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1 0 /0 3 /2 0 1 9 O p ro c e sso d e o rie n ta ç ã o v o c a c io n a l fre n te a o sé c u lo X X I: p e rsp e c tiv a s e d e sa fi o s h ttp ://w w w .sc ie lo .b r/sc ie lo .p h p ? sc rip t= sc i_ a rtte x t& p id = S 1 4 1 4 -9 8 9 3 2 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 8 1 /1 2 M ore M ore S e rv ic e s o n D e m a n d J o u rn a l S ciE LO A nalytics G oogle S cholar H 5M 5 (2018) A rtic leArticle in xm l form at H ow to cite this article S ciE LO A nalytics C urriculum S cienTI A utom atic translation In d ic a to rs R e la te d lin k s S h a rePerm alink Psicologia: C iência e Profissão Print version IS S N 14149893 P sico l. cien c. p ro f. v o l.2 2 n o .3 B ra sília S ep t. 2 0 0 2 http://dx.doi.org/10.1590/S 141498932002000300008 A R T I G O S O p r o c e s s o d e o r i e n t a ç ã o v o c a c i o n a l f r e n t e a o s é c u l o X X I : p e r s p e c t i v a s e d e s a f i o s J o s e m b e r g M . d e A n d r a d e * ; G i r l e n e R . d e J e s u s M a j a M e i r a * * ; Z a n d r e B . d e V a s c o n c e l o s * * * U niversidade Federal da Paraíba Endereço para correspondência R E S U M O Este trabalho tem com o objetivo discutir as perspectivas e desafios do processo de orientação vocacional (O V ) frente ao século X X I. A O V , ao ajudar o indivíduo a encontrar um a identidade profissional, auxilia na estruturação de sua identidade pessoal, favorecendo a elaboração de um projeto de vida. O desenvolvim ento da ciência e da tecnologia operacionaliza m udanças acentuadas no m ercado de trabalho, fazendo com que este esteja sem pre em 1 0 /0 3 /2 0 1 9 O p ro c e sso d e o rie n ta ç ã o v o c a c io n a l fre n te a o sé c u lo X X I: p e rsp e c tiv a s e d e sa fi o s h ttp ://w w w .sc ie lo .b r/sc ie lo .p h p ? sc rip t= sc i_ a rtte x t& p id = S 1 4 1 4 -9 8 9 3 2 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 8 2 /1 2 um a contínua m udança. A nova realidade que vem se delineando no contexto brasileiro exige que a O V se adapte às m udanças sociais. A ssim , alguns aspectos devem ser considerados e analisados com a finalidade de se alcançar a eficácia na O V , entre eles: o papel do profissional, que deve estar ciente da postura ética que deve assum ir e a real finalidade da O V , que não deve apenas inform ar sobre as profissões, e sim , trabalhar o autoconhecim ento e a questão da escolha em si. P a l a v r a s c h a v e : O rientação vocacional, M udanças, D esafios e perspectivas. A B S T R A C T This w ork has the objective of discussing the perspectives and challenges of the vocational orientation process (V O ) tow ards the X X I century. The V O process, helping the individual to find a professional identity, aids on the structuring of his/her personal identity, favoring a life project elaboration. The science and technology developm ent produces accentuated changes in the labor m arket, and causes its continuous change. The new reality, w hich is delineated in the B razilian context, dem ands that the V O adapts itself to the social changes. Thus, som e aspects should be considered and analyzed w ith the purpose of reaching the effectiveness in V O , am ong them : the professionals role that should be aw are of the ethical posture w hich he should assum e and the real purpose of V O , that should not just inform about the professions, but it should w ork the selfknow ledge and the question of the choice in itself. K e y w o r d s : V ocational orientation, C hanges, C hallenges and perspectives. O desenvolvim ento da ciência e da tecnologia evidenciado atualm ente operacionaliza m udanças cada vez m ais acentuadas no m ercado de trabalho, fazendo com que este esteja sem pre em um a contínua m udança. O conhecim ento científico e a tecnologia revolucionaram as bases m ateriais e m orais da existência hum ana, m odificando as aspirações do hom em (Fernandes, 1966). Evidenciase um a dem anda pela autom ação dos serviços e até das relações hum anas com a finalidade de se obter resultados m ais rápidos; o dom ínio de técnicas é im prescindível e é associado à possibilidade de se apresentar soluções com a eficiência exigida pela m odernidade (R odrigues & R am os, 2000). A ssim , com um a rápida velocidade, exclusões são efetivadas, o que não está m ais apropriado precisa adequarse para não ser m arginalizado. A s transform ações sociais e econôm icas do sistem a capitalista, em bora m arcadas por m ovim entos contraditórios e heterogêneos e em m eio a incertezas, oscilações e contradições, colocam novos e graves questionam entos em todo o m undo no século X X I. Este novo período traz m uitas incertezas sobre o futuro da cidadania, sobretudo dentro e fora dos espaços de trabalho (Paixão & Figueiredo, 1996). A tualm ente, a econom ia exige técnicos, especialistas que tenham conhecim ento aprofundado e preciso em áreas que não existiam anteriorm ente. Essa procura por técnicos, bens e serviços tem se alterado com o progresso, aum entando, ainda, a dem anda de trabalhadores em algum as profissões e reduzindo em outras. A autom ação e a com putação eletrônica revolucionaram determ inados cam pos de atividades, oferecendo m aiores oportunidades para novas especialidades e tam bém causando desem prego para m ão de obra não qualificada (S uper & Junior, 1980). 