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Edição Universidade Estadual do Maranhão - UEMA Núcleo de Tecnologias para Educação - UEMAnet Coordenadora do UEMAnet Profª. Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra Coordenadora Pedagógica de Design Educacional Profª. Maria das Graças Neri Ferreira Coordenadora Administrativa de Design Educacional Cristiane Costa Peixoto Professor Conteudista Carlos Alberto T. Azevêdo Designer Educacional Clecia Assunção Silva Designers Pedagógicas Lidiane Saraiva Ferreira Lima e Luciana de Souza Revisores de Linguagem Jonas Magno Lopes Amorim e Lucirene Ferreira Lopes Editoração Digital Tonho Lemos Martins Governador do Estado do Maranhão Flávio Dino de Castro e Costa Reitor da UEMA Prof. Gustavo Pereira da Costa Vice-Reitor da UEMA Prof. Walter Canales Sant’ana Pró-Reitor de Administração Prof. Gilson Martins Mendonça Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Estudantis Prof. Paulo Henrique Aragão Catunda Pró-Reitora de Graduação Profª. Andréa de Araújo Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação Prof. Marcelo Cheche Galves Pró-Reitor de Planejamento Prof. Antonio Roberto Coelho Serra Universidade Estadual do Maranhão - UEMA Núcleo de Tecnologias para Educação - UEMAnet Campus Universitário Paulo VI - São Luís - MA Fone-fax: (98) 2106-8970 http://www.uema.br http://www.uemanet.uema.br Central de Atendimento http://ava.uemanet.uema.br Proibida a reprodução desta publicação, no todo ou em parte, sem a prévia autorização desta instituição. Azevedo, Carlos Alberto T. Comportamento organizacional [e-book] / Carlos Alberto T Azevedo. – São Luis, 2018. 34 f. 1.Organização. 2.Trabalho. 3.Comportamento organizacional. 4.Gestão comercial. I. Título. CDU: 658.013 5 6 7 9 11 12 14 14 16 17 19 20 23 24 25 26 28 31 32 34 COMPORTAMENTO, CONCEITUAÇÃO, SUAS CARACTERÍSTICAS E DIMENSÕES: as pessoas na Organização. 1.1 Características das pessoas conforme o comportamento 1.2 Pessoas na Organização 1.3 O empregado cliente Referências OS GRUPOS, A DINÂMICA. ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E DO DESEMPENHO HUMANO NO TRABALHO 2.1 Tamanho do Grupo 2.2 Coesão grupal 2.3 Tomada de decisão em grupos 2.4 Análise do comportamento e do desempenho humano no trabalho 2.5 Incompatibilidade de comportamento: fatores envolvidos 2.6 Análise do desempenho 2.7 Referências EQUIPES DE TRABALHO E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS 3.1 Diferença entre grupos e equipes 3.2 Tipos de equipes 3.3 Como fazer uma equipe eficaz 3.4 Relações entre equipes de trabalho 3.5 Relações interpessoais na equipe Referências SUMÁRIO 3 2 1 4Comportamento Organizacional APRESENTAÇÃO Caro(a) estudante, Opropósito desse e-Book é abordar um tema bastante valioso no que concerne ao comportamento das pessoas. E esse, não é um comportamento qualquer; é um comportamento especial porque é vivenciado na Organização numa relação entre pessoas, entre grupos com metas definidas numa sincronia bem dinâmica. Seu escopo é delinear para uma ação reflexiva mostrando que uma Organização, indiscutivelmente, não se forma sem pessoas, e estas, de tal modo, vêm merecendo tratamento muito mais adequado do que tempos atrás. Os estudos sobre a matéria vêm requerendo de grandes pesquisadores estudos mais aprofundados no âmbito empresarial no sentido de ajudar a administração de recursos humanos na gestão mais apurada, consciente e justa. Com vistas a facilitar a compreensão do que é enfocado, o e-Book é estruturado em 3 Unidades onde abordamos na Unidade I: COMPORTAMENTO, CONCEITUAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E DIMENSÃO: AS PESSOAS NA ORGANIZAÇÃO. Na UNIDADE II: enfocamos os OS GRUPOS, A DINÂMICA, A ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E DO DESEMPENHO HUMANO NO TRABALHO Na UNIDADE III: a bordagem é sobre EQUIPES DE TRABALHO E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS. Como ferramenta de reforço pedagógico, utilizamos dois vídeos do youtube que versam exclusivamente sobre COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL. Esperamos que este e-Book tenha o propósito específico de fazer com que você aprenda de forma significativa, utilizando toda a sua compreensão. 5Comportamento Organizacional OBJETIVOS Conceituar o comportamento humano na sua dimensão organizacional; Identificar o papel das pessoas e dos grupos na Organização; Descrever as características comportamentais. COMPORTAMENTO, CONCEITUAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E DIMENSÕES: as pessoas na Organização.1 UNIDADE O Dicionário de Psicologia Dorsh (2004 p. 159) conceitua: “Comportamento em seu significado originário e preciso, designa toda atividade física de um organismo vivo, que pode ser constatado em princípio por outros observadores”. Figura 1 - Comportamento Organizacional Dessa forma, o comportamento se torna “COMPORTAMENTAL” no aspecto observável do comportamento. Conceitualmente, quando indivíduos e grupos estão em situação de trabalho, seus impactos influenciam no ambiente empresarial, assim se dá o estudo do Comportamento Organizacional. 6Comportamento Organizacional Os valores, as crenças e os princípios constroem a Cultura Organizacional; está por sua vez, é demonstrada a partir do comportamento das pessoas dentro da Organização. O estudo do comportamento humano traz diversos benefícios à empresa como: a retenção de talentos evitando assim, a rotatividade de pessoal; a harmonia entre os empregados propiciando, dessa forma, relações interpessoais mais engajadas. Quando o estudo do comportamento humano na empresa faz parte da cultura, o Departamento de Recursos Humanos, responsável por essa atividade, alimenta a direção da empresa de informações importantes que vêm possibilitar aos gestores executar a gestão adequadamente e, o que é mais importante, possibilita prever possíveis problemas entre indivíduos. O comportamento organizacional não é produto direto de um processo de gestão, mas o resultado das relações pessoais, interpessoais e sociais que ocorrem na empresa. Ele estuda três fatores de comportamento dentro das organizações: indivíduos, grupos e estrutura. O conhecimento sobre esses três itens aplicados ao comportamento, vai propiciar um trabalho mais eficaz e produtivo da organização. 1.1 Características das pessoas conforme o comportamento PROATIVO: comportamento direcionado para o atendimento das necessidades pessoais e conquista de objetivos e metas próprias. O comportamento das pessoas na organização é direcionado tanto pela rotina organizacional como também por sua proatividade (objetivos pessoais). DIFERENTES NECESSIDADES: as pessoas são motivadas por grande diversidade de necessidades. Qualquer fato pode motivar o comportamento de alguém hoje, mas, no dia seguinte esse fator pode não motivar mais. PENSA E ESCOLHE: o comportamento humano é analisado em termos de planos comportamentais que escolhe; desenvolve e executa para lidar com os impulsos com que se defronta e para alcançar seus objetivos pessoais. SOCIAL: nas Organizações a participação das pessoas é de fundamental importância, porque são conduzidas ao envolvimento com outras pessoas, ou em grupos, ou em organizações. Procurando assim, manter sua identidade e seu bem-estar. PERCEBE E AVALIA: em função de crenças vivenciadas na organização, o indivíduo percebe, avalia e redefine os estímulos recebidos do ambiente organizacional. LIMITADA CAPACIDADE DE RESPOSTA: as pessoas não são capazes de se comportar de todas as formas; suas características pessoais são limitadas e restritas. Como somos todos, individualmente diferentes, os comportamentos variam de pessoas para pessoa. A capacidade de resposta depende das características inatas e de aprendizagem. 