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Cérebro O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo, pesa aproximadamente 1,3 kg, apenas 2% do peso do corpo, porém, apesar disto recebe cerca de 25% do sangue, que é bombeado pelo coração. Com o aspecto semelhante ao miolo de uma noz, sua massa de tecido cinza-rósea apresenta duas substâncias diferentes, sendo uma branca, na região central, e uma cinzenta, da qual se forma o córtex cerebral. O córtex cerebral, um tecido fino com uma espessura entre 1 e 4 mm e uma estrutura laminar formada por 6 camadas distintas de diferentes tipos de corpos celulares, é constituído por células neurôglias e neurônios. Além de nutrir, isolar e proteger os neurônios, as células neurôglias são tão críticas para certas funções corticais quanto os neurônios, ao contrário do que se pensava alguns anos atrás. Lobos Cerebrais O córtex cerebral é dividido em áreas denominadas lobos cerebrais, cada uma com funções diferenciadas e especializadas. Na região da testa está localizado o lobo frontal, na área da nuca está o lobo occipital, na parte superior central da cabeça localiza-se o lobo parietal e o lobo temporal é encontrado na região lateral, sob a orelha. Os lobos parietais, temporais e occipitais estão envolvidos na produção das percepções resultantes das informações obtidas por nossos órgãos sensoriais do que diz respeito à relação do meio ambiente e nosso corpo. O lobo frontal, por sua vez, por incluir o córtex motor, o córtex pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento de ações e movimento, assim como no pensamento abstrato. Hemisférios do Cérebro Humano Especialização dos hemisférios. (Roberto Lent, 2002) O cérebro é dividido em hemisférios esquerdo e direito, sendo o primeiro dominante em 98% dos humanos, já que é responsável pelo pensamento lógico e competência comunicativa. Isso porque nele estão duas áreas especializadas, a Área de Broca, córtex responsável pela motricidade da fala; e a Área de Wernick, córtex responsável pela compreensão verbal. Já o hemisfério direito é quem cuida do pensamento simbólico e da criatividade. Nos canhotos estas funções destinadas aos hemisférios estão trocadas. A conexão entre os dois hemisférios é feita pela fissura sagital ou inter-hemisférica, onde está localizado o corpo caloso. Essa estrutura, composta por fibras nervosas brancas (axônios envolvidos em mielina) faz uma ponte para a troca de informações entre as muitas áreas do córtex cerebral. Ambos os hemisférios possuem um córtex motor, que controla e coordena a motricidade voluntária. O córtex motor do hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo do indivíduo, enquanto que o do hemisfério esquerdo controla o lado direito. Um trauma nesta área pode causar fraqueza muscular ou paralisia no indivíduo. A aprendizagem motora e os movimentos de precisão são executados pelo córtex pré-motor, que fica mais ativa do que o restante do cérebro quando se imagina um movimento sem executá-lo. Lesões nesta área não chegam a comprometer a ponto do indivíduo sofrer uma paralisia ou problemas para planejar ou agir, no entanto a velocidade de movimentos automáticos, como a fala e os gestos, é perturbada. Além dos hemisférios, de quem dependem a inteligência e o raciocínio do indivíduo, o cérebro é formado por mais dois componentes, o cerebelo e o tronco cerebral, sendo o primeiro o coordenador geral da motricidade, da manutenção do equilíbrio e da postura corporal. No tronco cerebral encontram-se o bulbo raquiano, o tálamo, o mesencéfalo e a ponte de Varólio. Ele conecta o cérebro à medula espinal, além de controlar a atividade de diversas partes do corpo através da coordenação e envio de informações ao encéfalo; enquanto que o bulbo raquiano cuida da manutenção das funções involuntárias, como a respiração, por exemplo. O tálamo é o centro de retransmissão dos impulsos elétricos, que vão e vem do córtex cerebral, ao passo que o mesencéfalo recebe e coordena as informações que dizem respeito às contrações dos músculos e à postura. Já a ponte de Varólio, constituída principalmente por fibras nervosas mielinizadas, liga o córtex cerebral ao cerebelo. Enquanto toda essa motricidade acontece na área de Broca, na área de Wernicke, zona onde convergem os lobos occipital, temporal e parietal, um papel muito importante na produção de discurso é desempenhado. É nesta área que