1 0 /0 3 /2 0 1 9 O p ro c e sso d e o rie n ta ç ã o v o c a c io n a l fre n te a o sé c u lo X X I: p e rsp e c tiv a s e d e sa fi o s h ttp ://w w w .sc ie lo .b r/sc ie lo .p h p ? sc rip t= sc i_ a rtte x t& p id = S 1 4 1 4 -9 8 9 3 2 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 8 3 /1 2 É im possível saber onde se chegará com todos os avanços da ciência atrelados ao desenvolvim ento da tecnologia e da globalização; m as, notadam ente, os efeitos desses avanços já oferecem sinais de profundas m odificações na vida das pessoas, das em presas e do m ercado de trabalho (R odrigues & R am os, 2000). Esses avanços têm um im pacto considerável em todas as áreas da vida; no m ercado de trabalho, por exem plo, além de com petência para o cargo a ser desem penhado, são exigidas do profissional novas habilidades que vão se tornando im prescindíveis, tais com o saber trabalhar em equipe eter criatividade. Essas habilidades são essenciais para que o profissional possa realizar satisfatoriam ente o seu trabalho dentro dessa nova perspectiva (Farah & Frafoso, 2000). S abese que a adolescência é um a fase em que há o desprendim ento da infância e a entrada progressiva no m undo e no papel adulto; é nesse contexto conturbado que os jovens precisam assum ir um a postura diante da sociedade, tendo que optar por um a carreira profissional a ser seguida (M üller, 1998). N o início da adolescência, o jovem sentese descom prom issado com o seu projeto de vida, vivendo, m uitas vezes, a ilusão, a fantasia e o sonho; m as, ao passo em que vai conquistando sua própria identidade e com preendendo suas próprias singularidades, tem a necessidade de definirse, conhecerse e de escolher sua profissão com base na sua realidade pessoal e sociocultural (G olin, 2000). O jovem se vê diante de um a m ultiplicidade de profissões, áreas de estudo, cursos, chegando a ficar, m uitas vezes, confuso diante de tal com plexidade. Inicialm ente, ele se guiará a partir do m apa representacional construído por si próprio com base na sua posição sociocultural e econôm ica (S ilva, 1999b). N a m aioria dos casos, quando os jovens são cham ados a refletir sobre as dificuldades e possibilidades do m ercado de trabalho e de se escolher um a profissão, usam m eios não m uito seguros, recorrendo a m itos e ideologias que sem dúvida, os tranqüilizam e dim inuem as suas ansiedades, m as não são verdadeiras saídas (Junqueira, 1999). N a sociedade globalizada, onde transform ações se operacionalizam cada vez m ais rápido, os jovens sentem se pressionados, seja pela própria com plexidade do m ercado de trabalho, seja pelo avanço da tecnologia que indica novos rum os e cam inhos a serem seguidos. D evese, tam bém , levar em consideração que os jovens passam por um período conturbado em relação a aspectos m aturacionais e de ordem psicológica, em que dúvidas em ergem provocando confusões e conflitos. O orientador vocacional deve considerar a adolescência com o um a fase típica em que ocorrem grandes crises e transform ações, um a síndrom e norm al (M üller, 1988). U m a das razões que tornam , ainda, m ais difícil a transição do jovem para a fase adulta é o fato de se esperar que ele assum a novos papéis quando atinge um certo grau de instrução (H urlock, 1979). A s m arcas das identificações e a vontade de corresponder às expectativas das pessoas significativas em sua vida são questões que o jovem tenta atender (R am os, 2000). Este se vê frente ao m ercado de trabalho e de um grande cam po de possibilidades, passando, assim , por um período de ruptura e tendo que se posicionar na sociedade (S ilva, 1996). O processo de O rientação V ocacional (O V ) surge, por sua vez, com o um m eio facilitador, ajudando o jovem a se conhecer m elhor, dando, conseqüentem ente, subsídios para que ele faça a escolha m ais adequada (Pim enta, 1981). D efinida com o o processo pelo qual o indivíduo é ajudado a escolher e a se preparar para entrar e progredir num a ocupação, a O V propicia o desenvolvim ento do autoconhecim ento, aplicando essa com preensão às ocupações (S uper & Junior, 1980). H oje em dia, a O V é o resultado de um certo núm ero de m ovim entos, pesquisas e trabalhos que no início tiveram o objetivo im ediato de auxiliar os jovens na escolha de ocupações adequadas. C oletaram se e organizaram se inform ações e passouse a explorar os inventários e testes psicológicos com o recursos a m ais, tornando o processo de O V m ais com plexo e eficiente (S uper & Junior, 1980). 