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DEPARTAMENTO 
PESSOAL 
 
 
 
 
DEPARTAMENTO 
PESSOAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizada de acordo com a Reforma Trabalhista 
20 de março 2019 
 2 
CAPÍTULO I - CONCEITO HISTÓRICO ........................................................................ 06 
CAPÍTULO II - CONCEITO DE EMPREGADOR ..........................................................08 
CAPÍTULO III - CONCEITO DE EMPREGADO ........................................................... 09 
3.1 Outros tipos de trabalhadores ................................................................................ 09 
 
CAPÍTULO IV - ADMISSÃO ............................................................................................. 13 
4.1. Documentos necessários na admissão ................................................................. 13 
4.2. Retenção dos documentos de identificação pessoal - impossibilidade ................ 13 
4.3. Práticas discriminatórias na admissão - proibição ............................................... 14 
4.3.1. Atestado de gravidez e esterilização ................................................................. 15 
4.3.2. Antecedentes criminais ..................................................................................... 15 
 
CAPÍTULO V - REGISTRO DO EMPREGADO ............................................................. 20 
5.1 - Registro de empregados ...................................................................................... 20 
5.2. Registro na CTPS ................................................................................................. 23 
5.3. Outras obrigações na admissão - documentos ...................................................... 29 
 
CAPÍTULO VI - CONTRATOS DE TRABALHO ........................................................... 34 
6.1. Contrato a prazo indeterminado ........................................................................... 34 
6.2. Contrato a prazo determinado .............................................................................. 34 
6.2.1 Contrato de experiência ...................................................................................... 35 
6.3. Trabalho intermitente............................................................................................ 38 
6.4. Teletrabalho........................................................................................................... 40 
 
CAPÍTULO VII - JORNADA DE TRABALHO ............................................................... 41 
7.1 Jornada de Trabalho em Tempo Parcial..................................................................41 
7.2 Período de descanso .............................................................................................. 41 
7.3 Intervalos para repouso/alimentação ..................................................................... 42 
 7.4 Escala 12 x 36..........................................................................................................42 
7.5 Serviços aos domingos .......................................................................................... 43 
7.6 Trabalho noturno ................................................................................................... 44 
7.7 Compensação do horário de trabalho .................................................................... 44 
7.8. Banco de Horas......................................................................................................45 
7.9 Quadro de horário e marcação de ponto ................................................................ 48 
 3 
7.10 Jornada de trabalho - não aplicação .................................................................... 50 
 
CAPÍTULO VIII - ESTRUTURA DO SALÁRIO ............................................................. 52 
8.1 Conceito de Salário ............................................................................................... 52 
8.2 Parâmetros mínimos para ajuste do salário ........................................................... 52 
8.3 Conceito de Remuneração ..................................................................................... 54 
8.4 Jornada e salário .................................................................................................... 55 
 
CAPÍTULO IX - PRINCIPAIS CÁLCULOS NA FOLHA DE PAGAMENTO ............ 59 
9.1 Mensalista .............................................................................................................. 59 
9.2 Horista ................................................................................................................... 60 
9.3 Comissionista puro ................................................................................................ 62 
9.4 Comissionista misto .............................................................................................. 65 
9.5 Demais parcelas componentes do salário ............................................................. 66 
9.5.1 Horas extras ....................................................................................................... 66 
9.5.2 Adicional noturno .............................................................................................. 71 
9.5.3 Adicional de Insalubridade ................................................................................ 73 
9.5.4 Adicional de periculosidade ............................................................................... 74 
9.5.5 Salário-família .................................................................................................... 75 
9.6 Descontos no salário ............................................................................................. 77 
9.6.1 Faltas, atrasos e saídas antecipadas injustificadas .............................................. 77 
9.6.2 Contribuição Sindical ......................................................................................... 79 
9.6.3 Contribuição confederativa, assistencial, etc. .................................................... 81 
9.6.4 Vale Transporte .................................................................................................. 82 
9.7 Descontos de INSS e IRRF ................................................................................... 83 
9.7.1 Tabela de Incidências ......................................................................................... 84 
9.7.2 Contribuição Previdenciária (INSS) ................................................................... 88 
9.7.3 Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) ........................................................ 91 
9.7.3.1 Regime de competência ...................................................................................93 
9.7.3.2 Regime de caixa .............................................................................................. 93 
9.7.3.3 Exemplos de cálculo ........................................................................................ 93 
 
CAPÍTULO X - FÉRIAS INDIVIDUAIS E COLETIVAS ............................................... 99 
10.1. Direito ................................................................................................................. 99 
 4 
10.2 Período aquisitivo e duração .............................................................................. 99 
10.3 Perda do período aquisitivo.................................................................................100 
10.4 Período Concessivo.............................................................................................101 
10.5 Fracionamento.....................................................................................................101 
10.6 Inicio das férias...................................................................................................10110.7. Situações a serem observadas na concessão de férias........................................101 
10.8 Abono pecuniário .............................................................................................. 102 
10.9 Remuneração das férias ......................................................................................102 
10.10 Férias Coletivas ................................................................................................107 
10.10.1 Comunicação.................................................................................................107 
10.10.2 Empregados Contratados a menos de 12 meses ...........................................107 
10.10.3 Abono Pecuniário nas Férias Coletivas ........................................................109 
 
CAPITULO XI – 13º SALÁRIO (GRATIFICAÇÃO NATALINA) ...............................111 
11.1 Ocorrência, prazo e base de cálculo ...................................................................111 
11.2 Cômputo de avos ................................................................................................111 
11.3 Exemplo de Cálculo ...........................................................................................113 
 
CAPÍTULO XII - RESCISÃO CONTRATUAL ............................................................. 117 
12.1 Rescisão contratual por justa causa ................................................................... 117 
12.1.1 De iniciativa do empregador .......................................................................... 117 
12.1.2 De iniciativa do empregado (rescisão indireta) .............................................. 120 
12.2 Rescisão contratual sem justa causa .................................................................. 121 
12.3 Garantias de emprego (estabilidade) ................................................................. 121 
12.4 Aviso prévio ...................................................................................................... 121 
12.5 Direitos na rescisão contratual sem justa causa ................................................ 124 
12.6 Rescisão contratual de contrato de trabalho por prazo determinado ................. 124 
12.6.1 Rescisão contratual antecipada de iniciativa do empregador ......................... 125 
12.6.2 Rescisão contratual antecipada de iniciativa do empregado .......................... 126 
12.7 Rescisão contratual acordo entre empregador e empregado ............................ 127 
12.8 Outros tipos de rescisão contratual ................................................................... 127 
12.9 - Prazos de pagamento da rescisão ................................................................... 128 
12.10 Exemplos de cálculo dos direitos trabalhistas na rescisão .............................. 128 
 
 5 
 
CAPÍTULO XIII - CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA E FGTS EMPRESA ..... 135 
13.1 Contribuição previdenciária patronal e outras entidades .................................. 135 
13.2 FGTS ................................................................................................................. 137 
 
CAPÍTULO XIV - OBRIGAÇÕES MENSAIS E ANUAIS DO EMPREGADOR. ..... 138 
14.1 Obrigações mensais ........................................................................................... 138 
14.2 Obrigações anuais ............................................................................................. 140 
 
CAPÍTULO XV - EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO ...................................................... 143 
TABELAS.............................................................................................................................156 
 
 6 
CAPÍTULO I - CONCEITO HISTÓRICO 
 
A expressão “Departamento de Pessoal” tem um caráter histórico, vindo desde a época 
da escravidão, onde os senhores designavam pessoas (conhecidos como capitães), para cuidar 
dos escravos a quem viam como máquinas, meros equipamentos dos quais extraiam o 
máximo deles. 
 
Com a evolução dos tempos vieram as empresas, no entanto, não existia legislação 
trabalhista, logo os trabalhadores trabalhavam em regime de escravidão e os “patrões” tinham 
em mente que precisavam pagar apenas um valor que fosse o “suficiente”, no entendimento 
deles, para o sustento da família do trabalhador. Nessa fase o chefe de pessoal, tinha como 
atribuição apenas controlar em uma espécie de ficha ou escrita do pessoal, o valor que o 
trabalhador tinha a receber desde sua admissão até o dia de sua saída e também dar ordens, ou 
seja, um feitor. Sendo assim a administração tinha apenas uma função contábil. 
 
A partir de 1.930, no Governo de Getúlio Vargas, as empresas sofrem um impacto 
perante a legislação trabalhista, que entre outras, cria o Ministério do Trabalho, estabelece 
horário de trabalho para algumas áreas; institui a Carteira Profissional; cria proteção ao 
Trabalho da Mulher e do menor e etc. A partir daí, o chefe de pessoal deixa de ser somente 
um feitor e contador e passa a ter uma função também de recrutador, muito embora 
contratasse o 1º interessado, tendo apenas que observar as leis vigentes. 
Em 1.943 é aprovado a CLT pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1.943, em 
vigor desde 10 de novembro de 1.943. Legislação esta que continua vigorando até os dias de 
hoje. Após a Revolução de 1.964, a fase de legalização foi revitalizada, no governo do 
Marechal Castello Branco efetua uma ampla reforma na legislação trabalhista brasileira, 
atingindo vigorosamente os empregadores. Havia então a necessidade não só de um chefe de 
Departamento de Pessoal, mas sim de um profissional conhecedor da área capaz de orientar o 
empregador em face da lei, evitando gastos com indenizações adicionais. Uma carta datada de 
Janeiro de 1.938 dos Arquivos da Cia Holandesa de Tecidos de São Paulo, mostra bem o fim 
da concepção de Departamento de Pessoal, onde a pessoa que a escreveu queixava-se de ter 
sido chamado de “chefe do pessoal”, pelo tesoureiro, “expressão irônica e pejorativa, e, por 
isso, ofensiva, pois não sou chefe de ninguém - quanto mais de todos; sou um humilde 
estudioso e exato cumpridor dos preceitos e mandamentos legais”. Essa designação 
generalizou-se e se firmou com o tempo e passou a ser motivo de vaidade profissional. 
Até hoje temos ainda empresas que mantêm o Departamento de Pessoal. No entanto, a 
 7 
maioria delas vem percebendo que já não é mais possível tratar a sua organização apenas 
como uma máquina, visando apenas o lucro. Os colaboradores têm sentimentos e somente 
altos salários não satisfaz, é necessário investir em qualidade de vida. Ou seja, as 
organizações estão percebendo a necessidade de trazer cada vez mais o colaborador para perto 
da empresa. Uma forma é fazer investimentos, não visando apenas o retorno imediato, e sim 
uma motivação para o trabalhador, o que seguramente vai retornar para empresa, pois um 
funcionário motivado certamente produz mais. 
 
Para isso sai o Depto Pessoal e entra Recursos Humanos, onde o responsável não tão 
somente elabora a folha de pagamento, mas também se responsabiliza por projetos voltados 
ao bem estar do trabalhador, programa de motivação, investimento em treinamento de 
funcionários, dentre outras atribuições voltadas à área humana da empresa. 
 
Há uma natural e profunda preocupação com o trabalho e a pessoa humana, isso porque 
o trabalho é o maior de todos os fatores de produção da sociedade e o ser humano, fonte de 
todos os valores. A cidadania é construída pelo trabalho, por sua vez, dá ao homem sua 
dignidade, o que torna inseparáveis do ser humano. Por esta razão, podemos afirmar então que 
uma empresa que emprega tem de ter uma finalidade social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
CAPÍTULO II - CONCEITO DE EMPREGADOR 
 
Considera-se empregador a empresa,individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da 
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço (art. 2º, da 
CLT). 
Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os 
profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras 
instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. 
Denomina-se mesmo empregador, uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, 
personalidade jurídica própria, estiver sob a direção, controle ou administração de outra. São 
os chamados grupos econômicos (matriz e filiais, grupo de empresas com atividades 
diferentes - CNPJ distintos). 
Em síntese, são características próprias e típicas dos empregadores: 
 
 
CAPÍTULO III - CONCEITO DE EMPREGADO 
 
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a 
Admite É ele que define os critérios pessoais para admissão 
dos empregados. 
Assalaria O trabalho se realiza mediante em contrapartida do 
pagamento de salário diretamente pelo empregador. 
Poder de Direção É ele quem detém o poder de direção, impõe normas 
de conduta e de trabalho sobre o(s) empregado(s). 
Detém o poder diretivo, que lhe permite traçar as 
diretrizes para atingir de suas metas. 
Assume os riscos 
(alteridade) 
Os riscos econômicos do negócio são assumidos 
exclusivamente pelo empregador, não podendo ser 
transferido ou compartilhado ao empregado. 
Exemplo: o empregado não pode deixar de receber 
seu salário em razão de dificuldades financeiras da 
 9 
empregador, sob a dependência deste e mediante salário (art. 3º da CLT). 
 
Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do 
empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente 
consignada (art. 4º, da CLT). 
 
Para que um trabalhador seja considerado empregado na relação de emprego (vínculo 
empregatício), se faz necessário 4 (quatro) requisitos: 
 
1) Subordinação: Trata-se do requisito principal. O empregado está sujeito a ordens e 
normas ou padrões de condutas que são impostas pelo empregador ou seu representante, 
sempre no limite objetivo da relação de emprego. 
 
2) Continuidade ou não eventualidade: Significa que a utilização da força de trabalho deve 
corresponder às necessidades normais da atividade econômica desenvolvida. Deve ser 
entendido também, como prestação não esporádica dos serviços, ou, ainda, como a 
habitualidade. 
 
3) Onerosidade: Vem do ônus, ou seja, o empregado prestará serviço ao empregador 
mediante pagamento de salário, ou seja, a contraprestação pecuniária. 
 
4) Pessoalidade: Apenas a pessoa do empregado poderá, em relação ao empregador, prestar o 
serviço contratado estando a sua disposição, não podendo ser prestado por outra pessoa. 
 
 
 
3.1 Outros tipos de trabalhadores 
 
Doméstico: É o trabalhador que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e 
pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por 
mais de 2 (dois) dias por semana, conforme determina a Lei Complementar nº 150/15. 
 
Estagiário: Segundo o art. 1º da Lei 11.788/2008, atribui o conceito de estagiário como o ato 
educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à 
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino 
 10
regular, em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da 
educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da 
educação de jovens e adultos. 
 
O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do 
educando e visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à 
contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e 
para o trabalho, não criando vínculo empregatício de qualquer natureza. 
 
É celebrado termo de compromisso entre o educando (estagiário), a parte concedente do 
estágio e a instituição de ensino. 
 
Autônomo: É todo aquele que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício ou 
relação de emprego CLT, por conta própria e assume seus próprios riscos. A prestação de 
serviços poderá ser feita de forma contínua ou não. No entanto, presente a subordinação 
jurídica, será reconhecido o vínculo empregatício. 
 
Trabalhador temporário: É relação de emprego entre trabalhador temporário, empresa de 
trabalho temporário (pessoa física ou jurídica urbana) e a empresa tomadora de serviços. 
Seu conceito é aquele que prestado por pessoa física devidamente qualificada a uma empresa, 
para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou 
acréscimo extraordinário de serviços (Lei 6.019/74). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema Folha Phoenix disponibiliza no Cadastro, opções para 
cadastramento de Doméstico, Autônomo, Estagiário entre 
outros. 
 12
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13
CAPÍTULO IV - ADMISSÃO 
 
Após o candidato ter passado pela fase de seleção, onde cada empresa tem seu método de 
escolher o trabalhador para ser seu empregado, dará início ao procedimento para contratação. 
 
4.1. Documentos necessários na admissão 
 
Nessa fase iniciaremos pela solicitação dos devidos documentos: 
 
1. Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS: é obrigatória sua a 
apresentação, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir (regras de 
preenchimento serão abordadas adiante); 
 
2. Inscrição do PIS: normalmente vem anotado na última página da CTPS. Caso não 
haja anotação, deverá solicitar 2ª via na Caixa Econômica Federal ou se primeiro 
emprego requerer a inscrição; 
 
3. Carteira de Identidade (RG): trata-se do documento nacional de identificação civil 
no Brasil; 
 
4. Título de Eleitor: deve ser obrigatoriamente apresentada para candidatos ao emprego 
com idade a partir de 18 anos; 
 
5. Certificado de Reservista: apresentação obrigatória aos candidatos ao emprego do 
sexo masculino com idade a partir de 18 anos; 
 
6. Cadastro de Pessoas Físicas CPF: é o documento fornecido pela Secretaria da 
Receita Federal do Brasil - RFB 
 
7. Exame Médico Admissional: deverá ser realizada obrigatoriamente antes que o 
trabalhador assuma suas atividades, após os exames realizados pelo médico do 
trabalho da empresa, será dado como apto ao trabalho através do Atestado de Saúde 
Ocupacional (ASO). 
 
O custo do exame médico ocupacional compete ao empregador. 
 
8. Certidão de Estado Civil: se casado(a), apresentar a certidão de casamento ou, se 
divorciado(a) ou separado(a) com averbação; 
 
9. Certidão de Nascimento dos filhos: dos filhos até de 21 anos ou inválidos de 
qualquer idade, necessária para o pagamento do salário família e dedução do imposto 
de renda, e: dos filhos até 24 anos de idade desde que estiverem cursando 
estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau. 
 
Para efeito do recebimento do salário-família, deverá apresentar juntamente com a 
certidão de nascimento: 
 14
 
a) a caderneta de vacinação ou equivalente, no caso de dependente menor de 7 
anos, sendo obrigatória a apresentação nos meses de novembro, contados a 
partir de 2000; 
 
b) comprovante de frequência à escola, no caso de dependente a partir de 7 
anos, sendo obrigatória a apresentação nos meses de maio e novembro, 
contados a partir de 2000; 
 
c) comprovante de invalidez, a cargo da Perícia Médica do INSS, no caso de 
dependente maior de 14 anos;10. Comprovante de endereço: deverá apresentar qualquer tipo de comprovação de 
endereço (conta de luz, água, telefone, etc.); 
 
11. Comprovação de nível de escolaridade: deverá apresentar comprovação do nível de 
escolaridade, por exemplo, ensino fundamental, médio, completo ou incompleto, etc.; 
 
12. Carteira de Registro Profissional: carteira profissional, tais como da OAB 
(advogados), CREA (engenheiros), CRC (contador), etc. 
 
13. Foto 3 x 4: a quantidade dependerá na necessidade do empregador, para 
preenchimento do registro de empregados, crachá, etc.; 
 
 
4.2. Retenção dos documentos de identificação pessoal - impossibilidade 
 
O empregador, não pode reter nenhum tipo de documento de identificação pessoal do 
empregado, ainda que este seja apresentado em forma de fotocópia autenticada ou pública-
forma. 
 
A empresa, necessitando dos documentos, terá o prazo de 5 (cinco) dias para extrair os dados 
necessários e devolvê-los ao empregado, sob pena de constituição de contravenção penal, 
punível com pena de prisão simples de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa (Lei nº 5.553/68). 
Outra possibilidade é exigir cópias simples, ou seja, sem autenticação ou pública forma*. 
* Pública forma é a cópia ou reprodução de um documento certificada e conferida por um 
tabelião ou escrivão. 
 
 
4.3. Práticas discriminatórias na admissão - proibição 
 
A Constituição Federal de 1988 firma a dignidade da pessoa humana como um dos 
 15
fundamentos da República e estende a sua proteção à vida, liberdade, igualdade, à intimidade, 
à vida privada, honra e à imagem das pessoas (arts. 1º, III, e 5º, caput e incisos III e X), 
constituindo este direito um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. 
 
Ainda, a CF/88 em seu artigo 5º, inciso V, assegura o direito a indenização por dano material, 
moral ou à imagem. 
 
 
4.3.1. Atestado de gravidez e esterilização 
 
Na admissão da empregada, a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração 
ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez por parte do 
empregador constitui punição de detenção de um a dois anos e multa (Lei 9.029/95). 
 
 
4.3.2. Antecedentes criminais 
 
No momento da contratação de empregados, é comum as empresas exigirem o atestado de 
antecedentes criminais. 
 
No entanto, vale ressaltar que a legislação contempla apenas uma situação que pode autorizar 
a exigência pelo empregador do referido atestado, que é na contratação de vigilantes (art. 16, 
VI, da Lei nº 7.102/83). 
 
Para os demais empregados é discutível, uma vez que não há previsão legal de apresentação 
obrigatória, salvo nas hipóteses acima, e pode, ainda, gerar a presunção de tratamento 
discriminatório. Sendo assim, recomenda-se ao empregador ter cautela diante da ocorrência 
concreta da situação, podendo, por medida preventiva, consultar o Ministério do Trabalho e 
Emprego ou, ainda, o sindicato da respectiva categoria profissional sobre o assunto e lembrar 
que caberá à Justiça do Trabalho a decisão final caso seja proposta ação nesse sentido. 
 
 
 
 
 16
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No cadastro de admissão podemos incluir dados pessoais, 
contratuais, vínculo empregatício e inclusão de foto. 
 
No cadastro de admissão podemos incluir dados pessoais, 
contratuais, vínculo empregatício e inclusão de foto. 
 
 17
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18
 
 
 
 
 
Você consegue também gerar o arquivo do PIS – 1º emprego – 
para envio pelo conectividade. 
 
 19
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20
CAPÍTULO V - REGISTRO DO EMPREGADO 
 
Os principais documentos de registro são: o Livro de Registro de Empregados, Fichas ou 
Sistema Eletrônico e Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS. 
 
5.1 - Registro de Empregados 
 
O empregador é obrigado a efetuar o registro dos seus empregados em livro, fichas próprias 
ou sistema eletrônico, independentemente da atividade desenvolvida por estabelecimento. 
Desde 20.06.2001, os documentos de registro de empregados não mais necessitam de 
autenticação pelos órgãos/autoridades competentes (Lei nº 10.243/2001). 
 
O empregador que mantiver empregado não registrado ficará sujeito a multa no valor de R$ 
3.000,00 (três mil reais) por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada 
reincidência. Tratando-se de microempresa ou empresa de pequeno porte o valor final da 
multa aplicada será de R$ 800,00 (oitocentos reais) por empregado não registrado. 
 
