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As vias aéreas são responsáveis pelo transporte do ar até os pulmões, onde 
ocorrem as trocas gasosas que irão oxigenar o sangue e retirar o gás carbônico 
circulante. Além disso, o sistema respiratório também participa da fonação 
(articulação da fala) e da percepção olfatória. 
 
As vias aéreas podem ser anatomicamente divididas 
em vias aéreas superiores e vias aéreas inferiores. As 
vias aéreas superiores têm localização extratorácica e 
são constituídas pelas cavidades nasais, faringe e laringe. 
Já as vias aéreas inferiores têm localização intratorácica, 
e é composta pela traqueia, brônquios, bronquíolos e 
alvéolos, que são as estruturas funcionais do pulmão. 
 
Fisiologicamente, as vias aéreas podem ser divididas em 
porção condutora e porção respiratória, ou seja, porção 
por onde o ar é conduzido e porção onde realmente 
ocorrem as trocas gasosas. 
 
Durante seu transporte até o pulmão, o ar é aquecido e 
purificado pelas estruturas presentes no epitélio 
respiratório, além da própria constituição anatômica do 
trato respiratório, que força o ar a “fazer voltas” antes de chegar até o 
pulmão, aquecendo e esfriando esse ar até a alcançar a temperatura 
ideal. 
 
 
 
 
 
Nariz – Composição anatômica: 
• Ossos nasais 
• Septo nasal 
• Lâmina perpendicular do etmoide 
• Vômer 
• Cartilagens do septo nasal 
• Narinas 
• Vestíbulo do nariz 
• Conchas nasais (superior, média, inferior) 
 
A parte externa do nariz é a parte do nariz visível na face e consiste em um 
arcabouço de sustentação de osso e de cartilagem hialina, recoberto com 
músculo e pele e revestido por uma túnica mucosa. 
 
As estruturas interiores da parte externa do nariz possuem três funções: (1) 
aquecimento, umedecimento e filtração do ar que entra no nariz; (2) detecção 
dos estímulos olfatórios (odor); e (3) modificação das vibrações da fala, à 
medida que passam pelas grandes câmaras ocas de ressonância. Ressonância 
refere-se ao prolongamento, amplificação ou modificação do som, por meio de 
vibração. 
 
Inferiormente ao epitélio olfatório (os receptores olfatórios situam-se na 
membrana que reveste as conchas nasais superiores e o septo adjacente, 
chamada de epitélio olfatório), a túnica mucosa contém capilares e epitélio 
colunar ciliado pseudoestratificado, com muitas células caliciformes. 
 
À medida que o ar inalado rodopia em tomo das conchas e meatos, é aquecido 
pelo sangue nos capilares. O muco produzido pelas células caliciformes 
umedece o ar e prende as partículas de poeira. 
 
A drenagem dos duetos lacrimonasais também ajuda a umedecer o ar e, 
ocasionalmente, é auxiliada pelas secreções dos seios paranasais. Os cílios 
movem o muco e as partículas de poeira aprisionadas em direção à faringe, de 
onde são deglutidos ou cuspidos, portanto, removendo as partículas do trato 
respiratório. 
 
 
 
 
Nasofaringe – Composição anatômica: 
• Toro tubário 
• Óstio da tuba faríngea 
• Tonsila faríngea 
 
É um tubo afunilado medindo aproximadamente 13 cm de comprimento, que 
começa nos cóanos (abertura nasofaríngea) e se estende até o nível da 
cartilagem cricoidea, a cartilagem mais inferior da laringe (caixa de voz). A 
faringe situa-se imediatamente posterior às cavidades nasal e oral, superior à 
laringe e imediatamente anterior às vértebras cervicais. Sua parede é composta 
de músculos esqueléticos e é revestida por túnica mucosa. A contração dos 
músculos esqueléticos auxilia na deglutição. 
 
A faringe funciona como uma passagem para o ar e o 
alimento, fornece uma câmara de ressonância para os 
sons da fala e aloja as tonsilas, que participam nas 
reações imunológicas contra invasores estranhos. 
 
A parte nasal da faringe é revestida com epitélio colunar 
ciliado pseudoestratificado e os cílios movimentam o muco 
para baixo, em direção à parte mais inferior da faringe. A 
parte nasal da faringe também troca pequenas 
quantidades de ar com as tubas auditivas, para equalizar a 
pressão do ar entre a faringe e a orelha média. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Composição anatômica: 
• Cartilagem tireóidea - maior das cartilagens 
• Cartilagem cricóidea 
• Articulação cricotireóidea 
• Cartilagem aritenóidea 
• Articulação cricoaritenóidea 
• Cartilagem corniculada 
• Cartilagem cuneiforme 
• Epliglote 
• Músculos da laringe 
• Cavidade da laringe 
 
É uma passagem curta, que conecta a parte laríngea da 
faringe com a traqueia. Situa-se na linha mediana do 
pescoço, anteriormente ao esôfago e à 4ª até a 6ª 
vértebra cervical (C4-C6). 
 
A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagem. Três ímpares 
(cartilagem tireóidea – “pomo de Adão” – epiglote e cartilagem cricóidea) e três 
em pares (cartilagens aritenóidea, cuneiforme e comiculada). Das cartilagens 
pares, as cartilagens aritenóideas são as mais importantes, uma vez que 
influenciam as mudanças na posição e tensão das pregas vocais. Os músculos 
extrínsecos da laringe conectam as cartilagens umas às outras. 
 
O revestimento da laringe, acima das pregas vocais, é o epitélio pavimentoso 
estratificado não queratinizado. O revestimento da laringe, abaixo das pregas 
vocais, é o epitélio colunar ciliado pseudoestratificado consistindo em células 
colunares ciliadas, células caliciformes e células basais. O muco produzido 
pelas células caliciformes ajuda a aprisionar a poeira não removida das 
passagens superiores. Os cílios, no trato respiratório superior, movimentam o 
muco e as partículas aprisionadas para baixo, em direção à faringe; os cílios, no 
trato respiratório inferior, movimentam o muco e as partículas para cima, em 
direção à faringe. 
 
 
A principal função da laringe é proteger as vias respiratórias, principalmente 
durante a deglutição, servindo de esfíncter das vias aéreas inferiores com o 
intuito de mantê-las pérvias. 
 
 
Composição anatômica: 
• Parte cervical 
• Parte torácica 
• Cartilagens traqueais 
• Músculo traqueal 
• Ligamentos anulares 
• Parede membranácea 
• Bifurcação da traqueia 
• Carina da traqueia 
• Túnica mucosa com glândulas traqueais 
 
É uma passagem tubular para o ar, medindo 
aproximadamente 12 cm de comprimento e 2,5 
cm de diâmetro. Está localizada anteriormente 
ao esôfago e estende-se da laringe até a 
margem superior da quinta vértebra torácica 
(T5), na qual se divide em brônquios principais direito e esquerdo. 
 
