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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA 
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA 
 
 
 
Disciplina: Físico-Química 
Experimental 
 
 
 
 
 
 
CROMATOGRAFIA EM 
PAPEL. 
Data da realização do experimento: 05/03/2020 
Turma: EQMFP_T01 
 
 
Professor Responsável: Sérgio Duvoisin Jr. 
Aluno: Andreza Amanda dos Anjos Silveira Uso do 
Professor 
 Nota do grupo 
Aluno: Thaysa Mendes da Silva Uso do 
Professor 
Aluno: Trisha Ellen de Amaral Monteiro Uso do 
Professor 
 
Manaus, AM 
2020 
1. INTRODUÇÃO 
A análise cromatográfica é um procedimento utilizado para separação misturas que 
possuem dois componentes imiscíveis entre si, que devido a interações diferentes são 
denominados fase móvel e fase estacionária. [1] 
A Cromatografia é um método desenvolvido pelo botânico russo Mikhail S. Tswett, 
que utilizou o termo para descrever suas experiências na separação dos componentes de 
extratos de folha pela primeira vez em 1906. Para esse processo, utilizou uma coluna de vidro 
com cálcio como fase estacionaria, e extrato adicionado, pela qual ocorreu a passagem de éter 
de petróleo como fase móvel, que ocasionou à separação dos componentes em faixas 
coloridas. Sendo esta a razão pela qual a técnica recebeu o nome de cromatografia, uma vez 
que os termos derivam das palavras gregas chrom (cor) e grafe (escrever), podendo dar a ideia 
de que o processo dependa da cor, o que não é verdade, a cor apenas facilita a identificação 
dos componentes separados. [1][2] 
Mesmo após este estudo a cromatografia ainda foi ignorada até a década de 30. Só a 
partir daí que começaram a ser feitos diversos trabalhos na área, que, junto com os avanços 
tecnológicos, levaram ao aperfeiçoamento da técnica, sofisticando-a cada vez mais, 
possibilitando sua aplicação em diversas áreas. [1] 
A cromatografia pode ter várias classificações quanto ao seu método de separação, que 
se classificam como adsorção, partição, troca iônica, exclusão ou até mesmo a mistura de 
todos esses métodos. Pode também ser classificada quanto a sua forma física que é 
subdividida em cromatografia de coluna e cromatografia planar (cromatografia de papel se 
encaixa em cromatografia planar). Ou também pode ser classificada de acordo com a sua fase 
em análise, de forma que se a fase analisada for a fase estacionaria, observa-se a fase liquida, 
solida e quimicamente ligada, mas se a fase analisada for a fase móvel, ela pode ser 
subdividida em três cromatografias, cromatografia liquida, gasosa e supercrítica. [2] 
A pratica realizada em laboratório teve como metodologia a utilização da 
cromatografia planar, ou seja a cromatografia realizada em papel, de forma que o eluente em 
analise fosse o responsável pela condução da fase móvel (solvente orgânico), existindo uma 
fase estacionaria (agua encontrada na celulose) na qual o papel filtro se enquadra. 
 
A cromatografia em papel (CP) é um método simples para a análise de amostras em 
pequenas quantidades, recebe essa denominação, pois utiliza a migração diferencial sobre um 
papel de filtro especial para a separação e identificação de substância e componentes da 
mistura. O papel de filtro é a fase estacionária do sistema e a fase móvel pode ser um solvente 
puro ou a mistura de solventes, ela é baseada na diferença de solubilidade das substâncias 
entre duas fases imiscíveis, onde geralmente um dos líquidos é a água. A substância que 
possui mais afinidade com a fase estacionária percorre um caminho menor que aquela que 
possui menor afinidade com esta fase. 
A aplicação do método cromatográfico pode ser utilizada para a identificação de 
compostos, através da comparação com padrões previamente existentes, para a purificação de 
compostos, através da separação de substâncias indesejáveis e para a separar componentes de 
uma mistura. [2] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVOS GERAIS 
➢ Compreender o método utilizado para separação de misturas, capacitando a 
resolução de problemas complexos envolvendo calculo de fator de retenção. 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
➢ Separar pigmentos existentes em extratos de plantas (clorofila, xantofila, carotenos) 
e de pigmentos que compõem a tinta de canetas base de água; 
➢ Identificar os princípios físico-químicos responsáveis pela separação. 
 
