A velocidade de um processador está relacionada à velocidade com que a CPU é capaz de fazer os cálculos. CPU.3 Coolers Quando cada parte de um computador realiza uma tarefa, elas usam eletricidade. Essa eletricidade usada tem como uma consequência a geração de calor, que deve ser dissipado para que o computador continue funcionando sem problemas e sem engasgos no desempenho. Os coolers e ventoinhas são responsáveis por promover uma circulação de ar dentro da case do CPU. Essa circulação de ar provoca uma troca de temperatura entre o processador e o ar que ali está passando. Essa troca de temperatura provoca o resfriamento dos componentes do computador, mantendo seu funcionamento intacto e prolongando a vida útil das peças. Cooler.4 3 https://www.showmetech.com.br/porque-o-processador-e-uma-pe- ca-importante 4 https://www.terabyteshop.com.br/produto/10546/cooler-deepcool- INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 5656 a solução para o seu concurso! Editora Placa-mãe Se o CPU é o cérebro de um computador, a placa-mãe é o esqueleto. A placa mãe é responsável por organizar a distribuição dos cálculos para o CPU, conectando todos os outros componentes externos e internos ao processador. Ela também é responsável por enviar os resultados dos cálculos para seus devidos destinos. Uma placa mãe pode ser on-board, ou seja, com componentes como placas de som e placas de vídeo fazendo parte da própria placa mãe, ou off-board, com todos os componentes sendo conectados a ela. Placa-mãe.5 Fonte É responsável por fornecer energia às partes que compõe um computador, de forma eficiente e protegendo as peças de surtos de energia. Fonte 6 -gammaxx-c40-dp-mch4-gmx-c40p-intelam4-ryzen 5 https://www.terabyteshop.com.br/produto/9640/placa-mae-biostar- -b360mhd-pro-ddr4-lga-1151 6 https://www.magazineluiza.com.br/fonte-atx-alimentacao-pc-230w- Placas de vídeo Permitem que os resultados numéricos dos cálculos de um processador sejam traduzidos em imagens e gráficos para aparecer em um monitor. Placa de vídeo 7 Periféricos de entrada, saída e armazenamento São placas ou aparelhos que recebem ou enviam informações para o computador. São classificados em: – Periféricos de entrada: são aqueles que enviam informações para o computador. Ex.: teclado, mouse, scanner, microfone, etc. Periféricos de entrada.8 -01001-xway/p/dh97g572hc/in/ftpc 7https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2012/12/conheca-me- lhores-placas-de-video-lancadas-em-2012.html 8https://mind42.com/public/970058ba-a8f4-451b-b121-3ba- 35c51e1e7 INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 57 a solução para o seu concurso! Editora – Periféricos de saída: São aqueles que recebem informações do computador. Ex.: monitor, impressora,caixas de som. Periféricos de saída.9 – Periféricos de entrada e saída: são aqueles que enviam e recebem informações para/do computador. Ex.: monitor touchscreen, drive de CD – DVD, HD externo, pen drive, impressora multifuncional, etc. Periféricos de entrada e saída.10 – Periféricos de armazenamento: são aqueles que armazenam informações. Ex.: pen drive, cartão de memória, HD externo, etc. Periféricos de armazenamento.11 9 https://aprendafazer.net/o-que-sao-os-perifericos-de-saida-para- -que-servem-e-que-tipos-existem 10 https://almeida3.webnode.pt/trabalhos-de-tic/dispositivos-de-en- trada-e-saida 11 https://www.slideshare.net/contatoharpa/perifricos-4041411 Software Software é um agrupamento de comandos escritos em uma linguagem de programação12. Estes comandos, ou instruções, criam as ações dentro do programa, e permitem seu funcionamento. Um software, ou programa, consiste em informações que podem ser lidas pelo computador, assim como seu conteúdo audiovisual, dados e componentes em geral. Para proteger os direitos do criador do programa, foi criada a licença de uso. Todos estes componentes do programa fazem parte da licença. A licença é o que garante o direito autoral do criador ou distribuidor do programa. A licença é um grupo de regras estipuladas pelo criador/distribuidor do programa, definindo tudo que é ou não é permitido no uso do software em questão. Os softwares podem ser classificados em: – Software de Sistema: o software de sistema é constituído pelos sistemas operacionais (S.O). Estes S.O que auxiliam o usuário, para passar os comandos para o computador. Ele interpreta nossas ações e transforma os dados em códigos binários, que podem ser processados – Software Aplicativo: este tipo de software é, basicamente, os programas utilizados para aplicações dentro do S.O., que não estejam ligados com o funcionamento do mesmo. Exemplos: Word, Excel, Paint, Bloco de notas, Calculadora. – Software de Programação: são softwares usados para criar outros programas, a parir de uma linguagem de programação, como Java, PHP, Pascal, C+, C++, entre outras. – Software de Tutorial: são programas que auxiliam o usuário de outro programa, ou ensine a fazer algo sobre determinado assunto. – Software de Jogos: são softwares usados para o lazer, com vários tipos de recursos. – Software Aberto: é qualquer dos softwares acima, que tenha o código fonte disponível para qualquer pessoa. Todos estes tipos de software evoluem muito todos os dias. Sempre estão sendo lançados novos sistemas operacionais, novos games, e novos aplicativos para facilitar ou entreter a vida das pessoas que utilizam o computador. WINDOWS 10: PAINEL DE CONTROLE Lançado em 2015, O Windows 10 chega ao mercado com a proposta ousada, juntar todos os produtos da Microsoft em uma única plataforma. Além de desktops e notebooks, essa nova versão equipará smartphones, tablets, sistemas embarcados, o console Xbox One e produtos exclusivos, como o Surface Hub e os óculos de realidade aumentada HoloLens13. Versões do Windows 10 – Windows 10 Home: edição do sistema operacional voltada para os consumidores domésticos que utilizam PCs (desktop e notebook), tablets e os dispositivos “2 em 1”. 12 http://www.itvale.com.br 13 https://estudioaulas.com.br/img/ArquivosCurso/materialDemo/ SlideDemo-4147.pdf INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 5858 a solução para o seu concurso! Editora – Windows 10 Pro: o Windows 10 Pro também é voltado para PCs (desktop e notebook), tablets e dispositivos “2 em 1”, mas traz algumas funcionalidades extras em relação ao Windows 10 Home, os quais fazem com que essa edição seja ideal para uso em pequenas empresas, apresentando recursos para segurança digital, suporte remoto, produtividade e uso de sistemas baseados na nuvem. – Windows 10 Enterprise: construído sobre o Windows 10 Pro, o Windows 10 Enterprise é voltado para o mercado corporativo. Os alvos dessa edição são as empresas de médio e grande porte, e o Sistema apresenta capacidades que focam especialmente em tecnologias desenvolvidas no campo da segurança digital e produtividade. – Windows 10 Education: Construída a partir do Windows 10 Enterprise, essa edição foi desenvolvida para atender as necessidades do meio escolar. – Windows 10 Mobile: o Windows 10 Mobile é voltado para os dispositivos de tela pequena cujo uso é centrado no touchscreen, como smartphones e tablets – Windows 10 Mobile Enterprise: também voltado para smartphones e pequenos tablets, o Windows 10 Mobile Enterprise tem como objetivo entregar a melhor experiência para os consumidores que usam esses dispositivos para trabalho. – Windows 10 IoT: edição para dispositivos como caixas eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de atendimento para o varejo e robôs industriais – todas baseadas no Windows 10 Enterprise e Windows 10 Mobile Enterprise. – Windows 10 S: edição otimizada em termos de segurança e desempenho, funcionando exclusivamente com aplicações da Loja Microsoft. – Windows 10 Pro – Workstation: como o nome sugere, o Windows 10 Pro for Workstations é voltado principalmente para uso profissional mais avançado em máquinas poderosas com vários processadores e grande quantidade de RAM. Área de Trabalho (pacote aero) Aero é o nome dado a recursos e efeitos visuais introduzidos no Windows a partir da versão 7. Área de Trabalho do Windows 10.14 14 https://edu.gcfglobal.org/pt/tudo-sobre-o-windows-10/sobre-a-area-de-trabalho-do-windows-10/1/ INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 59 a solução para o seu concurso! Editora Aero Glass (Efeito Vidro) Recurso que deixa janelas, barras e menus transparentes, parecendo um vidro. Efeito Aero Glass.15 Aero Flip (Alt+Tab) Permite a alternância das janelas na área de trabalho, organizando-as de acordo com a preferência de uso. Efeito Aero Flip. 15 https://www.tecmundo.com.br/windows-10/64159-efeito-aero-glass-lancado-mod-windows-10.htm INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 6060 a solução para o seu concurso! Editora Aero Shake (Win+Home) Ferramenta útil para quem usa o computador com multitarefas. Ao trabalhar com várias janelas abertas, basta “sacudir” a janela ativa, clicando na sua barra de título, que todas as outras serão minimizadas, poupando tempo e trabalho. E, simplesmente, basta sacudir novamente e todas as janelas serão restauradas. Efeito Aero Shake (Win+Home) Aero Snap (Win + Setas de direção do teclado) Recurso que permite melhor gerenciamento e organização das janelas abertas. Basta arrastar uma janela para o topo da tela e a mesma é maximizada, ou arrastando para uma das laterais a janela é dividida de modo a ocupar metade do monitor. Efeito Aero Snap. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 61 a solução para o seu concurso! Editora Aero Peek (Win+Vírgula – Transparência / Win+D – Minimizar Tudo) O Aero Peek (ou “Espiar área de trabalho”) permite que o usuário possa ver rapidamente o desktop. O recurso pode ser útil quando você precisar ver algo na área de trabalho, mas a tela está cheia de janelas abertas. Ao usar o Aero Peek, o usuário consegue ver o que precisa, sem precisar fechar ou minimizar qualquer janela. Recurso pode ser acessado por meio do botão Mostrar área de trabalho (parte inferior direita do Desktop). Ao posicionar o mouse sobre o referido botão, as janelas ficam com um aspecto transparente. Ao clicar sobre ele, as janelas serão minimizadas. Efeito Aero Peek. Menu Iniciar Algo que deixou descontente grande parte dos usuários do Windows 8 foi o sumiço do Menu Iniciar. O novo Windows veio com a missão de retornar com o Menu Iniciar, o que aconteceu de fato. Ele é dividido em duas partes: na direita, temos o padrão já visto nos Windows anteriores, como XP, Vista e 7, com a organização em lista dos programas. Já na direita temos uma versão compacta da Modern UI, lembrando muito os azulejos do Windows Phone 8. Menu Iniciar no Windows 10.16 16 https://pplware.sapo.pt/microsoft/windows/windows-10-5-dicas-usar-melhor-menu-iniciarINFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 6262 a solução para o seu concurso! Editora Nova Central de Ações A Central de Ações é a nova central de notificações do Windows 10. Ele funciona de forma similar à Central de Ações das versões anteriores e também oferece acesso rápido a recursos como modo Tablet, Bloqueio de Rotação, Luz noturna e VPN. Central de ações do Windows 10.17 Paint 3D O novo App de desenhos tem recursos mais avançados, especialmente para criar objetos em três dimensões. As ferramentas antigas de formas, linhas e pintura ainda estão lá, mas o design mudou e há uma seleção extensa de funções que prometem deixar o programa mais versátil. Para abrir o Paint 3D clique no botão Iniciar ou procure por Paint 3D na caixa de pesquisa na barra de tarefas. Paint 3D. Cortana Cortana é um/a assistente virtual inteligente do sistema operacional Windows 10. Além de estar integrada com o próprio sistema operacional, a Cortana poderá atuar em alguns aplicativos específicos. Esse é o caso do Microsoft Edge, o navegador padrão do Windows 10, que vai trazer a assistente pessoal como uma de suas funcionalidades nativas. O assistente pessoal inteligente que entende quem você é, onde você está e o que está fazendo. O Cortana pode ajudar quando for solicitado, por meio de informações-chave, sugestões e até mesmo executá-las para você com as devidas permissões. Para abrir a Cortana selecionando a opção na Barra de Tarefas. Podendo teclar ou falar o tema que deseja. 17 Fonte: https://support.microsoft.com/pt-br/help/4026791/windows-how-to-open-action-center INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 63 a solução para o seu concurso! Editora Cortana no Windows 10.18 Microsot Edge O novo navegador do Windows 10 veio para substituir o Internet Explorer como o browser-padrão do sistema operacional da Microsoft. O programa tem como características a leveza, a rapidez e o layout baseado em padrões da web, além da remoção de suporte a tecnologias antigas, como o ActiveX e o Browser Helper Objects. Dos destaques, podemos mencionar a integração com serviços da Microsoft, como a assistente de voz Cortana e o serviço de armazenamento na nuvem OneDrive, além do suporte a ferramentas de anotação e modo de leitura. O Microsoft Edge é o primeiro navegador que permite fazer anotações, escrever, rabiscar e realçar diretamente em páginas da Web. Use a lista de leitura para salvar seus artigos favoritos para mais tarde e lê-los no modo de leitura . Focalize guias abertas para visualizá-las e leve seus favoritos e sua lista de leitura com você quando usar o Microsoft Edge em outro dispositivo. O Internet Explorer 11, ainda vem como acessório do Windows 10. Devendo ser descontinuado nas próximas atualizações. Para abrir o Edge clique no botão Iniciar , Microsoft Edge ou clique no ícone na barra de tarefas. Microsoft Edge no Windows 10. Windows Hello O Windows Hello funciona com uma tecnologia de credencial chamada Microsoft Passport, mais fácil, mais prática e mais segura do que usar uma senha, porque ela usa autenticação biométrica. O usuário faz logon usando face, íris, impressão digital, PIN, bluetooth do celular e senha com imagem. 18 https://www.tecmundo.com.br/cortana/76638-cortana-ganhar-novo-visual-windows-10-rumor.htm INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 6464 a solução para o seu concurso! Editora Para acessar o Windows Hello, clique no botão , selecione Configurações > Contas > Opções de entrada. Ou procure por Hello ou Configurações de entrada na barra de pesquisa. Windows Hello. Bibliotecas As Bibliotecas são um recurso do Windows 10 que permite a exibição consolidada de arquivos relacionados em um só local. Você pode pesquisar nas Bibliotecas para localizar os arquivos certos rapidamente, até mesmo quando esses arquivos estão em pastas, unidades ou em sistemas diferentes (quando as pastas são indexadas nos sistemas remotos ou armazenadas em cache localmente com Arquivos Offline). Tela Bibliotecas no Windows 10.19 19 https://agorafunciona.wordpress.com/2017/02/12/como-remover-as-pastas-imagens-da-camera-e-imagens-salvas INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 65 a solução para o seu concurso! Editora One Drive O OneDrive é serviço um de armazenamento e compartilhamento de arquivos da Microsoft. Com o Microsoft OneDrive você pode acessar seus arquivos em qualquer lugar e em qualquer dispositivo. O OneDrive é um armazenamento on-line gratuito que vem com a sua conta da Microsoft. É como um disco rígido extra que está disponível para todos os dispositivos que você usar. OneDivre.20 Manipulação de Arquivos É um conjunto de informações nomeadas, armazenadas e organizadas em uma mídia de armazenamento de dados. O arquivo está disponível para um ou mais programas de computador, sendo essa relação estabelecida pelo tipo de arquivo, identificado pela extensão recebida no ato de sua criação ou alteração. Há arquivos de vários tipos, identificáveis por um nome, seguido de um ponto e um sufixo com três (DOC, XLS, PPT) ou quatro letras (DOCX, XLSX), denominado extensão. Assim, cada arquivo recebe uma denominação do tipo arquivo.extensão. Os tipos mais comuns são arquivos de programas (executavel.exe), de texto (texto.docx), de imagens (imagem.bmp, eu.jpg), planilhas eletrônicas (tabela.xlsx) e apresentações (monografia.pptx). Pasta As pastas ou diretórios: não contém informação propriamente dita e sim arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é organizar tudo o que está dentro das unidades. O Windows utiliza as pastas do computador para agrupar documentos, imagens, músicas, aplicações, e todos os demais tipos de arquivos existentes. Para visualizar a estrutura de pastas do disco rígido, bem como os arquivos nela armazenados, utiliza-se o Explorador de Arquivos. Manipulação de arquivos e/ou pastas (Recortar/Copiar/Colar) Existem diversas maneiras de manipular arquivos e/ou pastas. 