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1 
 
Controladoria 
 
Aula 1: Introdução à Controladoria 
 
Segundo Mosimann e Fisch (1999, p.88), a Controladoria consiste em um corpo de doutrinas e 
conhecimentos relativos à gestão econômica. Pode ser visualizada sob dois enfoques: 
a) como um órgão administrativo com missão, funções e princípios norteadores definidos no 
modelo de gestão do sistema empresa; e 
b) como uma área do conhecimento humano com fundamentos, conceitos, princípios e métodos 
oriundos de outras ciências. 
A controladoria como unidade administrativa é responsável pelo projeto, elaboração, 
implementação e manutenção do sistema integrado de informações operacionais, financeiras e 
contábeis de determinada entidade, com ou sem finalidades lucrativas. Já como ramo do 
conhecimento humano, é responsável pelo estabelecimento das bases teóricas e conceituais 
necessárias para a modelagem, construção e manutenção dos sistemas de informações, no sentido 
de suprir, adequadamente, as necessidades informativas dos gestores e os induzir durante o 
processo de gestão, quando requerido, a tomarem decisões ótimas. 
 
 
 
Pode-se ressaltar a importância da controladoria como unidade organizacional orientada para o 
efetivo suporte ao processo decisório, por meio da proposição de seus objetivos de atuação: 
1. Subsídio, de forma ampla e incondicional, ao processo de gestão, propiciando aos 
diversos gestores as condições necessárias ao planejamento, acompanhamento e controle 
dos resultados dos negócios, de forma detalhada e global; 
2. Contribuição para que os gestores ajam no sentido de otimizar os recursos, sempre 
lembrando que essas pessoas devem ‘vestir a camisa’ de gestores da organização e, por 
baixo dela, a camisa de especialistas em suas áreas de responsabilidade. Os gestores 
passam a atuar da maneira aqui preconizada, tendo em vista, propiciar à empresa a melhor 
contribuição em suas áreas de atuação, considerando os efeitos das decisões de áreas 
anteriores e posteriores às suas dentro do sistema empresa, na medida em que 
compreendam que o resultado ótimo da organização depende do perfeito conhecimento 
da atividade empresarial e de suas inter-relações; 
3. Certificação de que os sistemas de informação, para apoio ao processo de gestão, gerem 
informações adequadas aos modelos decisórios dos principais usuários na organização. 
Esse objetivo é atingido, à medida que, se identificam, de forma clara e estruturada, as 
necessidades informativas dos principais usuários e se delineiam seus modelos 
2 
 
decisórios, permitindo introduzir, nos sistemas de informação, as regras sobre como 
deveriam ser as decisões, como também, o registro dos impactos causados pelas decisões 
realizadas; 
4. Certificação da padronização, homogeneização de instrumentos (políticas, normas, 
procedimentos e ações) e informações (sobre desempenhos e resultados planejados e 
realizados) em todos os níveis de gestão da organização; 
5. Desenvolvimento de relações com os agentes de mercado, que interagem com a empresa, 
no sentido de identificar e atender às demandas impostas à organização. 
 
Segundo Del Valle, Bezerra e Tamura: 
Os títulos de controller, como o de tesoureiro, tiveram sua origem no governo, na Inglaterra. No 
século XV o título foi usado em vários cargos da “English Royal Household”, como comptroller 
das contas na repartição Lord Chamberlain. O Continental Congress nomeou um comptroller em 
1778; o Departamento de Tesouraria estabeleceu a função de comptroller em 1789; a função foi 
sendo estendida para as agências e repartições federais, estaduais e municipais. O título e função 
do comptroller foram estendidos para corporações de negócio através das estradas de ferro, nos 
Estados Unidos. (apud ARAGAKI, 2003 p.1) 
 
 
 
O profissional que desenvolve as atividades da controladoria vem se destacando, cada vez mais, 
como peça-chave para interpretar e comunicar dados e informações, no sentido de assessorar os 
gestores, com elevado envolvimento no processo decisório. 
3 
 
 
 
As raízes da teoria contábil estão relacionadas com as teorias da decisão, da mensuração e da 
informação. 
• Teoria da decisão: 
É tida como o esforço para explicar como as decisões realmente acontecem; para a tomada de 
decisões, ela objetiva solucionar problemas e manter o caráter preditivo através de um modelo de 
decisão. A tomada de decisões racionais depende de informações ou dados. 
• Teoria da mensuração: 
Trabalha com o problema de avaliação dos dados e por isso é importante que esta seja estabelecida 
corretamente. 
• Teoria da informação: 
Vem de acordo com o seu propósito, que é possibilitar a uma organização alcançar seus objetivos 
pelo eficiente uso de seus outros recursos. Em um sentido muito abrangente, a ideia de eficiência 
é expressa na relação entre entradas e saídas. 
Assim, podemos observar que a Contabilidade saiu, nas últimas décadas, da teoria do lucro 
(mensuração, comunicação da informação) para a teoria da decisão (modelos de decisão e 
produtividade). Com isso, unindo esses conceitos, pode-se entendê-la (a Controladoria) como a 
forma de acontecer a verdadeira função contábil. 
 
A Controladoria, assim como todas as áreas de responsabilidade de uma empresa, deve esforçar-
se para garantir o cumprimento da missão e a continuidade da organização. Seu papel fundamental 
nesse sentido consiste em coordenar esforços para conseguir um resultado global sinérgico, isto 
é, superior à soma dos resultados de cada área. 
A Controladoria desempenha um importante papel no êxito empresarial, tendo como missão 
primordial a geração de informações relevantes para a tomada de decisão no âmbito da 
organização. Dessa forma, a missão da Controladoria é otimizar os resultados econômicos da 
empresa, para garantir sua continuidade, por meio da integração dos esforços das diversas áreas. 
A Controladoria serve como órgão de observação e controle da cúpula administrativa, 
preocupando-se com a constante avaliação da eficácia e eficiência dos vários departamentos no 
exercício de suas atividades. É ela que fornece os dados e as informações, que planeja e pesquisa, 
visando sempre mostrar a essa mesma cúpula os pontos de estrangulamento presentes e futuros 
que põem em perigo ou reduzem a rentabilidade da empresa. 
 
Kanitz (1976, p. 7-8) estabeleceu como função primordial da Controladoria a direção e a 
implantação dos sistemas de: 
Informação: compreendendo os sistemas contábeis e financeiros da empresa, sistema de 
pagamentos e recebimentos, folha de pagamento etc. 
Motivação: referente aos efeitos dos sistemas de controle sobre o comportamento das pessoas 
diretamente atingidas. 
4 
 
Coordenação: visando centralizar as informações com vistas à aceitação de planos sob o ponto 
de vista econômico e à assessoria da direção da empresa, não somente alertando para situações 
desfavoráveis em alguma área, mas também sugerindo soluções. 
Avaliação: com intuito de interpretar fatos e avaliar resultados por centro de resultado, por área 
de responsabilidade e desempenho gerencial. 
Planejamento: de forma a determinar se os planos são consistentes ou viáveis, se são aceitos e 
coordenados e se realmente poderão servir de base para uma avaliação posterior. 
Acompanhamento: relativo à contínua verificação da evolução dos planos traçados para fins de 
correção de falhas ou revisão do planejamento. 
Já Heckert e Wilson estabeleceram como funções da Controladoria: 
a função de planejamento, que inclui o estabelecimento e a manutenção de um plano operacional 
integrado por meio de canais gerenciais autorizados, de curto e de longo prazo, compatível com 
os objetivos globais, devidamente testado e revisado, e abrangendo um sistema eos 
procedimentos exigidos; 
a função de controle, que inclui o desenvolvimento, o teste e a revisão por meios adequados dos 
padrões satisfatórios contra os quais deve-se medir o desempenho real, e a assistência à 
administração no incentivo à conformidade dos resultados reais com os padrões; 
a função de relatar, que inclui preparação, análise e interpretação dos fatos financeiros e 
números para o uso da administração, envolve uma avaliação desses dados em relação aos 
objetivos e métodos da área e da empresa como um todo, e influências externas e preparação e 
apresentação de relatórios a terceiros como órgãos governamentais, acionistas, credores, clientes, 
público em geral, conforme suas exigências; 
a função contábil, que inclui o estabelecimento e a manutenção das operações da contabilidade 
geral e da contabilidade de custos da fábrica, da divisão e da empresa como um todo, juntamente 
com os sistemas e métodos referentes ao projeto, instalação e custódia de todos os livros 
contábeis, os registros e formas requeridos para registrar objetivamente as transações financeiras 
e adequá-las aos princípios contábeis, com o respectivo controle interno; e 
outras funções relacionadas, de responsabilidade primária, que incluem supervisão e operação 
de tais áreas como: impostos, abrangendo questões locais, estaduais e federais, relação com o 
fisco e a auditoria independente; seguros, em termos de adequação de cobertura e manutenção 
dos registros; desenvolvimento e manutenção de instruções padrão, procedimentos e sistemas; 
programas de conservação de registros; relações públicas com o mercado financeiro; e, 
finalmente, a coordenação de todos os sistemas e instrumentos de registro dos escritórios da 
empresa. 
Em suma, a Controladoria deve prestar-se para a contínua assessoria, no sentido de contribuir 
para o aprimoramento da empresa, por meio de críticas construtivas e inteligentes. 
 
A moderna Controladoria deve estar estruturada para tanto atender às necessidades de controle 
sobre as atividades rotineiras como servir de ferramenta para o monitoramento permanente sobre 
todas as etapas do processo de gerenciamento da empresa. Em outras palavras, a estruturação da 
Controladoria deve estar ligada aos sistemas de informações necessárias à gestão, tanto nos 
aspectos rotineiros como dos gerenciais e estratégicos. 
Dessa forma, de acordo com Perez Junior (2002, p.15), pode-se visualizar a Controladoria 
estruturada em dois grandes segmentos: 
Contábil e fiscal: nesse segmento, são exercidas as funções e atividades da contabilidade 
tradicional, representadas pela escrituração contábil e fiscal, com a geração das informações e 
relatórios para fins societários, fiscais, publicações, atendimento da fiscalização e auditoria etc. 
Também se enquadrariam as outras funções corriqueiras, tais como controle patrimonial dos bens 
e direitos da empresa, conciliações das contas contábeis, apuração e controle dos custos para fins 
5 
 
contábeis e fiscais, controle físico dos itens de estoques e imobilizado, apuração e gestão dos 
impostos etc. 
Planejamento e controle: caracteriza o aspecto moderno das funções e das atividades da 
Controladoria. Nesse segmento devem estar incorporadas as atribuições ligadas à gestão de 
negócios, o que compreende as questões orçamentárias, projeções e simulações, aspectos 
estratégicos da apuração e análise de custos, contabilidade e análise de desempenho por centros 
de responsabilidades, planejamento tributário etc. 
Assim estruturadas, as atividades exercidas pela Controladoria de monitoramento dos controles 
gerenciais implicam, em uma primeira fase, a melhoria dos sistemas de controle. Como 
consequência, haverá um aumento da performance dos gestores e da eficácia e eficiência das 
unidades, devido ao fato de as possíveis deficiências tornarem-se mais transparentes, permitindo 
a adoção de medidas corretivas. 
 
Para Nakagawa (1995, p.13), os modernos conceitos de controladoria indicam que o controller 
desempenha sua função de controle de maneira muito especial, isto é, ao organizar e reportar 
dados relevantes exerce uma força ou influência, que induz os gerentes a tomar decisões lógicas 
e consistentes, com a missão e objetivos da empresa. 
De acordo com Jiambalvo (2002, p.8), é o controller que prepara os relatórios para o planejamento 
e a avaliação das atividades da empresa (orçamentos e relatórios de desempenho) e fornece as 
informações necessárias a tomada de decisões gerenciais. 
Segundo Sathe (1983, p.31), o controller tem duas funções principais: ajudar a equipe gerencial 
no processo de tomada de decisões e garantir a fidedignidade das informações financeiras para 
que as práticas de controle interno estejam em conformidade com as políticas e os procedimentos 
estabelecidos pela empresa. 
 
 
6 
 
 
 
 
Pelo exposto, percebe-se que o controller deve ser um profissional multifuncional, ou seja, deve 
acumular experiências nas áreas contábeis, financeiras e administrativas. 
O controller, no exercício de sua função, deve ter uma visão pró-ativa, permanentemente dirigida 
para o futuro. Não há mais espaço para o profissional do passado, contente apenas em cumprir as 
tarefas rotineiras. 
A valorização do cargo de controller é consequência direta da necessidade das empresas de 
elaborar o planejamento estratégico e controlar, com cada vez mais rigor, os custos 
administrativos, financeiros e de produção dos bens e serviços. 
Para atender às exigências do mercado de trabalho, os conhecimentos exigidos para o desempenho 
das funções de controller são: 
• Contabilidade e finanças; 
• Sistemas de informações gerenciais; 
• Tecnologia de informação; 
• Aspectos legais de negócios e visão empresarial; 
• Métodos quantitativos; 
• Processos informatizados da produção de bens e serviços. 
Para enfrentar esses novos desafios, o controller precisa possuir, além de todos os requisitos 
anteriormente exigidos, novas habilidades, tais como: práticas internacionais de negócios, 
controles orçamentários, planejamento estratégico, além de tornar-se um profissional de fácil 
relacionamento e extremamente hábil para vender suas ideias e conceitos. 
 
