e-Book - História da Educação (PDF)

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Francilene Duarte Santos
São Luís
2020
Santos, Francilene Duarte
História da educação [e-Book]. / Francilene Duarte 
Santos. – São Luís: UEMA; UEMAnet, 2020.
36 p.
ISBN:
1. História. 2. Educação. 3. Educação primitiva. 4. 
Educação medieval. I. Título.
CDU: 37.01
Reitor 
Gustavo Pereira da Costa
Vice-Reitor
Walter Canales Sant´ana
Pró-Reitora de Graduação
Zafira da Silva de Almeida
Núcleo de Tecnologias para Educação
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Sistema Universidade Aberta do Brasil
Ilka Márcia R. S. Serra - Coord. Geral
Lourdes Maria P. Mota - Coord. Adjunta | Coord. de Curso
Coordenação do Setor Design Educacional
Cristiane Peixoto - Coord. Administrativa
Maria das Graças Neri Ferreira - Coord. Pedagógica
Professora Conteudista
Francilene Duarte Santos
Revisão de Linguagem
Lucirente Ferreira Lopes
Designer de Linguagem
Lucirente Ferreira Lopes
Designer Pedagógica
Suelen Santos Falcao de Sousa
Projeto Gráfico e Diagramação
Tonho Lemos Martins
Capa
Rômulo Santos Coelho
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
Os matérias produzidos para os cursos ofertados pelo UEMAnet/UEMA para o Sistema Universidade Aberta do Brasil - 
UAB são licenciados nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhada, podendo 
a obra ser remixada, adaptada e servir para criação de obras derivadas, desde que com fins não comerciais, que seja 
atribuído crédito ao autor e que as obras derivadas sejam licenciadas sob a mesma licença.
SUMÁRIO
1.1 O ensino da História da Educação ......................................................................
 Referências .............................................................................................................
2.1 Período da Educação Primitiva ............................................................................
2.2 Período da Antiguidade Oriental ..........................................................................
2.3 Período da Antiguidade Grega .............................................................................
2.4 Período da Antiguidade Romana .........................................................................
 Referências .............................................................................................................
3.1 Educação Medieval ...............................................................................................
3.2 Educação Moderna ...............................................................................................
3.3 Educação Contemporânea ...................................................................................
 Referências .............................................................................................................
5
12
13
15
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27
36
4História da Educação
APRESENTAÇÃO
Caro (a) estudante,
No estudo da disciplina História da Educação, teremos a possibilidade de 
conhecer os modelos de educação a começar da antiguidade até os dias atuais, 
com atenção especial para as instituições, procedimentos e rotinas educacionais. 
Este material é uma sinopse da prática educativa ao longo da história, e tem como 
objetivo, não somente servir apenas como instrumento de consulta e informação, 
mas, principalmente, estimular a reflexão e a consciência crítica referente aos 
processos de formação educacional do passado e presente, favorecendo uma 
análise e percepção das mudanças no decorrer da história humana.
Para esta análise convido você caro estudante, para uma viagem pela história 
da educação, iniciaremos pela importância de ensinar História da Educação, 
perpassando pelas civilizações do oriente próximo, na antiguidade, passando 
pela Grécia, Roma, até chegarmos aos modelos educacionais da atualidade.
Este e-Book foi elaborado com o objetivo de lhe proporcionar informações sobre o 
percurso da História da Educação, pensando em sua aprendizagem, o material 
apresenta uma linguagem dialógica, visando a compreensão do conteúdo da 
disciplina.
No decorrer do estudo do e-Book, você terá acesso aos conhecimentos mais 
importantes considerados pela História da Educação. Ficou interessado? Então 
continue a leitura e entenda mais sobre o assunto!
Bons estudos!
5História da Educação
ABORDAGENS TEÓRICO-METODOLÓGICAS 
NO CAMPO DA INVESTIGAÇÃO DA 
HISTÓRIA E DA EDUCAÇÃO1UNIDADE
1.1 O ensino da História da Educação
Ao longo dos tempos, vários educadores, cientistas e filósofos buscaram alternativas e respostas inovadoras para as dificuldades educacionais 
referente a suas épocas. Continuamos nesta jornada nos dias atuais.
O professo educativo não é algo isolado, subjetivo, e está vinculado diretamente 
a sociedade e a cultura de cada época, neste sentido se faz necessário, 
consequentemente, fazer uma relação da educação e as perspectivas sociais e 
culturais de cada período histórico.
Nóvoa (2005) é categórico em afirmar que é necessário romper com o 
aspecto natural da educação, visto que a educação é um processo histórico 
e o comportamento do homem no tempo não está antecipadamente 
definida. Neste sentido, temos a obrigação de interromper os modelos em 
sala de aula, possibilitando assim mudanças significativas no processo 
educacional.
Favorecer a compreensão da educação e de sua trajetória histórica do 
período da antiguidade até os dias atuais a partir das restrições sociais, 
culturais, políticas e econômicas que dominam o processo educacional. 
Objetivo
6História da Educação
Observa-se que a disciplina História da Educação tem conexão direta entre 
teoria e prática. Para esse fi m, se faz necessário refl etir sobre os fatos e dados 
históricos nos quais estiveram e estão presentes na educação. Somente assim, 
será possível vislumbrar quais foram as retenções e as modifi cações ocorridas 
nestes momentos históricos.
Nesse sentido, torna-se necessário destacar o pensamento de Nóvoa (2005, p. 
11) que “nos diz que não há mudança sem história – o trabalho histórico é muito 
semelhante ao trabalho pedagógico”.
Ao darmos a devida atenção no Curso de Pedagogia para a disciplina de História 
da Educação que nos foi deixada por herança, é possível de forma transversal, 
fazermos uma refl exão sobre as práticas no presente no campo educacional, 
para que desta forma, possamos continuar de forma positiva e assertiva e 
compreender melhor os erros ocorridos ao longo dos anos.
