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Constituição do Sistema Respiratório:
Nariz;
Faringe;
Laringe;
Traqueia;
Brônquios;
Pulmões;
 
 
O sistema respiratório pode ser dividido: estruturalmente e funcionalmente. 
Estruturalmente: 
Superior: nariz, cavidade nasal, faringe, e estruturas associadas;
Inferior: laringe, traqueia, brônquios e pulmões;
Funcionalmente: 
Zona Condutora: (apenas região que conduz o ar, e não há absorção desses gases) → nariz, cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e os bronquíolos terminais. Além disso, possuem a função de filtrar, aquecer e umedecer o ar e conduzi-lo para o pulmão.
Zona Respiratória: (local onde de fato ocorrem as trocas gasosas - hematose) → bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e os alvéolos.
 
Epitélio respiratório: maior parte é revestida por um epitélio pseudoestratificado (todas estão apoiadas sobre a lâmina basal) colunar ciliado com muitas células caliciformes.(contém numerosas gotículas de muco - composto de glicoproteínas).
 
 
 
 
 
 
As células mais abundantes, são célula colunar ciliada (cerca de 300 cílios por superfície apical), junto aos corpúsculos basais dos cílios, existem inúmeras mitocôndrias (que fornecem ATP para que ocorra os batimentos ciliados). 
E as demais células, são conhecidas células em escova (brush cells), por causa dos inúmeros microvilos existentes. Na base dessas células, consideradas receptores sensoriais, com terminações nervosas aferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nariz: 
É dividido em uma parte externa visível e uma parte interna (intracraniana), chamada de cavidade nasal.
Parte externa: parte visível do nariz, que se constitui por uma estrutura de suporte (osso + cartilagem hialina - recoberto por músculo e pele revestida por uma túnica mucosa). 
Parte interna do nariz possui funções como: aquecimento, umidificação e filtragem do influxo de ar; detecção de estímulos olfatórios (receptores); modificações das vibrações da fala; 
Cavidade nasal: espaço grande na face anterior do crânio, que se encontra na parte inferior ao osso nasal e superiormente a cavidade oral. Além disso, existe o septo nasal (composto principalmente por cartilagem hialina) que separa a cavidade nasal em esquerda e direita. 
A parte posterior da cavidade nasal, se comunica com a faringe por meio de duas aberturas - cóanos.
Na cavidade nasal dois ductos se abrem: paranasais (drenam o muco) e os ductos lacrimonasais (drenam as lágrimas). 
A importância da estrutura óssea e da cartilaginosa é para manter o vestíbulo do nariz e cavidade nasal pérvios, ou seja, desobstruídos. 
A cavidade nasal é dividida em duas partes: 
Parte respiratória: inferior maior; revestida por epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com diversas células caliciformes (produtoras de muco) - epitélio respiratório. 
Parte olfatória: superior menor; 
 
 
 
 
Caminho das moléculas de ar pelo sistema respiratório:
O ar entra pelas narinas, passando primeiro pelo vestíbulo (qualquer caminho/abertura) do nariz. Esse vestíbulo é revestido por pelos grossos que filtram partículas grandes de poeira. 
Além disso, passam pelas conchas nasais (superior, média e inferior), que se dividem em cada lado da cavidade nasal (em várias estruturas semelhantes a cavernas) - meantos nasais → Essa organização dos meantos e das conchas, servem para aumentar a área de superfície da cavidade nasal. E assim, evita uma desidratação por aprisionamento de gotículas de água (durante a expiração). 
Conforme o ar circula pelas conchas nasais e pelos meantos, o ar é aquecido pelos capilares. 
O muco secretado pelas células caliciformes umedece o ar e assim, retém as partículas de poeira. Ainda, pode ter uma pequena participação dos ductos lacrimais e paranasais nesse processo de umidificação. 
Túnicas mucosas revestem a cavidade nasal e suas conchas. 
O revestimento interno do nariz, é por células ciliadas, ou seja, seus cílios movem o muco e as partículas de poeira retidos, em direção à faringe (onde poderão ser engolidas ou cuspidas).
 
As células receptoras olfatórias se encontram perto da concha nasal superior e septo adjacente, formando um epitélio olfatório. Contém cílios, mas não há células caliciformes. 
 