7Comportamento Organizacional 1.2 Pessoas na organização Toda Organização que pretende alcançar o topo do sucesso, sem dúvida depende do desempenho daspessoas que a compõem; seja em que grau for. Nesse contexto, procura estruturar sua área de Gestão de Pessoas com o propósito de desenvolver e organizar uma forma de atuação sobre o comportamento dessas pessoas. As organizações dependem de pessoas para dirigi-las e controlá-las além de fazê-las funcionar. Pelos ensinamentos de Chiavenato, Administração de Recursos Humanos (2009, p.107), o estudo das pessoas inseridas numa Organização tem as seguintes alternativas: Considerar as pessoas como pessoas (dotadas de características próprias, de personalidade e individualidade, aspirações, valores, atitudes, motivações e objetivos individuais) ou, considerar as pessoas como recursos (dotadas de habilidades, capacidades, destrezas, conhecimentos e competências necessárias para a tarefa organizacional). Figura 2 - Pessoas como pessoas e como recursos. Fonte: Chiavenato (2009, p.108) As pessoas tratadas como pessoas, não podem deixar de serem levadas em consideração porque essa alternativa é fundamental para que a segunda alternativa, que é as tratadas como recurso, tenha êxito por completo. Na visão de Leavit (1972, p.14 apud BERGAMINI, 2015, p.15): “Caso o administrador não tenha conhecimento de uma teoria psicológica, não compreenderá o significado das bandeiras vermelhas da desordem humana”, não será possível prever os “efeitos prováveis das mudanças que se pretende fazer na Organização e na política de pessoal”. Como se vê, a gestão de pessoas numa Organização é cercada de fenômenos interativos que não dependem só de bom senso, o gestor precisa, no meio de tanta diversidade individual, fazer uso da ciência para que tenha um poder de decisão mais racional. A importância do comportamento humano neste mundo de negócios globalizados evidenciou novas preocupações, novos rumos, novos modelos de gestão de pessoas. É essa gestão remodelada que consiste PESSOA Como PESSOA Como RECURSO Personalidade e individualidade, aspirações, valores, atitudes, motivações e objetivos pessoais Habilidades, capacidades, experiências, destrezas e conhecimentos necessários Tratamento pessoal e individualizado Tratamento pela média, igual e genérico 8Comportamento Organizacional Convidamos você a pensar outras áreas de estudo da Geografia e seus respectivos temas. Pesquise e participe do fórum, juntamente com seus colegas, ampliando o conhecimento sobre a ciência geográfica. em identificar padrões de comportamento coerentes com a organização e seu negócio. De posse desse padrão, a Gestão de Pessoas procura mantê-los, modificá-los e associá-los a outros fatores organizacionais. As pessoas na Organização constituem importantes recursos sem serem tratadas como meios de produção. Elas são tratadas como pessoas. Até pouco tempo as pessoas eram tratadas como recursos produtivos, mas, percebeu-se a tempo que essa visão antiquada provocou conflitos trabalhistas seríssimos ocasionando ainda, o relaxamento das pessoas diante das tarefas. Isso afetou, de algum modo, a competitividade da empresa. Nesse contexto, as Organizações passaram a tratar os empregados de modo que houvesse uma conscientização profissional, passaram a ser considerados também, “donos” da empresa, do negócio, responsáveis também pelo resultado. LEAVITT, Harold J; DILL, William R.; EYRING, Henry B. (1973, p.143 apud CHIAVENATO 2009, p.109) conclama o valor e poder que a pessoa tem na vida em ambientes cada vez mais complexos: Organizações são pessoas; organizações são grupos, e organizações são organizações. Gerentes administram pessoas; gerentes administram grupos; e gerentes administram organizações. Gerentes são pessoas; gerentes são membros de grupos; e gerentes são membros de organizações. Assim, confessa-se a grandiosa variabilidade humana. Por outro lado, olhando pela conformação ORGANIZAÇÃO X PESSOAS e, se aquelas são compostas por estas, e pessoas precisam engajar-se nas organizações para satisfazerem seus objetivos e necessidades, esta sintonia nem sempre é fácil. Como as organizações têm lá suas diferenciações, as pessoas também, como tal, têm suas diferentes características de personalidade, valores, motivações e aptidões. Chiavenato (2009, p.110) chama a atenção para o comportamento humano limitando-os a dois grupos de fatores: “FATORES EXTERNOS (decorrentes do ambiente organizacional que os envolve) e FATORES INTERNOS (suas características de personalidade)”. 9Comportamento Organizacional Figura 3 - Os fatores internos e os fatores externos que influenciam o comportamento humano Fonte: Chiavenato (2009, p.111) 1.3 O empregado cliente Já vivemos um novo conceito de gestão, quando, no ambiente de trabalho, se trata da nova relação EMPREGADO X ORGANIZAÇÃO em que o empregado é tratado tão bem quanto os clientes. Como se dá esse novo conceito? Proporcionar ao trabalhador o mesmo tratamento dado ao consumidor final,resultando daí um ponto vital para a sobrevivência da organização. Todos sabemos que pessoas motivadas são propensas a serem mais eficientes, dão mais de si e, especialmente, ficam menos doentes. Segundo a Revista VOCÊRH (2017, ed. 51, p.26) “indivíduos inspirados (um novo termo) produzem 225 pontos numa escala de produtividade em que aparecem os indivíduos SATISFEITOS pontuando 100 e os engajados pontuando 144”. O QUE ESTÃO CHAMANDO DE INDIVÍDUOS “INSPIRADOS”? Nesse caso, entra a forma de como é tratado o cliente: com encantamento, experiências incríveis que serão lembradas ao longo da vida e não só quando estiverem trabalhando. Desse modo, os empregados motivados com todo esse tratamento se engajam cada vez mais, “vestem a camisa” de qualquer empresa pois se sentem inspirados para tal. A mesma revista assegura: “Tudo indica que o empregado também terá sempre razão”. O estudo pontua que os funcionários querem a mesma vivência no ambiente de trabalho como quando têm como consumidores, isto é, partilham do conforto, das decisões, uso simples de tecnologias etc. Dentro desse novo conceito FUNCIONARIO X CLIENTE, foi percebido pelos gestores e executivos empresariais uma obviedade já esperada: os próprios empregados são realmente potenciais compradores do que eles A pessoa na organização Fatores Internos • Personalidade • Aprendizagem • Motivação • Percepção • Valores • Ambiente organizacional • Regras e regulamentos • Cultura • Políticas • Métodos e processos • Recompensas e punições • Grau de confiança Fatores Externos Comportamento da pessoa dentro da organização 10Comportamento Organizacional mesmos produzem. Experiências de várias empresas brasileiras comprovam isso. Os empregados ao se sentirem bem tratados na empresa, consequentemente vão ser grandes consumidores. VELHO X NOVO O QUE MUDA COM O FUNCIONÁRIO SENDO TRATADO COMO CLIENTE Fonte: VOCERH(2017) Resumo Nesta Unidade, estudamos conceito de COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL diante de vários ângulos e, nesse contexto, mostramos fatores desse comportamento na Organização. Descrevemos também, características das pessoas no ambiente organizacional; e conhecemos o papel das pessoas nessa organização; estudamos ainda um conceito de empregado no mercado vigente: o EMPREGADO CLIENTE. Tudo isso para que você possa apreender esses novos conhecimentos, essa relação COMPORTAMENTO HUMANO x ORGANIZAÇÃO ao longo do curso. REGRAS VELHAS Pesquisas de clima anuais. A cultura está apenas no papel e não é definida por comportamento. Um especialista de RH para cada tema (recrutamento, aprendizado, premiação, engajamento...). Compensações, benefícios e prêmios gerenciados com foco em benchmarking e equidade. Programas de saúde e bem-estar focados na segurança e no gerenciamento dos custos de seguros devida. REGRAS NOVAS Feedback,ação e monitoria constantes. A cultura é medida, alinhada e melhorada quando acontecem fusões e aquisições ou outros fatos de grande impacto. Apenas um líder responsável pela experiência completa, com foco em jornada de trabalho, experiência, engajamento e cultura. Compensação, benefício, prêmios e reconheci- mento feitos para melhorar a vida das pessoas e balancear benefícios financeiros e não financeiros. Programas integrados de bem-estar focado na vida pessoal e profissional do funcionário. 