O conhecimento de fatos históricos nos proporciona uma análise sobre o presente 
a partir dos questionamentos feitos no passado. Nos motiva a termos uma 
consciência histórica, sinalizando para grande relevância que cada indivíduo tem 
para a sociedade, independente de raça, gênero, escolaridade ou nível social. 
Essa conscientização, potencializa o rompimento com o ensino alienado de 
História em sala de aula. Por consequência, muitos professores ao integrar 
António Manuel Seixas Sam-
paio da Nóvoa é um professor 
universitário português, doutor 
em Ciências da Educação (Uni-
versidade de Genebra) e História 
Moderna e Contemporânea (Pa-
ris-Sorbonne). Atualmente, é pro-
fessor catedrático do Instituto de 
Educação da Universidade de Lis-
boa e reitor honorário da mesma 
universidade.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_
Sampaio_da_N%C3%B3voa
Fonte: https://www.unifor.br/-/professor-portugues-sampaio-da-novoa-e-convidado-para-palestra-aos-docentes-da-unifor
Figura 1 - António Manuel Seixas Sampaio da Nóvoa
7História da Educação
uma postura crítica referente a disciplina que leciona, deixam de ser meros 
reprodutores para serem protagonizar o papel de pesquisador do conhecimento 
histórico, competência esta que deve ser desenvolvida por todo e qualquer 
docente, independente da disciplina que ele venha a ministrar.
A partir deste cenário o perfil do aluno também se transforma. Diante dos avanços 
tecnológicos e pedagógicos, o discente também se transforma em protagonista 
do seu conhecimento. Não quero dizer com isto que o professor desaprendeu, 
ou que não dominao conteúdo suficiente para ensinar. 
Longe disso, o docente aprendeu mais, desenvolveu novas habilidades e 
competências (uma delas é a de pesquisar), principalmente pela compreensão 
que obteve sobre suas próprias limitações e pela complexidade referente ao 
conhecimento histórico. Contudo, 
a História deixou sua condição 
consolidadora do passado, se 
apresentando como de fato ela é: 
uma ciência em construção.
A interdisciplinaridade permeia 
o conhecimento histórico, consi-
derando que tudo tem uma his-
tória por trás, por vezes ainda 
oculta ou camuflada. É através 
da interação, da interdiscipli-
naridade com outras áreas do 
conhecimento, Psicologia, So-
ciologia, Antropologia, Geogra-
fia, enfim... que a História deter-
mina a dimensão humana das 
relações.
Figura 2 – Interdisciplinariedade
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-ISfnk2AkQCs/VaQ4mfD03fI/
AAAAAAAAhsw/KOG7YtZjsYQ/s1600/shutterstock-136031918-sq.jpg
Interdisciplinar é um adjetivo que qualifica o que é comum a 
duas ou mais disciplinas ou outros ramos do conhecimento. É 
o processo de ligação entre as disciplinas.
Fonte: https://www.significados.com.br › interdisciplinar
8História da Educação
Nos apropriando da história da humanidade, teremos uma melhor compreensão 
das transições que ocorrem em nosso entorno, ao nosso redor, inclusive as mais 
longínquas possíveis, independentemente do tempo, ou do espaço geográfico.
Figura 3 - História da Humanidade
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTQSev-MbvHjFEZ-CVS-zij7Cfn3u
onPbrWjk6PURpQ3Rtmkg1D&s
As competências e experiências de um professor de História deve proporcionar 
aos seus educandos uma aprendizagem contextualizada com o seu momento 
histórico e este conteúdo deve ter relevância, deve ter significado, deve estar 
relacionado com o dia a dia do aluno. 
O professor deve propor atividades que estimulem a leitura (livros impressos, 
e-Books etc.), motivando o aluno para reflexões, análises, críticas, oportunizando 
espaços para esclarecimento de dúvidas, favorecer a defesa de suas ideias. O 
docente tem um vasto material que pode fazer bom uso como: artigos de revistas, 
Que tal, agora você conhecer um pouco mais sobre a História 
da Humanidade. Para ampliar seus conhecimentos, sugiro 
acessar o vídeo: Humanidade: Como chegamos até aqui? no 
link: https://www.youtube.com/watch?v=YQDFnudUBdA
9História da Educação
reportagens de jornais, obras literárias, letras de músicas e filmes, estes materiais 
vão proporcionar uma sistematização do conhecimento, desenvolvendo também 
a prática da cooperação, colaboração e compartilhamento de informações.
A História da Educação oportuniza métodos que favorecem aquisição do saber 
educacional, tendo as dimensões historiográficas como alicerce para esclarecer, 
fundamentar e normatizar o processo educativo. Consequentemente, o fazer 
pedagógico juntamente com o educacional são princípios determinantes da 
sua própria história, e a historiografia vem como um elemento formativo. O 
distanciamento do planejamento pedagógico da prática educativa pode ser 
tratado com uma das problemáticas da educação no Brasil. 
De que forma podemos nos apropriar dos saberes educativos, se nem ao menos 
sabemos como se dá as práticas e fazeres em sala de aula, os conhecimentos 
prévios de nossos alunos e corpo educativo da escola? 
Em síntese, todas as vias nos motivam a perceber a relevância primordial 
da História da Educação nos dias atuais, em si mesmas e, gradativamente, 
percebendo-a como ponto de partida da História da Educação do passado. 
Ao longo do tempo nos foi aceito o discurso que o “principal elemento” da pesquisa 
histórica concentrava-se prioritariamente no tempo passado. Os tempos atuais 
não fariam parte da História. Este ponto de vista conduz muitas pesquisas e o 
“tempo presente” é abordado como exclusivo de outras áreas como: a Sociologia, 
a Antropologia, a Psicologia e não da História.
A História da Educação atual é de grande relevância para as descobertas da 
História da Educação do passado. A História da Educação atual reestabelece a 
educação já vivida, sendo assim, é indispensável para a história e a historiografia 
da educação.
