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RESSONÂNCIA MAGNÊTICA Andressa Mª M.dos Santos C882IC-9 Guilherme de Lima Costa C7472A-0 Igor Josef Teufel N995DG-0 Júlia de Castilho Ribeiro C99085-0 Pâmela da S. Almeida C97ICB-8 Pâmela Freitas Silva C5735A-4 Pedro H. Rod. Barbosa C934JG-9 Telma Rosa Silva T234JH-0 História Em 3 de Julho de 1977, Ocorreu algo que mudaria o cenário da medicina moderna, embora mal tenha sido notado fora da comunidade de pesquisa medicas: foi feito o primeiro exame de ressonância magnética em um ser humano Foram necessário quase 5 horas para produzir uma imagem, e se compararmos com os padrões atuais, as imagens eram bem feias, - Dr Raymond Damadian médico cientista, e seus colegas Dr. Larry Minkoff e Dr. Michael Goldsmith trabalharam durante sete longos anos. Introdução Gênios Felix Bloch E. Purcell Paul Lauterbur 1º equipamento de IRMN para humanos ( Damadiam, Minkhoff e Goldsmith) DISCUSSÃO A Ressonância Magnética é um dos mais significativos avanços do século no que diz respeito a diagnósticos médicos por imagem. Permite imagens em duas ou três dimensões, de qualquer parte do corpo, sob efeito de um potente campo magnético. As imagens de RM têm maior capacidade de demonstrar diferentes estruturas no cérebro e têm facilidade em demonstrar alterações na maioria das doenças. Os coágulos sanguíneos podem ser evidenciados pela RM, porque nos casos patológicos em geral o fluxo sanguíneo é reduzido. APARELHO O aparelho é na verdade um túnel com cerca de 1,5 a 2,5 metros de comprimento e produz um ruído durante a emissão das ondas de radiofrequência e procedimento de localização do sinal Teufel Josef (TJ) - VERIFICAR ESSE SLIDE MAGNETISMO É a denominação associada ao fenômeno ou conjunto de fenômenos relacionados à atração ou repulsão observada entre determinados objetos materiais. Particularmente ditos ímãs ou nos materiais ferromagnéticos. MAGNETISMO DA TERRA É o movimento do núcleo terrestre que causa o magnetismo e, assim como o ímã, os polos da Terra também são polos magnéticos. No polo Norte fica o polo magnético positivo, que atrai os metais, enquanto no polo Sul fica localizado o polo negativo, que repele os metais. MAGNETISMO DA TERRA É assim que funciona a bússola. Ela tem uma agulha de metal que se alinha com o magnetismo da Terra e é atraída para o polo magnético positivo, por este motivo as bússolas sempre apontam para o Norte. FORMAÇÃO DA IMAGEM O corpo humano possui átomos de hidrogênio em abundância (63%). O núcleo de hidrogênio possui 1 próton. Somente os átomos com número de massa ímpar de protons e neutrons são capazes de produzir sinal de RM Os núcleos dos átomos de nosso corpo que possuem um número ímpar de prótons ou nêutrons, possuem uma carga resultante positiva e possuem também um movimento circular ao redor de si mesmo, à semelhança do movimento de rotação da terra. Este movimento é chamado de spin, Na ausência de um campo magnético externo, os núcleos se organizam de modo a buscar uma situação de menor energias e acabam anulando o campo um dos outros. Porém, na presença de um campo magnético potente, se orientam na direção deste campo, segundo um estado de alta ou baixa energia, ficando na mesma direção, mas contra o campo aqueles com alta energia e na mesma direção mas a favor do campo aqueles com baixa energia Este efeito só ocorre se o campo magnético for realmente forte. Assim, para conseguirmos imagem de qualidade usamos campos da ordem de 1.5 Tesla, que equivale a 15 000 Gaus (medidas de campo magnético). Só para comparação, o campo magnético da Terra é de 0,3 Gaus no equador e de 0,7 Gaus no pólo. Ou seja, o equipamento de 1,5 Tesla tem um campo cerca de 30 mil vezes maior que o campo da Terra. Uma vez colocado o paciente no campo magnético do equipamento, seus núcleos se orientam e geram um campo magnético. Sob a ação do campo magnético os núcleos não ficam totalmente paralelos, apresentando uma certa angulação, que produz um segundo movimento circular do seu eixo em relação ao campo, denominado precessão. A analogia é com o movimento de um pião rodando (como o spin), mas que, sob o efeito da gravidade da terra, fazem movimentos de rotação de seu eixo “bambeando”. Este movimento de precessão ocorre com frequência característica para cada núcleo, sendo influenciada pelo campo magnético externo ao qual este núcleo estiver submetido, sendo proporcional a este. MOVIMENTO DE PRECESSÃO APARELHOS DE CAMPO ABERTO São aparelhos projetados para atender pacientes acima do peso ou que relatam sentir claustrofobia, Porém, apesar da vantagem de poder atender pacientes com esses atributos, os aparelhos de campo aberto perdem qualidade de imagem se for comparar com as imagens do aparelho de campo fechado. Tipos de Aparelhos de RM ABAIXO 1,0 Tesla CAMPO FECHADO Campos fechados