As lâminas da parede da traqueia, de baixo para cima, são: (1) a túnica mucosa, 
(2) a tela submucosa, (3) a cartilagem hialina e (4) a túnica adventícia (composta 
por tecido conjuntivo areolar). A túnica mucosa da traqueia consiste em uma 
lâmina epitelial de epitélio colunar ciliado pseudoestratificado e uma lâmina 
própria subjacente que contém fibras reticulares e elásticas. O epitélio colunar 
ciliado pseudoestratificado consiste em células colunares ciliadas e células 
caliciformes que alcançam a superfície luminal, além de células basais, que não 
alcançam; o epitélio fornece a mesma proteção contra poeira que a túnica de 
revestimento da cavidade nasal e da laringe. A tela submucosa consiste em 
tecido conjuntivo areolar, que contém glândulas seromucosas e seus duetos. 
 
Os 16 a 20 anéis horizontais incompletos de cartilagem hialina se assemelham 
à letra C e estão empilhados um em cima do outro, sendo mantidos juntos por 
tecido conjuntivo denso. Podem ser percebidos através da pele, abaixo da 
laringe. A parte aberta de cada anel da cartilagem em forma de C está orientada 
posteriormente para o esôfago, sendo envolvida por uma membrana fibrosa. 
Dentro desta membrana encontram-se fibras musculares lisas transversas 
chamadas de músculo traqueal e tecido conjuntivo elástico que permite a 
alteração discreta do diâmetro da traqueia durante a inspiração e a expiração, 
o que é importante na manutenção do fluxo eficiente de ar. Os sólidos anéis da 
cartilagem, em forma de C fornecem um suporte semirrígido, de forma que a 
parede da traqueia não colapsa internamente (em especial durante a 
inspiração) e não obstrui a via respiratória. A túnicaadventícia da traqueia 
consiste em tecido conjuntivo areolar, que une a traqueia aos tecidos 
circundantes. 
 
Lâmina histológica: MH - 136 
• Seção transversal parcial de um único anel de cartilagem hialina: 
o Epitélio respiratório colunar pseudoestratificado ciliado (com 
células caliciformes) - as células caliciformes e os cílios são 
importantes mecanismos de defesa desse epitélio, o muco e os 
movimentos ciliares retém partículas provenientes do ar inalado. 
• Membrana basal - separa e prende o epitélio ao tecido conjuntivo 
subjacente. 
o Lâmina própria – conjuntivo denso não modelado. 
▪ Glândulas sero-mucosas (umidificação e retenção de 
partículas). 
▪ Cartilagem traqueal em forma de "C". 
▪ Músculo traqueal liso - abrange as extremidades das 
cartilagens traqueais - controla o diâmetro da traqueia. 
▪ Adventícia - tecido conjuntivo frouxo. 
• Seção longitudinal – cortes transversais de múltiplos anéis de cartilagem 
hialina. 
o Epitélio respiratório. 
o Lâmina própria – glândulas seromucosas. 
o Cartilagens traqueais – hialinas - é uma forma avascular de tecido 
conjuntivo, composta de células denominadas condrócitos e de 
matriz extracelular de aparência homogênea e altamente 
especializada. 
• Adventícia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epitélio; membrana basal e lâmina própria 
Cartilagem traqueal 
Adventícia 
Músculo traqueal liso 
Epitélio 
Lâmina própria 
Tecido 
conjuntivo 
Epitélio 
Músculo liso 
Glândulas 
sero-mucosas 
Músculo liso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lâmina histológica: MHS – 222 
• Epitélio respiratório colunar pseudoestratificado ciliado com cílios e 
células caliciformes. 
o Células colunares - núcleos em diferentes níveis. 
▪ Cílios - estendem-se por 5 a 7 µm da superfície das células 
epiteliais colunares. 
▪ Linha escura em sua base: corpos basais. 
o Células basais - pequenas células encontradas na base do epitélio 
que não se estendem para a superfície. 
o Células caliciformes – dispersas, secretam muco. 
o Membrana basal - separa o epitélio do tecido conjuntivo 
subjacente (banda espessa e eosinofílica abaixo do epitélio). 
• Lâmina própria - tecido conjuntivo denso e irregular sustenta o epitélio. 
o Glândulas sero-mucosa - umidificação e retenção de 
contaminantes. 
• Cartilagem traqueal hialina - seção transversal parcial de um anel. 
o Pericôndrio - tecido conjuntivo denso e irregular que envolve a 
cartilagem. 
 
Adventícia 
Cartilagem 
traqueal 
Cartilagem hialina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epitélio Lâmina própria 
Lâmina própria 
Epitélio 
Glândulas 
sero-mucosas 
Glândulas 
sero-mucosas 
Cartilagem 
traqueal 
Cartilagem 
traqueal 
Pericôndrio 
Pericôndrio 
 
 
 
 
Árvore bronquial – Composição anatômica: 
• Brônquio principal direito 
• Brônquio lobar superior 
• Brônquio lobar médio 
• Brônquio lobar inferior 
• Brônquios segmentares 
• Brônquio principal esquerdo 
• Brônquio lobar superior 
• Brônquio lobar inferior 
• Brônquios segmentares 
 
Na margem superior da quinta vértebra torácica, a traqueia divide-se em 
brônquio principal direito, que vai para o pulmão direito, e em brônquio principal 
esquerdo, que vai para o pulmão esquerdo. O brônquio principal direito é mais 
vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como resultado, é mais 
O ar inalado é aquecido pelo calor do corpo e umedecido pela água evaporada do revestimento 
mucoso das vias aéreas. Sob condições normais, quando o ar alcança a traqueia, ele foi 
condicionado a 100% de umidade e 37°C. A respiração pela boca não é tão eficaz em aquecer e 
umedecer o ar como a respiração pelo nariz. Por exemplo, se você se exercita ao ar livre em um 
clima muito frio, pode sentir uma dor em seu peito, que resulta de respirar ar frio pela boca. 
 
A filtração do ar ocorre na traqueia e nos brônquios. Tanto a traqueia quanto os brônquios são 
revestidos com um epitélio ciliado, cujos cílios são banhados por uma camada de solução salina. 
A solução salina é produzida pelas células epiteliais quando o Cl- é secretado para o lúmen por 
canais de ânions apicais que atraem Na+ para o lúmen através da via paracelular. O movimento 
de soluto do LEC para o lúmen cria um gradiente osmótico, e, assim, a água segue os íons em 
direção à via aérea. O canal CFTR, cujo mau funcionamento provoca a fibrose cística, é um dos 
canais iônicos encontrados na superfície apical desse epitélio. 
 
Uma camada viscosa de muco flutua sobre os cílios para prender a maior parte das partículas 
inaladas e com tamanho superior a 2 cm. A camada de muco é secretada pelas células caliciformes 
no epitélio. Os cílios batem com um movimento ascendente que move o muco continuamente em 
direção à faring*e, criando o que é chamado de movimento mucociliar. 
 