Faringe:
Mais conhecida como: garganta. 
Tem início no cóanos e se estende até o nível da cartilagem cricóidea, que é a cartilagem mais inferior da laringe. 
Sua parede é constituída por músculos esqueléticos e é revestida por uma túnica mucosa. 
Músculos relaxados: ajudam a manter a patente, ou seja, a abertura natural do canal;
Músculos contraídos: auxiliam na deglutição.
A faringe tem por função, a passagem de ar, de alimentos e ainda ser uma câmara de reverberação do som;
Abriga as tonsilas → participam de reações imunológicas contra invasores estranhos.
A faringe é dividida em três regiões anatômicas: parte nasal da faringe (nasofaringe), parte oral da faringe (orofaringe) - possui um epitélio escamoso estratificado não queratinizado e parte laríngea da faringe (laringofaringe); 
 
 
 
Os músculos de toda a faringe estão dispostos em duas camadas: uma circular externa e uma longitudinal interna. 
 
 
Laringe: 
É uma conexão da faringe com a traqueia; e encontra-se na linha média do pescoço. 
A parede laríngea é composta por 9 peças cartilaginosas (fragmentos): três isoladas (cartilagem tireóidea, epiglote e cartilagem cricóidea) e três em pares (cartilagens aritenóidea, cuneiforme e corniculada).
A cavidade da laringe (vestíbulo da laringe) é um espaço que se estende desde a entrada da laringe até a margem inferior da cartilagem cricóidea. 
Cartilagem tireóidea: "pomo de Adão" - formado por duas lâminas fundidas de cartilagem hialina, e confere um formato triangular. 
A epiglote é um segmento grande de cartilagem elástica em forma de folha que é recoberta por epitélio. 
Durante a deglutição, ocorre uma elevação da faringe e da laringe. Quando ocorre uma elevação da laringe, faz com que a epiglote se mova para baixo e cubra a glote, fechando-a. 
A glote par de pregas vocais (túnica mucosa), o espaço entre essas pregas, é chamado de rima da glote.
Esse fechamento da laringe, impede que durante a ingestão de alimentos e líquidos, sejam mantidos fora da laringe (região respiratória). 
 
 
 
 
Cartilagem cricóidea: anel de cartilagem hialina, que forma a parede inferior da laringe. 
Se prende a cartilagem da traqueia: ligamento cricotraqueal;
A cartilagem tireóidea se liga a cartilagem cricóidea por meio do ligamento cricotireóideo.
 
Traqueia: 
A traqueia é uma via tubular para o ar, está localizada anteriormente ao esôfago; se estende da laringe até a divisão dos brônquios primários direito e esquerdo. 
 
 
 
Possui a divisão em 4 camadas: túnica mucosa, tela submucosa, cartilagem hialina e túnica adventícia. 
A túnica mucosa da traqueia é constituída por uma camada de epitélio colunar pseudoestratificado ciliado. Oferece proteção contra a poeira.
A tela submucosa: tecido conjuntivo com glândulas seromucosas e seus ductos. 
É formada por 16 a 20 anéis incompletos de cartilagem hialina (semelhança com a letra C), empilhados uns sobre os outros e estão ligados por tecido conjuntivo denso.
A parte aberta de cada anel é cruzada por uma membrana fibromuscular. Essa membrana estão as fibras musculares lisas transversais - músculo traqueal e tecido conjuntivo elástico (que possibilita a alteração do diâmetro da traqueia se altere, para se adequar a inspiração e expiração). 
 
Brônquios: 
Basicamente, são continuações da traqueia, que ao se ramificarem se dividem em brônquios principais, direito e esquerdo.
O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo. Assim, algo aspirado, tem maiores chances de se alojar no brônquio principal direito. 
Assim como a traqueia, possuem anéis incompletos de cartilagem revestidos por epitélio colunar pseudoestratificado ciliado. 
 