Importante: O registro de empregado deve ser feito antes do início da prestação de serviços, 
ou seja, o empregado não pode iniciar as suas atividades sem que esteja devidamente 
registrado. Assim, de posse da documentação necessária, a empresa deverá obedecer às 
formalidades legais relativas ao registro tratadas nos itens abaixo. 
 
Através da Portaria MTE nº 41/2007, com autorização do art. 41, da CLT, a qual estabeleceu 
que o mencionado documento deverá conter, obrigatoriamente, as seguintes informações: 
a) Nome do empregado, data de nascimento, filiação, nacionalidade e naturalidade; 
b) Número e série da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS; 
c) Número de identificação do cadastro no Programa de Integração Social - PIS ou no 
Programa de Formação do Patrimônio do Serviço Público - PASEP; 
d) Data de admissão; 
e) Cargo e função; 
f) Remuneração; 
g) Jornada de trabalho; 
h) Férias; 
i) Acidente de trabalho e doenças profissionais, quando houver. 
 21
O empregador pode, ainda, proceder, entre outras, anotações relativas a contribuição sindical 
e alterações salariais. O registro de empregados deverá estar sempre atualizado e numerado 
sequencialmente por estabelecimento, conforme modelo abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponibilizamos no sistema Folha Phoenix a Ficha Informatizada 
Ficha de Registro e Atualização da CTPS 
 
 23 
5.2. Registro na CTPS 
 
Prazo de Preenchimento: terá o prazo de 48hs (quarenta e oito horas) para nela anotar, 
especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, 
sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a 
serem expedidas pelo Ministério do Trabalho (art. 29, da CLT e Portaria MTE 41/2007). 
 
Preenchimento do Contrato de Trabalho: Anotar os dados especificados no modelo abaixo. 
 
Obs.: A relação de CBO pode ser encontrada no site: www.mtecbo.gov.br 
 
 
Preenchimento da parte da opção pelo FGTS: Com a Constituição Federal de 5 de outubro 
de 1988, a opção ao FGTS do empregado passou a ser obrigatória (exceto o doméstico que 
passou a partir de 1º de outubro de 2015). Assim, caso a CTPS possua campos para 
preenchimento da opção ao FGTS e a admissão tenha sido após 05/10/1988, a data de opção 
será a mesma de admissão. 
 24 
 
As anotações gerais devem ser preenchidas nas seguintes hipóteses: como o próprio nome 
diz (anotações gerais), este item da CTPS tem serventia para diversas situações, tais como: 
 
a) Contrato de experiência - prazo; 
b) Cadastro do PIS (normalmente vem com o documento de inscrição na última página) 
c) Promoções de cargo ou função; 
d) Jornada diária e semanal do empregado e eventuais alterações; 
e) Alteração de dados do empregador (quando ocorre mudança de razão social por 
alteração na estrutura jurídica); 
f) Afastamentos como licença comou sem remuneração; 
g) Anotações sobre o aviso prévio indenizado (data do último dia efetivamente 
trabalhado conforme artigo 17 da Instrução Normativa SRP nº 15/10). 
 
 
 
 25 
Obs: Recomenda-se não efetuar anotações de afastamento por determinação médica. 
 
Cadastro do PIS (se for o 1º emprego): Segue abaixo o modelo: 
 
CADASTRADO COMO PARTICIPANTE DO PIS EM ______/______/_________, 
SOB Nº ___________________TENDO CONTA NO BANCO_______________ 
AGENCIA_______________________ ENDEREÇO_______________________ 
 
Anotação do prazo do contrato de experiência: Modelo do prazo inicial e eventual 
prorrogação do contrato de experiência: 
 
O portador foi admitido a título de experiência, por um prazo de _______dias, 
conforme contrato assinado na sua data de admissão em ____/_____/______. 
Carimbo e Assinatura do Empregador 
 
O portador foi admitido a título de experiência, por um prazo inicial de _______dias, 
conforme contrato assinado na sua data de admissão em ____/_____/______, estando 
prorrogado por mais ___ dias, com vencimento em ____/_____/______. 
Carimbo e Assinatura do Empregador 
 
 
Promoções de cargo ou função: o modelo abaixo pode ser tanto para promoção de cargo ou 
função, caso haja promoção de salário também, utilizar o campo específico (pré-impresso) 
“aumentos de salário”: 
 
A partir de 01.08.2016, passou a exercer a função de Auxiliar de Escritório. 
Carimbo e Assinatura do Empregador 
 
Anotações durante a vigência do emprego: As anotações na CTPS serão feitas na data-base, 
a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador, no caso de rescisão contratual; ou 
necessidade de comprovação perante a Previdência Social. A falta de cumprimento pelo 
empregador das anotações da CTPS acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do 
Trabalho, que deverá de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o 
fim de instaurar o processo de anotação. 
 26 
Anotações desabonadoras - proibição: É proibido ao empregador efetuar anotações 
desabonadoras à conduta do empregado em sua CTPS (§ 4º, do art. 29, da CLT). Exemplo, 
anotar que o empregado foi suspenso disciplinarmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema Folha Phoenix tem a opção de emissão de Etiquetas 
para: Contrato de Trabalho, FGTS, PIS entre outras opções. 
 
 27 
Modelo de recibo de entrega e devolução da CTPS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema disponibiliza os recibos de Entrega e Devolução da 
CTPS. 
 29 
5.3. Outras obrigações na admissão - documentos 
 
 
Além do registro e anotações na carteira, o Depto de Pessoal, deverá efetuar: 
 
 
Figura 1: Declaração de dependentes para fins de dedução do imposto de renda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
Figura 2 e 3: Em relação ao benefício do salário-família 
 
 
 
 
----------------------------------------------- 
 
 
 
 
 
 
 31 
Figura 4: Opção ou não da utilização do vale-transporte 
 
 
 
 
 
 
 32 
Figura 5: Autorização de depósito bancário dos vencimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
 
 
O sistema disponibiliza o formulário de Declaração de Encargos 
para Fins de Imposto de Renda, Ficha de Salário-Família, Termo 
de Responsabilidade, Solicitação de Vale Transporte e 
Autorização de Depósito Bancário. 
 
 34 
CAPÍTULO VI - CONTRATOS DE TRABALHO 
 
O contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, verbalmente ou por escrito 
correspondente à relação de emprego, por prazo determinado ou indeterminado, ou para 
prestação de trabalho intermitente. (artigos 442 e 443, da CLT). 
 
6.1. Contrato a prazo indeterminado 
 
Considera-se contrato por prazo indeterminado o celebrado sem prévia fixação do seu tempo 
de duração, sendo ajustado para prolongar-se indefinidamente, não havendo qualquer limite 
para a sua vigência. 
 
 
6.2. Contrato a prazo determinado 
 
O contrato de trabalho por prazo determinado é o ajustado para vigorar por um período 
predeterminado, cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços 
especificados, ou ainda, da realização de certo acontecimento suscetível de previsão 
aproximada (art. 443, § 1º, da CLT). Será válido em se tratando (art. 443, § 2º, da CLT): 
 
 a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; 
 
 b) de atividades empresariais de caráter transitório; 
 
O contrato a prazo determinado terá duração de, no máximo de 2 (dois) anos (art. 445, da 
CLT), permitindo dentro deste prazo, uma única prorrogação (art. 451, da CLT) 
 
Outros exemplos de contrato determinado: 
 
• Contrato de aprendizagem (art. 428, da CLT); 
• Contrato de safra (art. 14, parágrafo único, da Lei 5.889/73); 
• Contrato de obra-certa (Lei 2.959/56); 
• Contrato determinado através de acordo coletivo para acréscimo de empregados (Lei 
9.601/98); 
• Contrato de trabalhador temporário (Lei 6.019/74). 
 35 
6.2.1 Contrato de experiência 
 
Conceito: É um contrato de prova, na modalidade por prazo determinado. Ou seja, de 
avaliação mútua, como condições de trabalho, de salário, competência profissional, horário de 
trabalho, cargo ou função etc. Tem caráter recíproco, onde ambas as partes (empregado e 
empregador) analisam durante determinado prazo se esta relação de emprego atende suas 
expectativas. 
 
Requisitos do contrato: O Contrato de Experiência deve ser obrigatoriamente celebrado por 
escrito. Basicamente o contrato deverá conter: 
• Identificação das partes (empregador e empregado); 
• Tipo de trabalho a ser prestado; 
• Local de trabalho; 
• Possibilidade de transferência entre empresas (opcional); 
• Horário de trabalho (jornada semanal e jornada diária com os horários de entrada, 
intervalo e saída); 
• Especificação da remuneração (se salário por mês, por hora, comissões, etc.); 
• Desconto de eventuais danos; 
• Natureza do contrato (experiência e mencionando prazo e possibilidade de 
prorrogação, se for o caso); 
• Assinatura das partes; 
• E outros, de acordo com a particularidade de cada empresa. 
 
Prazo e prorrogação: O contrato de experiência não pode exceder a 90 dias, sendo 
estipulado por período inferior, poderá ser feita uma única prorrogação dentro deste limite 
(arts. 445, parágrafo único e 451, da CLT). Observação: Recomenda-se que se for utilizar 
desta prorrogação, estabelecer cláusula de tal possibilidade no contrato inicial. 
Por conseguinte, até a data de vencimento do primeiro prazo, deve-se ajustar por escrito a 
prorrogação. No silêncio das partes, continuando a prestação de serviços, o contrato de 
trabalho passará a vigorar por prazo indeterminado. 
 
Exemplos de Prorrogação: 
• Contrato de experiência de 30 dias poderá ser prorrogado por mais 60 dias; 
 36 
• Contrato de experiência de 45 dias poderá ser prorrogado por mais 45 dias; 
• Contrato de experiência de 50 dias poderá ser prorrogado por mais 40 dias; 
• Contrato de experiência de 30 dias poderá ser prorrogado por mais 30 dias. 
 
Modelo Básico de Contrato de Experiência 
 
 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema Folha Phoenix disponibiliza alguns modelos de 
Contrato de Trabalho. 
 38 
6.3. Trabalho Intermitente 
 
O Contrato intermitente, como o próprio nome diz é uma modalidade contratual, onde o 
trabalho não é contínuo, é interrompido a espaços, ou seja, que para por intervalos. 
 
Em outraspalavras, no contrato intermitente existe alternância de períodos, não existe um 
prazo determinado, ou mesmo período de experiência. Ou seja, o empregado por exemplo, 
poderá prestar serviços por 30, 60 dias, para por um período (períodos de inatividade) e é 
chamado novamente a prestar serviços de acordo com a necessidade do empregador. 
 
Principais regras do contrato intermitente: 
O contrato será celebrado por escrito e registrado na CTPS. 
 
O valor da hora ou do dia de trabalho não poderá ser inferior ao valor horário ou diário do 
salário mínimo, assegurada a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno. 
 
Observa-se que o salário também não será inferior àquele devido aos demais empregados do 
estabelecimento que exerçam a mesma função. 
 
O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de 
serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. 
Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de vinte e quatro horas para responder ao 
chamado, presumida, no silêncio, a recusa. 
 
Na data acordada para o pagamento, o empregado receberá, de imediato, as seguintes 
parcelas: 
I – remuneração; 
II - férias proporcionais com acréscimo de um terço; 
III - décimo terceiro salário proporcional; 
IV - repouso semanal remunerado; e 
V - adicionais legais. 
Na hipótese de o período de convocação exceder um mês, o pagamento das parcelas acima 
não poderá ser estipulado por período superior a um mês, contado a partir do primeiro dia do 
período de prestação de serviço. 
 39 
O empregador efetuará o recolhimento das contribuições previdenciárias próprias e do 
empregado e o depósito do FGTS com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá 
ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. 
 
O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma 
das parcelas. 
 
A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um 
mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo 
empregador. 
 
O auxílio-doença será devido a partir da data do início da incapacidade, ou seja, o empregador 
não pagará os primeiros 15 dias de afastamento. 
 
O salário maternidade será pago diretamente pela Previdência Social. O empregado poderá 
prestar serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviço, que exerçam ou não a 
mesma atividade econômica. 
Na hipótese de extinção do contrato de trabalho intermitente serão devidas as seguintes verbas 
rescisórias: 
 I - pela metade: 
 a) o aviso prévio indenizado, 
 b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, 
 II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. 
 
O contrato de trabalho intermitente permite a movimentação da conta vinculada do 
trabalhador no FGTS limitada a até oitenta por cento do valor dos depósitos. A extinção do 
contrato de trabalho intermitente a que se refere este artigo não autoriza o ingresso no 
Programa de Seguro-Desemprego. 
 
As verbas rescisórias e o aviso prévio serão calculados com base na média dos valores 
recebidos pelo empregado no curso do contrato de trabalho intermitente. 
 
O aviso prévio será necessariamente indenizado. 
 40 
Decorrido o prazo de um ano sem qualquer convocação do empregado pelo empregador, 
contado a partir da data da celebração do contrato, da última convocação ou do último dia de 
prestação de serviços, o que for mais recente, será considerado rescindido de pleno direito o 
contrato de trabalho intermitente. 
 
Até 31 de dezembro de 2020, o empregado registrado por meio de contrato de trabalho por 
prazo indeterminado demitido não poderá prestar serviços para o mesmo empregador por 
meio de contrato de trabalho intermitente pelo prazo de dezoito meses, contado da data da 
demissão do empregado. 
 
 
6.4. Teletrabalho 
 
Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências 
do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua 
natureza, não se constituam como trabalho externo. 
 
A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do 
contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo 
empregado. 
Poderá também ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que 
haja mútuo acordo entre as partes. De mesmo modo, poderá ser realizada a alteração do 
regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de 
transição mínimo de quinze dias. 
 
Ressalte-se que o comparecimento do empregado às dependências do empregador para a 
realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento 
não descaracteriza o regime de teletrabalho. 
 
No teletrabalho a responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos 
equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho 
remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em 
contrato escrito. 
 
 41 
CAPÍTULO VII - JORNADA DE TRABALHO 
 
A legislação trabalhista estabelece parâmetro semanal para disciplinar sobre a jornada de 
trabalho, ou seja, a semana civil: de segunda-feira a domingo. Em regra geral, a jornada 
máxima diária de trabalho é de 8 horas, não podendo exceder a 44 horas semanais (art. 7º, 
XIII, CF/88). Os dias destinados a trabalho na semana é de segunda-feira a sábado. 
 
SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM 
Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Repouso 
 
Há casos em que a jornada diária é inferior a 8 horas: 6 diárias horas para o trabalho em 
turnos ininterruptos de revezamento (art. 7º, XIV, da CF/88); nos serviços de telefonia é de 6 
horas diárias e 36 horas semanais (art. 227, da CLT), regime de tempo parcial cuja duração 
não exceda a vinte e cinco horas semanais (art. 58-A, da CLT), etc. 
 
7.1. Jornada de Trabalho em Tempo Parcial 
 
Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta 
horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais. Ou ainda, aquele cuja 
duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até 
seis horas suplementares semanais. 
 
As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo 
de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal. 
 
O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua 
jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. 
 
7.2 Período de descanso 
 
Depois de determinar os limites diário e semanal da jornada de trabalho, a legislação trata o 
descanso da seguinte forma: 
 
 42 
a) Descanso intrajornada: Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo 
de 11 horas consecutivas para descanso (art. 66, da CLT); 
 
b) Repouso semanal: Todo empregado, inclusive o doméstico, tem direito ao repouso 
semanal remunerado de 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos e, nos 
limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo 
com a tradição local (art. 7º, XV, da CF/88 e art. 1º, da Lei 605/49). 
 
7.3 Intervalos para repouso/alimentação 
 
Basicamente, deverá ser concedido o seguinte tempo para intervalo: 
Jornada diária de até 4 horas: não há 
Jornada diária acima de 4 horas até 6 horas: 15 minutos 
Jornada diária acima de 6 horas: mínimo 1 hora e máximo 2 horas 
** 
 
** Observa-seque para o trabalhador que atua no regime de trabalho de mais de 6 horas 
diárias, o intervalo dentro da jornada de trabalho poderá ser negociado, desde que tenha pelo 
menos 30 minutos. 
 
Observações: 
a) O tempo destinado ao repouso e alimentação não é computado na jornada diária de 
trabalho; 
b) Se não for concedidos estes intervalos, serão tidos como horas extraordinária o 
período suprimido. 
 
Base legal: art. 71, da CLT e Portaria MTb nº 3.214/1978, NR 24 
 
7.4 Escala 12 x 36 
A escala de trabalho com jornada de 12 horas de trabalho com 36 horas de descanso pode ser 
firmada apenas por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. O acordo 
individual diretamente com o empregado fica restrito aos profissionais e empresas do setor de 
saúde. 
 
 43 
Neste tipo de escala o empregado trabalha dia sim, dia não. A remuneração mensal pactuada 
abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em 
feriados e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, 
quando houver. 
 
A carga horária mensal é de 180 horas. Considerando que o empregado trabalha 12 horas dia 
sim dia não, é como se trabalhasse 6 horas por dia. 
6 horas por dia x 30 dias = 180 horas mensais 
ou 
12 horas por dia x 15 dias = 180 horas mensais 
 
Jurisprudência: 
Divisor De 180 para as Horas Extras em Regime De Revezamento de 12 X 36 
Horas. Trabalhando o empregado em regime de revezamento de 12 x 36 horas, 
trabalha, realmente, 6 horas por dia, uma vez que a somatória dos dias trabalhados 
no mês, não ultrapassa 15. Assim, o divisor para o encontro do valor das horas extras 
deverá ser o de 180 e não 240. (TRT 15ª Reg. - 4ª T. - Ac 002414/1992 - Rel. Juiz 
Antônio Mazzuca) 
 
 
7.5 Serviços aos domingos 
 
Nos serviços que exijam trabalho aos domingos (Decreto nº 27.048/1949), com exceção 
quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada 
e constando de quadro sujeito à fiscalização (art. 67, parágrafo único, da CLT). 
 
Dessa maneira, o trabalho no domingo, deverá ser trocado por outro dia da semana e se 
houver feriado também, devendo ser mencionado na escala de revezamento. Os homens a 
cada 7 semanas devem ter um domingo de folga (Portaria MTPS nº 417/66) e nas atividades 
do comércio um domingo a cada 3 semanas e que seja autorizado em convenção coletiva de 
trabalho e observada a legislação municipal (Lei 11.603/2007) e mulheres a folga deve 
coincidir um domingo a cada quinzena (art. 386, da CLT) em qualquer situação. 
 
 
 44 
7.6 Trabalho noturno 
 
Para os empregados urbanos, considera-se trabalho noturno, o executado entre as 22 (vinte e 
duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. A hora do trabalho noturno será 
computada como de 52 (cinquenta e dois minutos) e 30 (trinta segundos) - (art. 73, § 1º, da 
CLT). 
Dessa forma, assim teremos: 
 
• Das 22:00 às 22:52:30 = 1 hora de trabalho 
• Das 22:52:30 às 11:45 = 2 horas de trabalho 
• Das 11:45 às 0:37:30 = 3 horas de trabalho 
• Das 0:37:30 ás 1:30 = 4 horas de trabalho 
• Das 1:30 às 2:22:30 = 5 horas de trabalho 
• Das 2:22:30 às 3:15 = 6 horas de trabalho 
• Das 3:15 às 4:07:30 = 7 horas de trabalho 
• Das 4:07:30 às 5:00 = 8 horas de trabalho 
 
Observações: 
• Para converter o tempo trabalhado em hora-relógio para hora-noturna considerar o 
índice 1,142857 (60 minutos ÷ 52,50 minutos); 
• Para converter o tempo trabalhado em hora-noturna para hora-relógio considerar o 
índice 0,875000 (52,50 minutos ÷ 60 minutos); 
 
 
7.7 Compensação do horário de trabalho 
 
O acordo de compensação de horas está previsto na Constituição Federal/88, em seu artigo 7º, 
XIII e nas disposições do artigo 59 da CLT. 
Geralmente esta compensação tem como objetivo trabalhar mais de 8 horas por dia para 
compensar o sábado, por exemplo. 
 
 
 
 45 
7.8. Banco de Horas 
 
A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente 
de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. A 
remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento). 
 
Porém, poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção 
coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente 
diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma 
das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez 
horas diárias. 
No entanto, na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a 
compensação integral da jornada extraordinária, o trabalhador terá direito ao pagamento das 
horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. 
 
 O banco de horas também poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a 
compensação ocorra no período máximo de seis meses. Também é lícito o regime de 
compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a 
compensação no mesmo mês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46 
Modelo de Acordo de Compensação de Horas (na semana) 
 
 
 
 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema Folha Phoenix disponibiliza o formulário de Acordo 
de Compensação de Horas. 
 
 48 
7.9 Quadro de horário e marcação de ponto 
 
O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo 
Ministro do Trabalho e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso 
de não ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma (art. 74, 
da CLT). 
 
O horário de trabalho será anotado em registro de empregados com a indicação de acordos ou 
contratos coletivos porventura celebrados. 
 
Modelo do quadro 
 
Para os estabelecimentos de mais de 10 trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de 
entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem 
expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso 
(art. 74, § 2º, da CLT ) . 
 
 49 
 
 
 
O sistema Folha Phoenix disponibiliza o Quadro de Horário 
 
 50 
Modelo de Ponto 
 
Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará, 
explicitamente, de ficha ou papeleta em seu poder. 
 
7.10 - Jornada de trabalho - Não aplicação 
 
Nos termos do art. 62, da CLT não são abrangidos pelo regime de jornada de trabalho: 
 
a) Os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário 
de trabalho, devendo tal condição ser anotada na CTPS e no registro de empregados; 
 
b) Os gerentes (cargos de gestão) aos quais se equiparamos diretores e chefes de 
departamento ou filial e quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a 
gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo 
acrescido de 40% (quarenta por cento). 
 