TESTE DE CONHECIMENTO 
1-______________ controladoria é basicamente dar suporte de informação aos gestores de 
diversas áreas da empresa a fim de controlar e aperfeiçoar os processos e os resultados 
econômicos da empresa. Com base nessa informação podemos afirmar que o texto refere-se 
a (ao)? 
 Conceito 
 Orçamento 
 Estrutura 
 Objeto 
 Função 
2-Qual das afirmações abaixo está incorreta, sobre o papel do Controller: 
 Toma decisões operacionais 
 Influência 
 Persuasão 
 Apoio aos demais gestores 
 Monitoramento dos sistemas de 
informações gerencias 
7 
 
3-A moderna controladoria deve estar estruturada para atender tanto a necessidades de 
controle como servir de ferramenta para monitoramento sobre o processo de gestão. Assim, 
ela deve ser estruturada em dois grandes segmentos: contábil e fiscal e planejamento e 
controle. Como exemplo de função vinculada a este último segmento, temos: 
 Controle patrimonial 
 Contabilidade de custos 
 Contabilidade tributária 
 Contabilidade gerencial 
 Contabilidade financeira 
4-É correto afirmar que a Controladoria 
teve sua origem: 
 Nas indústrias brasileiras 
 Nos bancos europeus 
 No setor público inglês 
 Nos empreendimentos comerciais 
americanos 
 Nas corporações de estradas de ferro 
inglesas 
5-Em relação a função da controladoria 
assinale a alternativa incorreta. 
 Persistência 
 Informação 
 Monitoramento 
 Motivação 
 Coordenação 
6-A Controladoriaserve como órgão de observação e controle da cúpula administrativa, 
preocupando-se com a avaliação da eficácia e eficiência das diversas áreas da organização 
no exercício de suas atividades. É correto afirmar que é uma função da controladoria: 
 Garantir a fidedignidade das 
informações 
 Contratar e treinar pessoas 
 Estabelecer o plano estratégico 
 Implementar campanhas publicitárias 
 Realizar a gestão financeira 
7-A Controladoria consiste em um corpo de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão 
econômica. Pode ser visualizada sob dois enfoques: como órgão administrativo ou como 
área do conhecimento humano. Sob a perspectiva administrativa é correto afirmar que: 
 É o ramo do conhecimento relacionado a mensuração das aquisições e consumo de recursos 
de uma organização. 
 É o processo de identificação, mensuração e comunicação de informação econômica para 
permitir formação de julgamentos e decisões pelos usuários de informação. 
 É responsável pelo estabelecimento das bases teóricas e conceituais necessárias a 
modelagem, construção e manutenção dos sistemas de informações. 
 É o ramo do conhecimento que estuda conceitos de identificação e acompanhamento, no 
tempo, do patrimônio da entidade expresso monetariamente. 
 É responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema integrado 
de informações operacionais, financeiras e contábeis de determinada entidade, com ou sem fins 
lucrativos. 
8-O termo controller foi introduzido na linguagem comercial e administrativa das empresas 
no Brasil, através da prática dos países industrializados, e servia, inicialmente, para 
designar o executivo que tinha a tarefa de controlar ou verificar as contas. Podemos dizer 
que o papel do controller foi ampliado com a criação do: 
 Executive Institute of Management (Instituto Executivo de Gestão) 
 American Accounting Association (Associação Americana de Contadores) 
 Controller Institute of America (Instituto de Controller da América) 
8 
 
 Institute of Internal Audting (Instituto de Auditoria Interna) 
 Internal Control Institute (Instituto de Controles Internos) 
 
 
Aula 2: Visão Sistêmica da Empresa e o Modelo de Gestão 
 
Segundo Lauzel (1967, p.29) empresa é um grupamento humano hierarquizado que põe em ação 
meios intelectuais, físicos e financeiros, para extrair, transformar, transportar e distribuir riquezas 
ou produzir serviços, conforme objetivos definidos por uma direção, individual ou de colegiado, 
fazendo intervir em diversos graus, motivação de benefício e de utilidade social. 
Toda empresa exerce uma atividade econômica, que se caracteriza por eventos econômicos como 
consumo, troca ou produção de recursos escassos. 
Um recurso é escasso quando a quantidade demandada desse recurso é superior à quantidade 
ofertada desse mesmo recurso. 
Esses recursos escassos, chamados recursos econômicos, são constituídos de: 
• Recursos financeiros; 
• Recursos humanos; 
• Recursos materiais: 
Recursos transformados 
Recursos naturais 
• Recursos tecnológicos; 
• Recursos de informação. 
Os recursos apresentados são denominados recursos econômicos porque seu valor é válido pelo 
mercado em função de sua escassez, em uma determinada data. Assim, seu valor econômico tende 
a flutuar à medida que os recursos são mais ou menos escassos. 
As empresas são sempre formadas por pessoas, quer em termos de propriedade ou em termos de 
operação, e o aspecto comportamental das pessoas que perfazem a empresa está disperso em todas 
as suas áreas. 
 
Conforme nos ensina Peleias (2002, p.5-6) a discussão e o estudo sobre sistemas proporcionam 
uma série de raciocínios que levam à compreensão da complexidade da empresa moderna em seu 
todo e suas correlações em âmbito interno e externo, pois essas organizações, independentemente 
de seus setores de atividade econômica, possuem uma série de funções, tais como vendas, 
planejamento, compras, controle, atividades relacionadas a recursos humanos, produção, funções 
financeiras (pagamentos, recebimentos e gerenciamento de caixa), dentre outras. 
É preciso buscar uma síntese ou ponto de ligação entre as diversas funções e divisões da empresa, 
entre produtos e mercados, bem como a identificação de pontos de relacionamento com os 
ambientes externo e interno. A empresa precisa ser vista como algo mais do que a mera junção 
de áreas, atividades e pessoas, de forma estática, para o meio da organização. É necessário 
considerá-la como um sistema, cujas partes devem estar inter-relacionadas e com fluidez 
dinâmica, para que a eficácia empresarial seja atingida. 
O termo sistema envolve um amplo espectro de ideias e relações. Diariamente, as pessoas 
interagem com diversos tipos de sistema, como o de transporte, de comunicação, biológico e 
econômico, dentre outros. Também é correto imaginar o sistema solar ou o corpo humano como 
sistemas. Segundo Bio (1985), considera-se sistema um conjunto de elementos interdependentes, 
ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo. 
 
É possível dividir os sistemas em dois tipos: 
1. Abertos: compreendem um conjunto de partes em constante interação (resultando um 
aspecto fundamental sobre as ideias de sistemas, a interdependência entre seus componentes) 
e constituem um todo orientado para determinados fins e em permanente interação com o 
meio externo, influenciando e por este sendo influenciado. 
9 
 
2. Fechados: são os que não mantêm relação com o entorno, não dependem de insumos 
externos para sua manutenção e não realizam nem fornecem saídas para esse ambiente, de 
tal forma que nenhum material entre neles ou saia. 
3. Uma consideração crítica no estudo dos sistemas é a concepção de que a empresa é um 
sistema aberto, pois ressalta a dinâmica existente no ambiente em que a organização se 
insere, levando-a a procurar responder de forma eficaz às pressões exercidas pelas rápidas e 
contínuas mudanças, a fim de garantir sua sobrevivência, continuidade e crescimento. 
 
 
O ambiente remoto é composto por entidades que, embora possam não se relacionar diretamente 
com ela, possuem autoridade, domínio ou influência suficientes para definir variáveis 
conjunturais, regulamentares e outras condicionantes de sua atuação. 
Exemplos dessas entidades são: governos, entidades regulatórias e fiscalizadoras, entidades de 
classe, associações empresariais, organismos internacionais, etc. 
Essas entidades normalmente desempenham papéis significativos na determinação de variáveis 
relevantes que caracterizam o cenário global em que a organização deve atuar, como por exemplo: 
regime de governo, acordos internacionais, inflação, taxa de juros, distribuição de renda, mercado 
de trabalho, etc. Na maioria dos casos, essas variáveis não são controláveis pela organização. 
Observa-se que o ambiente próximo da organização é formado por atores ou entidades que 
compõem o segmento onde atua e compete, tais como: clientes, fornecedores, concorrentes e 
consumidores. 
A amplitude de gestão neste ambiente caracteriza as transações realizadas entre as entidades, 
como preços, volume, qualidade, prazos de entrega e pagamento. 
O segmento de atuação pode ser definido como um conjunto de atividades que constituem um 
determinado estágio da cadeia de valor da organização, formando uma rede de relacionamentos 
com clientes e fornecedores. 
Cadeia de valor refere-se ao conjunto de atividades que adicionam utilidades aos produtos e 
serviços de uma organização. 
 
À luz da Teoria dos Sistemas, a empresa é considerada um subsistema inserido num sistema 
maior, o ambiente externo, e está sujeita às suas pressões, traduzidas em ameaças e oportunidades.10 
 
A organização adquire recursos do meio ambiente, processa-os e fornece bens, produtos e serviços 
para atender às necessidades que o meio externo demanda. 
A empresa pode ser considerada um sistema divisível em subsistemas, e essa decomposição pode 
ser de duas categorias: divisão em função da especialização das funções e divisão em função da 
dinâmica ambiental. 
A primeira constitui a decomposição da empresa normalmente encontrada nos textos sobre 
sistemas e administração. Essa divisão destaca as atividades operacionais efetuadas por cada 
componente do sistema, geralmente apresentada como produção, vendas, finanças, recursos 
humanos e compras. 
A segunda categoria é a abordagem utilizada pela gestão econômica, que considera a empresa 
parte do ambiente, com ele interagindo para o cumprimento de sua missão e satisfação das 
necessidades demandadas pelo entorno. Essa divisão sistêmica da empresa é fortemente 
influenciada por pressões do ambiente externo e apresenta-se na forma de seis subsistemas, 
cujas descrições são mostradas a seguir. 
1- Subsistema Institucional 
É composto pela missão, crenças e valores da organização. Visa direcionar esforços para alcance 
dos objetivos propostos. 
A missão constitui-se na verdadeira razão de uma existência, e, no caso da empresa, consiste na 
linha de atividades que ela pretende seguir. A caracterização da missão da empresa condiciona 
seus subsistemas, ou seja, a própria configuração do sistema empresa, impactando, também, na 
sua continuidade. 
As crenças são as convicções e os valores são as apreciações subjetivas que revelam as 
preferências das pessoas segundo as tendências e influências sociais a que estão submetidas. 
Os requisitos básicos do subsistema institucional são: 
• Definição a partir das crenças e valores dos proprietários ou principais executivos da empresa; 
• divulgação interna e externa; 
• de maneira ideal, formalização por meio de um documento, para que todos na organização 
conheçam as diretrizes institucionais; 
• necessidade de validação pelo ambiente em que a organização se insere, pela realização de 
atividades lícitas e que satisfaçam às demandas do entorno em relação à empresa; 
• indicação de “onde” a empresa quer chegar. 
 
2- Subsistema Organizacional ou Formal 
Diz respeito à forma de como a empresa está organizada, ou seja, como são agrupadas suas 
diversas atividades, o tipo de estrutura utilizada (vertical ou horizontal), a definição da amplitude 
administrativa (se é ou não descentralizada), o grau de delegação de poder e atribuição de 
responsabilidade, entre outros, e tem por objetivo primordial assegurar que todas as atividades da 
empresa sejam desenvolvidas. 
É influenciado pelo subsistema institucional. Seus requisitos básicos são: 
• Definição da estrutura organizacional de modo que os vários gestores estejam interligados, 
considerando que as atividades a serem realizadas são interdependentes e devem levar em conta 
as relações antecedentes e consequentes; 
• elaboração, redação, divulgação e incentivo à utilização de instruções escritas (políticas, normas 
e procedimentos e instruções operacionais); 
• contratação de pessoas competentes em suas áreas de especialização e treinamento para a 
utilização das instruções escritas; 
• definição, identificação e aquisição dos materiais, equipamentos, instrumentos e outros recursos 
necessários à execução das atividades; 
11 
 
• ordenação dos recursos adquiridos para a execução das atividades de forma tal que possibilitem 
o cumprimento da missão da empresa. 
3- Subsistema de Gestão 
Caracterizado pelo processo de planejamento, execução e controle 
que perfaz o processo decisório de uma empresa. É influenciado pelo 
subsistema institucional e suportado pelo subsistema de informação, 
necessário ao planejamento, ao conhecimento da realidade 
(execução) e ao controle. 
Seus requisitos básicos são: 
• Dependência da definição do subsistema institucional que, por sua 
vez, depende do modelo de gestão adotado pela empresa; 
• indicação de “como” chegar aos objetivos definidos; 
• atuação coordenada dos gestores convergente para o planejamento 
estratégico e definição do plano estratégico; 
• após a definição do plano estratégico, realização do planejamento 
operacional, do qual resultam planos operacionais de curto, médio e 
longo prazos. 
4- Sistema de informações 
É um instrumento de suporte ao processo de gestão concebido à luz das diretrizes e políticas 
emanadas desse processo. 
Reflete os modelos decisórios dos vários gestores da empresa e sua concepção leva em conta 
como e quando a informação deve chegar aos usuários, para quais finalidades é utilizada, quais 
conceitos e critérios a suportam e os canais utilizados para sua comunicação, buscando a unidade 
na linguagem organizacional. 
Seus requisitos básicos são: 
• Concepção formulada após a identificação e formalização dos subsistemas anteriormente 
mencionados; 
• constituição com supridor das necessidades informativas para as decisões dos gestores, por meio 
de informações relevantes, tempestivas e confiáveis; 
• formalização, conhecimento por todos na empresa e integração ao processo de gestão, nas etapas 
de planejamento, execução e controle; 
• concepção de forma a evidenciar os impactos que as variáveis internas e externas causarem ao 
patrimônio e aos resultados da organização; 
• constituição que permita a avaliação do desempenho da empresa, dos gestores e das áreas de 
responsabilidade, do resultado dos produtos e serviços elaborados em cada área de 
responsabilidade. 
12 
 