11Comportamento Organizacional Referências COSTA, Renata. Bem-vindo à era do funcionário cliente. Revista VOCERH. São Paulo: ed. 51, p. 24 – 34. ago/set 2017. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos. 7. ed. rev. Atual. Barueri, SP. Manole, 2009. Dicionário de Psicologia Dorsch. Editado por Friedrich Dorsch, Harmut Hacker, Kurt-Hermann Stapf; trad. Emmanuel Carneiro Leão e equipe. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. 12Comportamento Organizacional OS GRUPOS, A DINÂMICA, A ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E DO DESEMPENHO HUMANO NO TRABALHO2 UNIDADE OBJETIVOS Caracterizar os grupos como reunião de pessoas com interesses comuns; Definir tipos de grupos e conhecer as relações na análise do desempenho; Conhecer a estrutura grupal e seus relacionamentos na Organização. SCHERMER Horn, HUNT e OSBORN (1998, p.133 apud BERGAMINI 2015, p.94) conceituam grupo como “sistemas pessoais com muitas possibilidades de relacionamentos interpessoais”. Nesse pensamento, grupos reúnem pessoas com interesses comuns quando discutem a empresa e procuram o consenso nas suas deliberações. É indispensável para qualquer grupo, que tenha objetivos a cumprir, que haja um líder na sua composição. Os grupos podem ser: FORMAIS E INFORMAIS. OS FORMAIS: são definidos pela organização com atribuições pré-estabelecidas de tarefas. Nestes grupos, as pessoas têm o comportamento estipulado e definido em função das metas organizacionais. OS INFORMAIS: são grupos não estruturados formalmente, nem determinados pela organização. Surgem naturalmente dentro do ambiente de trabalho numa possível necessidade de mais contato social. Exemplificando, apontamos 3 funcionários de áreas diferentes, que regularmente se encontram para almoçar juntos. Os grupos Formais podemos subclassificar em dois tipos: grupos de COMANDO e de TAREFAS. Os Grupos de COMANDO são determinados pelo organograma da Organização. Eles se reportam diretamente a um executivo. Como exemplo, citamos a diretora de uma escola e suas 10 professoras. Os Grupos de TAREFA – são determinados também pela organização, são formados por pessoas que se reúnem para executar uma determinada tarefa. O limite desse grupo não se prende ao superior imediato. Os integrantes desse grupo podem ultrapassar essas relações de comando. 13Comportamento Organizacional Podemos dizer que os grupos de comando são também grupos de tarefas, mas como estes últimos podem ultrapassar os limites hierárquicos, o inverso não é verdadeiro. Grupos INFORMAIS podemos subclassificar em dois tipos: grupos de Interesse e grupo de amizade. OS DE INTERESSE: são formados por pessoas que se reúnem para atingir um objetivo comum, sendo ou não, membros de grupos – (comando ou tarefa). Como exemplo, podemos citar funcionários que se reúnem para reivindicar melhores condições de trabalho. OS DE AMIZADE: são grupos que se formam frequentemente porque seus membros possuem algumas características em comum. Geralmente essas características fogem ao ambiente de trabalho e podem se basear na mesma faixa etária, torcida pelo mesmo time, opções políticas etc. Quadro 1 - Por que as pessoas se reúnem em grupos? Fonte: Robbins, Stephen (2005) Há em torno de cada pessoa um universo de coisas, mas há também grupos de pessoas de quem se depende. E também, há necessidade das pessoas interagirem de maneira entrosada para que o trabalho tenha um resultado satisfatório. No momento em que essa interação se torna positiva, cria-se então, a SINERGIA, evidenciando que o todo pode ser mais, que a simples soma das partes; configurando-se, desse modo, o potencial das forças individuais. SCHERMER Horn, HUNT e OSBORN (apud BERGAMINI 2015, p.95) assinalam que as vantagens do trabalho em grupo ficam evidentes: “QUANDO A PRESENÇA DE UM ESPECIALISTA É INCERTA; os grupos parecem fazer melhor julgamento do que um indivíduo médio isoladamente”. Nesse entendimento, conclui-se que “OS GRUPOS SÃO MAIS-BEM-SUCEDIDOS que os indivíduos”. Em um grupo, que seja eficaz, o ambiente de aprendizagem se torna colaborativo e faculta aos membros a oportunidade de melhorar suas competências individuais. Na opinião de Dubrin (apud BERGAMINI 2015, p.96), “os grupos são vitais para o atendimento do comportamento organizacional, porque eles são a base da organização maior”. Os integrantes de grupos, certamente devem estar motivados ao participarem destes. Esse comportamento influencia, sem dúvida, nos atos produtivos do grupo e, estes estão diretamente relacionados à motivação dos comportamentos. Normalmente, no trabalho, a motivação surge, ou desaparece como resultado de atitudes provindas da liderança, que em alguns casos, são responsáveis pela desagregação do grupo. Autoestima. 14Comportamento Organizacional A base da motivação vem do relacionamento e da comunicação entre líder e grupo. Quando essa comunicação é agressiva, há um relacionamento distante, falta de transparência, ausência de feedbacks, broncas inúteis e, até depreciativas, essas relações desmoronam e o resultado é o grupo diminuir sua produtividade. 2.1 Tamanho do grupo O tamanho do grupo afeta o seu desempenho? Indiscutivelmente SIM, mas vai depender de variáveis que vamos considerar. Uma das variáveis esta diretamente relacionada com o tamanho dos grupos na eficiência da realização de atividades. Evidências como a coesão grupal indicam que os grupos menores são mais rápidos na realização de tarefas. Contudo, se a questão for a resolução de problemas, os grupos maiores conseguem melhores resultados. Grupos grandes – com pelo menos 12 membros - são bons porque recebem contribuições diversificadas. Grupos excessivamente grandes podem dificultar o processo de comunicação tornando-os lentos e imprecisos. Uma outra característica que esses tipos de grupos podem apresentar é com relação ao resultado alcançado; se for bom, o sentimento de orgulho pode dispersar, minimizando a gratificação pelo trabalho bem feito. O resultado, não saindo como esperado, um bom número de participantes pode atribuir culpa a outrem. Há diversas razões, segundo Minicucci (1995), pelas quais os indivíduos são atraídos a comporem grupos, tais como: COMPANHEIRISMO – a necessidade social é uma das necessidades básicas do homem; IDENTIFICAÇÃO – busca-se no grupo essa identificação significando, assim, a semelhança, parecer; COMPREENSÃO – às vezes buscamos o grupo no propósito de procurar compreensão uma vez que nossas relações muitas vezes causam tensões e frustrações; ORIENTAÇÃO – pela coesão de um grupo, esse detalhe funciona como um guia; APOIO – o grupo oferece isso ao indivíduo em suas atividades; PROTEÇÃO – quando as pressões externas são demasiadas fortes, o grupo protege o indivíduo. 