O muco contém imunoglobulinas que podem atuar sobre muitos patógenos. Uma vez que o muco 
chega até a faringe, ele pode ser expelido (expectorado) ou deglutido. No muco deglutido, o ácido 
do estômago e as enzimas destroem os microrganismos restantes. A secreção da camada salina 
aquosa sob o muco é essencial para o movimento mucociliar funcional. Na doença fibrose cística, 
por exemplo, a secreção inadequada de íons diminui o transporte de líquido nas vias aéreas. Sem 
a camada de solução salina, os cílios ficam presos no muco espesso e viscoso, perdendo a 
capacidade de movimentar-se. O muco não pode ser eliminado, e as bactérias colonizam as vias 
aéreas, resultando em infecções pulmonares recorrentes. 
 
Fonte: Silverthorn – Capítulo 17: Mecânica da Ventilação. 
provável que um objeto aspirado entre e se aloje no brônquio principal direito 
do que no esquerdo. Como a traqueia, os brônquios principais contêm anéis 
incompletos de cartilagem e são revestidos por epitélio colunar ciliado 
pseudoestratificado. 
 
Ao penetrar os pulmões, os brônquios principais dividem-se para formar 
brônquios menores — os brônquios lobares (secundários), um para cada lobo 
do pulmão. Os brônquios lobares continuam a se ramificar, formando brônquios 
ainda menores, chamados de brônquios segmentares (terciários), que se 
dividem nos bronquíolos. Os bronquíolos, por sua vez, ramificam-se 
repetidamente, e os menores ramificam-se em tubos ainda menores, chamados 
de bronquíolos terminais. 
 
À medida que a ramificação se toma mais extensa na árvore bronquial, diversas 
alterações estruturais podem ser percebidas: 
• A túnica mucosa na árvore bronquial muda de epitélio colunar ciliado 
pseudoestratificado nos brônquios principais, brônquios lobares 
(secundários) e brônquios segmentares (terciários) para epitélio colunar 
simples ciliado, com algumas células caliciformes nos bronquíolos 
maiores; para basicamente epitélio cúbico simples ciliado sem células 
caliciformes em bronquíolos menores; para, em grande parte, epitélio 
cúbico simples não ciliado nos bronquíolos terminais. (Nas regiões nas 
quais o epitélio cúbico simples não ciliado está presente, as partículas 
inaladas são removidas pelos macrófagos.) 
• Lâminas de cartilagem gradualmente substituem os anéis incompletos 
de cartilagem nos brônquios principais e, finalmente, desaparecem nos 
bronquíolos distais. 
• Conforme a quantidade de cartilagem diminui, a quantidade de músculo 
liso aumenta. O 
músculo liso 
envolve o lúmen 
em faixas espirais. 
Contudo, como não 
há cartilagem de 
sustentação, os 
espasmos 
musculares 
fecham as vias 
respiratórias. Isso 
é o que acontece 
durante um ataque 
de asma, que é uma 
situação 
potencialmente 
letal. 
 
 
O alvéolo pulmonar é a unidade estrutural básica de troca gasosa no pulmão. 
Graças à presença dos alvéolos, os bronquíolos respiratórios participam tanto 
do transporte de ar quanto da troca gasosa. Cada bronquíolo respiratório dá 
origem a 2 a 11 ductos alveolares, e cada um deles dá origem a 5 a 6 sacos 
alveolares. Os ductos alveolares são vias respiratórias alongadas, densamente 
revestidas por alvéolos, que levam a espaços comuns, os sacos alveolares, nos 
quais se abrem grupos de alvéolos.Novos alvéolos continuam a se desenvolver 
até cerca de 8 anos de idade, período em que há aproximadamente 300 milhões 
de alvéolos. 
 
Os alvéolos, agrupados nas 
extremidades dos bronquíolos 
terminais, constituem a maior 
parte do tecido pulmonar. A sua 
função primária é a troca gasosa 
entre eles e o sangue. 
 
Cada pequeno alvéolo é 
composto de uma única camada 
de epitélio. Dois tipos de células 
epiteliais são encontrados nos 
alvéolos. Cerca de 95% da área 
superficial alveolar é utilizada 
para a troca de gases e é 
formada por células alveolares 
tipo I. Essas células são muito delgadas, então os gases se difundem 
rapidamente através delas. Na maior parte da área de troca, uma camada de 
membrana basal funde o epitélio alveolar ao endotélio do capilar. Na área 
restante, somente uma pequena quantidade de líquido intersticial está presente. 
 
A célula alveolar tipo II, menor e mais espessa, sintetiza e secreta uma 
substância química conhecida como surfactante. O surfactante mistura-se com 
o líquido fino que reveste o alvéolo para ajudar os pulmões quando eles se 
expandem durante a respiração. As células tipo II também ajudam a minimizar 
a quantidade de líquido presente nos alvéolos, transportando solutos e água 
para fora do espaço aéreo alveolar. 
 
As paredes finas do alvéolo não contêm músculo, uma vez que as fibras 
musculares poderiam bloquear a rápida troca gasosa. Como resultado, o 
próprio tecido pulmonar não pode se contrair. Entretanto, o tecido conectivo 
entre as células epiteliais alveolares contém muitas fibras de colágeno e de 
elastina que criam a energia potencial elástica quando o tecido pulmonar é 
estirado. 
 
Associados à parede alveolar estão os macrófagos alveolares (células de 
poeira), fagócitos que removem as finas partículas de poeira e outros 
fragmentos nos espaços alveolares. Estão presentes também fibroblastos, que 
produzem fibras elásticas e reticulares. 
 
A associação íntima dos alvéolos com uma extensa rede de capilares demonstra 
a estreita ligação entre os sistemas circulatório e respiratório. Os vasos 
sanguíneos preenchem 80 a 90% do espaço entre os alvéolos, formando uma 
“camada” quase contínua de sangue que está em contato íntimo com os alvéolos 
cheios de ar. A proximidade do sangue capilar com o ar alveolar é essencial 
para a rápida troca de gases. 
 
A troca de 02 e C02 entre os espaços aéreos nos pulmões e no sangue ocorre 
por difusão através das paredes capilar e alveolar que, juntas, formam a 
membrana respiratória. Estendendo-se do espaço aéreo alveolar até o plasma 
sanguíneo, a membrana respiratória consiste em quatro camadas: 
 
1. Uma camada de células alveolares tipo I e tipo II e macrófagos alveolares 
associados, que constituem a parede alveolar. 
2. Uma membrana basal epitelial subjacente à parede alveolar. 
3. Uma membrana basal capilar, que é muitas vezes fundida com a 
membrana basal epitelial. 
4. O endotélio capilar. 
 