5- Subsistema Físico-Operacional ou de Produção 
Constitui-se no conjunto de elementos físicos (excluindo-se as pessoas) necessários à 
operacionalização, ou seja, à execução e ao Know how (como fazer esses elementos físicos se 
transformarem em produtos). É nesse subsistema que as coisas acontecem, que o planejado se 
materializa, ou seja, vira realidade. 
Seus requisitos básicos são: 
• Organização da estrutura de produção de acordo com as diretrizes estabelecidas no modelo de 
gerenciamento, para que a empresa possa cumprir sua missão; 
• as interações e inter-relacionamentos entre os fornecedores de recursos, o sistema de produção 
e os diversos clientes consumidores dos produtos ou serviços gerados pela empresa devem ocorrer 
de forma pró-ativa; 
• leitura correta pela empresa das variáveis do ambiente próximo (fornecedores de recursos, 
clientes e concorrentes) e das variáveis do ambiente remoto (econômicas, sociais, políticas, 
tecnológicas, entre outras), pois a eficácia empresarial depende do correto entendimento do 
ambiente como um todo; 
• geração de valor superior aos recursos consumidos pelos produtos e serviços desenvolvidos no 
subsistema de produção, por meio da realização das atividades. 
6- Subsistema Sócio-Psico-Cultural 
Reflete o comportamento dos indivíduos da organização, considerando seus fatores pessoais, 
comportamentais e a estrutura organizacional. Aqui se busca harmonizar as características 
pessoais e eliminar ou minimizar as divergências, procurando obter unidade em diversos aspectos, 
para o alcance dos objetivos propostos. 
Seus requisitos básicos são: 
• Sinergia entre os objetivos da empresa e os das pessoas; 
• capacidade de liderança e conhecimentos multidisciplinares dos gestores, que lhes permitam 
tomar decisões considerando a realidade e os objetivos da organização; 
• motivação para o alcance de objetivos e o cumprimento da missão da empresa como resultado 
da capacidade de aglutinar pessoas com especializações e crenças diversas; 
• informação dos gestores e demais pessoas na empresa, do que deles se espera, bem como de seu 
desempenho e resultados. 
 
Modelo de GestãoPeleias (2002, p.19) ensina que o modelo de gestão compreende um conjunto de princípios que 
define a forma de gestão da organização. É formado pelas crenças e valores dos 
acionistas/proprietários e principais gestores, que orientam e influenciam as diversas atividades 
empresariais, em especial o processo de tomada de decisões; estabelece os parâmetros e regras 
básicas que norteiam a busca de objetivos e resultados; explicita princípios norteadores e 
uniformizadores para o cumprimento da missão da empresa. 
Compreende a representação abstrata, por meio de ideias, valores, crenças, expressas ou não, por 
meio de normas e regras que orientam o processo decisório da empresa. 
Podemos dizer que os subsistemas empresariais relacionam-se e influenciam diretamente o 
modelo de gestão da empresa. 
 
TESTE DE CONHECIMENTO 
1-O subsistema empresarial caracterizado pelo processo de planejamento, execução e 
controle que perfaz o processo decisório de uma empresa é o: 
 Subsistema empresarial 
 Subsistema institucional 
 Subsistema organizacional 
 Subsistema de informação 
 Subsistema de gestão 
2-O subsistema institucional influencia os demais subsistemas empresariais e é composto 
pela missão, visão, crenças e valores da organização. Neste sentido, a missão de uma 
empresa consiste: 
13 
 
 Em uma meta estabelecida para um 
período 
 Nos objetivos de longo prazo 
 Na maximização dos lucros 
 No plano estratégico para um 
determinado cenário 
 Na razão de sua existência 
3-Toda empresa tem como objetivo sua continuidade e maximização dos recursos. Estas 
organizações trabalham a fim de atender as necessidades dos usuários internos e externos, 
formando assim os subsistemas do sistema empresarial. Sobre os subsistemas empresariais, 
assinale a alternativa correta: 
 Na gestão é onde acontece as atividades econômicas. 
 O subsistema formal Corresponde à estrutura administrativa da empresa, de autoridades e 
responsabilidades, onde as tarefas e atividades são agrupadas em setores, departamentos ou 
divisões. 
 O subsistema institucional compreende a definição do orçamento da empresa e as 
convicções de seus empreendedores traduzidas as suas crenças e valores. 
 O subsistema físico-operacional compreende as instalações físicas e equipamentos do 
sistema da empresa, exceto onde as transações são executadas e os eventos econômicos 
acontecem. 
4-Todas as alternativas a seguir sã atribuições e responsabilidade da controladoria, 
EXCETO 
 Avaliação econômica periódica da 
empresa; 
 Planejamento tributário 
 Suporte ao processo de mensuração e 
gestão de riscos; 
 Padronização e harmonização de 
relatórios; 
 Coordenação do processo de controle 
gerencial; 
5-O conjunto de atividades que adicionam utilidades aos produtos e serviços de uma 
organização é conhecido como: 
 Cadeia de valor 
 Processo decisório 
 Modelo de gestão 
 Sistema 
 Missão 
6-Nas empresas de grande porte existe um órgão ,um departamento responsável em 
controlar ,planejar, monitorar, projetar ,orientar ,gerir a empresa no todo, conhecido como 
controladoria esse tem o objetivo de alcançar a eficácia empresarial através de um sistema 
de informações eficaz .Marque a alternativa correta correspondente a classificação de 
subsistemas do sistema empresa. I- Subsistema de Informação, II- Subsistema Informal, III- 
Subsistema Social IV- Subsistema de Institucional, V- Subsistema Administração 
 Apenas as alternativas ,II,V 
 Apenas as alternativas I,II,III 
 Apenas as alternativas II,III 
 Apenas as alternativas I,III,IV 
 Apenas as alternativas I,II 
 
7-O modelo de gestão compreende um conjunto de princípios que define a forma de gestão 
da organização. Assim, é correto afirmar que: 
 Constitui-se no conjunto de elementos físicos necessários a execução 
14 
 
 É formado pelos valores e crenças dos acionistas/proprietários e principais gestores 
 Indica aonde a empresa quer chegar 
 Reflete o comportamento dos indivíduos da organização 
 Diz respeito à forma como a empresa está organizada 
8-A representação abstrata, por meio de ideias, valores e crenças, expressa ou não, por meio 
de normas e regras que orientam o processo administrativo da empresa é conhecida como: 
 Gestão econômica 
 Gestão empresarial 
 Sistema de informação 
 Controladoria 
 Modelo de gestão 
 
Aula 3: A Controladoria no Processo de Gestão 
 
A abordagem do conceito de gestão empresarial requer o conhecimento da etimologia da palavra 
gestão, a qual deriva do latim gestione, que quer dizer ato de gerir, gerência, administração. 
Portanto, gestão e administração são sinônimos. 
Para Robbins (1978, p. 33), administração é o processo universal de completar eficientemente 
atividades, com e através de outras pessoas. 
Gerir é fazer as coisas acontecerem. A pessoa que faz a gerência, denominada gestor, é quem 
toma as decisões para que as coisas aconteçam, de tal forma que a empresa atinja seus objetivos. 
Assim, administrar é conduzir a organização para seus objetivos. 
Existe sempre na empresa um modelo de gestão, embora nem sempre definido formalmente. Esse 
modelo de gestão insere os aspectos culturais dos gestores. 
Para melhor entendimento do que seja modelo de gestão, será tomado o conceito que Kakagawa 
(1987, p.48) dá a modelo: “é a representação abstrata e simplificada de objetos, sistemas, 
processos ou eventos reais”. 
 
15 
 
 
 
A gestão operacional ou especializada está disseminada por todas as áreas de atividades da 
empresa, quer sejam de produção ou de logística, tais como: recursos humanos, produção, vendas, 
compras, finanças, manutenção etc. A ênfase da gestão operacional volta-se para a execução dos 
trabalhos, em busca de uma linha de produto/serviço de cada atividade, da forma mais eficiente e 
racional possível. Preocupa-se mais com o modus operandi de cada área da empresa. 
A gestão financeira enfatiza os problemas de caixa e liquidez da empresa, de forma a permitir a 
tomada de decisões em termo de programação financeira. São basicamente duas as funções da 
gestão financeira: (a) aquisição dos fundos que a empresa precisa para operar e (b) distribuição 
eficiente desses fundos entre os vários usos. 
A gestão econômica é o conjunto de decisões e ações orientado por resultados, mensurados 
segundo conceitos econômicos. Na gestão econômica, procura-se avaliar a forma pela qual a 
empresa atinge seus resultados econômicos, e tem como ponto de sustentação o planejamento e o 
controle. A gestão econômica consolida as demais, tendo em vista que todas as atividades em 
uma empresa devem estar voltadas para o resultado econômico da mesma. 
 
Processo de Gestão ou Processo Decisório 
A missão das diversas áreas de uma empresa é dar suporte à gestão dos negócios da mesma, de 
modo a assegurar que ela atinja seus objetivos, por meio do produto/serviço feito para a empresa, 
de forma eficiente. 
O objetivo de cada área não pode estar dissociado do objetivo maior, ou seja, do objetivo da 
empresa. Assim, cada área da empresa tem um processo de gestão, também denominado de 
processo decisório, pois é em cada etapa desse processo que as decisões são tomadas. 
Esse processo decisório ocorre tanto no âmbito global, ou seja, na empresa como um todo, quanto 
nas diversas áreas das quais a ela é composta. Entretanto, o processo decisório das diversas áreas 
deve estar sempre integrado ao processo decisório global, porque as áreas existem para que a 
empresa obtenha melhores resultados na busca de sua eficácia. 
Os estados ou etapas do processo decisório se dividem em três: 
• Planejamento: Estratégico, Operacional; 
•Execução; 
• Controle. 
 
 
16 
 
 
 
Classificação do Planejamento 
De acordo com a amplitude ou nível de atuação do planejamento, podemos classificá-lo em três 
tipos: 
1- Planejamento 
Estratégico 
2- Planejamento 
Tático 
3- Planejamento 
Operacional 
 
 
17 
 
 
 
 
Planejamento Tático 
Geralmente é enfocado como o planejamento estratégico de cada área. Confunde-se, pois, com o 
próprio planejamento estratégico da empresa como um todo, se tratarmos cada área da empresa 
como outra empresa, inserida num cenário ambiental que é a empresa maior. 
Consiste na definição de políticas e metas operacionais da empresa, consubstanciadas em planos 
para um determinado período de tempo, em consonância com as diretrizes estratégicas 
estabelecidas. 
Da mesma forma, como no planejamento estratégico, a missão, as crenças, os valores, o modelo 
de gestão e a responsabilidade social da empresa fazem parte do input do planejamento 
operacional. Informações a respeito da situação atual, objetivo que se quer atingir (situação 
desejada) e mais as diretrizes estratégicas, resultantes do planejamento estratégico, também 
perfazem as entradas do sistema de planejamento operacional. 
A fase de execução do planejamento operacional subdivide-se em diversas etapas, utilizando-se, 
em cada uma, o sistema de informações como suporte. 
A primeira etapa diz respeito ao desenvolvimento de políticas operacionais alternativas, isto é, 
parâmetros para tomada de decisões repetitivas possíveis, em função do plano estratégico. A 
segunda etapa refere-se à escolha das políticas operacionais, as quais implementam o sistema de 
informações. A etapa a seguir é a elaboração de planos alternativos. 
O plano aprovado é detalhado e processado no sistema de informações. Esse plano contém: 
(a) políticas operacionais; 
(b) objetivos operacionais; 
(c) ações a serem executadas; e 
(d) procedimentos. 
18 
 
O plano resultante do planejamento operacional que, após quantificado física e monetariamente, 
passa a denominar-se plano orçamentário (orçamento), implementará o input na etapa execução 
do processo decisório. 
 