 
 
 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
3.1 Materiais Utilizados 
1) Suporte universal (1); 
2) Argola pequena (2); 
3) Almofariz e pistilo (1); 
4) Pipeta Pasteur (1); 
5) Funil de separação (1); 
6) Funil de vidro pequeno (1); 
7) Placa de Petri (3); 
8) Espátula (1); 
9) Régua (1); 
10) Algodão; 
11) Papel para cromatografia (15); 
12) Tubo capilar (1); 
13) Proveta (10+/-0,05 ml) (1); 
14) Béquer (100+/-10 mL) (3); 
15) Béquer (10+/- 1,25 mL) (2); 
16) Béquer (250 +/- 25 mL) (descarte); 
17) Folha pigmentada; 
18) Canetas hidrocor; 
 
3.2 Reagentes Utilizados 
1) Clorofórmio (CHCl3) P.A.; 
2) Acetona (C3H6O) P.A.; 
3) Éter Di-Etílico (C4H10O) P.A.; 
4) Álcool Etílico (C2H6O) P.A.; 
5) Sulfato de Sódio Anidro (Na2SO4) P.A.; 
6) Água destilada (H2O); 
 
3.3 Procedimento Experimental 
3.3.1 Preparação do extrato 
Primeiramente, escolheram-se as cores de caneta hidrocor a serem analisadas. 
Simultaneamente, a folha pigmentada foi colocada no almofariz e triturada com o auxílio do 
pistilo. Em seguida, adicionou-se 10 ml de uma solução 2:1 de éter di-etílico e álcool etílico. 
Logo após, o extrato foi filtrado, utilizando funil de vidro e algodão, e transferido para o funil 
de separação. 
Adicionou-se 10 ml de água destilada ao funil de separação e foram feitas suaves 
agitações (seguidas da liberação do gás). Após separação espontânea das fases, ilustrada na 
figura 1, a fase aquosa foi retirada e descartada. Esta etapa de lavagem foi repetida mais duas 
vezes. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura1 Separação das fases após alguns minutos. 
Por fim, transferiu-se a solução pigmentada para um béquer de 10 ml e adicionou-se 
aproximadamente 2g de sulfato de sódio anidro. Após alguns minutos, com o auxílio de uma 
pipeta pasteur, a solução de pigmentos foi decantada para um outro béquer de 10 ml. 
 
 
 
3.3.2 Preparo das folhas de papel 
Foram cortadas 15 folhas de papel de filtro com medidas 3,0 x 7,5 cm. Fez-se um risco 
a lápis, na base de cada folha, a uma distância de 1,0 cm. Outro risco foi feito, no topo de cada 
folha, a uma distância de 0,5 cm. 
 
3.3.3 Aplicação da amostra na folha de papel 
Primeiramente, as amostras aplicadas foram as advindas das canetas hidrocor, sendo 
elas das cores preta, azul, roxo e rosa, respectivamente. A aplicação foi feita sobre o risco a 
1,0 cm da base da placa, de maneira suave, e formando uma pequena mancha arredondada. 
Realizou-se este procedimento em três placas diferentes para uma mesma cor. Posteriormente, 
este processo foi realizado com a amostra advinda da folha pigmentada, nesse caso, foi 
utilizado o tubo capilar para a aplicação de pequenas porções de pigmento sobre as placas. 
 