 
 
No ponto onde a traqueia se divide em brônquios principais direito eesquerdo, forma uma crista carina (projeção inferior a última cartilagem traqueal). A túnica mucosa da carina é a região mais sensível para desencadear um reflexo de tosse. 
Ao entrar nos pulmões, os brônquios principais se dividem formando os brônquios menores - brônquios lombares. 
Os brônquios lombares continuam se ramificando, e assim, formam os brônquios segmentares;
Os brônquios segmentares se ramificam e formam os bronquíolos. 
E os bronquíolos continuam se ramificando e forma os bronquíolos terminais. 
Os bronquíolos terminais possuem células exócrinas bronquiolares - protegem contra os efeitos nocivos de toxinas inaladas e substâncias cancerígenas; produzem surfactante e funcionam como células -tronco (que dão origem a várias células do epitélio).
A medida que a árvore bronquial se ramifica e se torna cada vez mais extensa, observa-se algumas mudanças estruturais:
À medida que a quantidade de cartilagem diminui, a quantidade de músculo liso aumenta. Esse músculo liso circunda o lúmen em faixas espiraladas.
Durante exercício físico ativam a parte simpática da divisão autônoma (SNA) que estimula a medula da glândula suprarrenal e liberam epinefrina e norepinefrina. Esses dois hormônios causam o relaxamento do músculo liso nos bronquíolos, que dilata as vias respiratórias.
Melhorando assim, a capacidade de ventilação pulmonar.
A ação do parassimpático e mediadores alérgicos, como histamina, causa uma contração do músculo liso. 
 
Pulmões:
Os pulmões são cônicos pareados na cavidade torácica;
São separados um do outro pelo coração e outras estruturas do mediastino;
Cada pulmão é fechado e protegido por uma túnica serosa de camada dupla -pleura;
Existe a camada superficial pleura parietal que reveste a cavidade torácica; Camada profunda a pleura visceral que recobre os pulmões propriamente ditos.
Entre as duas camadas de pleura, existe um espaço, cavidade pleural - com um pequeno volume de líquido lubrificante que é secretado pelas membranas. Esse líquido pleural reduz o atrito entre as membranas, facilitando o deslizamento uma sobre a outra, durante a respiração.
Pulmão direito: mais largo, espesso e mais curto; 
Os dois pulmões possuem fissuras que separam os lobos;
O hilo do pulmão se encontra na face mediastinal (medial) de cada pulmão, que é por onde os brônquios, vasos sanguíneos pulmonares, vasos linfáticos e por onde os nervos entram e saem. 
Cada brônquio segmentar supre um tecido - segmento broncopulmonar. Além disso, cada segmento broncopulmonar possui muitos compartimentos, que são os lóbulos. E cada lóbulo é envolvido por tecido conjuntivo elástico e ainda, contém vaso linfático, arteríola, vênula e uma ramificação de um bronquíolo terminal. 
Esses bronquíolos terminais se dividem e formam os bronquíolos respiratórios, que apresentem alvéolos. Conforme esses se aprofundam para dentro dos pulmões, o seu revestimento epitelial passa de cúbico simples para escamoso simples.
 
Alvéolos: 
Em torno da circunferência dos ductos alveolares, estão dispostos diversos alvéolos e sacos alveolares. Um alvéolo é uma evaginação em formato de taça revestida por epitélio escamoso simples e apoiada por uma membrana basal fina e elástica. 
Um saco alveolar é constituído por dois ou mais alvéolos que compartilham uma mesma abertura, em comum.
As paredes dos alvéolos são constituídas por dois tipos de células epiteliais:
Células alveolares do tipo 1: epiteliais escamosas pulmonares; principal local de trocas gasosas;
Células alveolares do tipo 2: células septais; sua superfície contém microvilosidades, que secretam líquido alveolar - mantém a superfície úmida. 
Além disso, no líquido alveolar está o surfactante - complexa mistura de fosfolipídeos e lipoproteínas. 
O surfactante reduz a tensão superficial do líquido alveolar, que diminui a tendência de colabamento dos alvéolos, mantendo a sua permeabilidade. 
Nas paredes alveolares estão presentes os macrófagos alveolares, responsáveis por removerem partículas finas de poeira e outros detritos. Possuem também fibroblastos - produzem fibras reticulares e elásticas.
A troca de O2 e CO2 entre os alvéolos nos pulmões e o sangue, se dá por difusão através das paredes alveolares e capilares - formam membrana respiratória.
 
 
 
 
 
Irrigação sanguínea dos pulmões:
Os pulmões são irrigados por dois conjuntos de artérias:
Artérias pulmonares;
Ramos bronquiais da parte torácica da aorta; 
O sangue venoso entra no tronco pulmonar, que se divide em artéria pulmonar direita e artéria pulmonar esquerda, que entram no pulmão direito e esquerdo. Essas artérias, são as únicas que transportam sangue desoxigenado.
O retorno do sangue oxigenado ocorre para o coração por meio de quatro veias pulmonares, que chegam pelo átrio esquerdo.
Quando o organismo se encontra em situação de hipoxia os vasos sanguíneos pulmonares, a resposta é uma vasoconstrição (aos contrários de outras regiões corporais). 
Equilíbrio ventilação - perfusão: em uma situação de hipoxia, a resposta é a vasoconstrição, que desvia sangue pulmonar das áreas com pouca ventilação para regiões bem ventiladas, para possibilitar as trocas gasosas mais eficientes. 
Perfusão: fluxo sanguíneo. 
 