 
 
 
Composição anatômica: 
• Base do pulmão 
• Ápice do pulmão 
• Face costal 
• Face mediastinal 
• Impressão cardíaca (pulmão esquerdo) 
• Face diafragmática 
• Face interlobar 
• Hilo do pulmão 
• Raiz do pulmão 
• Pulmão direito: Lobo superior, Lobo médio, Lobo inferior, Fissura oblíqua 
e Fissura horizontal 
• Pulmão esquerdo: Língula, Lobo superior, Lobo inferior e Fissura oblíqua 
 
Pleura – Composição anatômica: 
• Pleura visceral 
• Pleura parietal 
• Parte costal 
• Parte mediastinal 
• Parte diafragmática 
• Cavidade pleural 
• Recesso pleural – costomedial e costodiafragmático 
• Reflexão pleural – posteriormente há uma reflexão vertebral. 
inferiormente há uma reflexão costal e anteriormente há uma reflexão 
esternal 
 
Os pulmões são órgãos coniformes pareados, situados na cavidade torácica. 
São separados um do outro pelo coração e por outras estruturas do mediastino, 
que divide a cavidade torácica em duas câmaras anatomicamente distintas. 
 
Cada pulmão é envolvido e protegido por uma túnica serosa bilaminada, 
chamada de pleura. A lâmina superficial, chamada de pleura parietal, reveste a 
parede da cavidade torácica; a lâmina profunda, a pleura visceral, recobre os 
próprios pulmões. Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno 
espaço, a cavidade pleural, que contém uma pequena quantidade de líquido 
lubrificante, produzido pelas túnicas. Esse líquido pleural reduz o atrito entre as 
túnicas, permitindo que deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a 
respiração. O líquido pleural também faz com que as pleuras grudem uma na 
outra, assim como uma película de água faz com que duas lâminas de vidro 
grudem uma na outra, um fenômeno chamado de tensão de superfície. 
Cavidades pleurais separadas envolvem os pulmões direito e esquerdo. 
 
Os pulmões se estendem desde o diafragma até, ligeiramente, acima das 
clavículas, e se situam contra as costelas, anterior e posteriormente. A parte 
inferior larga do pulmão, a base, é côncava e se ajusta sobre a área convexa do 
diafragma. A parte superior estreita do pulmão é o ápice. A face do pulmão que 
se situa contra as costelas, a face costal, ajusta-se à curvatura arredondada 
das costelas. A face mediastinal de cada pulmão contém uma região, o hilo, por 
onde os brônquios, os vasos sanguíneos pulmonares, os vasos linfáticos e os 
nervos entram e saem. Essas estruturas são mantidas juntas pela pleura e por 
tecido conjuntivo e constituem a raiz do pulmão. Medialmente, o pulmão 
esquerdo também contém uma concavidade, a incisura cardíaca, na qual se 
situa o coração. Em consequência do espaço ocupado pelo coração, o pulmão 
esquerdo é aproximadamente 10% menor do que o direito. Embora o pulmão 
direito seja mais espesso e mais largo, é também um pouco mais curto do que 
o pulmão esquerdo, porque o diafragma é mais alto no lado direito, para 
acomodar o fígado, que se situa abaixo dele. 
 
Os pulmões quase preenchem o tórax. O ápice dos pulmões situa-se superior 
ao terço medial das clavículas, e é a única área palpável. As faces anterior, 
lateral e posterior dos pulmões situam-se contra as costelas. A base dos 
pulmões estende-se da sexta cartilagem costal, anteriormente, até o processo 
espinhoso da décima vértebra torácica, posteriormente. A pleura se estende 
aproximadamente 5 cm abaixo da base, a partir da sexta cartilagem costal, 
anteriormente, até a décima segunda costela, posteriormente. Portanto, os 
pulmões não preenchem completamente a cavidade pleural nessa área. 
 
Uma ou duas fissuras dividem cada pulmão em lobos. Ambos os pulmões 
possuem uma fissura oblíqua, que se estende inferior e anteriormente; o 
pulmão direito também possui uma fissura horizontal. A fissura oblíqua, no 
pulmão esquerdo, separa o lobo superior do lobo inferior. No pulmão direito, a 
parte superior da fissura oblíqua separa o lobo superior do lobo inferior; a parte 
inferior da fissura oblíqua separa o lobo inferior do lobo médio, que é limitado 
superiormente pela fissura horizontal. 
 
 
 
Cada lobo recebe seu próprio brônquio lobar (secundário). Assim, o brônquio 
principal direito dá origem a três brônquios lobares (secundários) denominados 
brônquios lobares (secundários) superior, médio e inferior, enquanto o brônquio 
principal esquerdo dá origem aos brônquios lobares (secundários) superior e 
inferior. No interior do pulmão, os brônquios lobares dão origem aos brônquios 
segmentares (terciários), que são constantes tanto em origem quanto em 
distribuição — existem 10 brônquios segmentares (terciários) em cada pulmão. 
O segmento do tecido pulmonar que cada brônquio segmentar supre é chamado 
de segmento broncopulmonar. 
 
Cada segmento broncopulmonar dos pulmões possui muitos compartimentos 
pequenos, chamados de lóbulos; cada lóbulo está envolto em tecido conjuntivo 
elástico e contém um vaso linfático, uma arteríola, uma vênula e um ramo 
proveniente de um bronquíolo terminal. Os bronquíolos terminais subdividem-
se em ramos microscópicos denominados bronquíolos respiratórios. À medidaque os bronquíolos respiratórios penetram mais profundamente os pulmões, o 
revestimento epitelial muda, de cúbico simples para pavimentoso simples. 
 
Os bronquíolos respiratórios, por sua vez, se subdividem em diversos ductos 
alveolares (2 a 11). As passagens respiratórias da traqueia para os ductos 
alveolares contêm aproximadamente 25 ordens de ramificação; a ramificação 
da traqueia em brônquios principais é chamada de ramificação de primeira 
ordem, a dos brônquios principais em brônquios lobares (secundários) é 
chamada de ramificação de segunda ordem, e assim sucessivamente, para 
baixo, até os ductos alveolares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lâmina histológica: MH – 139 
Brônquio primário – a traqueia se divide em brônquios primários para cada 
pulmão. Eles se dividem em brônquios secundários (lobares) e depois em 
brônquios segmentares (terminais). 
o Epitélio respiratório – composto por um epitélio colunar 
pseudoestratificado. 
o Membrana de base – banda espessa e eosinofílica abaixo do 
epitélio. 
o Lâmina própria – tecido conjuntivo denso irregular. 
▪ Cartilagem brônquica – consiste em cartilagem hialina. 
▪ Glândulas sero-mucosas. 
▪ Músculo liso 
• Bronquíolos primários (musculares). 
o Epitélio muda de epitélio colunar pseudoestratificado para epitélio 
colunar ciliado simples à medida que diminuem de diâmetro. 
o Club Cells – células secretoras em forma de cúpula. 
o Músculo liso – quantidades variáveis presentes. 
• Bronquíolos terminais - condução de vias aéreas. 
o Epitélio muda de epitélio colunar simples e ciliado para epitélio 
cúbico. 
o Club Cells - tornam-se mais proeminentes. 
o Músculo liso – quantidades variáveis presentes 
• Bronquíolos respiratórios - mistura de epitélio condutor e alvéolos onde 
ocorre a respiração. 
o Epitélio é uma mistura de epitélio colunar simples e cúbico 
simples. 
o Club Cells - tornam-se mais proeminentes. 
o Músculo liso – apenas pequenas quantidades estão presentes 
• Dutos alveolares – surgem dos bronquíolos respiratórios e são 
passagens revestidas com alvéolos. 
• Sacos alveolares – espaços esféricos com aberturas em múltiplos 
alvéolos. 
• Alvéolos – sacos de terminação cega que são a terminação final das vias 
aéreas. 
o Epitélio simples – contém dois tipos de pneumócitos que 
repousam sobre uma fina lâmina basal. 
▪ Tipo I - células epiteliais escamosas simples e achatadas – 
as trocas gasosas ocorrem através dessas células. 
▪ Tipo II - células epiteliais cúbicas em forma de cúpula que 
se projetam no lúmen – secretam surfactante que cobre a 
superfície alveolar e reduz a tensão superficial. 
• Capilares – rede densa circunda os alvéolos. 
• Músculo liso – frequentemente encontrado nas extremidades das 
paredes alveolares. 
 