3.3.4 Desenvolvimento do cromatograma 
Foram preparadas três cubas usando os béqueres de 100 ml. Na primeira, adicionou-se 
5 ml de clorofórmio, na segunda, 5 ml de água destilada e na terceira, 5 ml de uma mistura 
1:1 de acetona e clorofórmio. Em seguida, as três folhas de papel contendo a mancha de cor 
preta foram colocadas uma em cada cuba, sem permitir que a área de aplicação da amostra 
entrasse em contato com o solvente. Os béqueres foram tampados com placas de Petri para a 
observação. Assim que o solvente atingiu o risco superior de cada folha, esta foi removida. 
Após a secagem, observou-se o número de manchas coloridas e os resultados foram 
registrados. O mesmo procedimento foi repetido para as folhas contendo as cores azul, roxo e 
rosa, e a solução de pigmentos. 
 
 
 
 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
4.1 Primeira parte 
Primeiramente, através dametodologia já descrita, realizou-se a análise 
cromatográfica das amostras de caneta hidrocor. A primeira coloração analisada fora a de cor 
preta, sendo colocadas simultaneamente três amostras advindas da mesma caneta em cubas 
contendo Clorofórmio (𝐶𝐻𝐶𝑙3), Água destilada e uma mistura de Clorofórmio com Acetona 
(𝐶3𝐻6𝑂), cujas estruturas químicas seguem na Figura 2. 
Cl
Cl
Cl
H
O
HH
O
CH3 CH3 
Figura 2 Estrutura química do Clorofórmio, Água e da Acetona 
Assim, após retirada da placa das cubas, observou-se que a amostra só interagiu com o 
solvente mais polar, no caso a água, conforme se pode constatar na Figura 3. 
 
Figura 3 Amostra de coloração preta após análise cromatográfica 
Sabendo que o papel de filtro utilizado é constituído por celulose e que a celulose é um 
polímero cuja organização molecular que compõem suas cadeias é altamente polar [3] e, além 
disso, que as tintas de canetas hidrográficas também são substâncias polares, justifica-se o 
fato da substância não ter saído da fase estacionária na primeira e na última placa pois os 
solventes utilizados em ambas são muito apolares e consequentemente não conseguiram 
arrastar os compostos presentes na amostra. Por outro lado, a água destilada é extremamente 
polar, conseguindo arrastar alguns compostos da amostra até o topo da placa. 
Feita a análise acima, construiu-se o cromatograma da única placa que apresentou 
interação da amostra com o solvente, respeitando a distância das linhas da fase estacionária e 
da fase móvel e utilizando os pontos onde os compostos se apresentavam o mais escuro 
possível. Segue cromatograma na Figura 4. 
 
Figura 4 Cromatograma da amostra de coloração preta 
Com o cromatograma acima, fora possível calcular o fato de retenção (𝑅𝑓) dos 
compostos arrastados, de forma que: 
 𝑅𝑓𝑎𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜/𝑟𝑜𝑠𝑎𝑑𝑜 = 
5,60 𝑐𝑚
6,30 𝑐𝑚
= 0,89 (1) 
𝑅𝑓𝑎𝑧𝑢𝑙 = 
5,90 𝑐𝑚
6,30 𝑐𝑚
= 0,94 
Sabendo que nas placas 1 e 2 a substância não deixou a fase estacionária, conforme já 
dito, fica claro que o fator de retenção de ambas é igual a zero. 
Em seguida, utilizando a mesma metodologia acima, analisou-se o comportamento da 
amostra de caneta hidrográfica de coloração azul na presença dos mesmos solventes segundo 
exposto na Figura 5. 
 
Figura 5 Amostra de coloração azul após análise cromatográfica 
Diferentemente da primeira amostra analisada, as placas 1 e 3 dessa vez apresentaram 
uma pequena reação aos solventes Clorofórmio e mistura de Clorofórmio e Acetona, sendo 
intuitivo que esta coloração apresenta um pequeno percentual apolar. Mesmo assim, a amostra 
é predominante polar tendo em vista que a maior interação se deu com a água destilada, 
porém, diferentemente da amostra de cor preta, os compostos não foram arrastados até a linha 
limite da fase móvel. 
Observa-se então o cromatograma das placas em questão na Figura 6. 
 