 51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você encontrará no sistema Folha Phoenix a opção para emitir a 
Folha de Ponto e a Etiqueta de Ponto 
 
 52 
CAPÍTULO VIII - ESTRUTURA DO SALÁRIO 
 
 
Neste item, iremos verificar a estrutura e os tipos de salário, bem como outras parcelas 
salariais que compõe a remuneração mensal do empregado. 
 
 
8.1 Conceito de Salário 
 
É o conjunto de percepções econômicas devidas pelo empregador ao empregado como 
contraprestação do trabalho e em que estiver à disposição daquele aguardando ordens, pelos 
descansos remunerados, pelas interrupções do contrato de trabalho ou por forçade lei. 
 
 
8.2 Parâmetros mínimos para ajuste do salário 
 
Para contratação de um empregado, ao fixar o salário, o empregador deve observar os 
parâmetros mínimos: 
 
a) Salário mínimo: é o valor da contraprestação devida e paga pelo empregador a todo 
trabalhador, para que atenda às suas necessidades básicas e às de sua família com 
moradia, alimentação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social 
(art. 7º, IV, da CF/88). Atualmente, o salário mínimo é de R$ 954,00 por mês, R$ 
31,80 por dia e R$ 4,34 por hora. 
 
b) Salário profissional: é aquele fixado como mínimo a ser pago a uma determinada 
profissão definida em lei. Exemplo: Lei 5.194/66 - Engenheiros - 6 salários mínimos. 
 
c) Piso salarial normativo: é o valor mínimo que deve ser pago em uma categoria 
profissional ou a determinadas profissões definido nos acordos, convenções coletivas 
ou fixados por sentença normativa nos dissídios coletivos. Exemplo: 
 
 53 
 
(Convenção Coletiva de Trabalho: Sindicato dos Comerciários) 
 
 
Data-Base: Todo sindicato elege determinado mês do ano como a sua data-base para, 
além de negociar outros direitos favoráveis a sua categoria profissional abrangida, 
reajustar e corrigir os salários e os pisos salariais. Entende-se por a data de início de 
vigência de acordo ou convenção coletiva, ou sentença normativa (Lei 7.238/84). 
Alguns casos, estes reajustes e correções salariais quando há conflito de negociação 
entre o sindicato patronal e dos empregados, vão parar na Justiça do Trabalho, da qual 
se torna um dissídio coletivo. 
 
d) Piso salarial Estadual: Os Estados e o Distrito Federal estão autorizados a instituir, 
mediante lei de iniciativa do Poder Executivo, o piso salarial de que trata o inciso V do 
art. 7º, da CF/88 para os empregados que não tenham piso salarial definido em lei 
federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho (Lei Complementar 103/2000). 
Estados como o de SP, RS, RJ e MG possuem estes pisos; 
 
e) Salário de livre estipulação: O salário pode ser objeto de livre estipulação das partes 
(empregador e empregado), desde que seja maior aos parâmetros anteriores (art. 444, 
da CLT); 
 54 
8.3 Conceito de Remuneração 
 
Dispõe o caput do art. 457 da CLT, que compreendem-se na remuneração do empregado, 
para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, 
como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. 
 
 
Definição de Salário: Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações 
legais e de função e as comissões pagas pelo empregador (art. 457, § 1º, da CLT) e as 
parcelas in natura definidas no art. 458, da CLT. 
 
Não se incluem nos salários as importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de 
custo, limitadas a cinquenta por cento da remuneração mensal, o auxílio-alimentação, vedado 
o seu pagamento em dinheiro, as diárias para viagem e os prêmios* não integram a 
remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base 
de incidência de encargo trabalhista e previdenciário. (art. 457, § 2º, da CLT) 
 
* Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador, até duas vezes ao 
ano, em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro, a empregado, grupo de empregados ou 
terceiros vinculados à sua atividade econômica em razão de desempenho superior ao 
ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. (art. 457, § 22, da CLT) 
 
Definição de Gorjetas: Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada 
pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, 
como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados (art. 
457, § 3º, da CLT). 
Remuneração 
Salário �==� Gorjetas 
▼▼▼▼ ▼▼▼▼ 
Salário contratual (mensal, horário, etc.) Espontâneas (por estimativa) 
Comissões Compulsórias (cobrada do cliente) 
Horas extras 
Adicional noturno 
 55 
Adicional periculosidade e insalubridades 
Adicionais de qualquer natureza 
Prêmios e gratificações 
Anuênios, biênios, triênios, quinquênios, etc. 
Repouso semanal remunerado (DSR) 
Habitação 
Alimentação paga em dinheiro 
Transporte pago em dinheiro 
Outras parcelas in natura ou utilidades 
 
8.4 Jornada e salário 
 
O salário mensal pode ser convertido em dia e por hora, estando atrelado a jornada de trabalho 
do empregado e, para esta conversão, se faz necessário as seguintes definições: 
 
Jornada Diária: para estabelecer a jornada diária, considera-se a jornada semanal sempre 
dividindo por 6 dias de trabalho na própria semana. Exemplos: 1) 44 horas semanais ÷ 6 = 
7,333333 horas; 2) 36 horas semanais ÷ 6 = 6,000000 horas; 
 
Observação: A jornada diária deve estar sempre em centesimal, pois será contabilizado com 
valor em real na folha de pagamento. 
 
Jornada Mensal: para estabelecer a jornada mensal, considera-se a jornada semanal sempre 
multiplicando por 5 semanas de trabalho no mês. Exemplo: 1) 44 horas semanais x 5 = 220 
horas; 2) 36 horas semanais x 5 = 180 horas; 
 
Salário-hora: considerar salário mensal e dividir pela jornada mensal (salário mensal ÷ 
jornada mensal). 
 
Exemplo 1: Empregado com jornada semanal de 44 horas, o salário de R$ 1.020,80 
por mês → logo o salário-hora é de R$ 4,64 (R$ 1.020,80 ÷ 220 horas); 
 
Exemplo 2: Empregado com jornada semanal de 36 horas, o salário de R$ 930,00 por 
mês → logo o salário-hora é de R$ 5,17 (R$ 930,00 ÷ 180 horas); 
 56 
Salário-dia: para estabelecer o salário-dia, temos 2 (duas) formas: 
 
1) Considerar o salário mensal e sempre dividir por 30 (trinta), pois 30 é o número médio 
de dias do mês no ano (art. 64, da CLT) (salário mensal ÷ 30). Exemplo: salário 
mensal R$ 1.290,00 ÷ 30 = R$ 43,00; 
 
2) Considerar jornada diária e multiplicar pelo salário-hora (jornada diária x salário-
hora). Exemplo: jornada diária de 7,333333 horas x salário-hora de R$ 5,10 = R$ 
37,40. 
 
 
 
 
 
O sistema Folha Phoenix tem a opção de cadastrar o Piso 
Salarial, vinculando ao Sindicato e Categoria. 
 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 58 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No cadastro do funcionário você encontrará a opção de cadastro 
da Jornada de Trabalho. 
 
 59 
CAPÍTULO IX - PRINCIPAIS CÁLCULOS NA FOLHA DE PAGAMENTO 
 
Neste item, iremos abordar a forma de cálculo de salário do mensalista, do horista, do 
comissionista puro e misto, bem como os descontos legais incidentes. O pagamento do 
salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período 
superior a 1 (um) mês, devendo ser efetuado, o mais tardar, até o 5º dia útil do mês 
subsequente (art. 459, da CLT). 
 
 
9.1 Mensalista 
 
Denomina-se empregado mensalista aquele que tem o salário fixado por mês e cujo salário 
mensal está integrado a remuneração dos dias de trabalho e os dias de Descanso semanal 
Remunerado - DSR (art. 7º, § 2º, da CLT). Observar, porém, o salário mínimo ou piso salarial 
do sindicato, etc. 
Note-se que há quem entenda que o salário do mensalista é fixado a cada 30 (trinta) dias, pois 
é o número de dias médio de cada mês do ano e outros entendem que é a cada mês, 
respeitando o número de dias efetivo do mês (28/29/30/31 dias). 
 
Exemplo 1: Cálculo de 1 (um) mês completo de trabalho no mês de novembro: 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
 Novembro 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês 30/30 R$ 1.280,00 R$ 1.280,00 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total de 
Vencimentos 
R$ 1.280,00 
Total de 
Descontos 
 
 
Total Liquido=> 
 
 
R$ 1.280,00 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 60 
Exemplo 2: Empregado admitido em 12/11 → (R$ 1.280,00 ÷ 30 x 19 = R$ 810,67). 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Novembro 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês 19/30 R$ 
1.280,00 
R$ 810,67 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
 
Total 
Descontos 
 
 
Total Líquido 
=> 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
9.2 Horista 
O salário-hora é definido como base no salário mensal que está vinculado, seja ele pelo 
salário mínimo nacional, piso salarial, etc. Conforme regras expostas no item 8.2, supondo 
que o piso da categorial profissional do empregado é de R$ 1.300,00 por mês e esteja 
vinculado a jornada semanal de 44 horas, logo seu salário-hora será de R$ 5,91 (R$ 1.300,00 
÷ 220 horas). 
 
Sendo horista, o salário será pago com base nas horas trabalhadas no mês baseado na jornada 
semanal de trabalho do empregado, dos quais irão variar conforme o número de dias úteis, 
domingos e feriados no mês, bem como se o mês for de 28, 29, 30 ou 31 dias. 
 
Para os empregados que trabalham por hora, incidirá a remuneração do repouso semanal 
(DSR) à sua jornada de trabalho (art. 7º, “b”, da Lei 605/49), pois receberá o DSR como se 
estivesse trabalhando. 
 
Regras de Cálculo 
 
a) Verificar o mês de referência → quantos dias úteis e número de domingos e feriados → 
excluindo os dias anteriores da data de admissão ou após a data de demissão; 
b) Identificar a jornada diária do horista conforme regras indicadas no item 8.4; 
 61 
c) Para definir a quantidade de horas trabalhadas no mês: considerar jornada diária e 
multiplicar pelos dias úteis do mês (jornada diária x dias úteis do mês); 
d) Para definir a quantidade de horas descansadas no mês (DSR): considerar jornada 
diária e multiplicar pelo número de domingos e feriados (jornada diária x nº de 
domingos/feriados do mês); 
e) Para obter o valor total a receber dos itens “c” e “d”, considerar o total de horas e 
multiplicar pelo valor do salário-hora (quantidade de horas x salário-hora). 
 
Exemplo 1: Mês de setembro → empregado trabalhou o mês completo → jornada semanal de 
44 horas → salário-hora de R$ 5,00. Assim teremos: 
 
1) 25 dias úteis → 5 domingos e feriados no mês ; 
2) Jornada diária: 7,333333 horas (44 horas semanais ÷ 6); 
3) Horas trabalhadas no mês: 183,33 horas (7,333333 horas x 25 dias úteis) → Valor total 
do salário-hora no mês: R$ 916,65 (R$ 5,00 x 183,33 horas); 
4) Horas descansadas no mês (DSR): 36,67 horas (7,33333 horas x 5 domingos/feriados) 
→ Valor total do salário-hora em DSR no mês: R$ 183,35 (R$ 5 x 36,67). 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Setembro 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário-Hora Trabalhadas no 
Mês 
183,33 R$ 5,00 R$ 916,65 
DSR s/ Salário-Hora Trab. no 
Mês 
36,67 R$ 5,00 R$ 183,35 
 
Tipo de salário: Horista 
Total 
Vencimentos 
R$ 1.100,00 
Total 
Descontos 
 
 
Total Liquido 
=> 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 62 
Exemplo 2: Mês de outubro → empregado trabalhou o mês completo → jornada semanal de 
44 horas → salário-hora de R$ 9,70. Assim teremos: 
 
 
1) 25 dias úteis → 6 dias domingos e feriados no mês; 
2) Jornada diária: 7,333333 horas (44 horas semanais ÷ 6); 
3) Horas trabalhadas no mês: 183,33 horas (7,333333 horas x 25 dias úteis) → Valor total 
do salário-hora no mês: R$ 1.778,30 (R$ 9,70 x 183,33 horas); 
4) Horas descansadas no mês (DSR): 44,00 horas (7,33333 horas x 6 dom./fer.) → Valor 
total salário-hora em DSR no mês: R$ 426,80 (R$ 9,70 x 44,00). 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário Outubro 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário-Hora Trabalhadas no 
Mês 
183,33 R$ 9,70 R$ 1.778,30 
DSR s/ Salário-Hora Trab. no 
Mês 
44,00 R$ 9,70 R$ 426,80 
 
Tipo de salário: Horista 
Total 
Vencimentos 
R$ 2.205,10 
Total 
Descontos 
 
 
Total Liquido 
=> 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
Observação: Há quem entenda que, para apurar as horas trabalhadas no mês, considerar as 
horas efetivamente trabalhadas a cada dia do mês e, as horas em DSR, considerar o total de 
horas trabalhadas dividindo pelo dias úteis e multiplicando pelo número de domingos e 
feriados no mês, onde assim, obterá o valor a receber multiplicando-os pelo salário-hora. 
 
9.3 Comissionista puro 
Comissionista puro é o empregado que recebe seu salário exclusivamente à base de comissões 
convencionado com seu empregador por ocasião do contrato de trabalho. A legislação não 
define o montante do percentual ou se valor fixo sobre vendas ou serviços, etc. 
 63 
Conforme estabelece a Súmula nº 27 do TST, é devida a remuneração do repouso semanal 
(DSR) ao empregado comissionista sobre as comissões do mês. 
 
O comissionista puro não tem salário fixo, recebendo suas comissões de forma variável, 
porém, a legislação garante um salário mínimo ou piso mínimo estabelecido em documento 
coletivo ou valor maior que o empregador estabelecer no contrato de trabalho (art. 7º, V e 
XXVI, da CF/88, art. 1º, da Lei 8.716/93 e art. 444, da CLT), caso o montante das comissões 
e do repouso semanal remunerado no mês sejam inferior a esta garantia. 
 
Regras de Cálculo 
 
a) O percentual ou valor das comissões é de livre estipulação das partes (empregador e 
empregado) sobre vendas ou serviços; 
b) Para se obter o repouso semanal sobre comissões (DSR) → considerar o valor das 
comissões do mês, divide-se pelos dias efetivos de trabalho (dias úteis) e multiplica 
pelo número de domingos e feriados do mês (dias de repouso) → (valor das comissões 
do mês ÷ dias úteis x número de domingos e feriados). 
c) Se a soma dos valores acima for inferior a garantia do comissionista deverá ser 
complementado. 
 
Exemplo 1: Mês setembro→ 3% de comissões sobre vendas → vendas: R$ 33.260,00 no mês 
→ jornada semanal de 44 horas → e a garantia mensal deste comissionista é de R$ 980,00 por 
mês. Assim teremos: 
 
1) Dias úteis do mês: 25 dias → Número de domingos e feriados do mês: 5 dias; 
2) Valor das comissões do mês: R$ 997,80 (R$ 33.260,00 x 3%) 
3) Valor do DSR sobre comissões no mês: R$ 199,56 (R$ 997,80 ÷ 25 dias úteis x 5 
domingos e feriados). 
 
 
 64 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Setembro 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário-Comissões do Mês 3% R$ 33.260,00 R$ 997,80 
DSR s/ Comissões do Mês 5/25 R$ 997,80 R$ 199,56 
 
Tipo de salário: Comissionista puro 
Total 
Vencimentos 
R$ 1.197,36 
Total Descontos 
 
Total Liquido => 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
Exemplo 2: Mês outubro → 3% de comissões sobre vendas → vendas do mês: R$ 13.890,00 
→ e a garantia mensal deste comissionista é de R$ 980,00 por mês. Assim teremos: 
 
1) Dias úteis do mês: 25 dias → Número de domingos e feriados do mês: 6 dias; 
2) Valor das comissões do mês: R$ 416,70(R$ 13.890,00 x 3%) 
3) Valor do DSR sobre comissões no mês: R$ 100,00 (R$ 416,70 ÷ 25 dias úteis x 6 
domingos e feriados); 
4) Complemento de garantia: R$ 463,30 ((R$ 980,00 garantia) - (R$ 416,70 comissões 
do mês) - (R$ 100,00 DSR sobre comissões do mês). 
Demonstrativo de Pagamento de Salário Outubro 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário-Comissões do 
Mês 
3% R$ 
13.890,00 
R$ 416,70 
DSR s/ Comissões do 
Mês 
6/25 R$ 416,70 R$ 100,00 
Complemento de 
Garantia 
 980,00 R$ 463,30 
 
Tipo de salário: Comissionista puro 
Total 
Vencimentos 
R$ 980,00 
Total 
Descontos 
 
Total Liquido => 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 65 
9.4 Comissionista misto 
 
O empregado que recebe comissão mista é aquele que além das comissões também recebe um 
valor fixo, do qual esta parte fixa pode ser como mensalista ou horista. Por exemplo, sua 
composição salarial seria um salário por mês mais comissões (mensalista + comissionista). 
 
Exemplo: Mês de setembro → fixado 3% de comissões sobre vendas → Vendas do mês: R$ 
22.260,00 → jornada semanal de 44 horas → e recebe a parte fixa de R$ 780,00 por mês 
(mensalista). Assim teremos: 
 
1) Dias úteis do mês: 25 dias → Número de domingos e feriados do mês: 5 dias; 
2) Valor das comissões do mês: R$ 667,80 (R$ 22.260,00 x 3%) 
3) Valor do DSR sobre comissões no mês: R$ 133,56 (R$ 667,80 ÷ 25 dias úteis x 5 
domingos e feriados). 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário Setembro 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês (parte 
fixa) 
30/30 R$ 780,00 R$ 780,00 
Salário-Comissões do 
Mês 
3% R$ 22.260,00 R$ 667,80 
DSR s/ Comissões do 
Mês 
5/25 R$ 667,80 R$ 133,56 
 
Tipo de salário: Comissionista misto 
Total 
Vencimentos 
R$ 1.581,36 
Total 
Descontos 
 
 
Total Liquido 
=> 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
Observação: Não é computado o DSR para parte fixa pois esta já está integrada o DSR. 
 
 66 
9.5 Demais parcelas componentes do salário 
 
Neste item, iremos abordar as principais parcelas salariais que são lançadas em folha de 
pagamento dos empregados. 
 
 
9.5.1 Horas extras 
 
A duração normal diária do trabalho do empregado poderá ser acrescida de horas 
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre 
empregador e empregado ou contrato coletivo de trabalho, devendo constar, obrigatoriamente, 
a importância da remuneração da hora extraordinária, que será, pelo menos, 50% (cinquenta 
por cento) superior à da hora normal (art. 7º, XVI, da CF/88 e art. 59, da CLT). 
 
Há de se observar que por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será 
computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse 
o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o 
empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias 
públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da 
empresa para exercer atividades particulares, entre outras: 
I - práticas religiosas; 
II - descanso; 
III - lazer; 
IV - estudo; 
V - alimentação; 
VI - atividades de relacionamento social; 
VII - higiene pessoal; 
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na 
empresa. 
 
De mesmo modo, o tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva 
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de 
transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de 
trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. 
 67 
 
 68 
 
 
Modelo de acordo de prorrogação p/ prática de jornada 
extraordinária
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 69 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema Folha Phoenix disponibiliza a emissão do formulário 
de Acordo de Prorrogação de Horas. 
 
 70 
Este acordo deve ter vigência de no máximo 1 (um) ano, sempre observando eventuais 
disposições em convenção ou acordo coletivo, onde em alguns casos, o percentual do 
adicional de horas extras de 50% é elevado para 60%, 70% ou 80% por exemplo. 
 
Sobre as horas extraordinárias, para os que trabalham por mês e por hora, incidirá a 
remuneração do repouso semanal remunerado (DSR), devendo ser computado em separado 
(art. 7º , “a” e “b”, da Lei 605/49). 
 
Regras de Cálculo 
 
a) A quantidade de horas extras no mês deverá ser apurada dia a dia no mês de 
referência, com base no levantamento da marcação de ponto; 
b) Seu pagamento se baseia no salário-hora do empregado. Se mensalista, para obter o 
salário-hora, considerar salário mensal e dividir pela jornada mensal (salário mensal ÷ 
jornada mensal); 
c) Do valor do salário-hora → adicionar 50% ou outro adicional maior que possa ser 
estabelecido pelo sindicato (salário-hora + 50% ou salário-hora x 1,50); 
d) Para obter o valor a receber, considerar a quantidade de horas extraordinárias do mês e 
multiplicar pelo valor da hora extra (quantidade de horas extras x salário-hora + 50%); 
e) Para obter a quantidade de horas extras em DSR → considerar quantidade de horas 
extraordinárias, dividir pelos dias úteis e multiplicar pelo número de domingos e 
feriados no mês (quantidade de horas extras ÷ dias úteis x número de domingos e 
feriados); 
f) Para obter o valor a receber de DSR sobre horas extras → multiplicar o resultado do 
item anterior (e) pelo valor do salário-hora acrescido de 50%. 
 
Exemplo: Mês de setembro → o empregado laborou 50 horas extraordinárias a 50% → 
jornada semanal de 44 horas → mensalista: R$ 962,40 por mês. Assim teremos: 
 
 
 
 71 
1) Salário-hora: R$ 4,37 (R$ 962,40 ÷ 220 horas mensais); 
2) Salário-hora + 50%: R$ 6,56 (R$ 4,37 x 1,50) 
3) Quantidade de horas extras no mês: 50 horas; 
4) Valor das horas extras: R$ 328,00 (R$ 6,56 x 50 horas); 
5) Dias úteis do mês: 25 dias / Número de domingos e feriados do mês: 5 dias; 
6) Quantidade de horas extras em DSR: 10 horas (50 horas extras ÷ 25 dias úteis x 5 
domingos e feriados); 
7) Valor do DSR sobre horas extras 50%: R$ 65,60 (10 horas extras em DSR x R$ 6,56 
valor da hora extra): 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário Setembro 
Descrição Qtde. Valor. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês 30/30 R$ 962,40 R$ 962,40 
Horas Extras 50% 50,00 R$ 6,56 R$ 328,00 
DSR s/ Horas Extras 
50% 
10,00 R$ 6,56 R$ 65,60 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
R$ 1.356,00 
Total Descontos 
 
 
Total Líquido => 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
9.5.2 Adicional noturno 
 
Para os empregados que trabalham em período considerado noturno (item 7.4 deste estudo) 
terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo 
de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna (art. 73, da CLT), há convenções 
coletivas de trabalho que estabelecem regras específicas para o pagamento do adicional 
noturno, como por exemplo, elevando o percentual mínimo de 20% para 30%, 35%,etc. 
 