Com o objetivo de consolidar o conteúdo, sugiro a leitura 
do texto: O Ensino da História da Educação, de Justino 
Magalhães. Disponível em: https://core.ac.uk/download/
pdf/12424885.pdf
10História da Educação
O que se espera de um professor é que ele tenha capacidade mínima de 
desenvolver um processo reflexivo sobre a história da sua disciplina, de assimilar 
as razões que permeiam à profissionalização do seu campo acadêmico. 
O que é exigido a um docente é que ele seja capaz de perceber os obstáculos 
do tempo presente, de refletir sua prática no fazer pedagógico para que esta 
tenha um impacto positivo na concepção de uma escola mais centrada nas 
diversidades sociais. 
Historiografia
Arte de escrever a história, é a descrição dos acontecimentos. 
Estudo crítico e histórico sobre os historiadores.
Fonte: https://www.dicio.com.br/historiografia/
Figura 4 – Diversidade Social
Fonte: https://maisfermento.files.wordpress.com/2014/11/sociedade.jpg
11História da Educação
Desse modo, a História da Educação enquanto disciplina tem como objetivo 
propiciar um olhar sistêmico e evolutivo da educação. Se apropriar do percurso 
da Educação é de fundamental importância para a formação dos docentes. 
Sendo assim, neste contexto, Dermeval Saviani (2003) sugere que essa área 
do conhecimento seja o pilar da composição dos conteúdos curriculares de 
Pedagogia. 
Para finalizarmos esta Unidade, deixo para vocês uma fala da Maria Helena 
Câmara Bastos, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande 
do Sul (PUC-RS):
“Passo o semestre lembrando meus alunos que todos acham moderno usar jogos, 
mas Platão (427 a.C.) já propunha isso. É fundamental que todos conheçam a 
história e entendam que ela é feita por nós a cada dia. Caso contrário, nossa 
identidade não se constrói.”
Que tal, agora você conhecer um pouco mais a respeito do 
que versa sobre a História da Educação na visão do Prof. 
Demerval Saviani no vídeo intitulado: Por que estudar História 
da Educação? Sugiro que você acesse o link: https://www.
youtube.com/watch?v=qxXk9ZWrXTc
Diversidade social é o conjunto de diferenças e valores 
compartilhados por todos os humanos nas relações sociais. 
Essas diferenças são expressas através da nossa língua, 
nossa cultura, etnia, rituais, entre outros.
https://www.google.com/h?q=diversidade+social&oq=diversida de+so 
cial&aqs=chrome..69i57j0l7.3984j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8
12História da Educação
Resumo
Na Unidade 1, analisamos a trajetória histórica da Educação e podemos identificar 
que, o homem como um ser histórico, retoma seu passado para projetar o futuro. 
Na Unidade 2, avançaremos no sentindo de nos apropriarmos da educação 
primitva, como também a educação na antiguidade oriental.
 
 Referências
NÓVOA, A. Dilemas actuais dos professores: A comunidade, a autonomia, o 
conhecimento. Goiânia: Editora da UCG, 2005.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 8. 
ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
13História da Educação
EDUCAÇÃO PRIMITIVA; ANTIGUIDADE 
ORIENTAL; ANTIGUIDADE GREGA E 
ANTIGUIDADE ROMANA2UNIDADE
Identifi car os principais fatores históricos que infl uenciaram a educação, 
como também caracterizar as ideias mais relevantes desses períodos na 
História da Educação.
Objetivo
2.1 Período da Educação Primitiva
A grande evolução do hominídeo para o homem moderno é apresenta pelos seguintes períodos:
Fonte:https://upload.wikimedia.
org/wikipedia/commons/a/af/
Australopithecus_afarensis_new.JPG
Fi
gu
ra
5 - A
ustralopithecus
gu
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5 alopithec
Fonte: https://images.fineartamerica.com/
images/artworkimages/mediumlarge/2/
pithecanthropus-angus-mcbride.jpg
Fi
gu
ra
6 - Pitecanthropusig
ur
a 6
anthropu
Australopithecus - caçador, que lasca a pedra, 
constrói abrigos;
Pitecanthropus– cérebro com baixo desenvolvido, 
sobrevive do que colhe nas matas e da caça, tem 
habilidades desenvolvidas como artesão, conhece o 
fogo, contudo, vive em condição de vulnerabilidade.
14História da Educação
Fonte: http://www.infoescola.com/
wp-content/uploads/2012/09/
homem-de-neandertal.jpg
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gu
ra
7 - Homem de
N
eanderthal
Fi
gu
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7 em de
N
rthal
Fonte: http://notaalta.espm.br/
wp-content/uploads/2017/06/
homo_sapiens.jpg
Fi
gu
ra
8 - Homo sapiensig
ur
a 8
o sapiens
Homem de Neanderthal – aprimora suas ferramentas 
e registrar seu dia a dia através das pinturas rupestres.
Homo sapiens – possui características contemporâ-
neas, seu linguajar é mais aprimorado, desenvolve 
técnicas de caça, vive como nômade, e educa seus 
fi lhos.
Neste período, a educação juvenil se transforma no recurso principal para 
a sobrevivência do grupo e se transformar no mecanismo fundamental para 
propagar o desenvolvimento da cultura. 
Após este período, surgem as primeiras civilizações agrícolas: os grupos 
humanos se modifi cam, começam a se organizar na agricultura, criação de 
animais, desenvolvem novas técnicas na fabricação de utensílios para o seu dia a 
dia, a partir deste momento 
se dá também a divisão do 
trabalho entre homens e 
mulheres e a dominação 
do homem sobre a sua 
parceira.
A transformação 
neolítica se torna uma 
transformação educativa: 
determina uma partilha 
educativa simultânea 
à divisão do trabalho. 