acontece a compreensão do que os outros dizem e que dá ao indivíduo a possibilidade de organizar as palavras sintaticamente corretas. Lobos Cerebrais O córtex cerebral é dividido em áreas denominadas lobos cerebrais, cada uma com funções diferenciadas e especializadas. Lobo frontal No lobo frontal, localizado na parte da frente do cérebro (testa), acontece o planejamento de ações e movimento, bem como o pensamento abstrato. Nele estão incluídos o córtex motor e o córtex pré-frontal. O córtex motor controla e coordena a motricidade voluntária, sendo que o córtex motor do hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo do indivíduo, enquanto que o do hemisfério esquerdo controla o lado direito. Um trauma nesta área pode causar fraqueza muscular ou paralisia. A aprendizagem motora e os movimentos de precisão são executados pelo córtex pré-motor, que fica mais ativa do que o restante do cérebro quando se imagina um movimento sem executá-lo. Lesões nesta área não chegam a comprometer a ponto do indivíduo sofrer uma paralisia ou problemas para planejar ou agir, no entanto a velocidade de movimentos automáticos, como a fala e os gestos, é perturbada. A atividade no lobo frontal de um indivíduo aumenta somente quando este se depara com uma tarefa difícil em que ele terá que descobrir uma sequência de ações que minimize o número de manipulações necessárias para resolvê-la. A decisão de quais sequências de movimento ativar e em que ordem, além de avaliar o resultado, é feito pelo córtex-frontal, localizado na parte da frente do lobo frontal. Suas funções incluem o pensamento abstrato e criativo, a fluência do pensamento e da linguagem, respostas afetivas e capacidade para ligações emocionais, julgamento social, vontade e determinação para ação e atenção seletiva. Lesões nesta região fazem com que o indivíduo fique preso obstinadamente a estratégias que não funcionam ou que não consigam desenvolver uma seqüência de ações correta. Lobos occipitais Localizados na parte inferior do cérebro e cobertos pelo córtex cerebral, os lobos occipitais processam os estímulos visuais, daí também serem conhecidos por córtex visual. Possuem várias subáreas que processam os dados visuais recebidos do exterior depois destes terem passado pelo tálamo, uma vez que há zonas especializadas a visão da cor, do movimento, da profundidade, da distância e assim por diante. Depois de passarem por esta área, chamada área visual primária, estas informações são direcionadas para a área de visão secundária, onde são comparadas com dados anteriores, permitindo assim o indivíduo identificar, por exemplo, um gato, uma moto ou uma maçã. O significado do que vemos, porém, é dado por outras áreas do cérebro, que se comunicam com a área visual, considerando as experiências passadas e nossas expectativas. Isso faz com que o mesmo objeto não seja percepcionado da mesma forma por diferentes indivíduos. Quando esta área sofre uma lesão provoca a impossibilidade de reconhecer objetos, palavras e até mesmo rostos de pessoas conhecidas ou de familiares. Esta deficiência é conhecida como agnosia. Lobos temporais Na zona localizada acima das orelhas e com a função principal de processar os estímulos auditivos encontram-se os lobos temporais. Como acontece nos lobos occipitais, as informações são processadas por associação. Quando a área auditiva primária é estimulada, os sons são produzidos e enviados à área auditiva secundária, que interage com outras zonas do cérebro, atribuindo um significado e assim permitindo ao indivíduo reconhecer ao que está ouvindo. Lobos parietais Na região superior do cérebro temos os lobos parietais, constituídos por duas subdivisões,a anterior e a posterior. A primeira, também chamada de córtex somatossensorial, tem a função de possibilitar a percepção de sensações como o tato, a dor e o calor. Por ser a área responsável em receber os estímulos obtidos com o ambiente exterior, representa todas as áreas do corpo humano. É a zona mais sensível, logo ocupa mais espaço do que a zona posterior, uma vez que tem mais dados a serem interpretados, captados pelos lábios, língua e garganta. A zona posterior é uma área secundária e analisa, interpreta e integra as informações recebidas pela anterior, que é a zona primária, permitindo ao indivíduo se localizar no espaço, reconhecer objetos através do tato etc. ntrodução (o que é) O cérebro é