 
 
 
 
Brônquios 
primários 
 
 
 
 
 
 
Brônquios 
primários 
 
 
 
 
 
 
 
As funções principais da respiração são prover oxigênio aos tecidos e remover 
o dióxido de carbono. A fim de alcançar tais objetivos, a respiração pode ser 
dividida em quatro componentes principais: (1) ventilação pulmonar, que 
significa o influxo e o efluxo de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares; 
(2) difusão de oxigênio (O2 ) e dióxido de carbono (CO2 ) entre os alvéolos e o 
sangue; (3) transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e nos líquidos 
corporais e suas trocas com as células de todos os tecidos do corpo; e (4) 
regulação da ventilação e outros aspectos da respiração. 
 
 
 
 
Os pulmões podem ser expandidos e contraídos por duas maneiras: (1) por 
movimentos de subida e descida do diafragma para aumentar ou diminuir a 
cavidade torácica; e (2) por elevação e depressão das costelas para elevar e 
reduzir o diâmetro anteroposterior da cavidade torácica. 
 
A respiração tranquila e normal é realizada quase inteiramente pelo primeiro 
método, isto é, pelos movimentos do diafragma. Durante a inspiração, a 
contração diafragmática puxa as superfícies inferiores dos pulmões para baixo. 
Depois, na expiração, o diafragma simplesmente relaxa, e a retração elástica 
dos pulmões, da parede torácica e das estruturas abdominais comprime os 
pulmões e expele o ar. Durante a respiração vigorosa, no entanto, as forças 
elásticas não são poderosas o suficiente para produzir a rápida expiração 
necessária; assim, força extra é obtida, principalmente, pela contração da 
musculatura abdominal, que empurra o conteúdo abdominal para cima, contra 
a parte inferior do diafragma, comprimindo, dessa maneira, os pulmões. 
 
O segundo método para expansão dos pulmões é elevar a caixa torácica. Ao ser 
elevada expandem-se os pulmões porque, na posição de repouso natural, as 
costelas se inclinam para baixo, possibilitando, dessa forma, que o esterno 
recue em direção à coluna vertebral. Quando a caixa torácica é elevada, no 
entanto, as costelas se projetam quase diretamente para frente, fazendo com 
que o esterno também se mova anteriormente para longe da coluna, 
aumentando o diâmetro anteroposterior do tórax por cerca de 20% durante a 
inspiração máxima, em comparação à expiração. Portanto, todos os músculos 
que elevam a caixa torácica são classificados como músculos da inspiração, e 
os que deprimem a caixa torácica são classificados como músculos da 
expiração. 
 
Os músculos mais importantes que elevam a caixa torácica são os intercostais 
externos, mas outros que auxiliam são (1) músculos esternocleidomastóideos, 
que elevam o esterno; (2) serráteis anteriores, que elevam muitas costelas; e 
(3) escalenos, que elevam as duas primeiras costelas. 
 
Os músculos que puxam a caixa torácica para baixo, durante a expiração, são 
principalmente o (1) reto abdominal, que exerce o efeito poderoso de puxar para 
baixo as costelas inferiores, ao mesmo tempo em que, em conjunto com outros 
músculos abdominais, também comprime o conteúdo abdominal para cima 
contra o diafragma; e (2) os intercostais internos. 
 
 
 
 
Os pulmões são estruturas elásticas que colapsam, como um balão, e expelem 
todo o ar pela traqueia, toda vez que não existe força para mantê-lo inflado. 
Também não existem conexões entre os pulmões e as paredes da caixa torácica, 
exceto onde ele está suspenso no hilo a partir do mediastino, região situada no 
meio da caixa torácica. Em vez disso, o pulmão “flutua” na cavidade torácica, 
cercado por fina camada de líquido pleural que lubrifica o movimento dos 
pulmões dentro da cavidade. Além disso, a sucção contínua do excesso de 
líquido para os canais linfáticos mantém leve tração entre a superfície visceral 
da pleura pulmonar e a superfície parietal da pleura da cavidade torácica. 
Portanto, os pulmões são presos à parede torácica, como se estivessem 
colados; no entanto, eles estão bem lubrificados e podem deslizar livremente 
quando o tórax se expande e contrai. 
 
• Pressão pleural: é a pressão do líquido no estreito espaço entre a pleura 
visceral e a pleura parietal. Como observado antes, essa pressão é 
normalmente uma sucção ligeira, o que significa discreta pressão 
negativa. A pressão pleural normal no início da inspiração é cerca de −5 
centímetros de água, que é a quantidade de sucção necessária para 
manter os pulmões abertos no seu nível de repouso. Durante a inspiração 
normal, a expansão da caixa torácica traciona os pulmões para diante 
com força maior e cria mais pressão negativa, que chega a cerca de −7,5 
centímetros de água. 
• Pressão alveolar: Quando a glote está aberta e não existe fluxo de ar para 
dentro ou para fora dos pulmões, as pressões em todas as partes da 
árvore respiratória, até os alvéolos, são iguais à pressão atmosférica, 
que é considerada a pressão de referência zero nas vias aéreas — isto é, 
0 cm de pressão de água. Para causar o influxo de ar para os alvéolos, 
durante a inspiração a pressão nos alvéolos deve cair para valor 
ligeiramente abaixo da pressão atmosférica (abaixo de 0). Durante a 
inspiração normal, a pressão alveolar diminui para cercade −1 
centímetro de água. Essa pressão ligeiramente negativa é suficiente para 
puxar 0,5 litro de ar para o interior dos pulmões, nos 2 segundos 
necessários para uma inspiração 
normal e tranquila. Durante a expiração, 
a pressão alveolar sobe para cerca de 
+1 centímetro de água e força o 0,5 litro 
de ar inspirado para fora dos pulmões, 
durante os 2 a 3 segundos de expiração. 
• Pressão transpulmonar: é a diferença 
de pressão entre os alvéolos e as 
superfícies externas dos pulmões 
(pressão pleural), sendo medida das 
forças elásticas nos pulmões que 
tendem a colapsá-los a cada instante da 
respiração, a chamada pressão de 
retração. - As forças elásticas 
teciduais, que tendem a provocar o 
colapso do pulmão cheio de ar 
representam, apenas cerca de um terço 
da elasticidade total pulmonar, 
enquanto as forças de tensão 
superficial líquido-ar nos alvéolos 
representam cerca de dois terços. As 
forças elásticas pulmonares de tensão 
superficial líquido-ar também aumentam, tremendamente, quando a 
substância chamada surfactante não está no líquido alveolar. 
 