Controle 
É a função do processo administrativo que, mediante a comparação com padrões previamente 
estabelecidos, procura medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a finalidade de 
realimentar os tomadores de decisões, de forma que possam corrigir ou reforçar esse desempenho 
ou interferir em funções do processo administrativo, para assegurar que os resultados satisfaçam 
aos desafios e aos objetivos estabelecidos. 
O processo de controle envolve três aspectos: 
• Comunicar a informação acerca dos planos propostos; 
• Motivar as pessoas a realizar os planos; 
• Relatar desempenho. 
Resumidamente temos que: o planejamento é a base para o controle; a informação é o guia para 
o controle e a ação é a essência do controle 
Classificação do Controle 
O controle pode ser caracterizado de diversas formas, dependendo do enfoque. Dessa maneira, 
pode ser diferenciado, basicamente, quanto à fase do processo de gestão e quanto ao nível. 
Quanto à fase do processo de gestão 
 Pré-controle: Também denominado controle antecedente, prévio, preliminar ou 
preventivo. Refere-se às atividades de controle e avaliação efetuadas antes da ocorrência do 
evento ou fato que se pretende controlar, com o intuito de prevenir ou impedir a ocorrência de 
atos indesejáveis. O modelo de gestão, o planejamento estratégico e os planos operacionais, 
principalmente os planos orçamentários, funcionam como instrumentos do pré-controle. 
Controle concomitante: Também denominado atual, corrente ou em tempo real. Refere-se às 
atividades de controle e avaliação efetuadas ao mesmo tempo da ocorrência do evento ou fato que 
se pretende controlar, ajustando-se o desempenho ainda em curso a fim de alcançar um objetivo. 
Pós-controle: Também denominado controle subsequente ou corretivo. Refere-se às atividades 
de controle e avaliação efetuadas após a ocorrência do evento ou fato que se pretenda 
controlar. Não permite qualquer ação corretiva relativamente ao desempenho completado. 
Em função dos desvios ocorridos, determina suas causas e ajusta os parâmetros do sistema para 
operações futuras. O pós-controle funciona como um mecanismo motivador no sentido de que 
uma variância desfavorável comunicada por meio de relatórios gerenciais estimula o gestor a 
implementar ações para corrigir o desempenho de sua área. 
Quanto ao nível 
Estratégico: Consiste na verificação das relações da empresa com o ambiente, comparação com 
as diretrizes estratégicas e decisões de alteração de objetivos em função de mudanças ambientais 
e consequentes ameaças e oportunidades à empresa, má condução do negócio ou falsas premissas 
na elaboração das diretrizes estratégicas. 
Tático: Consiste na verificação das relações de cada área de responsabilidade da empresa com 
seu ambiente, comparação com o respectivo plano tático e decisões de alteração de objetivos em 
função de mudanças ambientais e consequentes ameaças e oportunidades à empresa e mais 
diretamente àquela área, má gestão da área ou falsas premissas na elaboração do plano tático (ou 
estratégico, com reflexos na área). 
Operacional: Consiste na verificação do cumprimento das metas estabelecidas no plano 
operacional (como o plano orçamentário) das áreas e da empresa como um todo. Está ligado 
também à execução pela verificação dos desvios em relação aos padrões existentes no momento 
da execução das tarefas, frequentemente diferente daquele usado na elaboração do plano 
orçamentário. 
A comparação do realizado com o orçado e com o padrão visa estabelecer respectivamente a 
eficácia e a eficiência da área ou da empresa como um todo, consubstanciando-se no princípio da 
Administração por Exceção. Os desvios, se significativos quanto ao primeiro ou ao segundo fator 
na concepção do gestor (em harmonia com o modelo de gestão empresarial), originarão as ações 
corretivas necessárias ao desempenho da área de responsabilidade da empresa. 
19 
 
O modelo da Gestão Econômica – GECON 
 O modelo de gestão econômica, denominado por Modelo GECON, foi desenvolvido no Brasil 
pelo Professor do Departamento de Controladoria e Contabilidade da FEA-USP, Armando 
Catelli. 
Podemos dizer que o GECON é um modelo gerencial de administração por resultados 
econômicos, que incorpora um conjunto de conceitos integrados dentro de um enfoque holístico 
e sistêmico buscando a eficácia empresarial. 
As principais características do modelo de gestão econômica são a administração por resultados 
econômicos, a incorporação de conceitos e definições integrados, cujo objetivo é conduzir as 
empresas à eficácia, o englobamento do processo de gestão e o suporte feito por um sistema de 
informação. 
O modelo é estruturado dentro de uma concepção holística, pois considera, conforme ensina 
Peleias (2002, p.19), a empresa um sistema composto de partes em constante interação. 
Considera ainda a interação da organização com o ambiente em que se insere, observando dois 
aspectos importantes: 
1. as relações de troca com o meio externo (aquisição de insumos, em sentido amplo, e o 
fornecimento de produtos e serviços); 
2. o equilíbrio dentro do ambiente econômico (traduzido no atendimento das demandas geradas 
pelo ambiente e na garantia de continuidade da empresa). 
A concepção holística do modelo GECON compreende a integração dos modelos de: 
Gestão: é um conjunto de princípios que define a forma de gestão da empresa. É formado pelas 
crenças e valores dos acionistas/proprietários e principais gestores, que orientam e influenciam as 
diversas atividades empresariais, em especialo processo de tomada de decisões; estabelece os 
parâmetros e regras básicas que norteiam a busca de objetivos e resultados; explicita princípios 
direcionadores e uniformizadores para o cumprimento da missão da empresa; 
Decisão: é a estruturação formal do processo decisório, considerando o processo de gestão, os 
eventos, transações e atividades realizados em uma empresa (nos níveis planejado e realizado); é 
fundamental para a constituição do protótipo do sistema de informação; 
Mensuração: é o modelo relativo ao processo de mensuração física, monetária e de acumulação 
de resultados dos eventos, transações e atividades sobre os quais os gestores tomam suas decisões; 
Informação: considera a geração, acumulação e utilização de informações gerenciais; contempla 
aspectos relativos à qualidade das informações (confiabilidade, correção, oportunidade, utilidade, 
entre outros) e a lógica do processo decisório. 
No âmbito de sistemas de informação, o modelo GECON contempla, de forma lógica, racional e 
integrada os subsistemas de contabilidade, padrões e orçamentos utilizando conceitos existentes, 
apresentados e discutidos há várias décadas em textos sobre contabilidade, custos, contabilidade 
gerencial, orçamentos, controladoria e sistemas de informação. 
O relacionamento proposto e o conjunto de conceitos utilizados visam a avaliação do patrimônio 
e dos resultados da empresa em termos econômicos. 
O sistema de informação para gestão econômica é um instrumento para que os gestores atuem 
no sentido de otimizar os resultados e integra-se ao processo de gestão, procurando atender a esses 
usuários em todas as fases do processo. 
Está estruturado nos módulos a seguir descritos: 
• Módulo de variáveis ambientais: é um banco de dados com informações de naturezas variadas, 
para subsidiar os gestores durante o planejamento estratégico; 
• Módulo de simulações: subsidia os gestores durante a fase de pré-planejamento, gerando 
informações que permitam a análise dos resultados econômicos a serem alcançados pelas 
alternativas operacionais selecionadas; 
• Módulo orçamentário: subsidia os gestores durante a fase de planejamento operacional de 
médio, curto e longo prazos, gerando informações sobre os eventos planejados. Fornece os 
parâmetros contra os quais os resultados e desempenhos serão avaliados. 
• Módulo de resultados realizados: subsidia os gestores no controle da atividade empresarial. 
Permite registrar os eventos e transações ocorridos e a obtenção de informações para a análise 
entre o planejado e o realizado. 
 
20 
 
TESTE DE CONHECIMENTO 
1-No contexto empresarial, a controladoria serve como órgão de observação e controle da 
cúpula operacional. É ela que fornece os dados e informações, que planeja e pesquisa, 
visando sempre mostrar a essa mesma cúpula os pontos estratégicos presente e futuros que 
põem em perigo ou reduzem a rentabilidade da empresa. Esta afirmativa está 
 Incorreta. 
 Indefinida. 
 Perfeita. 
 Correta. 
 Temporal. 
2-Podemos afirmar que _________________________ é a avaliação dos resultados gerados 
pelas atividades sob a responsabilidade dos gestores e permite identificar a sua contribuição 
e as de sua área para com o resultado global. 
 Avaliação de desempenho 
 Avaliação Padrão 
 Avaliação eficiente 
 Avaliação eficaz 
 Avaliação de resultados 
3-Qual o objetivo do processo de gestão: 
 d) O processo de gestão tem como objetivo medir o desempenho da empresa 
 e) O objetivo do processo de gestão é que compreender as fases do planejamento 
estratégico, tático,operacional: execução e controle da empresa, levando-se em consideração as 
áreas e as atividades necessárias para o seu desempenho. 
 c) O processo de gestão tem como objetivo é evidenciar os erros de informação da empresa. 
 a)O processo de gestão tem como objetivo tomar decisão. 
 b) O processo de gestão tem como objetivo gerar informação e tomar decisão. 
4-Podemos afirmar que __________________________ é a avaliação das contribuições 
econômicas dos produtos e serviços gerados pelas diversas atividades empresariais aos 
resultados da entidade. 
 Avaliação de Orçamento 
 Avaliação eficaz 
 Avaliação de desempenho 
 Avaliação eficiente 
 Avaliação de resultados 
5-Podemos afirmar que a __________________, significa a capacidade de realizar um 
objetivo ou resolver problema. Quanto maior o acerto na realização do objetivo ou 
resolução do problema, mais elevado é o grau de sucesso da organização. 
 Gestão de Risco 
 Resultado 
 Eficiência 
 Avaliação de Risco 
 Eficácia6. 
6-Estabelecer missões e objetivos para a empresa, e os meios para atingir bem como lidar 
com a incerteza ambiental é uma constante na vida empresarial... Portanto, a análise e o 
acompanhamento do ambiente onde a empresa atua é condição essencial para a sua própria 
sobrevivência. Pode-se, a partir do texto lido afirmar que este será um dos desfios do? 
 Planejamento holístico. Planejamento Estratégico. 
21 
 
 Conselho de Administração da 
empresa. 
 Processo de auditoria externa. 
 Gestor ambiental. 
7-Consiste na identificação e na análise dos fatos e condições relevantes que podem 
interferir no alcance dos objetivos. A partir dessa, a empresa pode determinar como reduzir 
ou eliminar o impacto deles. O texto refere-se a (ao): 
 Avaliação de Risco 
 Risco prioritário 
 Análise de Risco 
 Gestão de Risco 
 Risco 
8-Se determinado empresário, que não é especialista em contabilidade, não entendeu as 
demonstrações elaboradas por seu contador, mesmo assim a informação contábil pode ter 
preenchido todos os atributos exigidos pelos instrumentos normativos. 
 
 Certo Errado 
 
 
Aula 4: Controladoria na Estratégia – O Balanced Scorecard (BSC) 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
24 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
Para saber mais sobre mapa estratégico acesse a biblioteca virtual. 
 
 
 
 
TESTE DE CONHECIMENTO 
1-É uma característica do BSC proposto por Norton & Kaplan: 
 Apresentar pouca utilização como ferramenta para medição de desempenho 
 Desconsiderar as relações de causa e efeito nos indicadores de desempenho organizacional 
27 
 
 Proporcionar o alinhamento das iniciativas da entidade aos objetivos estratégicos dos 
negócios 
 Possuir quatro perspectivas: organizacional; financeira; produtos e processos internos 
 Desconsiderar a priorização de iniciativas estratégicas 
2-No BSC, são exemplos de objetivos relacionados à perspectiva financeira e à perspectiva 
do cliente, respectivamente: 
 Flexibilidade de valor de mercado 
 Lucro por ação e produtividade 
 Satisfação e valor de mercado 
 Rentabilidade e retenção 
 Inovação e qualidade 
3-O balanced scorecard representa uma metodologia desenvolvida pelos professores Kaplan 
e Norton, da Harvard Business School, baseando-se em uma representação equilibrada das 
medidas financeiras e operacionais em quatro perspectivas. Essas perspectivas, que refletem 
a visão e estratégia empresarial, consistem em: 
 Financeira, clientes, aprendizado e 
crescimento, e processos internos. 
 Fornecedor treinamento 
aprendizagem e recursos humanos. 
 Operacional, clientes, aprendizado e 
crescimento, e processos internos 
 Aprendizado, estratégias, processos 
internos e fornecedor. 
 Clientes, marketing, processos e 
treinamento. 
4-A ferramenta que traduz a missão e a estratégia das empresas em um conjunto 
abrangente de medidas de desempenho que serve de base para um sistema de medição e 
gestão estratégica é:Controles internos 
 Orçamento Empresarial 
 Modelo da Gestão Econômica 
(Gecon) 
 Planejamento Estratégico 
 Balanced Scorecard (BSC) 
5-Diante da missão e visão definidas por uma organização no seu mapa estratégico, a gestão 
da competência de seus colaboradores, com o desenvolvimento de conhecimentos, 
habilidades e atitudes, é um dos objetivos estratégicos alinhados com a perspectiva: 
 Processos externos 
 Cliente 
 Financeira 
 Aprendizado e crescimento 
 Processos internos 
6-O BSC é um modelo conceitual que traduz a visão de uma organização em um conjunto 
de indicadores de desempenho distribuídos em quatro perspectivas diferentes, que 
pretendem responder o seguinte questionamento: 
 Na perspectiva do cliente: o que é necessário desenvolver para criar valor? 
 Na perspectiva de aprendizado: somos capazes de sustentar e inovar? 
 Na perspectiva de processos: quais os segmentos de mercado devem ser explorados? 
 Na perspectiva de processos: como nossos acionistas nos enxergam? 
28 
 
 Na perspectiva financeira: que processos agregam valor? 
7-FGV - 2015 - DPE-RO - Analista em Administração - Uma empresa quer adotar o 
balanced scorecard como ferramenta de gestão. O diretor de recursos humanos precisa 
propor indicadores relativos à categoria de objetivos "capacidade dos funcionários", dentro 
da perspectiva "aprendizado e crescimento" do balanced scorecard. Seria um indicador 
adequado: 
 satisfação dos clientes; 
 percentual de planos de negócios 
desenvolvidos pelas equipes. 
 número de sugestões por funcionário; 
 produtividade por funcionário; 
 taxa de melhorias efetivas nos 
processos críticos; 
8-Marque a alternativa correspondente ao Balanced Scorecard ferramenta utilizada pela 
controladoria: I-Detecta somente os indicadores financeiros essenciais, II- Traduz a missão 
e a estratégia da empresa, objetivando unir a visão estratégica com as fases de execução e 
controle do processo de gestão empresarial. III-Destaca somente as medidas essências dos 
clientes, IV- É um sistema de informação para gerenciamento da estratégia empresarial. 
Julgue os itens acima e marque a alternativa correta: 
 c)Apenas as alternativas II,III estão 
corretas 
 e)Todas as alternativas estão corretas. 
 d)Apenas as alternativas II,IV estão 
corretas 
 a)Apena a alternativa I esta correta 
 b)Apenas as alternativas I,II estão 
corretas 
 
Aula 5: Controladoria na estratégia – Orçamento 
 
 
 
29 
 
Existem diversos conceitos para orçamento empresarial. Vamos utilizar o seguinte: orçamento é 
a expressão quantitativa e formal dos planos da Administração, e é utilizado para apoiar a 
coordenação e implementação desses planos. 
Em outras palavras, o orçamento é o instrumento que traz a definição quantitativa dos objetivos 
e o detalhamento dos fatores necessários para atingi-los, assim como o controle do desempenho. 
A elaboração do orçamento tem por base o planejamento estratégico da entidade, e seu 
acompanhamento resulta no controle. 
O quadro a seguir resume os aspectos mais importantes inerentes ao planejamento e controle 
orçamentário de uma organização: 
 
 
 
30 
 
 
 
Tipos de Orçamentos 
Orçamento Autoritário: Metodologia orçamentária na qual a 
alta administração impõe o orçamento a todos os gerentes sem aprovação dos mesmos. 
Orçamento Participativo: Método orçamentário no qual os indivíduos envolvidos participam da 
fixação do orçamento global. 
Orçamento Estático: Consiste na elaboração do orçamento e na manutenção dos valores 
previstos, independentemente de ocorrerem mudanças estratégicas ou ambientais, as quais 
possam diminuir a qualidade da informação para controle e acompanhamento de resultados. 
Orçamento Flexível: É o orçamento ajustado pelas mudanças no volume. Baseia-se num 
conhecimento de como as receitas e despesas deverão se comportar em determinado nível de 
atividade. É também chamado de “orçamento variável”. 
Orçamento Base Zero: É um tipo de orçamento elaborado de projetos hierarquizados com base 
em seu grau de importância, e elaborado como se fosse feito pela primeira vez. 
Orçamento de Tendência: Consiste na utilização de uma série histórica para projetar situações 
futuras. 
 
