Prévia do material em texto
103 103 ENZIMAS 1. DEFINIÇÃO São catalisadores orgânicos que atuam em sistemas biológicos em condições suaves de temperatura e pH e determinam o perfil de transformações químicas que ocorrem em soluções aquosas. O extraordinário poder catalítico e a alta especificidade das enzimas são suas características mais marcantes, correspondendo a proteínas altamente especializadas. Quase todas as enzimas conhecidas são proteínas, sendo algumas moléculas de RNA cataliticamente ativas, denominadas ribozimas. Quimicamente são proteínas com estrutura especial, contendo um centro ativo denominado APOENZIMA e algumas vezes apresentando grupo prostético, denominado COENZIMA; a este conjunto dá-se a denominação de HALOENZIMA. Em alguns casos as enzimas podem estar ligadas a moléculas orgânicas de baixo peso molecular ou íons metálicos cuja função é ativá-las, sendo denominados COFATORES. As enzimas são substâncias sólidas, difíceis de serem cristalizadas. São geralmente solúveis em água e álcool diluído, e quando em solução são precipitadas por sulfato de amônio, álcool e ácido tricloroacético. São inativadas pelo calor. 2. FUNÇÃO As enzimas atuam como catalisadores biológicos, aumentando a velocidade das reações por meio da diminuição de suas energias de ativação, mantendo, entretanto, invariável o seu equilíbrio químico. A ligação da enzima com o substrato se dá em uma região pequena e definida da molécula denominada sítio ativo. A integridade da molécula enzimática protéica é necessária para a manutenção deste sítio ativo, ou seja, para a ação catalítica (Figura 26). Figura 26 – Enzima Quadro 18- Enzimas cuja [ ] plasmática é alterada por determinadas condições patológicas. MOLÉSTIAS ENZIMAS Hepatite Transaminases Enfarto do miocárdio Creatinoquinase, lactato desidrogenase Pancreatite Amilase, lípase Embolia pulmonar Transaminases Processos obstrutivos biliares Fosfatase alcalina, transaminases 104 104 3. CLASSIFICAÇÃO Em função da ambigüidade detectada nas nomenclaturas e do número crescente de enzimas estudadas, uma classificação para as enzimas foi proposta pela Comissão Internacional de Enzimas, organizando-as em seis classes de acordo com as reações que catalisam, seguindo-se subclassificações conforme outros critérios. Todas receberam um nome sistemático e uma identificação de quatro dígitos precedidas pela sigla E.C. Em 1995 uma comissão de nomenclatura e classificação de enzimas nomeada pela União Internacional de Bioquímica, estabeleceu normas. Isto consiste em conferir para cada enzima um código de 4 algarismos separados por pontos. O primeiro número corresponde à classe a que a enzima pertence e vai de 1 a 6. O segundo algarismo determina a subclasse, o terceiro define com exatidão o tipo de atividade enzimática e o quarto é o número da enzima dentro da sua subclasse. As enzimas podem também ser designadas por nomes que obedecem a uma sistemática, constituída por dois nomes, um indicando o substrato e o outro a natureza da reação. Como estas nomenclaturas são muito complexas, na maioria das vezes, as enzimas são designadas por nomes triviais. Por exemplo a enzima 3.2.1.2. é a α-1,4- glucan-malto-hidrolase é conhecida comumente por β-amilase. _____________: Relacionadas com reações de óxido-redução em sistemas biológicos, portanto com os processos de respiração e fermentação. São as hidrogenases, as oxidases, as peroxidases que usam o peróxido de hidrogênio como agente oxidante, as hidroxilases que introduzem hidroxilas em moléculas insaturadas e as oxigenases que oxidam o substrato a partir de O2. _____________: Catalisam a transferências de grupos de um composto a outro. A metilação em sistemas biológicos é feita por esta classe de enzimas. Transaldolase e transcetolase transferem gliceraldeído e 1,3-dihidroxicetona, acetiltransferase