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GASOMETRIA 
A avaliação do estado ácido-básico do sangue é feita na grande maioria dos doentes que são 
atendidos em UTI, qualquer que seja a doença de base; essa avaliação é fundamental, pois, 
além dos desvios do equilíbrio ácido-base (EAB) propriamente dito, pode fornecer dados sobre 
a função respiratória e sobre as condições de perfusão tecidual. 
O diagnóstico das alterações do EAB é feito pela análise dos valores obtidos pela gasometria 
sangüínea. 
Definição: A gasometria consiste na leitura do pH e das pressões parciais de O2 e CO2 em 
uma amostra de sangue. A leitura é obtida pela comparação desses parâmetros na amostra 
com os padrões internos do gasômetro. 
Escolha da amostra: Essa amostra pode ser de sangue arterial ou venoso, porém é 
importante saber qual a natureza da amostra para uma interpretação correta dos resultados. 
1. Para avaliação da performance pulmonar, deve ser sempre obtido sangue arterial, pois esta 
amostra informará a respeito da hematose e permitirá o cálculo do conteúdo de oxigênio que 
está sendo oferecido aos tecidos. 
2. No entanto, se o objetivo for avaliar apenas a parte metabólica, isso pode ser feito através de 
uma gasometria venosa. 
Como é realizado o exame: O exame é realizado por meio da coleta de uma amostra de 
sangue de uma artéria ou veia. Utilizando uma agulha pequena, a amostra pode ser coletada 
da artéria radial no punho, da artéria femoral na virilha ou da artéria braquial no braço. 
 
Artéria Radial 
Como se preparar para o exame: Não é necessária nenhuma preparação especial. Se a 
pessoa que vai se submeter ao exame estiver recebendo oxigênio, a concentração deste deve 
permanecer constante durante 20 minutos antes da realização do procedimento. Se o exame 
for realizado sem a administração de oxigênio, este deve ser desligado 20 minutos antes da 
coleta da amostra a fim de que se possa garantir resultados precisos para o exame. 
É realizado a “Prova de Allen”. 
1. Objetivo: Verificar a permeabilidade do arco palmar e seu enchimento pela artéria ulnar. 
2. Método: Compressão das artérias radial e ulnar junto ao punho, orientando-se o paciente para 
abrir e fechar a mão cinco vezes, em média, observando-se a mudança de sua coloração, para 
palidez. 
 
Material: seringa heparinizada 3 a 5 ml; agulha hipodérmica de pequeno calibre (22 a 25g); 
anti-séptico local. 
Técnica: 
1. Palpação e localização do pulso radial junto ao punho e próximo ao processo estilóide do radio; 
2. Antisepsia do local; 
3. Introduzir o bisel voltado para cima, num ângulo de 60 a 90° em relação à artéria radial, 
aprofundando a agulha até que haja fluxo fácil de sangue na seringa; 
4. Compressão do local por 5 a 10minutos. 
 
O que se sente durante o exame: Uma agulha será introduzida na artéria através da pele. 
Pode haver uma ligeira cãibra ou latejamento no local da punção. 
Parâmetros e valores normais 
* Gasometria Arterial: retirado do sangue arterial (portanto rico em O2); exame indicado aos 
portadores de doenças pulmonares e cardiológicas, auxilia no diagnóstico de acidoses e 
alcaloses metabólicas e sistêmicas, tendo indicação aos pacientes com problemas crônicos e 
agudos respiratórios, pacientes com problemas crônicos e agudos cardiológicos e também aos 
pacientes nefropatas (doentes renais). 
Parâmetros Valor de referência 
pH 7,35 a 7,45 
PaCO2 35 a 45 mmHg 
PaO2 80 a 100 mmHg 
HCO3 21 a 28 mEq/L 
BE -2 a + 2 mEq/L 
SaO2 (saturação de oxigênio) 95 a 100% 
1. pH : Alteração sugere desequilíbrio no sistema respiratório ou metabólico.Um pH normal não 
indica necessariamente a ausência de um distúrbio ácido-básico, dependendo do grau de 
compensação. O desequilíbrio ácido-básico é atribuído a distúrbios ou do sistema respiratório 
(PaCO2) ou metabólico. 
2. PaO2: Pressão parcial de oxigênio no sangue; exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre 
os alvéolos e os capilares pulmonares. 
3. PaCO2: A pressão parcial de CO2 do sangue arterial exprime a eficácia da ventilação alveolar. 
Se a PaCO2 estiver menor que 35 mmHg, o paciente está hiperventilando, e se o pH estiver 
maior que 7,45, ele está emAlcalose Respiratória. Se a PCO2 estiver maior que 45 mmHg, o 
paciente está hipoventilando, e se o pH estiver menor que 7,35, ele está em Acidose 
Respiratória. 