 
Esquema Geral de Elaboração do Orçamento 
 O processo de preparação orçamentária representa uma coleta sistemática de planos gerenciais 
estabelecidos em vários níveis de uma empresa e relacionados entre si, de modo que forma um 
programa global para a organização como um todo. 
O nível de operação que se espera é fixado pela estimativa básica do volume de vendas. À medida 
que cada parte participa no programa global, são feitas previsões de como cada área deverá operar. 
31 
 
Para o departamento de vendas, esse processo envolverá previsões das receitas e do custo das 
vendas; o plano de vendas irá gerar os correspondentes planos de produção e de compras que, em 
consequência, irão gerar um plano de despesas. 
O resultado final desse processo é permitir que o corpo gerencial considere suas situações e faça 
planos mutuamente satisfatórios para as operações orçadas. Estes planos deverão ser testados 
quanto à lucratividade, viabilidade financeira, crescimento global e posição no final do período, 
por intermédio de orçamentos resumidos. 
Acesse a Biblioteca Virtual e conheça a Sequência da Elaboração do Orçamento. 
 
Orçamento de Vendas 
 Para o início de elaboração do orçamento anual, a primeira tarefa é estabelecer as premissas 
gerais que serão uniformemente utilizadas na elaboração dos diversos planos que compõem o 
sistema orçamentário. Deste modo, são, por exemplo, determinadas as premissas gerais de: 
• Estimativa do PIB 
• Inflação prevista 
• Taxa de crescimento da indústria 
• Política de aumento de salário 
• Desvalorização cambial 
• Taxa de juros (captação e aplicação) etc 
 
O Plano de Vendas 
O orçamento de vendas constitui um plano das vendas futuras da empresa, para determinado 
período de tempo. 
É o primeiro plano a ser elaborado. O nível de atividade do plano de vendas irá dimensionar os 
demais planos operacionais. 
O planejamento do volume de vendas faz parte de um processo maior que é o plano de programas 
de marketing. A partir do levantamento de informações, pesquisas, opiniões e, conhecendo-se os 
programas de marketing, pode-se estabelecer a projeção de vendas. 
Na elaboração do orçamento de vendas, são consideradas variáveis de: 
• mercado consumidor 
• variáveis de produção 
• variáveis de mercado fornecedor 
• recursos financeiros 
 
32 
 
Orçamento de Produção 
O orçamento de produção é uma estimativa da quantidade de bens que devem ser fabricados 
durante o exercício orçamentário. 
O primeiro passo na elaboração do orçamento de produção consiste em estabelecer políticas 
relativas aos níveis de estoques. 
O passo seguinte é a determinação da quantidade total de cada produto a ser fabricado durante o 
período. O terceiro passo consiste em programar ou distribuir essa produção por sub-períodos. 
Acesse A Biblioteca Virtual e conheça mais sobre o Orçamento de Produção e seu Esquema. 
 
Orçamento de Quantidades a Produzir 
 O orçamento de produção é preparado após o orçamento das vendas. O orçamento de produção 
indica o número de unidades que precisam ser produzidas no período orçamentário para atender 
à necessidade de vendas e do estoque final desejado. A produção necessária pode ser determinada 
da seguinte maneira: 
 
 
Orçamento de Matérias-Primas e Compras 
 Após o cálculo das necessidades de produção, pode-se preparar o orçamento dos materiais 
diretos. Esse orçamento detalha os materiaisbásicos que devem ser adquiridos para cumprir o 
orçamento da produção e fornecer os estoques adequados. 
 
 
33 
 
Orçamento de Custos Indiretos de Fabricação 
Os custos indiretos de fabricação (CIF) abrangem os custos decorrentes do processo produtivo 
que não podem ser identificados diretamente com os respectivos produtos e devem ser agregados 
ao custo dos produtos segundo algum critério de rateio. 
Diferentemente de materiais diretos e mão de obra direta, não existe relacionamento prontamente 
identificável de entradas e saídas para os itens de CIF. No entanto, os CIF consistem de dois tipos 
de custos: variáveis e fixos. A experiência passada pode ser usada como um guia para determinar 
como um CIF varia com o nível de atividade. 
O adequado planejamento desse tipo de custo constitui-se em fator importante para o êxito do 
plano de lucros, quer por envolver itens de composição bastante variada, quer por sua participação 
significativa no custo da produção. 
 
Orçamento do Custo dos Produtos Vendidos 
 Os orçamentos de materiais diretos, de mão de obra direta e de custos indiretos de fabricação são 
o ponto de partida para preparar o orçamento de custos dos produtos vendidos. Os dados do 
estoque final desejado e do estoque inicial estimado são combinados para determinar o orçamento 
de custo dos produtos vendidos. 
 
Orçamento de Despesas Comerciais (ou de Vendas) 
 O orçamento de despesas comerciais ou de vendas delineia as despesas planejadas para as 
atividades de venda e distribuição. Tal como os CIF, as despesas comerciais podem ser 
desdobradas em seus componentes fixos e variáveis. Itens como comissões sobre vendas, fretes e 
suprimentos variam com a atividade de vendas. Os salários do pessoal de assessoria de marketing, 
a depreciação do equipamento do escritório comercial e a propaganda são despesas. 
 
Orçamento de Despesas Administrativas 
 As despesas administrativas incluem outros gastos que não os derivados das operações de 
produção e de vendas de uma empresa. Elas ocorrem na supervisão e prestação de serviços a todas 
as principais funções; têm, em geral, a característica de despesas fixas e são influenciadas pelas 
políticas e decisões da administração. 
Cada item de despesa administrativa deve ser diretamente identificado e relacionado a um 
executivo, que assume a responsabilidade por seu planejamento e controle. 
A elaboração do orçamento de despesas administrativas é feita pelos diversos departamentos 
envolvidos, e sua aprovação é dada pela alta administração. A experiência anterior poderá ser útil 
quando ajustada às alterações esperadas das políticas administrativas e condições econômicas em 
geral. 
 
 
34 
 
 
 
 
 
Orçamento de caixa 
É crítico conhecer os fluxos de caixa na gestão de um negócio. Muitas vezes, uma empresa é bem 
sucedida na produção e na venda de um produto, mas fracassa devido aos problemas com o 
momento oportuno associado com as entradas e saídas de caixa. 
Ao saber quando as faltas (deficiências) e sobras (excesso) de caixa provavelmente ocorrerão, um 
gestor pode planejar buscar um empréstimo quando necessário e pagar os empréstimos durante 
os períodos de excesso de caixa. 
Um orçamento de caixa representa uma projeção de saldos disponíveis por determinado período. 
O cálculo das entradas e saídas prováveis permite à entidade avaliar sua provável situação 
financeira no exercício coberto pelo orçamento. Esta avaliação da situação financeira será útil à 
medida que pode revelar necessidade de financiamentos para cobrir déficits projetados, e de 
planejamento para a transferência de fundos excedentes a alguma aplicação proveitosa. 
Em síntese, as principais finalidades do orçamento de caixa podem ser assim consideradas: 
• Revelar a posição financeira provável em um momento futuro, como resultado das operações 
planejadas; 
• indicar excessos ou insuficiências de saldo; 
• indicar necessidade e empréstimos ou, inversamente, disponibilidade de fundos para 
investimentos temporários; 
• permitir a coordenação dos recursos financeiros em relação ao capital de giro, às vendas, aos 
investimentos e ao capital de terceiros; 
35 
 
• estabelecer bases sólidas para a política de crédito; 
• estabelecer bases sólidas para o controle da posição financeira. 
A preparação do orçamento de caixa deve ser de responsabilidade do tesoureiro ou do encarregado 
da administração dos fundos da empresa. À medida que esse orçamento se baseia em outros 
planos, o trabalho de desenvolvimento deverá ser coordenado com as demais chefias envolvidas. 
Basicamente, o orçamento de caixa pode ser determinado da seguinte maneira: 
 
 
 
 
TESTE DE CONHECIENTO 
36 
 
1-O planejamento dos valores a serem aplicados no processo produtivo os quais não podem 
ser identificados diretamente com os respectivos produtos deverá ser detalhado no 
orçamento de: 
 Mão-de-obra direta 
 Investimentos 
 Produção 
 Custos indiretos de fabricação 
 Matéria-prima e compras 
2-No desenvolvimento de seu orçamento geral, uma empresa fez um orçamento setorial de 
mão-de-obra direta, utilizando as seguintes premissas: Produção estimada: 10.000 
unidades; Mão-de-obra utilizada na produção de cada unidade: 1 hora e 18 minutos; Valor 
da hora de mão-de-obra: $12 e Encargos sociais sobre a folha de pagamento: 40%. 
Considerando exclusivamente os dados recebidos, a projeção de mão-de-obra direta para a 
produção das unidades previstas, em reais, é: 
 $156.000 
 $141.600 
 $198.240 
 $218.400 
 $168.000 
3-Na elaboração do orçamento da companhia GRM para o segundo trimestre de 20X1, o 
departamento comercial fez a seguinte projeção da receita de vendas: ABR: $12.000; MAI: 
$13.200 e JUN: $14.000. O departamento financeiro estabeleceu que as vendas devem ser 
recebidas da seguinte forma: 40% à vista e o restante em 30 dias. Sendo assim, é possível 
afirmar que o recebimento das vendas previsto para junho é de: 
 13.520 
 12.480 
 12.800 
 18.320 
 14.000 
4-A peça orçamentária que identifica o número de unidades que precisam ser fabricadas 
no período, a fim de atender às necessidades de vendas e do estoque é: 
 
 Orçamento de produção 
 Orçamento de caixa 
 Orçamento de mão-de-obra 
 Orçamento de compras 
 Orçamento de vendas 
5-O comportamento individual que está em conflito básico com os objetivos da organização 
e que geralmente leva a subversão de metas é conhecido por: 
 
 Comportamento dispare 
 Comportamento disfuncional 
 Inquietude 
 Motivação 
 Congruência de objetivos
6-Dentro da estrutura do Plano Orçamentário, o orçamento que contém a maior parte das 
peças orçamentárias, por englobar todos os orçamentos específicos das áreas 
administrativa, comercial e de produção, sendo equivalente, na demonstração dos 
resultados da empresa, às informações que evidenciam as vendas, o custo dos produtos e as 
despesas administração e comerciais, é o Orçamento: 
 base zero 
 de financiamentos 
 de caixa 
 de investimentos 
37 
 
 operacional 
7-Marque a alternativa que corresponde aos tipo de orçamento clássico: 
 d)Orçamento Estático e Base Zero 
 a)Orçamento Estático e Flexível 
 c)orçamento Ajustado e Estático 
 e)Orçamento Corrigido e Ajustado 
 b)Orçamento Base Zero e Flexivel 
8-O desempenho apresentado na comparação entre o que foi orçado e realizado é 
comumente avaliado por meio de dois atributos, que são: 
 dispêndio e quantidade 
 quantidade e preço 
 custo e volume 
 custo e eficácia 
 eficácia e eficiência 
 
 
Aula 6: Controladoria na execução e controle – Capital de giro 
 
Capital de giro38 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 
41 
 
 
 
 
42 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
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46 
 
 
 
 
 
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49 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
 