responsável por interpretar e processar todas as “informações” enviadas pelo nosso organismo. E, para que haja essa comunicação, existem milhões de neurônios envolvidos no processo. Chama-se de córtex cerebral a estrutura que contém os corpos celulares dos neurônios, local aonde chegam os impulsos nervosos, que são processados e “devolvidos” com uma resposta ao organismo. Massa branca x Massa cinzenta Quando se fala em córtex cerebral, é comum que este também receba a denominação de massa cinzenta. Em se falando de encéfalo, pode-se categorizar em: - Massa branca: porção mais central, que contém os axônios dos neurônios. Tem tal aparência por conta da bainha de mielina. - Massa cinzenta: como já dito, parte que abriga os corpos celulares, de coloração cinza, localizada nas porções mais externas do encéfalo. Organização microscópica Basicamente, pode-se subdividir o córtex em duas grandes camadas, que são: - Isocórtex: dentro dele, há uma nova divisão em 6 camadas, que são definidas ainda no desenvolvimento embrionário. - Alocórtex: não se consegue fazer uma clara distinção. E então, falando das camadas dos isocórtex, tem-se: - Camada molecular - Camada granular externa - Camada piramidal externa - Camada granular interna - Camada piramidal interna - Camada fusiforme Organização macroscópica As superfícies corticais, vistas macroscopicamente (isto é, a olho nu) apresentam giros, sulcos e circunvoluções. Os sulcos e giros são responsáveis pelas divisões anatômicas em hemisférios (direito e esquerdo) e lobos (frontal, temporal, parietal e occipital). Enquanto isso, as circunvoluções são um mecanismo adaptativo para que toda a massa cerebral caiba na calota craniana. Então, imagine-os como uma forma de “compactação” estrutural. Funções desempenhadas O córtex cerebral será dividido em regiões, que já foram detalhadas anteriormente, sendo cada uma delas responsável por função específica. Basicamente, resumem-se as funções em: - Pré-frontal: córtex tem importante papel no planejamento de ações, emoções e julgamentos. - Área pré-motora: envolvido no desempenho de movimentos complexos. - Córtex motor primário: iniciação dos movimentos. - Córtex sensorial: recebe todas as informações táteis do corpo (incluindo vibração, de temperatura e dor). - Córtex de associação sensorial: é quando todas as informações relativas às sensações são processadas. - Córtex visual: responsável pela visão e construção das imagens. - Centro de fala: produz a fala e articula o som. - Área de associação auditiva: onde os sons são processados e interpretados. - Área de Wernicke: responsável pela compreensão da linguagem. Curiosidades - A avaliação do córtex cerebral, quando requer mapeamento de estruturas, pode ser feita através de um exame de imagem, que é a ressonância magnética. - Existe um conceito de dominância cerebral, em que um hemisfério é mais bem desenvolvido para dadas funções. Por exemplo, na maioria das pessoas, o lado esquerdo é o responsável (por ser mais especializado) pela linguagem. Doenças Cerebrais As doenças cerebrais compreendem um grande problema de saúde da sociedade moderna, em consequência do crescente número de pessoas acometidas de forma direta ou indireta, e também, devido à inexistência de cura para estas patologias. Alguns pesquisadores consideram que a tendência dessas doenças é aumentar, em decorrência do aumento da expectativa de vida da população, resultando em uma maior prevalência de doenças do cérebro, desde neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson, Huntington e esclerose múltipla aos acidentes vasculares cerebrais (AVC), neoplasias, epilepsia, ou disfunções psiquiátricas diversas, bem como outras diretamente ligadas ao envelhecimento, de origem genética ou traumática. As principais doenças do cérebro estão listadas abaixo. Alzheimer Defini-se Alzheimer como uma doença neurodegenerativa, caracterizada por uma súbita perda das faculdades mentais. Esta é considera a primeira causa de demência senil. Inicialmente, a perda de memória gera um desconforto. No entanto, numa fase mais adiantada deixa de ser um problema, pois o doente perda a capacidade de auto-crítica. Parkinson Esta também é uma doença neurodegenerativa, crônica e progressiva, que normalmente afeta pessoas com idade avançada. É decorrente da perda de neurônios do sistema nervoso central (SNC) em uma área específica do cérebro, levando à