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1 Controladoria Aula 1: Introdução à Controladoria Segundo Mosimann e Fisch (1999, p.88), a Controladoria consiste em um corpo de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão econômica. Pode ser visualizada sob dois enfoques: a) como um órgão administrativo com missão, funções e princípios norteadores definidos no modelo de gestão do sistema empresa; e b) como uma área do conhecimento humano com fundamentos, conceitos, princípios e métodos oriundos de outras ciências. A controladoria como unidade administrativa é responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis de determinada entidade, com ou sem finalidades lucrativas. Já como ramo do conhecimento humano, é responsável pelo estabelecimento das bases teóricas e conceituais necessárias para a modelagem, construção e manutenção dos sistemas de informações, no sentido de suprir, adequadamente, as necessidades informativas dos gestores e os induzir durante o processo de gestão, quando requerido, a tomarem decisões ótimas. Pode-se ressaltar a importância da controladoria como unidade organizacional orientada para o efetivo suporte ao processo decisório, por meio da proposição de seus objetivos de atuação: 1. Subsídio, de forma ampla e incondicional, ao processo de gestão, propiciando aos diversos gestores as condições necessárias ao planejamento, acompanhamento e controle dos resultados dos negócios, de forma detalhada e global; 2. Contribuição para que os gestores ajam no sentido de otimizar os recursos, sempre lembrando que essas pessoas devem ‘vestir a camisa’ de gestores da organização e, por baixo dela, a camisa de especialistas em suas áreas de responsabilidade. Os gestores passam a atuar da maneira aqui preconizada, tendo em vista, propiciar à empresa a melhor contribuição em suas áreas de atuação, considerando os efeitos das decisões de áreas anteriores e posteriores às suas dentro do sistema empresa, na medida em que compreendam que o resultado ótimo da organização depende do perfeito conhecimento da atividade empresarial e de suas inter-relações; 3. Certificação de que os sistemas de informação, para apoio ao processo de gestão, gerem informações adequadas aos modelos decisórios dos principais usuários na organização. Esse objetivo é atingido, à medida que, se identificam, de forma clara e estruturada, as necessidades informativas dos principais usuários e se delineiam seus modelos 2 decisórios, permitindo introduzir, nos sistemas de informação, as regras sobre como deveriam ser as decisões, como também, o registro dos impactos causados pelas decisões realizadas; 4. Certificação da padronização, homogeneização de instrumentos (políticas, normas, procedimentos e ações) e informações (sobre desempenhos e resultados planejados e realizados) em todos os níveis de gestão da organização; 5. Desenvolvimento de relações com os agentes de mercado, que interagem com a empresa, no sentido de identificar e atender às demandas impostas à organização. Segundo Del Valle, Bezerra e Tamura: Os títulos de controller, como o de tesoureiro, tiveram sua origem no governo, na Inglaterra. No século XV o título foi usado em vários cargos da “English Royal Household”, como comptroller das contas na repartição Lord Chamberlain. O Continental Congress nomeou um comptroller em 1778; o Departamento de Tesouraria estabeleceu a função de comptroller em 1789; a função foi sendo estendida para as agências e repartições federais, estaduais e municipais. O título e função do comptroller foram estendidos para corporações de negócio através das estradas de ferro, nos Estados Unidos. (apud ARAGAKI, 2003 p.1) O profissional que desenvolve as atividades da controladoria vem se destacando, cada vez mais, como peça-chave para interpretar e comunicar dados e informações, no sentido de assessorar os gestores, com elevado envolvimento no processo decisório. 3 As raízes da teoria contábil estão relacionadas com as teorias da decisão, da mensuração e da informação. • Teoria da decisão: É tida como o esforço para explicar como as decisões realmente acontecem; para a tomada de decisões, ela objetiva solucionar problemas e manter o caráter preditivo através de um modelo de decisão. A tomada de decisões racionais depende de informações ou dados. • Teoria da mensuração: Trabalha com o problema de avaliação dos dados e por isso é importante que esta seja estabelecida corretamente. • Teoria da informação: Vem de acordo com o seu propósito, que é possibilitar a uma organização alcançar seus objetivos pelo eficiente uso de seus outros recursos. Em um sentido muito abrangente, a ideia de eficiência é expressa na relação entre entradas e saídas. Assim, podemos observar que a Contabilidade saiu, nas últimas décadas, da teoria do lucro (mensuração, comunicação da informação) para a teoria da decisão (modelos de decisão e produtividade). Com isso, unindo esses conceitos, pode-se entendê-la (a Controladoria) como a forma de acontecer a verdadeira função contábil. A Controladoria, assim como todas as áreas de responsabilidade de uma empresa, deve esforçar- se para garantir o cumprimento da missão e a continuidade da organização. Seu papel fundamental nesse sentido consiste em coordenar esforços para conseguir um resultado global sinérgico, isto é, superior à soma dos resultados de cada área. A Controladoria desempenha um importante papel no êxito empresarial, tendo como missão primordial a geração de informações relevantes para a tomada de decisão no âmbito da organização. Dessa forma, a missão da Controladoria é otimizar os resultados econômicos da empresa, para garantir sua continuidade, por meio da integração dos esforços das diversas áreas. A Controladoria serve como órgão de observação e controle da cúpula administrativa, preocupando-se com a constante avaliação da eficácia e eficiência dos vários departamentos no exercício de suas atividades. É ela que fornece os dados e as informações, que planeja e pesquisa, visando sempre mostrar a essa mesma cúpula os pontos de estrangulamento presentes e futuros que põem em perigo ou reduzem a rentabilidade da empresa. Kanitz (1976, p. 7-8) estabeleceu como função primordial da Controladoria a direção e a implantação dos sistemas de: Informação: compreendendo os sistemas contábeis e financeiros da empresa, sistema de pagamentos e recebimentos, folha de pagamento etc. Motivação: referente aos efeitos dos sistemas de controle sobre o comportamento das pessoas diretamente atingidas. 4 Coordenação: visando centralizar as informações com vistas à aceitação de planos sob o ponto de vista econômico e à assessoria da direção da empresa, não somente alertando para situações desfavoráveis em alguma área, mas também sugerindo soluções. Avaliação: com intuito de interpretar fatos e avaliar resultados por centro de resultado, por área de responsabilidade e desempenho gerencial. Planejamento: de forma a determinar se os planos são consistentes ou viáveis, se são aceitos e coordenados e se realmente poderão servir de base para uma avaliação posterior. Acompanhamento: relativo à contínua verificação da evolução dos planos traçados para fins de correção de falhas ou revisão do planejamento. Já Heckert e Wilson estabeleceram como funções da Controladoria: a função de planejamento, que inclui o estabelecimento e a manutenção de um plano operacional integrado por meio de canais gerenciais autorizados, de curto e de longo prazo, compatível com os objetivos globais, devidamente testado e revisado, e abrangendo um sistema eos procedimentos exigidos; a função de controle, que inclui o desenvolvimento, o teste e a revisão por meios adequados dos padrões satisfatórios contra os quais deve-se medir o desempenho real, e a assistência à administração no incentivo à conformidade dos resultados reais com os padrões; a função de relatar, que inclui preparação, análise e interpretação dos fatos financeiros e números para o uso da administração, envolve uma avaliação desses dados em relação aos objetivos e métodos da área e da empresa como um todo, e influências externas e preparação e apresentação de relatórios a terceiros como órgãos governamentais, acionistas, credores, clientes, público em geral, conforme suas exigências; a função contábil, que inclui o estabelecimento e a manutenção das operações da contabilidade geral e da contabilidade de custos da fábrica, da divisão e da empresa como um todo, juntamente com os sistemas e métodos referentes ao projeto, instalação e custódia de todos os livros contábeis, os registros e formas requeridos para registrar objetivamente as transações financeiras e adequá-las aos princípios contábeis, com o respectivo controle interno; e outras funções relacionadas, de responsabilidade primária, que incluem supervisão e operação de tais áreas como: impostos, abrangendo questões locais, estaduais e federais, relação com o fisco e a auditoria independente; seguros, em termos de adequação de cobertura e manutenção dos registros; desenvolvimento e manutenção de instruções padrão, procedimentos e sistemas; programas de conservação de registros; relações públicas com o mercado financeiro; e, finalmente, a coordenação de todos os sistemas e instrumentos de registro dos escritórios da empresa. Em suma, a Controladoria deve prestar-se para a contínua assessoria, no sentido de contribuir para o aprimoramento da empresa, por meio de críticas construtivas e inteligentes. A moderna Controladoria deve estar estruturada para tanto atender às necessidades de controle sobre as atividades rotineiras como servir de ferramenta para o monitoramento permanente sobre todas as etapas do processo de gerenciamento da empresa. Em outras palavras, a estruturação da Controladoria deve estar ligada aos sistemas de informações necessárias à gestão, tanto nos aspectos rotineiros como dos gerenciais e estratégicos. Dessa forma, de acordo com Perez Junior (2002, p.15), pode-se visualizar a Controladoria estruturada em dois grandes segmentos: Contábil e fiscal: nesse segmento, são exercidas as funções e atividades da contabilidade tradicional, representadas pela escrituração contábil e fiscal, com a geração das informações e relatórios para fins societários, fiscais, publicações, atendimento da fiscalização e auditoria etc. Também se enquadrariam as outras funções corriqueiras, tais como controle patrimonial dos bens e direitos da empresa, conciliações das contas contábeis, apuração e controle dos custos para fins 5 contábeis e fiscais, controle físico dos itens de estoques e imobilizado, apuração e gestão dos impostos etc. Planejamento e controle: caracteriza o aspecto moderno das funções e das atividades da Controladoria. Nesse segmento devem estar incorporadas as atribuições ligadas à gestão de negócios, o que compreende as questões orçamentárias, projeções e simulações, aspectos estratégicos da apuração e análise de custos, contabilidade e análise de desempenho por centros de responsabilidades, planejamento tributário etc. Assim estruturadas, as atividades exercidas pela Controladoria de monitoramento dos controles gerenciais implicam, em uma primeira fase, a melhoria dos sistemas de controle. Como consequência, haverá um aumento da performance dos gestores e da eficácia e eficiência das unidades, devido ao fato de as possíveis deficiências tornarem-se mais transparentes, permitindo a adoção de medidas corretivas. Para Nakagawa (1995, p.13), os modernos conceitos de controladoria indicam que o controller desempenha sua função de controle de maneira muito especial, isto é, ao organizar e reportar dados relevantes exerce uma força ou influência, que induz os gerentes a tomar decisões lógicas e consistentes, com a missão e objetivos da empresa. De acordo com Jiambalvo (2002, p.8), é o controller que prepara os relatórios para o planejamento e a avaliação das atividades da empresa (orçamentos e relatórios de desempenho) e fornece as informações necessárias a tomada de decisões gerenciais. Segundo Sathe (1983, p.31), o controller tem duas funções principais: ajudar a equipe gerencial no processo de tomada de decisões e garantir a fidedignidade das informações financeiras para que as práticas de controle interno estejam em conformidade com as políticas e os procedimentos estabelecidos pela empresa. 