Perviedade do sistema respiratório:
A perviedade dos sistemas é a capacidade de manter as vias respiratórias desobstruídas. Essas estruturas podem ser ósseas e cartilagens do nariz, músculo esquelético da faringe, as cartilagens da laringe, anéis de cartilagem em "C" da traqueia e dos brônquios, músculo liso dos bronquíolos e surfactantes dos alvéolos. 
 
Ventilação pulmonar: 
O processo de troca gasosa, é chamado de respiração, e é dividido em 3 passos:
Ventilação pulmonar: ou simples respiração, consiste em inspiração (inalação) e expiração (exalação) do ar, e envolve a troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos dos pulmões. 
Respiração externa: pulmonar, ou seja, troca de gases entre os alvéolos dos pulmões e o sangue nos capilares pulmonares (através da membrana);
Respiração interna: tecidual, troca de gases entre o sangue nos capilares sistêmicos e as células teciduais. 
O ar se move para dentro dos pulmões quando a pressão intrapulmonar é menor do que na atmosfera. O ar se move para fora dos pulmões quando a pressão intrapulmonar é maior que a pressão do ar na atmosfera; 
 
Inspiração: 
É basicamente a inalação do ar, que para esse processo ocorrer a pressão intrapulmonar deve ser menor que a pressão atmosférica. E para que se tenha uma diferença de pressão, para o ar entrar, os pulmões agem aumentando seu tamanho. 
Para que ocorra a inspiração, os pulmões precisam expandir e aumentar seu volume pulmonar, e assim, diminui a pressão nos pulmões (abaixo dos valores de pressão atmosférica); 
Primeiro passo: contração do diafragma;
 
 
 
O músculo mais importante da inspiração é o diafragma, que é um músculo esquelético em forma de cúpula. Ele é inervado por fibras do nervo frênico - que emerge da medula espinal.
A contração do diafragma faz com que ele se achate, abaixando sua cúpula. Isso provoca um aumento do diâmetro da cavidade torácica. 
A descida de 1cm do diafragma, produz uma diferença de pressão de 1 a 3 mmHg, com uma inspiração de aproximadamente 500 ml de ar. 
Em uma respiração forçada, o diafragma pode descer até 10 cm, que produz uma diferença de pressão de até 100 mmHg, com uma inspiração de 2 a 3 L de ar. 
Os intercostais externos: 
A contração desses músculos eleva as costelas, e assim, ocorre um aumento do diâmetro anteroposterior e lateral da cavidade torácica. 
Durante a inspiração tranquila, a pressão entre as duas camadas pleurais (cavidade pleural) - pressão intrapleural é sempre subatmosférica (inferior a pressão atmosférica). 
Quando o volume da caixa torácica aumenta (durante a inspiração), o volume da cavidade pleural também cresce, fazendo a pressão intrapleural diminuir para aproximadamente 754 mmHg.
Durante a expansão do tórax, as pleuras (parietais e viscerais) normalmente estão firmemente aderidas uma a outra,em decorrência da pressão subatmosférica e a tensão superficial. 
Durante a expansão da cavidade torácica a pleura parietal que reveste a cavidade, é "puxada" para fora em todas as direções, assim, a pleura visceral e os pulmões são puxados com ela. 
 
 
 
 
A partir do aumento do volume dos pulmões, a pressão no interior dos pulmões diminui - pressão alveolar (760 para 758 mmHg). E a diferença de pressão que é responsável pela entrada de ar, pois esse ar ele flui sempre de uma região com maior pressão para uma região com pressão mais baixa. Ou seja, é imprescindível que haja uma diferença de pressão para que ocorra a inspiração. 
Quase não auxilio de músculos durante a inspiração tranquila. Essa ajuda é fundamental durante a inspiração vigorosa, onde os músculos auxiliares estão ligados: 
Esternocleidomastóideos - elevam o esterno; 
Escalenos - elevam as duas primeiras costelas;
Por causa da necessidade de contração de músculos, para que ocorra a inspiração, o processo é chamado de ativo.
 