redução de dopamina, com conseqüente alteração dos movimentos não voluntários. Huntington Esta doença, também conhecida como mal de Huntington ou coréia de Huntington, é uma enfermidade neurodegenerativa hereditária, rara, que acomete de 3 a 7 indivíduos a cada 100.000 habitantes. Clinicamente, caracteriza-se por movimentos, bruscos, rápidos e involuntários dos braços, pernas e face. Esclerose Múltipla Esta também é classificada como uma doença neurodegenerativa, que se caracteriza por placas disseminadas de dismielinização em todo o SNC, levando a um quadro neurológico variado, certas vezes com remissão, e outras com exacerbação das manifestações clínicas. Costuma aparecer entre os 25 a 30 anos de idade, sendo mais comum em mulheres. Dentre os sintomas, podem estar presentes: sensibilidade, fraqueza muscular, perda da capacidade de locomoção, distúrbios emocionais, incontinência urinária, queda de pressão, intensa sudorese, diplopia (quando há acometimento do nervo óptico), entre outros. Acidente Vascular Cerebral (AVC) Popularmente conhecido como derrame cerebral, é um problema neurológico decorrente de uma obstrução (isquemia) ou rompimento dos vasos sanguíneos cerebrais (hemorragia). Inicia-se abruptamente, sendo que o paciente pode apresentar dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual súbito de uma parte do campo visual. Também pode evoluir com coma e outros sinais. Epilepsia É definida como uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível. Na verdade, a epilepsia não se trata de uma doença, e sim de um sintoma que pode aparecer em diferentes formas clínicas, podendo levar a manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurodegenerativas. Tem como etiologia fatores que podem lesar os neurônios ou a forma de comunicação entre eles, como: traumatismos cranianos, resultantes de cicatrizes cerebrais; traumatismo de parto; algumas drogas e substâncias tóxicas; interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro decorrente de um AVC ou problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou tumores. Sistema Nervoso O sistema nervoso é responsável pela maioria das funções de controle em um organismo, coordenando e regulando as atividades corporais. O neurônio é a unidade funcional deste sistema. Neurônio O neurônio é a unidade funcional do sistema nervoso. Os neurônios comunicam-se através de sinapses; por eles propagam-se os impulsos nervosos. Anatomicamente o neurônio é formado por: dendrito, corpo celular e axônio. A transmissão ocorre apenas no sentido do dendrito ao axônio. Estrutura de um neurônio. Ilustração: Os neurônios são as células mais importantes do sistema nervoso, e exclusivas dos animais. Muito do que sabemos sobreos neurônios deve-se a um cientista espanhol, Ramón y Cajal, que recebeu o prêmio Nobel pelas pesquisas sobre o sistema nervoso. Características e funções Os neurônios são a unidade anatômica e funcional do tecido nervoso. São células especializadas na recepção e transmissão de sinais. Estão continuamente recebendo e transmitindo mensagens. São eles que levam informação de um ponto a outro do corpo. Os sinais que transmitem têm natureza eletroquímica e são denominados impulsos nervosos. Costumam formar redes complexas por todo o organismo. Graças aos neurônios somente os animais são capazes de integrar a recepção do estímulo à condução da resposta. Os animais mais complexos têm um centro de processamento e controle, que determina um sofisticado sistema nervoso. Um neurônio típico apresenta alto grau de diferenciação celular e, normalmente, é incapaz de sofrer divisão celular. Estrutura dos neurônios Nos neurônios há três partes claramente diferenciadas: os dendritos, o corpo celular e o axônio. Os dendritos são pequenos prolongamentos ramificados do corpo celular e recolhem informações. O corpo celular é a parte mais volumosa do neurônio. Nele encontram-se o núcleo e a maioria dos orgânulos celulares. Recebe a informação dos dendritos. Finalmente, o axônio é um prolongamento longo que parte do corpo celular e ramifica-se em sua extremidade (telodendritos). Transmite a informação ao neurônio seguinte (sinapse) ou a outra estrutura (músculo ou glândula). Em alguns neurônios, especialmente de invertebrados, pode haver só um prolongamento, que se divide posteriormente em duas partes. Células da glia – as células “acompanhantes” dos neurônios Nos