1. Através dos botões RECORTAR, COPIAR E COLAR. (Mostrados na imagem acima – Explorador de arquivos). 2. Botão direito do mouse. 3. Selecionando e arrastando com o uso do mouse (Atenção com a letra da unidade e origem e destino). 20 Fonte: https://tecnoblog.net/286284/como-alterar-o-local-da-pasta-do-onedrive-no-windows-10 INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 6666 a solução para o seu concurso! Editora Central de Segurança do Windows Defender A Central de Segurança do Windows Defender fornece a área de proteção contra vírus e ameaças. Para acessar a Central de Segurança do Windows Defender, clique no botão , selecione Configurações > Atualização e segurança > Windows Defender. Ou procure por Windows Defender na barra de pesquisa. Windows Defender.21 Lixeira A Lixeira armazena temporariamente arquivos e/ou pastas excluídos das unidades internas do computador (c:\). Para enviar arquivo para a lixeira: - Seleciona-lo e pressionar a tecla DEL. - Arrasta-lo para a lixeira. - Botão direito do mouse sobre o arquivo, opção excluir. - Seleciona-lo e pressionar CTRL+D. Arquivos apagados permanentemente: - Arquivos de unidades de rede. - Arquivos de unidades removíveis (pen drive, ssd card...). 21 Fonte: https://answers.microsoft.com/pt-br/protect/forum/all/central-de-seguran%C3%A7a-do-windows-defender/9ae1b77e-de- 7c-4ee7-b90f-4bf76ad529b1 INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 67 a solução para o seu concurso! Editora - Arquivos maiores do que a lixeira. (Tamanho da lixeira é mostrado em MB (megabytes) e pode variar de acordo com o tamanho do HD (disco rígido) do computador). - Deletar pressionando a tecla SHIFT. - Desabilitar a lixeira (Propriedades). Para acessar a Lixeira, clique no ícone correspondente na área de trabalho do Windows 10. Outros Acessórios do Windows 10 Existem outros, outros poderão ser lançados e incrementados, mas os relacionados a seguir são os mais populares: – Alarmes e relógio. – Assistência Rápida. – Bloco de Notas. – Calculadora. – Calendário. – Clima. – E-mail. – Facilidade de acesso (ferramenta destinada a deficientes físicos). – Ferramenta de Captura. – Gravadorde passos. – Internet Explorer. – Mapas. – Mapa de Caracteres. – Paint. – Windows Explorer. – WordPad. – Xbox. Principais teclas de atalho CTRL + F4: fechar o documento ativo. CTRL + R ou F5: atualizar a janela. CTRL + Y: refazer. CTRL + ESC: abrir o menu iniciar. CTRL + SHIFT + ESC: gerenciador de tarefas. WIN + A: central de ações. WIN + C: cortana. WIN + E: explorador de arquivos. WIN + H: compartilhar. WIN + I: configurações. WIN + L: bloquear/trocar conta. WIN + M: minimizar as janelas. WIN + R: executar. WIN + S: pesquisar. WIN + “,”: aero peek. WIN + SHIFT + M: restaurar as janelas. WIN + TAB: task view (visão de tarefas). WIN + HOME: aero shake. ALT + TAB: alternar entre janelas. WIN + X: menu de acesso rápido. F1: ajuda. MICROSOFT OFFICE 365: WORD, EXCEL, POWERPOINT, OUTLOOK Microsoft Office O Microsoft Office é um conjunto de aplicativos essenciais para uso pessoal e comercial, ele conta com diversas ferramentas, mas em geral são utilizadas e cobradas em provas o Editor de Textos – Word, o Editor de Planilhas – Excel, e o Editor de Apresentações – PowerPoint. A seguir verificamos sua utilização mais comum: Word O Word é um editor de textos amplamente utilizado. Com ele podemos redigir cartas, comunicações, livros, apostilas, etc. Vamos então apresentar suas principais funcionalidades. • Área de trabalho do Word Nesta área podemos digitar nosso texto e formata-lo de acordo com a necessidade. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 6868 a solução para o seu concurso! Editora • Iniciando um novo documento A partir deste botão retornamos para a área de trabalho do Word, onde podemos digitar nossos textos e aplicar as formatações desejadas. • Alinhamentos Ao digitar um texto, frequentemente temos que alinhá-lo para atender às necessidades. Na tabela a seguir, verificamos os alinhamentos automáticos disponíveis na plataforma do Word. GUIA PÁGINA INICIAL ALINHAMENTO TECLA DE ATALHO Justificar (arruma a direito e a esquerda de acordo com a margem Ctrl + J Alinhamento à direita Ctrl + G Centralizar o texto Ctrl + E Alinhamento à esquerda Ctrl + Q • Formatação de letras (Tipos e Tamanho) Presente em Fonte, na área de ferramentas no topo da área de trabalho, é neste menu que podemos formatar os aspectos básicos de nosso texto. Bem como: tipo de fonte, tamanho (ou pontuação), se será maiúscula ou minúscula e outros itens nos recursos automáticos. GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO Tipo de letra Tamanho Aumenta / diminui tamanho Recursos automáticos de caixa-altas e baixas Limpa a formatação • Marcadores Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da seguinte forma: Podemos então utilizar na página inicial os botões para operar diferentes tipos de marcadores automáticos: • Outros Recursos interessantes: GUIA ÍCONE FUNÇÃO Página inicial - Mudar Forma - Mudar cor de Fundo - Mudar cor do texto Inserir - Inserir Tabelas- Inserir Imagens Revisão Verificação e correção ortográfica Arquivo Salvar Excel O Excel é um editor que permite a criação de tabelas para cálculos automáticos, análise de dados, gráficos, totais automáticos, dentre outras funcionalidades importantes, que fazem parte do dia a dia do uso pessoal e empresarial. São exemplos de planilhas: – Planilha de vendas; – Planilha de custos. Desta forma ao inserirmos dados, os valores são calculados automaticamente. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 69 a solução para o seu concurso! Editora • Mas como é uma planilha de cálculo? – Quando inseridos em alguma célula da planilha, os dados são calculados automaticamente mediante a aplicação de fórmulas específicas do aplicativo. – A unidade central do Excel nada mais é que o cruzamento entre a linha e a coluna. No exemplo coluna A, linha 2 ( A2 ) – Podemos também ter o intervalo A1..B3 – Para inserirmos dados, basta posicionarmos o cursor na célula, selecionarmos e digitarmos. Assim se dá a iniciação básica de uma planilha. • Formatação células • Fórmulas básicas ADIÇÃO =SOMA(célulaX;célulaY) SUBTRAÇÃO =(célulaX-célulaY) MULTIPLICAÇÃO =(célulaX*célulaY) DIVISÃO =(célulaX/célulaY) • Fórmulas de comum interesse MÉDIA (em um intervalo de células) =MEDIA(célula X:célulaY) MÁXIMA (em um intervalo de células) =MAX(célula X:célulaY) MÍNIMA (em um intervalo de células) =MIN(célula X:célulaY) PowerPoint O PowerPoint é um editor que permite a criação de apresentações personalizadas para os mais diversos fins. Existem uma série de recursos avançados para a formatação das apresentações, aqui veremos os princípios para a utilização do aplicativo. • Área de Trabalho do PowerPoint Nesta tela já podemos aproveitar a área interna para escrever conteúdos, redimensionar, mover as áreas delimitadas ou até mesmo excluí-las. No exemplo a seguir, perceba que já movemos as caixas, colocando um título na superior e um texto na caixa inferior, também alinhamos cada caixa para ajustá-las melhor. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 7070 a solução para o seu concurso! Editora Perceba que a formatação dos textos é padronizada. O mesmo tipo de padrão é encontrado para utilizarmos entre o PowerPoint, o Word e o Excel, o que faz deles programas bastante parecidos, no que diz respeito à formatação básica de textos. Confira no tópico referente ao Word, itens de formatação básica de texto como: alinhamentos, tipos e tamanhos de letras, guias de marcadores e recursos gerais. Especificamente sobre o PowerPoint, um recurso amplamente utilizado a guia Design. Nela podemos escolher temas que mudam a aparência básica de nossos slides, melhorando a experiência no trabalho com o programa. Com o primeiro slide pronto basta duplicá-lo, obtendo vários no mesmo formato. Assim liberamos uma série de miniaturas, pelas quais podemos navegador, alternando entre áreas de trabalho. A edição em cada uma delas, é feita da mesma maneira, como já apresentado anteriormente. Percebemos agora que temos uma apresentação com quatro slides padronizados, bastando agora editá-lo com os textos que se fizerem necessários. Além de copiar podemos mover cada slide de uma posição para outra utilizando o mouse. As Transições são recursos de apresentação bastante utilizados no PowerPoint. Servem para criar breves animações automáticas para passagem entre elementos das apresentações. Tendo passado pelos aspectos básicos da criação de uma apresentação, e tendo a nossa pronta, podemos apresentá-la bastando clicar no ícone correspondente no canto inferior direito. Um último recurso para chamarmos atenção é a possibilidade de acrescentar efeitos sonoros e interativos às apresentações, levando a experiência dos usuários a outro nível. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 71 a solução para o seu concurso! Editora Office 2013 A grande novidade do Office 2013 foi o recurso para explorar a navegação sensível ao toque (TouchScreen), que está disponível nas versões 32 e 64. Em equipamentos com telas sensíveis ao toque (TouchScreen) pode-se explorar este recurso, mas em equipamentos com telas simples funciona normalmente. O Office 2013 conta com uma grande integração com a nuvem, desta forma documentos, configurações pessoais e aplicativos podem ser gravados no Skydrive, permitindo acesso através de smartfones diversos. • Atualizações no Word – O visual foi totalmente aprimorado para permitir usuários trabalhar com o toque na tela (TouchScreen); – As imagens podem ser editadas dentro do documento; – O modo leitura foi aprimorado de modo que textos extensos agora ficam disponíveis em colunas, em caso de pausa na leitura; – Pode-se iniciar do mesmo ponto parado anteriormente; – Podemos visualizar vídeos dentro do documento, bem como editar PDF(s). • Atualizações no Excel – Além de ter uma navegação simplificada, um novo conjunto de gráficos e tabelas dinâmicas estão disponíveis, dando ao usuário melhores formas de apresentar dados. – Também está totalmente integrado à nuvem Microsoft. • Atualizações no PowerPoint – O visual teve melhoriassignificativas, o PowerPoint do Office2013 tem um grande número de templates para uso de criação de apresentações profissionais; – O recurso de uso de múltiplos monitores foi aprimorado; – Um recurso de zoom de slide foi incorporado, permitindo o destaque de uma determinada área durante a apresentação; – No modo apresentador é possível visualizar o próximo slide antecipadamente; – Estão disponíveis também o recurso de edição colaborativa de apresentações. Office 2016 O Office 2016 foi um sistema concebido para trabalhar juntamente com o Windows 10. A grande novidade foi o recurso que permite que várias pessoas trabalhem simultaneamente em um mesmo projeto. Além disso, tivemos a integração com outras ferramentas, tais como Skype. O pacote Office 2016 também roda em smartfones de forma geral. • Atualizações no Word – No Word 2016 vários usuários podem trabalhar ao mesmo tempo, a edição colaborativa já está presente em outros produtos, mas no Word agora é real, de modo que é possível até acompanhar quando outro usuário está digitando; – Integração à nuvem da Microsoft, onde se pode acessar os documentos em tablets e smartfones; – É possível interagir diretamente com o Bing (mecanismo de pesquisa da Microsoft, semelhante ao Google), para utilizar a pesquisa inteligente; – É possível escrever equações como o mouse, caneta de toque, ou com o dedo em dispositivos touchscreen, facilitando assim a digitação de equações. • Atualizações no Excel – O Excel do Office 2016 manteve as funcionalidades dos anteriores, mas agora com uma maior integração com dispositivos móveis, além de ter aumentado o número de gráficos e melhorado a questão do compartilhamento dos arquivos. • Atualizações no PowerPoint – O PowerPoint 2016 manteve as funcionalidades dos anteriores, agora com uma maior integração com dispositivos moveis, além de ter aumentado o número de templates melhorado a questão do compartilhamento dos arquivos; – O PowerPoint 2016 também permite a inserção de objetos 3D na apresentação. Office 2019 O OFFICE 2019 manteve a mesma linha da Microsoft, não houve uma mudança tão significativa. Agora temos mais modelos em 3D, todos os aplicativos estão integrados como dispositivos sensíveis ao toque, o que permite que se faça destaque em documentos. • Atualizações no Word – Houve o acréscimo de ícones, permitindo assim um melhor desenvolvimento de documentos; – Outro recurso que foi implementado foi o “Ler em voz alta”. Ao clicar no botão o Word vai ler o texto para você. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 7272 a solução para o seu concurso! Editora • Atualizações no Excel – Foram adicionadas novas fórmulas e gráficos. Tendo como destaque o gráfico de mapas que permite criar uma visualização de algum mapa que deseja construir. • Atualizações no PowerPoint – Foram adicionadas a ferramenta transformar e a ferramenta de zoom facilitando assim o desenvolvimento de apresentações; – Inclusão de imagens 3D na apresentação. Office 365 O Office 365 é uma versão que funciona como uma assinatura semelhante ao Netflix e Spotif. Desta forma não se faz necessário sua instalação, basta ter uma conexão com a internet e utilizar o Word, Excel e PowerPoint. Observações importantes: – Ele é o mais atualizado dos OFFICE(s), portanto todas as melhorias citadas constam nele; – Sua atualização é frequente, pois a própria Microsoft é responsável por isso; – No nosso caso o Word, Excel e PowerPoint estão sempre atualizados. OUTLOOK Com o Outlook no PC, Mac ou dispositivo móvel, você pode22: 1. Organizar o e-mail para se concentrar nas mensagens mais importantes. 2. Gerencie o calendário para agendar compromissos e reuni- ões com facilidade. 3. Compartilhar arquivos na nuvem para que os destinatários tenham sempre a versão mais recente. 4. Fique conectado e mantenha a produtividade de onde esti- ver. Adicionar uma Conta de E-mail 1. Abra o Outlook. Se for a primeira vez que inicia o programa, você verá uma tela de boas-vindas. Caso contrário, escolha Arquivo > Adicionar Conta. 2. Insira seu endereço de e-mail e, em seguida, selecione Co- nectar ou, se sua tela parece diferente, digite seu nome, endereço de e-mail e senha e, em seguida, selecione Próxima. 3. Se solicitado, insira a senha e escolha OK. 4. E pronto! Escolha Concluir para começar a usar o Outlook 2016. Criar e Enviar E-mails 1. Escolha Novo E-mail para redigir uma nova mensagem. 2. Insira um nome ou endereço de e-mail no campo Para, Cc ou Cco. 22 https://support.office.com/pt-br/article/In%C3%ADcio-R%C3%A1pido-do-Outlook- -2016-e9da47c4-9b89-4b49-b945-a204aeea6726?ui=pt-BR&rs=pt-BR&ad=BR INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 73 a solução para o seu concurso! Editora Dica: se não vir o campo Cco, confira o tópico Mostrar, ocultar e exibir a caixa Cco. 3. Na caixa Assunto, digite o assunto do e-mail. 4. Coloque o cursor do mouse no corpo da mensagem e come- ce a digitar. 5. Após digitar a mensagem, escolha Enviar. Usar o @menções para Chamar a Atenção de uma Pessoa 1. No corpo do convite do calendário ou da mensagem de e-mail, insira o símbolo @ e as letras iniciais do nome ou sobreno- me do contato. 2. Quando o Outlook oferecer uma ou mais sugestões, escolha o contato que deseja mencionar. Por padrão, o programa inclui o nome completo da pessoa. Você pode excluir uma parte da menção; por exemplo, tudo que não seja o primeiro nome da pessoa. 3. O contato mencionado será adicionado à linha Para do e-mail ou do convite da reunião. Caixa de Entrada Prioritária Com a Caixa de Entrada Prioritária, você pode se concentrar nos e-mails que considerar mais importantes. Ela separa a Caixa de Entrada em duas guias: Prioritário e Outros. Se as mensagens não forem organizadas da maneira desejada, você poderá movê-las e especificar onde todas as futuras mensa- gens desse remetente deverão ser entregues. 