são os aparelhos mais comuns em ressonância magnética, tendo o formato de tubo, normalmente com uma abertura entre 60 a 70 cm. Para realizar o exame neste aparelho, o paciente fica em decúbito dorsal e é de extrema importância que ele esteja confortável e ciente de que, a qualquer momento, ele pode chamar os tecnólogos se estiver passando mal ou quando algo estiver incomodando MARCAS Siemens Philips G.E 1,0 - TESLA 1,5 – TESLA 3,0 – TESLA 7 – TESLA BOBINA DE RADIO FREQUÊNCIA São antenas que produzem e detectam a radiofrequência (RF). São utilizadas para excitar uma determinada região com pulsos de RF e medir o sinal emitido pelos tecidos, influencia decisivamente na qualidade das imagens. Quanto menor a bobina e quanto mais próxima da região de interesse, melhor será a qualidade de imagem Bobinas crânio Utilizado para exames de Crânio, face, órbita, pé, joelhos e uso em exames pediátrico. Bobina de quadratura com ótima resolução de sinal que funciona como antena receptora/transmissão. Bobina coluna Utilizado para exames de região da coluna cervical, torácica, lombar, sacro, cóccix e também para exames de Carótidas-torácica-MMII, e pescoço. Bobina phase array com vários elementos, com cada elemento tendo 12cm de fov. Bobinas Torax Utilizado para exames de região do tórax, abdome, pelve, coxa e pernas, também pode ser utilizado para exames de angiografia da aorta e angiografia torácica. Esta bobina comporta o Fov máximo de 420 mm ou 42 cm. BOBINA DE TÓRAX - ABDÔMEN BOBINA Bobina Joelho/Tornozelo Utilizado para exames de região do Joelho, pé, tornozelo. Esta bobina tem quadratura/antena receptora, seu Fov tem 22cm ou 220mm. Bobina de ombro Utilizado para exames de região do ombro e acrômio, seu Fov máximo é de 20cm ou 200mm. Bobina de ATM Utilizado para exames de região da articulação temporomandibular (ATM) e também para exames da orbita, o uso da bobina é individual em micro RM patela dedos etc. FOV máximo de 9cm Bobina de punho Utilizado para exames de região do punho e dedos, Fov máximo de 12cm ou 120mm. Segurança É indispensável lembrar que nenhum individuo é considerado de baixo risco, uma vez que qualquer funcionário ou paciente pode entrar na sala de controle. Os treinamentos devem ser realizados por um físico médico ou por engenheiros do próprio fabricante de RM, onde eles devem fornecer informações básicas, porém de extrema importância quanto a: Eliminar perigos do magneto; Proteger o paciente de queimaduras por radiofrequência; Emergências com o equipamento ou com o paciente; Remover todos os itens ferrosos da vizinhança imediata da sala do magneto; Limitar e monitorar o acesso ao ambiente de RM e a sala do magneto. Zona 1: zona externa liberada a qualquer pessoa -Zona 2: entrada do serviço de RM, onde todas as pessoas são rastreadas a fim de se evitarem acidentes (recepção e vestiários). Zona 3: zona de acesso à sala do magneto, que deve ser liberada apenas para pessoas com rastreamento seguro (salas de comando e de laudo). Zona 4: sala do magneto – acesso permitido somentea pessoas acompanhadas por um técnico e/ou profissional de enfermagem Qual a preparação para o exame? Anamnese para evitar: Marcapasso PESO!!! Cardioversor implantado Neuroestimulador Clip de aneurisma Implante metálico Elementos métalicos, especialmente próximo aos olhos Pedaço de projétil Tatuagens ou maquiagem permanente Dentadura ou dentes implantados Outros implantes que contem material magnético Adesivos metálicos de medicamento Segurança Meio de Contraste O meio de contraste que vem sendo utilizado nos exames de RM desde o final da década de 1980 é o gadolínio. São bem mais seguros do que os contrastes iodados, usados tanto no RX quanto na tomografia, porém requer alguns cuidados com reações adversas, mesmo que sejam raras (varia de 2 a 4%). As reações mais comuns são vômitos, náuseas e cefaleia. O efeito desejado quando se utiliza o contraste à base de gadolínio é a redução de tempo de relaxamento T1 nos tecidos em que se encontra o composto químico CORTES SAGITAL T1 A série sagital T1 normalmente é a primeira a ser realizada. Como não existem imagens prévias, o planejamento dos cortes é feito a partir do referencial estabelecido no posicionamento “zero” usualmente fixado na glabela. Por convenção os cortes são adquiridos da esquerda para a direita iniciando-se a cerca de 60 mm a esquerda do referencial e terminando a 60 mm a direita. AXIAL T2 A série axial T2 é obtida pela sequência de pulsos gradiente de eco, nesta série os cortes devem cobrir todo parênquima cerebral, desde a região do forame magno até a região do seio sagital superior. O planejamento é feito de forma gráfica, utilizando se da imagem sagital previamente adquirida AXIAL FLAIR A técnica flair (fluid attenuated acquisition in version recovery) é obtida pela sequência recuperação