2.2 Coesão grupal Os grupos diferem em relação à sua coesão, ou seja, o grau em que os membros são atraídos entre si e motivados a permanecerem como grupos. Como exemplo, podemos citar grupos de trabalho em que a coesão se dá devido a seus membros passarem a maior parte do tempo juntos, ou em função do tamanho reduzido, facilitar essa interação. A coesão é importante porque se relaciona com a produtividade grupal. A relação entre a COESÃO e a PRODUTIVIDADE,depende das normas de desempenho estabelecidas pelo grupo. 15Comportamento Organizacional Se as normas apontarem níveis elevados (excelência de resultados, qualidade no trabalho, cooperação) um grupo coeso será mais produtivo que um menos coeso. Se a coesão for grande, mas com normas fracas, a produtividade será mais baixa. Se a coesão for pequena e as normas elevadas, a produtividade será mais alta, mas, menor que um grupo coeso com as mesmas normas. Quando tanto a coesão como a norma de desempenho forem fracas, a produtividade resulta entre BAIXA e MODERADA. Quadro 2 – Relação entre Coesão, Normas de Desempenho e Produtividade do grupo Fonte: Robbins, Stephen (2005). Para estimular a coesão grupal pode-se seguir os ensinamentos apontados por Robbins (2005, p.198): 1 – Reduzir o tamanho do grupo; 2 – Estimular a concordância sobre os objetivos do grupo; 3 – Aumentar o tempo que os membros do grupo passam juntos; 4 – Aumentar o status do grupo e a dificuldade percebida para a admissão nele; 5 – Estimular a competição com outros grupos; 6 – Dar recompensas ao grupo em vez de recompensar individualmente; 7 – Isolar fisicamente o grupo. Nessa visão, notamos que é de muita valia o tratamento dispensado ao funcionamento dinâmico de um grupo, principalmente, o fator motivação; à medida que os indivíduos componentes do grupo estejam motivados, a produtividade desse grupo se desenvolve em alto nível. N or m as d e de se m pe nh o Nível elevado Nível fraco Alta Baixa Coesão Alta produtividade Baixa produtividade Produtividade de moderada a baixa Produtividade moderada 16Comportamento Organizacional 2.3 Tomada de decisão em grupos Será que uma tomada de decisão grupal é mais consistente que uma tomada de decisão individual? Nesse contexto, vamos verificar em que medida os grupos desenvolvem PONTOS FORTES EM SUAS DECISÕES. • GERAM INFORMAÇÕES MAIS COMPLETAS – as participações individuais agregam mais recursos nos processos; • HETEROGENEIDADE – no processo, os inputs diversificados enriquecem com mais pontos de vista, re- sultando daí, mais alternativas a serem consideradas; • DECISÕES DE QUALIDADE MAIS ELEVADA – quer dizer que mesmo tendo na sua composição um indivíduo muito competente, a decisão grupal é proferida com mais qualidade; • ACEITAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO – numa decisão formada, se as pessoas não a aceitam, o fracasso é imediato. Portanto, quando a tomada de uma decisão tem o apoio do grupo, estes estimulam os demais a aceitar; PONTOS FRACOS NAS TOMADAS DE DECISÕES – a tomada de decisão em grupo tem suas desvanta- gens, como segue: • CONSOMEM MUITO TEMPO – o processo demora por muito mais tempo que quando a decisão é toma- da por um indivíduo; • PRESSÕES PARA A CONFORMIDADE DENTRO DO GRUPO – o desejo dos membros de serem acei- tos e valorizados pelo grupo pode sufocar qualquer desacordo explícito; • DISCUSSÕES DOMINADAS POR UM INDIVÍDUO OU UM PEQUENO SUBGRUPO – se esse domínio for liderado por indivíduos de baixa ou média capacitação, a eficácia do grupo será prejudicada; 17Comportamento Organizacional • AMBIGUIDADE DE RESPONSABILIDADE – no processo decisório individual, é clara a responsabilida- de pelo resultado. Mas, quando é do grupo, a responsabilidade não pode ser atribuída a nenhum mem- bro individualmente. Em termos de eficiência, o grupo perde espaço em comparação com as decisões tomadas individualmente. A tomada de decisão em grupo consome muito mais horas de trabalho do que quando o processo é resolvido por um indivíduo, sendo o mesmo problema. 2.4 Análise do comportamento e do desempenho humano no trabalho A análise do comportamento é a ciência que estuda o comportamento humano baseado na filosofia do behaviorismo radical do americano B. F. Skinner. É uma abordagem de psicologia que entende o homem enquanto fruto de interação entre sujeito – ambiente. Sidman (2003), ressalta que a análise do comportamento lida com o manejo de nosso próprio comportamento e dos outros. Estamos sempre ajustando nossas ações às demandas do mundo ao nosso redor. A análise do comportamento segundo estudiosos, pode ocorrer de três maneiras diferentes: • Em primeiro lugar, através da investigação experimental do comportamento; • Em segundo lugar, por meio de análise aplicada do comportamento. Este processo envolve tomar o que os pesquisadores sabem sobre o comportamento e aplicá-lo em contextos individuais, sociais e culturais; • E por último, através da análise conceitual de comportamento. Aborda as questões filosóficas, teóricas e metodológicas na análise do comportamento. O estabelecimento amplo do Behaviorismo teve influência de três teóricos na sua consolidação: PAVLOV – seus estudos demonstraram que um estímulo ambiental poderia ser usado para estimular uma resposta condicionada. Esses estudos foram aplicados em cães; WATSON – complementou o estudo de Pavlov estendendo aos humanos; SKINNER – introduziu o conceito de condicionamento operante em que o reforço leva a um comportamento desejado. Para Fernandéz-Aráoz (2012, p.47 apud BERGAMINI 2015, p.31), “a tomada de grandes decisões sobre as pessoas é fundamental ao desempenho organizacional em todos os estágios da vida de uma empresa”. Exige-se preparo de quem é responsabilizado por tomar decisões fora da rotina; os múltiplos fatores que entram na formação da personalidade humana exigem isso. As variáveis que afetam o comportamento humano podem ser classificadas em INDIVIDUAIS e AMBIENTAIS. Variáveis de ordem INDIVIDUAL são relacionadas à bagagem inata, especialmente programada pelo DNA, acumulado com a vivência ao longo das várias fases da vida, como a infância, a adolescência e a maturidade de cada um. 18Comportamento Organizacional As variáveis AMBIENTAIS incluem todos os eventos que possivelmente influenciaram o indivíduo, tais como GRUPO SOCIAL, CULTURA e INSUMOS DO AMBIENTE FÍSICO além de outras variáveis influenciadoras. Os indivíduos aos serem observados, demonstram de um modo geral, diferentes aparências até certo ponto inéditas. Bergamini (2015, p.32) chega a ressaltar que “ninguém acumula o mesmo tipo de bagagem inata, sendo improvável que duas pessoas diferentes passem pelas mesmas situações de vida”. Nessa visão, podemos concluir que ninguém consegue compreender indivíduo por indivíduo, cada um é um universo de comportamento. Após esse estudo sobre análise do comportamento, vamos verificar agora o comportamento e suas incompatibilidades no indivíduo. ATIVIDADE 1 Com base nos estudos dessa Unidade, vamos verificar o seu entendimento do que aprendemos até aqui com relação a Grupos. Vejamos: 1) Um dos motivos das pessoas aderirem a grupos é a conquista da AUTOESTIMA. O que é atraente nessa característica? 2) “Os grupos são vitais para o entendimento do comportamento organizacional”. Traduza o que Dubrin quis ressaltar nesse pensamento. 3) Você eventualmente, está inserido em um grupo grupo desenvolvendo atividades acadêmicas. Na sua opinião, um grupo numeroso produz convincentemente? Justifique. 