 
TESTE DE CONHECIMENTO 
1-Determinada empresa apresentou os seguintes prazos médios referentes ao ano de 20X6: 
Prazo médio de renovação dos estoques: 24 dias; Prazo médio de recebimento de vendas: 
15 dias e Prazo médio de pagamento de compras: 34 dias É correto afirmar que esta 
empresa obteve, em 20X6, um ciclo financeiro: 
 positivo de trinta e nova dias 
 negativo de cinco dias 
 negativo de dezenove dias 
 positivo de cinco dias 
 positivo dezenove dias 
2-Uma empresa perdeu todas as informações relativas aos saldos iniciais de seus estoques 
do ano de X1. A empresa resolveu então efetuar uma avaliação de seus estoques de produtos 
ao final do ano e chegou ao valor de R$5.000,00. Verificou, também, ter realizado compras 
durante este mesmo ano no valor de R$12.000,00. Sabendo-se que o custo das mercadorias 
vendidas no período foi de R$15.000,00, qual era, em reais, o valor dos estoques da empresa 
no inicio do ano (estoque inicial)? 
51 
 
 R$ 5.000,00 
 R$ 2.000,00 
 R$ 15.000,00 
 R$ 22.000,00 
 R$ 8.000,00 
3-A BetaGás é uma distribuidora de gás manufaturado. O gás comprado é transferido por 
gasodutos e estocado antes de ser acomodado em botijões de variados tamanhos. Considere 
que o gás fica em média 45 dias no estoque e que o pagamento é realizado em 30 dias, em 
média. Sabendo-se que o ciclo de caixa é de 35 dias, de quantos dias é o prazo médio de 
recebimento da BetaGás? 
 20 dias 
 65 dias 
 10 dias 
 60 dias 
 15 dias 
4-A análise dinâmica do capital de giro apresenta uma nova classificação gerencial para as 
contas de ativo e passivo circulante, considerada essencial no processo de avaliação das 
necessidades de capital de giro. Nessa nova classificação, está o ativo circulante cíclico, que 
é composto pelas(os): 
 Obrigações de curto prazo da empresa ligadas ao custo financeiro da empresa 
 Bens diretamente identificáveis no ciclo operacional 
 Obrigações de longo prazo da empresa relacionadas com os investimentos 
 Bens e direitos relacionados às atividades operacionais da empresa, que são influenciados 
pelo volume de negócios 
 Direitos relacionados com o custo operacional da empresa e influenciados pela produção 
de bens e/ou serviços 
5-As informações a seguir, com valores em reais, foram extraídas da contabilidade da 
Companhia BBT, referentes ao exercício social recém encerrado: Estoque inicial de 
mercadorias: $10.600; Estoque final de mercadorias: $9.400 e Compra de mercadorias no 
período: $70.800. O prazo médio de permanência das mercadorias em estoque, no referido 
exercício social, foi: 
 51 dias 
 55 dias 
 57 dias 
 52 dias 
 50 dias 
6-FC - 2014.2 - Uma Sociedade Empresária apresentou os seguintes dados, extraídos da 
Demonstração do Resultado e do Balanço Patrimonial dos anos de 2012 e 2013: (a) Balanço 
Patrimonial: Estoque em 31.12.2013 = R$800.000,00; Estoque em 31.12.2012 = 
R$900.000,00. (b) Demonstração do Resultado: CMV em 31.12.2013 = R$12.750.000,00; 
CMV em 31.12.2012 = R$10.220.000,00. Para calcular os indicadores contábeis, a empresa 
considera que o mês tem 30 dias e utiliza o estoque médio. O Giro e o Prazo Médio de 
Rotação de Estoques relativos a 2013 são, respectivamente: 
 15 vezes e 24 dias. 
 16 vezes e 23 dias. 
 Nenhuma das alternativas. 
 14 vezes e 25 dias. 
 13 vezes e 28 dias. 
7-O período de tempo em que os recursos da empresa se encontram comprometidos entre 
o pagamento dos insumos e o recebimento pela venda dos produtos é conhecido como: 
52 
 
 Giro de estoque 
 Necessidade líquida de capital de giro 
 Capital de giro 
 Ciclo de caixa 
 Ciclo operacional 
8-O controller da Companhia Aurora extraiu das demonstrações financeiras da empresa, 
as seguintes informações: caixa: $5.000; contas a receber: $10.000; contas a pagar: $12.000; 
estoque: $8.000; vendas: $30.000 e custo das vendas: 16.000. Considerando-se, única e 
exclusivamente, estas informações, o capital de giro líquido da empresa, em reais, é de: 
 $25.000 
 $14.000 
 $18.000 
 $11.000 
 $6.000 
 
 
Aula 7: Controladoria na execução e controle – Análise econômico-financeira 
 
 
 
 
53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
 
A IMPORTANCIA DA ANALISE DO BALAÇO 
 
 
 
 
 
 
Métodos de Análise e Interpretação por meio de Índices 
Demonstrações Contábeis 
A análise das demonstrações contábeis sempre será orientada em função dos objetivos do analista. 
Assim, a maior ou menor profundidade dos exames a serem realizados dependerá da finalidade 
que se tenha em vista. Em qualquer análise, entretanto, terá que ser seguido um método de 
trabalho. 
Na maioria das ciências, o processo analítico e decisório obedece mais ou menos a sequência 
abaixo: 
 
55 
 
Avance a tela e veja como esse processo analítico se dá na Medicina, no Direito e nas Análises 
de balanço. 
 
Métodos de Análise e Interpretação por meio de Índices 
• Na Medicina... 
Na Medicina, por exemplo, em qualquer exame preliminar, o médico verifica a temperatura, 
pressão, pulsação, etc. Esses são os indicadores. O médico compara então cada indicador com um 
padrão próprio desenvolvido e aprimorado e, em seguida, ponderando conjuntamente seus 
indicadores, elabora suas conclusões, mental ou formalmente, transmitindo-as ou não ao paciente 
de alguma forma que faz parte de sua técnica de trabalho. Em seguida, toma uma decisão, como 
internar o paciente, encaminhá-lo a outro especialista, receitar medicamentos ou simplesmente 
dizer que está tudo em ordem. 
• Em Direito... 
Em Direito, os elementos considerados representam os indicadores; a lei, a jurisprudência ou os 
comentários de juristas representam os padrões; a ponderação pela vivência e pelo conhecimento 
representa a etapa de elaboração de conclusões. A partir desta é que virão as decisões de condenar, 
absolver, entrar em acordo, etc. 
• Em Análises de balanços... 
Em Análise de balanços, aplica-se o mesmo raciocínio científico: 
• extraem-se índices das demonstrações financeiras; 
• comparam-se os índices com os padrões; 
• ponderam-se as diferentes informações e chega-se a um diagnóstico ou conclusões; 
• tomam-se decisões. 
Quando essa sequência não é levada em conta, fatalmente a análise de balanços fica prejudicada. 
Às vezes, por falta de padrões ou por não se saber construí-los, deixa-se de fazer comparações. 
 
A qualidade da análise então fica comprometida, pois, como se poderá fazer afirmativas 
sem os elementos de relevância? 
A seguir veja mais acerca dessa qualidade da análise. 
 
Análise Horizontal 
• Conceito de analise horizontal 
É um método de análise onde se determina a tendência dos valores absolutos ou relativos das 
diversas grandezas monetárias, apurando-se o percentual de crescimento ou declínio de valores 
de uma mesma conta ou grupo de contas, entre duas datas e/ou períodos considerados. 
• Método de aplicação 
A aplicação desse método exige a existência de, pelo menos, duas demonstrações de datas e/ou 
períodos diferentes. 
• Exemplo de analise horizontal 
Com finalidade ilustrativa vamos considerar parte das demonstrações financeiras da Cia Gol 
Linhas Aéreas. Para realizar a análise horizontal é necessário estabelecer umabase com a qual os 
períodos seguintes possam ser comparados. No nosso exemplo, utilizamos o ano de 2008 e 
atribuímos a ele o número-índice 100. Veja abaixo a tabela: 
 
56 
 
Perceba que de 2008 para 2009 houve um crescimento substancial no Caixa e equivalentes de 
caixa produzindo um número-índice de 6.448 [($226.987/$3.520) x 100]. 
Já nas Aplicações financeiras verificamos uma queda no saldo desta conta que produziu um 
número-índice de 48 [($25.232 / $52.264) x 100]. 
Assim, é correto dizer que o Caixa e equivalentes de caixa aumentou de 2008 para 2009 6.338%, 
enquanto que as aplicações financeiras reduziram 52% no mesmo período. 
 
Analise vertical 
• Definição de analise vertical 
Este método consiste no relacionamento dos valores das contas de cada grupo com montante do 
respectivo grupo, bem como do montante de cada grupo com o total – do ativo ou do passivo e 
patrimônio líquido, quando se tratar de balanço patrimonial; de cada componente do resultado 
com as respectivas receitas e/ou despesas, etc., quando analisada a demonstração do resultado. 
• Aplicação desse método 
Assim, pode-se conhecer a composição percentual de cada um e de todos os elementos 
patrimoniais; de cada tipo de recurso obtido e/ou aplicado; a margem de contribuição de cada um 
dos componentes de custos e/ou receitas na formação do resultado do exercício, e assim por 
diante. 
• Exemplo 
Para demonstrar a aplicação desse método vamos considerar os grupos de contas que compõem 
o passivo total da Cia Gol Linhas Aéreas. O que se pretende com essa análise é conhecer quanto 
cada parte (grupo de contas) representa do todo a que se relaciona. Veja que em 2008 o passivo 
circulante representava 29% do total do passivo [($867.325 / $2.957.493) x 100]; em 2009 essa 
relação passou a ser de 12% [($481.794 / $3.864.911)]. 
 
 
Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA) – Lucro antes 
dos Juros, Impostos sobre o Lucro, Depreciação e Amortização (LAJIDA) 
O EBITDA é um indicador financeiro que mostra se os ativos operacionais estão gerando caixa. 
É considerado pelos analistas financeiros o melhor indicador de geração de caixa operacional, 
pois considera em seu cálculo somente os resultados operacionais que afetam o caixa, 
desconsiderando as despesas e as receitas operacionais como depreciação, amortização e 
exaustão; o resultado da equivalência patrimonial; as despesas e as receitas financeiras; outras 
receitas e despesas operacionais não rotineiras e, também, os impostos sobre o lucro (imposto de 
renda e contribuição social). 
A depreciação, amortização e exaustão não são consideradas no cálculo do EBITDA, pois não 
exercem impacto sobre o caixa, correspondendo ao investimento já realizado e desembolsado no 
passado, que está sendo parcialmente considerado como despesa ou custo do período. O resultado 
da equivalência patrimonial não implica desembolso ou ingresso de recursos, apesar de alterar o 
valor do investimento. 
Para uma empresa não financeira, as despesas e as receitas financeiras não fazem parte de seu 
ciclo operacional, mas da consequência das operações, isto é, os empréstimos são captados para 
financiar as operações e as eventuais sobras de caixa são aplicadas no mercado financeiro para 
minimizar as despesas financeiras. 
Os impostos sobre o lucro são calculados sobre o lucro líquido apurado após considerar todas as 
despesas e as receitas, inclusive as que não têm relação direta com as operações. Ademais, a 
geração de caixa operacional não depende de impostos dessa natureza. 
57 
 
Observe os dados a seguir para calcular o EBITDA: 
 
Cálculo do EBITDA: 
 
Observe que o EBTIDA apurado de $4.950 representa o real potencial de geração de caixa da 
empresa que não se confunde com o conceito de lucro, pois do resultado do período deve-se 
expurgar o efeito dos eventos econômicos, os juros, tributos sobre vendas e eventos não 
recorrentes. 
 
 
58 
 
 
 
 
Esse método, amplamente conhecido como Identidade Du Pont de Análise da Rentabilidade, 
reconhece a existência de dois ingredientes básicos na formação do lucro: utilização de ativos, 
para produzir mais receita, e aumento do lucro por valor de receita. O aumento de um deles sem 
alteração do outro aumenta o retorno do investimento. 
Vamos imaginar que o Burger Grill é uma pequena cadeia de restaurantes informais de alto nível 
que rapidamente está aumentando seus pontos de vendas por meio de franquias. A franquia de 
Copacabana é de um grupo de cirurgiões locais, com pouco tempo para dedicar à administração 
e pouca especialidade em assuntos comerciais. Sendo assim, eles delegam as decisões 
operacionais, como os estoques – a um administrador profissional contratado, avaliado em grande 
parte com base no ROI gerado pela franquia. 
Avance a tela e veja a aplicação do método do ROI! 
 
59 
 
 
 
 
• Lucro residual 
Residual income – RI – é o lucro menos o retorno desejado do investimento, em unidades 
monetárias: 
RI = Lucro – (taxa de retorno desejada x Investimento) 
• Custo do investimento 
A taxa de retorno desejada multiplicada pelo investimento é também denominada custo imputado 
do investimento. Custos imputados são os custos reconhecidos em determinadas situações e não 
regularmente reconhecidos pelos procedimentos contábeis. O custo imputado não é reconhecido 
nos registros contábeis porque não é um custo incremental, mas representa, ao contrário, o retorno 
que a empresa abriria mão se tivesse aplicado o dinheiro em diversos investimentos de risco 
semelhante, ou seja, o custo imputado do investimento representa o custo de oportunidade. 
• Maximização do lucro residual 
Algumas empresas favorecem o método do lucro residual, porque os gerentes se concentrarão na 
maximização de um valor absoluto (valor de lucro residual) em vez de se concentrar em uma 
porcentagem (retorno do investimento). O objetivo da maximização do lucro residual parte do 
pressuposto de que, enquanto obtiver taxa superior ao retorno desejado dos investimentos, a 
divisão deve se expandir. 
• Maximização do ROI 
O objetivo da maximização do ROI pode induzir os gerentes de divisões altamente rentáveis a 
rejeitar projetos que, do ponto de vista da organização como um todo, deveriam ser aceitos. 
 