Gera modifi cações dos 
espaços de aprendizagens 
específi cos como: ofi cinas 
de artesão, rituais e nas 
Figura 9 - Revolução neolítica
Fonte: https://4.bp.blogspot.com/-TezWBPC3giM/WqperauQpPI/
AAAAAAAFExo/ShUvSYZXD_geq2HaYRrl5xV1NyWcNfXuACLcBGAs/
s1600/idade-dos-metais-3.jpg
15História da Educação
artes, propiciando experiências mais específicas para a aprendizagem. Em 
seguida, surgem as a linguagem e as técnicas que regulam os modelos de 
educação.
2.2 Antiguidade Oriental
Na China, a educação se dava de forma tradicional: separada por classes, 
contestando cultura e trabalho, sistematizada em escolas fechadas e dividas 
por classe social.
A apropriação do conhecimento era limitada, as inquietações sobre a educação 
surgem nos livros sagrados, que apresentavam regulações em termo de condu-
tas e enquadramento 
dos indivíduos nos sis-
temas religiosos.
Durante este período 
despontou o dualismo 
escolar, que oferecia 
dois tipos de ensinos 
diferenciados: um para 
o povo e o outro para 
os filhos dos funcioná-
rios, logo, boa parte da 
população era excluí-
da do ambiente esco-
lar e limitada a educa-
ção familiar informal.
No Egito, as escolas 
tinham seu funciona-
mento em templos e 
em algumas delas fo-
ram frequentadas por 
pouco mais de vinte 
alunos.
O processo de apren-
dizagem era por meio 
Figura 10 – Sistemas de ensino na China
Fonte: http://nextews.com/images/da/31/da3168547ed90ee3.jpg
16História da Educação
de transcrições de hinos, livros 
sagrados, seguidas por admo-
estações morais e de constran-
gimentos físicos. Ensinava-se, 
aritmética, cálculos, geometria, 
juntamente com a escrita, agre-
gados aos conhecimentos de 
Botânica, Zoologia e Geografia.
Um dos principais recursos 
do sacerdote-intelectual foi a 
escrita, que no Egito chama-se 
de era hieroglífica, uma forma de 
abreviar o que se escrevia e era 
feito em folha papiro.
Juntamente com a educação escolar, ocorria a educação familiar que era 
responsabilidade primeiramente da mãe e posteriormente ao pai, como 
também os ofícios que se davam nas oficinas artesanais e que contemplava 
boa parte da população. Neste caso, eram os pais ou parentes artesãos que 
ensinavam a arte aos filhos. Muitos também eram excluídos das atividades de 
ginástica e música, exclusivas 
a casta guerreira e empregados 
como treinamento para as 
batalhas.
Babilônia – no período da 
civilização babilônica, o templo 
e as técnicas desempenharam 
papel de grande relevância. O 
templo era o autêntico centro 
social do povo no local se 
concentra a tradição e onde 
se formavam as competências 
técnicas como: escrever, contar, 
medir, também estudavam a 
matemática, à geometria e a 
astronomia, nesse processo 
resulta o calendário babilônico.
Figura 11 – Hieróglifos
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_FrUnBS-tTfY/S-mVurDuzaI/
AAAAAAAABWg/QlDu-dju3fA/s1600/hierotica.jpg
Figura 12 – Calendário babilônico
Fonte: https://knowken.files.wordpress.com/2015/11/babilonico.
jpg?w=300&h=295
17História da Educação
Os sacerdotes eram os guardiães da palavra, detentores das habilidades da 
leitura e da escrita e eram responsáveis pela formação dos escribas seguindo 
uma rígida disciplina.
Fenícios - eram povos de origem semita, sua cultura está vinculada diretamente 
ao desenvolvimento dos conhecimentos técnicos relacionados a escrita, cálculos 
e a navegação.
Foram os fenícios que inventaram o alfabeto com 22 consoantes, o qual se 
originou os alfabetos grego e europeu, e que se deu pela necessidade de 
favorecer uma comunicação mais simples e rápida.
Figura 13 – Alfabeto Fenício
Fonte: https://lentesdotempo.files.wordpress.com/2015/06/alfabeto_fenicio.jpg
A formação educacional dessa civilização era influenciada pelas referências dos 
grandes impérios e pelas sociedades sem escrita em que impera a aplicação 
dos saberes e das técnicas e esta prática se dava especialmente na família, no 
santuário ou nas oficinas artesanais.
18História da Educação
Hebreus – o grande patrimônio 
deixado pelos hebreus está no 
contexto religioso. Acreditam em 
um único Deus (eram monoteístas) 
também se desenvolveram na 
literatura, dando ênfase ao Antigo 
Testamento.
Os profetas eram conhecidos como os 
educadores de Israel, eram iluminados 
por Deus e transmitiam mensagens 
divinas ao “povo eleito” tinham como 
atribuição educar com rigidez a 
base de castigos e admoestações. 
A organização escolar em Israel se 
dava através da interpretação da Lei 
dentro da sinagoga. 
2.3 Período da Antiguidade Grega
Ao longo deste período a primeira infância era vivenciada em família, 
acompanhadas pelas mães e subordinada as a autoridade máxima do pai, mas 
quem escolhia o papel da criança na sociedade era o seu tutor.
Nesta época não existia por parte da cultura antiga, uma valorização infantil: 
era vista como ida de passagem, comprometida por enfermidades, não sendo 
estabelecido nenhum tipo de afeto, sempre inserida as margens da vida social.
Os meninos, desde os sete anos, já eram introduzidos em instituições sociais e 
estas lhe forneciam uma função. Para as meninas não lhes era fornecido nenhum 
tipo de educação formal, contudo, era ensinado a elas os ofícios domésticos.
Figura 14 – Mapa Mental: Hebreus
Fonte: https://static.wixstatic.com/media/
fba040_98952e1c0a694e15a7caa8d0df033463~mv2.
jpg/v1/fill/w_566,h_506/
fba040_98952e1c0a694e15a7caa8d0df033463~mv2.jpg
Para saber mais sobre o assunto assista ao Vídeo: A História 
da Educação. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=yGdKyOa3WVk&t=77s
19História da Educação
Figura 15 – Alfabeto Grego
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-m1kZtbOoouY/UXuB96iPEEI/AAAAAAAAAQc/lk9NRQhax4k/
s1600/alfabeto+grego.gif
Faz-se necessário destacar aqui o pensamento de Piletti & Piletti (1990) 
quando declara que gregos propagaram ideias e conceitos transformadores, 
tais como: o conceito de liberdade política no Estado; a ideia de educação 
para a cidadania; o conceito de homem como ser racional; a definição de 
moral da personalidade.