vertebrados, há outras células do tecido nervoso, que se encontram entre os neurônios; são as células da glia. Elas se enrolam em espiral ao redor do axônio e secretam uma substância de natureza lipídica chamada mielina, que se deposita em torno do axônio, formando uma bainha envolvente, a bainha de mielina, a qual desempenha papel protetor e facilita a transmissão do impulso nervoso. São separadas por espaços, os nódulos de Ranvier. Na glia distinguem-se diversos tipos celulares: astrócitos, microglias, oligodendrócitos, células de Schwann e células ependimárias. Cada uma dessas linhagens celulares tem uma função no tecido nervoso. Os astrócitos são as células que fornecem nutrientes aos neurônios e os sustentam. As células da micróglia limpam o território ocupado pelo tecido nervoso, fagocitando resíduos. Os oligodendrócitos e as células de Schwann formam as coberturas isolantes dos axônios dos neurônios. As células ependimárias são as que recobrem as cavidades do sistema nervoso central. O que é transmitido de um neurônio a outro? Os neurônios são células capazes de gerar e transmitir impulsos de natureza eletroquímica por meio de mudanças em sua membrana; são, de alguma forma, similares a correntes elétricas, e sua velocidade chega a 100 m/s. Qualquer sensação, como a visão de uma paisagem, um odor ou a mensagem do cérebro a um músculo, é o efeito de milhões de neurônios que se comunicam, enviando essas mensagens eletroquímicas. Trata-se dos impulsos nervosos, que constituem a chave da transmissão de informação. Neurônios observados ao microscópio. Sinapse O ponto de contato entre o neurônio e outra célula, que pode ser outro neurônio, uma célula muscular, uma célula glandular etc, é a sinapse. Na extremidade do axônio, encontram-se vesículas cheias de substâncias químicas, são os chamados neurotransmissores. Quando um impulso chega à extremidade de um axônio, ele libera neurotransmissores, que são captados pelo neurônio seguinte, sendo nele desencadeado outro impulso nervoso. Essa conexão, porém, não implica que os neurônios estejam unidos diretamente; de fato, os dendritos e as ramificações finais do axônio, que estão conectadas entre si, são separados por um pequeno espaço: a fenda sináptica. Nos vertebrados, um neurônio pode estabelecer entre 100 mil e 150 mil sinapses. Tipos de neurônios e suas respostas Em sistemas complexos podem-se distinguir três tipos de neurônios: os sensitivos, os motores e os interneurônios. Os neurônios sensitivos levam a informação dos receptores ao sistema nervoso central; Os neurônios motores levam ordens do sistema nervoso central aos efetores; Os interneurônios, ou neurônios de associação, situados no sistema nervoso central, conectam os neurônios sensitivos com os motores. Todo esse mecanismo pode gerar respostas simples e involuntárias ou respostas complexas e voluntárias, As respostas simples As respostas simples são produzidas com poucos neurônios no circuito; é o caso do ato reflexo. Um ato reflexo é uma resposta automática, muito rápida e involuntária. Assim ocorre com o reflexo patelar estendemos a perna quando recebemos uma leve pancada no tendão da patela. As respostas complexas As respostas complexas ocorrem com a participação de mais neurônios no circuito e com a intervenção do encéfalo. São os chamados atos voluntários, ações conscientes realizadas sob o controle do córtex cerebral. Os impulsos nervosos que chegam ao córtex cerebral são analisados. Isso gera uma resposta dos neurônios do córtex cerebral que é transmitida por meio de seus axônios. Os impulsos seguem por nervos até os músculos adequados. Nesse caso, as sensações são processadas, isto é, são analisadas e comparadas com os registros da memória; as ações também são examinadas e planejadas antes de serem postas em andamento. Embora complexo, todo esse processo é extremamente rápido. O sistema nervoso é divido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. Sistema Nervoso Central Principais componentes do Sistema Nervoso Central: Medula espinhal A medula espinhal é o centro dos arcos reflexos. Encontra-se organizada em segmentos (região cervical, lombar, sacral, caudal, raiz dorsal e ventral). É uma estrutura subordinada ao cérebro, porem pode agir independente dele. Cérebro O cérebro está relacionado com a maioria das funções do organismo como a recepção de informações visuais nos vertebrados, movimentos