Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ANHANGUERA- UNIDERP LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
FERNANDA AUGUSTA SANTOS DE OLIVEIRA BORGES 
A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM BAIXA 
ESCOLARIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL 3° BIMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 Petrolina,PE 2019 
 
 
 
 
 
FERNANDA AUGUSTA SANTOS DE OLIVEIRA BORGES 
A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM BAIXA 
ESCOLARIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL 3° BIMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado em requisito 
a Produção Textual Individual relativa 
 3º semestre .- Metodologia Científica 
Educação de Jovens e Adultos 
 História da Educação Educação Formal 
e não Formal 
 (online) Didática Práticas Pedagógicas: 
Gestão da sala de aula 
 
 
 
 
 3 
 
 Petrolina,PE 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SUMÁRIO 
 
Introdução_______________________________3 
 EJA pra quê e pra quem?___________________4,5,6,7 
 Conclusão_______________________________8,9 
 Referências______________________________ 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 Petrolina,PE 2019 
 
 
 
 
 
1Introdução 
Neste trabalho vamos ver como a educação de jovens e adultos se desenvolveu no 
Brasil, sabendo portanto, que a política do país foi inconsequente referente a 
educação brasileira. A política deu prioridade a economia do país e as classes 
dominantes. Nos dias de hoje ainda não existe a devida atenção á educação 
,podemos ver no ensino público o descaso dentro das escolas . Escolas de hoje 
comportam superpopulação em salas de aula , isso diminui a aprendizagem dos 
alunos, salas que deveriam ter no máximo 20 alunos tem 40 alunos ou mais ,corpo 
docente mal remunerado, desvio de verbas das escolas enfim, uma situação crítica. 
No período da colonização do Brasil nasceu a EJA, houve muitos obstáculos como o 
elitismo que favorecia somente a ricos e homens brancos, restringindo a educação 
somente as classes mais abastadas. Houve um grande trajeto na história da EJA no 
Brasil até que todos viessem a ter direito a educação.A EJA começou na época do 
Brasil Colônia com a catequização dos indígenas, A educação ensinada aos povos 
era referente aos trabalhos manuais que seriam realizados por eles, além do 
funcionamento da economia colonial. 06 de setembro de 1878, foram criados cursos 
noturnos para adultos analfabetos nas escolas públicas de educação elementar, para 
o sexo masculino, no município da corte.Mas somente em 1940 que a Educação de 
Jovens e Adultos começou a se constituir política nacional e posteriormente passou 
a ser reconhecida por lei, Veja: 
“Art. 208- O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de”: 
I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta 
gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; (…) § 1º O 
acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
Em 1950 A Unesco e a Onu realizaram uma pressão internacional para o fim do 
analfabetismo nas ditas nações atrasadas. Até porque as pessoas precisariam ser 
alfabetizadas para contribuir para o país e que pudessem exercer seu direito devoto 
como cidadão e patriota. Em 1952 CNER foi criada a Campanha Nacional de 
Educação Rural; para atender a população rural. A moldagem da Pedagogia de Freire 
desarmou o preconceito contra o analfabetismo dos pedagogos da época .E vários 
outros movimentos foram criados “Movimento de Educação de Base” (1961CNBB), 
Movimento de Cultura Popular do Recife (1961), Centros Populares de Cultura (UNE), 
Campanha de Pé no chão Também se Aprende (Prefeitura de Natal).23 Esses 
programas, através da influência da pedagogia freiriana, identificavam o 
analfabetismo “não como a causa da situação de pobreza, mas como efeito de uma 
sociedade injusta e não-igulitária” (STEPHANOU; BASTOS (orgs), 2005, p. 269). 
 
 5 
 
 Petrolina,PE 2019 
 
 
 