 
Expiração:
É o ato de soltar o ar, exalar o ar interior. 
Funciona também por causa de um gradiente de pressão, mas nesse caso, ocorre de forma inversa a inspiração. 
A pressão interior dos pulmões é mais alta que a atmosférica, por isso, o ar flui de dentro pra fora (da maior pressão para a menor pressão). 
A expiração normal (tranquila) constitui-se por ser um processo passivo, pois não há contração musculares envolvidas.
Pois a expiração é resultado de uma retração elástica da parede torácica e dos pulmões. (Retração das fibras elásticas e a força para dentro da tensão superficial.
A expiração se inicia quando a musculatura inspiratória relaxa, ou seja, a medida que o diafragma relaxa, sua cúpula se move superiormente (por causa da elasticidade).
A expiração só se torna ativa, durante um processo de respiração vigorosa. Pois são acionados os músculos abdominais e intercostais internos se contraem, aumentando a pressão na região abdominal e torácica. 
Essa contração forçada, promove a movimentação das costelas inferiores para baixo e assim, comprimem as vísceras abdominais, forçando o diafragma superiormente. 
 
Tensão superficial do líquido alveolar:
É uma fina camada de líquido alveolar que reveste a face luminal dos alvéolos e que exerce uma força: tensão superficial. 
A tensão superficial surge em todas as interfaces "ar-água". Pois as moléculas de água são polares e são mais fortemente atraídas entre si. 
Quando se tem um líquido envolvendo uma esfera de ar, como um alvéolo, a tensão superficial produz uma força para dentro. Nos pulmões, essa tensão faz com que os alvéolos assumam o seu menor diâmetro.
Durante a respiração, a tensão superficial deve ser ultrapassada para expandir os pulmões em cada inspiração. 
A tensão superficial é responsável por 2/3 da retração elástica pulmonar, diminuindo o tamanho dos alvéolos durante a expiração.
Surfactante - mistura de fosfolipídeos e lipoproteínas, presentes no líquido alveolar, reduz a tensão superficial.
 
Complacência dos pulmões: 
Se refere a quanto esforço é necessário para distender os pulmões e a parede torácica. 
Uma complacência alta, quer dizer que para os pulmões se distenderem, possuem maior facilidade. E uma complacência baixa, a distensão é dificultada. 
Pode se relacionar por 2 fatores:
Elasticidade;
Tensão superficial; 
Complacência alta: expansão com facilidade, por causa da distensão das fibras elásticas do tecido pulmonar, que distendem com facilidade; e ainda, o surfactante no líquido pulmonar reduz a tensão superficial. 
Diminuição da complacência - ocorre normalmente em problemas pulmonares, um deles, é o enfisema pulmonar (destruição das fibras elásticas nas paredes alveolares). 
Uma pessoa mais complacente é aquela que cede as pressões.
 
Resistência das vias respiratórias:
A resistência das vias respiratórias, depende intimamente do diâmetro das vias. E as paredes das vias respiratórias, principalmente os bronquíolos, oferecem certa resistência ao fluxo normal de ar para dentro e fora dos pulmões. 
Durante a expiração, o diâmetro dos bronquíolos diminui seu diâmetro, e assim, aumenta a resistência das vias. 
O diâmetro das vias também é regulado pelo grau de contração e relaxamento do músculo liso das paredes das vias respiratórias.
Os impulsos simpáticos causam o relaxamento deste músculo liso, o que resulta em broncodilatação e diminuição da resistência. 
 
 
Volumes e capacidades pulmonares:
Em repouso, um adulto respira em média 12 vezes por minuto. E a cada inspiração e expiração, movem-se 500mL de ar para dentro e para fora dos pulmões.
Volume corrente (VC) - volume de uma respiração;
Ventilação minuto (VM) - volume total de ar inspirado e expirado a cada minuto:
 
 
Desses 500 mL envolvidos em uma respiração, cerca de 350 mL alcança de fato a zona respiratória - bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos.
Os outros 30% (150 ml) permanecem na via respiratória de condução - nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. 
Espaço morto anatômico - é o ar que fica nas vias respiratórias de condução, e não são submetidos às trocas gasosas. 
Taxa de ventilação alveolar - volume de ar por minuto que efetivamente alcança a zona respiratória.
Volume de reserva expiratório - volume de ar inspirado adicionalmente forçadamente;
Volume residual - volume de ar que permanece nos pulmões, mesmo após a expiração, por causa da pressão intrapleural subatmosférica, mantém os alvéolos discretamente insuflados. 
 