1. HCO3: Quantidade de bicarbonato encontrado no sangue arterial. As alterações na 
concentração de bicarbonato no plasma podem desencadear desequilíbrios ácido-básicos por 
distúrbios metabólicos. Se o HCO3 estiver maior que 28 mEq/L com desvio do pH > 7,45, o 
paciente está em Alcalose Metabólica. Se o HCO3 estiver menor que 22 mEq/L com desvio 
do pH < 7,35, o paciente está em Acidose Metabólica. 
2. BE (Base excess): Sinaliza o excesso ou déficit de bases dissolvidas no plasma sanguíneo. 
3. SaO2 (%): Conteúdo de oxigênio / Capacidade de oxigênio; corresponde à relação entre o 
conteúdo de oxigênio e a capacidade de oxigênio, expressa em percentual. 
Alterações gasométricas 
Acidose 
Respiratória 
Alcalose 
Respiratória 
Acidose 
Metabólica 
Alcalose 
Metabólica 
Acidose 
Mista 
Alcalose Mista 
↓ pH ↑ pH ↓ pH ↑ pH ↓ pH ↑ pH 
Retenção de 
CO2 
↓ de CO2 
Bicarbonato 
(HCO3) baixo 
Excesso de 
Bicarbonato 
↑ PaCO2 ↓ PaCO2 
Hipoventilação 
Pulmonar 
Hiperventilação 
Pulmonar 
Reserva de 
bases diminuída 
Reservas de 
base 
aumentada 
↓ HCO3 ↑ HCO3 
Estímulo do 
centro 
respiratório 
Freqüência 
respiratória 
elevada 
- - - - 
Exemplos: 
obstrução das 
VA; atelectasia; 
pneumonia; VM 
inadequada; 
SARA; fibrose 
Exemplos: dor; 
hipoxemia; VM 
inadequada; 
ansiedade; 
lesão SNC 
Exemplos: 
administração 
excessiva de 
aspirina; 
insuficiência 
renal; parada 
cardio 
respiratória 
Exemplos: 
administração 
excessiva de 
HCO3; perda do 
ácido clorídrico; 
uso excessivo 
de diuréticos 
Exemplos: 
insuficiência 
respiratória; 
fadiga 
muscular; ↑ 
produção do 
ácido lático 
Exemplos: 
hiperventilação 
em VMI; perda 
do suco 
gástrico por 
vômito 
Compensação: 
após 12 a 48 hs 
↓ eliminação 
renal de HCO3 
Compensação: 
↑ eliminação 
renal de HCO3 
Compensação: 
hiperventilação 
Compensação: 
depressão 
respiratória é 
incomum 
- 
- 
- 
- 
Regra Prática 
1. pH: acidose ↓ 7,35 normal 7,45 ↑ alcalose 
2. PaCO2: alcalose ↓ 35 normal 45 ↑ acidose 
3. HCO3: acidose ↓ 22 normal 28 ↑ alcalose 
* Gasometria venosa: retirado do sangue venoso (portanto pobre em O2); exame indicado 
aos portadores de doenças renais (nefropatas) útil na identificação de problemas do 
mecanismo de tampão ácido-básico, presente em doentes renais. Os valores normais do pH e 
dos gases do sangue referidos no exame dos principais distúrbios do equilíbrio ácido-base, 
referem-se ao sangue arterial, já oxigenado e modificado nos pulmões ou nos oxigenadores. O 
sangue venoso, que conduz os restos metabólicos celulares, coletados no sistema capilar, tem 
valores diferentes, e não menos importantes. 
A análise do sangue venoso normal, deve mostrar os seguintes resultados: 
Parâmetros Valor de referência 
pH 7,27 a 7,39 
PaCO2 40 a 50 mmHg 
PaO2 35 a 40 mmHg 
HCO3 22 a 26 mEq/l 
BE 2,5 
SO2 (saturação de oxigênio) 70 a 75 
Duas informações práticas podem ser obtidas pela análise da gasometria venosa: 
1. A PaO2 venosa quando comparada com a PaO2 arterial dá uma idéia do débito cardíaco 
(diferença arteriovenosa grande com a PaO2 venosa baixa significa baixo débito, com os 
tecidos extraindo muito o oxigênio da hemoglobina pelo fluxo lento, sendo esta uma situação 
aindafavorável para se tentar a reversão de um estado de choque). 
2. A diferença arteriovenosa pequena com progressivo aumento da PaO2 venosa indica um 
"shunt" sistêmico, isto é, um agravamento das trocas teciduais. Portanto, o principal dado 
fornecido pela gasometria venosa é a PaO2. 