1. Na Caixa de Entrada, escolha a guia Prioritário ou Outros e clique com botão direito do mouse na mensagem que deseja mo- ver. 2. Se deseja mover da guia Prioritário para a guia Outros, es- colha Mover para Outros para mover apenas a mensagem selecio- nada. Escolha Sempre Mover para Outros, se desejar que todas as mensagens futuras desse remetente sejam entregues na guia Ou- tros. Se deseja mover da guia Outros para a guia Prioritário, escolha Mover para Prioritário para mover apenas a mensagem seleciona- da. Escolha Sempre Mover para Prioritário, se desejar que todas as mensagens futuras desse remetente sejam entregues na guia Prio- ritário. Agendar um Compromisso 1. No Calendário, escolha Novo Compromisso. 2. Na caixa Assunto, digite uma descrição. 3. Na caixa Local, insira o local. 4. Insira as horas de início e término. 5. Escolha Convidar Participantes para transformar o compro- misso em uma reunião. 6. Escolha Salvar e Fechar para concluir ou Enviar, se for uma reunião. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 7474 a solução para o seu concurso! Editora Usar o Assistente de Agendamento A ferramenta Assistente de Agendamento é exibida após você criar uma reunião e ajuda a encontrar o melhor horário para a reu- nião, analisando a disponibilidade dos respectivos destinatários e recursos, como as salas. Em uma nova solicitação de reunião, escolha Assistente de Agendamento. As barras verticais envoltas em uma área sombreada represen- tam o horário atual da reunião. Você pode arrastar as barras para ajustar o horário da reunião. A grade mostra a disponibilidade do participante. Na lateral di- reita da solicitação, o Outlook mostra os horários sugeridos para a reunião, bem como o número de conflitos dos participantes. Adicionar um Contato 1. Escolha Pessoas. 2. Escolha Página Inicial > Novo Contato ou pressione Ctrl+N. 3. Insira um nome e qualquer outra informação que você quei- ra incluir para o contato. 4. Escolha Salvar e Novo, se desejar criar outro contato, ou Sal- var e Fechar, quando concluir. Compartilhar um Arquivo para Colaborar em Anexos 1. Crieuma mensagem ou clique em Responder, Responder a Todos ou Encaminhar uma mensagem existente. 2. Escolha Anexar Arquivo. 3. Escolha um arquivo na lista de arquivos recentes com os quais você já trabalhou. 4. Se o arquivo mostrar um pequeno ícone de nuvem, ele será salvo online e você poderá compartilhá-lo. Se o arquivo não mostrar um ícone de nuvem, escolha a peque- na seta e escolha Carregar no OneDrive. Reuniões Mais Inteligentes com o Skype e o OneNote O Outlook ajuda você a agendar reuniões com outras pessoas e permite criar reuniões online e configurar um espaço comparti- lhado para anotações de reuniões antes de enviar a solicitação de reunião. Depois de adicionar participantes à reunião, escolha o botão Reunião do Skype na faixa de opções. O programa cria uma reunião online automaticamente e insere um link na solicitação de reunião. Para acessar as notas compartilhadas, escolha o botão Anota- ções da Reunião. Você pode criar um novo bloco de anotações do OneNote ou escolher um bloco existente. Um link para o bloco de anotações será exibido na solicitação de reunião. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 75 a solução para o seu concurso! Editora Permanecer Conectado Fora do Trabalho Escolha o dispositivo móvel para ver como instalar os aplicati- vos do Office: Dicas e Truques23 Acesse a caixa de entrada rapidamente Acabou de iniciar o computador e quer verificar rapidamente a Caixa de Entrada? Tente fazer o seguinte: 1. Pressione as seguintes teclas: 2. Digite Outlook e pressione a tecla Enter. 3. Após iniciar o Outlook, pressione as teclas a seguir para criar uma nova mensagem de e-mail: 23 https://support.office.com/pt-br/article/Livro-eletr%C3%B4nico-Dicas-e-Truques- -do-Outlook-2016-bed29d37-c6c2-4008-b58a-ce058cc49a43 4. Adicione os destinatários, um assunto e escreva a mensa- gem. Pare de procurar anexos Se trabalhou em algum arquivo recentemente, não precisa pro- curá-lo. Provavelmente, ele já está no menu Anexar Arquivo. Onde fica o campo Cco? Se quiser enviar um e-mail para várias pessoas, ative o campo Cco para que elas não vejam os destinatários e nem possam respon- dê-los. Veja como exibir o campo Cco. O Cco é persistente! O que isso significa? Se ativá-lo, ele será exibido sempre. Se desativá-lo, ele deixará de ser exibido desse mo- mento em diante, até ser ativado novamente. Remova endereços desatualizados Os endereços do Preenchimento Automático são úteis, mas nem sempre. Veja como exclui-los. Quando você começa a digitar um nome, o programa exibe a lista de Preenchimento Automático. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 7676 a solução para o seu concurso! Editora Clique no X à direita para remover o endereço. Se deseja excluir todas as Sugestões de preenchimento auto- mático, isso é possível. Vá para Arquivo > Opções > E-mail. Role para baixo até a seção Enviar mensagens. Em seguida, clique no botão Esvaziar a Lista de Preenchimento Automático ou desmarque a op- ção Usar a lista de preenchimento automático para sugerir nomes ao digitar nas linhas Para, Cc e Cco para desativá-la. Saiba quando excluir ou arquivar Os botões Excluir e Arquivar estão lado a lado. Veja quando usar um ou o outro. Atalhos de pesquisa extremamente rápidos Se precisar encontrar a mensagem de alguém com urgência, experimente usar esses atalhos rápidos. 1. Pressione as seguintes teclas: 2. O cursor passa automaticamente para a caixa de pesquisa. 3. Digite Alice para localizar todas as mensagens que contêm a palavra “Alice”. 4. Digite o conteúdo a seguir para localizar os e-mails de Alice. 5. Digite o conteúdo a seguir para localizar os e-mails de Alice recebidos esta semana. 6. Digite o conteúdo a seguir para localizar os e-mails de Alice que incluem anexos. Defina uma resposta automática para as férias Dê a designação do que quiser: “Resposta Automática de Au- sência”, “Ausência Temporária” ou “Resposta automática”. Veja como configurá-la para que as pessoas saibam que você está au- sente. Observação: nem todas as contas de e-mail permitem definir respostas automáticas. Consulte o artigo em https://aka.ms/alter- nativeAutoReply para ver soluções alternativas, caso esse recurso não esteja disponível para você. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 77 a solução para o seu concurso! Editora Transforme uma mensagem em reunião 1. Abra a mensagem que será transformada em reunião. Estou pensando sobre o que devemos fazer. Alice, o que você acha? Usamos a opção 2? Júlio, tem alguma ideia? Estou dividida. Valério, qual é a sua opinião? Acho que há vantagens e desvan- tagens em cada... 2. Pressione as seguintes teclas: 3. A mensagem se transforma em um convite de reunião com os participantes. Defina o Local, a Hora de início e a Hora de térmi- no. Quando clicar em Enviar, a reunião estará configurada. Navegue pelo Outlook com facilidade Às vezes, você está usando o calendário e precisa alternar rapidamente para o e-mail. Veja algumas teclas de atalho que podem ajudá-lo a fazer isso. Altere as cores do Outlook Logo que você instala o Outlook, ele é exibido nitidamente para você. Se quiser destacar algumas partes da interface do Outlook, veja como escolher um tema de cor diferente. Funciona em todos os aplicativos do Office. Quando você alte- ra o Tema do Office, ele é alterado em todos os aplicativos, como Outlook, Word e Excel, por exemplo. Localize o endereço do Outlook na Web Sua empresa pode fornecer a você o Outlook na Web. Essa é uma maneira de verificar seus e-mails comerciais quando você está fora do escritório. Veja como encontrar o endereço Web para este serviço. INTERNET. INTRANET BROWSERS. SITES DE BUSCA Internet A Internet é uma rede mundial de computadores interligados através de linhas de telefone, linhas de comunicação privadas, cabos submarinos, canais de satélite, etc24. Ela nasceu em 1969, nos Estados Unidos. Interligava originalmente laboratórios de pesquisa e se chamava ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency). Com o passar do tempo, e com o sucesso que a rede foi tendo, o número de adesões foi crescendo continuamente. Como nesta época, o computador era extremamente difícil de lidar, somente algumas instituições possuíam internet. 24 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20 Avan%E7ado.pdf INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 7878 a solução para o seu concurso! Editora No entanto, com a elaboração de softwares e interfaces cada vez mais fáceis de manipular, as pessoas foram se encorajando a participar da rede. O grande atrativo da internet era a possibilidade de se trocar e compartilhar ideias, estudos e informações com outras pessoas que, muitas vezes nem se conhecia pessoalmente. Conectando-se à Internet Para se conectar à Internet, é necessário que se ligue a uma rede que está conectada à Internet. Essa rede é de um provedor de acesso à internet. Assim, para se conectar você liga o seu computador à rede do provedor de acesso à Internet; isto é feito por meio de um conjunto como modem, roteadores e redes de acesso (linha telefônica, cabo, fibra-ótica, wireless, etc.). World Wide Web A web nasceu em 1991, no laboratório CERN, na Suíça. Seu criador, Tim Berners-Lee, concebeu-a unicamente como uma linguagem que serviria para interligar computadores do laboratório e outras instituições de pesquisa, e exibir documentos científicos de forma simples e fácil de acessar. Hoje é o segmento que mais cresce. A chave do sucesso da World Wide Web é o hipertexto. Os textos e imagens são interligados por meio de palavras-chave, tornando a navegação simples e agradável. Protocolo de comunicação Transmissão e fundamentalmente por um conjunto de protocolos encabeçados pelo TCP/IP. Para que os computadores de uma rede possam trocar informações entre si é necessário que todos os computadores adotem as mesmas regras para o envio e o recebimento de informações. Este conjunto de regras é conhecido como Protocolo de Comunicação. No protocolo de comunicação estão definidastodas as regras necessárias para que o computador de destino, “entenda” as informações no formato que foram enviadas pelo computador de origem. Existem diversos protocolos, atualmente a grande maioria das redes utiliza o protocolo TCP/IP já que este é utilizado também na Internet. O protocolo TCP/IP acabou se tornando um padrão, inclusive para redes locais, como a maioria das redes corporativas hoje tem acesso Internet, usar TCP/IP resolve a rede local e também o acesso externo. TCP / IP Sigla de Transmission Control Protocol/Internet Protocol (Protocolo de Controle de Transmissão/Protocolo Internet). Embora sejam dois protocolos, o TCP e o IP, o TCP/IP aparece nas literaturas como sendo: - O protocolo principal da Internet; - O protocolo padrão da Internet; - O protocolo principal da família de protocolos que dá suporte ao funcionamento da Internet e seus serviços. Considerando ainda o protocolo TCP/IP, pode-se dizer que: A parte TCP é responsável pelos serviços e a parte IP é responsável pelo roteamento (estabelece a rota ou caminho para o transporte dos pacotes). Domínio Se não fosse o conceito de domínio quando fossemos acessar um determinado endereço na web teríamos que digitar o seu endereço IP. Por exemplo: para acessar o site do Google ao invés de você digitar www.google.com você teria que digitar um número IP – 74.125.234.180. É através do protocolo DNS (Domain Name System), que é possível associar um endereço de um site a um número IP na rede. O formato mais comum de um endereço na Internet é algo como http://www.empresa.com.br, em que: www: (World Wide Web): convenção que indica que o endereço pertence à web. empresa: nome da empresa ou instituição que mantém o serviço. com: indica que é comercial. br: indica que o endereço é no Brasil. URL Um URL (de Uniform Resource Locator), em português, Localizador-Padrão de Recursos, é o endereço de um recurso (um arquivo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a Internet, ou uma rede corporativa, uma intranet. Uma URL tem a seguinte estrutura: protocolo://máquina/ caminho/recurso. HTTP É o protocolo responsável pelo tratamento de pedidos e respostas entre clientes e servidor na World Wide Web. Os endereços web sempre iniciam com http:// (http significa Hypertext Transfer Protocol, Protocolo de transferência hipertexto). Hipertexto São textos ou figuras que possuem endereços vinculados a eles. Essa é a maneira mais comum de navegar pela web. Navegadores Um navegador de internet é um programa que mostra informações da internet na tela do computador do usuário. Além de também serem conhecidos como browser ou web browser, eles funcionam em computadores, notebooks, dispositivos móveis, aparelhos portáteis, videogames e televisores conectados à internet. Um navegador de internet condiciona a estrutura de um site e exibe qualquer tipo de conteúdo na tela da máquina usada pelo internauta. Esse conteúdo pode ser um texto, uma imagem, um vídeo, um jogo eletrônico, uma animação, um aplicativo ou mesmo servidor. Ou seja, o navegador é o meio que permite o acesso a qualquer página ou site na rede. Para funcionar, um navegador de internet se comunica com servidores hospedados na internet usando diversos tipos de protocolos de rede. Um dos mais conhecidos é o protocolo HTTP, que transfere dados binários na comunicação entre a máquina, o navegador e os servidores. Funcionalidades de um Navegador de Internet A principal funcionalidade dos navegadores é mostrar para o usuário uma tela de exibição através de uma janela do navegador. Ele decodifica informações solicitadas pelo usuário, através de códigos-fonte, e as carrega no navegador usado pelo internauta. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 79 a solução para o seu concurso! Editora Ou seja, entender a mensagem enviada pelo usuário, solicitada através do endereço eletrônico, e traduzir essa informação na tela do computador. É assim que o usuário consegue acessar qualquer site na internet. O recurso mais comum que o navegador traduz é o HTML, uma linguagem de marcação para criar páginas na web e para ser interpretado pelos navegadores. Eles também podem reconhecer arquivos em formato PDF, imagens e outros tipos de dados. Essas ferramentas traduzem esses tipos de solicitações por meio das URLs, ou seja, os endereços eletrônicos que digitamos na parte superior dos navegadores para entrarmos numa determinada página. Abaixo estão outros recursos de um navegador de internet: – Barra de Endereço: é o espaço em branco que fica localizado no topo de qualquer navegador. É ali que o usuário deve digitar a URL (ou domínio ou endereço eletrônico) para acessar qualquer página na web. – Botões de Início, Voltar e Avançar: botões clicáveis básicos que levam o usuário, respectivamente, ao começo de abertura do navegador, à página visitada antes ou à página visitada seguinte. – Favoritos: é a aba que armazena as URLs de preferência do usuário. Com um único simples, o usuário pode guardar esses endereços nesse espaço, sendo que não existe uma quantidade limite de links. É muito útil para quando você quer acessar as páginas mais recorrentes da sua rotina diária de tarefas. – Atualizar: botão básico que recarrega a página aberta naquele momento, atualizando o conteúdo nela mostrado. Serve para mostrar possíveis edições, correções e até melhorias de estrutura no visual de um site. Em alguns casos, é necessário limpar o cache para mostrar as atualizações. – Histórico: opção que mostra o histórico de navegação do usuário usando determinado navegador. É muito útil para recuperar links, páginas perdidas ou revisitar domínios antigos. Pode ser apagado, caso o usuário queira. – Gerenciador de Downloads: permite administrar os downloads em determinado momento. É possível ativar, cancelar e pausar por tempo indeterminado. É um maior controle na usabilidade do navegador de internet. – Extensões: já é padrão dos navegadores de internet terem um mecanismo próprio de extensões com mais funcionalidades. Com alguns cliques, é possível instalar temas visuais, plug-ins com novos recursos (relógio, notícias, galeria de imagens, ícones, entre outros. – Central de Ajuda: espaço para verificar a versão instalada do navegador e artigos (geralmente em inglês, embora também existam em português) de como realizar tarefas ou ações específicas no navegador. Firefox, Internet Explorer, Google Chrome, Safari e Opera são alguns dos navegadores mais utilizados atualmente. Também conhecidos como web browsers ou, simplesmente, browsers, os navegadores são uma espécie de ponte entre o usuário e o conteúdo virtual da Internet. Internet Explorer Lançado em 1995, vem junto com o Windows, está sendo substituído pelo Microsoft Edge, mas ainda está disponível como segundo navegador, pois ainda existem usuários que necessitam de algumas tecnologias que estão no Internet Explorer e não foram atualizadas no Edge. Já foi o mais navegador mais utilizado do mundo, mas hoje perdeu a posição para o Google Chrome e o Mozilla Firefox. Principais recursos do Internet Explorer: – Transformar a página num aplicativo na área de trabalho, permitindo que o usuário defina sites como se fossem aplicativos instalados no PC. Através dessa configuração, ao invés de apenas manter os sites nos favoritos, eles ficarão acessíveis mais facilmente através de ícones. – Gerenciador de downloads integrado. – Mais estabilidade e segurança. – Suporte aprimorado para HTML5 e CSS3, o que permite uma navegação plena para que o internauta possa usufruir dos recursos implementados nos sites mais modernos. – Com a possibilidade de adicionar complementos, o navegador já não é apenas um programa para acessar sites. Dessa forma, é possível instalar pequenos aplicativos que melhoram a navegação e oferecem funcionalidades adicionais. – One Box: recurso já conhecido entre os usuários do Google Chrome, agora está na versão mais recente do InternetExplorer. Através dele, é possível realizar buscas apenas informando a palavra-chave digitando-a na barra de endereços. Microsoft Edge Da Microsoft, o Edge é a evolução natural do antigo Explorer25. O navegador vem integrado com o Windows 10. Ele pode receber aprimoramentos com novos recursos na própria loja do aplicativo. Além disso, a ferramenta otimiza a experiência do usuário convertendo sites complexos em páginas mais amigáveis para leitura. Outras características do Edge são: – Experiência de navegação com alto desempenho. – Função HUB permite organizar e gerenciar projetos de qualquer lugar conectado à internet. – Funciona com a assistente de navegação Cortana. – Disponível em desktops e mobile com Windows 10. 