Vamos utilizar os mesmos dados do exemplo da franquia do Burger Grill para calcular o lucro 
residual, acrescentando apenas a informação sobre a taxa de retorno desejada pelos donos da 
franquia que é de 12%. 
Assim, o lucro residual da franquia é de $4.000 [$10.000 – ($50.000 x 0,12)] 
 
60 
 
TESTE DE CONHECIMENTO 
1-Para uma boa Análise de Balanço as atividades abaixo devem ser executadas em uma 
determinada sequência. Definir a ordem em dessas atividades: I - Ponderam-se as diferentes 
informações e chega-se a um diagnóstico ou conclusões; II - Extraem-se índices das 
demonstrações financeiras; III - Tomam-se decisões. IV - Comparam-se os índices com os 
padrões; 
 III, I, II e IV 
 II, I, III e IV 
 II, IV, I e III 
 II, III, I e IV 
 IV, I, III e II 
2-O lucro menos o retorno desejado do investimento, em unidades monetárias é denominado 
de: 
 Custo de oportunidade 
 Spread econômico. 
 Residual income. 
 Custo imputado do investimento 
 Retorno imputado do investimento. 
3-Apreciar a evolução dos componentes patrimoniais ou de resultado, numa determinada 
série histórica de exercícios e fazer análise prospectiva; avaliar as perspectivas econômicas 
e financeiras da empresa são objetivos da: 
 análise por diferenças absolutas 
 análise vertical 
 análise por quociente 
 análise de estrutura 
 análise horizontal 
4-A___________________indica a participação do percentual ou de estrutura dos 
elementos dos Demonstrativos contábeis em relação ao total de cada grupo. 
 a)Analise Horizontal 
 b)analise Verticcal 
 c)analise pelos índices Econômico-
financeiros 
 d)Analise de avaliação Final 
 e)Analise de gestão 
5-Qual o método de analise utilizados pelas organizações empresariais para analisar os 
pontos fortes e fracos ,oportunidades e ameaças é: 
 a)Analise de Meios 
 e)Analise de Solvência 
 c)Analise de Swot 
 d)Analise de Liquidez 
 b)Analise de Fatores 
6-Qual é o método de análise onde se determina a tendência dos valores absolutos ou 
relativos das diversas grandezas monetárias, apurando-se o percentual de crescimento ou 
declínio de valores de uma mesma conta ou grupo de contas, entre duas datas e/ou períodos 
considerados? 
 Análise econômica. 
 Análise horizontal. 
 Análise monetária. 
 Análise financeira. 
 Análise vertical. 
61 
 
7-O lucro referente apenas ao negócio, desconsiderando qualquer ganho financeiro, efeitos 
econômicos, juros de empréstimos e tributos incidentes sobre o resultado é conhecido como: 
Earning before interest taxes depreciation and amortization ¿ EBITDA 
Return on investment - ROI 
Weight Average Cost of Capital - WACC 
Economic value added® ¿ EVA® 
Residual income ¿ RI 
8-Complete a afirmativa abaixo: Através da_______________________podem ser avaliados 
os efeitos de determinados eventos financeiros em uma organização. 
 Política do concorrente. 
 Análise de balanço. 
 Rentabilidade. 
 Demonstração do mercado. 
 Política de crescimento 
 
 
Aula 8: Controladoria na execução e controle – Gestão de Custos 
 
Gestão de custo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
 
 
 
 
63 
 
 
 
 
 
64 
 
 
 
 
65 
 
 
 
 
 
66 
 
 
 
 
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68 
 
 
 
 
 
69 
 
 
 
 
 
70 
 
 
 
 
 
71 
 
 
 
72 
 
 
 
 
73 
 
TESTE DE CONHECIMENTO 
1-Quando há capacidade ociosa, a venda de um produto para o mercado externo por um 
preço que supera seus custos e despesas variáveis ocasiona: 
 Uma redução na margem bruta 
 Um acréscimo direto no lucro 
 Nenhum efeito no lucro 
 Uma redução direta no lucro 
 Uma redução proporcional nos custos 
-1 2-Um cliente estrangeiro se ofereceu para comprar 20.000 unidades do 
produto Y, fabricado pela Cia MC & RL. Ele oferecia um preço de $14, menor do que a 
indústria estava praticando no mercado regional, que era $17. O controller da MC & RL 
colheu os seguintes dados para estudar a proposta: custo variável unitário: $11; custo fixo 
total: $800.000; capacidade instalada: 200.000 unidades e produção (e vendas) atuais: 
160.000 unidades. A empresa teria ainda uma despesa de venda adicional por unidade na 
venda para o cliente estrangeiro correspondente a 25% do preço. Essa despesa corresponde 
aos encargos de exportação. O que o controller da MC & RL sugeriu: 
 Aceitar o pedido, pois ele irá gerar uma margem de contribuição adicional de $50.000 
 Rejeitar o pedido, pois ele irá gerar uma margem de contribuição negativa de $25.000 
 Aceitar o pedido, pois ele irá gerar uma margem de contribuição adicional de $60.000 
 Aceitar o pedido, pois ele irá gerar uma margem de contribuição adicional de $150.000 
 Rejeitar o pedido, pois ele irá gerar uma margem de contribuição negativa de $10.000 
3-Quando há restrição na capacidade produtiva, a rentabilidade da empresa será 
maximizada pela produção e venda dos produtos que tiverem: 
 A maior margem de contribuição por 
fator restritivo 
 A maior margem de contribuição 
unitária 
 O menor custo variável 
 A menor demanda de mercado 
 O maior preço de venda 
4-Assinale a alternativa correta sobre a Contabilidade de Custos: 
 A Contabilidade de Custos acumula, organiza, analisa e interpreta os dados operacionais, 
físicos e os indicadores combinados no sentido de produzir, para os diversos níveis de 
administração e de operação, relatórios com as informações de custos solicitados. 
 Os custos históricos fornecidos pela Contabilidade não servem como base para operações 
futuras. 
 O sistema de informações de gestão de custos tem somente objetivo fiscal, portanto não é 
adequado ao fornecimento de informações para a tomada de decisões. 
 O papel da contabilidade de custos é mensurar e relatar somente informações financeiras 
relacionadas ao consumo de recursos pela organização. 
 A contabilidade de custos fornece informações exclusivamente para a contabilidade 
financeira. 
5-Qual é o método de custeio adotado na mensuração de resultados e está intimamente 
relacionado com o conceito de contribuição marginal ou margem de Contribuição? 
 Custo Padrão; 
 Custeio por Absorção; 
 Custo de Produção. 
 Custeio Direto / Variável; 
74 
 
 Custo de Oportunidade; 
6-Ao final de um determinado período produtivo, uma indústria que produz um só produto 
e que adota o custeio variável nas suas análises gerenciais apresentou as seguintes 
informações ao final de um exercício social: margem de contribuição unitária: $25; preço 
de venda do produto: $45; custos variáveis totais: $400.000 e custos fixos por unidade: $10. 
Sabendo-se que foram produzidas 25.000 unidades durante o período, pode-se afirmar que 
o resultado operacional apurado com base no custeio variável foi de: 
 $375.000 
 $475.000 
 $425.000 
 $300.000 
 $250.000 
7-A BMC Company fabrica uma linha de bagageiros para bicicletas. Há dois modelos: de 
passeio (margem de contribuição unitária de $15) e de montanhismo (margem de 
contribuição unitária de $12). A fábrica está operando a capacidade plena e possui no 
momento, 1.000 horas de máquina. Sabendo que normalmente, o mercado consome 3.000 
modelos de montanhismo e 6.000 modelos de passeio e ainda, que, cada modelo de 
montanhismo requer 0,2 horas de máquina e o de passeio, 0,1 hora, qual deve ser a 
quantidade produzida de cada modelo de forma a maximizar o lucro da BMC Co? 
 6.000 modelos de passeio e 3.000 modelos de montanhismo 
 5.000 modelos de passeio e 3.000 modelos de montanhismo 
 4.000 modelos de passeio e 2.000 modelos de montanhismo 
 6.000 modelos de passeio e 2.000 modelos de montanhismo 
 4.000 modelos de passeio e 3.000 modelos de montanhismo 
8-Na determinação da margem de contribuição unitária serão deduzidos da receita unitária 
seus: 
 Custos e despesas fixas 
 Custos diretos e indiretos variáveis 
 Custos e despesas variáveis 
 Custos diretos e indiretos 
 Custo fixos e custos variáveis 
 
 
Aula 9: Controladoria e Valor da Empresa – Custo de Capital 
 
Custo de capital 
Conforme ensina Gitman, o custo de capital em uma empresa representa a taxa de retorno mínima 
que acionistas e credores exigem para financiar projetos de investimentos a um dado nível de 
risco, assegurando o valor de mercado das ações da empresa. O custo de capital também pode ser 
definido como a taxa de retorno que atrairia os fornecedores de recursos para financiar os projetos 
de investimento da empresa. 
Em última análise, representa o elo entre as decisões de investimento a longo prazo e a riqueza 
dos proprietários. Na essência, se o risco de um negócio for mantido constante, a aceitação de 
projetos de investimento com taxas de retorno superiores ao custo de capital das fontes de recursos 
aumentará o valor de mercado da empresa, por outro lado, a aceitação de projetos de 
investimentos com taxas deretorno inferiores ao custo de capital da empresa diminuirá o valor de 
mercado de suas ações. 
75 
 
 
 
 
76 
 
 
 
 
 
 
77 
 
 
 
Situação Hipotética 
Nessa situação, o banco cobra uma taxa de juros de 5% ao mês e a alíquota do imposto de renda 
e contribuição social é de 30%. Sabendo que atualmente o lucro antes dos juros e impostos é de 
$500.000, qual o custo líquido da dívida? 
Antes de mais nada, vamos apurar o lucro líquido nas duas situações (sem financiamento de 
terceiros e com financiamento de terceiros): 
 
 
 
 
78 
 
 
 
Custo do capital próprio 
O cálculo do custo do capital próprio geralmente é mais complexo do que o cálculo do custo do 
capital de terceiros, pois depende, em grande parte, das expectativas de rentabilidade dos 
fornecedores de capital. Dessa forma, frequentemente, o custo do capital próprio é obtido pela 
aplicação de modelos financeiros conhecidos como modelo de crescimento constante (ou Modelo 
de Gordon) ou modelo de precificação de ativos de capital (Modelo CAPM). 
 
• MODELO DE GORGON 
 
• CUSTO DO CAPITAL PROPRIO 
79 
 
 
• LUCRO LIQUIDO 
 
• TAXA DE REMUNERAÇÃO EXIGIDA PELOS ACIONISTAS 
 
• TAXA DE CRESCIMENTO 
 
• AÇÕESDE UMA EMPRESA 
80 
 
 
 
CAPITAL ASSET MODEL- CAPM (MODELO CAPM) 
• MODELO CAPM 
 
• TAXA DE RETORNO 
 
• RISCO SISTEMATICO 
 
• RISCO NÃO SISTEMATICO 
81 
 
 
• EXEMPLO 
 
• CONCLUSÃO 
 
 
 
82 
 
 
 
Para calcular o CMPC, vamos considerar que a Companhia Beta e Clara está experimentando 
uma franca expansão dos seus negócios. A seguir são demonstrados os relatórios contábeis 
referentes ao exercício social recém encerrado: 
Para apurar a remuneração dos acionistas, o controller coletou as seguintes informações: 
coeficiente beta: 1,5; remuneração dos títulos da dívida pública: 18% e rentabilidade média da 
carteira de mercado: 20%. 
Para chegarmos ao custo médio ponderado de capital, precisamos obter duas informações 
principais: 
• O peso de cada uma das fontes de capital em relação ao total do financiamento; e 
• O custo de cada uma das fontes específicas. 
O peso das fontes de financiamento pode ser obtido da seguinte forma: 
 
Agora, precisamos conhecer o custo de cada uma das fontes de capital. Vamos começar pelo custo 
líquido da dívida. 
1. Nesse caso, observamos que a despesa financeira lançada na demonstração de resultado 
é de $64.000 e esse valor refere-se à remuneração devida pela captação de recursos de terceiros 
na ordem de $400.000 ($250.000 no curto prazo e $150.000 no longo prazo). 
83 
 
2. Assim, o custo da dívida (antes dos impostos) foi de 16% ($64.000 / $400.000). A alíquota 
do imposto de renda pode ser obtida pela relação entre o valor do imposto de renda e o lucro antes 
do imposto de renda ($45.000 / $180.000), ou seja, 25%. Como já sabemos o custo bruto da dívida 
e a alíquota dos tributos sobre o lucro, podemos chegar ao custo líquido da dívida da seguinte 
forma: 
 
3. Por último, não necessariamente nesta ordem, precisamos estimar o custo do capital 
próprio através do modelo CAPM. Considerando os dados fornecidos, temos: 
 
4. O custo médio ponderado da Companhia Clara e Beta é de 17,4%, obtido da seguinte 
forma: 
 
 
TESTE DE CONHECIMENTO 
1-A taxa de retono mínima que acionistas e credores exigem para financiar projetos de 
investimentos a um dado nível de risco, assegurando o valor de mercado das ações da 
empresa, é conhecido como: 
 Custo de capital 
 Custo bruto do capital de terceiros 
 Custo do capital próprio 
 Custo do capital de terceiros 
 Custo líquido da dívida
 
2-A Indústria ALT S/A precisou recorrer a financiamento bancário para possibilitar a 
expansão de seu parque fabril. Na ocasião, obteve uma linha de crédito de $750.000. A 
instituição financeira cobrou, a título de juros, $90.000. Sabendo-se que a ALT encontra-se 
na faixa de 25% para pagamento do imposto de renda, é possível afirmar que o custo líquido 
da dívida, foi de: 
 3% 
 17% 
 25% 
 9% 
 12%
 