1 0 /0 3 /2 0 1 9 O p ro c e sso d e o rie n ta ç ã o v o c a c io n a l fre n te a o sé c u lo X X I: p e rsp e c tiv a s e d e sa fi o s h ttp ://w w w .sc ie lo .b r/sc ie lo .p h p ? sc rip t= sc i_ a rtte x t& p id = S 1 4 1 4 -9 8 9 3 2 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 8 4 /1 2 Em todo o decorrer da história, tevese a necessidade de colocar as pessoas certas nos locais certos (Pim enta, 1981); sem pre existiu a idéia de que alguns hom ens podem ser m elhores do que outros para executar determ inados trabalhos (S uper & Junior, 1980). Todavia, nem sem pre o hom em pôde escolher trabalhar naquilo que gostaria ou que se considerava m ais apto ou capaz, em bora o trabalho, com o dim ensão da existência, sem pre estivesse presente na vida das pessoas (Pim enta, 1981). A liberdade para escolher um a ocupação é algo relativam ente novo. A ntigam ente, o indivíduo tinha pouca ou nenhum a liberdade de escolha, pois o nível social e ocupacional, e m esm o o cam po de atividade, eram determ inados prim eiram ente pelo nascim ento. A partir do R enascim ento e da R eform a, cresceu o reconhecim ento da hum anidade da capacidade e da singularidade do indivíduo. C ada hom em , nesse m om ento, era considerado o centro de um universo, construído por ele m esm o e m em bro de um a sociedade hum ana m aior. C om o Ilum inism o, vieram a expansão da visão hum anística do destino e a aplicação dessa visão à política e à econom ia; em seguida, com o advento da dem ocracia na sociedade industrial, surgiu um a relativa liberdade na escolha das ocupações (S uper & Junior, 1980). A vida ocupacional de um hom em é considerada um dado fundam ental de sua existência (S uper & Junior, 1980, p. 216). N os dias atuais, podese vir a escolher um a carreira profissional; se existe essa possibilidade de escolha, existe tam bém a possibilidade de alguém ajudar o indivíduo a escolher, isto é, de orientar (Pim enta, 1981). Toda escolha provoca necessariam ente um a renúncia; ao escolher abandonase um a outra opção e isto pode provocar algum sofrim ento para o adolescente. O profissional de O V vai tentar reparar essa situação e ajudar o adolescente a escolher, devendose estar consciente de que é m ais difícil fazer um diagnóstico referente à problem ática vocacional do que um de personalidade, pois o prim eiro tende a investigar a dinâm ica interna do adolescente, verificando não só os conflitos e dificuldades referentes à escolha profissional, m as tam bém de outras àreas (B ohoslavsky, 1993). A im portância do processo de O V é evidenciada no fato de que, havendo um a identificação profissional, haverá m aiores possibilidades de o indivíduo e desenvolver em todas as suas potencialidades. A fim de alcançar a eficácia do processo, alguns aspectos devem ser considerados; dentre eles, podese citar: (a) o papel do profissional de O V frente a um a nova realidade sóciocultural e econôm ica, (b) a finalidade do processo de O V que deve visar não apenas a inform ar sobre carreiras profissionais, m as tam bém a trabalhar aspectos com o o autoconhecim ento e a questão da escolha em si, levando em consideração o m ercado de trabalho. Tendo em vista a com plexidade do trabalho de O V , este artigo tem com o objetivo discutir as perspectivas e os desafios do processo de O V frente ao século X X I, abordando a sua im portância e a m aneira com o deve ser operacionalizado. S abendose que este trabalho não visa aesgotar a problem ática do tem a, a sua im portância é evidenciada no fato de se fazer um a reflexão sobre os novos determ inantes que perm eiam o processo de O V frente a um a sociedade globalizada. I m p o r t â n c i a d o P r o c e s s o d e O r i e n t a ç ã o V o c a c i o n a l O ser hum ano, desde a infância, passa a conhecer a im portância e o valor que o trabalho tem para sua vida; para a m aioria das pessoas, a identidade vocacional form a um a parte im portante de sua identidade geral. Ter um em prego valorizado pela sociedade – e ter sucesso e prestígio nele – aum enta a autoestim a e facilita o desenvolvim ento de um senso de identidade m ais seguro e estável. Por outro lado, quando a sociedade aponta que alguém não é necessário e que não há disponibilidade de bons em pregos, podese gerar dúvidas, incertezas ou m esm o, com o em alguns casos, delinqüência e sentim entos de revolta, form ando um a identidade negativa (M ussen, C onger, K agan & H uston, 1995). 