 
É o grau de extensão dos pulmões por cada unidade de aumento da pressão 
transpulmonar (se tempo suficiente for permitido para atingir o equilíbrio), em 
outras palavras, é a variação de volume pulmonar para cada unidade de 
variação na pressão transpulmonar (C = ∆V/∆P). A complacência total de ambos 
os pulmões no adulto normal é, em média, de 200 mililitros de ar por centímetro 
de pressão de água transpulmonar. Isto é, sempre que a pressão transpulmonar 
aumentar 1 centímetro de água, o volume pulmonar, após 10 a 20 segundos, se 
expandirá 200 mililitros. – Diagrama de complacência pulmonar (curva de 
complacência inspiratória e expiratória). 
 
 
Quando a água forma uma superfície de contato com o ar, as moléculas da água 
na superfície têm atração especialmente forte umas pelas outras. Como 
resultado, a superfície da água está sempre tentando se contrair. Isto é o que 
mantém as gotas de chuva unidas — isto é, existe firme membrana contrátil, 
constituída por moléculas de água, por toda a superfície da gota. 
 
Assim, pode-se utilizar esse princípio de comparação com a superfície interna 
do alvéolo: a superfície da água também está tentando se contrair, o que tende 
a forçar o ar para fora do alvéolo, pelo brônquio, e, ao fazer isso, induz o colapso 
do alvéolo. O efeito global é o de causar força contrátil elástica de todo o pulmão 
que é referida como força elástica da tensão superficial. 
 
 
O surfactante é um agente ativo da superfície da água, significando que ele reduz 
bastante a tensão superficial da água. É secretado por células epiteliais 
especiais secretoras de surfactante chamadas células epiteliais alveolares tipo 
II, que constituem cerca de 10% da área de superfície alveolar. Essas células são 
granulares, contêm inclusões lipídicas que são secretadas no surfactante 
dentro dos alvéolos. 
 
O surfactante é mistura complexa de vários fosfolipídeos, proteínas e íons. Os 
componentes mais importantes são o fosfolipídeo dipalmitoilfosfatidilcolina, as 
apoproteínas surfactantes e os íons cálcio. A dipalmitoilfosfatidilcolina e vários 
fosfolipídeos menos importantes são responsáveis pela redução da tensão 
superficial. Eles desempenham essa função porque não se dissolvem, 
uniformemente, no líquido que recobre a superfície alveolar. Parte das 
moléculas se dissolve, enquanto o restante se espalha sobre a superfície da 
água no alvéolo. Essa superfície tem entre 1/12 e 1/2 da tensão superficial da 
superfície de água pura. 
 
Em termos quantitativos, a tensão superficial dos diferentes líquidos aquosos é 
aproximadamente a seguinte: água pura, 72 dinas/cm; líquidos normais que 
revestem os alvéolos, mas sem surfactante, 50 dinas/cm; líquidos normais que 
revestem os alvéolos e com quantidades normais de surfactante incluídas, entre 
5 e 30 dinas/cm. 
 
 
 
 
 
A caixa torácica tem suas próprias características elásticas e viscosas, 
semelhantes às dos pulmões; até mesmo se os pulmões não estivessem 
presentes no tórax, esforço muscular seria necessário para expandir a caixa 
torácica. A complacência de todo o sistema pulmonar (dos pulmões e da caixa 
torácica juntos) é medida durante a expansão dos pulmões de pessoa 
totalmente relaxada ou paralisada. 
 
 
Todas as contrações dos músculos respiratórios ocorrem durante a inspiração; 
a expiração é, quase inteiramente, processo passivo, ocasionado pela retração 
elástica dos pulmões e da caixa torácica. Assim, sob condições de repouso, os 
músculos respiratórios normalmente realizam “trabalho” para produzir a 
inspiração, mas não a expiração. 
 
O trabalho da inspiração pode ser dividido em três frações: (1) a necessária para 
expandir os pulmões contra as forças elásticas do pulmão e do tórax, chamada 
trabalho de complacência ou trabalho elástico; (2) a necessária para sobrepujar 
a viscosidade pulmonar e das estruturas da parede torácica, chamada trabalho 
de resistência tecidual; e (3) a necessária para sobrepujar a resistência aérea, 
ao movimento de ar para dentro dos pulmões, chamada trabalho de resistência 
das vias aéreas. 
 
Durante a respiração normal e tranquila, apenas 3% a 5% da energia consumida 
pelo corpo são requeridas pela ventilação pulmonar. Entretanto, durante o 
exercício pesado, a quantidade de energia requerida pode aumentar por até 50 
vezes, especialmente se a pessoa tiver qualquer grau de incremento da 
resistência das vias aéreas ou complacência pulmonar diminuída. Assim, uma 
das principais limitações da intensidade do exercício que pode ser realizado é a 
capacidade da pessoa de fornecer energia muscular suficiente para apenas o 
processo respiratório isoladamente. 
 
 
 
 
 
A quantidade total de ar presente nas vias aéreas de um adulto é tipicamente 5 
a 6 litros. Essa quantia pode ser dividida em uma série de volumes e 
capacidades. 
 
 
➢ Corrente (VC): Volume de ar que entra e sai dos pulmões, sob 
condições normais, sem expirações nem inspirações forçadas. 
Geralmente, está em torno de 500 mL. 
➢ Reserva inspiratória (VRI): Volume de ar que entra a mais em uma 
inspiração forçada. Corresponde a cerca de 3000 mL. 
➢ Reserva expiratória (VRE): Volume de ar expulso a mais em uma 
expiração forçada. Geralmente, está em torno de 1100 mL. 
➢ Residual (VR): volume de ar que fica nos pulmões após uma expiração 
forçada máxima. Fundamental para manter a abertura dos alvéolos e 
impedir a tendência de colabamento alveolar. Mede em torno de 1200 
mL. 
 