Por força da Súmula nº 60, I, do TST, o adicional noturno, pago com habitualidade, integra o 
salário do empregado para todos os efeitos, dessa maneira, integrando estes efeitos para o 
repouso semanal remunerado (DSR). 
 72 
Regras de Cálculo 
a) A quantidade de horas noturnas no mês deverá ser apurada dia a dia no mês de 
referência na forma indicado no item 7.4 deste estudo; 
b) Deverá se basear o adicional noturno no salário-hora do empregado. Se mensalista, 
para obter o salário-hora, considerar salário mensal e dividir pela jornada mensal 
(salário mensal ÷ jornada mensal); 
c) Do valor do salário-hora → apurar 20% ou outro adicional maior que possa ser 
estabelecido pelo sindicato (salário-hora x 20% ou salário-hora x 0,20), pois o valor do 
salário-hora já foi quitado no salário restando apenas pagar o adicional, situação 
diversa das horas extras; 
d) Para obter o valor a receber, considerar a quantidade de horas noturnas trabalhadas no 
mês e multiplicar pelo valor unitário do adicional (quantidade de horas noturnas x 
valor do adicional); 
e) Para obter a quantidade de horas noturnas em DSR → considerar quantidade de horas 
noturnas, dividir pelos dias úteis e multiplicar pelo número de domingos e feriados no 
mês (quantidade de horas noturnas ÷ dias úteis x número de domingos e feriados) ; 
f) Para obter o valor a receber de DSR sobre horas noturnas → multiplicar o resultado do 
item anterior (e) pelo valor do adicional noturno. 
 
Exemplo: Mês de setembro → empregado laborou 75 horas noturnas a com adicional de 20% 
→ jornada semanal de 44 horas → mensalista: R$ 1.702,80 por mês. Assim teremos: 
 
1) Salário-hora: R$ 7,74 (R$ 1.702,80 ÷ 220 horas mensais) e salário-hora x 20%: R$ 
1,55 (R$ 7,74 x 0,20) 
2) Quantidade de horas noturnas no mês: 75 horas e valor do adicional noturno: R$ 
116,25 (R$ 1,55 x 75 horas); 
3) Quantidade de horas noturnas em DSR: 15 horas (75 horas noturnas ÷ 25 dias úteis x 5 
domingos e feriados); 
4) Valor do DSR sobre adicional noturno 20%: R$ 23,25 (15 horas noturnas em DSR x 
R$ 1,55 valor unitário do adicional noturno). 
 73 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Setembro 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês 30/30 R$ 1.702,80 R$ 1.702,80 
Adicional Noturno 20% 75,00 R$ 1,55 R$ 116,25 
DSR s/ Adic. Noturno 
20% 
15,00 R$ 1,55 R$ 23,25 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
R$ 1.842,30 
Total Descontos 
 
 
Total Liquido => 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
9.5.3 Adicional de Insalubridade 
 
A insalubridade é definida pela legislação em função do tempo de exposição ao agente 
nocivo, levando em conta ainda o tipo de atividade desenvolvida pelo empregado no curso da 
jornada de trabalho, observados os limites que estão previstos na Norma Regulamentadora 
NR-15, aprovada pela Portaria 3.214/78, com alterações posteriores. 
Para caracterizar e classificar a insalubridade far-se-á necessária perícia médica por 
profissional competente e devidamente registrado no Ministério do Trabalho e Emprego. 
Dispõe o art. 192, da CLT, que o exercício de trabalho em condições insalubres acima dos 
limites de tolerância estabelecidos pelo MTE assegura a percepção de adicional em: 
Grau mínimo → adicional de 10% (dez por cento) 
Grau médio → adicional de 20% (vinte por cento) 
Grau máximo → adicional de 40% (quarenta por cento) 
 
Base de cálculo: Até que o artigo 7º, inciso XXIII, da CF, venha a ser regulamentado pelo 
legislador, continua o salário mínimo a ser aplicado como base de cálculo do adicional de 
insalubridade, mas não como seu indexador, pois o Poder Judiciário não pode substituir o 
legislador na definição de critério para regularizar a sua base de cálculo (inteligência da 
Súmula Vinculante nº 04 do STF). 
 
 
 74 
Nos termos da Súmula nº 17, do TST, o adicional de insalubridade devido a empregado que, 
por força de lei, convenção coletiva ou sentença normativa, percebe salário profissional será 
sobre este calculado. 
 
Exemplo: mensalista: R$ 1.350,00 por mês → o empregado está exposto ao grau médio de 
insalubridade e não possui salário profissional. Adicional de insalubridade: R$ 190,80 (R$ 
954,00 salário mínimo vigente x 20%). Assim teremos: 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Setembro 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês 30/30 R$ 1.350,00 R$ 1.350,00 
Adicional 
Insalubridade 
20% R$ 954,00 R$ 190,80 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
R$ 1.540,80 
Total 
Descontos 
 
 
Total Liquido => 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
Observação: O direito do empregado ao adicional de insalubridade cessará com a eliminação 
do risco à sua saúde ou integridade física (art. 194, da CLT). 
 
9.5.4 Adicional de periculosidade 
 
Nos termos do art. 193, da CLT, são consideradas atividades ou operações perigosas, na 
forma da Norma Regulamentadora nº 16 no Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua 
natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com produtos inflamáveis 
ou explosivos em condições de risco acentuado de vida, sendo caracterizada por perícia a 
cargo de Engenheiro ou Médico do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho (MTE). 
 
O trabalho nestas condições assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) 
sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos 
lucros da empresa. 
 
Exemplo: mensalista: R$ 1.500,00 por mês → o empregado está exposto a atividade perigosa. 
 75 
Assim teremos: 
1) Salário do mês: R$ 1.500,00; 
2) Adicional de periculosidade: R$ 450,00 (R$ 1.500,00 x 30%) 
Demonstrativo de Pagamento de Salário Setembro 
Descrição Qtde Vr. Unit./Base Crédito Débito 
Salário do Mês 30/30 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 
Adicional de 
Periculosidade 
30% R$ 1.500,00 R$ 450,00 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total Vencimentos 
R$ 1.950,00 
Total 
Descontos 
 
 
Total Liquido => 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
Observações: 
• O direito do empregado ao adicional de periculosidade cessará com a eliminação do 
risco à sua saúde ou integridade física (art. 194, da CLT); 
• Quando se tratar de horista, a base de cálculo do adicional de periculosidade é a 
composição do salário hora trabalhado no mês mais o DSR sobre salário hora do mês; 
• Caso o empregado trabalhe em ambiente insalubre e perigoso só terá direito a um dos 
adicionais aquele que for maior. 
 
9.5.5 Salário-Família 
 
O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, exceto ao doméstico, e 
ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados 
(art. 65, da Lei 8.213/91). 
 
O direito à cota do salário-família é definido em razão da remuneração que seria devida ao 
empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente trabalhados. 
Considera-se remuneração mensal do segurado o valor total do salário-de-contribuição 
somado as outras remunerações de atividades simultâneas, excluindo-se o 13º salário e o 
adicional de férias, para efeito de definição do direito à cota do salário-família.76 
A cota do salário-família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados nos meses de 
admissão e demissão do empregado. 
 
Tabela de Salário-Família a partir de 1º de janeiro de 2018 
Base Salário-Família (R$) Valor do Salário-Família 
até R$ 877,67 R$ 45,00 
de R$ 877,68 até R$ 1.319,18 R$ 31,71 
acima de R$ 1.319,19 R$ 0,00 
Valor por dependente até 14 anos de idade, ou inválido de qualquer idade. 
Portaria MF nº 15, de 16/01/2017 DOU 17/01/2018 
 
Observações: 
 
• O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da certidão de 
nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido, e à 
apresentação todo mês de novembro de cada ano de atestado de vacinação obrigatória 
para dependentes com idade inferior a 7 anos e de comprovação de frequência à escola 
do filho ou equiparado nos meses de maio de novembro de cada ano para os 
dependentes de 7 a 14 anos; 
• A cota do salário-família não será incorporada, para qualquer efeito, ao salário ou ao 
benefício; 
• Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm 
direito ao salário-família (art. 81, § 3º, do Decreto 3.048/99 - RPS); 
• As cotas do salário-família, pagas pela empresa, deverão ser deduzidas quando do 
recolhimento das contribuições sobre a folha de salários (art. 81, § 3º, do Decreto 
3.048/99 - RPS). 
 
Exemplo: mensalista: R$ 1.100,00 por mês e adicional de insalubridade grau mínimo → 2 
dependentes habilitados para recebimento do salário-família. Assim teremos: 
 
1) Salário do mês: R$ 1.100,00; 
 77 
2) Adicional de Insalubridade: R$ 95,40 (10% sobre o salário mínimo de R$ 954,00); 
3) Salário-família: R$ 62,14 (Remuneração devida R$ 1.195,40 = faixa 2 de R$ 31,07 a 
cota). 
Demonstrativo de Pagamento de Salário Janeiro/2015 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês 30/30 1.100,00 R$ 1.100,00 
Adicional Insalubridade 10% 954,00 R$ 95,40 
Salário-família 2 31,71 R$ 63,42 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total Vencimentos 
R$ 1.258,82 
Total Descontos 
 
 
Total Líquido => 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
9.6 Descontos nos salários 
 
Nos termos do art. 462, da CLT, ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos 
salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou 
de convenção ou acordo coletivo e em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será 
lícito desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do 
empregado, neste caso, independentemente de autorização. Neste item, iremos abordar os 
principais descontos nos salários dos empregados. 
 
9.6.1 Faltas, atrasos e saídas antecipadas injustificadas 
 
A lei contempla algumas ausências como justificadas, do qual o empregado não sofrerá 
descontos em seus salários. Veja os principais motivos: 
 
1) até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, 
irmão ou pessoa que, declarada em sua CTPS, viva sob sua dependência econômica 
(art., 473, I, da CLT); 
2) até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento (art. 473, II, da CLT); 
3) por 5 dias, enquanto não for fixado outro prazo em lei, como licença-paternidade 
(CF/1988, art. 7º, XIX c.c. o ADCT, art. 10, § 1º); 
 78 
4) pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo (art. 473, 
VIII, da CLT); 
5) justificada pela empresa, assim entendida a que não tiver determinado o desconto do 
correspondente salário (CLT, art. 131, IV); 
6) afastamento por doença ou acidente do trabalho, nos 15 primeiros dias pagos pela 
empresa mediante comprovação, observada a legislação previdenciária (artigo 60, da 
Lei nº 8.213/1991); 
 
Sendo injustificada a ausência do empregado, seja de forma parcial (atrasos e saídas 
antecipadas) ou total (dia completo) implicará no desconto em seus salários na proporção do 
tempo de ausência. Se o empregado atrasou por determinadas horas, será lançado o desconto 
de atraso, ou, se faltou o dia todo, será lançado o desconto de falta do dia. 
 
Nos termos do art. 6º, da Lei 605/49, não será devida a remuneração do repouso semanal 
(DSR) quando, injustificadamente, o empregado não tiver trabalhado durante toda a semana, 
ou seja, deixando de cumprir integralmente o seu horário de trabalho na semana. 
 
Seja qual for a forma de pagamento de salário do empregado (mensalista, horista, 
comissionista, etc.) perderá o DSR da semana seguinte em que incidiu o atraso, saída 
antecipada ou falta injustificada. Supondo que o empregado falte injustificadamente nos dias 
14 e 21 de dezembro: 
 
• Da falta ocorrida em 01/12 → perderá o DSR de 05/12; 
• Da falta ocorrida em 07/12 → perderá o DSR de 12/12. 
 
Exemplo: mensalista: R$ 971,20 por mês → folha de salário do mês de dezembro → perfaz 
jornada semanal de trabalho de 44 horas → faltou no dia 09/12 (quarta-feira), cujas horas de 
ausência do dia foram de 8 horas → faltou no dia 12/12 (sábado), cujas horas de ausência do 
dia foram de 4 horas e dia 15/12 atrasou por 2 horas. Assim teremos: 
 
1) Salário do mês: 971,20 (deve ser lançado integralmente); 
 79 
2) Desconto da falta do dia 09/12: R$ 35,32 (R$ 971,20 ÷ 220 horas mensais x 8 horas de 
trabalho do dia); 
3) Desconto da falta do dia 12/12: R$ 17,65 (R$ 971,20 ÷ 220 horas mensais x 4 horas de 
trabalho do dia); 
4) Desconto do atraso do dia 15/12: R$ 8,82 (R$ 971,20 ÷ 220 horas mensais x 2 horas); 
5) Desconto do DSR decorrente as faltas do dia 09/12 e 12/12: R$ 32,37 (R$ 971,20 ÷ 
220 horas mensais x 7,33333 horas diárias ou R$ 971,20 ÷ 30 dias); 
6) Desconto do DSR decorrente ao atraso de 15/12: R$ 32,37 (R$ 971,20 ÷ 220 horas 
mensais x 7,33333 horas diárias ou R$ 971,20 ÷ 30 dias). 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
dezembro 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês 30/30 R$ 971,20 R$ 971,20 
Falta(s) Injustificada(s) 1dia R$ 35,32 R$ 35,32 
Falta(s) Injustificada(s) 4 hs R$ 4,14 R$ 17,65 
Atraso(s) Injustificado(s) 2 hs R$ 4,14 R$ 8,82 
Desc. DSR s/ Faltas/Atrasos 2 dias R$ 32,37 R$ 64,74 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total Vencimentos 
R$ 971,20 
Total 
Descontos 
R$ 126,53 
 
Total Liquido => 
 
844,67 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
Observação: Se o empregador não vem descontando o DSR decorrente das ausências 
injustificadas de seus empregados, independentemente da forma de pagamento de salário 
(mensalista, horista, etc.), ainda que por desconhecimento da lei e vier a descontar, poderá ser 
surpreendido com reclamação trabalhista sentenciando nulidade dessa alteração por contrariar 
o art. 468 da CLT, que considera lícita apenas as alterações dos contratos de trabalho que 
resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado. 
 
 
9.6.2 Contribuição Sindical 
 
A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, e consistirá na importância 
correspondente à remuneração de um dia de trabalho, para os empregados, qualquer que seja a 
forma da referida remuneração (art. 580, da CLT). 
 80 
No entanto, o desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e 
expressa do empregado. Em outras palavras, os empregadores são obrigados a descontar da 
folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano a contribuição 
sindical dos empregados que autorizaram prévia e expressamente o seu recolhimento aos 
respectivos sindicatos. 
 
Os empregados que não estiveremtrabalhando no mês destinado ao desconto da contribuição 
sindical e que venham a autorizar prévia e expressamente o recolhimento serão descontados 
no primeiro mês subsequente ao do reinício do trabalho. 
 
Entende-se por dia de trabalho o equivalente a: 
1) uma jornada normal de trabalho se o pagamento for feito por hora ou por mês. Para o 
horista, jornada diária multiplicado pelo salário-hora (jornada diária x salário-hora) e, 
para o mensalista, 1/30 avos da remuneração do mês (salário mensal ÷ 30); 
2) 1/30 da quantia percebida no mês anterior, se a remuneração for paga à base de tarefa, 
empreitada, comissões ou modalidades semelhantes; 
3) Quando o salário é pago em utilidades, ou no caso em que o empregado receba 
habitualmente gorjetas, a contribuição sindical deve corresponder a 1/30 da 
importância que tenha servido de base para sua contribuição à Previdência Social no 
mês de janeiro (art. 582, § 2º, da CLT). 
 
Exemplo: mensalista: R$ 1.350,00 por mês → folha de salário do mês de março/2015 → 
perfaz jornada semanal de trabalho de 44 horas → recebe adicional de periculosidade em 30% 
sobre o salário contratual. Assim teremos: 
 
1) Remuneração do mês: R$ 1.755,00 (Salário + adicional de periculosidade) 
2) Contribuição Sindical: R$ 58,50 (R$ 1.755,00 ÷ 30 x 1) 
 
 
 
 
 
 
 81 
Demonstrativo de Pagamento de Salário Março 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês 30/30 R$ 1.350,00 R$ 1.350,00 
Adicional 
Periculosidade 
30% R$ 1.350,00 R$ 405,00 
Contribuição Sindical 1/30 R$ 1.755,00 R$ 58,50 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
R$ 1.755,00 
Total Descontos 
R$ 58,50 
 
Total Liquido => 
 
 
R$ 1.696,50 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
9.6.3 Contribuição confederativa, assistencial, etc. 
Contribuição assistencial é a prestação pecuniária, voluntária, feita pela pessoa pertencente à 
categoria profissional ou econômica ao sindicato da respectiva categoria, em virtude de este 
ter participado das negociações coletivas, de ter incorrido em custos para esse fim, ou para 
pagar determinadas despesas assistenciais realizadas pela agremiação. 
 
Contribuição confederativa é o custeio do sistema confederativo, do qual fazem parte os 
sindicatos, federações e confederações, tanto da categoria profissional como da econômica. É 
fixada em assembléia geral (art. 8º, IV, da CF/88). 
 
Ambas são estabelecidas em convenções ou acordos coletivos ou, ainda, em sentenças 
normativas. Onde é definido os meses de incidência de desconto, se percentual ou valor fixo, 
com ou sem valor limite. Cada documento tem seu critério de desconto. 
 
No entanto, a Contribuição confederativa, de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é 
exigível dos filiados ao sindicato respectivo (Súmula 666, do STF). Inclusive, o Precedente 
Normativo TST 119 determina que os empregados que não são sindicalizados (sócios do 
sindicato) não estão obrigados à contribuição confederativa ou assistencial, pois tais cláusulas 
só poderiam surtir efeitos aos empregados que, comprovadamente, autorizassem o desconto 
em suas folhas de pagamento, por se tratar de contribuição convencional e não legal (artigo 
462 da CLT). 
 82 
 
De mesmo modo, o artigo 611 –B da CLT também determina que o empregado tem o direito 
de não sofrer cobrança, uma vez que constitui objeto ilícito de convenção coletiva ou de 
acordo coletivo de trabalho qualquer cobrança ou desconto salarial em sua expressa e prévia 
anuência. 
 
9.6.4 Vale Transporte 
 
Para os empregados que optarem pela utilização do vale transporte, a empresa descontará dos 
seus vencimentos 6% do seu salário básico, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens, 
quando se tratar de comissionista, o valor das comissões e DSR. 
Consultar sempre o Decreto 95.247/87, que regulamenta a Lei 7.418/85 que trata do vale-
transporte. 
No caso em que a despesa com o deslocamento do empregado for inferior a 6% (seis por 
cento), o valor do desconto será, tão somente o valor da despesa. 
 
Exemplo 1: Mensalista com salário de R$ 1.200,00 por mês mais adicional de periculosidade 
→ o custeio do vale-transporte do mês foi de R$ 200,00 → e o valor do desconto do vale-
transporte é de R$ 72,00 (R$ 1.200,00 x 6%) 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário Janeiro 
Descrição Qtde Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês 30/30 R$ 
1.200,00 
R$ 1.200,00 
Adicional de Periculosidade 30% R$ 
1.200,00 
R$ 360,00 
Vale-Transporte 6% R$ 
1.200,00 
 R$ 72,00 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
R$ 1.560,00 
Total Descontos 
R$ 72,00 
 
Total Liquido => 
 
R$ 1.488,00 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
Exemplo 2: Mensalista com salário de R$ 3.200,00 por mês → o custeio do vale-transporte 
do mês foi de R$ 120,00 → e o valor do desconto do vale-transporte é de R$ 192,00 → porém 
 83 
→ como o valor do custeio é menor que o valor do desconto (6%), deverá ser descontado o 
valor tão somente do custeio, ou seja, R$ 120,00. 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário Janeiro 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês 30/30 R$ 3.200,00 R$ 3.200,00 
Vale-Transporte R$ 120,00 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
R$ 3.200,00 
Total 
Descontos 
R$ 120,00 
 
Total Liquido 
=> 
 
 
R$ 3.080,00 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
9.7 Descontos de INSS e IRRF 
 
Veremos as regras de desconto da contribuição previdenciária (INSS) e do imposto de renda 
retido na fonte (IRRF), bem como a tabela de incidências conforme a natureza da verba 
trabalhista. 
 