6 Pelo exposto, percebe-se que o controller deve ser um profissional multifuncional, ou seja, deve acumular experiências nas áreas contábeis, financeiras e administrativas. O controller, no exercício de sua função, deve ter uma visão pró-ativa, permanentemente dirigida para o futuro. Não há mais espaço para o profissional do passado, contente apenas em cumprir as tarefas rotineiras. A valorização do cargo de controller é consequência direta da necessidade das empresas de elaborar o planejamento estratégico e controlar, com cada vez mais rigor, os custos administrativos, financeiros e de produção dos bens e serviços. Para atender às exigências do mercado de trabalho, os conhecimentos exigidos para o desempenho das funções de controller são: • Contabilidade e finanças; • Sistemas de informações gerenciais; • Tecnologia de informação; • Aspectos legais de negócios e visão empresarial; • Métodos quantitativos; • Processos informatizados da produção de bens e serviços. Para enfrentar esses novos desafios, o controller precisa possuir, além de todos os requisitos anteriormente exigidos, novas habilidades, tais como: práticas internacionais de negócios, controles orçamentários, planejamento estratégico, além de tornar-se um profissional de fácil relacionamento e extremamente hábil para vender suas ideias e conceitos. TESTE DE CONHECIMENTO 1-______________ controladoria é basicamente dar suporte de informação aos gestores de diversas áreas da empresa a fim de controlar e aperfeiçoar os processos e os resultados econômicos da empresa. Com base nessa informação podemos afirmar que o texto refere-se a (ao)? Conceito Orçamento Estrutura Objeto Função 2-Qual das afirmações abaixo está incorreta, sobre o papel do Controller: Toma decisões operacionais Influência Persuasão Apoio aos demais gestores Monitoramento dos sistemas de informações gerencias 7 3-A moderna controladoria deve estar estruturada para atender tanto a necessidades de controle como servir de ferramenta para monitoramento sobre o processo de gestão. Assim, ela deve ser estruturada em dois grandes segmentos: contábil e fiscal e planejamento e controle. Como exemplo de função vinculada a este último segmento, temos: Controle patrimonial Contabilidade de custos Contabilidade tributária Contabilidade gerencial Contabilidade financeira 4-É correto afirmar que a Controladoria teve sua origem: Nas indústrias brasileiras Nos bancos europeus No setor público inglês Nos empreendimentos comerciais americanos Nas corporações de estradas de ferro inglesas 5-Em relação a função da controladoria assinale a alternativa incorreta. Persistência Informação Monitoramento Motivação Coordenação 6-A Controladoriaserve como órgão de observação e controle da cúpula administrativa, preocupando-se com a avaliação da eficácia e eficiência das diversas áreas da organização no exercício de suas atividades. É correto afirmar que é uma função da controladoria: Garantir a fidedignidade das informações Contratar e treinar pessoas Estabelecer o plano estratégico Implementar campanhas publicitárias Realizar a gestão financeira 7-A Controladoria consiste em um corpo de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão econômica. Pode ser visualizada sob dois enfoques: como órgão administrativo ou como área do conhecimento humano. Sob a perspectiva administrativa é correto afirmar que: É o ramo do conhecimento relacionado a mensuração das aquisições e consumo de recursos de uma organização. É o processo de identificação, mensuração e comunicação de informação econômica para permitir formação de julgamentos e decisões pelos usuários de informação. É responsável pelo estabelecimento das bases teóricas e conceituais necessárias a modelagem, construção e manutenção dos sistemas de informações. É o ramo do conhecimento que estuda conceitos de identificação e acompanhamento, no tempo, do patrimônio da entidade expresso monetariamente. É responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis de determinada entidade, com ou sem fins lucrativos. 8-O termo controller foi introduzido na linguagem comercial e administrativa das empresas no Brasil, através da prática dos países industrializados, e servia, inicialmente, para designar o executivo que tinha a tarefa de controlar ou verificar as contas. Podemos dizer que o papel do controller foi ampliado com a criação do: Executive Institute of Management (Instituto Executivo de Gestão) American Accounting Association (Associação Americana de Contadores) Controller Institute of America (Instituto de Controller da América) 8 Institute of Internal Audting (Instituto de Auditoria Interna) Internal Control Institute (Instituto de Controles Internos) Aula 2: Visão Sistêmica da Empresa e o Modelo de Gestão Segundo Lauzel (1967, p.29) empresa é um grupamento humano hierarquizado que põe em ação meios intelectuais, físicos e financeiros, para extrair, transformar, transportar e distribuir riquezas ou produzir serviços, conforme objetivos definidos por uma direção, individual ou de colegiado, fazendo intervir em diversos graus, motivação de benefício e de utilidade social. Toda empresa exerce uma atividade econômica, que se caracteriza por eventos econômicos como consumo, troca ou produção de recursos escassos. Um recurso é escasso quando a quantidade demandada desse recurso é superior à quantidade ofertada desse mesmo recurso. Esses recursos escassos, chamados recursos econômicos, são constituídos de: • Recursos financeiros; • Recursos humanos; • Recursos materiais: Recursos transformados Recursos naturais • Recursos tecnológicos; • Recursos de informação. Os recursos apresentados são denominados recursos econômicos porque seu valor é válido pelo mercado em função de sua escassez, em uma determinada data. Assim, seu valor econômico tende a flutuar à medida que os recursos são mais ou menos escassos. As empresas são sempre formadas por pessoas, quer em termos de propriedade ou em termos de operação, e o aspecto comportamental das pessoas que perfazem a empresa está disperso em todas as suas áreas. Conforme nos ensina Peleias (2002, p.5-6) a discussão e o estudo sobre sistemas proporcionam uma série de raciocínios que levam à compreensão da complexidade da empresa moderna em seu todo e suas correlações em âmbito interno e externo, pois essas organizações, independentemente de seus setores de atividade econômica, possuem uma série de funções, tais como vendas, planejamento, compras, controle, atividades relacionadas a recursos humanos, produção, funções financeiras (pagamentos, recebimentos e gerenciamento de caixa), dentre outras. É preciso buscar uma síntese ou ponto de ligação entre as diversas funções e divisões da empresa, entre produtos e mercados, bem como a identificação de pontos de relacionamento com os ambientes externo e interno. A empresa precisa ser vista como algo mais do que a mera junção de áreas, atividades e pessoas, de forma estática, para o meio da organização. É necessário considerá-la como um sistema, cujas partes devem estar inter-relacionadas e com fluidez dinâmica, para que a eficácia empresarial seja atingida. O termo sistema envolve um amplo espectro de ideias e relações. Diariamente, as pessoas interagem com diversos tipos de sistema, como o de transporte, de comunicação, biológico e econômico, dentre outros. Também é correto imaginar o sistema solar ou o corpo humano como sistemas. Segundo Bio (1985), considera-se sistema um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo. É possível dividir os sistemas em dois tipos: 1. Abertos: compreendem um conjunto de partes em constante interação (resultando um aspecto fundamental sobre as ideias de sistemas, a interdependência entre seus componentes) e constituem um todo orientado para determinados fins e em permanente interação com o meio externo, influenciando e por este sendo influenciado. 9 2. Fechados: são os que não mantêm relação com o entorno, não dependem de insumos externos para sua manutenção e não realizam nem fornecem saídas para esse ambiente, de tal forma que nenhum material entre neles ou saia. 3. Uma consideração crítica no estudo dos sistemas é a concepção de que a empresa é um sistema aberto, pois ressalta a dinâmica existente no ambiente em que a organização se insere, levando-a a procurar responder de forma eficaz às pressões exercidas pelas rápidas e contínuas mudanças, a fim de garantir sua sobrevivência, continuidade e crescimento. O ambiente remoto é composto por entidades que, embora possam não se relacionar diretamente com ela, possuem autoridade, domínio ou influência suficientes para definir variáveis conjunturais, regulamentares e outras condicionantes de sua atuação. Exemplos dessas entidades são: governos, entidades regulatórias e fiscalizadoras, entidades de classe, associações empresariais, organismos internacionais, etc. Essas entidades normalmente desempenham papéis significativos na determinação de variáveis relevantes que caracterizam o cenário global em que a organização deve atuar, como por exemplo: regime de governo, acordos internacionais, inflação, taxa de juros, distribuição de renda, mercado de trabalho, etc. Na maioria dos casos, essas variáveis não são controláveis pela organização. Observa-se que o ambiente próximo da organização é formado por atores ou entidades que compõem o segmento onde atua e compete, tais como: clientes, fornecedores, concorrentes e consumidores. A amplitude de gestão neste ambiente caracteriza as transações realizadas entre as entidades, como preços, volume, qualidade, prazos de entrega e pagamento. O segmento de atuação pode ser definido como um conjunto de atividades que constituem um determinado estágio da cadeia de valor da organização, formando uma rede de relacionamentos com clientes e fornecedores. Cadeia de valor refere-se ao conjunto de atividades que adicionam utilidades aos produtos e serviços de uma organização. À luz da Teoria dos Sistemas, a empresa é considerada um subsistema inserido num sistema maior, o ambiente externo, e está sujeita às suas pressões, traduzidas em ameaças e oportunidades.10 A organização adquire recursos do meio ambiente, processa-os e fornece bens, produtos e serviços para atender às necessidades que o meio externo demanda. A empresa pode ser considerada um sistema divisível em subsistemas, e essa decomposição pode ser de duas categorias: divisão em função da especialização das funções e divisão em função da dinâmica ambiental. A primeira constitui a decomposição da empresa normalmente encontrada nos textos sobre sistemas e administração. Essa divisão destaca as atividades operacionais efetuadas por cada componente do sistema, geralmente apresentada como produção, vendas, finanças, recursos humanos e compras. A segunda categoria é a abordagem utilizada pela gestão econômica, que considera a empresa parte do ambiente, com ele interagindo para o cumprimento de sua missão e satisfação das necessidades demandadas pelo entorno. Essa divisão sistêmica da empresa é fortemente influenciada por pressões do ambiente externo e apresenta-se na forma de seis subsistemas, cujas descrições são mostradas a seguir. 1- Subsistema Institucional É composto pela missão, crenças e valores da organização. Visa direcionar esforços para alcance dos objetivos propostos. A missão constitui-se na verdadeira razão de uma existência, e, no caso da empresa, consiste na linha de atividades que ela pretende seguir. A caracterização da missão da empresa condiciona seus subsistemas, ou seja, a própria configuração do sistema empresa, impactando, também, na sua continuidade. As crenças são as convicções e os valores são as apreciações subjetivas que revelam as preferências das pessoas segundo as tendências e influências sociais a que estão submetidas. Os requisitos básicos do subsistema institucional são: • Definição a partir das crenças e valores dos proprietários ou principais executivos da empresa; • divulgação interna e externa; • de maneira ideal, formalização por meio de um documento, para que todos na organização conheçam as diretrizes institucionais; • necessidade de validação pelo ambiente em que a organização se insere, pela realização de atividades lícitas e que satisfaçam às demandas do entorno em relação à empresa; • indicação de “onde” a empresa quer chegar. 2- Subsistema Organizacional ou Formal Diz respeito à forma de como a empresa está organizada, ou seja, como são agrupadas suas diversas atividades, o tipo de estrutura utilizada (vertical ou horizontal), a definição da amplitude administrativa (se é ou não descentralizada), o grau de delegação de poder e atribuição de responsabilidade, entre outros, e tem por objetivo primordial assegurar que todas as atividades da empresa sejam desenvolvidas. É influenciado pelo subsistema institucional. Seus requisitos básicos são: • Definição da estrutura organizacional de modo que os vários gestores estejam interligados, considerando que as atividades a serem realizadas são interdependentes e devem levar em conta as relações antecedentes e consequentes; • elaboração, redação, divulgação e incentivo à utilização de instruções escritas (políticas, normas e procedimentos e instruções operacionais); • contratação de pessoas competentes em suas áreas de especialização e treinamento para a utilização das instruções escritas; • definição, identificação e aquisição dos materiais, equipamentos, instrumentos e outros recursos necessários à execução das atividades; 11 • ordenação dos recursos adquiridos para a execução das atividades de forma tal que possibilitem o cumprimento da missão da empresa. 