Figura 6 Cromatograma da amostra de coloração azul 
Conforme explicitado, as medidas da placa um e o arrastamento da substância foram 
exatamente iguais aos da placa 3, então calculando o fator de retenção pela equação 1, tem-se 
que: 
𝑅𝑓𝑟𝑜𝑠𝑎 1=3 = 
0,50 𝑐𝑚
6,0 𝑐𝑚
= 0,08 
𝑅𝑓𝑙𝑖𝑙á𝑠 = 
4,80 𝑐𝑚
6,0 𝑐𝑚
= 0,80 
𝑅𝑓𝑎𝑧𝑢𝑙 = 
5,70 𝑐𝑚
6,0 𝑐𝑚
= 0,95 
Assim, fica claro o que fora exposto na Figura 5, onde se observa que o composto que 
apareceu na primeira e na última placa praticamente não saiu da fase estacionária, tendo um 
fator de retenção muito baixo aos comparados da segunda placa. Além disso, pode ser que 
esse composto seja o mesmo em ambas as placas, o que só ficaria claro com a aplicação de 
reveladores químicos. 
Ademais, realizaram-se análises cromatográficas de amostras de canetas hidrocor lilás 
e rosa, afim de comparar os fatores de retenção e o comportamento dessas amostras nos 
solventes, tendo em vista que essas cores apareceram nos compostos que foram arrastados das 
amostras já utilizadas. Observa-se as placas após procedimento cromatográfico nas Figuras 7 
e 8. 
 
Figura 7 Análise cromatográfica da amostra de coloração lilás 
 
Figura 8 Análise cromatográfica da amostra de coloração rosa 
Realizada a inspeção da amostra de coloração rosa, que apareceu como um dos 
compostos na amostra de cor preta, observou-se que ela reagiu com os solventes apolares, 
tendo em vista que o Clorofórmio apesar da sua estrutura química polar é considerado um 
solvente apolar devido à falta de hidroxilas que desfavorecem a solubilidade, e com o solvente 
polar, diferindo do comportamento da amostra preta e, além do mais, fica perceptível pela 
figura que essa amostra pode apresentar resultados dentro dos valores ideais de 𝑅𝑓 que são 
entre 0,4 e 0,6. E, não somente isso, apesar da palavra cromatografia sugerir que a cor é um 
dos fatores a serem levados em consideração para análise, o comportamento da amostra de cor 
rosa mostra que não pois, apesar de ser uma cor presente na constituição da coloração preta, 
seu comportamento em relação aos solventes é discrepante. [4][5] 
Em contrapartida, ao analisar-se a amostra de coloração lilás, que apareceu na amostra 
azul conforme se observa na Figura 6, aparentemente está na mesma altura do composto 
arrastado pela fase móvel na amostra azul e sugere ter o mesmo fator de retenção e, 
semelhantemente, as placas colocadas nos solventes apolares não reagiram. Assim, as 
condições propõem que o composto visualizado na amostra de coloração azul e na amostra de 
coloração lilás podem ser o mesmo. 
Segue os cromatogramas referentes às amostras das Figuras 7 e 8 e seus respectivos 
cálculos de 𝑅𝑓. 
 
Figura 9 Cromatograma da amostra de coloração rosa 
𝑅𝑓1 = 
1,60 𝑐𝑚
5,90 𝑐𝑚
= 0,27 
𝑅𝑓2 = 
2,80 𝑐𝑚
5,90 𝑐𝑚
= 0,48 
𝑅𝑓3 = 
5,10 𝑐𝑚
6,0 𝑐𝑚
= 0,85 
Assim, fica claro no 𝑅𝑓2, ao ser comparado com 𝑅𝑓𝑎𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜/𝑟𝑜𝑠𝑎𝑑𝑜 calculado na 
amostra preta que, por apresentarem valores distantes, o aparecimento de mesma coloração 
não necessariamente indica que o composto presente é o mesmo e que seus fatores de 
retenção serão iguais. 
Seguidamente, para a amostra de coloração lilás, segue cromatograma da única placa a 
qual a substância interagiu com o solvente na Figura 10 e o seu fator de retenção. 
 