 84 
9.7.1 Tabela de Incidências 
 
Segue a tabela de incidências conforme prevê nossa legislação: 
 
 
TABELA DE INCIDÊNCIAS DE EVENTOS TRABALHISTAS 
EVENTOS FGTS IRRF INSS RAIS 
ABONOS ESPONTÂNEOS SIM SIM SIM NÃO 
ABONO PECUNIÁRIO DE FÉRIAS + 1/3 NÃO NÃO(*) NÃO NÃO 
ADIANT. SALÁRIO - DESCONTO FORA 
DO MÊS (CAIXA) NÃO SIM NÃO NÃO 
ADIANT. SALÁRIO - DESCONTO NO 
PRÓPRIO MÊS (COMPET) NÃO NÃO NÃO NÃO 
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE SIM SIM SIM SIM 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE SIM SIM SIM SIM 
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA DE 
LOCALIDADE SIM SIM SIM SIM 
ADICIONAL NOTURNO SIM SIM SIM SIM 
ADICIONAL QUEBRA DE CAIXA SIM SIM SIM SIM 
ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO SIM SIM SIM SIM 
ANUÊNIO SIM SIM SIM SIM 
AJUDA DE CUSTO - DIÁRIAS ABAIXO DE 
50% DO SALÁRIO NÃO NÃO NÃO NÃO 
AJUDA DE CUSTO - DIÁRIAS ACIMA DE 
50% DO SALÁRIO SIM SIM SIM SIM 
AJUDA DE CUSTO - TRANSF. DE LOCAL 
TRABALHO NÃO NÃO NÃO NÃO 
AJUDA DE CUSTO COM GASTOS DE 
TRANSFERÊNCIA NÃO NÃO NÃO NÃO 
ALIMENTAÇÃO - FORNECIMENTO - 
INSCRITO NO PAT NÃO NÃO NÃO NÃO 
ALIMENTAÇÃO - FORNECIMENTO - NÃO 
INSCRITO NO PAT SIM SIM SIM SIM 
ASSISTÊNCIA MÉDICA - PAGA PELA 
EMPRESA NÃO NÃO NÃO NÃO 
AUXILIO ACIDENTE DO TRABALHO (1ºs 
15 DIAS) SIM SIM SIM SIM 
AUXÍLIO COMBUSTIVEL SIM SIM SIM SIM 
AUXÍLIO DOENÇA (15 PRIMEIROS DIAS) SIM SIM SIM SIM 
AUXÍLIO FUNERAL - CONVENÇÃO 
COLETIVA NÃO SIM NÃO NÃO 
AUXÍLIO NATALIDADE NÃO NÃO NÃO NÃO 
AVISO PRÉVIO INDENIZADO ACIMA DE NÃO NÃO NÃO NÃO 
 85 
30 DIAS (CLT) 
AVISO PRÉVIO INDENIZADO ATÉ 30 
DIAS (CLT) SIM NÃO NÃO (*) SIM 
AVISO PRÉVIO TRABALHADO (SALDO 
DE SALÁRIO) SIM SIM SIM SIM 
BIÊNIO SIM SIM SIM SIM 
BOLSA DE APRENDIZAGEM - MENORES 
ATÉ 14 ANOSNÃO NÃO NÃO NÃO 
BOLSA DE ESTAGIÁRIOS - LEI Nº 
11.788/2008 NÃO SIM NÃO NÃO 
BONIFICAÇÕES SIM SIM SIM SIM 
CESTA BÁSICA - INSCRITO NO PAT NÃO NÃO NÃO NÃO 
CESTA BÁSICA - NÃO INSCRITO NO PAT SIM SIM SIM SIM 
COMPLEMENTAÇÃO DO AUXÍLIO-
DOENÇA NÃO SIM NÃO NÃO 
COMISSÕES SIM SIM SIM SIM 
CURSOS DE CAPACITAÇÃO E 
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NÃO NÃO NÃO NÃO 
13º SALÁRIO - 1/12 AVOS - REFLEXO 
AVISO PRÉVIO INDEN. SIM SIM SIM (*) SIM 
13º SALÁRIO - 1ª PARCELA SIM NÃO NÃO NÃO 
13º SALÁRIO - 2ª PARCELA SIM SIM SIM SIM 
13º SALÁRIO - (COMPLEMENTO 
VARIÁVEL) SIM SIM SIM SIM 
13º SALÁRIO - PROPORCIONAL NA 
RESCISÃO SIM SIM SIM SIM 
DESCANSO SEMANAL REMUNERADO – 
DSR SIM SIM SIM SIM 
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL - EPI NÃO NÃO NÃO NÃO 
ESTIMATIVA DE GORJETA SIM SIM SIM SIM 
FÉRIAS VENCIDAS + 1/3 (PAGAS NA 
RESCISÃO) NÃO NÃO(*) NÃO SIM 
FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3 (PAGAS 
NA RESCISÃO) NÃO NÃO(*) NÃO SIM 
FÉRIAS NORMAIS + 1/3 (GOZADAS - 
(INDIV. OU COLETIVAS)). SIM SIM SIM SIM 
FÉRIAS PAGAS EM DOBRO + 1/3 NÃO NÃO(*) NÃO SIM 
GORJETAS SIM SIM SIM SIM 
GRATIFICAÇÃO - QUEBRA DE CAIXA SIM SIM SIM SIM 
GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO (ART. 62, II, 
DA CLT) SIM SIM SIM SIM 
GRATIFICAÇÃO POR TEMPO DE 
SERVIÇO (PAGO TODO MÊS) SIM SIM SIM SIM 
GRATIFICAÇÕES (PAGO POR SIM SIM SIM SIM 
 86 
LIBERALIDADE) 
HORAS EXTRAS 50% OU PERCENTUAL 
MAIOR SIM SIM SIM SIM 
INDENIZAÇÃO ADICIONAL (ART. 9º DA 
LEI Nº 7.238/84) NÃO NÃO NÃO NÃO 
INDENIZAÇÃO DO ART. 479 DA CLT NÃO NÃO NÃO NÃO 
INDENIZAÇÃO POR MORTE OU 
INVALIDEZ (CONVENÇÃO) NÃO NÃO NÃO NÃO 
INDENIZAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO 
(NÃO OPTANTE) NÃO NÃO NÃO NÃO 
LICENÇA-MATERNIDADE (120 DIAS) SIM SIM SIM SIM 
LICENÇA-PATERNIDADE (5 DIAS) SIM SIM SIM SIM 
MULTA DE 40% DO FGTS NÃO NÃO NÃO NÃO 
MULTA DE 20% DO FGTS (CULPA 
RECÍPROCA) NÃO NÃO NÃO NÃO 
MULTA DE ATRASO NO PAGTO DE 
RESCISÃO (ART. 477 CLT) NÃO NÃO NÃO NÃO 
PARTICIPAÇÃO LUCROS OU 
RESULTADOS (ATÉ 12/94) SIM SIM SIM SIM 
PARTICIPAÇÃO LUCROS OU 
RESULTADOS (LEI 10.101/01) NÃO SIM NÃO NÃO 
PIS/PASEP - RENDIMENTOS OU ABONOS NÃO NÃO NÃO NÃO 
PRÊMIOS - PAGO POR LIBERALIDADE SIM SIM SIM SIM 
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - PAGO 
PELA EMPRESA NÃO NÃO NÃO NÃO 
QUEBRA DE CAIXA SIM SIM SIM SIM 
QUINQUÊNIO SIM SIM SIM SIM 
REEMBOLSO CRECHE NÃO NÃO NÃO NÃO 
REEMBOLSO DE DESPESAS COM 
VEICULO DO EMPREGADO NÃO NÃO NÃO NÃO 
RETIRADA - DIRETORES NÃO 
EMPREGADOS NÃO SIM SIM NÃO 
RETIRADA - DIRETORES NÃO 
EMPREGADOS (OPTANTES FGTS) SIM SIM SIM SIM 
SALÁRIO-FAMILIA NÃO NÃO NÃO NÃO 
SALÁRIO-FAMÍLIA QUE EXCEDER O 
VALOR LEGAL SIM SIM SIM SIM 
SALÁRIOS - (MÊS, HORA, COMISSÕES, 
TAREFAS, ETC) SIM SIM SIM SIM 
SALDO DE SALÁRIOS PAGOS NA 
RESCISÃO SIM SIM SIM SIM 
TRIÊNIO SIM SIM SIM SIM 
VALE-TRANSPORTE (LEI Nº 7.418/85) NÃO NÃO NÃO NÃO 
VALE-TRANSPORTE PAGO EM 
DINHEIRO SIM SIM SIM SIM 
 87 
 
Das verbas destacadas com (*), seguem suas considerações: 
 
Abono pecuniário de férias e o adicional constitucional de 1/3 (IRRF): Atualmente 
existe previsão de incidência no art. 43, II, do Decreto 3.000/99 (RIR); O STJ tem 
publicado, desde 1994, as súmulas 125 e 136 demonstrando o entendimento da não 
incidência de imposto de renda sobre o pagamento de férias e licença-prêmio não 
gozadas por necessidade do serviço; A partir de 06/05/2009 a Receita Federal do 
Brasil, através na Instrução Normativa nº 936/2009 pacificou o entendimento de que 
o abono pecuniário não incide em IRRF; 
 
1) Aviso Prévio Indenizado (INSS): O art. 201, do §11º da CF/88, arts. 22, II e 28, I, da 
Lei 8.212/91 e as decisões atuais do TST a respeito da matéria (Nota 
PGFN/CRJ/Nº 485/2016, de 30 de maio de 2016) excluem a incidência de 
contribuição previdenciária (INSS) sobre o valor do aviso prévio indenizado (art. 
487, §1º, da CLT). 
 
2) 13º salário indenizado (INSS) - reflexo do aviso prévio indenizado (INSS): Incide 
normalmente a tributação juntamente com o 13º salário normal (Nota 
PGFN/CRJ/Nº 485/2016, de 30 de maio de 2016 e Instrução Normativa RFB nº 
925/09 alterada pela Instrução Normativa RFB N° 1.730/17) 
 
3) Férias vencidas, proporcionais, a dobra e 1/3 pagas na rescisão de contrato de 
trabalho (IRRF): O art. 43, II, do Decreto 3.000/99 (RIR há previsão de incidência 
de IRRF). A exclusão de incidência atualmente e acolhida pelo Superior Tribunal de 
Justiça, através das Súmulas 125 e 136; da Secretaria da Receita Federal - Solução 
de Divergência COSIT nº 01/2009, por força do § 4º do art. 19 da Lei nº 10.522/2002; 
 
9.7.2 Contribuição Previdenciária (INSS) 
 
A contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a do trabalhador avulso é calculada 
mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o seu salário-de-contribuição mensal 
(conforme proventos trabalhistas relacionados na tabela do item 9.7.1), de forma não 
cumulativa e de acordo com a seguinte tabela (art. 20, da Lei 8.212/91): 
 88 
 
Tabela de Contribuição dos Segurados Empregado, Empregado 
Doméstico e Trabalho Avulso, a partir de 1º de Janeiro de 2018 
 
Tabela de Salário-de-Contribuição dos segurados Empregado, Empregado 
Doméstico e Trabalhador Avulso 
Salário-de-Contribuição (R$) Alíquota % 
até R$ 1.751,81 8,00 
de R$ 1.751,82 a R$ 2.919,72 9,00 
de R$ 2.919,73 até R$ 5.839,45 11,00 
Portaria do Ministério da Economia nº 09, de 16 de janeiro de 2019 
 
 
A arrecadação (desconto) e o recolhimento (repasse) das contribuições é obrigação da 
empresa em relação aos seus empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-
as da respectiva remuneração. (art. 30, I, da Lei 8.212/91). 
 
Exemplo 1: Mês de referência janeiro → Salário de R$ 1.110,00 por mês e mais uma 
gratificação de 15% sobre este salário. Para cálculo do INSS a descontar, assim teremos: 
 
 
 
 
 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário Janeiro 
Descrição Qtde Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês 30/30 R$ 1.110,00 R$ 1.110,00 
Gratificação 
ajustada 
15% R$ 1.110,00 R$ 166,50 
INSS s/ Salários 8% R$ 1.276,50 R$ 102,12 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
vencimentos 
R$ 1.276,50 
Total 
Descontos 
R$ 102,12 
 
Total Liquido 
=> 
 
R$ 1.174,38 
 89 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
R$ 1.110,00 R$ 1.276,50 R$ 1.276,50 R$ 102,12 
 
Exemplo 2: Mês de referência janeiro → Salário-Hora de R$ 30,00 → jornada semanal de 44 
horas. Para cálculo do INSS a descontar, assim teremos: 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Janeiro 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário-hora trabalhadas no 
mês 
198,00 30,00 R$ 5.940,00 
DSR s/ salário-hora trab. mês 29,33 30,00 R$ 879,90 
INSS s/ Salários 11% R$ 
5.839,45 
 R$ 642,33 
 
Tipo de salário: Horista 
Total 
Vencimentos 
R$ 6.819,90 
Total 
Descontos 
R$ 608,44 
 
Total Liquido => 
 
R$ 6.211,46 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 R$ 30,00 R$ 5.531,31 R$ 6.819,90 R$ 545,59 
Observação: Neste caso respeitou-se o teto para o desconto da contribuição previdenciária 
(INSS) no valor de R$ 5.531,31 
 
Recolhimento: Nos termos do art. 30, da Lei 8.212/91, o recolhimento será até o dia 20 do 
mês subsequente e se não houver expediente bancário, recolher no dia útil imediatamente 
anterior. Em se tratando de 13º salário, até o dia 20 de dezembro, e se não houver expediente 
bancário, recolher no dia útil imediatamente anterior. 
13º Salário (tributação exclusiva): O 13º salário é tributadoexclusivamente na última 
parcela ou na rescisão de contrato de trabalho. O vencimento do prazo de pagamento, exceto 
no caso de rescisão, dar-se-á no dia 20 de dezembro, antecipando-se o prazo para o dia útil 
imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia. 
 90 
9.7.3 Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) 
 
Sobre os rendimentos do trabalho assalariado, conforme relação de proventos trabalhistas 
indicados no item 9.7.1 (Rendimentos Tributáveis), estão sujeitos à incidência do imposto de 
renda na fonte os rendimentos pagos por pessoas físicas ou jurídicas, dos quais são 
denominadas fontes pagadoras. 
 
Fato gerador: O cálculo do IRRF será calculado sobre os rendimentos efetivamente 
recebidos em cada mês, ou seja, na data do pagamento, da qual é o fato gerador deste tributo. 
Forma de tributação: São tributações exclusivas os rendimentos de salários, férias e 13º 
salário, ou seja, a tributação do IRRF sobre essas verbas são feitas em separado e não são 
cumulativas. O IRRF sobre 13º salário é feito na ocasião do pagamento da 2º parcela ou na 
rescisão de contratual de trabalho. 
 
Deduções: Para apuração da base de cálculo do IRRF, poderão deduzir do total dos 
rendimentos tributáveis: 
a) as contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios (art. 74, I, RIR/99); as contribuições para as entidades de previdência 
privada domiciliadas no País (FAPI) relativa a rendimentos do trabalho com vínculo 
empregatício ou de administradores (art. 74, II e § 1º, RIR/99) 
b) O cônjuge; ou companheiro ou a companheira, desde que haja vida em comum por 
mais de cinco anos, ou por período menor se da união resultou filho; 
c) A filha, o filho, a enteada ou o enteado, até vinte e um anos, ou de qualquer idade 
quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho ou quando maiores até 
vinte e quatro anos de idade, se ainda estiverem cursando estabelecimento de ensino 
superior ou escola técnica de segundo grau, entre outros dependentes; 
d) O valor da pensão alimentícia fixada decisão judicial; 
 
Tabela de aplicação: Os rendimentos indicados acima estão sujeitos à incidência do imposto 
na fonte, mediante aplicação de alíquotas da Tabela Progressiva, de acordo com a seguinte 
tabela: 
 
 
 
 91 
Tabela Progressiva para o cálculo do Imposto de Renda na Fonte e Carnê-Leão para 
pagamentos efetuados a partir de 1º de abril de 2015 
 
Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$) 
Até 1.903,98 - - 
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80 
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 
Acima de 4.664,68 27,5 869,36 
 
 
Valor por dependente: R$ 189,59 
 
IRRF inferior a R$ 10,00: Na hipótese do valor de IRRF resultar em valor inferior a R$ 
10,00 (dez reais), fica dispensada a fonte pagadora de efetuar a retenção quando se tratar de 
pagamento de salários e férias, exceto para o 13º salário. 
 
Assim, podemos executar os seguintes passos para cálculo do IRRF: 
 
01 Rendimentos tributáveis (+) 
02 Dedução de contribuição previdenciária (INSS) (-) 
03 Dedução de dependentes - Quantidade: 00 (-) 
04 Pensão alimentícia (-) 
05 Base de Cálculo do Imposto de Renda (=) 
06 Alíquota a ser aplicada (%) (x) 
07 Valor sem a parcela a deduzir (=) 
08 Parcela a deduzir (-) 
09 Valor do IRRF (=) 
 
Prazo de recolhimento: O IRRF será recolhido até o último dia útil do segundo decêndio do 
mês subsequente ao mês da ocorrência dos fatos geradores (até o dia 20, se este dia não for 
útil = antecipar), art. 70, da Lei nº 11.933, de 2009. 
 
 92 
9.7.3.1 Regime de competência 
 
São fontes pagadoras (empresas ou pessoas físicas) que efetuam o pagamento dos salários da 
competência dentro do próprio mês competência. Por exemplo, os salários de setembro, cujo 
adiantamento de salário é feito no dia 15/09 e o pagamento do salário em 30/09. 
 
Neste caso, o adiantamento de salário não estará sujeito à retenção na ocasião de seu 
pagamento, onde o IRRF será feito quando for pago os salários do mês na sua integralidade, 
ou seja, no último dia útil do mês. 
 
9.7.3.2 Regime de caixa 
 
São fontes pagadoras (empresas ou pessoas físicas) que efetuam o pagamento dos salários do 
mês competência na competência seguinte. Por exemplo, os salários de setembro, cujo 
adiantamento de salário é feito no dia 18/09 e o pagamento do salário é no dia 06/10 (5º dia 
útil do mês subsequente). 
 
Neste caso, o adiantamento de salário pago no dia 18/09 estará sujeito à IRRF na ocasião de 
seu pagamento e também quando for pago os salários do mês (no 5º dia útil do mês 
subsequente), descontando o valor o qual foi tributado no adiantamento, pois os pagamentos 
são feitos e apurados conforme a competência do pagamento. 
 
9.7.3.3 Exemplos de cálculos 
 
Exemplo 1 (Regime de Competência): 
Empregado com salário de R$ 5.200,00 por mês → empresa do regime de competência sendo 
o adiantamento do mês de outubro pago no dia 15 e o salário pago em 31/10, ou seja, 
adiantamento e salário pagos dentro do próprio mês → possui 2 dependentes. 
a) No Adiantamento não haverá retenção de IRRF. 
b) No Pagamento do salário haverá tributação conforme abaixo: 
 
 
 
 
 93 
01 Rendimentos tributáveis (+) R$ 5.200,00 
02 Dedução de contribuição previdenciária (INSS) (-) (- R$ 572,00) 
03 Dedução de dependentes - Quantidade: 02 (-) (- R$ 379,18) 
04 Pensão alimentícia (-) R$ 0,00 
05 Base de Cálculo do Imposto de Renda (=) R$ 4.248,82 
06 Alíquota a ser aplicada (%) (x) 22,50% 
07 Valor sem a parcela a deduzir (=) R$ 955,98 
08 Parcela a deduzir (-) (- R$ 636,13) 
09 Valor do IRRF (=) R$ 319,85 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário Outubro 
Descrição Qtde. Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês 30/30 R$ 5.200,00 R$ 5.200,00 
Adiantamento 40% R$ 2.080,00 R$ 2.080,00 
INSS s/ Salários 11% R$ 5.200,00 R$ 572,00 
IRRF s/ Salários 22,5% R$ 4.248,82 R$ 319,85 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
R$ 5.200,00 
Total Descontos 
R$ 2971,82 
 
Total Liquido => 
 
2,228,18 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês Base IRRF Faixa IRRF 
R$ 5.200,00 R$ 5.200,00 R$ 5.200,00 R$ 416,00 R$ 4.248,82 22,5% 
 
Total do Imposto de Renda Retido no Regime de Pagamento Competência →→→→ R$ 319,85 
 
Exemplo 2 (Regime de Caixa): 
Empregado com salário de R$ 5.200,00 por mês → empresa do regime de caixa → sendo pago 
o adiantamento de salário em 20/10 no valor de R$ 2.080,00 (40% de R$ 5.200,00) → sendo o 
salário de outubro pago em 06/11 → possui 2 dependentes. 
 
a) No Pagamento haverá retenção de IRRF conforme abaixo: 
01 Rendimentos tributáveis (+).... (Salário 5.200,00 – 
Adto 2.080,00) 
R$ 3.120,00 
02 Dedução de contribuição previdenciária (INSS) (-) (-R$572,00) 
03 Dedução de dependentes - Quantidade: 02 (-) (-R$ 379,18) 
04 Pensão alimentícia (-) 0,00 
05 Base de Cálculo do Imposto de Renda (=) R$ 2.168,82 
06 Alíquota a ser aplicada (%) (x) 7,5% 
07 Valor sem a parcela a deduzir (=) R$ 162,66 
08 Parcela a deduzir (-) (-R$ 142,80) 
09 Valor do IRRF (=) R$ 19,86 
 94 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário Outubro 
Descrição Qtde Valor 
 Unit./Base 
Crédito Débito 
Salário do Mês 30/30 R$ 
5.200,00 
R$ 5.200,00 
Desconto de Adiantamento R$ 2.080,00 
INSS s/ Salários 11% R$ 
5.200,00 
 R$ 572,00 
IRRF s/ Salários 7,5% R$ 
2.168,82 
 R$ 19,86 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
R$ 5.200,00 
Total 
Descontos 
R$ 2.705,56 
 
Total Liquido => 
 
2.494,44 
Salário Base Sal. Contr.INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês Base IRRF 
Faixa IRRF 
R$ 5.200,00 R$ 5.200,00 R$ 5.200,00 R$ 416,00 R$ 2.132,38 
7,5% 
 
b) No Adiantamento do salário haverá tributação conforme abaixo: 
01 Rendimentos tributáveis (+)....Saldo de salário mês 
anterior pago no 5º dia útil R$ 3.120,00 + R$ 2.080,00 de 
Adiantamento = R$ 5.2000 
R$ 5.200,00 
02 Dedução de contribuição previdenciária (INSS) (-) (- R$572,00) 
03 Dedução de dependentes - Quantidade: 02 (-) (-R$ 379,18) 
04 Pensão alimentícia (-) R$ 0,00 
05 Base de Cálculo do Imposto de Renda (=) R$ 4.248,82 
06 Alíquota a ser aplicada (%) (x) 22,5% 
07 Valor sem a parcela a deduzir (=) R$ 955,98 
08 Parcela a deduzir (-) (-R$ 636,13) 
09 Valor do IRRF (=) R$ 319,85 
10 Valor do IRRF descontado no adiantamento (-) R$ 19,86 
11 Valor do IRRF (=) R$ 299,99 
 
 
 
 
 
 
 
 
 95 
Demonstrativo de Pagamento de Salário Outubro 
Descrição Qtde Valor 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Adiantamento 40% R$ 2.080,00 R$ 2.080,00 
IRRF s/ Salários 22,5% R$ 4.248,82 R$ 299,96 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
R$ 2.080,00 
Total 
Descontos 
R$ 299,96 
 
Total Liquido => 
 
R$ 1.780,04 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês Base IRRF 
Faixa IRRF 
R$ 5.200,00 - - - R$ 4.248,82 
22,5% 
 
Total do Imposto de Renda Retido no Regime de Pagamento Caixa (no pagamento R$ 
19,86 + adiantamento R$ 299,96) →→→→ R$ 319,85 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na Folha Phoenix disponibilizamos através do sistema 
Contador Online a emissão dos Holerites Eletrônicos. 
 