3- Subsistema de Gestão Caracterizado pelo processo de planejamento, execução e controle que perfaz o processo decisório de uma empresa. É influenciado pelo subsistema institucional e suportado pelo subsistema de informação, necessário ao planejamento, ao conhecimento da realidade (execução) e ao controle. Seus requisitos básicos são: • Dependência da definição do subsistema institucional que, por sua vez, depende do modelo de gestão adotado pela empresa; • indicação de “como” chegar aos objetivos definidos; • atuação coordenada dos gestores convergente para o planejamento estratégico e definição do plano estratégico; • após a definição do plano estratégico, realização do planejamento operacional, do qual resultam planos operacionais de curto, médio e longo prazos. 4- Sistema de informações É um instrumento de suporte ao processo de gestão concebido à luz das diretrizes e políticas emanadas desse processo. Reflete os modelos decisórios dos vários gestores da empresa e sua concepção leva em conta como e quando a informação deve chegar aos usuários, para quais finalidades é utilizada, quais conceitos e critérios a suportam e os canais utilizados para sua comunicação, buscando a unidade na linguagem organizacional. Seus requisitos básicos são: • Concepção formulada após a identificação e formalização dos subsistemas anteriormente mencionados; • constituição com supridor das necessidades informativas para as decisões dos gestores, por meio de informações relevantes, tempestivas e confiáveis; • formalização, conhecimento por todos na empresa e integração ao processo de gestão, nas etapas de planejamento, execução e controle; • concepção de forma a evidenciar os impactos que as variáveis internas e externas causarem ao patrimônio e aos resultados da organização; • constituição que permita a avaliação do desempenho da empresa, dos gestores e das áreas de responsabilidade, do resultado dos produtos e serviços elaborados em cada área de responsabilidade. 12 5- Subsistema Físico-Operacional ou de Produção Constitui-se no conjunto de elementos físicos (excluindo-se as pessoas) necessários à operacionalização, ou seja, à execução e ao Know how (como fazer esses elementos físicos se transformarem em produtos). É nesse subsistema que as coisas acontecem, que o planejado se materializa, ou seja, vira realidade. Seus requisitos básicos são: • Organização da estrutura de produção de acordo com as diretrizes estabelecidas no modelo de gerenciamento, para que a empresa possa cumprir sua missão; • as interações e inter-relacionamentos entre os fornecedores de recursos, o sistema de produção e os diversos clientes consumidores dos produtos ou serviços gerados pela empresa devem ocorrer de forma pró-ativa; • leitura correta pela empresa das variáveis do ambiente próximo (fornecedores de recursos, clientes e concorrentes) e das variáveis do ambiente remoto (econômicas, sociais, políticas, tecnológicas, entre outras), pois a eficácia empresarial depende do correto entendimento do ambiente como um todo; • geração de valor superior aos recursos consumidos pelos produtos e serviços desenvolvidos no subsistema de produção, por meio da realização das atividades. 6- Subsistema Sócio-Psico-Cultural Reflete o comportamento dos indivíduos da organização, considerando seus fatores pessoais, comportamentais e a estrutura organizacional. Aqui se busca harmonizar as características pessoais e eliminar ou minimizar as divergências, procurando obter unidade em diversos aspectos, para o alcance dos objetivos propostos. Seus requisitos básicos são: • Sinergia entre os objetivos da empresa e os das pessoas; • capacidade de liderança e conhecimentos multidisciplinares dos gestores, que lhes permitam tomar decisões considerando a realidade e os objetivos da organização; • motivação para o alcance de objetivos e o cumprimento da missão da empresa como resultado da capacidade de aglutinar pessoas com especializações e crenças diversas; • informação dos gestores e demais pessoas na empresa, do que deles se espera, bem como de seu desempenho e resultados. Modelo de GestãoPeleias (2002, p.19) ensina que o modelo de gestão compreende um conjunto de princípios que define a forma de gestão da organização. É formado pelas crenças e valores dos acionistas/proprietários e principais gestores, que orientam e influenciam as diversas atividades empresariais, em especial o processo de tomada de decisões; estabelece os parâmetros e regras básicas que norteiam a busca de objetivos e resultados; explicita princípios norteadores e uniformizadores para o cumprimento da missão da empresa. Compreende a representação abstrata, por meio de ideias, valores, crenças, expressas ou não, por meio de normas e regras que orientam o processo decisório da empresa. Podemos dizer que os subsistemas empresariais relacionam-se e influenciam diretamente o modelo de gestão da empresa. TESTE DE CONHECIMENTO 1-O subsistema empresarial caracterizado pelo processo de planejamento, execução e controle que perfaz o processo decisório de uma empresa é o: Subsistema empresarial Subsistema institucional Subsistema organizacional Subsistema de informação Subsistema de gestão 2-O subsistema institucional influencia os demais subsistemas empresariais e é composto pela missão, visão, crenças e valores da organização. Neste sentido, a missão de uma empresa consiste: 13 Em uma meta estabelecida para um período Nos objetivos de longo prazo Na maximização dos lucros No plano estratégico para um determinado cenário Na razão de sua existência 3-Toda empresa tem como objetivo sua continuidade e maximização dos recursos. Estas organizações trabalham a fim de atender as necessidades dos usuários internos e externos, formando assim os subsistemas do sistema empresarial. Sobre os subsistemas empresariais, assinale a alternativa correta: Na gestão é onde acontece as atividades econômicas. O subsistema formal Corresponde à estrutura administrativa da empresa, de autoridades e responsabilidades, onde as tarefas e atividades são agrupadas em setores, departamentos ou divisões. O subsistema institucional compreende a definição do orçamento da empresa e as convicções de seus empreendedores traduzidas as suas crenças e valores. O subsistema físico-operacional compreende as instalações físicas e equipamentos do sistema da empresa, exceto onde as transações são executadas e os eventos econômicos acontecem. 4-Todas as alternativas a seguir sã atribuições e responsabilidade da controladoria, EXCETO Avaliação econômica periódica da empresa; Planejamento tributário Suporte ao processo de mensuração e gestão de riscos; Padronização e harmonização de relatórios; Coordenação do processo de controle gerencial; 5-O conjunto de atividades que adicionam utilidades aos produtos e serviços de uma organização é conhecido como: Cadeia de valor Processo decisório Modelo de gestão Sistema Missão 6-Nas empresas de grande porte existe um órgão ,um departamento responsável em controlar ,planejar, monitorar, projetar ,orientar ,gerir a empresa no todo, conhecido como controladoria esse tem o objetivo de alcançar a eficácia empresarial através de um sistema de informações eficaz .Marque a alternativa correta correspondente a classificação de subsistemas do sistema empresa. I- Subsistema de Informação, II- Subsistema Informal, III- Subsistema Social IV- Subsistema de Institucional, V- Subsistema Administração Apenas as alternativas ,II,V Apenas as alternativas I,II,III Apenas as alternativas II,III Apenas as alternativas I,III,IV Apenas as alternativas I,II 7-O modelo de gestão compreende um conjunto de princípios que define a forma de gestão da organização. Assim, é correto afirmar que: Constitui-se no conjunto de elementos físicos necessários a execução 14 É formado pelos valores e crenças dos acionistas/proprietários e principais gestores Indica aonde a empresa quer chegar Reflete o comportamento dos indivíduos da organização Diz respeito à forma como a empresa está organizada 8-A representação abstrata, por meio de ideias, valores e crenças, expressa ou não, por meio de normas e regras que orientam o processo administrativo da empresa é conhecida como: Gestão econômica Gestão empresarial Sistema de informação Controladoria Modelo de gestão Aula 3: A Controladoria no Processo de Gestão A abordagem do conceito de gestão empresarial requer o conhecimento da etimologia da palavra gestão, a qual deriva do latim gestione, que quer dizer ato de gerir, gerência, administração. Portanto, gestão e administração são sinônimos. Para Robbins (1978, p. 33), administração é o processo universal de completar eficientemente atividades, com e através de outras pessoas. Gerir é fazer as coisas acontecerem. A pessoa que faz a gerência, denominada gestor, é quem toma as decisões para que as coisas aconteçam, de tal forma que a empresa atinja seus objetivos. Assim, administrar é conduzir a organização para seus objetivos. Existe sempre na empresa um modelo de gestão, embora nem sempre definido formalmente. Esse modelo de gestão insere os aspectos culturais dos gestores. Para melhor entendimento do que seja modelo de gestão, será tomado o conceito que Kakagawa (1987, p.48) dá a modelo: “é a representação abstrata e simplificada de objetos, sistemas, processos ou eventos reais”. 15 A gestão operacional ou especializada está disseminada por todas as áreas de atividades da empresa, quer sejam de produção ou de logística, tais como: recursos humanos, produção, vendas, compras, finanças, manutenção etc. A ênfase da gestão operacional volta-se para a execução dos trabalhos, em busca de uma linha de produto/serviço de cada atividade, da forma mais eficiente e racional possível. Preocupa-se mais com o modus operandi de cada área da empresa. A gestão financeira enfatiza os problemas de caixa e liquidez da empresa, de forma a permitir a tomada de decisões em termo de programação financeira. São basicamente duas as funções da gestão financeira: (a) aquisição dos fundos que a empresa precisa para operar e (b) distribuição eficiente desses fundos entre os vários usos. A gestão econômica é o conjunto de decisões e ações orientado por resultados, mensurados segundo conceitos econômicos. Na gestão econômica, procura-se avaliar a forma pela qual a empresa atinge seus resultados econômicos, e tem como ponto de sustentação o planejamento e o controle. A gestão econômica consolida as demais, tendo em vista que todas as atividades em uma empresa devem estar voltadas para o resultado econômico da mesma. Processo de Gestão ou Processo Decisório A missão das diversas áreas de uma empresa é dar suporte à gestão dos negócios da mesma, de modo a assegurar que ela atinja seus objetivos, por meio do produto/serviço feito para a empresa, de forma eficiente. O objetivo de cada área não pode estar dissociado do objetivo maior, ou seja, do objetivo da empresa. Assim, cada área da empresa tem um processo de gestão, também denominado de processo decisório, pois é em cada etapa desse processo que as decisões são tomadas. Esse processo decisório ocorre tanto no âmbito global, ou seja, na empresa como um todo, quanto nas diversas áreas das quais a ela é composta. Entretanto, o processo decisório das diversas áreas deve estar sempre integrado ao processo decisório global, porque as áreas existem para que a empresa obtenha melhores resultados na busca de sua eficácia. Os estados ou etapas do processo decisório se dividem em três: • Planejamento: Estratégico, Operacional; •Execução; • Controle. 16 Classificação do Planejamento De acordo com a amplitude ou nível de atuação do planejamento, podemos classificá-lo em três tipos: 1- Planejamento Estratégico 2- Planejamento Tático 3- Planejamento Operacional 17 Planejamento Tático Geralmente é enfocado como o planejamento estratégico de cada área. Confunde-se, pois, com o próprio planejamento estratégico da empresa como um todo, se tratarmos cada área da empresa como outra empresa, inserida num cenário ambiental que é a empresa maior. Consiste na definição de políticas e metas operacionais da empresa, consubstanciadas em planos para um determinado período de tempo, em consonância com as diretrizes estratégicas estabelecidas. Da mesma forma, como no planejamento estratégico, a missão, as crenças, os valores, o modelo de gestão e a responsabilidade social da empresa fazem parte do input do planejamento operacional. Informações a respeito da situação atual, objetivo que se quer atingir (situação desejada) e mais as diretrizes estratégicas, resultantes do planejamento estratégico, também perfazem as entradas do sistema de planejamento operacional. A fase de execução do planejamento operacional subdivide-se em diversas etapas, utilizando-se, em cada uma, o sistema de informações como suporte. A primeira etapa diz respeito ao desenvolvimento de políticas operacionais alternativas, isto é, parâmetros para tomada de decisões repetitivas possíveis, em função do plano estratégico. A segunda etapa refere-se à escolha das políticas operacionais, as quais implementam o sistema de informações. A etapa a seguir é a elaboração de planos alternativos. O plano aprovado é detalhado e processado no sistema de informações. Esse plano contém: (a) políticas operacionais; (b) objetivos operacionais; (c) ações a serem executadas; e (d) procedimentos. 