 
 
Formadas pela soma de 2 ou mais volumes pulmonares. 
➢ Capacidade pulmonar total 
(CPT): volume máximo a 
que os pulmões podem ser 
expandidos com o maior 
esforço. Ou seja, 
representa a quantidade 
total de ar presente nos 
pulmões na inspiração 
máxima. Corresponde à 
soma dos quatro volumes pulmonares. 
➢ Capacidade residual funcional (CRF): quantidade de ar que permanece 
nos pulmões ao final da expiração normal. Corresponde à soma do 
volume residual com o volume de reserva expiratória. Ponto de 
equilíbrio do sistema respiratório - Reflete a quantidade de ar em que 
a resultante entre as forças de recolhimento elástico do pulmão anula 
as forças de expansão da caixa torácica. 
➢ Capacidade inspiratória (CI): volume total de ar que pode ser inspirado 
a partir da CRF. Corresponde à soma do volume corrente com o 
volume de reserva inspiratório. 
➢ Capacidade vital (CV): quantidade total de ar que pode ser mobilizado 
entre a inspiração máxima e a expiração máxima. Reflete a soma 
entre o volume de reserva inspiratória, o volume de reserva 
expiratória e o volume corrente. A CV representa a quantidade 
máxima de ar que uma pessoa pode expelir dos pulmões após enchê-
los previamente a sua extensão máxima. Ela corresponde à amplitude 
útil de ar disponível ao sistema respiratório. 
 
 
Capacidade inspiratória (CI): VRI + VC 
Capacidade vital (CV): VRI + VC + VRE 
Capacidade residual funcional (CRF): VRE + VR 
Capacidade pulmonar total(CPT): VRI + VC + VRE + VR 
 
 
O pulmão tem duas circulações, uma circulação de baixo fluxo e alta pressão e 
uma circulação de alto fluxo e baixa pressão. 
 
A circulação de alta pressão e fluxo baixo supre a traqueia, a árvore brônquica, 
incluindo os bronquíolos terminais, os tecidos de sustentação do pulmão e as 
camadas externas (adventícia) dos vasos sanguíneos, artérias e veias, com 
sangue arterial sistêmico. As artérias brônquicas, ramos da aorta torácica, 
suprem a maior parte de sangue arterial sistêmico, com pressão que é apenas 
ligeiramente inferior à pressão aórtica. 
 
A circulação de baixa pressão e fluxo elevado, que leva sangue venoso de todas 
as partes do corpo para os capilares alveolares, onde ganha oxigênio (O2) e 
perde dióxido de carbono (CO2). A artéria pulmonar, que recebe sangue do 
ventrículo direito, e seus ramos arteriais levam sangue para os capilares 
alveolares, onde ocorrem as trocas gasosas, e então, as veias pulmonares 
devolvem o sangue para o átrio esquerdo, para ser bombeado pelo ventrículo 
esquerdo para toda a circulação sistêmica. 
 
 
 
 
 
O oxigênio e o dióxido de carbono se movem entre o ar e o sangue por difusão 
simples, isto é, de uma área de pressão parcial alta para outra de pressão 
parcial baixa. 
 
A difusão através dos tecidos é descrita pela lei de Fick, a qual afirma que a taxa 
de transferência de um gás através de uma lâmina de tecido é proporcional à 
área tecidual e à diferença entre a pressão parcial do gás dos dois lados e 
inversamente proporcional à espessura tecidual. A área da membrana alvéolo-
capilar é muito grande (50 a 100 m2), enquanto a espessura é de somente 0,3 
μm em muitas partes, de tal forma que essas dimensões são ideais para a 
difusão. Além disso, a taxa de transferência é diretamente proporcional à 
constante de difusão, que, por sua vez, depende das propriedades do tecido e do 
gás em particular. A constante é diretamente proporcional à solubilidade do gás 
e inversamente proporcional à raiz quadrada do seu peso molecular. Isso 
significa que CO2 difunde-se cerca de 20 vezes mais que O2 através dos tecidos, 
porque possui maior solubilidade, mas um peso molecular não muito diferente. 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema nervoso normalmente ajusta a intensidade da ventilação alveolar de 
forma quase precisa às exigências corporais, de modo que as pressões parciais 
do oxigênio (Po2) e do dióxido de carbono (Pco2) no sangue arterial pouco se 
alterem, mesmo durante atividade física intensa e muitos outros tipos de 
estresse respiratório. 
 
O centro respiratório se compõe por diversos grupos de neurônios localizados 
bilateralmente no bulbo e na ponte do tronco cerebral. Esse centro respiratório 
se divide em três agrupamentos principais de neurônios: 
• o grupo respiratório dorsal, situado na porção dorsal do bulbo, 
responsável principalmente pela inspiração; 
• o grupo respiratório ventral, localizado na parte ventrolateral do 
bulbo, encarregado basicamente da expiração; 
• e o centro pneumotáxico, encontrado na porção dorsal superior da 
ponte, incumbido, essencialmente, do controle da frequência e da 
amplitude respiratória. 
 
 
 
 
Quando o oxigênio (O2) se difunde dos alvéolos para o sangue pulmonar, ele é 
transportado para os capilares dos tecidos, quase totalmente em combinação 
com a hemoglobina. A presença de hemoglobina nas hemácias permite que o 
sangue transporte 30 a 100 vezes mais O2 do que seria transportado na forma 
de O2 dissolvido na água do sangue. 
 
OBS.: Nas células dos tecidos corporais, o O2 reage com diversos nutrientes, 
formando grande quantidade de dióxido de carbono (CO2). Esse CO2 penetra nos 
capilares dos tecidos e é transportado de volta aos pulmões. O CO2, assim como 
o O2, também se combina com substâncias químicas no sangue, que aumentam 
o transporte do CO2 por 15 a 20 vezes. 
 
O O2 se difunde dos alvéolos para o sangue dos capilares pulmonares porque a 
pressão parcial do O2 (Po2) nos alvéolos é maior do que a Po2 no sangue capilar 
pulmonar. Nos outros tecidos do corpo, a Po2 maior no sangue capilar do que 
nos tecidos faz com que o O2 se difunda para as células adjacentes. Por outro 
lado, quando o O2 é metabolizado pelas células formando CO2, a pressão 
intracelular do CO2 (Pco2) aumenta para valor elevado, o que faz com que o CO2 
se difunda para os capilares teciduais. Depois que o sangue flui para os 
pulmões, o CO2 se difunde para fora do sangue até os alvéolos porque a Pco2, 
no sangue capilar pulmonar, é maior do que nos alvéolos. Assim, o transporte 
de O2 e CO2 pelo sangue depende tanto da difusão quanto do fluxo de sangue. 
 
Resumindo: Normalmente, cerca de 97% do O2 transportado dos pulmões para 
os tecidos são transportados em combinação química com a hemoglobina nas 
hemácias. Os 3% restantes são transportados em estado dissolvido na água do 
plasma e células sanguíneas. Assim, sob condições normais, o O2 é 
transportado para os tecidos quase inteiramente pela hemoglobina. 
 
Combinação reversível: A molécula de O2 se combina frouxamente e de maneira 
reversível com a porção heme da hemoglobina. Quando a Po2 é alta, como nos 
capilares pulmonares, o O2 se liga à hemoglobina, mas quando a Po2 é baixa, 
como nos capilares teciduais, o O2 é liberado da hemoglobina. Essa é a base de 
quase todo transporte de O2 dos pulmões para os tecidos. 
 
 
A curva de dissociação oxigênio-hemoglobina, apresenta aumento progressivo 
da porcentagem de hemoglobina ligada ao O2, à medida que a Po2 do sangue se 
eleva, o que é denominado percentual de saturação de hemoglobina. 
 