2“Educação de Jovens e Adultos: para quê e para quem?” 
Paulo Freire foi um pioneiro no Brasil na utilização dos meios de comunicação 
social. A utilização de slides, do cinema, teatro, vídeo e televisão faz parte essencial 
do seu método de alfabetização de adultos. A sua opinião em relação ao uso da 
informática não poderia ser diferente. O que ele sempre sublinha, contudo, é que 
as poderosas ferramentas de trabalho da telemática estão ainda restritas a um 
público muito pequeno; ainda não foram democratizadas, aumentando a distância 
existente entre os jovens de classes populares e os jovens de classes média e alta. 
GADOTTI, Moacir. Paulo Freire: uma biobibliografia. Ed. Cortez, 1996. 
As discussões iniciais da Pedagogia Social no Brasil dirigiram as reflexões e 
análises para intervenções fora da escola em processos não formais. Estabeleceu-
se inicialmente uma pedagogia da negação: o não escolar, o não formal. A 
própria relatividade histórica e política forçaram um repensar desses conceitos, 
isto porque o não formal pode passar a ser formal dependendo do contexto, e, 
mais, pode ser formal em um país e não o e não o ser em outro. A educação à 
distância e a educação de jovens e adultos em diferentes países são exemplos 
dessa relatividade histórica e política que perpassa as intervenções 
socioeducacionais da Pedagogia Social. 
(MACHADO, 2009, p. 11) 
Paulo Freire foi patrono da educação brasileira e lutou pela igualdade e democracia 
para as pessoas menos favorecidas, ele ficou conhecido como educador voltado 
para as questões do povo. A convite do governo Goulart, Freire coordenou, no 
Brasil, o Programa Nacional de Alfabetização, usando o "Método" de alfabetização 
criado por ele e que deveria atingir 5 milhões de adultos, possíveis eleitores nas 
próximas eleições. Como o "Método Paulo Freire" não trata apenas de alfabetizar, 
mas também de politizar, os alfabetizandos eram levados a perceber as injustiças 
que os oprimiam e a necessidade de buscar mudanças, através de organizações 
próprias - o que fez com que passassem a ser identificados como ameaça. Assim, o 
Programa foi extinto pelo governo militar em abril de 1964, menos de 3 meses após 
ter sido oficializado.e colocou em prática uma metodologia capaz, não só de 
instrumentalizar a leitura e a escrita dos iletrados, ou dos alfabetizandos. 
 
 
 
 
 
 6 
 
 Petrolina,PE 2019 
 
 
 
 
 
 
1.1Quais são os fatores históricos, políticos e sociais que perpassam a 
Educação de Jovens e Adultos na educação brasileira? 
A educação no Brasil começou pela catequização de índios pelos padres jesuítas não 
por direito a educação mas por caridade, eles eram ensinados a falar a língua 
portuguesa e ensinados a desenvolver trabalhos manuais para produção do país. A 
politíca então tratou de criar projetos de alfabetização que não deram certo. Após isto 
as pessoas analfabetas foram tratadas com preconceito incluindo índios,negros 
,pobres e classes menos favorecidas gerando assim uma segregação destacando a 
educação e o direito de voto somente para as classes dominantes ,somente eles 
podiam ser letrados na sociedade . Por haver tantas tentativas na sociedade, a 
conquista pelo ensino do jovens e adultos, se fez através do Patrono da educação no 
Brasil e estudioso Paulo Freire o percussor pela luta de ensino de qualidade para os 
jovens e adultos. 
1.2Qual a função social da escola, diante do processo de escolarização da 
população analfabeta e com baixa escolarização? 
A educação de jovens e adultos, visando a transformação necessária, com o objetivo 
de cumprir de maneira satisfatória sua função de preparar jovens e adultos para o 
exercício da cidadania e para o mundo do trabalho, necessita de mudanças 
significativas. (PCNs)Abrir escolas é fácil, mas qualificar essas escolas no nível 
necessário para atender a alunos de baixa escolarização e capacitar essas pessoas 
a ler e a escrever e a sair da zona de analfabetização e torna-lo um cidadão com uma 
formação é o desafio que temos a enfrentar .O propósito destinado a EJA continua 
cumprindo uma função paliativa, que na maioria das vezes abrange apenas os 
processos de alfabetização do educando ,ao contrário do que orienta o PNE 2001, 
que faz referência não só a alfabetização mas também aos aspectos de formação do 
educando enquanto cidadão. A alfabetização dessa população seja entendida como 
no sentido amplo de domínio dos instrumentos básicos da cultura letrada, das 
operações matemáticas elementares, da evolução histórica da sociedade humana,da 
diversidade do espaço físico e político mundial e da constituição da sociedade 
brasileira. Envolve ainda a formação do cidadão responsável e consciente de seus 
direitos e deveres.O Brasil hoje tem plenas condições , do ponto de seus recursos 
econômicos e da qualificação dos seus docentes, para enfrentar o desafio de 
alfabetizar os seus mais de 16 milhões de analfabetos. O conceito usado pelo IBGE 
nas suas estatísticas considera alfabetizada a pessoa que consegue ler e escrever 
um bilhete simples em seu próprio idioma. E tem sido adotado o método de anafalbeto 
funcional que inclui todas as pessoas com menos de 4 séries de estudo concluídas. 
 