18 O plano resultante do planejamento operacional que, após quantificado física e monetariamente, passa a denominar-se plano orçamentário (orçamento), implementará o input na etapa execução do processo decisório. Controle É a função do processo administrativo que, mediante a comparação com padrões previamente estabelecidos, procura medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a finalidade de realimentar os tomadores de decisões, de forma que possam corrigir ou reforçar esse desempenho ou interferir em funções do processo administrativo, para assegurar que os resultados satisfaçam aos desafios e aos objetivos estabelecidos. O processo de controle envolve três aspectos: • Comunicar a informação acerca dos planos propostos; • Motivar as pessoas a realizar os planos; • Relatar desempenho. Resumidamente temos que: o planejamento é a base para o controle; a informação é o guia para o controle e a ação é a essência do controle Classificação do Controle O controle pode ser caracterizado de diversas formas, dependendo do enfoque. Dessa maneira, pode ser diferenciado, basicamente, quanto à fase do processo de gestão e quanto ao nível. Quanto à fase do processo de gestão Pré-controle: Também denominado controle antecedente, prévio, preliminar ou preventivo. Refere-se às atividades de controle e avaliação efetuadas antes da ocorrência do evento ou fato que se pretende controlar, com o intuito de prevenir ou impedir a ocorrência de atos indesejáveis. O modelo de gestão, o planejamento estratégico e os planos operacionais, principalmente os planos orçamentários, funcionam como instrumentos do pré-controle. Controle concomitante: Também denominado atual, corrente ou em tempo real. Refere-se às atividades de controle e avaliação efetuadas ao mesmo tempo da ocorrência do evento ou fato que se pretende controlar, ajustando-se o desempenho ainda em curso a fim de alcançar um objetivo. Pós-controle: Também denominado controle subsequente ou corretivo. Refere-se às atividades de controle e avaliação efetuadas após a ocorrência do evento ou fato que se pretenda controlar. Não permite qualquer ação corretiva relativamente ao desempenho completado. Em função dos desvios ocorridos, determina suas causas e ajusta os parâmetros do sistema para operações futuras. O pós-controle funciona como um mecanismo motivador no sentido de que uma variância desfavorável comunicada por meio de relatórios gerenciais estimula o gestor a implementar ações para corrigir o desempenho de sua área. Quanto ao nível Estratégico: Consiste na verificação das relações da empresa com o ambiente, comparação com as diretrizes estratégicas e decisões de alteração de objetivos em função de mudanças ambientais e consequentes ameaças e oportunidades à empresa, má condução do negócio ou falsas premissas na elaboração das diretrizes estratégicas. Tático: Consiste na verificação das relações de cada área de responsabilidade da empresa com seu ambiente, comparação com o respectivo plano tático e decisões de alteração de objetivos em função de mudanças ambientais e consequentes ameaças e oportunidades à empresa e mais diretamente àquela área, má gestão da área ou falsas premissas na elaboração do plano tático (ou estratégico, com reflexos na área). Operacional: Consiste na verificação do cumprimento das metas estabelecidas no plano operacional (como o plano orçamentário) das áreas e da empresa como um todo. Está ligado também à execução pela verificação dos desvios em relação aos padrões existentes no momento da execução das tarefas, frequentemente diferente daquele usado na elaboração do plano orçamentário. A comparação do realizado com o orçado e com o padrão visa estabelecer respectivamente a eficácia e a eficiência da área ou da empresa como um todo, consubstanciando-se no princípio da Administração por Exceção. Os desvios, se significativos quanto ao primeiro ou ao segundo fator na concepção do gestor (em harmonia com o modelo de gestão empresarial), originarão as ações corretivas necessárias ao desempenho da área de responsabilidade da empresa. 19 O modelo da Gestão Econômica – GECON O modelo de gestão econômica, denominado por Modelo GECON, foi desenvolvido no Brasil pelo Professor do Departamento de Controladoria e Contabilidade da FEA-USP, Armando Catelli. Podemos dizer que o GECON é um modelo gerencial de administração por resultados econômicos, que incorpora um conjunto de conceitos integrados dentro de um enfoque holístico e sistêmico buscando a eficácia empresarial. As principais características do modelo de gestão econômica são a administração por resultados econômicos, a incorporação de conceitos e definições integrados, cujo objetivo é conduzir as empresas à eficácia, o englobamento do processo de gestão e o suporte feito por um sistema de informação. O modelo é estruturado dentro de uma concepção holística, pois considera, conforme ensina Peleias (2002, p.19), a empresa um sistema composto de partes em constante interação. Considera ainda a interação da organização com o ambiente em que se insere, observando dois aspectos importantes: 1. as relações de troca com o meio externo (aquisição de insumos, em sentido amplo, e o fornecimento de produtos e serviços); 2. o equilíbrio dentro do ambiente econômico (traduzido no atendimento das demandas geradas pelo ambiente e na garantia de continuidade da empresa). A concepção holística do modelo GECON compreende a integração dos modelos de: Gestão: é um conjunto de princípios que define a forma de gestão da empresa. É formado pelas crenças e valores dos acionistas/proprietários e principais gestores, que orientam e influenciam as diversas atividades empresariais, em especialo processo de tomada de decisões; estabelece os parâmetros e regras básicas que norteiam a busca de objetivos e resultados; explicita princípios direcionadores e uniformizadores para o cumprimento da missão da empresa; Decisão: é a estruturação formal do processo decisório, considerando o processo de gestão, os eventos, transações e atividades realizados em uma empresa (nos níveis planejado e realizado); é fundamental para a constituição do protótipo do sistema de informação; Mensuração: é o modelo relativo ao processo de mensuração física, monetária e de acumulação de resultados dos eventos, transações e atividades sobre os quais os gestores tomam suas decisões; Informação: considera a geração, acumulação e utilização de informações gerenciais; contempla aspectos relativos à qualidade das informações (confiabilidade, correção, oportunidade, utilidade, entre outros) e a lógica do processo decisório. No âmbito de sistemas de informação, o modelo GECON contempla, de forma lógica, racional e integrada os subsistemas de contabilidade, padrões e orçamentos utilizando conceitos existentes, apresentados e discutidos há várias décadas em textos sobre contabilidade, custos, contabilidade gerencial, orçamentos, controladoria e sistemas de informação. O relacionamento proposto e o conjunto de conceitos utilizados visam a avaliação do patrimônio e dos resultados da empresa em termos econômicos. O sistema de informação para gestão econômica é um instrumento para que os gestores atuem no sentido de otimizar os resultados e integra-se ao processo de gestão, procurando atender a esses usuários em todas as fases do processo. Está estruturado nos módulos a seguir descritos: • Módulo de variáveis ambientais: é um banco de dados com informações de naturezas variadas, para subsidiar os gestores durante o planejamento estratégico; • Módulo de simulações: subsidia os gestores durante a fase de pré-planejamento, gerando informações que permitam a análise dos resultados econômicos a serem alcançados pelas alternativas operacionais selecionadas; • Módulo orçamentário: subsidia os gestores durante a fase de planejamento operacional de médio, curto e longo prazos, gerando informações sobre os eventos planejados. Fornece os parâmetros contra os quais os resultados e desempenhos serão avaliados. • Módulo de resultados realizados: subsidia os gestores no controle da atividade empresarial. Permite registrar os eventos e transações ocorridos e a obtenção de informações para a análise entre o planejado e o realizado. 20 TESTE DE CONHECIMENTO 1-No contexto empresarial, a controladoria serve como órgão de observação e controle da cúpula operacional. É ela que fornece os dados e informações, que planeja e pesquisa, visando sempre mostrar a essa mesma cúpula os pontos estratégicos presente e futuros que põem em perigo ou reduzem a rentabilidade da empresa. Esta afirmativa está Incorreta. Indefinida. Perfeita. Correta. Temporal. 2-Podemos afirmar que _________________________ é a avaliação dos resultados gerados pelas atividades sob a responsabilidade dos gestores e permite identificar a sua contribuição e as de sua área para com o resultado global. Avaliação de desempenho Avaliação Padrão Avaliação eficiente Avaliação eficaz Avaliação de resultados 3-Qual o objetivo do processo de gestão: d) O processo de gestão tem como objetivo medir o desempenho da empresa e) O objetivo do processo de gestão é que compreender as fases do planejamento estratégico, tático,operacional: execução e controle da empresa, levando-se em consideração as áreas e as atividades necessárias para o seu desempenho. c) O processo de gestão tem como objetivo é evidenciar os erros de informação da empresa. a)O processo de gestão tem como objetivo tomar decisão. b) O processo de gestão tem como objetivo gerar informação e tomar decisão. 4-Podemos afirmar que __________________________ é a avaliação das contribuições econômicas dos produtos e serviços gerados pelas diversas atividades empresariais aos resultados da entidade. Avaliação de Orçamento Avaliação eficaz Avaliação de desempenho Avaliação eficiente Avaliação de resultados 5-Podemos afirmar que a __________________, significa a capacidade de realizar um objetivo ou resolver problema. Quanto maior o acerto na realização do objetivo ou resolução do problema, mais elevado é o grau de sucesso da organização. Gestão de Risco Resultado Eficiência Avaliação de Risco Eficácia6. 6-Estabelecer missões e objetivos para a empresa, e os meios para atingir bem como lidar com a incerteza ambiental é uma constante na vida empresarial... Portanto, a análise e o acompanhamento do ambiente onde a empresa atua é condição essencial para a sua própria sobrevivência. Pode-se, a partir do texto lido afirmar que este será um dos desfios do? Planejamento holístico. Planejamento Estratégico. 21 Conselho de Administração da empresa. Processo de auditoria externa. Gestor ambiental. 7-Consiste na identificação e na análise dos fatos e condições relevantes que podem interferir no alcance dos objetivos. A partir dessa, a empresa pode determinar como reduzir ou eliminar o impacto deles. O texto refere-se a (ao): Avaliação de Risco Risco prioritário Análise de Risco Gestão de Risco Risco 8-Se determinado empresário, que não é especialista em contabilidade, não entendeu as demonstrações elaboradas por seu contador, mesmo assim a informação contábil pode ter preenchido todos os atributos exigidos pelos instrumentos normativos. Certo Errado Aula 4: Controladoria na Estratégia – O Balanced Scorecard (BSC) 22 23 24 25 26 Para saber mais sobre mapa estratégico acesse a biblioteca virtual. TESTE DE CONHECIMENTO 1-É uma característica do BSC proposto por Norton & Kaplan: Apresentar pouca utilização como ferramenta para medição de desempenho Desconsiderar as relações de causa e efeito nos indicadores de desempenho organizacional 27 Proporcionar o alinhamento das iniciativas da entidade aos objetivos estratégicos dos negócios Possuir quatro perspectivas: organizacional; financeira; produtos e processos internos Desconsiderar a priorização de iniciativas estratégicas 2-No BSC, são exemplos de objetivos relacionados à perspectiva financeira e à perspectiva do cliente, respectivamente: Flexibilidade de valor de mercado Lucro por ação e produtividade Satisfação e valor de mercado Rentabilidade e retenção Inovação e qualidade 3-O balanced scorecard representa uma metodologia desenvolvida pelos professores Kaplan e Norton, da Harvard Business School, baseando-se em uma representação equilibrada das medidas financeiras e operacionais em quatro perspectivas. Essas perspectivas, que refletem a visão e estratégia empresarial, consistem em: Financeira, clientes, aprendizado e crescimento, e processos internos. Fornecedor treinamento aprendizagem e recursos humanos. Operacional, clientes, aprendizado e crescimento, e processos internos Aprendizado, estratégias, processos internos e fornecedor. Clientes, marketing, processos e treinamento. 