As alterações que ocorrem no sangue venoso, durante a perfusão, independem da função do 
oxigenador. O sangue venoso reflete o estado do paciente. Disso decorre a importância da sua 
monitorização. As alterações do sangue venoso nos informam sobre a adequácia do fluxo 
sanguíneo e sobre o estado do consumo de oxigênio pelo paciente. A gasometria venosa 
reflete a adequácia da perfusão, através do pH, PaCO2, PaO2 e a saturação de oxigênio 
(SaO2). Devemos lembrar o fenômeno denominado paradoxo arterio-venoso que pode ser bem 
apreciado no exemplo abaixo, em que às amostras foram coletadas no mesmo momento: 
1. Gasometria arterial: pH=7,50 PaCO2=30 mmHg 
2. Gasometria venosa: pH=7,30 PaCO2=50 mmHg 
O sangue arterial reflete uma alcalose respiratória, enquanto o sangue venoso reflete uma 
acidose respiratória. Nesse caso do exemplo a saturação do sangue venoso estava satisfatória 
(< 75%). Este paradoxo ocorre em virtude de inadequada perfusão tissular. O resultado é o 
somatório de um pequeno aumento da produção de CO2 com a diminuição da remoção do 
CO2 produzido. Esses dois fatores em conjunto elevam a pressão parcial do CO2 (PaCO2) no 
sangue venoso. Essa alteração é corrigida pelo aumento do fluxo da perfusão. Se a situação 
for ignorada (quando não se monitoriza a gasometria venosa) há produção de lactato que 
acrescenta um componente metabólico à acidose existente. Se a produção de lactato é 
intensa, pode haver dificuldade para retirar o paciente de perfusão. 
Para saber se os tecidos do paciente estão adequadamente oxigenados e perfundidos é feito 
uma gasometria venosa. 
Em um oxigenador, os mecanismos de transporte, difusão e trocas do CO2, são sempre mais 
simples e rápidos que os do oxigênio, no pulmão e nos oxigenadores. Desse modo, em 
qualquer oxigenador, a avaliação das trocas gasosas pode ser feita apenas em relação ao 
oxigênio. Se esta estiver adequada, as trocas de dióxido de carbono, certamente também 
estarão. 
A capacidade de transferir oxigênio de um oxigenador pode ser medida. Esta determinação 
constitui um importante parâmetro na avaliação do oxigenador. O cálculo é baseado na 
diferença artério-venosa de oxigênio. A fórmula para o cálculo é: 
Transferência de O2 = (SaO2 - SvO2) (1,34 x Hb) x fluxo (l/min) 
Esta fórmula consiste na diferença entre a capacidade de oxigênio do sangue arterial e venoso, 
multiplicada pelo fluxo de sangue. 
Como a saturação de oxigênio do sangue arterial normal é 99-100% e a saturação do sangue 
venoso normal, durante a perfusão é de 70-75%, podemos usar a fórmula acima para calcular 
o fluxo de sangue necessário para transportar e liberar nos tecidos a quantidade adequada de 
oxigênio. 
* Gasometria mista: excesso de CO2 e bicarbonato. 
* Gasometria compensada: pH normal, o rim compensa, dá o seu equilíbrio. 
* Cálculo da fração inspirada de oxigênio (FiO2) (para calcular a Fio2 ofertada): L x 4 = + 
21% 
Exemplo: 2 L x 4 = 8 + 21% = 29 
* Cálculo da PaO2 ideal: 109 – (idade x 0,4) 
Exemplo: 109 – (85 x 0,4) = 
109 – 34 = 75 mm Hg 
Normal\; 80 a 100 
1. Se estiver com menos: hipoxia (↑ oxigênio). 
2. Se estiver com mais: ↓ oxigênio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
1. PRESTO, B. L. V.; PRESTO, L. D. N.. Fisioterapia Respiratória: Uma nova visão. Ed.Bruno 
Presto – Rio de Janeiro 2003. 
2. Alterações do equilíbrio ácido base - Vol I – 323; 324 – Fundamentos da circulação extra 
corpórea. 
3. VIEGAS, C.A.; Gasometria arterial; J Pneumol 28(Supl 3) – outubro de 2002. 
4. MOTA, I.L., Distúrbios do equilíbrio ácido básico e gasometria arterial: uma revisão crítica; 
fev/2010. 
5. SILVA, A.C.S.; Interpretação e quando intervir; 25/02/2009. 
6. PRB Évora; CL Reis; MA Ferez; DA Conte & LV Garcia; DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO 
HIDROELETROLÍTICO E DO EQUILÍBRIO ACIDOBÁSICO: UMA REVISÃO PRÁTICA; 
Medicina, Ribeirão Preto, 32: 451-469, out./dez. 1999. 
7. Évora PRB, Garcia LV. Equilíbrio ácido-base. Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 (3): 301-11.

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