de inversão. Para a obtenção da ponderação flair faz-se necessário a utilização de aproximadamente 2.200 ms em equipamentos com campo magnético principal de 1,5 Tesla. O planejamento das imagens deve ser o mesmo utilizando na sequência axial T2, mantendo-se constante a espessura dos cortes e o campo de visão. INSTALAÇÃO Gaiola de Faraday - A blindagem é feita com madeira, cobre e alumínio Esta consiste normalmente numa caixa de alumínio ou outro material similar, e serve para evitar que ondas de radiofrequência externas entrem causando interferências na geração dos sinais e funcionamento da ressonância. Local da Sala de Exames Cada fabricante possui sua tabela de distâncias mínimas para evitar interferência Local da Sala de Comando INCORRETA CORRETA Rota de Acesso * 6.000 Kg Tubo Quench Ressonância magnética é necessário fazer circular em bobinas (condutores) uma alta corrente elétrica para gerar um alto campo magnético. Mas, para que esta alta corrente elétrica seja possível sem aquecimento, é necessário resfriar os condutores com gás hélio em baixíssima temperatura, na sua forma liquida Quando há algum problema na maquina, ou alguma situação de emergência que requeira a diminuição do campo magnético, este gás hélio deve ser retirado através de um duto chama QUENCH. Circuito de agua gelada Os imãs da ressonância magnética são resfriados com gás hélio em sua forma líquida, à baixíssimas temperaturas (- 268,93°C). Para manter este gás resfriado é utilizado sistema de resfriamento à água, ou seja, chillers. Acabamento da Cabine de RF Interessante comentar que a maioria dos hospitais adquire a gaiola no seu pacote de acabamento mais básico, que custa em torno de R$ 90 mil. Dentro de um contexto de investimento da ordem de 2 a 3 milhões de reais, gastar apenas 15 ou 20 mil reais a mais no acabamento da gaiola não só confere humanização ao serviço médico, como valoriza todo o conjunto, inclusive fazendo parecer que o serviço de imagem e o equipamento é “mais moderno”, mesmo que se trate de um modelo de ressonância magnética básico. CUSTOS A ressonância magnética é feita somente com a indicação médica, não havendo custos quando feita pelo SUS. Quando feita por via particular, este exame pode custar um valor entre os 800 e os 1.500 reais, dependendo da região corporal a ser avaliada no exame e da clínica onde é feita. Um dos maiores motivos para os altos valores cobrados em exames de imagem sofisticados reside no custo que esses aparelhos têm, além da exigência de mão de obra extremamente qualificada para operá-los. Um equipamento de ressonância magnética, por exemplo, pode custar de U$1,5 milhão a U$ 3 milhões, dependendo da sua capacidade. PATOLOGIA ESCLEROSE MULTIPLA Esclerose Múltipla - Doença inflamatória que acomete o sistema nervoso central. Existem três tipos de esclerose Multipla 1 – EMRR – Surtos Súbitos de sintomas neurológicos 2 – EMPP – Doença progressiva sem surtos 3 – EMSP – Sintomas de surtos e doença lenta progressiva CAVERNOMA É uma lesão benigna do sistema nervoso central. Um conjunto de vasos sanguíneos anormais, geralmente encontrados no cérebro e medula espinhal. Também são conhecidos como angiomas cavernosos, hemangiomas cavernosos ou malformação cavernosa cerebral. Um cavernoma típico tem formato de uma framboesa. Estima-se um paciente para cada 600 pessoas. Por se tratar de uma lesão vascular benigna, podem passar a vida inteira sem se manifestar. MÉTODO DE IMAGEM A Ressonância Magnética é o método de imagem de escolha para o diagnóstico de angiomas cavernosos. Nesta técnica de imagem os cavernomas típicos possuem características descritas como semelhante à “pipoca”. TRATAMENTO O tratamento de Cavernomas deve ser individualizado devido ao comportamento habitualmente benigno da doença, principalmente quando se trata de portadores com mais de uma lesão CONCLUSÃO Conclui-se que o avanço da tecnologia está cada vez maior, e a Ressonância magnética é prova que a saúde tende a evoluir cada vez mais com o passar dos anos. Diferentemente da imagem do rx que é bidimensional, e da tomografia que é tridimensional e que ainda se utiliza radiação ionizante, a ressonância magnética baseia-se em núcleos processados em uma fina faixa de radiofrequência podem emitir um sinal capaz de formar imagens com mais clareza e mais riqueza em detalhes. Os tecnólogos tem a total responsabilidade em operar certos equipamentos, e a Ressonância faz parte de um deles, com a chegada desse equipamento conseguimos ter laudos mais precisos, colaborando com o médico para um tratamento mais completo e efetivo, e é fundamental a função dos radiologistas para ajudar em todo exame. E é de extrema importância que o tecnólogo em radiologia esteja sempre atualizado e tenha amplo conhecimento em anatomia, para assim, garantir a excelência nos exames