Figura 10 Cromatograma da amostra de coloração lilás 
𝑅𝑓4 = 
5,20 𝑐𝑚
6,0 𝑐𝑚
= 0,87 
Conforme pressuposto, diferente do caso anterior, o composto lilás presente na 
amostra de cor azul pode ser o mesmo composto presente na caneta hidrocor lilás tendo em 
vista que seus coeficientes de retenção possuem valores aproximados. 
4.2 Segunda parte 
Terminados os estudos acima, realizou-se a observação após análise cromatográfica 
das amostras extraídas de uma planta pigmentada e seu comportamento nos mesmos solventes 
utilizados nos ensaios anteriores. Segue na Figura 11 as placas após retirada das cubas. 
 
Figura 11 Análise cromatográfica das amostras extraídas de planta 
É bem observável na Figura 11 que a amostra só foi retirada da fase estacionária pelos 
solventes apolares e que não teve nenhuma interação com o solvente polar, a água destilada. 
Sendo assim, pode-se afirmar de antemão que o 𝑅𝑓 da placa 2 é igual a zero, e que na placa 3, 
a amostra por ter sido completamente arrastada até a linha de chegada da fase móvel, 
apresenta 𝑅𝑓 igual a um. Para a placa 1, calcula-se o fator de retenção a partir do 
cromatograma apresentado na Figura 12. 
 
Figura 12 Cromatograma da amostra retirada da planta 
Assim, a placa 1 tem fator de retenção de: 
𝑅𝑓 = 
5,90 𝑐𝑚
6,0 𝑐𝑚
= 0,98 
 
 
5. CONCLUSÃO 
Com base nos resultados e discussão apresentados, chega-se à conclusão que o 
experimento foi bem sucedido e atingiu os objetivos propostos. Primeiramente, a experiência 
de Cromatografia em Papel deixou claro que esse processo de separação se dá em umafase 
móvel líquida e em uma fase estacionária também líquida, sendo um processo essencialmente 
físico químico embasado nas diferentes composições, interações e propriedades que a 
substância a ser analisada possui com as fases móveis e estacionárias que são imisturáveis. 
Além disso, a técnica de separação se mostrou eficiente e versátil, tendo em vista a 
possibilidade de se utilizarem misturas na fase móvel para obtenção de melhores fatores de 
retenção, conforma a mistura de Clorofórmio e Acetona utilizada como solvente na cuba 3. 
No processo experimental, concluiu-se que as amostras de caneta hidrocor preta, azul 
e lilás são substâncias a base de compostos polares enquanto a amostra de coloração rosa, que 
reagiu com os três solventes, possui composição polar, mas apresentou maior fator de 
retenção na mistura, sendo possivelmente predominantemente apolar. Por outro lado, as 
amostras retiradas da planta só apresentaram interações com os solventes apolares e, mesmo 
com a presença de acetona na última mistura, o Clorofórmio se mostrou mais influente na 
interação com as substâncias da amostra, por isso tem-se chamado a mistura de apolar, 
resultando que a planta analisada apresenta composição apolar. Vale ressaltar que todos os 
compostos separados poderiam ter suas classes químicas reveladas com a aplicação de 
reveladores químicos, possibilitando maior precisão das suposições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1. COLLINS, C. H.; BRAGA, G. L.; BONATO, P. S. (Orgs.). Fundamentos de 
Cromatografia. Campinas: Editora da Unicamp. 2010. 
2. KAPELINSKI, T. M.; WENZEL, J. S.; OLIVEIRA, L. S. Estudando química, 
através da cromatografia em papel. XXXIII EDEQ – Movimentos curriculares da Educação 
Química – o permanente e o transitório. UNIJUÍ, 10 a 11 de outubro de 2013. 
3. http://alkimia.tripod.com/cromatografia.htm#topo. A separação de compostos por 
cromatografia. Acessado em março de 2020. 
4. DEGANI, A.L.; CASS, Q.B.; VIEIRA, P. C.; Cromatografia, um breve ensaio. 
QUÍMICA NOVA ESCOLA, N° 7, MAIO 1998. 
5. http://www.ufjf.br/quimica/files/2016/08/Introdu%C3%A7%C3%A3o-a-
cromatografia-Marcone-20161.pdf. Introdução a métodos cromatográficos. Acessado em 
março de 2020. 
6. DUVOISIN Jr, S. Apostila de Fisico-química Experimental. Manaus, 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. ANEXOS 
RESPONDER DURANTE A PRÁTICA 
 1. Qual foi a ordem dos componentes (cores) que você observou? Lembrar que as 
clorofilas são verdes, as xantofilas são amarelas e os carotenos são marrons. 
A partir dos resultados da cromatografia, pode-se dizer que a amostra utilizada possuía 
apenas o composto clorofila, pois, visualmente, o pigmento verde era o único presente na 
placa após o experimento. 
 