A educação grega era muito elitizada, tendo acesso apenas os jovens de 
famílias nobres e tradicionais ou de grandes comerciantes. Os ensinamentos 
do alfabeto e dos cálculos levou um certo tempo para ser transmitido, 
considerando que nas escolas a prioridade era sempre esportiva e não a 
intelectual.
20História da Educação
2.3.1 Esparta e Atenas
Foi relevado através de Esparta e 
Atenas modelos que deram vida a 
dois princípios de educação: um 
fundamentado no conformismo 
e o outro na idealização da 
Paideia, buscando uma formaçãohumanista, desprendida com uma 
vasta vivência social e também 
educacional.
Foi o histórico legislador Licurgo 
quem proferiu as normativas políticas 
de Esparta e projetou o sistema 
educativo. Ficou determinado 
que os meninos após completar 7 
anos ficariam reclusos em escolas-
ginásios, ali permaneceriam até os 
seus 16 anos recebendo formação 
de tipo militar, com objetivo de 
desenvolver a força e da coragem.
 
Após a aceitação de Atenas pelo alfabeto iônico, totalmente fonético, teve um 
exponente crescimento em várias áreas como: poesia, teatro, história e filosofia. 
Atenas exercia uma influência sobre toda a Grécia, com isto, implantava um 
Figura 16 – Licurgo
Fonte: https://scontent.fslz1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-
9/19420780_844466745713645_3093991950920339230_n.jpg?_
nc_cat=104&_nc_ohc=pEsd0En1RioAQmOFRC1dxuW0PhYc59-
T4qijDVBe6PGcR3TgD1os9a2cw&_nc_ht=scontent.fslz1-1.
fna&oh=4795c03287c8e3ae0509a3bda0af4eb6&oe=5EA797CA
Licurgo foi da Polis de Esparta. Nada se sabe seguramente 
sobre a sua existência. 
A organização estatal atribuída a Licurgo se compunha de 
rígido regime de formação possuía um caráter de obrigação 
social e imposição estatal, com o objetivo primordial de treinar 
cidadãos masculinos à vida militar espartana. A exceção da 
regra compreendia a primogenitura das casas reais.
21História da Educação
regime para apropriar-se da escrita. Este modelo se propagou a todo o povo 
e os cidadãos livres que podiam desenvolver a oratória, a filosofia, a literatura, 
deixando de lado o trabalho manual e comercial e se dedicar mais ao intelectual.
O processo educativo se dava em fases, aos rapazes que frequentavam as 
escolas, participavam de palestras e recebiam as informações por meio da 
leitura, da escrita, da música e da educação física, e eram supervisionados por 
três instrutores: o grammatistes (mestre), o kitharistes (professor de música) e o 
paidotribes (professor de gramática).
Em um segundo momento, os jovens eram monitorados por escravos, que 
supervisionavam e orientavam nas suas atividades, esses escravos eram 
chamados de: paidagogos. 
2.3.2 Paideia: o seu nascimento
Com o surgimento da Paideia, começou a se requer mais da educação. As 
atividades como a ginástica, a música e a gramática já não suprem mais as 
necessidades, manifesta-se neste momento o modelo de educação grega com 
o objetivo de desenvolver um ser como cidadão pleno.
A palavra grega Paidagogos é formada pela palavra paidós 
(criança) e agogos (condutor). Portanto, pedagogo significa 
condutor de crianças, aquele que ajuda a conduzir o ensino. 
Este era o trabalho do escravo, que era encarregado também 
de dar formação (Paideia) intelectual e cultural.
https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/professor-
pedagogo-condutor-de-criancas-a-empreen.htm
22História da Educação
2.3.3 Helenismo e a Educação
No período helenístico potencializa-
se uma postura cada vez mais 
científica, mais aprimorada e 
elaborada. Surgem alguns centros 
culturais, bibliotecas e museus.
A Paideia pode ser assimilada nesta 
época como uma diretriz para avida, 
manifestava-se com um copilado de 
orientações seguras, que sinalizava 
o trajeto para felicidade. Os novos 
educadores tinham como objetivo 
ensinar o homem a raciocinar sobre 
e a viver de modo virtuoso.
A virtude quando vivenciada em sua plenitude, tinha como consequência uma 
vida feliz, por essa razão, a transmissão e a prática dos valores se configurou 
em conteúdo fundamental a ser lecionado nas escolas.
Paideia (em grego antigo: παιδεία) é a denominação do 
sistema de educação e formação ética da Grécia Antiga, 
que incluía temas como Ginástica, Gramática, Retórica, 
Música, Matemática, Geografia, História Natural e Filosofia, 
objetivando a formação de um cidadão perfeito e completo, 
capaz de liderar e ser liderado.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paideia
Surge neste período, a Pedagogia como conhecimento 
independente, organizado e severo.
Figura 17 – Biblioteca de Pérgamo
Fonte: http://www.pedagogia.com.br/historia/grego5.jpg
23História da Educação
2.4 Período da Antiguidade Romana
A educação romana foi pautada por muito tempo nas Doze tábuas, nelas, estava 
descrito o valor da tradição e definia-se um código civil, fundamentado na pátria da 
autoridade definido por modelos de relação social específicas de uma sociedade 
agrícola primitiva. Com características de padrão educativo, as tábuas alicerçavam 
e consolidavam a dignidade, a coragem, a firmeza como valor supremo.
Em Roma, a figura feminina era reconhecida como mater familias ou matrona, 
era quem supervisionava a educação dos filhos, tendo participação também os 
pedagogos e mestres. A responsabilidade do pai neste período era de formar o 
futuro cidadão.