4-A ferramenta que traduz a missão e a estratégia das empresas em um conjunto abrangente de medidas de desempenho que serve de base para um sistema de medição e gestão estratégica é:Controles internos Orçamento Empresarial Modelo da Gestão Econômica (Gecon) Planejamento Estratégico Balanced Scorecard (BSC) 5-Diante da missão e visão definidas por uma organização no seu mapa estratégico, a gestão da competência de seus colaboradores, com o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes, é um dos objetivos estratégicos alinhados com a perspectiva: Processos externos Cliente Financeira Aprendizado e crescimento Processos internos 6-O BSC é um modelo conceitual que traduz a visão de uma organização em um conjunto de indicadores de desempenho distribuídos em quatro perspectivas diferentes, que pretendem responder o seguinte questionamento: Na perspectiva do cliente: o que é necessário desenvolver para criar valor? Na perspectiva de aprendizado: somos capazes de sustentar e inovar? Na perspectiva de processos: quais os segmentos de mercado devem ser explorados? Na perspectiva de processos: como nossos acionistas nos enxergam? 28 Na perspectiva financeira: que processos agregam valor? 7-FGV - 2015 - DPE-RO - Analista em Administração - Uma empresa quer adotar o balanced scorecard como ferramenta de gestão. O diretor de recursos humanos precisa propor indicadores relativos à categoria de objetivos "capacidade dos funcionários", dentro da perspectiva "aprendizado e crescimento" do balanced scorecard. Seria um indicador adequado: satisfação dos clientes; percentual de planos de negócios desenvolvidos pelas equipes. número de sugestões por funcionário; produtividade por funcionário; taxa de melhorias efetivas nos processos críticos; 8-Marque a alternativa correspondente ao Balanced Scorecard ferramenta utilizada pela controladoria: I-Detecta somente os indicadores financeiros essenciais, II- Traduz a missão e a estratégia da empresa, objetivando unir a visão estratégica com as fases de execução e controle do processo de gestão empresarial. III-Destaca somente as medidas essências dos clientes, IV- É um sistema de informação para gerenciamento da estratégia empresarial. Julgue os itens acima e marque a alternativa correta: c)Apenas as alternativas II,III estão corretas e)Todas as alternativas estão corretas. d)Apenas as alternativas II,IV estão corretas a)Apena a alternativa I esta correta b)Apenas as alternativas I,II estão corretas Aula 5: Controladoria na estratégia – Orçamento 29 Existem diversos conceitos para orçamento empresarial. Vamos utilizar o seguinte: orçamento é a expressão quantitativa e formal dos planos da Administração, e é utilizado para apoiar a coordenação e implementação desses planos. Em outras palavras, o orçamento é o instrumento que traz a definição quantitativa dos objetivos e o detalhamento dos fatores necessários para atingi-los, assim como o controle do desempenho. A elaboração do orçamento tem por base o planejamento estratégico da entidade, e seu acompanhamento resulta no controle. O quadro a seguir resume os aspectos mais importantes inerentes ao planejamento e controle orçamentário de uma organização: 30 Tipos de Orçamentos Orçamento Autoritário: Metodologia orçamentária na qual a alta administração impõe o orçamento a todos os gerentes sem aprovação dos mesmos. Orçamento Participativo: Método orçamentário no qual os indivíduos envolvidos participam da fixação do orçamento global. Orçamento Estático: Consiste na elaboração do orçamento e na manutenção dos valores previstos, independentemente de ocorrerem mudanças estratégicas ou ambientais, as quais possam diminuir a qualidade da informação para controle e acompanhamento de resultados. Orçamento Flexível: É o orçamento ajustado pelas mudanças no volume. Baseia-se num conhecimento de como as receitas e despesas deverão se comportar em determinado nível de atividade. É também chamado de “orçamento variável”. Orçamento Base Zero: É um tipo de orçamento elaborado de projetos hierarquizados com base em seu grau de importância, e elaborado como se fosse feito pela primeira vez. Orçamento de Tendência: Consiste na utilização de uma série histórica para projetar situações futuras. Esquema Geral de Elaboração do Orçamento O processo de preparação orçamentária representa uma coleta sistemática de planos gerenciais estabelecidos em vários níveis de uma empresa e relacionados entre si, de modo que forma um programa global para a organização como um todo. O nível de operação que se espera é fixado pela estimativa básica do volume de vendas. À medida que cada parte participa no programa global, são feitas previsões de como cada área deverá operar. 31 Para o departamento de vendas, esse processo envolverá previsões das receitas e do custo das vendas; o plano de vendas irá gerar os correspondentes planos de produção e de compras que, em consequência, irão gerar um plano de despesas. O resultado final desse processo é permitir que o corpo gerencial considere suas situações e faça planos mutuamente satisfatórios para as operações orçadas. Estes planos deverão ser testados quanto à lucratividade, viabilidade financeira, crescimento global e posição no final do período, por intermédio de orçamentos resumidos. Acesse a Biblioteca Virtual e conheça a Sequência da Elaboração do Orçamento. Orçamento de Vendas Para o início de elaboração do orçamento anual, a primeira tarefa é estabelecer as premissas gerais que serão uniformemente utilizadas na elaboração dos diversos planos que compõem o sistema orçamentário. Deste modo, são, por exemplo, determinadas as premissas gerais de: • Estimativa do PIB • Inflação prevista • Taxa de crescimento da indústria • Política de aumento de salário • Desvalorização cambial • Taxa de juros (captação e aplicação) etc O Plano de Vendas O orçamento de vendas constitui um plano das vendas futuras da empresa, para determinado período de tempo. É o primeiro plano a ser elaborado. O nível de atividade do plano de vendas irá dimensionar os demais planos operacionais. O planejamento do volume de vendas faz parte de um processo maior que é o plano de programas de marketing. A partir do levantamento de informações, pesquisas, opiniões e, conhecendo-se os programas de marketing, pode-se estabelecer a projeção de vendas. Na elaboração do orçamento de vendas, são consideradas variáveis de: • mercado consumidor • variáveis de produção • variáveis de mercado fornecedor • recursos financeiros 32 Orçamento de Produção O orçamento de produção é uma estimativa da quantidade de bens que devem ser fabricados durante o exercício orçamentário. O primeiro passo na elaboração do orçamento de produção consiste em estabelecer políticas relativas aos níveis de estoques. O passo seguinte é a determinação da quantidade total de cada produto a ser fabricado durante o período. O terceiro passo consiste em programar ou distribuir essa produção por sub-períodos. Acesse A Biblioteca Virtual e conheça mais sobre o Orçamento de Produção e seu Esquema. Orçamento de Quantidades a Produzir O orçamento de produção é preparado após o orçamento das vendas. O orçamento de produção indica o número de unidades que precisam ser produzidas no período orçamentário para atender à necessidade de vendas e do estoque final desejado. A produção necessária pode ser determinada da seguinte maneira: Orçamento de Matérias-Primas e Compras Após o cálculo das necessidades de produção, pode-se preparar o orçamento dos materiais diretos. Esse orçamento detalha os materiaisbásicos que devem ser adquiridos para cumprir o orçamento da produção e fornecer os estoques adequados. 33 Orçamento de Custos Indiretos de Fabricação Os custos indiretos de fabricação (CIF) abrangem os custos decorrentes do processo produtivo que não podem ser identificados diretamente com os respectivos produtos e devem ser agregados ao custo dos produtos segundo algum critério de rateio. Diferentemente de materiais diretos e mão de obra direta, não existe relacionamento prontamente identificável de entradas e saídas para os itens de CIF. No entanto, os CIF consistem de dois tipos de custos: variáveis e fixos. A experiência passada pode ser usada como um guia para determinar como um CIF varia com o nível de atividade. O adequado planejamento desse tipo de custo constitui-se em fator importante para o êxito do plano de lucros, quer por envolver itens de composição bastante variada, quer por sua participação significativa no custo da produção. Orçamento do Custo dos Produtos Vendidos Os orçamentos de materiais diretos, de mão de obra direta e de custos indiretos de fabricação são o ponto de partida para preparar o orçamento de custos dos produtos vendidos. Os dados do estoque final desejado e do estoque inicial estimado são combinados para determinar o orçamento de custo dos produtos vendidos. Orçamento de Despesas Comerciais (ou de Vendas) O orçamento de despesas comerciais ou de vendas delineia as despesas planejadas para as atividades de venda e distribuição. Tal como os CIF, as despesas comerciais podem ser desdobradas em seus componentes fixos e variáveis. Itens como comissões sobre vendas, fretes e suprimentos variam com a atividade de vendas. Os salários do pessoal de assessoria de marketing, a depreciação do equipamento do escritório comercial e a propaganda são despesas. Orçamento de Despesas Administrativas As despesas administrativas incluem outros gastos que não os derivados das operações de produção e de vendas de uma empresa. Elas ocorrem na supervisão e prestação de serviços a todas as principais funções; têm, em geral, a característica de despesas fixas e são influenciadas pelas políticas e decisões da administração. Cada item de despesa administrativa deve ser diretamente identificado e relacionado a um executivo, que assume a responsabilidade por seu planejamento e controle. A elaboração do orçamento de despesas administrativas é feita pelos diversos departamentos envolvidos, e sua aprovação é dada pela alta administração. A experiência anterior poderá ser útil quando ajustada às alterações esperadas das políticas administrativas e condições econômicas em geral. 34 Orçamento de caixa É crítico conhecer os fluxos de caixa na gestão de um negócio. Muitas vezes, uma empresa é bem sucedida na produção e na venda de um produto, mas fracassa devido aos problemas com o momento oportuno associado com as entradas e saídas de caixa. Ao saber quando as faltas (deficiências) e sobras (excesso) de caixa provavelmente ocorrerão, um gestor pode planejar buscar um empréstimo quando necessário e pagar os empréstimos durante os períodos de excesso de caixa. Um orçamento de caixa representa uma projeção de saldos disponíveis por determinado período. O cálculo das entradas e saídas prováveis permite à entidade avaliar sua provável situação financeira no exercício coberto pelo orçamento. Esta avaliação da situação financeira será útil à medida que pode revelar necessidade de financiamentos para cobrir déficits projetados, e de planejamento para a transferência de fundos excedentes a alguma aplicação proveitosa. Em síntese, as principais finalidades do orçamento de caixa podem ser assim consideradas: • Revelar a posição financeira provável em um momento futuro, como resultado das operações planejadas; • indicar excessos ou insuficiências de saldo; • indicar necessidade e empréstimos ou, inversamente, disponibilidade de fundos para investimentos temporários; • permitir a coordenação dos recursos financeiros em relação ao capital de giro, às vendas, aos investimentos e ao capital de terceiros; 35 • estabelecer bases sólidas para a política de crédito; • estabelecer bases sólidas para o controle da posição financeira. A preparação do orçamento de caixa deve ser de responsabilidade do tesoureiro ou do encarregado da administração dos fundos da empresa. À medida que esse orçamento se baseia em outros planos, o trabalho de desenvolvimento deverá ser coordenado com as demais chefias envolvidas. Basicamente, o orçamento de caixa pode ser determinado da seguinte maneira: TESTE DE CONHECIENTO 36 1-O planejamento dos valores a serem aplicados no processo produtivo os quais não podem ser identificados diretamente com os respectivos produtos deverá ser detalhado no orçamento de: Mão-de-obra direta Investimentos Produção Custos indiretos de fabricação Matéria-prima e compras 2-No desenvolvimento de seu orçamento geral, uma empresa fez um orçamento setorial de mão-de-obra direta, utilizando as seguintes premissas: Produção estimada: 10.000 unidades; Mão-de-obra utilizada na produção de cada unidade: 1 hora e 18 minutos; Valor da hora de mão-de-obra: $12 e Encargos sociais sobre a folha de pagamento: 40%. Considerando exclusivamente os dados recebidos, a projeção de mão-de-obra direta para a produção das unidades previstas, em reais, é: $156.000 $141.600 $198.240 $218.400 $168.000 3-Na elaboração do orçamento da companhia