2. Qual a polaridade da molécula que chegou mais perto do topo da folha? E a que 
ficou retida na folha? 
As moléculas que chegaram mais perto do topo da folha foram as obtidas do pigmento 
da planta, apresentando um fator de retenção de 0,98 nos solventes clorofórmio e na mistura 
(clorofórmio e acetona), logo pela interação apresentada, deduz-se que essas substâncias são 
apolares. Por outro lado, as amostras que apresentaram mais retenção de moléculas foram as 
de coloração preta nos solventes mais apolares, sendo assim moléculas polares, e a amostra da 
planta colocada na cuba contendo água destilada, sendo portanto moléculas apolares, tendo 
em vista que ambas apresentaram fator de retenção igual a zero. 
 
3. O que você faria para aumentar a velocidade de passagem pela coluna das 
moléculas que ficaram retidas? 
A solução seria adicionar um solvente de polaridade mais compatível com as 
moléculas, diferente em relação ao primeiro solvente usado, permitindo com que estas não 
ficassem retidas. 
 
4. Quais foram os pigmentos que formaram as cores das canetas que você utilizou na 
prática? 
Os pigmentos vermelho, amarelo e azul foram os que formaram a cor preta da caneta 
hidrocor. A cor azul, relevou o pigmento de cor roxa, que por sua vez também foi formada 
pelo pigmento rosa. 
 
QUESTIONÁRIO 
1. Qual é o estado físico da fase móvel e da fase estacionária na cromatografia em 
camada delgada (CCD)? 
Dentre as várias técnicas de cromatografia, a CCD é uma técnica de adsorção cuja fase 
móvel é líquida e a fase estacionária é sólida. 
 
2. Qual é o mecanismo de separação da cromatografia em camada delgada de sílica 
gel? 
O mecanismo de separação utilizado em CCD de sílica gel é de adsorção. Sendo a 
sílica uma das fases estacionárias mais utilizadas, para a preparação das placas é realizada 
uma suspensão do adsorvente em água para posterior aplicação na placa. 
 
3. Com que finalidade a solução de pigmentos é lavada com água? 
O pigmento é lavado visando separar a fase inorgânica e a fase orgânica da substância, 
ou seja, para separar toda fase aquosa presenta na solução. 
 
4. Por que o sulfato de sódio anidro é adicionado à solução de pigmentos? 
O sulfato de sódio anidro é um composto polar, logo possui a capacidade de “reter”, 
por afinidade, outros compostos polares presentes na solução. Assim, ele auxilia a separar a 
amostra de toda água ainda restante após a lavagem da solução. 
 
5. Que se entende por fator de retenção (Rf)? 
 O fator de retenção é uma medida da afinidade da substância que passou pela 
cromatografia a e o eluente, e corresponde a razão da distância percorrida pela substância pela 
distância percorrida pelo eluente. 
 
6. Dois componentes A e B, foram separados por CCD. Quando a frente do solvente 
atingiu, 6,5 cm, acima do ponto de aplicação da amostra, a mancha de A, estava a 5 cm, a de 
B a 3,6 cm. Calcular o Rf de A e de B. Desenhar esta placa, obedecendo o mais fielmente 
possível as distâncias fornecidas. O que se pode concluir sobre a resolução das manchas, nesta 
separação? 
 