transfere acetilas e alquiltransferase, transferem alquilas. As glicosiltransferases transferem resíduos de açúcares, e há outras que transferem nitratos e fosfatos. _____________: Nesta classe incluem-se enzimas de baixa especificidade como as esterases e tioesterases, que hidrolisam um número grande de ésteres e tioesteres. Como também algumas de alta especificidade como as glicosilfosfatases e peptidases (proteolíticas), são também hidrolases as fosfatases e as pirofosfatases. _____________: As enzimas desta classe modificam o substrato, cindindo compostos ou removendo grupos da molécula do mesmo. Como exemplo temos as descarboxilases: as cetoácidoliases, que sintetizam ácidos di e tri-carboxílicos e as hidroliases que desidratam hidroxiaminoácidos, com posterior rearranjo da molécula. ______________: Enzimas que catalisam reações de isomerização. Racemização e epimerização são causadas por racemase e epimerase, e as cis-trans-isomerases mudam a configuração das duplas ligações. Aqui se incluem as oxiredutases intramoleculares que interconvertem aldoses e cetoses, oxidando uma hidroxila desses compostos e reduzindo a carbonila adjacente, as transferases intramoleculares também denominadas mutases que apenas mudam a posição de determinados grupos da molécula do substrato. ______________: Enzimas que causam a degradação da molécula de ATP, usando a energia liberada nesta reação para sintetizar novos compostos unindo duas moléculas. 105 105 Quadro 19 – As seis classes de enzimas e as reações que catalisam Fonte: Marzzoco e Torres (2007). 106 106 4. ESPECIFICIDADE ENZIMÁTICA Embora toda a enzima seja necessária para o papel catalítico, a ligação com o substrato dá-se apenas em uma pequena porção da enzima, chamado de CENTRO ATIVO, que é formado por alguns dos resíduos de aminoácidos presentes na cadeia e que se aproximam pelos dobramentos que constituem a estrutura terciária da proteína. Portanto, o centro ativo constitui uma cavidade aberta sobre a superfície da molécula globular e permite à enzima reconhecer seu substrato (comparado a um conjunto chave – fechadura – key and lock – Fisher 1894). De fato uma molécula para ser substrato de uma determinada enzima deve ter forma espacial adequada para alojar-se no centro ativo da enzima, como também grupos químicos capazes de estabelecer ligações precisas com os radicais do mesmo. Como cada enzima possui uma organização estrutural específica, o seu centro ativo permite a ligação apenas do seu substrato, trazendo grande especificidade para a catálise enzimática. BAIXA ESPECIFICIDADE: quando essa propriedade existe apenas em relação a tipos de ligação. Ex.: lipase – que hidrolisa ligações álcool-ácido de quase todos os ésteres orgânicos. ESPECIFICIDADE ABSOLUTA: quando a enzima atua somente sobre um determinado composto. Ex.: urease – hidrolisa a uréia, porém nenhum de seus derivados ou a tripsina que hidrolisa ligações peptídicas formadas por grupos carboxílicos dos aminoácidos negativos. ESPECIFICIDADE DE GRUPO: enzima é capaz de atuar sobre substratos com uma ligação química específica, como a leucina-aminopeptidase que catalisa hidrólise de diferentes ligações peptídicas ou a quimotripsina que hidrolisa ligações formadas por grupos carboxílicos de metionina, aspargina, glutamina e leucina. ESTÉREO ESPECIFICIDADE: é uma especificidade ótica, assim a maioria das enzimas hidrolisam apenas ligações peptídicas de L-aminoácidos, já que as proteínas são formadas por L-aminoácidos. ESPECIFICIDADE ORGÂNICA: está relacionada à origem orgânica da enzima. Assim enzimas com o mesmo tipo de atividade, dependendo da origem, pode diferir entre si. Esta diferença é causada pela estrutura das proteínas que formam a enzima. Por exemplo a α-amilase do pâncreas do porcoé idêntica à encontrada na saliva, mas diferente da α-amilase hepática. ESPECIFICIDADE CIS-TRANS: enzimas que atuam somente sobre um isômero cis-trans. A fumarase adiciona facilmente água apenas no ácido com configuração trans (ácido fumárico) 5. MEDIDA DE ATIVIDADE ENZIMÁTICA Habitualmente é expressa em Unidades Internacionais. Uma UI corresponde a quantidade de enzima capaz de formar 1µMol de produto por minuto em condições ótimas (pH, temp. etc.) ATIVIDADE ESPECÍFICA: seria o número de unidades de enzima por miligrama de proteína. 