3-A ação da JVT Co. está sendo negociada ao preço corrente de $30 cada. É esperado que 
cada ação pague um dividendo de $3 no final do ano e que a taxa de crescimento constante 
seja de 5% ao ano. Assim, sendo, a melhor estimativa para o custo do capital próprio da 
JVT é de: 
84 
 
 5,1% 
 10,5% 
 15,2% 
 15,0% 
 8,7% 
4-Os recursos provenientes de empréstimos e financiamentos bancários, debêntures, títulos 
de dívida, entre outros que visam financiar ativos com finalidades específicas, são 
denominados de: 
 Capitais de terceiros. 
 Benefício fiscal. 
 Custo líquido da dívida. 
 Alíquota fiscal. 
 Ativo patrimonial. 
5-O _______________ é tempo de retorno do investimento, ou seja, significa o número de 
anos, meses ou dias que serão necessários para que o investidor possa reaver o investimento 
inicial. O texto trata: 
 VPL 
 Pay back; 
 EVA 
 EBITDA 
 TIR 
6-Uma empresa opera em um mercado no qual a taxa livre de risco é de 6% ao ano. 
Assumindo que o coeficiente beta adequado ao risco de certo investimento seja 1,25 e que a 
taxa esperada de retorno de mercado seja 14% ao ano é possível afirmar que a taxa de 
retorno requerida para este investimento (custo do capital) seja de: 
 10,0% 
 23,5% 
 15,0% 
 16,0% 
 24,0% 
7-São várias as aplicações do custo de capital no ambiente empresarial para subsidiar 
decisões e avaliar desempenho. O uso nas reestruturações societárias (fusões, cisões e 
aquisições) é denominada de: 
 Avaliação financeira. 
 Avaliação do retorno. 
 Avaliação econômica de projetos de 
investimentos. 
 Avaliação de desempenho. 
 Avaliação de investimentos. 
8-A empresa Redentor financia seu ativo utilizando 40% de recursos de terceiros, 
tipicamente composto por empréstimos bancários de longo prazo, e 60% através de capital 
próprio. Sabe-se que a taxa de juros é de 15% ao ano enquanto que o custo anual com o 
capital próprio é de 10%. Considerando que a empresa está sujeita a uma alíquota do 
imposto de renda de 25%, pode-se afirmar que o seu custo médio ponderado de capital 
(WACC) é de: 
 10,5% 
 9,0% 
 15,0% 
 12,0% 
 13,0% 
 
85 
 
Aula 10: Controladoria e valor da empresa – EVA® e MVA® 
 
Valor da empresa: 
O foco da Controladoria 
A preocupação com a criação de valor nas empresas tem se tornado relevante nas últimas décadas, 
especialmente após o acirramento da competitividade ocasionada pela globalização. 
No mundo cada vez mais integrado pela rede mundial de computadores e pelas demais facilidades 
das telecomunicações, os processos de negócios são dinâmicos e podem rapidamente deslocar-se 
para um ambiente que ofereça maiores níveis de rentabilidade aos proprietários, atendendo às 
premissas do custo de oportunidade. 
Custo de oportunidade é o valor do benefício que se deixa de ganhar quando, no processo 
decisório, se opta por uma alternativa em detrimento de outra. 
Nesse cenário competitivo, os gestores são induzidos a evidenciarem aos proprietários e 
investidores de suas companhias que sua estratégia de operação cria valor, ao invés de destruir. 
No caso da empresa criar valor, o gestor precisa apresentar aos seus superiores um plano que 
busque a sustentabilidade e aumento a longo prazo. 
Por outro lado, em situações onde a empresa estiver destruindo valor, o gestor deverá usar uma 
estratégia que permita a recomposição desse valor a curto e médio prazo. 
Quando falamos em criar valor não nos referimos, apenas, à tarefa de cobrir os custos explícitos 
da operação, mastambém os custos implícitos do negócio. 
Os custos implícitos do negócio são custos de oportunidade do capital investido, que normalmente 
não é levado em consideração pela contabilidade na apuração dos resultados. 
O conceito de criação de valor é bem antigo. No entanto, ele se constitui no objetivo principal da 
empresa moderna. Assaf expõe as razões que podem explicar esse comportamento: 
• Identificação 
A identificação, através de abertura de 
mercado, de que os preços dos produtos são 
estabelecidos pela interação de oferta e 
demanda dos agentes econômicos, e não do 
ponto de vista exclusivo da empresa. É o 
mercado que avalia os investimentos 
empresariais; 
• Globalização 
A globalização vem transformando os 
mercados financeiros locais em um único 
mercado global. Ativos que não criam valor 
são desvalorizados rapidamente em todos os 
mercados; 
• Competitividade 
A competitividade dos mercados dá espaço 
somente às empresas eficientes, ou seja, 
aquelas capazes de agregar valor às suas 
decisões; e 
• Desenvolvimento profissional 
O desenvolvimento profissional dos 
executivos modernos, que está ligado ao 
objetivo da maximização de riqueza dos 
proprietários. 
De uma forma mais pragmática, a medida de criação ou destruição de valor é, eminentemente, 
monetária, que diz respeito a uma das últimas linhas da demonstração de resultados da companhia, 
a qual concentra maior atenção dos proprietários, acionistas, investidores e financiadores. 
A medida monetária de criação de valor de uma empresa resulta da combinação do desempenho 
gerencial com sua estrutura financeira, situação tributária e qualidade dos ativos não operacionais, 
como aplicações financeiras. 
 
ECONOMIC VALUE ADDED® – EVA® (VALOR ECONOMICO ADICIONADO) 
O conceito de valor econômico não é uma ideia nova, sendo introduzido no cenário corporativo 
em 1920, pela General Motors Corporation. 
No entanto, ficou esquecido até que a Stern Stewart & Corporation, uma empresa de consultoria 
de Nova Iorque, o reintroduziu nos 80. A solução é agora uma marca registrada da Stern Stewart, 
visto que os sócios dessa consultoria americana patentearam tal metodologia com o nome EVA. 
86 
 
 
 
DEFINIÇÃO DE VALOR ECONOMICO AGREGADOO (EVA®) 
• SEU LUCROS 
O lucro operacional depois dos impostos é representado pelo lucro operacional antes das receitas 
e despesas financeiras (EBIT – earning before interest and taxes ou, em português, LAJIR – lucro 
antes dos juros e impostos) e após a aplicação de um percentual correspondente à carga tributária 
do imposto de renda e da contribuição social. 
• SEUS CUSTOS DE OPORTUNIDADES 
De acordo com Stewart, o NOPAT é o lucro oriundo das operações da companhia, líquido dos 
impostos, mas antes das despesas financeiras e lançamentos contábeis que não envolvam 
desembolso de caixa, com exceção da depreciação, pois apesar de não requerer desembolso, os 
ativos consumidos nas operações precisam ser repostos, antes dos investidores obterem um 
retorno sobre o seu investimento. 
• O QUE FOI AGREGADO 
O capital investido corresponde aos recursos necessários para que a empresa possa desenvolver 
suas atividades operacionais. Em outras palavras, ele é representado pelo total dos recursos 
financeiros investidos na companhia, independente destes serem oriundos do capital de terceiros 
ou dos acionistas. 
Por último, o custo do capital é composto pela ponderação dos recursos que financiam as 
operações da empresa, tanto os recursos próprios como de terceiros. Ele equivale ao custo médio 
ponderado de capital (WACC – assunto estudado na aula anterior). 
 
87 
 
 
 
 
CALCULO DO EVA® COM BASE NA FORMULA ORIGINAL 
Observe que o custo do capital de terceiros (despesas de juros) já é descontado do resultado 
líquido do período conforme o modelo da demonstração de resultado. Sendo assim, é preciso fazer 
um ajuste antes da aplicação da fórmula da Stern & Stewart para evitar a dupla contagem da 
despesa financeira, uma vez como dedução na DRE e outra por inclusão no custo de capital 
através do custo médio ponderado de capital. 
Para tanto, é necessário reescrever essa demonstração de resultado excluindo a despesa financeira. 
Esse procedimento fará mudar o valor do imposto de renda, pois os juros são dedutíveis. Assim, 
a nova demonstração de resultado será a seguinte: 
 
88 
 
Tendo apurado o resultado do exercício após o imposto de renda e contribuição social, basta agora 
obter o custo médio ponderado de capital para aplicação na fórmula da Stern & Stewart. Os 
seguintes procedimentos deverão ser adotados: 
• PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL 
DE TERCEIROS 
 
• PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL 
PROPRIO 
 
• CUSTO BBRUTO DA DIVIDA 
 
• ALIQUOTA DO IR 
 
• CUSTO LIQUIDO DA DIVIDA 
 
• CUSTO MEDIO PONDERADO 
DE CAPITAL 
 
 
 
CALCULO DO EVA® COM BASE NO SPREAD ECONOMICO 
O spread econômico é a diferença entre a taxa de retorno do investimento e o custo de capital. 
Assim, haverá criação de valor quando a taxa de retorno superar o custo do capital investido. Essa 
taxa de retorno, também conhecida como ROI (return on investiment – retorno sobre o 
investimento), é resultante da divisão do lucro do exercício pelo valor dos investimentos ou, se 
preferir, valor dos ativos. 
 
89 
 
 
 
 
 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
90 
 
 
NEGOCIOS DE AÇÕES NO MERCADO 
 
MODELO DE GORDON 
 
PREÇO TEORICO DAS AÇÕES 
91 
 
 
CALCULO DO NUMERO DE AÇÕES 
 
 
 
92 
 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
 
 
93 
 
 
 
TESTE DE CONHECIMENTO 
1-Em função do cenário competitivo que as empresas enfrentam, os gestores precisam 
evidenciar aos proprietários e acionistas que a estratégia para a operação cria valor para o 
negócio. Neste caso, os gestores devem apresentar um plano que busque a sustentabilidade 
e aumento a longo prazo, considerando não somente os custos explícitos mas também os 
custos implícitos do negócio. Esses custos implícitos são definidos como: 
 Os custos de oportunidade do capital 
investido. 
 Os custos operacionais da empresa. 
 Os custos administrativos da empresa. 
 Os custos das mercadorias vendidas 
pela empresa. 
 Os custos diretos e indiretos. 
2-O MVA (Valor de Mercado Adicionado) reflete a valorização de uma empresa e o seu 
cálculo pode ser realizado de duas formas. A escolha da forma de cálculo deve levar em 
consideração se a empresa: 
 Tem investimentos ou não no mercado futuro. 
 Negocia ou não ações no mercado. 
 Utiliza o TIR como o modelo de decisão para os seus investimentos. 
 Exporta ou não mercadoria para o exterior. 
 Utiliza o VPL ou ROI para tomar decisão com relação aos seus investimentos. 
3-A empresa XPTO, cuja as ações são negociadas no mercado, tem o seu valor de mercado 
avaliado em R$1.500.000,00 e o capital investido pelos acionistas é equivalente a 
R$300.000,00. Qual é o valor de mercado adicionado da empresa? 
 R$1.150.000,00. 
 R$1.250.000,00. 
 R$1.000.000,00. 
 R$1.100.000,00. 
 R$1.200.000,00. 
4-Uma empresa apresentou um MVA (Valor de Mercado Adicionado) negativo, isto 
significa que: 
 O valor investido pelos acionistas foi superior ao valor de mercado da empresa. 
 A empresa tem ações negociadas no mercado e por isso o retorno é menor. 
 O valor atual dos fluxos futuros é igual ao valor atual a ser investido. 
 Os acionistas receberam todos os seus investimentos. 
94 
 
 Houve uma valorização da empresa. 
5-Uma empresa apresentou um ROI (Return on Investiment) igual a 30% e um custo médio 
ponderado (WACC) de 10%. Considerando que seus investimentos foram na ordem de 
R$100.000,00,qual será o EVA (Valor Econômico Adicionado) com base no spread 
econômico? 
 R$10.000,00 
 R$20.000,00 
 R$60.000,00 
 R$40.000,00 
 R$80.000,00 
6-Considere as seguintes informações extraídas da contabilidade da Companhia Ramos: 
Capital próprio: $15.000.000; Capital de terceiros: $5.000.000; Lucro operacional depois 
dos impostos: $2.500.000; Despesa financeira: $800.000; Expectativa de retorno dos 
acionistas: 10% e Alíquota do imposto de renda: 25%. Utilizando apenas estas informações 
é correto afirmar que o valor econômico adicionado (EVA) é de: 
 $200.000 
 ($300.000) 
 $400.000 
 $500.000 
 $1.000.000 
7-Como é denominado o valor do benefício que se deixa de ganhar quando, no processo 
decisório, se opta por uma alternativa em detrimento de outra? 
 Custo de oportunidade. 
 Custo médio ponderado de capital. 
 Custo médio da carteira de mercado. 
 Custo indireto. 
 Custo líquido da dívida. 
8-A Companhia Vega têm ativos registrados por $2.000.000 e uma dívida com terceiros no 
valor de $1.250.000. Atualmente a empresa possui 500.000 ações. O controller da empresa 
estima que o preço teórico das ações seja em torno de $1,75 por ação. Diante dessas 
informações, é possível afirmar que o valor de mercado adicionado (MVA®) da Companhia 
Vega, em reais, é de: 
 ($1.000.000) 
 $1.375.000 
 $2.125.000 
 $125.000 
 ($1.125.000)

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