25 https://bit.ly/2WITu4N INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 8080 a solução para o seu concurso! Editora – Não é compatível com sistemas operacionais mais antigos. Firefox Um dos navegadores de internet mais populares, o Firefox é conhecido por ser flexível e ter um desempenho acima da média. Desenvolvido pela Fundação Mozilla, é distribuído gratuitamente para usuários dos principais sistemas operacionais. Ou seja, mesmo que o usuário possua uma versão defasada do sistema instalado no PC, ele poderá ser instalado. Algumas características de destaque do Firefox são: – Velocidade e desempenho para uma navegação eficiente. – Não exige um hardware poderoso para rodar. – Grande quantidade de extensões para adicionar novos recursos. – Interface simplificada facilita o entendimento do usuário. – Atualizações frequentes para melhorias de segurança e privacidade. – Disponível em desktop e mobile. Google Chorme É possível instalar o Google Chrome nas principais versões do sistema operacional Windows e também no Linux e Mac. O Chrome é o navegador de internet mais usado no mundo. É, também, um dos que têm melhor suporte a extensões, maior compatibilidade com uma diversidade de dispositivos e é bastante convidativo à navegação simplificada. Principais recursos do Google Chrome: – Desempenho ultra veloz, desde que a máquina tenha recursos RAM suficientes. – Gigantesca quantidade de extensões para adicionar novas funcionalidades. – Estável e ocupa o mínimo espaço da tela para mostrar conteúdos otimizados. – Segurança avançada com encriptação por Certificado SSL (HTTPS). – Disponível em desktop e mobile. Opera Um dos primeiros navegadores existentes, o Opera segue evoluindo como um dos melhores navegadores de internet. Ele entrega uma interface limpa, intuitiva e agradável de usar. Além disso, a ferramenta também é leve e não prejudica a qualidade da experiência do usuário. Outros pontos de destaques do Opera são: – Alto desempenho com baixo consumo de recursos e de energia. – Recurso Turbo Opera filtra o tráfego recebido, aumentando a velocidade de conexões de baixo desempenho. – Poupa a quantidade de dados usados em conexões móveis (3G ou 4G). – Impede armazenamento de dados sigilosos, sobretudo em páginas bancárias e de vendas on-line. – Quantidade moderada de plug-ins para implementar novas funções, além de um bloqueador de publicidade integrado. – Disponível em desktop e mobile. Safari O Safari é o navegador oficial dos dispositivos da Apple. Pela sua otimização focada nos aparelhos da gigante de tecnologia, ele é um dos navegadores de internet mais leves, rápidos, seguros e confiáveis para usar. O Safari também se destaca em: – Sincronização de dados e informações em qualquer dispositivo Apple (iOS). – Tem uma tecnologia anti-rastreio capaz de impedir o direcionamento de anúncios com base no comportamento do usuário. – Modo de navegação privada não guarda os dados das páginas visitadas, inclusive histórico e preenchimento automático de campos de informação. – Compatível também com sistemas operacionais que não seja da Apple (Windows e Linux). – Disponível em desktops e mobile. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 81 a solução para o seu concurso! Editora Intranet A intranet é uma rede de computadores privada que assenta sobre a suíte de protocolos da Internet, porém, de uso exclusivo de um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa, que só pode ser acessada pelos seus utilizadores ou colaboradores internos26. Pelo fato, a sua aplicação a todos os conceitos emprega-se à intranet, como, por exemplo, o paradigma de cliente-servidor. Para tal, a gama de endereços IP reservada para esse tipo de aplicação situa-se entre 192.168.0.0 até 192.168.255.255. Dentro de uma empresa, todos os departamentos possuem alguma informação que pode ser trocada com os demais setores, podendo cada sessão ter uma forma direta de se comunicar com as demais, o que se assemelha muito com a conexão LAN (Local Area Network), que, porém, não emprega restrições de acesso. A intranet é um dos principais veículos de comunicação em corporações. Por ela, o fluxo de dados (centralização de documentos, formulários, notícias da empresa, etc.) é constante, pretendendo reduzir os custos e ganhar velocidade na divulgação e distribuição de informações. Apesar do seu uso interno, acessando aos dados corporativos, a intranet permite que computadores localizados numa filial, se conectados à internet com uma senha, acessem conteúdos que estejam na sua matriz. Ela cria um canal de comunicação direto entre a empresa e os seus funcionários/colaboradores, tendo um ganho significativo em termos de segurança. CORREIO ELETRÔNICO CORREIO ELETRÔNICO E-mail O e-mail revolucionou o modo como as pessoas recebem mensagem atualmente27. Qualquer pessoa que tenha um e-mail pode mandar uma mensagem para outra pessoa que também tenha e-mail, não importando a distância ou a localização. Um endereço de correio eletrônico obedece à seguinte estrutura: à esquerda do símbolo @ (ou arroba) fica o nome ou apelido do usuário, à direita fica o nome do domínio que fornece o acesso. O resultado é algo como: maria@apostilassolucao.com.br Atualmente, existem muitos servidores de webmail – correio eletrônico – na Internet, como o Gmail e o Outlook. Para possuir uma conta de e-mail nos servidores é necessário preencher uma espécie de cadastro. Geralmente existe um conjunto de regras para o uso desses serviços. Correio Eletrônico Este método utiliza, em geral, uma aplicação (programa de correio eletrônico) que permite a manipulação destas mensagens e um protocolo (formato de comunicação) de rede que permite 26 https://centraldefavoritos.com.br/2018/01/11/conceitos-basicos- -ferramentas-aplicativos-e-procedimentos-de-internet-e-intranet-par- te-2/ 27 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20 Avan%E7ado.pdf o envio e recebimento de mensagens28. Estas mensagens são armazenadas no que chamamos de caixa postal, as quais podem ser manipuladas por diversas operações como ler, apagar, escrever, anexar, arquivos e extração de cópias das mensagens. Funcionamento básico de correio eletrônico Essencialmente, um correio eletrônico funciona como dois programas funcionando em uma máquina servidora: – Servidor SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): protocolo de transferência de correio simples, responsável pelo envio de mensagens. – Servidor POP3 (Post Office Protocol – protocolo Post Office) ou IMAP (Internet Mail Access Protocol): protocolo de acesso de correio internet), ambos protocolos para recebimento de mensagens. Para enviar um e-mail, o usuário deve possuir um cliente de e-mail que é um programa que permite escrever, enviar e receber e-mails conectando-se com a máquina servidora de e-mail. Inicialmente, um usuário que deseja escrever seu e-mail, deve escrever sua mensagem de forma textual no editor oferecido pelo cliente de e-mail e endereçar este e-mail para um destinatário que possui o formato “nome@dominio.com.br“. Quando clicamos em enviar, nosso cliente de e-mail conecta-se com o servidor de e-mail, comunicando-se com o programa SMTP, entregando a mensagem a ser enviada. A mensagem é divididaem duas partes: o nome do destinatário (nome antes do @) e o domínio, i.e., a máquina servidora de e-mail do destinatário (endereço depois do @). Com o domínio, o servidor SMTP resolve o DNS, obtendo o endereço IP do servidor do e-mail do destinatário e comunicando- se com o programa SMTP deste servidor, perguntando se o nome do destinatário existe naquele servidor. Se existir, a mensagem do remetente é entregue ao servidor POP3 ou IMAP, que armazena a mensagem na caixa de e-mail do destinatário. Ações no correio eletrônico Independente da tecnologia e recursos empregados no correio eletrônico, em geral, são implementadas as seguintes funções: – Caixa de Entrada: caixa postal onde ficam todos os e-mails recebidos pelo usuário, lidos e não-lidos. – Lixeira: caixa postal onde ficam todos os e-mails descartados pelo usuário, realizado pela função Apagar ou por um ícone de Lixeira. Em geral, ao descartar uma mensagem ela permanece na lixeira, mas não é descartada, até que o usuário decida excluir as mensagens definitivamente (este é um processo de segurança para garantir que um usuário possa recuperar e-mails apagados por engano). Para apagar definitivamente um e-mail é necessário entrar, de tempos em tempos, na pasta de lixeira e descartar os e-mails existentes. – Nova mensagem: permite ao usuário compor uma mensagem para envio. Os campos geralmente utilizados são: – Para: designa a pessoa para quem será enviado o e-mail. Em geral, pode-se colocar mais de um destinatário inserindo os e-mails de destino separados por ponto-e-vírgula. – CC (cópia carbono): designa pessoas a quem também repassamos o e-mail, ainda que elas não sejam os destinatários principais da mensagem. Funciona com o mesmo princípio do Para. 28 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/11/correio-eletronico- -webmail-e-mozilla-thunderbird/ INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 8282 a solução para o seu concurso! Editora – CCo (cópia carbono oculta): designa pessoas a quem repassamos o e-mail, mas diferente da cópia carbono, quando os destinatários principais abrirem o e-mail não saberão que o e-mail também foi repassado para os e-mails determinados na cópia oculta. – Assunto: título da mensagem. – Anexos: nome dado a qualquer arquivo que não faça parte da mensagem principal e que seja vinculada a um e-mail para envio ao usuário. Anexos, comumente, são o maior canal de propagação de vírus e malwares, pois ao abrirmos um anexo, obrigatoriamente ele será “baixado” para nosso computador e executado. Por isso, recomenda-se a abertura de anexos apenas de remetentes confiáveis e, em geral, é possível restringir os tipos de anexos que podem ser recebidos através de um e-mail para evitar propagação de vírus e pragas. Alguns antivírus permitem analisar anexos de e-mails antes que sejam executados: alguns serviços de webmail, como por exemplo, o Gmail, permitem analisar preliminarmente se um anexo contém arquivos com malware. – Filtros: clientes de e-mail e webmails comumente fornecem a função de filtro. Filtros são regras que escrevemos que permitem que, automaticamente, uma ação seja executada quando um e-mail cumpre esta regra. Filtros servem assim para realizar ações simples e padronizadas para tornar mais rápida a manipulação de e-mails. Por exemplo, imagine que queremos que ao receber um e-mail de “joao@ blabla.com”, este e-mail seja diretamente descartado, sem aparecer para nós. Podemos escrever uma regra que toda vez que um e-mail com remetente “joao@blabla.com” chegar em nossa caixa de entrada, ele seja diretamente excluído. Respondendo uma mensagem Os ícones disponíveis para responder uma mensagem são: – Responder ao remetente: responde à mensagem selecionada para o autor dela (remetente). – Responde a todos: a mensagem é enviada tanto para o autor como para as outras pessoas que estavam na lista de cópias. – Encaminhar: envia a mensagem selecionada para outra pessoa. Clientes de E-mail Um cliente de e-mail é essencialmente um programa de computador que permite compor, enviar e receber e-mails a partir de um servidor de e-mail, o que exige cadastrar uma conta de e-mail e uma senha para seu correto funcionamento. Há diversos clientes de e-mails no mercado que, além de manipular e-mails, podem oferecer recursos diversos. – Outlook: cliente de e-mails nativo do sistema operacional Microsoft Windows. A versão Express é uma versão mais simplificada e que, em geral, vem por padrão no sistema operacional Windows. Já a versão Microsoft Outlook é uma versão que vem no pacote Microsoft Office possui mais recursos, incluindo, além de funções de e-mail, recursos de calendário. – Mozilla Thunderbird: é um cliente de e-mails e notícias Open Source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma criadora do Mozilla Firefox). INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 83 a solução para o seu concurso! Editora O WEBMAIL é um serviço online que permite acessar e geren- ciar sua conta de e-mail através de um navegador web. O uso do WEBMAIL é semelhante ao uso do software de e-mail em um com- putador, mas com a vantagem de poder acessar sua conta de e-mail em qualquer lugar com uma conexão à internet. Para preparar e enviar uma mensagem usando o WEBMAIL, siga estes passos: Acesse o webmail fornecendo seu nome de usuário e senha. Clique no botão “Novo Email” ou em um ícone semelhante para começar a compor sua mensagem. Preencha os campos “Para”, “Assunto” e “Mensagem” com as informações apropriadas. Você também pode formatar sua mensa- gem, alterar a fonte e adicionar links e imagens. Se você deseja anexar um arquivo, clique no botão “Anexar Ar- quivo” ou em um ícone semelhante e selecione o arquivo em seu computador que deseja enviar. Verifique se todos os campos estão preenchidos corretamente e clique no botão “Enviar” para enviar sua mensagem. Ao receber uma mensagem, você pode abri-la e lê-la direta- mente no WEBMAIL. Você também pode responder, encaminhar ou excluir a mensagem. Além disso, a maioria dos serviços de WEBMAIL inclui recursos adicionais, como filtros de spam, organização de pastas e calendá- rios para ajudar a gerenciar seus e-mails e compromissos. BACKUP: CONCEITOS BÁSICOS, TIPOS, DISPOSITIVOS E FERRAMENTAS, UNIDADES DE MEDIDA DE ARMAZENA- MENTO, COMPACTAÇÃO DE ARQUIVOS Backup é uma cópia de segurança que você faz em outro dispositivo de armazenamento como HD externo, armazenamento na nuvem ou pen drive por exemplo, para caso você perca os dados originais de sua máquina devido a vírus, dados corrompidos ou outros motivos e assim possa restaurá-los (recuperá-los)29. Backups são extremamente importantes, pois permitem30: • Proteção de