19Comportamento Organizacional 2.5 Incompatibilidade de comportamentos: fatores envolvidos Temos três tipos de fatores que podem causar ou contribuir na existência de um comportamento conflituoso. INDIVIDUAL – conhecimentos, habilidades, aptidão inata (cognitiva e física) e experiência de vida (história familiar, sexo, raça e idade). PSICOLÓGICO - autoestima, tipo de personalidade, atitudes e motivações. ORGANIZACIONAL – liderança, supervisão, estrutura organizacional, recursos (materiais e de equipamen- tos), programas, procedimentos da empresa e o ambiente corporativo (mudança organizacional e cultura corporativa).FATORES INDIVIDUAIS • CONHECIMENTOS E HABILIDADES – em alguns casos os gerentes superestimam o que o indivíduo sabe e se esquecem da necessidade de treinamento. Nesse fator, tem-se que tomar cuidado no sentido de que o funcionário não desenvolva, entre outros problemas, baixa autoestima. • APTIDÃO INATA – as organizações, algumas vezes, contratam por enganam pessoas que não têm a necessária aptidão. • EXPERIÊNCIA DE VIDA – as pessoas trazem para o trabalho uma história de vida única, constituída de história familiar e outras experiências relacionadas com seu sexo, raça e idade. Esse fator pode ser bem trabalhado com uma percepção aguçada para não causar, por exemplo, invasão de privacidade. FATORES PSICOLÓGICOS - AUTOESTIMA – o modo como as pessoas veem a si mesmos, influencia nas interações no trabalho. Pessoas com baixa autoestima podem ser submissas e podem contribuir negativamente com a equipe. - TIPOS DE PERSONALIDADE – O tipo de personalidade também é um fator fundamental, quando estudamos comportamentos conflitivos que se deve prestar atenção quando diagnosticamos pessoas. Não é que existam personalidades chamadas “mas” que pode gerar uma incompatibilidade comportamental, mas, sim que a maioria tem um tipo de personalidade que, com a qual, se sentem bem, Pode haver problema se uma tarefa não se adequar ao perfil da pessoa; assim como pode existir também se supervisor e funcionário tem perfis incompatíveis. - CONDUTA – ninguém nasce com posturas definidas. Elas são aprendidas e ordenadas pela experiência. Pelo menos em parte, pelas experiências vividas no início da vida com a família. - MOTIVAÇÃO – há diversas teorias sobre essa área complexa. Um fator apontado por vários teóricos de administração é a necessidade de REALIZAÇÃO ou CRESCIMENTO. Funcionários com muita necessidade de realização revelam as seguintes características: • Gostam de assumir responsabilidades; • Estabelecem metas de realização; • Desejam feedback sobre o desempenho. 20Comportamento Organizacional FATORES ORGANIZACIONAIS - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL – as pessoas precisam entender o tipo de hierarquia dentro da qual atuam. Veja mais no vídeo a seguir: DICA DE VÍDEO https://www.youtube.com/watch?v=Y1ALCyCTmuI 2.6 Análise do desempenho A análise do desempenho é algo com que nos deparamos sempre; quer na vida particular, quer quando nos encontramos nas organizações, nestas, principalmente hoje nos novos moldes produtivos que levam a bonificações. CHEFIA E SUPERVISÃO – o tipo de liderança exercido por gerentes de nível médio e gerentes de alto nível demonstra o perfil da organização. A qualidade da supervisão pode ocasionar um papel no desenvolvimento de uma incompatibilidade comportamental. RECURSOS – não ter equipamentos e materiais necessários nem sempre está associado a uma incompatibilidade comportamental, mas pode prejudicar seriamente o desempenho de um funcionário. PLANOS E PROCEDIMENTOS DA EMPRESA – decisões sobre políticas e procedimentos tem que fazer sentido, tanto para a organização, como para os funcionários e, também não interferir na capacidade de um desempenho eficiente das pessoas. AMBIENTE CORPORATIVO – em função da pressão conjuntural, a empresa tem que se adequar ao mercado, mudando inclusive, até sua linha de produção; isso significa que seu pessoal deve ser reciclado para essa adequação, mas alguns não terão capacidade para tal, ou, não desejam aprender os novos procedimentos. 21Comportamento Organizacional Em quase todas as circunstâncias da vida estamos avaliando o que acontece ao nosso redor. Nas Organizações acontece o mesmo; sempre está analisando, avaliando desempenhos; seja financeiro, técnico, operacional etc. O Desempenho humano é o principal; afinal são as pessoas que dão vida e sustentação à empresa. Tal desempenho precisa ser excelente para que o resultado seja competitivo e, esta mesma empresa continue no mercado atuando de forma que atenda a contento, e essa atuação se enquadre globalmente. A avaliação do desempenho é de grande importância na gestão de pessoas, pois a partir da avaliação é possível sentir o “clima” do grupo quanto à performance. Dessa avaliação pode se extrair onde estão pontos fortes e fracos da equipe, pessoas que precisam ser melhorados através da reciclagem ou treinamentos mais específicos. Através dessa análise, também, descobre-se pessoas com perfil de galgar postos mais altos como supervisão, por exemplo. A avaliação pode ser usada em vários procedimentos tais como, o desempenho do empregado no cargo, o reconhecimento do empenho do empregado no sentido de impulsionar a empresa, esses tipos de procedimentos servem como atitudes para diagnosticar o desempenho do indivíduo. O setor de Recursos Humanos é ponto preponderante nesse processo que deve ser bem planejado e executado em períodos de tempo e comunicados à toda a Organização. Uma das finalidades do processo de avaliar, seria detectar os níveis de desempenho da equipe com o fim de sinalizar informações que alimentarão decisões corporativas relacionadas ao aproveitamento e o encarreiramento das pessoas. Nesse sentido, a análise de desempenho promove através de seus resultados, informações consistentes e detalhadas que garantirão segurança ao gestor quanto a tomada de decisão diante do empregado principalmente no planejamento de metas mais ambiciosas para este. Nesse processo de análise do desempenho, um ponto que merece bastante atenção é o feedback que o avaliador presta ao avaliado; nele deve constar a performance atual e possíveis pontos a serem melhorados no âmbito de crescimento de suas capacidades. A transparência no processo tem que permear e merecer prioridade; é de suma importância que o avaliador cite exemplos reais de comportamentos errados do profissional mencionando o que era esperado na situação. Nesse âmbito, temos seis questões fundamentais na análise do desempenho: 1. Por que avaliar o desempenho? 2. Qual o desempenho que deve ser avaliado? 3. Como avaliar o desempenho? 4. Quem deve executar a Avaliação de desempenho? 5. Quando avaliar o desempenho? 6. Como comunicar a Avaliação do desempenho? 