do corpo que requerem coordenação de grande número de partes do corpo. O cérebro encontra-se protegido pelas meninges: pia-máter, dura-máter e aracnóide. O encéfalo dos mamíferos é dividido em: telencéfalo (cérebro), diencéfalo (tálamo e hipotálamo), mesencéfalo (teto), metencéfalo (ponte e cerebelo) e mielencéfalo (bulbo). Bulbo ou medula oblonga O bulbo tem a função relacionada com a respiração e é considerado um centro vital. Também está relacionado com os reflexos cardiovasculares e transmissão de informações sensoriais e motoras. Cerebelo O cerebelo é responsável pelo controle motor. A organização básica do cerebelo é praticamente a mesma em todos os vertebrados, diferindo apenas no número de células e grau de enrugamento. Pesquisas recentes sugerem que a principal função do cerebelo seja a coordenação sensorial e não só o controle motor. Ponte A função da ponte é transmitir as informações da medula e do bulbo até o córtex cerebral. Faz conexão com centros hierarquicamente superiores. O córtex sensorial coordena os estímulos vindos de várias partes do sistema nervoso. O córtex motor é responsável pelas ações voluntárias e o córtex de associação está relacionado com o armazenamento da memória. Principais divisões do Sistema Nervoso Periférico O SNP pode ser divido em voluntário e autônomo. Sistema Nervoso Voluntário Está relacionado com os movimentos voluntários. Os neurônios levam a informação do SNC aos músculos esqueléticos, inervando-os diretamente. Pode haver movimentos involuntários. Sistema Nervoso Autônomo Está relacionado com os movimentos involuntários dos músculos como não-estriado e estriado cardíaco, sistema endócrino e respiratório. É divido em simpático e parassimpático. Eles têm função antagônica sobre o outro. São controlados pelo SNC, principalmente pelo hipotálamo e atuam por meio da adrenalina e da acetilcolina. O mediador químico do SNAsimpático é a acetilcolina e a adrenalina, enquanto do parassimpático é apenas a acetilconlina. Arco reflexo Os atos reflexos são reações involuntárias que envolvem impulsos nervosos, percorrendo um caminho chamado arco reflexo. Um exemplo muito conhecido de arco reflexo é o reflexo patelar. O tendão do joelho é o órgão receptor do estímulo. Quando recebe o estímulo (ex. uma pancada) os dendritos dos neurônios ficam excitados. O impulso é transmitido aos neurônios associativos por meio de sinapses, que por sua vez transmitem o impulso aos neurônios motores. Os neurônios associativos levam a informação ao encéfalo e os neurônios motores excitam os músculos da coxa, fazendo com que a perna se movimente. Células de Schwann Bainha de Mielina As Células de Schwann formam a bainha de mielina no SNP. Células de Schwann As Células de Schwann são células da neuroglia do sistema nervoso periférico as quais formam as bainhas isolantes de mielina dos axônios periféricos. São células que envolvem alguns tipos de neurônios. Costumam enrolar-se em torno do axônio, formando a bainha de mielina. Alguns neurônios têm seus axônios envolvidos por um tipo celular denominado célula de Schwann. As células de Schwann determinam a formação da bainha de mielina – invólucro lipídico que atua como isolante térmico e facilita a transmissão do impulso nervoso. Entre uma célula de Schwann e outra existe uma região de descontinuidade da bainha de mielina, denominada nódulo de Ranvier. A parte celular da bainha de mielina, onde estão o citoplasma e o núcleo da célula de Schwann, constitui o neurilema. Certos tipos de neurônios são envolvidos por células especiais, as células de Schwann. Essas células se enrolam dezenas de vezesem torno do axônio e formam uma capa membranosa, chamada bainha de mielina. A bainha de mielina atua como um isolamento elétrico e aumenta a velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo doaxônio. Na doença degenerativa conhecida como esclerose múltipla, por exemplo, ocorre um deterioração gradual da bainha de mielina,resultando na perda progressiva da coordenação nervosa. O impulso nervoso é conduzido mais rapidamente por fibras nervosas mielínicas do que nas amielínicas, nas quais as células de Schwann não se enrolam no axônio. Células de Schwann Células de Schwann O que é As células de Schwann são um tipo de células encontradas em todo o sistema nervoso periférico (SNP). O SNP inclui todos os nervos que saem para os músculos, bem como os nervos