dados: você pode preservar seus dados para que sejam recuperados em situações como falha de disco rígido, atualização malsucedida do sistema operacional, exclusão ou substituição acidental de arquivos, ação de códigos maliciosos/ atacantes e furto/perda de dispositivos. • Recuperação de versões: você pode recuperar uma versão antiga de um arquivo alterado, como uma parte excluída de um texto editado ou a imagem original de uma foto manipulada. Muitos sistemas operacionais já possuem ferramentas de backup e recuperação integradas e também há a opção de instalar programas externos. Na maioria dos casos, ao usar estas ferramentas, basta que você tome algumas decisões, como: • Onde gravar os backups: podem ser usadas mídias (como CD, DVD, pen-drive, disco de Blu-ray e disco rígido interno ou externo) ou armazená-los remotamente (on-line ou off-site). A escolha depende do programa de backup que está sendo usado e de questões como capacidade de armazenamento, custo e confiabilidade. Um CD, DVD ou Blu-ray pode bastar para pequenas 29 https://centraldefavoritos.com.br/2017/07/02/procedimentos-de- -backup/ 30 https://cartilha.cert.br/mecanismos/ quantidades de dados, um pen-drive pode ser indicado para dados constantemente modificados, ao passo que um disco rígido pode ser usado para grandes volumes que devam perdurar. •Quais arquivos copiar: apenas arquivos confiáveis e que tenham importância para você devem ser copiados. Arquivos de programas que podem ser reinstalados, geralmente, não precisam ser copiados. Fazer cópia de arquivos desnecessários pode ocupar espaço inutilmente e dificultar a localização dos demais dados. Muitos programas de backup já possuem listas de arquivos e diretórios recomendados, podendo optar por aceitá-las ou criar suas próprias listas. • Com que periodicidade realizar: depende da frequência com que os arquivos são criados ou modificados. Arquivos frequentemente modificados podem ser copiados diariamente ao passo que aqueles pouco alterados podem ser copiados semanalmente ou mensalmente. Tipos de backup • Backups completos (normal): cópias de todos os arquivos, independente de backups anteriores. Conforma a quantidade de dados ele pode ser é um backup demorado. Ele marca os arquivos copiados. • Backups incrementais: é uma cópia dos dados criados e alterados desde o último backup completo (normal) ou incremental, ou seja, cópia dos novos arquivos criados. Por ser mais rápidos e ocupar menos espaço no disco ele tem maior frequência de backup. Ele marca os arquivos copiados. • Backups diferenciais: da mesma forma que o backup incremental, o backup diferencial só copia arquivos criados ou alterados desde o último backup completo (normal), mas isso pode variar em diferentes programas de backup. Juntos, um backup completo e um backup diferencial incluem todos os arquivos no computador, alterados e inalterados. No entanto, a diferença deste para o incremental é que cada backup diferencial mapeia as modificações em relação ao último backup completo. Ele é mais seguro na manipulação de dados. Ele não marca os arquivos copiados. • Arquivamento: você pode copiar ou mover dados que deseja ou que precisa guardar, mas que não são necessários no seu dia a dia e que raramente são alterados. VÍRUS E PROGRAMAS MALICIOSOS: CONCEITOS BÁSICOS, TIPOS, AÇÕES PREVENTIVAS/CORRETIVAS E SOFTWARES DE SEGURANÇA DIGITAL Códigos maliciosos (Malware) Códigos maliciosos (malware) são programas especificamente desenvolvidos para executar ações danosas e atividades maliciosas em um computador31. Algumas das diversas formas como os códigos maliciosos podem infectar ou comprometer um computador são: – Pela exploração de vulnerabilidades existentes nos programas instalados; – Pela autoexecução de mídias removíveis infectadas, como pen-drives; – Pelo acesso a páginas Web maliciosas, utilizando navegadores vulneráveis; 31 https://cartilha.cert.br/malware/ INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 8484 a solução para o seu concurso! Editora – Pela ação direta de atacantes que, após invadirem o computador, incluem arquivos contendo códigos maliciosos; – Pela execução de arquivos previamente infectados, obtidos em anexos de mensagens eletrônicas, via mídias removíveis, em páginas Web ou diretamente de outros computadores (através do compartilhamento de recursos). Uma vez instalados, os códigos maliciosos passam a ter acesso aos dados armazenados no computador e podem executar ações em nome dos usuários, de acordo com as permissões de cada usuário. Os principais motivos que levam um atacante a desenvolver e a propagar códigos maliciosos são a obtenção de vantagens financeiras, a coleta de informações confidenciais, o desejo de autopromoção e o vandalismo. Além disto, os códigos maliciosos são muitas vezes usados como intermediários e possibilitam a prática de golpes, a realização de ataques e a disseminação de spam (mais detalhes nos Capítulos Golpes na Internet, Ataques na Internet e Spam, respectivamente). A seguir, serão apresentados os principais tipos de códigos maliciosos existentes. Vírus Vírus é um programa ou parte de um programa de computador, normalmente malicioso, que se propaga inserindo cópias de si mesmo e se tornando parte de outros programas e arquivos. Para que possa se tornar ativo e dar continuidade ao processo de infecção, o vírus depende da execução do programa ou arquivo hospedeiro, ou seja, para que o seu computador seja infectado é preciso que um programa já infectado seja executado. O principal meio de propagação de vírus costumava ser os disquetes. Com o tempo, porém, estas mídias caíram em desuso e começaram a surgir novas maneiras, como o envio de e-mail. Atualmente, as mídias removíveis tornaram-se novamente o principal meio de propagação, não mais por disquetes, mas, principalmente, pelo uso de pen-drives. Há diferentes tipos de vírus. Alguns procuram permanecer ocultos, infectando arquivos do disco e executando uma série de atividades sem o conhecimento do usuário. Há outros que permanecem inativos durante certos períodos, entrando em atividade apenas em datas específicas. Alguns dos tipos de vírus mais comuns são: – Vírus propagado por e-mail: recebido como um arquivo anexo a um e-mail cujo conteúdo tenta induzir o usuário a clicar sobre este arquivo, fazendo com que seja executado. – Vírus de script: escrito em linguagem de script, como VBScript e JavaScript, e recebido ao acessar uma página Web ou por e-mail, como um arquivo anexo ou como parte do próprio e-mail escrito em formato HTML. – Vírus de macro: tipo específico de vírus de script, escrito em linguagem de macro, que tenta infectar arquivos manipulados por aplicativos que utilizam esta linguagem como, por exemplo, os que compõe o Microsoft Office (Excel, Word e PowerPoint, entre outros). – Vírus de telefone celular: vírus que se propaga de celular para celular por meio da tecnologia bluetooth ou de mensagens MMS (Multimedia Message Service). A infecção ocorre quando um usuário permite o recebimento de um arquivo infectado e o executa. Worm Worm é um programa capaz de se propagar automaticamente pelas redes, enviando cópias de si mesmo de computador para computador. Diferente do vírus, o worm não se propaga por meio da inclusão de cópias de si mesmo em outros programas ou arquivos, mas sim pela execução direta de suas cópias ou pela exploração automática de vulnerabilidades existentes em programas instalados em computadores. Worms são notadamente responsáveis por consumir muitos recursos, devido à grande quantidade de cópias de si mesmo que costumam propagar e, como consequência, podem afetar o desempenho de redes e a utilização de computadores. Bot e botnet Bot é um programa que dispõe de mecanismos de comunicação com o invasor que permitem que ele seja controlado remotamente. Possui processo de infecção e propagação similar ao do worm, ou seja, é capaz de se propagar automaticamente, explorando vulnerabilidades existentes em programas instalados em computadores. A comunicação entre o invasor e o computador infectado pelo bot pode ocorrer via canais de IRC, servidores Web e redes do tipo P2P, entre outros meios. Ao se comunicar, o invasor pode enviar instruções para que ações maliciosas sejam executadas, como desferir ataques, furtar dados do computador infectado e enviar spam. Um computador infectado por um bot costuma ser chamado de zumbi (zombie computer), pois pode ser controlado remotamente, sem o conhecimento do seu dono. Também pode ser chamado de spam zombie quando o bot instalado o transforma em um servidor de e-mails e o utiliza para o envio de spam. Botnet é uma rede formada por centenas ou milhares de computadores zumbis e que permite potencializar as ações danosas executadas pelos bots. Quanto mais zumbis participarem da botnet mais potente ela será. O atacante que a controlar, além de usá-la para seus próprios ataques, também pode alugá-la para outras pessoas ou grupos que desejem que uma ação maliciosa específica seja executada. Algumas das ações maliciosas que costumam ser executadas por intermédio de botnets são: ataques de negação de serviço, propagação de códigos maliciosos (inclusive do próprio bot), coleta de informações de um grande número de computadores, envio de spame camuflagem da identidade do atacante (com o uso de proxies instalados nos zumbis). Spyware Spyware é um programa projetado para monitorar as atividades de um sistema e enviar as informações coletadas para terceiros. Pode ser usado tanto de forma legítima quanto maliciosa, dependendo de como é instalado, das ações realizadas, do tipo de informação monitorada e do uso que é feito por quem recebe as informações coletadas. Pode ser considerado de uso: – Legítimo: quando instalado em um computador pessoal, pelo próprio dono ou com consentimento deste, com o objetivo de verificar se outras pessoas o estão utilizando de modo abusivo ou não autorizado. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 85 a solução para o seu concurso! Editora – Malicioso: quando executa ações que podem comprometer a privacidade do usuário e a segurança do computador, como monitorar e capturar informações referentes à navegação do usuário ou inseridas em outros programas (por exemplo, conta de usuário e senha). Alguns tipos específicos de programas spyware são: – Keylogger: capaz de capturar e armazenar as teclas digitadas pelo usuário no teclado do computador. – Screenlogger: similar ao keylogger, capaz de armazenar a posição do cursor e a tela apresentada no monitor, nos momentos em que o mouse é clicado, ou a região que circunda a posição onde o mouse é clicado. – Adware: projetado especificamente para apresentar propagandas. Backdoor Backdoor é um programa que permite o retorno de um invasor a um computador comprometido, por meio da inclusão de serviços criados ou modificados para este fim. Pode ser incluído pela ação de outros códigos maliciosos, que tenham previamente infectado o computador, ou por atacantes, que exploram vulnerabilidades existentes nos programas instalados no computador para invadi-lo. Após incluído, o backdoor é usado para assegurar o acesso futuro ao computador comprometido, permitindo que ele seja acessado remotamente, sem que haja necessidade de recorrer novamente aos métodos utilizados na realização da invasão ou infecção e, na maioria dos casos, sem que seja notado. Cavalo de troia (Trojan) Cavalo de troia, trojan ou trojan-horse, é um programa que, além de executar as funções para as quais foi aparentemente projetado, também executa outras funções, normalmente maliciosas, e sem o conhecimento do usuário. Exemplos de trojans são programas que você recebe ou obtém de sites na Internet e que parecem ser apenas cartões virtuais animados, álbuns de fotos, jogos e protetores de tela, entre outros. Estes programas, geralmente, consistem de um único arquivo e necessitam ser explicitamente executados para que sejam instalados no computador. Trojans também podem ser instalados por atacantes que, após invadirem um computador, alteram programas já existentes para que, além de continuarem a desempenhar as funções originais, também executem ações maliciosas. Rootkit Rootkit é um conjunto de programas e técnicas que permite esconder e assegurar a presença de um invasor ou de outro código malicioso em um computador comprometido. Rootkits inicialmente eram usados por atacantes que, após invadirem um computador, os instalavam para manter o acesso privilegiado, sem precisar recorrer novamente aos métodos utilizados na invasão, e para esconder suas atividades do responsável e/ou dos usuários do computador. Apesar de ainda serem bastante usados por atacantes, os rootkits atualmente têm sido também utilizados e incorporados por outros códigos maliciosos para ficarem ocultos e não serem detectados pelo usuário e nem por mecanismos de proteção. Ransomware Ransomware é um tipo de código malicioso que torna inacessíveis os dados armazenados em um equipamento, geralmente usando criptografia, e que exige pagamento de resgate (ransom) para restabelecer o acesso ao usuário32. O pagamento do resgate geralmente é feito via bitcoins. Pode se propagar de diversas formas, embora as mais comuns sejam através de e-mails com o código malicioso em anexo ou que induzam o usuário a seguir um link e explorando vulnerabilidades em sistemas que não tenham recebido as devidas atualizações de segurança. Antivírus O antivírus é um software de proteção do computador que elimina programas maliciosos que foram desenvolvidos para prejudicar o computador. O vírus infecta o computador através da multiplicação dele (cópias) com intenção de causar danos na máquina ou roubar dados. O antivírus analisa os arquivos do computador buscando padrões de comportamento e códigos que não seriam comuns em algum tipo de arquivo e compara com seu banco de dados. Com isto ele avisa o usuário que tem algo suspeito para ele tomar providência. O banco de dados do antivírus é muito importante neste processo, por isso, ele deve ser constantemente atualizado, pois todos os dias são criados vírus novos. Uma grande parte das infecções de vírus tem participação do usuário. Os mais comuns são através de links recebidos por e-mail ou download de arquivos na internet de sites desconhecidos ou mesmo só de acessar alguns sites duvidosos pode acontecer uma contaminação. Outro jeito de contaminar é através de dispositivos de armazenamentos móveis como HD externo e pen drive. Nestes casos devem acionar o antivírus para fazer uma verificação antes. Existem diversas opções confiáveis, tanto gratuitas quanto pagas. Entre as principais estão: – Avast; – AVG; – Norton; – Avira; – Kaspersky; – McAffe. Filtro anti-spam Spam é o termo usado para referir-se aos e-mails não solicitados, que geralmente são enviados para um grande número de pessoas. Spam zombies são computadores de usuários finais que foram comprometidos por códigos maliciosos em geral, como worms, bots, vírus e cavalos de tróia. Estes códigos maliciosos, uma vez instalados, permitem que spammers utilizem a máquina para o envio de spam, sem o conhecimento do usuário. Enquanto utilizam máquinas comprometidas para executar suas atividades, dificultam a identificação da origem do spam e dos autores também. Os spam zombies são muito explorados pelos spammers, por proporcionar o anonimato que tanto os protege. Estes filtros são responsáveis por evitar que mensagens indesejadas cheguem até a sua caixa de entrada no e-mail. 32 https://cartilha.cert.br/ransomware/ INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 8686 a solução para o seu concurso! Editora Anti-malwares Ferramentas anti-malware são aquelas que procuram detectar e, então, anular ou remover os códigos maliciosos de um computador. Antivírus, anti-spyware, anti-rootkit e anti-trojan são exemplos de ferramentas deste tipo. REDES SOCIAIS Redes sociais são estruturas formadas dentro ou fora da internet, por pessoas e organizações que se conectam a partir de interesses ou valores comuns33. Muitos confundem com mídias sociais, porém as mídias são apenas mais uma forma de criar redes sociais, inclusive na internet. O propósito principal das redes sociais é o de conectar pessoas. Você preenche seu perfil em canais de mídias sociais e interage com as pessoas com base nos detalhes que elas leem sobre você. Pode- se dizer que redes sociais são uma categoria das mídias sociais. Mídia social, por sua vez, é um termo amplo, que abrange diferentes mídias, como vídeos, blogs e as já mencionadas redes sociais. Para entender o conceito, pode-se olhar para o que compreendíamos como mídia antes da existência da internet: rádio, TV, jornais, revistas. Quando a mídia se tornou disponível na internet, ela deixou de ser estática, passando a oferecer a possibilidade de interagir com outras pessoas. No coração das mídias sociais estão os relacionamentos, que são comuns nas redes sociais — talvez por isso a confusão. Mídias sociais são lugares em que se pode transmitir informações para outras pessoas. Estas redes podem ser de relacionamento, como o Facebook, profissionais, como o Linkedin ou mesmo de assuntos específicos como o Youtube que compartilha vídeos. As principaissão: Facebook, WhatsApp, Youtube, Instagram, Twitter, Linkedin, Pinterest, Snapchat, Skype e agora mais recentemente, o Tik Tok. Facebook Seu foco principal é o compartilhamento de assuntos pessoais de seus membros. O Facebook é uma rede social versátil e abrangente, que reúne muitas funcionalidades no mesmo lugar. Serve tanto para gerar negócios quanto para conhecer pessoas, relacionar-se com amigos e família, informar-se, dentre outros34. 