 
 
 
Pode-se concluir que a substância A possui mais afinidade com o eluente do que a 
substância B. 
 
7. Um químico deseja separar os compostos abaixo por cromatografia em coluna, 
utilizando sílica como adsorvente. Para tal, percolou a coluna sequencialmente com os 
solventes I, II e III, que formam uma série eluotrópica. A primeira fração continha o 
composto X, a segunda fração, o composto Y, e a última fração, o composto Z. Qual dos 
sistemas de solventes abaixo serve como fase líquida para justificar a ordem de eluição 
encontrada? 
 Solvente I Solvente II Solvente III 
(A) Hexano Acetonitrila Tolueno 
(B) Hexano Tolueno CH2Cl2 
(C) Tolueno Hexano Acetonitrila 
(D) Acetonitrila CH2Cl2 Hexano 
(E) CH2Cl2 Tolueno Hexano 
 
O composto X corresponde a um etil-cicloexano. Por conter em sua estrutura apenas 
átomos de carbono e hidrogênio, esta molécula apresenta caráter apolar, sendo assim, solúveis 
em solventes apolares e insolúveis a solventes altamente polares. Dentre os solventes 
apresentados, dois serviriam como fase líquida: o hexano e tolueno. Porém ao comparar as 
solubilidades destes com a água, nota-se que o hexano apresenta menor valor, o que 
representa mais apolaridade. 
O composto Y é um etil-benzeno. Por se tratar de um composto com apenas átomos de 
carbono e hidrogênio, este é pouco solúvel em solventes polares e solúvel em apolares, pela 
afinidade de polaridade. Assim, conclui-se que dentre as opções citadas o solvente a ser 
utilizado corresponde ao tolueno. 
Já o composto Z trata-se do 3-etilpiridina. Por ter um átomo de nitrogênio, a molécula 
adota caráter polar, tornando-se solúveis em meios polares, logo o solvente a ser utilizado é a 
acetonitrila. 
Deste modo, conclui-se que o sistema de solventes a ser utilizado é o da alternativa C 
(tolueno, hexano, e acetonitrila). 
 
8. A cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) é um dos métodos 
cromatográficos mais modernos utilizados em análise (CLAE analítica) e 
separação/purificação de misturas (CLAE preparativa). Abaixo são dados os cromatogramasX, Y e Z de uma mistura de compostos presentes em analgésicos: aspirina (A), cafeína (B), 
fenacetina (C) e paracetamol (D), utilizando três fases móveis diferentes, no modo isocrático, 
em uma mesma coluna. 
Avaliando esses cromatogramas, responda às perguntas abaixo: 
(a) Qual a fase móvel mais apropriada para ser utilizada em escala preparativa, e a 
fase móvel mais adequada para utilização em escala analítica, considerando um grande 
número de amostras a serem analisadas? Justifique sua resposta. 
Para a escala preparativa, como o objetivo é separar os analitos, a fase móvel que 
apresentou melhores resultados foi o da amostra Z, com 40% de metanol e 60% de ácido 
acético, uma vez que pelos dados apresentados, este mostra picos mais visivelmente 
separados do que os outros dois. 
Já para a escala analítica a amostra mais adequada é a amostra Y, com 60% de 
metanol e 40% de ácido acético, pois apresenta picos definidos e é possível fazer a 
identificação das substâncias analisadas. 
 
(b) Qual o tipo de coluna (fase reversa ou fase normal) utilizada nestes três 
experimentos? Justifique sua resposta. 
 Os experimentos tiveram como coluna uma fase reversa, pois neste tipo de 
cromatografia utiliza-se substâncias polares, tendo a fase estacionária menos polar que o 
eluente. 
 
(c) Sabendo-se que o composto mais polar elui primeiro, qual o composto de 
maior tempo de retenção? Justifique sua resposta. 
 O composto com mais tempo de retenção será aquele mais apolar, visto que 
este apresentará maior afinidade pela fase estacionária que pela fase móvel. Assim, dentre as 
substâncias citadas, aquele que se enquadra é o paracetamol (opção D).

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