Troca de oxigênio e dióxido de carbono:
A troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o ar alveolar e o sangue pulmonar ocorre por difusão passiva. 
Lei de Dalton: cada gás em uma mistura de gases exerce sua própria pressão como se não houvesse outros gases. E a pressão de cada gás dentro dessa mistura, é chamada de pressão parcial (Px).A pressão total da mistura é a soma de todas as pressões parciais. 
As pressões parciais são importantes para se determinar a velocidade de difusão dos gases. Cada tipo de gás se difunde através da membrana permeável da área em que sua pressão parcial é maior para a área em que sua pressão parcial é menor. Quanto maior a diferença na pressão parcial, mais rápida será a velocidade de difusão. 
Pela lei de Henry afirma que um gás dissolvido em um líquido é proporcional à pressão parcial do gás e à sua solubilidade. Ou seja, a capacidade de um gás ficar em solução é maior quando a sua pressão parcial é maior quando ele tem alta solubilidade em água. 
Quanto maior a pressão parcial de um gás em um líquido e mais elevada a sua solubilidade, mais gás vai ficar em solução.
 
 
 
Respiração externa e interna:
Respiração externa ou troca gasosa pulmonar é a difusão do O2 do ar nos alvéolos pulmonares para o sangue dos capilares pulmonares e a difusão do CO2 na direção oposta. 
Ou seja, a respiração externa converte o sangue venoso em sangue oxigenado. 
A oxigenação propriamente dita dos pulmões, se dá no momento que os capilares estão transportando o sangue oxigenado. Nesse momento, ocorre a difusão, e assim, as trocas gasosas, mandando CO2 para o ar alveolar. 
Difusão do ar alveolar para o sangue: o O2 se difunde do ar alveolar, onde sua pressão parcial é maior que a dos vasos sanguíneos. Essa difusão ocorre até que a pressão do ar alveolar se iguale com a pressão sanguínea. 
 
 
 
 
Respiração interna: 
A troca de O2 e CO2 entre os capilares sistêmicos e as células teciduais;
Conforme o O2 deixa a corrente sanguínea, o sangue oxigenado é convertido em sangue venoso. 
Essa respiração ocorre em todos os tecidos do corpo. 
A pressão parcial de oxigênio que é bombeado para os capilares é maior do que a pressão parcial nas células teciduais. Por causa dessa diferença de pressão, o oxigênio se difunde para fora dos capilares em direção às células teciduais.
 
A diferença de pressão parcial dos gases: para que ocorra a trica gasosa pulmonar e a sistêmica, dependede que a pressão parcial de oxigênio alveolar deve ser superior a pressão parcial de oxigênio arterial, para que o oxigênio se difunda do ar alveolar para o sangue. 
Quanto maior a diferença de pressão parcial, mais rápido ocorre a difusão dos gases.
Área de superfície disponível para as trocas gasosas: a área de superfície alveolar é enorme, e além disso, muitos capilares circundam cada alvéolo. E assim, quanto maior a superfície, maior e mais eficiente as trocas gasosas. 
Distância de difusão: a membrana respiratória é muito fina, de modo que a difusão ocorra rapidamente. Outro fator importante, é o diâmetro dos capilares, que dificultam a passagem de eritrócitos, por exemplo. A passagem dos eritrócitos em fila indiana (por só conseguir passar um de cada vez), diminui a distância de difusão do espaço do ar alveolar para a hemoglobina no interior dos eritrócitos. 
Peso molecular e solubilidade dos gases: como o peso molecular do O2 é menor que o de CO2, pode-se esperar que se difunda através da membrana de forma mais rápida. 
 
 
Transporte de oxigênio e dióxido de carbono:
Transporte de oxigênio:
O oxigênio não se difunde facilmente em água, de modo que apenas 1,5% do O2 inspirado está de fato, dissolvido no plasma sanguíneo (pois o plasma sanguíneo, é composto majoritariamente por água).
Aproximadamente 98% do oxigênio no sangue está ligado à hemoglobina nos eritrócitos.
A porção heme da hemoglobina, contém 4 átomos de ferro, que é capaz de se ligar a uma molécula de oxigênio. 
O oxigênio e a hemoglobina se ligam em uma reação facilmente reversível - oxi-hemoglobina. 
 