 96 
 
 
 
 
 
 
O sistema Folha Phoenix disponibiliza as Tabelas de Incidências 
para o cálculo de salário- Família, Previdência Social e Imposto 
de Renda. 
 
 97 
 
 
 
 
O sistema Folha Phoenix disponibiliza o cadastro de 
Dependentes e Beneficiários para o IRRF, Salário-Família, 
Pensão Alimentícia e Convênio Assistência a Saúde. 
 98 
 CAPÍTULO X - FÉRIAS INDIVIDUAIS E COLETIVAS 
 
10.1. Direito 
 
A CF/88 assegura o "gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do 
que o salário normal" (art. 7º, XVII). Este direito é estendido a todos os empregados, seja 
rural e urbano, empregados domésticos, etc. 
 
10.2. Período aquisitivo e duração 
 
Nos termos do art. 130, da CLT, após cada período de 12 (doze) meses de vigência do 
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: 
 
Número de Faltas Injustificadas Férias (dias corridos) 
Até 5 30 
De 6 a 14 24 
De 15 a 23 18 
De 24 a 32 12 
A partir de 33 0 
 
O período aquisitivo é de 12 meses, por exemplo, se este período inicia em 12/09/2015 vai até 
11/09/2016, e verificará a quantidade de faltas injustificadas, computando para duração de 
gozo de férias. Veja a tabela como exemplo: 
 
Mês 
Aquisitivo Dia Inicial Dia Final Proporcionalidade 
Até 5 
faltas 
6 a 14 
faltas 
15 a 
23 
faltas 
24 a 
32 
faltas 
1º Mês 12/09/2015 A 11/10/2015 1/12 avos 2,5 dias 2 dias 
1,5 
dias 1 dia 
2º Mês 12/10/2015 A 11/11/2015 2/12 avos 5 dias 4 dias 3 dias 2 dias 
3º Mês 12/11/2015 a 11/12/2015 3/12 avos 7,5 dias 6 dias 
4,5 
dias 3 dias 
4º Mês 12/12/2015 a 11/01/2016 4/12 avos 10 dias 8 dias 6 dias 4 dias 
5º Mês 12/01/2016 a 11/02/2016 5/12 avos 12,5 dias 10 dias 
7,5 
dias 5 dias 
6º Mês 12/02/2016 a 11/03/2016 6/12 avos 15 dias 12 dias 9 dias 6 dias 
7º Mês 12/03/2016 a 11/04/2016 7/12 avos 17,5 dias 14 dias 
10,5 
dias 7 dias 
8º Mês 12/04/2016 a 11/05/2016 8/12 avos 20 16 dias 12 dias 8 dias 
 99 
dias 
9º Mês 12/05/2016 a 11/06/2016 9/12 avos 22,5 dias 18 dias 
13,5 
dias 9 dias 
10º Mês 12/06/2016 a 11/07/2016 10/12 avos 25 dias 20 dias 15 dias 10 dias 
11º Mês 12/07/2016 a 11/08/2016 11/12 avos 27,5 dias 22 dias 
16,5 
dias 11 dias 
12º Mês 12/08/2016 a 11/09/2016 12/12 avos 30 dias 24 dias 18 dias 12 dias 
 
Para os empregados contratados em tempo parcial, de acordo com o art. 130-A da CLT, terá 
direito a férias, na proporção indicada no quadro abaixo: 
 
 
 
Observação: 1) Não poderá descontar diretamente do período de férias as faltas do 
empregado ao serviço; 2) Não considerar faltas justificadas pela lei, e; 3) Não considerar 
descontos de DSR sobre faltas injustificadas. 
 
10.3 Perda do período aquisitivo 
 
Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo (art. 133, da CLT): 
 
a) permanecer em licença remunerada por mais de 30 (trinta) dias; 
b) deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude 
de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e t 
c) tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-
doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. 
Trabalho a Tempo Parcial - Escala Proporcional de Férias 
Jornada Semanal 
Contratada Período de Gozo de Férias 
acima de até até 7 faltas injustificadas 8 ou mais faltas injustificadas 
22 horas 25 horas 18 dias 9 dias 
20 horas 22 horas 16 dias 8 dias 
15 horas 20 horas 14 dias 7 dias 
10 horas 15 horas 12 dias 6 dias 
5 horas 10 horas 10 dias 5 dias 
Igual ou inferior a 5 horas 8 dias 4 dias 
 100
Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento de 
qualquer das condições previstas acima, retornar ao serviço. 
 
10.4. Período concessivo 
É o período regular de concessão das férias. A regra do art. 134, da CLT, dispõe que as férias 
serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses 
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Exemplo: 
Período aquisitivo: 17/11/2015 a 16/11/2016 → Período concessivo: 17/11/2016 a 16/11/2017 
 
 
10.5. Fracionamento 
Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três 
períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não 
poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. 
 
10.6. Inicio das férias 
Ao conceder as férias o empregador deverá observar que é vedado o início das férias no 
período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. 
A referida regra aplica-se as férias normais e coletivas, uma vez que a lei não faz qualquer 
distinção. 
 
10.7. Situações a serem observadas na concessão de férias 
 
a) Por ato do empregador: a época da concessão das férias será a que melhor consulte 
os interesses do empregador (art. 136, da CLT); 
b) Membros da mesma família: que trabalharem no mesmo estabelecimento ou 
empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se 
disto não resultar prejuízo para o serviço (art. 136, § 1º da CLT); 
c) O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos: terá direito a fazer coincidir 
suas férias com as férias escolares (art. 136, § 2º, da CLT); 
d) Pagamento em dobro: Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de 12 
meses subsequentes, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração (art. 
137, da CLT); 
e) Comunicação antecipada: A concessão das férias individuais deve ser comunicada 
 101
por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias mediante 
recibo (art. 135, da CLT). 
f) Anotação na CTPS e registro de empregados: O empregado não poderá entrar no 
gozo das férias sem que apresente ao empregador CTPS, para que nela seja anotada a 
respectiva concessão (arts. 41 e 135,§ 1º da CLT); 
g) Pagamento: o pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono de 
férias, serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. 
 
 
10.8 Abono pecuniário 
 
Dispõe o art. 143, da CLT, que é facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a 
que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias 
correspondentes, na seguinte proporção: 
 
Nº de dias de Férias Nº de dias 
(conversão de 1/3) 
Férias/limite de faltas 
Injustificadas 
20 10 30 dias - até 5 faltas 
16 8 24 dias - de 6 a 14 faltas 
12 6 18 dias - de 15 a 23 faltas 
8 4 12 dias - de 24 a 32 faltas 
 
No entanto, a legislação estabelece que o abono de férias deverá ser requerido pelo 
empregado até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo (art. 143, § 1º, da 
CLT). Se passar do prazo dependerá do consentimento do empregador. O empregador não 
pode determinar que as férias sejam com abono. 
 
10.9 Remuneração das férias 
 
Dispõe o art. 142, da CLT, que o empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que 
lhe for devida na data da sua concessão, acrescido de 1/3 do seu (art. 7º, XVII, da CF/88). O 
valor da remuneração das férias corresponde a base da remuneração mensal vigente na época 
de sua concessão, porém, acrescida do terço constitucional, devendo ser distribuída esta 
remuneração, nos dias que corresponde o gozo. 
 
Assim, para apurar a base de cálculo das férias, conforme a forma de pagamento de salário, 
apuramos da seguinte maneira: 
 102
a) Mensalista: considerar o salário do mês vigente; 
b) Horista: considerar jornada mensal e multiplicar pelo salário hora vigente (exemplo: 
220 horas x R$ 6,75 = R$ 1.485,00); 
c) Comissionista: apurar a média percebida de comissões ou outros valores variáveis 
nos 12 (doze) meses que precederem à concessão das férias. 
d) Adicionais fixos: adicionais como insalubridade e periculosidade por exemplo, 
considerar valor vigente; 
e) Adicionais variáveis: adicionais variáveis como horas extras e adicional noturno por 
exemplo, considerar o número de horas efetivamente prestadas no período aquisitivo e 
dividir por 12, aplicando-se o valor do salário-hora vigente. 
Exemplo de Pagamento de Férias 
 
RECIBO DE PAGAMENTO DE FÉRIAS 
 
Nome do Empregado: PAULO DA SILVA 
 
CTPS Nº: 000222 / Série 00566 - UF: SP 
 
Admissão: 10/04/2015 
 
Período Aquisitivo: 10/04/2015 a 9/04/2016 
 
 
Nº Faltas Injustificadas no Período: 00 
 
Período de Gozo: 11/06/2016 a 30/06/2016 
Dias: 20 
 
 
Abono Pec.: 01/07/2016 a 10/07/2016 
Dias: 10 
 
 
COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS (Art. 142, da CLT) 
 
Salário 
Contratual 
R$ 1.200,00 
Mensalista 
Salário Contratual 
Mensal 
R$ 1.200,00 
Adicionais/Valores 
Fixo Mensal 
R$ 400,00 
Salário Variável 
(Média) 
R$ 0,00 
 
Remuneração Base de Cálculo das Férias R$ 1.600,00 
 
FÉRIAS GOZADAS DO MÊS DE JUNHO/2016 
Descrição (Crédito/Débito) Qtde Base 
Calculo 
Crédito Débito 
Férias (20 dias) 
Terço Constitucional de Férias 
INSS s/ Férias 
20/30 
1/3 
9% 
1.600,00 
1.066,67 
1.422,23 
1.066,67 
355,56 
 
 
128,00 
 103
 
FÉRIAS GOZADAS DO MÊS DE JULHO/2016 
Descrição (Crédito/Débito) Qtde. Base Calc. Crédito Débito 
Abono Pecuniário Férias (10 
dias) 
1/3 s/ Abono Pecuniário Férias 
10/30 
1/3 
1.600,00 
533,33 
533,33 
177,78 
 
 
 
TOTAL DOS CRÉDITOS: 
2.133,34 
 
 
TOTAL DOS DÉBITOS: 
128,00 
 
 
LÍQUIDO: 
2.005,34 
Recebi de INDÚSTRIA DE ALIMENTOS S/A, inscrita no CNPJ nº 00.000.000/0000-00 a 
quantia líquida de R$ 2.005,34 (dois mil e cinco reais e trinta e quatro centavos), referente ao 
período de férias acima discriminado, com quitação na data abaixo. 
 
Marília-SP, 09 de junho de 2.016. 
 
_______________________________________ 
 Assinatura do(a) Empregado(a) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema Folha Phoenix disponibiliza o cálculo de Férias 
Individuais e Férias Coletiva. A emissão do Aviso de Férias, 
Recibo e a solicitação de Abono de Férias. 
 
 104
 
 
 
 
 
 
 
 
 105
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 106
10.10. Férias Coletivas 
 
Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de 
determinados estabelecimentos ou setores da empresa (art. 139, da CLT). 
 
10.10.1 Comunicação 
Para conceder férias coletivas, o empregador comunicará ao Ministério do Trabalho (exceto 
as empresas do Simples Nacional), com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas 
de início e fim das férias coletivas e enviará cópia da comunicação aos sindicatos 
representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos 
locais de trabalho (139, § 2º e § 3º, da CLT e Lei Complementar 123/2006). 
 
10.10.2 Empregados Contratados a menos de 12 meses 
Deverá ser observados que os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, 
na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo (art. 140, 
da CLT). 
 
 107
Exemplos: 
I) Férias Coletivas para empregados com menos de 12 meses serviço 
a) Direito superior aos dias de Férias Coletivas: Empregado contratado em 01.07.2016, a 
empresa irá conceder férias coletivas a partir do dia 23.12.2016 até 01.01.2017. 
- O direito adquirido do empregado constitui 06/12 avos, o que corresponde a 15 dias de 
férias; 
- As férias coletivas de 23.12.2016 a 01.01.2017 correspondem a 10 dias. 
O período aquisitivo desse empregado em questão não ficará quitado, uma vez que o direito 
adquirido é superior aos dias de férias coletivas. Assim, por ocasião das férias coletivas o 
empregado descansará 10 dias, restando 05 dias de saldo, os quais devem ser gozados em 
outra oportunidade, a critério do empregador, desde que dentro do período concessivo. 
Apesar de não ter quitado o total de dias de férias, iniciará um novo período aquisitivo a partir 
do dia 23.12.2016. 
 108
b) Direito inferior aos dias de Férias Coletivas: Empregado contratado em 01.10.2016, a 
empresa irá conceder férias coletivas a partir do dia 23.12.2016 até 01.01.2017. 
O direito adquirido do empregado constitui 3/12 avos, o que corresponde a 7,5 dias e meio de 
férias. 
- As férias coletivas de 23.12.2016 até 01.01.2017 corresponde a 10 dias. 
Então o empregado gozará apenas 7,5 dias e meio de férias, que é o direito adquirido até a 
data da concessão das férias coletivas. 
Todavia, caso não seja de interesse da empresa o retorno antecipado do empregado ao serviço 
em relação aos demais empregados, os 2,5 dias e meio excedentes ao direito adquirido, serão 
considerados como licença remunerada, ou seja, serão pagos como saldo de salário em folha 
de pagamento. 
Esses dias não poderão ser descontados posteriormente, seja em rescisão ou concessão de 
férias do próximo período aquisitivo. 
O período aquisitivo desse empregado ficará quitado, iniciando novo período aquisitivo a 
partir do dia 23.12.2016. 
 
10.10.3 Abono Pecuniário nas Férias Coletivas 
 
Em se tratando de férias coletivas, a conversão de 1/3 em abono pecuniário deverá ser objeto 
de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria 
profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono (art. 143, § 2º, 
da CLT). 
 109
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 110
CAPITULOXI – 13º SALÁRIO (GRATIFICAÇÃO NATALINA) 
 
A gratificação natalina (13º salário) é devida, anualmente, a todos os empregados urbanos, 
rurais e domésticos, inclusive, os trabalhadores avulsos (art. 7º, VIII, da CF/88, Leis 4.090/62 
e 4.749/65). 
 
11.1 Ocorrência, prazo e base de cálculo 
 
Iremos verificar as ocorrências do pagamento do 13º salário, os prazos de pagamento e como 
se calcula: 
 
OCORRÊNCIA 
▼ 
PRAZO P/ PAGAMENTO 
▼ 
FORMA DE CÁLCULO 
▼ 
13º salário - 1ª parcela 
(Adiantamento da 
gratificação) 
Entre os meses de fevereiro a 
novembro de cada ano. 
50% da remuneração do mês 
anterior ao seu pagamento e 
de uma só vez. 
13º salário - 2ª parcela 
(parcela final) 
No mês de dezembro, até o 
20. 
Com base na remuneração de 
dezembro, descontado o 
valor pago na 1ª parcela. 
Complemento de 
remuneração variável 
Até o 5º dia útil de janeiro do 
ano subsequente. 
Média da remuneração do 
mês de trabalho do ano 
inteiro, compensada o que foi 
apurado na 2ª parcela. 
Rescisão de contrato de 
trabalho, exceto na demissão 
do empregado por justa causa 
Conforme prazos de 
pagamento das rescisões 
conforme art. 477, § 2º, da 
CLT, observado os prazos 
anteriores. 
Com base na remuneração do 
mês da rescisão, descontado 
eventual valor pago na 1ª 
parcela. 
 
Observações: 
 
1) O empregador não estará obrigado a pagar o adiantamento, no mesmo mês, a todos os 
seus empregados; 
2) O adiantamento será pago ao ensejo das férias do empregado, sempre que este o 
requerer no mês de janeiro do correspondente ano. 
 
 
11.2 Cômputo de avos 
O 13º salário corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida, por mês de serviço, do ano 
correspondente e a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como 
mês integral (art. 1º, da Lei 4.090/62). E as faltas injustificadas serão deduzidas para este 
 111
efeito (art. 2º, da Lei 4.90/62). 
 
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 
Dias Trabalhados 31 28 31 30 31 30 31 31 30 31 30 31 
Avos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 
 
O período de afastamentos por doença não relacionada com trabalho (a partir do 16º dia), 
licença sem remuneração, serviço militar, aposentadoria por invalidez e outras suspensões do 
contrato não são computados na contagem de avos. Já os afastamentos por licença-
maternidade e acidente de trabalho nada influenciam nesta contagem, porém, o de acidente de 
trabalho, pode deduzir o que o INSS pagou até no limite do que é devido pela empresa 
(Súmula nº 46, do TST). 
 
Exemplo 1: Empregado admitido em 22 de janeiro→ Pagamento da 1ª parcela em 30 de 
novembro: 
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov 
Dias Trabalhados 10 28 31 30 31 30 31 31 30 31 30 
Avos - 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
Total de Avos: 10/12 
 
Exemplo 2 : Empregado admitido em 18 de março → pagamento da 2ª parcela em 20 de 
dezembro: 
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 
Dias Trabalhados 0 0 14 30 31 30 31 31 30 31 30 31 
Avos - - - 1 2 3 4 5 6 7 8 9 
Total de Avos: 9/12 
 
Exemplo 3: Empregado admitido em 14 de fevereiro com rescisão em 15 de outubro. Assim 
teremos: 
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out 
Dias Trabalhados 0 15 31 30 31 30 31 31 30 15 
Avos - 1 2 3 4 5 6 7 8 9 
Total de Avos: 9/12 
 
Exemplo 4: Empregado admitido no ano anterior, afastou-se dia 13 de março e a empresa 
pagou o salário integral dos 15 primeiros até 27 de março e ficou afastado até 22 de julho 
retornando no dia seguinte (23) → irá apurar o pagamento do 13º salário 1ª Parcela em 30 de 
novembro: 
 
 112
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov 
Dias Trabalhados 31 28 27 0 0 0 10 31 30 31 30 
Avos 1 2 3 - - - - 4 5 6 7 
Total de Avos: 7/12 
 
 
 
11.3 Exemplo de Cálculo 
 
A base de cálculo do 13º salário é a remuneração do empregado, atendendo os seguintes 
critérios, conforme a ocorrência do pagamento (art. 7º, VIII, CF/88). Veremos o exemplo: 
 
1ª Parcela: Empregado admitido em 26/03/2016 → será pago em 30/11/2016 → seu salário 
em outubro de 2016 é de R$ 1.000,00 por mês e o adicional de periculosidade (30%) é de R$ 
300,00 (R$ 1.000,00 x 30%) 
 
 
DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO DE 13º SALÁRIO 
 
 
Tipo de Pagamento: 1ª Parcela 
 
 
Ano Base: 2016 
 
Mês Jan Fe
v 
Ma
r 
Abr Ma
i 
Jun Ju
l 
Ag
o 
Se
t 
Ou
t 
No
v 
Dez 
Dias Trabalhados 0 0 6 30 31 30 31 31 30 31 30 - 
Avos 0 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 - 
 
Salário 
Contratual 
R$ 1.000,00 - 
Mensalista 
 
Salário Cont. 
Mensal 
R$ 1.000,00 
 
Adicionais/Valores Fixo 
Mensal 
R$ 300,00 
 
Salário/Rem. 
Variável 
R$ 0,00 
 
 
Remuneração Base de Cálculo do 13º Salário Vigente em OUTUBRO/16 
R$ 1.300,00 
 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Bas
e 
Crédito Débito 
13º Salário - 1ª Parcela (50%) 8/12 1.300,00 433,34 
 
FGTS do Mês (433,34 x 8%): 34,67 
Total de 
Vencimentos 
433,34 
Total de 
Descontos 
0,00 
 
Total Liquido => 
 
 
433,34 
 
 113
 
2ª Parcela: será pago em 20/12/2016 → seu salário em dezembro de 2016 já é de R$ 1.200,00 por 
mês e o adicional de periculosidade é de R$ 360,00 (R$ 1.200,00 x 30%) 
 
DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO DE 13º SALÁRIO 
 
 
Tipo de Pagamento: 2ª Parcela 
 
 
Ano Base: 2016 
 
Mês Jan Fe
v 
Ma
r 
Abr Ma
i 
Jun Ju
l 
Ag
o 
Se
t 
Ou
t 
No
v 
Dez 
Dias Trabalhados 0 0 6 30 31 30 31 31 30 31 30 31 
Avos 0 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 
 
Salário Contratual 
R$ 1.200,00 - 
Mensalista 
 
Salário Cont. 
Mensal 
R$ 1.200,00 
 
Adicionais/Valores Fixo 
Mensal 
R$ 360,00 
 
Salário/Rem. 
Variável 
R$ 0,00 
 
 
Remuneração Base de Cálculo do 13º Salário Vigente em DEZEMBRO/16 
R$ 1.560,00 
 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Bas
e 
Crédito Débito 
13º Salário - 2ª Parcela 9/12 1.560,00 1.170,00 
Desc. 1ª Parcela 433,34 
INSS s/ 13º Salário 8% 1.170,00 93,60 
 
FGTS do Mês (1.170,00 - 433,34 = 736,66 x 8%): 58,93 
Total de 
Vencimentos 
1.170,00 
Total de 
Descontos 
526,94 
 
Total Liquido => 
 
 
643,06 
 
 114
 
 
 
 
 
 
 
 
No sistema Folha Phoenix temos como parametrizar 
informações para ajuste e processamento do 13 salário. Como 
por exemplo: pagar 13ª salário complementar e também não 
calcular 13ª salário já antecipado em outra competência. 
 
 115
 
 
 
 
 
 
Disponibilizamos a opção da Solicitação da 1ª parcela do 13 
salário nas Férias. 
 