107 107 6. CINÉTICA DAS REAÇÕES ENZIMÁTICAS Concentração de Substrato: Nas células a [S] do substrato chega a ser até 106 vezes maior que a [E]. Apesar desta diferença, porém, nem todas as moléculas de enzimas combinam-se com o substrato, estabelece-se isto sim um equilíbrio entre as [S], [E], [ES], com [ ] definidas e constantes. Concentração de Enzima: Ainda considerando que a [S] é muito maior que a [E], a velocidade de uma reação enzimática será sempre proporcional a sua concentração. Desvios da linearidade podem ocorrer devido a: presença de inibidores na própria solução de enzima, presença de substâncias tóxicas, presença de ativadores, ente outros. Efeito do pH: A ação catalítica de uma enzima é alcançada dentro de limites muito estreitos de pH. Cada reação tem o seu pH ótimo, que para a maioria das enzimas se encontra entre 4.5 e 8.0. Algumas enzimas que catalisam reações com diferentes substratos podem apresentar mais de um pH ótimo. Porém, grandes variações de pH normalmente determinam a desnaturação da enzima. Efeito da Temperatura: Semelhante às reações químicas, as reações enzimáticas tem a velocidade aumentada com o aumento da temperatura, porém acima de determinadas temperaturas, esta velocidade diminui, devido ao fato de ocorrer desnaturação da enzima. Em geral as enzimas reagem muito lentamente em temperaturas de subcongelamento, sendo que sua atividade é máxima até perto de 45ºC. A partir desta temperatura inicia a sua inativação. Efeito da Água:Seria de se esperar que em presença de teor de água as enzimas fossem inativas. No entanto, várias alterações são observadas no aroma de determinados alimentos desidratados, a menos que antes do processamento desses alimentos, as enzimas sejam inativadas. Efeito da Pressão: É pouco significativa para a velocidade das reações enzimáticas. Na desnaturação protéica, ocorre uma expansão de volume resultante do desdobramento da cadeia, a aplicação de pressão em princípio, deve reduzir a desnaturação pelo calor. Porém, devemos lembrar que altas pressões também podem provocar a desnaturação da proteína por alteração da estrutura. Quadro 20– Comparação das enzimas (catalisadores biológicos) com os catalisadores químicos. Característica Enzimas Catalisadores Químicos 108 108 7. MECANISMOS DE AÇÃO E INIBIÇÃO Diferentes mecanismos de ação enzimática foram descritos, e o modelo proposto por Michaelis-Menten explica as propriedades cinéticas de um grande grupo de enzimas. Estes modelos avaliam as taxas de reação e suas alterações em função de parâmetros experimentais, como concentrações de substrato e enzimas. A catálise enzimática ocorre em duas etapas. Na primeira, a enzima liga-se reversivelmente ao substrato formando um complexo enzima-substrato e na segunda fase é liberado o produto e a enzima volta a forma livre. Como as propriedades das enzimas baseiam-se nas medidas de velocidade da reação catalisada, esta velocidade pode ser definida pela quantidade de produto formado em um dado tempo. Algumas enzimas regulatórias, denominadas alostéricas, regulam a velocidade de vias metabólicas pela ligação não covalente e reversível de um modulador a um sítio regulador ou alostérico, ou por modificações covalentes de um grupo funcional específico necessário para a atividade. Inibidores enzimáticos As enzimas podem ser inibidas por moléculas específicas ou