Já para as mulheres, a educação tinha como objetivo 
fundamental, se apropriar dos ofícios de dona de casa, 
contudo, as mulheres conseguiram progressivamente 
uma certa autonomia na sociedade. 
2.4.1 Escola romana
Em Roma as escolas se constituíram no século II a. C. 
conforme o modelo grego, determinadas a fornecer 
uma formação gramatical e retórica, relacionada 
à língua grega. Observe, no Quadro 1, a seguir a 
classificação das escolas no período Romano.
A matrona era a mãe (mater familias), digna e respeitável, 
que é responsável pela manutenção da casa e da educação 
moral das crianças; livre do trabalho doméstico e agrícola, 
exceto da fiação da lã, que era vista como um indicador de 
status social na Grécia e na Roma antiga, muito admirada 
pelas mulheres.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Matrona_(Roma_Antiga)
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24História da Educação
Quadro 1 – Classificação das escolas no período Romano
ESCOLAS ELEMENTARES
Objetivo de oferecer alfabetização primária (ler e escrever) suas 
sedes eram em casas de pessoas nobres ou casas alugadas ou 
de pessoas. Funcionava em tempo integral e sob forte regime 
disciplinar.
ESCOLAS SECUNDÁRIAS OU DE 
GRAMÁTICA
Era ensinado a cultura como também gastronomia, oratória, 
gramática, filosofia e literatura.
ESCOLAS DE RETÓRICA
Uma educação mais limitada em comparação ao ensino grego, o 
ensino se dava através de discursos e debates sobre temas reais. 
Fonte: Elaborada pela Autora (2019).
Apesar de menos organizadas, surgem também as escolas técnicas e 
profissionalizantes para os grupos inferiores e subalternos, vinculadas ao 
trabalho com as artes, agricultura e artesanato. 
Resumo 
Na Unidade 2, estudamos que a educação se dava prioritariamente pelos chefes 
de família, posteriormente pelos sacerdotes e, que o princípio norteador era o 
desenvolvimento individual do ser humano. Vamos prosseguir nossos estudos 
na Unidade 3, com o propósito de aprendermos sobre a educação Medieval, 
Moderna e Contemporânea.
 Referência 
PILETTI, Nelson e Claudino. História da Educação. São Paulo: Ática, 1990.
Pra saber mais sobre o assunto, proponho a leitura da obra 
– História da Educação, da Profa. Maria Salete da Costa. 
Disponível em: https://issuu.com/eadunifacs/docs/ld_
historia/162
25História da Educação
EDUCAÇÃO MEDIEVAL; EDUCAÇÃO 
MODERNA, EDUCAÇÃO 
CONTEMPORÂNEA3UNIDADE
Relacionar os fatores históricos que contribuíram no processo educacional 
do período medieval, moderno, como também analisar os principais ideais 
educativos que influenciaram a educação atual.
Objetivo
3.1 Educação Medieval
No Período Medieval, a educação era concebida em associação com a igreja, baseada na fé cristã e com organizações sacerdotais que tinham 
a responsabilidade de educar e formar. Surgiu das igrejas as normativas para 
ensinar e as práticas de formação.
A escola como a conhecemos na atualidade é uma criação da Idade Média. 
Tendo na sua organizaçãoo papel do professor que leciona a vários alunos 
uma variedade de assuntos, contudo, o formador respondia por todas as suas 
práticas educativas a igreja.
Quadro 2 – Classificação das Escolas no Período Medieval
ESCOLAS PARÓQUIAIS
Eram restritas a formação sacerdotal, a formação era dada por 
um sacerdote que recebia os jovens em sua própria casa para 
ensinar os salmos e a sagrada escritura.
ESCOLAS MONÁSTICAS
Formava os monges em tempo integral em seguida ampliou-
se para receber leigos cultos filhos da monarquia, ensinando-
os a ler e escrever, conhecimentos bíblicos, aritmética, latim, 
retórica e dialética.
26História da Educação
ESCOLAS PALATINAS
Foi criada por Carlos Magno e era conduzida por um monge 
inglês Alcuíno. Era lecionada as setes artes liberais, divididas 
no trivium (gramática, retórica e dialéctica) e no quadrivium 
(aritmética, geometria, astronomia, música, e, mais tarde, a 
medicina. 
ESCOLAS CATEDRAIS
São egressas das escolas monásticas, desenvolviam 
atividades que desenvolviam o intelecto, apreende elementos 
das culturas judaicas, árabe e persa. 
UNIVERSIDADES
A primeira universidade da Europa surgiu por volta do século 
XI. As de Bolonha e Paris são as mais antigas. Por conseguinte, 
surge as Universidades Católicas, chamadas inicialmente 
de studium generale, inserindo mestres e discípulos aptos a 
lecionar no ensino superior nas áreas de medicina, direito e 
teologia, em seguida surgiu o estudo universal do saber, sendo 
modificado para universitas.
Fonte: Elaborado pela Autora (2019).
3.1.1 O Renascimento 
Com o objetivo de difundir o conhecimento do mundo e peculiaridades do 
homem, o sistema renascentista adotava a razão como o modelo fundamental 
para se conseguir o conhecimento. Sendo a matemática e as ciências naturais, 
ensinamentos prioritários no período do renascimento.
Responsáveis por regular as transformações nos métodos de ensino, os 
humanistas que formados por homens cultos, oriundos da classe média ou do 
clero, tinham um vasto prestígio na sociedade da época.
Que tal, agora você conhecer um pouco mais a respeito do 
Renascimento e do Humanismo? Sugiro que você acesse o 
link: https://www.youtube.com/watch?v=_46aLK_sHtI
27História da Educação
3.2 Educação Moderna
No período moderno, duas instituições educativas vivenciaram uma intensa 
reestruturação e recomposição são elas: a família e a escola, se tornando o 
ponto focal em relação ao conhecimento formal da sociedade. No seio familiar 
se tornou o núcleo de afetos permeado pelo sentimento da infância, tornando as 
crianças o ponto central da vida familiar.