22Comportamento Organizacional Diversos critérios no avaliar do desempenho podem ocorrer dentro da Organização: NÍVEL OPERACIONAL: neste nível avalia-se a quantidade do trabalho realizado, a qualidade e o relacionamento interpessoal; NÍVEL INTERMEDIÁRIO: neste nível avalia-se o desempenho do cumprimento das metas. Feita pela chefia imediata; NÍVEL DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR: geralmente este nível é menos estruturado que os níveis inferiores. Essa análise é feita com base em RESULTADOS alcançados no período. Como vimos, essas avaliações são tradicionalmente efetuadas por supervisores e Gerentes, que são as pessoas que estão lado a lado com o avaliado e com condições de avaliar o desempenho. Como chefes imediatos, ninguém pode substitui-los nessa tarefa. E um problema que pode existir quanto a avaliação do empregado são distorções originadas do método utilizado pelo chefe imediato. Assim, na análise do desempenho é necessário fazer o acompanhamento e, para isso, é preciso haver uma ferramenta que permita executar tal procedimento e facilite a avaliação. Nada impede que haja problema no processo de implantação da análise de desempenho e, dentre alguns, podemos listar: - Gerente sem informações a respeito do desempenho real do funcionário; - Padrões de avaliação sem clareza; - Falta de sinceridade ou honestidade do gerente durante o período da avaliação; - O funcionário não recebe feedback continuamente do seu desempenho. Portanto, essa é uma etapa valorosa na Organização quando se tem a oportunidade, através do diálogo transparente, de sentir o clima funcionalda empresa, colocando sobre a mesa do AVALIADOR e AVALIADO, resultados FORTES ou FRACOS, OPORTUNIDADES ou AMEÇAS, tudo isso em prol da perenidade da Organização Resumo Nesta Unidade, estudamos o conceito de grupo com base em diversos estudiosos. Os diversos tipos de grupos e seus relacionamentos. Evidenciou-se também o tamanho e as influências dos grupos na Organização. A coesão grupal dentro das relações produtivas. Vimos também a capacidade do grupo na tomada de decisão, falhas e acertos; caracterizamos grupo e suas incompatibilidades interpessoais e produtivas. A análise de desempenho, individual e grupal teve seu espaço onde buscamos mostrar a grandeza da avaliação do desempenho em todos os níveis. Buscamos elaborar um estudo que retratasse o grupo como um fator de evidência no processo produtivo e consequentemente, relevante nas tomadas de decisões. 23Comportamento Organizacional ATIVIDADE 2 Agora, vamos explorar “GRUPO” em mais algumas características e conceitos. 1) Discorra sobre COESÃO x PRODUTIVIDADE na organização dos Grupos 2) Um determinado Supervisor de Operação mecânica da empresa “XYZ”, a todo momento, está em conflito com certo empregado de sua área durante a efetivação das tarefas. Nas reuniões programadas de produção, há sempre divergências de ideias e opiniões. Analisando o quadro, que tipo de incompatibilidade comportamental há entre os dois levando em consideração os fatores envolvidos. 3) Por que AVALIAR O DESEMPENHO? Referências BERGAMINI, C.W. Psicologia aplicada à administração de empresas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2015. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos. 7. ed. Barueri, SP: Manole, 2009. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. 2. ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2004. MANN, Rebecca B. Comportamentos conflituosos no trabalho. Tradução de Maria de Fátima Marques. São Paulo: NOBEL, 1995 ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. Estrutura Organizacional. Disponivel em: <https://www.youtube.com/watch?v=Y1ALCyCTmuI>. Acesso em: 18 dez. 2017. 24Comportamento Organizacional EQUIPES DE TRABALHO E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS3 UNIDADE OBJETIVOS Explicar o crescente uso de equipes de trabalho nas organizações; Comparar grupo x equipe; Identificar os tipos de Equipes de trabalho; Conhecer as relações interpessoais nas equipes de trabalho. “A equipe certa não garante a produtividade, mas a errada a destrói”. (P. Drucker) No ambiente organizacional globalizado de hoje, é muito difícil não conviver sem equipes de trabalho; seja a área que for; financeira, operacional, logística etc. É um modelo que tem se mostrado e ou comprovado como uma opção que vem simplificar a execução dos processos laborais. Tempos atrás nas grandes corporações multinacionais, não se praticava o uso de equipes no processo produtivo. Hoje, chama a atenção, é quem não adota essa prática. Naquele tempo quando a organização adotava a formação de equipes, isso chamava a atenção do mundo corporativo todo. 25Comportamento Organizacional Hoje, dentre as empresas que figuram no rol das maiores, quase todas possuem grande número de funcionários trabalhando em equipes de trabalho. Esse modelo traz muita vantagem, tanto para as Organizações como para as pessoas envolvidas. O uso, influencia valorosamente na produtividade e, mais ainda, redução de custos que, indiscutivelmente, vem com a experiência e a criatividade de seus membros. Esse modelo se popularizou quando notaram que as evidências mostravam e, mostram ainda, que acontece uma melhoria considerável no desempenho dos indivíduos exatamente quando a tarefa requer múltiplas habilidades além do uso da experiência. 3.1 Diferença entre grupos e equipes É bom saber que GRUPO não é a mesma coisa que EQUIPE; adiante vamos mostrar as diferenças que marcam EQUIPE DE TRABALHO e GRUPO DE TRABALHO. EQUIPE DE TRABALHO GRUPO DE TRABALHO Robbins (2005, p.213) explica que “gera uma sinergia positiva por meio do esforço coordenado. Os esforços individuais resultam em um nível de desempenho maior do que a soma daquelas contribuições individuais”. Na conceituação de Robbins (2005, p.213), “é aquele que interage basicamente para compartilhar informações e tomar decisões para ajudar cada membro em seu desempenho na área de sua “responsabilidade. ” Esses grupos não participam em trabalho do tipo coletivo que requeira um esforço conjunto. 26Comportamento Organizacional Figura 4 - Diferenças entre equipes e grupos de trabalho. Resumido e adaptado de Katzenbach & Smith (1994) Essa sinergia dispendida pelas equipes de trabalho, é que conquistar executivos para a adoção desse modelo nas Organizações. Como saber se um trabalho seria melhor realizado em equipe? Robbins aponta 3 testes: Primeiro; o trabalho pode ser melhor realizado por mais de uma pessoa? Segundo: a tarefa cria um propósito comum ou conjunto de metas para os membros da equipe maior do que a soma de seus objetivos individuais? Terceiro teste, os membros do grupo são interdependentes? As equipes fazem sentido quando existe interdependência entre as tarefas. 3.2 Tipos de equipes Na visão de Robbins (2005, p.214), podemos tipificar as equipes desse modo: EQUIPES DE SOLUÇÃO DE PROBLEMAS – nesta equipe seus membros praticam a troca de ideias ou sugerem melhorias nos processos e métodos de trabalho. Esse tipo de equipe, tempos atrás, era formada de 5 a 12 componentes horistas, do mesmo departamento. Reuniam durante horas por semana discutindo melhorias, eficiência e qualidade de trabalho. Essas equipes equivalem hoje a equipes de C.C.Q (Círculo de Controle Da Qualidade) em empresas que praticam o Gerenciamento da Qualidade Total (GQT). Estes, através da prática de estudos e pesquisas locais, otimizam processos e métodos em qualquer área de uma empresa. EQUIPES DE TRABALHO AUTOGERENCIADAS – equipes de funcionários formadas geralmente de 10 e 15 pessoas, realizam trabalhos muito interdependentes e, muitas vezes, assumem a responsabilidade que antes eram de seus supervisores antigos. Como característica desse tipo de grupo, eles mesmos escolhem seus membros e avaliam o desempenho um do outro. Contudo, essas equipes que costumam demonstrar alto índice de satisfação de seus membros, pesquisas também indicam que elas apresentam altos índices de absenteísmo1. Outros autores indicam que é preciso ter muito cuidado na implantação desse tipo de equipe. EQUIPES MULTIFUNCIONAIS – estas equipes são formadas por funcionários do mesmo nível hierárquico, mas de diferentes setores da empresa, que juntando-se, partem para cumprir determinada tarefa. 1 ABSENTEISMO: Hábito de estar frequentemente ausente de um local (de trabalho, estudo, etc). 