sensoriais provenientes dos músculos de volta para a medula espinhal. As células de Schwann são um tipo de célula “apoio” no PNS. Alguns pontos importantes sobre as células de Schwann são: Isolar as células de Schwann (myelinate) fibras nervosas individuais (axónios), o que é necessário para o envio de sinais eléctricos apropriados ao longo do sistema nervoso. As células de Schwann não são células estaminais, que são células adultas e podem ser células de Schwann. As células de Schwann são absolutamente essenciais para a regeneração nas PNS feridos. Células de Schwann Fibras Mielínicas Nestas fibras as células envoltórias enrolam-se em espiral e suas membranas formam um complexo lipoproteico denominado mielina. A bainha de mielina é descontínua, pois se interrompe em intervalos regulares formando os nódulos de Ranvier. O intervalo entre dois nódulos é denominado internódulo. Ao microscópio óptico observam-se fendas em forma de cones, as incisuras de Schmidt-Lantermann. Seus vétices nem sempre apontam para uma mesma direção. Cada internódulo tem a forma de um cilindro de mielina recoberto por uma célula de Schwann, contendo o axônio na sua porção central. A primeira estapa de formação da bainha de mielina é o axônio penetrar no sulco existente no citoplasma da célula de Schwann. As bordas do sulco fundem-se para formar um mesaxônio, havendo também fusão das camadas externas das membranas plasmáticas. O mesaxônio enrola-se varias vezes em torno do axônio, o número de voltas é que determina a espessura da bainha de mielina. O núcleo das células de Schwann é alongado e paralelo ao grande eixo do axônio. Cada internódulo é formado por uma única célula de Schwann, enquanto os nódulos de Ranvier são locais sem mielina, cobertos por prolongamentos interdigitantes das células de Schwann adjacentes. No sistema nervoso central não existem células de Schwann, sendo a mielina produzida pelos oligodendrócitos. Fibras Amielínicas As fibras amielínicas periféricas são também envolvidas pelas células de Schwann, mas neste caso não ocorre o enrolamento em espiral. Uma única célula de Schwann envolve várias fibras nervosas, cada fibra tendo o seu próprio mesaxônio. Mas as fibras nervosas muito finas podem formas pequenos grupos, sendo cada grupo envolvido como se fosse uma fibra única, tendo, portanto um só mesaxônio. Nas fibras amielínicas não existem nédulos de Ranvier, pois nelas as células de Schwann se unem lateralmente formando uma bainha contínua. A substância cinzenta do SNC é rica em fibras nervosas amielínicas. Essas fibras são envolvidas por expansões terminais de prolongamentos dos olingodendrócitos, uma vez que não existem células de Schwann no sistema nervoso central. Função Células de Schwann: tem a mesma função que os oligodendrócitos, porém ficam em volta dos axônios do SNP. Fonte: Colégio São Francisco Células de Schwann O que é Encontrado no sistema nervoso são as células gliais que proporcionam muitas funções de apoio, incluindo a formação de mielina bainhas em torno do axônio de um neurônio. As células de Schwann descobertas por Theodore Schwann, são células gliais encontradas no sistema nervoso periférico que envolvem o axônio de um neurônio várias vezes até que a bainha de mielina é formada. As bainhas de mielina são formados em segmentos, deixando lacunas no meio, e dar substância branca abaixo do córtex cerebral de sua aparência branca. As bainhas funcionar para isolar um axônio, enviar mensagens de todo o cérebro rapidamente, e evitar a interferência de outras mensagens que estão sendo enviadas. Danos em bainhas de mielina do sistema nervoso central provoca inúmeros prejuízos e isso é evidente na esclerose múltipla doença neurológica. Para que uma bainha de mielina a ser formada em torno de um axónio no sistema nervoso periférico, numerosas células de Schwann alinhadas ao longo do comprimento do axónio e coloque-a entre um par de membranas de plasma denominado mesaxon. Estas membranas que envolvem envolver em torno do axônio várias vezes, criando uma camada grossa que isola o axônio. Uma célula de Schwann envolve em torno de um segmento do axónio, cobrindo geralmente entre 0,15 e 1,5 mm de comprimento e criar pequenos intervalos entre cada segmento chamado nó de Ranvier. Se um axónio é espessa, uma maior área do axónio será mielinizadas por uma célula de Schwann. O número de células de Schwann necessários para