33 https://resultadosdigitais.com.br/especiais/tudo-sobre-redes-so- ciais/ 34 https://bit.ly/32MhiJ0 WhatsApp É uma rede para mensagens instantânea. Faz também ligações telefônicas através da internet gratuitamente. A maioria das pessoas que têm um smartphone também o têm instalado. Por aqui, aliás, o aplicativo ganhou até o apelido de “zap zap”. Para muitos brasileiros, o WhatsApp é “a internet”. Algumas operadoras permitem o uso ilimitado do aplicativo, sem debitar do consumo do pacote de dados. Por isso, muita gente se informa através dele. YouTube Rede que pertence ao Google e é especializada em vídeos. O YouTube é a principal rede social de vídeos on-line da atualidade, com mais de 1 bilhão de usuários ativos e mais de 1 bilhão de horas de vídeos visualizados diariamente. Instagram Rede para compartilhamento de fotos e vídeos. O Instagram foi uma das primeiras redes sociais exclusivas para acesso por meio do celular. E, embora hoje seja possível visualizar publicações no desktop, seu formato continua sendo voltado para dispositivos móveis. É possível postar fotos com proporções diferentes, além de outros formatos, como vídeos, stories e mais. Os stories são os principais pontos de inovação do aplicativo. Já são diversos formatos de post por ali, como perguntas, enquetes, vídeos em sequência e o uso de GIFs. Em 2018, foi lançado o IGTV. E em 2019 o Instagram Cenas, uma espécie de imitação do TikTok: o usuário pode produzir vídeos de 15 segundos, adicionando música ou áudios retirados de outro clipezinho. Há ainda efeitos de corte, legendas e sobreposição para transições mais limpas – lembrando que esta é mais uma das funcionalidades que atuam dentro dos stories. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 87 a solução para o seu concurso! Editora Twitter Rede social que funciona como um microblog onde você pode seguir ou ser seguido, ou seja, você pode ver em tempo real as atualizações que seus contatos fazem e eles as suas. O Twitter atingiu seu auge em meados de 2009 e de lá para cá está em declínio, mas isso não quer dizer todos os públicos pararam de usar a rede social. A rede social é usada principalmente como segunda tela em que os usuários comentam e debatem o que estão assistindo na TV, postando comentários sobre noticiários, reality shows, jogos de futebol e outros programas. Nos últimos anos, a rede social acabou voltando a ser mais utilizada por causa de seu uso por políticos, que divulgam informações em primeira mão por ali. LinkedIn Voltada para negócios. A pessoa que participa desta rede quer manter contatos para ter ganhos profissionais no futuro, como um emprego por exemplo. A maior rede social voltada para profissionais tem se tornado cada vez mais parecida com outros sites do mesmo tipo, como o Facebook. A diferença é que o foco são contatos profissionais, ou seja: no lugar de amigos, temos conexões, e em vez de páginas, temos companhias. Outro grande diferencial são as comunidades, que reúnem interessados em algum tema, profissão ou mercado específicos. É usado por muitas empresas para recrutamento de profissionais, para troca de experiências profissionais em comunidades e outras atividades relacionadas ao mundo corporativo Pinterest Rede social focada em compartilhamento de fotos, mas também compartilha vídeos. O Pinterest é uma rede social de fotos que traz o conceito de “mural de referências”. Lá você cria pastas para guardar suas inspirações e também pode fazer upload de imagens assim como colocar links para URLs externas. Os temas mais populares são: – Moda; – Maquiagem; – Casamento; – Gastronomia; – Arquitetura; – Faça você mesmo; – Gadgets; – Viagem e design. Seu público é majoritariamente feminino em todo o mundo. Snapchat Rede para mensagens baseado em imagens. O Snapchat é um aplicativo de compartilhamento de fotos, vídeos e texto para mobile. Foi considerado o símbolo da pós- modernidade pela sua proposta de conteúdos efêmeros conhecidos como snaps, que desaparecem algumas horas após a publicação. A rede lançou o conceito de “stories”, despertando o interesse de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, que diversas vezes tentou adquirir a empresa, mas não obteve sucesso. Assim, o CEO lançou a funcionalidade nas redes que já haviam sido absorvidas, criando os concorrentes WhatsApp Status, Facebook Stories e Instagram Stories. Apesar de não ser uma rede social de nicho, tem um público bem específico, formado por jovens hiperconectados. Tik Tok O TikTok, aplicativo de vídeos e dublagens disponível para iOS e Android, possui recursos que podem tornar criações de seus usuários mais divertidas e, além disso, aumentar seu número de seguidores35. Além de vídeos simples, é possível usar o TikTok para postar duetos com cantores famosos, criar GIFs, slideshow animado e sincronizar o áudio de suas dublagens preferidas para que pareça que é você mesmo falando. O TikTok cresceu graças ao seu apelo para a viralização. Os usuários fazem desafios, reproduzem coreografias, imitam pessoas famosas, fazem sátiras que instigam o usuário a querer participar da brincadeira — o que atrai muito o público jovem. 35 https://canaltech.com.br/redes-sociais/tiktok-dicas-e-truques/ INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 8888 a solução para o seu concurso! Editora NOÇÕES SOBRE REDES E WI-FI NOÇÕES SOBRE REDES E WI-FI As redes e o Wi-Fi tornaram-se parte integrante de nossa vida cotidiana. Do uso doméstico ao ambiente de trabalho, estamos cons- tantemente conectados para compartilhar informações, acessar recursos e desfrutar de uma ampla gama de serviços online. Neste texto, vamos explorar algumas noções básicas sobre redes e Wi-Fi. Uma rede é um conjunto de dispositivos eletrônicos interconectados que podem trocar informações e recursos entre si. Ela permite a comunicação e o compartilhamento de dados entre computadores, smartphones, tablets e outros dispositivos. As redes podem ser classi- ficadas em diferentes tipos, como redes locais (LAN), redes de longa distância (WAN) e redes sem fio (Wi-Fi). O Wi-Fi, ou Wireless Fidelity, é uma tecnologia que permite a conexão sem fio entre dispositivos. Ele é baseado nos padrões definidos pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) e usa ondas de rádio para transmitir dados entre dispositivos. O Wi-Fi é ampla- mente utilizado em residências, escritórios, cafés, aeroportos e em muitos outros locais públicos. Uma rede Wi-Fi geralmente consiste de um roteador sem fio que atua como o ponto central da rede. O roteador é responsável por receber e transmitir os dados entre os dispositivos conectados. Ele também fornece acesso à internet, se estiver conectado a um provedor de serviços de internet. Para se conectar a uma rede Wi-Fi, é necessário um dispositivo compatível, como um smartphone, laptop ou tablet, que tenha um adaptador Wi-Fi embutido. Esse dispositivo pode detectar redes Wi-Fi disponíveis na área e permitir que o usuário se conecte a elas. Ge- ralmente, é necessário inserir uma senha de segurança (chamada de chave de segurança ou senha Wi-Fi) para acessar a rede. Ao usar uma rede Wi-Fi, é importante levar em consideração medidas de segurança. Por exemplo, é recomendável usar senhas fortes para proteger o acesso à rede e alterar regularmente a senha padrão do roteador. Além disso, a criptografia pode ser habilitada na rede Wi-Fi para garantir que os dados transmitidos sejam protegidos contra interceptação não autorizada. Outra noção importante sobre redes Wi-Fi é a velocidade da conexão. A velocidadeda rede é geralmente medida em megabits por segundo (Mbps) e pode variar dependendo da qualidade do sinal, do número de dispositivos conectados e da largura de banda disponível. Em resumo, as redes e o Wi-Fi são elementos essenciais para a conectividade em nosso mundo moderno. Entender os conceitos básicos de redes e Wi-Fi nos ajuda a aproveitar ao máximo os recursos online e a garantir uma experiência de conexão segura e eficiente. QUESTÕES 1. (PREFEITURA DE PORTÃO/RS - MÉDICO - OBJETIVA/2019) São exemplos de dois softwares e um hardware, respectivamente: (A) Placa de vídeo, teclado e mouse. (B) Microsoft Excel, Mozilla Firefox e CPU. (C) Internet Explorer, placa-mãe e gravador de DVD. (D) Webcam, editor de imagem e disco rígido. 2. (GHC-RS - CONTADOR - MS CONCURSOS/2018) Nas alternativas, encontram-se alguns conceitos básicos de informática, exceto: (A) Hardware são os componentes físicos do computador, ou seja, a máquina propriamente dita. (B) Software é o conjunto de programas que permite o funcionamento e utilização da máquina. (C) Entre os principais sistemas operacionais, pode-se destacar o Windows, Linux e o BrOffice. (D) O primeiro software necessário para o funcionamento de um computador é o Sistema Operacional. (E) No software livre, existe a liberdade de estudar o funcionamento do programa e de adaptá-lo as suas necessidades. 3. (PREFEITURA DE CARLOS BARBOSA/RS - AGENTE ADMINISTRATIVO (LEGISLATIVO) - OBJETIVA/2019) Sobre as classificações de sof- tware, analisar a sentença abaixo: Software de sistema são programas que permitem a interação do usuário com a máquina, como exemplo pode-se citar o Windows (1ª parte). Software de aplicativo são programas de uso cotidiano do usuário, permitindo a realização de tarefas, como editores de texto, plani- lhas, navegador de internet, etc. (2ª parte). A sentença está: (A) Totalmente correta. (B) Correta somente em sua 1ª parte. (C) Correta somente em sua 2ª parte. (D) Totalmente incorreta. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 89 a solução para o seu concurso! Editora 4. (PREFEITURA DE SANTO ANTÔNIO DO SUDOESTE/PR - PROFESSOR - INSTITUTO UNIFIL/2018) Assinale a alternativa que representa um Software. (A) Windows. (B) Mouse. (C)Hard Disk – HD. (D) Memória Ram. 5. (PREFEITURA DE JAHU/SP - AUXILIAR DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL - OBJETIVA/2018) Quanto aos periféricos de um computa- dor, assinalar a alternativa que apresenta somente periféricos de armazenamento: (A) Teclado e drive de CD. (B) Pen drive e cartão de memória. (C) Monitor e mouse. (D) Impressora e caixas de som. 6. (PREFEITURA DE SOBRAL/CE - ANALISTA DE INFRAESTRUTURA - UECE-CEV/2018) O componente do hardware do computador que tem como função interligar diversos outros componentes é a: (A) memória diferida. (B) memória intangível. (C) placa de fase. (D) placa mãe. 7. (CESP – CEBRASPE – Banco do Brasil) - A respeito da utilização de aplicativos dos ambientes Microsoft Office e BROFFICE, julgue o item abaixo. No Writer do BROFFICE, a opção Alterar capitalização, disponível no menu Formatar, permite inverter a fonte usada no texto entre mai- úsculas e minúsculas. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Certo 8. (CESP – CEBRASPE – Banco do Brasil) - Quanto à utilização do OpenOffice Writer, julgue os itens seguintes. O processo de impressão é controlado pela Caixa de diálogo de impressão, podendo variar de acordo com o modelo de impressora que o usuário possui. ( ) CERTO ( ) ERRADO 9. (CESP – CEBRASPE – FUB) – INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 9090 a solução para o seu concurso! Editora Considerando a figura acima, que ilustra uma janela do SOFTWARE BROFFICE WRITER 3.0, contendo um documento em processo de edição, julgue os itens a seguir. Para formatar em negrito e sublinhar a primeira linha do documento mostrado é suficiente selecioná-la e clicar os botões: ( ) CERTO ( ) ERRADO 10. (CESP – CEBRASPE – Câmara dos Deputados) - A respeito de aplicativos do Microsoft Office 2010 e do BROFFICE, julgue o item seguinte. Na planilha eletrônica CALC, do BROFFICE, é possível, por meio da tecnologia Tabela Dinâmica, ou Assistente de Dados, importar dados que estejam em bancos de dados. ( ) CERTO ( ) ERRADO 11. (TJ/DFT - ESTÁGIO - CIEE/2018) Podem ser consideradas algumas atividades do correio eletrônico: I - Solicitar informações. II - Fazer download de arquivos. III - Mandar mensagens. Estão CORRETOS: (A) Somente os itens I e II. (B) Somente os itens I e III. (C) Somente os itens II e III. (D) Todos os itens. 12. (PREFEITURA DE SOBRAL/CE - ANALISTA DE INFRAESTRUTURA - UECE-CEV/2018) Angélica enviou um e-mail para três colaborado- ras, Luíza, Rafaela e Tatiana, tendo preenchido os campos do destinatário da seguinte forma: Para: luiza@email.com.br Cc: rafaela@email.com.br Cco: tatiana@email.com.br Assunto: reunião importante Todas as três colaboradoras receberam o e-mail de Angélica e o responderam através do comando “Responder a todos”. Considerando a situação ilustrada, é correto afirmar que: (A) somente Angélica recebeu todas as respostas. (B) Tatiana não recebeu nenhuma das respostas. (C) somente Luíza e Rafaela receberam todas as respostas. (D) todas receberam as respostas umas das outras. 13. (CREF - 11ª Região (MS-MT) - Agente de Orientação e Fiscalização - Quadrix/2019) Julgue o item quanto ao programa de navega- ção Mozilla Firefox, em sua versão mais atual, ao programa de correio eletrônico MS Outlook 2016 e aos conceitos de organização e de gerenciamento de programas. O Firefox, por meio do botão , permite ao usuário adicionar uma página aos Favoritos, bem como removê-la. ( ) CERTO ( ) ERRADO 14. (CRA/PR - Advogado I - Quadrix/2019) Julgue o item a seguir, relativo ao programa de navegação Mozilla Firefox, em sua versão mais atual, ao programa de correio eletrônico MS Outlook 2016 e aos procedimentos de segurança da informação. O Firefox não pode ser instalado no Windows 10, uma vez que ele não é compatível com esse sistema operacional. ( ) CERTO ( ) ERRADO INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 91 a solução para o seu concurso! Editora 15. (Prefeitura de Ji-Paraná/RO - Agente Administrativo – BADE/2019) Em navegadores padrão da Internet, tais como Chro- me e Firefox, existe uma função que exibe a lista dos últimos sites acessados por data, por site e por visitação. Essa função é a de: (A) Histórico. (B) Voltar Conteúdo. (C) Página Inicial. (D) Pesquisar. (E) Favoritos 16. No Google Chrome é possível salvarmos uma “foto” da pá- gina que estamos em formato de pdf, após clicar no ícone qual é a opção que devemos escolher? (A) Buscar (B) Downloads (C) Histórico (D) Imprimir (E) Transmitir 17. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - TÉCNICO EM IN- FORMÁTICA - COTEC/2020) Os softwares antivírus são comumente utilizados para proteger os sistemas de ameaças e potenciais sof- twares malintencionados (conhecidos por malwares). Alguns usu- ários de computadores chegam a instalar mais de um antivírus na mesma máquina para sua proteção. Verifique o que pode ocorrer no caso da instalação de mais de um antivírus: I - Um antivírus pode identificar o outro antivírus como sendo uma possível ameaça. II - Vai ocasionar um uso excessivo de processamento na CPU do computador. III - Apesar de alguns inconvenientes, há um acréscimo do nível de segurança. IV - Instabilidades e incompatibilidades podem fazer com que vulnerabilidades se apresentem. Estão CORRETAS as afirmativas: (A) I, II e IV, apenas. (B) I, III e IV, apenas. (C) II e III, apenas. (D) II e IV, apenas. (E) II, III e IV, apenas. 