Na medida em que o sangue que deixa os pulmões e entra nas artérias 
sistêmicas tem, em geral, a Po2 em torno de 95 mmHg, é possível ver, a partir 
da curva de dissociação, que a saturação usual de O2 do sangue arterial 
sistêmico é, em média, de 97%. Por outro lado, no sangue venoso normal que 
retorna dos tecidos periféricos, a Po2 é cerca de 40 mmHg e a saturação de 
hemoglobina é, em média, de 75%. 
 
 
Quantidade máxima de oxigênio que pode combinar-se com a hemoglobina do 
sangue: O sangue da pessoa normal contém cerca de 15 gramas de hemoglobina 
em cada 100 mililitros de sangue, e cada grama de hemoglobina pode se ligar 
ao máximo de 1,34 mililitro de O2. Portanto, 15 vezes 1,34 é igual a 20,1, o que 
significa que, em média, os 15 gramas de hemoglobina em 100 mililitros de 
sangue conseguem se combinar com o total quase exato de 20 mililitros de O2, 
se a hemoglobina estiver 100% saturada. Isso, normalmente, é expresso como 
20 volumes percentuais. A curva de dissociação de O2 – hemoglobina para a 
pessoa normal pode ainda ser expressa em termos de volume percentual de 
O2. 
 
Quantidade de oxigênio liberada da hemoglobina quando o sangue arterial 
sistêmico flui pelos tecidos: A quantidade total de O2 ligado à hemoglobina no 
sangue arterial sistêmico normal, que é 97% saturado, é cerca de 19,4 mililitros 
por 100 mililitros de sangue. Ao passar pelos capilares teciduais, essa 
quantidade é reduzida, em média, para 14,4 mililitros (Po2 de 40 mmHg, 
hemoglobina 75% saturada). Assim, sob condições normais, cerca de 5 mililitros 
de O2 são transportados dos pulmões para os tecidos a cada 100 mililitros de 
fluxo sanguíneo. 
 
 
 
OBS.: Sob condições normais de repouso, a média de 4 mililitros de CO2 é 
transportada dos tecidos para os pulmões em cada 100 mililitros de sangue. 
 
 
A defesa imunológica do aparelho respiratório, assim como a de outros órgãos, 
é composta por um sistema de imunidade inata (ou natural) e um sistema de 
imunidade adquirida (ou adaptativa). Assim, o sistema imunológico natural 
proporciona a defesa inicial, enquanto o sistema imunológico adquirido 
proporciona uma resposta mais sustentada e mais forte. 
 
Os principais componentes da imunidade natural são as células fagocíticas 
(neutrófilos e macrófagos), as células NK (natural killer) e as células dentríticas. 
 
O sistema imunológico adquirido induz as células efetoras para aeliminação dos 
micro-organismos e as células de memória para a proteção do indivíduo de 
infecções subsequentes. Além disso, tem capacidade para distinguir os 
diferentes patógenos e moléculas, incluindo até mesmo aqueles que apresentam 
grande semelhança sendo, por isso, também chamado de imunidade específica. 
 
Existem dois tipos de respostas imunológicas adquiridas, a imunidade celular e 
a imunidade humoral, que são mediadas por diferentes componentes do sistema 
imunológico e cuja função é eliminar os diversos tipos de micro-organismos. 
 
• Imunidade celular: mediada por linfócitos T - micro-organismos 
intracelulares, como os vírus e algumas bactérias, sobrevivem e se 
proliferam no interior de fagócitos e outras células do hospedeiro, 
onde estão protegidos dos anticorpos. A defesa contra tais 
infecções cabe à imunidade celular, que promove a destruição dos 
micro-organismos localizados em fagócitos ou a destruição das 
células infectadas para eliminar os reservatórios da infecção – os 
linfócitos T ajudam os macrófagos a eliminar os microrganismos 
fagocitados e auxiliam as células B a produzir anticorpos. 
o OBS.: Os macrófagos alveolares residem 
permanentemente nos alvéolos normais, constituindo as 
mais importantes células, do ponto de vista numérico, 
presentes no compartimento alveolar - o material que é 
retirado do ambiente intra-alveolar por estas células é 
levado até o bronquíolo terminal, seguindo daí para frente 
sobre o tapete mucociliar. 
• Imunidade humoral: A defesa imunológica do aparelho respiratório 
inicia-se nas vias aéreas superiores, no muco de revestimento que 
contém grande concentração de IgA, conferindo proteção a 
infecções virais e, provavelmente, dificultando a aderência 
bacteriana à mucosa. 
 
 
Gasometria arterial é uma determinação quantitativa do potencial hidrogeniônico 
(pH) e dos gases sanguíneos arteriais a partir de certos parâmetros e cálculos 
específicos. – A gasometria arterial é um exame de sangue que é coletado a 
partir de uma artéria, com o objetivo de avaliar os gases presentes no sangue, 
como o oxigênio o gás carbônico, assim como sua distribuição, do pH e do 
equilíbrio acidobásico. Importante lembrar que se o objetivo for apenas medir o 
pH é possível fazer a gasometria venosa. 
 
O aparelho de gasometria mede o pH e os gases 
sanguíneos sob a forma de pressão parcial de oxigênio 
(PaO2 ou pO2) e pressão parcial do dióxido de carbono 
(PaCO2 ou pCO2), ao passo que os demais parâmetros 
são calculados. Os principais parâmetros observados no 
exame são: pH, saturação de oxigênio (SatO2 ou SO2), 
pCO2, bicarbonato (HCO3 -), Ânion Gap (AG). 
Entretanto, podemos encontrar outros parâmetros 
como, por exemplo, a dosagem de alguns eletrólitos 
como sódio, potássio, cálcio iônico e cloreto, podendo 
variar devido ao gasômetro usado. 
 
Na prática clínica, é uma parte essencial do diagnóstico 
e gerenciamento do status da oxigenação e do equilíbrio 
acidobásico em muitos pacientes, sobretudo, os de alto 
risco. 
 
 
 
O registro indireto dos volumes pulmonares pode ser feito pela espirometria. 
Esse método é usado para avaliar a função pulmonar. Sendo útil na avaliação 
da eficácia do tratamento ou da avaliação de risco no pré-operatório de 
cirurgias pulmonares (no caso de neoplasias, por exemplo). 
 
O espirômetro mede o volume de ar inspirado e expirado dos pulmões e, assim, 
permite calcular mudanças no volume pulmonar. Em função disso, esse 
instrumento não é capaz de medir 
o volume de ar que existe nos 
pulmões, mas apenas a sua 
variação. 
 
Dessa forma, o espirômetro não 
serve para calcular o volume 
residual e as capacidades que 
dependem dele (CRF e CPT), 
sendo útil apenas na avaliação 
dos volumes e capacidades 
contidos na capacidade vital. 
 
O VR, a CRF e a CPT podem ser 
medidos por outras técnicas. 
Entre elas: a diluição de gases 
com hélio e a pletismografia.

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