formar uma bainha de mielina e varia, porque os nervos podem ser calmo longa no sistema nervoso periférico, a algumas centenas de células de Schwann pode ser necessária. A importância das bainhas de mielina foi descoberto como um resultado da esclerose múltipla doença neurológica. Os pacientes que sofrem de esclerose múltipla mostrar áreas de tecido danificado no cérebro. Isto ocorre quando o sistema imunitário ataca uma proteína particular nas bainhas de mielina que envolvem axónios no sistema nervoso central. As bainhas de mielina do sistema nervoso central são formados por células gliais diferentes chamados oligondendrocytes, e, quando se verifiquem danos a estas bainhas, os pacientes sofrem de várias deficiências motoras e sensoriais. Fisiologista alemão Theodore Schwann foi o primeiro a descobrir as células de Schwann e propor uma teoria celular. Teoria celular de Schwann afirma que as células são as menores unidades estruturais e funcionais em um organismo vivo, e que as células só podem se originar a partir de células que já existem. Ele também afirmaque todas as formas de vida, tanto vegetal e animal, são compostas de células. Retina A retina é o revestimento mais interno do olho, composta por milhares de células sensíveis à luz, possui uma parte interna de tecido nervoso e uma externa pigmentada. Detém um papel fundamental na formação de imagens, que serão projetas e depois enviadas para o cérebro, através de impulsos elétricos. A retina é constituída por três tipos de camadas: os neurônios bipolares, os neurônios ganglionares e as células fotossensíveis. Anatomia da retina. Ilustração: Os neurônios bipolares promovem a união das células fotossensíveis com os neurônios ganglionares, que agrupa-se com as fibras nervosas e, assim, origina o nervo óptico. Este, transporta os impulsos nervosos até ao cérebro. As células fotossensíveis, devido a sua forma, são denominadas em dois tipos: os cones e os bastonetes. Existem cerca de 6 milhões de cones que estão concentrados em uma pequena depressão localizada mácula lútea (centro da retina) denominada de fóvea. Apresentam uma forma alongada e cilíndrica, com segmentos externos de forma cônica. É nessa região que a imagem é formada com maior nitidez, pois são estimulados pela luz mais intensa. Os cones são especializados na acuidade da visão diurna e em reconhecer a cor. Existem três tipos de cones que apresentam fotopigmentos fundamentais que respondem à luz de comprimentos de ondas (λ): o cianopigmento – cones S (λ curto) – sensível a cor azul, o cloropigmento – cones M (λ médio) – sensível a cor verde e o eritopigmento – cones L (λ longo) – sensível a cor vermelha. O cérebro interpreta os sinais recebidos por esses cones, o que permite processar a diferenciação das cores. Localização da fóvea e da mácula na retina. Os bastonetes estão concentrados em maior parte na periferia da retina (estão ausentes na fóvea central e mácula), com cerca de 120 milhões de células, apresentam uma forma semelhante à do cone (um pouco mais alongadas e com segmentos externos cilíndricos) e são importantes para a visão noturna. Em ambientes pouco iluminados, conseguem captar imagens e fazem discriminação entre diferenciação das tonalidades de claro e escuro. E também dos movimentos e formas das imagens. Apresentam uma substância química fotossensível, um pigmento vermelho denominado de rodopsina. A energia luminosa fragmenta a rodopsina em substâncias que a formaram inicialmente, o retineno e a escotopsia. Após um determinado tempo são recombinadas, por processos metabólicos da célula, e formam uma nova rodopsina. Sua recuperação completa pode levar de 15 a 20 minutos, motivo pelo qual é necessário aguardar alguns minutos para conseguir obter uma visão na obscuridade de um ambiente, após ter permanecido muito tempo em um local com claridade. A retina também apresenta uma grande quantidade de melanina, um pigmento escuro cuja função é impedir a reflexão da luz no globo ocular, através da absorção dos raios luminosos que atravessam. As pessoas albinas, por serem incapazes de produzir melanina, denotam uma acuidade visual cerca de três vezes menor do que os indivíduos que não apresentam essa condição genética, devido ao fato das imagens ficarem ofuscadas pela claridade excessiva da luz, uma vez que os raios luminosos depois que atravessam a retina, são refletidos em todas as direções.