18. (PREFEITURA DE TOLEDO/PR - ASSISTENTE EM ADMINIS- TRAÇÃO - PREFEITURA DE TOLEDO/PR/2020) Programas antivírus tem uma importância um tanto quanto fundamental para os usuá- rios. As principais funções dessa ferramenta são, EXCETO: (A) Atuar para identificação e eliminação da maior quantidade de vírus possível. (B) Verificar continuamente os discos rígidos, HDs externos e mídias removíveis. (C) Trabalhar sincronizado com outro antivírus para aumentaro nível de segurança. (D) Ao encontrar um problema o software em questão avisa o usuário. (E) A utilização de uma versão paga oferece ao usuário mais segurança. 19. (CÂMARA DE CABIXI/RO - CONTADOR - MS CONCUR- SOS/2018) Um vírus de computador é um software malicioso que é desenvolvido por programadores geralmente inescrupulosos. Tal como um vírus biológico, o programa infecta o sistema, faz cópias de si e tenta se espalhar para outros computadores e dispositivos de informática. As alternativas a seguir apresentam exemplos de vírus de com- putador, exceto o que se apresenta na alternativa: (A) Vírus de boot. (B) Crackers. (C) Cavalo de troia. (D) Time Bomb. 20. (RIOPRETOPREV - ANALISTA PREVIDENCIÁRIO - FCC/2019) O computador de um usuário foi infectado por um ransomware, um tipo de malware que: (A) torna inacessíveis os dados armazenados no computador, geralmente usando criptografia, e exige pagamento de resgate (via bitcoins) para restabelecer o acesso ao usuário. (B) após identificar potenciais computadores alvos, efetua có- pias de si mesmo e tenta enviá-las para estes computadores, por e-mail, chat etc. (C) monitora e captura informações referentes à navegação ou digitação do usuário, e envia estas informações ao atacante. (D) assegura o acesso futuro do atacante ao computador com- prometido, permitindo que ele seja acessado remotamente por meio do protocolo Telnet. (E) torna o computador um zumbi, sendo controlado remota- mente e desferindo automaticamente ataques de negação de serviço a redes e servidores determinados pelo atacante. 21. (COREN/AC - AGENTE FISCAL - QUADRIX/2019) No que diz respeito ao sítio de busca Google, às noções de vírus, worms e pra- gas virtuais e aos procedimentos de backup, julgue o item. Diferentemente dos vírus, os spywares não conseguem captu- rar as teclas do computador quando pressionadas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 22. (PREFEITURA DE CUNHA PORÃ/SC - ENFERMEIRO - INS- TITUTO UNIFIL/2020) Considerando os conceitos de segurança da informação e os cuidados que as organizações e particulares devem ter para proteger as suas informações, assinale a alternativa que não identifica corretamente um tipo de backup. (A) Backup Incremental. (B) Backup Excepcional. (C) Backup Diferencial. (D) Backup Completo ou Full. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 9292 a solução para o seu concurso! Editora 23. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE ADMI- NISTRATIVO - COTEC/2020) Os termos internet e World Wide Web (WWW) são frequentemente usados como sinônimos na linguagem corrente, e não são porque (A) a internet é uma coleção de documentos interligados (pági- nas web) e outros recursos, enquanto a WWW é um serviço de acesso a um computador. (B) a internet é um conjunto de serviços que permitem a co- nexão de vários computadores, enquanto WWW é um serviço especial de acesso ao Google. (C) a internet é uma rede mundial de computadores especial, enquanto a WWW é apenas um dos muitos serviços que fun- cionam dentro da internet. (D) a internet possibilita uma comunicação entre vários compu- tadores, enquanto a WWW, o acesso a um endereço eletrônico. (E) a internet é uma coleção de endereços eletrônicos, enquan- to a WWW é uma rede mundial de computadores com acesso especial ao Google. 24. (PREFEITURA DE PINTO BANDEIRA/RS - AUXILIAR DE SERVI- ÇOS GERAIS - OBJETIVA/2019) Sobre a navegação na internet, ana- lisar a sentença abaixo: Os acessos a sites de pesquisa e de notícias são geralmente re- alizados pelo protocolo HTTP, onde as informações trafegam com o uso de criptografia (1ª parte). O protocolo HTTP não garante que os dados não possam ser interceptados (2ª parte). A sentença está: (A) Totalmente correta. (B) Correta somente em sua 1ª parte. (C) Correta somente em sua 2ª parte. (D) Totalmente incorreta. 25. (CRN - 9 - AUXILIAR ADMINISTRATIVO - QUADRIX/2019) No que se refere aos conceitos de organização e de gerenciamento de arquivos e pastas, aos procedimentos de segurança da informação e às noções de vírus, worms e pragas virtuais, julgue o item. Com a finalidade de substituir, de forma rápida, sistemas crí- ticos de uma organização em caso de falha de disco, dispositivos de backup podem ser utilizados. Tal procedimento visa a manter a disponibilidade da informação. ( ) CERTO ( ) ERRADO 26. (CONRERP 2ª Região - Analista de Relações Públicas - Qua- drix/2019) Julgue o item, relativo ao Microsoft Word 2013, ao sis- tema operacional Windows 8 e aos conceitos de redes de compu- tadores. Cabo de par trançado, cabo coaxial e cabo de fibra óptica são exemplos de meios de transmissão utilizados em redes de compu- tadores. ( ) CERTO ( ) ERRADO 27. (CREA/GO - Assistente Administrativo - Quadrix/2019) Jul- gue o item quanto ao sistema operacional Windows 8 e aos concei- tos de redes de computadores. O IP (Internet Protocol) é considerado como o principal proto- colo da camada de rede da Internet. ( ) CERTO ( ) ERRADO 28. (SESACRE - Agente Administrativo - IBFC/2019) Uma Rede de computadores é formada por um _____ de máquinas eletrôni- cas com processadores capazes de trocar informações e _____ re- cursos, interligados por um subsistema de comunicação, ou seja, é quando há pelo menos dois ou mais computadores, e outros dispositivos interligados entre si de modo a poderem compartilhar recursos _____, estes podem ser do tipo: dados, impressoras, men- sagens (e-mails), entre outros. (A) único nó / pequenos / isolados (B) banco / representar / seguros (C) nó / adequar / não confiáveis (D) conjunto / compartilhar / físicos e lógicos 29. (IF/PR - Tradutor e intérprete de linguagem de Sinais - FAU/2019) Assinale a alternativa INCORRETA sobre Redes de Com- putadores: (A) Host é o nome dado aos computadores que acessam recur- sos fornecidos por um servidor e compartilham na rede. (B) Na topologia de Barramento, todos os nós se conectam através de uma barra ou cabo de dados e quando uma mensa- gem é enviada, todos os nós recebem. (C) Em uma intranet podemos ter duas máquinas com o mes- mo endereço IP, pois é somente o endereço físico (MAC) que é enviado no cabeçalho da mensagem enviada na rede. (D) Uma das diferenças entre a comunicação serial da comu- nicação paralela para transmissão de dados em uma rede de computadores é a quantidade de canais utilizada na transmis- são. (E) Um equipamento switch é semelhante ao hub, também co- nhecido como hub inteligente, pois ele recebe uma mensagem e envia apenas para o computador de destino. 30. (Prefeitura de Fortaleza dos Nogueiras/MA - Engenheiro Civil - IMA/2019) Sobre os conhecimentos de Redes de Computado- res julgue as afirmativas abaixo: I. Uma rede LAN é normalmente utilizada dentro de um único prédio ou prédios vizinhos, ou seja, de extensão pequena. II. Em uma transmissão Síncrona os dados são enviados de ma- neira sincronizada com o funcionamento da rede. III. No topologia em barra (barramento), se uma das estações falhar a rede deixa de funcionar e prejudica toda a ligação. (A) Todos os itens estão corretos (B) Apenas os itens I e II estão corretos. (C) Apenas os itens I e III estão corretos. (D) Todos os itens estão incorretos. 31.(Prefeitura de Resende/RJ - Engenheiro Civil - CONSUL- PAM/2019) Podemos dizer que internet é um conjunto de redes interligadas através de Backbones que é o termo principal utilizado para: (A) Interpretar as páginas da web. (B) Enviar mensagens instantâneas pelos sites. (C) Solicitar informação em qualquer lugar do mundo por meio de sites. (D) Identificar a rede principal pela qual os dados de todos os clientes da Internet passam. INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 93 a solução para o seu concurso! Editora 32. (UFES - Jornalista - UFES/2019) No contexto de redes de computadores, os protocolos são as regras ou padrões que contro- lam e possibilitam a conexão, a comunicação e a transferência de dados entre computadores. Sobre protocolos, é INCORRETO afir- mar: (A) POP3 e IMAP são utilizados para o gerenciamento de e-mailsem um servidor. (B) HTTP é utilizado para a navegação em páginas de websites. (C) FTP é utilizado para a transferência de arquivos. (D) SSH é utilizado para a atribuição de endereço IP a compu- tadores. (E) SMTP é utilizado para o envio de e-mails. 33. (UFRPE - Administrador - SUGEP - UFRPE/2019) Assinale a alternativa que apresenta protocolos da camada de aplicação, ca- mada de transporte e camada de rede, respectivamente. (A) HTTP, TCP, IP (B) SMTP, BGP, FTP (C) DNS, P2P, TCP (D) SNMP, IMAP, CDMA (E) TCP, POP3, TFTP 34. (IDAM - Assistente Técnico - IBFC/2019) Tanto para a Inter- net como para a Intranet, quando existe a necessidade de transferir dados e arquivos, utiliza-se basicamente do protocolo: (A) TCP (B) FTP (C) HTTP (D) SMTP 35. (DETRAN/CE - Agente de Trânsito e Transporte - UECE - CEV/2018) Topologia de redes é a forma como os dispositivos de uma rede estão conectados. São exemplos de topologia de redes: (A) anel, barramento, híbrida e colar. (B) estrela, anel, barramento e árvore. (C) híbrida, malha, trançada e colar. (D) árvore, malha, estrela, trançada. GABARITO 1 B 2 C 3 A 4 A 5 B 6 D 7 CERTO 8 CERTO 9 CERTO 10 CERTO 11 D 12 B 13 CERTO 14 ERRADO 15 A 16 D 17 A 18 C 19 B 20 A 21 ERRADO 22 B 23 C 24 C 25 CERTO 26 CERTO 27 CERTO 28 D 29 C 30 B 31 D 32 D 33 A 34 B 35 B INFORMÁTICA BÁSICA E APLICADA 9494 a solução para o seu concurso! Editora ANOTAÇÕES _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ 95 a solução para o seu concurso! Editora LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL – CAPÍTULO III, SEÇÃO I – DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO, E ALTERAÇÕES POSTERIORES CONSTITUIÇÃO FEDERAL CAPÍTULO III DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO SEÇÃO I DA EDUCAÇÃO Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII – garantia de padrão de qualidade. VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático- científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. § 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. § 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) II – progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educaçãobásica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I – cumprimento das normas gerais da educação nacional; II – autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. § 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. § 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL 9696 a solução para o seu concurso! Editora § 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. § 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.) Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. § 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. § 2º Para efeito do cumprimento do disposto no “caput” deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213. § 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação. § 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários. § 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. § 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino. Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: I – comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. § 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade. § 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: I – erradicação do analfabetismo; II – universalização do atendimento escolar; III – melhoria da qualidade do ensino; IV – formação para o trabalho; V – promoção humanística, científica e tecnológica do País. VI – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. Fonte Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicao.htm DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 E ALTERAÇÕES POS- TERIORES) LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DA EDUCAÇÃO Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se de- senvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e or- ganizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. § 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do traba- lho e à prática social. TÍTULO II DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes prin- cípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na es- cola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultu- ra, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; 97 a solução para o seu concurso! Editora LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extraescolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práti- cas sociais. XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Leinº 12.796, de 2013) XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018) IV - respeito à diversidade humana, linguística, cultural e iden- titária das pessoas surdas, surdo-cegas e com deficiência auditiva. (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021) TÍTULO III DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) III - atendimento educacional especializado gratuito aos edu- candos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensi- no; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola; VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da edu- cação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (Re- dação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) IX – padrões mínimos de qualidade do ensino, definidos como a variedade e a quantidade mínimas, por aluno, de insumos indis- pensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendiza- gem adequados à idade e às necessidades específicas de cada estu- dante, inclusive mediante a provisão de mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos apropriados; (Redação dada pela Lei nº 14.333, de 2022) X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008). XI – alfabetização plena e capacitação gradual para a leitura ao longo da educação básica como requisitos indispensáveis para a efetivação dos direitos e objetivos de aprendizagem e para o desen- volvimento dos indivíduos. (Incluído pela Lei nº 14.407, de 2022) XII - educação digital, com a garantia de conectividade de todas as instituições públicas de educação básica e superior à internet em alta velocidade, adequada para o uso pedagógico, com o desenvol- vimento de competências voltadas ao letramento digital de jovens e adultos, criação de conteúdos digitais, comunicação e colabora- ção, segurança e resolução de problemas. (Incluído pela Lei nº 14.533, de 2023) Parágrafo único. Para efeitos do disposto no inciso XII do caput deste artigo, as relações entre o ensino e a aprendizagem digital deverão prever técnicas, ferramentas e recursos digitais que for- taleçam os papéis de docência e aprendizagem do professor e do aluno e que criem espaços coletivos de mútuo desenvolvimento. (Incluído pela Lei nº 14.533, de 2023) Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de internação, ao aluno da educação básica internado para tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar por tem- po prolongado, conforme dispuser o Poder Público em regulamen- to, na esfera de sua competência federativa. (Incluído pela Lei nº 13.716, de 2018). Art. 5o O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associa- ção comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) § 1o O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educa- ção básica; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) II - fazer-lhes a chamada pública; III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à es- cola. § 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público as- segurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais. § 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente. § 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser impu- tada por crime de responsabilidade. § 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensi- no, o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferen- tes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior. Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguin- tes condições: I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino; II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público; III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da Constituição Federal. LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL 9898 a solução para o seu concurso! Editora Art. 7º-A Ao aluno regularmente matriculado em instituição de ensino pública ou privada, de qualquer nível, é assegurado, no exer- cício da liberdade de consciência e de crença, o direito de, mediante prévio e motivado requerimento, ausentar-se de prova ou de aula marcada para dia em que, segundo os preceitos de sua religião, seja vedado o exercício de tais atividades, devendo-se-lhe atribuir, a cri- tério da instituição e sem custos para o aluno, uma das seguintes prestações alternativas, nos termos do inciso VIII do caput do art. 5º da Constituição Federal: (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) I - prova ou aula de reposição, conforme o caso, a ser realiza- da em data alternativa, no turno de estudo do aluno ou em outro horário agendado com sua anuência expressa; (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) II - trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pes- quisa, com tema, objetivo e data de entrega definidos pela institui- ção de ensino. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) § 1ºA prestação alternativa deverá observar os parâmetros cur- riculares e o plano de aula do dia da ausência do aluno. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) § 2ºO cumprimento das formas de prestação alternativa de que trata este artigo substituirá a obrigação original para todos os efei- tos, inclusive regularização do registro de frequência. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019)(Vigência) § 3ºAs instituições de ensino implementarão progressivamen- te, no prazo de 2 (dois) anos, as providências e adaptações necessá- rias à adequação de seu funcionamento às medidas previstas neste artigo.(Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência)§ 4ºO disposto neste artigo não se aplica ao ensino militar a que se refere o art. 83 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019)(Vigência) (Vide parágrafo único do art. 2) TÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. § 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais. § 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta Lei. Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento) I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições ofi- ciais do sistema federal de ensino e o dos Territórios; III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obri- gatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva; IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Fe- deral e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar forma- ção básica comum; IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, diretrizes e procedimentos para identifica- ção, cadastramento e atendimento, na educação básica e na edu- cação superior, de alunos com altas habilidades ou superdotação; (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015) V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educa- ção; VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino; VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-gra- duação; VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível de ensino; IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino. (Vide Lei nº 10.870, de 2004) § 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei. § 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais. § 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delega- das aos Estados e ao Distrito Federal, desde que mantenham insti- tuições de educação superior. Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições ofi- ciais dos seus sistemas de ensino; II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na ofer- ta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma des- sas esferas do Poder Público; III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, in- tegrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios; IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V - baixar normas complementares para o seu sistema de en- sino; VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.061, de 2009) VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003) Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competên- cias referentes aos Estados e aos Municípios. Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições ofi- ciais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e pla- nos educacionais da União e dos Estados; II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; III - baixar normas complementares para o seu sistema de en- sino; 99 a solução para o seu concurso! Editora LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em ou- tros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plena- mente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Fede- ral à manutenção e desenvolvimento do ensino. VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003) Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sis- tema único de educação básica. Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e finan- ceiros; III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula es- tabelecidas; IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada do- cente; V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor ren- dimento; VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando pro- cessos de integração da sociedade com a escola; VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimen- to dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009) VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) do percentual permitido em lei; (Redação dada pela Lei nº 13.803, de 2019) IX - promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática (bullying), no âmbito das escolas;(Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) X - estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas.(Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) XI - promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabe- lecimento de ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III - zelar pela aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escola- res públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: (Regulamen- to) I - as instituições de ensino mantidas pela União; II - as instituições de educação superior mantidas pela iniciativa privada;(Redação dada pela Lei nº 13.868, de 2019) III - os órgãos federais de educação. Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem: I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público estadual e pelo Distrito Federal; II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público municipal; III - as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela iniciativa privada; IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, res- pectivamente. Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de educa- ção infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino. Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem: I - as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil mantidas pelo Poder Público municipal; II - as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada; III – os órgãos municipais de educação. Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis classi- ficam-se nas seguintes categorias administrativas: (Regulamento) (Regulamento) I - públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, man- tidas e administradas pelo Poder Público; II - privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. III - comunitárias, na forma da lei.(Incluído pela Lei nº 13.868, de 2019) § 1º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e III do caput deste artigo podem qualificar-se como confessionais, atendidas a orientação confessional e a ideologia específicas. (Inclu- ído pela Lei nº 13.868, de 2019) § 2º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e III do caput deste artigo podem ser certificadas como filantrópicas, na forma da lei.(Incluído pela Lei nº 13.868, de 2019) Art. 20. (Revogado pela Lei nº 13.868, de 2019) TÍTULO V DOS NÍVEIS E DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E ENSINO CAPÍTULO I DA COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS ESCOLARES Art. 21. A educação escolar compõe-se de: I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fun- damental e ensino médio; LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL 100100 a solução para o seu concurso! Editora II - educação superior. CAPÍTULO II DA EDUCAÇÃO BÁSICA SEÇÃO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no tra- balho e em estudos posteriores. Parágrafo único. São objetivos precípuos da educação básica a alfabetização plena e a formação de leitores, como requisitos es- senciais para o cumprimento das finalidades constantes do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.407, de 2022) Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anu- ais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. § 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais. § 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei. Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mí- nimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveita- mento, a série ou fase anterior, na própria escola; b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou eta- pa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino; III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão par- cial, desde que preservada a sequência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino; IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de sé- ries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componen- tes curriculares; V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante ve- rificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento es- colar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; VI - o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação; VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escola- res, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis. § 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de ensino ofe- recer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) § 2o Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de educação de jovens e adultos e de ensino noturno regular, adequado às con- dições do educando, conforme o inciso VI do art. 4o. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsá- veis alcançar relação adequada entre o número de alunos e o pro- fessor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento. Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetro para atendimento do disposto neste artigo. Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino funda- mental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabeleci- mento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas caracterís- ticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) § 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimentodo mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil. § 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões re- gionais, constituirá componente curricular obrigatório da educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) § 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: (Redação dada pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis ho- ras; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em si- tuação similar, estiver obrigado à prática da educação física; (Incluí- do pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 101 a solução para o seu concurso! Editora LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL § 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribui- ções das diferentes culturas e etnias para a formação do povo bra- sileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia. § 5o No currículo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, será ofertada a língua inglesa. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) § 6o As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as lingua- gens que constituirão o componente curricular de que trata o § 2o deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.278, de 2016) § 7o A integralização curricular poderá incluir, a critério dos sis- temas de ensino, projetos e pesquisas envolvendo os temas trans- versais de que trata o caput. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) § 8º A exibição de filmes de produção nacional constituirá com- ponente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais. (Incluído pela Lei nº 13.006, de 2014) § 9º Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas de violência contra a criança, o adolescente e a mulher serão incluídos, como temas transversais, nos currículos de que trata o caput deste artigo, observadas as diretrizes da legisla- ção correspondente e a produção e distribuição de material didáti- co adequado a cada nível de ensino. (Redação dada pela Lei nº 14.164, de 2021) § 9º-A. A educação alimentar e nutricional será incluída entre os temas transversais de que trata o caput. (Incluído pela Lei nº 13.666, de 2018) § 10. A inclusão de novos componentes curriculares de cará- ter obrigatório na Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Educação e de homologação pelo Ministro de Estado da Educação. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) § 11. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.533, de 2023) Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008). § 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo in- cluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos ét- nicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econô- mica e política, pertinentes à história do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008). § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artís- tica e de literatura e história brasileiras. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008). Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observa- rão, ainda, as seguintes diretrizes: I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; III - orientação para o trabalho; IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas des- portivas não-formais. Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, espe- cialmente: I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural; II - organização escolar própria, incluindo adequação do calen- dário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; III - adequação à natureza do trabalho na zona rural. Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas será precedido de manifestação do órgão normati- vo do respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar. (Inclu- ído pela Lei nº 12.960, de 2014) SEÇÃO II DA EDUCAÇÃO INFANTIL Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e so- cial, complementando a ação da família e da comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desen- volvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distri- buída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacio- nal; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diá- rias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-es- colar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) V - expedição de documentação que permita atestar os proces- sos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) SEÇÃO III DO ENSINO FUNDAMENTAL Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, me- diante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; LEGISLAÇÃO APLICADA AO CONTEXTO EDUCACIONAL 102102 a solução para o seu concurso! Editora II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema po- lítico, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de so- lidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.