1 0 /0 3 /2 0 1 9 O p ro c e sso d e o rie n ta ç ã o v o c a c io n a l fre n te a o sé c u lo X X I: p e rsp e c tiv a s e d e sa fi o s h ttp ://w w w .sc ie lo .b r/sc ie lo .p h p ? sc rip t= sc i_ a rtte x t& p id = S 1 4 1 4 -9 8 9 3 2 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 8 5 /1 2 O Processo de O V surge com o um a possibilidade de ajuda para os jovens, não levando estes a apenas escolherem um a profissão, m as auxiliandoos a se conhecerem m elhor com o indivíduos inseridos em um contexto social, econôm ico e cultural. A O V constituise num cam po de trabalho que intervém na vida cotidiana dos seres hum anos (A zevedo & S antos, 2000), oferecendo aos indivíduos padrões de m ecanism os de adaptação à vida (S uper & Junior, 1980). Esta pode prevenir alguns transtornos na vida do adolescente, com o decepções e ilusões, e favorecer a m elhoria da qualidade de vida em diversos níveis (A zevedo & S antos, 2000). N a atualidade, é observado um aum ento significativo da procura dos serviços de O V . O s m eios de com unicação, de certa form a, vêm dem onstrando um interesse crescente pelo tem a escolha da profissão. A O V , que esteve por um determ inado período ausente das discussões dos m eios acadêm icos, volta, agora, revestida de toda a força. Para m uitos jovens, a escolha da profissão é vista com o um a das suas necessidades m ais im portantes e principais, pois o avanço da tecnologia e a com plexidade do m ercado de trabalho provocam incertezas, influenciando diretam ente na vida profissional. O jovem , ao ter conhecim ento de todos esses aspectos, passa a conviver com o m edo de ser m al sucedido profissionalm ente, levandoo a se sentir inseguro quanto à questão da escolha certa. O trabalho de O V indica um provável cam inho a ser seguido para os jovens que alm ejam seguir um a carreira profissional. Em bora haja um considerável debate do tem a escolha profissional, ainda persiste um a grande desinform ação sobre as carreiras profissionais por parte dos jovens. Isso aum enta, indubitavelm ente, a dificuldade no m om ento de se escolher um a profissão (V asconcelos, A ntunes & S ilva, 1998). O processo de O V interessa a âm bitos distintos, com o, por exem plo, à educação em todos os seus níveis, proporcionando inform ações sobre a realidade do m ercado de trabalho e as necessidades do país. D essa form a, podese dizer que a O V acom panha o processo educativo, cooperando com ele e não apenas suprindo suas possíveis carências. A O V cum pre sua função de extrem a im portância quando leva o sujeito a refletir sobre si m esm o, analisando suas características, explorando sua personalidade e aprendendo a escolher e abordar situações conflitivas. A lém disso, um processo de O V coloca a descoberto possíveis problem áticas do sujeito, bem com o disposições psicopatológicas, pois condensa toda a história prévia dessa pessoa e, ao m esm o tem po, antecipa seu futuro (M üller, 1988). A través do processo de O V , os indivíduos se conhecem m elhor com o sujeitos reais, percebendo suas identificações, características e singularidades, am pliando e transform ando sua consciência e adquirindo, assim , m elhores condições de organizar seus projetos de vida e, especificam ente no m om ento, fazer sua escolha profissional, m inim izando as fantasias. A O V é m ais do que um m om ento para a descoberta da profissão a seguir, pois é um processo onde em ergem conflitos, estereótipos e preconceitos que são trabalhados para sua superação, onde a desinform ação é enfrentada e possíveis cam inhos de resolução são traçados, onde o autoconhecim ento adquire o status de algo que se constrói na relação com o outro e não com o algo que se dá a partir de um a reflexão isolada, descolada da realidade social ou que se conquista através de um esforço pessoal (B ock & A guiar, 1995, p. 17). A partir desta concepção, podese dizer que a O V tam bém é um processo que visa à prom oção da saúde do indivíduo. A ssim , toda a relevância do processo de O V pode ser evidenciada quando este, ao passo que faz com que o jovem reflita sobre si m esm o, tam bém o ajuda a escolher um cam inho profissional, dando possibilidades para que possa desenvolver todas as suas capacidades. o p e r a c i o n a l i z a ç ã o d o p r o c e s s o d e o r i e n t a ç ã o v o c a c i o n a l 1 0 /0 3 /2 0 1 9 O p ro c e sso d e o rie n ta ç ã o v o c a c io n a l fre n te a o sé c u lo X X I: p e rsp e c tiv a s e d e sa fi o s h ttp ://w w w .sc ie lo .b r/sc ie lo .p h p ? sc rip t= sc i_ a rtte x t& p id = S 1 4 1 4 -9 8 9 3 2 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 8 6 /1 2 Frente às transform ações da sociedade atual, questionase com o deve ser operacionalizado o processo de O V . Prim eiram ente, o processo de O V não pode ser realizado de m aneira descontextualizada; caso seja, não atingirá a sua finalidade. A