 7 
 
 Petrolina,PE 2019 
 
 
 
 
 
1.3 Quais são os desafios e as possibilidades para a efetivação do direito à 
educação de Jovens e Adultos? 
O mais recente Relatório Global sobre Aprendizagem de Adultos, publicado esse ano 
pela Unesco, existem no mundo mais de 700 milhões de adultos analfabetos. Desse 
total, 115 milhões são jovens, ou seja, têm entre 15 e 24 anos de idade. Este 
documento revela que a falta de educação de qualidade para jovens e adultos afeta 
mais as mulheres (que representam 63% dos adultos com baixas habilidades de 
alfabetização) do que os homens, sendo também mais alta a taxa de meninas fora da 
escola.A nível de Brasil, especificamente, os dados também são alarmantes. Quase 
metade da população maior de 15 anos (40%) possui baixa escolaridade e não 
completou a Educação Básica. Analisando a trajetória da Educação de Jovens e 
Adultos (EJA), é possível identificar avanços importantes na direção de seu 
reconhecimento como direito para um conjunto expressivo de sujeitos que, por 
motivos diversos, não tiveram acesso – ou possibilidade de permanência – a um dos 
bens públicos mais valorizados em nossa sociedade, a educação. Nas últimas duas 
décadas, a EJA foi inclusa nas pautas e agendas governamentais, na legislação 
(como uma modalidade da Educação Básica, na LDB 9.394/96) e no financiamento 
público, Fundeb. Pode-se verificar uma expressiva ampliação da oferta nas redes 
locais de ensino, aproximando governos municipais, estaduais e federal, além das 
organizações não governamentais e dos movimentos sociais, que acumulam longa 
trajetória de práticas na área.Mas, apesar de respeitáveis conquistas, é possível 
observar que a EJA continua nas margensda educação, ocupando, na tradicional 
hierarquia que conduz o sistema educacional brasileiro, lugar de pouco valor que, 
sem dúvida, guarda estreita relação com o lugar social dos sujeitos aos quais se 
destina. Nela, transitam grupos e pessoas que carregam diferenças e especificidades, 
como negros, indígenas, pescadores, ribeirinhos, população do campo, mulheres, 
jovens, idosos, pessoas em privação de liberdade, com necessidades educacionais 
especiais, povos tradicionais, populações de periferia urbana, trabalhadores com 
inserção precária no mercado etc. Designados de forma genérica, são 
frequentemente pensados de forma idealizada pelos projetos educacionais e por seus 
agentes. Por isso, é importante conhecer e reconhecer as diferenças para pensar em 
políticas públicas e abordagens pedagógicas que “caibam na vida desses sujeitos”. 
 
 8 
 
 Petrolina,PE 2019 
 
 
 
 
Destaca-se também a importância da construção de uma institucionalidade da EJA. 
Ou seja, de início ela precisa existir, efetivamente, para que se possa pensar sobre a 
relevância de uma oferta qualificada do serviço nos distintos territórios para seus 
diversos sujeitos.Nessa perspectiva, é preciso agregar esforços com os poderes 
públicos, uma corresponsabilidade, para se efetivar tal oferta. Dessa forma, é 
prioritário trabalhar na perspectiva da educação para construção de sociedades 
sustentáveis e de responsabilidade global. Na busca de formação pedagógica 
qualificada e acreditando na construção de um outro mundo possível, sinto a 
necessidade de aprender sobre a função do pedagogo e a organização política 
pedagógica das instituições de educação profissional, principalmente as que 
envolvem jovens e adultos que por diversas situações não tiveram acesso ou não 
puderam dar continuidade aos seus estudos. Esse jovem e adulto para quem se 
planeja a educação é à força de trabalho na produção de matérias. Tipo de trabalho 
alienado, tendo o trabalho como mercadoria para o capital, e assim reduzindo o 
trabalhador a um pobre, estúpido e ignorante que executa operações mecanizadas, 
negando o exercício da inteligência e a descoberta de novos saberes.O desafio 
proposto para uma nova configuração na educação profissional, principalmente na 
modalidade de educação de jovens e adultos, é criar condições para uma educação 
popular, esta emancipatória comprometida com os pobres e com os outros na 
perspectiva de dialogar com a complexidade da sociedade. O objetivo de educação 
atual é atender o sistema emergente, então se faz necessário uma aprendizagem 
conjunta, criativa, participativa que possibilite os jovens e adultos construírem, 
gradativamente, sua autonomia, passando a atuar criticamente na direção de superar 
as contradições e sendo capaz de agir nos espaços e modificar a sociedade 
desumanizadora. Então numa nova perspectiva de educação profissional, que 
acrescenta a formação inicial, e principalmente aos jovens e adultos presentes nesse 
espaço, devemos compreender que é o lugar que se trabalha com diversidade 
sociocultural, com as diferenças num mundo de desigualdades e contra um modelo 
de escola e sociedade. 
 