íons. Há inibidores enzimáticos reversíveis ou irreversíveis. Os inibidores reversíveis são classificados em competitivos e não-competitivos. Os competitivos competem com o substrato pelo sítio ativo da enzima. Já os inibidores não competitivos ligam-se a radicais aminoacídicos que não pertencem ao sítio ativo e esta ligação altera a estrutura enzimática. inibidor reversível: Compostos com capacidade de se combinar de forma reversível com determinadas enzimas inibindo sua atividade. inibidor irreversível: Neste caso, ocorre uma combinação entre o composto e a enzima irreversível, formado por ligações covalente, não podendo haver separação por processos como diálise ou diluição. 109 109 inibidor competitivo: Compostos que competem com o substrato pelo centro ativo da enzima, normalmente apresentam estruturas semelhantes as do substrato. Isto pode ser evitado aumentando-se a [S]. inibidor não competitivo: Combinam-se com o complexo ativado, impedindo que este complexo de origem ao produto final e liberação da enzima. Figura 27- Inibidores enzimáticos Enzimas imobilizadas Este procedimento é utilizado na preparação de alimentos quando não se deseja que continue havendo ação enzimática. Neste processo a enzima é ligada a uma matriz insolúvel em água, normalmente um polímero inativo. As ligações enzima-matriz pode se dar por ligações covalentes ou não. Enzimas imobilizadas são mais resistentes a temperaturas elevadas. Exemplo: preparação de xaropes ricos em glucose e maltose, que podem ser preparados passando-se uma solução de amido através de uma coluna contendo β- amilase e glucoamilase. 8. ENZIMAS EM ALIMENTOS Para que os alimentos processados se conservem por mais tempo é necessário, além da destruição de microrganismos, que as enzimas sejam inativadas ou bloqueadas. São poucos os métodos que podem ser utilizados para esta inibição devido a problemas de toxidez ou desenvolvimento de aromas indesejáveis, além de problemas econômicos. Os principais métodos utilizados nestes casos são calor, mudanças de pH até valores extremos, adição de sulfito ou dióxido de enxofre. O congelamento também é bastante empregado. A ação enzimática pode ser desejável como altamente indesejável, no processamento e armazenamento de alimentos. Aromas de vegetais e frutas são devido a ação enzimática sobre substratos específicos, denominados precursores de aroma. Tioglucosidases: agindo sobre compostos tioglucosídicos existentes no repolho e outros vegetais pertencentes a este grupo produzem compostos voláteis que dão-lhes o aroma característico. 110 110 Alinases: agindo sobre sufóxidos pertencentes à cebola, conferem a ela o cheiro próprio. Papaína e bromelina: são enzimas proteolíticas (hidrolisam ligações peptídicas) que são utilizadas para amaciamento de carnes. Polifenoxidase: enzimas que dão origem a produtos normalmente indesejáveis. Frutas e vegetais que contém grupos polifenólicos, quando cortados e expostos ao ar sofrem ação desta enzima que provocam a oxidação dos grupos fenóis à ortoquinonas que facilmente sofrem polimerização formando melaninas que são responsáveis pelo escurecimento. Quadro 21- Aplicações de enzimas alimentares comerciais importantes ENZIMA ORIGEM APLICAÇÃO -amilase Bacillus licheniformis Liquefação do amido, produção de álcool. -amilase Aspergillus spp. Vegetal (malte) Produção de maltose, produção de álcool. Glucoamilase Aspergillus spp. Sacarificação do amido, elaboração de cerveja, produtos de panificação. Glucosa isomerase Bacillus coagulansEdulcorante de xarope de milho com alto conteúdo em frutose. Invertase Saccharomyces cerevisiae Açúcar invertido, açúcar de confeitaria. Renina Estômago de ternero Elaboração de queijos. Renina microbiana Mucor miehei Elaboração de queijos. Lipase/ esterase Fúngico, bacteriano, animal Maturação de queijos, modificação da gordura do leite; maturação de embutidos. Protease/ peptidase Aspergillus niger Maturação de queijos. Lactase Kluveromyces Hidrólise da lactose. Pectinase Aspergillus spp. Extração/ clarificação de sucos de frutas. Celulase Trichoderma, Aspergillus spp. Processamento de frutas e verduras. Fonte: Adaptado de Lee (1996). Atividade: Aplicações industriais de enzimas! 