 
 
Para se determinar quanto de oxigênio se liga à hemoglobina, é a pressão parcial de oxigênio. Quanto maior for a pressão parcial de oxigênio, mais oxigênio se liga a hemoglobina. 
Porcentagem de saturação da hemoglobina: expressa a saturação média de hemoglobina com oxigênio. Por exemplo, se cada molécula de hemoglobina se ligou a 2 moléculas de O2, então a hemoglobina está com 50% de saturação, por cada hemoglobina pode-se ligar em até 4 oxigênios.
Quanto maior a pressão parcial de oxigênio, mais oxigênio vai se ligar a hemoglobina (até que se atinja um estado de saturação de todas as hemoglobinas disponíveis). 
A pressão parcial de oxigênio em torno de 60 a 100 mmHg, promove uma saturação de praticamente 90%. Assim, o sangue capta uma quantidade quase completa de oxigênio dos pulmões. 
 
Fatores que influenciam a afinidade com a hemoglobina:
pH: Conforme a acidez aumenta (pH diminui) a afinidade da hemoglobina ao oxigênio diminui, ou seja, o oxigênio se dissocia mais facilmente da hemoglobina. Os principais ácidos produzidos metabolicamente, influenciando diretamente na acidez, são ácido lático e ácido carbônico.
Quanto mais aumenta o H+ no sangue, faz com que o oxigênio seja descarregado da hemoglobina. 
Em contrapartida, com a elevação do pH, ou seja, diminuição da acidez, aumenta a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio.
 
 
Pressão parcial de dióxido de carbono:
O CO2 também pode se ligar a hemoglobina, e o efeito é semelhante ao do H+. Conforme a pressão parcial de CO2 sobe, a hemoglobina libera O2 com maior facilidade. 
O CO2 possui caráter ácido porque quando entra no sangue, parte dele é temporariamente convertido em ácido carbônico (H2CO3). 
 
 
Temperatura:
O calor é um subproduto de reações metabólicas de todas as células. O aumento do calor e a presença dos ácidos, promovem uma liberação de oxigênio da oxi-hemoglobina. 
BPG:
Substância encontrada nos eritrócitos chamada de 2,3 bisfosfoglicerato (BPG); que diminui a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio. 
Essa substância é produzida quando os eritrócitos quebram a glicose para produzir ATP, no processo de glicólise. 
Quanto maior for o nível de BPG, mais O2 é descarregado da hemoglobina. 
 
Transporte de dióxido de carbono:
Em condições normais de repouso, cada 100 ml de sangue venoso, contém o equivalente a 53 ml de CO2 gasoso. 
O transporte de CO2 é feito de 3 maneiras:
CO2 dissolvido: uma pequena porcentagem (aprox. 7%) está dissolvido no plasma sanguíneo. Quando alcança os pulmões, o CO2 dissolvido se difunde no ar alveolar e então, é expirado.
Compostos carbamino:
Uma porcentagem, um pouco mais elevada, de aproximadamente 23% combina-se com os grupos aminas dos aminoácidos e proteínas do sangue para formar compostos carbamino. 
Como a proteína mais abundante do sangue, é a hemoglobina, a maior parte de CO2 é transportado dessa maneira. 
Íons bicarbonato:
Maior percentual de CO2 (aprox. 70%) que é transportado no plasma sanguíneo como íons bicarbonato. 
Conforme o CO2 entra nos capilares sanguíneos e entra nos eritrócitos, ele reage com água na presença da enzima anidrase carbônica, e assim, forma o ácido carbônico, que se dissocia e forma H+ e HCO3-.
 