lguns profissionais ainda se lim itam a aplicar testes psicológicos, não confrontando os resultados com outras técnicas. A o dar um resultado não corroborado ou incom pleto ao adolescente, o profissional estará desqualificando a psicologia com o um todo e podendo com prom eter o processo de escolha de um adolescente. O processo de O V deve ter em vista as m udanças ocorridas na sociedade e a realidade sociocultural e econôm ica. S urge com o um cam inho que os jovens podem percorrer com o objetivo de fazer a sua escolha profissional de m aneira m ais consciente e m adura; para atingir esse fim , o processo deve ser operacionalizado de m aneira que supra essas necessidades. O trabalho de O V pode ser desenvolvido tanto individualm ente com o em grupo. A m aioria dos autores opina que tal trabalho desenvolvido em grupo é m aisenriquecedor do que individualm ente, principalm ente se o grupo for com posto por sujeitos adolescentes, pois assim auxiliará o jovem a autoperceberse com o sujeito inserido em um a realidade social, dim inuindo, assim , as fantasias e idealizações que porventura possam persistir (V asconcelos, A ntunes & S ilva, 1998). Todo o trabalho de O V deve ser baseado na troca de experiências entre os jovens e na reflexão conjunta sobre o processo de escolha da profissão, reflexão esta que deve ser organizada e coordenada por profissional(ais) com petente(s). É de sum a im portância criar condições para que os jovens possam ter acesso à m aior quantidade possível de inform ações a respeito das profissões: suas características, aplicações, cursos, requisitos, locais de trabalho, etc. N a esfera do autoconhecim ento, tam bém devem se criar condições e estratégias para que os jovens identifiquem suas aptidões, interesses e características de personalidade (B ock & A guiar, 1995). A aplicação de técnicas, testes psicológicos ou outros recursos só tem sentido e real eficácia quando é verificado em um contexto am plo, onde cada orientando é único. D evese dar a cada adolescente um espaço e tem po necessários para que possa m anifestar suas preocupações, ansiedades e problem as, devendose acom panhálo na reflexão e fazendo os possíveis esclarecim entos, para que ele vá elaborando seu projeto vocacional, definindo sua escolha e identificando os obstáculos que o im pedem de fazêla (M üller, 1988). D e s a f i o s e P e r s p e c t i v a s d o P r o c e s s o d e O r i e n t a ç ã o V o c a c i o n a l Fazse necessário analisar o papel do profissional de O V diante das novas condições socioculturais e econôm icas e a finalidade do processo de O V , que deve visar não apenas a inform ar sobre carreiras profissionais, e sim , a trabalhar aspectos com o o autoconhecim ento e a questão da escolha em si, levando em consideração o m ercado de trabalho. É verificado claram ente no m ercado de trabalho a presença de profissionais não qualificados, prestando, na m aioria das vezes, serviços inadequados, chegando a resultados não válidos. Esse tipo de posicionam ento, longe de ser o esperado, diz respeito à falta de um a ética profissional, m uitas vezes renegada por profissionais que, em função de um a m á preparação profissional, operacionalizam trabalhos sem com petência para tal execução. S er psicólogo im plica, logicam ente, deixar de ser qualquer outra coisa [..] (B ohoslavsky, 1993, p. 175). A ntes de tudo, o profissional de O V deve estar ciente tanto dos recursos técnicos quanto dos de personalidade de que deve dispor para poder desem penhar sua profissão de m aneira produtiva e com petente. D iante das novas perspectivas da sociedade, o profissional de O V deve passar por um processo contínuo de renovação, estando sem pre a par das m udanças efetivadas no m ercado de trabalho. O profissional da psicologia deve ter consciência do papel que irá desem penhar, sendo o autoconhecim ento e o desenvolvim ento de sua própria pessoa um a condição sine qua non 1 0 /0 3 /2 0 1 9 O p ro c e sso d e o rie n ta ç ã o v o c a c io n a l fre n te a o sé c u lo X X I: p e rsp e c tiv a s e d e sa fi o s h ttp ://w w w .sc ie lo .b r/sc ie lo .p h p ? sc rip t= sc i_ a rtte x t& p id = S 1 4 1 4 -9 8 9 3 2 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 8 7 /1 2 para a sua atuação com o profissional. S egundo M üller (1988), as qualidades desejáveis ao orientador vocacional seriam : um a sólida form ação teórica em psicologia, principalm ente psicologia educacional e do desenvolvim ento, conhecim ento em dinâm icas de grupo, técnicas de exploração da personalidade e psicopatologia, prática clínica, em patia, equilíbrio em ocional para colocarse no lugar do outro, reconhecim ento de sua própria ideologia, respeito pelos outros e aceitação dos seus lim ites. A o iniciar um processo de O V , o profissional deve estar