111 111 A ONDULAÇÃO DO CABELO (PERM ANENTE) É ENGENHARIA BIOQUÍM ICA A s -queratinas expostas ao calor úm ido podem ser esticadas e assum irem a conform ação , porém quando são esfriadas revertem à conform ação -hélice espontaneam ente. Isto é devido ao fato de grupos R das -queratinas serem m aiores, em m édia, que os das -queratinas e assim são incom patíveis com a conform ação estável. E stas características das -queratinas, bem com o o seu alto conteúdo de interligações dissulfeto, são a base do processo de ondulação artificial perm anente dos cabelos. O cabelo a ser ondulado é prim eiro enrolado ao redor de um objeto de form a adequada. U m a solução de agente redutor, em geral um com posto contendo um grupo tiol ou sulfidrila (S H ), é então aplicado e o cabelo aquecido. O agente redutor rom pe as ligações dissulfeto, reduzindo cada cistina em dois resíduos de cisteína, um a em cada cadeia adjacente. O calor úm ido rom pe as pontes de hidrogênio e provoca o desenrolam ento e estiram ento das estruturas polipeptídicas em - hélice. D epois de algum tem po, a solução redutora é rem ovida e um agente oxidante é adicionado para estabelecer novas interligações dissulfeto entre pares de resíduos de cisteína de cadeias polipeptídicas adjacentes, m as não os m esm os pares que existiam antes destes tratam entos. Lavando e resfriando o cabelo, as cadeias polipeptídicas revestem a sua conform ação em -hélice. A s fibras do cabelo, agora, ondulam da m aneira desejada porque novas ligações dissulfeto foram form adas onde elas exercem forças de torção nos feixes de fibras do cabelo em -hélice. FO N TE : Lehninger, N elson & C ox, 1995. 112 112 ENZIM AS X DOENÇAS D esordens genéticas herdadas, podem ocorrer, nos tecidos, a deficiência ou m esm o ausência total, de um a ou m ais enzim as. C ondições anorm ais tam bém podem ser causadas pelo excesso de atividade de um a enzim a específica. M edidas da atividade de certas enzim as no plasm a sanguíneo, eritrócitos ou am ostras de tecidos são im portantes no diagnóstico de várias doenças. Quadro 22 – Doenças genéticas causadas pela perda ou defeito de um a única enzim a ou proteína. DOENÇA EFEITOS FISIOPATOLÓGICOS ENZIM A OU PROTEÍNA AFETADA Fibrose C ística S ecreções anorm ais nos pulm ões, glândulas sudoríparas; doença pulm onar crônica levando, em geral, à m orte na infância ou juventude. C anal de cloreto S índrom e de Lesch-N yhan D efeitos neurológicos, autom utilações, retardo m ental H ipoxiantina-guanina fosforribosil transferase Im unodeficiência congênita P erda severa da resposta im unológica Fosforilase dos nucleosídeos de purina. Im unodeficiência congênita P erda severa da resposta im unológica (as crianças precisam viver em am bientes estéreis) A denosina desam inase D oença de G aucher E rosão dos olhos, juntas da bacia; algum as vezes ocorre danos cerebrais G licocerebrosídeos G ota prim ária P rodução exagerda de ácido úrico resultando em ataques recorrentes de artrite aguda Fosforribosil pirofosfato sintetase R aquitism o dependente de vitam ina D P equena estatura, convulsões 25-hidroxicalciferol-1-hidroxilase H ipercolesterolem ia fam iliar A rterosclerose resultante dos elevados índices do colesterol sanguíneo; algum as vezes ocorre m orte precoce por falência cardíaca. R eceptor da lipoproteína de baixa densidade D oença de Tay-S achs Fraqueza da m usculatura m otora, deterioração m ental e m orte ao redor dos 3 anos de idade. H exosam inidase-A A nem ia falciform e D or, inchaço dos pés e m ãos; pode provocar dor súbita e severa nos ossos e nas juntas e levar a m orte. H em oglobina FO N TE : Lehninger, N elson & C ox, 1995. 