Foi designado a instituição de ensino a preparação das crianças e jovens para a 
vida. Próximo ao seio da família, a escola que tinha como objetivo, doutrinar, formar e 
ensinar conhecimento e comportamento relacionando com didática da aprendizagem.
Com a fundação do colégio, iniciou-se uma estruturação para a regulação das 
escolas. O método que surgiu na época foi o Ratio Studiorum dos jesuítas.
Neste período surge também a disciplina escolar que teve sua estrutura embasada 
na disciplina religiosa. A escola definiu como prática o trabalho escolar e o exame 
que tinha como objetivo o domínio do saber.
3.3 Educação Contemporânea
As intervenções do século XIX, juntamente com crescimento populacional e o 
capitalismo industrial, formam um cenário de grandes perspectivas voltadas à 
educação, justificado pela maior complexidade do trabalho, que requer força de 
O Ratio atque Institutio Studiorum Societatis Iesu, 
normalmente abreviada como Ratio Studiorum, é uma espécie 
de coletânea, fundamentada em experiências vivenciadas 
no Colégio Romano, a que foram adicionadas observações 
pedagógicas de diversos outros colégios, cujo objetivo era 
instruir rapidamente todo o jesuíta docente sobre a natureza, 
a extensão e as obrigações do seu cargo.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ratio_Studiorum
28História da Educação
trabalho qualificada. Surge então, uma classificação escolar, ficando a elite nas 
universidades e a burguesia nas escolas técnicas.
A Educação se agrupa ao bem-estar social, ao desenvolvimento e as mudan-
ças. A psicologia tem agora interferência direta na educação infantil, buscando 
práticas pedagógicas apropriadas que venham favorecer a aquisição do conhe-
cimento.Os principais educadores desta época são: Pestalozzi, Froebel Herbart 
e Spencer. 
Pestalozzi, o teórico que incorporou o afeto à sala de aula.
Para o educador suíço, os sentimentos tinham o poder de 
despertar o processo de aprendizagem autônoma na criança.
https://novaescola.org.br/conteudo/1941/pestalozzi-o-teorico-que-
incorporou-o-afeto-a-sala-de-aula
Friedrich Froebel, o formador das crianças pequenas.
O criador dos jardins de infância defendia um ensino sem 
obrigações porque o aprendizado depende dos interesses 
de cada um e se faz por meio da prática.
https://novaescola.org.br/conteudo/96/friedrich-froebel-o-formador-
das-criancas-pequenas
Herbert Spencer, o ideólogo da luta pela vida.
Teórico inglês buscou no evolucionismo os mecanismos e 
objetivos da sociedade, e defendeu o ensino da ciência para 
formar adultos competitivos.
https://novaescola.org.br/conteudo/1685/herbert-spencer-o-ideologo-
da-luta-pela-vida
29História da Educação
Durante todo o período Imperial a classe burguesa tem seu sistema educacional 
pautado pelo Império e o restante da população (os menos abastados) tinha 
seus ensinamentos sistematizados pelas províncias, tudo isso porque o Brasil 
durante esse período não apresentou uma proposta pedagógica genuinamente 
brasileira.
A cooperação concedida pelos teóricos Hegel, Marx e Freud (1856-1939) são 
de grande relevância para as transformações que vem a surgir, a partir do final 
do séc. XIX. Eles apresentam um novo paradigma relacionado à sociedade e ao 
próprio homem. 
Friedrich Hegel foi um filósofo alemão. Um dos criadores do 
sistema filosófico chamado idealismo absoluto. Foi precursor 
do existencialismo e do marxismo.
https://www.ebiografia.com/hegel/
Karl Marx, o filósofo da revolução.
O pensador alemão, um dos mais influentes de todos os 
tempos, investigou a mecânica do capitalismo e previu que o 
sistema seria superado pela emancipação dos trabalhadores.
https://novaescola.org.br/conteudo/1716/karl-marx-o-filosofo-da-
revolucao
Sigmund Freud, o explorador da mente.
Os estudos do pai da psicanálise provocaram impacto em 
várias áreas, inclusive na Educação.
Da antropologia à teoria literária, da filosofia à ciência 
política, poucas áreas do pensamento humano escaparam à 
influência do médico austríaco.
https://novaescola.org.br/conteudo/1912/sigmund-freud-o-explorador-
da-mente
30História da Educação
3.3.1 Educação no Século XX
A educação neste século exerce uma característica mais científi ca que resulta 
em equívocos. O progresso tecnológico revolucionário, e como consequência 
deste avanço as grandes Guerras Mundiais, tendo consequências diretas nos 
processos educacionais, modifi cando a estrutura escolar, as atribuições do 
professor, o conceito de aluno e da correlação de soberania das instituições 
escolares. 
Quadro 3 – Teóricos que contribuíram com a Educação no Século XX
Fonte: Elaborado pela Autora (2019).
Apresenta a sociologia correlacionada com a 
educação.
ÉMILE DURKHEIM
https://www.culturabrasil.org/imagens/emile_durkheim.jpg
Representantes da Gestalt - escola progressista.
https://cdn.pensador.com/img/authors/jo/hn/john-dewey-l.jpg
JONH DEWEY
http://www.scielo.br/img/revistas/ptp/v20n1/a14fi g01.gif
Apresenta o Behaviorismo que trata da psicologia 
comportamental.
BURRHUS FREDERIC SKINNER
31História da Educação
Surge neste período um grande movimento intitulado “Escola Nova” tendo como 
característica principal a educação integral, ativa e prática, ofertando ao aluno 
uma aprendizagem autônoma, sendo os representantes deste movimento a 
educadora e médica, Maria Montessori, o médico, psicólogo e professor Ovide 
Decroly e o pedagogo francês CélestinFreinet. Este movimento agregou diversas 
correntes pedagógicas, combatendo fortemente o ensino tradicional. 