consciente dos seus lim ites e decidir se deve ou não enfrentar o caso; segundo B ohoslavsky (1993), o psicólogo vai decidir enfrentar ou não um processo de O V com o cliente respondendo, basicam ente, às seguintes perguntas: o adolescente tem possibilidade de adquirir sua identidade ocupacional sem um a m odificação substancial da estrutura de sua personalidade? Tem m aturidade para decidir quanto ao seu futuro profissional? Tem a possibilidade de em pregar sua percepção, pensam entos e ação a serviço do princípio de realidade, de prever dificuldades, alcançar sínteses, tolerar frustrações? S ou a pessoa m ais indicada para ajudálo? E este é o m om ento m ais adequado para que se inicie seu processo de O V ? É exigido do profissional de O V um a postura criativa, inovadora e científica, perfil que deve com eçar a ser delineado durante a sua form ação acadêm ica (C alheiros, A raújo & S ilveira, 2000). É im prescindível que o profissional de O V esteja tranqüilo e seguro de sua própria identidade; só assim poderá interpretar as incertezas dos adolescentes (B ohoslavsky, 1993). A lém das características já citadas, a form ação do orientador profissional tam bém deve incluir conhecim entos sobre m ercado de trabalho, em pregabilidade, globalização, inform ações sobre as diferentes profissões e ocupações, sobre os diferentes cursos e universidades, além do conhecim ento sobre as teorias de orientação profissional. Tem se necessidade de um a prática na form ação do profissional, assim a presença de um supervisor tornase necessária. Tam bém é indispensável que o orientador com preenda e conheça os m otivos que o levaram a escolher a sua profissão, em especial a escolha da orientação profissional com o atividade profissional, já que só poderá trabalhar com clareza os conflitos dos jovens se tiver com preendido suas próprias escolhas (S oares, 1999). S egundo B ohoslavsky (1993), só quando o orientador vocacional possuir um a identidade profissional am adurecida é que poderá oferecer ao adolescente a possibilidade de confrontar fantasia com realidade e m undo interior com exterior. R essaltando estes aspectos, S ilva (1999a) com enta que, para auxiliar um outro indivíduo a solucionar seus conflitos diante da escolha profissional, o orientador vocacional deve cum prir as seguintes condições: passar por um processo de elaboração de sua própria escolha e de sua identidade vocacional e internalizar, com preender e ser capaz de criar as técnicas de que irá se valer no processo de O V . É tarefa do psicólogo perm itir que o adolescente possa desenvolver sua autoidentidade. Para isso, o psicólogo tem com o instrum ento fundam ental a sua própria pessoa. A personalidade do profissional é tem a de im prescindível exam e para quem se dedica à O rientação V ocacional (B ohoslavsky, 1993, p.199). A função principal do orientador vocacional é a de facilitar o acesso às inform ações relativas às profissões e ao m ercado de trabalho, podendose identificálo este com o um intérprete, um m ediador entre o m undo das ciências e do trabalho e o adolescente que está em vias de escolher um aprofissão (S ilva, 1999b). A ssim , o papel do orientador vocacional deve ser, prim eiram ente, o de um facilitador do desenvolvim ento individual (S uper & Junior, 1980), devendo estar com prom etido com a sua atividade e sendo com petente na m edida em que cum pre com todos os requisitos necessários para obter resultados fidedignos e com um posicionam ento ético diante da sua profissão. O utro aspecto questionado é a real finalidade do processo de O V . Este, ao passo que é entendido com o um am plo processo que induz ao conhecim ento, não pode ter apenas a finalidade de inform ar sobre carreiras profissionais, e sim , levar o jovem a fazer um a reflexão no sentido de realizar a sua escolha profissional de form a am adurecida e 1 0 /0 3 /2 0 1 9 O p ro c e sso d e o rie n ta ç ã o v o c a c io n a l fre n te a o sé c u lo X X I: p e rsp e c tiv a s e d e sa fi o s h ttp ://w w w .sc ie lo .b r/sc ie lo .p h p ? sc rip t= sc i_ a rtte x t& p id = S 1 4 1 4 -9 8 9 3 2 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 8 8 /1 2 consciente. D eve haver um a conscientização de que em m uitos casos os serviços de orientação profissional – que prestam inform ações, apenas, sobre profissões – tem um alcance restrito e, algum as vezes, não chegam a resultados totalm ente satisfatórios. S abese que a escolha profissional não é um m om ento estático no desenvolvim ento de um indivíduo; ao contrário, é um com portam ento que se inclui num processo contínuo de m udança da personalidade (B ohoslavsky, 1993), e a O V só atinge sua finalidade quando leva em consideração essa m obilidade. N o processo de O V devem ser trabalhados o autoconhecim ento e a elaboração da