 116
CAPÍTULO XII - RESCISÃO CONTRATUAL 
 
Neste capítulo abordamos as principais hipóteses de rescisão contratual, sua natureza e 
requisitos, as verbas rescisórias devidas em cada uma delas e exemplos de cálculo. 
 
 
12.1 Rescisão contratual por justa causa 
 
A justa causa é a sanção aplicada a todo ato faltoso grave, praticado por uma das partes 
(empregado ou empregador), que autorize a outra a rescindir o contrato de trabalho, sem ônus 
para o denunciante. 
 
12.1.1 De iniciativa do empregador 
 
A justa causa de iniciativa do empregador é considerada a penalidade capital trabalhista, tida 
como de extrema medida, suficientemente séria, a ponto de impedir a continuidade da relação 
de trabalho. É uma penalidade que pode macular (sujar) a vida profissional do empregado, 
onde talvez possa comprometer sua reinserção no mercado de trabalho, e ainda, trazendo 
graves consequências financeiras e sociais, já que além de diminuir o montante das verbas 
rescisórias. 
A previsão legal da justa causa está descrita no art. 482, da CLT, e na legislação esparsa e em 
outros artigos da CLT com previsões relativas à dispensa por justo motivo. 
 
Para constituição da justa causa a doutrinatrabalhista estabelece 3 (três) requisitos: 
1) Objetivos: previsão legal, prova inequívoca, autoria e gravidade; 
 
2) Subjetivos: existência de dolo (intencional) ou culpa (negligência, 
imprudência e imperícia); 
 
3) Circunstanciais: proporcionalidade entre a gravidade e a punição, punições 
progressivas, imediatidade, unicidade e inalteração de punição, ausência de 
discriminação e perdão. 
Nos termos do art. 482, da CLT, são motivos que ensejam a demissão do empregado por justa 
causa: 
 117
a) Ato de improbidade: Improbidade é todo ato de desonestidade, ato contrário aos bons 
costumes, à moral, à lei. São de improbidade os atos praticados contra o patrimônio do 
empregador ou de terceiros, com a finalidade de auferir alguma vantagem para si ou outrem, 
causando prejuízo, real ou potencial a outrem, através da relação de emprego; 
 
b) Incontinência de conduta ou mau procedimento: 1) Incontinência de conduta consiste 
na conduta imoderada, inadequada e culposa do empregado que atinja a moral sob o ponto de 
vista sexual, prejudicando o ambiente de trabalho ou suas obrigações em relação ao contrato 
de trabalho; 2) Mau procedimento é a conduta culposa ou dolosa do empregado que atinja a 
moral, sob o ponto de vista geral, excluído o sexual, prejudicando o ambiente de trabalho ou 
suas obrigações em relação ao contrato de trabalho; 
 
c) Negociação habitual: Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do 
empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o 
empregado, ou for prejudicial ao serviço; 
 
d) Condenação criminal: Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não 
tenha havido suspensão da execução da pena (susis); 
 
e) Desídia no desempenho das respectivas funções: Significa desleixo, preguiça, 
indolência, negligência, omissão, descuido, incúria, desatenção, indiferença, desinteresse, 
relaxamento, falta de exação no cumprimento do dever, má vontade, estando a falta ligada ao 
efetivo exercício das respectivas funções; 
 
f) Embriaguez habitual ou em serviço: 1) A embriaguez habitual é quando o empregado usa 
bebida alcoólica de forma crônica e habitual, fora do serviço, se serve rotineiramente de 
bebidas alcoólicas e se embriaga, por vício, expondo-se à admiração pública e expondo 
negativamente o nome da empresa que o mantém como empregado. 2) A embriaguez em 
serviço é evidenciada por um só episódio dessa natureza, quando o empregado se apresenta ao 
serviço embriagado ou faz uso da bebida durante o expediente. 
 
g) Violação de segredo da empresa: É a divulgação não autorizada de patentes de invenção, 
métodos de execução, fórmulas comercial e, enfim, de todo fato, ato ou coisa que, de uso ou 
conhecimento exclusivo da empresa, não possua ou não deverá ser tomado público, sob pena 
 118
de causar prejuízo remoto, provável e imediato a empresa; 
 
h) Ato de indisciplina ou de insubordinação: 1) Indisciplina é o descumprimento por parte 
do empregado de regras, diretrizes ou de ordens dadas pelo empregador ou de seus gerentes, 
diretores ou chefias, de forma impessoal; 2) Insubordinação acontece quando as 
circunstâncias da indisciplina acontecem, mas de forma pessoal; 
 
i) Abandono de emprego: consiste no real afastamento injustificado do serviço por um 
extenso período ou na intenção, ainda que implícita, de abandoná-lo A lei não fixou prazo 
acerca do qual estará configurado o abandono de emprego. Todavia, o Tribunal Superior do 
Trabalho estabeleceu: 
 
Súmula nº 32 - Abandono de Emprego - Nova redação - Res. 121/2003, DJ 
21.11.2003. Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não 
retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício 
previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer. 
 
j) Ato lesivo contra qualquer pessoa: ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no 
serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de 
legítima defesa, própria ou de outrem; 
 
k) Ato lesivo contra empregador: ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas 
praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, 
própria ou de outrem; 
 
l) Prática constante de jogos de azar: Jogo de azar é aquele em que o ganho e a perda 
dependem exclusiva ou principalmente de sorte, se valendo do jogo do bicho, do bingo e do 
jogo de cartas, como o poker, por exemplo. 
 119
 
DIREITOS DO EMPREGADO NA RESCISÃO POR 
JUSTA CAUSA 
• Saldo de Salário 
• Férias Vencidas (se houver) 
 
Dessa maneira, o empregado demitido por justa causa perde o direito de receber o aviso 
prévio (art. 487, da CLT), o 13º salário (art. 3º, da Lei 4.090/62), férias proporcionais, o saque 
imediato do FGTS e a indenização dos 40% e o seguro desemprego (Lei 7.998/90). 
 
12.1.2 De iniciativa do empregado (rescisão indireta) 
 
Nos termos do art. 483, da CLT, o empregado poderá considerar rescindido o contrato e 
pleitear a devida indenização quando: 
a) Forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons 
costumes, ou alheios ao contrato; 
b) For tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; 
c) Correr perigo manifesto de mal considerável; 
d) Não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 
e) Praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato 
lesivo da honra e boa fama; 
f) O empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima 
defesa, própria ou de outrem; 
g) O empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar 
sensivelmente a importância dos salários. 
 
 O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver 
de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço. 
 
 No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao 
empregado rescindir o contrato de trabalho. 
 
 Nas hipóteses das letras "d" e "g" acima, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu 
contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no 
serviço até final decisão do processo. 
 120
 
DIREITOS DO EMPREGADO NA RESCISÃO INDIRETA 
• Saldo de salário 
• Aviso prévio indenizado 
• 13º salário proporcional 
• 13º salário indenizado (c/ data de projeção do aviso) 
• Férias vencidas + 1/3 (se houver) 
• Férias proporcionais + 1/3 (c/ data de projeção do aviso) 
• Saque do FGTS + multa de 40% 
• Seguro-desemprego (se preencher requisitos). 
 
 
12.2 Rescisão contratual sem justa causa 
 
Na rescisão do contrato de trabalho sem justa causa, ocorrem normalmente quando o contrato 
de trabalho vigora por prazo indeterminado. É por iniciativa do empregador ou do empregado, 
sem que o empregado ou o empregador, tenha dado motivo justo respectivamente. 
 
 
12.3 Garantias de emprego (estabilidade) 
 
Caso a dispensa sem justa causa seja de iniciativa do empregador, deve-se observar de o 
empregado é portador de garantia de emprego ou estabilidade. 
 
São principais causas de garantias de emprego: Acidente de Trabalho - 12 meses após o 
retorno do benefício do auxílio-doença acidentário (art. 118 da Lei 8.213/91); Cipa - 1 ano 
após o fim do mandato (art. 10, inciso II, alínea "a" do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias - ADCT da CF/88); Dirigente Sindical - 1 ano após o fim do mandato (art. 8º, 
inciso VIII da CF/88 e art. 543 da CLT); Gestante - desde a confirmação da sua gravidez até 5 
meses após o parto (art. 10, II, "b" do ADCT). 
 
 
12.4 Aviso prévio 
 
Nos termos do art. 7º, XXI, da CF/88 e art. 487, da CLT, nos contratos de trabalho à prazo 
indeterminado rescisão, a parte (empregador ou empregado)que sem justo motivo, quiser 
 121
rescindir o contrato, deverá avisar a outra da sua resolução, com a antecedência mínima de 30 
(trinta) dias. 
 
Dias proporcionais Lei nº 12.506/11: Essa Lei determina que para os empregados com mais 
de 1 (um) ano de serviço na mesma empresa deverão ser acrescidos 3 (três) dias para cada 
ano, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. 
 
Observa-se que o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou a Nota Técnica 
CGRT/SRT/MTE nº 184/12, onde aderiu-se à tese de que a Lei nº 12.506/11 veio para 
beneficiar o trabalhador, exigindo, portanto, o procedimento mais favorável a este: “o 
empregado cumpre 30 dias e o empregador indeniza os dias de acréscimos. E ainda, o aviso 
prévio proporcional aplica-se apenas nos casos em que o empregado é dispensando pelo 
empregador. Portanto, no pedido de demissão o aviso prévio limita-se a 30 dias. 
 
Contagem: O prazo de 30 (trinta) dias correspondente ao aviso prévio conta-se a partir do dia 
seguinte ao da comunicação, que deverá ser formalizada por escrito. 
 
Projeção do aviso prévio: A projeção normal do período do aviso prévio, inclusive o 
acréscimo de dias devido a Lei n° 12.506/11, deve ser considerada normalmente para fins de 
cálculo de férias e 13º salário e ainda, a Indenização Lei nº 7.238/84 (dispensa que antecede o 
mês data-base). Inclusive a Nota Técnica nº 184/12 CGRT/SRT/MTE determina a sua 
projeção para todos os fins. 
 
Redução: Durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, é 
facultado ao empregado trabalhar reduzir de 2 (duas) horas diárias do horário normal de 
trabalho ou optar faltar ao serviço por 7 (sete) dias corridos, ambas as situações sem prejuízo 
do salário integral (art. 488, da CLT). 
 
Reconsideração: Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o 
respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra 
parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Se aceita a reconsideração ou continuando a 
prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio 
não tivesse sido dado (art. 489, da CLT). 
 
 122
 
Justa causa no curso do aviso prévio: 1) O empregador que, durante o prazo do aviso prévio 
dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao 
pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da 
indenização que for devida; 2) O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer 
qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao 
restante do respectivo prazo. (arts. 490 e 491, da CLT). 
 
 Falta de aviso prévio pelas partes: Se o empregador ou o empregado não concederem o 
aviso prévio, sofrerão as seguintes sanções: 
 
a) Pelo empregador: A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado 
o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração 
desse período no seu tempo de serviço para todos os efeitos legais (art. 487, §§ 1º e 6º, 
da CLT). Assim, o empregado terá direito ao aviso prévio indenizado na rescisão de 
contrato de trabalho; 
 
Sempre que ocorrer esta hipótese, para cálculo dos direitos trabalhistas como 13º 
salário e férias proporcionais por exemplo, projetar para este efeito mais 30 dias da 
data da dispensa, contado do dia seguinte da dispensa. 
Por exemplo: Se a data da dispensa foi em 17/09/2016 → a data da projeção será até 
17/10/2016, ou seja, computou-se mais 30 dias contados a partir de 18/09. 
 
b) Pelo empregado: A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o 
direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo (art. 487, § 2º, da 
CLT). Assim, o empregador poderá descontar o valor do aviso prévio, tendo caráter de 
meramente de desconto. 
 
Dessa maneira, para cálculo de ambas as situações deverão ser integradas na base de cálculo 
todas as parcelas salariais, como salário contratual (por mês ou por hora), comissões (média 
dos últimos 12 meses), horas extras e adicional noturno (média dos últimos 12 meses), 
adicionais (valor ou percentual vigente), etc. na proporção de 30 dias ou valor proporcional 
quando o cumprimento do aviso prévio for menor. 
 
 123
 
12.5 Direitos na rescisão contratual sem justa causa 
 
Veremos os direitos quando a rescisão contratual sem justa causa for de iniciativa do 
empregador e empregado, com ou sem a concessão de aviso prévio: 
 
DISPENSA SEM JUSTA CAUSA DE INICIATIVA DO 
EMPREGADOR COM AVISO PRÉVIO TRABALHADO 
• Saldo de salário 
• 13º salário proporcional 
• Férias vencidas + 1/3 (se houver) 
• Férias proporcionais + 1/3 
• Saque do FGTS + multa de 40% 
• Seguro-desemprego (se preencher requisitos). 
 
DISPENSA SEM JUSTA CAUSA DE INICIATIVA DO 
EMPREGADOR COM AVISO PRÉVIO INDENIZADO 
• Saldo de salário 
• Aviso prévio indenizado 
• 13º salário proporcional 
• 13º salário indenizado (c/ data de projeção do aviso) 
• Férias vencidas + 1/3 (se houver) 
• Férias proporcionais + 1/3 (c/ data de projeção do aviso) 
• Saque do FGTS + multa de 40% 
• Seguro-desemprego (se preencher requisitos). 
 
PEDIDO DE DEMISSÃO DO EMPREGADO COM AVISO 
PRÉVIO TRABALHADO 
• Saldo de salário 
• 13º salário proporcional 
• Férias vencidas + 1/3 (se houver) 
• Férias proporcionais + 1/3 (c/ data de projeção do aviso) 
 
Observação: Se o empregado não conceder o aviso prévio, sofrerá o desconto 
correspondente ao período. 
 
12.6 Rescisão contratual de contrato de trabalho por prazo determinado 
 
Como já vimos, os contratos de trabalho por prazo determinado (de experiência por exemplo) 
há uma data prevista para seu término. Atingido o termo final avençado, o contrato se 
 124
extingue automaticamente independentemente da manifestação de qualquer das partes. 
Mesmo assim, se o empregador ou empregado não queiram dar continuidade no contrato, 
recomenda-se utilizar da notificação escrita pela parte interessada até o último dia previsto da 
vigência do contrato. 
 
No caso de contrato de trabalho que tenha prazo estipulado, tanto o empregador como o 
empregado, poderão rescindir o contrato, inclusive antes do respectivo término. 
 
DIREITOS NA RESCISÃO CONTRATUAL DE CONTRATO DE 
TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO 
• Saldo de salário 
• 13º salário proporcional 
• Férias vencidas + 1/3 (se houver) 
• Férias proporcionais + 1/3 
• Saque do FGTS 
 
Pode ocorrer a rescisão contratual de forma antecipada, tanto de iniciativa do empregador, 
como do empregado, veremos suas implicações. 
 
 
12.6.1 Rescisão contratual antecipada de iniciativa do empregador 
 
Além dos demais direitos relacionados abaixo, nos termos do art. 479, da CLT, nos contratos 
que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será 
obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito 
até o termo do contrato. 
 
Regras de Cálculo 
 
1) Apurar a quantidade de dias faltantes para o término do contrato de trabalho por 
prazo determinado. Exemplo: data da rescisão 05/11/2016 e data do término do 
contrato 30/11/2016 = 25 dias; 
2) Considerar remuneração mensal, dividir por 30 e multiplicar pelos dias faltantes. 
Exemplo: remuneração mensal R$ 1.200,00 (R$ 1.200,00 ÷ 30 x 25 = R$ 
1.000,00); 
 125
3) Do valor resultante do item “b” aplicar 50% (R$ 1.000,00 x 50% = R$ 500,00). 
 
DIREITOS NA RESCISÃO CONTRATUAL ANTECIPADA DE 
INICIATIVA DO EMPREGADOR DO CONTRATO DE TRABALHO 
POR PRAZO DETERMINADO 
• Saldo de salário 
• 13º salário proporcional 
• Férias vencidas + 1/3 (se houver) 
• Férias proporcionais + 1/3 
• Indenização do art. 479, da CLT 
• Saque doFGTS + multa de 40% 
• Seguro-desemprego (se preencher requisitos). 
 
 
 
12.6.2 Rescisão contratual antecipada de iniciativa do empregado 
 
Nos termos do art. 480, da CLT, nos contratos por prazo determinado, o empregado não se 
poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o 
empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. 
A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em 
idênticas condições, ou seja, na forma com que foi calculado a indenização do art. 479 no 
item anterior. 
 
DIREITOS NA RESCISÃO CONTRATUAL ANTECIPADA DE 
INICIATIVA DO EMPREGADO DO CONTRATO DE TRABALHO 
POR PRAZO DETERMINADO 
• Saldo de salário 
• 13º salário proporcional 
• Férias vencidas + 1/3 (se houver) 
• Férias proporcionais + 1/3 
• Desconto da indenização do art. 480, da CLT (se for o caso) 
 
 
Cláusula assecuratória 
Nos termos do art. 481, da CLT, aos contratos por prazo determinado, que contiverem 
cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, 
aplica-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a 
rescisão dos contratos por prazo indeterminado. Assim, no lugar da indenização do art. 479 ou 
 126
480, da CLT, entra a figura do aviso prévio. 
 
12.7 Rescisão contratual por acordo entre empregador e empregado 
 
O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em 
que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: 
I - por metade: 
a) o aviso prévio, se indenizado; e 
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1o 
do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; 
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. 
 
A rescisão por acordo entre empregador e empregado a movimentação da conta vinculada do 
trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço fica, limitada até 80% (oitenta por 
cento) do valor dos depósitos. 
E ainda, a extinção do contrato por acordo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-
Desemprego. 
 
Direitos na rescisão contratual por acordo entre empregador e empregado 
• Saldo de salário 
• 13º salário proporcional 
• Férias vencidas + 1/3 (se houver) 
• Férias proporcionais + 1/3 
• Metade do Aviso Prévio indenizado 
• Saque de 80% do FGTS + metade da multa do FGTS. 
 
 
12.8 Outros tipos de rescisão contratual 
 
Extinção automática: Ocorre na falência, concordata ou dissolução da empresa, cujo direitos 
trabalhistas são semelhantes a uma dispensa sem justa causa de iniciativa do empregador. 
Acontece também na aposentadoria compulsória, mas neste caso, não há a multa de 40% do 
FGTS; 
 
Falecimento do empregado: Ocorre no falecimento do empregado. Os direitos trabalhistas 
serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na 
 127
forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores 
previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou 
arrolamento. Os direitos trabalhistas na ocasião desta modalidade de rescisão contratual são 
semelhantes a um pedido de demissão, mas há o saque do FGTS e não há a figura do aviso 
prévio. 
Culpa Recíproca: Se ambas as partes, empregador e empregado, têm a sua parcela de culpa 
pela rescisão do contrato de trabalho, por agirem de forma faltosa (justa causa) na condução 
da relação de emprego a ponto de justificar o seu rompimento, os dois devem arcar por igual 
com os ônus da rescisão. Em tal situação, é justo que se conceda ao empregado apenas a 
metade dos seus direitos rescisórios, (art. 484, da CLT e Súmula nº 14, do TST). 
 
 
12.9 - Prazos de pagamento da rescisão 
 
Nos termos do art. 477da CLT, o pagamento das parcelas constantes do instrumento de 
rescisão de contrato de trabalho deverá ser efetuado: 
 
I - em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, conforme acordem as partes; ou 
II - em dinheiro ou depósito bancário quando o empregado for analfabeto. 
 
A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção 
contratual bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou 
recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato. 
 
 
12.10 Exemplos de cálculo dos direitos trabalhistas na rescisão 
 
Veremos exemplos de cálculo de alguns tipos de rescisão contratual que aprendemos 
anteriormente. 
 
Exemplo 1: Admissão do empregado: 02/02/2015 → Jornada semanal: 44 horas → Tipo de 
rescisão: Pedido de demissão sem justa causa do empregado → Data da rescisão: 17/09/2016 
→ Tipo de aviso prévio: Descontado (não cumprido) → Salário: R$ 1.350,00 por mês → as 
férias correspondentes ao período aquisitivo 02/02/2015 a 01/02/2016 não foram concedidas: 
 128
 
 
Demonstrativo de Verbas Rescisórias 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Saldo de salário 17/30 1.350,00 765,00 
13º salário proporcional 9/12 1.350,00 1.012,50 
Férias vencidas 12/12 1.350,00 1.350,00 
Férias proporcionais 8/12 1.350,00 900,00 
1/3 s/ Férias Indenizadas 1/3 2.250,00 750,00 
Desconto do aviso prévio 30/30 1.350,00 1.350,00 
INSS s/ Salários 8% 765,00 61,20 
INSS s/ 13º salário 8% 1.012,50 81,00 
 
 
Total 
Vencimentos 
4.777,50 
Total 
Descontos 
1.492,20 
Total 
Liquido => 
3.285,30 
 
Nota: Neste exemplo não calculamos o IRRF sobre férias (Vide Solução de Divergência 
nº 1, de 2 de janeiro de 2009 - Não tributação de IRRF férias indenizadas na Rescisão). 
 
Observações: 
• O cálculo de avos do 13º salário proporcional foram computados da forma 
abaixo, sendo que o mês de setembro preencheu a regra da fração igual ou 
superior a 15 dias: 
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set 
Avos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 
 
• Os avos de férias vencidas foram por 12 meses completos (02/02/2015 a 01/02/2016), 
portanto: 12/12 avos. Os avos de férias proporcionais foram computados 08/12 avos 
da forma abaixo, sendo que o último mês período aquisitivo 02/09/2016 a 17/09/2016 
preencheu a regra da fração igual ou superior a 15 dias: 
Mês Aquisitivo Avos 
02/02/2015 a 01/03/2015 1/12 
02/03/2015 a 01/04/2015 2/12 
02/04/2015 a 01/05/2015 3/12 
02/05/2015 a 01/06/2015 4/12 
02/06/2015 a 01/07/2015 5/12 
02/07/2015 a 01/08/2015 6/12 
02/08/2015 a 01/09/2015 7/12 
02/09/2015 a 17/09/2015 8/12 
 129
 
• O FGTS do mês, incidentes sobre o saldo de salário e 13º salário proporcional, serão 
recolhidos na GRF até o dia 7 do mês subsequente ao mês da rescisão. 
 