113 113 M APA M ENTAL - ENZIM AS 114 114 ATIVIDADES: ENZIMAS 1) Defina o que são enzimas. Diferencie-as em cinco pontos dos catalisadores não biológicos. 2) Como as enzimas podem ser classificadas? Cite as 6 classes. 3) Como é verificada a atividade enzimática? 4) Explique resumidamente os seis fatores que influenciam na velocidade das reações que envolvem enzimas. 5) Dos fatores que afetam as atividades das reações, explique o que é temperatura ótima e pH ótimo. Ilustre através de um gráfico e explique. 115 115 6) Diferencie coenzimas de grupo prostético. Exemplifique. 7) Defina enzimas imobilizadas. 8) O que são inibidores enzimáticos? Como podem ser classificados? Diferencie a inibição irreversível da reversível. Exemplifique com suas palavras. 9) a) Quais são as três fontes de obtenção enzimática? Qual dessas é a mais empregada? Justifique. b) Cite três exemplos de cada origem. 10) Cite quais são os motivos da utilização de enzimas nas indústrias de alimentos e aponte exemplos de sua aplicação nesse segmento. (Slides pg. 116 e 125) 126 126 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Trabalhando temas fundamentais: código genético e síntese de proteínas. Temas de Biologia. Propostas para desenvolver em sala de aula, nº. 7, Ed. Moderna, 1998. Acesso em 17/12/2008. Disponível em http://www.moderna.com.br/moderna/didaticos/ em/biologia/temasbio/atividades/TB07.pdf. BURANI, J.; RAO, L. Bons e maus carboidratos. 2 ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2004.138p. CUPPARI, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. 2.ed. Barueri, SP: Manole, 2005. FERREIRA, C.P.; JARROUGE, M.G.; TUNDISI, M.; MARTIN, N.F. Bioquímica básica. 6 ed. São Paulo: MNP, 2005, 463p. KOOLMAN, Jan; RÖHM, Klaus-Heinrich. Bioquímica: texto e atlas. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 478 p. LEHNINGER, A.L.; NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de bioquímica. 2. ed. São Paulo: Sarvier, 1995. 839p. ISBN 85-7378-026-6 MAHAN K, Escott S (Org.). Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 10 ed. São Paulo: Roca, 2002. MARTIN, C. A.; MATSHUSHITA, M.; SOUZA, N. E. Ácidos graxos trans: implicações nutricionais e fontes na dieta. Revista de Nutrição, v. 17, n. 3, p. 361-368, jul./set., 2004. MASTROENI, M.F.; GERN, R.M.M. Bioquímica: práticas adaptadas. São Paulo: Atheneu, 2008, 134p. MARZZOCO, A; TORRES, B.B. Bioquímica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 2007. xii, 386 p. OLIVEIRA. A. F. Fundamentos de Nutrição para Tecnólogos em Alimentos. Apostila. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Londrina, 2009. 135p. Acesso em 17/08/09. Disponível em http://pessoal.utfpr.edu.br/anaflavia/apostila_nutricao.pdf RIEGEL, R.E. Bioquímica. 3 ed.São Leopoldo: Unisinos, 2002. 547 p. ROMAN, J.A. Isolado protéico de soro de leite e gelatina bovina: caracterização físico- química, nutricional e tecnológica para o desenvolvimento de um produto geleificado. Tese de doutorado. Departamento de Alimentos e Nutrição. Universidade Estadual de Campinas, SP, 2007. ROMAN, J.A.; SGARBIERI, V.C. Caracterização Físico-química do Isolado Protéico de Soro de Leite e Gelatina de Origem Bovina. Brazilian Journal of Food Technology., v. 10, n. 2, p. 137-143, abr./jun. 2007. 127 127 SGARBIERI, V. C. Propriedades Funcionais de proteínas em Alimentos. Boletim da Sociedade Brasileira de Ciência de Tecnologia de alimentos. Campinas, v.32, p.105- 126, 1998. SGARBIERI, V.C. Proteínas em alimentos protéicos: propriedades, degradações, modificações, São Paulo: Varela, 517 p., 1996. WAITZBERG, D.L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2006.