escolha em si, levando em consideração todos os determ inantes (V asconcelos, A ntunes & S ilva, 1998). S egundo B ohoslavsky (1993), a O V tem o objetivo principal de definir um a carreira ou trabalho a ser seguido pelo adolescente, perm itindo que este aprenda a escolher e a encontrar sua identidade vocacional, e assim , sua identidade pessoal. O processo de O V vai fazer com que o adolescente decida de m aneira m ais autônom a, levando em consideração suas próprias determ inações psíquicas e as circunstâncias sociais (M üller, 1988). O autoconhecim ento trabalhado na O V deve ser entendido com o um processo contínuo; os interesses e aptidões, assim com o características de personalidade não são estáticos, m udando conform e a experiência e o tem po. A ssim , a m elhor escolha é aquela que o jovem realiza a partir de um m aior conhecim ento de si com o ser e sujeito ativo de sua própria história, determ inado pela realidade social e econôm ica, e por um conhecim ento das possibilidades profissionais oferecidas pela sociedade em que está inserido (B ock & A guiar, 1995). N o m om ento da escolha, o jovem tende a idealizar o seu futuro, o que não é ruim , m as, sem perceber, idealiza a sociedade e o m ercado de trabalho com o algo isolado, cristalizado e sem m ovim ento. N otadam ente, tem se m udado o perfil das diversas profissões e dos profissionais. O m undo globalizado, inevitavelm ente, coloca em segundo plano profissões que anteriorm ente idealizavam com o m ais im portantes e necessárias do que outras; algum as profissões foram forçadas a m udar as form as de atuação e até seus conceitos (C alheiros, A raújo & S ilveira, 2000). D eve ser discutida e trabalhada de m aneira realista a relação entre o m ercado de trabalho e a escolha profissional. O m ercado de trabalho é um fator de fundam ental im portância para a escolha do jovem , m as desde que com preendido através de um a perspectiva dinâm ica, na qual a sociedade está inserida. D evese tentar discutir, a partir de um a visão econôm ica, que a escolha profissional não é um a escolha de um a faculdade ou de um curso e sim de um trabalho, situando o jovem nesse âm bito. É fundam ental, ainda, apontarlhe o processo social, estim ulandoo a um a reflexão sobre as condições e form as em que o trabalho ocorre na sociedade. Todo tipo de inform ação deve ser passada de m aneira realista, precisa e objetiva, refletindo as reais condições dos cursos e das próprias profissões, pois som ente assim poderá propiciar escolhas conscientes. D essa form a, m esm o as inform ações que apresentam os problem as vividos pelos profissionais de determ inadas áreas devem ser passadas precisam ente e analisadas posteriorm ente, contribuindo para a construção de um a visão crítica não só da sua escolha, m as tam bém da sociedade onde vive (B ock & A guiar, 1995). Em term os de referencial teórico, a abordagem clínica é a que trabalha o processo de escolha de um a form a m ais am pla (V asconcelos, A ntunes & S ilva, 1998), investigando possíveis problem áticas do indivíduo e instigando o adolescente a ter conhecim ento da sua identidade vocacional. O m étodo clínico possibilita ao orientando pensar nos aspectos m ais pessoais de sua vida, seus tem ores, inseguranças, fantasias e expectativas. N ele se podem utilizar técnicas auxiliares com o recursos a m ais; essas técnicas incluem : testes projetivos, testes psicom étricos, técnicas não estandardizadas, com o questionários, dram atizações, jogos, técnicas plásticas (desenho, pintura), entre outros (M üller, 1988). D evese tentar com preender m ais concretam ente com o o indivíduo se apresenta no m om ento da escolha profissional, m ostrandolhe que tem todo um histórico de vida a ser considerado. N essa sua história, pode ter 1 0 /0 3 /2 0 1 9 O p ro c e sso d e o rie n ta ç ã o v o c a c io n a l fre n te a o sé c u lo X X I: p e rsp e c tiv a s e d e sa fi o s h ttp ://w w w .sc ie lo .b r/sc ie lo .p h p ? sc rip t= sc i_ a rtte x t& p id = S 1 4 1 4 -9 8 9 3 2 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 8 9 /1 2 vivenciado interesses e aptidões e deve procurar posicionarse frente a eles, percebendo que se não determ inam em absoluto a escolha, indicam alguns cam inhos. N o trabalho de orientação, devese procurar estim ular a reflexão sobre a m ultiplicidade de aspectos envolvidos na construção do futuro de um a pessoa. É im portante que se trabalhe para que o jovem com preendase com o um ser em m ovim ento que pode m udar seus interesses e possibilidades no decorrer da vida (B ock & A guiar, 1995). C o n s i d e r a ç õ e s F i n a i s N o processo de O V , a vocação não nasce e m ostrase ao acaso, m as é construída subjetiva e historicam ente em interação com os outros, segundo as oportunidades fam iliares, as