 
 
 
 9 
 
 Petrolina,PE 2019 
 
 
 
3 Conclusão 
Exige-se, pois, uma intencionalidade política, acadêmica, profissional e pedagógica 
no sentido de colocarmos na agenda escolar e docente, de pesquisa, de formação e 
de formulação de políticas, a necessidade de pensar, idealizar e arquitetar a 
construção dessa especificidade da EJA no conjunto das políticas públicas e na 
peculiaridade das políticas educativas. Constituir a educação de jovens-adultos como 
um campo de responsabilidade pública. (ARROYO, 2005, p.22) 
É necessário uma pedagogia que tem na sua opção política evidente para 
construção de uma sociedade diferente, de justiça e igualdade para todos e que a 
educação acontece a todo o momento por sermos inconclusos, Segundo Freire “ é 
na inconclusão do ser, que se sabe como tal, que se funda a educação como 
processo permanente”. (FREIRE, 1997, p. 64) 
Cabe, então, perguntar: será possível construir uma ação educativa que promova, 
entre os seus sujeitos, redes de cooperação, ações que gerem oportunidades de 
inserção profissional, societária e cultural, como também a participação no processo 
de gestão?Acreditamos que sim e que essa tarefa é de todos: gestores públicos e 
escolares, professores, estudantes, empresas, universidades e demais instituições 
sociais e comunidade.Diante desse cenário, um caminho possível é a articulação e 
mobilização de diferentes instituições sociais. Devemos refletir sobre a importância 
da união de esforços, recursos e conhecimento da sociedade civil, governos e setor 
empresarial em torno de uma agenda comum de desenvolvimento da Educação de 
Jovens e Adultos.Uma educação comprometida com a vida possibilita o encontro com 
si e com o mundo, identificando a função social do homem no mundo. Por esse viés, 
o compromisso com a vida e com melhores condições de vida que constitui a 
necessidade da educação profissional de jovens e adultos, que não pode ser de 
maneira de tecnicista, assistencialista. Um dos grandes aprendizados que veem 
sendo construindo através do Movimento de Educação Popular é compreender as 
pessoas de EJA que falam de história construída e registrada do dia-a-dia, que 
sonham, lutam, trabalham, aprendem, ensinam, acordam a cada manhã para um dia 
melhor. Seres históricos que tecem história possuem em seus caminhos saberes, 
questionamentos que fazem parte dos significados que dão para vida, o espaço de 
EJA é o lugar para dar voz e forma aos gritos dos saberes já construídos entrelaçados 
a cada nova experiência da partilha dos conhecimentos do grupo. 
 
 
 10 
 
 Petrolina,PE 2019 
 
 
 
4 Referências 
 
www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/38/art05_38.pdf 
www.scielo.br/pdf/ensaio/v18n67/a11v1867 
https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/25401/14733 
www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm 
file:///C:/Users/Fernanda/Desktop/CURSOS/FACULDADE%20SEMESTRE%203/DI
DÁTICA/LIVRO_UNICO.pdf 
file:///C:/Users/Fernanda/Desktop/CURSOS/FACULDADE%20SEMESTRE%203/ED
UCAÇÃO%20FORMAL%20E%20NÃO%20FORMAL/LIVRO_UNICO.pdf 
file:///C:/Users/Fernanda/Desktop/CURSOS/FACULDADE%20SEMESTRE%203/HI
STÓRIA%20DA%20EDUCAÇÃO/LIVRO_UNICO.pdf

Mais conteúdos dessa disciplina