27Comportamento Organizacional A popularidade destas equipes de trabalho teve seu auge no final dos anos 80. As principais indústrias automobilísticas adotaram essa forma de trabalho com equipes multifuncionais para direcionarem projetos diversos e complexos. Certamente não é fácil fazer uma gestão sobre essas equipes. Logo no início da criação dessas equipes, esses processos costumam ser muito trabalhosos e demorados enquanto as pessoas aprendem a manusear com a diversidade e a complexidade. Para que se adquira confiança e espírito de equipe leva algum tempo; isso se deve à diversidade de históricos, experiências e perspectivas naquelas pessoas. EQUIPES VIRTUAIS - Como o nome já indica, são equipes que trabalham com tecnologia da informação; usam para reunir seus membros localizados em diversas partes, e até fora do país. Essas pessoas trabalham colaborativamente de modo on-line resolvendo tarefas comuns. Elas fazem tudo o que as outras equipes fazem. Formados por membros de uma mesma organizaçãoe até de outras empresas, como por exemplo, fornecedores ou parceiros. Três fatores básicos diferem equipes virtuais das equipes que trabalham face a face. AUSÊNCIA DE GESTOS NÃO VERBAIS OU PARAVERBAIS (gestos e expressão facial, movimentos de mãos). CONTEXTO SOCIAL LIMITADO. CAPACIDADE DE SUPERAR LIMITAÇÕES DE TEMPO E ESPAÇO. Essas equipes, frequentemente, têm menos empatia e interação direta. Quick (1995, p.4) em seu livro “Como desenvolver equipes bem-sucedidas”, de outro modo, aponta tipos de equipes com essa disposição: COMISSÕES – geralmente atuam como equipes de pesquisa ou assessoramento, respondendo a quem os indicou ou organizou; FORÇAS-TAREFAS – atuam como equipes temporárias, são escalados para resolverem problemas que cruzam funções ou linhas de autoridade. Essa equipe pode funcionar em tempo integral ou parcial; CÍRCULOS DE QUALIDADE – são grupos de funcionários e supervisores que tem a finalidade de buscar formas de aumentar a eficácia dos grupos de trabalho melhorando a qualidade e aumento da produtividade; GRUPOS DE PROJETO – são organizados para atuarem especificamente em um projeto, como no caso de um novo produto, ou um programa de processamento de dados. Da mesma forma que uma equipe- tarefa, grupos de projeto podem ser temporários. Na estruturação de uma equipe, requer-se observar uma questão preponderante: antes de convocar qualquer funcionário para integrar uma equipe de trabalho, é de bom grado conversar antes com as pessoas, porque muitos deles preferem o desempenho individual. Fonte: https://pt.slideshare.net/anamariac/ equipes-umc 28Comportamento Organizacional ATIVIDADE 1 1) Sabemos que há diferenças entre EQUIPE DE TRABALHO e GRUPO DE TRABALHO. Na questão da RESPONSABILIDADE, o que cabe a cada um? 2) Citar uma característica que indique se uma tarefa seria melhor desempenhada por uma equipe ou por um grupo. 3) Nas equipes virtuais há detalhes que os diferenciam das equipes normais, equipes face a face. Dessa forma, na ausência de GESTOS, os PARAVERBAIS significam o que? 3.3 Como fazer uma equipe eficaz Componentes básicos para a criação de equipes eficazes se caracterizam em 4 categorias: 1 - PROJETO DE TRABALHO, 2 - COMPOSIÇÃO DA EQUIPE, 3 - RECURSOS, 4 - PROCESSO. 29Comportamento Organizacional Fatores contextuais que, segundo Roobins (2009, p.217) parecem estar mais significativamente relacionados ao desempenho das equipes: RECURSOS ADEQUADOS – todas essas equipes precisam de recursos externos para funcionamento e sustentação. Uma equipe eficaz precisa, impreterivelmente, de apoio da Organização; sem isso a capacidade de desempenho perde sua eficácia. Dentre todos os recursos que a Organização pode apoiar temos: disponibilização de informações em tempo hábil, tecnologia apropriada, pessoal adequado e, acima de tudo, incentivo e apoio administrativo; LIDERANÇA E ESTRUTURA – o acordo em relação às especificidades do trabalho e como elas devem ser organizadas para integrar as habilidades individuais requer liderança e estrutura para a equipe. Isso, geralmente é uma designação da executiva da Organização. A liderança nem sempre é necessária; o grupo se auto gerencia responsavelmente provando estudos que indicam um desempenho melhor, quando não há no grupo, liderança nomeada; CLIMA DE CONFIANÇA – equipes eficazes confiam uns nos outros e, também no seu líder. Ensina Robbins (2005) que a confiança interpessoal cria um clima positivo entre os membros que desistem do monitoramento comportamental dos indivíduos, uma vez criada a crença de que nenhum deles tirará proveito do outro; SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E RECOMPENSAS – equipes eficazes não devem ser avaliadas individualmente. O sistema de avaliação de desempenho deve ser modificado de modo que, o resultado reflita o desempenho da equipe. Este resultado deve refletir as recompensas como, participação no lucro e nos resultados e outros incentivos que certamente refletirão no desempenho e comprometimento da equipe. Para funcionar com eficácia, uma equipe precisa de três tipos de capacidades: CONHECIMENTO TÉCNICO, HABILIDADES PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS E TOMADAS DE DECISÃO e, por fim, HABILIDADES INTERPESSOAIS (saber ouvir, dar feedback etc). Sem essas virtudes nenhuma equipe atinge o ápice. CARACTERÍSTICAS DE EQUIPES EFICAZES E INEFICAZES EFICAZES INEFICAZES INFORMAÇÃO - Flui livremente para cima, para baixo e para os lados; - Compartilhamento total; - Aberta e honesta - Flui principalmente para baixo, fraca no sentido horizontal; - Amontoada, contida; - Usada para acumular poder; - Incompleta, mensagens misturadas. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL: - Confiante; - Respeitoso; - Colaborativo de apoio. - Desconfiados e sectários; - Pragmáticos, baseados na necessidade e na afeição; - Competitivos; - Contidos. 30Comportamento Organizacional CONFLITOS - Considerados naturais e até mesmo úteis. - Em torno de questões e não de pessoas. - Não são vistos com bons olhos e são evitados. - Destrutivos; - Envolvem características e motivos pessoais; AMBIENTE - Aberto; - Não ameaçador; - Não competitivo; - Participativo. - Compartimentado; - Intimidador; - Cauteloso; - Fragmentado, grupos fechados; DECISÕES - Por consenso; - Utilização eficiente de recursos; - Comprometimento total. - Por voto de maioria ou forçados; - Ênfase no poder; - Confusão e dissonância CRIATIVIDADE - Maior número de opções; - Orientado para soluções - Controlada por subgrupos de poder; - Ênfase na atividade e nos inputs BASE DE PODER - Compartilhada por todos; - Centrada na competência; - Contribuição à equipe. - Acumulada; - Centrada em politicagens, alianças; - Compartilhamento pragmático; - Contribuição à fonte de poder. MOTIVAÇÃO - Compromissos com metas estabelecidas pela equipe; - Sentimento de pertencer à equipe satisfeito; - Maiores oportunidades de realização através do grupo. - Concordância com metas impostas; - Coerção e pressão; - Metas pessoais ignoradas; - Realização individual valorizada sem preocupação com o grupo RECOMPENSAS - Baseadas na contribuição ao grupo; - Reconhecimento dos colegas - Base de recompensas pouco claras; - Baseadas em avaliações subjetivas e muitas vezes arbitrárias. Outro quadro importante sobre equipes de trabalho é a questão do tamanho delas. O ideal, segundo Robbins (2005), é que uma equipe tenha a composição entre sete e nove pessoas. De um modo geral, segundo o autor, as equipes mais eficazes, possuem menos de dez componentes. Equipes muito numerosas, em geral, dificultam a sua gestão além de comprometer a própria coesão, a responsabilidade mútua e, também, a sobrecarga de trabalho de alguns componentes em virtude de omissão de outros. NÍVEIS DE CONFLITO ENTRE EQUIPES DE TRABALHO – conflitos dentro de uma equipe, na visão de Robbins, não são danosos. Uma equipe que trabalha totalmente imune a conflitos, segundo o autor, terá a tendência de se tornar apática, estagnada. 