GRM para o segundo trimestre de 20X1, o departamento comercial fez a seguinte projeção da receita de vendas: ABR: $12.000; MAI: $13.200 e JUN: $14.000. O departamento financeiro estabeleceu que as vendas devem ser recebidas da seguinte forma: 40% à vista e o restante em 30 dias. Sendo assim, é possível afirmar que o recebimento das vendas previsto para junho é de: 13.520 12.480 12.800 18.320 14.000 4-A peça orçamentária que identifica o número de unidades que precisam ser fabricadas no período, a fim de atender às necessidades de vendas e do estoque é: Orçamento de produção Orçamento de caixa Orçamento de mão-de-obra Orçamento de compras Orçamento de vendas 5-O comportamento individual que está em conflito básico com os objetivos da organização e que geralmente leva a subversão de metas é conhecido por: Comportamento dispare Comportamento disfuncional Inquietude Motivação Congruência de objetivos 6-Dentro da estrutura do Plano Orçamentário, o orçamento que contém a maior parte das peças orçamentárias, por englobar todos os orçamentos específicos das áreas administrativa, comercial e de produção, sendo equivalente, na demonstração dos resultados da empresa, às informações que evidenciam as vendas, o custo dos produtos e as despesas administração e comerciais, é o Orçamento: base zero de financiamentos de caixa de investimentos 37 operacional 7-Marque a alternativa que corresponde aos tipo de orçamento clássico: d)Orçamento Estático e Base Zero a)Orçamento Estático e Flexível c)orçamento Ajustado e Estático e)Orçamento Corrigido e Ajustado b)Orçamento Base Zero e Flexivel 8-O desempenho apresentado na comparação entre o que foi orçado e realizado é comumente avaliado por meio de dois atributos, que são: dispêndio e quantidade quantidade e preço custo e volume custo e eficácia eficácia e eficiência Aula 6: Controladoria na execução e controle – Capital de giro Capital de giro38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 TESTE DE CONHECIMENTO 1-Determinada empresa apresentou os seguintes prazos médios referentes ao ano de 20X6: Prazo médio de renovação dos estoques: 24 dias; Prazo médio de recebimento de vendas: 15 dias e Prazo médio de pagamento de compras: 34 dias É correto afirmar que esta empresa obteve, em 20X6, um ciclo financeiro: positivo de trinta e nova dias negativo de cinco dias negativo de dezenove dias positivo de cinco dias positivo dezenove dias 2-Uma empresa perdeu todas as informações relativas aos saldos iniciais de seus estoques do ano de X1. A empresa resolveu então efetuar uma avaliação de seus estoques de produtos ao final do ano e chegou ao valor de R$5.000,00. Verificou, também, ter realizado compras durante este mesmo ano no valor de R$12.000,00. Sabendo-se que o custo das mercadorias vendidas no período foi de R$15.000,00, qual era, em reais, o valor dos estoques da empresa no inicio do ano (estoque inicial)? 51 R$ 5.000,00 R$ 2.000,00 R$ 15.000,00 R$ 22.000,00 R$ 8.000,00 3-A BetaGás é uma distribuidora de gás manufaturado. O gás comprado é transferido por gasodutos e estocado antes de ser acomodado em botijões de variados tamanhos. Considere que o gás fica em média 45 dias no estoque e que o pagamento é realizado em 30 dias, em média. Sabendo-se que o ciclo de caixa é de 35 dias, de quantos dias é o prazo médio de recebimento da BetaGás? 20 dias 65 dias 10 dias 60 dias 15 dias 4-A análise dinâmica do capital de giro apresenta uma nova classificação gerencial para as contas de ativo e passivo circulante, considerada essencial no processo de avaliação das necessidades de capital de giro. Nessa nova classificação, está o ativo circulante cíclico, que é composto pelas(os): Obrigações de curto prazo da empresa ligadas ao custo financeiro da empresa Bens diretamente identificáveis no ciclo operacional Obrigações de longo prazo da empresa relacionadas com os investimentos Bens e direitos relacionados às atividades operacionais da empresa, que são influenciados pelo volume de negócios Direitos relacionados com o custo operacional da empresa e influenciados pela produção de bens e/ou serviços 5-As informações a seguir, com valores em reais, foram extraídas da contabilidade da Companhia BBT, referentes ao exercício social recém encerrado: Estoque inicial de mercadorias: $10.600; Estoque final de mercadorias: $9.400 e Compra de mercadorias no período: $70.800. O prazo médio de permanência das mercadorias em estoque, no referido exercício social, foi: 51 dias 55 dias 57 dias 52 dias 50 dias 6-FC - 2014.2 - Uma Sociedade Empresária apresentou os seguintes dados, extraídos da Demonstração do Resultado e do Balanço Patrimonial dos anos de 2012 e 2013: (a) Balanço Patrimonial: Estoque em 31.12.2013 = R$800.000,00; Estoque em 31.12.2012 = R$900.000,00. (b) Demonstração do Resultado: CMV em 31.12.2013 = R$12.750.000,00; CMV em 31.12.2012 = R$10.220.000,00. Para calcular os indicadores contábeis, a empresa considera que o mês tem 30 dias e utiliza o estoque médio. O Giro e o Prazo Médio de Rotação de Estoques relativos a 2013 são, respectivamente: 15 vezes e 24 dias. 16 vezes e 23 dias. Nenhuma das alternativas. 14 vezes e 25 dias. 13 vezes e 28 dias. 7-O período de tempo em que os recursos da empresa se encontram comprometidos entre o pagamento dos insumos e o recebimento pela venda dos produtos é conhecido como: 52 Giro de estoque Necessidade líquida de capital de giro Capital de giro Ciclo de caixa Ciclo operacional 8-O controller da Companhia Aurora extraiu das demonstrações financeiras da empresa, as seguintes informações: caixa: $5.000; contas a receber: $10.000; contas a pagar: $12.000; estoque: $8.000; vendas: $30.000 e custo das vendas: 16.000. Considerando-se, única e exclusivamente, estas informações, o capital de giro líquido da empresa, em reais, é de: $25.000 $14.000 $18.000 $11.000 $6.000 Aula 7: Controladoria na execução e controle – Análise econômico-financeira 53 54 A IMPORTANCIA DA ANALISE DO BALAÇO Métodos de Análise e Interpretação por meio de Índices Demonstrações Contábeis A análise das demonstrações contábeis sempre será orientada em função dos objetivos do analista. Assim, a maior ou menor profundidade dos exames a serem realizados dependerá da finalidade que se tenha em vista. Em qualquer análise, entretanto, terá que ser seguido um método de trabalho. Na maioria das ciências, o processo analítico e decisório obedece mais ou menos a sequência abaixo: 55 Avance a tela e veja como esse processo analítico se dá na Medicina, no Direito e nas Análises de balanço. Métodos de Análise e Interpretação por meio de Índices • Na Medicina... Na Medicina, por exemplo, em qualquer exame preliminar, o médico verifica a temperatura, pressão, pulsação, etc. Esses são os indicadores. O médico compara então cada indicador com um padrão próprio desenvolvido e aprimorado e, em seguida, ponderando conjuntamente seus indicadores, elabora suas conclusões, mental ou formalmente, transmitindo-as ou não ao paciente de alguma forma que faz parte de sua técnica de trabalho. Em seguida, toma uma decisão, como internar o paciente, encaminhá-lo a outro especialista, receitar medicamentos ou simplesmente dizer que está tudo em ordem. • Em Direito... Em Direito, os elementos considerados representam os indicadores; a lei, a jurisprudência ou os comentários de juristas representam os padrões; a ponderação pela vivência e pelo conhecimento representa a etapa de elaboração de conclusões. A partir desta é que virão as decisões de condenar, absolver, entrar em acordo, etc. • Em Análises de balanços... Em Análise de balanços, aplica-se o mesmo raciocínio científico: • extraem-se índices das demonstrações financeiras; • comparam-se os índices com os padrões; • ponderam-se as diferentes informações e chega-se a um diagnóstico ou conclusões; • tomam-se decisões. Quando essa sequência não é levada em conta, fatalmente a análise de balanços fica prejudicada. Às vezes, por falta de padrões ou por não se saber construí-los, deixa-se de fazer comparações. A qualidade da análise então fica comprometida, pois, como se poderá fazer afirmativas sem os elementos de relevância? A seguir veja mais acerca dessa qualidade da análise. Análise Horizontal • Conceito de analise horizontal É um método de análise onde se determina a tendência dos valores absolutos ou relativos das diversas grandezas monetárias, apurando-se o percentual de crescimento ou declínio de valores de uma mesma conta ou grupo de contas, entre duas datas e/ou períodos considerados. • Método de aplicação A aplicação desse método exige a existência de, pelo menos, duas demonstrações de datas e/ou períodos diferentes. • Exemplo de analise horizontal Com finalidade ilustrativa vamos considerar parte das demonstrações financeiras da Cia Gol Linhas Aéreas. Para realizar a análise horizontal é necessário estabelecer umabase com a qual os períodos seguintes possam ser comparados. No nosso exemplo, utilizamos o ano de 2008 e atribuímos a ele o número-índice 100. Veja abaixo a tabela: 56 Perceba que de 2008 para 2009 houve um crescimento substancial no Caixa e equivalentes de caixa produzindo um número-índice de 6.448 [($226.987/$3.520) x 100]. Já nas Aplicações financeiras verificamos uma queda no saldo desta conta que produziu um número-índice de 48 [($25.232 / $52.264) x 100]. Assim, é correto dizer que o Caixa e equivalentes de caixa aumentou de 2008 para 2009 6.338%, enquanto que as aplicações financeiras reduziram 52% no mesmo período. Analise vertical • Definição de analise vertical Este método consiste no relacionamento dos valores das contas de cada grupo com montante do respectivo grupo, bem como do montante de cada grupo com o total – do ativo ou do passivo e patrimônio líquido, quando se tratar de balanço patrimonial; de cada componente do resultado com as respectivas receitas e/ou despesas, etc., quando analisada a demonstração do resultado. • Aplicação desse método Assim, pode-se conhecer a composição percentual de cada um e de todos os elementos patrimoniais; de cada tipo de recurso obtido e/ou aplicado; a margem de contribuição de cada um dos componentes de custos e/ou receitas na formação do resultado do exercício, e assim por diante. • Exemplo Para demonstrar a aplicação desse método vamos considerar os grupos de contas que compõem o passivo total da Cia Gol Linhas Aéreas. O que se pretende com essa análise é conhecer quanto cada parte (grupo de contas) representa do todo a que se relaciona. Veja que em 2008 o passivo circulante representava 29% do total do passivo [($867.325 / $2.957.493) x 100]; em 2009 essa relação passou a ser de 12% [($481.794 / $3.864.911)]. Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA) – Lucro antes dos Juros, Impostos sobre o Lucro, Depreciação e Amortização (LAJIDA) O EBITDA é um indicador financeiro que mostra se os ativos operacionais estão gerando caixa. É considerado pelos analistas financeiros o melhor indicador de geração de caixa operacional, pois considera em seu cálculo somente os resultados operacionais que afetam o caixa, desconsiderando as despesas e as receitas operacionais como depreciação, amortização e exaustão; o resultado da equivalência patrimonial; as despesas e as receitas financeiras; outras receitas e despesas operacionais não rotineiras e, também, os impostos sobre o lucro (imposto de renda e contribuição social). A depreciação, amortização e exaustão não são consideradas no cálculo do EBITDA, pois não exercem impacto sobre o caixa, correspondendo ao investimento já realizado e desembolsado no passado, que está sendo parcialmente considerado como despesa ou custo do período. O resultado da equivalência patrimonial não implica desembolso ou ingresso de recursos, apesar de alterar o valor do investimento. Para uma empresa não financeira, as despesas e as receitas financeiras não fazem parte de seu ciclo operacional, mas da consequência das operações, isto é, os empréstimos são captados para financiar as operações e as eventuais sobras de caixa são aplicadas no mercado financeiro para minimizar as despesas financeiras. Os impostos sobre o lucro são calculados sobre o lucro líquido apurado após considerar todas as despesas e as receitas, inclusive as que não têm relação direta com as operações. Ademais, a geração de caixa operacional não depende de impostos dessa natureza. 57 Observe os dados a seguir para calcular o EBITDA: Cálculo do EBITDA: Observe que o EBTIDA apurado de $4.950 representa o real potencial de geração de caixa da empresa que não se confunde com o conceito de lucro, pois do resultado do período deve-se expurgar o efeito dos eventos econômicos, os juros, tributos sobre vendas e eventos não recorrentes. 