 
 
 
 
 
 
Controle da respiração:
Centro respiratório: o tamanho do tórax é alterado pela ação dos músculos respiratórios, que se contraem como resultado dos impulsos nervosos transmitidos - centros no encéfalo e relaxam na ausência de impulsos nervosos. 
Esses impulsos nervosos são transmitidos de grupos de neurônios, localizados bilateralmente no tronco encefálico. Esse grupo de neurônios é conhecido como centro respiratório (centro respiratório bulbar no bulbo e grupo respiratório pontino na ponte).
Centro respiratório bulbar: é composto por duas coleções de neurônios, chamados de grupo respiratório dorsal (GRD) - "área inspiratória" e o grupo respiratório ventral (GRV) - "área expiratória". 
Durante uma respiração tranquila, o GRD (inspiração) produz impulsos para o diafragma por meio de nervos frênicos, e para os músculos intercostais externos, por meio dos nervos intercostais. 
Esses impulsos são liberados em forma de "pulsos" que começam fracos e aumentam a força com o decorrer do tempo. 
Quando esses impulsos alcançam o diafragma e os músculos intercostais externos, eles se contraem e assim, ocorre a inspiração.
Quando o GRD se torna inativo, por 2s, o diafragma e os músculos intercostais externos relaxam por aproximadamente 3s, possibilitando assim, a expiração. 
 
Complexo pré-Botzinger: é considerado importante na geração do ritmo cardíaco, localizado no GRV.
 
 
 
Durante uma expiração forçada, o GRD está inativo, junto com GRV que resultam em um processo de uma inspiração forçada.
 
Grupo respiratório pontino: 
"área pneumotáxica" coleção de neurônios na ponte.
Esses neurônios estão ativos durante a inspiração e a expiração. 
O GRP transmite impulsos nervosos para o GRD no bulbo;
 
 
Como o córtex cerebral tem conexões com o centro respiratório, podemos alterar voluntariamente nosso padrão respiratório. Esse controle voluntário é um mecanismo protetor, pois possibilita evitar a entrada de água, e até mesmo gases irritantes. 
No entanto, essa capacidade de não respirar (voluntariamente), dura apenas segundos, por causa da elevação de CO2 e H+ no sangue. Pois quando há um aumento da pressão parcial de CO2 e H+, os neurônios do GRD do centro respiratório bulbar são fortemente estimulados.
Impulsos nervosos são enviados pelos nervos frênicos e intercostal à musculatura inspiratória, e com isso, a respiração é retomada mesmo sem a vontade da pessoa.
 
 
Regulação respiratória por quimiorreceptores:
Existem quimiorreceptores no sistema respiratório que monitoram os níveis de CO2, H+ e O2, e fornece informações ao centro respiratório. 
Os quimiorreceptores centrais estão localizados no bulbo ou próximos a ele, respondem a alterações na concentração de H+ ou pressão parcial de CO2, no líquido cerebrospinal.
Os quimiorreceptores periféricos estão localizados nos glomos caróticos - que são nódulos ovais na parede das artérias carótidas. São sensíveis a alterações na pressão parcial de oxigênio, H+ e CO2. 
Os neurônios sensitivos dos glomos fazem parte do nervo vago e nervos glossofaríngeo. 
Além disso, existe uma questão de receptores mecânicos que atuam a partir da movimentação de: inspiração e expiração;Além dos barorreceptores, que também atuam nesse mecanismo de controle respiratório, pelas respostas de acidose ou alcalose. 
 
 
 
CO2 é lipossolúvel, assim, ele se difunde com muita facilidade pelas células. 
O aumento de CO2 é diretamente proporcional a concentração de H+
 
 
DPOC - Doença pulmonar obstrutiva crônica:
É um distúrbio respiratório causado por uma obstrução crônica e recorrente do fluxo de ar, que aumenta a resistência das vias respiratórias.
Sua causa mais comum é o tabagismo;
Principais tipos de DPOC: enfisema pulmonar e bronquite aguda;
 
Enfisema pulmonar:
É uma doença caracterizada pela obstrução das paredes dos alvéolos, produzindo espaços aéreos anormalmente grandes que ficam cheios de ar durante a expiração. 
Com uma menor área de superfície para as trocas gasosas a difusão de O2 é reduzida.
O nível de O2 no sangue é reduzido;
Grandes quantidades de paredes alveolares são danificadas, e a retração elástica diminui por causa da perda de fibras elásticas.
E uma quantidade de ar fica retida nos pulmões no final de cada expiração.
Bronquite crônica:
Secreção excessiva de muco brônquico acompanhada por tosse produtiva (aumento de escarro);
O contato duradouro e excessivo com agentes irritativos, provoca um aumento do tamanho e quantidade de glândulas mucosas e células caliciformes no epitélio das vias respiratórias.
A produção excessiva de muco obstrui os cílios e assim, facilita a proliferação dos patógenos.
Sintomas: falta de ar, sibilos, cianose e hipertensão pulmonar.

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