Por consequência deste modelo, a pedagogia difundiu a individualização do 
aprendizado, tendo destaque as práticas de Montessori fundamentadas na 
autoeducação. Na América Latina, são percussores deste modelo os pedagogos: 
Lourenço Filho e Anísio Teixeira.
Manuel Bergström Lourenço Filho foi um educador e 
pedagogista brasileiro conhecido sobretudo por sua 
participação no movimento dos pioneiros da Escola Nova.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Louren%C3%A7o
Anísio Spínola Teixeira foi um jurista, intelectual, educador 
e escritor brasileiro. Personagem central na História da 
Educação no Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, difundiu 
os pressupostos do movimento da Escola Nova.
https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%ADsio_Teixeira
Para fixar melhor o assunto relacionado a Escola Nova, 
apresento como sugestão a apreciação do vídeo: Os Pioneiros, 
Entusiastas da Educação Nova. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=f6LTmh7Vn04
32História da Educação
3.3.2 Educação Socialista
Na educação socialista, o conceito principal a ser disseminado seria o do vínculo 
entre a escola e a vida, em todos os níveis. Ressurgiu o modelo da educação 
politécnica com o objetivo de prepara o aluno secundarista para o mercado 
de trabalho específico nas indústrias e na agricultura. O grande percursor da 
proposta Socialista foi o filósofo e jornalista Antonio Gramsci.
Na educação progressista, foram vários os teóricos que contribuíam para a 
educação neste período como os relacionados no Quadro 4, a seguir: 
Quadro 4 – Alguns Teóricos que contribuíram para a educação progressista
Antonio Gramsci foi um filósofo marxista, jornalista, crítico 
literário e político italiano. Escreveu sobre teoria política, 
sociologia, antropologia e linguística.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Gramsci
Desenvolveu pesquisa que versa sobre a aquisição 
da linguagem escrita.
EMÍLIA FERREIRO
https://www.fronteiras.com/entrevistas/entrevista-emilia-ferreiro
https://psicologiaentreparentesis.files.wordpress.com/2009/12/
jeanpiaget1.jpg
Fundador da epistemologia genética.
JEAN PIAGET
33História da Educação
Fonte: Elaborado pela Autora (2019).
Apresenta o modelo em que o trabalho e a 
colaboração são características do processo 
educativo.
CELESTIN FREINET
https://www.fronteiras.com/entrevistas/entrevista-emilia-ferreiro
Desenvolveu uma teoria crítica sobre a da 
neutralidade da escola.
PIERRE BOURDIER
https://www.companhiadasletras.com.br/images/autores/00054_gg.jpg
http://lingnet.pro.br/teoriadaatividade/wp-content/
uploads/2014/05/vygotsky.jpg
Aborda o ensino como processo social.
LEV VYGOTSKY
https://psicoeduca.com.br/images/easyblog_images/49/b2ap3_
large_63503204d18160dd6a733e989b70c404_XL.jpg
Era a favor de uma educação integral.
HENRI WALLON
34História da Educação
As maiores referências em educação nessa época no Brasil são os educadores: 
Anísio Teixeira, Florestan Fernandes e o memorável Paulo Freire. É importante 
lembrar que para estes mestres, apenas um programa genuinamente popular, 
poderia favorecer mudanças que iriam impactar diretamente e de forma positiva 
a sociedade. 
Partindo do princípio da educação libertadora, Paulo Freire é categórico em 
afirmar que a educação obrigatoriamente deveria proporciona a liberação do 
oprimido, possibilitando a mudança de sua realidade social. 
Para refletir com mais profundidade sobre essa problemática 
Anísio Teixeira (1996) nos diz que existe um verdadeiro 
abismo a separar as práticas das teorias e planos da 
educação, apresento como sugestão a apreciação do vídeo: 
Pensadores na Educação: Anísio Teixeira e a construção do 
projeto de ensino público no Brasil. Disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=fbfREZ6Na1s
Paulo Reglus Neves Freire foi um educador e filósofo 
brasileiro. Ele é considerado um dos pensadores mais 
notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado 
o movimento chamado pedagogia crítica. É também o Patrono 
da Educação Brasileira.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire
Para conhecer um pouco mais sobra a vida de Paulo Freire 
que um dos maiores educadores do nosso país, assista ao 
Vídeo: Documentário Paulo Freire. Disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=5y9KMq6G8l8
35História da Educação
Fica claro até aqui, que a educação é um modelo que vem se constituindo ao 
longo do tempo, como também a própria humanidade. Em períodos diversos, 
vem atuando, em alguns momentos para uns e em seguida para outros, de 
acordo com a conveniência do contexto social do momento.
Encerramos aqui a nossa jornada pela História da Educação neste e-Book, 
contudo, este percurso deve continuar em outras mídias por toda sua formação 
acadêmica...
Resumo
Nesta Unidade, estudamos que a educação era extremante conservadora, 
foi possível identifi car as fortes críticas à educação grega e romana, como 
também a ruptura da igreja católica e o Estado. O Início do século das luzes 
e, consequentemente, a Educação Medieval, Moderna e Contemporânea. 
Enfi m, fi nalizamos esta disciplina! Espero que os textos, vídeos e fi lmes aqui 
indicados tenham contribuído para você compreender o processo histórico 
da educação e, que, o conhecimento aqui adquirido possa fazer a diferença 
em suas atividades: seja na educação regular ou em um espaço informal. 
Sucesso!
Deixo aqui algumas refl exões:
Como é possível educar os alunos do 
século XXI?
Como devemos tratar com a velocidade 
com que o homem tem modifi cado as 
relações sociais utilizando recursos 
tecnológicos?
Que tipo de modelo educacional queremos deixar para o futuro?
Figura 19 – Dúvidas
https://www.pensarcontemporaneo.com/content/
uploads/2019/04/Diferencias-pensar-y-juzgar-696x376.jpg
36História da Educação
 Referências
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 
1989.
COTRIN, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: História e Grandes Temas. 16. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2006.