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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ UNIDADE PARANÁGUA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA LETICIA YURI KODAIRA COSTA SÍNTESE Paranaguá PR Abril de 2018 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ UNIDADE PARANÁGUA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA LETICIA YURI KODAIRA COSTA Síntese do 5° Período: 1894 a 1920- Ainda o modelo agrário-comercial exportador dependente. Livro: História da Educação Brasileira. Apresentado ao curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Paraná. Profª. Drª. Mary Sylvia M. Políticas Públicas em Educação Paranaguá PR Abril de 2018 No livro História da Educação Brasileira de Maria Luisa Santos, a autora aborda a organização da educação escolar brasileira em sua várias características. O livro é dividido em oito períodos pelos quais a organização escolar passa. No quinto período em questão,que compreende os anos de 1894 a 1920, de acordo com a autora, foi um período marcado pelo combate ao florianismo, ou seja, era necessário que se afastasse o componente militar que nele representava a camada média e utilizar o regime republicano para conseguir antigos fins, fins esses que eram interesses da "camada senhorial". Era necessário que o Brasil saísse da crise em que se encontrava, para isso foram tomadas medidas, como: se aliar a burguesia internacional e se reorganizar internamente, com medidas como a "política dos governadores" e a valorização dos produtos agrícolas (onde o capital era estrangeiro então quem o detinha era a burguesia estrangeira e a burguesia "agrário-exportadora" brasileira), a crise foi controlada e a sociedade brasileira passa a se modernizar, as custas da população excluída do campo, pois quem produzia todas as riquezas eram eles. Por estarem longe da cidade dificultava as manifestações de descontentamento e possíveis rebeliões, mas as coisas mudam no final da Primeira Guerra Mundial, onde se intensificam as manifestações urbanas de insatisfações, enfraquecendo o regime imposto. Logo, toda essa caracterização de dependência na base da estrutura social é fundamental pois irá refletir na organização escolar. As reformas pelas quais passaram a organização escolar revelam uma alternância entre a influencia humanista clássica e a realista. O código Epitácio Pessoal(1901) destaca a lógica e retira a biologia, a sociologia e a moral. A reforma Rivadávia(1911) tenta seguir uma orientação positivista, abolindo o diploma, sendo passado esta responsabilidade para as Faculdades, assim o ensino secundário teria apenas o objetivo de formar cidadãos, é possível imaginar que os resultados foram desastrosos. Com o crescimento urbano-comercial, o analfabetismo passou a ser um problema , pois a leitura e a escrita se tornaram essencial naquele contexto social, para isso foram criadas campanhas que declaravam a necessidade da disseminação da escola primária, campanhas essas que não representaram medidas radicais. As verbas destinadas ao atendimento escolar eram insuficientes, devido aquele modelo agrícola-comercial exportador, que era contrário a redistribuição dos lucros, impossibilitando que obtivessem um ensino que qualidade, assim o educador ficava no dilema, menos e melhor, ou mais e pior, e mesmo que escolhido a primeira opção, ainda grande parte da população passava a ser excluída da escola. É importante lembrar que esse período foi marcado pela importância em formar pessoas da "elite", demonstrando que havia uma marginalização econômica, separando a "elite" do "povo". O ensino e aprendizado parece que foram descartados, a preocupação era que se concluísse o ensino secundário em menor espaço de tempo e que quanto antes o bacharelado melhor, pois quanto mais dinheiro melhor. Com a reforma Carlos Maximiliano foram criados exames de vestibular para os cursos superiores e agora era obrigada a conclusão do curso secundário para o ingresso nas faculdades. Mesmo com essas reformas ainda era dada pouco atenção a formação do magistério, e os critérios para a formação do magistério eram ineficientes, dessa forma como formariam pessoas alfabetizadas se careciam professores.