58 Esse método, amplamente conhecido como Identidade Du Pont de Análise da Rentabilidade, reconhece a existência de dois ingredientes básicos na formação do lucro: utilização de ativos, para produzir mais receita, e aumento do lucro por valor de receita. O aumento de um deles sem alteração do outro aumenta o retorno do investimento. Vamos imaginar que o Burger Grill é uma pequena cadeia de restaurantes informais de alto nível que rapidamente está aumentando seus pontos de vendas por meio de franquias. A franquia de Copacabana é de um grupo de cirurgiões locais, com pouco tempo para dedicar à administração e pouca especialidade em assuntos comerciais. Sendo assim, eles delegam as decisões operacionais, como os estoques – a um administrador profissional contratado, avaliado em grande parte com base no ROI gerado pela franquia. Avance a tela e veja a aplicação do método do ROI! 59 • Lucro residual Residual income – RI – é o lucro menos o retorno desejado do investimento, em unidades monetárias: RI = Lucro – (taxa de retorno desejada x Investimento) • Custo do investimento A taxa de retorno desejada multiplicada pelo investimento é também denominada custo imputado do investimento. Custos imputados são os custos reconhecidos em determinadas situações e não regularmente reconhecidos pelos procedimentos contábeis. O custo imputado não é reconhecido nos registros contábeis porque não é um custo incremental, mas representa, ao contrário, o retorno que a empresa abriria mão se tivesse aplicado o dinheiro em diversos investimentos de risco semelhante, ou seja, o custo imputado do investimento representa o custo de oportunidade. • Maximização do lucro residual Algumas empresas favorecem o método do lucro residual, porque os gerentes se concentrarão na maximização de um valor absoluto (valor de lucro residual) em vez de se concentrar em uma porcentagem (retorno do investimento). O objetivo da maximização do lucro residual parte do pressuposto de que, enquanto obtiver taxa superior ao retorno desejado dos investimentos, a divisão deve se expandir. • Maximização do ROI O objetivo da maximização do ROI pode induzir os gerentes de divisões altamente rentáveis a rejeitar projetos que, do ponto de vista da organização como um todo, deveriam ser aceitos. Vamos utilizar os mesmos dados do exemplo da franquia do Burger Grill para calcular o lucro residual, acrescentando apenas a informação sobre a taxa de retorno desejada pelos donos da franquia que é de 12%. Assim, o lucro residual da franquia é de $4.000 [$10.000 – ($50.000 x 0,12)] 60 TESTE DE CONHECIMENTO 1-Para uma boa Análise de Balanço as atividades abaixo devem ser executadas em uma determinada sequência. Definir a ordem em dessas atividades: I - Ponderam-se as diferentes informações e chega-se a um diagnóstico ou conclusões; II - Extraem-se índices das demonstrações financeiras; III - Tomam-se decisões. IV - Comparam-se os índices com os padrões; III, I, II e IV II, I, III e IV II, IV, I e III II, III, I e IV IV, I, III e II 2-O lucro menos o retorno desejado do investimento, em unidades monetárias é denominado de: Custo de oportunidade Spread econômico. Residual income. Custo imputado do investimento Retorno imputado do investimento. 3-Apreciar a evolução dos componentes patrimoniais ou de resultado, numa determinada série histórica de exercícios e fazer análise prospectiva; avaliar as perspectivas econômicas e financeiras da empresa são objetivos da: análise por diferenças absolutas análise vertical análise por quociente análise de estrutura análise horizontal 4-A___________________indica a participação do percentual ou de estrutura dos elementos dos Demonstrativos contábeis em relação ao total de cada grupo. a)Analise Horizontal b)analise Verticcal c)analise pelos índices Econômico- financeiros d)Analise de avaliação Final e)Analise de gestão 5-Qual o método de analise utilizados pelas organizações empresariais para analisar os pontos fortes e fracos ,oportunidades e ameaças é: a)Analise de Meios e)Analise de Solvência c)Analise de Swot d)Analise de Liquidez b)Analise de Fatores 6-Qual é o método de análise onde se determina a tendência dos valores absolutos ou relativos das diversas grandezas monetárias, apurando-se o percentual de crescimento ou declínio de valores de uma mesma conta ou grupo de contas, entre duas datas e/ou períodos considerados? Análise econômica. Análise horizontal. Análise monetária. Análise financeira. Análise vertical. 61 7-O lucro referente apenas ao negócio, desconsiderando qualquer ganho financeiro, efeitos econômicos, juros de empréstimos e tributos incidentes sobre o resultado é conhecido como: Earning before interest taxes depreciation and amortization ¿ EBITDA Return on investment - ROI Weight Average Cost of Capital - WACC Economic value added® ¿ EVA® Residual income ¿ RI 8-Complete a afirmativa abaixo: Através da_______________________podem ser avaliados os efeitos de determinados eventos financeiros em uma organização. Política do concorrente. Análise de balanço. Rentabilidade. Demonstração do mercado. Política de crescimento Aula 8: Controladoria na execução e controle – Gestão de Custos Gestão de custo 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 TESTE DE CONHECIMENTO 1-Quando há capacidade ociosa, a venda de um produto para o mercado externo por um preço que supera seus custos e despesas variáveis ocasiona: Uma redução na margem bruta Um acréscimo direto no lucro Nenhum efeito no lucro Uma redução direta no lucro Uma redução proporcional nos custos -1 2-Um cliente estrangeiro se ofereceu para comprar 20.000 unidades do produto Y, fabricado pela Cia MC & RL. Ele oferecia um preço de $14, menor do que a indústria estava praticando no mercado regional, que era $17. O controller da MC & RL colheu os seguintes dados para estudar a proposta: custo variável unitário: $11; custo fixo total: $800.000; capacidade instalada: 200.000 unidades e produção (e vendas) atuais: 160.000 unidades. A empresa teria ainda uma despesa de venda adicional por unidade na venda para o cliente estrangeiro correspondente a 25% do preço. Essa despesa corresponde aos encargos de exportação. O que o controller da MC & RL sugeriu: Aceitar o pedido, pois ele irá gerar uma margem de contribuição adicional de $50.000 Rejeitar o pedido, pois ele irá gerar uma margem de contribuição negativa de $25.000 Aceitar o pedido, pois ele irá gerar uma margem de contribuição adicional de $60.000 Aceitar o pedido, pois ele irá gerar uma margem de contribuição adicional de $150.000 Rejeitar o pedido, pois ele irá gerar uma margem de contribuição negativa de $10.000 3-Quando há restrição na capacidade produtiva, a rentabilidade da empresa será maximizada pela produção e venda dos produtos que tiverem: A maior margem de contribuição por fator restritivo A maior margem de contribuição unitária O menor custo variável A menor demanda de mercado O maior preço de venda 4-Assinale a alternativa correta sobre a Contabilidade de Custos: A Contabilidade de Custos acumula, organiza, analisa e interpreta os dados operacionais, físicos e os indicadores combinados no sentido de produzir, para os diversos níveis de administração e de operação, relatórios com as informações de custos solicitados. Os custos históricos fornecidos pela Contabilidade não servem como base para operações futuras. O sistema de informações de gestão de custos tem somente objetivo fiscal, portanto não é adequado ao fornecimento de informações para a tomada de decisões. O papel da contabilidade de custos é mensurar e relatar somente informações financeiras relacionadas ao consumo de recursos pela organização. A contabilidade de custos fornece informações exclusivamente para a contabilidade financeira. 5-Qual é o método de custeio adotado na mensuração de resultados e está intimamente relacionado com o conceito de contribuição marginal ou margem de Contribuição? Custo Padrão; Custeio por Absorção; Custo de Produção. Custeio Direto / Variável; 74 Custo de Oportunidade; 6-Ao final de um determinado período produtivo, uma indústria que produz um só produto e que adota o custeio variável nas suas análises gerenciais apresentou as seguintes informações ao final de um exercício social: margem de contribuição unitária: $25; preço de venda do produto: $45; custos variáveis totais: $400.000 e custos fixos por unidade: $10. Sabendo-se que foram produzidas 25.000 unidades durante o período, pode-se afirmar que o resultado operacional apurado com base no custeio variável foi de: $375.000 $475.000 $425.000 $300.000 $250.000 7-A BMC Company fabrica uma linha de bagageiros para bicicletas. Há dois modelos: de passeio (margem de contribuição unitária de $15) e de montanhismo (margem de contribuição unitária de $12). A fábrica está operando a capacidade plena e possui no momento, 1.000 horas de máquina. Sabendo que normalmente, o mercado consome 3.000 modelos de montanhismo e 6.000 modelos de passeio e ainda, que, cada modelo de montanhismo requer 0,2 horas de máquina e o de passeio, 0,1 hora, qual deve ser a quantidade produzida de cada modelo de forma a maximizar o lucro da BMC Co? 6.000 modelos de passeio e 3.000 modelos de montanhismo 5.000 modelos de passeio e 3.000 modelos de montanhismo 4.000 modelos de passeio e 2.000 modelos de montanhismo 6.000 modelos de passeio e 2.000 modelos de montanhismo 4.000 modelos de passeio e 3.000 modelos de montanhismo 8-Na determinação da margem de contribuição unitária serão deduzidos da receita unitária seus: Custos e despesas fixas Custos diretos e indiretos variáveis Custos e despesas variáveis Custos diretos e indiretos Custo fixos e custos variáveis Aula 9: Controladoria e Valor da Empresa – Custo de Capital Custo de capital Conforme ensina Gitman, o custo de capital em uma empresa representa a taxa de retorno mínima que acionistas e credores exigem para financiar projetos de investimentos a um dado nível de risco, assegurando o valor de mercado das ações da empresa. O custo de capital também pode ser definido como a taxa de retorno que atrairia os fornecedores de recursos para financiar os projetos de investimento da empresa. Em última análise, representa o elo entre as decisões de investimento a longo prazo e a riqueza dos proprietários. Na essência, se o risco de um negócio for mantido constante, a aceitação de projetos de investimento com taxas de retorno superiores ao custo de capital das fontes de recursos aumentará o valor de mercado da empresa, por outro lado, a aceitação de projetos de investimentos com taxas deretorno inferiores ao custo de capital da empresa diminuirá o valor de mercado de suas ações. 75 76 77 Situação Hipotética Nessa situação, o banco cobra uma taxa de juros de 5% ao mês e a alíquota do imposto de renda e contribuição social é de 30%. Sabendo que atualmente o lucro antes dos juros e impostos é de $500.000, qual o custo líquido da dívida? Antes de mais nada, vamos apurar o lucro líquido nas duas situações (sem financiamento de terceiros e com financiamento de terceiros): 78 Custo do capital próprio O cálculo do custo do capital próprio geralmente é mais complexo do que o cálculo do custo do capital de terceiros, pois depende, em grande parte, das expectativas de rentabilidade dos fornecedores de capital. Dessa forma, frequentemente, o custo do capital próprio é obtido pela aplicação de modelos financeiros conhecidos como modelo de crescimento constante (ou Modelo de Gordon) ou modelo de precificação de ativos de capital (Modelo CAPM). • MODELO DE GORGON • CUSTO DO CAPITAL PROPRIO 79 • LUCRO LIQUIDO • TAXA DE REMUNERAÇÃO EXIGIDA PELOS ACIONISTAS • TAXA DE CRESCIMENTO • AÇÕESDE UMA EMPRESA 80 CAPITAL ASSET MODEL- CAPM (MODELO CAPM) • MODELO CAPM • TAXA DE RETORNO • RISCO SISTEMATICO • RISCO NÃO SISTEMATICO 81 • EXEMPLO • CONCLUSÃO 82 Para calcular o CMPC, vamos considerar que a Companhia Beta e Clara está experimentando uma franca expansão dos seus negócios. A seguir são demonstrados os relatórios contábeis referentes ao exercício social recém encerrado: Para apurar a remuneração dos acionistas, o controller coletou as seguintes informações: coeficiente beta: 1,5; remuneração dos títulos da dívida pública: 18% e rentabilidade média da carteira de mercado: 20%. Para chegarmos ao custo médio ponderado de capital, precisamos obter duas informações principais: • O peso de cada uma das fontes de capital em relação ao total do financiamento; e • O custo de cada uma das fontes específicas. O peso das fontes de financiamento pode ser obtido da seguinte forma: Agora, precisamos conhecer o custo de cada uma das fontes de capital. Vamos começar pelo custo líquido da dívida. 1. Nesse caso, observamos que a despesa financeira lançada na demonstração de resultado é de $64.000 e esse valor refere-se à remuneração devida pela captação de recursos de terceiros na ordem de $400.000 ($250.000 no curto prazo e $150.000 no longo prazo). 