Exemplo 2: Admissão do empregado: 09/05/2015 → Jornada semanal: 44 horas → Tipo de 
rescisão: Dispensa sem justa causa de iniciativa do empregador → Data da demissão: 
22/11/2016 → Tipo de aviso prévio: Indenizado → Data da projeção do aviso prévio 
indenizado: 24/12/2016 (+ 30 dias + 03 dias proporcionais, contados a partir de 23/11) → 
Salário: R$ 3.500,00 por mês → as férias correspondentes ao período aquisitivo 09/05/2015 a 
08/05/2016 não foram concedidas → possui 2 dependentes: 
Demonstrativo de Verbas Rescisórias 
Descrição Qtd
e. 
Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
Saldo de salário 22/30 R$ 3.500,00 R$ 2.566,67 
Aviso Prévio Indenizado 30/3
0 
R$ 3.500,00 R$ 3.500,00 
Aviso Prévio Proporcional 03/3
0 
 R$ 
3.500,00 
R$ 350,00 
13º salário proporcional 11/1
2 
R$ 3.500,00 R$ 3.208,33 
13º salário indenizado 1/12 R$ 3.500,00 R$ 291,67 
Férias vencidas 12/1
2 
R$ 3.500,00 R$ 3.500,00 
Férias proporcionais 8/12 R$ 3.500,00 R$ 2.333,33 
1/3 s/ Férias Indenizadas 1/3 R$ 5.833,33 R$ 1.944,44 
INSS Salário (saldo sal.+ aviso 
prévio33 dias) 
11% R$ 4.663,75 R$ 513,01 
INSS s/ 13º salárioProporc. 11% R$ 3.208,33 R$ 352,92 
IRRF s/ salário - R$ 1.694,24 R$ 0,00 
IRRF s/ 13º sal. (13º Proporc. + 13º 
Ind.) 
15% R$ 2.787,67 R$ 83,12 
 
 
Total 
Vencimentos 
R$ 17.694,44 
Total 
Descontos 
R$ 949,05 
 
Total 
Liquido => 
 
 
R$ 
16.745,39 
Nota: Neste exemplo não calculamos o IRRF sobre férias (Vide Solução de Divergência 
nº 1, de 2 de janeiro de 2009 - Não tributação de IRRF férias indenizadas na Rescisão). 
 
 
 130
 
Observações: 
• O cálculo de avos do 13º salário proporcional foi computado da forma abaixo até 
a data de demissão (22/11/2016), sendo que o mês de novembro preencheu a regra 
da fração igual ou superior a 15 dias: 
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov 
Avos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 
 
• O cálculo de avo do 13º salário indenizado foi computado da forma abaixo até a 
data da projeção do aviso prévio indenizado (24/12/2016), sendo que o mês de 
dezembro preencheu a regra da fração igual ou superior a 15 dias: 
Mês Dez 
Avos 1 
 
• Os avos de férias vencidas foram por 12 meses completos (09/05/2015 a 08/05/2016), 
portanto: 12/12 avos. Os avos de férias proporcionais 08/12 avos (09/05/2016 a 
24/12/2016) foram computados da forma abaixo, sendo que o último mês do período 
aquisitivo 09/05/2016 a 24/12/2016 preencheu a regra da fração igual ou superior a 15 
dias: 
Mês Aquisitivo Avos 
09/05 a 08/06 1/12 
09/06 a 08/07 2/12 
09/07 a 08/08 3/12 
09/08 a 08/09 4/12 
09/09 a 08/10 5/12 
09/10 a 08/11 6/12 
09/11 a 08/12 7/12 
09/12 a 24/12 8/12 
 
• O FGTS do mês e a multa de 40%, incidentes sobre o saldo de salário e 13º salário 
proporcional e o saldo para fins rescisórios, serão recolhidos na GRFC até o dia 
01/12/2016 (10 dias contados da data da demissão). 
 
 
 
 
 
 131
 
 
 
 
 
No processo rescisório o sistema Folha Phoenix disponibiliza os 
arquivos para GRRF, Seguro Desemprego, Darf entre outras 
opções que envolvam o processo. 
 
 132
 
 
 
 
 
 
 
 
 133
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 134
CAPÍTULO XIII - CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA E DO FGTS DA EMPRESA 
 
13.1 Contribuição previdenciária patronal e outras entidades 
 
Além de descontar e repassar o INSS descontado do empregado a empresa tem, basicamente, 
as seguintes obrigações: 
 
a) Contribuição previdenciária patronal: Conhecido com o “INSS Empresa”, a empresa é 
obrigada a arrecadar 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou 
creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos 
que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho. Instituição financeira é de 22,5%; 
 
b) Riscos Ambientais do Trabalho (RAT): Sobre o total das remunerações pagas ou 
creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: 
 
I - 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de 
acidentes do trabalho seja considerado leve; 
II - 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja 
considerado médio; 
III - 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja 
considerado grave. 
 
O percentual da alíquota RAT é feita por CNAE (Código Nacional de Atividade Econômica) 
da empresa, podendo ser consultado no Anexo I, da Instrução Normativa RFB nº 1.027/2010. 
(http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2010/Anexo_I_INRFB102720
10.doc). 
 
A partir da competência janeiro/2010, estes percentuais do RAT sofrem influência do FAP, 
podendo ser reduzidos ou majorados (art. 10 da Lei 10.666/2003), cujo índice pode ser de 
0,5000 a 2,0000. Cada empresa tem seu índice do qual a Previdência Social e Receita Federal 
do Brasil fornecem este índice. Vamos supor que a alíquota RAT da empresa é de 3% e o 
FAP é de 1,5275, assim, a alíquota RAT será de 4,5825%. 
 
c) Outras Entidades (Terceiros): As contribuições destinadas a outras entidades ou fundos 
 135
incidem sobre a mesma base de cálculo utilizada para o cálculo das contribuições destinadas à 
Previdência Social. As entidades ou fundos para as quais o sujeito passivo deverá contribuir 
são definidas em função de sua atividade econômica, e as respectivas alíquotas são 
identificadas mediante o enquadramento desta na Tabela de Alíquotas de acordo com código 
denominado Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS), conforme Anexo II, da 
Instrução Normativa RFB nº 971/2009, alterado pela Instrução Normativa RFB nº 
1.238/2012. 
(http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2012/IN1238/Anexo1INRFB1
2382012.doc) 
 
As empresas do Simples Nacional (Lei Complementar 123/2006) estão isentas destas 
contribuições, porém, as que estão enquadradas no anexo IV terão que contribuir com a 
contribuição previdenciária patronal (INSS e Empresa) e alíquota RAT. 
 
Exemplo: Vamos supor que a remuneração do mês de um empregado na competência 
07/2016 seja de R$ 1.400,00, além do valor do INSS a ser descontado do empregado, iremos 
apurar os valores para preenchimento da GPS abaixo: 
 
Contribuição Previdenciária Patronal (INSS Empresa): 
Alíquota RAT (grau médio e FAP 1,6540): 
Outras Entidades (Terceiros): 
INSS descontado do empregado: 
TOTAL: 
 
 
 136
13.2 FGTS 
 
Todos os empregadores ficam obrigados a depositar o FGTS, até o dia 7 (sete) de cada mês, 
em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% (oito por cento) da 
remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, conforme relação de 
incidências no item 8.6. Diretor não empregado é opcional. 
 
Tratando-se de contratos de aprendizagem, conforme disposição da Lei nº 10.097/2000, a 
alíquota do FGTS corresponde a 2%. 
 
O recolhimento ao FGTS para empregado doméstico passou a ser obrigatório a partir de 
1º/10/2015 (Lei Complementar 150/2015). 
 
 
 137
CAPÍTULO XIV - OBRIGAÇÕES MENSAIS E ANUAIS DO EMPREGADOR 
 
 
O empregador tem obrigação de prestar informações de seus empregados ao Ministério do 
Trabalho, Previdência Social, Caixa Econômica Federal e a Receita Federal do Brasil, são 
eles: 
 
 
14.1 Obrigações mensais 
 
a) CAGED: O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Lei nº 4923/65) institui o 
registro permanente de admissões e desligamentos de empregados sob o regime da CLT, 
devendo informar ao Ministério do Trabalho e Emprego todo estabelecimento que tenha 
admitido, desligado ou transferido empregado com contrato de trabalho, ou seja, que tenha 
efetuado qualquer tipo de movimentação em seu quadro de empregados. O prazo de entrega é 
até o dia 07 do mês subsequente ao mês de referência das informações. E ainda, de acordo 
No sistema Folha Phoenix podemos gerar os arquivos para 
integração das obrigações mensais e anuais. Como por 
exemplo: Sefip, Caged, Rais, Dirf entre outros. 
 
 138
com a Portaria MTE nº 1.129 de 23/07/2014, as movimentações de empregados relativas a 
admissões deverão ser prestadas: 
I - na data de início das atividades do empregado, quando este estiver em percepção do 
Seguro-Desemprego ou cujo requerimento esteja em tramitação; 
II - na data do registro do empregado, quando o mesmo decorrer de ação fiscal 
conduzida por Auditor-Fiscal do Trabalho. 
Mas informações podem ser obtidas no site www.caged.gov.br. 
 
*INTEGRAÇÕES/ CAGED 
 
 
 
 
b) SEFIP: A Caixa Econômica Federal desenvolveu para o empregador/contribuinte, o 
SEFIP - Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social - 
um aplicativo disponibilizado no site www.caixa.gov.br para consolidar os dados cadastrais e 
financeiros da empresa e dos trabalhadores para repassar ao FGTS e à PrevidênciaSocial, 
podendo também ser utilizado para gerar a Guia de Recolhimento do FGTS - GRF, uma guia 
gerada com código de barras que viabiliza o recolhimento do FGTS. Os arquivos gerados pelo 
SEFIP devem ser transmitidos pela internet, por meio do Conectividade Social e a GRF 
emitida deve ser recolhida até o 7º dia do mês seguinte àquele em que a remuneração do 
 139
trabalhador foi paga. O valor a ser creditado na conta do trabalhador é calculado de acordo 
com a remuneração e o tipo de contrato firmado. 
 
INTEGRAÇÕES/ SEFIP 
 
 
 
 
 
 
14.2 Obrigações anuais 
 
a) RAIS: Todo estabelecimento deve fornecer ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 
por meio da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), as informações referentes a cada 
um de seus empregados (Decreto nº 76.900/75). As informações são feitas através do 
programa GDRAIS. Neste sistema informa os dados cadastrais e econômicos da empresa e, 
dos empregados, é informado seus dados pessoais, do contrato de trabalho e de sua 
remuneração mensal. Normalmente estas informações são prestadas com inicio em janeiro do 
 140
ano seguinte ao Ano-Base até o mês de março. Maiores informações podem ser consultas no 
site www.rais.gov.br. 
 
*INTEGRAÇÕES / RAIS 
 
 
 
 
b) DIRF: Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte, é a declaração feita pela FONTE 
PAGADORA, com o objetivo de informar à Secretaria da Receita Federal do Brasil o valor 
do imposto de renda e/ou contribuições retidos na fonte, dos rendimentos pagos ou creditados 
para seus beneficiários. Normalmente estas informações são prestadas até o mês de fevereiro 
do ano seguinte ao Ano-Base. Maiores informações consultar o site 
www.receita.fazenda.gov.br . 
 
INTEGRAÇÕES/ DIRF 
 
 141
 
 
 
 
c) Comprovante de Rendimentos: Comprovante de Rendimentos é o documento que 
demonstra os valores pagos pelo empregador que integraram a base de cálculo do Imposto de 
renda, as deduções efetuadas, bem como o imposto retido. O Comprovante de Rendimentos 
deve ser entregue pela fonte pagadora até o último dia do mês de fevereiro do ano seguinte ao 
Ano-Base. Maiores informações consultar o site www.receita.fazenda.gov.br . 
 
 142
CAPÍTULO XV - EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO 
 
 
1) Mensalista: salário de R$ 2.600,00 por mês → novembro/2016 com pagto em 30/11/2017 
→ admitido em 04/11/2016 → calcule o salário do mês, INSS e IRRF (não tem dependentes): 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Novembro 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
 
 
 
 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total de 
Vencimentos 
 
Total de 
Descontos 
 
 
Total 
Liquido => 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
 
 
 143
2) Calcule um horista com salário de R$ 12,00 por hora → Mês de novembro/2017 → 
empregado trabalhou o mês completo → jornada semanal de 44 horas → 24 dias úteis e 6 
domingos e feriados → calcule também o INSS: 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Novembro 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
 
 
 
 
 
Tipo de salário: Horista 
Total 
Vencimentos 
 
Total 
Descontos 
 
 
Total 
Liquido => 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
 
 144
3) Comissionista: Mês setembro/2016→ 2,5% de comissões sobre vendas R$ 35.900,00 no 
mês → a garantia mensal deste comissionista é de R$ 1.370,00 por mês → mês com 25 dias 
úteis e 5 domingos e feriados → calcule também o INSS. 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Setembro 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
 
 
 
 
 
Tipo de salário: Comissionista puro 
Total 
Vencimentos 
 
Total 
Descontos 
 
 
Total 
Liquido => 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
 
 
 145
4) Comissionista: Mês setembro/2017→ 2,5% de comissões sobre vendas → vendas: R$ 
28.300,00 no mês → jornada semanal de 44 horas → e a garantia mensal deste comissionista é 
de R$ 1.380,00 por mês → mês com 25 dias úteis e 5 domingos e feriados → calcule o INSS. 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Setembro 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
 
 
 
 
 
 
Tipo de salário: Comissionista puro 
Total 
Vencimentos 
 
Total 
Descontos 
 
 
Total 
Liquido => 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
 
 
 146
5) Horas extras: Mensalista: R$ 1.980,00 por mês → o empregado laborou 32 horas 
extraordinárias a 50% → jornada semanal de 44 horas → mês de julho/2016 com 27 dias úteis 
e 4 domingos e feriados. Calcule o salário do mês, horas extras, DSR sobre H.E. e INSS: 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Julho 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
 
 
 
 
 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
 
Total 
Descontos 
 
 
Total 
Liquido => 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 147
6) Adicional noturno: Mensalista: R$ 1.625,00 por mês → o empregado laborou 48 horas 
noturnas com adicional de 20% → jornada semanal de 44 horas → mês de março/2017 com 26 
dias úteis e 5 domingos e feriados. Calcule o salário do mês, adicional, DSR sobre horas 
extras, e INSS: 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Março 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
 
 
 
 
 
 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
 
Total 
Descontos 
 
 
Total 
Liquido => 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
 148
7) Adicional de Insalubridade: Mensalista: R$ 1.980,00 por mês → competência 
setembro/2017 → o empregado está exposto ao grau máximo de insalubridade e não possui 
salário profissional. Calcule o salário do mês, o adicional de insalubridade, o INSS e o IRRF 
considerando 1 dependente: 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Setembro 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
 
 
 
 
 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
 
Total 
Descontos 
 
 
Total 
Liquido => 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
 149
8) Adicional de Periculosidade: Mensalista: R$ 3.100,00 por mês → competência 
setembro/2017→ o empregado está exposto ao agente periculoso. Calcule o salário do mês, o 
adicional de periculosidade e o INSS e o salário família considerando 1 dependente:Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Setembro 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
 
 
 
 
 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
 
Total 
Descontos 
 
 
Total 
Liquido => 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
 
 150
 
09) Cálculo de Faltas: Mensalista: R$ 1.900,00 por mês → competência setembro/2017 → 
perfaz jornada semanal de trabalho de 44 horas → faltou no dia 14/09/2017 (segunda-feira), 
cujo horas de ausência do dia foi de 8 horas → e dia 15/09/2017 atrasou por 2 horas. Calcule o 
salário do mês, a falta, o atraso e o desconto do DSR e o INSS: 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Setembro 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
 
 
 
 
 
 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
 
Total 
Descontos 
 
 
Total 
Liquido => 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
 
 151
10) 13º salário: Mensalista: R$ 2.300,00 por mês → admitido em 18/03/2017 → foi pago R$ 
250,00 a título de 13º salário 1ª parcela em novembro/2017. Calcule o 13º salário 2ª parcela 
em dezembro/2017 e o INSS: 
 
Demonstrativo de Pagamento de Salário 
Dezembro 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
 
 
 
 
 
 
 
Tipo de salário: Mensalista 
Total 
Vencimentos 
 
Total 
Descontos 
 
 
Total 
Liquido => 
 
 
 
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS Mês 
Base IRRF Faixa IRRF 
 
 
 
 152
11) Férias: Mensalista R$ 1.860,00 por mês → período aquisitivo 21/07/2016 a 20/07/2017 
→ gozo de 30 dias, no período de 01/09/2017 a 30/09/2017 → calcule as férias e INSS: 
 
RECIBO DE PAGAMENTO DE FÉRIAS 
 
 
Nome do Empregado: PAULO DA SILVA 
 
CTPS Nº: 000222 / Série 00566 - UF: SP 
 
 
Admissão: 21/07/2015 
 
Período Aquisitivo: 10/04/2015 a 
09/04/2016 
 
 
Nº Faltas Injustificadas no Período: 00 
 
 
Período de Gozo: 01/09/2016 a 30/09/2016 
Dias: 30 
 
 
Abono Pec.: 
Dias: 
 
 
COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS (Art. 142, da CLT) 
 
Salário 
Contratual 
 
Salário Cont. 
Mensal 
 
Adicionais/Valores Fixo 
Mensal 
 
Salário Variável 
(Média) 
R$ 0,00 
 
Remuneração Base de Cálculo das Férias 
 
 
FÉRIAS GOZADAS DO MÊS DE SETEMBRO/2016 
 
Descrição (Crédito/Débito) Qtde
. 
Base Calc. Crédito Débito 
 
 
 
 
TOTAL DOS CRÉDITOS: 
 
 
TOTAL DOS DÉBITOS: 
 
 
LÍQUIDO: 
 
 
Recebi de INDÚSTRIA DE ALIMENTOS S/A, inscrita no CNPJ nº 00.000.000/0000-00 a 
quantia líquida de R$ ________________________________________________ referente 
ao período de férias acima discriminado, com quitação na data abaixo. 
 
Marília-SP, 09 de junho de 2.016. 
 
________________________________________ 
 Assinatura do (a) Empregado (a) 
 
 
 153
 
 154
 
12) Rescisão 1: Admissão do empregado: 23/03/2017 → Tipo de rescisão: Pedido de 
demissão sem justa causa do empregado → Data da rescisão: 29/11/2017 → Tipo de aviso 
prévio: Descontado (não cumprido) → Salário: R$ 1.550,00 por mês. Calcule as verbas 
rescisórias, bem como o desconto de INSS: 
 
Demonstrativo de Verbas Rescisórias 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Total 
Vencimentos 
 
Total 
Descontos 
 
 
Total 
Liquido => 
 
 
 
 
 155
13) Rescisão 2: Admissão do empregado: 26/06/2016 → Tipo de rescisão: Dispensa sem 
justa causa de iniciativa do empregador → Data da demissão: 05/11/2017 → Tipo de aviso 
prévio: Indenizado (não concedido) → Salário: R$ 1.880,00 por mês → as férias 
correspondentes ao período aquisitivo 26/06/2016 a 25/06/2017 não foram concedidas. 
Calcule as verbas rescisórias e o desconto de INSS: 
Demonstrativo de Verbas Rescisórias 
Descrição Qtde. Vr. 
Unit./Base 
Crédito Débito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Total 
Vencimentos 
 
Total 
Descontos 
 
 
Total 
Liquido => 
 
 
 
 
 156
TABELA DE SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO e SALÁRIO-
FAMÍLIA 
 
Tabela de Salário de Contribuição a partir de 1º de janeiro de 2019 
Tabela de Salário-de-Contribuição dos segurados Empregado, Empregado 
Doméstico e Trabalhador Avulso 
Salário-de-Contribuição (R$) Alíquota % 
Até R$ 1.751,81 8,00 
De R$ 1.751,82 a R$ 2.919,72 9,00 
De R$ 2.919,73 até R$ 5.839,45 11,00 
Portaria nº 16, de 16/01/2019 
 
 
Tabela de Contribuinte Individual e Facultativo a partir de 1º de janeiro de 2019 
Limite Mínimo e Máximo do Salário-de-Contribuição 
Limite Mínimo R$ 998,00 
Limite Máximo R$ 5.839,45 
Portaria MF nº 15, de 16/01/2017 DOU 17/01/2018 
 
 
Tabela de Salário-Família a partir de 1º de janeiro de 2019 
Base Salário-Família (R$) Valor do Salário-Família 
até R$ 907,77 R$ 46,54 
de R$ 907,78 até R$ 1.364,43 R$ 32,80 
acima de R$ 1.364,44 R$ 0,00 
Valor por dependente até 14 anos de idade, ou inválido de qualquer idade. 
Portaria MF nº 16, de 16/01/2019 DOU 16/01/2019 
 157
TABELA DE IMPOSTO DE RENDA e VALORES MÍNIMOS 
PARA RECOLHIMENTO 
 
Tabela Progressiva para o cálculo do Imposto de Renda na Fonte e Carnê-Leão para 
pagamentos efetuados a partir de 1º de abril de 2015 
 
Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$) 
Até 1.903,98 - - 
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80 
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 
Acima de 4.664,68 27,5 869,36 
 
 
Valor por dependente: R$ 189,59 
 
Medida Provisória nº 670, de 10.03.2015 
 
 
Valores mínimos para recolhimentos 
 
GPS (R$) Imposto de Renda (R$) 
R$ 10,00 R$ 10,00 
 
Fontes: Instrução Normativa RFB nº 1.238, de 11 de janeiro de 2012 - DOU 
de 12/01/2012 e Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996 - DOU de 30/12/1996 
 
 
Atualizada em 08 de janeiro de 2018

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