31Comportamento Organizacional Uma visão tradicional dos anos 30 e 40, o conflito era prejudicial e devia ser evitado a qualquer custo. Na visão da área de recursos humanos, é ocorrência natural nos grupos e nas organizações, portanto, inevitável. Na abordagem interacionista, o conflito deve ser mantido num nível mínimo e constante; o suficiente para manter a equipe viável, autocrítica e criativa. QUAIS SITUAÇÕES PODEM SER ENCARADAS NO CONFLITO? FUNCIONAL (positivo) – se utilizado para enriquecimento pessoal, algo construtivo; DISFUNCIONAL (negativo) – se percebido como algo destrutivo. O conflito não é, necessariamente, ruim. Por quê? • Ajusta o relacionamento interpessoal amenizando tensões quando existentes; • Provoca o diálogo, forçando atroca de ideias e reivindicações, favorecendo o feedback; • Ativa o espírito criativo e inovador na busca de soluções; • Ajuda no aprimoramento do senso de propósito e direção expondo as adversidades e posições antagônicas. Veja mais de gestão de conflito no vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=qJjEvpCHDjU 3.4 Relações entre equipes de trabalho O líder de uma equipe é o elemento chave nesse processo de relações entre equipes de trabalho com outros grupos fora de sua equipe no mesmo nível ou em nível superior. Deve ser bastante competente no intuito de evitar competições com outras equipes e até de ser alvo de desconfiança da gerência. O importante é atuar de modo que conquiste a confiança dos seus liderados deixando claro que os representará da melhor forma. 32Comportamento Organizacional Algumas características que o líder deve seguir no intuito de manter o nível elevado: MANTENHA ELOGIOS E DIVULGAÇÃO NAS DEVIDAS PROPORÇÕES – atribua crédito onde ele é devido, mas com cautela para não parecer estar usando a equipe para obter fama. Deixe a administração ciente das tarefas realizadas e seus progressos. Se a equipe obteve êxito em qualquer projeto, exponha isso na organização, mas mantenha a cautela. NÃO SEJA O ÚNICO CANAL PARA A ALTA ADMMINISTRAÇÃO – notadamente que o líder é o canal de comunicação entre a equipe e a alta administração, mas nada impede que o próprio grupo elabore relatórios de andamento dos projetos. O grupo, também, pode convidar a administração para reuniões. ENFATIZAR A COLABORAÇÃO ENTRE EQUIPES – os grupos podem se tornar bem ligados a ponto de se tornarem comunidades fechadas. Deixar claro aos membros que a liderança valoriza essa comunhão de trabalho entre pessoas de outros departamentos e equipes. Não deve haver animosidades entre membros de equipes diferentes. 3.5 Relações interpessoais na equipe A relação interpessoal numa equipe de trabalho é fundamental no processo de engajamento das pessoas. O modo de relacionar-se é aceitar e fazer-se aceito; buscar ser entendido e entender o próximo. Nada como escutar o outro, colocar-se no lugar dele. Como já vimos antes, um dos fatores que levam à realização favorável das relações interpessoais é o trabalho em equipe. Neste pensamento, Gomes (2010), citado em Manual de Relações Interpessoais SEBRAE, enfatiza que as relações interpessoais fortalecem não apenas o desempenho do profissional, mas, também traz à tona boas expectativas para que as equipes atinjam objetivos e superem metas que agreguem valor ao negócio. No ambiente de trabalho somos levados a relacionarmo-nos com diferentes pessoas, com opiniões diferentes, visões diferentes, culturas diferentes; e isso nos leva a buscar a melhor maneira de conquistar um meio comportamental adequado; Desse modo, vamos nos guiar nos pontos que abordaremos a seguir: a) AUTOCONHECIMENTO – é conhecer a nós mesmos, nosso perfil de comportamento que deve incomodar alguém e que pode incomodar aos outros membros do grupo. Muito importante esse tipo de perfil pois, certamente, vai evitar um possível conflito; b) NÃO-JULGAMENTO – esse perfil indica que nossas diferenças em relação ao outro não devem predominar de modo algum no relacionamento do dia a dia. Cada qual tem seus valores e conceitos e, isso não pode induzir que um prejulgue o outro; c) EMPATIA – esse é um sentimento fundamental nas relações de trabalho e também nas equipes. Sem esse comportamento não poderá haver uma relação equilibrada com o outro. Ser empático é considerar o outro, suas opiniões, sentimentos e motivações. Enxergar além de nós mesmos ampliando nossa percepção da realidade com os pontos de vista de outrem; d) ASSERTIVIDADE – é a habilidade para nos expressar de forma franca, clara, direta e respeitosa; e) CORDIALIDADE – é o hábito cordial, desinteressado que expressamos por iniciativa própria, sem esperar nada em troca. Ajuda bastante nas relações interpessoais no ambiente de trabalho; 33Comportamento Organizacional Tratar com cordialidade, é demonstrar consideração pelo colega de trabalho de várias formas. f) ÉTICA – ter um comportamento ético refere-se a um modo exemplar de viver baseado em valores morais. É ter atitude que não prejudique deliberadamente os outros, não quebrem regras ou acordos estabelecidos. Ao finalizar esta unidade, enfatizamos os conhecimentos aqui abordados sobre a figura de EQUIPES DE TRABALHO desde a sua concepção até a relações interpessoais que ocorrem entre membros. Resumo Nesta Unidade, estudamos sobre EQUIPES DE TRABALHO; mostramos a razão porque essas equipes são mais categorizadas no desempenho. Vimos também, as diferenças entre GRUPOS e EQUIPES DE TRABALHO nas suas principais características proferidas por Robbins (2005). Como também, Tipos de Equipes, relações entre elas no ambiente corporativo. A comunicação interpessoal teve seu relevo uma vez que essa relação bem praticada leva a um clima positivo na equipe. A Equipe Eficaz teve seu momento na unidade onde mostramos todos os indícios que a permeiam diferenciando da ineficaz. ATIVIDADE 2 1) Uma equipe de trabalho EFICAZ deve ser avaliada individualmente? Justifique. 2) Na característica RELAÇÕES INTERPESSOAIS, o que difere EQUIPE EFICAZ da EQUIPE INEFICAZ? 3) Uma equipe de trabalho da empresa RIO ANIL quando nas reuniões de trabalho, geralmente surgem pequenos conflitos de opiniões. Será que essas divergências ajudam na conquista dos objetivos? 4) As relações INTERPESSOAIS nas equipes de trabalho, o NÃO-JULGAMENTO indicam o quê? 34Comportamento Organizacional Referências BEJARANO, Viviane Carvalho. Elementos essenciais à implementação de equipes: um estudo de caso da indústria de papel. Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. BRANDÃO, Leonor Cordeiro. Comportamento humano nas organizações. Disponivel em: <https://www. passeidireto.com/arquivo/2937613/comportamento_humano_nas_organizacoes1>. CARVALHO, Adriany Rosa de Matos. Relações interpessoais e desenvolvimento de equipes. Dicas SEBRAE. Recife 2010. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos. 7. ed. Barueri, SP: Manole, 2009. Gestão de Conflitos disponivel em: <https://www.youtube.com/watch?v=qJjEvpCHDjU>. Acesso em: 18 dez. 2017. PEREIRA, Regina Giannetti D. Seis pilares do relacionamento interpessoal no trabalho. Agosto 2106, disponível em: <https://reginagiannetti.wordpress.com/2013/02/08/cinco-pilares-do-relacionamento- interpessoal-no-trabalho/>. QUICK, Thomas. Como desenvolver equipes bem-sucedidas. Tradução Adalberto da Silva Brito. Rio de Janeiro, Campus, 1995. ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. Noções Básicas de Sociologia e Antropologia _GoBack