disposições pessoais e o contexto sociocultural e econôm ico (M üller, 1988). A s pessoas são identificadas, m uitas vezes, por aquilo que fazem ; grande parte da vida o ser hum ano passa trabalhando, sendo inegável o peso que o trabalho tem e sem pre teve para a hum anidade. N o entanto, decidir por um a carreira profissional a ser seguida, m uitas vezes, não é fácil, poisenvolve m uitos aspectos. O m om ento de decisão profissional é m uito difícil para o adolescente, porque im plica a escolha de um futuro. O jovem , juntam ente com as pessoas que estão á sua volta, espera um a decisão definitiva, fato que m uitas vezes não acontece, já que a identidade vocacional de um a pessoa é delineada ao longo de sua vida, à m edida em que vai tendo consciência das suas características de personalidade. C om o afirm a M üller (1988, p. 18), nossa identidade profissional se constrói laboriosam ente em um processo contínuo, perm anente, sem pre factível de ser revisado, pelo qual podem os dizer que nossa aprendizagem é perpétua. S urgem novos cam inhos que exigem adaptações para acom panhar a realidade sociocultural e econôm ica, sendo im prescindível ter um a ação em O V que atenda às necessidades atuais frente aos im pactos ocorridos nas instituições, nas pessoas e na sociedade com o um todo (H issa & A lm eida, 2000). A s transform ações que a sociedade enfrenta requerem novas posturas, não só dos profissionais de O V , m as dos profissionais de todas as áreas. O profissional de psicologia que decide se dedicar à O V deve estar seguro de sua identidade profissional. S ua atividade profissional estará com prom etida se este, ao tentar auxiliar o adolescente a form ular sua identidade vocacional, não tiver segurança de sua própria função e de sua escolha profissional. É de fundam ental im portância que todos os requisitos para a prática profissional de O V sejam cum pridos, com a finalidade de se chegar a resultados coerentes, podendose assim , tam bém , enfrentar as novas perspectivas e desafios im postos pela sociedade. A cim a de tudo, o profissional de O V deve estar ciente do papel a desem penhar, devendo ser um profissional com prom etido term inantem ente com a sua atuação, sabendo que o seu autoconhecim ento é um a condição sine qua non para atuar profissionalm ente na área vocacional. D eve, ainda, ter consciência dos seus lim ites, sendo com petente na m edida em que se com prom ete a cum prir com todos os requisitos necessários para obter resultados fidedignos e tem um posicionam ento ético diante da profissão e do diplom a que lhe foi concedido. Para a O V cum prir com sua real finalidade, deve ser operacionalizada de m aneira coerente, ou seja, m ais do que inform ar sobre as carreiras profissionais, a O V deve prom over o autoconhecim ento do indivíduo. C om o m eio facilitador para a escolha profissional, a O V ajuda o indivíduo a form arse cidadão em seu sentido m ais pleno, um a vez que, ao ajudálo a encontrar um a identidade profissional, auxiliao a estruturar um a identidade pessoal, favorecendo na elaboração de um projeto de vida de form a m ais responsável e consciente. M ais do que escolher um a profissão, a O V auxilia o jovem a adaptarse à vida. 1 0 /0 3 /2 0 1 9 O p ro c e sso d e o rie n ta ç ã o v o c a c io n a l fre n te a o sé c u lo X X I: p e rsp e c tiv a s e d e sa fi o s h ttp ://w w w .sc ie lo .b r/sc ie lo .p h p ? sc rip t= sc i_ a rtte x t& p id = S 1 4 1 4 -9 8 9 3 2 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 8 1 0 /1 2 R e f e r ê n c i a s b i b l i o g r á f i c a s A zevedo, A . C ., S antos, S . E. de B . (2000). O grupo e o psicodram a na orientação profissional. Trabalho apresentado na I Jornada N orte N ordeste de O rientação Profissional/A B O P, R ecife. [ Links ] B ock, A . M . B ., A guiar, W . M . J. (1995). A Escolha Profissional em Q uestão. S ão Paulo: C asa do Psicólogo. [ Links ] B ohoslavsky, R . (1993). O rientação vocacional: a estratégia clínica. 9 ed. S ão Paulo: M artins Fontes. [ Links ] C alheiros, I. M . Q ., A raújo, J. S ., S ilveira, M . A . de M . (2000). 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A ll the contents of this journal, except w here otherw ise noted, is licensed under a C reative C om m ons A ttribution License S A F / S U L , Q u a d r a 2 , B l o c o B E d i f í c i o V i a O f f i c e , t é r r e o s a l a 1 0 5 1 0 /0 3 /2 0 1 9 O p ro c e sso d e o rie n ta ç ã o v o c a c io n a l fre n te a o sé c u lo X X I: p e rsp e c tiv a s e d e sa fi o s h ttp ://w w w .sc ie lo .b r/sc ie lo .p h p ? sc rip t= sc i_ a rtte x t& p id = S 1 4 1 4 -9 8 9 3 2 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 8 1 2 /1 2 7 0 0 7 0 6 0 0 B r a s í l i a D F B r a s i l T e l . : ( 5 5 6 1 ) 2 1 0 9 0 1 0 0 revista@ cfp.org.br