83 2. Assim, o custo da dívida (antes dos impostos) foi de 16% ($64.000 / $400.000). A alíquota do imposto de renda pode ser obtida pela relação entre o valor do imposto de renda e o lucro antes do imposto de renda ($45.000 / $180.000), ou seja, 25%. Como já sabemos o custo bruto da dívida e a alíquota dos tributos sobre o lucro, podemos chegar ao custo líquido da dívida da seguinte forma: 3. Por último, não necessariamente nesta ordem, precisamos estimar o custo do capital próprio através do modelo CAPM. Considerando os dados fornecidos, temos: 4. O custo médio ponderado da Companhia Clara e Beta é de 17,4%, obtido da seguinte forma: TESTE DE CONHECIMENTO 1-A taxa de retono mínima que acionistas e credores exigem para financiar projetos de investimentos a um dado nível de risco, assegurando o valor de mercado das ações da empresa, é conhecido como: Custo de capital Custo bruto do capital de terceiros Custo do capital próprio Custo do capital de terceiros Custo líquido da dívida 2-A Indústria ALT S/A precisou recorrer a financiamento bancário para possibilitar a expansão de seu parque fabril. Na ocasião, obteve uma linha de crédito de $750.000. A instituição financeira cobrou, a título de juros, $90.000. Sabendo-se que a ALT encontra-se na faixa de 25% para pagamento do imposto de renda, é possível afirmar que o custo líquido da dívida, foi de: 3% 17% 25% 9% 12% 3-A ação da JVT Co. está sendo negociada ao preço corrente de $30 cada. É esperado que cada ação pague um dividendo de $3 no final do ano e que a taxa de crescimento constante seja de 5% ao ano. Assim, sendo, a melhor estimativa para o custo do capital próprio da JVT é de: 84 5,1% 10,5% 15,2% 15,0% 8,7% 4-Os recursos provenientes de empréstimos e financiamentos bancários, debêntures, títulos de dívida, entre outros que visam financiar ativos com finalidades específicas, são denominados de: Capitais de terceiros. Benefício fiscal. Custo líquido da dívida. Alíquota fiscal. Ativo patrimonial. 5-O _______________ é tempo de retorno do investimento, ou seja, significa o número de anos, meses ou dias que serão necessários para que o investidor possa reaver o investimento inicial. O texto trata: VPL Pay back; EVA EBITDA TIR 6-Uma empresa opera em um mercado no qual a taxa livre de risco é de 6% ao ano. Assumindo que o coeficiente beta adequado ao risco de certo investimento seja 1,25 e que a taxa esperada de retorno de mercado seja 14% ao ano é possível afirmar que a taxa de retorno requerida para este investimento (custo do capital) seja de: 10,0% 23,5% 15,0% 16,0% 24,0% 7-São várias as aplicações do custo de capital no ambiente empresarial para subsidiar decisões e avaliar desempenho. O uso nas reestruturações societárias (fusões, cisões e aquisições) é denominada de: Avaliação financeira. Avaliação do retorno. Avaliação econômica de projetos de investimentos. Avaliação de desempenho. Avaliação de investimentos. 8-A empresa Redentor financia seu ativo utilizando 40% de recursos de terceiros, tipicamente composto por empréstimos bancários de longo prazo, e 60% através de capital próprio. Sabe-se que a taxa de juros é de 15% ao ano enquanto que o custo anual com o capital próprio é de 10%. Considerando que a empresa está sujeita a uma alíquota do imposto de renda de 25%, pode-se afirmar que o seu custo médio ponderado de capital (WACC) é de: 10,5% 9,0% 15,0% 12,0% 13,0% 85 Aula 10: Controladoria e valor da empresa – EVA® e MVA® Valor da empresa: O foco da Controladoria A preocupação com a criação de valor nas empresas tem se tornado relevante nas últimas décadas, especialmente após o acirramento da competitividade ocasionada pela globalização. No mundo cada vez mais integrado pela rede mundial de computadores e pelas demais facilidades das telecomunicações, os processos de negócios são dinâmicos e podem rapidamente deslocar-se para um ambiente que ofereça maiores níveis de rentabilidade aos proprietários, atendendo às premissas do custo de oportunidade. Custo de oportunidade é o valor do benefício que se deixa de ganhar quando, no processo decisório, se opta por uma alternativa em detrimento de outra. Nesse cenário competitivo, os gestores são induzidos a evidenciarem aos proprietários e investidores de suas companhias que sua estratégia de operação cria valor, ao invés de destruir. No caso da empresa criar valor, o gestor precisa apresentar aos seus superiores um plano que busque a sustentabilidade e aumento a longo prazo. Por outro lado, em situações onde a empresa estiver destruindo valor, o gestor deverá usar uma estratégia que permita a recomposição desse valor a curto e médio prazo. Quando falamos em criar valor não nos referimos, apenas, à tarefa de cobrir os custos explícitos da operação, mastambém os custos implícitos do negócio. Os custos implícitos do negócio são custos de oportunidade do capital investido, que normalmente não é levado em consideração pela contabilidade na apuração dos resultados. O conceito de criação de valor é bem antigo. No entanto, ele se constitui no objetivo principal da empresa moderna. Assaf expõe as razões que podem explicar esse comportamento: • Identificação A identificação, através de abertura de mercado, de que os preços dos produtos são estabelecidos pela interação de oferta e demanda dos agentes econômicos, e não do ponto de vista exclusivo da empresa. É o mercado que avalia os investimentos empresariais; • Globalização A globalização vem transformando os mercados financeiros locais em um único mercado global. Ativos que não criam valor são desvalorizados rapidamente em todos os mercados; • Competitividade A competitividade dos mercados dá espaço somente às empresas eficientes, ou seja, aquelas capazes de agregar valor às suas decisões; e • Desenvolvimento profissional O desenvolvimento profissional dos executivos modernos, que está ligado ao objetivo da maximização de riqueza dos proprietários. De uma forma mais pragmática, a medida de criação ou destruição de valor é, eminentemente, monetária, que diz respeito a uma das últimas linhas da demonstração de resultados da companhia, a qual concentra maior atenção dos proprietários, acionistas, investidores e financiadores. A medida monetária de criação de valor de uma empresa resulta da combinação do desempenho gerencial com sua estrutura financeira, situação tributária e qualidade dos ativos não operacionais, como aplicações financeiras. ECONOMIC VALUE ADDED® – EVA® (VALOR ECONOMICO ADICIONADO) O conceito de valor econômico não é uma ideia nova, sendo introduzido no cenário corporativo em 1920, pela General Motors Corporation. No entanto, ficou esquecido até que a Stern Stewart & Corporation, uma empresa de consultoria de Nova Iorque, o reintroduziu nos 80. A solução é agora uma marca registrada da Stern Stewart, visto que os sócios dessa consultoria americana patentearam tal metodologia com o nome EVA. 86 DEFINIÇÃO DE VALOR ECONOMICO AGREGADOO (EVA®) • SEU LUCROS O lucro operacional depois dos impostos é representado pelo lucro operacional antes das receitas e despesas financeiras (EBIT – earning before interest and taxes ou, em português, LAJIR – lucro antes dos juros e impostos) e após a aplicação de um percentual correspondente à carga tributária do imposto de renda e da contribuição social. • SEUS CUSTOS DE OPORTUNIDADES De acordo com Stewart, o NOPAT é o lucro oriundo das operações da companhia, líquido dos impostos, mas antes das despesas financeiras e lançamentos contábeis que não envolvam desembolso de caixa, com exceção da depreciação, pois apesar de não requerer desembolso, os ativos consumidos nas operações precisam ser repostos, antes dos investidores obterem um retorno sobre o seu investimento. • O QUE FOI AGREGADO O capital investido corresponde aos recursos necessários para que a empresa possa desenvolver suas atividades operacionais. Em outras palavras, ele é representado pelo total dos recursos financeiros investidos na companhia, independente destes serem oriundos do capital de terceiros ou dos acionistas. Por último, o custo do capital é composto pela ponderação dos recursos que financiam as operações da empresa, tanto os recursos próprios como de terceiros. Ele equivale ao custo médio ponderado de capital (WACC – assunto estudado na aula anterior). 87 CALCULO DO EVA® COM BASE NA FORMULA ORIGINAL Observe que o custo do capital de terceiros (despesas de juros) já é descontado do resultado líquido do período conforme o modelo da demonstração de resultado. Sendo assim, é preciso fazer um ajuste antes da aplicação da fórmula da Stern & Stewart para evitar a dupla contagem da despesa financeira, uma vez como dedução na DRE e outra por inclusão no custo de capital através do custo médio ponderado de capital. Para tanto, é necessário reescrever essa demonstração de resultado excluindo a despesa financeira. Esse procedimento fará mudar o valor do imposto de renda, pois os juros são dedutíveis. Assim, a nova demonstração de resultado será a seguinte: 88 Tendo apurado o resultado do exercício após o imposto de renda e contribuição social, basta agora obter o custo médio ponderado de capital para aplicação na fórmula da Stern & Stewart. Os seguintes procedimentos deverão ser adotados: • PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS • PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL PROPRIO • CUSTO BBRUTO DA DIVIDA • ALIQUOTA DO IR • CUSTO LIQUIDO DA DIVIDA • CUSTO MEDIO PONDERADO DE CAPITAL CALCULO DO EVA® COM BASE NO SPREAD ECONOMICO O spread econômico é a diferença entre a taxa de retorno do investimento e o custo de capital. Assim, haverá criação de valor quando a taxa de retorno superar o custo do capital investido. Essa taxa de retorno, também conhecida como ROI (return on investiment – retorno sobre o investimento), é resultante da divisão do lucro do exercício pelo valor dos investimentos ou, se preferir, valor dos ativos. 89 BALANÇO PATRIMONIAL 90 NEGOCIOS DE AÇÕES NO MERCADO MODELO DE GORDON PREÇO TEORICO DAS AÇÕES 91 CALCULO DO NUMERO DE AÇÕES 92 BALANÇO PATRIMONIAL 93 TESTE DE CONHECIMENTO 1-Em função do cenário competitivo que as empresas enfrentam, os gestores precisam evidenciar aos proprietários e acionistas que a estratégia para a operação cria valor para o negócio. Neste caso, os gestores devem apresentar um plano que busque a sustentabilidade e aumento a longo prazo, considerando não somente os custos explícitos mas também os custos implícitos do negócio. Esses custos implícitos são definidos como: Os custos de oportunidade do capital investido. Os custos operacionais da empresa. Os custos administrativos da empresa. Os custos das mercadorias vendidas pela empresa. Os custos diretos e indiretos. 2-O MVA (Valor de Mercado Adicionado) reflete a valorização de uma empresa e o seu cálculo pode ser realizado de duas formas. A escolha da forma de cálculo deve levar em consideração se a empresa: Tem investimentos ou não no mercado futuro. Negocia ou não ações no mercado. Utiliza o TIR como o modelo de decisão para os seus investimentos. Exporta ou não mercadoria para o exterior. Utiliza o VPL ou ROI para tomar decisão com relação aos seus investimentos. 3-A empresa XPTO, cuja as ações são negociadas no mercado, tem o seu valor de mercado avaliado em R$1.500.000,00 e o capital investido pelos acionistas é equivalente a R$300.000,00. Qual é o valor de mercado adicionado da empresa? R$1.150.000,00. R$1.250.000,00. R$1.000.000,00. R$1.100.000,00. R$1.200.000,00. 4-Uma empresa apresentou um MVA (Valor de Mercado Adicionado) negativo, isto significa que: O valor investido pelos acionistas foi superior ao valor de mercado da empresa. A empresa tem ações negociadas no mercado e por isso o retorno é menor. O valor atual dos fluxos futuros é igual ao valor atual a ser investido. Os acionistas receberam todos os seus investimentos. 94 Houve uma valorização da empresa. 5-Uma empresa apresentou um ROI (Return on Investiment) igual a 30% e um custo médio ponderado (WACC) de 10%. Considerando que seus investimentos foram na ordem de R$100.000,00,qual será o EVA (Valor Econômico Adicionado) com base no spread econômico? R$10.000,00 R$20.000,00 R$60.000,00 R$40.000,00 R$80.000,00 6-Considere as seguintes informações extraídas da contabilidade da Companhia Ramos: Capital próprio: $15.000.000; Capital de terceiros: $5.000.000; Lucro operacional depois dos impostos: $2.500.000; Despesa financeira: $800.000; Expectativa de retorno dos acionistas: 10% e Alíquota do imposto de renda: 25%. Utilizando apenas estas informações é correto afirmar que o valor econômico adicionado (EVA) é de: $200.000 ($300.000) $400.000 $500.000 $1.000.000 7-Como é denominado o valor do benefício que se deixa de ganhar quando, no processo decisório, se opta por uma alternativa em detrimento de outra? Custo de oportunidade. Custo médio ponderado de capital. Custo médio da carteira de mercado. Custo indireto. Custo líquido da dívida. 8-A Companhia Vega têm ativos registrados por $2.000.000 e uma dívida com terceiros no valor de $1.250.000. Atualmente a empresa possui 500.000 ações. O controller da empresa estima que o preço teórico das ações seja em torno de $1,75 por ação. Diante dessas informações, é possível afirmar que o valor de mercado adicionado (MVA®) da Companhia Vega, em reais, é de: ($1.000.000) $1.375.000 $2.125.000 $125.000 ($1.125.000)